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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
COMPORTAMENTO DO FOGO............................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
DEFINIÇÕES E INCÊNDIOS NO BRASIL .................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
ESTUDO DO FOGO................................................................................................................ 14
CAPÍTULO 3
PROPAGAÇÃO DO FOGO, FORMAS DE EXTINÇÃO E CLASSES DE INCÊNDIO........................... 21
CAPÍTULO 4
AGENTES EXTINTORES............................................................................................................. 25
UNIDADE II
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO.......................................................................................................... 29
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO – SPCI................................................................. 29
UNIDADE III
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1..................................................................................................................... 34
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO........................................................... 34
CAPÍTULO 2
SISTEMA DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES................................................................................. 44
CAPÍTULO 3
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA............................................................................ 52
CAPÍTULO 4
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA............................................................................. 59
UNIDADE IV
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2...................................................................................................... 65
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE ALARME E DETECÇÃO AUTOMÁTICA..................................................................... 65
CAPÍTULO 2
SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS.................................................................................. 78
CAPÍTULO 3
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA)...................................... 88
CAPÍTULO 4
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP............................................................................................. 105
UNIDADE V
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3.................................................................................................... 114
CAPÍTULO 1
AS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA................................................................................................. 114
CAPÍTULO 2
PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO – PPCI .............................................. 147
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 151
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
Ainda hoje, quando se fala em incêndios prediais no Brasil, a tendência é que a segurança seja
negligenciada, os riscos sejam subestimados e que a cultura do fatalismo prevaleça, considerando
os incêndios ocorridos como obras do acaso, fatalidades inevitáveis, acontecimentos imprevisíveis.
O maior problema associado ao setor repousa no fato dos grandes incêndios serem raros e, portanto,
os custos associados à sua prevenção serem considerados desproporcionais ao uso efetivo dos
equipamentos instalados. Para que tantas instalações de combate ao fogo se a probabilidade de
ocorrência de fogo na minha edificação é baixa? Para que realizar este investimento em instalações
que, se tudo der certo, não serão nunca utilizadas?
O senso comum faz a maioria da população pensar que um incêndio é algo distante, visto apenas em
telejornais, subestimando, assim os riscos de seu surgimento e suas consequências.
Entretanto, essas premissas estão equivocadas! Guardadas as devidas proporções, é como discutir
se vale a pena fazer o seguro de um automóvel! Você faz o seguro, paga e espera nunca ter que
utilizá-lo! No caso específico dos incêndios, o risco de propagação do incêndio em uma edificação
sem instalações de prevenção e combate é muito maior, o que aumenta exponencialmente as perdas
associadas! Portanto, vale a pena prevenir sim!
É importante ter a consciência de que em todas as edificações de uma cidade, há uma grande
quantidade de materiais inflamáveis e combustíveis, próximos de diversas fontes de ignição. E, só na
hora que o fogo começa é que pode se perceber que há um desconhecimento geral dos procedimentos
a serem adotados, tanto em termos de evacuação do ambiente como de combate ao fogo.
A unidade II apresenta o sistema de proteção contra incêndio e detalha as proteções passivas contra
este, as quais podem ser incorporadas em projetos prediais, gerando mais segurança aos ambientes
ao minimizar a probabilidade de propagação do fogo.
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Vale ressaltar que esta disciplina fará uma abordagem geral dos principais aspectos de cada tema
apresentado e que, ao final do curso, os profissionais que tiverem interesse em se tornar projetistas
na área devem procurar aprofundar os conhecimentos adquiridos de forma a melhor desenvolver as
habilidades e competências aqui despertadas.
Objetivos
»» Promover a disseminação da cultura prevencionista quanto à proteção contra
incêndios e explosões.
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COMPORTAMENTO UNIDADE I
DO FOGO
CAPÍTULO 1
Definições e incêndios no Brasil
Entretanto, por não termos uma cultura prevencionista e sim uma cultura reativa, em que somente
após acontecer os incidentes é que tomamos as medidas necessárias, podemos retratar a segurança
com as afirmações:
»» Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe ou deveria existir.
»» Quando demanda algum custo, acha-se que não é preciso que exista.
»» Porém, quando realmente não existe, todos concordam que deveria existir.
Aliados à cultura reativa, ainda temos os sofismas sobre a segurança contra incêndio e explosões:
Abaixo, relacionamos alguns dos grandes incêndios ocorridos no Brasil. Esperamos que com este
curso, possamos justificar a importância deste assunto a ser estudado, para que fatos semelhantes
não se repitam!
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
No local, 503 pessoas morreram, 70% das vítimas eram crianças. Mais de mil pessoas ficaram
feridas.
Mais de 180 pessoas morreram no incêndio, o qual reacendeu as discussões sobre segurança e
preparo para prevenção e combate a incêndios.
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COMPORTAMENTO DO FOGO │ UNIDADE I
Dezessete pessoas morreram e 53 ficaram feridas, incitando novas leis de segurança contra incêndios,
especialmente na região da Avenida Paulista.
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CAPÍTULO 2
Estudo do fogo
Existem diversas definições para fogo ou combustão. Adotaremos que fogo ou combustão é um
fenômeno físico-químico oriundo de uma reação de oxidação com emissão de luz e calor.
Vale ressaltar que, para que exista fogo, são necessários quatro elementos fundamentais: o
combustível, o comburente, o agente ígneo e a reação química em cadeia. Sem a presença dos três
primeiros elementos, simultaneamente, não há fogo, e sem a presença do último elemento o fogo
não se mantém. Este primeiro conjunto de elementos (combustível, comburente e agente ígneo) é
comumente conhecido como “Triângulo do Fogo”. O Triângulo do Fogo é uma forma didática, criada
para melhor ilustrar a reação química da combustão, em que cada ponta do triângulo representa um
elemento participante desta reação.
Combustível
Definimos combustível como qualquer matéria capaz de queimar, servindo de campo de propagação
do fogo.
Os materiais combustíveis que são maus condutores de calor, como a madeira, por exemplo,
queimam com mais facilidade que os materiais bons condutores, como os metais. Esse fato se deve à
acumulação de calor em uma pequena zona, no caso dos materiais maus condutores, a temperatura
local se eleva mais facilmente, já nos bons condutores, o calor é distribuído por todo o material,
fazendo com que a temperatura se eleve mais lentamente.
Os combustíveis podem estar no estado sólido, líquido e gasoso, sendo que a grande maioria precisa
passar para o estado gasoso, para então se combinar ao comburente e gerar uma combustão.
Este fenômeno é denominado pirólise, também conhecida como decomposição térmica, a qual
é o processo de quebra das moléculas que compõem uma substância em outras moléculas ou
átomos em consequência da ação do calor. A maioria dos combustíveis sólidos e líquidos passa
primeiramente para o estado gasoso antes de sua ignição, o que vale dizer que todos estarão na fase
gasosa para sofrer combustão. Os gases combustíveis desprendidos durante a pirólise influenciam
sobremaneira o comportamento da queima, por causa das moléculas e átomos que os compõem
e que reagem com o oxigênio durante toda a queima, permanecendo próximo à substância
decomposta.
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COMPORTAMENTO DO FOGO │ UNIDADE I
Combustíveis sólidos
A maioria dos combustíveis não queima no estado sólido, sendo necessário transformar-se em
vapores, por meio da pirólise, para então reagir com o comburente, ou ainda transformar-se em
líquido para posteriormente em gases, para então queimar. Como exceção podemos citar o enxofre,
os metais alcalinos – potássio, cálcio – a cânfora e a naftalina, que queimam diretamente em sua
forma sólida.
Combustíveis líquidos
Combustíveis gasosos
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que está
contido. Para que haja a combustão, a mistura com o comburente deve ser ideal, isto é, não pode
conter combustível demasiado (mistura rica) e nem quantidade insuficiente desta (mistura pobre).
São definidos para cada combustível os limites da sua mistura ideal, chamados de limites de
inflamabilidade (que variam para cada substância):
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
Comburente
O calor é uma forma de energia que eleva a temperatura gerada da transformação de outra energia,
por meio de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em
movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria.
Fonte de calor, ou agente ígneo é, portanto, o elemento que dá início à reação de combustão,
fornecendo calor para a reação. No quadro 1, podemos observar a temperatura de algumas fontes
de calor. A energia da ativação serve como condição favorável para que haja a reação da combustão,
elevando a temperatura ambiente ou de forma pontual, proporcionando a reação do combustível
com o comburente em uma reação exotérmica. São exemplos de agentes ígneos: chama, centelha,
brasa dentre outros.
Pode-se denominar também o calor como uma forma de energia térmica ou calórica. Essa energia é
transferida sempre de um corpo de maior temperatura para um de menor temperatura, até existir
equilíbrio térmico. Unidades de medida: Caloria (Cal), BTU, Joule (J).
“Temperatura é uma grandeza primitiva, não podendo, por isso, ser definida. Podemos
considerar a Temperatura de um corpo como sendo a medida do grau de agitação de suas
moléculas”. Escalas: Celsius (oC), Kelvin (K) e Fahrenheit (oF).
Ao receber calor, o combustível se aquece até chegar a uma temperatura que começa a
desprender. Esses gases se misturam com o oxigênio do ar e em contato com uma chama,
ou até mesmo uma centelha, dá início à queima.
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COMPORTAMENTO DO FOGO │ UNIDADE I
O calor gerado em um incêndio irá produzir efeitos físicos e químicos nos corpos e efeitos
fisiológicos nos seres vivos, entre eles:
»» Mudança de Estado - Para que uma substância passe de um estado físico para
outro, é necessário que ela ganhe ou perca calor. Ao aquecermos um corpo sólido,
ele passará a líquido e continuando, passará ao estado gasoso. O inverso acontecerá
se resfriarmos o gás ou vapor.
»» Efeitos fisiológicos do calor - O calor pode causar vários danos aos seres humanos,
como a desidratação, a insolação, a fadiga, as queimaduras e inúmeros problemas no
aparelho respiratório. A exposição de uma pessoa, ao calor, por tempo prolongado,
poderá acarretar na morte desta.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
Por fim, podemos afirmar que, em outras palavras, o calor é responsável por:
Ponto de fulgor
É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa a desprender vapores, os quais se
incendeiam em contato com uma chama ou centelha (agente ígneo), entretanto a chama não se
mantém sem uma fonte externa de calor devido à insuficiência da quantidade de vapores.
Ponto de ignição
É a temperatura, na qual os gases desprendidos do combustível entram em combustão apenas pelo
contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer outra chama ou centelha (agente ígneo).
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COMPORTAMENTO DO FOGO │ UNIDADE I
Continuando o experimento (aquecendo a madeira sobre a chapa metálica) esta situação de ignição
e extinção da chama pela aproximação e afastamento do Bico de Bunsen se repetirá até a madeira
atingir o ponto de combustão. Neste momento, a chama se manterá ao se afastar o Bico de Bunsen.
Deve-se apagar a chama e continuar o experimento (aquecendo a madeira) só que agora sem a
aproximação do Bico de Bunsen. Quando a madeira atingir o seu ponto de ignição, ela será tomada
por chamas sem a necessidade de uma fonte de calor externa.
Reação em cadeia
Alguns autores acrescentaram mais um elemento ao triângulo do fogo, a reação química em cadeia,
formando assim o tetraedro do fogo. Após iniciar a combustão, a queima dos combustíveis gera mais
calor liberando mais gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os responsáveis
pela liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia.
A combustão é uma reação que se processa “em cadeia”, a qual após a partida inicial vai sendo
mantida pelo calor produzido durante o processamento da própria reação. Quando as moléculas de
carbono do combustível reagem com as moléculas de oxigênio, além de calor e outras substâncias,
são produzidos produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos para se
combinarem com outros elementos. Essa combinação origina novos radicais ou compostos estáveis
que realimentam a combustão e garantem a sua continuidade.
Produtos da combustão
Quando duas substâncias reagem quimicamente entre si, se transformam em outras substâncias.
Estes produtos finais resultantes da combustão dependerão do tipo do combustível queimado, mas
normalmente são: gases, fuligem, cinzas, vapor d’água, calor e energia luminosa. Dependendo do
combustível, poderemos ter vários outros produtos, inclusive tóxicos ou irritantes.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
Na ocorrência de um incêndio, o maior risco à vida humana é a fumaça; esta produzida num
incêndio pode ser irritante, asfixiante, extremamente tóxica, podendo ainda, dificultar a visibilidade,
comprometendo o funcionamento normal do organismo e, em alguns casos, levando à morte em um
espaço curto de tempo. Em um incêndio a grande maioria das vítimas fatais tem como
causa de óbito os problemas provocados pela fumaça.
Vale ressaltar que a compartimentação horizontal e vertical dos ambientes de uma edificação, além
de dificultar a propagação do fogo, dificulta também o fluxo de fumaça. A utilização de escadas de
emergências protegidas, à prova de fumaça, de escadas pressurizadas, e o estudo do fluxo de fumaça
nos edifícios ajudam a minimizar os riscos associados.
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CAPÍTULO 3
Propagação do fogo, formas de
extinção e classes de incêndio
O incêndio se propaga em virtude da transmissão do calor que ele libera para outra parte do
combustível ainda não incendiado, ou até mesmo para outro corpo combustível distante, também
não incendiado. Este processo pode ocorrer sob três formas: (I) condução, (II) convecção e (III)
irradiação.
Meios de propagação
Condução
A condução é a transferência de calor de um ponto para outro de forma contínua, feita de molécula
a molécula sem que haja transporte da matéria de uma região para outra.
É mais efetiva em materiais bons condutores de calor como os metais, e sua ação é lenta facilitando
o combate.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
Convecção
A convecção é a transferência do calor de uma região para outra pelo transporte de matéria (ar ou
fumaça). Esta transferência se processa em decorrência da diferença de densidade do ar (ar mais
quente sempre sobe), que ocorre com a absorção ou perda de calor.
É o processo mais efetivo em incêndios prediais, pelo qual o calor se propaga pelas galerias internas
ou janelas e, portanto, o fluxo da fumaça deve ser analisado nas edificações para se propor formas
eficazes de minimizar sua influência na propagação de incêndios no prédio.
Irradiação
A irradiação é a transferência do calor por meio de ondas eletromagnéticas, denominadas ondas
caloríficas ou calor radiante. Neste processo não há necessidade de suporte material nem transporte
de matéria.
A irradiação passa por corpos transparentes como o vidro e fica bloqueada em corpos opacos
como a parede. É pouco efetiva em pequenos incêndios, mas é crítica em grandes incêndios com a
propagação do calor (e do incêndio) ocorrendo de um prédio para outro sem ligação física.
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COMPORTAMENTO DO FOGO │ UNIDADE I
Formas de extinção
Tomando-se o Triângulo do Fogo como base de análise, o fogo só existirá quando estiverem presentes
os três elementos constituintes nas proporções definidas. Portanto, para se extinguir o fogo basta
desfazer o Triângulo do Fogo, ou seja, deve se retirar uma de suas pontas: (I) combustível, (II)
comburente ou (III) fonte de calor.
É o método mais utilizado, e a água é o agente mais utilizado em razão ter uma grande capacidade
de absorção de calor.
