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INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT

DEPARTAMENTO DE CAPACITAÇÃO E RECURSOS


HUMANOS – DCRH
PROGRAMA DE ATENDIMENTO E APOIO AO
SURDOCEGO - PAAS

ASPECTOS
EDUCACIONAIS NA
SURDOCEGUEIRA

Prof.ª Marcia Mello


2013
AÇÕES PARA UMA VIDA INDEPENDENTE

o programa de Atividades da
Vida Diária – AVDs – O que é?
 Quais os objetivos?
 Perfil do profissional
responsável.
 Conteúdos trabalhados nas
AVDs e AVIs.
ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA NA
SURDOCEGUEIRA – O QUE SÃO?

São as atividades ligadas à rotina de qualquer


indivíduo.
Envolve procedimentos diários, aparentemente
fáceis de serem realizados, mas que precisam de
um facilitador para desencadear o processo ou
adaptar para a nova condição visual da pessoa.
Ex: escovar os dentes, lavar as mãos, etc.
ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA NA
SURDOCEGUEIRA - OBJETIVO

Atividade da Vida Diária (AVD) é uma área específica


de atendimento que, na educação, tem como objetivo
proporcionar à pessoa surdocega, condições de
formar, dentro de suas potencialidades e condições
visuais, hábitos de auto-suficiência que lhe permitam
participar ativamente do ambiente em que vive.
ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA NA
SURDOCEGUEIRA
PROFISSIONAL RESPONSÁVEL
Cabe à Terapia Ocupacional o desenvolvimento e atendimento
do programa das AVDs e AVIs seja em atendimentos de
reabilitação ou atendimentos escolares.
O Terapeuta Ocupacional na área de surdocegueira deverá,
além da graduação na área, ter domínio de formas alternativas
de comunicação para um melhor desenvolvimento do
programa.
O QUE É A TERAPIA OCUPACIONAL
De acordo com a OMS:
Terapia Ocupacional é a ciência que estuda a atividade humana e
a utiliza como recurso terapêutico para prevenir e tratar
dificuldades físicas e/ou psicossociais que interfiram no
desenvolvimento e na independência do cliente em relação às
atividades de vida diária, trabalho e lazer. É a arte e a ciência de
orientar a participação do indivíduo em atividades selecionadas
para restaurar, fortalecer e desenvolver a capacidade, facilitar a
aprendizagem daquelas habilidades e funções essenciais para a
adaptação e produtividade, diminuir ou corrigir patologias e
promover e manter a saúde.
ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA – AVDs incluem:

 atividades relacionadas a higiene pessoal,


vestuário, alimentação, organização e limpeza
do ambiente,manuseio com dinheiro, compras,
uso de medicamentos.

 atividades que buscam a


independência, autonomia e integração do surdocego na
sociedade
A profissão de Terapeuta Ocupacional foi criada pelo
decreto- Lei nº 938/69, cujo profissional
reconhecidamente de formação superior( Art 2°), integra a
categoria denominada “ Profissional de
saúde” ( Resolução CNS Nº218/97), juntamente com os
demais profissionais que compõem a equipe
multidisciplinar preconizada pelo sistema único de saúde.

fonte:http://www.apadev.org.br/pages/workshop/terOcupacional.pdf
ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

A TERAPIA OCUPACIONAL

NO PROGRAMA DE ATENDIMENTO E APOIO


AO SURDOCEGO DO IBC – PAAS

GALERIA DE FOTOS
 Vídeo: a Terapia Ocupacional no IBC –
atendimento no refeitório – M.V.

