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Curso: Direito Civil
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Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri

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Sumário
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AULA: LINDB ................................................................................................ 12

1- INTRODUÇÃO .................................................................................... 12
1.1- Leis naturais x leis jurídicas ............................................................. 12

1.1- Direito Objetivo x Direito Subjetivo .................................................. 12


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1.2- Fontes do Direito .............................................................................. 12

1.3- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito .............. 13

1.4- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ........................... 13

2- Vigência e Eficácia da Norma ............................................................ 15


3- Revogação da Norma ........................................................................ 19
4- Conflito de Normas no Tempo ........................................................... 21
5- Princípio da Obrigatoriedade ............................................................ 23
6- Preenchimento da Lacuna Jurídica.................................................... 23
7- Critérios de Hermenêutica Jurídica ................................................... 25
8- Conflitos de Norma no Espaço .......................................................... 27
9- Estatuto de Direito Internacional Privado ......................................... 28
AULA: Pessoa Natural. Pessoa Jurídica. Domicílio ........................................ 33

1- Conceito de Pessoa ........................................................................... 33


2- Pessoal Natural ................................................................................. 33
2.1- Conceito de pessoa natural .............................................................. 33

2.2- Capacidade de Direito X Capacidade de Fato .................................... 33

2.3- Capacidade x Legitimação ................................................................ 35

2.4- Incapacidade absoluta e relativa ...................................................... 35

2.4.1- Incapacidade Absoluta .................................................................36


2.4.2- Incapacidade Relativa ..................................................................37
2.5- Capacidade civil do índio .................................................................. 37

2.6- CURATELA X TUTELA ........................................................................ 37

2.7- Cessação da Incapacidade ................................................................ 38

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2.8- Extinção da personalidade ................................................................ 39

2.8.1- Morte presumida sem decretação de ausência ................................39


2.8.2- Morte presumida com decretação de ausência ................................39
2.8.3- Comoriência ...............................................................................41
2.9- Registro e averbação ........................................................................ 42

2.10- Direitos de personalidade ................................................................. 42


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2.10.1- Direito à integridade física ............................................................44


2.10.2- Integridade moral: Nome .............................................................45
2.10.3- Proteção à imagem e à transmissão da palavra ...............................46
2.10.4- Proteção à intimidade ..................................................................47
2.10.5- Estado .......................................................................................47
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3- Pessoas Jurídicas .............................................................................. 48


3.1- Conceito de Pessoa Jurídica ............................................................. 48

3.2- Classificação das pessoas jurídicas .................................................. 48

3.3- Começo da existência legal das pessoas jurídicas ............................ 50

3.4- Fim da existência legal das pessoas jurídicas ................................... 52

3.5- Associações ...................................................................................... 52

3.6- Sociedades ....................................................................................... 55

3.7- Das fundações .................................................................................. 55

3.8- Partidos políticos.............................................................................. 57

3.9- Organizações religiosas .................................................................... 57

3.10- EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada ................ 57

3.11- Desconsideração da personalidade jurídica ...................................... 58

3.12- Grupos despersonalizados ou despersonificados .............................. 59

4- Domicílio Civil ................................................................................... 60


4.1- Domicílio da Pessoa Natural ............................................................. 60

4.2- Domicílio da Pessoa Jurídica ............................................................ 62

AULA: DOS BENS........................................................................................... 64

1- Dos bens: Considerações Iniciais ...................................................... 64


2- Dos Bens Considerados em Si Mesmos.............................................. 65
2.1- Bens móveis e imóveis ..................................................................... 65

2.1.1- Bens imóveis ..............................................................................65


2.1.2- Bens móveis ...............................................................................68

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2.2- Bens fungíveis e infungíveis ............................................................. 69

2.3- Bens consumíveis e inconsumíveis ................................................... 69

2.4- Bens divisíveis e indivisíveis ............................................................ 70

2.5- Bens singulares e coletivos .............................................................. 71

3- Dos Bens Reciprocamente Considerados ........................................... 72


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3.1- Frutos ............................................................................................... 72

3.2- Produtos ........................................................................................... 73

3.3- Benfeitorias ...................................................................................... 73

3.4- Pertenças ......................................................................................... 74


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4- Bens Públicos e Bens Privados: regime jurídico ................................ 75


4.1- Terras devolutas .............................................................................. 77

5- Bens no comércio e fora do comércio ............................................... 78


6- Bem de família: legal e convencional ................................................ 78
AULA: Fatos e negócios jurídicos. Prescrição e decadência........................... 79

1- Conceito de fato jurídico ................................................................... 79


1.1- Aquisição do direito (nascimento) .................................................... 79

1.2- Subsistência de Direitos (conservação) ............................................ 80

1.3- Modificação de Direitos .................................................................... 80

1.4- Extinção de Direitos ......................................................................... 80

2- Classificação dos fatos jurídicos ....................................................... 80


3- Negócio jurídico ................................................................................ 82
3.1- Classificações ................................................................................... 82

3.1.1- Quanto ao número de partes (manifestação das partes) ...................83


3.1.2- Quanto ao tempo que produzem efeitos .........................................83
3.1.3- Quanto às vantagens que produzem ..............................................84
3.1.4- Quanto à forma (formalidades) .....................................................84
3.1.5- Quanto ao conteúdo ....................................................................84
3.1.6- Quanto aos seus efeitos ...............................................................85
3.1.7- Quanto à sua existência ...............................................................85
3.1.8- Quanto ao exercício dos direitos ....................................................85
3.2- Interpretação dos Negócios Jurídicos............................................... 85

3.2.1- Princípio da prevalência da intenção dos agentes ............................85


3.2.2- Princípio da boa-fé ......................................................................85
3.2.3- Interpretação restritiva dos negócios benéficos ...............................86

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3.3- Representação ................................................................................. 86

3.3.1- Negócio consigo mesmo ...............................................................86


3.4- Elementos dos Negócios Jurídicos .................................................... 87

3.4.1- Agente capaz ..............................................................................88


3.4.2- Objeto .......................................................................................89
3.4.3- Forma ........................................................................................90
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3.4.4- Vontade .....................................................................................92


3.4.5- Elementos acidentais ...................................................................92
3.5- Defeitos e Invalidade do Negócio Jurídico ........................................ 97

3.5.1- Erro ou ignorância .......................................................................97


3.5.2- Dolo ..........................................................................................99
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3.5.3- Estado de Perigo ....................................................................... 101


3.5.4- Lesão ...................................................................................... 101
3.5.5- Coação .................................................................................... 102
3.5.6- Fraude contra credores .............................................................. 103
3.5.7- Simulação ................................................................................ 105
4- Nulidade x Anulabilidade ................................................................ 107
5- Conversão do Negócio Jurídico Nulo ............................................... 108
6- Prova do Negócio Jurídico ............................................................... 109
7- Prescrição e decadência: introdução ............................................... 110
8- O Estudo da Prescrição e da Decadência ......................................... 111
8.1- Causas Impeditivas, Suspensivas e Interruptivas .......................... 113

CAUSAS SUSPENSIVAS E/OU IMPEDITIVAS .............................. 115


8.2- Os Prazos Prescricionais ................................................................ 116

8.3- Os Prazos Decadenciais .................................................................. 119

8.4- Pretensões Imprescritíveis ............................................................. 120

AULA: Obrigações e Contratos .................................................................... 122

1- Noções Gerais, Elementos e Fontes ................................................ 122


1.1 Fontes das obrigações ....................................................................... 123

1.2 Quanto ao conteúdo do objeto obrigacional ...................................... 123

1.2.1 Obrigação positiva de dar coisa certa .............................................. 123


1.2.2 Obrigação positiva de dar coisa incerta ........................................... 126
1.2.3 Obrigação positiva de fazer ........................................................... 127
1.2.4 Obrigação negativa de não fazer .................................................... 127
1.3 Quanto aos elementos ....................................................................... 128

1.3.1 Obrigação simples ........................................................................ 128

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1.3.2 Obrigação cumulativa ou conjuntiva ............................................... 129


1.3.3 Obrigação alternativa ou disjuntiva................................................. 129
1.3.4 Obrigação divisível ou indivisível .................................................... 130
1.3.5 Obrigação solidária ....................................................................... 130
1.4 Outras classificações ......................................................................... 134

1.4.1 Quanto ao momento de cumprimento ............................................. 134


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1.4.2 Quanto ao ônus da prova da culpa ................................................. 134


1.4.3 Quanto aos elementos acidentais ................................................... 134
1.4.4 Quanto a autonomia da existência .................................................. 135
2- Transmissão das Obrigações........................................................... 135
2.1 Cessão de crédito .............................................................................. 135
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2.2 Assunção de dívida ............................................................................ 136

3- CONTRATOS - Introdução ............................................................... 138


4- Princípios Contratuais ..................................................................... 138
5- Classificação dos Contratos ............................................................ 140
6- Formação e Lugar dos Contratos .................................................... 143
7- Estipulação em Favor de Terceiro ................................................... 144
8- Promessa de Fato de Terceiro ......................................................... 145
9- Vícios Redibitórios .......................................................................... 145
10- Evicção ........................................................................................... 146
11- Contrato com Pessoa a Declarar ..................................................... 147
12- Extinção e Rescisão Contratual ....................................................... 148
13- Contrato de compra e venda ........................................................... 150
13.1 Coisa ou objeto............................................................................... 151

13.2 Preço .............................................................................................. 152

13.3 Acordo de vontades ........................................................................ 152

13.4 Cláusulas especiais......................................................................... 155

14- Da Doação ...................................................................................... 156


15- Troca ou permuta ........................................................................... 158
16- Empréstimo .................................................................................... 158
17- Prestação de serviço ....................................................................... 159
18- Empreitada ..................................................................................... 159
19- Depósito ......................................................................................... 160
20- Mandato .......................................................................................... 161
21- Fiança e aval ................................................................................... 161
22- Transporte ...................................................................................... 164

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22.1-Transporte de pessoas ....................................................................... 164

22.2-Transporte de coisas .......................................................................... 164

23- Parceria Rural ...................................................................................... 164


24-Contrato de sociedade ........................................................................... 165
AULA: Dos Atos Ilícitos; Responsabilidade civil. ......................................... 166
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1- Excludentes de ilicitude .................................................................. 167


2- Organograma da Responsabilidade Civil ......................................... 169
3- Classificações da Responsabilidade Civil ......................................... 170
4- A Responsabilidade no Código Civil................................................. 172
4.1- Responsabilidade dos empresários e empresas por vícios de produtos
(art. 931 do CC) .......................................................................................... 172
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4.2- Responsabilidade do incapaz (art. 928 do CC)................................ 172

4.3- Responsabilidade por fato de terceiros (arts 932 a 934 do CC) ...... 172

4.4- Responsabilidade por fato de animal (art. 936 do CC) .................... 173

4.5- Responsabilidade pelo fato de coisa inanimada (arts. 937 e 938 do


CC) 174

5- Responsabilidade Civil x Responsabilidade Criminal ....................... 174


6- Responsabilidade Civil por Dívidas ................................................. 174
7- Responsabilidade Civil na Sucessão ................................................ 175
8- Indenização .................................................................................... 175
AULA: Direito das coisas ............................................................................. 177

1- Introdução ...................................................................................... 177


2- Posse .............................................................................................. 179
2.1- Espécies de Posse .......................................................................... 180

2.1.1- Posse direta X Posse indireta ...................................................... 180


2.1.2- Posse justa X Posse injusta ........................................................ 181
2.1.3- Posse de boa-fé X Posse de má-fé ............................................... 182
2.1.4- Posse ad interdicta X Posse ad usucapionem ................................. 182
2.1.5- Posse nova X Posse velha ........................................................... 183
2.1.6- Posse pro diviso X Posse pro indiviso ........................................... 183
2.1.7- Aquisição da Posse .................................................................... 183
2.2- Efeitos da Posse ............................................................................. 184

2.2.1- A faculdade de usar os interditos................................................. 185


2.2.2- Defesa direta da posse............................................................... 186
2.2.3- Percepção dos frutos ................................................................. 186
2.2.4- Indenização por benfeitorias e direito de retenção ......................... 187

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2.2.5- Responsabilidade pelas deteriorações .......................................... 188


2.3- Perda da posse ............................................................................... 188

3- Propriedade .................................................................................... 189


3.1- Função social da propriedade ......................................................... 189

3.2- Limitações ao Direito de propriedade ............................................. 189


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3.3- A propriedade do subsolo, do solo e do espaço aéreo ..................... 190

3.4- Características do direito de propriedade ....................................... 191

3.5- Classificação da propriedade .......................................................... 191

3.6- A descoberta .................................................................................. 191


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3.7- Formas de aquisição da propriedade imóvel ................................... 192

3.7.1- Acessão ................................................................................... 192


3.7.2- Usucapião ................................................................................ 192
3.7.3- Registro do Título ...................................................................... 194
3.7.4- Sucessão hereditária ................................................................. 194
3.8- Aquisição da propriedade móvel ..................................................... 195

3.8.1- Ocupação ................................................................................. 195


3.8.2- Usucapião ................................................................................ 196
3.8.3- Achado de tesouro .................................................................... 196
3.8.4- Especificação ............................................................................ 196
3.8.5- Confusão, Comissão e Adjunção .................................................. 196
3.8.6- Tradição ................................................................................... 197
3.8.7- Sucessão hereditária ................................................................. 197
3.9- Perda da propriedade imóvel .......................................................... 197

3.10- Abandono de imóvel ....................................................................... 197

3.11- Condomínio .................................................................................... 198

4- Direito de Vizinhança ...................................................................... 198


5- Propriedade Resolúvel .................................................................... 199
6- Parcelamento do solo urbano ......................................................... 199
7- Propriedade em planos horizontais ................................................. 200
8- Introdução: Direito REAIS .............................................................. 201
9- Direitos reais de garantia ............................................................... 202
9.1- Penhor............................................................................................ 203

9.1.1- Objeto do penhor ...................................................................... 204


9.1.2- Direitos do Credor Pignoratício .................................................... 204
9.1.3- Deveres do Credor Pignoratício ................................................... 205

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9.1.4- Espécies de Penhor.................................................................... 206


9.1.5- Penhor Rural ............................................................................ 206
9.1.6- Penhor Agrícola ......................................................................... 206
9.1.7- Penhor Pecuário ........................................................................ 207
9.1.8- Penhor Industrial e Mercantil ...................................................... 207
9.1.9- Penhor de Direitos e Títulos de Crédito ........................................ 207
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9.1.10- Penhor de Veículos .................................................................... 207


9.1.11- Penhor Legal ............................................................................ 207
9.1.12- Formas de extinção do penhor .................................................... 208
9.2- Hipoteca ......................................................................................... 208

9.2.1- Objeto da hipoteca .................................................................... 209


9.2.2- Registro da hipoteca .................................................................. 210
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9.2.3- Espécies de hipotecas ................................................................ 210


9.2.4- Hipoteca legal ........................................................................... 210
9.2.5- Extinção da hipoteca.................................................................. 211
9.3- Anticrese ........................................................................................ 212

10- Alienação fiduciária em garantia..................................................... 212


22.1 Objeto da alienação fiduciária ........................................................ 212

22.1.1 Poderes sobre o bem durante a alienação fiduciária ....................... 213


23- Direito real de aquisição ................................................................. 213
23.1 Compromisso irretratável de compra e venda ................................ 213

24- Direitos reais de interesse social .................................................... 215


24.1 Concessão de uso especial para fins de moradia ............................ 215

24.2 Concessão de direito real de uso .................................................... 215

AULA: Direito de Família ............................................................................. 216

1- Introdução ...................................................................................... 216


1.1- Direito de Família: conceito e princípios fundamentais .................. 216

1.2- Tipos de unidade familiar ............................................................... 217

2- Do Casamento ................................................................................. 218


2.1- Natureza jurídica do casamento ..................................................... 218

2.2- Características do casamento ......................................................... 219

2.3- Casamento religioso ....................................................................... 219

2.4- Capacidade, impedimentos e suspensão do casamento .................. 220

2.5- Habilitação e Celebração do Casamento ......................................... 221

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2.6- Provas do casamento ..................................................................... 222

2.7- Da Invalidade do Casamento .......................................................... 223

2.7.1 Casamento Nulo ........................................................................... 223


2.7.2 Casamento Anulável ..................................................................... 223
2.7.3 Da Eficácia do Casamento ............................................................. 224
3- Regime de Bens entre Cônjuges ..................................................... 225
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3.1- Princípios Básicos ........................................................................... 225

3.1.1 Princípio da autonomia privada ou livre estipulação .......................... 225


3.1.2 Princípio da indivisibilidade do regime de bens ................................. 226
3.1.3 Princípio da variedade de regime de bens ........................................ 226
3.1.4 Princípio da mutabilidade justificada ............................................... 226
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3.2- Pacto Antenupcial .......................................................................... 226

3.3- Separação Obrigatória de Bens ...................................................... 226

3.4- Regras Gerais quanto ao Regime de Bens ...................................... 229

3.5- Regras Especiais quanto ao Regime de Bens .................................. 230

3.6.1 Regime de comunhão parcial ......................................................... 230


3.6.2 Regime de comunhão universal ...................................................... 232
3.6.3 Regime de participação final nos aquestos ....................................... 233
3.6.4 Regime de separação convencional de bens ..................................... 234
4- Usufruto e Administração dos Bens de Filhos Menores ................... 234
5- Alimentos ....................................................................................... 235
6- Bem de Família ............................................................................... 236
6.1- Bem de família voluntário ou convencional .................................... 236

6.2- Bem de família legal ....................................................................... 237

AULA: Direito das Sucessões ...................................................................... 238

1- Introdução ...................................................................................... 238


2- Sucessão em Geral .......................................................................... 238
2.1- Abertura da Sucessão ..................................................................... 238

2.2- Da Herança e de sua Administração ............................................... 239

2.3- Da Vocação Hereditária .................................................................. 240

2.4- Da Aceitação e Renúncia da Herança .............................................. 241

2.5- Dos excluídos da sucessão ............................................................. 241

2.6- Da Herança Jacente ........................................................................ 241

2.7- Da petição da herança .................................................................... 242

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3- Sucessão Legítima .......................................................................... 242


3.1- A Ordem de Vocação Hereditária .................................................... 242

24.2.1 AVÔ ........................................................................................ 246


24.2.2 AVÓ ........................................................................................ 246
3.2- Sucessão na Vigência da União Estável .......................................... 246
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3.3- Os Herdeiros Necessários ............................................................... 247

3.4- O Direito de Representação ............................................................ 248

4- Sucessão Testamentária ................................................................. 249


4.1- Capacidade para Testar .................................................................. 249

4.2- Testamento .................................................................................... 250


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4.3- Testamentos Ordinários ................................................................. 250

4.4- Codicilos ......................................................................................... 251

4.5- Testamentos Especiais ................................................................... 252

4.6- Disposições Testamentárias ........................................................... 252

4.7- Legados .......................................................................................... 252

4.8- Direito de Acrescer entre Herdeiros e Legatários ........................... 253

4.9- Substituições .................................................................................. 253

4.10- Deserdação .................................................................................... 254

4.11- Redução das Disposições Testamentárias ...................................... 254

4.12- Revogação do Testamento .............................................................. 254

4.13- Rompimento do Testamento ........................................................... 255

4.14- Testamenteiro ................................................................................ 255

5- Inventário e Partilha ....................................................................... 255

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AULA: LINDB

1- INTRODUÇÃO

1.1- Leis naturais x leis jurídicas


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As leis naturais são decorrentes da própria ação da natureza, na qual


reina o chamado princípio da causalidade.
As leis jurídicas, por sua vez, são convenções que disciplinam regras
de conduta, que funcionam como diretivas para ação.

1.1- Direito Objetivo x Direito Subjetivo

1.2- Fontes do Direito

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1.3- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito

1.4- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro


....lex legum – sobredireito, superdireito, lei das leis, norma sobre as
normas. Logo, a LINDB possui de início duas características principais:

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CONJUNTO DE NORMAS SOBRE NORMAS e APLICABILIDADE A TODOS


OS RAMOS DO DIREITO.

As principais características da LINDB são:


- Ser um conjunto de normas sobre normas, pois é
uma lei que disciplina outras normas jurídicas,
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assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento,


sendo chamada de lei das leis (lex legum);
- Ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas
ao Direito Civil; e por ultrapassar em muito o âmbito do
Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste
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diploma legal contém normas de sobredireito.

Interesses Relações entre


do Estado particulares

Características das LEIS


A LEI objetiva atingir todas as pessoas que se encontrem na
Generalidade ou
mesma situação jurídica. Ela não é personalíssima. Não é

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Impessoalidade dirigida especificamente a um indivíduo; mas, à


coletividade. A exceção é a lei formal ou singular, que se
aplica apenas a uma pessoa. Exemplo: uma lei criada para
dar pensão a uma pessoa pública que esteja passando
dificuldades. A doutrina afirma que é um ato administrativo
com forma de lei.

Obrigatoriedade e O descumprimento da lei autoriza a aplicação de uma


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imperatividade sanção
Permanência ou
A lei não se esgota em uma única aplicação.
persistência
Se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma
indenização por perdas e danos caso tenha sofrido um
Autorizante prejuízo em virtude da lei. É aqui que a lei se distingue das
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normas sociais, que, se violadas, não ensejam perdas e


danos.

Pois bem, segundo sua força obrigatória, as leis podem ser:

2- Vigência e Eficácia da Norma

O art. 1o, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência


sincrônica:

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• Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é


simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou
seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data
estipulada para sua entrada em vigor.
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.....de acordo com a dependência de outras normas, podem ser:

a) Normas de eficácia plena – quando a eficácia é imediatamente


concretizada;

b) Normas de eficácia limitada – quando a eficácia depende de uma


outra norma; e

c) Normas de eficácia contida – quando a eficácia pode ser restringida


por outra norma.

- Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia
do fim) de vigência previsto expressamente em seu corpo.

- Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a


determinadas circunstâncias, como guerra, epidemia, etc.

§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,


quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
[...].

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O processo de nascimento de uma lei pode ser apresentado da seguinte


forma:
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PROMULGAÇÃO ≠ PUBLICAÇÃO

Existem três espécies de leis de acordo com o prazo de vacatio legis:

1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão,

2) Lei com “vacatio legis” tácita: ..., no silêncio da lei, entra em


vigor no país 45 dias depois de oficialmente publicada

3) Lei sem “vacatio legis”: é aquela de pequena repercussão,

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O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis.

Art. 1o da LIDB – [...].

§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu


texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos
anteriores começará a correr da nova publicação.