Classes de incêndio
Existem basicamente quatro classes de incêndio:
Classe A:
Fogo em materiais combustíveis sólidos comuns, geralmente de natureza orgânica (como madeira,
papel, tecidos e similares), de fácil combustão que queimam em superfície e profundidade e deixam
resíduos fibrosos (cinzas), em que a extinção é feita principalmente por resfriamento.
Classe B:
Fogo em materiais que queimam apenas em superfície (líquidos inflamáveis, graxas, gases
combustíveis e similares) e não deixam resíduos, o efeito do abafamento é essencial na sua extinção.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
Classe C
Fogo que ocorre em equipamentos energizados. Entretanto desconectados da rede elétrica, podem
se tornar classe A ou B.
Sua extinção deve ser realizada por substâncias que não conduzam eletricidade.
Classe D
Fogo que ocorre em metais pirofóricos ou ligas metálicas (magnésio, titânio, alumínio e potássio)
caracterizados pela queima em altas temperaturas e por necessitarem de agentes extintores especiais
para a sua extinção. A água nesse caso não deve ser utilizada, pois reage com as ligas metálicas
provocando explosões.
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CAPÍTULO 4
Agentes extintores
Agentes Extintores
Existem vários agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a combustão, extinguindo
o incêndio por meio de um ou mais métodos de extinção já citados.
Os agentes extintores mais utilizados nos sistemas de combate a incêndios prediais são aqueles que
possuem menor custo aliado a um bom rendimento operacional.
Água
A água é considerada o agente extintor “universal”. Foi durante muito tempo o agente mais utilizado
em função de sua eficiência em absorver uma grande capacidade de calor: Para cada mol de molécula
de água, consegue-se absorver 40 kJ de calor da combustão.
O seu baixo custo e as suas características de emprego, sob diversas formas, possibilitam a sua
aplicação em diversas classes de incêndio. Como agente extintor, a água age principalmente por
resfriamento, mas também é utilizada para atuar por abafamento. Vale ressaltar, que a água
apresenta um resultado melhor na extinção quando aplicada sob a forma de jato chuveiro ou
neblinado do que sob a forma de jato pleno, pois absorve calor numa velocidade muito maior,
diminuindo consideravelmente a temperatura do incêndio, consequentemente, extinguindo-o.
O efeito de emulsificação é obtido por meio de jato chuveiro ou neblinado de alta velocidade. Pode-se
obter, por este método, a extinção de incêndios em líquidos inflamáveis viscosos, pois o efeito de
resfriamento que a água proporcionará na superfície de tais líquidos, impedirá a liberação de seus
vapores inflamáveis.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
O PQS é um grupo de agentes extintores de finíssimas partículas sólidas, que tem como características
não serem tóxicos e não conduzirem corrente elétrica.
O PQS atua por abafamento, pela quebra da reação em cadeia e resfriamento. Os PQS são classificados
conforme a sua correspondência com as classes de incêndios, de acordo as seguintes categorias:
Espuma
A espuma é uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua, constituída por um
aglomerado de bolhas de ar ou de um gás inerte. Existem dois tipos clássicos de espuma: (I) espuma
química e (II) espuma mecânica.
A espuma química é resultante de uma reação química entre uma solução composta por água,
bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio.
A espuma mecânica é formada por uma mistura de água com uma pequena porcentagem de
concentrado gerador de espuma e entrada forçada de ar. Essa mistura, ao ser submetida a uma
turbulência, produz um grande aumento de volume da solução (de 10 a 100 vezes) formando
a espuma.
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COMPORTAMENTO DO FOGO │ UNIDADE I
Como agente extintor, a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma ação secundária
de resfriamento, em face da existência da água na sua composição. Existem vários tipos de espuma
que atendem a tipos diferentes de combustíveis em chamas. Alguns tipos especiais podem atender
uma grande variedade de combustíveis.
Outro exemplo é o gás FM-200. É tido como “o mais eficiente substituto do Halon 1301”. O FM-200
suprime o fogo em até 10 segundos, impedindo a reação química que nele ocorre.
O Agente Extintor FM-200 é considerado o melhor agente limpo do mundo, porque ao contrário de
outros, ele não deixa nenhum resíduo oleoso, partículas, água ou materiais corrosivos e não causa
danos colaterais a bens de grande valor, produtos eletrônicos frágeis ou qualquer coisa que tenha
que ser protegida, além de não degradar o meio ambiente e, em especial a Camada de ozônio.
Causas de incêndios
Os incêndios em sua maior parte são causados pelo denominado comportamento de risco,
que pode ser definido como um conjunto de atos cometidos pelo ser humano (imprudência,
imperícia ou negligência), os quais desencadeiam a ocorrência de um incêndio. Pode se separar
as causas de incêndios em: (I) naturais e (II) artificiais, sendo estas subdivididas em acidentais
ou propositais.
Considera-se que um incêndio teve causas naturais quando ele é originado em razão dos fenômenos
da natureza, que agem independentemente da vontade humana.
Considera-se que um incêndio teve causas artificiais quando o incêndio irrompe pela ação direta do
homem, ou poderia ser por ele evitado tomando-se as devidas medidas de precaução.
A causa pode ser considerada acidental quando o incêndio é proveniente do descuido do homem,
muito embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios.
São considerados propositais quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de
alguém em provocá-lo.
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UNIDADE I │ COMPORTAMENTO DO FOGO
As estatísticas periciais comprovam essa afirmação, cerca de 60% dos incêndios são causados
por ação pessoal, seja intencional ou acidental, em segundo lugar vêm os fenômenos elétricos,
responsáveis por 15% das causas. Se considerarmos que os fenômenos elétricos em sua maioria são
causados por instalações improvisadas ou pela sua falta de manutenção, e que estes dois fatores
podem ser enquadrados como responsabilidade humana direta, pode-se chegar a conclusão que
cerca de 70% dos incêndios urbanos são causados por ação pessoal, intencional ou não.
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PROTEÇÃO CONTRA UNIDADE II
INCÊNDIO
CAPÍTULO 1
Sistema de proteção contra incêndio – SPCI
A definição de segurança contra incêndio ultrapassa o conceito de instalação predial. Não trata
apenas de um projeto de instalação contra incêndio, essa segurança inicia-se no planejamento
urbanístico de uma cidade. O poder público deve atentar a aspectos importantes ao planejar novos
bairros ou mesmo cidades, como:
Afastamento de edificações
Como vimos anteriormente, as formas de propagação do calor permitem que incêndios em
edificações sejam propagados.
Hidrantes urbanos1
O planejamento e a instalação destes hidrantes concomitantemente ao crescimento das cidades são
fundamentais para as operações de combate a incêndios pelos Corpos de Bombeiros.
1 O hidrante urbano de incêndio é definido como um aparelho de ferro fundido, instalado na rede pública de água pela
concessionária de água da cidade, com o objetivo de abastecer as viaturas do Corpo de Bombeiros Militares para o combate a
incêndios e outras operações.
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UNIDADE II │ PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Gabarito da região
A preocupação de elaborar normas de gabarito é importante. Por exemplo, permitir que depósitos
de GLP estejam sendo comercializados próximos a grandes centros proporciona um potencial risco.
Após dado a devida atenção ao planejamento urbanístico, deparamos com a necessidade dos
arquitetos atentarem para o fato de que seus projetos devem ser elaborados com a ótica da segurança
contra incêndio. Apesar de que os parâmetros de dimensionamento de saídas de emergência, reserva
técnica de incêndio e locação de centrais de gás liquefeito de petróleo estão presentes nos projetos
de instalações contra incêndio, é fundamental que seja projetado na arquitetura de acordo com a
legislação estadual contra incêndio.
É sabido que edificações são erguidas em tempo recorde. Para tanto, o documento para início das
obras denomina-se alvará de construção e possui como condição para sua emissão a aprovação da
arquitetura.
O problema é que os profissionais que compõem as áreas técnicas dentro do poder público municipal
ou estadual, por falta de conhecimento, acabam não observando a legislação contra incêndio e
aprovam a arquitetura sem observar os parâmetros de largura de escadas, altura de degrau, dentre
outros, capacidade do reservatório para comportar a reserva técnica de incêndio e a locação da
central de GLP quanto aos parâmetros mínimos de afastamento de edificações e limites do lote.
Uma vez a edificação pronta, com alvará de construção emitido e não observados os parâmetros
citados, teremos um impasse legal, pois se a edificação não estiver em conformidade com a legislação,
a edificação não irá obter o laudo de vistoria para obter a documentação necessária para a carta de
habite-se.
Para sanar este impasse o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, realiza a análise prévia
do projeto de arquitetura nos parâmetros acima mencionados, propiciando a diminuição de óbices
à sua regularização.
Os componentes do Sistema predial de Proteção Contra Incêndios têm como principais objetivos:
»» dificultar a propagação do incêndio para outros ambientes do edifício (uma vez que
ocorreu a inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio);
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PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO │ UNIDADE II
Os tipos de sistemas necessários para que se possa garantir uma proteção mínima para as pessoas
e a edificação dependem basicamente de algumas características da própria edificação, tais como:
(I) tipo de público que a frequenta (população fixa e flutuante, pessoas portadoras de necessidades
especiais); (II) características do material de construção utilizado (madeira, concreto armado,
aço); (III) dimensões (altura, área em planta, número de pavimentos); (IV) tipo de atividade
desenvolvida no local (teatro, cinema, escola, residência); (V) características arquitetônicas
peculiares (dimensões do pé direito, recuo de fachadas, prédios com fachadas de vidro); (VI)
facilidade de acesso ao Corpo de Bombeiros em caso de sinistro; (VII) importância da edificação
e riscos decorrentes da interrupção de suas atividades (centrais de fornecimento de energia,
centrais telefônicas etc.); (VIII) área construída; (IX) além de outras características que devem ser
consideradas para que possamos projetar um sistema de proteção eficiente. Importante ressaltar
que cada estado brasileiro possui autonomia, por meio dos poderes Executivos e Legislativos
estaduais e, óbvio, pelos seus Corpo de Bombeiros Militares, para elaborar, propor e aprovar sua
legislação contra incêndio, devendo os responsáveis técnicos pelos projetos as consultarem para
identificarem quais sistemas são exigidos.
A concepção e o dimensionamento de cada componente deste sistema devem ser feitos de forma
integrada para que eles atinjam a maior eficácia no momento da utilização. O dimensionamento
de sistemas realizado de forma estanque, separado dos demais, pode inclusive gerar problemas
operacionais no seu funcionamento ou durante a ação de evacuação do prédio.
Para o correto dimensionamento dos sistemas de proteção contra incêndio no Brasil existe, nessa
área, uma grande diversidade de normas e regulamentações, muitas inclusive conflitantes. Portanto,
o projetista deve seguir as regulamentações locais de cada município/estado da federação e, na
ausência destas, as normas da ABNT.
Nas instalações especiais, em que não existir uma norma nacional relacionada ao tema (somente
neste caso!) pode-se adotar uma norma estrangeira, como (I) a NFC (National Fire Code) da NFPA
(National Fire Protection Association, dos Estados Unidos da América) (II) a BS (Inglaterra) e (III)
a JIS (Japão) ou quaisquer outras, desde que aceita pelo Corpo de Bombeiros.
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UNIDADE II │ PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Medidas de proteção
Uma forma de se estudar as medidas de proteção contra incêndio é dividindo-as em duas categorias:
as medidas de proteção passivas e as medidas de proteção ativas.
As medidas de proteção passiva são aquelas que estão incorporadas ao prédio e que reagem
passivamente ao desenvolvimento do incêndio, dificultando seu crescimento e a sua propagação.
Outro objetivo destas medidas de proteção passivas nas edificações é garantir a estabilidade da
edificação e facilitar a fuga dos usuários e as ações de combate. Alguns exemplos de medidas de
proteção passivas são: (I) o controle da quantidade de material combustível presente no ambiente,
(II) a compartimentação horizontal, na tentativa de isolamento dos ambientes contíguos em um
mesmo pavimento, (III) a compartimentação vertical na tentativa de isolamento dos ambientes
contíguos em diferentes pavimentos, (IV) as características frente ao fogo (pontos de combustão) dos
materiais de construção incorporados no prédio e, também, das mobílias, (V) o dimensionamento
adequado de rotas de fuga, saídas de emergência e acesso para combate, (VI) o distanciamento seguro
entre edifícios (VII) o controle de fumaça, (VIII) sistemas de detecção e alarme, (IX) sistemas de
iluminação e (X) sistemas de sinalização de emergência. Também podem ser consideradas medidas
de proteção passivas o dimensionamento e instalação de Sistemas de Proteção Contra Descargas
Atmosféricas – SPDA e das Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP.
»» Levantamento das legislações existentes no local onde vai ser executado o projeto.
32
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO │ UNIDADE II
Nos próximas Unidades estaremos abordando alguns dos principais sistemas que compõem as
proteções passiva e ativa, devendo os que não forem abordados, serem alvo de estudo posterior
pelos usuários deste manual.
33
SISTEMAS DE UNIDADE III
PROTEÇÃO – PARTE 1
CAPÍTULO 1
Sistema de proteção por extintores de
incêndio
Figura 4. Extintores
Conceituação
O dimensionamento de extintores de incêndio em edificações justifica-se pela necessidade de
combater o incêndio em seu início e pelo fato de que a grande maioria dos incêndios tem origem a
partir de pequenos focos.
Desta forma, se faz necessário dispor destes equipamentos de combate a incêndios para que os
usuários do edifício possam utilizá-los ainda na fase inicial. Seu correto manuseio pode ser
plenamente eficiente após um treinamento básico.
É importante ressaltar que os procedimentos para seu uso não devem consumir um tempo
significativo, para que sua utilização não se inviabilize em função do crescimento do incêndio.
34
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Definições
Área protegida
Área medida em metros quadrados de piso, protegida por uma unidade extintora, em função do
risco.
Agente extintor
Carga
Capacidade extintora
Distância máxima a ser percorrida: Distância em metros, a ser percorrida por um operador,
do ponto de fixação do extintor ao ponto mais distante da área protegida por este.
Extintor de incêndio
Extintor portátil
Extintor que possui massa total (carga, recipiente e acessórios) de no máximo de 25 (vinte e
cinco) Kg.
Extintor montado sobre rodas que possua massa total (carga, recipiente e acessórios) acima de 25
(vinte e cinco)Kg.
Sinalização
35
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Unidade extintora
Extintor que atenda a capacidade extintora mínima prevista na NBR 12693, em função do risco e da
natureza do fogo.
Os quatro componentes da combustão são: oxigênio, combustível, calor e reação em cadeia. A ausência
de quaisquer destes quatro elementos, a combustão não poderá se desenvolver, consequentemente,
sua extinção. Em razão disto, definimos os quatro princípios de extinção do fogo:
De acordo com o método de expulsão do agente extintor (ver no quadro 3.), os aparelhos podem ser
classificados como:
36
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Quadro 3. Classificação dos extintores segundo o agente extintor, princípio de extinção e sistema
de expulsão
Fogo classe A – fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, tais como madeira, tecidos,
papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras fibras orgânicas que queimam em superfície e
profundidade, deixando resíduos.
