Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APOSTILA
GESTÃO DO CRONOGRAMA
Resumo............................................................................................................... 3
1. Introdução .................................................................................................... 3
2. Sobre gerenciamento de projetos ................................................................. 4
3. Gerenciamento do cronograma do projeto .................................................. 6
3.1. Considerações ........................................................................................ 6
Resumo
Este documento apresenta os principais conceitos sobre gestão do cronograma, em especial,
do ponto de vista do PMI (Project Management Institute). Tem por objetivo capacitar os
alunos do curso de MBA em Gestão de Projetos com Modelagem para Engenharias e
Arquitetura a lidar com o gerenciamento de cronograma de forma mais eficaz e profissional
para atingir os objetivos do projeto. O cronograma é apresentado como um documento que
fornecerá o plano detalhado do escopo de trabalho do projeto, de forma clara e objetiva, com
o respectivo caminho crítico, numa sequência lógica de dependências entre as atividades, de
forma gráfica e temporal. Enquanto, os processos para o seu desenvolvimento são
conhecidos e praticados, utilizando as ferramentas e técnicas apropriadas, para garantir um
planejamento adequado e consistente para assegurar o cumprimento dos prazos. A principal
saída do processo de planejamento do cronograma é o Plano de Gestão do Cronograma, que
descreverá como a equipe do projeto irá realizar os processos de definição das atividades,
sequenciamento das atividades, estimativas das durações das atividades, desenvolvimento do
cronograma e controle do cronograma. Ao final o aluno terá uma base de conhecimento
teórico e prático, dentro de boas práticas de gerenciamento de projetos, para lidar com os
processos de gerenciamento do cronograma.
1. Introdução
Projetos são executados a todo o momento, nos mais diversos lugares do planeta, com ou sem
técnicas de gerenciamento de projetos, sejam eles simples ou complexos, demandados por
empresas ou mesmo por iniciativas pessoais visando atender um determinado objetivo.
A construção de uma casa na árvore, a reforma de sua casa, assim como o envio do homem
para a lua são considerados projetos. Projetos são partes significativas de nossas vidas.
Projetos podem durar meses ou até anos. Por sua natureza, eles são dinâmicos, tendem a
crescer, modificar e a comportarem-se de forma que não podemos prever sempre.
Consequentemente, você, como gerente de projetos, deve permanecer atento ao progresso e
mudanças dos seus projetos, ou nunca alcançará seus objetivos.
Na maioria das vezes, os projetos têm seus prazos perdidos, surpresas desagradáveis e
problemas dos mais diversos possíveis. O projeto que transcorre suavemente do início ao fim
é raro. O planejamento e uma boa comunicação podem antever muitos problemas, mas
isoladamente não garantem o sucesso do projeto. Explorar ferramentas, adquirir técnicas e
habilidades gerenciais podem ajudar o gerente de projetos ser mais eficiente e produtivo para
atingir os objetivos do projeto.
De acordo com o PMI (2017), projeto é um esforço temporário empreendido para criar um
produto, serviço ou resultado exclusivo. O termo temporário não significa necessariamente de
curta duração, mas indica um início e término definidos.
Todo projeto possui um caráter finito e delimitado no tempo, isto é, possui um início no qual
a mobilização de recursos começa a ser construída, passa por um momento de plena execução
no qual a alocação de recursos e esforços é máxima e por um final no qual os recursos são
desmobilizados do projeto.
Muitos de nós, senão todos, já coordenamos projetos ao menos uma vez. E o que foi feito para
gerenciar o projeto? É possível que o projeto seja gerenciado apenas utilizando o bom senso
ou boas práticas herdadas de colegas. Também é possível que o projeto seja gerenciado
apenas usando algumas ferramentas como o Microsoft Project, como também é possível que
ele seja gerido utilizando-se técnicas adequadas para cada uma das suas fases. Evidentemente
que o sucesso do projeto dependerá do nível de conhecimento, organização, aplicação das
ferramentas adequadas e capacidade de gerenciamento da equipe para conduzi-lo ao
cumprimento de seus objetivos.
Mas, por que gerenciar projetos? O que se ganha ao aplicar estas técnicas de gerenciamento?
Simplesmente porque aumenta significativamente a probabilidade de seu projeto atingir os
objetivos para o qual ele foi criado, ou seja, dentro do prazo estipulado, dentro do custo
esperado, dentre outros fatores.