§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

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3- Revogação da Norma

1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou

2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é


revogada.
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Princípio da Continuidade (art. 2o, caput, da LIDB).

Art. 2o § 1o da LIDB - A lei posterior revoga a anterior quando


expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando
regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

1) Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos


que estão sendo por ela revogados.

2) Revogação tácita ou indireta: se subdivide em dois tipos.

- Revogação tácita por incompatibilidade; e

- Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente


uma matéria tratada por uma lei anterior).

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Art. 9o da LC 95/98 - A cláusula de revogação deverá enumerar,


expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.

CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA APARENTE

1) HIERÁRQUICO (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em


verificar qual das normas é superior, independentemente da data de
vigência das duas normas (exemplo: um regulamento não poderá revogar
uma lei ainda que entre em vigor após esta);
2) ESPECIALIDADE (lex specialis derrogat legi generali): as normas
gerais não podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e
instituída em norma especial, e;
3) CRONOLÓGICO (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar
em vigor posteriormente irá revogar a norma anterior que estava em
vigor.

Prevalecem as leis de hierarquia


superior

Prevalecem as leis especiais em


relação às gerais

Prevalecem as leis novas em


relação às anteriores

Princípio da conciliação (art. 2o, § 2o da LINDB).

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Princípio da conciliação: se uma lei não contraria outra já existente,


então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

Repristinação (art. 2o, § 3o da LINDB).


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Art. 2o, § 3o da LINDB - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não


se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

... a regra é a não-restauração da norma

4- Conflito de Normas no Tempo

Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:

• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo


novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma
anterior;

• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir


fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.

.... efeitos, temos que eles podem ser:

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a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem


seus efeitos produzidos na vigência daquela lei.

b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.

c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei


anterior e não produziram todos os seus efeitos nela.
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• Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de


seu tempo

• Direito Adquirido: é direito incorporado ao patrimônio do particular

Apesar de não ser cabível recurso, a coisa julgada pode ser


questionada por meio de ação rescisória (não é um recurso),

Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada;

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5- Princípio da Obrigatoriedade

art. 3º da LINDB.

Pode ser uma exceção o art. 8º da Lei de Contravenções Penais.

Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando


escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada.

6- Preenchimento da Lacuna Jurídica

Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição ou da


jurisdição obrigatória (art. 4o da LINDB)

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ORDEM
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MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO

Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado


deve fazer uso da analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos
princípios gerais de direito.

OBSERVAÇÃO SOBRE A EQUIDADE !!!!

Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou


obscuridade do ordenamento jurídico.

Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos


em lei.

- Entretanto, tome cuidado com questões de prova que mencionam ser a


equidade uma fonte de integração do ordenamento jurídico expressa na
LINDB, pois a afirmativa estará errada.
ANALOGIA é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade
de integração da lei.

ANALOGIA LEGAL ➔ UMA NORMA

ANALOGIA JURÍDICA ➔ CONJUNTO DE NORMAS


O COSTUME é a repetição da conduta, de maneira constante e
uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade.

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1) Costume secundum legem - é o que auxilia a esclarecer o conteúdo


de certos elementos da lei (art. 569, II do CC).

2) Costume contra legem ou negativo – é o que contraria a lei.

3) Costume praeter legem ou integrativo – é o que supre a ausência


ou lacuna da lei nos casos omissos (art. 4o da LIDB).
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CARACTERÍSTICAS - CONTINUIDADE
DOS - DIUTURNIDADE
COSTUMES - OBRIGATORIEDADE
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO são postulados que estão implícita ou
explicitamente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras.
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7- Critérios de Hermenêutica Jurídica

Hermenêutica jurídica é a ciência, a arte da interpretação da


linguagem jurídica.

INTEGRAÇÃO INTERPRETAÇÃO


NÃO HÁ LEI HÁ UMA LEI DÚBIA

Art. 5o da LINDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins


sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.

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8- Conflitos de Norma no Espaço

Pela LINDB (arts. 7o a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes


da aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de
soberania dos Estados, por isso, é que a Lei de Introdução é considerada o
Estatuto de Direito Internacional Público e Privado.

TERRITORIALIDADE (lei do país em que se originar a relação jurídica)

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles


concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem
situados.

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país


em que se constituírem.

Art. 11 As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as


sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se
constituírem.

Art. 13 A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei
que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se,
não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira
desconheça.

EXTRATERRITORIALIDADE possível a utilização de uma lei diferente da


original

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Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras


sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade
e os direitos de família.

Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em


que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens.
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Art. 12 É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o


réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a
obrigação.

Art. 17 As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer


declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando
ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons
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costumes.

9- Estatuto de Direito Internacional Privado

Art. 7º, LINDB:

§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades


diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.

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§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em


que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro
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domicílio

§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante


expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de
comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta
adoção ao competente registro.
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§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges


forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação
judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito
imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das
sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de
seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado,
decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças
estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir
todos os efeitos legais.

§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-


se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador
aos incapazes sob sua guarda.

§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no


lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes,


aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.

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Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em


que se constituírem.

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens.

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Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as


sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.
§ 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes
de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei
brasileira.

§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que


eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação.
§ 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários
à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.

Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado
no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a
imóveis situados no Brasil.

§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a


forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade
estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele
vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais
brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca
prova do texto e da vigência.

Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os
seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a


execução no lugar em que foi proferida;

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d) estar traduzida por intérprete autorizado;

e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da


Constituição Federal).
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


I - processar e julgar, originariamente:
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i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de


exequatur às cartas rogatórias;

Perceba que o art. 105, I da CF/88 alterou a competência para


homologar sentenças proferidas no estrangeiro do STF para o STJ.
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Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei
estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer
remissão por ela feita a outra lei.

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a
ordem pública e os bons costumes.

Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares


brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de
tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou
brasileira nascido no país da sede do Consulado.

§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação


consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou
incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo
constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha
dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo
cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.

§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará


mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas
uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a
assinatura do advogado conste da escritura pública.

Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados
pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de
1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais.

Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas
autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao
interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da
data da publicação desta lei.

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AULA: Pessoa Natural. Pessoa Jurídica. Domicílio

1- Conceito de Pessoa
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2- Pessoal Natural

2.1- Conceito de pessoa natural


A pessoa natural, sinônimo de pessoa física, é o ser humano
considerado como sujeito de direitos e obrigações. Para ser uma pessoa, basta
existir, basta nascer com vida, adquirindo personalidade jurídica.
Portanto, no conceito de pessoa natural não estão abrangidos seres que não
sejam humanos, como animais, seres inanimados, entidades místicas e
metafísicas.

2.2- Capacidade de Direito X Capacidade de Fato

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CONCLUSÃO: Para possuir capacidade plena, a pessoa precisa possuir


capacidade de direito e capacidade de fato.
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Capacidade de Fato ou
de Exercício
Nem todos possuem

LIMITADA

Capacidade de
Direito ou de Gozo-
Todos possuem

ILIMITADA

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➔ O nascituro tem direito a receber doação (art. 542 do CC)


➔ O nascituro tem direito a participar da sucessão hereditária (art.
1.798 do CC)
as três teorias acerca da aquisição da personalidade civil da pessoa natural
pode ser esquematiza com abaixo:
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A partir da concepção:
personalidade jurídica FORMAL.
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A partir do nascimento com vida:


personalidade jurídica MATERIAL.

2.3- Capacidade x Legitimação


A legitimação difere da capacidade de direito ou de gozo, pois
esta todas as pessoas a possuem, ao passo que aquela é característica de
apenas alguns. Como exemplo temos o art. 1.749, I do CC:
Art. 1.749 do CC - Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor,
sob pena de nulidade:

I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato


particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor; [...].

2.4- Incapacidade absoluta e relativa

Macete: RIA!

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Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz


Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos
Pessoas Ébrios habituais, viciados em
tóxicos, pródigos, aquele que não
puder exprimir sua vontade (por
causa transitória ou permanente).
2.4.1- Incapacidade Absoluta

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2.4.2- Incapacidade Relativa


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Observação: Existem algumas situações excepcionais em que os


relativamente incapazes podem praticar atos sozinhos, ou seja, sem a
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necessidade de assistência, como por exemplo:

1. Fazer um testamento;
Art. 1.860. Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis
anos.
2. Aceitar mandato para praticar negócios;
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não
emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra
ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações
contraídas por menores.
3. Ser testemunha a partir de 16 anos, etc.
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;

2.5- Capacidade civil do índio


Art. 4º, Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada
por legislação especial.

O Estatuto do Índio dispõe que todo ato praticado por silvícola, sem a
assistência da FUNAI, é nulo. O próprio Estatuto, no entanto, dispõe que o juiz
poderá considerar válido o ato se constatar que o silvícola tinha plena
consciência do que estava fazendo e que o ato não foi prejudicial a ele.

2.6- CURATELA X TUTELA

TUTELA ➔ amparo de menores


CURATELA ➔ amparo de maiores com “problemas”

Art. 1.728 do CC -. Os filhos menores são postos em tutela:

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I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;


II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
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V - os pródigos.

2.7- Cessação da Incapacidade


1. Maioridade - ao completar 18 (dezoito) anos;
2. Levantamento da interdição – pode verificar-se se cessar a causa que
determinou o respectivo decretamento, quer mediante requerimento do
próprio interdito, quer por quem tinha legitimidade para requerer o
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decretamento da interdição. (Ex.: o vício em tóxico deixa de existir); e


3. Emancipação – aquisição da capacidade civil plena antes de completar 18
(dezoito) anos, ou seja, representa a antecipação da capacidade civil plena.
Também pode ser de 3 (três) tipos: voluntária, judicial e legal.

Ainda, são características da emancipação:

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Irrevogabilidade Não pode ser revogada pelos pais do menor.


Perpetuidade Se o casamento for desfeito a emancipação continua.
Pura e simples Não admite termo ou condição.

2.8- Extinção da personalidade


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...conforme disposto no artigo 6° do Código Civil:


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2.8.1- Morte presumida sem decretação de ausência

2.8.2- Morte presumida com decretação de ausência


Também é possível que a morte presumida seja declarada quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva
(art. 6º, CC).

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Se o ausente já tiver 80 anos de idade e a ausência durar,


pelo menos, 5 anos, poderá ocorrer a sucessão definitiva,
pois não é necessário que esperemos 3 anos (curadoria dos
bens) + 10 anos (sucessão provisória) em decorrência da
idade avançada apresentada.

2.8.3- Comoriência
Comoriência é o nome dado a essa presunção de morte simultânea,
quando não se pode determinar a ordem dos falecimentos. O artigo 8° do
Código Civil trata essa situação, conforme esquematizamos a seguir.

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2.9- Registro e averbação


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2.10- Direitos de personalidade


Na conceituação da Profª. Maria Helena Diniz, “os direitos da
personalidade são direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe
é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio
corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do
corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de
pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua
integridade moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico,
identidade pessoal, familiar e social)”.

Os direitos da personalidade são aplicáveis, no que couber, às pessoas


jurídicas.

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Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: são as características


mencionadas no art. 11 do CC. Entretanto, ressalta-se que alguns
atributos da personalidade admitem a cessão de seu uso, tal como a
imagem que pode ser explorada economicamente, mediante uma
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retribuição em dinheiro.
Absolutismo: o caráter absoluto decorre da oponibilidade erga omnes,
ou seja, todas as pessoas devem respeitar os direitos da personalidade
de outra, sem exceção.
Não limitação: o Código Civil enumera um rol meramente
exemplificativo de direitos da personalidade, pois é impossível imaginar
uma lista taxativa de tais direitos. Conclui-se que eles são ilimitados.
Imprescritibilidade: os direitos da personalidade não se extinguem
pelo não uso ou pelo decurso de tempo.
Impenhorabilidade: são direitos inerentes à pessoa humana e dela
inseparáveis, e por essa razão, indisponíveis, ou seja, não podem ser
penhorados.
Não sujeição à desapropriação: pelo fato dos direitos da
personalidade se ligarem à pessoa de modo indestacável, não podem
ser retirados contra a sua vontade.
Vitaliciedade: os direitos da personalidade são inatos (adquiridos no
momento da concepção) e acompanham a pessoa até a sua morte.
Entretanto, alguns direitos ultrapassam o momento da morte, tal como
o respeito ao morto, à sua honra, à sua memória, ao seu direito de
autor, etc.

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Ressalta-se que os legitimados acima agem em “nome próprio”, por


direito próprio, visto que as lesões direcionadas ao falecido seriam sentidas
por eles. São os denominados lesados indiretos.
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2.10.1- Direito à integridade física

proibido

OU

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2.10.2- Integridade moral: Nome


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João Pereira Neto

prenome sobrenome agnome

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2.10.3- Proteção à imagem e à transmissão da palavra


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• Art. 12, §único: cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha


reta, ou colateral até o quarto grau.
• Art. 20, §único: o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes –
somente parentes em linha reta.

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2.10.4- Proteção à intimidade


E o artigo 21 do Código Civil dispõe que a “vida privada da pessoa
natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta
norma”.
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Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização


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prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de


seus familiares. Essa autorização prévia seria uma forma de censura,
não sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela
CF/88.
Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia
entenda que seus direitos foram violados pela publicação, ele terá
direito à reparação, que poderá ser feita não apenas por meio de
indenização pecuniária, como também por outras formas, tais como a
publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de
resposta etc.
STF. Plenário. ADI 4815, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/06/2015.

2.10.5- Estado
Define-se estado o modo particular de existir da pessoa natural, que
pode ser visto sob três óticas: individual ou físico, familiar e político.

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O estado individual (ou físico) está ligado a características do


indivíduo, como idade, sexo, saúde mental e física, se possuidor de alguma
deficiência, etc.
O estado familiar refere-se à posição que o indivíduo ocupa na
família.
O estado político identifica a posição do indivíduo em relação a sua
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condição política e nascimento, se nacional (nato ou naturalizado), ou


estrangeiro.

3- Pessoas Jurídicas
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3.1- Conceito de Pessoa Jurídica


A pessoa jurídica é o conjunto de pessoas naturais ou de
patrimônios, que visa a consecução de certos fins, reconhecida pela ordem
jurídica como sujeito de direitos e obrigações. Para existir, são necessários
três requisitos:
1) Organização de pessoas ou de bens;
2) Licitude de propósitos ou fins; e
3) Capacidade jurídica reconhecida por norma.

3.2- Classificação das pessoas jurídicas

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Além dessas, temos a classificação das pessoas jurídicas quanto às


funções e capacidade: as pessoas jurídicas são de direito público (interno
– art. 41 do CC - ou externo – art. 42 do CC) e de direito privado.
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3.3- Começo da existência legal das pessoas jurídicas

Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado


com:

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(art. 46):

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Obs.: É entendimento jurisprudencial que a pessoas jurídica poderá sofrer


dano moral. Tanto é que temos a Súmula nº 227 do STJ: “A pessoa jurídica
pode sofrer dano moral”.

3.4- Fim da existência legal das pessoas jurídicas


A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado termina através
da dissolução (ato declaratório motivado por causas supervenientes à
constituição da sociedade, oriundo de deliberação dos sócios, do Poder
Judiciário ou de autoridade administrativa, com a finalidade de fazer cessar as
atividades) e da liquidação (objetiva a desativação operacional da sociedade
e a apuração do ativo e passivo para posterior pagamento das dívidas e
partilha do patrimônio remanescente entre os sócios). Após estar encerrada a
liquidação promove-se o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica no
respectivo registro. Caso a pessoa jurídica esteja em funcionamento
decorrente de autorização do Poder Executivo, o seu término também pode
ocorrer através de um ato governamental que cassar a autorização para
o funcionamento.

3.5- Associações
Surgem quando não há um fim lucrativo ou intenção de dividir o
resultado, embora tenham patrimônio, formado por contribuição de seus
membros para a obtenção de fins culturais, educacionais, esportivos,
religiosos, beneficentes, recreativos, morais, etc.

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Obs.: Enunciado nº 534 da VI Jornada de Direito de Civil: “As associações


podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja
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finalidade lucrativa”.
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O artigo 56 estabelece que “A qualidade de associado é


intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário”. E, conforme seu
parágrafo único:

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salvo disposição
diversa do estatuto
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➢ Competência privativa da AGE:

Sendo exigido
deliberação da
assembleia
especialmente
convocada para esse
fim, cujo quorum
será o estabelecido
no estatuto, bem
como os critérios de
eleição dos
administradores.
o, bem como os
critérios de eleição
➢ Convocação de órgãos deliberativos: dos
administradores. as
deliberações

➢ Dissolução da associação:

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depois de deduzidas, se for o


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caso, as quotas ou frações


ideais referidas no parágrafo
único do art. 56

3.6- Sociedades
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A SOCIEDADE é uma pessoa jurídica de direito privado constituída


por “pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou
serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados“ (art. 981, CC).

3.7- Das fundações

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...a instituição de uma fundação deve atravessar as seguintes fases:


dotação de bens livres (arts. 63 e 64, CC), elaboração do estatuto (art.
65), aprovação do Estatuto pelo Ministério Público e registro no
Cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
❖ Fase da dotação de bens livres (arts. 63 e 64):

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3.8- Partidos políticos


Sua organização e seu funcionamento são regulados por lei específica
(Lei 9.096/95). Art. 44, § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão
conforme o disposto em lei específica.

3.9- Organizações religiosas


Também têm natureza de associação.
Art. 44, § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna
e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder
público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e
necessários ao seu funcionamento.

3.10- EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada


A empresa individual de responsabilidade limitada, EIRELI, foi criada
pela lei nº 12.441/2011 como nova forma de organização do empresário
individual; não é um novo tipo de sociedade.

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3.11- Desconsideração da personalidade jurídica


A partir de sua personalidade jurídica, o ente jurídico pode adquirir
direitos e contrair obrigações. Desta forma, em consequência, fica
caracterizado o chamado princípio da autonomia patrimonial,
Todavia, no intuito de evitar o uso indevido da personalidade jurídica,
em certas circunstâncias, a regra da separação patrimonial poderá ser
afastada momentaneamente por meio da aplicação da chamada Teoria da
Desconsideração da Personalidade Jurídica ou disregard doctrine.

Art. 50:

OU

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Em resumo, temos que:


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3.12- Grupos despersonalizados ou despersonificados


Nem todo grupo social constituído para a execução de uma atividade é
dotado de personalidade. Apesar de alguns grupos possuírem características
peculiares à pessoa jurídica, lhes faltam requisitos indispensáveis à
personificação. Os principais são os seguintes:
- Família: apesar de ser a base da sociedade, não tem legitimidade ativa ou
passiva no campo processual;
- Espólio: é o conjunto de bens formado com a morte de alguém. Tal ente
possui legitimidade, devendo ser representado pelo inventariante, entretanto,
não deve ser considerado pessoa jurídica;
- Herança jacente ou vacante: caso a pessoa faleça e não deixe sucessores,
os seus bens serão destinados ao poder público e, da mesma forma que o
espólio, tal conjunto de bens não pode ser considerado pessoa jurídica;
- Massa falida: é o conjunto de bens formado com a decretação de falência
de uma pessoa jurídica, sendo que não constitui uma pessoa jurídica pois
representa uma simples arrecadação de coisas e direitos;
- Sociedade de fato: são empresas que não possuem estatuto ou contrato
social e, por isso, não foram registradas;
- Sociedades irregulares: é o ente constituído por uma empresa que possui
estatuto ou contrato social, entretanto tal documento não foi registrado na
Junta Comercial estadual, tal como ocorre com a sociedade em comum e a
sociedade em conta de participação;
- Condomínio: para alguns doutrinadores, o condomínio edilício constitui uma
pessoa jurídica, tanto que pode ter inscrição no CNPJ, para outros
doutrinadores não constitui pessoa jurídica.
E se cair na prova perguntando se o condomínio é ou não pessoa
jurídica?
A tendência moderna tem sido aceitar o condomínio como pessoa
jurídica (com personalidade jurídica),

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4- Domicílio Civil

4.1- Domicílio da Pessoa Natural


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Art. 71 do CC - Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências,


onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
(PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS)
Art. 72 do CC -É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. (DOMICÍLIO
PROFISSIONAL)
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada
um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
(PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS)

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Art. 73 do CC - Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha


residência habitual, o lugar onde for encontrada. (AUSÊNCIA DE
RESIDÊNCIA)
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Obs.: Macete utilizado pelos “concurseiros”: SIM PM (servidor, incapaz,


militar, preso e marítimo).

- Todas as pessoas possuem domicílio.


- O Código Civil adota a teoria da pluralidade
domiciliar.
- Para o preso ter domicílio necessário de ve
haver uma sentença condenatória transitada
em julgado.

4.2- Domicílio da Pessoa Jurídica

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Domicílio da pessoa jurídica de direito público interno


União Distrito Federal.
Estados e Territórios Respectivas capitais.
Lugar onde funcione a administração
Municípios
municipal.

Domicílio das demais pessoas jurídicas


Onde elegerem domicílio especial
Regra no seu estatuto ou atos
constitutivos.
Lugar onde funcionarem as respectivas
Na falta de domicílio especial
diretorias e administrações.

Diversos estabelecimentos Cada um deles será considerado


domicílio para os atos nele praticados.
(pluralidade domiciliar)
Se a administração ou diretoria o lugar do estabelecimento, sito no
tiver sede no estrangeiro Brasil, a que ela corresponder.

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AULA: DOS BENS

1- Dos bens: Considerações Iniciais

Bens são valores materiais (corpóreos) ou imateriais


(incorpóreos) que têm valor econômico e que podem servir
de objeto a uma relação jurídica.

Obs.: Coisas X bens: são conceitos que não se confundem, embora a


coisa represente espécie da qual o bem é o gênero.

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X
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2- Dos Bens Considerados em Si Mesmos

OU

OU

OU

OU

OU

2.1- Bens móveis e imóveis


2.1.1- Bens imóveis
É tudo que se incorpora naturalmente (acessão natural) ou
artificialmente (acessão artificial) ao solo.

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2.1.2- Bens móveis


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Sobre os navios e aeronaves, apesar de poderem ser dados


em hipoteca (instituto jurídico característico de bens imóveis),
eles não perdem a característica de bens móveis.

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2.2- Bens fungíveis e infungíveis


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2.3- Bens consumíveis e inconsumíveis


A definição legal (art. 86 do CC) é “São consumíveis os bens móveis
cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também
considerados tais os destinados à alienação”. Embora não haja definição no
CC, o bem será inconsumível quando não atender a esses requisitos.