Fogo classe B – fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e
graxas que se liquefazem por ação do calor e queimam somente em superfície.
Fogo classe D – fogo em metais combustíveis, tais como magnésio, titânio, zircônio, sódio,
potássio e lítio.
37
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Nota:
(A) Adequado à classe de fogo.
O quadro abaixo classifica os extintores segundo o agente extintor, carga nominal e capacidade
extintora equivalente:
Quadro 5. Classificação dos extintores segundo o agente extintor, carga nominal e capacidade extintora
equivalente:
CO2 4 Kg 2B 10 Kg 5B
6Kg 2B 25 Kg 10B
30 Kg 10B
50 Kg 10B
PQS 1 Kg 2B
(bicarbonato de sódio) 2 Kg 2B
4 Kg 10B 20 Kg 20B
6 Kg 10B 50 Kg 30B
8 Kg 10B
12 Kg 20B 100 Kg 40B
Hidrocarbonetos 1 Kg 2B
halogenados 2 Kg 5B
2,5 Kg 10B
4 Kg 10B
Fonte: NBR 12693
38
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Condições de projeto
Segundo a NBR 12693/1993 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio - da ABNT, os
extintores de incêndio são divididos em duas categorias:
No mínimo 50% do número total de unidades extintoras exigidas para cada risco deve ser constituído
por extintores portáteis.
»» Só são admitidos extintores sobre rodas nos cálculos das unidades extintoras, quando
estes tiverem livre acesso a qualquer parte da área protegida, sem impedimentos de
portas, soleiras, degraus no piso, materiais e equipamentos.
Os extintores podem, a critério do projetista, ser locados interna ou externamente à área de risco a
proteger.
Para a instalação dos extintores portáteis devem ser observadas as seguintes exigências:
»» Seja visível, para que todas as pessoas fiquem familiarizadas com a sua localização.
39
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
»» Nos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processos de
trabalho, a não serem operações de carga e descarga, é permitida a colocação dos
extintores em grupos e próximos às portas de entrada e/ou saída.
»» Área de proteção.
»» Capacidade extintora.
Os requisitos de proteção podem ser satisfeitos com extintores de capacidade maior, contanto que a
distância a percorrer não seja superior a 20m.
Quadro 6. Determinação da unidade extintora, área e distância a percorrer para fogo classe A
40
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
A área que pode ser protegida por um extintor, para determinada classe A, é apresentada no
quadro 7.
Médio 20B 10
40B 15
Grande 40B 10
80B 15
Fonte: NBR 12693
41
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
»» Para esta categoria, deve ser considerada a proporção de 20B para cada metro
quadrado de superfície de líquido inflamável.
»» Mesmo que determinado risco de incêndio classe B esteja protegido por sistemas
fixos de extinção, é desejável que existam extintores portáteis disponíveis, pois um
tanque queimado pode resultar em derramamento de líquido em chamas fora do
alcance dos equipamentos fixos, um incêndio pode começar primeiramente, nas
adjacências do tanque.
Os extintores necessários à classe C devem utilizar agentes extintores não condutores de eletricidade,
para proteger os operadores em situações nas quais são encontrados equipamentos energizados.
Quando a energia de um equipamento elétrico estiver desligada, o fogo a ser extinto adquire as
características de classe A e/ou B.
42
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Condições gerais
»» Quando a edificação possuir riscos especiais tais como: casas de caldeiras, casas
de força elétrica, casas de bomba, queimadores, casas de máquinas, central de
GLP, galerias de transmissão; e similares, estes devem ser protegidos por unidades
extintoras extras, independentemente da proteção geral da edificação.
»» Para utilização de extintores sobre rodas, os ambientes a serem protegidos por estes
deverão estar no mesmo nível e livres de barreiras como portas estreitas, degraus e
soleiras ou qualquer outra que dificulte ou impeça seu acesso.
43
CAPÍTULO 2
Sistema de proteção por hidrantes
Conceituação
Os sistemas de hidrantes são medidas de proteção contra incêndio, acionados manualmente
e instalados nos edifícios para serem utilizados pelas equipes dos Corpos de Bombeiros e pelos
próprios ocupantes em situações de emergência.
São destinados a princípios de incêndio e dimensionados para descarregar uma quantidade de água
sobre pressão adequada ao risco que visam proteger os bens materiais contidos na área em que
estão instalados e as vidas humanas, uma vez que, controlam o incêndio em seu estágio inicial,
evitando que se desenvolva e comprometa a segurança dos ocupantes de todo edifício.
São indispensáveis mesmo nos locais equipados com sistemas automáticos de extinção de incêndio,
como por exemplo: sistemas de chuveiros automáticos (sprinklers), pois servirão como meios
auxiliares ou complementares na extinção de incêndios. Sua exigência nas edificações estará contida
nas legislações contra incêndio dos estados.
44
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Definições
Abrigo
Local destinado ao acondicionamento da mangueira de incêndio e do requinte para que eles fiquem
protegidos contra intempéries e danos mecânicos e em condições de serem utilizados.
Bomba de pressurização
Hidrante de parede
Hidrante de recalque
Dispositivo localizado externamente à edificação e que tem por finalidade permitir a pressurização
do sistema de hidrantes.
Linha de mangueira
Lance de mangueira
Mangueira de incêndio
Manômetro
Pressostato
45
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Registro de gaveta
Registro globo
Conexão que compõe o hidrante de parede e o hidrante de recalque e, cuja finalidade é prover
as mangueiras de incêndio de água e admitir o recalque das viaturas dos Corpos de Bombeiros
respectivamente.
Esguicho
Dispositivo colocado na extremidade da mangueira de incêndio que tem por função esguichar água
para o combate a incêndio.
Tanque de pressão
Válvula de fluxo
Válvula de retenção
Reservatórios
O reservatório inferior da edificação poderá ser utilizado como manancial do sistema, desde que as
bombas estejam abaixo do nível do reservatório ou possuam bombas autoescorvantes.
A reserva técnica de incêndio deverá obedecer ao volume mínimo de água estabelecido nas legislações
contra incêndio.
46
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Quando utilizado para abastecimento do sistema de proteção por hidrantes de parede o mesmo
reservatório destinado ao consumo normal da edificação, a reserva técnica de incêndio deverá ser
assegurada mediante diferença de nível entre a saída da canalização de incêndio, que sairá pelo
fundo do reservatório, e a canalização de distribuição geral (água fria), que sairá obrigatoriamente
pela lateral do reservatório.
Pressurização
Cada legislação estadual exige uma pressão mínima no requinte e vazões conforme o risco ou
classificação. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, por exemplo, exige uma pressão
mínima no requinte de 10 mca (1Kgf/cm2) e a máxima de 40 mca (4Kgf/cm2). Estas informações
são necessárias para o cálculo hidráulico, e consequentemente, o dimensionamento das bombas de
pressurização.
Importante ressaltar que o uso de bombas de pressurização não é obrigatório, entretanto, o não
uso delas faz necessário que os reservatórios estejam a uma altura suficiente a fim de compensar
as perdas nas tubulações, mangueiras, esguichos e ainda fornecer a pressão vazões mínimas no
requinte.
No caso de reservatórios elevados e uso de bombas de incêndio, deve ser feita derivação (by-pass)
na rede hidráulica de incêndio de modo a garantir o funcionamento do sistema de hidrantes por
gravidade também.
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UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
As bombas elétricas terão instalação independente da rede elétrica geral, de forma a assegurar que
elas não serão desenergizadas no caso de desligamento da energia da edificação.
Bomba Jockey
A pressão da rede, necessária à automação, pode ser mantida por uma bomba auxiliar de
pressurização, denominada bomba Jockey, esta bomba liga e desliga automaticamente para
recuperar a pressão da rede quando houver pequenas quedas de pressão nela devido a vazamentos
ou variações atmosféricas, evitando o funcionamento da bomba principal. As bombas Jockeys têm
pequena vazão e pressão acima do normal de trabalho da rede. Logo na abertura de um hidrante
ela não conseguirá repor a pressão devido a sua pequena vazão, e a pressão continuará caindo até
o ponto previsto para o funcionamento da bomba de incêndio. Para comandar a automação da
partida das bombas e paragem da Jockey, utilizam-se pressostatos regulados a pressões diferentes,
inclusive para a bomba diesel que deve ser regulada para a faixa mais baixa quando configurar falta
de energia que não acionou a bomba elétrica. A obrigatoriedade de sua instalação irá depender da
legislação pertinente.
Canalização
As canalizações, conexões e registros utilizados no sistema de hidrantes devem ser de ferro fundido,
ferro galvanizado, aço galvanizado ou cobre, resistentes às pressões internas e esforços.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
»» Quando situados em garagens não podem ser locados de forma que seu acesso fique
dificultado por algum veículo estacionado.
Abrigos
As dimensões deverão ser suficientes para acomodar o registro, o esguicho e a(s) mangueira(s).
Cada abrigo disporá no mínimo dos seguintes equipamentos: mangueira de incêndio e um esguicho
de jato sólido ou regulável.
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UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Mangueiras
As linhas de mangueira terão comprimento máximo de 30m, divididas em lances de 15 ou 20m.
As mangueiras serão flexíveis, de fibra de nylon, dotadas de junta storz nas duas extremidades,
revestidas internamente de borracha, capazes de suportar a pressão mínima de teste de acordo com
NBR 11861 - Mangueiras de Incêndio.
As mangueiras deverão estar acondicionadas no interior dos abrigos, de tal forma que possibilite a
sua fácil utilização em caso de incêndio.
Esguichos
Os esguichos são acoplados nas mangueiras de incêndio por meio de conexões Storz, sendo
responsáveis por regular e direcionar o fluxo de água em ações envolvendo o combate a incêndio.
Por serem indispensáveis para a aplicação do agente extintor, precisam possuir características de
resistência a danos como choques mecânicos, e resistirem ao menos às mesmas pressões estáticas e
dinâmicas que suportam as mangueiras.
Este esguicho proporciona um jato compacto, não permitindo um controle direto da quantidade
de água lançada.
O risco presente ao se utilizar esse esguicho para apagar o fogo é o de inundar o ambiente, uma vez
que não há controle sobre o volume de água.
Esguicho regulável
O esguicho regulável tem sido adotado com maior frequência. Esse modelo é extremamente
eficaz, uma vez que proporciona desde o jato sólido (compacto) até o neblina em diferentes graus.
Alguns modelos contam com manopla para fechamento e abertura rápida da passagem de água,
proporcionando uma aplicação mais duradoura, de forma contínua.
50
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Figura.10 regulável
Hidrante de recalque
O hidrante de recalque tem o objetivo de permitir a pressurização da rede de hidrantes por viaturas
de combate à incêndios, externamente à edificação. Será localizado junto à via de acesso de viaturas
do Corpo de Bombeiros Militar.
Sua localização deve estar na fachada principal ou fachadas da edificação, a fim de facilitar a
operação.
O hidrante de recalque, terá um registro do tipo globo, com no mínimo 50mm de diâmetro, dotado
de rosca macho e adaptador storz de 63mm.
Possuirá também uma válvula de retenção que só possibilite o fluxo de água para o interior da
edificação.
Outros parâmetros, como dimensões da caixa de alvenaria, cores etc., deverão ser consultados à
legislação específica.
51
CAPÍTULO 3
Sistema de sinalização de emergência
Conceituação
Um problema muito comum nas edificações é a ausência de informações visuais, as quais informem
aos usuários os riscos presentes, alertando e/ou proibindo, ao mesmo tempo em que identifiquem
os equipamentos de combate a incêndio e detecção e, ainda, quais caminhos devem ser percorridos
até uma área segura.
Estas informações devem estar contidas em uma sinalização obtida por meio de cores e formas,
acrescida de uma mensagem específica de segurança.
Classificação da sinalização
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico é classificada pela NBR 13435 em sinalização
básica e complementar.
Sinalização básica
A sinalização básica é constituída por cinco categorias, de acordo com a sua função, descritas a
seguir:
Sinalização complementar
A sinalização complementar é a composta por faixas de cor ou mensagens, devendo ser empregada
nas seguintes situações:
52
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Implantação da sinalização
As sinalizações de segurança contra incêndio e pânico devem ser implantadas em razão de
características específicas de uso e dos riscos, bem como em função de necessidades básicas para a
garantia da segurança contra incêndio na edificação.
53
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
II. A sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a
distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de
no máximo 7,5 m. Adicionalmente, esta também deve ser instalada, de forma que
na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte,
distanciados entre si em no máximo 15 m. A sinalização de orientação deve ser
instalada de modo que a sua base esteja no mínimo a 1,80 m do piso acabado.
Sinalização complementar
A sinalização de indicação continuada das rotas de saída deve estar a uma altura constante entre
0,25 m e 0,50 m do piso acabado à base da sinalização, podendo ser aplicada, alternadamente, à
parede direita e esquerda da rota de saída.. A sinalização continuada das rotas de saída deve utilizar
faixas ou outros símbolos que identifiquem continuidade e devem ser na cor branFca ou amarela;
54
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
A sinalização de indicação de obstáculos deve ser implantada a partir do piso acabado até 1,00 m no
mínimo, por meio de faixas amarelas com listras pretas inclinadas a 45°. A cor de segurança deve
ocupar no mínimo 50% da área das faixas.
A sinalização de indicação de pisos, espelhos, rodapés e corrimãos de escadas deve ser colocada
sobre eles, por meio de faixas.
As faixas utilizadas na sinalização complementar devem ser brancas ou amarelas, podendo sua
largura variar de 2,5 cm a 10,0 cm.
Dimensões básicas
a. Deve ser observada a relação:
A > L2 / 2000
h> L / 125
c. Qualquer sentença deve apresentar a letra inicial em caixa alta e as demais em caixa
baixa, a menos de palavras únicas de sinalização, que podem se apresentar toda em
caixa alta do tipo Arial.
Formas
a. Circular: Utilizada para implantar símbolos de proibição e ação de comando.
55
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Cores
As cores de segurança e cores de contraste devem seguir os padrões estabelecidos no Anexo A da
NBR 13434.
A cor de segurança deve cobrir no mínimo 50% da área do símbolo, exceto no símbolo de proibição,
no qual este valor deve ser de no mínimo 35%.
Condições específicas
As formas geométricas e as cores de segurança e contraste devem ser utilizadas somente nas
combinações descritas abaixo, a fim de obter cinco tipos básicos de sinalização de segurança.
Sinalização de proibição
A sinalização de proibição deve obedecer a:
a. forma: circular;
f. proporcionalidades paramétricas.
Sinalização de comando
A sinalização de comando deve obedecer a:
a. forma: circular;
56
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
e. proporcionalidades paramétricas.
Sinalização de alerta
A sinalização de alerta deve obedecer a:
a. forma: triangular;
c. moldura: preta;
f. proporcionalidades paramétricas.
Sinalização de orientação
A sinalização de orientação deve obedecer a:
e. proporcionalidades paramétricas.
e. proporcionalidades paramétricas.
