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CAMPINAS
2014
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
ASSINATURA DA ORIENTADORA
______________________________________
CAMPINAS
2014
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Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura
Luciana Pietrosanto Milla - CRB 8/8129
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ABSTRACT
Achieve thermal comfortable indoor environments is a key aspect to obtaining a quality building.
Sometimes, in order to achieve it, significant amount of energy in conditioning systems is
consumed. It should be emphasized that a large part of the population does not have resources
for acquisition and maintenance of these systems, being exposed to passive thermal behavior of
their buildings. Thus, it is essential to understand how and under what circumstances, occupants
of a building consider it comfortable to assess and propose solutions that generate comfort at a
lower cost. Obtaining comfort through exclusive use conditioning systems has proved an
expensive practice, leading to the introduction of natural ventilation and other passive cooling
practices. The application of these instruments has excelled recently, being referenced in
international standards. In 2004, the ASHRAE 55 Environmental Conditions for Human
Occupancy adopted a method called adaptive model analysis: an optional methodology,
proposed for evaluation on thermal performance in naturally ventilated buildings. The method
uses the operative temperature - which correlates the effects of dry bulb temperature, mean
radiant temperature and air velocity - as the main indicator of comfort. Moreover, the standard
correlates the range of comfort to the occurrence of outdoor temperatures, enabling comparison
between buildings located at different climates conditions. Under this context, this study aimed to
verify the thermal performance of a dwelling through the analysis of thermal comfort, including
aspects of use, occupancy and natural ventilation. The method comprises the computer
simulation of a 63m² single-family housing construction, using the software EnergyPlus. The
simulated model has no active conditioning system. Natural ventilation was simulated with
EnergyPlus through the algorithm AirflowNetwork, a model of ventilation network, where mass
flows through openings and loss of thermal load, due to pressure differences in building, are
estimated. The condition for opening window depends on external temperature and a setpoint
temperature, which supposes the use of natural ventilation only as daytime passive cooling tool.
The work includes the analysis of different design variables, divided into five groups, defined
from an initial base case. The analysis groups are: masonry components; roofing components;
orientation; absorptance and setpoint temperature for ventilation. For each group were
prescribed different situations, including aspects and elements of conventional housing
construction market. All cases were analyzed for the climatic conditions of Campinas - SP,
Curitiba - PR and Natal - RN for adaptive comfort model by ASHRAE 55/2013, yet compared to
results obtained by the simplified method and simulated method present in NBR15575/2013.
The results indicate the best construction practices, demonstrating substantial importance of
adaptive model to assess thermal comfort of dwellings.
Keywords: thermal Comfort, adaptive Model, free-running Building, ASHRAE 55, NBR 15.575.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................1
2 CONTEXTUALIZAÇÃO .....................................................................................................................7
2.1. Práticas da Habitação de Interesse Social ........................................................................................7
2.2. Aspectos do Conforto Térmico ...........................................................................................................9
2.2.1. Balanço Térmico do Corpo Humano ..............................................................................................9
2.2.2. Indicadores de Conforto Térmico .................................................................................................12
2.2.3. Abordagem Analítica ....................................................................................................................14
2.2.4. Abordagem Adaptativa .................................................................................................................20
2.3. Normativos de Avaliação de Desempenho e Conforto Térmico em Edificações ............................24
2.3.1. ISO 7730/2005 .............................................................................................................................25
2.3.2. ASHRAE 55/2013 .........................................................................................................................25
2.3.3. EN 15251/2007.............................................................................................................................27
2.3.4. NBR 15220/2005 ..........................................................................................................................30
2.4.1. Apresentação do Programa Energyplus ......................................................................................42
2.4.2. Simulação de Ventilação Natural .................................................................................................46
2.4.2.1. Modelos de Ventilação por Rede .............................................................................................47
2.4.2.2. Modelos de Dinâmica Computacional de Fluidos ....................................................................50
3 MÉTODO DE PESQUISA ................................................................................................................51
3.1. Aplicação do Modelo Adaptativo de Conforto ..................................................................................53
3.2. Intervalo de Conforto ........................................................................................................................53
3.2.1. Temperatura Neutra .....................................................................................................................54
3.2.2. Limites do Intervalo de Conforto ..................................................................................................54
3.2.3. Temperatura Operativa (To) .........................................................................................................55
3.2.4. Temperatura Predominante Externa (Tpe) ..................................................................................57
3.3. Indicadores de conforto – Modelo Adaptativo ..................................................................................62
3.3.1. Indicador A – Graus-hora de desconforto [Gh] ............................................................................63
3.3.2. Indicador B – Distribuição do conforto .........................................................................................64
3.3.3. Indicador C – Sobreaquecimento e Sobrearrefecimento .............................................................66
3.3.4. Indicador D – Histograma de Temperaturas ................................................................................68
3.3.5. Indicador E – Regressão Linear e Coeficiente de Determinação (R²) .........................................69
3.4. Simulações .......................................................................................................................................71
3.4.1. Parâmetros de Entrada (Inputs) ...................................................................................................71
3.4.2. Parâmetros Iniciais da Simulação ................................................................................................72
3.4.3. Geometria do Modelo e Zonas Térmicas .....................................................................................77
3.4.4. Características da Envoltória .......................................................................................................79
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3.4.5. Uso e Ocupação ...........................................................................................................................85
3.4.6. Iluminação ....................................................................................................................................86
3.4.7. Equipamentos...............................................................................................................................88
3.4.8. Ventilação .....................................................................................................................................88
3.4.9. Orientação da Edificação .............................................................................................................92
3.4.10. Localidades ..................................................................................................................................93
3.5. Casos Simulados..............................................................................................................................96
3.6. Sistematização dos dados de saída (outputs) .................................................................................98
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................................................101
4.1. Análise dos resultados para Curitiba-PR .......................................................................................102
4.1.1. Fase 1- NBR 15.575/13 – Método Simplificado .........................................................................102
4.1.1.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................102
4.1.1.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................105
4.1.2. Fase 2- NBR 15.575/13 – Método Simulado .............................................................................108
4.1.2.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................108
4.1.2.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................112
4.1.2.3. Grupo 3- Orientação ...............................................................................................................116
4.1.2.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas .........................................................117
4.1.3. Fase 3- ASHRAE55/13 – Modelo Adaptativo ............................................................................118
4.1.3.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................123
4.1.3.3. Grupo 3 – Orientação .............................................................................................................127
4.1.3.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas .........................................................129
4.1.3.5. Grupo 5 – Temperatura de Setpoint de ventilação natural ....................................................132
4.1.3.6. Indicadores de conforto – Caso Base ....................................................................................134
4.2. Análise dos resultados para Campinas-SP ....................................................................................141
4.2.1. Fase 1 - NBR 15.575/13 – Método Simplificado ........................................................................141
4.2.1.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................141
4.2.1.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................144
4.2.2. Fase 2- NBR 15.575/13 – Método Simulado .............................................................................148
4.2.2.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................148
4.2.2.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................152
4.2.2.3. Grupo 3- Orientação ...............................................................................................................156
4.2.2.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas .........................................................157
4.2.3. Fase 3 - ASHRAE55/13 – Modelo Adaptativo ...........................................................................159
4.2.3.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................160
4.2.3.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................165
4.2.3.3. Grupo 3 – Orientação .............................................................................................................169
xii
4.2.3.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas .........................................................170
4.2.3.5. Grupo 5 – Temperatura de Setpoint para ventilação natural .................................................173
4.2.3.6. Indicadores de conforto – Caso Base ....................................................................................175
4.3.1. Fase 1- NBR 15.575/13 – Método Simplificado .........................................................................182
4.3.1.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................182
4.3.1.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................185
4.3.2. Fase 2- NBR 15.575/13 – Método Simulado .............................................................................189
4.3.2.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................189
4.3.2.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................193
4.3.2.3. Grupo 3- Orientação ...............................................................................................................197
4.3.2.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas .........................................................197
4.3.3. Fase 3- ASHRAE55/13 – Modelo Adaptativo ............................................................................198
4.3.3.1. Grupo 1 – Paredes .................................................................................................................199
4.3.3.2. Grupo 2 – Coberturas .............................................................................................................203
4.3.3.3. Grupo 3- Orientação ...............................................................................................................208
4.3.3.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas .........................................................209
4.3.3.5. Grupo 5 – Temperatura de Setpoint de ventilação natural ....................................................210
4.3.3.6. Indicadores de conforto – Caso base.....................................................................................211
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................219
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................225
APÊNDICES Apêndice A – Propriedades termo-físicas dos componentes de envoltória ...............233
xiii
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AGRADECIMENTOS
Agradeço à Profa. Lucila que me orientou e propiciou, através de suas aulas e orientações, a
motivação maior para a realização deste trabalho; à banca examinadora pelas correções e
valiosas orientações; ao prof. Maurício Roriz pelo rigor e detalhe de sua análise; aos colegas do
Lacaf, por estarem sempre presentes quando surgiram as dúvidas; aos amigos pelo apoio no
trabalho, sem o qual não teria sido possível realizar as duas atividades; aos meus pais pelo
apoio constante e irrestrito aos estudos; à Ana Carolina pela compreensão e motivação nas
horas dedicadas a este trabalho.
xv
xvi
LISTA DE FIGURAS
xvii
Figura 34 - Orientações da edificação em relação ao norte ........................................................................92
Figura 35 - Interface da planilha de entrada de dados para obtenção dos indicadores ..............................99
Figura 36 - Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para α=0,7,
Curitiba – PR, baseado em arquivo TRY, 1969 .........................................................................................118
Figura 37 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto total. – Curitiba, PR .....................................119
Figura 38 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio – Curitiba,
PR ...............................................................................................................................................................119
Figura 39 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................120
Figura 40 – Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto total – Curitiba, PR ................................123
Figura 41 - Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao frio x Sobrearrefecimento médio –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................123
Figura 42 - Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................124
Figura 43 - Grupo 3 / Orientação - Graus-hora de desconforto total – Curitiba, PR .................................128
Figura 44 - Grupo 3 / Orientação - Graus-hora de desconforto ao frio x Sobrearrefecimento médio –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................128
Figura 45 - Grupo 3 / Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio – Curitiba, PR ....129
Figura 46 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto total – Curitiba, PR ................................130
Figura 47 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................130
Figura 48 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................131
Figura 49 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto total – Curitiba, PR ....................132
Figura 50 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio
– Curitiba, PR .............................................................................................................................................133
Figura 51 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento
médio – Curitiba, PR ..................................................................................................................................133
Figura 52 - Análise horária da ocorrência de conforto – Caso base – Curitiba, PR ..................................134
Figura 53 - Análise mensal da ocorrência de conforto - Caso base – Curitiba, PR ..................................135
Figura 54 - Análise horária do sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio - Caso base – Curitiba, PR
....................................................................................................................................................................136
Figura 55 - Análise mensal do sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio - Caso base – Curitiba, PR
....................................................................................................................................................................136
Figura 56 - Histograma de temperaturas internas (Top-Tn) – Caso base – Curitiba, PR .........................138
Figura 57 – Ocorrência de temperaturas operativas internas (To) em relação à temperatura predominante
externa (Tpe) – Caso base – Curitiba, PR .................................................................................................138
Figura 58 – Balanço Térmico – Caso Base – Curitiba, PR ........................................................................140
Figura 59 – Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para α=0,7,
Campinas – SP, baseado em arquivo TRY, 2002. ....................................................................................159
Figura 60 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto total - Campinas, SP ...................................160
Figura 61 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................161
xviii
Figura 62 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................161
Figura 63 – Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto total - Campinas, SP..............................165
Figura 64 - Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao frio x Sobrearrefecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................165
Figura 65 - Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................166
Figura 66 - Grupo 3 / Orientação - Graus-hora de desconforto total - Campinas, SP...............................169
Figura 67 - Grupo 3 / Orientação - Graus-hora de desconforto ao frio x Sobrearrefecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................169
Figura 68 - Grupo 3 / Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio - Campinas, SP .170
Figura 69 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto total - Campinas, SP .............................171
Figura 70 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................171
Figura 71 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio -
Campinas, SP.............................................................................................................................................172
Figura 72 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto total - Campinas, SP .................173
Figura 73 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto ao frio x Sobrearrefecimento médio
- Campinas, SP ..........................................................................................................................................174
Figura 74 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento
médio - Campinas, SP ...............................................................................................................................175
Figura 75 - Análise horária da ocorrência de conforto – Caso base - Campinas, SP ...............................176
Figura 76 - Análise mensal da ocorrência de conforto - Caso base - Campinas, SP ................................176
Figura 77 - Análise horária do sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio - Caso base - Campinas,
SP ...............................................................................................................................................................177
Figura 78 - Análise mensal do sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio - Caso base - Campinas,
SP ...............................................................................................................................................................178
Figura 79 - Histograma de temperaturas internas (Top-Tn) – Caso base - Campinas, SP.......................179
Figura 80 – Ocorrência de temperaturas operativas internas (To) em relação à temperatura predominante
externa (Tpe) – Caso base - Campinas, SP ..............................................................................................179
Figura 81 – Balanço Térmico – Caso Base - Campinas, SP .....................................................................181
Figura 82 - Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para α=0,9,
Natal-RN, baseado em arquivo TRY, 1954. ...............................................................................................199
Figura 83 - Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto total – Natal, RN ..........................................199
Figura 84 - Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio – Natal, RN
....................................................................................................................................................................200
Figura 85 - Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio – Natal,
RN ..............................................................................................................................................................200
Figura 86 – Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto total – Natal, RN ....................................203
Figura 87 – Grupo2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio – Natal,
RN ..............................................................................................................................................................203
Figura 88 – Grupo2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Natal, RN ....................................................................................................................................................204
xix
Figura 89 - Grupo 3 / Orientação - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Natal, RN ....................................................................................................................................................208
Figura 90 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Natal, RN ....................................................................................................................................................209
Figura 91 - Grupo 5 / Ventilação - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio – Natal,
RN ..............................................................................................................................................................210
Figura 92 – Análise horária da ocorrência de conforto – Caso Base – Natal, RN .....................................211
Figura 93 - Análise mensal da ocorrência de conforto – Caso Base – Natal, RN .....................................212
Figura 94 – Análise horária do sobreaquecimento médio – Caso Base – Natal, RN ................................213
Figura 95 - Análise mensal do sobreaquecimento médio – Caso Base – Natal, RN ...............................213
Figura 96 – Histograma de temperaturas internas (Top-Tn) – Caso Base – Natal, RN ............................215
Figura 97 – Ocorrência de temperaturas operativas internas (To) em relação à temperatura predominante
externa (Tpe) – Caso Base – Natal, RN ....................................................................................................215
Figura 98 – Balanço Térmico – Caso Base – Natal, RN ............................................................................217
xx
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classe de edifícios segundo especificações da norma ISO 7730. Fonte: ISO, 2005 - adaptado
......................................................................................................................................................................25
Tabela 2 – Descrição das categorias de edifícios e limitações para edifícios mecanicamente
condicionados (PMV) e em regime de funcionamento livre (K). Fonte: CEN,2007 – adaptado .................28
Tabela 3 – Classificação de aberturas para ventilação. Fonte: ABNT, 2005 .............................................33
Tabela 4 – Classificação de vedações externas. Fonte: ABNT, 2005 ........................................................34
Tabela 5 – Estratégias de condicionamento térmico passivo. Fonte: ABNT, 2005 ....................................34
Tabela 6 – Critérios de avaliação e nível de desempenho para coberturas quanto à transmitância térmica.