 Vídeo: How occupational therapy can help


people

LANCHE

ATIVIDADES PRÁTICAS

RELATO DAS EXPERIÊNCIAS

ALMOÇO
A FAMÍLIA
RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA

 RELAÇÕES MÃE FILHO(A)

 REQUISITOS AO
PROFISSIONAL
QUE LIDA COM A CRIANÇA
COM
DEFICIÊNCIA E A SUA
FAMÍLIA
A FAMÍLIA

 é o primeiro contexto socializador de uma pessoa,


onde se desenvolvem as primeiras relações.
interpessoais de ordem afetiva, social e física.
 é o primeiro contexto educacional das crianças onde
se dá a transmissão de normas, valores e papéis
sociais.
A FAMÍLIA

Independentemente da cultura podemos destacar como


funções básicas da família:
 função biológica: preservação da vida e perpetuação da
espécie.
 proporciona estabilidade emocional por proporcionar um
ambiente protegido que confere confiança e segurança
 cobre as primeiras necessidades básicas: alimentação,
vestuário, atendimento médico, etc.
A FAMÍLIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

 O surgimento ou a descoberta de uma deficiência na


família provoca uma série de desajustes nas relações
familiares.
Tais desajustes atingem:
 a dinâmica da família em geral
 as relações do casal
 as relações com a sociedade
FASES DA FAMÍLIA OU DA PESSOA DIANTE DA
DESCOBERTA DA DEFICIÊNCIA

 FASE DE DUELO: a descoberta da deficiência


 Descrença e busca de outros diagnósticos
 Negação do problema
 Sentimentos de culpa
 Busca de recursos médicos, assistenciais e educativos
 delegação da responsabilidade a terceiros ( profissionais)
FASES DA FAMÍLIA OU DA PESSOA DIANTE DA
DESCOBERTA DA DEFICIÊNCIA

 Aceitação progressiva da deficiência

ou

 Condutas inadequadas tais como:


superproteção, recusa de assumir as
responsabilidades com a criança,
abandono.
OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM NA
ACEITAÇÃO DA CRIANÇA OU PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

 A personalidade dos pais.


 O apoio de outros membros da família.
 O nível cultural da família
 Os recursos econômicos
 As características individuais da criança ou da pessoa com
deficiência.
ESPECIFICIDADES DO IMPACTO DA
SURDOCEGUEIRA NA FAMILIA

 No caso de surdocegueira congênita:


 em geral a descoberta é tardia, perdendo-se um tempo
importante de estimulação precoce para um melhor
desenvolvimento da criança.
 na maioria dos casos são os próprios pais com a
convivência e observação diária que percebem as
deficiências e mesmo que uma primeira deficiência (visual
ou auditiva) tenha sido detectada no nascimento é
sempre vista como uma segunda perda sensorial o
momento da descoberta da segunda deficiência.
ESPECIFICIDADES DO IMPACTO DA
SURDOCEGUEIRA NA FAMILIA

 No caso de surdocegueira adquirida:


1. o surgimento da segunda perda sensorial:
 o impacto causado pelo segundo diagnóstico
provoca na maioria das vezes um retrocesso a fases
anteriores
 são revividos sentimentos e emoções dolorosas e
que pareciam estar em processo de superação
ESPECIFICIDADES DO IMPACTO DA
SURDOCEGUEIRA NA FAMILIA

 No caso de surdocegueira adquirida:


2. casos que surgem de maneira repentina:
 as perdas surgem de forma súbita e quase que
simultânea
 o processo de perda é extremamente rápido
 é comum que a família oculte o diagnóstico para a
pessoa surdocega, o que impede a ação antecipada de
reabilitação para a nova condição sensorial.
ESPECIFICIDADES DO IMPACTO DA
SURDOCEGUEIRA NA FAMILIA
 Outros fatores que causam impacto na rotina da família:
 desconhecimento da surdocegueira
 diagnóstico completo tardio
 a forma de transmissão do diagnóstico para a família
 peregrinação de um profissional para outro
 necessidade de revisões e consultas periódicas a
especialistas
 dificuldade para realizar consultas e avaliações
médicas
REQUISITOS DO PROFISSIONAL QUE LIDA COM A
DEFICIÊNCIA E COM A FAMÍLIA
(EXTRAÍDO DE EDUCAÇÃO E ALTERIDADE, p. 49)