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UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Ressaltamos que estes critérios de dimensionamento são da NBR 13.434 e da NBR 13.434-2,
entretanto, os projetistas deverão consultar às legislações contra incêndio estaduais.
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CAPÍTULO 4
Sistema de iluminação de emergência
Conceituação
O sistema de iluminação de emergência é a iluminação que deve clarear áreas escuras de passagens,
horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento
de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal.
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UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
Componentes básicos
a. Ponto de iluminação.
b. Fonte de alimentação.
60
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
d. Acessórios.
Tipos de luminárias
a. Bloco autônomo de iluminação, com fonte de energia própria.
Circuito de alimentação
a. Em caso de incêndio em qualquer área fora da proteção para saída de emergência
e com material combustível, a tensão de alimentação da iluminação de emergência
deve ser no máximo de 30Vcc.
61
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
c. As bitolas dos fios rígidos não podem ser inferiores a 1,5 mm2 para garantir a
resistência mecânica.
b. Fácil instalação.
e. Comutação imediata.
d. Deve ser garantida uma ventilação adequada para evitar possíveis acúmulos de gás
na área das baterias.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1 │ UNIDADE III
Grupo motogerador
a. Os motores deverão ter botão de arranque manual.
Parâmetros de projeto
Deverão ser observados durante a elaboração do projeto os seguintes tópicos:
a. tipo de lâmpada;
b. potência (watt);
c. tensão (volt);
63
UNIDADE III │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 1
n. quando for utilizado projetor ou farol, o facho luminoso do aparelho deve estar no
mesmo sentido do fluxo do público;
64
SISTEMAS DE UNIDADE IV
PROTEÇÃO – PARTE 2
CAPÍTULO 1
Sistema de alarme e detecção
automática
Conceituação
Sistema constituído pelo conjunto de elementos adequadamente dispostos e interligados, permitindo
fornecer informações de princípios de incêndio, por meio de indicações sonoras e visuais, ao mesmo
tempo que controla os dispositivos de segurança e de combate automático instalados no prédio.
Definições
Central
Central supervisora
Central que supervisiona uma ou várias subcentrais por uma fiação própria. O controle desta rede
de fiação própria contra curto-circuito e interrupção é feito pela central supervisora. Esta pode
atuar sobre as subcentrais, em caso de perda desta interligação, a subcentral deve funcionar de
acordo com a programação própria. Se toda a programação da atuação da subcentral é ativada pela
central supervisora, prevalecem as indicações de segurança definidas para circuitos de detecção e
de comando individuais.
65
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Subcentral
Central de detecção, alarme e controle autônomo com todos os componentes de supervisão dos
circuitos de detecção e de comando com lógica de interação e fonte com bateria própria. Esta central
é supervisionada por outra central à distância, mas em caso de alarme, a subcentral não depende
do controle da central supervisora para ativar alarmes, sinalização e controles de acordo com uma
lógica previamente depositada nela. A supervisão dos circuitos para controle da subcentral é feita
pela central supervisora ou por uma estação remota autônoma com quadro sinótico e controles à
distância. A subcentral pode ter controles manuais externos, mas, como muitas vezes o lugar da
instalação não é permanentemente vigiado, os controles manuais devem estar cobertos por uma
barreira física que somente pode ser aberta por um dispositivo adequado por pessoal autorizado.
Painel repetidor
Equipamento comandado pela central ou pelos detectores destinado a sinalizar de forma visual e/
ou sonora no local da instalação, ocorrências detectadas pelo sistema. Pode ser do tipo paralelo
com os indicadores alinhados e texto escrito, ou do tipo sinótico no qual a planta é reproduzida em
desenho e a indicação no lugar da área supervisionada.
Detector linear
Detector destinado a atuar quando ocorre a presença de partículas e/ou gases, visíveis ou não, e
de produtos de combustão, ou a variação anormal de temperatura ao largo da linha imaginária de
detecção, no caso de sistemas óticos com transmissor e receptor, ou ao longo de uma linha física
de sensoriamento que pode ser instalada reta ou curvada para passar pela área, de tal maneira que
supervisione os pontos de maior periculosidade na maior distância possível. Para a detecção dos
fenômenos do incêndio, o detector linear contém um ou dois pontos de sensoriamento nos extremos
da linha física ou imaginária de detecção.
66
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Acionador manual
Indicador
Avisador
Dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro de uma área em perigo,
controlado pela central.
Indicador sonoro
Indicador visual
Circuito de detecção
Todo circuito no qual existe uma fiação de retorno à central, de forma que uma eventual interrupção
em qualquer ponto deste circuito não implique paralisação parcial ou total de seu funcionamento.
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Todo circuito no qual não existe uma fiação de retorno à central, de forma que uma eventual interrupção
em qualquer ponto deste circuito implique paralisação parcial ou total de seu funcionamento.
Circuito auxiliar
Central
a. Deverá ser construída em estrutura rígida.
›› modelo.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
p. Deverá possuir indicação visual individual de fogo para cada circuito de detecção.
x. As cores de indicação deverão ser: vermelho para alarme, amarelo para defeito e
verde para funcionamento.
Painel repetidor
a. Deverá ser construído em estrutura rígida.
c. Deverá ter acesso aos componentes e ligações somente pela face frontal.
69
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
d. Deverá possuir meios para identificação dos circuitos e indicação da respectiva área
ou local servido.
Detectores
a. Deverão ser resistentes às possíveis mudanças de temperatura ambiente, sem
alarmes falsos ou defeitos, ou alterações de sensibilidade.
d. Deverão ser identificados com o nome do fabricante, tipo de temperatura, faixa e/ou
parâmetros para atuação e ano de fabricação, convenientemente impressos em seu corpo.
Acionadores manuais
a. Deverão ser alojados em carcaça rígida.
70
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
e. Deverão ser construídos sem cantos vivos, de tal maneira que não causem lesão às
pessoas.
Circuitos
a. Deverão seguir o estabelecido na NBR 5410 da ABNT.
b. Os condutores utilizados nos circuitos deverão ser rígidos, e quando não protegidos
por condutos incombustíveis, deverão ter isolamentos resistentes à propagação de
chamas.
Condutos
a. Poderão ser aparentes ou embutidos, metálicos, plásticos ou de qualquer outro
material que garanta efetiva proteção mecânica dos condutores neles contidos.
Fiação
a. Poderá estar contida em condutos metálicos, plásticos ou poderá ser aparente em
forma de cabo blindado com resistência ao calor, de acordo com a área de instalação
e o tempo necessário para suportar o calor.
Condições de instalação
Central
a. Deve ser localizada em áreas de fácil acesso e, sempre que possível, sob vigilância
humana constante.
71
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
c. Quando estiver localizada em área enclausurada, deve esta área ser ventilada e
protegida contra a penetração de gases e fumaça.
d. Deve existir um caminho de abandono até uma área segura fora do prédio, que não
pode ser inundada pela fumaça ou pelo calor do fogo.
e. A distância máxima a percorrer até área segura não pode ser maior que 25m.
g. Não deve ser instalada em áreas com risco de fogo ou onde não são assegurados o
abandono e acesso por área protegida até área segura.
Bateria de acumuladores
a. Quando não alojada no interior da central, deve ser instalada em local protegido,
adequado ao tipo da bateria, de forma a evitar danos à saúde e a quaisquer
equipamentos e materiais existentes no local.
b. O local de instalação da bateria deve ainda ser ventilado até o exterior da edificação
e deve permitir fácil acesso e plenas condições de manutenção.
d. Caso a instalação da bateria seja feita em outra sala fora da central, a supervisão da
bateria deve funcionar quando estiver sem alimentação da rede pública ou quando
a bateria estiver desligada.
Painel repetidor
a. Deve ser instalado nos locais em que seja necessária ou conveniente a informação
precisa da área ou setor onde ocorre um princípio de incêndio ou defeito do sistema.
b. Deve ser protegido para evitar a inutilização prematura do painel pela fumaça ou
pelo fogo.
Detectores
Detectores de temperatura
a. A área de ação a ser empregada para estes detectores é de 36m2 para uma altura
máxima de instalação de 7,00m. Sendo os tipos utilizados:
72
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Detectores de fumaça
a. A área máxima de ação destes detectores é de 81m2, para instalação em tetos planos,
ambientes sem condicionamento de ar, com altura de instalação de até 8,00m.
Sendo os tipos utilizados:
Detectores de chama
Acionador manual
a. Deve ser instalado em locais de maior probabilidade de trânsito de pessoas em caso
de emergência.
b. Deve ser instalado a uma altura entre 1,20m e 1,60m do piso acabado na forma
embutida ou de sobrepor.
c. A distância máxima a ser percorrida por alguém em qualquer ponto da área protegida
até o acionador manual mais próximo não deve ser superior a 16m, desde que a
distância entre os acionadores não ultrapasse 30m de caminho livre de obstáculos.
Na separação vertical, cada andar da edificação deve ter pelo menos um acionador
manual.
73
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Avisadores
a. Devem ser instalados, em quantidades suficientes, nos locais que permitam sua
visualização e/ou audição, em qualquer ponto do ambiente no qual estão instalados
nas condições normais de trabalho deste.
d. O volume acústico do som dos avisadores não pode ser tal, que iniba a comunicação
verbal. No caso de falta de intensidade de som em um ponto distante, deve ser
aumentada a quantidade de equipamentos.
f. O som e a frequência de repetição devem ser únicos na área e não podem ser
semelhantes a outros sinalizadores que não pertençam à segurança de incêndio.
O grande desafio da detecção de efeitos primários, isto é, do calor e da chama, é ajuste do sistema
a níveis relativamente insensíveis para não coincidir com variações normais do ambiente e assim
provocar alarmes falsos.
Na detecção dos efeitos secundários, como a presença de fumaça, o incêndio produz uma informação
de alerta não existente nas condições normais do ambiente. Isto permite estipular uma sensibilidade
de atuação do elemento sensor bem maior que na detecção de efeitos primários do fogo.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Pelo efeito físico da subida do ar quente, todos os detectores de temperatura e de fumaça normalmente
estão fixados no teto, garantindo assim que sejam atingidos.
O ar com diferença de 1 a 2 0C, pode subir e atingir um detector de fumaça, mas esta diferença é
insuficiente para alarmar um detector de temperatura.
Isso mostra que é mais fácil detectar fisicamente as partículas de fumaça na câmara de medição
de um detector do que determinar, por meio da variação de temperatura no teto, o início de um
incêndio.
Numa iluminação artificial potente, forma-se um colchão de ar quente que não permite a penetração
do ar quente gerado no princípio de um incêndio. Neste caso, a fumaça também se espalha na forma
de plume bem abaixo do teto, impedindo a detecção, já nos primeiros minutos.
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Neste caso, o teto é dividido em áreas iguais com raio de 4,2m para detectores de temperatura e 6,3m
para detectores de fumaça, presumindo-se que, dentro da área determinada pela circunferência, as
condições de temperatura e de fumaça em caso de incêndio são homogêneas.
Figura 17. Raio de ação dos detectores automáticos pontuais de fumaça e temperatura.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Detector de fumaça:
Detector de chama:
»» Elevado custo.
»» Fumaça de cozinha.
»» Escape de automóveis.
»» Cigarro.
»» Ventilação forçada.
»» Ar condicionado.
»» Lâmpadas.
77
CAPÍTULO 2
Sistema de chuveiros automáticos
Conceituação
É um sistema fixo que processa uma descarga automática de água sobre um foco de incêndio, numa
densidade adequada para controlá-lo ou extingui-lo em seu estado inicial, compreendendo os
seguintes elementos:
a. Reservatório de água.
b. Sistema de pressurização.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
sistema é controlado na entrada, por uma válvula de alarme cuja função é fazer
soar automaticamente este alarme, quando da abertura de um ou mais chuveiros
automáticos atuados por um incêndio. Os chuveiros automáticos desempenham o
papel simultâneo de detectar e combater o fogo, sendo a água descarregada somente
pelos chuveiros que forem acionados por ele.
e. Sistema dilúvio - compreende uma rede de tubulação seca, em cujos ramais são
instalados chuveiros abertos. Na mesma área protegida pelos chuveiros abertos, é
instalado um sistema de detecção dos efeitos da combustão, ligado a uma válvula
de dilúvio instalada na entrada da rede de tubulação. A atuação de quaisquer dos
detectores, motivada por um princípio de incêndio, ou ainda a ação manual de um
controle remoto, provoca a abertura da válvula dilúvio. Esta permite a entrada de
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
água na rede, que é descarregada por meio de todos os chuveiros abertos. Automática
e simultaneamente, soa um alarme de incêndio. Em casos especiais, o acionamento
da válvula dilúvio pode ser feito por um sistema de detecção de gases específicos.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Reservatório de água
O sistema de chuveiros automáticos pode ser suprido a partir de uma ou mais fontes, tais como:
reservatório elevado, reservatório semienterrado ou subterrâneo, piscinas, açudes, represas, rios
e lagos.
Sistema de pressurização
Para garantir ao sistema vazões e pressões adequadas, é preciso agregar um dispositivo de
pressurização, o qual consiste no acoplamento de duas bombas (uma principal e outra reserva),
com duas fontes de alimentação: uma elétrica e outra à explosão (motogeradores).
As bombas do sistema de chuveiros automáticos possuem dispositivo para partida pela queda de
pressão hidráulica, sendo que o desligamento do motor só ocorrerá por controle manual.
Para evitar a operação indevida da bomba principal, gerada por perdas de pressão eventuais, é
instalada uma terceira bomba de menor porte (jockey), para compensar pequenos e eventuais
vazamentos na canalização.
Rede de abastecimento
É composto por uma rede de tubulações que interligam o reservatório à válvula de governo e alarme
(VGA) ou chave detectora de fluxo de água.
Nesse trecho, são instalados equipamentos de supervisão e funcionamento do sistema, tais como
registro de paragem, válvulas de governo e alarme ou chave detectora de fluxo de água, válvulas de
retenções, manômetros e drenos de limpezas.
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
As válvulas de governo e alarme ou chave detectora de fluxo de água são dispositivos que acusam o
funcionamento do sistema em caso de incêndio.
O acesso a válvulas de governo e alarme deve ser restrito, pois possui registros que cortam o fluxo
de água para todo o sistema ou alguns setores (determinada área ou pavimento). Isso é importante
para serviços de manutenção no sistema, mas podem ser fechados por esquecimento.
Se isso ocorrer, os chuveiros acionados pela ação do fogo não aspergirão água.
A área máxima de um pavimento, controlada por um jogo de válvulas de alarme, para cada classe
de risco de ocupação deverá ser:
Nos casos em que um único sistema for utilizado para proteger simultaneamente uma área de risco
extraordinário e uma área de risco leve ou ordinário, a área de risco extraordinário não deve exceder
a área especificada de 3700m2 e a área total de cobertura não deve exceder a 4800m2.
Sistema de distribuição
É composto por uma rede de tubulações que interligam a VGA aos chuveiros automáticos.
RAMAL - tubulação onde estão instalados diretamente os chuveiros e também os tubos horizontais
que abastecem os chuveiros com comprimento máximo de 0,60m.