Fonte: ABNT, 2013 .......................................................................................................................................38
Tabela 7 - Critérios de desempenho mínimo para paredes quanto à transmitância térmica. Fonte: ABNT,
2013 ..............................................................................................................................................................39
Tabela 8 - Critérios de desempenho mínimo para paredes quanto à capacidade térmica. Fonte: ABNT,
2013 ..............................................................................................................................................................39
Tabela 9 – Critérios de desempenho mínimo para áreas destinado a ventilação (ABNT, 2013) ................39
Tabela 10 - Critério para avaliação de desempenho térmico para condições de verão. Fonte: ABNT, 2013
......................................................................................................................................................................41
Tabela 11 - Critério para avaliação de desempenho térmico para condições de inverno. Fonte: ABNT,
2013 ..............................................................................................................................................................41
Tabela 12 - Características físicas de elementos construtivos de alvenaria ...............................................81
Tabela 13 – Tipologias de alvenaria – Casos do Grupo 1 ...........................................................................82
Tabela 15 - Tipologias construtivas de cobertura – Casos do Grupo 2 .......................................................84
Tabela 16 – Potência instalada em cada ambiente. ....................................................................................87
Tabela 17 - Potência instalada de equipamentos em cada ambiente .........................................................88
Tabela 18 - Valores de coeficiente de descarga ..........................................................................................91
Tabela 19 – Definição do caso base ............................................................................................................96
Tabela 20 – Definição dos casos do Grupo1 – Paredes .............................................................................97
Tabela 21- Definição dos casos do Grupo2 – Coberturas ...........................................................................97
Tabela 22 - Definição dos casos do Grupo3 – Orientação ..........................................................................97
Tabela 23 Definição dos casos do Grupo4 – Absortância das paredes ......................................................97
Tabela 24 - Definição dos casos do Grupo 5 - Ventilação ...........................................................................98
Tabela 25 - Desempenho térmico de alvenaria - método simplificado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR.103
Tabela 26 - Desempenho térmico de coberturas com relação à transmitância para a zona 3, de acordo
com o método simplificado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR ...................................................................106
Tabela 27 – Condições limites de temperaturas para verão e inverno segundo NBR 15.575/13 para zona
bioclimática 1 ..............................................................................................................................................108
Tabela 28 - Desempenho térmico de paredes de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................110
Tabela 29 - Desempenho térmico de coberturas de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 –
Curitiba, PR ................................................................................................................................................114
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Tabela 30 - Desempenho térmico de para diferentes orientações do edifício, de acordo com o método
simulado da NBR 15. 575/13 - Curitiba, PR ...............................................................................................116
Tabela 31 - Desempenho térmico de paredes para diferentes absortâncias de acordo com o método
simulado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR ...............................................................................................117
Tabela 32- Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G1 –
Paredes – Curitiba, PR ...............................................................................................................................122
Tabela 33 – Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G2 -
Coberturas – Curitiba, PR ..........................................................................................................................126
Tabela 34 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G4 –
Absortância – Curitiba, PR .........................................................................................................................132
Tabela 35 – Desempenho térmico de alvenaria - método simplificado da NBR15.575/13 - Campinas, SP
....................................................................................................................................................................142
Tabela 36 - Desempenho térmico de coberturas com relação à transmitância para a zona 3, de acordo
com o método simplificado da NBR15.575/13 - Campinas, SP .................................................................146
Tabela 37 - Desempenho térmico de paredes de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 -
Campinas, SP.............................................................................................................................................150
Tabela 38 - Desempenho térmico de coberturas de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 -
Campinas, SP.............................................................................................................................................154
Tabela 39 - Desempenho térmico de para diferentes orientações do edifício, de acordo com o método
simulado da NBR 15. 575/13 - Campinas, SP ...........................................................................................156
Tabela 40 - Desempenho térmico de paredes para diferentes absortâncias de acordo com o método
simulado da NBR15.575/13 - Campinas, SP ............................................................................................157
Tabela 41 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G1 –
Paredes - Campinas, SP ............................................................................................................................164
Tabela 42 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G2 –
Coberturas - Campinas, SP .......................................................................................................................168
Tabela 43 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G4 –
Absortância - Campinas, SP ......................................................................................................................173
Tabela 44 - Desempenho térmico de alvenaria - método simplificado da NBR15.575/13 – Natal, RN ....183
Tabela 45 - Desempenho térmico de coberturas com relação à transmitância para a zona 3, de acordo
com o método simplificado da NBR15.575/13 – Natal, RN .......................................................................187
Tabela 46 - Condições limites de temperaturas para verão e inverno segundo NBR 15.575/13 para zona
bioclimática 1 ..............................................................................................................................................189
Tabela 47 - Desempenho térmico de paredes de acordo com o método simulado da NBR 15.575/13 –
Natal, RN ....................................................................................................................................................191
Tabela 48 - Desempenho térmico de coberturas de acordo com o método simulado da NBR 15.575/13 –
Natal, RN ....................................................................................................................................................195
Tabela 49 - Desempenho térmico de coberturas com e sem condições de uso e ocupação – Natal, RN
....................................................................................................................................................................196
Tabela 50 - Desempenho térmico de para diferentes orientações do edifício, de acordo com o método
simulado da NBR 15. 575/13 – Natal, RN ..................................................................................................197
Tabela 51 - Desempenho térmico de para diferentes valores de absortância das vedações verticais do
edifício, de acordo com o método simulado da NBR 15. 575/13 – Natal, RN ...........................................198
Tabela 52 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G1 –
Paredes – Natal, RN ..................................................................................................................................202
xxii
Tabela 53 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 – G2 –
Coberturas – Natal, RN ..............................................................................................................................207
Tabela 54 - Descrição das propriedades físicas das camadas dos elementos de parede. ......................233
Tabela 55 - Descrição das propriedades físicas das camadas dos elementos de cobertura. ..................233
Tabela 56 - Resistência térmica, camada a camada, para os casos de alvenaria definidos. ...................235
Tabela 57 – Capacidade térmica, camada a camada, para os casos de alvenaria definidos. ..................237
Tabela 58 – Descrição da resistência térmica, camada a camada, para os componentes de cobertura
definidos .....................................................................................................................................................240
xxiii
xxiv
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
xxv
TARP Thermal Analysis Results Processor
TBS Temperatura de Bulbo Seco
TBU Temperatura de Bulbo Úmido
TRY Test Reference Year
xxvi
1 INTRODUÇÃO
O conforto térmico, entre outros fatores, é um dos requisitos que se enquadra nas
exigências do usuário quanto à habitabilidade, proposta na norma NBR 15575 – Edifícios
Habitacionais. Por vezes, o desempenho térmico de uma edificação é negligenciado, resultando
em edificações que só atingem o desempenho térmico requerido através do uso de climatização
ativa.
Em meados de 2001, o país foi afetado por uma crise na oferta de energia elétrica. A
principal fonte energética – a hidroelétrica – não atendeu à contínua falta de planejamento e
investimentos, culminando com uma série de apagões que ocorreram no país. O ocorrido trouxe
consequências diretas ao mercado da construção civil, principal setor consumidor deste tipo de
1
energia. Novas legislações em eficiência energética entraram em vigor, e o uso da eletricidade
passou a demandar maior controle por parte de projetistas, não sendo permitidos negligências e
desconhecimento sobre o assunto. Novamente, conhecimentos acerca do desempenho térmico
de uma edificação figuram como um importante e inegável paradigma nos novos processos de
projeto de edificações.
2
análise denominada modelo adaptativo: uma metodologia opcional ao modelo analítico,
proposta para avaliação do desempenho térmico em edifícios ventilados naturalmente (free
running buildings). Segundo NICOL (2002), o principal conceito desta abordagem é o princípio
adaptativo que preconiza: “Se uma mudança ocorre de maneira a produzir desconforto, os
indivíduos reagirão de modo a restaurar sua condição de conforto”. Ainda segundo o autor, as
pessoas têm a tendência natural de se adaptar às mudanças térmicas ocorridas em seus
ambientes, restabelecendo a situação de conforto através de ações de adaptação: modificando
vestimentas, alterando os níveis de atividade física, alterando dispositivos de ventilação, etc.
3
1.1. Objetivos
O trabalho tem como objetivo analisar e comparar a aplicação dos métodos presentes na
ASHRAE 55 e NBR 15.575 de avaliação do conforto térmico, para uma edificação habitacional
unifamiliar naturalmente ventilada.
4
1.2. Estrutura do Trabalho
Este trabalho está dividido em cinco capítulos. O primeiro apresenta uma introdução ao
assunto, caracterizando o problema estudado e descrevendo os objetivos da pesquisa.
No segundo capítulo, a problemática introduzida é contextualizada através de uma
revisão bibliográfica com enfoque no conforto térmico, normativos sobre conforto e desempenho
térmico de edificações, bem como nos aspectos de ventilação natural e simulação
computacional necessários para a compreensão do tema.
O terceiro capítulo apresenta a metodologia utilizada na pesquisa. Inicialmente é
apresentada uma justificativa para a escolha da abordagem adaptativa, passando então para o
detalhamento dos indicadores de conforto propostos. Em seguida, são descritos e justificados
todos os dados de entrada para as simulações. Neste capítulo são ainda apresentados os
critérios e as características climáticas das localidades escolhidas, relacionando-as às diretrizes
construtivas presentes em norma.
No quarto capítulo são apresentados os resultados obtidos para as três fases do estudo,
ou seja, para cada um dos casos simulados, avaliando se os objetivos propostos foram
atingidos. Por fim, o quinto e último capítulo, apresenta as conclusões do trabalho, as limitações
encontradas e as sugestões para trabalhos futuros.
5
6
2 CONTEXTUALIZAÇÃO
A pesquisa concluiu que grande parte dos profissionais participantes tem consciência da
importância do conforto térmico natural, apesar de não utilizarem muitos instrumentos e
ferramentas relacionados a este aspecto durante a fase de projeto. Verificou-se ainda a
necessidade de um número maior de pesquisas que avaliem a influência dos elementos de
projeto, bem como a carência de maiores informações sobre o clima de Campinas. Foram
encontradas dificuldades no levantamento das características térmicas dos materiais.
8
2.2. Aspectos do Conforto Térmico
O equilíbrio térmico do corpo humano ocorre quando a quantidade de calor produzida por
ele é igual à quantidade de calor cedida para o ambiente. Segundo a ASHRAE (2009), são
propostas as equações a seguir (eq.2.01, eq.2.02 e eq.2.03), para expressar matematicamente
o processo de equilíbrio térmico:
Sendo:
Qsk = C + R + Ersw + Edif eq. 2. 02
Q res = Cres + Eres eq. 2.03
9
Onde:
C+R = Perda de calor sensível pela pele por convecção e radiação (W/m²);
Edif = Taxa de calor perdido por difusão do vapor de água através da pele;
Desta forma, a obtenção de valores positivos para a variável S, indica acúmulo de calor
no corpo e sensação de desconforto por calor, ao passo que valores negativos representam o
resfriamento do corpo e, portanto, sensação de desconforto por frio. O equilíbrio térmico, ou
sensação de neutralidade térmica, ocorre quando são obtidos valores de S próximos de zero.
A seguir são apresentadas as equações para perda de calor sensível pela pele, por
radiação (eq.2.04 e eq.2.05) e convecção (eq.2.06).
Onde:
fcl = Área efetiva da superfície da pele com a vestimenta (valor maior do que 1, representativo
da pele nua);
Segundo NICOL et al. (2012), como primeira aproximação, fcl pode ser definido através
da expressão 2.05, a seguir:
Onde:
A equação para transferência de calor por convecção é dado pela equação 2.06, a
seguir:
Onde:
Ta = Temperatura do ar (ºC);
Segundo NICOL et al. (2012), o valor para o coeficiente de troca de calor por convecção
(hc) depende da diferença de temperatura (Tcl – Ta) e ainda da velocidade do ar. Porém, a
influência da temperatura é muito pequena, portanto, geralmente o valor de hc é definido através
da seguinte condição (eq. 2.07 e 2.08):
11
A perda evaporativa de calor é dada pela equação 2.09 a seguir:
Onde:
12
Segundo Roriz (2003), existem duas correntes de pensamento em relação à definição das
condições ambientais de conforto. Uma delas parte do pressuposto que por conta da
semelhança biológica entre seres humanos, pessoas de qualquer parte do planeta têm as
mesmas preferências térmicas, independente da localidade em que se encontram. Esta
corrente, denominada analítica, tem em Fanger (1970) seu principal expoente. Fanger realizou
estudos em universidades da Dinamarca e dos Estados Unidos, aplicando questionários a
pessoas que permaneciam no interior de câmaras climáticas controladas, onde se procedia ao
registro de respostas referentes às diferentes combinações das variáveis ambientais e os
respectivos efeitos na sensação do conforto dos ocupantes. A partir desta abordagem,
desenvolveu-se um índice denominado PMV (Predicted Mean Vote), em que se verificava a
influência da temperatura e umidade do ar na sensação de conforto térmico, uma vez que os
outros fatores intervenientes, como a temperatura radiante média, a velocidade do ar, a
vestimenta e a atividade física, eram mantidos constantes (RUAS, 1999). A vantagem do
método proposto reside no fato de que a complexa influência das seis variáveis que compõem o
conforto reduz-se a um único índice. As conclusões do estudo de Fanger foram baseadas em
respostas obtidas em questionários e em equações teóricas sobre trocas de calor entre o corpo
humano e o ambiente.
Por sua vez, a outra corrente, conhecida como adaptativa, baseia-se na definição de
critérios de conforto obtidos a partir de pesquisas e medições em campo, nas quais as variáveis
ambientais e de conforto são medidas diretamente nos locais em que se desenvolvem as
atividades, para então proceder-se com a obtenção das respostas da sensação do conforto.
Segundo Humphreys (1995), para saber como uma pessoa se sente sob determinada situação,
não há maneira melhor de descobrir do que perguntá-la. Sob esta perspectiva, o modelo
adaptativo baseia-se em resultados obtidos através de extensa pesquisa de campo em
condições reais. Organizadas através de uma equação de regressão linear, o modelo é capaz
de estimar a sensação do conforto térmico, dada a ocorrência de determinada característica
ambiental. Esta metodologia é denominada adaptativa, pois pressupõe uma aproximação
comportamental baseada na premissa de que os utilizadores não são agentes passivos em face
das condições térmicas oferecidas pelos edifícios; ao contrário, promovem mudanças –
alterando vestuário, grau de atividade física, manipulação de janelas e dispositivos de
sombreamento, etc. – de modo a restabelecer a condição de conforto que julgam adequadas
(NICOL e PAGLIANO, 2007).
13
2.2.3. Abordagem Analítica
Ainda segundo Ruas (1999), estudos adicionais foram realizados incorporando os efeitos da
velocidade do ar (HOUGHTEN, YAGLOU, 1924) e os da vestimenta (YAGLOU, MILLER, 1925).
Em 1929, incorporaram-se os efeitos do clima do verão no intervalo do conforto (YAGLOU,
DRINKER, 1929) e as temperaturas efetivas foram representadas em ábacos, conforme Figura
1.
14
Figura 1 – Escala de temperatura efetiva para pessoas normalmente vestidas.
Fonte: YAGLOU, DRINKER, 1992 apud RUAS, 1999.
A temperatura operativa foi proposta por Winslow, Herrignton e Gagge na década de 30, de
maneira a integrar os efeitos da radiação térmica das superfícies envolventes (temperatura
radiante média) à ventilação e à temperatura de bulbo seco. A temperatura operativa é definida
segundo a equação 2.11 (ASHRAE, 2009):
h t + hc t a
t o = r mr
eq. 2.11
hr + hc
Onde:
Ta = Temperatura do ar;
15
A temperatura de globo (Trm) é definida segundo equação 2.12 (ASHRAE, 2009):
eq. 2.12
Onde:
Va = Velocidade do ar (m/s)
ε = Emissividade do globo
16
da atividade física, vestimentas e ventilação não são considerados no índice, devendo-se
manter constantes para efeitos de comparações entre diferentes ambientes.
17
fazendo corresponder o equilíbrio térmico ao valor nulo da Taxa de Calor Acumulada no Corpo
(S), ou também denominada de Índice de Carga Térmica (ICT). O detalhamento de cada um
dos termos da equação 2.01 resultou na equação 2.13 para o equilíbrio do corpo térmico
humano:
eq. 2.13
Onde:
18
Figura 2 – Diagrama de conforto de Fanger.
Fonte: FANGER, 1970 apud RUAS 1999.
Em seguida, Fanger (1970) definiu uma escala de sensação térmica de modo a avaliar o
grau de desconforto, relacionando as variáveis que influenciam no conforto térmico a uma
escala de 7 níveis de sensação térmica, criando um novo índice de conforto, denominado Voto
Médio Estimado – PMV (Predicted Mean Vote) – e definido através da equação 2.14, a seguir:
(
PMV = 0,303e −0,036 M + 0,028 S ) eq. 2.14
Onde:
A escala de sensação térmica definida por Fanger (1970) tem os seguintes níveis:
-3 – Muito frio
-2 - Frio
0 – Neutralidade térmica
+2 - Calor
+3 – Muito calor
19
Além do índice PMV, Fanger (1970) relacionou o voto médio estimado à Porcentagem
Estimada de Pessoas Insatisfeitas – PPD (Predicted Percentage of Dissatisfied). O cálculo do
índice PPD é feito através da equação 2.15, e a relação entre os índices PMV e PPD pode ser
representada sob a forma gráfica, como apresentado na Figura 3:
Na análise da Figura 3, pode-se observar que não é possível obter um valor de neutralidade
térmica para 100% dos indivíduos, além disso, observa-se que a curva apresenta-se simétrica
em relação ao voto médio estimado de frio e de calor, revelando que a sensação de
insatisfação, seja para o frio ou para o calor, segue o mesmo padrão.
20
trabalho com suas vestimentas habituais. Os resultados das pesquisas foram então tratados
estatisticamente, de maneira a estimar a temperatura em que o participante médio da pesquisa
estaria em uma condição de conforto aceitável, usualmente denominada como Temperatura de
Conforto ou Temperatura Neutra, ou estimar ainda a temperatura em que a maior parte dos
participantes estaria em condições confortáveis.
Humphreys (1975) demonstrou que há uma relação linear, quase igual em valor, entre a
temperatura operativa no interior de edificações e a temperatura denominada neutra (ou de
conforto), conforme demonstra a Figura 4. Com o passar do tempo as pessoas acabam
relacionando sua temperatura de conforto à temperatura de seu ambiente usual. A Figura 4 faz
distinção entre as pesquisas realizadas em ambientes naturalmente ventilados, ambientes
climatizados e ambientes mistos. Fica evidente que o efeito adaptativo funciona para os três
casos da mesma maneira, e as pessoas acabam por equiparar a temperatura neutra à
temperatura interna do ambiente, aceitando seu ambiente como confortável. Segundo Nicol
(2002) a partir de um limite de temperaturas que variam de 20ºC a 25ºC, a relação entre a
temperatura operativa e a temperatura de conforto não é exata. Em ambientes quentes a
temperatura de conforto é geralmente menor do que a temperatura operativa.
21
Assim que a relação entre a temperatura operativa interna e a temperatura de
conforto foi determinada, descobriu-se que havia uma forte relação entre a temperatura interna
de conforto e a temperatura externa. Este fato permitiu que fosse estabelecida uma relação
entre os efeitos do clima e a sensação de conforto térmico. Humphreys (1978) coletou dados de
pesquisas de campo de todo o mundo e produziu um gráfico (Figura 5) relacionando a
temperatura neutra à ocorrência de temperaturas externas. É possível perceber que as
temperaturas neutras obtidas em edifícios ventilados naturalmente (free running building)
apresentam uma relação linear com as temperaturas externas, ao passo que os edifícios
climatizados demonstram uma relação mais complexa e curvilínea com a preferência térmica. A
forte relação entre a temperatura de conforto e a temperatura externa formou a base do modelo
adaptativo de conforto. No mesmo estudo de Humphreys (1978), foram apresentadas as
equações para edifícios ventilados naturalmente e para edifícios climatizados – equação 2.16 e
2.17, respectivamente:
22
Esta metodologia é denominada adaptativa, uma vez que trata de uma aproximação
comportamental baseada na premissa de que os usuários não são agentes passivos face às
condições térmicas oferecidas pelo edifício, promovendo ações que visam atingir as condições
necessárias para obtenção de uma sensação térmica confortável. Segundo Nicol (2002), se
uma mudança ocorre de maneira a produzir desconforto, os indivíduos reagirão de modo a
restaurar sua condição de conforto.
