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Autor:
Ricardo Torques
Aula 09 - Extra
8 de Abril de 2020
Sumário
1 - Introdução ................................................................................................................................................. 3
2.6 - Prevenção......................................................................................................................................... 10
Resumo .............................................................................................................................................................. 37
Gabarito ........................................................................................................................................................... 67
RECURSOS ELEITORAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje iremos tratar de um assunto que tem sido bastante cobrado nos concursos mais recentes:
os Recursos Eleitorais!
Boa aula.
RECURSOS ELEITORAIS
1 - Introdução
Os recursos constituem forma de irresignação da parte em relação à decisão judicial. Desse modo, o
interessado pugna por nova análise dos autos e por nova decisão a respeito dos pedidos impugnados. Antes
de analisarmos as hipóteses de cabimento e o procedimento dos recursos eleitorais, veremos alguns
aspectos gerais aplicáveis aos recursos.
Na legislação eleitoral, a disciplina legislativa do assunto é concentrada no Código Eleitoral, que disciplina a
matéria entre os arts. 257 e 282.
2 - Regras Gerais
As regras gerais referentes aos recursos são tratadas entre os arts. 257 e 264, do CE.
Esta aula destina-se ao estudo dos recursos eleitorais. Recurso, dessa forma, diferencia-se de impugnação.
Recurso é o meio processual que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público
e de um terceiro para viabilizar, dentro da mesma relação processual, a anulação, a
reforma, a integração ou o esclarecimento da decisão judicial impugnada (...).
Entretanto, vemos ao longo da legislação eleitoral inúmeras referências à “impugnação” contra os atos
praticados pelos órgãos eleitorais.
Embora o recurso seja uma forma de oposição, ele é o instrumento processual de impugnação.
De forma geral, a impugnação, que poderá ser verbal ou escrita, constitui pressuposto ou ato preparatório
ao recurso. Por exemplo, no dia das eleições, os delegados de partido político poderão impugnar alguma
decisão adotada pela Junta Eleitoral. Essa impugnação deverá ser operada imediatamente de forma oral ou
escrita. Posteriormente, no prazo de três dias, o instrumento de impugnação – no caso, o recurso – será
apresentado ao TRE para reanálise.
Portanto...
1
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres, Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., Rio de Janeiro: 2014, p.
727.
2
BARREIROS NETO, Jaime. Direito Eleitoral, coleção sinopses, 2ª edição, rev., ampl. e atual., 5ª edição, Bahia: Editora
JusPodvim, 2015, p. 390.
2.2 - Princípios
Os recursos são informados por uma série de princípios. Tendo em vista que é matéria não legislativa, cada
legislador estabelece um conjunto de princípios próprios, com algumas variações. Para fins de prova,
contudo, possui relevância conhecer apenas os princípios mais relevantes.
O princípio da proibição da reforma para pior (ou reformatio in pejus) informa que, da
decisão do recurso, não é admissível piorar a situação do recorrente, exceto se for matéria
de ordem pública, a qual pode ser conhecida de ofício.
Vamos em frente!
Em razão do princípio da taxatividade dos recursos e dada a natureza das matérias eleitorais – que
demandam decisão célere – entende-se que vigora, no Direito Eleitoral, o princípio da irrecorribilidade das
decisões eleitorais.
Trouxemos esse princípio em destaque ante a sua importância para o nosso estudo. As hipóteses de recursos
são excepcionais e, como vimos acima, somente poderão ser interpostos conforme a estrita previsão em
lei.
Estuda-se em Direito Processual vários efeitos conferidos aos recursos. Dois deles, contudo, são os mais
relevantes e os que possuem importância para a nossa prova.
O efeito devolutivo está presente em todos os recursos e significa a devolução da matéria recorrida ao órgão
jurisdicional superior para reanálise. Por exemplo, em determinado processo são formulados três pedidos –
Pedido A, Pedido B e Pedido C – dos quais apenas o primeiro foi deferido pelo Juiz.
A parte poderá recorrer para requerer (leia-se devolver) a matéria constante do Pedido B e do Pedido C para
nova análise.
Já o pedido suspensivo se reporta aos efeitos da sentença recorrida. Questiona-se se a decisão recorrida
poderá ser aplicada desde logo, ou se é necessário aguardar a decisão dos recursos para que possa produzir
efeitos.
Todos os recursos possuem efeito devolutivo. Já em relação ao efeito suspensivo, o Código Eleitoral é claro
em estabelecer que os recursos “não terão efeito suspensivo”.
Há, contudo, exceções. O § 2º, do art. 257, com redação dada pela Lei nº 13.165/2015, estabelece que o
recurso ordinário terá efeito suspensivo.
Assim...
perda de mandato
eletivo
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por
Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo.
O §3º prevê que, no julgamento dos feitos, o Tribunal dará preferência ao julgamento de recursos, exceto os
processos de habeas corpus e de mandado de segurança.
Para finalizar, vejamos o §1º, que prevê a regra da imediaticidade de execução dos acórdãos.
O CE dispõe que, quando não houver previsão legal relativa ao prazo para interposição do recurso, deve-se
apresentá-lo em três dias.
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em
TRÊS DIAS da publicação do ato, resolução ou despacho.
Se o recurso não for apresentado no prazo, consuma-se a prerrogativa da parte em recorrer da decisão
proferida. Opera-se, portanto, a preclusão. A preclusão tem por finalidade conferir segurança jurídica às
relações. Se a parte está inconformada com a decisão, deverá recorrer no prazo de três dias. Após esse prazo,
não mais poderá fazê-lo, por razões de segurança jurídica. Se não houvesse o instituto da preclusão, nunca
saberíamos com segurança e tranquilidade, por exemplo, quando determinada sentença poderia ser
recorrida ou modificada.
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, SALVO quando neste se
discutir matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser
interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se
apresentar poderá ser interposto.
Da leitura do dispositivo acima, devemos concluir que os recursos que envolvam matéria constitucional não
estão sujeitos à prescrição, contudo, somente poderão ser alegados no momento processual oportuno.
Contudo, a parte não poderá – a qualquer tempo e da forma como quiser – alegar matérias constitucionais
descumpridas. A legislação estabelece ritos processuais, com a sucessão de atos que devem ser praticados
para que as partes possam apresentar suas alegações e defenderem-se.
Assim, a matéria constitucional somente poderá ser alegada quando houver a possibilidade de apresentar
nova ação, representação ou recurso. Esse dispositivo é utilizado, por exemplo, para fundamentar a
impossibilidade de apresentação da AIRC – Ação de Impugnação a Registro de Candidatura - após o prazo de
cinco dias da diplomação. A doutrina e jurisprudência defendem que, se envolver uma hipótese de
inelegibilidade ou de ausência de condição de elegibilidade prevista constitucionalmente, a parte interessada
somente poderá rediscuti-la no RCED – Recurso contra Expedição do Diploma.
Antes de seguirmos, vejamos, ainda, o art. 264, do CE, que, seguindo a regra geral, trata do recurso dos atos,
das resoluções e dos despachos do Presidente no prazo de três dias
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (TRÊS)
DIAS, recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos Presidentes.
Sigamos!
(FCC/TRE-SE - 2015) No que se refere aos recursos eleitorais, sempre que a lei não fixar prazo especial, o
recurso deverá ser interposto no prazo, contado da publicação do ato, resolução ou despacho, de
(A) 10 dias.
(B) 3 dias.
(C) 15 dias.
(D) 8 dias.
(E) 5 dias.
Comentários
Essa questão é para ninguém zerar a prova. Dispõe o CE que, quando não houver previsão legal relativa ao
prazo para interposição do recurso, deve-se apresentá-lo em três dias.
“Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em TRÊS DIAS da
publicação do ato, resolução ou despacho”.
Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
2.6 - Prevenção
A prevenção tem por objetivo harmonizar os pronunciamentos judiciais, bem como conferir maior eficiência
ao Poder Judiciário, fazendo com que a análise de uma determinada situação seja feita, ou relatada, por um
único magistrado.
Nesse contexto, o CE prevê que a distribuição do recurso no Tribunal gera a prevenção por município ou
por Estado.
É a regra que consta no art. 260, do CE. Assim, se determinado membro do TSE receber recurso de origem
do Estado do Paraná, será responsável, durante o período eleitoral, por todos os recursos daquela
circunscrição.
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal
Superior prevenirá a competência do Relator para todos os demais casos do mesmo
Município ou Estado.
O Código Eleitoral estabelece que os recursos apresentados contra os atos referentes ao processo eleitoral
são parciais. Entende-se que as eleições possuem uma unidade relativa, uma vez que representam uma
disputa entre partidos e candidatos, com vistas à eleição de cargos político-eletivos.