OU

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COMODATUM AD POMPAM VEL OSTENTATIONEM ➔ o bem


se torna infungível e inconsumível em decorrência da
vontade das partes.
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2.4- Bens divisíveis e indivisíveis


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OU

Assim temos: Bem indivisível por natureza x Bem indivisível por


lei

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2.5- Bens singulares e coletivos


São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per
si, independentemente dos demais (art. 89 do CC). A expressão “per si”,
oriunda do latim, significa por si, ou seja, de forma individual.
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Bens Singulares São considerados individualmente

DE FATO Pluralidade de bens


vontade do dono singulares que, pertinentes à
UNIVERSALIDADES
mesma pessoa, tenham
destinação unitária.
Consideram o DE DIREITO por O complexo de relações
conjunto força de lei jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.

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3- Dos Bens Reciprocamente Considerados

Em relação ao solo a árvore é acessório, mas em relação ao fruto que


ela produz é principal (art. 92, CC):
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OU

3.1- Frutos
Frutos são elementos que são produzidos peridocamente pelo bem
principal, sem provocar alteração em sua substância.
Quanto à origem os frutos dividem-se em:
➢ Frutos naturais: aqueles produzidos pela força orgânica (ex.:
bezerro, carneiro, maçã, laranja);
➢ Frutos industriais: os produzidos pela arte humana (ex.: tecido
produzido pelo tear); e
➢ Frutos civis: aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão
remunerada da posse (ex.: rendimentos, juros, aluguel).

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3.2- Produtos
Ao contrário dos frutos, os produtos não são renováveis
periodicamente, e provocam alteração na substância do bem principal que os
produz. Por exemplo, o carvão mineral.

3.3- Benfeitorias
As benfeitorias podem ser entendidas como algo para conservar,
embelezar ou melhorar o uso de um bem. As benfeitorias podem ser
voluptuárias, úteis ou necessárias.

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3.4- Pertenças

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4- Bens Públicos e Bens Privados: regime jurídico

... são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público interno; todos os outros são privados, seja
qual for a pessoa a que pertencerem (art. 98 do CC). Portanto, o Critério
utilizado pelo legislador foi o da titularidade do bem, independente de sua
afetação (destinação).
Obs.: Res Nullius: são as coisas de ninguém, como por exemplo: bens
abandonados e os peixes no fundo do mar.
Enunciado 287 do CJF – Art. 98. O critério da classificação de bens
indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos
bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem
pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à
prestação de serviços públicos.

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Obs.: Afetação: é o ato ou fato pelo qual se confere a um bem a finalidade pública
de uso comum ou especial. Decorre de ato legal ou administrativo. Desafetação:
ocorre a transformação de um bem de uso comum em bem de uso especial ou
dominical, ou ainda, um bem de uso especial se transforma na categoria de uso
comum ou dominical.

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Art. 102 do CC - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Súmula nº 340 do Supremo Tribunal Federal: “Desde a


vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais
bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”.
Art. 183, §3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
(urbano)

Art. 191, Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião. (rural)

CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS

- INALIENABILIDADE: trata-se de uma característica relativa, pois atinge


somente os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial;
- IMPENHORABILIDADE: os bens públicos não podem ser dados em
garantia; e
- IMPRESCRITIBILIDADE: os bens públicos são insuscetíveis de aquisição
por usucapião.

4.1- Terras devolutas


Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas
que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas. .... por

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não estarem reservadas para um determinado fim, as terras devolutas são


bens públicos dominicais.

5- Bens no comércio e fora do comércio


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6- Bem de família: legal e convencional

O bem de família legal é aquele tratado pela Lei nº 8.009/90, que


dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Refere-se ao imóvel
próprio do casal ou da entidade familiar. Como regra é: ”é impenhorável e
não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal,
previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos
pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam”. Tal regra é
afastada nos casos previstos em lei.

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AULA: Fatos e negócios jurídicos. Prescrição e decadência.

1- Conceito de fato jurídico

Os fatos jurídicos são acontecimentos, previstos em norma de direito,


em razão dos quais nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as
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relações jurídicas. As três categorias de fenômenos estudados na teoria geral


do Direito
Civil:
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Os atos jurídicos são espécies de fatos jurídicos.

1.1- Aquisição do direito (nascimento)


- Originária: ocorre sem interferência de um titular anterior (ex.: usucapião);
- Derivada: decorre da transferência feita por outra pessoa (ex.: doação).

- Gratuita: quando só o adquirente aufere vantagens (ex.: herança);


- Onerosa: quando se exige uma contraprestação do adquirente,
possibilitando a ambos a obtenção de benefícios (ex.: compra e venda);

- A título singular: se refere a bens determinados, seja a título inter vivos ou


a título causa mortis (ex.: compra e venda);
- A título universal: quando o adquirente sucede o antecessor na totalidade
de seus direitos (ex.: herdeiro)

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1.2- Subsistência de Direitos (conservação)


Para resguardar ou conservar seus direitos - medidas ou providências
preventivas (ex.: a garantia de uma dívida por uma hipoteca ou um aval) ou
repressivas (ex.: ação), judiciais ou extrajudiciais.
Art. 1.210, § 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se
ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos
de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à
manutenção, ou restituição da posse.
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1.3- Modificação de Direitos


Os direitos nem sempre conservam as suas características iniciais, pois
podem sofrer mutações quanto ao objeto (ex.: novação objetiva), quanto aos
sujeitos (ex.: cessão de crédito) ou quanto a ambos os aspectos.
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1.4- Extinção de Direitos


Razões: representam ou decorrem de um fato jurídico.

2- Classificação dos fatos jurídicos

Os fatos jurídicos dividem-se em dois grandes grupos: o grupo dos fatos


naturais e o grupo dos fatos humanos.

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Fato Jurídico Descrição


São aqueles provenientes de fenômenos naturais, sem
NATURAL a intervenção da vontade humana, e que produzem
efeitos jurídicos. Podem ser ordinários ou extraordinários:

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(Involuntários) São aqueles que normalmente


acontecem (previsíveis) e produzem
efeitos relevantes para o direito (ex:
Ordinário
nascimento, maioridade, morte,
decurso de tempo – prescrição e
decadência - etc.).
São aqueles que chamamos de caso
fortuito e força maior (imprevisíveis),
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tendo importância para o direito porque


excluem qualquer responsabilidade
(exemplo: desabamento de um
Extraordinário
edifício em razão de fortes chuvas,
incêndio de uma casa provocado por
um raio, naufrágio de uma
embarcação decorrente de um
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maremoto, etc.).
São acontecimentos que dependem da vontade
humana, abrangendo tanto os atos lícitos como os
ilícitos. Os atos lícitos também são chamados de atos
jurídicos em sentido amplo. Os fatos humanos podem ser
atos ilícitos ou atos lícitos:
São os que têm relevância para o
direito por gerarem obrigações e
Atos Ilícitos
deveres para quem os pratica (arts.
HUMANOS 186 e 187).
A consequência da prática de um ato
(Voluntários) lícito é a obtenção do direito, o que
acarreta a produção de efeitos jurídicos
Atos Lícitos desejados pelo agente. Dividem-se no
(ato jurídico ato jurídico em sentido estrito e no
em sentido negócio jurídico. Entretanto, o Código
amplo) Civil destinou apenas um artigo aos
atos lícitos (art. 185 do CC), atribuindo-
lhes o mesmo tratamento dos negócios
jurídicos.

3- Negócio jurídico

... é uma espécie de ato jurídico lícito, no qual há autonomia


privada, uma vez que se considera a vontade das partes.
3.1- Classificações

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3.1.1- Quanto ao número de partes (manifestação das partes)

Os unilaterais dependem de apenas uma declaração de vontade, ou


seja, o ato volitivo (declaração de vontade) provém de um ou mais sujeitos,
desde que estejam no mesmo polo da relação jurídica (ex.: testamento,
promessa de recompensa, etc.).
Nos bilaterais há duas manifestações de vontade contrárias, em
relação a um mesmo objeto. E, caso haja mais de duas partes envolvidas,
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será plurilateral.
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3.1.2- Quanto ao tempo que produzem efeitos

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3.1.3- Quanto às vantagens que produzem


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3.1.4- Quanto à forma (formalidades)

Quanto à forma, os negócios jurídicos podem ser: solenes (formais) e


não solenes (não formais). Os solenes requerem uma forma especial,
prescrita em lei.

3.1.5- Quanto ao conteúdo

- Patrimonial: versa sobre questões suscetíveis de aferição


econômica (ex.: compra e venda); e
- Extrapatrimonial: versa sobre questões não suscetíveis de
aferição econômica (ex.: questões relacionadas aos direitos
personalíssimos e ao direito de família).

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3.1.6- Quanto aos seus efeitos

- Constitutivo: a eficácia opera efeitos ex nunc, ou seja, a partir do


momento da conclusão (ex.: compra e venda); e
- Declaratório: a eficácia opera efeitos ex tunc, ou seja, retroage e se
efetiva a partir do momento em que se operou o fato a que se vincula a
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declaração de vontade (ex.: divisão do condomínio, partilha,


reconhecimento de filhos, etc.).

3.1.7- Quanto à sua existência

- Principal: é aquele que existe por si mesmo, independente de qualquer


outro (ex.: locação); e
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- Acessório: é aquele cuja existência se subordina ao negócio principal


(ex.: fiança.).

3.1.8- Quanto ao exercício dos direitos

- Negócio de disposição: implica o exercício de amplos direitos sobre o


objeto (ex.: doação); e
- Negócio de simples administração: concerne ao exercício de direitos
restritos sobre o objeto, sem que haja alteração em sua substância (ex.:
locação de uma casa – o inquilino não pode vender a casa, pois tem apenas
a posse.).

3.2- Interpretação dos Negócios Jurídicos


1) Princípio da prevalência da intenção dos agentes;
2) Princípio da boa-fé;
3) Princípio da interpretação restritiva dos negócios benéficos.

3.2.1- Princípio da prevalência da intenção dos agentes

Nos negócios escritos parte-se da declaração de vontade escrita para se


chegar à vontade dos contratantes. Entretanto, ...
Art. 112 do CC - Nas declarações de vontade se atenderá mais à
intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da
linguagem.
3.2.2- Princípio da boa-fé

...os contratantes procedem com lealdade e que tanto a proposta como


a aceitação ocorreram dentro da regra da boa-fé.
Art. 113 do CC - Os negócios jurídicos devem ser interpretados
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

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3.2.3- Interpretação restritiva dos negócios benéficos

Art. 114 do CC - Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia


interpretam-se estritamente.

3.3- Representação
Ocorre a representação quando uma pessoa celebra negócios jurídicos
em nome de outra. A representação pode decorrer da lei (representação
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legal) ou da vontade do representado (representação voluntária ou


convencional). Vide art. 115 do CC.
Como exemplo de representação voluntária, ...

Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de


outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou
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administrar interesses. A procuração é o instrumento do


mandato.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com
quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a
extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem.
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são
os estabelecidos nas normas respectivas; os da representação
voluntária são os da Parte Especial deste Código.

EFEITOS DA REPRESENTAÇÃO
LEGAL São estabelecidos na própria lei.
VOLUNTÁRIA São estabelecidos por ocasião do contrato de mandato.

3.3.1- Negócio consigo mesmo

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio


jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem,
celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo
representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes
houverem sido subestabelecidos.
Como regra, o negócio celebrado consigo mesmo é anulável.
Porém, uma situação de validade do negócio consigo mesmo ocorre por
meio do mandato em causa própria, segundo o art. 685 do CC.

Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua
revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das
partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo
transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato,
obedecidas as formalidades legais.

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NEGÓCIO CELEBRADO CONSIGO MESMO

REGRA É anulável.
Quando houver permissão pela lei ou pelo representado.
EXCEÇÃO
Ex.: mandato em causa própria
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3.4- Elementos dos Negócios Jurídicos


...são requisitos de validade e existência do negócio jurídico. Caso
não haja algum desses elementos, o negócio jurídico será inválido, e não
produzirá efeitos.
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Elementos
Elementos essenciais
acidentais
Validade
Existência Eficácia
Nulo Anulável Válido
Absolutamente Relativamente Plenamente
Agente
Incapaz incapaz capaz
Lícito,
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Ilícito, possível,
Objeto impossível e x determinado
indeterminável ou
determinável CONDIÇÃO
Prescrita ou
Inobservância
Forma x não proibida
de lei
por lei
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TERMO
Erro
substancial,
dolo
ENCARGO
essencial,
Livre, de
Simulação, coação moral,
Vontade boa-fé e
coação física*. estado de
consciente
perigo, lesão
e fraude
contra
credores.
*posição não pacífica na doutrina. Alguns autores defendem que a coação física
irresistível acarreta a inexistência do negócio jurídico; outros dizem que ela provoca a
nulidade absoluta do ato negocial.
Segue tabela sobre os elementos do negócio jurídico:

Agente, objeto e vontade


ELEMENTOS COMUNS
(consentimento).
ESSENCIAIS
PARTICULARES Forma e prova do ato negocial.
ELEMENTOS
Condição, termo e encargo.
ACIDENTAIS
3.4.1- Agente capaz

Art. 180 do CC - O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não


pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se

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dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se,


no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
.... art. 105 do CC:
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3.4.2- Objeto

Para ato ser válido, é necessário que o objeto seja lícito (de acordo
com a lei, moral, ordem pública e bons costumes – ex.: é vedado o contrato

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de herança de pessoa viva pelo art. 426 do CC); possível (ex.: não pode ser
objeto de contrato uma viagem para júpiter); e determinado
(individualizado) ou, ao menos, determinável – passível de individualização
em um momento futuro (ex.: não se pode comprar um animal sem especificar
a espécie). Caso contrário, o negócio jurídico será nulo.
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3.4.3- Forma

A forma é o meio de exteriorização da vontade.

1) Forma livre ou geral: é a regra adotada pelo art. 107 do CC. Em regra os
negócios jurídicos são informais, podendo os agentes adotar a forma que bem
lhes aprouver (princípio da liberalidade das formas).
Art. 107 do CC - A validade da declaração de vontade não dependerá de
forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.

2) Forma especial ou solene: é aquela que, por lei, não pode ser preterida
por outra; logicamente, como já foi dito, não constitui a regra. Pode se
apresentar sob três tipos:
2.1) Forma especial ou solene única: neste tipo a lei prevê uma
formalidade essencial e não admite qualquer outra configuração, como é o
caso dos arts. 108, 1.227, 1.245 e 1.653 do CC.

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Não dispondo a
lei em contrário

2.2) Forma Plural: as vezes a lei faculta a prática do ato negocial mediante
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duas ou mais formas prescritas,


Art. 62 do CC - Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por
escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres,
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira
de administrá-la.
Art. 1.711 do CC - Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante
escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio
para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do
patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas as regras
sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei
especial.
2.3) Forma genérica: Caracteriza-se por um conjunto de elementos escritos
tal como ocorre no contrato de empreitada.
Art. 619 do CC - Salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se
incumbir de executar uma obra, segundo plano aceito por quem a
encomendou, não terá direito a exigir acréscimo no preço, ainda que
sejam introduzidas modificações no projeto, a não ser que estas
resultem de instruções escritas do dono da obra.
3) Forma contratual: é a que resulta da convenção das partes.
Art. 109 do CC - No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não
valer sem instrumento público, este é da substância do ato.

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3.4.4- Vontade

...art. 111 do CC que possibilita a manifestação de vontade por meio do


silêncio.

Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas


consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem (art. 112 do CC). A
boa-fé deve estar presente nessa interpretação. E os negócios jurídicos
benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente (art. 114 do CC).

3.4.5- Elementos acidentais

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3.4.5.1- Condição
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I. Quanto ao modo de atuação:

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CONDIÇÃO IMPOSSÍVEL
SUSPENSIVA Invalida o negócio jurídico

RESOLUTIVA Considera-se inexistente a condição

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3.4.5.2- Termo

O termo representa o dia em começa ou se extingue a eficácia do


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negócio jurídico.
CONDIÇÃO: evento futuro e incerto;
TERMO: evento futuro e certo.

O termo pode ser:


a) Inicial (dies a quo) ou suspensivo: fixa o momento em que a eficácia do
negócio jurídico deve iniciar, retardando o exercício do direito.
Art. 131 do CC - O termo inicial suspende o exercício, mas não a
aquisição do direito.
b) Final (dies ad quem ou ad diem) ou resolutivo: determina a data da
cessação dos efeitos do ato negocial, extinguindo as obrigações dele oriundas.
c) Certo: se fere a um evento futuro e certo de ocorrer em data certa do
calendário (dia, mês e ano), ou quando fixa certo lapso de tempo.

d) Incerto: quando se refere a um acontecimento futuro e certo de ocorrer,


que ocorrerá em data incerta.

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O art. 132 do CC
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3.4.5.3- Encargo

O encargo, também chamado de modo, é uma cláusula imposta nos


negócios gratuitos, que restringe a vantagem do beneficiado.
Art. 553 do CC - O donatário é obrigado a cumprir os encargos da
doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do
interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o
Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do
doador, se este não tiver feito.
Art. 136 do CC - O encargo não suspende a aquisição nem o
exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no
negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 137 do CC - Considera-se não escrito o encargo ilícito ou
impossível, salvo se constituir o motivo determinante da
liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
3.4.5.4- Reserva mental

A reserva mental representa a emissão de uma declaração de vontade


não desejada em seu conteúdo, tampouco em seu resultado, pois o declarante
tem por único objetivo enganar o declaratório. Trata-se de um
inadimplemento premeditado.
Art. 110 do CC - A manifestação de vontade subsiste ainda que o
seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que
manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

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RESERVA MENTAL

DESCONHECIDA PELA
OUTRA PARTE O ato negocial subsistirá e será válido.
(LÍCITA)
CONHECIDA PELA OUTRA
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PARTE O ato negocial será inválido (nulidade


absoluta).
(ILÍCITA)

3.5- Defeitos e Invalidade do Negócio Jurídico


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VÍCIOS DE CONSENTIMENTO:
Erro, dolo, lesão, estado de perigo e coação.
------------------------------------------------------------------------------------
VÍCIOS SOCIAIS:
Simulação e fraude contra credores.
3.5.1- Erro ou ignorância

O erro ou ignorância é a noção falsa acerca de um objeto ou de


determinada pessoa.
Art. 138 do CC - São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações
de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por
pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Conforme o art. 139 do CC:

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OU
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Tipos de erro substancial (conforme o art. 139 do CC):


• Erro sobre a natureza do ato negocial (error in ipso negotio): ocorre
quando a pessoa que pratica determinado negócio interpreta mal a
realidade e acaba praticando outro tipo de negócio.
• Erro sobre o objeto principal da declaração (error in ipso corpore):
ocorre quando atingir o objeto principal da declaração em sua
identidade, isto é, o objeto não é o pretendido pelo agente.
• Erro sobre a qualidade essencial do objeto (error in corpore):
ocorrerá este erro substancial quando a declaração enganosa de
vontade recair sobre a qualidade essencial do objeto.
• Erro sobre a pessoa e sobre as qualidades essenciais da pessoa
(error in persona): é aquele que incide sobre a identidade ou as
características da pessoa.
• Erro de direito (error juris): ocorre quando o agente emite uma
declaração de vontade no pressuposto falso de que procede conforme a
lei.

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3.5.2- Dolo

O dolo é o emprego de um artifício astucioso para induzir alguém à


prática de um negócio jurídico.

O erro diferencia-se do dolo. No erro a vítima se engana sozinha, ao passo


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que, no dolo, a vítima é enganada pela má-fé alheia.

a) dolo principal ou essencial (art. 145 do CC): é aquele que dá causa ao


negócio jurídico, sem o qual ele não se teria concluído, acarretando a
anulabilidade do ato negocial.
b) dolo acidental (dolus incidens) (art. 146 do CC): Não é causa de
anulabilidade por não interferir diretamente na declaração de vontade, mas
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enseja indenização por perdas e danos.


Art. 146 do CC - O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e
danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado,
embora por outro modo.

Em resumo, temos o seguinte:

O dolo de terceiro é aquele oriundo de uma terceira pessoa que não é


parte no negócio jurídico.
Art. 148 do CC - Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de
terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter
conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o
terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
Graficamente temos o seguinte:

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NEGÓCIO JURÍDICO

Imagine que A compre um quadro de


B pelo fato de C afirmar se tratar de
uma obra de arte, quando não é.
A B
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Pessoa
favorecida
Sabe do dolo
com o
empregado?
Dolo dolo de
terceiro
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Sim Não

O NJ
O NJ
pode ser
subsiste
anulado

Sobre o dolo bilateral ou recíproco (de ambas as partes) ...


Art. do CC - 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma
pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
Art. 149 do CC - O dolo do representante legal de uma das partes só
obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito
que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

LEGAL Responsabilidade do representado


Ex.: pais, tutores, limitada ao proveito obtido com o
curadores, etc. dolo.
DOLO DO
REPRESENTANTE CONVENCIONAL
Responsabilidade solidária entre o
Ex.: procuradores, representante e o representado nas
gestores de negócios, perdas e danos.
etc.

O dolo negativo (art. 147 do CC)


Art. 147 do CC - Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de
uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja
ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não
se teria celebrado.

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3.5.3- Estado de Perigo

Art. 156 do CC - Configura-se o estado de perigo quando alguém,


premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de
grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente
onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do
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declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.


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3.5.4- Lesão

Art. 157 do CC - Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente


necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores
vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido
suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a
redução do proveito.

ESTADO DE PERIGO: decorre do risco de dano a uma pessoa


LESÃO: decorre do risco de dano ao patrimônio

A lesão pode ser de três tipos: enorme, especial e usurária.

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a) Lesão enorme: caracteriza-se pela simples desproporção entre as


prestações. É o lucro exorbitante obtido por uma das partes contratantes.
b) Lesão especial: exige, além do lucro excessivo, a situação de necessidade
ou inexperiência da parte prejudicada. É a lesão adotada pelo CC em seu
art. 157.
c) Lesão usurária: além do lucro excessivo e da situação de necessidade ou
inexperiência da parte lesada, para se caracterizar, exige, ainda o dolo de
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aproveitamento, consistente na má-fé da parte beneficiada.


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3.5.5- Coação

A coação é uma pressão física ou moral exercida sobre alguém para


induzi-lo à prática de um determinado negócio jurídico.
Art. 151 do CC - A coação, para viciar a declaração da vontade, há de
ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e
considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família
do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve
coação.