Humphreys e Nicol (1998) propuseram uma lista de ações que os usuários de uma
edificação podem realizar de maneira a restaurar as condições de conforto em caso de frio ou
calor. Deve-se ressaltar que a lista contém ações fisiológicas, psicológicas, sociais e
comportamentais baseada em clima e cultura inglesa, podendo sofrer alterações ou variações
em outras localidades e culturas.
23
2.3. Normativos de Avaliação de Desempenho e Conforto Térmico em
Edificações
Baseado nos conceitos desenvolvidos por Fanger (1970) tratados anteriormente, a norma
ISO 7730/2005 utiliza-se dos índices PMV e PPD, além de incluir critérios para desconforto
local. A norma propõe a avaliação do conforto através da medição dos parâmetros físicos do
ambiente interno (temperatura do ar, temperatura radiante média, velocidade e umidade do ar)
e de parâmetros pessoais (taxa metabólica do indivíduo e resistência térmica da vestimenta).
Permite ainda o cálculo da previsão de porcentagem de indivíduos insatisfeitos. A norma
especifica ainda classes de edifícios de acordo com os valores do PMV e PPD obtidos no
interior da edificação, segundo Tabela 1, a seguir:
Esta norma, semelhantemente à ISO 7730/2005, adota também uma abordagem analítica
com utilização dos índices PMV e PPD. Porém, em 2004, consolidou-se como o primeiro
normativo internacional a incluir uma metodologia adaptativa (NICOL, 2012), aplicada como um
sistema de avaliação opcional, restringindo sua aplicação a edifícios naturalmente ventilados
(free-running buildings) que atendam aos seguintes critérios (ASHRAE, 2013):
25
• A edificação não deve possuir sistema mecânico de climatização. E sistemas de
aquecimento não devem estar em operação quando da análise;
• Os ocupantes devem desenvolver atividades metabólicas que variem entre 1,0 met e
1,3 met;
• A temperatura predominante externa Tpe é maior do que 10ºC e menor do que 33,5
ºC;
• O edifício deve ser dotado de aberturas para o exterior que possam ser operadas
pelos ocupantes, de modo a regular as condições térmicas no interior da edificação.
A norma define intervalos de condições térmicas aceitáveis para 80% e 90% dos ocupantes,
determinando a utilização de intervalo de conforto para 80% dos ocupantes satisfeitos com a
análise para casos típicos. Os limites para 90% de aceitação devem ser utilizados quando se
pretende obter níveis superiores de conforto para a edificação. Os intervalos, ou zonas de
conforto, são definidos com base na ocorrência de temperaturas operativas internas em relação
às temperaturas externas, derivados da equação de conforto para edifícios naturalmente
ventilados presentes na RP 884 ASHRAE data-base (De DEAR, 1998). A relação entre as
temperaturas operativas internas e temperaturas externas, obtidas através de extensa pesquisa
de campo (De DEAR et. al, 1997) pode ser verificada na Figura 6. A apresentação das
equações e limites utilizados neste trabalho será descrita no capítulo 3, Método de Pesquisa.
26
Figura 6 - Relação entre temperatura operativa interna e temperatura média mensal externa.
Fonte (ASHRAE, 2013 – Adaptado)
2.3.3. EN 15251/2007
27
Tabela 2 – Descrição das categorias de edifícios e limitações para edifícios mecanicamente
condicionados (PMV) e em regime de funcionamento livre (K).
Fonte: CEN,2007 – adaptado
Onde:
n n −1 n −1
TRM = c.TRM + (1 − c).TDM eq. 2.19
Onde:
n
TRM = Temperatura média exterior exponencialmente ponderada do dia n (°C);
28
n −1
TRM = Temperatura média exterior exponencialmente ponderada do dia n-1 (°C);
n −1
TDM = Temperatura média exterior do dia n-1 (°C);
n
c = parâmetro que varia entre 0 e 1 e que define a velocidade de resposta da TRM face às
alterações da temperatura exterior
Figura 7 - Faixas de temperaturas operativas aceitáveis para diferentes categorias de edifícios. Fonte:
CEN, 2007
29
2.3.4. NBR 15220/2005
A parte 2 foi utilizada neste estudo para cálculo das propriedades físicas dos materiais e
componentes, enquanto a parte 3, para a classificação e análise das localidades escolhidas
para os casos simulados.
30
2.3.4.1. Parte 2 – Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade
térmica, do atraso térmico e do fator solar dos componentes da
edificação.
31
Figura 8 - Carta bioclimática adaptada a partir do trabalho de Givoni. Fonte(ABNT, 2005)
Sendo:
32
Figura 9 - Zoneamento bioclimático Brasileiro.
Fonte: ABNT, 2005
Para cada zona bioclimática foram estipuladas diretrizes construtivas, descritas a seguir:
33
• Vedações externas (paredes externas e coberturas);
34
2.3.4.3. Aplicação das Diretrizes
36
A seguir estabelecem-se os requisitos mínimos exigidos, relacionando-os ao método
simplificado e ao método de simulação. O método simplificado exige índices para propriedades
térmicas dos sistemas de vedação e cobertura, enquanto o método simulado refere-se a valores
de temperaturas no interior da edificação para condições de verão (temperatura interna
máxima) e de inverno (temperatura interna mínima), para um dia típico de projeto. O método
simplificado e por simulação encontram-se detalhados nos itens 2.3.5.1 e 2.3.5.2,
respectivamente. Por se tratar de uma norma de desempenho, não se faz menção ao uso de
qualquer material em específico e a escolha dos componentes segue apenas aspectos de
desempenho exigido.
Coberturas
37
Onde:
Para coberturas sem forro ou com áticos não ventilados, como nos casos simulados neste
trabalho, o valor de FV =1;
Tabela 6 – Critérios de avaliação e nível de desempenho para coberturas quanto à transmitância térmica.
Fonte: ABNT, 2013
Paredes
38
Tabela 7 - Critérios de desempenho mínimo para paredes quanto à transmitância térmica.
Fonte: ABNT, 2013
Tabela 9 – Critérios de desempenho mínimo para áreas destinado a ventilação (ABNT, 2013)
39
2.3.5.2. Procedimento 1 – Avaliação por Simulação
A obtenção dos dias típicos de projeto é feita por meio de um tratamento estatístico dos
valores das médias máximas diárias e mínimas diárias para o verão e o inverno,
respectivamente, sendo definido o período de inverno e verão os meses mais quentes e mais
frios do ano. Considera-se ainda um intervalo de 0,5ºC como valor máximo de variação de
temperatura em relação ao dia de referência, para obtenção do dia típico de projeto. O período
mínimo recomendado para a obtenção do dia típico de projeto é de 10 anos (AKUTSO, 1998),
porém, dada a dificuldade de obtenção de registros contínuos de variáveis climáticas,
especialmente dados de radiação solar incidente, períodos menores de 5 anos são usualmente
adotados (GRANJA, A, 2002).
A partir do dia típico de projeto deve ser verificada a ocorrência das temperaturas
internas do edifício. Os níveis de desempenho são função exclusiva da temperatura interna do
ambiente estudado. A temperatura interna deve atender a limites mínimos e máximos para
condições distintas de verão (Tabela 10) e inverno (Tabela 11), conforme zoneamento
bioclimático. A norma prevê condições de desempenho mínimo, intermediário e superior. É
40
importante ressaltar que a norma não faz distinção de limites de temperatura entre edifícios
ventilados naturalmente e edifícios climatizados. Para a realização das análises, as simulações
não devem incluir fontes internas de calor como ocupantes, lâmpadas, equipamentos, etc. A
ventilação deve ser simulada apenas como renovações de ar por hora, adotando-se uma taxa
de 1ren/h, utilizando o mesmo valor para áreas de coberturas ou áticos.
41
2.4. Simulação Computacional
Após a crise do petróleo, ocorrida na década de 70, diversos países direcionaram recursos
para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia e sistemas energéticos mais
eficientes, dispensando especial atenção à eficiência energética das edificações, setor
responsável por uma parcela significativa do consumo global de energia. Os Estados Unidos e
diversos países da Europa, que tinham no petróleo grande dependência energética, financiaram
iniciativas que promoveram o desenvolvimento de edificações mais eficientes. Estas pesquisas
deram início à criação das primeiras normas técnicas e legislações específicas, tratando
exclusivamente do desempenho térmico e eficiência energética de edifícios (BATISTA et al.,
2005).
42
década de 1980, respectivamente, como ferramentas de simulação energética e de carga
térmica. A intenção inicial destes softwares era que projetistas fossem capazes de dimensionar
adequadamente o sistema de ar-condicionado.
O EnergyPlus surgiu da fusão dos softwares DOE-2 e BLAST e assim como seus
predecessores, é um software de análise energética e simulação térmica capaz de verificar
ainda aspectos da ventilação natural e forçada, sistemas de iluminação, aquecimento e
resfriamento, além de simular custos relativos ao consumo energético e índices de conforto
térmico dos principais normativos internacionais (DOE, 2013). A criação deste programa está
relacionada à melhoria de seus antecessores que, escritos em uma antiga versão da linguagem
FORTRAN, se tornariam obsoletos em compiladores modernos. Ambos os programas foram
desenvolvidos em estruturas de códigos ultrapassadas para os padrões atuais, denominados
spaghetti code, tornando muito difícil a manutenção, o suporte e possíveis alterações. Desta
maneira, aliado à velocidade de modificação e introdução de novas tecnologias nos sistemas de
ar-condicionado, simplesmente não haveriam programadores suficientemente capacitados para
atualizar este tipo de estrutura de código. Foi ainda fator determinante para a criação do
EnergyPlus, o fato de que o tempo despendido para a criação de modelos nestes softwares e o
tempo necessário para o treinamento de usuários capacitados era demasiadamente longo
(CRAWLEY, 2001).
43
Figura 10 - Estrutura geral de funcionamento do EnergyPlus. Fonte (DOE, 2013)
O software tem a capacidade de realizar simulações para uma dada localidade, a partir
de uma base de dados climática. A introdução de dados e obtenção dos resultados é feita em
formato de texto, na extensão .IDF (Input Data File). Para o caso de simulações térmicas, o
software é capaz de calcular temperaturas internas e trocas de calor em edifícios não
condicionados, além de calcular a carga térmica necessária para resfriamento e aquecimento
em edifícios que possuam estes sistemas mecânicos. O programa permite ainda a distinção do
ganho ou perda de carga térmica, separando-as através das diferentes fontes como
componentes construtivos, aberturas, equipamentos instalados, ventilação e infiltração,
usuários, sistemas de iluminação e sistemas de condicionamento; permitindo assim a
verificação efetiva do comportamento térmico da edificação, através da análise do balanço
energético.
44
edificação e o exterior ocorram de maneira transitória. Este fato, do ponto de vista operacional,
impede a utilização de equações simples para verificação do balanço térmico global, como
ocorrem em diversos códigos de países europeus e alguns estados dos EUA, ocasionando um
sistema complexo com uma grande quantidade de variáveis que, na prática, são factíveis de
serem solucionadas somente através do uso da simulação computacional.
O modelo de simulação por rede admite que cada zona térmica e fachada sejam
representadas por um único nó de pressão do vento. Os ambientes são interligados através de
fluxos de ar por aberturas (portas, janelas e etc.), atribuindo-se nós de pressão para cada
abertura, conforme Figura 13. Os valores de pressão dos nós externos são conhecidos e,
através de equações de balanço de massa e de energia, é possível calcular o fluxo de ar que
percorre a edificação. O modelo apresenta limitações quanto à estimativa de velocidade do ar
no interior das zonas, uma vez que o resultado obtido apresenta apenas o fluxo de massa entre
nós. Atualmente no EnergyPlus, o modelo de simulação de ventilação por rede pode ser
utilizado através do módulo Airflownetwork. Este sistema incorporou rotinas anteriores distintas
denominadas COMIS e AIRNET (DOE, 2013), permitindo o cálculo simultâneo do fluxo de ar
através da edificação pela ação dos ventos e de sistemas de distribuição do ar e ventilação
artificial, ambos integrados ao cálculo de perdas e ganhos da carga térmica da edificação.
47
Figura 11 – Esquema do modelo de rede do AirflowNetwork demonstrando uma possível ocorrência de
ventilação
Fonte: DOE, 2012
jm
∑ρ
im =1
im Qim = 0 eq. 2.21
48
Onde:
n im pim - p m
Qim = Cim pim - p m eq. 2.22
pim - p m
Onde:
pim é a pressão da zona adjacente ao m’ésimo nó através do qual a i’ésima abertura se conecta;
Assumindo-se um total “q” de zonas, o balanço térmico é dado pela equação 2.23:
∑∑
jm n im pim - p m
ρim kim pim - p m =0 eq. 2.23
im =1 pim - p m
im =1
49
2.4.2.2. Modelos de Dinâmica Computacional de Fluidos
Os modelos CFD (Computacional Fluid Dynamics) utilizam um método de volume finito para
resolver equações de conservação de massa, momento e energia. Nestes modelos, o volume
do ar interno é subdividido em pequenas células, de modo a permitir a resolução das equações
e a estimar a temperatura e velocidade do ar para cada célula definida. Este método permite
uma análise aprofundada da movimentação do ar no interior do edifício, verificando-se direção e
velocidade dos fluxos de ar nestas áreas. Este método de análise requer um processamento de
dados maior, se comparado ao modelo de rede, entretanto, apresenta análises para curtos
períodos de tempo, não permitindo análises para condições climáticas transitórias, por exemplo,
essenciais para a verificação anual do conforto térmico em uma edificação. Zhai et al (2002)
apresentam estratégias para integração de softwares CFD ao programa EnergyPlus ,
demonstrando que a aplicação integrada destes softwares permite uma introdução de
condições de contorno variável e em tempo real ao processamento do software CFD, ao passo
que a retroalimentação de dados do software CFD no Energyplus permite obtenção de valores
precisos para coeficientes de convecção forçada, e assim, maior precisão na estimativa de
consumo de energia e comportamento térmico da edificação. O estudo demonstrou ainda que o
gradiente interno de temperatura e o coeficiente de convecção resultam em grande impacto nos
resultados obtidos nas simulações.
50
3 MÉTODO DE PESQUISA
52
3.1. Aplicação do Modelo Adaptativo de Conforto
A escolha do modelo adaptativo proposto pela ANSI/ASHRAE 55 deu-se pelo fato desta
publicação ser a primeira norma internacional a incluir o conceito de conforto adaptativo
apresentado no trabalho de De Dear e Brager (2002), com base nos dados apresentados na
ASHRAE project RP 884 (de DEAR, 1998). A ANSI/ASHRAE 55 possui o caráter de normativo
internacional dado à importância da organização que a publica, sendo ainda o normativo em
questão co-patrocinado pelo American Standard Institution, ANSI. Também é importante
salientar que, até o momento, não se encontram em normativos nacionais paralelos que
prevejam a aplicação de conceitos adaptativos para verificação de conforto térmico em edifícios
naturalmente ventilados, em que não hajam sistemas de climatização ativa em nenhum período
do ano.
53
3.2.1. Temperatura Neutra
Onde:
Caso 1. Utilização da temperatura média do ar interior (ta), desde que três condições sejam
satisfeitas:
55
50
UW < eq.3.06
t d ,i − t d , e
O=Onde:
Onde:
To = Temperatura operativa(°C);
0,5
→ velocidade relativa do ar < 0,2m/s
0,6
→ 0,2 m/s < velocidade relativa do ar < 0,6 m/s
0,7
→ 0,6 m/s < velocidade relativa do ar < 1,0 m/s/s.
Caso 3. Para casos em que os ocupantes realizem atividades metabólicas entre 1,0 e 1,3
met, não expostos à radiação solar direta, a média da velocidade do ar (Va) seja menor que 0,2
m/s; a diferença entre a temperatura média radiante (Trm) e a temperatura do ar interior (Ta)
seja menor que 4ºC, a temperatura operativa pode ser calculada como a média da temperatura
do ar e a temperatura radiante média (ASHRAE, 2013).
Onde:
57
d − ( p −1)
1
tpe = .
p ∑ (t )
i=d
e_i eq.3.09
Onde:
24
tout _ i
te = ∑
24
i =1
eq.3.10
Onde:
Figura 14 - Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para intervalo
de 30 dias (p=30) – Campinas, SP
59
Na última revisão da norma, em 2013, para análises realizadas através de simulação
computacional e fazendo uso de arquivos climáticos, o modelo de cálculo a ser utilizado deve
ser o weighted running mean temperature, conforme equação 3.11 (ASHRAE, 2013), em que é
aplicado um coeficiente α, ponderando-se o efeito de temperaturas recentes sobre ocorrências
anteriores.
[ ]
T ped = (1 − α ) t e(d -1) + αt e(d -2 ) + α 2 t e(d -3) + α 3t e(d -4 ) + ... eq.3.11
Onde:
tpe = Prevailing mean outdoor air temperature ou temperatura predominante externa (°C);
A equação 3.10 contém uma soma ao infinito, mas é redutível a uma equação mais
conveniente, conforme apresentado pela equação 3.12 (ASHRAE, 2013):
Onde:
60
para α=0,7 e α=0,9 pode ser verificada através das Figura 17 e Figura 18, respectivamente,
também para a cidade de Campinas.