O resultado pretendido com as eleições é um só: a eleição dos representantes do Poder Executivo e do Poder
Legislativo para o ano seguinte. Assim, entende-se que todos os recursos referentes ao processo eleitoral
são parciais e a decisão final deve culminar com o final do processo eleitoral e com a posse dos eleitos.
Dessa forma, a Justiça Eleitoral precisa ter o domínio da situação, com decisões uniformes e conduzidas para
o desfecho até o início do ano seguinte. Com tal intuito, o art. 261, do Código Eleitoral, prevê:
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem os que versarem matéria
referente ao registro de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso de
eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de eleições estaduais ou federais,
serão julgados à medida que derem entrada nas respectivas Secretarias.
Prevê o dispositivo acima que, quando envolver recursos referentes ao mesmo Município ou ao mesmo
Estado, destinado ao mesmo órgão judicial para análise dos recursos, esses recursos “parciais” devem ser
analisados todos seguidamente.
A finalidade principal da reunião dos diversos recursos apresentados é conferir uma decisão, única e
coerente entre elas, que envolve as eleições para a mesma circunscrição eleitoral.
Está prevista, inclusive, a possibilidade de notificação única dos envolvidos nos diversos recursos
apresentados.
O art. 262 foi analisado na parte referente ao recurso contra a expedição do diploma (RCED) e o art. 263 é
inconstitucional. Desse modo, nenhum dos dois será citado.
Das decisões da Junta Eleitoral na condução do processo no dia das eleições cabe o denominado recurso
parcial relativo a determinado ato específico praticado durante o processo de apuração das eleições.
Os fiscais, os delegados de partidos e os candidatos podem reclamar perante a Junta Eleitoral. Essas
reclamações serão decididas originariamente pela Junta Eleitoral. Da decisão, caberá o recurso parcial
impugnável de forma imediata, porém, com a possibilidade de fundamentação do recurso no prazo de 48
horas.
Aqui fica bem clara a distinção inicial que fizemos entre impugnação e recurso...
INSTRUMENTO
PROCESSUAL RECURSAL
FUNDAMENTAÇÃO NO
DECISÃO DA IMPUGNAÇÃO PRAZO DE 48 HORAS
IMPUGNAÇÃO IMEDIATA
Além do recurso parcial é possível, ainda, o recurso inominado, previsto no art. 265, do CE, interposto de
forma escrita ou verbal, contra atos, resoluções ou despachos das Juntas Eleitorais.
RECURSOS CONTRA AS
DECISÕES DOS JUÍZES apelação criminal eleitoral
ELEITORAIS
A apelação é o recurso utilizado para recorrer das decisões de primeira instância dos Juízes Eleitorais em
matéria não criminal. O rito da apelação civil é estabelecido nos arts. 266 e 267, do Código Eleitoral, que
passamos a estudar.
Notem que não há referência ao prazo. Inicialmente, portanto, devemos saber que esse recurso se subsume
à regra geral. Assim, as decisões dos Juízes serão impugnáveis no prazo de três dias.
Art. 266. O recurso independerá de termo e será interposto por petição devidamente
fundamentada, dirigida ao Juiz Eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de
novos documentos.
Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação, fraude, uso de meios de que trata o
art. 237 ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedada por lei,
dependentes de prova a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe-á indicar os meios a elas
conducentes.
O RECURSO DEVERÁ...
Recebida a petição inicial, o Juiz determinará diretamente a intimação da outra parte para que apresente as
contrarrazões ao recurso de apelação. Juntamente com as contrarrazões, a parte poderá trazer novos
documentos, como prevê o art. 267, do CE:
Art. 267. Recebida a petição, mandará o Juiz intimar o recorrido para ciência do recurso,
abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua
interposição, oferecer razões, acompanhadas ou não de novos documentos.
§ 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer no prazo de 3 (três) dias, a
intimação se fará pessoalmente ou na forma prevista no parágrafo seguinte.
§ 3º Nas Zonas em que se fizer intimação pessoal, se não for encontrado o recorrido dentro
de 48 (quarenta e oito) horas, a intimação se fará por edital afixado no foro, no local de
costume.
Os §§ acima tratam da intimação do recorrido. Em regra, a intimação será feita por intermédio de diário,
onde houver, ou pessoalmente. Caso não seja encontrado o recorrido, será possível a intimação fictícia por
edital.
Com a apresentação das contrarrazões, devemos verificar se há, junto com as razões, a juntada de novos
documentos. Se houver documentos novos, o Juiz deverá intimar a parte recorrente, em nome do princípio
do contraditório e da ampla defesa, para se manifestar no prazo de 48 horas. Vejamos:
§ 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o recorrente vista dos autos por 48
(quarenta e oito) horas para falar sobre os mesmos, contado o prazo na forma deste artigo.
Após todo o trâmite de contrarrazões e da vista dos documentos, o Juiz Eleitoral deverá proceder à
reconsideração da decisão recorrida, se entender necessário. Caso contrário, deverá encaminhar o processo
para o TRE respectivo para processamento do recurso. É o que está estabelecido nos §§ 6º e §7º, do art. 267:
É importante registrar que, embora haja discussão da doutrina quanto à possibilidade de juízo de
admissibilidade pelo Juiz Eleitoral, não há previsão específica dentro do Código Eleitoral.
Recebido o recurso, em regra, o Juiz que proferiu a decisão recorrida (juízo a quo) fará análise dos requisitos
necessários para que se possa, legitimamente, apreciar o mérito do recurso apresentado. Por exemplo, se o
recurso está fundamentado, se foi observado o prazo etc.
Essa análise afere se não existem questões prejudicais ou preliminares que impeçam o julgamento do mérito
do recurso. A doutrina, em grande parte, defende que o Juiz poderá fazer a admissibilidade do recurso,
contudo, não há previsão expressa no Código Eleitoral a respeito, logo, não deverá ser cobrado em provas
objetivas. De toda forma, em uma questão mais aprofundada vocês devem lembrar que o Juiz Eleitoral fará
a análise dos requisitos de admissibilidade do recurso de apelação antes de remeter ao TRE.
Outra espécie de recurso é a apelação em matéria criminal, cuja disciplina consta do art. 362, do Código
Eleitoral.
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal
Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
Aqui temos a primeira hipótese de recurso que, quanto ao prazo, foge à regra.
Portanto...
Diferentemente do que vimos acima, em relação ao recurso de apelação criminal eleitoral temos apenas dois
pequenos artigos disciplinando o recurso.
Vejamos:
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem
conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á,
como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
O primeiro dispositivo trata da imediata baixa dos autos para a execução da decisão penal, se condenatória,
para que seja iniciada em, no máximo, 5 dias.
O segundo dispositivo trata da aplicação do CPP, ante a ausência de normas específicas a disciplinarem o rito
da apelação criminal. Dessa forma, serão observadas as regras prescritas no CPP quanto ao processamento
do recurso de apelação criminal.
O recurso inominado eleitoral constitui espécie recursal que tem por finalidade rebater a decisão dos Juízes
Eleitorais quanto a questões administrativas.
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos Juízes ou Juntas Eleitorais caberá recurso
para o Tribunal Regional.
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão processados na forma
estabelecida pelos arts. 169 e seguintes.
Sem necessidade de maior aprofundamento, devemos saber que esse recurso é cabível de decisão que
defere ou que indefere inscrição eleitoral, recursos contra indeferimento de transferência de inscrição,
impugnações contra atos e resoluções expedidas pelos Juízes, entre outras hipóteses.
Finalizamos, assim, a parte dos recursos contra as decisões dos Juízes Eleitorais.
recurso agravo de
embargos de recurso agravo
recurso parcial especial instrumento
declaração ordinário regimental
eleitoral eleitoral
Antes de analisarmos cada uma dessas espécies, vamos ler o art. 121, §4º, da CF, que prevê as hipóteses de
cabimento do recurso contra as decisões do TRE. Trata-se de um dispositivo genérico que será explicitado
nos tópicos abaixo. Contudo, é fundamental, para fins de prova, conhecer a literalidade desse dispositivo,
em caso de cobrança literal no certame.
§ 4º Das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente caberá recurso quando:
Vamos lá!
O recurso parcial, no âmbito do TRE, é cabível das decisões relativas às impugnações proferidas pelo TRE
atinentes às eleições estaduais/gerais. O procedimento é o mesmo adotado em relação ao recurso parcial
nas Juntas e nos Juízos Eleitorais.
Portanto...