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NEM

Ex.: Se o credor de uma dívida vencida e não


AMEAÇA DO paga ameaçar o devedor de protestar o título e
EXERCÍCIO requerer falência, não se configurará coação,
NORMAL DE UM por ser ameaça justa que se prende ao exercício
DIREITO normal de um direito. Logo, o devedor não
poderá reclamar a anulação do protesto.

É o receio de desgostar ascendente (pai, mãe,


tio, etc.) ou pessoa a quem se deve obediência
TEMOR
e respeito. Desde que não haja ameaças ou
REVERENCIAL
violências irresistíveis, o ato negocial não pode
ser anulado.

São excludentes da coação, ou seja, não há que se falar


em coação moral quando ocorrer uma das duas
situações!!!

3.5.6- Fraude contra credores

A fraude contra credores (vício social) constitui a prática maliciosa


pelo devedor insolvente (aquele cujo patrimônio passivo é superior ao

Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 103 de 256


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patrimônio ativo) de atos que desfalcam o seu patrimônio, com o fim de


colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos
creditórios alheios.
Art. 158 do CC - Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão
de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à
insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores
quirografários, como lesivos dos seus direitos.
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ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO:

ATIVO PASSIVO

DOAÇÃO Caixa ----------------------- Duplicatas a pagar --- CREDORES


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50.000 320.000

REMISSÃO Duplicatas a receber -- PATRIMÔNIO LIQUIDO


10.000
Capital Social –--------- SITUAÇÃO
Imóveis ------------------- NEGATIVA
VENDA 240.000 80.000
-20.000
Prejuízo acumulado -
100.000

TOTAL ------------------- TOTAL ------------------


300.000 300.000

FRAUDE CONTRA CREDORES


NEGÓCIOS A má-fé é presumida e, por isso, o elemento
GRATUITOS consilium fraudis é dispensável.
NEGÓCIOS A má-fé não é presumida e, por isso, o elemento
ONEROSOS consilium fraudis deve ser provado.

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❖ Ação pauliana: ação para anular o negócio realizado com a finalidade


de fraudar os credores.

3.5.7- Simulação

... representa um acordo de vontade entre as partes para dar existência


real a um negócio jurídico fictício, ou então para ocultar o negócio jurídico
realmente realizado, com o objetivo de violar a lei ou enganar terceiros.
Conclui-se que são necessários três requisitos para a simulação:

❖ Acordo entre as partes, ou com a pessoa a quem ela se destina;


❖ Declaração enganosa de vontade; e
❖ Intenção de enganar terceiros ou violar a lei.

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Na simulação absoluta, o negócio é nulo e insuscetível de


convalidação. Na simulação relativa, o negócio simulado ou fictício
(aparente) é nulo, mas o negócio dissimulado (escondido) será válido se
não ofender a lei nem causar prejuízos a terceiros. É o que se
depreende do art. 167 do CC.

Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 106 de 256


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4- Nulidade x Anulabilidade

Nulidade Relativa
Nulidade Absoluta
(anulabilidade)

É decretada no interesse do
É decretada no interesse da
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prejudicado, abrangendo apenas as


coletividade, tendo eficácia erga
pessoas que alegaram (eficácia
omnes (contra todos).
inter partes).

É imediata, ou seja, o ato é invalido É diferida, ou seja, o ato produz


desde a sua declaração, sendo a efeitos enquanto não for anulado,
sentença meramente declaratória sendo a sentença desconstitutiva com
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com eficácia ex tunc. eficácia ex nunc.

É absoluta, pois pode ser arguida É relativa, pois só os interessados ou


por qualquer interessado, inclusive o representantes legítimos a podem
MP, quando lhe couber intervir, alegar, sendo vedado ao juiz
podendo ainda ser arguida de pronunciar-se de ofício (art. 177
ofício pelo magistrado. do CC).

É incurável, pois as partes não


É curável, pois o negócio pode ser
podem sanar o vício, objetivando a
confirmado pela parte a quem a lei
validação do negócio (art. 169 do
protege.
CC).

É perpétua, porque é
É provisória, pois está sujeita a
imprescritível, ou seja, não é
decadência (4 ou 2 anos),
suscetível de confirmação pelas
convalidando-se pelo decurso de
partes e nem convalesce pelo
tempo.
decurso do tempo (art. 169 do CC).

Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 107 de 256


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5- Conversão do Negócio Jurídico Nulo

Art. 170 do CC - Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos


de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir
supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

Tal dispositivo consagra o princípio da conservação do negócio


jurídico.
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é um ato das partes contratantes


CONFIRMAÇÃO
com o objetivo de sanar o vício do
(art. 172 do CC)
ato negocial.
NULIDADE
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RELATIVA
decorre do decurso de tempo que
CONVALIDAÇÃO provoca a decadência do direito de
anular o negócio.

é a transformação do ato nulo em


NULIDADE
CONVERSÃO outro que contém os requisitos do
ABSOLUTA
primeiro.

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6- Prova do Negócio Jurídico


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Os menores, relativamente incapazes, podem


testemunhar, independentemente de assistência. Ou seja,
com 16 anos de idade uma pessoa pode ser testemunha.

Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 109 de 256


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Obs.: A presunção absoluta e a presunção relativa são espécies de presunção


legal.

7- Prescrição e decadência: introdução

A prescrição representa uma sanção pela inércia do titular de um

Art. 882 do CC - Não se pode repetir o que se pagou para solver


dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.

PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
DIREITO
Mantém-se intacto. É perdido.
MATERIAL

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INÍCIO DO PRAZO com a violação do direito


PRESCRICIONAL subjetivo

Súmula nº 278 do STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de


indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da
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incapacidade laboral.

com o surgimento do direito


INÍCIO DO PRAZO DECADENCIAL
potestativo

Art. 189 do CC - Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual


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se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

Pela prescrição se perde o direito de resolver a pendência


judicialmente. Todavia, o direito material em si permanece existindo,
só que sem proteção jurídica para solucioná-lo. Para exemplificar,
temos aquele que paga uma dívida prescrita. Pelo fato da dívida ainda
existir, aquele que pagou não pode pedir a restituição do valor.

8- O Estudo da Prescrição e da Decadência

Nos termos do art. 190 do CC, os prazos para fazer uso da pretensão
(possibilidade de fazer valer o direito que foi violado) também são aplicáveis à
exceção (possibilidade de defesa).
Art. 190 do CC - A exceção prescreve no mesmo prazo em
que a pretensão.

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.

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DECADÊNCIA DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO
LEGAL CONVENCIONAL
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Pode ocorrer. Não pode


POSSIBILIDADE
ocorrer. Pode ocorrer.
DE RENÚNCIA (art. 191 do CC) (art. 209 do CC)

1ª hipótese → decadência convencional


Se você contratar um buffet para uma festa e houver uma cláusula no
contrato estabelecendo a possibilidade de se desfazer o acordo no prazo de 30
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dias após a assinatura, o prazo estipulado pelas partes é uma espécie de


decadência convencional.
2ª hipótese → decadência legal
Estudamos na aula anterior os vícios do negócio jurídico. Dessa forma,
imagine um negócio em que o vendedor agiu com dolo substancial. A parte
prejudicada dispõe, por força do art. 178 do CC, o prazo de 4 anos para anular
o negócio jurídico. Trata-se de um exemplo de decadência legal. Como esse
prazo está previsto em lei, então ele não pode ser alterado ou renunciado
pelas partes.

STJ - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL EDcl no AgRg no AREsp 145050 SP 2012/0028988-9
(STJ)
Data de publicação: 21/11/2012
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO
INEXISTENTE.PRESCRIÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. NECESSIDADE
DEPREQUESTIONAMENTO.
1. Nos aclaratórios, a parte embargante, a pretexto de apontar omissão, sustenta que
a prescrição, por ser matéria de ordem pública, não pode ser considerada inovação
recursal.

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2. Esta Corte Superior posicionou-se de forma clara, adequada e suficiente acerca da


prescrição, no sentido de que os fundamentos utilizados no agravo regimental não
foram alegados nas razões do especial, representando inovação recursal.
3. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a prescrição,
embora seja questão de ordem pública, somente é passível de apreciação
nesta instância extraordinária se tiver sido objeto de discussão no Tribunal
de origem, não sendo possível superar a ausência de prequestionamento.
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4. Assim, por meio dos aclaratórios, é nítida a pretensão da parte embargante em


provocar rejulgamento da causa, situação que, na inexistência das hipóteses previstas
no art. 535 do CPC, não é compatível com o recurso protocolado.

5. Embargos de declaração rejeitados.

Segue quadro resumo:


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DECADÊNCIA DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO
LEGAL CONVENCIONAL

RECONHECIMENTO Deve ocorrer.


Deve ocorrer. Não pode ocorrer.
DE OFÍCIO PELO
(art. 487, II do
JUIZ (art. 210 do CC) (art. 211 do CC)
NCPC)

8.1- Causas Impeditivas, Suspensivas e Interruptivas

Relativamente
Corre o prazo contra ou a favor
incapazes
PRESCRIÇÃO
Absolutamente Se contra: a prescrição não corre
incapazes Se a favor: a prescrição corre.

0 1 2 suspensão 2 3 anos
- Causa suspensiva:

0 impedimento 0 1 2 anos
- Causa impeditiva:

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Art. 201 do CC - Suspensa a prescrição em favor de um dos credores


solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

A interrupção do prazo prescricional, que somente pode ocorrer uma


vez, funciona de forma diferente da suspensão e do impedimento.

0 1 2 interrupção 0 1 ano
Causa interruptiva:

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Como saber se uma causa é ou não interruptiva?


É preciso decorar todas as causas listadas nos arts. 197, 198, 199 e
202 do CC?

Para responder essas perguntas, vou mostrar um pequeno “macete” que pode lhe
ajudar muito na hora da prova. Trata-se do seguinte:
- nos arts. 197 e 198 do CC, temos situações relacionadas a uma pessoa (ex: pais e
filhos, tutores e curadores, ausentes do país por serviço público, etc.);
- no art. 199 do CC não tem jeito, tem que decorar; e
- no art. 202 do CC temos, em regra, atos praticados pelo credor (ex: protesto
cambial, constituir em mora o devedor, etc.) e apenas um ato praticado pelo devedor
(reconhecimento da dívida).

Dessa forma, é possível fazer uma lista resumida das causas que
alteram o curso do prazo prescricional. Vamos a ela:

CAUSAS SUSPENSIVAS E/OU


CAUSAS INTERRUPTIVAS
IMPEDITIVAS

1) situações pessoais; 1) atos praticados pelo credor;


2) pendencia de condição 2) reconhecimento do direito
suspensiva; pelo devedor; e
3) não vencimento do prazo; e 3) instituição da arbitragem.
4) pendencia de ação de evicção.

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Como regra, a interrupção da prescrição é incomunicável e, por isso, não beneficia os


outros credores, nem prejudica os demais devedores. As exceções estão listadas nos
parágrafos do art. 204 do CC e representam situações de solidariedade entre os
credores ou devedores e, também, situações em que o objeto da prestação é
indivisível.
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8.2- Os Prazos Prescricionais


Art. 205 do CC - A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor.
Art. 206 do CC - Prescreve:
§ 1o Em um ano:
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I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no


próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele,
contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é
citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da
data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais,
árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a
formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da
assembléia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os
liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da
sociedade.

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§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da


data em que se vencerem.

§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou
vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias,
pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo
o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do
estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço
referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou
assembleia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;

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VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do


vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro
prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
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§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data


da aprovação das contas.

§ 5o Em cinco anos:

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I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento


público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais,
curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos
serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em
juízo.
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8.3- Os Prazos Decadenciais


Diferentemente dos casos de prazo prescricional que estão concentrados
nos arts. 205 e 206 do CC, os prazos decadenciais estão espalhados.
Art. 45, Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Art. 48, Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se
refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo,
simulação ou fraude.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do
negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que
se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço
no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da
entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à
metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo
contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e
oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão
os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o
disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.

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Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente o


vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro
do título.

A única situação no Código Civil onde o curso do prazo decadencial


pode ser alterado é no caso de absolutamente incapaz, pois nesta
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situação o prazo não irá correr.

8.4- Pretensões Imprescritíveis


1) os direitos da personalidade, como a vida, a honra, o nome, a
liberdade, a intimidade, a própria imagem, as obras literárias, artísticas
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ou científicas, etc., pois não se extinguem pelo seu uso, nem seria
possível impor prazos para a sua aquisição ou defesa;
2) o estado da pessoa, como filiação, condição conjugal, cidadania, salvo
os direitos patrimoniais dele decorrentes, como o reconhecimento da
filiação para receber herança;
3) os bens públicos, por isso, não podem objeto de ação que verse sobre
usucapião;
4) o direito de família no que concerne à questão inerente ao direito à
pensão alimentícia, à vida conjugal, ao regime de bens; e
5) as nulidade absolutas, por envolverem questões de ordem pública.

TABELA DOS PRINCIPAIS PRAZOS PRESCRICIONAIS

▪ pretensão do segurado contra o segurador


1
▪ pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça,
ANO
serventuários judiciais, árbitros e peritos

2 ▪ pretensão para haver prestações alimentares (ÚNICA


ANOS HIPÓTESE)

▪ pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou


rústicos
▪ pretensão para receber prestações vencidas de rendas
temporárias ou vitalícias
3 ▪ pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem
ANOS
causa
▪ pretensão de reparação civil
▪ pretensão para haver o pagamento de título de crédito
▪ pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do

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terceiro prejudicado, no caso de seguro de


responsabilidade civil obrigatório

4 ▪ pretensão relativa à tutela (ÚNICA HIPÓTESE)


ANOS

▪ pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de


instrumento público ou particular (se a dívida for verbal,
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o prazo é de 10 anos)
5 ▪ pretensão dos profissionais liberais em geral,
ANOS
procuradores judiciais, curadores e professores
▪ pretensão do vencedor para haver do vencido o que
despendeu em juízo
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AULA: Obrigações e Contratos

1- Noções Gerais, Elementos e Fontes


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1) Elementos subjetivos: são as pessoas, a que pode exigir (credor) e a


que pode ser exigida (devedor), caracterizando-se, respectivamente, o
sujeito ativo e o sujeito passivo; e
2) Elemento objetivo: é a prestação, que deve ser de natureza
patrimonial, dessa forma, também se caracteriza a patrimonialidade
(valoração econômica).

Caracterizam o vínculo obrigacional a sujeição (elementos


subjetivos) e a patrimonialidade (elemento objetivo).

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1.1 Fontes das obrigações


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1.2 Quanto ao conteúdo do objeto obrigacional

1.2.1 Obrigação positiva de dar coisa certa

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1º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Em regra, o acessório segue o principal. A exceção fica por conta
das pertenças.
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➢ Se a coisa se perder:
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➢ Se a coisa se deteriorar:

2º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Se não houve culpa do devedor, não há que se falar em
indenização por perdas e danos.

➢ Se a obrigação for de restituir e esta se perder antes da tradição:

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➢ Se a coisa restituível se deteriorar:


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Sem culpa do devedor Com culpa do devedor


Perda da coisa Resolve a obrigação Equivalente + P/D
(art. 234) (devolve o $)
Deterioração da Duas possibilidades: Duas possibilidades:
coisa Resolve a obrigação ou Equivalente + P/D ou
(arts. 235 e 236) abatimento no preço aceitar a coisa + P/D
Perda da coisa Resolve a obrigação Equivalente + P/D
restituível
(arts 238 e 239)
Deterioração da Recebe a coisa sem Equivalente + P/D
coisa restituível direito à indenização
(art. 240)

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1.2.2 Obrigação positiva de dar coisa incerta

3º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Havendo dúvida, deve-se resolver em favor do devedor. Ou seja,
in dubio, pro devedor.

Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou


deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.

4º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


O gênero nunca perece (genus nunquan perit). Na obrigação de
dar coisa incerta a perda/deterioração por caso fortuito ou força
maior, antes da escolha, não exime a obrigação do devedor.

OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

Escolha do objeto Compete a quem foi determinado no contrato

Se omisso, compete ao devedor

Princípio do meio termo Regra para o devedor: não poderá dar a coisa

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pior, nem será obrigado a prestar a melhor.

Responsabilidade pelo Cientificado da escolha o credor, valem as regras


bem da obrigação de dar coisa certa.

Alegação de perda ou Incabível, ainda que por força maior ou caso


deterioração pelo fortuito.
devedor
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1.2.3 Obrigação positiva de fazer

Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que


recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
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Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do


devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por
perdas e danos.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor
mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste,
sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente
de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois
ressarcido.

➢ Se a prestação do fato tornar-se impossível:

1.2.4 Obrigação negativa de não fazer

Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do
devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não
praticar.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o
credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa,
ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar
desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do
ressarcimento devido.

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5º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Sempre que houver urgência na obrigação de fazer (art. 249) ou
de não fazer (art. 251) o credor pode mandar fazer ou desfazer
independentemente de autorização judicial.
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1.3 Quanto aos elementos


As obrigações podem ser simples ou compostas.
• SIMPLES: possuem apenas um sujeito ativo, um sujeito passivo e um
objeto.
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1.3.1 Obrigação simples

A obrigação é simples quando a prestação abrange um único ato, ou


uma coisa só, singular ou coletiva.

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1.3.2 Obrigação cumulativa ou conjuntiva

As obrigações cumulativas podem ser chamadas também de


conjuntivas. São necessariamente obrigações compostas ou objetivamente
complexas. Dá-se, assim, a obrigação cumulativa ou conjuntiva sempre que,
havendo mais de um objeto a que o devedor se obriga, todos devem ser
cumpridos, sob pena de inadimplemento absoluto da obrigação.
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1.3.3 Obrigação alternativa ou disjuntiva


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Conforme art. 252 do CC:

.... 3º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: Havendo


dúvida, deve-se resolver em favor do devedor. Ou seja, in dubio, pro
devedor.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma
prestação e parte em outra.
I - Se uma das prestações perecer ou se deteriorar o que acontece?

OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA

Escolha do devedor Escolha do credor


Com culpa Sem culpa
Com culpa do Sem culpa do
do do
devedor devedor
devedor devedor
2 possibilidades:
Perecimento Prestação Subsiste o débito
Subsiste o débito quanto à outra
de prestação
subsistente; ou quanto à outra
1 prestação Valor da que prestação
pereceu + P/D
Valor da que se Resolve a
Perecimento Valor de qualquer Resolve a
impossibilitou obrigação
das 2 uma das obrigação
por último + (devolução do
prestações prestações + P/D (devolução do $)
P/D $)

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II - Quem deve escolher a obrigação a ser entregue (devedor ou


credor)?
Novamente devemos utilizar o 3º MANDAMENTO DO DIREITO DAS
OBRIGAÇÕES: Havendo dúvida, deve-se resolver em favor do devedor.
Ou seja, in dubio, pro devedor.
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1.3.4 Obrigação divisível ou indivisível

Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em


obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais
e distintas, quantos os credores ou devedores.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma
coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo
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de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.

OU OU

Atenção: Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em


perdas e danos. Enunciado nº 570 da Jornada de Direito Civil é neste
sentido: “Havendo perecimento do objeto da prestação indivisível por culpa de
apenas um dos devedores, todos respondem, de maneira divisível, pelo
equivalente e só o culpado, pelas perdas e danos”.

1.3.5 Obrigação solidária

Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de


um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à
dívida toda.

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Assim, nos termos do art. 265 do CC:


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OU
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6º MANDAMENTO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Não existe solidariedade presumida. Uma obrigação pode ser
considerada solidária se a lei assim indicar ou se as partes assim
acordarem.

1.3.5.1 Solidariedade ativa


Configura-se pela presença de vários credores, chamados cocredores,
todos com o mesmo direito de exigir integralmente a dívida ao
devedor comum (art. 267 do CC). Entretanto, enquanto a dívida não for
exigida, o devedor pode pagar a dívida inteira a qualquer um dos credores
(art. 268 do CC).

Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.

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CONVERSÃO DO OBJETO EM PERDAS E DANOS


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SOLIDARIEDADE PERMANECE

INDIVISIBILIDADE DESAPARECE

o art. 274 do CC.

1.3.5.2 Solidariedade passiva


Ocorre a solidariedade passiva quando mais de um devedor, chamado
coobrigado, com seu patrimônio, se obriga ao pagamento da dívida toda (art.
275 do CC).

Devedor 1 credor

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--R$ 30.000,00
Devedor 2

Devedor 3
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Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros,


nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao
seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos
reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos
demais devedores.
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1.4 Outras classificações


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1.4.1 Quanto ao momento de cumprimento

As obrigações subdividem-se em:


a) instantâneas: é aquela cumprida imediatamente após a sua constituição.
b) de execução diferida: é aquela cujo cumprimento deverá ocorrer de uma
só vez no futuro.
Ex.: pagamento com cheque pós-datado ou pré-datado.
c) de execução continuada ou de trato sucessivo: é aquela cujo
cumprimento se dá por meio de subvenções periódicas.
Ex.: a locação de um imóvel com pagamento mensal do aluguel.

1.4.2 Quanto ao ônus da prova da culpa

As obrigações dividem-se em:


a) Obrigações de meio: o devedor obriga-se a empregar diligências
para atingir a meta colimada pelo ato.
b) Obrigações de resultado: são aquelas em que se obriga o devedor
a realizar um fato determinado, como por exemplo no contrato de
transporte, onde o transportador tem que conduzir o passageiro do
ponto de embarque, a salvo, até o ponto de destino.

1.4.3 Quanto aos elementos acidentais

As obrigações podem ser:


a) Puras e simples: são aquelas que ocorrem quando sua eficácia não
fica subordinada a qualquer termo, condição ou encargo.
b) Condicionais: quando dependem de um acontecimento futuro e
incerto, que pode se verificar ou não.

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c) Modais ou gravadas ou com encargo: quando se impõe um ônus


ao devedor beneficiado com determinada liberdade.
d) A termo: quando a eficácia do ato é submetida a prazo, certo ou
incerto, inicial ou final.

1.4.4 Quanto a autonomia da existência


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As obrigações dividem-se em:


a) principais: são aquelas dotadas de vida própria e autônoma;
Ex.: a obrigação oriunda de um contrato de locação.
b) acessórias: são aquelas que se acham subordinadas às primeiras.
Ex.: a obrigação oriunda de um contrato de fiança que visa ser garantia da
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locação.

2- Transmissão das Obrigações

Existem dois tipos de transmissão das obrigações:

2.1 Cessão de crédito


A cessão de crédito (arts. 286 a 298 do CC) é o negócio jurídico pelo
qual o credor de uma obrigação transfere os seus direitos a outra pessoa,
independentemente da anuência do devedor.