Figura 15 - Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para
α = 0,7 – Campinas, SP
Figura 16 Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para
α = 0,9 – Campinas, SP
61
Através do método weighted running mean temperature, o limite máximo de 30 dias
estipulado para a equação 3.10 não se faz mais necessário, uma vez que com o passar do
tempo, os dias anteriores não exercem influência sobre o resultado, dependendo
exclusivamente do valor de α. Com base na sugestão da norma e a partir do comportamento
climático das regiões estudadas, definiu-se para a cidade de Natal, α=0,9, e para as cidades de
Curitiba e Campinas, α=0,7. Deve-se ressaltar que novos estudos acerca da definição de
valores de α para cidades brasileiras são fundamentais para que se possa utilizar o modelo
adaptativo adequadamente em análises futuras. A norma prevê ainda que se devem fixar as
variáveis Tpe e Te para o dia d-1, para que assim seja possível obter os resultados dos dias
subsequentes. Neste estudo, as temperaturas do dia d-1 foram definidas a partir de dados do
mês de Dezembro.
Para as situações descritas na Figura 14, são aplicados indicadores de conforto aos
resultados obtidos através das simulações. Para todos os casos simulados foram analisadas
8760 horas do ano. As análises foram feitas a partir dos valores de temperatura operativa no
interior da residência, ponderados pelas áreas das zonas térmicas definidas no modelo
geométrico, de maneira a compor um indicativo único para a habitação.
As formas comumente utilizadas para análise dos resultados utilizam a distribuição das
horas com desconforto, permitindo identificação dos períodos críticos. Este indicador,
denominado graus-hora de desconforto, caracteriza-se por um indicador numérico, em que se
somam os valores de temperatura que excedam os limites estabelecidos (para o frio e para o
calor), em intervalos horários, compondo um indicador global de desempenho.
62
3.3.1. Indicador A – Graus-hora de desconforto [Gh]
∑ {(Tc } {( }
n
) )
li _ i − Toi + Tcli _ i − Toi + Toi − Tcls _ i + Toi − Tcls _ i
GH z = i =1 eq.3.13
2n
Onde:
devido ao calor, denominada GHcalor. As parcelas GHfrio e GHcalor serão analisadas também
separadamente, verificando-se a influência de cada condição na composição total do
desconforto.
63
n
GH = ∑
i =1
Azonai
Ares
x GH zona _ i eq.3.14
Onde:
GH = graus-hora de desconforto;
Com o intuito de analisar a distribuição das horas em relação ao intervalo de conforto para
80% e 90% dos usuários, este indicador gráfico apresenta a porcentagem de horas para cada
situação em relação ao total de horas do ano (Figura 19) e em relação aos meses (Figura 20),
segundo equações 3.15, 3.16, 3.17, 3.18 e 3.19 a seguir:
Onde:
64
Figura 17 – Descrição do gráfico de distribuição de desconforto para análise horária
∑ [(To ]
n
)
res _ i − Tcls _ i + Tores _ i − Tcls _ i
Saq = i =1 eq.3.20
2n
∑ [(To ]
n
)
res _ i − Tcli _ i − Tores _ i − Tcli _ i
Sar = i =1 eq.3.21
2n
Onde:
∑
Azona _ i
Tores = x To zona _ i eq.3.22
Ares
i =1
Onde:
66
Figura 19 - Descrição do gráfico de sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio - análise horária
67
3.3.4. Indicador D – Histograma de Temperaturas
∑ α (ni, t )
n
γ (t ) = eq.3.23
i =1
α (i, t) = 1 se : eq.3.24
t-0 ,5 ≤ d (i) ≤ t + 0 ,5
α (i, t) = 0 se : eq.3.25
d (i) > t + 0,5 ou d (i) > t − 0 ,5
Sendo:
d(i) = To_res(i) − Tn(i) eq.3.26
i = número de amostras ∈ Ν
t = ∈ Z | - 12 ≤ t ≤ 12
Onde:
69
de neutralidade térmica, ou seja, a edificação tende a variar a ocorrência de temperaturas
internas em relação às externas, na mesma proporção que o modelo adaptativo propõe como
representativo da subjeção humana. O valor de R² pode variar entre 0 e 1, indicando, em
porcentagem, o quanto o modelo estatístico consegue explicar os valores observados. Quanto
maior o R², mais explicativo é o modelo e melhor ele se ajusta à amostra. Por exemplo, se o R²
de um modelo é 0,8, significa que 80% da variável dependente consegue ser explicada pelos
regressores presentes no modelo (equação de regressão).
70
3.4. Simulações
Este capítulo apresenta uma breve introdução ao software EnergyPlus (DOE, 2012),
escolhido para realização das simulações computacionais, bem como do método para inserção
dos dados de entrada (inputs) para, em seguida, detalhar cada um dos parâmetros utilizados
nas simulações, além da apresentação dos arquivos climáticos utilizados em conjunto aos
parâmetros simulados. Por fim, são apresentados os métodos utilizados para sistematização
dos dados de saída (outputs) e um breve esboço do software de conforto a ser desenvolvido,
em que consta a utilização dos indicadores propostos no item 3.3.
71
edificação é igualmente feita em formato de texto, o que demandaria extenso trabalho para
codificação da geometria em coordenadas textuais para cada vértice da edificação. Diversos
softwares, utilizados como plug-ins ao EnergyPlus ou que o utilizem apenas como algorítimo de
cálculo, permitem a criação da geometria através de interface gráfica, caracterizando
posteriormente as coordenadas textuais. Foram utilizados em conjunto os softwares SketchUp e
OpenStudi, para criação do modelo geométrico e exportação automática das coordenadas em
formato .IDF, respectivamente. Todos os demais dados de input foram inseridos diretamente
através do IDF editor no programa EnergyPlus.
Como parâmetro comum a todas as simulações realizadas neste estudo, faz-se necessária
a definição de parâmetros iniciais que irão reger os aspectos básicos das simulações que se
pretenda realizar. Os itens a seguir possuem o nome em inglês entre parênteses, conforme
encontrado no software, para facilitar a utilização posterior:
Nesta seção definiu-se a utilização do arquivo climático com dados anuais como parâmetro
de controle da simulação, já que a análise será feita com base em simulação anual.
• Iteração (Timestep)
72
• Edificação (Building)
É ainda pertinente atentar para a definição do valor de Maximum Number Warmup Days a
ser tratado nesta seção. Esta variável determina a quantidade de dias preliminares ao início da
simulação registrada, de maneira a se obter convergência no cálculo de balanço térmico. Para
este estudo, fixou-se em 25 dias para um valor de tolerância da temperatura de convergência
em 0,4 ºC – valores mínimos apresentados pelo padrão do software (DOE, 2012). Edificações
com componentes de envoltória de baixa inércia térmica tendem a não atingir os valores de
convergência para os dias de warmup, mesmo quando definidos para um intervalo elevado, e a
continuidade da simulação sob estas condições pode gerar distorções significativa nos
resultados.
73
Coeficiente de convecção superficial (Surface Convection Algorithm)
h = 1,31∆T 1 / 3 eq.3.27
Onde:
∆T = (Tsup – Tar);
< 0 e superfície voltada para cima ou ∆T > 0 e superfície voltada para baixo, é utilizada a
equação 3.28 (WALTON, 1983).
9.482 ∆T 1/3
h= eq.3.28
7.283 − cos Σ
Onde:
1.810 ∆T 1/3
h= eq.3.29
1.382 − cos Σ
Onde:
[ ]
hc = h 2n + aVzb eq.3.30
Onde:
hc = coeficiente de convecção externa
hn é calculado segundo equações 3.24 ou 3.25
a= 2.38 (barlavento) e 2.86 (sotavento) [W/m²K(m/s)b]
b= 0.89 (barlavento) e 0.617 (sotavento) [adimensional]
hc = hn + R f . (h c − h n ) eq.3.31
Onde:
hc = coeficiente de convecção externa
hn é calculado segundo equações 3.24 ou 3.25
Rf é a constante de rugosidade que varia de 1,00 a 2,00, de acordo com o material.
75
Ambos os modelos apresentam rigor adequado em seus resultados para simulações que
incorporem apenas convecção natural, como o uso da ventilação natural, e não incluam
sistemas de condicionamento ambiente ou convecção forçada (DOE, 2013). Para estas
situações, pode haver a necessidade de substituição dos modelos de cálculo aqui
apresentados.
Esta seção define a temperatura média do solo para cada mês do ano a ser utilizada
durante o cálculo do balanço térmico das simulações. Para definição das temperaturas, utilizou-
se os valores presentes nos arquivos climáticos para 0,5m de profundidade, por ser a
profundidade mais próxima da cota da estrutura de fundação para o tipo de residência utilizada
neste estudo.
76
3.4.3. Geometria do Modelo e Zonas Térmicas
Nesta seção, definem-se as condições geométricas do edifício a ser analisado, bem como a
subdivisão em zonas térmicas da edificação, entendendo-se por zona térmica um ambiente que
possa ser caracterizado pela condição de temperatura relativamente uniforme. Neste estudo,
cada um dos ambientes constituirá uma zona térmica distinta para que haja maior precisão nos
resultados. Ressalta-se que quanto maior a quantidade de zonas térmicas, maior a quantidade
de interações no cálculo de transferência de calor entre zonas e, consequentemente, maior o
tempo de compilação da simulação. O objeto base de estudo foi definido como sendo uma
habitação unifamiliar térrea, baseado em Matos (2007), para um protótipo habitacional para
faixa de renda de até 5 salários mínimos.
O modelo contém 2 quartos, 1 banheiro, sala e cozinha, e pé-direito único de 3m com área
total de 63m² (9mx7m), conforme planta e corte, representados pelas Figura 25 e Figura 26,
respectivamente. O modelo foi dividido em 6 zonas térmicas distintas, sendo uma para cada
ambiente e uma para o ático. Nos casos de componentes de cobertura em que não haja a
presença do ático, a simulação é realizada com apenas 5 zonas, excluindo-se a zona do ático.
Conforme tratado no item 3.4.1, toda a geometria fora inicialmente modelada no software
SketchUp e posteriormente transposta para o EnergyPlus, através do software OpenStudio, de
modo que não se fez necessário a inserção de 3 coordenadas para cada vértice do modelo,
reduzindo-se a ocorrência de erros na modelagem. Ainda assim, foi solicitado, no EnergyPlus, a
criação do arquivo em .DXF para verificação posterior do modelo.
78
3.4.4. Características da Envoltória
A Figura 27 demonstra o método proposto por Ordenes et al. (2003) para a solução da
limitação do software. Esta proposta considera substituir a parte de componentes em paralelo,
constituído por camadas de material cerâmico, argamassa de assentamento e câmaras de ar,
por duas camadas de material cerâmico, com uma camada única de ar de 3 cm de espessura; a
resistência térmica da camada de ar foi obtida através de dados constantes na NBR 15220-2,
2003. Desta maneira, a espessura e densidade de massa aparente do material cerâmico devem
proporcionar as mesmas propriedades térmicas do componente original. As espessuras dos
materiais definidos para as simulações deste trabalho foram definidas a partir desta
metodologia.
79
Figura 25 – Alternativa de solução para componente equivalente (Ordenes et al. 2003)
e
Rt = eq.3.32
λ
Onde:
Ct = ∑e . c . ρ
i =1
i i i eq.3.33
e: espessura (m)
Os elementos definidos para composição das paredes são: blocos cerâmicos; tijolo
maciço, parede de concreto e parede em placa de gesso (sistema dry-wall). Os revestimentos
das paredes são: emboço (argamassa de areia e cimento) e gesso liso. A Tabela 12 apresenta
características físicas dos elementos construtivos, que foram então agrupados de modo a
compor sistemas convencionais de fechamento. Foram assim definidos 36 tipos de
fechamentos que formam o Grupo 1 - Paredes. A absortância das paredes foi definida em
α=0,5, porém, os efeitos da variação da absortância das paredes são analisados nas
simulações do grupo 4 - Absortância.
CM10 Parede de concreto maciço. Espessura da parede: 10cm 0,100 1,75 1000 1800
e λ ρ
CÓDIGO DESCRIÇÃO (m) (W/m.K) c (J/kg.K) (kg/m³)
COBERTURA
IM Impermeabilização com manta asfáltica (e=4mm) 0,004 0,23 1460 1000
LC Laje maciça em concreto (e=7cm) 0,07 1,75 1000 2400
LM12 Laje mista - Vigota pré-fabricada + lajota cerâmica (e=12cm) 0,095 1,05 920 1087
TC Telha cerâmica 0,013 1,05 920 2000
TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm) 0,006 0,65 840 1700
TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm) 0,010 0,65 840 1700
FG Forro em gesso acartonado 0,0125 0,35 840 1000
FM Forro em madeira 0,0100 0,14 2300 600
LR25 Lã de rocha (e=25mm) 0,025 0,045 700 50
AL Alumínio Polido 0,10 230,00 880 2700
AR Camada de Ar conforme NBR15.220/05
COBERTURAS
01_TC Telha cerâmica
02_TC+AR+FG Telha cerâmica + Ar+ Forro em gesso acartonado
03_TC+AR+FM Telha cerâmica + Ar+ Forro em madeira (caso base)
04_TC+AR+LC+E Telha cerâmica + Ar+ Laje maciça em concreto + Emboço
05_TC+AR+LM12+E Telha cerâmica + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço
06_TC+AR+LR25+FG Telha cerâmica + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em gesso acartonado
07_TC+AR+LR25+FM Telha cerâmica + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira
08_TC+AL Telha cerâmica + Alumínio polido
09_TC+AL+AR+FG Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Forro em gesso acartonado
10_TC+AL+AR+FM Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Forro em madeira
11_TC+AL+AR+LC+E Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Laje maciça em concreto
12_TC+AL+AR+LM12+E Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço
83
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
13_TC+AL+AR+LR25+FG acartonado
14_TC+AL+AR+LR25+FM Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira
15_TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm)
16_TF6+AR+FG Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em gesso acartonado
17_TF6+AR+FM Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em madeira
18_TF6+AR+LC+E Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Laje maciça em concreto
19_TF6+AR+LM12+E Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
20_TF6+AR+LR25+FG acartonado
21_TF6+AR+LR25+FM Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira
22_TF6+AL Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido
23_TF6+AL+AR+FG Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar+ Forro em gesso acartonado
24_TF6+AL+AR+FM Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar+ Forro em madeira
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar+ regularização +Laje maciça em
25_TF6+AL+AR+LC+E concreto
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar + regularização + Laje mista
26_TF6+AL+AR+LM12+E (lajota) + Emboço
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) +
27_TF6+AL+AR+LR25+FG Forro em gesso acartonado
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) +
28_TF6+AL+AR+LR25+FM Forro em madeira
29_TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm)
30_TF10+AR+FG Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em gesso acartonado
31_TF10+AR+FM Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em madeira
32_TF10+AR+LC+E Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Laje maciça em concreto
33_TF10+AR+LM12+E Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
34_TF10+AR+LR25+FG acartonado
35_TF10+AR+LR25+FM Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira
36_TF10+AL Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido
37_TF10+AL+AR+FG Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar+ Forro em gesso acartonado
38_TF10+AL+AR+FM Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar+ Forro em madeira
39_TF10+AL+AR+LC+E Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar+ Laje maciça em concreto
40_TF10+AL+AR+LM12+E Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) +
41_TF10+AL+AR+LR25+FG Forro em gesso acartonado
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) +
42_TF10+AL+AR+LR25+FM Forro em madeira
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
43_(RE+IM+RE+LC)+E maciça em concreto + Emboço
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
44_(RE+IM+RE+LM12)+E mista (lajota)+ Emboço
84
Os pisos de todos os ambientes foram definidos como sendo compostos de contrapiso
em concreto (espessura = 12 cm) acrescidos de argamassa de assentamento (espessura =
2,5cm) e piso cerâmico (espessura = 1cm). A transmitância térmica total do piso é de 3,02
W/m².K.
As janelas são compostas de esquadrias de alumínio vidro simples de 3 mm com fator solar
de 0,84. Todas as janelas, exceto a do banheiro, possuem dimensões de 1,71 x 1,00m com
folhas de correr horizontais e abertura de 50% do vão. A janela do banheiro possui dimensões
de 0,91x0,50m. As. A área destinada à ventilação é de 50% da área total da janela. As
características físicas das esquadrias foram desprezadas no balanço térmico das simulações.
As definições referentes à ocorrência de ventilação através das janelas e portas serão
detalhadas no item 3.4.8 deste trabalho.
85
Figura 26 – Padrão de ocupação para dias úteis
3.4.6. Iluminação
86
padrão de uso da iluminação para dias úteis e finais de semana, respectivamente, indicando a
utilização por zona (0 = desligado; 1 = em uso) em intervalos de 1 hora. A partir destes valores
foram gerados schedules de utilização da iluminação para cada zona. Para a verificação do
desempenho segundo a NBR 15.575/2013 (ABNT, 2013), o uso da iluminação é
desconsiderado nas simulações, conforme proposição da norma.
A potência e o padrão de uso dos equipamentos foram estimados com base em dados de
consumo de eletrodomésticos do PROCEL (2012). A Tabela 17 apresenta a estimativa de
potência instalada por ambiente e seu padrão estimado de uso. A partir destes dados foram
geradas rotinas de utilização de equipamentos para cada zona, considerando a média de horas
de utilização diária e a quantidade de dias utilizados no mês.
A potência instalada foi considerada para efeitos de ganho de calor nos ambientes,
aplicando-se um fator de fração radiante de 0,5 para os equipamentos da sala (zona 1) e
cozinha (zona 2). Porém, o chuveiro (zona 4) não foi considerado no balanço térmico da
edificação já que grande parte do calor gerado por este equipamento seria devido a correntes
convectivas, que não são devidamente modeladas pelo software EnergyPlus (MATOS, 2007).
3.4.8. Ventilação
88
condições descritas nas equações 3.34 e 3.35, resultando em um controle de abertura seletivo,
conforme indicado na Figura 32.