Governador e vice-
Governador
É CABÍVEL O RECURSO
Senador da República e
PARCIAL NAS ELEIÇÕES
Deputados Federais
PARA
Deputados Estaduais
O recurso de embargos possui algumas peculiaridades que são interessantes. A primeira delas é o fato de
que, ao contrário da regra, os embargos de declaração são opostos para a mesma autoridade que proferiu a
decisão.
Assim, no âmbito do TRE, é cabível embargos de declaração contra acórdãos do TRE para o próprio TRE. É
justamente em razão disso que se fala que os embargos de declaração não são interpostos, mas opostos.
Além disso, é fundamental que você saiba que o dispositivo do Código Eleitoral que trata sobre o assunto foi
reformulado pela Lei nº 13.105/2015, conhecido como o Novo Código de Processo Civil.
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código de
Processo Civil.
§ 4o Nos tribunais:
II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em pauta;
Primeiramente, devemos saber que os embargos de declaração podem ser opostos no prazo de 3 dias.
Para além disso, temos algumas regras importantes, que constituem inovações frente ao NCPC:
1ª modificação: as hipóteses de cabimento são remetidas ao NCPC. Contudo, as situações que ensejam o
recurso – previstas no art. 1.022, do NCPC – continuam as mesmas.
Assim...
2ª modificação: ao contrário do que tínhamos anteriormente, o art. 275, do CE, prevê o recurso de embargos
tanto na primeira quanto na segunda instância. Antes, o regramento se dava apenas em relação ao TRE,
muito embora já aplicássemos as regras dos embargos para as decisões do Juiz Eleitoral.
➢ É cabível embargos de declaração das sentenças dos Juízes Eleitorais, que terão prazo de 5 dias para
proferir decisão, a contar da oposição do recurso;
➢ É cabível embargos de declaração contra os acórdãos dos TREs, que devem ser apresentados
diretamente para julgamento na sessão seguinte. Caso não sejam julgados na sessão seguinte à
oposição, o relator do processo deverá incluir o processo em pauta para julgamento. Além disso,
prevê o Código Eleitoral que, se o entendimento do relator não prevalecer quanto ao recurso de
embargos de declaração, outro relator será designado para redação do acórdão.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
3ª modificação: o legislador corrigiu o erro de redação em relação à interrupção do prazo par interposição
de outros recursos.
Essa é a regra. Por exemplo, do acórdão, a parte poderá opor, primeiramente, os embargos de declaração.
Após a decisão dos embargos, o prazo para a interposição de recursos será restituído à parte. Notem que é
hipótese de interrupção dos prazos para os demais recursos, e não suspensão. Em face disso, a integralidade
do prazo será restituída à parte.
Se essa situação for identificada na prática, a parte sofrerá penalidade com multa de até 2 salários mínimos,
salvo quando reincidente, hipótese em que a multa será de até 10 salários mínimos.
Vejamos, ainda, uma questão que trata de assunto abordado nesse tópico.
(FCC - 2013) Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais cabem embargos de declaração quando
a) denegarem habeas corpus.
b) forem proferidas contra expressa disposição de lei.
c) ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais.
d) denegarem mandado de segurança.
e) houver no acórdão obscuridade, dúvida ou contradição.
Comentários
O art. 275, do CE, fala que será cabível embargos de declaração nas hipóteses previstas no CPC.
“Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código de Processo Civil”.
Já de acordo com o NCPC, em seu art. 1.022, cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial
para esclarecer obscuridade ou eliminar contradição.
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de
ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou
em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão”.
Vamos em frente!
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes
em que cabe recurso para o Tribunal Superior: (...)
II – ordinário:
Esse recurso deverá ser interposto no prazo de três dias, a contar da publicação do acórdão do TRE.
O art. 277, do Código Eleitoral, declina que, apresentado o recurso ordinário, será dada vista à parte contrária
para contrarrazões no prazo de três dias. Com a juntada das razões, o relator deverá remeter os autos ao
TSE. Notem que não há referência expressa quanto ao juízo de admissibilidade no recurso ordinário.
Art. 277. Interposto recurso ordinário contra decisão do Tribunal Regional, o Presidente
poderá, na própria petição, mandar abrir vista ao recorrido para que, no mesmo prazo,
ofereça as suas razões.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes
em que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I – especial:
Com a apresentação do recurso especial, a Secretaria do Tribunal fará a juntada da petição aos autos do
processo no prazo de 48 horas. Na sequência, em 24 horas, o processo será remetido ao Presidente do TRE
que, no prazo de 48 horas, fará o juízo de admissibilidade do recurso especial.
Somente se recebido o recurso haverá intimação do recorrido para contrarrazões no prazo de três dias. Com
a juntada das contrarrazões, os autos serão remetidos ao TSE.
Vejamos:
Art. 278. Interposto recurso especial contra decisão do Tribunal Regional, a petição será
juntada nas 48 (QUARENTA E OITO) HORAS seguintes e os autos conclusos ao Presidente
dentro de 24 (VINTE E QUATRO) HORAS.
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido para que, no mesmo
prazo, apresente as suas razões.
(CESPE - 2015) Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, julgue os item que se segue,
acerca do processo eleitoral, da composição dos tribunais regionais eleitorais e de cabimento recursal.
Ainda que decisão que verse sobre processo eleitoral do cargo de governador de estado proferida pelo
tribunal regional eleitoral ofenda diretamente a Constituição Federal, não cabe recurso extraordinário para
o Supremo Tribunal Federal dessa decisão.
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 276, I “a”, do CE, se a decisão do
Tribunal Regional Eleitoral violar diretamente a Constituição Federal, será cabível recurso especial para o
Tribunal Superior Eleitoral.
“Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso
para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei”;
Sigamos!
O agravo de instrumento também é uma espécie recursal que se destina ao TSE. Ele tem por finalidade
deslocar a análise da admissibilidade do recurso especial para o TSE. Lembram do que vimos em relação às
decisões do Juízes Eleitorais, acerca do Juízo de Admissibilidade? Aqui, ao contrário, temos expressa previsão
no Código Eleitoral.
Vimos que, no recurso especial, haverá prazo de 48 horas conferido ao Presidente do TRE/SE para que faça
a análise de admissibilidade. Caso seja positiva a admissibilidade, ele remeterá os autos ao TSE.
E se for negativa?
Em tal situação, a parte poderá apresentar o agravo de instrumento no prazo de três dias com a finalidade
de deslocar a análise da admissibilidade para o TSE.
Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente poderá interpor, dentro em 3 (TRÊS)
DIAS, agravo de instrumento.
O §1º arrola as informações que devem constar do agravo. E o §2º, as peças que, obrigatoriamente, devem
ser juntadas com o recurso.
Assim...
Pergunta-se...
Trata-se de um agravo de instrumento, ou seja, o processo não irá para o tribunal com a interposição do
agravo. Forma-se um instrumento (um processo apartado), que deverá ter as peças obrigatórias acima, para
que os autos possam ser analisados pelo TSE.
§ 6º Se o agravo de instrumento não for conhecido, porque interposto fora do prazo legal,
o Tribunal Superior imporá ao recorrente multa correspondente ao valor do maior salário
mínimo vigente no País, multa essa que será inscrita e cobrada na forma prevista no art.
367.
Tal como os demais recursos, haverá a intimação da parte que terá o prazo de 3 dias para apresentar
contrarrazões e, em seguida, os autos são remetidos ao TSE.
O agravo regimental é uma espécie de recurso dirigido ao plenário contra despachos de decisões
interlocutórias do Presidente ou do relator dos recursos.
O recurso será cabível no prazo de três dias contra atos, resoluções ou despachos proferidos pelo Presidente
do TRE para que a matéria seja analisada pelo respectivo Tribunal na composição plena.
Para finalizar o tópico, vamos analisar objetivamente os arts. 268 a 273, do Código Eleitoral, que tratam dos
procedimentos de trâmite dos processos dentro do TRE.
Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou nenhum documento poderá
ser oferecido por qualquer das partes, salvo o disposto no art. 270.
Art. 270. Se o recurso versar sobre coação, fraude, uso de meios de que trata o art. 237, ou
emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei dependente
de prova indicada pelas partes ao interpô-lo ou ao impugná-lo, o Relator no Tribunal
Regional deferi-la-á em vinte e quatro horas da conclusão, realizando-se ela no prazo
improrrogável de cinco dias.
O processo deverá ser distribuído no prazo de 24 horas. Na sequência, antes de remetê-lo ao relator para
análise, enviará o processo ao Ministério Público para parecer no prazo de cinco dias. Decorrido o prazo, se
o Ministério Público não houver se manifestado, a parte poderá pedir para que seja incluído o processo em
sessão de julgamento. Em tais casos, o parecer do MP será oral.