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Assim, conforme disposto no art. 286 do CC:

OU

OU

2.2 Assunção de dívida


A assunção de dívida (arts. 299 a 303 do CC), também denominada
cessão de débito, é um negócio jurídico em que um terceiro assume a

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responsabilidade pela dívida do devedor, com ou sem o consentimento deste,


mas sempre com a anuência expressa do credor.
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Cessão de crédito ➔ independe da anuência do devedor

Assunção de dívida ➔ depende da anuência do credor

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3- CONTRATOS - Introdução

Os contratos são negócios jurídicos, e o Código Civil, em seu Título V,


traz disposições acerca dos Contratos em Geral, nos artigos 421 a 480, que
veremos a seguir.
Um contrato é um vínculo jurídico entre dois ou mais sujeitos de
direito correspondido pela vontade, da responsabilidade do ato firmado,
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resguardado pela segurança jurídica em seu equilíbrio social, ou seja, é um


negócio jurídico bilateral ou plurilateral. É o acordo de vontades, capaz
de criar, modificar ou extinguir direitos.

4- Princípios Contratuais

Princípios Descrição
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Autonomia da Liberdade de contratação das partes e do conteúdo


Vontade do contrato. Pode sofrer restrições, pois a "liberdade
de contratar será exercida em razão e nos limites da
função social do contrato" (art. 421 do CC).

Supremacia da A autonomia de vontade é relativa, pois está sujeita à


Ordem Pública lei e aos princípios da moral e da ordem pública.

Consensualismo O contrato resulta do consenso, independentemente


da entrega da coisa.

Relatividade dos Os efeitos do contrato atingem apenas as partes


contratos contratantes.
• "Pacta sunt servanda" = os acordos devem ser
Obrigatoriedade
cumpridos.
• Importante para segurança jurídica, mas pode
sofrer restrições, pois cláusulas abusivas não
exigem cumprimento.
• Está relacionado ao princípio do equilíbrio
econômico do contrato.

Função social Promover a realização de uma justiça comutativa,


reduzindo as desigualdades substanciais entre os
contratantes.

Boa-fé As partes se comportem de forma correta não só


durante as tratativas, como também durante a
formação e o cumprimento do contrato.

1) Princípio da autonomia de vontade: representa a liberdade das partes


estipulando o que lhes convier.

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Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
A doutrina denomina “pacto de corvina” o contrato que tem como objeto a
herança de pessoa viva.
2) Princípio da supremacia da ordem pública: significa que a autonomia
de vontade é relativa, pois está sujeita à lei e aos princípios da moral e da
ordem pública, ou seja, representa um limite à liberdade de contratar.
3) Princípio do consensualismo: tal conceito decorre da moderna
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concepção de que o contrato resulta do consenso, do acordo de vontades,


independentemente da entrega da coisa.
4) Princípio da relatividade dos contratos: baseia-se na idéia de que os
efeitos do contrato atingem apenas as partes contratantes, ou seja, aqueles
que manifestaram a vontade em celebrá-lo.
5) Princípio da obrigatoriedade dos contratos (art. 427 do CC):
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representa a força vinculante das convenções feitas pelas partes contratantes.


6) Princípio da função social dos contratos (art. 421 do CC):
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da
função social do contrato.
7) Princípio da boa-fé (art. 422 do CC): Pode ser dividido em duas partes:
boa-fé subjetiva (concepção psicológica) e boa-fé objetiva (concepção
ética).
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do
contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

BOA-FÉ SUJETIVA BOA-FÉ OBJETIVA


Trata-se de um estado psicológico de É uma cláusula geral implícita em
inocência. É a boa-fé do: “eu não todos os contratos, ela tem status
sabia”, ou seja, o indivíduo ignora um principiológico, e que se traduz em
possível vício. uma regra de conteúdo ético e
Exemplo: posse de boa-fé. exigibilidade jurídica.

A máxima do Direito Romano ainda vigente no Direito Brasileiro


“nemo potest venire contra factum proprium” significa que ninguém
pode se opor a fato a que ele próprio deu causa.
Um dos grandes efeitos do princípio da boa-fé objetiva se traduz
na proibição de que uma parte se comporte de forma contraditória aos seus
próprios atos anteriores. Ou seja, não é lícito uma pessoa fazer valer um
direito se contrapondo a uma conduta anterior interpretada objetivamente
segundo a lei, segundo os bons costumes e a boa-fé.
Para exemplificar, temos o contrato de prestações periódicas com o
pagamento sendo feito, reiteradamente, em outro lugar, conforme o art.
330 do CC.
Art. 330 do CC - O pagamento reiteradamente feito em outro local faz
presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
Imagine que um credor concorde, durante um contrato de prestações
periódicas, com o pagamento em lugar diverso do convencionado.

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Posteriormente, ele não poderá surpreender o devedor com a exigência


literal do contrato.
O assunto foi alvo de discussão na IV Jornada de Direito Civil e
resultou no Enunciado 362 que menciona o art. 422 do CC:
Enunciado 362 – Art. 422. A vedação do comportamento contraditório
(venire contra factum proprium) funda-se na proteção da confiança, tal
como se extrai dos arts. 187 e 422 do Código Civil.
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5- Classificação dos Contratos

I. Contratos unilaterais, bilaterais (sinalagmáticos) e plurilaterais


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a. Contratos unilaterais: existe obrigação para apenas uma das


partes. Ex.: doação pura, depósito e comodato.

b. Bilaterais ou sinalagmáticos: os dois contratantes possuem


responsabilidades recíprocas, ou seja, um com o outro, sendo esses
reciprocamente devedores e credores.

c. Contratos plurilaterais: são aqueles que possuem mais de duas


partes contratantes, como nos contratos de consórcio e de
sociedade.

II. Contratos onerosos e gratuitos

a. Contratos onerosos: são aqueles que as duas partes auferem


vantagens – sendo estes bilaterais.

b. Contratos gratuitos: somente uma das partes obtém proveito,


como na doação pura.

III. Contratos comutativos e aleatórios

a. Contrato comutativo: uma das partes, além de receber prestação


equivalente a sua, pode apreciar imediatamente essa equivalência,
como ocorre na compra e venda. Ou seja, há prestação e
contraprestação certas.

b. Contratos aleatórios: há uma incerteza na contraprestação.

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IV. Contratos consensuais ou reais


a. Contratos consensuais: são os que se consideram formados pela
simples proposta e aceitação. Ex.: contrato de compra e venda.
b. Contratos reais: são os que se formam com a entrega efetiva do
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produto, a entrega deste não é decidida no contrato, mas somente


as causas do que irá acontecer depois dessa entrega. Ex.: contrato
de depósito e contrato do mútuo.
V. Contratos nominados (típicos) e inominados (atípicos)
a. Contratos nominados ou típicos: são os regulamentados por lei.
b. Contratos inominados ou atípicos (art. 425 do CC): não estão
definidos em lei, precisando apenas do conceito básico inerente aos
contratos (Ex.: que as partes sejam livres, que os produtos sejam
lícitos, etc.).
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as
normas gerais fixadas neste Código.
VI. Contratos solenes (formais) e não solenes
a. Contratos solenes: são os que necessitam de formalidades nas
execuções após ser concordado por ambas as partes.
b. Contratos não solenes: são aqueles que não precisam dessas
formalidades, necessitando apenas da aceitação de ambas as partes.
VII. Contratos principais e acessórios
a. Contratos principais: são os que existem por si só, sendo
independente de outros.
b. Contratos acessórios: são emendas do contrato principal, sendo
que estes necessitam do outro para existirem.

VIII. Contratos paritários ou por adesão


a. Contratos paritários: são os que realmente são negociados pelas
partes, discutindo e montando-o dentro das formalidades da lei.

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b. contratos de adesão: se caracterizam por serem prontos por uma


das partes e aceitos pelas outras, sendo um pouco inflexíveis por
excluir o debate ou discussão de seus termos.
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IX. Contratos de execução instantânea, diferida e continuada


a. Contratos de execução instantânea ou imediata: aqueles que
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se consumam em um só ato, sendo cumpridos imediatamente após a


sua celebração.
b. Contratos de execução diferida também devem ser cumpridos
em um só ato, mas em um momento futuro.
c. Contratos de trato sucessivo ou de execução continuada são
os que se cumprem por meio de atos reiterados.

X. Contratos preliminares e definitivos


a. Contrato preliminar (pactumm de contrahendo) é o que tem por
objeto a celebração de um contrato definitivo.

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b. Contrato definitivo é o objeto do contrato preliminar.


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6- Formação e Lugar dos Contratos


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Os contratos são a convergência de duas vontades contrapostas: a


parte que faz a proposta (uma declaração receptícia – que precisa ser aceita)
é a parte proponente ou policitante e a parte que aceita é chamada de
aceitante ou oblato.

São fases da formação dos contratos:

1. Negociações preliminares: são conversações anteriores à proposta

2. Proposta ou policitação ou oferta: é a declaração de vontade dirigida a


alguém. Pode ser de dois tipos: entre presentes e entre ausentes;

- PROPOSTA ENTRE PRESENTES: é aquela em que há possibilidade


de aceitação imediata

- PROPOSTA ENTRE AUSENTES: é aquela em que não há


possibilidade de aceitação imediata, ou seja, há um contrato com
declarações intervaladas.

O art. 428 está esquematizado abaixo:

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3. Aceitação: é a adesão total à proposta, ou seja, uma resposta afirmativa a


uma proposta de contrato.
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde
ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente
ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde
que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.

...a Subteoria da expedição, consagrada no art. 434, caput, do CC.


Em todas as fases citadas (negociações preliminares, proposta e aceitação)
deve ser observado o princípio da boa-fé objetiva.
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi
proposto.

7- Estipulação em Favor de Terceiro

Por meio da estipulação em favor de terceiro uma parte contratante


convenciona com o devedor que a vantagem resultante do contrato
beneficiará um terceiro, alheio à relação jurídica-base. Tal instituto
constitui uma exceção ao princípio da relatividade dos contratos.
Como exemplo, temos o seguro de vida onde o estipulante (segurado)
convenciona com um promitente (seguradora) uma vantagem em favor de
terceiro (beneficiário).

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8- Promessa de Fato de Terceiro

É possível que uma pessoa se comprometa para que terceiro pratique


um determinado ato. É o que ocorre com um empresário de um artista famoso
que se compromete em nome do renomado artista na realização de um show.
Se o show não se realizar, desde que não haja caso fortuito ou força maior,
como regra, responde o empresário por perdas e danos (arts. 439 e 440 do
CC).
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9- Vícios Redibitórios

São denominados vícios redibitórios os defeitos ocultos e de certa


gravidade de uma coisa que a tornem imprópria ao uso a que é
destinada ou lhe diminuam o valor, como, por exemplo, os defeitos de
uma máquina ou a doença de um cavalo, que o comprador normalmente não
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poderia ter percebido no momento da compra (arts. 441 a 446 do CC).


duas situações podem ocorrer quando se configurar um vício redibitório:
1) Rescisão contratual: através da ação redibitória o prejudicado pode
rescindir o contrato e exigir a devolução da importância paga.
2) Abatimento no preço: através de uma ação estimatória (quanti
minoris) pode apenas pedir um abatimento no preço.
Conforme o art. 443:

Então, temos que (art. 445):

Esses prazos decadenciais são contados da entrega efetiva; mas se já


estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

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BEM
30 DIAS Contado SE JÁ 15 DIAS Contado da
MÓVEL
da ESTAVA alienação
entrega NA
BEM ↓1/2
01 ANO efetiva POSSE 6 MESES
IMÓVEL
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10- Evicção

Consiste na perda pelo adquirente (evicto) da posse ou propriedade


da coisa transferida, por força de uma sentença judicial ou ato
administrativo que reconheceu o direito anterior de terceiro, denominado
evictor.
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A evicção só pode ocorrer em contratos onerosos, não sendo admitida


em contrato gratuito. Dessa forma, não há que se falar em evicção nos
contratos de doação simples e comodato (empréstimo gratuito de bens
infungíveis).
Conforme art. 448:

Conforme art. 450:

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A esquematização a seguir ilustra as consequências da evicção parcial:

Direitos do evicto

11- Contrato com Pessoa a Declarar

Pode alguém firmar um contrato, estipulando porém que outra pessoas,


a ser indicada, assumirá os direitos e obrigações decorrentes, em cinco dias
ou no prazo acordado. É o que se conclui analisando os arts. 467 e 468 do CC.

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12- Extinção e Rescisão Contratual

O contrato extingue-se através de duas formas: a forma normal ocorre


com o seu cumprimento; já a forma anormal ocorre sem que as obrigações
tenham sido cumpridas. A maneira normal de extinção dos contratos é pelo
seu adimplemento ou execução. Assim, o cumprimento normal do contrato
satisfaz as duas partes: libera do devedor e atende aos interesses do credor.

CAUSAS ANORMAIS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO


ANTERIORES OU CONTEMPORÂNEAS SUPERVENIENTES
RESCISÃO: Resolução e Resilição.
NULIDADES (arts. 166 e 167 do CC);
ANULABILIDADES (art. 171 do CC); MORTE DO CONTRATANTE, nos
REDIBIÇÃO (vícios redibitórios). contratos personalíssimos.

RESCISÃO

RESILIÇÃO RESOLUÇÃO

Ocorre quando há o desfazimento de Ocorre quando houver um


um contrato por simples inadimplemento, ou seja, quando
manifestação de vontade de uma uma das partes não cumprir o
ou de ambas as partes. contrato.

Não interessa mais o vínculo


Ainda interessa o vínculo contratual.
contratual.

A resilição pode ser de dois tipos:A resolução pode decorrer de uma


- BILATERAL: é o DISTRATO (art. cláusula expressa ou tácita (art. 474
472 do CC), que deve ser celebrado do CC).

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através da mesma forma do contrato - CLÁUSULA EXPRESSA:


original. normalmente, os contratos trazem
- UNILATERAL (art. 473 do CC): é a uma cláusula resolutiva expressa
DENÚNCIA que deve ser notificada dizendo que se não for cumprido algo
para a outra parte. determinado o contrato se resolve.
Ou seja, o descumprimento provocará
Aplica-se, especialmente, a contratos uma resolução imediata.
de atividades ou serviços por tempo
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indeterminado. - TÁCITA: sem a cláusula resolutiva,


o inadimplemento demanda uma
notificação para a resolução.

Ex.: terminar um contrato de linha de Ex.: alugar um apartamento e não


celular ou de canal por assinatura. pagar as parcelas de aluguel.
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O tema do quadro a seguir costuma ser abordado em provas:

Cláusula Solve et repete ➔ decorre do princípio da autonomia de


vontade e significa uma cláusula inserida no contrato que obriga o
contratante a cumprir a sua obrigação, mesmo diante do descumprimento
da obrigação do outro, para que possa questionar o descumprimento e
exigir perdas e danos. Ou seja, trata-se de uma renúncia ao direito de opor
a exceção do contrato não cumprido.

A teoria da que
Conclui-se imprevisão não énaaplicada
está implícito teoria daaos contratos
imprevisão de
a cláusula
execução
REBUS SIC instantânea
STANTIBUS. (“enquanto as coisas ficarem como estão”) que
defende a permanência do equilíbrio contratual durante todo o período em que
for celebrado. Em resumo, temos:

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13- Contrato de compra e venda

A definição do contrato de compra e venda é dada pelo art. 481 do CC.


Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se
obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe
certo preço em dinheiro.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o
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registro do título translativo no Registro de Imóveis.


Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios
jurídicos antes da tradição.

SISTEMAS JURÍDICOS NO CONTRATO DE COMPRA E VENDA


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SISTEMA
O simples contrato de compra e venda já transfere
FRANCÊS OU
a propriedade da coisa. Não é adotado no Brasil.
ITALIANO

SISTEMA
O contrato de compra e venda cria uma obrigação
ALEMÃO OU
de dar. É o sistema adotado no Brasil.
ROMANO

Sobre a natureza jurídica do contrato de compra e venda temos que


ele é:

Natureza jurídica do contrato de compra e venda

Bilateral ou sinalagmático Gera obrigações para ambas as partes

Oneroso Ambas as partes auferem vantagens e ônus

Típico Está previsto no Código Civil

Consensual Em relação aos bens móveis se forma com o


simples acordo de vontades

Solene Em relação aos bens imóveis a validade


depende da lavratura de escritura pública

Comutativo (regra) Costuma haver equivalência de prestações,


entretanto, pode, excepcionalmente ser
aleatório, como vimos na aula passada
(emptio spei e emptio rei speratae)

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OBRIGAÇÕES

DO COMPRADOR DO VENDEDOR

-Pagar o preço; -Transferir a propriedade;


-Receber a coisa; e -Responder pela evicção; e
-Devolver a duplicata, se houver. -Responder pelos vícios
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redibitórios.

O contrato de compra e venda possui três elementos essenciais (art.


482 do CC):
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Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á


obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e
no preço.

13.1 Coisa ou objeto


A coisa, objeto de um contrato de compra e venda, deve atender a três
requisitos:
✓ Existência potencial: segundo o art. 483 do CC são suscetíveis de
venda as coisas atuais (que já existem) ou as coisas futuras (que
irão existir);
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura.
Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se
a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
✓ Individualização: a coisa deve ser determinada ou então
determinável ao tempo do cumprimento da obrigação; e
✓ Disponibilidade jurídica: as coisas insuscetíveis de apropriação
(indisponibilidade natural), legalmente inalienáveis (indisponibilidade
legal) e gravadas com cláusula de inalienabilidade (indisponibilidade
voluntária) não podem ser objeto de um contrato de compra e
venda. Já as coisas litigiosas podem ser objeto, desde que o
adquirente assuma o risco da evicção (art. 457 do CC).
Ainda sobre a coisa, temos o art. 484 do CC que trata da venda
realizada através de amostras:

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13.2 Preço
Sem haver preço em dinheiro, estaríamos diante de um contrato de
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doação, pois a onerosidade do negócio deixaria de existir. Se o preço não for


em dinheiro, estaríamos diante da uma troca ou permuta. Ou seja, o preço em
dinheiro é essencial para se caracterizar um contrato de compra e venda. Os
arts. 485 a 489 do CC tratam do assunto.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao
arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.

13.3 Acordo de vontades


O contrato de compra pode ocasionar diversos efeitos e
consequências, dentre eles destacamos:
✓ Despesas do Contrato (art. 490 do CC):

✓ Pagamento do preço (art. 491 e 495 do CC):


Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a
entregar a coisa antes de receber o preço.
✓ Riscos da coisa e do preço (arts. 492 a 494 do CC):
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por
conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.

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✓ Defeito oculto na venda de coisas conjuntas (art. 503 do CC): o


Código Civil brasileiro optou pela redibição parcial, permitindo apenas a
devolução da coisa viciada e mantendo as demais que estejam intactas.
✓ Venda de ascendentes para descendentes (art. 496 do CC):

Dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de


bens for o da separação obrigatória.

✓ Compra por pessoas com poder sobre os bens do vendedor (arts.


497 e 498 do CC):

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Essa proibição não compreende os casos de compra e venda ou cessão entre


co-herdeiros, ou em pagamento de dívida, ou para garantia de bens já
pertencentes a essas pessoas.
✓ Venda por condômino de coisa indivisível (art. 504 do CC): o
condômino (propriedade comum – pertencente a mais de uma pessoa)) de
coisa indivisível permanece no regime de condomínio por obrigação, pois as
únicas formas de extinção do condomínio são: um dos condôminos
comprar as demais partes ou a venda da coisa com a repartição do valor.

✓ Venda a cônjuge (art. 499 do CC): um cônjuge pode vender um bem


para outro quando o bem não integrar o patrimônio comum do casal, ou
seja, quando estiver excluído da comunhão.
✓ Venda ad mensuram (art. 500, caput do CC): é a venda feita por
medida, ou seja, aquela em que o preço é fixado tendo em consideração a
real dimensão da área. Ou seja, a metragem é mencionada a título
taxativo, de modo que a dimensão exata da área é um requisito essencial
do contrato.
✓ Venda ad corpus (art. 500, § 3º do CC): é a que compreende uma coisa
certa e determinada, de modo que o preço não tem relação direta com a
extensão exata do imóvel. Ou seja, a metragem é mencionada a título
meramente enunciativo, porque a preocupação é a venda e compra de
um imóvel certo e determinado, de modo que a dimensão exata da área
não é requisito essencial do contrato.

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13.4 Cláusulas especiais


É possível que algumas cláusulas especiais atribuam um feitio diferenciado ao
contrato de compra e venda, subordinando a sua duração ou eficácia a um
evento futuro e incerto. Essas cláusulas especiais, também chamadas de
pacto adjeto, são:
❖ Retrovenda;
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❖ Venda a contento;
❖ Preempção ou preferência;
❖ Venda com reserva de domínio;
❖ Venda sobre documentos.
❖ Retrovenda (arts. 505 a 508 do CC):
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Compra com
cláusula de
retrovenda Prazo de Resgate Após o Prazo de
(até 3 anos) Resgate

Propriedade Propriedade
Resolúvel Plena

❖ Venda a contento (arts. 509 a 512 do CC):

Compra com
cláusula de venda
a contento
Prazo para
manifestar o agrado

Posse Propriedade
Plena

❖ Preempção ou preferência (arts. 513 a 520 do CC): pode incidir sobre


bens móveis e imóveis, o comprador se compromete a dar preferência ao
vendedor se vier a vender a coisa posteriormente. Difere-se da retrovenda
porque o preço a ser pago deve ser o exigido pelo comprador, e não o
preço da venda anterior.

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Prazo para exercer a


preferência

Na hipótese de venda o bem


deve ser oferecido
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primeiramente ao vendedor
primitivo.

Dessa forma, caso o bem seja vendido no prazo para exercer o direito
de preferência sem ser oferecido ao devedor principal, nos termos do art. 518
do CC, deverá o vendedor responder por perdas e danos.
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❖ Venda com reserva de domínio (arts. 521 a 528 do CC): o vendedor


transfere ao comprador a posse da coisa, mas conserva para si a
propriedade sobre a mesma, até que o preço seja quitado.

14- Da Doação

O conceito de doação é dado pelo art. 538 do CC.


Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por
liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de
outra.
- Elemento subjetivo: é o animus donandi que consiste na intenção
de fazer uma liberalidade em favor do donatário; e
- Elemento objetivo: consiste na transferência da propriedade de
bens ou direitos do patrimônio do doador para o patrimônio do
donatário.

Natureza jurídica do contrato de doação

Unilateral Só o doador assume obrigação; entretanto, devemos


ressaltar a doação com encargo que é considerada bilateral,
pois ambas as partes assumem obrigações recíprocas.