82
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
SUBIDAS OU DESCIDAS - tubulação que interliga o sistema de alimentação aos gerais e onde estão
instaladas as VGA que controlam e indicam a operação do sistema.
As tubulações aparentes são de aço carbono, com ou sem costura, aço preto ou galvanizado.
Tubulações enterradas podem ser de ferro fundido e aço carbono protegidos contra corrosão.
São aceitas tubulações de PVC rígido, cimento amianto e poliéster reforçado com fibra de vidro.
Podem ser empregadas tubulações de cobre sem costura.
Quando aparentes, as tubulações devem ser suportadas adequadamente, de forma que as suas
conexões não fiquem sujeitas a tensões mecânicas e os tubos propriamente ditos sujeitos a flexões.
Para ocupações de risco leve e ordinário, as distâncias entre ramais e entre chuveiros nos ramais
não devem exceder a 4,6 m.
Para ocupações de risco extraordinário e pesado as distâncias entre ramais e entre chuveiros nos
ramais não devem exceder a 3,7 m.
A distância das paredes aos chuveiros não deve exceder da metade da distância entre os chuveiros
nos ramais ou entre os ramais. A distância mínima entre chuveiros deve ser de 1,8 m, para evitar que
a atuação destes não venha a retardar a atuação do adjacente.
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Para o risco extraordinário o dimensionamento não poderá ser feito por quadro e sim por meio de
cálculo hidráulico.
Tipos de chuveiros
a. Modelos antigos – chuveiros cujo defletor é desenhado para permitir que uma parte
da água descarregada seja projetada para cima, contra o teto, e o restante para baixo
tomando uma forma aproximadamente esférica.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
b. Padrão – chuveiros cujo defletor é desenhado para permitir que a água descarregada
seja projetada para baixo, com uma quantidade mínima, ou nenhuma, dirigida contra
o teto. A descarga da água tomando uma forma hemisférica abaixo do plano do defletor
é dirigida totalmente sobre o foco do incêndio.
Observação:
Nos chuveiros de modelo antigo, padrão e lateral, o desenho do defletor determina a forma de
instalação a ser feita se na posição em pé (upright) ou pendente.
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Quadro 12. Classificação das temperaturas e codificação das cores dos chuveiros automáticos com elemento
termossensível tipo ampola
Quadro 13. Classificação das temperaturas e codificação das cores dos chuveiros automáticos com elemento
termossensível tipo solda eutética
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Registro de recalque
É o dispositivo de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros destinado a possibilitar a pressurização dos
sistemas de chuveiros por meio de fontes externas, como as viaturas de combate a incêndio.
»» Deve possuir duas entradas de 63 mm. No risco leve é permitido apenas uma
entrada.
»» Válvula de retenção é fundamental para que somente água entre no sistema, não a
deixando sair.
Área de aplicação
Área de aplicação é uma área retangular, hidraulicamente mais desfavorável em relação ao jogo de
válvulas de alarme do sistema, em que os chuveiros deverão possuir uma densidade em mm/mim
de acordo com a tabela abaixo apresentada. Esta densidade será utilizada no cálculo hidráulico a
fim de obter a vazão final.
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CAPÍTULO 3
Sistema de proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA)
Histórico
O raio sempre existiu, fazendo parte da própria evolução e formação da Terra. No início, há milhões
de anos, no processo de resfriamento do planeta, tempestades violentas existiam em abundância.
Com o resfriamento da Terra, as tempestades se estabilizaram, mantendo-se num equilíbrio natural.
O raio é um fenômeno natural que sempre impôs temor aos homens, tanto pelo ruído do trovão
como pelos incêndios e destruições que causa. Foi longo o caminho percorrido para se descobrir a
natureza elétrica das descargas atmosféricas e para se chegar a regras confiáveis de proteção para
propriedades, aparelhos, equipamentos, objetos, animais e pessoas.
Na antiguidade, o raio estava sempre associado a deuses e divindades, sendo fartamente apresentado
na literatura grega de 700 a.C. em que os registros mitológicos mostram Zeus como sendo deus do
raio. Na mitologia chinesa , a deusa Tien Mu cuidava das trovoadas e Lien Tsu era o deus do trovão.
Somente mais tarde, no século XVIII começaram os pesquisadores a associar os raios às descargas
que os físicos obtinham em laboratório e , mais ou menos ao mesmo tempo, na Europa e nos EUA
foram realizadas experiências demonstrando o caráter elétrico dos raios e que , por ocasião das
tempestades , era possível captar eletricidade e carregar os corpos da mesma maneira que se fazia
com as já então conhecidas máquinas eletrostáticas.
A experiência mais famosa (já no século XVIII) foi a de Benjamin Franklin, que conseguiu obter
faíscas elétricas entre um fio metálico de uma pipa e objetos metálicos aterrados.
Na Europa, pesquisadores procuraram determinar as reações dos seres vivos à eletricidade captada
na atmosfera por meio de balões com fios metálicos amarrados em animais, tendo constatado que
os equinos reagiam violentamente (davam coices) enquanto os ovinos pareciam nada sentir (ou
suportavam sem reagir). Que todas essas experiências eram perigosas ficou demonstrado quando
um pesquisador russo, Richman, faleceu ao ser atingido por uma violenta descarga ao procurar
captar eletricidade no alto da catedral de S. Petersburgo.
Franklin propôs , pela primeira vez , um método de proteção contra raios de um edifício: Colocando-se
uma ponta metálica pontiaguda , 2,5 a 3,0 metros acima da casa e em contato com a terra , ela
deverá descarregar silenciosamente a nuvem antes que ocorra o raio , ou o conduzirá a descarga
88
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
para a terra , sem que o edifício sofra danos . A primeira parte – descarga silenciosa da nuvem –
estava errada, mas a segunda parte ainda hoje é base do sistema de proteção pelo método do ângulo
de proteção – também chamado método Franklin.
Hoje, para estudar o raio, usa se processo mais sofisticado, como o de criar entre o laboratório e a
nuvem um caminho de ar ionizado produzido pelo lançamento de foguetes. Por meio do caminho
de ar ionizado a probabilidade do raio escoar para a terra é maior. Desta maneira, pode-se examinar
melhor o raio por meio de máquinas fotográficas rotativas especiais de alta velocidade, que foram
desenvolvidas para congelar várias tomadas sucessivas do raio, e oscilógrafos especiais podem
acompanhar sua performance.
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
A gota aumenta de tamanho até ficar com um diâmetro de aproximadamente 5mm, tornando-se
instável e fragmentando-se em várias gotículas menores. No momento da fragmentação há formação
de íons positivos na parte inferior e negativos na superior.
Os íons positivos encontram grande quantidade de gotículas de água arrastadas pelo ar ascendente.
A gota ascendente (neutra) durante o choque entrega elétrons aos íons positivos descendentes.
Desta maneira, a gota ascendente se torna positiva e o íon fica neutralizado.
89
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Como estas gotas ascendentes (agora positivas) estão dotadas de grande energia cinética, conseguem
subir até a parte superior da nuvem. Os íons negativos resultantes da fragmentação de uma grande
gota descem até parar, subindo em seguida, também arrastados pelo ar ascendente. Como estes íons
possuem menor energia cinética que as gotículas positivas, elas aglomeram-se na parte inferior da
nuvem, ficando esta carregada positivamente na parte superior e negativamente na inferior.
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
Aproximadamente, 95% das nuvens ficam carregadas como indicado acima. Apesar do fenômeno
não ser bem compreendido, verifica-se que algumas nuvens ficam carregadas ao contrário, isto é,
com cargas positivas em baixo e negativas em cima.
Muitas nuvens por serem grandes e extensas, podem ter várias ilhas de cargas elétricas. Deste
modo, durante uma tempestade, esta nuvem pode se fragmentar, formando nuvens menores, com
possibilidade de diversas combinações de cargas, tais como:
Esta dissociação, formando diversas nuvens com cargas distintas, vem contribuir ainda mais com
a tempestade. Isto ocorre devido à formação de diversos raios entre nuvens, e deslocamentos entre
nuvens de modo aleatório, ocasionados pelas forças de atração e repulsão das cargas elétricas e
pelas forças eletromagnéticas devido à descarga.
A nuvem carregada induz no solo cargas positivas, que ocupam uma área correspondente ao tamanho
da nuvem. Como a nuvem é arrastada pelo vento, a região de cargas positivas no solo acompanha o
deslocamento dela, formando uma sombra de cargas positivas que segue a nuvem.
90
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
Neste deslocamento, as cargas positivas induzidas vão escalando árvores, pessoas, pontes, edifícios,
para-raios, morros etc., ou seja, o solo sob a nuvem fica com carga positiva. Entre a nuvem e a
terra formam-se diferenças de potenciais que variam de 10 a 1.000.000 KV, sendo que a nuvem se
encontra entre 300 e 5.000 metros de altura. Note-se que para a descarga se efetuar não é necessário
que o gradiente de tensão (campo elétrico) seja superior à rigidez dielétrica de toda a camada de ar
entre a nuvem e o solo, bastando para isto, um campo elétrico bem menor. Isto é explicado pelo fato
de o ar entre a nuvem e a terra não ser homogêneo, pois contém grande quantidade de impurezas,
umidade e ar ionizado, que estão em constante agitação. Com isto, o ar entre a nuvem e a terra
fica muito enfraquecido, e um campo elétrico já é suficiente para que o raio consiga perfurar o ar e
descarregar na terra.
A queda do raio se dá devido ao fato da camada de ar, durante uma tempestade, estar enfraquecida.
Primeiramente pequenos túneis de ar ionizado ficam pelo poder das pontas, com alta concentração
de cargas que vão, aos poucos, furando a camada de ar a procura dos caminhos de menor resistência,
isto é, os túneis ionizados, tentando se aproximar das cargas positivas do solo.
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
91
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Note-se que os galhos das árvores formam pontas, que acumulam cargas elétricas, propiciando assim
a ionização do ar. Quando os dois túneis estão perto, a rigidez do ar é vencida, formando o raio piloto
(líder), descarregando parte da carga da nuvem para o solo numa velocidade de 1.500Km/s . Depois
de formado o raio piloto, existe entre a nuvem e a terra um túnel (canal) de ar ionizado, de baixa
resistência elétrica, isto é, a nuvem está literalmente curto-circuitada à terra . Deste modo ocorre
o raio principal, ou descarga de retorno, que vai da terra para a nuvem por meio do túnel ionizado,
com uma velocidade de 30.000Km/s. No raio de retorno, as correntes são elevadíssimas, da ordem
de 2.000 a 200.000 ampères. Após estas duas descargas, pode existir uma terceira, de curta duração,
com correntes de 100 a 1.000 ampères. Estas três descargas formam o chamado raio, que acontece
em frações de micro segundos, dando a impressão da existência de apenas uma descarga.
A maioria dos raios ocorre entre nuvens, formando descargas paralelas à superfície do solo. Isto
se dá durante uma tempestade, onde nuvens se aproximam a uma distância tal que a rigidez do
ar é quebrada pelo alto gradiente de tensão, com a consequente formação do raio, ocorrendo a
neutralização das nuvens. O raio de modo geral cairá sempre nos pontos mais elevados em relação
aos demais pontos, tais como: topo de morros, montanhas, sobre árvores isoladas, na ponta de
para-raios, em casas etc.
Tensão de passo – um ser vivo, com os apoios (pés ou patas) separados, fica sujeito a uma tensão
que provocará a circulação de corrente pelo tronco. Nos bípedes isto raramente causa a morte, pois
a parcela da corrente que passa pelo coração é muito pequena; já para os quadrúpedes, a totalidade
da corrente passa pelo tronco e é a causa mais frequente de morte durante as tempestades.
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
92
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Tensão de toque – quando o condutor da corrente do raio tem uma alta impedância, são geradas
tensões ao longo dele, e uma pessoa que o toque ficará sujeita a uma tensão que, aplicada entre uma
ou as duas mãos e os pés, provocará a passagem de corrente pelo tronco, causando frequentemente
a morte. É possível também que a causa da corrente seja o campo magnético no laço formado entre
a pessoa e o condutor.
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
Descarga lateral – entre o condutor da corrente e a cabeça da vítima aparece uma tensão tão alta
que ocorre uma descarga disruptiva (centelhamento perigoso) causando frequentemente a morte,
pois as pessoas procuram se abrigar da chuva embaixo das árvores e são atingidas pelas descargas,
ou sofrem os efeitos dos campos magnéticos no laço formado entre elas e a árvore .
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
Descarga direta – uma pessoa andando em campo aberto pode se tornar o alvo e receber
diretamente o impacto do raio, caso em que raramente resiste às queimaduras e aos efeitos da
corrente sobre o cérebro e sobre o coração. Os poucos sobreviventes são vítimas que foram atingidas
por um ramo ou braço menor do raio, com corrente de baixa intensidade.
93
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
Definicões
Descarga atmosférica
Descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra, consistindo em um ou mais
impulsos de vários quiloampères.
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Raio
Volume a proteger
Volume de uma estrutura ou de uma região que requer proteção contra os efeitos das descargas
atmosféricas.
Captor
Condutor de descida
Parte do SPDA externo destinado a conduzir a corrente de descarga atmosférica desde o captor até
o sistema de aterramento. Este elemento pode também estar embutido na estrutura.
Eletrodo de aterramento
Elemento ou conjunto de elementos do sistema de aterramento que assegura o contato elétrico com
o solo e dispersa a corrente de descarga atmosférica na terra.
95
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Componente da estrutura que desempenha uma função de proteção contra descargas atmosféricas,
mas não é instalado para este fim (coberturas metálicas, pilares metálicos, armações de aço das
fundações etc).
Armações de aço embutidas numa estrutura de concreto, que asseguram continuidade elétrica para
as correntes de descarga atmosférica.
Centelhamento perigoso
Conexão de medição
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SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Nível de proteção
Termo de classificação de um SPDA que denota sua eficiência. Este termo expressa a probabilidade
com a qual um SPDA protege um volume contra os efeitos das descargas atmosféricas.
Condições gerais
Componentes de um SPDA
Subsistema de captação
A captação da descarga atmosférica tem a finalidade de reduzir ao mínimo a probabilidade da
estrutura ser atingida diretamente por um raio e deve ter capacidade térmica e mecânica suficiente
para suportar o calor gerado no ponto de impacto, bem como os esforços eletromecânicos resultantes.
»» Hastes.
»» Cabos esticados.
»» Condutores em malha.
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UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Método Franklin
Está baseado na proposta inicial feita por Benjamin Franklin, tendo sofrido várias propostas de
alteração quanto ao ângulo de proteção ou ao volume de proteção.
Método eletrogeométrico
É a mais moderna ferramenta com que contam os projetistas do SPDA para estruturas. É baseado
em estudos feitos a partir de registros fotográficos, da medição dos parâmetros dos raios dos ensaios
em laboratórios de alta tensão, do emprego das técnicas de simulação e matemática.
Método Faraday
É baseado na teoria de Faraday, segundo a qual o campo no interior de uma gaiola é nulo, mesmo
quando passa por seus condutores uma corrente de valor elevado. Para que o campo seja nulo é
preciso que a corrente se distribua uniformemente por toda a superfície.