O art. 270, por sua vez, traz algumas regras específicas para os processos que versem sobre:
coação
fraude
Em tais casos, se houver a necessidade de produção de provas, o relator tem o prazo de 24 horas para deferir
a realização da prova, que deverá ser realizada no prazo improrrogável de 5 dias.
Além disso, dos §§ acima citados interessa destacar especificamente o §2º, que trata do agravo ao Tribunal
para deferir a prova, caso seja indeferida pelo Juiz do TRE, relator do processo.
No caso de deferimento das provas requeridas pela parte e com a juntada dos documentos aos autos, será
dado vista às partes pelo prazo sucessivo de 24 horas. Assim, primeiramente, deverá se manifestar quem
recorreu (recorrente) e, em seguida, aquele contra quem foi recorrido.
De fato, são diversas regras procedimentais, com vários detalhes. Acredita-se que o examinador não se
aprofundará, em detalhes, acerca da temática. De toda forma, é fundamental ter uma ideia geral da
estruturação do processo a fim de evitar surpresas no dia do concurso.
APRESENTADO O RECURSO
distribuídos em 24 horas
encaminhado ao MP para parecer em 5 dias (se permanecer inerte, fará parecer oral)
conclusão ao relator
Vamos em frente!
Na linha do tempo que desenvolvemos acima, paramos na conclusão ao relator. Pois bem, o art. 271 dá
seguimento ao trâmite do recurso. Vejamos:
§ 2º As pautas serão organizadas com um número de processos que possam ser realmente
julgados, obedecendo-se rigorosamente à ordem da devolução dos mesmos à Secretaria
pelo Relator, ou revisor, nos recursos contra a expedição de diploma, ressalvadas as
preferências determinadas pelo Regimento do Tribunal.
Além disso, há uma regra específica que trata do recurso contra expedição de diploma (RCED). No RCED,
após a análise do processo pelo relator, ao invés de incluí-lo em pauta, os autos serão remetidos ao revisor.
O art. 272 trata da sustentação oral. Em regra, cada parte terá o tempo de 10 minutos para defesa oral. Após
a manifestação das partes, confere-se a palavra ao Procurador-Regional Eleitoral. Entretanto, existem
situações específicas em que o período de sustentação oral será dilatado.
Vejamos:
Art. 272. Na sessão do julgamento, uma vez feito o relatório pelo Relator, cada uma das
partes poderá, no prazo improrrogável de DEZ MINUTOS, sustentar oralmente as suas
conclusões.
regra 10 minutos
SUSTENTAÇÃO
ORAL
em recurso contra
expedição de 20 minutos
diplomas
Art. 274. O acórdão, devidamente assinado, será publicado, valendo como tal a inserção
da sua conclusão no órgão oficial.
§ 1º Se o órgão oficial não publicar o acórdão no prazo de 3 (três) dias, as partes serão
intimadas pessoalmente e, se não forem encontradas no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, a intimação se fará por edital afixado no Tribunal, no local de costume.
REDAÇÃO DO ACÓRDÃO
Em regra, a redação do acórdão será feita pelo relator do processo. Existe uma situação, entretanto, em que
a redação do acórdão competirá a outro Juiz do TRE: quando o relator for vencido. Em ambos os casos, o
prazo para redação é de cinco dias.
Assim:
PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO
Se não publicado o acórdão no prazo de três dias, as partes devem ser intimadas no prazo de 48 horas para
a ciência da redação do acórdão, momento em que se iniciará o prazo para os recursos.
Como o art. 276 já foi mencionado acima, encerramos o conteúdo referente às decisões do TRE.
4 - Recursos no TSE
Se inadmitido o recurso, caberá agravo de instrumento. Se admitido, a parte recorrente terá prazo de três
dias para apresentar as razões recursais. Em seguida, mesmo prazo será concedido à parte contrária para
apresentar contrarrazões.
Após o recebimento das razões e das contrarrazões, o recurso será encaminhado ao STF.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: de acordo com a CF, no art. 121, §3º, é cabível o recurso extraordinário de
decisão do TSE contrária à Constituição.
Pessoal...
Para finalizar, atenção! O art. 281, do CE, fala que a decisão que contrariar a CF é passível de recurso
ordinário para o STF. Já a CF fala que essa decisão impõe recurso extraordinário para o STF.
Dada a contradição quanto à espécie de recurso, você deve lembrar que a CF prevalece sobre o CE, de modo
que a espécie recursal correta é o recurso extraordinário!
De toda forma, o processamento desse recurso extraordinário observa regras específicas do CE, tais como o
prazo de 3 dias para recurso.
AGRAVO REGIMENTAL: cabíveis das decisões proferidas no âmbito do TSE contra decisões tomadas pelo
Presidente, que será julgado pelo Pleno.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: cabíveis contra decisões do TSE quando houver, no acórdão, obscuridade,
dúvida, contradição ou omissão acerca de questão sobre a qual o Órgão deveria ter se pronunciado.
Art. 280. Aplicam-se ao Tribunal Superior as disposições dos arts. 268, 269, 270, 271
(caput), 272, 273, 274 e 275.
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, SALVO as que declararem a
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de habeas
corpus ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo
Tribunal Federal, interposto no PRAZO DE 3 (TRÊS) DIAS.
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido para que, dentro de 3
(TRÊS) DIAS, apresente as suas razões.
Art. 282. Denegado o recurso, o recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo
de instrumento, observado o disposto no art. 279 e seus parágrafos, aplicada a multa a
que se refere o § 6º pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por
Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo.
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em
TRÊS DIAS da publicação do ato, resolução ou despacho.
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, SALVO quando neste se
discutir matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser
interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se
apresentar poderá ser interposto.
art. 121, §4º, da CF: hipótese de cabimento de recursos das decisões do TRE
§ 4º Das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente caberá recurso quando:
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código de
Processo Civil.
§ 4o Nos tribunais:
II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em pauta;
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes
em que cabe recurso para o Tribunal Superior: (...)
II – ordinário:
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes
em que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I – especial:
RESUMO
Regras Gerais
RECURSOS versus IMPUGNAÇÃO → a impugnação constitui oposição a qual se revela formalmente por intermédio
de um instrumento processual denominado de recurso.
princípio da taxatividade
princípio da fungibilidade
• Cabimento
o do Juiz Eleitoral para o TRE
o do TRE para o TSE
• nas hipóteses de:
o cassação de registro
o afastamento do titular
o perda de mandato eletivo
Espécies de Recursos
O RECURSO DEVERÁ...
Governador e vice-Governador
Deputados Estaduais
EMBARGOS DE DECLARÇÃO
dirigidos diretamente ao relator, que inserirá o processo para julgamento na sessão seguinte
NÃO INTERROMPE O PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DOS DEMAIS RECURSOS SE OS EMBARGOS FOREM →
manifestamente protelatório.
decisões que versarem sobre inelegibilidades ou expedição de diplomas nas eleições estaduais/gerais
decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos nas eleições estaduais/gerais
decisões que denegam habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção
AGRAVO DE INSTRUMENTO
PRAZO: 3 dias
PETIÇÃO
PEÇAS OBRIGATÓRIAS
AGRAVO REGIMENTAL
PRAZO: 3 dias
APRESENTADO O RECURSO
distribuídos em 24 horas
encaminhado ao MP para parecer em 5 dias (se permanecer inerte, fará parecer oral)
se requerida prova (para os processos de coação, fraude, abuso de poder econômico ou de autoridade, captação
ilícita de sufrágio) o relator deverá in/deferir no prazo de 24 horas
conclusão ao relator
SUSTENTAÇÃO ORAL
regra: 10 minutos
Recursos TSE
RECURSO ORDINÁRIO: as decisões do TSE são, em regra, irrecorríveis, exceto se:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: de acordo com a CF, no art. 121, §3º, é cabível o recurso extraordinário de decisão do
TSE contrária à Constituição.
PRAZO: 3 dias
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais uma aula.
Até lá!
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com
www.fb.com.br/eleitoralparaconcurso
QUESTÕES COMENTADAS
CESPE
Comentários
Em Direito Eleitoral, a regra geral é a de que os recursos não terão efeito suspensivo, o que podemos
depreender do art. 257, caput, do CE:
Contudo, é preciso que destaquemos duas exceções a essa regra: (i) a do art. 257, § 2º, do CE, e (ii) a do art.
364, do CE, c/c o art. 597, do CPP. Vejamos:
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem
conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á,
como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo (...)
