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Alberto Torres nasceu durante a transição de império para a república.

Não era a
favor das teorias racialistas, sendo contrário aos ideais de uma raça interior. Ele publicou
sua obra “Organização Nacional”, fazendo uma investigação social acerca do problema
nacional Brasileiro. Ele não só publica os problemas como também as soluções. A sua obra
é dividida em três tópicos: 1. A terra e a gente do Brasil; O governo e a política; Revisão
Constitucional.
As Condições Sociais: Alberto Torres questionava todas as teorias raciais negando
qualquer inferioridade ou identidade étnica, e segundo ele a miscigenação não era um
problema, mas sim o modelo da constituição implantado que não se adequava ao país.
Segundo ele, o povo brasileiro era moral, honesto e trabalhador, e precisava de um
sentimento de pertencimento da nação, e isso não era um problema individual mas sim em
conjunto. A política era uma arte difícil, porque as pessoas não colocavam em prática, se
julgavam incapazes de exercê-la, tinham uma percepção de que política era uma ideia dos
filósofos atenienses. Para Alberto Torres, a política só iria funcionar quando fosse posta em
prática e não ficasse somente em teorias.
A segunda parte da apresentação vai falar sobre a política ligada à História e
Geografia do país. Por estar na transição de império para a república, Alberto Torres fala
sobre o problema do poder centralizado, e propõe a descentralização do poder. A política
deve ser feita com a participação do coletivo, porém por conta da má administração isso
não estava sendo feito. Segundo ele deve-se governar para todos, essa política pode ser
descrita como política de laboratório, a política deve estar aliada a arte de governar, junto
do coletivo e social. Dentro da descentralização do poder, o apelo à filantropia é para os
proletários e aos “selvagens”, ou seja, o povo do campo. Para Torres, a filantropia deveria
estar integrada na política, pois ela vem dos menos favorecidos. O grupo ainda cita como o
povo brasileiro é paciente com a questão do aumento da desigualdade. A solução para a
busca da identidade vai estar ligada à moral pública, e através da organização vai
desenvolver uma nação sólida.
Ele defende a questão da História interligada à Geografia para uma preparação
sociológica. A importância é justamente para saber o local no qual vai construir e
modernizar, assembleias para se praticar política. Saber como se portar ali, e com relação
ao solo, para saber o que plantar e quando plantar girando a economia do país.
A história da república brasileira é uma jornada de experiências de retrocesso. A
consolidação da política brasileira se dá tardiamente pois quando acabava o mandato não
se analisavam os pontos positivos do mandato, somente se apagava e começava de novo,
aponta a má administração, e para melhorar isso é governar para a maioria e não para a
minoria. Defende que a intelectualidade deve chegar para todos, com debates de opiniões
que alcancem às minorias, citando os negros, indios e analfabetos que memso fazendo
parte da sociedade não são reconhecidos. O sistema eleitoral repousa em mentiras,
reproduzindo as ideias vindas de períodos ditatoriais. É falado sobre a questão do perigo
dos intelectuais caírem nas armadilhas do ego ao guardarem o conhecimento somente para
si.
O vulto da competência, busca entender o porquê da chamada reflexão política
brasileira de pensamento e não de teoria, explorando a hipótese de que a elite brasileira
considera os produtos intelectuais inferiores aos da Europa e Estados Unidos, quando os
autores brasileiros menosprezavam as produções nacionais. Alberto Torres buscava a
organização da nação com fortalecimento das competências e da força política da união, a
constituição deveria trazer harmonia entre a carta política e a sociedade.
O espírito do país ainda não tinha assimilado esse papel. Para ele a história
brasileira era recente e para alcançar esse estágio precisava de fatores de aceleração,
como: estado aristocrático e não oligárquico. Faz uma crítica à intervenção estrangeira na
vida econômica brasileira. No final, mostra mais as características da função política, a
questão do estado e o poder do governo em si. A uma questão das falsas riquezas, onde os
governantes criaram uma ilusão para os proprietários de terras falando que nos territórios
que não foram povoados nem explorados poderia se extrair minérios.
Ao final, o grupo faz um comentário sobre como Alberto Torres faz esse
apontamento acerca do nacionalismo e das questões mais tradicionais que deveriam vir de
intelectuais e mantidas por um governo com uma melhor administração, e esse é um dos
principais problemas que ele critica, pois o povo brasileiro acaba não sendo valorizado
como merecem.

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