Os grupos de processos raramente são eventos distintos ou únicos. Eles possuem atividades
sobrepostas que ocorrem em diversos níveis de intensidade durante todo o projeto. A figura 2
ilustra como os grupos de processos interagem em nível de sobreposição em momentos
diferentes dentro de um projeto. Se um projeto estiver dividido em fases, os grupos de
processos irão interagir dentro de uma fase do projeto e poderão atravessar várias fases do
projeto.
Figura 2 – Interação dos grupos de processos em um projeto ou fase (PMI, 2017- adaptado)
Além disso, o gerenciamento de projetos envolve lidar com pessoas em todo momento. A
equipe do projeto, o cliente, quem financia o projeto, fornecedores, entre outros, e isto requer
habilidades que vão além do simples uso de softwares.
3.1. Considerações
O cronograma do projeto é um importante documento que fornece o plano detalhado do
escopo de trabalho do projeto, de forma clara e objetiva, com o respectivo caminho crítico,
numa sequência lógica de dependências entre as atividades, de forma gráfica e temporal. O
cronograma é ainda uma importante ferramenta de comunicação do gerente de projeto com a
equipe, o Sponsor e outros envolvidos, em atendimento às expectativas das partes
interessadas.
As abordagens adaptativas usam ciclos curtos para realizar os trabalhos, analisar os resultados
e adaptar-se, caso necessário. O feedback, para as partes interessadas, sobre as abordagens e
adequações da entrega é rápido. Nesse sentido, para aplicação de uma abordagem adaptativa
se faz necessário o uso de metodologias ágeis.
O uso das metodologias ágeis, em especial para os projetos com requisitos em evolução, alto
risco ou incerteza significativa, em que o escopo do projeto e do produto não são entendidos
no início do projeto ou evoluem durante o projeto, apresenta enormes vantagens, como:
▪ Entregas mais rápidas: os métodos ágeis focam em entregas mais rápidas e por isso
passam menos tempo tentando definir e acordar o escopo no estágio inicial do projeto.
Assim, passam mais tempo estabelecendo o processo de descoberta e refinamento
constantes em ciclos curtos de planejamento e entrega.
▪ Processos flexíveis: nos casos em que o cliente solicite mudanças no projeto, essas
devem ser implementadas imediatamente ou adicionadas às próximas etapas de
planejamento ou execução, já que o método ágil permite contemplar mudanças, de
forma mais flexível, para se adaptar com mais facilidade às novas necessidades que
surgem.
▪ Gerenciamento de riscos: em ambientes de alta variabilidade, por definição, ocorrem
mais incertezas e riscos. Como solução, os projetos gerenciados por abordagens
adaptativas fazem uso de revisões frequentes de produtos de trabalho incremental e de
equipes multifuncionais do projeto para acelerar o compartilhamento do conhecimento
e garantir que os riscos sejam compreendidos e gerenciados durante cada iteração.
A principal ação a ser realizada neste processo é a divisão dos pacotes de trabalho em
atividades visando, principalmente, a obtenção de uma lista de atividades para estimar,
programar, executar, monitorar e controlar os trabalhos do projeto.
Já em relação aos marcos, que é um ponto ou envento significativo no projeto, a lista deve
indicar todos os marcos do projeto, sejam eles obrigatórios ou opcionais, como também os
baseados em informações históricas. Os marcos obrigatórios geralmente são aqueles exigidos
por contratos, enquanto os opcionais são oriundos de premissas. Os marcos têm duração zero.
Opnião especializada
A opinião especializada é definida como uma opinião fornecida baseada em expertise numa
área de atuação ou aplicação ou conhecimento, disciplina, setor econômico, etc, adequada a
atividade que está sendo executada. Tal expertise pode ser fornecida por uma pessoa ou grupo
de pessoas com formação, conhecimento, habilidade, treinamento especializado ou
experiência.
Durante o processo de sequênciamento das atividades, deve-se atentar para que todas as
atividades, com exceção da primeira e da última, tenham conexões com pelo menos uma
atividade predecessora e uma atividade sucessora baseadas em relacionamentos lógicos de
execução das atividades. Os relacionamentos lógicos devem ser identificados e priorizados
pela equipe do projeto para que se possa criar um cronograma realista e exequível.
O uso adequado de tempo de antecipação ou de espera pode ser requerido entre as atividades
para suportar a construção de um cronograma realista e exequível do projeto.