Diante da exceção, portanto, do art. 364, do CE, c/c o art. 597, do CPP, devemos marcar a alternativa B como
correta, sendo ela o gabarito da questão.
A alternativa A está incorreta, uma vez que, como vimos, nem sempre a apelação será recebida
exclusivamente no seu efeito devolutivo.
A alternativa C está incorreta. Caso o réu esteja preso preventivamente e sobrevenha sentença absolutória,
ele deverá ser posto, em regra, em liberdade. Nesse contexto, atribuir efeito suspensivo à sentença
absolutória teria como efeito manter o réu preso, o que pode até acontecer, em determinadas
circunstâncias, mas não “deverá” acontecer, como afirma a questão.
A alternativa D está incorreta, uma vez que o recurso, nesse caso, é direcionado diretamente ao órgão
jurisdicional ad quem (art. 362, do CE). Confiram:
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal
Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
E a alternativa E está incorreta, uma vez que, como exposto acima (art. 362, CE) o prazo em questão será 10
(dez) dias.
2. (CESPE/TRE-TO - 2017) A respeito das previsões contidas nas leis eleitorais, que visam garantir a
celeridade específica do direito eleitoral, assinale a opção correta.
a) Os processos eleitorais têm prioridade de tramitação, com preferência sobre habeas corpus e mandados
de segurança originários da justiça comum.
b) São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salvo as que contrariem a Constituição
Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
c) O prazo para a interposição de recursos eleitorais é de três dias, exclusivamente com efeito devolutivo, e
inexiste a abertura de prazo para a apresentação de contrarrazões a eles.
d) Não há a garantia de vitaliciedade aos juízes dos tribunais eleitorais, que servirão por dois anos, no
máximo, e nunca por mais de uma investidura.
e) É de dois anos o prazo para o trâmite de processo eleitoral que possa resultar em perda de mandato.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Ainda que os processos eleitorais tenham prioridade de tramitação, este
privilégio não é assegurado com relação aos processos de habeas corpus e mandado de segurança. Vejamos
o que dispõe o art. 94, da Lei nº 9.504/97:
Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias após a
realização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação do Ministério
Público e dos Juízes de todas as Justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e
mandado de segurança.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §3º, do art. 121, da CF:
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta
Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
A alternativa C está incorreta. Embora a regra geral seja de que os recursos eleitorais não tenham efeito
suspensivo, tal efeito poderá, nas situações previstas em lei, incidir sobre os recursos.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 121, da CF/88, os juízes dos tribunais eleitorais
poderão servir por até dois biênios consecutivos, e não apenas por uma investidura.
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo,
e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião
e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
A alternativa E está incorreta. O prazo em questão é de 1 ano, e não 2 anos, conforme prevê o art. 97-A, da
Lei nº 9.504/97:
Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5o da Constituição Federal, considera-se duração
razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1
(um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral.
3. (CESPE/TRE-PE - 2017) Caberá recurso das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente
quando estas
a) divergirem da interpretação de lei de um tribunal eleitoral e de um tribunal regional federal.
b) versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais, estaduais ou municipais.
c) versarem sobre inelegibilidade nas eleições federais ou estaduais.
d) determinarem a concessão de habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de
injunção.
e) determinarem a anulação de diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais, estaduais
ou municipais.
Comentários
A questão cobra o conhecimento das hipóteses de cabimento dos recursos das decisões do TRE para o TSE.
Como sabemos, a previsão das regras relativas ao duplo grau de jurisdição é delineada na Constituição. Para
responder à questão, devemos conhecer o art. 121, §4º, da CF:
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
Diante disso,
a alternativa A está incorreta, pois a divergência de interpretação sujeita a recurso é aquela que
envolver apenas tribunais eleitorais, caso contrário, a matéria será decidida perante o STJ.
a alternativa B está incorreta, pois as eleições municipais não estão incluídas no inc. III.
a alternativa C é a correta e gabarito da questão em face do que prevê o inc. III, acima citado.
a alternativa D está incorreta, pois apenas as decisões denegatórias são passíveis de recurso,
segundo o que prevê o inc. V, não se aplicando às decisões concessivas das ações constitucionais
citadas.
alternativa E está incorreta, pois não inclui as ações relativas à perda de diploma municipais, pois
são irrecorríveis ao TSE.
Comentários
Temos aqui uma ótima questão de Direito Eleitoral, que envolve vários assuntos relativos ao tema. Note que
todas as alternativas encontram fundamento no Código Eleitoral.
A alternativa A está incorreta, pois o “prazo regra” é de três dias. Veja que a alternativa generalizou, não
especificando qual recurso, portanto, devemos considerar o prazo padrão que é de 3 dias. Veja o art. 258,
do Código Eleitoral:
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três
dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
A alternativa B também está correta e de acordo com o art. 275, do Código Eleitoral. A alternativa trata
corretamente do prazo dos embargos que é de 3 dias. Aqui devemos ter atenção porque o art. 275, do CE,
foi alterado com a publicação do Novo Código de Processo Civil. O NCPC prevê, no art. 1.022, o seguinte:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou
a requerimento;
III - corrigir erro material.
Antes, as hipóteses acima estavam arroladas expressamente no art. 275, do CE. Com o NCPC, o CE foi
alterado para fazer referência ao art. 1.022, do NCPC, com as mesmas hipóteses de cabimento dos embargos
de declaração.
A alternativa C está incorreta, pois o RCED é cabível não apenas em razão de ausência das condições de
elegibilidade. O art. 262, do CE, prevê que o RCED é expressamente cabível nos casos de inelegibilidade
superveniente ou de natureza constitucional, para além da ausência das condições de elegibilidade.
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
A alternativa D está incorreta, pois a propaganda eleitoral é de responsabilidade dos partidos e candidatos.
Eventuais responsabilizações implicam a responsabilidade solidária entre ambos, não havendo se falar em
responsabilidade exclusiva do partido político como afirmou a questão.
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e
por eles paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos
e adeptos.
Para finalizar, a alternativa E está igualmente incorreta. Justamente ao contrário do afirmado, o art. 257, do
CE, determina que “os recursos eleitorais NÃO têm efeito suspensivo”.
Quanto à execução, de fato, ela será imediata e com a utilização de ofício, telegrama ou, excepcionalmente
e a critério do Presidente do Tribunal, por outros meios.
5. (CESPE/TJ-DFT - 2016) A respeito do direito processual eleitoral, das ações eleitorais e dos
respectivos recursos, assinale a opção correta.
a) O ajuizamento de ação eleitoral para punir a doação acima do limite legal deve ocorrer até cento e vinte
dias a partir da eleição, sob pena de prescrição.
b) A LC que regulamenta a perda de cargo para os casos de troca de partido sem justa causa não se aplica às
eleições majoritárias e a defesa de mérito pode apontar motivos diversos daqueles exemplificativamente
estabelecidos na legislação de regência.
c) Dentre as hipóteses de cabimento do recurso inominado, previstas no Código Eleitoral, tendo por
destinatário o TRE, não se inserem os atos e as resoluções emanadas dos juízes e das juntas eleitorais em
primeiro grau de jurisdição.
d) É cabível recurso extraordinário de decisão do TRE proferida contra disposição expressa da CF.
e) O tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e
presunções e da prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou
alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O prazo mencionado é de 180 dias, sob pena de decadência, e não de
prescrição.
A alternativa B está incorreta. Não se trata de Lei Complementar, mas sim da lei nº 13.165/15 que modificou
a lei dos partidos políticos no que concerne a perda do mandato por justa causa.
A alternativa C está incorreta. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá
recurso para o tribunal regional. Vejamos o art. 265, do CE.
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá recurso
para o Tribunal Regional.
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão processados na forma
estabelecida pelos artigos. 169 e seguintes.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 276, do CE, das decisões do TRE são cabíveis os recursos
especial e ordinário.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em
que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais.
II - ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o parágrafo único, do art. 7º, da LC
nº 64/90.
Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ou ao Relator,
no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal.
Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da prova,
atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados
pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento.
6. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue os próximos itens, a respeito dos recursos eleitorais.
Contra decisão do TSE que declare inválida lei federal cabe recurso ordinário para o STF, no prazo de dez dias
contados da sua publicação.
Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com entendimento sumulado do STF, o prazo para interpor o recurso
ordinário é de três dias.
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que declararem a
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas
corpus"ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo
Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias.
7. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue os próximos itens, a respeito dos recursos eleitorais
Os prazos para a interposição de recurso especial e ordinário, nos processos da justiça eleitoral, são de três
dias e de cinco dias, respectivamente.