Onde:
Tsetpoint = 25ºC;
Os coeficientes de pressão do vento para fachada e para cada ambiente interno foram
definidos pelo próprio software EnergyPlus, através da escolha do algoritmo
SurfaceAverageCalculation. Esta opção só pode ser adotada para edifícios de formato
retangular, como no caso deste estudo. Os coeficientes de pressão para edifícios baixos e
retangulares são obtidos através da equação 3.36 proposto por SWAMI e CHANDRA (1988).
eq.3.36
Onde:
90
Figura 31 – Porta ou janela representando os fatores geométricos associados a abertura para ventilação.
Fonte: DOE, 2013
Pode-se ainda reduzir a área efetiva para ventilação através da inclusão do fator de
abertura (opening factor) ou ainda especificar mais de um valor para esta variável, criando vãos
intermediários, de maneira a modular a abertura destinada à ventilação e, por consequência,
modulando-se a variação da temperatura no interior da zona. As portas e janelas deste estudo
foram definidas com dois fatores de abertura, representando apenas as condições aberta e
fechada.
Para o coeficiente de descarga, foi adotado o valor de 0,65 para janelas e portas com
base em Santamouris (2002). A Tabela 18 apresenta valores para coeficiente de descarga
indicado por diversos autores.
Para este estudo foram definidas 8 orientações distintas, conforme demonstrado na Figura
34, de maneira a analisar a influência deste parâmetro de projeto nas condições de conforto. O
caso base foi definido como sendo orientado a 0º.
92
3.4.10. Localidades
Os dados climáticos foram obtidos a partir de arquivos no formato .TRY (Test Reference
Year). Segundo Goulart et al. (1998), um arquivo climático TRY é formado através de uma
metodologia baseada na eliminação de anos cujos dados contêm temperaturas médias mensais
extremas (altas ou baixas), até que se obtenha apenas um ano de dados médios. O TRY é
então uma série de dados climáticos tratados segundo uma metodologia e representa uma
situação referencial do clima do local em questão, para uso específico em um programa
computacional, sendo de difícil visualização. A utilização de arquivos TRY é de extrema
importância para estudos que avaliem a evolução da temperatura em simulações anuais, já que
os dados foram obtidos através de um único ano representativo, não existindo, portanto, saltos
ou descontinuidade nos valores que poderiam afetar a simulação do comportamento térmico da
edificação. A seguir, são descritas as condições climáticas e diretrizes construtivas, de acordo
com a NBR-15220, para cada localidade de estudo.
• Vedações externas
Estação de Inverno:
• Vedações externas
Estação de Inverno:
Estação de Verão:
Ventilação cruzada.
94
Natal – RN / Zona Bioclimática 8
• Vedações externas
Estação de Verão:
95
3.5. Casos Simulados
96
As tabelas 20, 21, 22, 23 e 24 apresentam as definições dos casos pertencentes aos
grupos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente.
97
Tabela 24 - Definição dos casos do Grupo 5 - Ventilação
As análises dos casos definidos foram divididas em três fases distintas. A fase 1,
referente à avaliação dos componentes da envoltória de acordo com o método simplificado da
NBR15.575/13, implica na análise dos Grupos 1 e 2, verificando-se a transmitância e
capacidade térmica deste componentes isoladamente. Na fase 2, ainda referente à
NBR15.575/13, aplicou-se o método simulado, permitindo a análise dos Grupos 1, 2, 3 e 4, para
verificação da temperatura do ar no interior dos ambientes em comparação à ocorrência de
temperaturas externas para dias típicos de inverno e verão. Na fase 3, referente à norma
ASHRAE55/13, foram simulados os grupos 1, 2, 3, 4 e 5, verificando-se a quantidade de graus-
hora de calor e de frio para a residência, apresentando ainda a intensidade de
sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio, para cada caso simulado. Esta análise permitiu
a comparação entre os dois normativos, possibilitando a análise de suas limitações e
especificidades.
Para a criação dos indicadores do modelo adaptativo, todos os resultados foram tratados
através do software Microsoft Excel, de maneira a facilitar a obtenção de cada gráfico. A
planilha (Figura 35) pode posteriormente ser traduzida em um software autônomo,
sistematizando a utilização dos indicadores criados para utilização em novos estudos.
98
Figura 33 - Interface da planilha de entrada de dados para obtenção dos indicadores
Para sua utilização, faz-se necessária a inclusão dos dados referentes à temperatura
externa e temperatura operativa para as 8760 horas do ano. A planilha permite ainda a
verificação de conforto por outras equações e limites de intervalo de conforto, através de
janelas que permitem a inserção dos valores referentes a:
99
100
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Este capítulo apresenta a análise dos resultados obtidos através das simulações
computacionais descritas no capítulo 3. Os resultados são apresentados nas três fases
distintas, para cada cidade. Inicialmente são apresentados os resultados dos cálculos de
transmitância térmica e capacidade térmica para paredes e coberturas (grupos 1 e 2), conforme
procedimento 1, descrito na norma NBR15575/13. A descrição detalhada do cálculo de
transmitância térmica e capacidade térmica, para cada componente de alvenaria e cobertura,
encontram-se no Apêndice A deste trabalho.
Na terceira e última fase são simulados os cinco grupos descritos inicialmente, verificando-
se a ocorrência de graus-hora de desconforto ao frio e ao calor, bem como a intensidade do
sobreaquecimento e sobrearrefecimento médio, para cada caso. Em seguida são aplicados os
indicadores de conforto, descritos no capítulo 3, para o caso base definido. Por fim, os
resultados obtidos para as três fases são comparados entre si e entre as diferentes localidades
de maneira a analisar o modelo adaptativo em questão.
101
4.1. Análise dos resultados para Curitiba-PR
De acordo com a NBR 15575/13, a avaliação de alvenarias pelo método simplificado leva
em consideração a transmitância térmica e capacidade térmica. Os critérios são:
102
Componentes de Parede NBR15575
13_E+TC9+G Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Gesso 0.39 2.58 90.98 não atende
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm)
14_E+TC14+G + Gesso (caso base) 0.39 2.56 135.97 não atende
15_E+TC19+G Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Gesso 0.54 1.85 163.93 atende
16_E+TM10+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 0.30 3.37 182.00 não atende
17_E+TM20+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 0.42 2.40 363.04 atende
18_E+CM10+G Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 0.25 3.93 212.96 não atende
19_E+TC9+E Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Emboço 0.40 2.49 113.86 não atende
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm)
20_E+TC14+E + Emboço 0.40 2.48 158.85 atende
21_E+TC19+E Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Emboço 0.55 1.81 186.81 atende
22_E+TM10+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm ) + Emboço 0.31 3.23 204.89 não atende
23_E+TM20+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 0.43 2.33 385.92 atende
24_E+CM10+E Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 0.27 3.74 235.85 não atende
103
A partir dos cálculos das propriedades térmicas das composições de elementos de alvenaria,
verifica-se que:
O caso base do estudo, composto por alvenaria de bloco cerâmico estrutural de espessura = 14
cm, revestido em ambas as faces por emboço, atende aos critérios de capacidade térmica.
Porém, quanto à transmitância térmica, não atende, dado o valor de U menor que o exigido.
104
4.1.1.2. Grupo 2 – Coberturas
• Desempenho Mínimo:
• Desempenho Intermediário:
• Desempenho Superior:
A partir dos cálculos efetuados das propriedades térmicas dos componentes de fechamento
vertical externo, verificou-se a adequação à norma NBR 15575/13 para cada composição de
cobertura, conforme Tabela 26, a seguir:
Tabela 26 - Desempenho térmico de coberturas com relação à transmitância para a zona 3, de acordo
com o método simplificado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR
106
Verifica-se, a partir dos cálculos das propriedades térmicas das composições de elementos de
cobertura, que:
e. Os casos que contêm isolante resistivo, aplicados junto ao forro ou laje, proporcionam
os melhores níveis de desempenho;
A utilização de laje sem telhado não atende ao desempenho mínimo exigido, sendo, portanto,
necessário incorporar um componente de forro (madeira ou gesso), criando um bolsão de ar
confinado entre a laje e o forro.
107
4.1.2. Fase 2- NBR 15.575/13 – Método Simulado
A análise das simulações ocorre para condições de verão e inverno, a partir da definição do
dia típico para cada situação. Os resultados demonstram as temperaturas máximas para a
condição de verão e temperaturas mínimas para a condição de inverno para cada zona térmica
da residência. O atendimento à NBR 15.575/13, para a zona bioclimática 1, ocorre quando as
temperaturas internas, em comparação às temperaturas externas, atingem os valores conforme
Tabela 27:
Tabela 27 – Condições limites de temperaturas para verão e inverno segundo NBR 15.575/13 para zona
bioclimática 1
108
Z3-Quarto1 Z4-Sanitário Z5-Quarto2 Z1-Estar Z2-Cozinha VERÃO INVERNO
Código Descrição
Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin (05/02) (08/07)
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm)
01_TC9+G + Gesso 31.44 9.26 30.35 9.59 32.64 9.33 32.35 9.40 31.65 9.20 NÃO ATENDE MÍNIMO
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
02_TC14+G (e=14cm) + Gesso 30.93 9.41 29.66 9.75 31.32 9.47 31.34 9.52 31.14 9.31 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm)
03_TC19+G + Gesso 30.21 9.78 29.03 10.09 29.85 9.82 30.26 9.83 30.70 9.54 NÃO ATENDE MÍNIMO
04_TM10+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 30.75 9.37 29.42 9.72 31.01 9.43 31.01 9.49 30.81 9.30 NÃO ATENDE MÍNIMO
05_TM20+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 28.99 10.46 28.10 10.69 28.47 10.46 28.99 10.42 29.80 10.04 MÍNIMO MÍNIMO
06_CM10+G Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 31.68 9.39 29.95 9.75 32.16 9.44 31.85 9.50 31.12 9.33 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm)
07_TC9+E + Emboço 31.00 9.38 29.84 9.72 31.69 9.45 31.62 9.50 31.27 9.29 NÃO ATENDE MÍNIMO
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
08_TC14+E (e=14cm) + Emboço 30.51 9.56 29.27 9.89 30.55 9.61 30.73 9.64 30.82 9.41 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm)
09_TC19+E + Emboço 29.77 9.94 28.70 10.24 29.34 9.97 29.83 9.96 30.41 9.64 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+
10_TM10+E Emboço 30.46 9.51 29.16 9.85 30.41 9.56 30.55 9.61 30.62 9.40 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) +
11_TM20+E Emboço 28.84 10.52 28.00 10.73 28.34 10.53 28.87 10.53 29.73 10.13 MÍNIMO MÍNIMO
12_CM10+E Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 31.38 9.53 29.68 9.88 31.49 9.58 31.34 9.62 30.92 9.42 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
13_E+TC9+G quadrados (e=9cm) + Gesso 31.25 9.34 30.01 9.68 31.86 9.41 31.77 9.47 31.40 9.26 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
14_E+TC14+G quadrados (e=14cm) + Gesso (caso base) 30.69 9.54 29.36 9.88 30.63 9.60 30.82 9.63 30.92 9.40 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
15_E+TC19+G quadrados (e=19cm) + Gesso 30.00 9.89 28.85 10.20 29.51 9.93 29.99 9.92 30.55 9.61 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
16_E+TM10+G (e=10cm) + Gesso 30.44 9.58 29.13 9.91 30.30 9.63 30.47 9.66 30.60 9.44 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
17_E+TM20+G (e=20cm) + Gesso 28.85 10.56 28.02 10.77 28.37 10.56 28.88 10.58 29.75 10.17 MÍNIMO MÍNIMO
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) +
18_E+CM10+G Gesso 30.27 9.60 29.01 9.93 30.23 9.65 30.35 9.69 30.42 9.47 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
19_E+TC9+E quadrados (e=9cm) + Emboço 30.81 9.49 29.53 9.83 30.98 9.55 31.09 9.59 31.06 9.36 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
20_E+TC14+E quadrados (e=14cm) + Emboço 30.26 9.70 29.02 10.03 29.97 9.75 30.29 9.76 30.62 9.50 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
21_E+TC19+E quadrados (e=19cm) + Emboço 29.58 10.05 28.55 10.35 29.09 10.08 29.62 10.05 30.29 9.72 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
22_E+TM10+E (e=10cm )+ Emboço 30.14 9.72 28.90 10.04 29.81 9.77 30.10 9.79 30.41 9.54 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
23_E+TM20+E (e=20cm) + Emboço 28.71 10.61 27.94 10.82 28.29 10.61 28.79 10.62 29.69 10.26 MÍNIMO MÍNIMO
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) +
24_E+CM10+E Emboço 30.06 9.74 28.84 10.06 29.83 9.78 30.05 9.80 30.30 9.56 NÃO ATENDE MÍNIMO
109
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm)
25_TC9+AR+LR25 + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
+DW+G gesso acartonado + Gesso 30.79 9.96 29.71 10.22 30.57 10.01 31.01 9.97 31.47 9.59 NÃO ATENDE MÍNIMO
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
26_TC14+AR+LR2 (e=14cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) +
5+DW+G Placa de gesso acartonado + Gesso 30.68 10.01 29.61 10.27 30.44 10.05 30.91 10.01 31.40 9.63 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm)
27_TC19+AR+LR2 + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
5+DW+G gesso acartonado + Gesso 30.56 10.10 29.54 10.35 30.37 10.13 30.84 10.08 31.36 9.68 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Ar +
28_TM10+AR+LR2 Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
5+DW+G acartonado + Gesso 30.66 10.02 29.61 10.28 30.44 10.06 30.91 10.02 31.40 9.64 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Ar +
29_TM20+AR+LR2 Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
5+DW+G acartonado + Gesso 30.47 10.26 29.50 10.49 30.35 10.29 30.82 10.23 31.33 9.79 NÃO ATENDE MÍNIMO
Concreto maciço (e=10cm) + Ar + Lã de
30_CM10+AR+LR2 rocha (e=25mm) + Placa de gesso
5+DW+G acartonado + Gesso 30.79 10.04 29.69 10.30 30.53 10.08 30.98 10.04 31.45 9.65 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
quadrados (e=9cm) + Ar + Lã de rocha
31_E+TC9+AR+LR (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
25+DW+G Gesso 30.74 9.98 29.66 10.25 30.49 10.03 30.95 9.99 31.43 9.61 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
quadrados (e=14cm) + Ar + Lã de rocha
32_E+TC14+AR+L (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
R25+DW+G Gesso 30.63 10.04 29.58 10.30 30.41 10.08 30.88 10.04 31.38 9.65 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
quadrados (e=19cm) + Ar + Lã de rocha
33_E+TC19+AR+L (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
R25+DW+G Gesso 30.53 10.13 29.53 10.38 30.36 10.17 30.83 10.11 31.35 9.71 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
34_E+TM10+AR+L (e=10cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) +
R25+DW+G Placa de gesso acartonado + Gesso 30.62 10.07 29.58 10.32 30.41 10.11 30.88 10.06 31.38 9.67 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
35_E+TM20+AR+L (e=20cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) +
R25+DW+G Placa de gesso acartonado + Gesso 30.46 10.30 29.50 10.52 30.35 10.32 30.82 10.26 31.33 9.82 NÃO ATENDE MÍNIMO
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Ar
36_E+CM10+AR+L + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
R25+DW+G acartonado + Gesso 30.62 10.08 29.59 10.33 30.42 10.12 30.89 10.07 31.38 9.67 NÃO ATENDE MÍNIMO
Tabela 28 - Desempenho térmico de paredes de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR
110
A partir dos resultados das simulações, verifica-se que, para condição de verão, apenas
os casos que utilizam o tijolo maciço de 20 cm atendem às condições de desempenho mínimo
exigido pela norma. Os demais casos, inclusive a situação que utiliza o tijolo maciço de 20 cm
com isolamento térmico, não atendem ao desempenho mínimo, para as condições simuladas.
Os casos simulados não devem ser analisados isoladamente como feito anteriormente
no método simplificado. O não atendimento às exigências da norma não possui relação apenas
com os componentes de alvenaria, mas com todas as variáveis definidas para o modelo.
Entretanto, verifica-se que os resultados aqui obtidos apresentam significativa paridade com os
resultados obtidos através do método simplificado. Ambos demonstram o melhor desempenho
para o componente TC20, quando utilizado na zona bioclimática 1.
111
4.1.2.2. Grupo 2 – Coberturas
A Tabela 28 apresenta os valores de temperatura máxima para o dia típico de verão e a temperatura mínima para o dia típico de
inverno para cada zona térmica, verificando-se as exigências para o atendimento ao método simulado proposto na NBR15575/13.
Considera-se o atendimento à norma quando há cumprimento das exigências para todas as zonas térmicas analisadas.