Também conhecido como “Atividade No Nó” (ANN), consiste em uma técnica usada para
construir o modelo do cronograma em que as atividades são representadas por nós e ligadas
graficamente por um ou mais relacionamentos lógicos para mostrar a sequência em que
atividades devem ser executadas.
▪ Término para início (TI) – uma atividade deve terminar para que a sucessora possa
começar (mais comum). Por exemplo, terminar de cavar o buraco para iniciar o plantio
da árvore.
▪ Início para início (II) – uma atividade deve começar para que a sucessora possa
começar. Por exemplo, iniciar a pesquisa para que o agrupamento dos dados possa ser
iniciado.
▪ Início para término (IT) – uma atividade deve começar para que a sucessora possa
terminar. Por exemplo, iniciar o fornecimento provisório de energia elétrica pela
concessionária local para que se possa encerrar o contrato de locação com fornecedor
do gerador de energia.
Antecipações e esperas
TI – 5 dias
(antecipação)
Já as esperas são representadas pela quantidade de tempo que uma atividade sucessora pode
ser atrasada em relação à atividade predecessora. Por exemplo, é necessário aguardar 14 dias
depois da concretagem da laje para retirar os escoramentos da laje.
TI + 14 dias
(esperas)
As informações necessárias para determinar a duração das atividades devem ser levantadas e
fornecidas pela equipe ou pessoa com conhecimento técnico suficiente quanto à execução
daquele escopo de trabalho em específico referente à atividade, para que a estimativa da
duração seja a mais precisa possível.
Em caso de dúvidas sobre quanto será necessário para executar determinada atividade ou
conjunto de atividades, algumas técnicas e ferramentas são utilizadas para auxiliar na
obtenção de estimativas mais próximas da realidade, como por exemplo: a) opinião
especializada, b) estimativa análoga, c) estimativa paramétrica, d) estimativa de três pontos, e)
estimativa bottom-up, e f) análise de reservas.
Opinião especializada
Estimativa análoga
A estimativa análoga, também conhecida como estimativa top-down, é uma técnica que usa
dados históricos de duração real de uma atividade ou projeto anterior semelhante, obtidos
através de informações históricas e/ou opinião especializada para estimar a duração requerida
para a atividade ou projeto que será executado. Ela é mais confiável quando as atividades
anteriores de referência são realmente similares às atividades sendo estimadas, e não apenas
parecem semelhantes. Geralmente, a estimativa análoga é menos dispendiosa e consome
menos tempo que outras técnicas, mas pode ser menos precisa dependendo das referências e a
complexidade do projeto.
Estimativa paramétrica
A estimativa paramétrica é uma técnica usada para calcular a duração com base em dados
históricos em relação a determinadas métricas de produção, como por exemplo, m²/dia de
assentamento de piso ou m³/h de concretagem. Nas demais condições, ela é semelhante à
estimativa análoga.
Estimativa bottom-up
Análise de Reservas
A análise de reservas é uma técnica que utiliza a análise dos dados para determinar a
quantidade de reserva de contingência e/ou gerencial, caso seja necessário para o projeto.
As estimativas de duração podem incluir o uso de reservas de tempo – chamado reservas para
contigências (tempo extra ou buffers de projetos) – para contemplar as incertezas do
cronograma quando há desconhecimento de suas reais condições ou as condições do projeto
possuem graus muito elevados de variabilidades. A reserva para contigências pode ser uma
porcentagem da duração estimada da atividade ou um número fixo de períodos de trabalho ou
pode ser desenvolvida através de estimativas pessimistas. À medida que informações mais
precisas sobre o projeto se tornam disponíveis, a reserva para contigências pode ser reduzida
ou eliminada. A contigência deve ser claramente indenficada na documentação do
cronograma.
A adoção de reserva gerencial, às vezes estimada para trabalhos imprevistos que estão dentro
do escopo do projeto, não deve fazer parte da linha de base do cronograma, salvo se houver
condições contratuais que permitem.
O cronograma será a linha de base (baseline) de prazo a ser utilizada para acompanhar o
progresso do projeto no decorrer de sua execução.
O primeiro passo para elaboração do cronograma é a utilização da lista de atividades, com sua
estimativa provável de duração, e do sequenciamento das atividades (diagrama de rede).
Outras considerações incluem: quais recursos serão utilizados e suas disponibilidades, o
calendário a ser utilizado e experiências vivenciadas em projetos similares. Além disso, o
entendimento claro do escopo e dos objetivos do projeto, as premissas e restrições que foram
consideradas quando do estabelecimento de estimativas, relações de dependências e atribuição
de recursos.
