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Yone Baltazar Nebeue

Necessidades Educativas Especiais- Dislexia, Disortografia, Discalculia, Disgrafia

Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Licungo

Beira

2021
Dislexia

Percebi como dislexia a incapacidade de articular palavras, ler correctamente, trocar as


letras e sílabas, confundir as palavras, e ate o sentido das letras. Os alunos com dislexia
tem dificuldades com leitura e produção de um texto, como uma redacção, mas podem
ser inteligentes em outros assuntos como matemática, aritmética, desenho, pintura entre
outros. Por isso não deve ser considerada necessariamente como “burra”.

Causas

 Hereditárias: Mutações cromossomicas; alterações nas zonas cerebrais


responsáveis pela leitura e fonemas.

Como ajudar um aluno disléxico?

1. Envolver a criança em actividades que tenham relação com letras, para


possibilitar ela se familiar mais ainda com elas.
2. Colocar elas para sentar nas carteiras de frente próximo ao professor,
para puderem ver melhor as letras no quadro, e para que o professor
ajude elas no caso de leituras.
3. Colocar ela num lugar longe das distracções dos colegas, e do ambiente,
e não no fundo da sala, para garantir que ela esteja o máximo possível
concentrada
4. Criar avaliações com enunciados textuais simples, não muito longos,
porque a criança pode não entender nada. E se possível, ajuda-la na
explicação das perguntas do texto.
5. Ensinar ela a ler correctamente e com paciência. Nunca perder a
paciência e insultar o aluno disléxico, pois para ele a actividade de ler
cobra muito esforço.
6. Não mandar ela ler diante dos colegas, porque alem de ser motivo de riso
para alguns, isso pode traumatiza-la, uma vez que pessoas com deslexia,
com alguma frequência andam abatidas, deprimidas, e se culpam muito
por sua incapacidade e deficiências salvo se ela o quiser.
7. Se houver alguma tecnologia visual que facilite a articulação de palavras
e o encadeamento correcto das mesmas, que se utilize, bem como a
utilização de um professor especializado para lidar com aquela defendia.
Disgrafia

É uma condição em que o aluno tem problemas de caligrafia, de traçado, de


ordenamento das frases na linha do caderno, borrões, letras muito miúdas ou muito
grandes, letras soltas ou muito justas, de um modo geral letras não muito bonitas e
organizadas.

Causas

 Maturativas: o desenvolvimento dos aspectos psicomotores, um desequilíbrio


entre a idade motora e psicológica.
 Caractericiais: transtornos de personalidade que afectam o seu grafismo. O aluno
ao escrever mistura sua emoção e estado de espírito ao escrever.
 Pedagógicas: Se o aluno era forçado a escrever bem desde cedo, pode criar um
distúrbio de “perfeição gráfica” e se esforçar para escrever melhor as palavras
fazendo com que escreve uma letra por uma, e outras coisas tristes.

Como ajudar um aluno com disgrafia?

 Estabelecer boa relação com ele


 Elogiar os esforços dele, se escreveu dentro da linha, elogiar, se escreveu
correctamente uma frase, idem, e assim sucessivamente. Criticar o aluno e o
chamar de “lento” ou “burro” só vai fazer o aluno ter problemas de auto-estima e
retardar mais ainda o seu processo de aperfeiçoamento gráfico.
 Ter paciência com ele, e entender que a tarefa de escrever já exige um esforço de
sua parte.
 Ajudar ele a se sentar bem, a posicionar melhor o braço, explicar para ele a
questão espacial da letra para que ele saiba executar isso no papel ter em conta
aspectos psicomotores.
 Entender que a criança tem seu próprio grafismo, e respeitar isso, baseando um
olhar de melhoria nas questões convencionais de letras, parágrafos entre outros.
 Reconhecer quando o aluno esta sem motivação, e desinteressado, e usar um
método que alem de adaptável a ele, seja ao mesmo tempo agradável.
Disortografia

É uma perturbação centrada nos erros de ortografia, o aluno com esta condição tem
dificuldades de organizar, estruturar e compor textos escritos, confunde ou omite
fonemas, não sabe se a palavra se escreve com “x” ou com “ch”, ou usa as duas quando
lhe aprouver…basicamente os erros ortográficos gerais e específicos da disortografia
estão centrados nos âmbitos visual, espacial, analítico, de conteúdo, e das regras de
ortografia. Que vem de um ensino deficiente, ou de problemas internos e\ou associados
aos do meio externo.

Causas

 Relacionadas a Percepção: Deficiência de memória, percepção visual e


dificuldades ao nível espacio- temporal, falta de inteligência geral….
 Relacionadas a linguagem: Deficiências de pronúncia, ou articulação das
palavras e na utilização de vocabulário.
 Relacionadas ao contexto afectivo-emocional: Baixos níveis de motivação e
atenção….
 Pedagógicas: Métodos inadequados, e o não respeitar o ritmo de aprendizagem
do aluno com este problema.

Como ajudar um aluno com disortografia?

1. Não usar apenas um conjunto de técnicas isoladas, mas procurar técnicas


variadas que tratem com os problemas de percepção, auditivos, de memória, e
relativos ao campo espacio- temporal.
2. Promover exercícios que promovam o enriquecimento do léxico e do
vocabulário do aluno.
3. Diferenciar erros ortográficos das falhas de compreensão
4. Levar em consideração as reais habilidades da criança, e planejar as actividades
que vão ao encontro dessas capacidades ou incapacidades.
5. Moldar a técnicas para a realidade de cada aluno, depois de conhecer as
características individuais do mesmo, e do seu funcionamento.
Discalculia
É um distúrbio neurológico que faz com que o aluno não compreenda e\ou não
saiba manipular números. Há casos em que não compreender números e não
saber como resolver problemas matemáticos seja causado pela preguiça do
aluno, mas neste caso, o problema é de origem neurológica. O aluno com
descalculia, tem dificuldades em contar, em saber qual é o número maior e\ou
menor, tem dificuldades em tarefas que envolvem dinheiro, não conseguem
interpretar enunciados matemáticos da forma gráfica para a numérica entre
outras incapacidades.

Causas
 Imaturidade neurológica: Que pode ser Leve- no caso em que uma
intervenção terapêutica consegue garantir melhorias no aluno - médias
quando ela se restringe a algumas dificuldades da matemática comuns
no ensino. E Limite- quando se constata uma lesão no cérebro
responsável por um fraco desempenho intelectual do aluno.
 Ao nível psicológico: a exigência de alterações psíquicas que geram
problemas na aprendizagem por deixarem que emoções tomem controlo
da memoria, atenção e percepção.
 Relacionadas à linguagem: A não assimilação da linguagem - que faz
com que não seja possível compreender a Matemática.
 Relacionadas à genética: Possível existência de um gene que manifesta
esta condição, há a hipótese de transmissão hereditária.
 Relacionadas à pedagogia: Métodos de ensino inadequados

Como ajudar um aluno com descalculia?

1. Fazer o aluno entender que a Matemática é importante no seu dia-a-dia.


2. Utilizar actividades que melhorem a auto-estima do estudante.
3. Usar aulas práticas com meios didácticos envolvendo, tacto, audição, e visão.
4. Permitir o uso de calculadora e tabuada, pois os alunos com esta condição têm
problemas ao nível da memória.

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