08_TC+AL Telha cerâmica + Alumínio polido 29.73 9.66 28.69 9.93 29.85 9.71 29.91 9.75 30.27 9.54 NÃO ATENDE MÍNIMO
09_TC+AL+AR+ Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Forro
FG em gesso acartonado 28.54 9.86 27.16 10.17 28.68 9.92 28.51 9.98 28.80 9.71 MÍNIMO MÍNIMO
10_TC+AL+AR+ Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Forro
FM em madeira 28.44 9.89 27.06 10.20 28.60 9.95 28.42 10.01 28.70 9.74 MÍNIMO MÍNIMO
11_TC+AL+AR+L Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Laje
C+E maciça em concreto 27.05 10.39 25.86 10.76 27.39 10.43 27.14 10.51 27.30 10.31 INTERMEDIARIO MÍNIMO
12_TC+AL+AR+L Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Laje
M12+E mista (lajota) + Emboço 27.14 10.30 25.91 10.67 27.47 10.35 27.20 10.43 27.37 10.22 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã
13_TC+AL+AR+L de Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
R25+FG acartonado 27.04 10.18 25.53 10.55 27.22 10.26 26.93 10.35 27.37 10.03 INTERMEDIARIO MÍNIMO
14_TC+AL+AR+L Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã
R25+FM de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 27.08 10.20 25.53 10.57 27.21 10.28 26.93 10.37 27.85 10.05 INTERMEDIARIO MÍNIMO
112
15_TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm) 32.67 9.28 31.65 9.51 32.38 9.30 32.78 9.31 32.89 9.13 NÃO ATENDE MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro
16_TF6+AR+FG em gesso acartonado 31.19 9.46 29.72 9.79 30.90 9.51 31.09 9.55 31.40 9.33 NÃO ATENDE MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro
17_TF6+AR+FM em madeira 30.81 9.52 29.39 9.85 30.63 9.57 30.80 9.61 31.03 9.38 NÃO ATENDE MÍNIMO
18_TF6+AR+LC+ Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Laje
E maciça em concreto 28.94 10.04 27.76 10.36 29.31 10.07 29.23 10.12 29.15 9.96 MÍNIMO MÍNIMO
19_TF6+AR+LM Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Laje
12+E mista (lajota) + Emboço 28.95 9.97 27.73 10.29 29.31 10.00 29.22 10.06 29.16 9.88 MÍNIMO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de
20_TF6+AR+LR2 Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
5+FG acartonado 27.38 10.13 25.81 10.50 27.46 10.22 27.24 10.30 27.72 9.97 INTERMEDIARIO MÍNIMO
21_TF6+AR+LR2 Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de
5+FM Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 27.35 10.14 25.77 10.51 27.43 10.23 27.20 10.31 27.68 9.99 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
22_TF6+AL polido 29.66 9.64 28.67 9.90 29.79 9.68 29.83 9.73 29.89 9.51 MÍNIMO MÍNIMO
23_TF6+AL+AR+ Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
FG polido + Ar+ Forro em gesso acartonado 28.56 9.84 27.17 10.16 28.65 9.91 28.54 9.96 28.82 9.69 MÍNIMO MÍNIMO
24_TF6+AL+AR+ Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
FM polido + Ar+ Forro em madeira 28.46 9.87 27.04 10.19 28.57 9.94 28.40 10.00 28.73 9.72 MÍNIMO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
25_TF6+AL+AR+ polido + Ar+ regularização +Laje maciça em
LC+E concreto 27.09 10.37 25.89 10.74 27.42 10.42 27.17 10.50 27.33 10.29 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
26_TF6+AL+AR+ polido + Ar + regularização + Laje mista
LM12+E (lajota) + Emboço 27.17 10.29 25.95 10.65 27.50 10.33 27.24 10.41 27.41 10.20 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
27_TF6+AL+AR+ polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
LR25+FG em gesso acartonado 27.05 10.17 25.54 10.54 27.22 10.26 26.95 10.35 27.38 10.02 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
28_TF6+AL+AR+ polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
LR25+FM em madeira 27.00 10.19 25.49 10.56 27.18 10.27 26.86 10.36 27.34 10.04 INTERMEDIARIO MÍNIMO
29_TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm) 32.55 9.29 31.53 9.52 32.33 9.32 32.67 9.34 32.77 9.15 NÃO ATENDE MÍNIMO
30_TF10+AR+F Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro
G em gesso acartonado 31.07 9.47 29.69 9.80 30.90 9.52 31.09 9.55 31.28 9.33 NÃO ATENDE MÍNIMO
31_TF10+AR+F Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro
M em madeira 30.69 9.52 29.36 9.86 30.60 9.58 30.79 9.61 30.91 9.38 NÃO ATENDE MÍNIMO
32_TF10+AR+LC Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Laje
+E maciça em concreto 28.88 10.05 27.69 10.38 29.26 10.08 29.17 10.14 29.05 9.98 MÍNIMO MÍNIMO
33_TF10+AR+L Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Laje
M12+E mista (lajota) + Emboço 28.89 9.98 27.67 10.30 29.25 10.01 29.16 10.07 29.07 9.90 MÍNIMO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de
34_TF10+AR+LR Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
25+FG acartonado 27.38 10.13 25.80 10.50 27.45 10.22 27.23 10.30 27.71 9.97 INTERMEDIARIO MÍNIMO
35_TF10+AR+LR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de
25+FM Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 27.33 10.14 25.76 10.51 27.42 10.23 27.20 10.32 27.67 9.99 INTERMEDIARIO MÍNIMO
113
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
36_TF10+AL polido 29.66 9.64 28.65 9.91 29.79 9.69 29.83 9.73 29.89 9.51 MÍNIMO MÍNIMO
37_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+FG polido + Ar+ Forro em gesso acartonado 28.55 9.85 27.16 10.16 28.67 9.92 28.53 9.97 28.81 9.70 MÍNIMO MÍNIMO
38_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+FM polido + Ar+ Forro em madeira 28.45 9.88 27.05 10.19 28.59 9.94 28.40 10.00 28.72 9.72 MÍNIMO MÍNIMO
39_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+LC+E polido + Ar+ Laje maciça em concreto 27.06 10.38 25.86 10.75 27.40 10.42 27.13 10.50 27.30 10.30 INTERMEDIARIO MÍNIMO
40_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+LM12+E polido + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço 27.14 10.29 25.92 10.66 27.48 10.34 27.20 10.42 27.38 10.21 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
41_TF10+AL+AR polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
+LR25+FG em gesso acartonado 27.04 10.17 25.53 10.54 27.22 10.26 26.93 10.35 27.37 10.02 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
42_TF10+AL+AR polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
+LR25+FM em madeira 26.98 10.19 25.48 10.56 27.17 10.27 26.86 10.36 27.32 10.04 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Regularização + Impermeabilização com
43_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
LC)+E maciça em concreto + Emboço 24.53 8.90 23.24 9.09 24.75 8.89 24.58 8.94 25.21 8.89 SUPERIOR MÍNIMO
Regularização + Impermeabilização com
44_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
LM12)+E mista (lajota)+ Emboço 24.93 8.85 23.59 9.05 25.16 8.85 24.98 8.90 25.62 8.81 SUPERIOR MÍNIMO
Regularização + Impermeabilização com
45_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
LC)+AR+LR25+F maciça em concreto + Ar + Lã de Rocha
G (25mm) + Forro em gesso acartonado 26.53 10.04 24.95 10.38 26.67 10.12 26.65 10.21 27.36 9.87 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Regularização + Impermeabilização com
46_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
LC)+AR+LR25+F maciça em concreto + Ar + Lã de Rocha
M (25mm) + Forro em madeira 26.53 10.05 24.93 10.40 26.65 10.13 26.62 10.22 27.36 9.89 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Regularização + Impermeabilização com
47_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização +Laje
LM12)+AR+LR25 mista (lajota)+ Ar + Lã de Rocha (25mm) +
+FG Forro em gesso acartonado 26.55 10.01 24.97 10.35 26.70 10.09 26.67 10.18 27.37 9.84 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Regularização + Impermeabilização com
48_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização +Laje
LM12)+AR+LR25 mista (lajota)+ Ar + Lã de Rocha (25mm) +
+FM Forro em madeira 26.54 10.02 24.95 10.37 26.68 10.11 26.64 10.19 27.37 9.86 INTERMEDIARIO MÍNIMO
Tabela 29 - Desempenho térmico de coberturas de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR
114
Verifica-se que, para a condição de verão, os sistemas de cobertura que utilizam apenas
telhado, ou ainda telhado com forro simples (madeira ou placa de gesso acartonado), não
atendem às exigências mínimas estipuladas pela NBR15575/13. As composições que fazem
uso de cobertura e laje – cerâmica ou maciça em concreto – atendem ao mínimo desempenho
proposto para a condição de verão. Entretanto, para as coberturas TF6 e TF10, se incorporado
uma subcobertura de alumínio (AL), ainda que sem qualquer outro tipo de forro, atende-se à
condição de desempenho mínimo exigido.
115
4.1.2.3. Grupo 3- Orientação
Tabela 30 - Desempenho térmico de para diferentes orientações do edifício, de acordo com o método
simulado da NBR 15. 575/13 - Curitiba, PR
É possível verificar, a partir dos resultados obtidos para as diferentes orientações, que
para a condição de verão nenhuma situação atinge ao mínimo desempenho. Com relação às
condições de inverno, todas as orientações obtiveram desempenho mínimo. As variações na
temperatura máxima foram mais sensíveis à variação da orientação do que se comparada às
variações sofridas nas temperaturas mínimas. Isto se deve à incidência de radiação solar que
possibilita a elevação nos ganhos de carga térmica como resultado da orientação da edificação.
O caso base disposto a 0º em relação ao norte não atende aos níveis mínimos de
desempenho para as condições de verão, e possui desempenho mínimo para as condições de
inverno.
116
4.1.2.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas
Tabela 31 - Desempenho térmico de paredes para diferentes absortâncias de acordo com o método
simulado da NBR15.575/13 – Curitiba, PR
Conforme os resultados obtidos, para a condição de verão, os casos com absortância das
vedações verticais externas para valores acima de 0,4 não atendem às exigências mínimas
solicitadas pela norma. Para as condições de inverno, todas as situações analisadas atendem
ao desempenho mínimo requerido. Para a zona 1, a alteração da absortância de 0,1 para 0,9
representou o acréscimo de 4,26ºC na temperatura máxima no interior do ambiente. A variação
na absortância apresentou maior influência na variação das temperaturas máximas se
comparada às variações de temperaturas mínimas, demonstrando significativa importância
como instrumento de redução da carga térmica no interior de edifícios.
117
4.1.3. Fase 3- ASHRAE55/13 – Modelo Adaptativo
A seguir são apresentados os resultados das simulações para os cinco grupos definidos
anteriormente para a cidade de Curitiba-PR, de acordo com o modelo adaptativo proposto na
norma ASHRAE55/13. Os resultados apresentados são separados por grupos de análise,
demonstrando-se a quantidade anual de graus-hora de desconforto total ao frio e ao calor.
Estas duas últimas análises são ainda correlacionadas ao sobrearrefecimento e
sobreaquecimento médio, respectivamente. Os componentes simulados estão demonstrados
em ordem crescente de conforto para cada situação.
Figura 34 - Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para α=0,7,
Curitiba – PR, baseado em arquivo TRY, 1969
118
4.1.3.1. Grupo 1 – Paredes
120
Verifica-se ainda elevada quantidade de ºCh de desconforto ao frio se comparado ao
calor. Em média, o desconforto ao frio, para os componentes analisados, foi 67,7 vezes maior
do que o desconforto ao calor. A situação extrema ocorreu para o caso 23_E+TM20+E, em que
a quantidade de graus-hora de desconforto ao frio foi 433,54 vezes maior do que as horas de
desconforto ao calor, dado que para este caso, o desconforto ao calor foi de apenas 28,83 ºCh,
enquanto o desconforto ao frio atingiu 12.498,52 ºCh. O maior desconforto ao frio ocorreu para
o caso 01_TC9+G, totalizando 17.557,05 ºCh anuais. O maior desconforto ao calor também foi
observado para o caso 01_TC9+G, totalizando 464,85 ºCh.
121
Sar. NBR 15575 / Saq. NBR 15575 / CT U
SIMULAÇÕES GHfrio (ºC) Inverno GHcalor (ºC) Verão GHtotal (kJ/m².K) (W/m².K)
01_TC9+G 17559.05 -2.87 MÍNIMO 464.85 1.12 NÃO ATENDE 18023.90 63.05 2.72
13_E+TC9+G 16700.25 -2.79 MÍNIMO 374.28 0.91 NÃO ATENDE 17074.53 90.98 2.58
07_TC9+E 16622.21 -2.80 MÍNIMO 326.43 0.84 NÃO ATENDE 16948.64 85.94 2.62
02_TC14+G 16323.85 -2.78 MÍNIMO 286.34 0.82 NÃO ATENDE 16610.19 108.04 2.70
04_TM10+G 15925.92 -2.78 MÍNIMO 247.01 0.81 NÃO ATENDE 16172.94 154.08 3.61
19_E+TC9+E 15783.85 -2.72 MÍNIMO 255.76 0.79 NÃO ATENDE 16039.61 113.86 2.49
08_TC14+E 15502.00 -2.70 MÍNIMO 197.20 0.70 NÃO ATENDE 15699.21 130.93 2.61
14_E+TC14+G 15396.89 -2.69 MÍNIMO 217.59 0.74 NÃO ATENDE 15614.48 135.97 2.56
10_TM10+E 15317.82 -2.71 MÍNIMO 184.64 0.70 NÃO ATENDE 15502.47 176.96 3.45
25_TC9+AR+LR25+DW+G 15017.60 -2.53 MÍNIMO 231.23 0.81 NÃO ATENDE 15248.83 29.01 0.89
16_E+TM10+G 14926.60 -2.68 MÍNIMO 178.97 0.68 NÃO ATENDE 15105.58 182.00 3.37
31_E+TC9+AR+LR25+DW+G 14802.29 -2.52 MÍNIMO 219.48 0.78 NÃO ATENDE 15021.77 31.12 0.88
26_TC14+AR+LR25+DW+G 14721.66 -2.51 MÍNIMO 209.21 0.77 NÃO ATENDE 14930.87 51.50 0.89
06_CM10+G 14478.24 -2.68 MÍNIMO 439.27 1.04 NÃO ATENDE 14917.51 185.04 4.27
18_E+CM10+G 14731.01 -2.68 MÍNIMO 166.79 0.68 NÃO ATENDE 14897.81 212.96 3.93
28_TM10+AR+LR25+DW+G 14666.72 -2.50 MÍNIMO 208.15 0.78 NÃO ATENDE 14874.87 31.12 0.97
03_TC19+G 14722.36 -2.61 MÍNIMO 136.72 0.75 NÃO ATENDE 14859.08 136.00 1.93
20_E+TC14+E 14664.86 -2.62 MÍNIMO 148.43 0.70 NÃO ATENDE 14813.30 158.85 2.48
32_E+TC14+AR+LR25+DW+G 14549.30 -2.49 MÍNIMO 202.68 0.76 NÃO ATENDE 14751.98 31.12 0.88
34_E+TM10+AR+LR25+DW+G 14518.46 -2.49 MÍNIMO 202.88 0.75 NÃO ATENDE 14721.34 31.12 0.95
36_E+CM10+AR+LR25+DW+G 14510.96 -2.49 MÍNIMO 203.85 0.76 NÃO ATENDE 14714.82 31.12 0.99
27_TC19+AR+LR25+DW+G 14490.84 -2.48 MÍNIMO 193.88 0.76 NÃO ATENDE 14684.72 65.48 0.79
30_CM10+AR+LR25+DW+G 14350.08 -2.48 MÍNIMO 226.08 0.81 NÃO ATENDE 14576.16 31.12 1.01
33_E+TC19+AR+LR25+DW+G 14380.84 -2.47 MÍNIMO 191.46 0.76 NÃO ATENDE 14572.30 31.12 0.77
22_E+TM10+E 14418.44 -2.63 MÍNIMO 132.34 0.65 NÃO ATENDE 14550.78 204.89 3.23
29_TM20+AR+LR25+DW+G 14357.76 -2.47 MÍNIMO 188.39 0.74 NÃO ATENDE 14546.15 31.12 0.87
35_E+TM20+AR+LR25+DW+G 14294.56 -2.46 MÍNIMO 188.45 0.74 NÃO ATENDE 14483.01 31.12 0.86
24_E+CM10+E 14320.62 -2.64 MÍNIMO 129.41 0.67 NÃO ATENDE 14450.03 235.85 3.74
12_CM10+E 13935.67 -2.64 MÍNIMO 343.77 0.98 NÃO ATENDE 14279.43 207.92 4.05
15_E+TC19+G 14076.47 -2.56 MÍNIMO 108.15 0.65 NÃO ATENDE 14184.62 163.93 1.85
09_TC19+E 14093.67 -2.56 MÍNIMO 88.90 0.65 NÃO ATENDE 14182.58 158.89 1.88
21_E+TC19+E 13535.36 -2.51 MÍNIMO 70.83 0.61 NÃO ATENDE 13606.19 186.81 1.81
05_TM20+G 12983.08 -2.50 MÍNIMO 35.89 0.50 MÍNIMO 13018.97 335.11 2.52
11_TM20+E 12825.89 -2.49 MÍNIMO 31.24 0.51 MÍNIMO 12857.13 358.00 2.44
17_E+TM20+G 12592.99 -2.47 MÍNIMO 32.14 0.52 MÍNIMO 12625.12 363.04 2.40
23_E+TM20+E 12469.69 -2.45 MÍNIMO 28.83 0.48 MÍNIMO 12498.52 385.92 2.33
Tabela 32- Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G1 – Paredes – Curitiba, PR
122
4.1.3.2. Grupo 2 – Coberturas
124
graus-hora de desconforto total, se comparados os casos 01_TC ao similar incorporando-se a
subcobertura em alumínio, 08_TC+AL.
Assim como observado na análise dos casos de paredes, verifica-se elevada quantidade
de ºCh de desconforto ao frio em relação ao calor. Em média, o desconforto ao frio, para os
componentes analisados, foi 5600 vezes maior do que o desconforto ao calor. O maior
desconforto ao frio ocorreu para o caso 16_TF6+AR+FG, totalizando 15.625,42 ºCh, enquanto o
maior desconforto ao calor ocorreu para o caso 15_TF6, totalizando 691 ºCh. Nota-se que a
variação do sobreaquecimento é maior em relação à variação do sobrearrefecimento que se
mantêm entre -2,37 ºC e -2,76 ºC, enquanto o sobreaquecimento varia de 0,11 a 1,11ºC. Os
casos com maior intensidade de sobreaquecimento foram também os que apresentaram o
maior desconforto ao calor, conforme Figura 42.