A análise de rede é uma técnica bastante abrangente que emprega várias outras técnicas, como
o método do caminho crítico, otimização de recursos e modelagens para gerar um modelo de
cronograma viável, com suas dependências lógicas, as definições de datas de início e término
de cada atividade, suas folgas e definição do prazo do projeto.
O método do caminho crítico (do inglês: Critical Path Method - CPM) foi desenvolvido pela
Du Pont de Nemours & Co., em 1957, baseado na teoria dos Grafos, para construção da nova
de produtos químicos e manutenção. O método é utilizado em conjunto com o diagrama de
redes PERT, do inglês: Program Evaluation and Review Technique (Técnica de Avaliação e
Controle de Programas), para planejamento e acompanhamento temporal de projetos,
possibilitando a construção de uma rede de atividades com suas sequências lógicas, suas
durações, suas folgas e caminhos que críticos que não permitem atrasos.
Contudo, o PMBOK, define o método do caminho crítico como uma técnica para estimar a
duração mínima do projeto e determinar o grau de flexibilidade nos caminhos lógicos da rede
dentro do modelo de cronograma, além de obter as datas de início mais cedo, término mais
cedo, início mais tarde e término mais tarde de todas as atividades, sem considerar quaisquer
limitações de recursos, numa análise dos caminhos de ida e volta da rede do cronograma.
Este método requer o entendimento de alguns conceitos básicos que estão descritos a seguir.
Rede: Mostra graficamente as relações sequenciais entre as atividades utilizando os nós para
demonstrar as atividades e as setas para definir as dependências lógicas entre elas.
Caminho crítico: O caminho com duração mais longa para percorrer um diagrama de rede e
determina o tempo mais curto para concluir o projeto, normalmente caracterizado por uma
folga total igual a zero.
Atividades críticas: Atividades que compõem o caminho crítico. Geralmente são atividades
cuja folga é zero, mas podem ter folga negativa também.
Folga: Quantidade de tempo que uma atividade pode atrasar sem comprometer a conclusão
do projeto ou que pode atrasar sem comprometer a(s) atividade(s) sucessora(s).
Folga total (FT): O tempo permitido para atraso de uma atividade sem atrasar a data de
término do projeto ou um marco intermediário. Pode ser calculada pela equação: “FT = data
de início mais tarde (IMT) – data de início mais cedo (IMC)” ou “FT = data de término mais
tarde (TMT) – data de término mais cedo (TMC)”. Veja figura 9.
Datas de início e término Mais Cedo: Encontradas a partir do cálculo das durações desde o
início até o fim do projeto, seguindo as dependências no diagrama de rede (caminho de ida
pelo diagrama de rede). Veja figura 9.
Folga livre (FL): O tempo permitido para atraso de uma atividade sem atrasar a data mais
cedo de sua(s) sucessora(s). Por exemplo, a folga livre da atividade B na figura 9 é de cinco
dias.
Otimização de recursos
A otimização de recursos consiste em ajustar as datas de início e término das atividades para
que o uso de recursos planejados seja igual ou menor do que a disponibilidade dos recursos.
Essa técnica utiliza, sem se limitar, o nivelamento de recursos e a estabilização dos recursos.
O nivelamento de recursos é uma técnica utilizada quando os recursos foram mal alocados ou
quando os recursos só estão disponíveis em determinados momentos e em quantidades
limitadas. Por exemplo, um mesmo recurso humano pode estar sendo demandado para atuar
em duas atividades simultaneamente, o que seria impossível. O nivelamento de recursos,
utilizado para solucionar a sobreposição de tarefas do recurso “superalocado”, pode ocasionar
a alteração do caminho crítico original.
Análise de dados
A análise de cenário “E-se” consiste em avaliar diversos cenários a fim de verificar seus
efeitos, sejam positivos ou negativos, nos objetivos do projeto. Ao finalizar o cronograma do
projeto é útil perguntar “E se um determinado item no projeto for alterado, isso reduziria o
prazo do projeto?”. O resultado da análise de cenário “E-se” pode ajudar a avaliar a
viabilidade do cronograma do projeto sob diferentes condições e preparar planos de respostas
aos riscos e possíveis reservas de cronogramas.