Dimensionamento
Método Franklin
98
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
NÍVEL
I 25 * * *
II 35 25 * *
III 45 35 25 *
IV 55 45 35 25
Método eletrogeométrico
NÍVEL I II III IV
RAIO DA ESFERA 20 30 45 60
(atração) ( m )
A obtenção da área protegida é feita por meio de uma construção geométrica simples,
abaixo descrita.
Traça inicialmente uma reta paralela ao plano a ser protegido igual ao raio de atração. Com
centro na ponta da haste e com o mesmo raio traça-se um arco de circunferência, o qual
determina na reta anterior dois pontos e com centro nesses dois pontos, e ainda com o
mesmo raio, traçam-se dois últimos arcos de circunferência desde a ponta da haste até o solo.
Tomando por base os limites no solo feitos por esta última circunferência, fica definida a área
de proteção do captor, bastando apenas girar a figura encontrada 180º para ver o volume de
proteção encontrado.
99
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Fonte: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Ed. Officina de Mydia. São Paulo.1997.
Método de Faraday
Tabela 3 - Espaçamento médio dos condutores de descida não naturais conforme o nível de proteção
Captor natural
São considerados captores naturais:
»» Coberturas metálicas sobre o volume a proteger com espessura não inferior a 0,5
mm, quando for necessário prevenir contra perfurações.
100
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
»» Coberturas metálicas sobre o volume a proteger que não for necessário proteger
contra perfurações poderá ser inferior a 2.5 mm.
»» As partes metálicas, tais como calhas, ornamentos, parapeitos, rufos, e outros, cuja
seção não seja inferior àquela especificada para os captores.
»» Os tubos e tanques metálicos, desde que construídos em material de, no mínimo 2,5
mm de espessura e sua perfuração não implicar situação perigosa.
Figura adaptada e disponível em < www.tel.com.br l>. Acessado em: 5 mar. 2011.
Subsistema de descidas
Subsistema responsável pela condução da corrente proveniente da descarga atmosférica até ao solo
(aterramento).
Tabela 4 - Espaçamento médio dos condutores de descida não naturais conforme o nível de proteção.
101
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Os condutores de descidas não naturais deverão estar interligados por meio de condutores
horizontais, formando anéis. O primeiro deve ser o anel de aterramento e os outros a cada 20 metros
de altura.
Os condutores de descidas não naturais devem estar a uma distância mínima de 0.5m de quaisquer
aberturas, tais como janelas, portas etc.
A instalação dos condutores de descidas deve levar em consideração o material da parede na qual
estes serão fixados:
Os condutores de descidas naturais devem ser retilíneos e verticais, de modo a prover o trajeto mais
curto e direto para a terra.
Não são permitidas emendas nos cabos utilizados como condutores de descidas, exceto na
interligação do condutor de descida e o condutor de aterramento.
Os cabos de descida devem ser protegidos contra danos mecânicos por meio de um tubo rígido de
PVC ou metálico coma altura de 2,5m.
Conexão de medição
Para cada condutor de descida, com exceção das descidas naturais ou embutidas, deve este
subsistema ser provido de uma conexão de medição, instalada próximo do ponto de ligação ao
eletrodo de aterramento. Tem a finalidade de realizar as medições de resistência de aterramento,
devendo esta ser inferior a 10 ohm’s.
102
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Em edificações existentes de concreto armado poderão ser utilizadas as do concreto, desde que
sejam realizadas medições de continuidade e possuam resistência menor que 1 OHM. A medição
deverá ser feita entre o topo e base dos pilares.
Subsistema de aterramento
Podem ser utilizados os seguintes tipos de eletrodos de aterramento:
»» Aterramento natural.
»» Condutores em anel.
»» Hastes verticais.
»» Condutores horizontais.
»» Eletrodos em forma de placas ou pequenas placas devem ser evitados por razões de
corrosão.
Importante ressaltar que a resistência de aterramento deverá ser inferior a 10 ohms. Para tanto,
deve ser levado em consideração o tipo de solo para adotar o tipo de método com o intuito de
diminuir a resistência de terra, tais como:
»» Hastes profundas.
»» Tratamento com betonita, a qual é uma argila que tem grande capacidade de reter água.
»» ARRANJO ‘A’.
»» ARRANJO ‘B’.
103
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Cada Corpo de Bombeiros Militar estadual poderá adotar outros critérios. Para tanto faz necessário
a consulta à legislação específica.
104
CAPÍTULO 4
Instalações prediais de GLP
Objetivo
Este estudo tem por objetivo estabelecer as condições mínimas de segurança para montagem,
localização e segurança de centrais de GLP e aplica-se a instalações comerciais e residenciais com
capacidade de armazenagem total máxima de 4.000kg (quatro mil quilogramas) de GLP para
recipientes transportáveis e 8.000kg (oito mil quilogramas) de GLP para recipientes estacionários.
Definições e abreviaturas
Para entendimento, aplicam-se as seguintes definições:
Gás Liquefeito de Petróleo - GLP: Produto composto de hidrocarbonetos com três ou quatro
átomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se em mistura entre
si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos.
Medidores de Consumo: Dispositivos que têm por objetivo medir a quantidade de GLP
consumida por um determinado ponto de consumo ou conjunto de pontos de consumo.
Material Incombustível: É aquele que possui ponto de ignição a uma temperatura superior a
1200ºC (um mil e duzentos graus Celsius).
Recipiente Estacionário: Recipiente fixo, com capacidade superior a 0,25m³ (zero vírgula vinte
e cinco metros cúbicos).
Recipiente Transportável: Recipiente construído de acordo com a NBR 8460, que pode ser
transportado manualmente ou por qualquer outro meio.
105
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Tempo de Resistência ao Fogo: Tempo mínimo, em horas, que um elemento estrutural deve
impedir a propagação do fogo sem comprometer sua função estrutural.
Economia: Propriedade servindo para qualquer finalidade ocupacional, que é caracterizada por
um ou mais pontos de consumo.
Características gerais
Tipos de centrais
A central deverá estar localizada no térreo da edificação, devendo ser o ambiente ventilado,
permitindo seu fácil acesso.
A central de GLP deverá ser instalada fora da projeção vertical da edificação, não podendo ser
instalada em fossos de iluminação, ventilação, garagens e subsolos.
Os abrigos de recipientes deverão conter aberturas com área mínima de 10% de sua planta baixa, a
fim de garantir uma boa ventilação.
106
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Até 540 0
Aterradas
Central cujo recipiente está protegido por taludes com recobrimento de terra compactada, mantendo
0,30m do costado do tanque.
Subterrânea
107
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Aéreas
Características gerais
Cada recipiente deverá ser identificado por meio de placa metálica, afixada em local visível,
contendo:
3. Capacidade volumétrica.
A locação da central de GLP deverá manter um afastamento mínimo das edificações ou divisas de
propriedades que possam ser edificadas conforme tabela abaixo:
108
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
c. Devem ser afastados entre si, quando sua capacidade unitária for maior que 1m3,
numa distância mínima de 1.0 metro.
A central de gás com recipientes estacionários aterrados deve ser delimitada por meio de cerca de
tela, gradil ou elemento vazado com 1.8 m de altura, contendo no mínimo dois portões em lados
opostos, assegurando a ventilação na área e posicionada pelos seguintes afastamentos:
109
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
Deve ser observada a locação para estacionar o caminhão abastecedor, com o intuito de evitar que a
mangueira de abastecimento passe em locais de concentração de público.
Rede de alimentação
Rede de alimentação é o trecho da instalação em alta pressão, situado entre os recipientes de GLP e
o regulador de 1o estágio ou estagio único.
O regulador de 1o estágio é um dispositivo para reduzir a pressão do gás de 4,0 kg/cm2 para no
máximo 1,5 kg/cm2, antes de sua entrada na rede primária.
Regulador de estágio único reduz a pressão de 4,0 kg/cm2 para 0.05 kg/cm2.
Rede de distribuição
Rede de distribuição é o conjunto de tubulações e acessórios, destinado a distribuir o GLP para a
edificação, constituídas pelas seguintes redes:
Neste trecho está localizado o regulador de 2o estágio, o qual é um dispositivo para reduzir a pressão
do gás antes de entrar na rede secundária de 1.5 kg/cm2 para um valor abaixo de 0,05 kg/cm2.
No caso de utilização de um regulador de estagio único, este faz a redução da pressão de 4kg/cm2
para 0,05 kg/cm2, dispensando o regulador de 2o estágio.
Nos locais em que a canalização passar e não houver ventilação pode ser utilizado tubo luva, que é
um tubo no qual é instalado a canalização de GLP e tem como finalidade impedir a dissipação do
gás em caso de vazamento.
b. reservatório de água;
c. poços de elevadores;
110
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Medidores de consumo
Após o regulador de 2o estágio ou estágio único, deverão ser instalados medidores para estipular o
consumo de gás em uma determinada economia.
Pode-se ainda adotar medidores coletivos, destinado à medição total de gás de um conjunto de
economias. Esta opção é mais aconselhável em função de os medidores individuais possuírem
diversas conexões, locais em que há um maior risco de vazamento.
As cabines dos medidores de consumo deverão ser providas de aberturas de ventilação, na parte
inferior, para permitirem o escoamento do gás proveniente de eventuais vazamentos.
Pontos de consumo
São os locais nos quais serão instalados os aparelhos que consumirão o GLP.
A ligação de aparelhos de utilização à rede secundária deve ser feita por meio de conexões e um
registro de corte de fornecimento para ponto de consumo e a rede, a fim de permitir a retirada do
aparelho sem interromper o abastecimento a outros aparelhos.
111
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2
f. Conexões de cobre.
Pela NBR 13932, toda tubulação de gás aparente, deve ser pintada na cor amarela.
As centrais devem ser sinalizadas por meio de avisos com letras não inferiores a 50 mm, em
quantidade tal que possam ser visualizadas de qualquer direção, contendo os seguintes dizeres:
»» Perigo.
»» Inflamável.
»» Proibido fumar.
Considerações gerais
As centrais devem sempre distar no mínimo a 1,5 das aberturas, como ralos, poços, canaletas e
outras que estejam em nível inferior à central. Todos nós sabemos que o GLP é mais pesado que o
ar atmosférico e tende a alojar-se em depressões, aumentando a chance de propiciar a mistura ideal
para que ocorra a explosão.
112
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 2 │ UNIDADE IV
Os recipientes devem também distar 03 metros de quaisquer fontes de ignição, inclusive acessos de
veículos, redes elétricas e 06 metros de depósitos de materiais inflamáveis.
Estas distâncias acima mencionadas podem ser reduzidas pela metade se for construído uma parede
resistente ao fogo por no mínimo 2 horas, interpondo o recipiente e o ponto considerado.
Os recipientes não podem ser localizados sob redes elétricas, devendo ser respeitado o afastamento
mínimo de 03 metros da projeção.
As instalações da central de GLP devem permitir o reabastecimento dos recipientes sem a interrupção
da alimentação do gás na edificação.
Após a conclusão do sistema na edificação, deverá ser solicitado pelo órgão fiscalizador local um
Laudo do ensaio de estanqueidade da rede de alimentação e da rede de distribuição, no qual fiquem
claros a pressão utilizada no ensaio e o tempo ao qual a rede ficou submetida a esta pressão (pressão
de 10 kg/cm2 durante no mínimo por 02 horas). Deve constar também a especificação da tubulação
utilizada na instalação de GLP e a capacidade da central de GLP instalada. O laudo deverá ser
assinado pelo responsável técnico da execução da instalação do GLP.
113
SISTEMAS DE UNIDADE V
PROTEÇÃO – PARTE 3
CAPÍTULO 1
As saídas de emergência
Conceito
Ao contrário do que se possa imaginar, as saídas de emergência devem ser pensadas em primeiro
plano quando se trata de proteção contra incêndio e pânico. O comportamento inicial das pessoas
frente ao incêndio é de fugir ou buscar um refúgio. Poucas são as pessoas que se sentem habilitadas
a operar um aparelho extintor de incêndio ou a conduzir as outras pessoas por uma rota de fuga
segura num ambiente sinistrado. Decorre daí a necessidade prioritária que deve ser dispensada às
saídas de emergência duma edificação ou área cercada com aglomeração de pessoas.
Além disso, deve-se ter em mente que o objetivo maior da segurança contra incêndio e pânico
é a salvaguarda de vidas. Portanto, garantir que as pessoas sujeitas a uma situação de incêndio
sobrevivam com os menores danos possíveis deve ser uma meta buscada incessantemente. Uma
das medidas de proteção mais eficazes nesse sentido são as saídas de emergência. Elas atendem
basicamente a dois objetivos: permitir a evacuação dos ocupantes da edificação com segurança e
prover o acesso seguro das equipes de bombeiros.
b. escadas ou rampas;
c. descarga.
114
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
Definições
Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento, constituindo a rota de saída
horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga. Os acessos podem ser
constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços.
Escada de emergência: escada integrante de uma rota de saída, podendo ser uma
escada enclausurada à prova de fumaça, escada enclausurada protegida ou escada não
enclausurada.
Descarga: parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o
logradouro público ou área externa com acesso a este.
Acessos
Os acessos devem permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação, portanto, devem
permanecer desobstruídos e serem sinalizados e iluminados, indicando claramente o sentido da
saída. O pé-direito mínimo é de 2,50m, sendo permitidos rebaixos de vigas, vergas e outros, contanto
que se preserve uma altura livre mínima de 2,00m.
Outro aspecto a ser observado nos acessos são as larguras mínimas das saídas que, em qualquer
caso (corredores, escadas, rampas), devem ser as seguintes:
Repare que o texto faz referência à unidade de passagem. Unidade de passagem é a largura mínima
para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55m. Por enquanto, ficaremos somente com a
definição; este tema será novamente abordado adiante, quando tratarmos do dimensionamento das
saídas de emergência.
As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em
comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída.
115
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em
comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída.
c. 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem (acima de 2,2 m,
exige-se coluna central).
As portas das antecâmaras e das escadas devem ser providas de dispositivos mecânicos e
automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas, no sentido do fluxo de saída,
sendo admissível que se mantenham abertas, desde que disponham de dispositivos de fechamento,
quando necessário.
Em salas com capacidade acima de 200 pessoas e nas rotas de saída de locais de reunião com
capacidade acima de 200 pessoas, as portas de comunicação com os acessos, escadas e descarga
devem ser dotadas de ferragem do tipo antipânico, conforme NBR 11.785.
Escadas
Escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, se comunica diretamente com os demais
ambientes, como corredores, halls e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.
3. ter os pisos com condições antiderrapantes, e que permaneçam assim com o uso;
Guardas são barreiras protetoras verticais, maciças ou não, delimitando as faces laterais abertas de
escadas, rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo como proteção
contra eventuais quedas de um nível para outro.