15_TF6 15512.07 -2.76 MÍNIMO 691.35 1.11 NÃO ATENDE 16203.42 4.56
29_TF10 15459.60 -2.74 MÍNIMO 666.15 1.08 NÃO ATENDE 16125.75 4.44
01_TC 15461.29 -2.74 MÍNIMO 657.48 1.07 NÃO ATENDE 16118.77 4.50
16_TF6+AR+FG 15625.42 -2.73 MÍNIMO 280.59 0.86 NÃO ATENDE 15906.01 2.15
30_TF10+AR+FG 15607.66 -2.73 MÍNIMO 272.14 0.83 NÃO ATENDE 15879.80 2.12
02_TC+AR+FG 15610.12 -2.72 MÍNIMO 267.98 0.83 NÃO ATENDE 15878.10 2.14
17_TF6+AR+FM 15415.10 -2.70 MÍNIMO 227.90 0.77 NÃO ATENDE 15643.00 2.00
31_TF10+AR+FM 15397.06 -2.70 MÍNIMO 221.21 0.74 NÃO ATENDE 15618.27 1.97
03_TC+AR+FM 15396.89 -2.69 MÍNIMO 217.59 0.74 NÃO ATENDE 15614.48 1.98
125
10_TC+AL+AR+FM 14560.59 -2.55 MÍNIMO 22.13 0.52 MÍNIMO 14582.72 1.11
08_TC+AL 14419.77 -2.58 MÍNIMO 138.39 0.65 NÃO ATENDE 14558.16 1.20
Tabela 33 – Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G2 - Coberturas – Curitiba, PR
126
Como se pode observar, da mesma maneira que ocorrido nos casos de parede, a
classificação dos casos simulados é equivalente entre os dois métodos de análise. Os piores
casos são aqueles que, de maneira geral, apresentam maiores valores de transmitância térmica
enquanto os melhores são os que apresentam valores de transmitância térmica reduzida. Deve-
se ressaltar que diferenças na classificação dos casos entre os dois modelos ocorrem devido a
não inclusão de cargas térmicas internas nas simulações da NBR 15575/13. Os casos
43_(RE+IM+RE+LC)+E e 44_(RE+IM+RE+LM12)+E apresentaram desempenho superior
segundo classificação da NBR 15575/13, devido a inexistências de cargas térmicas internas
naquele modelo de cálculo. Ao se introduzir cargas térmicas de uso e ocupação, estes
componentes não permitem a saída de calor gerado no interior do ambiente, aumentando as
temperaturas no interior das zonas térmicas e reduzindo o desempenho térmico da edificação.
Ressalta-se que o modelo proposto pela norma NBR 15.575/13, ao desconsiderar o uso e a
ocupação, pode distorcer o comportamento térmico real, quando da utilização da residência.
127
Figura 41 - Grupo 3 / Orientação - Graus-hora de desconforto total – Curitiba, PR
128
Figura 43 - Grupo 3 / Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio – Curitiba, PR
129
Figura 44 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto total – Curitiba, PR
130
Figura 46 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Curitiba, PR
A partir dos resultados obtidos para diferentes absortâncias dos componentes de alvenaria,
verifica-se que o desconforto ao frio e ao calor apresenta relação direta com valores de
absortância dos componentes de parede voltados à face externa do edifício. A modificação de
valores de absortância altera de maneira inversa o desconforto ao frio e ao calor, sendo que
quanto maior a absortância, maior o desconforto ao calor e menor o desconforto ao frio. O
melhor desempenho ocorreu para absortância α= 0,9, já que esta opção apresentou a menor
quantidade de horas desconfortáveis ao frio, entretanto, esta é também a opção com a maior
quantidade de horas desconfortáveis ao calor.
Em comparação com os resultados da segunda fase, Tabela 33, percebe-se que para
condição de inverno, o incremento da absortância não afeta o desempenho mínimo – obtido
para todas as situações - enquanto para condição de verão, apenas valores até 0,3 atenderiam
ao desempenho mínimo exigido, demonstrando novamente que as condições de inverno,
segundo a NBR15575/13, apresentam-se mais adequadas do que as condições de verão;
situação inversa da obtida através da metodologia da AHSRAE55/10.
131
NBR 15575 /
SIMULAÇÕES GHfrio Sar (ºC) Inverno GHcalor Saq (ºC) NBR 15575 / Verão GHtotal
Tabela 34 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G4 – Absortância – Curitiba, PR
132
Através da análise dos resultados apresentados, pode-se verificar que a temperatura de
setpoint apresenta um valor ótimo para obtenção do menor desconforto total. Com esta
temperatura de setpoint obtém-se o menor desconforto ao frio e ao calor, assumindo-se,
portanto, representar um comportamento humano adaptativo, que busca a menor condição de
desconforto possível, abrindo e fechando janelas conforme necessidade de adaptação ao
comportamento térmico da edificação. A variação da temperatura de setpoint passou a
influenciar as condições de desconforto ao calor a partir dos 26ºC, mantendo-se constante até
então. Para a condição de desconforto ao frio, as variações passaram a não surtir efeito a partir
dos 22ºC. A temperatura ótima para ocorrência da ventilação, quando há a menor quantidade
de graus horas de desconforto ao frio e ao calor, se dá aos 27ºC, totalizando 15.723,10ºCh.
133
4.1.3.6. Indicadores de conforto – Caso Base
100%
90%
80%
Comfort Distribution (%)
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
horas (h)
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
135
4,00
3,00
Toperativa - Tlimite ( °C )
2,00
1,00
0,00
-1,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
-2,00
-3,00
-4,00
-5,00
horas (h)
4,00
3,00
Toperativa - Tlimite ( °C )
2,00
1,00
0,00
-1,00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
-2,00
-3,00
-4,00
-5,00
Meses
136
conforme pode ser verificado também através da Figura 57, que demonstra a função de
regressão linear para as temperaturas (y=1,0638 + 1,4529), com coeficiente de determinação
de R²=0,44. A dispersão das temperaturas, verificadas na Figura 57, demonstra uma edificação
que apresenta elevada variação na ocorrência de temperatura interna. Esta edificação
caracteriza-se por apresentar uma baixa inércia térmica em componentes de fachada e elevada
transmitância térmica nos componente de cobertura. A utilização de um sistema de cobertura
com transmitância térmica elevada (U=1,98 W/m².K) e absortância também elevada α=0,6
contribuem significativamente para a baixa condição de inércia térmica do edifício. Isto aliado a
uma condição climática que proporciona significativa alteração nas temperaturas externas gera
elevadas amplitudes de temperaturas internas.
15,00%
14,00%
13,00%
12,00%
11,00%
10,00%
Ocorrência (%)
9,00%
8,00%
7,00%
6,00%
5,00%
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
-9,0
-8,0
-7,0
-6,0
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
-12,0
-11,0
-10,0
Toperativa - Tneutra ( °C )
137
Figura 54 - Histograma de temperaturas internas (Top-Tn) – Caso base – Curitiba, PR
Pela análise anual do balanço térmico, Figura 58, pode-se verificar que grande parte do
ganho de calor é proveniente das janelas, devido à incidência de radiação solar direta no
interior dos ambientes, sendo mais expressivos nas zonas 1 e 2, que possuem aberturas
orientadas para a face norte da residência, e apresentam ganhos anuais de 3,74 GJ e 3,65 GJ,
respectivamente. Os elevados ganhos e perdas de calor na zona 6, provenientes de
transferência por superfícies opacas, corroboram a hipótese anterior a respeito da influência da
transmitância térmica da cobertura no comportamento térmico da edificação. Os ganhos
oriundos de convecção superficial somaram 1,36 GJ, enquanto as perdas totalizam 1,61 GJ. A
ocupação e equipamentos apresentam-se também como significativas fontes de calor, somando
5,66 GJ anuais, demonstrando que sua modelagem deve ser cuidadosa de maneira a evitar
distorções nos resultados. Apesar da norma NBR 15.575/13 desconsiderar estes ganhos para
efeito da análise do desempenho da residência, a simulação demonstrou que são importantes
fontes de calor, influenciando no comportamento térmico final da edificação. O ganho por
138
iluminação mostrou-se de pouco efeito no balanço térmico global devido à baixa potência
instalada das lâmpadas na residência.
139
Ventilação Interna - Perda
Ventilação - Perda
Ventilação - Ganho
Janelas - Perda
Janelas - Ganho
Equipamentos
Iluminação
Ocupação
140
4.2. Análise dos resultados para Campinas-SP
De acordo com a NBR 15575/13, a avaliação de alvenarias pelo método simplificado leva
em consideração a transmitância térmica e capacidade térmica. Os critérios são:
141
Componentes de Parede NBR15575 para Zonas 3 a 8
142
Pode-se verificar, a partir dos cálculos das propriedades térmicas das composições de
elementos de alvenaria que:
143
4.2.1.2. Grupo 2 – Coberturas
• Desempenho Mínimo:
Para α≤0,6 – zona bioclimática 03 a 06, U ≤ 2,3 (W/m².K) ; Para α >0,6 – zona bioclimática 03 a
06, U ≤ 1,5 (W/m².K)
• Desempenho Intermediário:
Para α ≤0,6 – zona bioclimática 03 a 06, U ≤ 1,5 (W/m².K) ; Para α >0,6 – zona bioclimática 03
a 06, U ≤ 1,0 (W/m².K)
• Desempenho Superior:
Para α ≤ 0,6 – zona bioclimática 03 a 06, U ≤ 1,0 (W/m².K) ; Para α >0,6 – zona bioclimática 03
a 06, U ≤ 0,5 (W/m².K)
144
Componentes de Cobertura NBR15575 para Zonas 3 a 6
15_TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm) 0.22 4.56 NÃO ATENDE NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em
16_TF6+AR+FG gesso acartonado 0.46 2.15 MÍNIMO NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em
17_TF6+AR+FM madeira 0.50 2.00 MÍNIMO NÃO ATENDE
22_TF6+AL Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido 0.83 1.21 INTERMEDIARIO MÍNIMO
145
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido
27_TF6+AL+AR+LR25+FG + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Gesso 1.42 0.70 SUPERIOR INTERMEDIARIO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido
+ Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em
28_TF6+AL+AR+LR25+FM madeira 1.46 0.69 SUPERIOR INTERMEDIARIO
29_TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm) 0.23 4.44 NÃO ATENDE NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em
30_TF10+AR+FG gesso acartonado 0.47 2.12 MÍNIMO NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em
31_TF10+AR+FM madeira 0.51 1.97 MÍNIMO NÃO ATENDE
Tabela 36 - Desempenho térmico de coberturas com relação à transmitância para a zona 3, de acordo
com o método simplificado da NBR15.575/13 - Campinas, SP
146
Pode-se verificar, a partir dos cálculos das propriedades térmicas das composições de
elementos de cobertura que:
f. Os casos que contém isolante resistivo, aplicados junto ao forro ou laje, proporcionam
os melhores níveis de desempenho;
g. A utilização de laje sem telhado não atende ao desempenho mínimo exigido, sendo,
portanto, necessário incorporar um componente de forro (madeira ou gesso), criando um
bolsão de ar confinado entre a laje e o forro;
147
4.2.2. Fase 2- NBR 15.575/13 – Método Simulado
A análise das simulações ocorre para condições de verão e inverno, a partir da definição do
dia típico para cada situação. Os resultados demonstram as temperaturas máximas, para a
condição de verão e temperaturas mínimas, para a condição de inverno, para cada zona
térmica da residência. O atendimento à NBR 15.575/13, para a zona 3, ocorre quando as
temperaturas internas, em comparação às temperaturas externas, atingem os seguintes
valores:
148
Z3-Quarto1 Z4-Sanitário Z5-Quarto2 Z1-Estar Z2-Cozinha VERÃO INVERNO
Código Descrição
(19/04) (08/07)
Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm)
01_TC9+G + Gesso 31.73 13.88 30.70 14.59 31.84 13.96 32.76 14.13 33.31 13.82 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
02_TC14+G (e=14cm) + Gesso 31.08 14.25 30.10 14.94 31.03 14.34 31.96 14.45 32.66 14.08 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm)
03_TC19+G + Gesso 30.38 14.92 29.57 15.54 30.16 15.00 31.00 15.02 31.98 14.49 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
04_TM10+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 30.86 14.20 29.91 14.89 30.77 14.29 31.75 14.41 32.46 14.07 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
05_TM20+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 29.48 15.62 29.00 16.12 29.21 15.67 30.10 15.62 31.33 14.99 MÍNIMO SUPERIOR
06_CM10+G Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 31.44 14.19 30.30 14.87 31.34 14.27 32.50 14.40 33.01 14.07 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm)
07_TC9+E + Emboço 31.21 14.16 30.27 14.86 31.26 14.25 32.13 14.37 32.83 14.01 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
08_TC14+E (e=14cm) + Emboço 30.69 14.52 29.78 15.18 30.55 14.61 31.46 14.68 32.26 14.25 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm)
09_TC19+E + Emboço 30.05 15.14 29.34 15.73 29.82 15.22 30.64 15.21 31.73 14.64 NÃO ATENDE SUPERIOR
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+
10_TM10+E Emboço 30.58 14.43 29.70 15.10 30.41 14.53 31.37 14.61 32.18 14.22 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) +
11_TM20+E Emboço 29.39 15.74 28.95 16.23 29.14 15.79 30.02 15.73 31.27 15.08 MÍNIMO SUPERIOR
12_CM10+E Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 31.17 14.41 30.08 15.07 30.98 14.49 32.11 14.59 32.70 14.22 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
13_E+TC9+G quadrados (e=9cm) + Gesso 31.41 14.12 30.39 14.83 31.41 14.22 32.30 14.34 32.98 13.99 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
14_E+TC14+G quadrados (e=14cm) + Gesso (caso base) 30.78 14.51 29.83 15.19 30.61 14.61 31.54 14.68 32.32 14.25 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
15_E+TC19+G quadrados (e=19cm) + Gesso 30.17 15.10 29.42 15.70 29.93 15.18 30.75 15.17 31.83 14.61 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
16_E+TM10+G (e=10cm) + Gesso 30.54 14.51 29.67 15.17 30.35 14.60 31.32 14.68 32.15 14.27 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
17_E+TM20+G (e=20cm) + Gesso 29.40 15.78 28.96 16.25 29.15 15.83 30.03 15.76 31.28 15.10 MÍNIMO SUPERIOR
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) +
18_E+CM10+G Gesso 30.42 14.50 29.60 15.15 30.25 14.59 31.24 14.67 32.08 14.28 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
19_E+TC9+E quadrados (e=9cm) + Emboço 30.95 14.41 29.98 15.09 30.84 14.50 31.77 14.59 32.50 14.18 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
20_E+TC14+E quadrados (e=14cm) + Emboço 30.41 14.77 29.57 15.41 30.19 14.86 31.10 14.89 31.99 14.42 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
21_E+TC19+E quadrados (e=19cm) + Emboço 29.88 15.30 29.22 15.88 29.63 15.37 30.45 15.34 31.59 14.74 MÍNIMO SUPERIOR
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
22_E+TM10+E (e=10cm )+ Emboço 30.30 14.73 29.50 15.36 30.06 14.82 31.01 14.86 31.93 14.41 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
23_E+TM20+E (e=20cm) + Emboço 29.33 15.90 28.92 16.35 29.11 15.94 29.97 15.86 31.23 15.18 MÍNIMO SUPERIOR
149
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) +
24_E+CM10+E Emboço 30.24 14.70 29.48 15.32 30.02 14.78 30.99 14.84 31.93 14.40 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm)
25_TC9+AR+LR25 + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
+DW+G gesso acartonado + Gesso 30.92 15.32 30.07 15.88 30.79 15.40 31.53 15.34 32.45 14.66 NÃO ATENDE SUPERIOR
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
26_TC14+AR+LR2 (e=14cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) +
5+DW+G Placa de gesso acartonado + Gesso 30.80 15.41 29.98 15.96 30.68 15.49 31.42 15.41 32.37 14.72 NÃO ATENDE SUPERIOR
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm)
27_TC19+AR+LR2 + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
5+DW+G gesso acartonado + Gesso 30.73 15.52 29.94 16.05 30.62 15.59 31.36 15.50 32.33 14.78 NÃO ATENDE SUPERIOR
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Ar +
28_TM10+AR+LR2 Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
5+DW+G acartonado + Gesso 30.80 15.43 29.98 15.98 30.68 15.51 31.41 15.43 32.37 14.73 NÃO ATENDE SUPERIOR
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Ar +
29_TM20+AR+LR2 Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
5+DW+G acartonado + Gesso 30.72 15.65 29.94 16.15 30.63 15.72 31.36 15.61 32.33 14.87 NÃO ATENDE SUPERIOR
Concreto maciço (e=10cm) + Ar + Lã de
30_CM10+AR+LR2 rocha (e=25mm) + Placa de gesso
5+DW+G acartonado + Gesso 30.87 15.45 30.04 15.99 30.74 15.52 31.48 15.44 32.42 14.74 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
quadrados (e=9cm) + Ar + Lã de rocha
31_E+TC9+AR+LR (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
25+DW+G Gesso 30.85 15.37 30.01 15.93 30.72 15.45 31.46 15.38 32.40 14.70 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
quadrados (e=14cm) + Ar + Lã de rocha
32_E+TC14+AR+L (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
R25+DW+G Gesso 30.77 15.46 29.96 16.00 30.65 15.54 31.38 15.45 32.35 14.75 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos
quadrados (e=19cm) + Ar + Lã de rocha
33_E+TC19+AR+L (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
R25+DW+G Gesso 30.72 15.56 29.93 16.08 30.61 15.63 31.35 15.53 32.32 14.81 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
34_E+TM10+AR+L (e=10cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) +
R25+DW+G Placa de gesso acartonado + Gesso 30.77 15.48 29.96 16.01 30.66 15.55 31.39 15.47 32.35 14.76 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm
35_E+TM20+AR+L (e=20cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) +
R25+DW+G Placa de gesso acartonado + Gesso 30.72 15.68 29.95 16.17 30.64 15.74 31.36 15.64 32.34 14.88 NÃO ATENDE SUPERIOR
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Ar
36_E+CM10+AR+L + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
R25+DW+G acartonado + Gesso 30.78 15.48 29.97 16.02 30.66 15.56 31.40 15.47 32.36 14.76 NÃO ATENDE SUPERIOR
Tabela 37 - Desempenho térmico de paredes de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 - Campinas, SP
150
Verifica-se, a partir dos resultados obtidos para as composições de elementos de
alvenaria, que para a condição de verão apenas os componentes que utilizam o tijolo maciço de
20 cm atendem às condições mínimas solicitadas por norma, exceto quando utilizado em
conjunto com elementos isolantes. Ou seja, para todos os outros componentes, a máxima
temperatura interna ultrapassa a máxima temperatura externa para o dia típico de verão.