A técnica de simulação mais comum é a análise de Monte Carlo, onde os riscos e outras
fontes de incertezas são usados para calcular os resultados de cronograma possíveis para o
projeto. A simulação geralmente envolve o cálculo com várias durações para as atividades
com diferentes premissas, questões e situações de incertezas. Essa técnica é usada por
profissionais de uma grande variedade de áreas de atuação, como finanças, gerenciamento de
projetos, energia, indústrias, engenharia, pesquisa e desenvolvimento, seguros, petróleo e gás,
transportes e meio ambiente.
Uma antecipação é definida pela quantidade de tempo que uma atividade sucessora é
antecipada em relação à atividade predecessora. Já as esperas são representadas pela
quantidade de tempo que uma atividade sucessora é atrasada em relação à atividade
predecessora. Mais detalhes estão descritos no processo “Sequenciar as Atividades”.
Compressão do cronograma
Embora os cronogramas possam ser desenvolvidos com métodos manuais, existem softwares
específicos para definição de cronogramas, como por exemplo: o MS Project e o Primavera,
que podem ser utilizados em conjunto com outros softwares de gerenciamento.
A seguir são apresentadas algumas técnicas que podem ser utilizadas neste processo de
controle do cronograma.
Análise de valor agregado: Técnica para medir o desempenho do projeto em relação à linha
de base. Embora essa técnica seja tratada no gerenciamento de custos, as medições de
desempenho dos prazos são levadas em consideração para compor a técnica de análise de
valor agregado. As variações de prazos (VPR) e o índice de desempenho de prazos (IDP) são
usados para medir o desempenho em relação à linha de base do cronograma.
Análise da variação: Técnica que considera as variações nas datas de início e término
planejadas e reais, durações planejadas e reais, e variações das folgas em relação ao
cronograma original para determinar a causa e o grau de variação relativa à linha de base do
cronograma, determinar as implicações que as variações podem trazer para execução dos
trabalhos subsequentes do projeto e apontar possíveis necessidades de ações corretivas ou
preventivas visando assegurar o cumprimento dos objetivos do projeto.
Análise de dados - Técnica utilizada para organizar, avaliar e estimar dados e informações. Para a gestão do
cronograma, a análise de dados considera as técnicas: valor agregado, variação de desempenho, tendências,
cenários “E-se”.
Antecipações e esperas – Quantidade de tempo que uma atividade sucessora pode ser adiantada ou atrasada em
relação a uma atividade predecessora.
Ativos dos processos organizacionais - Planos, processos, políticas, procedimentos e bases de conhecimento
específico da organização que influenciam no gerenciamento do projeto.
Atributos das atividades – Vários atributos associados a cada atividade do cronograma que podem ser incluídos
na lista de atividades. Os atributos da atividade incluem códigos de atividades, atividades predecessoras e
sucessoras, relacionamentos lógicos, antecipações e esperas, requisitos de recursos, datas impostas, restrições e
premissas.
Atualizações em linha de base – Modificação em qualquer entegra que gera a necessidade de revisão nas linhas
de base do projeto (custo, prazo, qualidade e outras).
Bases das estimativas – Documentos de apoio em que são delineados detalhes usados no estabelecimento das
estimativas do projeto, como premissas, restições, nível de detalhe, limites e níveis de confiança.
Calendário do cronograma – Calendário que identifica os dias úteis e os turnos disponíveis para execução das
atividades agendadas.
Cronograma do projeto – Modelo de documento que demonstra a conexão de atividades com suas datas,
durações, marcos e recursos planejados.
Compressão do cronograma - Técnica que consiste em encurtar a duração do cronograma mediante a adição de
recursos, sem alterar o escopo do projeto.
Dados de desempenho do trabalho - Dados de desempenho coletados de processos de controle, analisados em
comparação com componentes do plano de gerenciamento do projeto, documentos do projeto e outras
informações de desempenho do trabalho.
Dados do cronograma – Coleção de informações usadas para descrever e controlar o cronograma.
Decomposição - Técnica usada para dividir e subdividir o escopo do projeto em partes menores e mais fáceis de
gerenciar.
Diagrama de rede do cronograma – Demonstração esquemática dos relacionamentos lógicos entre as
atividades do cronograma do projeto.
Documentos do projeto - Documentos técnicos, jurídicos, administrativos, gerencial, regulatórios e outros que
compõem o arcabouço documental para gerenciar o projeto com o sucesso. Registros de riscos, premissas, lições
aprendidas e estimativas, cronograma e calendários são considerados documentos do projeto.