116
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
1. ser dotada de guardas em seus lados abertos, quando o desnível for superior a 19 cm;
2. a altura das guardas deve ser, no mínimo, de 1,05 m, podendo ser reduzida para
92cm nas escadas internas;
4. as guardas vazadas não devem permitir que uma esfera de 15cm de diâmetro possa
passar por nenhuma abertura, ser isentas de quaisquer elementos que possam
enganchar em roupas e ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-
se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso;
5. devem resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para
resistir a uma força horizontal de 730 N/m aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se
a condição que conduzir maiores tensões;
Barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua, localizada junto às paredes
ou guardas de escadas, rampas ou passagens para as pessoas neles se apoiarem ao subir, descer ou
se deslocar.
2. uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na
altura normal exigida de acordo com as necessidades específicas da população da
edificação;
117
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
10. devem ser calculados para resistirem a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer
ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os
sentidos.
3. devem ser balanceados quando o lanço da escada for em leque, caso em que a
largura do degrau será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita
destes degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm;
4. lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares
consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura;
As escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência, mas que podem eventualmente
funcionar como tais, isto é, todas as demais escadas da edificação, devem:
1. ter os pisos em condições antiderrapantes e que permaneçam como tais com o uso;
118
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
b. ocupações H: h = 19 cm;
c. ocupações I e J: h = 23 cm.
Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes corta-fogo e dotada de
portas resistentes ao fogo.
119
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
1. ser constituída por material incombustível e resistente ao fogo por 2h, no mínimo;
5. as paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem
ter acabamento liso;
6. as caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por curto
espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos,
exceto os previstos especificamente pela NBR 9077/1993;
7. nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagens
para a rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores
de gás e assemelhados, excetuadas as escadas não enclausuradas em edificações
classificadas em L e M (de baixa e de média alturas).
Figura 47 - Escada protegida – Descarga sem comunicação entre os pavimentos superiores e os inferiores
120
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
2. a altura das guardas deve ser, no mínimo, de 1,05 m, podendo ser reduzida para
92cm nas escadas internas;
3. as guardas vazadas não devem permitir que uma esfera de 15cm de diâmetro não
possa passar por nenhuma abertura, ser isentas de quaisquer elementos que possam
enganchar em roupas e ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-
se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso;
4. devem resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para
resistir a uma força horizontal de 730 N/m aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se
a condição que conduzir maiores tensões;
2. uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na
altura normal exigida de acordo com as necessidades específicas da população da
edificação;
121
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
9. devem ser calculados para resistirem a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer
ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os
sentidos;
2. Devem ter a largura dimensionada pela fórmula de Blondel (63 cm < 2h +b <
64 cm) ;
122
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
3. devem ser balanceados quando o lanço da escada for em leque, caso em que a
largura do degrau será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita
destes degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm;
4. lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares
consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura;
123
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
Quanto à ventilação
2. as janelas devem ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m2, em cada
pavimento;
3. as janelas devem estar situadas junto ao teto, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10
m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e tendo largura mínima de 0,80
m;
5. as janelas devem ser construídas em perfis reforçados de aço, com espessura mínima
de 3 mm, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, alumínio, madeira,
plásticos, e outros;
6. as janelas devem ter, nos caixilhos móveis, movimento que não prejudique o tráfego
da escada e não ofereça dificuldade de abertura ou fechamento, em especial da parte
obrigatoriamente móvel junto ao teto, sendo que de preferência do tipo basculante,
sendo vedado os tipos de abrir com o eixo vertical e “maximar”;
124
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
9. devem ser dotadas de alçapão de alívio de fumaça (alçapão de tiragem) que permita
a ventilação em seu término superior, com área mínima de 1,00 m2.
1. ser constituída por material incombustível e resistente ao fogo por 4h, no mínimo;
5. as paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem
ter acabamento liso;
6. as caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por curto
espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos,
exceto os previstos especificamente pela NBR 9077/1993;
7. nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagens
para a rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores
de gás e assemelhados, excetuadas as escadas não enclausuradas em edificações
classificadas em L e M (de baixa e de média alturas).
2. a altura das guardas deve ser, no mínimo, de 1,05 m, podendo ser reduzida para
92cm nas escadas internas;
3. as guardas vazadas não devem permitir que uma esfera de 15cm de diâmetro não
possa passar por nenhuma abertura, ser isentas de quaisquer elementos que possam
enganchar em roupas e ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-se
o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso;
125
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
4. devem resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para
resistir a uma força horizontal de 730 N/m aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se
a condição que conduzir maiores tensões;
2. uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na
altura normal exigida de acordo com as necessidades específicas da população da
edificação;
9. devem ser calculados para resistirem a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer
ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os
sentidos;
2. devem ter a largura dimensionada pela fórmula de Blondel (63 cm < 2h +b < 64
cm);
126
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
3. o lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares
consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura;
2. pode ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil de aço reforçado, com
3 mm de espessura mínima, provido de fecho acionável por chave ou ferramenta
especial, devendo ser aberto somente para fins de manutenção ou emergenciais;
3. este caixilho deve ser guarnecido com vidro aramado, transparente ou não, malha
de 12,5 mm, com espessura mínima de 6,5 mm;
4. em paredes dando para o exterior, sua área máxima não pode ultrapassar 0,50 m2,
em parede dando para antecâmara ou varanda, pode ser de até 1,00 m2;
5. havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser
inferior a 0,50 m, e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede
em que estiverem situadas.
Quanto às antecâmaras
127
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
Quanto à ventilação
Dutos de entrada de ar
Espaço no interior da edificação, que conduz ar puro, coletado ao nível inferior desta, às escadas,
antecâmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com isso, devidamente ventilados e livres
de fumaça em caso de incêndio.
2. ter, entre as aberturas de entrada e saída de ar, a distância vertical mínima de 2,00
m, medida eixo a eixo;
8. ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84 m2 e, quando de secção retangular,
obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões;
128
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
11. ter abertura em sua extremidade inferior que assegure a captação de ar fresco
respirável, devendo esta abertura ser dotada de portinhola de tela ou venezianas
de material incombustível que não diminua a área efetiva de ventilação, isto é, sua
secção deve ser aumentada para compensar a redução;
12. a secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve ser, no mínimo,
igual à do douto, em edifícios com altura inferior ou igual a 30 m e ser igual a 1,5
vez a área da secção do trecho vertical do duto de entrada de ar em edificações com
mais de 30 m de altura;
Dutos de saída de ar
2. ter, entre as aberturas de entrada e saída de ar, a distância vertical mínima de 2,00
m, medida eixo a eixo;
9. ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84 m2 e, quando de secção retangular,
obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões;
129
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
11. ter, quando não forem totalmente abertos no topo, aberturas de saída de ar com área
efetiva superior ou igual a 1,5 vez a área de secção do duto, guarnecidas, ou não, por
venezianas ou equivalentes, devendo estas aberturas ser dispostas em, pelo menos,
duas das faces opostas e se situarem em nível superior a qualquer elemento construtivo
do prédio (reservatórios, casas de máquinas, cumeeiras, muretas e outros);
Tabela 7 - Seção mínima dos dutos de saídas e2 entrada de ar calculada pela seguinte expressão: Ω = 0,105
N (onde Ω corresponde à seção mínima, em m e N corresponde ao número de antecâmaras ventiladas pelo
duto)
N Ω N Ω N Ω N Ω N Ω
06 0,84 11 1,155 16 1,68 21 2,205 26 2,73
07 0,84 12 1,26 17 1,785 22 2,31 27 2,835
08 0,84 13 1,365 18 1,89 23 2,415 28 2,94
09 0,945 14 1,47 19 1,995 24 2,522 29 3,045
10 1,05 15 1,575 20 2,10 25 2,625 30 3,15
Fonte: NBR 9077
Para efeitos normativos as escadas à prova de fumaça pressurizadas podem sempre substituir as
escadas enclausuradas à prova de fumaça ventiladas naturalmente. À exceção da antecâmara e
dutos de entrada e saída de ar, a escada à prova de fumaça pressurizada deve seguir as demais
130
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
Antes, porém, é preciso esclarecer que o sistema de pressurização pode ser projetado para operar
somente em caso de emergência ou, alternativamente, manter um nível baixo de pressurização
para funcionamento contínuo com previsão para um nível maior de pressurização, que entrará
em funcionamento apenas em situação de emergência. Esta última possibilidade é chamada de
sistema de pressurização em dois estágios enquanto que a primeira é conhecida como sistema de
pressurização em um estágio ou estágio único.
De maneira geral o sistema em dois estágios é considerado preferível porque alguma medida de
proteção estará permanentemente em operação e, portanto, qualquer propagação de fumaça nas
etapas iniciais de um incêndio será prevenida. Além de promover a renovação do ar no volume da
escada.
131
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
A NBR no 14.880/2002 prevê acionamento do sistema de pressurização por meio do alarme manual
somente para edificações residenciais até 60m de altura. Consequentemente, a opção pela escada
PFP implica, necessariamente, na adoção do sistema automático de detecção e alarme de incêndio.
O sistema de pressurização deve ser acionado por meio do sistema automático de detecção e
alarme de incêndio (usando detectores de fumaça) ou do sistema manual de alarme de incêndio
(acionadores manuais ou botoeiras)
Os parâmetros normativos aos quais o sistema de detecção e alarme de incêndio deve obedecer
estão previstos na NBR 9.441/1998. Adicionalmente, o sistema atenderá aos seguintes itens:
2. um acionador manual do tipo “liga” deve ser sempre instalado em cada um dos
locais a seguir descritos: na sala de controle central de serviços do edifício, no
compartimento do ventilador de pressurização, na portaria ou guarita de entrada
do edifício;
O princípio mais importante que deve ser entendido é que para manter um ambiente (A) com uma
pressão mais elevada que um outro espaço adjacente (B), interligados, por exemplo, por uma porta
fechada, mas com pontos de vazamentos (frestas), será preciso uma rota de vazamento a partir do
espaço adjacente (B) para que seja possível manter um fluxo de ar contínuo de um ambiente para
outro (de A para B). Se não houver uma rota de vazamento a partir do ambiente B, o ar introduzido
em A elevaria a pressão de ambos os espaços até o mesmo nível, acima da pressão dos demais
espaços adjacentes. Desse modo, não seria possível impedir que a fumaça de um incêndio em um
cômodo B invadisse o ambiente A.
132
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
c. identificar todas as rotas de vazamento por meio das quais o ar poderá sair do espaço
pressurizado e determinar a taxa de vazamento (vazão) de ar para o diferencial de
pressão apropriado;
O suprimento de ar necessário para obter certo diferencial de pressão é determinado pelo escape
de ar para fora do espaço a ser pressurizado, quando o ar passa por meio de uma restrição, como,
por exemplo, as frestas ao redor de uma porta. A relação entre a vazão de ar, a área da restrição e o
diferencial de pressão é dada por uma equação.
3. Nas situações em que é dispensável o uso de geradores (de acordo com o quadro
4 da NBR no 14.880), o circuito de força dos ventiladores de pressurização deve
133
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
11. A tomada de ar deve ser protegida por filtro de partículas (classe G-1 da NBR nº
6.401) do tipo metálico lavável para sistemas de dois estágios e por tela metálica
para sistemas de estágio único.
13. Nos edifícios com vários pavimentos, a disposição preferida para um sistema
de distribuição de ar para pressurização consiste em um duto vertical que corre
adjacente aos espaços pressurizados.
134
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
15. Os dutos e seus elementos de ancoragem, tanto para tomada de ar quanto para sua
distribuição, devem ter características construtivas que garantam sua resistência
ao fogo por, no mínimo, 2h ou estar protegidos de forma a obter características
semelhantes.
16. O sistema de insuflação de ar localizado pode ser utilizado apenas nos casos de
adequação de edificações existentes que comprovadamente não disponham de duto
vertical para distribuição de ar ao longo da escada a ser pressurizada.
17. Para a pressurização de uma escada de emergência deve ser previsto o emprego de
várias grelhas de insuflação localizadas a intervalos regulares por toda a altura da
escada e posicionadas de modo a haver uma distância máxima de dois pavimentos
entre grelhas adjacentes.
Rampas
Parte inclinada de uma rota de saída, que se destina a unir dois pavimentos.
Quanto à obrigatoriedade:
3. sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 cm, já que são vedados lanços de
escadas com menos de três degraus;
4. para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver
usuários de cadeiras de rodas.
Condições de atendimento
2. os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo
de 1,10 m, medidos na direção de trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver
mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70 m;
135
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
6. a declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10);
7. a declividade máxima das rampas internas deve ser de 10% nas ocupações A, B, E,
F e H;
8. a declividade máxima das rampas internas deve ser de 12,5% nas ocupações C, I e
J (sendo que a largura deve ser aumentada em 25% quando a saída for ascendente)
e também nas ocupações D e G, quando o sentido de saída for descendente, caso
contrário a inclinação é de 10%;
Área de refúgio
Parte de um pavimento separada do restante por paredes e portas corta-fogo, tendo acesso direto,
cada uma delas a uma escada de emergência.
1. a estrutura dos prédios dotados de área de refúgio deve ter resistência a 4h de fogo;
4. a comunicação entre áreas de refúgio e/ou entre estas e as saídas nas ocupações
H-1, H-2 e E-6 deve ser em nível ou em rampas;
136
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
Elevadores de emergência
1. é obrigatória a instalação de elevadores de emergência em todas as edificações
com mais de 20 pavimentos, excetuadas as de classe de ocupação G-1, e em torres
exclusivamente monumentais de ocupação F-2;
2. devem atender a todas as normas de segurança previstas nas NBR 5410 e NBR 7192;
4. ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada, para varanda, para
hall enclausurado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local
análogo do ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça;
10. nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o elevador de emergência deve ter cabine
com dimensões apropriadas para o transporte de maca;
11. as caixas de corrida e casas de máquinas dos elevadores de emergência devem ser
enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos
demais elevadores.
Descarga
Parte da saída de emergência de uma edificação, que fica entre a escada e a via pública ou área
externa em comunicação com a via pública, pode ser constituída por corredor ou átrio enclausurado,
área em pilotis ou corredor a céu aberto.
1. O corredor ou átrio enclausurado deve ter portas corta-fogo, quando a escada for à
prova de fumaça, ou resistentes a 30 min de fogo, quando a escada for enclausurada
137
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
2. Admite-se que a descarga seja feita por meio do saguão não enclausurado, quando
o final da descarga, neste hall ou saguão, localizar-se a menos de 4,0 m de área em
pilotis, fachada ou alinhamento predial.
3. A área em pilotis que servir como descarga deve não ser utilizável como
estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário,
dotada de divisores físicos que impeçam tal utilização.
4. A área em pilotis também deve ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser
utilizada como depósito de qualquer natureza.
138
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
O cálculo da largura das saídas é feito por meio de uma fórmula: N=P/C, na qual N é o número de
unidades de passagem, arredondado para número inteiro; P é a população conforme letra b) acima,
obtida conforme critério do quadro 17; e C é a capacidade da unidade de passagem, também obtida
do quadro 17.
Já foi visto anteriormente que unidade de passagem (UP) é a largura mínima para a passagem de
uma fila de pessoas (fixada em 0,55m). Por outro lado, a capacidade da unidade de passagem é a
quantidade de pessoas que passa por essa unidade em um minuto, ou seja, C representa o fluxo de
pessoas que a rota de fuga é capaz de suportar por minuto.