Comentários
Está incorreta a assertiva, uma vez que, em ambos os casos, o prazo será de três dias.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em
que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais.
II - ordinário:
a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
Comentários
O erro da questão está no prazo! O prazo para agravo de instrumento é de 3 dias, e não de 5, como
mencionado na questão.
Art. 282. Denegado recurso, o recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo
de instrumento, observado o disposto no Art. 279 e seus parágrafos, aplicada a multa a que
se refere o § 6º pelo Supremo Tribunal Federal.
9. (CESPE/TRE-RS - 2015) Ainda a respeito do processo brasileiro de eleição, julgue o item abaixo.
Nesse sentido, considere que a sigla TSE, sempre que utilizada, se refere ao Tribunal Superior Eleitoral.
É competência dos tribunais regionais julgar recursos contra quaisquer demandas de suas circunscrições,
sendo suas decisões terminativas, salvo no caso de eleições presidenciais, em que se pode recorrer ao TSE.
Comentários
Quanto a questão usar expressões como “quaisquer” você deve ficar atento. Trata-se de uma generalização,
que é difícil de ocorrer na prática. Na parte de princípio estuda-se que um dos princípios orientadores do
Direito Eleitoral é o princípio da irrecorribilidade das questões. Em razão disso, o recurso é a exceção e
somente poderá ser manejado – do TRE para o TSE – nas hipóteses do art. 276, do CE.
Além disso, não é o fato de envolver eleições presidenciais que permitirá o recurso do TRE para o TSE, como
tenta fazer a questão.
10. (CESPE/MPE-RR - 2015) Acerca da impugnação do mandado eletivo após a proclamação dos
resultados e a respeito dos recursos eleitorais, assinale a opção correta.
a) Das decisões dos juízes eleitorais cabe recurso à junta eleitoral.
b) Proclamado o resultado pela justiça eleitoral, o candidato tem direito subjetivo à posse, e a sua eleição
não mais pode ser impugnada.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 265, do CE, das decisões dos juízes eleitorais cabe recurso
para o Tribunal Regional.
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá recurso
para o Tribunal Regional.
A alternativa B está incorreta. Como sabemos, o mandato eletivo pode ser cassado. Assim, a posse não
protege o detentor do mandato eletivo de sofrer as consequências de seus atos irregulares.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 257, os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 259, são preclusivos os prazos para interposição de recurso,
salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se
discutir matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser
interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar
poderá ser interposto.
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade.
11. (CESPE/TJ-DFT - 2014) Considerando o entendimento jurisprudencial do STF e do TSE acerca de
crimes eleitorais, ação rescisória em matéria eleitoral, recursos da decisão de registro de candidatura e
condutas vedadas aos agentes públicos, assinale a opção correta.
a) O crime de corrupção eleitoral, previsto no Código Eleitoral consuma-se com a mera promessa, doação ou
oferecimento de bem, dinheiro ou qualquer outra vantagem, dispensado o dolo específico de obtenção de
votos.
b) No âmbito da justiça eleitoral, a ação rescisória deve ser proposta no prazo de cento e oitenta dias da
decisão irrecorrível, prestando-se, também, para desconstituir decisão de desaprovação de contas de
campanha.
c) De acordo com o STF, o MP Eleitoral tem legitimidade para recorrer de decisão que tenha deferido registro
de candidatura, ainda que não apresente prévia impugnação ao pedido inicial a esse registro, por ser matéria
de ordem pública.
d) Consoante entendimento do TSE, a tipificação do crime de difamação eleitoral, previsto no Código
Eleitoral, apenas ocorrerá se a ofensa for praticada especificamente contra candidatos durante a propaganda
eleitoral.
e) Considera-se conduta vedada aos agentes públicos em campanha a utilização gratuita de prédios públicos
para a realização das convenções para a escolha de candidatos.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O crime de corrupção está previsto no artigo 299, do CE:
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro,
dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer
abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 22, I, alínea “j”, no âmbito da justiça eleitoral a ação
rescisória deve ser proposta no prazo de cento e vinte dias da decisão irrecorrível.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nesse caso, o fundamento da legitimidade recursal
não está no fato de que o MP é parte, mas fiscal da ordem jurídica.
A alternativa D está incorreta. Conforme entendimento do TSE, não é necessário que o agente, ou o
ofendido, seja candidato.
A alternativa E está incorreta. Segundo o §2º, do art. 8º, da Lei nº 9.504/97, os partidos políticos poderão
usar, gratuitamente, prédios públicos para a realização das convenções de escolha de candidatos.
Outras Bancas
12. (Instituto Legatus/Câmara Municipal de Bertolínia-PI - 2016) Da decisão que julga o pedido de
registro de candidatura cabe recurso no prazo de:
a) 10 (dez) dias.
b) 24 (vinte e quatro) horas.
c) 48 (quarenta e outo) horas.
d) 3 (três) dias.
e) 5 (cinco) dias.
Comentários
De acordo com o art. 258, do CE, sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto
em três dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
A Lei nº 9.504/97 não prevê prazo específico para a interposição de recurso contra a decisão que julga pedido
de registro de candidatura. Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
13. (FAPEC/MPE-MS - 2015) É correto afirmar que os recursos eleitorais, segundo o Código Eleitoral:
a) Possuem efeito suspensivo.
b) Possuem efeitos devolutivo e suspensivo.
c) Não possuem efeitos devolutivo, nem suspensivo, porque ocorre a preclusão do prazo recursal, em regra,
em dois dias.
d) Não possuem efeito suspensivo.
e) Os recursos parciais entre os quais não se incluam os que versam sobre matéria referente aos registros de
candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais Eleitorais e para o Tribunal Superior Eleitoral não
produzem efeitos, se ocorrida a diplomação dos candidatos eleitos, ainda que houver recurso pendente de
decisão em outra instância.
Comentários
Em regra, os recursos eleitorais não possuem efeito suspensivo. Porém, o recurso ordinário interposto contra
decisão proferida por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral que resulte cassação de registro,
afastamento do titular, ou perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito
suspensivo.
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por
Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito
suspensivo.
14. (CS-UFG/AL-GO - 2015) Quanto aos recursos em matéria eleitoral, pode-se afirmar que
a) o preparo recursal e o recolhimento de guias de porte de remessa e retorno nos recursos eleitorais,
inclusive naqueles destinados ao TSE e ao STF, são desnecessários.
b) o acórdão de Tribunal Regional Eleitoral pode ser impugnado por meio de Recurso Extraordinário para o
Supremo Tribunal Federal, desde que nele se discuta matéria constitucional.
c) os Tribunais de Justiça e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm competência para rever as decisões do
Tribunal Regional Eleitoral ou do Tribunal Superior Eleitoral, exceto as que discutem matéria constitucional.
d) o partido político, candidato ou coligação, o eleitor e o Ministério Público Eleitoral são legitimados para a
propositura de recurso contra a diplomação.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. No processo eleitoral, por falta de previsão legal, não
são devidas custas judiciais e também não cabe condenação em honorários advocatícios.
A alternativa B está incorreta. Os recursos cabíveis contra decisões proferidas pelos TREs são o Recurso
Parcial, Embargos de Declaração, Recurso Ordinário, Recurso Especial Eleitoral, Agravo de Instrumento
Eleitoral e Agravo Regimental. Portanto, o acórdão de Tribunal Regional Eleitoral não pode ser impugnado
por meio de Recurso Extraordinário.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 281, do CE, são irrecorríveis as decisões do Tribunal
Superior, salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as
denegatórias de "habeas corpus" ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o
Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 dias.
A alternativa D está incorreta. Segundo o TSE, somente tem legitimidade candidatos que possam ser
diretamente beneficiados com o RCED. Ademais, a coligação partidária tem legitimidade concorrente.
15. (PGR/PGR - 2015) O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROPÔS AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL
ELEITORAL EM QUE IMPUTOU PRÁTICA DE ABUSO DE PODER ECONÔMICO A CANDIDATO A DEPUTADO
FEDERAL, NAS ELEIÇÕES DE 2014. JULGADO IMPROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA INICIAL,
a) caberá recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, porque não houve cassação do registro ou do
diploma; negado seguimento ao recurso, caberá agravo para o Tribunal Superior Eleitoral;
b) Cabe recurso ordinário, mas o presidente do tribunal de origem deverá exercer o juízo de admissibilidade,
caso em que, negado seguimento ao recurso, caberá agravo para o Tribunal Superior Eleitoral;
c) Cabe recurso ordinário, mas o presidente do tribunal de origem deverá encaminhar diretamente o recurso
ao Tribunal Superior Eleitoral, sem exercer juízo de admissibilidade;
d) nenhuma das respostas anteriores.