Estimativa análoga – Conhecida também como estimativa top-down, é uma técnica que usa dados históricos de
duração real de uma atividade ou projeto anterior semelhante, obtidos através de informações históricas e/ou
opinião especializada para estimar a duração requerida para a atividade ou projeto que será executado.
Estimativa bottom-up - utiliza os componentes de nível mais baixo da estrutura analítica do projeto (EAP), onde
o trabalho é decomposto em partes menores e agregados nos níveis altos para compor a duração da atividade,
podendo a duração ser estimada com um grau de confiança razoável. As relações de precedências entre as
atividades de nível mais baixo, caso existam, devem ser refletidas para estimar a duração total das atividades.
Estimativas de duração – Estimativas de duração para execução das atividades.
Estimativa paramétrica - Técnica usada para calcular a duração com base em dados históricos em relação a
determinadas métricas de produção, como por exemplo, m²/dia de assentamento de piso ou m³/h de concretagem.
Nas demais condições, ela é semelhante à estimativa análoga.
Estimativa três pontos - Técnica de Revisão e Atualização de Programas (PERT), que usa três estimativas para
definir uma faixa aproximada para a duração da atividade. Nesse caso, a estimativa utiliza três cenários distintos:
o otimista (melhor caso), em que são considerados apenas eventos oportunidades; o pessimista (pior caso), em
que são considerados apenas os eventos de ameaça; e o mais provável, que considera um pouco de cada, tanto
em ameaça quanto em oportunidades.
Informações sobre o desempenho do trabalho – Informações sobre o andamento e performance do trabalho
realizado até uma determinada data de avaliação.
BARCAUI, André B. et al. Gerenciamento de tempo em projetos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
DINSMORE, Paul Campbell and CAVALIERI, Adriane. Como se Tornar um Profissional em
Gerenciamento de Projetos. Qualitymark, 2003.
KERZNER, Harold. Project Management: A Systems Approach to Planning, Scheduling, and Controlling.
11th Edition, 2013.
KRAUSE, Walther. ISO 21500 – Orientações sobre gerenciamento de projetos: diretrizes para o sucesso.
Rio de Janeiro: Brasport, 2014.
MARMEL, Elaine. Microsoft Office Project 2007 – A Bíblia. Rio de Janeiro: Editora Alta Books, 2008.
MULCAHY, Rita. Preparatório para o Exame PMP. 5ª Ed. RMC Publications, 2007.
NOCÊRA, Rosaldo de Jesus. Planejamento e controle de obras com o Microsoft Project 2007. Santo André,
SP: Ed. do Autor, 2007.
NORMAN, Eric S. Estruturas Analíticas de Projetos. A Base para a Excelência em Gerenciamento de
Projetos. São Paulo. Editora Blucher, 2009.
PMI, Project Management Institute. PMSURVEY.ORG 2013 Edition. Brasil: PMSURVEY. ORG - PMI,
2013. Disponível em: www.pmsurvey.org. Acesso em: 15 jul. 2015.
PMI, Project Management Institute (editor). A Guide to the Project Management Body of Knowledge
(PMBOK Guide – Sixth Edition) – PMI, 2017.
PMI, Project Management Institute (editor). Practice Standard for Work Breakdown Structures – Second
Edition – PMI, 2006.
PRADO, Darci. Usando o MS Project 2000 em Gerenciamento de Projetos. Belo Horizonte:
Desenvolvimento Gerencial, 2000.
SOHLER, Flavio Augusto Settimi. (Coordenador) – Gestão e Modelagem de Projetos para Engenheiros e
Arquitetos – Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2019.
SOTILLE, Mauro Afonso et al. Gerenciamento do Escopo em projetos. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 2006.
TECCRONO. Gestão Especializada em Cronograma. Disponível em: <http://www.teccrono.com.br>. Acesso
em: 15 jan. 2010.
TERRIBILI FILHO, Armando. Gerenciamento de Projetos em 7 passos: uma abordagem prática. São Paulo:
M. Books do Brasil Editora, 2011.
VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de Projetos – Estabelecendo Diferenciais Competitivos. RJ:
Brasport, 2000.
VARGAS, Ricardo Viana. Valor Agregado em Projetos. 2ª Ed. RJ: Brasport, 2003.
XAVIER, Carlos Magno da S. - Gerenciamento de Projetos – Como definir e controlar o escopo do projeto.
– 4ª ed. - São Paulo: Editora Saraiva Educação, 2018.