Para dimensionar as saídas de uma edificação devemos consultar os quadros abaixo, retirados da
NBR no 9077/1993.
139
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
Educacional e cultura física E-1 Escolas em geral Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus, cursos
supletivos e pré-universitários e outros.
E-2 Escolas especiais Escolas de artes e artesanatos, de línguas, de cultura
geral, de cultura estrangeira.
E-3 Espaço para cultura física Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais,
ginástica (artística, dança, musculação e outros),
esportes coletivos (tênis, futebol e outros não
E
incluídos em F-3), sauna, casas de fisioterapias e
outros.
E-4 Centro de treinamento Escolas profissionais em geral.
profissional
E-5 Pré-escolas Creches, escolas maternais, jardins-de-infância.
E-6 Escolas para portadores de Escolas para excepcionais, deficientes visuais e
deficiências auditivos e outros.
Locais de reunião de F-1 Locais onde há objetos de valor Museus, galerias de arte, arquivos, bibliotecas e
público inestimável assemelhados.
F-2 Templos e auditórios Igrejas, sinagogas, templos e auditórios em geral.
F-3 Centros esportivos Estádios, ginásios e piscinas cobertas com
arquibancadas, arenas em geral.
F-4 Estações e terminais de Estações rodoferroviárias, aeroportos, estações de
passageiros transbordo e outros.
F F-5 Locais para produção e Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de
apresentação de artes cênicas estúdios de rádio e televisão e outros.
F-6 Clubes sociais Boates e clubes noturnos em geral, salões de
baile, restaurantes dançantes, clubes sociais e
assemelhados.
F-7 Construções provisórias Circos e assemelhados.
F-8 Locais para refeições Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,
cantinas e outros.
Serviços automotivos G-1 Garagens sem acesso de Garagens automáticas.
público e sem abastecimento
G-2 Garagens com acesso de Garagens coletivas não automáticas em geral, sem
público e sem abastecimento abastecimento (exceto para veículos de carga e
coletivos).
G-3 Locais dotados de Postos de abastecimento e serviço, garagens (exceto
G abastecimento de combustível para veículos de carga e coletivos).
G-4 Serviços de conservação, Postos de serviço sem abastecimento, oficinas de
manutenção e reparos conserto de veículos (exceto de carga e coletivos),
borracharia (sem recauchutagem).
G-5 Serviços de manutenção em Oficinas e garagens de veículos de carga e coletivos,
veículos de grande porte e máquinas agrícolas e rodoviárias, retificadoras de
retificadoras em geral motores.
H Serviços de saúde e H-1 Hospitais veterinários e Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e
institucionais assemelhados assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem
adestramento).
H-2 Locais onde pessoas requerem Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, reformatórios,
cuidados especiais por limitações sem celas e outros.
físicas ou mentais
H-3 Hospitais e assemelhados Hospitais, casas de saúde, prontos-socorros,
clínicas com internação, ambulatórios e postos
de atendimento de urgência, postos de saúde e
puericultura e outros.
H-4 Prédios e instalações vinculados Quartéis, centrais de polícia, delegacias distritais,
às forças armadas, polícias civil postos policiais e outros.
e militar
H-5 Locais onde a liberdade das Hospitais psiquiátricos, reformatórios, prisões em
pessoas sofre restrições geral e instituições assemelhadas.
140
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
I Industrial, comercial de I-1 Locais onde as atividades Atividades que manipulam e/ou depositam os
alto risco, atacadista e exercidas e os materiais materiais classificados como de MÉDIO risco de
depósitos utilizados e/ou depositados incêndio, tais como fábricas em geral, onde os
apresentam grande potencial de materiais utilizados não são combustíveis e os
incêndio. Locais onde a carga processos não envolvem a utilização intensiva de
combustível não chega a 50kg/ materiais combustíveis.
m2 ou 1200MJ/m2 e que não se
enquadram em I-3
I-3 Locais onde há alto risco de Fábrica e depósitos de explosivos, gases e líquidos
incêndio pela existência de inflamáveis, materiais oxidantes e outros definidos
quantidade suficiente de materiais pelas normas brasileiras, tais como destilarias,
perigosos refinarias, elevadores de grãos, tintas, borracha e
outros.
J Depósitos de baixo risco Depósitos sem risco de incêndio Edificações que armazenam, exclusivamente, tijolos,
expressivo pedras, areias, cimentos, metais e outros materiais
incombustíveis.
141
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
Dimensão P (área de pavimento < 750 m2) Q (área de pavimento > 750 m2)
Altura K L M N O K L M N O
Ocupação
No No Esc. No Esc. No sc. No Esc. No No Esc. No Esc. No Esc. No Esc.
Gr Div
A A-1 1 1 NE 1 NE - - - - 1 1 NE 1 NE - - - -
A-2* 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 PF 1 1 NE 2* NE 2* EP 2* PF
A-3 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 1 1 NE 2 NE 2 EP 2 PF
B B-1 1 1 NE 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
B-2 1 1 EP** 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 2 PF
C C-1 1 1 NE 1 NE 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
C-2 1 1 NE 1 NE 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
C-3 1 1 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 3 PF 4 PF
D - 1 1 NE 1 EP** 1 PF 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
E E-1 1 1 NE 1 NE 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
E-2 1 1 NE 1 NE 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
E-3 1 1 NE 1 NE 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
E-4 1 1 NE 1 NE 1 PF 3 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
E-5 1 1 NE 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
E-6 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
F F-1 1 1 NE 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 2 PF
F-2 1 1 NE 1 EP** 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
F-3 2 2 NE 2 NE 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
F-4 + + + + + + + + + + + + + + + + + +
F-5 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 3 PF
F-6 2 2 EP** 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 2 PF
F-7 2 2 NE 2 EP - - - - 3 3 NE 3 EP - - - -
F-8 1 1 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 2 PF
142
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
Dimensão P (área de pavimento < 750 m2) Q (área de pavimento > 750 m2)
Altura K L M N O K L M N O
Ocupação N o
N o
Esc. N o
Esc. N o
Esc. N o
Esc. N o
N o
Esc. N o
Esc. N o
Esc. No Esc.
Gr Div
G G-1 1 1 NE 1 NE 1 NE 1 EP 2 2 NE 2 NE 2 NE 2 EP
G-2 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 EP 2 2 NE 2 NE 2 EP 2 PF
G-3 1 1 NE 1 EP** 1 PF 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
G-4 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
G-5 1 1 NE 1 NE - - - - 2 2 NE 2 EP - - - -
H H-1 1 1 NE 1 NE - - - - 2 2 NE 2 NE - - - -
H-2 1 1 NE 1 EP 1 PF 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
H-3 2 2 EP 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 3 PF
H-4 + + + + + + + + + + + + + + + + + +
H-5 + + + + + + + + + + + + + + + + + +
I I-1 2 2 NE 2 NE 2 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
I-2 2 2 NE 2 PF*** 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 PF 2 PF 2 PF
I-3 2 2 NE 2 PF 2 PF 3 PF 2 2 EP 2 PF 3 PF 3 PF
J - 1 1 NE 1 NE 1 NE 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
Fonte: NBR 9077
Legenda:
Capacidade da unidade de
Ocupação
passagem
População ( 1 )
Acessos e Escadas ( 2 )
Grupo Divisão Portas
descargas e rampas
A-1 e A-2 2 pessoas por dormitório ( 3 )
A A-3 2 pessoas por dormitório e 1 pessoa por 4 m2
60 45 100
de área de alojamento ( 4 )
B - 1 pessoa por 15 m2 de área ( 5 e 7 )
C - 1 pessoa por 3,00 m2 de área ( 5 e 10 )
D - 1 pessoa por 7,00 m2 100 60 100
E-1, E-2, E-3 e E-4 1 pessoa por 1,5 m de área
2 (6)
E
E-5, E-6 1 pessoa por 1,5 m2 de área ( 6 ) 30 22 30
143
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
Capacidade da unidade de
Ocupação
passagem
População ( 1 )
Acessos e Escadas ( 2 )
Grupo Divisão Portas
descargas e rampas
F-1 1 pessoa por 3,00 m2 de área
F-2, F-5, F-8 1 pessoa por m2 de área ( 5 e 7 )
F 100 75 100
F-3, F-6, F-7 2 pessoas por m2 de área ( 7 )
F-4 + (9)
G-1, G-2 e G-3 1 pessoa por 40 vagas de veículo
G 100 60 100
G-4 e G-5 1 pessoa por 20 m2 de área ( 5 )
H-1 1 pessoa por 7 m2 de área ( 5 ) 60 45 100
H-2 2 pessoas por dormitório e 1 pessoa por 4
(3)
m2 de área de alojamento ( 5 )
H 30 22 30
H-3 1,5 pessoa por leito + 1 pessoa por 7,00 m2
de área de ambulatório ( 8 )
H-4 e H-5 + (9) 60 45 100
I - 1 pessoa por 10,00 m2 de área
100 60 100
J - 1 pessoa por 30,00 m2 de área ( 10 )
1 – Os parâmetros dados neste quadro são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população. Em projetos específicos, devem ser cotejados com os
obtidos em função da localização de assentos, máquinas, arquibancadas e outros, e adotados os mais exigentes, para maior segurança.
2 – As capacidades das unidades de passagem (ver nota 3.54) em escadas e rampas estendem-se por lanços retos e saída descendente. Nos demais
casos, devem sofrer redução, como abaixo especificado. Estas percentagens de redução são cumulativas, quando for o caso:
c) lanços ascendentes de escada com degraus até 17,5 cm de altura: redução de 15%;
e) rampas ascendentes, declividade até 10%: redução de 1% por grau percentual de inclinação (1% a 10%);
3 – Em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório; em apartamentos maiores, as salas de costura, gabinetes
e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregadas) são consideradas como tais. Em apartamentos
mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para cada 6 m2 de área de pavimento.
5 – Por “área” entende-se a “área de pavimento” que abriga a população em foco, conforme 3.7; quando discriminado o tipo de área (p. ex.: “área de
alojamento”), é a área útil interna da dependência em questão.
6 – Auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos grupos de ocupação
F-2, F-6 e outros, conforme o caso.
7 – As cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, 1 pessoa por 7 m2 de área.
8 – Em hospitais e clínicas com internamento (H-3) que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito a área de pavimento
correspondente ao ambulatório, na base de 1 pessoa por 7 m2.
9 – O símbolo “+” indica a necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta Norma).
10 – A parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C.
Fonte: NBR 9077
144
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
Tipo de edificação Grupo e divisão de Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos
ocupação
Saída única Mais de 1 saída Saída única Mais de 1
saída
X Qualquer 10 m 20 m 25 m 35 m
Y Qualquer 20 m 30 m 35 m 45 m
C, D, E, F, G-3, G-4,
30 m 40 m 45 m 55 m
Z G-5, H, I
A, B, G-1, G-2, J 40 m 50 m 55 m 65 m
Fonte: NBR 9077
Exemplo:
Solução:
145
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
Basta cruzar os dados para obter uma escada enclausurada do tipo prova de fumaça.
N=P/C
N=72/60= 1,2 = 2 UP, na qual, C = 60 foi obtido do quadro 21 e N foi arredondado para
2UP (duas unidades de passagem), que é o mínimo permitido nesse caso. Lembrando que
2UP = 1,10m.
146
CAPÍTULO 2
Plano de prevenção contra incêndio e
pânico – PPCI
Conceito
Definimos o PPCI como sendo um documento que descreve de forma minuciosa, procedimentos
para combate a princípio de incêndio e abandono dos ocupantes da edificação (população fixa e
flutuante).
O PPCI deve atender aos aspectos de organização, priorização e segurança, objetivando a manutenção
da integridade física dos ocupantes no trajeto a locais seguros, contendo ainda informações sobre
os aspectos estruturais, arquitetônicos, dispositivos de segurança, bem como, o número efetivo de
ocupantes.
»» Ocorrência de incêndio.
»» Óbitos.
»» Pânico.
»» Propagação do incêndio.
»» Perdas materiais.
»» Apresentação da edificação:
147
UNIDADE IV │ SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3
›› Levantar quais são os meios de evacuação existentes, tais como: escadas, rampas,
elevadores de emergência. Outro fator importante é identificar se há inspeções
periódicas para garantir a funcionalidade deles. A alteração de lay-out quando
feita de forma unilateral pode levar à descontinuidade de acessos a escadas de
emergência.
»» Treinamento da brigada:
»» Procedimentos de evacuação:
148
SISTEMAS DE PROTEÇÃO – PARTE 3 │ UNIDADE IV
»» Procedimentos de combate:
»» Simulados:
Faz-se necessário a consulta aos Corpos de Bombeiros estaduais para certificar quais são as
exigências a serem cumpridas para elaboração dos PPCI.
149
Para (não) Finalizar
A realidade brasileira, na quase totalidade de seus municípios, demonstra que a Segurança Contra
Incêndio é muito incipiente no Brasil.
Para se alterar este cenário, é necessário um grande “mutirão” de todos os envolvidos neste setor:
projetistas, empresários, órgãos de fiscalização, fabricantes, usuários e universidades.
Não há uma “fórmula de bolo” a ser copiada em todos os municípios, nem em todas as edificações,
as soluções devem ser específicas e, para tanto, deve se iniciar com (I) uma maior e melhor formação
técnica de profissionais na área, que possam desenvolver novas soluções a partir de novos arranjos
tecnológicos, (II) um programa de educação da população como um todo, de forma a inserir as
ações preventivas na vivência cidadã, e (III) uma normatização e fiscalização locais mais eficazes.
O engenheiro de segurança do trabalho pode e deve atuar no setor como protagonista neste
processo em todas as suas etapas: (I) elaboração de planos, programas e projetos específicos, (II)
instalação dos equipamentos de prevenção e combate, (III) manutenção dos equipamentos, (IV)
formação e capacitação da mão de obra na área, e (V) gestão e auditoria de programas e projetos
específicos da área.
150
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios. ABNT*.
____NBR 13714 - Instalações hidráulicas contra incêndio, sob comando, por hidrantes e
mangotinhos. ABNT.
____NBR 13.434 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Formas dimensões e cores.
ABNT.
BRASIL, Corpo de Bombeiros. Manual Básico. Rio de Janeiro. Corpo de Bombeiros do Estado do
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1996.
151
REFERÊNCIAS
MAPFRE. Manual de Proteción Contra Incendios. 16a edição, Editora MAPFRE, Madrid –
Espanha.
PEREIRA, A. G. Segurança Contra Incêndio. Ed. EMTS Seguros Editora. São Paulo – SP
SEITO. A I. et al. Segurança Contra Incêndio no Brasil. Ed. Projeto Editora. São Paulo
– SP.
*Obs: Existem outras normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que não foram
citadas anteriormente, elas estão contidas no compêndio de normas do CB-24 (Comitê Brasileiro
de Segurança Contra Incêndio). A aquisição das normas, bem como outras informações, podem ser
conseguidas por meio dos representantes da ABNT em cada estado ou pelo site da ABNT <www.
abnt.org.br>.
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