 Procurar ver a pessoa com deficiência dentre uma perspectiva


mais real, considerando a história de vida, as inclinações,
necessidades e expectativas particulares na totalidade do teor e
padrão de vida.
 Estar emocionalmente preparados para entrar em contato com
os pais numa batalha de angústias, rejeições, medos, culpas, etc.
versus tranquilidade, amor e esperança.
REQUISITOS DO PROFISSIONAL QUE LIDA COM A
DEFICIÊNCIA E COM A FAMÍLIA
(EXTRAÍDO DE EDUCAÇÃO E ALTERIDADE, p. 49)

 Sejam esses profissionais: médicos, psicólogos, orientadores,


educadores, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais,
assistentes sociais, psiquiatras, todos precisam estar cientes da
necessidade que têm os deficientes e suas famílias de uma
orientação eficiente e saudável, calcada na realidade.
REQUISITOS DO PROFISSIONAL QUE LIDA COM A
DEFICIÊNCIA E COM A FAMÍLIA
(EXTRAÍDO DE EDUCAÇÃO E ALTERIDADE, p. 49)

 Devem saber desenvolver nas famílias sentimentos de


competência , autoestima e autoconfiança para uma abordagem
positiva da criança com deficiência.

 Cabe aos profissionais levarem em consideração na sua relação


com a família os aspectos culturais e valores éticos próprios das
famílias confrontadas com a deficiência.
FILMES

LANCHE
A FAMÍLIA E A SOCIEDADE.

 A inter, intra e
transdisciplinaridade na
surdocegueira.

 O papel das associações


e grupos de apoio.
INTRA
INTER

MULTI

TRANS
Interdisciplinaridade
Transdisciplinaridade
Profissionais de áreas distintas
atuam dentro de sua área de Tem como objetivo a
conhecimento, mas não compreensão do mundo
necessáriamente trabalham em presente.
conjunto.

Intradisciplinaridade
Multidisciplinaridade
A relação entre uma
Especialistas trocam disciplina mãe e sua
informações, somam aplicação.
conhecimentos para atuar
de forma mais efetiva,
considerando a pessoa em
sua totalidade.
Na Surdocegueira a
atuação de uma equipe
multidisciplinar é
fundamental para um
melhor atendimento e
apoio à pessoa
surdocega levando-a a
atingir uma melhor
qualidade de vida e
desenvolvimento pleno
de suas
potencialidades.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA
SURDOCEGUEIRA
Professores
Médicos
Psicólogos
Psiquiatras
Fisioterapeutas
Fonoaudiólogos
Assistentes Sociais
Terapeutas Ocupacionais
ASSISTÊNCIA MÉDICA

O papel do médico extrapola os aspectos clínicos


A forma como a notícia é dada a família será o grande diferencial para
o desenvolvimento da criança surdocega, podendo influenciar de
forma positiva ou negativa as expectativas para o futuro por parte
dessa família.
• BENEFÍCIOS
• ENCAMINHAMENTO MÉDICO
• AUXÍLIO TRANSPORTE
• APOSENTADORIA
• APOIO JURÍDICO
• ORIENTAÇÃO À FAMÍLIA

ASSISTENTE SOCIAL
AJUDAS TÉCNICAS

Reabilitando surdocego no
laboratório de informática

Instituto Benjamin Constant


Reabilitanda surdocega
utilizando a linha braille
ASSOCIAÇÕES

Associação Brasileira de Pais e Amigos dos


Surdocegos e Múltiplos Deficientes Sensoriais –
ABRASPACEM

Integram o GRUPO BRASIL e tem como finalidade


a união de pais para que possam compartilhar
suas experiências, preocupações e conquistas
ASSOCIAÇÕES
Associação Gaúcha de Pais e Amigos dos
Surdocegos e Multideficientes - AGAPASM

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