Gratuito apenas uma das partes aufere vantagens, enquanto a outra

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não assume qualquer ônus

Típico Está previsto no Código Civil

Solene A lei, em regra (art. 541 do CC), exige forma escrita para
os bens móveis e escritura pública para os imóveis, para
que a doação se aperfeiçoe; entretanto, excetua-se a
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doação verbal que poderá ocorrer quando o bem doado for


de pequeno valor e houver a imediata tradição

O Código Civil enumera diversas espécies de doação. Vejamos uma a


uma:
Doação pura e simples: é aquela que não está sujeita a uma condição ou
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um encargo, que são os elementos acidentais que alteram os efeitos


normais do negócio jurídico.
Doação contemplativa (art. 540, 1ª parte, do CC)
Doação remuneratória (art. 540, 2ª parte, do CC)
Doação com encargo ou onerosa: ocorre quando o doador impõe ao
donatário um encargo como contraprestação.
Doação em forma de subvenção periódica (art. 545 do CC)
Doação ao nascituro (art. 542 do CC)
Doação com cláusula de reversão (art. 547 do CC)
Doação universal (art. 548 do CC)
Doação de ascendente para descendente ou de um cônjuge a outro
(art. 544 do CC)
Doação inoficiosa (art. 549 do CC)
Doação ao cônjuge adúltero (art. 550 do CC)
Doação conjuntiva (art. 551 do CC)
Doação a entidade futura (art. 554 do CC)
Outro assunto muito cobrado em provas de concurso é a revogação da
doação.
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou
por inexecução do encargo.

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15- Troca ou permuta

A troca ou permuta ocorre quando as partes acordam a transferência


de uma coisa de propriedade de uma das partes por uma coisa de propriedade
da outra parte.
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16- Empréstimo

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17- Prestação de serviço

A prestação de serviço é o contrato no qual uma das partes presta


um serviço mediante remuneração da outra parte. A prestação de serviço, que
não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas
disposições do CC.
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18- Empreitada

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Decairá desse direito o dono da obra que não propuser a ação contra o
empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou
defeito.
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19- Depósito

OU

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20- Mandato

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para,


em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. O instrumento do
mandato é a procuração.
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21- Fiança e aval

Pode ser estipulada, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a


sua vontade.

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22- Transporte

Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a


transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas.

22.1-Transporte de pessoas
.... o transportador responde pelos danos causados às pessoas
transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula
qualquer cláusula excludente da responsabilidade. Ainda, é lícito ao
transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite
da indenização.

22.2-Transporte de coisas
A coisa, entregue ao transportador, deve estar caracterizada pela sua
natureza, valor, peso e quantidade, e o mais que for necessário para que não
se confunda com outras, devendo o destinatário ser indicado ao menos pelo
nome e endereço.

23- Parceria Rural

O contrato de parceria rural é instrumento contratual de natureza civil criado


pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64) e regulamentado pelo Decreto
59.566/66. Conforme o art. 4º do Decreto, o conceito de parceria rural é:

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“Parceria rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a


ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso específico de
imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, incluindo, ou não,
benfeitorias, outros bens e ou facilidade, com o objetivo de nele ser
exercida atividade de exploração agrícola, pecuária, agro-industrial,
extrativa vegetal ou mista; e ou lhe entrega animais para cria, recria,
invernagem, engorda ou extração de matérias primas de origem animal,
mediante partilha de riscos do caso fortuito e da força maior do
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empreendimento rural, e dos frutos, produtos ou lucros havidos nas


proporções que estipularem, observados os limites da lei (artigo 96, VI
do Estatuto da Terra)“.

24-Contrato de sociedade
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O ato constitutivo da sociedade contratual (pessoa jurídica) é o


contrato social, por meio do qual a sociedade passa a existir e se organizar.
..., o princípio da preservação da empresa.
.... há uma pluralidade de partes envolvidas numa sociedade, onde
cada uma representa um sócio, uma vontade, um interesse. Assim, o nosso
Código Civil de 2002 consagra a teoria do contrato PLURILATERAL para
reger as sociedades contratuais.

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AULA: Dos Atos Ilícitos; Responsabilidade civil.


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Para que haja responsabilidade civil, e, consequentemente exista o


dever de indenizar, é necessário que estejam presentes os três elementos
ilustrados a seguir.
Responsabilidade Civil: Elementos essenciais
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Assim, a prática de um ato ilícito pode se dar através da violação de


um direito (art. 186 do CC) ou por meio de um abuso de direito (art. 187
do CC). (art. 186, CC):

Enunciado 37 da Jornada de Direito Civil: Art. 187: A


responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de
culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico.

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1) Conduta: vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito,


voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o
fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever
de satisfazer os direitos do lesado.

2) Ocorrência de Dano: não haverá dever de reparação quando inexistir


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prejuízo.

3) Nexo de Causalidade: relação entre a conduta do agente e o dano sofrido


pela vítima.

Obs.: Os atos emulativos são aqueles praticados com abuso de direito,


relacionando-se com o disposto no art. 187 do CC.

1- Excludentes de ilicitude

As causas excludentes de responsabilidade civil são aquelas que


afastam a pretensão indenizatória ao romper o nexo de causalidade ou mesmo
descaracterizar a ilicitude da conduda do agente.
Algumas excludentes estão listadas no artigo 188 do CC. São elas:
1) Legítima Defesa;
2) Exercício Regular de Direito; e
3) Estado de Necessidade.

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ESTADO DE
NECESSIDADE
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Embora não constitua ato ilícito, se a pessoa lesada, ou o dono da coisa não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo
que sofreram.

A INDENIZAÇÃO NO ESTADO DE NECESSIDADE


ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO: não há obrigação de
indenizar

RESPONSÁVEL = PESSOA
PELO PERIGO ≠ LESADA

ESTADO DE NECISSADADE AGRESSIVO: há dever de indenizar o


lesado + ação regressiva contra o causador do perigo

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O fato de terceiro é conhecido como a culpa exclusiva de terceiro.

2- Organograma da Responsabilidade Civil

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3- Classificações da Responsabilidade Civil

I. Tendo como fundamento a classificação de acordo com o fato


gerador, a responsabilidade civil pode ser:
a. Responsabilidade contratual: é aquela que está relacionada com a
inexecução de uma obrigação decorrente de um contrato, conforme arts. 389
(obrigação positiva) e 390 (obrigação negativa) do CC.
b. Responsabilidade extracontratual ou aquiliana: é aquela que está
relacionada com a infração a um dever geral imposto por lei (legal).

II. Tendo como base a classificação quanto ao seu fundamento, a


responsabilidade civil pode ser subjetiva ou objetiva.
a. Responsabilidade subjetiva: é aquela baseada na culpa do agente, que
deve ser comprovada para gerar a obrigação indenizatória (art. 186 do CC).
b. Responsabilidade objetiva: é aquela imposta por lei, havendo,
entretanto, em determinadas situações, a obrigação de reparar o dano
independentemente de culpa (parágrafo único do art. 927).

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OU
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III. Tendo como referência a classificação quanto ao agente a


responsabilidade civil pode ser direta ou indireta.
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a. Responsabilidade civil direta: ocorre quando o autor do dano é o


responsável pelo seu pagamento.
b. Responsabilidade civil indireta: também chamada de responsabilidade
civil complexa ou por fato de outrem (arts. 932 a 934 do CC), ocorre quando
uma pessoa é civilmente responsável, perante terceiros, por ações e omissões
perpetradas por outra pessoa.
... responsabilidade civil subjetiva, a culpa, elemento necessário, pode
ser classificada das seguintes formas:
1. ... o critério da gravidade, a culpa pode ser grave, leve ou
levíssima.
2. ... o critério do conteúdo da conduta culposa:
a. In committendo é a culpa que ocorre em virtude de ação,
atuação positiva (comissão) – Ex.: ato de avançar sinal luminoso.
b. in omittendo: por omissão, por conduta negativa. Ex.:
enfermeira se esquecer de dar remédio ao paciente.
c. in vigilando: fruto de falha no dever de vigiar. Ex.: a culpa dos
pais pelos atos dos filhos em sua guarda.
d. in custodiendo: vigiar coisas, como animais, por exemplo.
e. in elegendo: resulta da má escolha. se escolhe mal uma pessoa
para desempenhar certa tarefa. Ex.: patrão, que responde pelos
danos causados por seus empregados em serviço.
3. ... o critério do modo de apreciação:
a. in concreto: ocorre quando, no caso concreto, se limita ao
exame da imprudência ou negligência do agente;
b. in abstrato: quando se faz uma análise comparativa da conduta
do agente com a do homem médio ou da pessoa normal.

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4. critério da natureza do dever violado:


a. contratual: quando o dever se funda em um contrato.
b. extracontratual/aquiliana: quando a obrigação de indenizar se
origina da violação de um preceito geral de direito.
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4- A Responsabilidade no Código Civil

4.1- Responsabilidade dos empresários e empresas por vícios


de produtos (art. 931 do CC)
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Art. 931 do CC - Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os


empresários individuais e as empresas respondem independentemente de
culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.
Trata-se de responsabilidade civil objetiva que independe de culpa,

4.2- Responsabilidade do incapaz (art. 928 do CC)


Conforme dispõe o art. 928 do CC:

...responsabilidade subsidiária e mitigada em que primeiro


responderá o representante do incapaz com seus bens e, posteriormente, o
próprio incapaz.
4.3- Responsabilidade por fato de terceiros (arts 932 a 934 do
CC)
O art. 932 do CC pode ser assim esquematizado:

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.... art. 933, a responsabilidade civil objetiva (independe de


culpa).
Enunciado 451 da Jornada de D. Civil: A responsabilidade civil por ato
de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de
culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.

Enunciado 449 da Jornada de D. Civil: Considerando que a


responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos filhos
menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no
exercício do poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por
tais atos, ainda que estejam separados, ressalvado o direito de regresso
em caso de culpa exclusiva de um dos genitores.

4.4- Responsabilidade por fato de animal (art. 936 do CC)


O art. 936 do CC esquematizamos da seguinte forma:

Enunciado 451 da Jornada de D. Civil: A responsabilidade civil do dono


ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a excludente do fato
exclusivo de terceiro.

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4.5- Responsabilidade pelo fato de coisa inanimada (arts. 937 e


938 do CC)
Conforme art. 937 e 938 do CC:
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5- Responsabilidade Civil x Responsabilidade Criminal

Aquele que pratica um ato ilícito pode sofrer até 3 processos (na esfera
administrativa, na esfera civil e na esfera penal).
... não se pode mais questionar no juízo cível, quando elas já se
encontrarem decididas no juízo criminal nessas hipóteses:
• a existência do fato, isto é, a ocorrência do crime e suas
consequências;
• ou de quem seja o seu autor, ou seja, a autoria do delito.

Sentença criminal baseada em negativa de autoria ou sobre


inexistência do crime repercute nas esferas cível e administrativa.

6- Responsabilidade Civil por Dívidas

.... responsabilidade civil daquele que demandar por dívida não vencida.
Art. 939 do CC - O credor que demandar o devedor antes de vencida a
dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar
o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.

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.. débito já solvido ou por quantia indevida.


Art. 940 do CC - Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em
parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for
devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do
que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo
se houver prescrição.
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7- Responsabilidade Civil na Sucessão

Conforme art. 943 do CC:


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8- Indenização

Os arts. 944 a 954 do CC tratam da indenização.


Art. 944 do CC - A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da
culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.

Acima, o art. 948 do CC.


Abaixo, o art. 950 do CC:

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Art. 953 do CC - A indenização por injúria, difamação ou calúnia


consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá
ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das
circunstâncias do caso.
Art. 954 do CC - A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no
pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não
puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo único do
artigo antecedente.
O seu parágrafo único poderá ser esquematizando assim:

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AULA: Direito das coisas

1- Introdução

... a propriedade é um direito mais abrangente que a posse, pois


esta (posse) representa parte dos poderes da primeira (propriedade). Neste
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contexto, o legislador não deu margem para a existência de dúvidas e apontou


um rol taxativo dos direitos reais através do art. 1.225 do CC.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
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IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de
2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)

A POSSE NÃO É UM DIREITO REAL, APESAR DE SER UM INSTITUTO


JURÍDICO ESTUDADO DENTRO DO DIREITO DAS COISAS !!!

- Direito real: é o poder jurídico, direito e imediato, do titular sobre a coisa,


com exclusividade e contra todos (oponibilidade erga omnes);

- Direito pessoal: consiste em uma relação jurídica pela qual o sujeito ativo
pode exigir do sujeito passivo uma determinada prestação (efeito inter
partes).

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Quanto à (ao): Direito Pessoal Direito Real


Relação Interpessoal (2 ou + Recai s/ uma coisa e uma
pessoas): obrigação entre pessoa. É atributivo, pois
as partes. É cooperativo por atribui o direito a uma só
causa disso. pessoa.
Eficácia Interpartes Erga omnes (é absoluto)
Sujeitos Conhecidos desde o Sujeito passivo só é
momento de constituir a conhecido quando o direito
obrigação. é violado (obrigação
passiva universal).
Objeto Presunção de dar, de fazer Coisa corpórea, tangível ou
ou de não fazer – a sem apropriação
prestação.
Momento aquisição Se dá com o acordo de Se dá com a tradição.
do direito manifestação de vontade
Tipicidade Atípicos (contratos, art. Típicos: criados pela lei
425, CC). somente.
Duração Transitório: é extinto Permanente: existe
quando cumprido ou por mesmo sem ser usado.
outros meios, como ação Extinto somente nos casos
judicial legais (desapropriação).

DIVISÃO DOS DIREITOS REAIS

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DIREITOS
REAIS
SOBRE - Propriedade
COISA
PRÓPRIA
-Enfiteuse
-Superfície
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De gozo ou -Servidão predial


fruição -Usufruto
-Uso
-Habitação
DIREITOS
REAIS -Penhor
SOBRE -Hipoteca
COISA De garantia
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-Anticrese
ALHEIA -Alienação fiduciária em garantia
-Compromisso ou promessa irretratável
De aquisição
de compra e venda
-Concessão de uso especial para fins de
De interesse
moradia
social
-Concessão de direito real de uso

artigos 1.226 e 1.227 do CC:

2- Posse

Existem duas teorias para caracterizar a posse: a subjetiva (de


Savigny) e a objetiva (de Ihering).

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O Direito Brasileiro adora a objetiva (de Ihering), pois a definição


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presente no art. 1.196 do CC considera “possuidor todo aquele que tem de


fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à
propriedade”.

CONCEITO DE POSSE
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- Teoria subjetiva (Savigny): corpus (poder de disponibilidade sobre a


coisa) e animus domini (intenção de ter a coisa).
- Teoria objetiva (Ihering): corpus (simples poder de disponibilidade
sobre a coisa).
O Código Civil adotou a teoria objetiva, portanto, para haver posse não
precisa haver intenção de ter a coisa. É possível a posse sem a propriedade
(intenção de ter a coisa).
Ex.: um inquilino de um apartamento é possuidor (tem disponibilidade sobre
a coisa), mas não é proprietário (não é o dono da coisa).

2.1- Espécies de Posse


a) Posse direta e indireta;
b) Posse justa e injusta;
c) Posse de boa-fé e de má-fé;
d) Posse ad usucapionem e ad interdicta;
e) Posse nova e velha; e
f) Posse pro diviso e pro indiviso.
Vamos tratar de cada uma separadamente.

2.1.1- Posse direta X Posse indireta

Conforme art. 1.197 do CC:

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2.1.2- Posse justa X Posse injusta

Conforme o art. 1.200 do CC:


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OU

Os vícios citados podem convalescer (desaparecer com o


decurso de tempo)?
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância
assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou
clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
Qual é o período de tempo para convalescer os vícios da
violência e da clandestinidade?
Art. 558 do NCPC. Regem o procedimento de manutenção e de
reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação
for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na
petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o
procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório.

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2.1.3- Posse de boa-fé X Posse de má-fé


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Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o


obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de
boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não
admite esta presunção.

Não se deve confundir a posse de boa-fé com a posse justa. Para


verificar se a posse é de boa-fé, temos um critério psicológico
(subjetivo). Por outro lado, para verificar se a posse é justa, estamos
diante de um critério objetivo, bastando o exame da existência ou não
dos vícios.
Posse de boa-fé / Posse de má-fé → critério subjetivo
Posse justa / Posse injusta → critério objetivo

Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o


momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não
ignora que possui indevidamente.

2.1.4- Posse ad interdicta X Posse ad usucapionem

A posse ad interdicta é aquela que pode ser defendida pelos interditos


ou ações possessórias quando houver moléstia, entretanto, o seu
prolongamento não é capaz de conduzir à usucapião, pois o possuidor não
possui a intenção de ter a coisa em definitivo (animus domini).

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A posse ad usucapionem é a exercida com a intenção de ter a coisa


em definitivo (animus domini), devendo também ser mansa, pacífica,
ininterrupta, justa e durante o lapso de tempo necessário à aquisição da
propriedade.

2.1.5- Posse nova X Posse velha


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A classificação da posse em nova ou velha é baseada no tempo de


posse. A posse nova é a que conta menos de ano e dia, ao passo que a
posse velha é a que conta mais de ano e dia.
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2.1.6- Posse pro diviso X Posse pro indiviso

Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada
uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros
compossuidores.

A posse pro indiviso é a composse de direito e de fato, onde cada


compossuidor tem o direito de exercer a posse sobre o todo, não podendo um
excluir a posse do outro.
A posse pro diviso é a composse de direito, mas não de fato, onde
cada compossuidor não tem o direito de possuir a parte da área reservada ao
outro.

2.1.7- Aquisição da Posse

Conforme o art. 1.204 do CC, temos que:

Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 183 de 256


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O momento de aquisição da posse ocorre quando a pessoa puder


exercer, em nome próprio, alguns dos poderes inerentes à propriedade
(Gozar, Reaver, Usar e Dispor - GRUD). Conforme art. 1.205, CC:
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relação entre a posse do bem imóvel e das coisas, temos (art. 1.209):

2.2- Efeitos da Posse


Os principais efeitos da posse são:
a) direito ao uso dos interditos;
b) defesa direta;

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c) percepção dos frutos;


d) indenizações por benfeitorias;
e) direito de retenção por benfeitorias; e
f) responsabilidade pelas deteriorações;
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2.2.1- A faculdade de usar os interditos

Conforme art. 1.210, CC:


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Posse: direitos de defesa

(moléstia) (perda)
TURBAÇÃO ESBULHO

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INTERDITO MANUTENÇÃO DA REINTEGRAÇÃO DA


PROIBITÓRIO POSSE POSSE
(proteção preventiva) (após a turbação) (após a perda)
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2.2.2- Defesa direta da posse

Art. 1.210 § 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou


restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de
defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção,
ou restituição da posse.
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Na legítima defesa a violência é empregada para impedir a perda da


posse, ao passo que no desforço imediato, a violência é empregada para
recuperar a posse perdida.

2.2.3- Percepção dos frutos

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2.2.4- Indenização por benfeitorias e direito de retenção

OU

Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das


benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não
lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e
poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias
e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as
benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela
importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.

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2.2.5- Responsabilidade pelas deteriorações

DIREITOS POSSUIDOR DE BOA-FÉ POSSUIDOR DE MÁ-FÉ

Faculdade de
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invocar interditos Todos possuem o direito de invocar os interditos, basta que a


(ações posse seja justa em relação ao adversário.
possessórias)

Turbação (moléstia) → legítima defesa


Defesa direta da
Esbulho (perda) → desforço imediato
posse
São admitidos desde que feitos de forma imediata.
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Percepção dos Tem direito aos frutos Responde pelos frutos


frutos percebidos (colhidos) percebidos (colhidos)

Tem direito à indenização Tem direito à indenização das


das benfeitorias úteis e benfeitorias necessárias
Indenização por necessárias e direito de apenas, mas não tem direito
benfeitorias e direito retenção do imóvel pela de retenção do imóvel pelo
de retenção indenização do valor gasto. pleito de indenização.
Tem direito a levantar as
benfeitorias voluptuárias

Responsabilidade CF ou FM → não responde CF ou FM → responde


pela deterioração ou
Culpa → responde Culpa → responde
perda da coisa

-CF: Caso Fortuito; FM: Força Maior

2.3- Perda da posse


Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do

Art. 1.224, CC:

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3- Propriedade
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GOZAR (jus fruendi)


PODERES DA PROPRIEDADE REAVER (rei vindicato)
(GRUD) USAR (jus utendi)
DISPOR (jus disponendi)

3.1- Função social da propriedade


Art. 1.228 § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância
com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam
preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a
fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e
artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

Art. 1.228 § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário


qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de
prejudicar outrem.
Os atos emulativos são considerados atos ilícitos e, por isso, são
vedados.

3.2- Limitações ao Direito de propriedade

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art. 1.228, §3º prevê que:

3.3- A propriedade do subsolo, do solo e do espaço aéreo

Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo


correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não
podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por
terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse
legítimo em impedi-las.

PROPRIEDADE DO SOLO

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Abrange, porém o proprietário não pode


Subsolo e espaço aéreo
se opor a atividades de terceiros que não
correspondentes
tenha interesse legítimo.

Jazidas, minas e demais


recursos minerais, os
Não abrange, mas é assegurado ao
potenciais de energia
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proprietário participação nos resultados


hidráulica, os monumentos
da lavra.
arqueológicos e outros bens
referidos por leis especiais

Recursos minerais de Podem ser explorados pelo proprietário,


emprego imediato na desde que não sejam submetidos à
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construção civil transformação industrial.

3.4- Características do direito de propriedade


Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em
contrário.
O direito de propriedade apresenta três características essenciais: é
absoluto, exclusivo e irrevogável ou perpétuo.
• Absoluto: é o mais completo dos direitos reais;
• Exclusivo: a mesma coisa não pode pertencer com exclusividade
(portanto, ressalvado o condomínio) e simultaneamente a duas ou mais
pessoas; e
• Irrevogável ou perpétuo: a duração da propriedade é ilimitada, não
cessa pelo não-uso e é transmissível com a morte.

3.5- Classificação da propriedade


A propriedade classifica-se em:
- Plena (ou alodial) - quando o proprietário tem o direito de uso, gozo e
disposição plena enfeixados em suas mãos, sem que terceiros tenham
qualquer direito sobre àquele bem.
- Limitada (ou restrita) - quando a propriedade tem sobre ela algum ônus
(ex.: hipoteca, servidão, usufruto, etc.), ou quando for resolúvel (se
extinguirá com um acontecimento futuro).