Comentários
Além disso, de acordo com o art. 121, §4º, III e IV, da CF/88, nas eleições federais é cabível recurso ordinário
para o Tribunal Superior Eleitoral em causa de inelegibilidade, anulação e perda de diploma ou mandato
eletivo federal.
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
16. (FEPESE/MPE-SC - 2014) Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou
Errado.
O artigo 265 do Código Eleitoral (Lei n. 4.737/65), prevê hipótese de recurso inominado, de competência do
Tribunal Regional Eleitoral, quando se tratar de matéria civil, contra atos, resoluções ou despachos dos juízes
ou juntas eleitorais.
Comentários
Está correta a assertiva, pois o art. 265 prevê uma hipótese de recurso inominado para o TRE. Vejamos o
dispositivo:
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá recurso
para o Tribunal Regional.
17. (MPE-MA - 2014) Julgue o item seguinte:
Caberá recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral das decisões de Tribunal Regional Eleitoral que
decretarem a perda de mandatos eletivos federais, estaduais ou municipais;
Comentários
A assertiva está incorreta, pois o julgamento relativo ao diploma de mandatos eletivos municipais é do Juiz
Eleitoral, e não do TRE, como afirma o item.
Comentários
Tranquila a questão. Está correta a assertiva, nos termos do art. 41-A, §4º, da Lei das Eleições:
§ 4º O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três)
dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
19. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
Os recursos eleitorais terão efeito suspensivo.
Comentários
Está incorreta a assertiva, pois os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo, como se extrai do art. 257,
do CE:
Comentários
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser
interposto em 3 dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
21. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, mediante comunicação por ofício, telegrama ou,
em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, por meio de cópia do acórdão.
Comentários
Comentários
Está incorreta a assertiva. Conforme o art. 259, § único, o recurso deverá ser apresentado quando houver
fase processual adequada e não a qualquer tempo. O que não ocorre é a preclusão da matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser
interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar
poderá ser interposto.
23. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
Em qualquer caso, cabe recurso contra expedição de diploma.
Comentários
Está incorreta a assertiva, pois o RCED é limitado às hipóteses previstas no art. 262, caput:
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade.
24. (MPE-PR - 2013) Quanto à matéria eleitoral, assinale a alternativa incorreta:
a) Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em cinco dias da publicação do
ato, resolução ou despacho;
b) Por disposição expressa de lei, os recursos eleitorais não têm efeito suspensivo;
c) Cabe recurso contra a expedição de diploma no caso de inelegibilidade superveniente ou de natureza
constitucional e de falta de condição de elegibilidade;
d) Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá recurso ao Tribunal Regional
Eleitoral;
e) O recurso contra a expedição de diploma deve ser interposto no prazo de três dias.
Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão, pois, de acordo com o art. 258, do CE, o prazo é de
3 dias.
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três
dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
A alternativa C está correta, conforme nova redação dada pela Lei nº 12.891, no art. 262.
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade.
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juizes ou juntas eleitorais caberá recurso
para o Tribunal Regional.
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão processados na forma
estabelecida pelos artigos. 169 e seguintes.
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (três)
dias, recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.
25. (OFFICIUM/TJ-RS - 2012) Considere as assertivas abaixo sobre recursos no âmbito do Direito
Eleitoral.
I - Cabe ao juiz eleitoral, ao receber o recurso, fixar os efeitos em que o recebe.
II - Dos atos, resoluções e despachos dos juízes eleitorais cabe agravo de instrumento.
III - Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto no prazo de 3 (três) dias
contados da publicação do ato, resolução ou despacho.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
Comentários
O item I está incorreto, pois, conforme vimos no art. 257, citado acima, o juiz não modula os efeitos da
decisão, uma vez que o efeito suspensivo é, em regra, proibido.
26. (IESES/TRE-MA - 2015) Em relação ao Recurso Contra Expedição de Diploma assinale a alternativa
correta:
a) O recurso contra expedição de diploma tem natureza jurídica recursal, somente sendo cabível após a
propositura da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo ou da Ação de Impugnação de Registro de
Candidatura.
b) O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de
natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade.
c) Conforme posição da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal o Recurso Contra Expedição de Diploma
não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, sendo impossível a propositura de tal ação.
d) Caberá propor Recurso contra Expedição de Diploma com pedido de nulidade da eleição em que o
candidato impugnado tenha participado, sendo que uma das consequências da procedência da desta ação é
a convocação de nova eleição.
Comentários
A alternativa A está totalmente incorreta. Embora haja certa divergência quanto à natureza jurídica do RCED,
não existe a condição de procedibilidade trazida pela alternativa.
O RCED será apresentado no prazo de três dias, a contar da diplomação do candidato, com a finalidade de
cassar o diploma expedido pela Justiça Eleitoral. Independe, portanto, de ajuizamento prévio da AIME ou da
AIRC.
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade.
Em forma de esquema:
Inelegibilidade
superveniente
HIPÓTESES DE Inelegibilidades
CABIMENTO DA RCED constitucionais
Condições
constitucionais de
Elegibilidade
A alternativa C está incorreta, pois apenas o STF declarou a não recepção de apenas um dos incisos do art.
262. Ademais, atualmente, apenas o caput está vigente em razão da Lei nº 12.891/2013.
A alternativa D está incorreta, pois a hipótese aventada na questão é justamente uma das que foram
revogadas pela Lei nº 12.891/2013.
Comentários
A alternativa A está correta. O princípio do reformatio in pejus significa que não poderá haver reforma da
decisão em sentido que piore o que já foi decidido. Assim, havendo interposição de recurso da defesa, o juízo
ad quem não poderá agravar a situação do réu.
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (três)
dias, recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.
A alternativa C foi apontada, na época, como incorreta pela banca. Isso porque a regra era a de que os
recursos eleitorais não possuíam efeito suspensivo.
Contudo, à luz de alteração promovida pela Lei nº 13.165/2015, no §2º, do art. 257, temos:
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por
Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Assim, embora ainda esteja incorreta a alternativa pela generalização do efeito suspensivo do recurso
ordinário, entendemos que a alternativa deveria especificar a suspensividade nos recursos ordinários que
resultem cassação de registro, agastamento do titular ou perda de mandato eletivo.
Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente poderá interpor, dentro em 3 (três)
dias, agravo de instrumento.
28. (PGR/PGR - 2015) DECISÃO DE TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL QUE ANULA O PROCESSO A PARTIR
DE DETERMINADO VÍCIO CONSTATADO NA TRAMITAÇÃO DO FEITO PERANTE O JUÍZO ELEITORAL,
DETERMINANDO A BAIXA DOS AUTOS PARA CORREÇÃO E PROSSEGUIMENTO
a) admite recurso ordinário;
b) admite recurso extraordinário;
c) admite agravo;
d) não admite recurso especial;
Comentários
As hipóteses de cabimento de Recurso Especial estão determinadas no art. 276, inciso I, do CE.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em
que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais.
Além disso, o TSE firmou posicionamento expresso de que, nessa situação, não será cabível o recurso
especial.
Comentários
A questão é simples! Ela questiona qual a legislação que subsidia a AIME. Vimos que a AIME é uma ação
prevista no art. 14, §§ 10 e 11, da CF. Segundo o entendimento do TSE - atualmente, inclusive,
consubstanciado na Resolução TSE nº 23.372/2011 - deve-se observar o rito previsto na Lei de
Inelegibilidade.
Portanto, a alternativa A é a correta e gabarito da questão, pois a Lei de Inelegibilidade disciplina o rito da
AIRC, que será aplicado também à AIME.
LISTA DE QUESTÕES
CESPE
3 Ac. de 6.9.2012 no AgR-REspe nº 83371, rel. Min. Marco Aurélio; no mesmo sentido o Ac. de 7.3.2012 no AgR-AI nº 179404,
5. (CESPE/TJ-DFT - 2016) A respeito do direito processual eleitoral, das ações eleitorais e dos
respectivos recursos, assinale a opção correta.
a) O ajuizamento de ação eleitoral para punir a doação acima do limite legal deve ocorrer até cento e vinte
dias a partir da eleição, sob pena de prescrição.
b) A LC que regulamenta a perda de cargo para os casos de troca de partido sem justa causa não se aplica às
eleições majoritárias e a defesa de mérito pode apontar motivos diversos daqueles exemplificativamente
estabelecidos na legislação de regência.
c) Dentre as hipóteses de cabimento do recurso inominado, previstas no Código Eleitoral, tendo por
destinatário o TRE, não se inserem os atos e as resoluções emanadas dos juízes e das juntas eleitorais em
primeiro grau de jurisdição.
d) É cabível recurso extraordinário de decisão do TRE proferida contra disposição expressa da CF.
e) O tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e
presunções e da prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou
alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral.
6. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue os próximos itens, a respeito dos recursos eleitorais.
Contra decisão do TSE que declare inválida lei federal cabe recurso ordinário para o STF, no prazo de dez dias
contados da sua publicação.
7. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue os próximos itens, a respeito dos recursos eleitorais
Os prazos para a interposição de recurso especial e ordinário, nos processos da justiça eleitoral, são de três
dias e de cinco dias, respectivamente.
8. (CESPE/TRE-RS - 2015) Ainda a respeito do processo brasileiro de eleição, julgue o item abaixo.
Nesse sentido, considere que a sigla TSE, sempre que utilizada, se refere ao Tribunal Superior Eleitoral.
Se for indeferido o recurso especial interposto contra sentença do TSE, o recorrente poderá, no prazo de
cinco dias, impetrar agravo de instrumento ao próprio TSE, a contar da juntada da intimação das partes nos
autos, podendo o relator indeferi-lo, em decisão monocrática, se ele for proposto fora do prazo legal.
9. (CESPE/TRE-RS - 2015) Ainda a respeito do processo brasileiro de eleição, julgue o item abaixo.
Nesse sentido, considere que a sigla TSE, sempre que utilizada, se refere ao Tribunal Superior Eleitoral.
É competência dos tribunais regionais julgar recursos contra quaisquer demandas de suas circunscrições,
sendo suas decisões terminativas, salvo no caso de eleições presidenciais, em que se pode recorrer ao TSE.
10. (CESPE/MPE-RR - 2015) Acerca da impugnação do mandado eletivo após a proclamação dos
resultados e a respeito dos recursos eleitorais, assinale a opção correta.
a) Das decisões dos juízes eleitorais cabe recurso à junta eleitoral.
b) Proclamado o resultado pela justiça eleitoral, o candidato tem direito subjetivo à posse, e a sua eleição
não mais pode ser impugnada.
c) O recurso apresentado contra a diplomação do candidato eleito tem efeito suspensivo.
d) Admite-se recurso interposto fora do prazo apenas em relação a matéria constitucional.
e) Cabe recurso contra a expedição do diploma no caso de erro de fato quanto à determinação do quociente
eleitoral.
Outras Bancas
12. (Instituto Legatus/Câmara Municipal de Bertolínia-PI - 2016) Da decisão que julga o pedido de
registro de candidatura cabe recurso no prazo de:
a) 10 (dez) dias.
b) 24 (vinte e quatro) horas.
c) 48 (quarenta e outo) horas.
d) 3 (três) dias.
e) 5 (cinco) dias.
13. (FAPEC/MPE-MS - 2015) É correto afirmar que os recursos eleitorais, segundo o Código Eleitoral:
a) Possuem efeito suspensivo.
b) Possuem efeitos devolutivo e suspensivo.
c) Não possuem efeitos devolutivo, nem suspensivo, porque ocorre a preclusão do prazo recursal, em regra,
em dois dias.
d) Não possuem efeito suspensivo.
e) Os recursos parciais entre os quais não se incluam os que versam sobre matéria referente aos registros de
candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais Eleitorais e para o Tribunal Superior Eleitoral não
produzem efeitos, se ocorrida a diplomação dos candidatos eleitos, ainda que houver recurso pendente de
decisão em outra instância.
14. (CS-UFG/AL-GO - 2015) Quanto aos recursos em matéria eleitoral, pode-se afirmar que
a) o preparo recursal e o recolhimento de guias de porte de remessa e retorno nos recursos eleitorais,
inclusive naqueles destinados ao TSE e ao STF, são desnecessários.
b) o acórdão de Tribunal Regional Eleitoral pode ser impugnado por meio de Recurso Extraordinário para o
Supremo Tribunal Federal, desde que nele se discuta matéria constitucional.
c) os Tribunais de Justiça e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm competência para rever as decisões do
Tribunal Regional Eleitoral ou do Tribunal Superior Eleitoral, exceto as que discutem matéria constitucional.
d) o partido político, candidato ou coligação, o eleitor e o Ministério Público Eleitoral são legitimados para a
propositura de recurso contra a diplomação.
15. (PGR/PGR - 2015) O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROPÔS AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL
ELEITORAL EM QUE IMPUTOU PRÁTICA DE ABUSO DE PODER ECONÔMICO A CANDIDATO A DEPUTADO
FEDERAL, NAS ELEIÇÕES DE 2014. JULGADO IMPROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA INICIAL,
==170024==
a) caberá recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, porque não houve cassação do registro ou do
diploma; negado seguimento ao recurso, caberá agravo para o Tribunal Superior Eleitoral;
b) Cabe recurso ordinário, mas o presidente do tribunal de origem deverá exercer o juízo de admissibilidade,
caso em que, negado seguimento ao recurso, caberá agravo para o Tribunal Superior Eleitoral;
c) Cabe recurso ordinário, mas o presidente do tribunal de origem deverá encaminhar diretamente o recurso
ao Tribunal Superior Eleitoral, sem exercer juízo de admissibilidade;
d) nenhuma das respostas anteriores.
16. (FEPESE/MPE-SC - 2014) Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou
Errado.
O artigo 265 do Código Eleitoral (Lei n. 4.737/65), prevê hipótese de recurso inominado, de competência do
Tribunal Regional Eleitoral, quando se tratar de matéria civil, contra atos, resoluções ou despachos dos juízes
ou juntas eleitorais.
17. (MPE-MA - 2014) Julgue o item seguinte:
Caberá recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral das decisões de Tribunal Regional Eleitoral que
decretarem a perda de mandatos eletivos federais, estaduais ou municipais;
18. (MPE-MA - 2014) Julgue o item seguinte:
O prazo de recurso contra decisões proferidas nas representações por captação ilícita de sufrágio será de
três dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
19. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
Os recursos eleitorais terão efeito suspensivo.
20. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três dias da publicação do ato.
21. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, mediante comunicação por ofício, telegrama ou,
em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, por meio de cópia do acórdão.
22. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
O recurso em que se discutir matéria constitucional poderá ser interposto fora do prazo.
23. (IADES/TRE-PA - 2014) Quanto aos recursos previstos no Código Eleitoral, julgue o item seguinte.
Em qualquer caso, cabe recurso contra expedição de diploma.
24. (MPE-PR - 2013) Quanto à matéria eleitoral, assinale a alternativa incorreta:
a) Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em cinco dias da publicação do
ato, resolução ou despacho;
b) Por disposição expressa de lei, os recursos eleitorais não têm efeito suspensivo;
c) Cabe recurso contra a expedição de diploma no caso de inelegibilidade superveniente ou de natureza
constitucional e de falta de condição de elegibilidade;
d) Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais caberá recurso ao Tribunal Regional
Eleitoral;
e) O recurso contra a expedição de diploma deve ser interposto no prazo de três dias.
25. (OFFICIUM/TJ-RS - 2012) Considere as assertivas abaixo sobre recursos no âmbito do Direito
Eleitoral.
I - Cabe ao juiz eleitoral, ao receber o recurso, fixar os efeitos em que o recebe.
II - Dos atos, resoluções e despachos dos juízes eleitorais cabe agravo de instrumento.
III - Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto no prazo de 3 (três) dias
contados da publicação do ato, resolução ou despacho.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
26. (IESES/TRE-MA - 2015) Em relação ao Recurso Contra Expedição de Diploma assinale a alternativa
correta:
a) O recurso contra expedição de diploma tem natureza jurídica recursal, somente sendo cabível após a
propositura da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo ou da Ação de Impugnação de Registro de
Candidatura.
b) O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de
natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade.
c) Conforme posição da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal o Recurso Contra Expedição de Diploma
não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, sendo impossível a propositura de tal ação.
d) Caberá propor Recurso contra Expedição de Diploma com pedido de nulidade da eleição em que o
candidato impugnado tenha participado, sendo que uma das consequências da procedência da desta ação é
a convocação de nova eleição.
GABARITO
1. B 16. CORRETA
2. B 17. INCORRETA
3. C 18. CORRETA
4. B 19. INCORRETA
5. E 20. CORRETA
6. INCORRETA 21. CORRETA
7. INCORRETA 22. INCORRETA
8. INCORRETA 23. INCORRETA
9. INCORRETA 24. A
10. E 25. C
11. C 26. B
12. D 27. C
13. B 28. D
14. A 29. A
15. C