3.6- A descoberta

Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao
dono ou legítimo possuidor.

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Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e,


se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.

A DESCOBERTA NÃO É UMA FORMA DE AQUISIÇÃO


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DA PROPRIEDADE !!!

3.7- Formas de aquisição da propriedade imóvel


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3.7.1- Acessão

Por acessão (art. 1.248 do CC):

3.7.2- Usucapião

Por Usucapião (arts. 1.238 a 1.244 do CC): é o modo de aquisição da


propriedade, independente da vontade do titular anterior. Ocorre quando

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alguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono (posse ad


usucapionem), por um tempo determinado, sem interrupção e sem oposição.
• Extraordinária (art. 1.238 do CC)
Art. 1.238 do CC - Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que
assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no
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Cartório de Registro de Imóveis.


Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos
se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou
nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Ordinária (art. 1.242 do CC)
Art. 1.242 do CC - Adquire também a propriedade do imóvel aquele que,
contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por
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dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o
imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro
constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os
possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado
investimentos de interesse social e econômico.

• Constitucional Urbana ou pro moradia (art. 1.240 do CC)


Art. 1.240 do CC - Aquele que possuir, como sua, área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem
ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao
mesmo possuidor mais de uma vez.

• Constitucional Rural ou pro labore (art. 1.239 do CC)


Art. 1.239 do CC - Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou
urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição,
área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

• Familiar
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e
sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de
até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade
divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar,
utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio
integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

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§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor


mais de uma vez.
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

3.7.3- Registro do Título


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Pelo registro do título (arts. 1.227 e 1.245 a 1.247 do CC) – “SÓ É DONO
QUEM REGISTRA” !!! A Lei nº 6.015/73 dispõe sobre os Registros Públicos
no país, conferindo autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.

3.7.4- Sucessão hereditária


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Pela sucessão hereditária: é a forma de transmissão derivada da


propriedade que se dá por ato causa mortis em que o herdeiro (legítimo ou
testamentário) ocupa o lugar do de cujus em todos os seus direitos e
obrigações.
Art. 1.784 do CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo,
aos herdeiros legítimos e testamentários.

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3.8- Aquisição da propriedade móvel


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3.8.1- Ocupação

Ocupação (art. 1.263 do CC) - originária: é o assenhoramento de coisa móvel


(inclui semoventes) sem dono, por não ter sido ainda apropriada (res nullius)
ou por ter sido abandonada (res derelictae), desde que essa apropriação não
seja proibida pela lei.

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A descoberta de coisa perdida não acarreta na aquisição da propriedade,


devendo, aquele que achou, devolver a res para a autoridade competente,
conforme o art. 1.233, § único do Código Civil.

3.8.2- Usucapião

Usucapião - originária: não só os bens imóveis podem ser adquiridos pela


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usucapião, pois tal instituto também é aplicável aos bens móveis e às


servidões.
• Extraordinária (art. 1.261 do CC)
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos,
produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.
• Ordinária (art. 1.260 do CC)
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Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e
incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé,
adquirir-lhe-á a propriedade.

3.8.3- Achado de tesouro

Achado de tesouro - originária: esta situação, comumente descrita em


filmes, está prevista no arts. 1.264 a 1.266 do CC. São quatro os requisitos do
tesouro: ser antigo, estar escondido (oculto, enterrado), o dono ser
desconhecido e o descobridor ter encontrado casualmente (sem querer).

3.8.4- Especificação

Especificação (arts. 1.269 a 1.271 do CC) - derivado: é a transformação da


coisa móvel em espécie nova, em virtude do trabalho ou da indústria do
especificador, desde que não seja possível reduzi-la à sua forma primitiva.

3.8.5- Confusão, Comissão e Adjunção

Confusão, Comissão e Adjunção (arts. 1.272 a 1.274 do CC): ocorrem


quando coisas pertencentes a pessoas diversas se mesclam de tal forma que é
impossível separá-las. Nestes casos um dos donos irá adquirir a propriedade
de toda a mistura mediante uma indenização ao outro proprietário.
• Confusão - mistura entre coisas líquidas.
Ex.: misturar suco de laranja com vodca.
• Comissão - mistura de coisas sólidas ou secas.
Ex.: areia, cal e cimento, formando uma só massa.
• Adjunção - justaposição de uma coisa sobre outra.
Ex.: tinta em relação à parede.

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3.8.6- Tradição

Tradição: é o ato de entrega da coisa ao adquirente com o intuito de


transferir-lhe a propriedade. Enquanto no bem imóvel a propriedade se
transfere com o registro do título, no bem móvel, via de regra, o ato de
transferência do domínio se dá com a tradição (art. 1.267 do CC).
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- traditio longa manu (tradição simbólica) ➔ entrega das chaves de um


apartamento;
- traditio brevi manu (tradição ficta) ➔ comprar o imóvel que você
mora de aluguel; e
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- constituto possessório (tradição ficta) ➔ vender o seu imóvel e


continuar morando nele de aluguel.

3.8.7- Sucessão hereditária

Sucessão hereditária: nos termos do art. 1.784 do CC o direito sucessório


também pode gerar a aquisição derivada da propriedade móvel.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.

3.9- Perda da propriedade imóvel


O art. 1.275 do Código Civil relaciona cinco situações de forma
exemplificativa, que ocasionam a perda da propriedade.

3.10- Abandono de imóvel


Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção
de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na
posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três
anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se
achar nas respectivas circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas
circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos
depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize.

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§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este


artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de
satisfazer os ônus fiscais.
O abandono do imóvel é um ato unilateral pela qual o titular da
propriedade de um imóvel dele se desfaz voluntariamente, sendo necessária a
derrilição (intenção de abandonar o imóvel).
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3.11- Condomínio

4- Direito de Vizinhança

Neste tópico veremos regras que limitam o direito de propriedade a fim


de evitar conflitos entre proprietários de prédios contíguos, respeitando,
assim, o convívio social. Constituem obrigações propter rem (que
acompanham a coisa).
Tais regras versam sobre:
– o uso anormal da propriedade;
– as árvores limítrofes;
– a passagem forçada;
– a passagem de cabos e tubulações;

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– as águas;
– os limites entre prédios e o direito de tapagem;
– o direito de construir.
Sobre o uso anormal da propriedade, os arts. 1277 a 1281 do CC.
Sobre as árvores limítrofes, devemos observar os arts. 1282 a 1284
do CC.
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A passagem forçada ocorre nos casos de terrenos encravados, ou


seja, terrenos que não possuem acesso à via pública. Neste caso o assunto é
tratado pelo art. 1285 do CC.
Um vizinho permitir a passagem de cabos e tubulações para o
imóvel do outro está regulado pelos arts. 1286 e 1287 do CC.
Sobre as águas, temos os arts. 1288 a 1296 do CC.
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A respeito dos limites entre prédios e do direito de tapagem, os


arts. 1297 e 1298 do CC regulam o assunto. Por fim, os arts. 1299 a 1313
traçam regras para que os vizinhos exerçam de forma adequada o direito de
construir.

5- Propriedade Resolúvel

A propriedade resolúvel é aquela tem fim mediante o implemento de


uma condição ou de um termo extintivo. Ela está prevista no art. 1.359
do CC e também pode ser conhecida como propriedade revogável.

6- Parcelamento do solo urbano

O parcelamento do solo urbano é regulado pela Lei Federal nº


6.766/79 e tem como objetivo ordenar e organizar a ocupação de áreas
urbanas dos municípios com fins de habitação.

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7- Propriedade em planos horizontais

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... é obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de


incêndio ou destruição, total ou parcial.

8- Introdução: Direito REAIS

Obs.: ENFITEUSE: Trata-se de um direito real de gozo, mediante contrato


perpétuo, alienável e transmissível aos herdeiros, onde o domínio útil de
imóvel é atribuído a alguém pelo proprietário, que receberá em contrapartida
uma pensão ou foro anual. No entanto, o atual Código Civil proíbe novas
enfiteuses, mantendo-se as existentes até a sua extinção (art. 2.038, CC).

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9- Direitos reais de garantia

São direitos reais de garantia: o penhor, a hipoteca, a anticrese e a


alienação fiduciária em garantia.
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Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o


bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da
obrigação.

DIREITOS REAIS DE GARANTIA


X
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DIREITOS REAIS DE GOZO OU FRUIÇÃO

Os direitos reais de gozo ou fruição (usufruto, uso,


habitação, superfície, enfiteuse e servidão) são
autônomos e atribuem ao titular o direito de utilizar
as vantagens da coisa alheia. Por outro lado, os
direitos reais de garantia são acessórios (dependem
da existência de uma obrigação principal) e, salvo na
anticrese, o credor não tem o direito de fruição da
coisa, pois possui, apenas, o direito ao seu valor.

DIREITO DE EXCUSSÃO → PENHOR E HIPOTECA

DIREITO DE RETENÇÃO → ANTICRESE

O art. 1.424 do CC descreve o princípio da especialização:

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Nos arts. 1.425 e 1.426 do CC temos a previsão legal para a


exigência do vencimento antecipado da dívida assegurada por
garantia real.
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Nas hipóteses de vencimento antecipado da dívida, não se


compreendem os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido.

Nesses casos só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado,


se o perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em
garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso contrário, a
dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não
desapropriados ou destruídos.
.
Arrematação, adjudicação e remição - os bens dos devedores, em caso de
inadimplência, são alienados judicialmente (para satisfação da dívida do
credor) por meio de leilão, hasta pública ou praça.

INSTITUTO QUEM FICA COM O BEM

Arrematação Um terceiro

Adjudicação O credor da dívida

Remição O devedor executado

9.1- Penhor
A definição de penhor é dada pelo art. 1.431 do CC:

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Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que,


em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou
alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.
Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as
coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar
e conservar.
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REGRA → transferência da posse do bem empenhado


ao credor pignoratício.

EXCEÇÃO → a posse do bem empenhado permanece


com o devedor pignoratício quando se tratar de um
penhor especial (penhor rural, industrial, mercantil e
de veículos).
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BEM
MÓVEL
DEVEDOR CREDOR
PIGNORATÍCIO PIGNORATÍCIO
$$$$$$$$$$
EMPRESTADO

9.1.1- Objeto do penhor

O penhor recai, como regra, sobre bens móveis, ou suscetíveis de


mobilização.

9.1.2- Direitos do Credor Pignoratício

O art. 1.433 do CC enumera os direitos do credor pignoratício:

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9.1.3- Deveres do Credor Pignoratício

As obrigações do credor pignoratício estão elencadas no art. 1.435 do CC:

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9.1.4- Espécies de Penhor

PENHOR COMUM OU CONVENCIONAL

1 - Penhor Rural (Agrícola e Pecuário)


2 - Penhor Industrial e Mercantil
PENHORES
3 - Penhor de Direitos e Títulos de Crédito
ESPECIAIS
4 - Penhor de Veículos
5 - Penhor Legal

9.1.5- Penhor Rural

O penhor rural compreende duas espécies: penhor agrícola (que grava


culturas e bens a ela destinados) e penhor pecuário (que recai sobre animais
integrantes de atividade pastoril), que podem ser unificados em um só
instrumento e revestir a forma pública ou particular (vide art. 1.438 do CC).
O art. 1.440 do CC admite a possibilidade de convivência entre o
penhor rural e a hipoteca do prédio.
Tem-se ainda a possibilidade de inspeção da coisa em caso de
penhor rural no art. 1.441 do CC.
9.1.6- Penhor Agrícola

É aquele que recai sobre as coisas listadas no art. 1.442 do CC.

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A lei (art. 1.443 do CC) permite ainda que o penhor agrícola possa recair
sobre colheita pendente ou ainda não existente, em via de ser formada,
possibilitando, assim, que o devedor de como garantia coisa futura.
9.1.7- Penhor Pecuário

É aquele que recai sobre animais (gado vacum, muar, cavalar, ovídeo e
caprídeo) que se criam para indústria pastoril, agrícola ou de laticínios (art.
1.444 do CC). Diz o art. 1.445 do CC que para haver a venda do gado
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empenhado pelo devedor pignoratício, deverá haver a anuência escrita do


credor pignoratício. O legislador prevê a possibilidade de substituição de
animais no penhor pecuário.
9.1.8- Penhor Industrial e Mercantil

O penhor industrial recai sobre máquinas, aparelhos, materiais,


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instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles;


animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das
salinas; produtos de suinocultura, animais usados na industrialização de
carnes e derivados; matérias primas e produtos industrializados.
O penhor mercantil distingue-se do industrial apenas pela natureza da
obrigação que visa garantir, pois deverá ser uma obrigação contraída por
comerciante, ou empresário, no exercício de sua atividade econômica.
O assunto é tratado nos arts. 1.447 a 1.450 do CC.
9.1.9- Penhor de Direitos e Títulos de Crédito

Segundo o art. 1.451 do CC, o penhor de direitos e títulos de crédito


recai sobre direitos suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis, tal como ações
negociáveis em bolsa de valores, ações de sociedade anônima, direitos
autorais, títulos de crédito, etc.
9.1.10- Penhor de Veículos

Qualquer veículo utilizado em transporte ou condução de coisas, de


animais ou de pessoas por via terrestre ou aquática podem ser empenhados
para garantia de débito, nos termos do art. 1.461 do CC.
Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os veículos empregados em
qualquer espécie de transporte ou condução.

9.1.11- Penhor Legal

As espécies examinadas anteriormente são de penhor convencional;


entretanto, a lei também trata de outra modalidade, denominada penhor legal,
que não deriva da vontade das partes, de um contrato, mas sim da vontade
do legislador, conforme o art. 1.467 do CC.

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A conta dessas dívidas será extraída conforme a tabela impressa, prévia e


ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos
gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor. (art. 1.648).

9.1.12- Formas de extinção do penhor

O Código Civil destaca no art. 1.436 as principais formas de extinção do


penhor:

9.2- Hipoteca
A hipoteca é um direito real de garantia que tem por objeto bens
imóveis ou que a lei entende como hipotecáveis, pertencentes ao devedor ou a
terceiro, e que, embora não entregues ao credor, asseguram-lhe,
preferencialmente, o recebimento de seu crédito.

DEVEDOR $$$$$$ CREDOR

BEM garantidor da dívida


HIPOTECADO

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9.2.1- Objeto da hipoteca

art. 1.473 do CC:


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Os direitos de garantia instituídos nessas hipóteses ficam


limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham
sido transferidos por período determinado.

Em regra, a hipoteca se refere a bens imóveis, entretanto,


também é possível a hipoteca de bens móveis, como ocorre
nos casos dos navios e aeronaves.

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9.2.2- Registro da hipoteca

Ressalta-se que a constituição de uma hipoteca deve ser assentada no


Registro de Imóveis do local onde se situar o bem hipotecado para poder
valer contra terceiros (efeitos erga omnes). Dessa forma, o registro significa
um elemento de publicidade que dá conhecimento a todos os interessados
sobre a existência da hipoteca. Vide art. 1.492 do CC.
Conforme o art. 1.493 do CC, a ordem de entrada das solicitações
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de hipoteca determinará a prioridade do título hipotecário.


Enquanto a hipoteca convencional tem a duração máxima de 30
anos (art. 1.485 do CC), a hipoteca legal perdurará indefinidamente, ou
seja, enquanto durar a obrigação principal. Entretanto, a especialização da
hipoteca legal obedece um prazo máximo de 20 anos.
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9.2.3- Espécies de hipotecas

Quanto à causa originária, a hipoteca pode ser: convencional


(deriva de um contrato); legal (resulta de lei, independente de acordo entre
as partes) e judicial (quando emana de uma sentença).
Quanto ao objeto a hipoteca pode ser: comum ou ordinária (quando
recai sobre bens imóveis) ou especial (quando recai sobre bens móveis –
navios e aeronaves – e vias férreas).

9.2.4- Hipoteca legal

Está prevista nos arts. 1.489 a 1.491 do CC:

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9.2.5-

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Extinção da hipoteca

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9.3- Anticrese
Anticrese é o direito real de garantia em que se transfere a posse de um
bem imóvel ao credor para que o administre e o desfrute, até ser
integralmente paga a dívida.
Trata-se de uma garantia estabelecida em favor do credor, que retém
em seu poder imóvel alheio, tendo o direito de explorá-lo para pagar-se por
suas próprias mãos. Na prática esta garantia é muito pouco utilizada, pois
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retira do devedor a posse e o gozo do imóvel transferindo-os ao credor, sendo


a hipoteca a preferência.

Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imóvel ao
credor, ceder-lhe o direito de perceber, em compensação da dívida, os
frutos e rendimentos.
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§ 1o É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel sejam


percebidos pelo credor à conta de juros, mas se o seu valor ultrapassar a
taxa máxima permitida em lei para as operações financeiras, o
remanescente será imputado ao capital.
§ 2o Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá ser
hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a terceiros, assim como
o imóvel hipotecado poderá ser dado em anticrese.

10- Alienação fiduciária em garantia

A alienação fiduciária em garantia representa um contrato em que


uma pessoa (fiduciante), em confiança, aliena a outra, normalmente
uma instituição financeira, (fiduciário) a propriedade de um
determinado bem, ficando esta obrigada a devolver-lhe o bem após a
ocorrência de um fato específico, normalmente o pagamento de um
financiamento.
....personagens:
- Devedor fiduciante: o consumidor que queria comprar o carro; e
- Credor fiduciário: o banco que oferece o financiamento.

22.1 Objeto da alienação fiduciária


Inicialmente, apenas os bens móveis infungíveis poderiam ser objeto da
alienação fiduciária, conforme determina o art. 1.361 do CC:
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel
infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
Entretanto, com a criação do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)
através da Lei 9.514/97, passou a existir a alienação fiduciária de bens
imóveis. Veja o que diz o preâmbulo da citada lei: “Dispõe sobre o Sistema
de Financiamento Imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa
imóvel e dá outras providências.”.

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Tanto o bem móvel infungível, como o bem imóvel,


podem ser objetos da alienação fiduciária.
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22.1.1 Poderes sobre o bem durante a alienação fiduciária

- Devedor fiduciante: tem a posse direta do bem na qualidade de


depositário; e
- Credor fiduciário: tem a propriedade resolúvel e a posse indireta do
bem.
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O art. 1.365 do CC trata da proibição de pacto comissório prévio no


contrato de alienação fiduciária, ou seja, não pode haver cláusula que autorize
o credor a se apropriar da coisa dada em garantia no caso de não ser
cumprida a obrigação principal.
No art. 1.366 do CC está pactuada a obrigação pelo remanescente
da dívida se o produto alcançado pela venda do bem não for suficiente para
saldar a dívida.
Trata o art. 1.367 do CC da aplicabilidade das disposições gerais
dos direitos reais de garantia à propriedade fiduciária.

23- Direito real de aquisição

23.1 Compromisso irretratável de compra e venda


Outro ponto relacionado aos direitos reais, é o direito real de
aquisição do promitente comprador de imóvel registrado na matrícula,
conforme art. 1.225, VII do CC.

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Segundo a Súmula nº 239 do STJ, “O direito à adjudicação compulsória não se


condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis”.
Portanto, devemos atentar para o fato de que o contrato de promessa de
compra e venda poderá não ser registrado na matrícula do imóvel. Assim, ele
terá natureza de contrato preliminar regulando a relação obrigacional entre
vendedor e comprador. Na hipótese de não ser celebrado o contrato definitivo, há 3
situações possíveis:

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24- Direitos reais de interesse social

24.1 Concessão de uso especial para fins de moradia


Esse direito real foi introduzido no Código Civil pela Lei 11.481/2007.
.... foi conferida a concessão de uso especial para fins de moradia aos
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possuidores ou ocupantes de áreas de propriedade da União, inclusive


terrenos de marinha e acrescidos, que preenchessem os requisitos legais
estabelecidos na Medida Provisória 2.220/2001.

24.2 Concessão de direito real de uso


Trata-se de outro direito real que foi introduzido no Código Civil pela Lei
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11.481/2007.
A concessão de direito real de uso é definida, por Hely Lopes Meirelles,
como “o contrato pelo qual a Administração transfere, por tempo certo ou
indeterminado, o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular,
como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de
urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração
de interesse social”.

Vejamos o art. 7º do DL 271/1967.


Art. 7o
É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares
remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real
resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social,
urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável
das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência
ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.

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AULA: Direito de Família

1- Introdução
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O Direito de Família é dividido em quatro títulos no Código Civil:


Título I: Do Direito Pessoal;
Título II: Do Direito Patrimonial;
Título III: Da União Estável; e
Título IV: Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão Apoiada.
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1.1- Direito de Família: conceito e princípios fundamentais

Direito
PESSOAL

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1.2- Tipos de unidade familiar


....tipos de família segundo a doutrina:
1) Família matrimonial: tem origem no casamento civil, sendo gratuita a
sua celebração. O casamento religioso equipara-se ao civil se observado
os requisitos legais (art. 226, §1º e §2º, CF e arts. 1.512 e 1.515, CC).
2) União estável: entre o homem e a mulher como entidade familiar,
devendo a lei facilitar sua conversão em casamento (art. 226, §3º, CF).
3) Família monoparental: comunidade formada por qualquer dos pais e
seus descendentes (art. 226, §4º, CF).

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4) Família homoafetiva: entre pessoas do mesmo sexo. O STF


reconheceu em 2011 a união homoafetiva como unidade familiar,
equiparando-a à união estável como efeito vinculante e erga omnes.
5) Família anaparental: família sem pais. A jurisprudência do STJ já
considerou que o imóvel onde duas irmãs solteiras moravam era um
bem de família.
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6) Família pluriparental ou socioafetiva: pode decorrer do afeto, de


vários casamentos ou uniões estáveis. Exemplo: padrasto e enteado.

2- Do Casamento
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2.1- Natureza jurídica do casamento

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2.2- Características do casamento


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2.3- Casamento religioso

OU

Desde que haja sido


homologada previamente
a habilitação.

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2.4- Capacidade, impedimentos e suspensão do casamento

CASAMENTO
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.... CASOS DE IMPEDIMENTOS, estão legalmente impedidos e NÃO


podem casar:

..... causas suspensivas do casamento e NÃO devem casar:

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2.5- Habilitação e Celebração do Casamento

O processo de habilitação para o casamento está previsto no art. 1.525


e seguintes do CC, referindo-se ao rito necessário junto ao Oficial do Registro
Civil.

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2.6- Provas do casamento

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2.7- Da Invalidade do Casamento


2.7.1 Casamento Nulo

É nulo o casamento contraído por infringência de impedimento (ver


os casos de impedimentos). É caso de nulidade absoluta por vício essencial.
Assim, a infringência de impedimento é o único caso atualmente previsto no
art. 1.548, pois o inciso I desse artigo foi revogado pela Lei nº 13.146/2015, o
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qual determinava a nulidade do casamento contraído pelo enfermo mental


sem o necessário discernimento para os atos da vida civil.

2.7.2 Casamento Anulável


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MENOR de 16 MAIOR de 16 anos


anos

Pode
convalidar

2.7.3 Da Eficácia do Casamento

Sobre o planejamento familiar, este é de livre decisão do casal,


competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o
exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de
instituições privadas ou públicas. Esta regra aplica-se também à união estável.

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3- Regime de Bens entre Cônjuges

O regime de bens entre cônjuges cuida dos direitos patrimoniais


relacionados com o casamento.
Art. 1.639. § 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar
desde a data do casamento.

3.1- Princípios Básicos


3.1.1 Princípio da autonomia privada ou livre estipulação
A autonomia privada decorre da liberdade e da dignidade humana,
sendo o direito que a pessoa tem de se auto regulamentar.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento,
estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
.... Enunciado 331 do CJF/STJ da IV Jornada de Direito Civil:
331 – Art. 1.639. O estatuto patrimonial do casal pode ser definido
por escolha de regime de bens distinto daqueles tipificados no
Código Civil (art. 1.639 e parágrafo único do art. 1.640), e, para efeito de
fiel observância do disposto no art. 1.528 do Código Civil, cumpre
certificação a respeito, nos autos do processo de habilitação matrimonial.

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3.1.2 Princípio da indivisibilidade do regime de bens

Apesar de ser possível a criação de outros regimes que não estejam


previstos em lei, não é possível fracionar os regimes em relação aos
cônjuges.
3.1.3 Princípio da variedade de regime de bens

A lei coloca à disposição dos nubentes quatro regimes de bens:


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• comunhão universal de bens;

• comunhão parcial de bens;

• separação convencional ou legal de bens; e

• participação final nos aquestos.


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3.1.4 Princípio da mutabilidade justificada


O art. 1.639, § 2º do CC possibilita a alteração do regime de bens:
Art. 1.639. § 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante
autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a
procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.

3.2- Pacto Antenupcial


O pacto antenupcial (convenção) é um contrato solene, firmado pelos
próprios nubentes habilitados matrimonialmente e, se menores, assistidos
pelo representante legal, antes da celebração do ato nupcial, por meio do qual
dispõem a respeito da escolha do regime de bens que deverá vigorar entre
eles enquanto durar o matrimônio, tendo conteúdo patrimonial, não podendo
conter estipulações alusivas às relações pessoais dos consortes...o art. 1.640,
caput:

COM EXCEÇÃO DO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS E DO


REGIME DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA, DEVE-SE SER CELEBRADO O
PACTO ANTENUPCIAL.

3.3- Separação Obrigatória de Bens


Embora os nubentes tenham liberdade para escolher o regime
matrimonial de bens que lhes aprouver, a lei, por precaução ou para puni-los,

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impõe, em certos casos excepcionais, um regime obrigatório, que é o da


separação de bens (art. 1.641 do CC, no esquema abaixo).
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a) pessoas que contraírem casamento com inobservância das causas


suspensivas
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b) casamento de pessoa maior de 70 anos

IDADE SUPERIOR A 70 ANOS

REGIME DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS

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c) casamento de pessoa que depende de suprimento judicial para


casar
Os menores que dependem do suprimento judicial do consentimento
dos pais para casar terão, por imposição legal, o regime matrimonial da
separação de bens.

3.4- Regras Gerais quanto ao Regime de Bens


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As dívidas contraídas para esses fins obrigam


solidariamente ambos os cônjuges.

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Conforme o art. 1.651, temos que:


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3.5- Regras Especiais quanto ao Regime de Bens

3.6.1 Regime de comunhão parcial


Prevalece este regime se os consortes não fizerem pacto antenupcial,
ou, se o fizerem, o pacto for nulo ou ineficaz. Por essa causa, tal regime
também é chamado de regime legal ou supletivo.

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ANTES DO CASAMENTO DURANTE O CASAMENTO

- patrimônio do marido; e - patrimônio comum do casal;


- patrimônio da esposa. - patrimônio do marido; e
- patrimônio da esposa.
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Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que


sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos
artigos seguintes.
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Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma
causa anterior ao casamento.

3.6.2 Regime de comunhão universal

Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de


todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas,
com as exceções do artigo seguinte.
Graficamente temos o seguinte:

ANTES DO CASAMENTO DURANTE O CASAMENTO

- patrimônio do marido; e - patrimônio comum do casal, com


as exceções ao art. 1.668 do CC;
- patrimônio da esposa.

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3.6.3 Regime de participação final nos aquestos

Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge


possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe
cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos
bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
A tabela a seguir sintetiza o assunto:

ANTES E DURANTE O CASAMENTO COM A DISSOLUÇÃO DA


SOCIEDADE CONJUGAL

- patrimônio do marido; e - patrimônio do marido;


- patrimônio da esposa. - patrimônio da esposa; e
- equalização do patrimônio adquirido
durante o casamento.

REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS

BENS São de livre alienação, ou seja, é desnecessária a outorga


MÓVEIS conjugal.

BENS Dependem de outorga conjugal para serem alienados.


IMÓVEIS

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3.6.4 Regime de separação convencional de bens


Ter-se-á o regime de separação de bens quando, por lei ou pacto
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antenupcial, cada consorte conservar, com exclusividade, o domínio, a posse e


a administração de seus bens presentes e futuros e a responsabilidade pelos
débitos anteriores e posteriores ao matrimônio.
Conclui-se que antes e durante o casamento existirão patrimônios
distintos para cada um dos cônjuges, conforme tabela a seguir:
ANTES DO CASAMENTO DURANTE O CASAMENTO
- patrimônio do marido; e - patrimônio do marido; e
- patrimônio da esposa. - patrimônio da esposa.

4- Usufruto e Administração dos Bens de Filhos Menores

O usufruto e a administração dos bens de filhos menores representam o


aspecto patrimonial do poder familiar.
Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar:
I - são usufrutuários dos bens dos filhos;
II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.
Art. 1.690. Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com
exclusividade, representar os filhos menores de dezesseis anos, bem como
assisti-los até completarem a maioridade ou serem emancipados.
Parágrafo único. Os pais devem decidir em comum as questões relativas
aos filhos e a seus bens; havendo divergência, poderá qualquer deles
recorrer ao juiz para a solução necessária.
Nem todos os bens dos filhos menores estão incluídos no usufruto e
administração dos pais. Dessa forma, o art. 1.693 do CC lista os bens que
estão excluídos de tal situação.

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5- Alimentos

A expressão alimentos diz respeito às prestações necessárias ao


provimento das necessidades básicas daquele que não possui condições para
fazê-lo por meios próprios. Nesta relação, há duas figuras: o alimentando
(credor – aquele que pede os alimentos) e o alimentante (devedor – aquele
que possui a obrigação de prover os alimentos).
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Alimentos de que
necessitem para
viver de modo
compatível com a
sua condição
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social, inclusive
para atender às
necessidades de
sua educação.

A obrigação de prestar alimentos, como acima, deve obedecer de forma


proporcional as necessidades do reclamante e os recursos da pessoa
obrigada.

Os alimentos podem ser de várias espécies.


- Quanto à natureza, os alimentos podem ser naturais ou civis.
Os alimentos naturais (ou necessários) restringem-se ao indispensável
à satisfação das necessidades primárias da vida; os civis (ou côngruos)
destinam-se a manter a condição social, o status da família.
- Quanto à causa jurídica, os alimentos dividem-se em legais (legítimos),
voluntários e indenizatórios.
Os alimentos legais (ou legítimos) são devidos em virtude de uma
obrigação legal, que pode decorrer do parentesco, do casamento ou do
companheirismo (vide art. 1.694 do CC).
Os alimentos voluntários, que emanam de uma declaração de vontade
inter vivos (obrigação assumida contratualmente por quem não tinha a
obrigação legal de pagar alimentos — pertencem ao direito das obrigações e
são chamados também de obrigacionais) ou causa mortis (manifestada em
testamento, em geral sob a forma de legado de alimentos, e prevista no art.
1.920 — pertencem ao direito das sucessões e são também chamados de
testamentários);
Os alimentos indenizatórios (ou ressarcitórios), resultantes da prática
de um ato ilícito (constituem forma de indenização do dano e também
pertencem ao direito das obrigações.

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Os alimentos voluntários e os alimentos indenizatórios não ensejam a


prisão civil por dívida prevista constitucionalmente.

Vejamos (art. 1.708):


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DO
CREDOR
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Com relação ao credor cessa, também, o direito a


alimentos, se tiver procedimento indigno em
relação ao devedor (Ex.: tentativa de homicídio).

6- Bem de Família

O bem de família pode ser conceituado como o imóvel utilizado como


residência da entidade familiar, decorrente de casamento, união estável,
entidade monoparental, ou entidade de outra origem, protegido por previsão
legal específica.
STJ 364 - O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange
também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.

6.1- Bem de família voluntário ou convencional


O art. 1711 do CC estipula a forma pela qual o bem de família deve ser
instituído (escritura pública ou testamento), bem como o limite de 1/3 do
patrimônio líquido. Tal limite visa proteger eventual credores que, em
decorrência da impenhorabilidade do bem de família, podem ficar sem receber
suas dívidas.
A instituição do bem de família convencional deve ser efetuada por
escrito e registrada no Cartório de Registro de Imóveis do local em que o
mesmo está situado.
Art. 1.714. O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou por
terceiro, constitui-se pelo registro de seu título no Registro de Imóveis.
No que concerne à sua administração, salvo previsão em contrário, cabe
a ambos os cônjuges ou companheiros, sendo possível a intervenção judicial,
em caso de divergência.

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Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de família com a morte de


ambos os cônjuges e a maioridade dos filhos, desde que não sujeitos a
curatela.
Finalizando, se extingue o bem de família convencional com a morte de
ambos os cônjuges e a maioridade dos filhos, desde que não sujeitos à
curatela.
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6.2- Bem de família legal


A seguir temos os artigos da Lei 8.009/1990 que tratam do bem de
família legal.
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial,
fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou
pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas
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hipóteses previstas nesta lei.


Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se
assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer
natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou
móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.

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AULA: Direito das Sucessões

1- Introdução
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.... assunto previsto no Livro V do CC, que encontra-se distribuído da


seguinte forma:
➢ Título I – Da Sucessão em Geral – arts. 1.784 a 1.828 do CC

➢ Título II – Da Sucessão Legítima – arts. 1.829 a 1.856 do CC

➢ Título III – Da Sucessão Testamentária – arts. 1.857 a 1.990 do CC


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➢ Título IV – Do Inventário e da Partilha – arts. 1.991 a 2.027 do CC

... o direito de herança é um direito e garantia fundamental, pois


está disciplinado no art. 5º, XXX da CF.
Art. 5º, XXX da CF - é garantido o direito de herança;

2- Sucessão em Geral

2.1- Abertura da Sucessão


O art. 1.784 do CC acolheu o princípio da “saisine”, segundo o qual o
próprio defunto transmite ao sucessor o domínio e a posse da herança.

.... o art. 1.785 do CC:

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OU
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2.2- Da Herança e de sua Administração


O art. 1.791 do CC consagra o princípio da indivisibilidade da
herança.
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que
vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à
propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas
normas relativas ao condomínio.

Até o compromisso do inventariante, a administração da herança


caberá, sucessivamente:

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2.3- Da Vocação Hereditária


.... o nascituro, por já ter sido concebido, poderá participar da
sucessão, desde que nasça com vida.

O art. 1.799 do CC, no esquema acima, trata da capacidade


testamentária passiva.

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2.4- Da Aceitação e Renúncia da Herança


A aceitação da herança é o ato pelo qual o herdeiro concorda na
transmissão dos bens do de cujus, ocorrida por lei com a abertura da
sucessão, confirmando-a. Vide art. 1.804 do CC.
O §1º pode ser assim esquematizado:
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2.5- Dos excluídos da sucessão


Este tema da aula trata da indignidade, ou seja, uma pena civil que
priva do direito de herança não só o herdeiro, bem como o legatário que
cometeu atos criminosos, ofensivos ou reprováveis, taxativamente
enumerados em lei, contra a vida, honra e liberdade do de cujus. Art. 1.814,
CC:

2.6- Da Herança Jacente


Por força do princípio da saisine, desde a morte do transmitente, a
herança se transmite aos herdeiros legítimos e testamentários.

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Sobre as heranças jacente e vacante, temos, em regra, o seguinte


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2.7- Da petição da herança


A ação de petição de herança (petitio hereditatis) é a que utiliza o
herdeiro para que se reconheça e tome efetiva esta sua qualidade, e,
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consequentemente, lhe sejam restituídos, total ou parcialmente, os bens da


herança, com os frutos, rendimentos e acessórios.
Os arts. 1.824 a 1.828 do CC tratam do assunto

3- Sucessão Legítima

3.1- A Ordem de Vocação Hereditária

HIPÓTESES EM QUE O CÔNJUGE NÃO CONCORRE NA HERANÇA

1. comunhão universal de bens;


Neste caso, o cônjuge já terá direito à meação (50% dos bens comuns do casal)
e, por essa razão, não concorre com os demais herdeiros.

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2. separação obrigatória de bens; e


Neste caso o cônjuge não tem direito a nada, mas essa posição é discutida na
doutrina.
3. comunhão parcial, se não houver bens particulares do falecido.
Se não existirem bens particulares do falecido, então é porque existem, apenas,
bens comuns, onde os cônjuges eram co-proprietários. Desta forma, falecendo
um deles, o outro continua exercendo a propriedade.
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Percebe-se que a sucessão do descendente pode ocorrer de duas


formas:
a) Por cabeça: quando os descendentes estiverem no mesmo grau; e
b) Por estirpe: quando os descendentes estiverem em graus diferentes.
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• OS 4 FILHOS IRÃO HERDAR POR CABEÇA

• Os filhos 1, 2 e 3 irão herdar por cabeça e os netos irão herdar


por estirpe (representação).

• CADA UM DOS AVÔS FICARÁ COM 50% DA HERANÇA

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• O PAI FICARÁ COM 100% DA HERANÇA, pois ele é o ascendente


mais próximo que o avô.

a) Descendente concorrendo com o cônjuge:

HIPÓTESES DE NÃO HIPÓTESES DE


CONCORRÊNCIA CONCORRÊNCIA

Comunhão universal de bens Participação final nos aquestos

Separação obrigatória de bens Separação convencional de bens

Comunhão parcial de bens se não Comunhão parcial de bens se


houver bens particulares houver bens particulares

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25% JOSÉ
MARIA
(de cujus)
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25% FILHO 1 25% FILHO 2 25% FILHO 3


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25% JOSÉ
MARIA
(de cujus)

18,75% FILHO 1 18,75% FILHO 2 18,75% FILHO 3 18,75% FILHO 4

b) Ascendente concorrendo com o cônjuge


1 possibilidade: cônjuge concorrendo com um ascendente em 1o grau.
a

MÃE PAI
1/2 (falecido)

ESPOSA MARIDO
1/2 (morreu)

2a possibilidade: cônjuge concorrendo com 2 ascendentes em 1o grau.

MÃE PAI
1/3 1/3

ESPOSA MARIDO

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1/3 (morreu)

3a possibilidade: cônjuge concorrendo com 2 ascendentes em 2o grau.


24.2.1 AVÔ 24.2.2 AVÓ
1/4 1/4
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MÃE PAI
(já falecida) (já falecido)

ESPOSA MARIDO
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1/2 (morreu)

4º) A sucessão dos colaterais

PAI MÃE 2º
(já (já MARIDO
falecido) falecida) DA MÃE

IRMÃO 1 IRMÃO IRMÃO


(morreu) BILATERAL UNILATERAL

2/3 da 1/3 da
herança herança

3.2- Sucessão na Vigência da União Estável


O art. 1.790 do CC trata da sucessão na vigência da união estável:

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3.3- Os Herdeiros Necessários

Havendo herdeiros
necessários, o testador
só poderá dispor da
metade da herança.

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Os parentes em linha colateral até o 4º grau são chamados de


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herdeiros facultativos. Os arts. 1.845 a 1.850 tratam do assunto.


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3.4- O Direito de Representação

JOÃO

50% ZECA
MARIO
(já falecido) DIREITO DE
REPRESENTAÇÃO

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EM LINHA RETA
DESCENDENTE
FILHO FILHO
25% 25%
1 2
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PAIS
(já falecidos)

IRMÃO 2 IRMÃO 3
IRMÃO 1 1/3 1/3 IRMÃO 4
(morreu) sucessão sucessão (já
por cabeça por cabeça falecido)

DIREITO DE FILHO 1 FILHO 2


REPRESENTAÇÃO
EM LINHA 1/6 1/6
TRANSVERSAL sucessão sucessão
OU COLATERAL por estirpe por estirpe

4- Sucessão Testamentária

.
4.1- Capacidade para Testar
A capacidade testamentária ativa é o conjunto de condições necessárias
para que alguém possa, juridicamente, dispor de seu patrimônio por meio de

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testamento. Para que o testador possa testar, será preciso discernimento e


compreensão do que representa o ato e manifestação exata do que pretende.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-
lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
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4.2- Testamento
Na sucessão testamentária o falecido expressa a sua vontade através de
um testamento ou codicílio.
Art. 1.862 do CC - São testamentos ordinários:
I - o público;
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II - o cerrado;
III - o particular.
Art. 1.886 do CC - São testamentos especiais:
I - o marítimo;
II - o aeronáutico;
III - o militar.
Segue esquema gráfico:
- público
- ORDINÁRIO - cerrado ou secreto
- particular ou hológrafo
TESTAMENTO
- marítimo
- ESPECIAL - aeronáutico
- militar

4.3- Testamentos Ordinários

• Art. 1.864:

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• Art. 1.876:
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4.4- Codicilos
O codicilo é um ato de última vontade pelo qual o disponente traça
diretrizes sobre assuntos pouco importantes, despesas e doações de
pequeno valor.
Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular
seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro,
sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou,
indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis,
roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.

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4.5- Testamentos Especiais


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O testamento especial é o permitido somente a certas e determinadas


pessoas, colocadas em circunstâncias particulares, designadas em lei.
Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de
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guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de


duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou
ao cerrado.
Parágrafo único. O registro do testamento será feito no diário de bordo.

4.6- Disposições Testamentárias

4.7- Legados
Legado é a disposição testamentária a título singular pela qual o
testador deixa a pessoa estranha ou não à sucessão legítima um ou mais
objetos individualizados ou uma certa quantia em dinheiro.
Através do legado de crédito um título de crédito, cujo devedor é Art.
1.939, CC:

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4.8- Direito de Acrescer entre Herdeiros e Legatários


Os arts. 1.941 a 1.946 do CC tratam do assunto:
4.9- Substituições
a) Substituição Vulgar e Recíproca A substituição vulgar, também
chamada de direta ou ordinária, consiste na indicação da pessoa que deve
ocupar o lugar do herdeiro ou legatário que não quer ou não pode aceitar o
que lhe compete, em razão de premoriência, renúncia da herança ou do
legado, ou exclusão por indignidade.
b) Substituição fideicomissária
Dá-se o fideicomisso (substituição fideicomissaria) quando o testador
nomeia herdeiro ou legatário, determinando que, por ocasião da morte do
instituído, a certo tempo ou sob certa condição, a herança ou legado passará a
outra pessoa.

A faz um A morre e B morre e


testamento para transmite o transmite o
B com bem para B bem para C
substituição por força do
fideicomissária testamento
para C de A

É um fato
gerador do
ITCMD
É um fato
gerador do
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4.10- Deserdação
Deserdação é o ato pelo qual o de cujus exclui da sucessão, mediante
testamento com expressa declaração da causa, herdeiro necessário privando-o
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de sua legítima, por ter praticado qualquer ato taxativamente enumerado nos
arts. 1.814, 1.962 e 1.963 do CC.
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4.11- Redução das Disposições Testamentárias


Para garantir a intangibilidade da parte legítima pertencente ao herdeiro
necessário, a lei possibilitou-lhe o direito de pleitear a redução da liberalidade
até complementar a legítima, caso o testador disponha em testamento em
quantia superior à metade disponível. Os arts. 1.966 a 1.968 trama do tema:

4.12- Revogação do Testamento


A revogação é o ato pelo qual o testador, conscientemente, torna
ineficaz um testamento feito anteriormente, manifestando vontade contrária à
que nele se acha expressa. Os arts. 1.969 a 1.972 do CC tratam do assunto:

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4.13- Rompimento do Testamento


O rompimento do testamento é também chamada revogação
presumida, ficta ou legal. Não haverá o rompimento do testamento se o
testador dispuser em testamento apenas sobre a metade disponível, pois,
nesse caso, os herdeiros necessários não estarão sendo prejudicados. Vide
arts. 1.973 a 1.975 do CC.
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4.14- Testamenteiro
O testamenteiro é a pessoa encarregada de dar cumprimento às
disposições de última vontade do autor do testamento, exercendo os poderes
que lhe forem conferidos e as obrigações impostas pelo testador, desde que
não ultrapasse os limites legais. O testamenteiro pode ser de dois tipos:
a) testamenteiro universal: é aquele que tem direito à posse e à
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administração da herança, ou de parte dela, por não haver cônjuge


sobrevivente nem herdeiro necessário; e
b) testamenteiro particular: quando a função do testamento se restringir à
mera fiscalização da execução testamentária.
Os arts. 1.976 a 1.990 do CC abordam o tema:

5- Inventário e Partilha

O inventário é a forma processual em que os bens do falecido passam


para o seus sucessores e a partilha é a forma processual legal para definir os
limites da herança que caberá a cada um dos herdeiros e legatários.
Para efeito de transferência de propriedade dos bens, inclusive imóveis,
o formal de partilha, que é o documento final resumo do inventário, equivale à
escritura.
Pelo fato do assunto ser abordado de forma mais detalhada no Código
de Processo Civil, arts.982 a 1.038, e, por isso, praticamente não ser cobrado
em provas de Direito Civil, nos limitaremos a transcrever os arts. 1.991 a
2.027 do CC.

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Se os bens sonegados não forem restituídos, devido ao sonegador já


não os ter em seu poder, ele pagará a importância dos valores que ocultou,
mais as perdas e danos.
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.................................................................................................

Terminamos a base teórica por aqui !!!!!

Espero que tenham gostado e vamos às questões.

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