O uso de isolantes nas alvenarias não se mostrou eficaz para a condição de verão,
elevando a temperatura no interior da edificação. A sala (zona 1), que apresenta paredes
voltadas para norte e oeste, obteve acréscimo de 1,10⁰C em relação à temperatura máxima
quando comparado o caso 23_E+TM20+E ao similar 35_E+TM20+AR+LR25+DW+G, em que
foi adicionado um componente isolante. O uso do isolante prejudica o desempenho térmico,
uma vez que ganhos de calor proveniente de outras fontes, principalmente da cobertura, são
retidos no interior do edifício. Esta não é uma condição que pode ser generalizada, e o
desempenho de alvenarias com isolamento irá depender da existência de fluxos de calor para o
ambiente interno advindos de outras superfícies ou fontes. Para análise adequada, devem ser
simulados individualmente para cada situação pretendida.
Os casos simulados não devem ser analisados isoladamente, como feitos anteriormente
no método simplificado. O não atendimento às exigências da norma não possui relação apenas
com os componentes de alvenaria, mas com todas as variáveis definidas para o modelo, em
especial com a cobertura utilizada no caso base, responsável por uma parcela significativa do
ganho de calor no edifício.
151
4.2.2.2. Grupo 2 – Coberturas
A Tabela 37 apresenta os valores de temperatura máxima para o dia típico de verão e a temperatura mínima para o dia típico
de inverno para cada zona térmica (correspondente aos cômodos da residência), verificando-se as exigências para o atendimento
ao método simulado proposto na NBR15575/13. Considera-se o desempenho se há cumprimento das exigências para todas as
zonas térmicas analisadas.
152
14_TC+AL+AR+L Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã
R25+FM de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 29.34 15.83 28.26 16.69 29.12 16.02 29.98 16.16 31.27 15.50 MÍNIMO SUPERIOR
15_TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm) 31.81 14.00 31.06 14.44 31.57 14.04 32.60 14.10 33.58 13.79 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro
16_TF6+AR+FG em gesso acartonado 30.97 14.39 30.04 15.03 30.73 14.47 31.70 14.53 32.89 14.15 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro
17_TF6+AR+FM em madeira 30.83 14.49 29.89 15.16 30.62 14.59 31.57 14.66 32.77 14.25 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
18_TF6+AR+LC+ Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Laje
E maciça em concreto 29.79 15.30 28.89 15.99 29.70 15.42 30.42 15.50 31.33 15.05 MÍNIMO SUPERIOR
19_TF6+AR+LM Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Laje
12+E mista (lajota) + Emboço 29.86 15.29 28.92 15.97 29.76 15.41 30.50 15.50 31.41 15.02 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de
20_TF6+AR+LR2 Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
5+FG acartonado 29.53 15.71 28.50 16.56 29.33 15.90 30.18 16.03 31.51 15.39 MÍNIMO SUPERIOR
21_TF6+AR+LR2 Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de
5+FM Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 29.51 15.75 28.45 16.60 29.29 15.94 30.15 16.07 31.47 15.42 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
22_TF6+AL polido 30.58 14.51 29.84 15.01 30.43 14.57 31.28 14.66 32.26 14.30 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
23_TF6+AL+AR+ Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
FG polido + Ar+ Forro em gesso acartonado 29.91 15.01 29.06 15.70 29.81 15.13 30.57 15.22 31.66 14.76 NÃO ATENDE SUPERIOR
24_TF6+AL+AR+ Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
FM polido + Ar+ Forro em madeira 29.86 15.08 29.00 15.78 29.76 15.20 30.52 15.30 31.63 14.81 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
25_TF6+AL+AR+ polido + Ar+ regularização +Laje maciça em
LC+E concreto 29.07 15.81 28.19 16.55 28.92 15.95 29.58 16.07 30.60 15.53 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
26_TF6+AL+AR+ polido + Ar + regularização + Laje mista
LM12+E (lajota) + Emboço 29.14 15.76 28.20 16.50 28.97 15.91 29.68 16.03 30.73 15.48 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
27_TF6+AL+AR+ polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
LR25+FG em gesso acartonado 29.39 15.80 28.33 16.65 29.18 15.99 30.02 16.13 31.33 15.47 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio
28_TF6+AL+AR+ polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
LR25+FM em madeira 29.35 15.83 28.28 16.68 29.13 16.02 29.98 16.16 31.28 15.50 MÍNIMO SUPERIOR
29_TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm) 31.77 14.01 31.03 14.46 31.56 14.05 32.56 14.10 33.54 13.81 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
30_TF10+AR+F Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro
G em gesso acartonado 30.94 14.41 30.03 15.05 30.75 14.49 31.69 14.55 32.86 14.16 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
31_TF10+AR+F Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro
M em madeira 30.83 14.52 29.87 15.18 30.63 14.61 31.58 14.68 32.73 14.26 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
32_TF10+AR+LC Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Laje
+E maciça em concreto 29.77 15.34 28.86 16.02 29.68 15.45 30.39 15.54 31.29 15.08 MÍNIMO SUPERIOR
33_TF10+AR+L Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Laje
M12+E mista (lajota) + Emboço 29.82 15.31 28.88 16.00 29.71 15.43 30.46 15.52 31.37 15.04 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de
34_TF10+AR+LR Rocha (e=25mm) + Forro em gesso
25+FG acartonado 29.53 15.72 28.49 16.57 29.32 15.91 30.18 16.04 31.50 15.40 MÍNIMO SUPERIOR
153
35_TF10+AR+LR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de
25+FM Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 29.51 15.74 28.45 16.60 29.29 15.93 30.15 16.07 31.46 15.42 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
36_TF10+AL polido 30.58 14.52 29.84 15.03 30.45 14.59 31.28 14.67 32.23 14.32 NÃO ATENDE INTERMEDIÁRIO
37_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+FG polido + Ar+ Forro em gesso acartonado 29.91 15.01 29.07 15.70 29.82 15.13 30.57 15.22 31.65 14.77 NÃO ATENDE SUPERIOR
38_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+FM polido + Ar+ Forro em madeira 29.87 15.08 29.00 15.79 29.77 15.20 30.51 15.30 31.62 14.82 MÍNIMO SUPERIOR
39_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+LC+E polido + Ar+ Laje maciça em concreto 29.06 15.81 28.18 16.57 28.91 15.96 29.57 16.08 30.58 15.54 MÍNIMO SUPERIOR
40_TF10+AL+AR Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
+LM12+E polido + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço 29.13 15.76 28.19 16.52 28.97 15.91 29.67 16.04 30.71 15.49 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
41_TF10+AL+AR polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
+LR25+FG em gesso acartonado 29.38 15.79 28.32 16.65 29.16 15.98 30.01 16.12 31.32 15.47 MÍNIMO SUPERIOR
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio
42_TF10+AL+AR polido + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
+LR25+FM em madeira 29.29 15.82 28.23 16.68 29.10 16.01 29.93 16.15 30.88 15.48 MÍNIMO SUPERIOR
Regularização + Impermeabilização com
43_(RE+IM+RE+ manta asfáltica (4mm) + regularização + Laje
LC)+E maciça em concreto + Emboço 27.14 14.38 26.20 14.90 26.91 14.47 27.76 14.56 29.05 14.15 INTERMEDIARIO INTERMEDIÁRIO
Tabela 38 - Desempenho térmico de coberturas de acordo com o método simulado da NBR15.575/13 - Campinas, SP
154
Verifica-se que, para a condição de verão, os sistemas de cobertura que utilizam apenas
telhado, ou ainda telhado com forro simples (madeira ou placa de gesso acartonado), não
atendem às exigências mínimas estipuladas pela NBR15575/13. As composições que fazem
uso de cobertura e laje – cerâmica ou maciça em concreto – atendem ao mínimo desempenho
proposto para a condição de verão.
Com relação à análise para o período de inverno, grande parte das alternativas alcançou
desempenho superior, com exceção dos casos que apresentaram telhado sem ático e dos
casos de laje sem forro. Tal fato deve-se à maior dissipação de calor através da cobertura,
mantendo as temperaturas em níveis mais baixos no inverno.
O caso base definido para este estudo, 03_TC+AR+FM, não apresentou desempenho
mínimo para a condição de verão, entretanto, apresentou condições intermediárias para a
condição de inverno.
155
4.2.2.3. Grupo 3- Orientação
Tabela 39 - Desempenho térmico de para diferentes orientações do edifício, de acordo com o método
simulado da NBR 15. 575/13 - Campinas, SP
É possível verificar, a partir dos resultados obtidos para as diferentes orientações, que
para a condição de verão o desempenho mínimo só é atingido para orientações dispostas entre
45º e 180º em relação ao norte. Este resultado deve-se ao fato de ocorrerem diminuições nas
temperaturas máximas da sala e cozinha (zonas 1 e 2), quando o edifício encontra-se
implantado de maneira a reduzir a incidência de radiação solar nestas zonas. Entretanto, é
possível perceber que esta alteração ocasiona um acréscimo de temperatura máxima no interior
dos dormitórios, localizados na porção oposta da residência.
156
4.2.2.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas
Z4- Z2-
Z3-Quarto1 Sanitário Z5-Quarto2 Z1-Estar Cozinha VERÃO INVERNO
Cód. Descrição
(19/04) (08/07)
Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin Tmax Tmin
Absortância à radiação
0.1 solar = 0,1 - paredes cor INTERMEDIÁRI
clara 29.22 14.46 28.73 15.13 29.26 14.57 29.93 14.64 30.39 14.18 MÍNIMO O
Absortância à radiação
solar = 0,2 - paredes cor INTERMEDIÁRI
0.2 clara 29.65 14.48 29.03 15.14 29.61 14.58 30.34 14.65 30.93 14.20 MÍNIMO O
Absortância à radiação
solar = 0,3 - paredes cor INTERMEDIÁRI
0.3 clara 30.04 14.49 29.31 15.16 29.94 14.59 30.73 14.66 31.40 14.22 MÍNIMO O
Absortância à radiação
solar = 0,4 - paredes cor NÃO INTERMEDIÁRI
0.4 média 30.41 14.50 29.58 15.17 30.27 14.60 31.13 14.67 31.85 14.23 ATENDE O
Absortância à radiação
solar = 0,5 - paredes cor NÃO INTERMEDIÁRI
0.5 média 30.78 14.51 29.83 15.19 30.61 14.61 31.54 14.68 32.32 14.25 ATENDE O
Absortância à radiação
solar = 0,6 - paredes cor NÃO INTERMEDIÁRI
0.6 média 31.15 14.53 30.09 15.20 30.94 14.62 31.96 14.69 32.79 14.27 ATENDE O
Absortância à radiação
solar = 0,7 - paredes cor NÃO INTERMEDIÁRI
0.7 escura 31.52 14.54 30.35 15.21 31.28 14.63 32.37 14.70 33.25 14.29 ATENDE O
Absortância à radiação
solar = 0,8 - paredes cor NÃO INTERMEDIÁRI
0.8 escura 31.89 14.55 30.61 15.23 31.62 14.64 32.78 14.71 33.70 14.30 ATENDE O
Absortância à radiação
solar = 0,9 - paredes cor NÃO INTERMEDIÁRI
0.9 escura 32.25 14.56 30.86 15.24 31.95 14.65 33.18 14.71 34.15 14.32 ATENDE O
Tabela 40 - Desempenho térmico de paredes para diferentes absortâncias de acordo com o método
simulado da NBR15.575/13 - Campinas, SP
A partir dos resultados obtidos para diferentes absortâncias dos componentes de alvenaria,
pode-se verificar que apenas valores de α ≤ 0,3 atendem ao desempenho mínimo para a
condição de verão. O incremento de 0,1 no valor de α representa, na média, o acréscimo de
1,1% no valor das temperaturas máximas para casos analisados, podendo chegar a 1,8% de
acréscimo, se comparados os casos da zona 2 (cozinha) para α = 0,1 e α = 0,2.
157
Os ambientes que mais sofrem alteração nas temperaturas internas são aqueles com maior
exposição à incidência de radiação solar direta, como nos casos da sala (zona 1) e cozinha
(zona 2).
158
4.2.3. Fase 3 - ASHRAE55/13 – Modelo Adaptativo
Figura 57 – Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para α=0,7,
Campinas – SP, baseado em arquivo TRY, 2002.
159
4.2.3.1. Grupo 1 – Paredes
160
Figura 59 – Grupo1 / Paredes - Graus-hora de desconforto ao frio x sobrearrefecimento médio -
Campinas, SP
Da mesma forma que ocorrido nos casos analisados para Curitiba, o desempenho para
as condições de inverno mostrou-se mais adequado quando analisado através da NBR
162
15575/13, se comparado às condições de verão, atingindo níveis superior e intermediário frente
a apenas cinco casos de desempenho mínimo para o verão. Ao passo que a análise através da
ASHRAE55/13 demonstra o inverso, apresentando maior quantidade de graus-hora de
desconforto ao frio do que ao calor. Este fato deve-se também a uma possível temperatura
neutra (Tn) elevada, obtida através do cálculo da Temperatura predominante externa (Tpe),
ocasionando em um intervalo de conforto em que predomina a ocorrência de desconforto ao
frio.
163
NBR 15575 / NBR 15575 / CT U
SIMULAÇÕES GHfrio SAR Inverno GHcalor SAQ Verão GHtotal (kJ/m².K) (W/m².K)
01_TC9+G 3786.19 -1.07 INTERMEDIÁRIO 1715.03 1.22 NÃO ATENDE 5501.21 63.05 2.72
13_E+TC9+G 3298.02 -1.06 INTERMEDIÁRIO 1410.78 1.13 NÃO ATENDE 4708.79 90.98 2.58
07_TC9+E 3181.92 -1.05 INTERMEDIÁRIO 1269.25 1.05 NÃO ATENDE 4451.17 85.94 2.62
02_TC14+G 2985.90 -1.03 INTERMEDIÁRIO 1129.54 1.00 NÃO ATENDE 4115.43 108.04 2.70
06_CM10+G 2440.39 -0.93 INTERMEDIÁRIO 1465.17 1.05 NÃO ATENDE 3905.56 185.04 4.27
19_E+TC9+E 2734.76 -1.01 INTERMEDIÁRIO 1011.14 0.96 NÃO ATENDE 3745.90 113.86 2.49
04_TM10+G 2752.43 -1.02 INTERMEDIÁRIO 965.67 0.92 NÃO ATENDE 3718.10 154.08 3.61
14_E+TC14+G 2509.05 -1.00 INTERMEDIÁRIO 868.32 0.88 NÃO ATENDE 3377.37 135.97 2.56
25_TC9+AR+LR25+DW+G 2380.10 -0.95 SUPERIOR 962.33 1.00 NÃO ATENDE 3342.44 29.01 0.89
12_CM10+E 2128.61 -0.92 INTERMEDIÁRIO 1194.43 0.94 NÃO ATENDE 3323.03 207.92 4.05
08_TC14+E 2485.65 -1.00 INTERMEDIÁRIO 807.73 0.85 NÃO ATENDE 3293.38 130.93 2.61
31_E+TC9+AR+LR25+DW+G 2277.43 -0.94 SUPERIOR 917.96 0.97 NÃO ATENDE 3195.39 31.12 0.88
10_TM10+E 2381.25 -0.98 INTERMEDIÁRIO 742.70 0.81 NÃO ATENDE 3123.94 176.96 3.45
26_TC14+AR+LR25+DW+G 2211.86 -0.93 SUPERIOR 886.06 0.96 NÃO ATENDE 3097.92 51.50 0.89
28_TM10+AR+LR25+DW+G 2180.60 -0.92 SUPERIOR 882.42 0.95 NÃO ATENDE 3063.02 31.12 0.97
30_CM10+AR+LR25+DW+G 2105.85 -0.90 SUPERIOR 932.42 0.99 NÃO ATENDE 3038.27 31.12 1.01
32_E+TC14+AR+LR25+DW+G 2133.43 -0.91 SUPERIOR 862.05 0.95 NÃO ATENDE 2995.48 31.12 0.88
34_E+TM10+AR+LR25+DW+G 2115.65 -0.90 SUPERIOR 864.10 0.95 NÃO ATENDE 2979.75 31.12 0.95
36_E+CM10+AR+LR25+DW+G 2110.85 -0.90 SUPERIOR 866.66 0.95 NÃO ATENDE 2977.51 31.12 0.99
16_E+TM10+G 2250.81 -0.97 INTERMEDIÁRIO 711.12 0.80 NÃO ATENDE 2961.93 182.00 3.37
27_TC19+AR+LR25+DW+G 2077.68 -0.89 SUPERIOR 837.44 0.93 NÃO ATENDE 2915.12 65.48 0.79
33_E+TC19+AR+LR25+DW+G 2032.92 -0.88 SUPERIOR 829.14 0.94 NÃO ATENDE 2862.06 31.12 0.77
29_TM20+AR+LR25+DW+G 1995.69 -0.84 SUPERIOR 827.78 0.93 NÃO ATENDE 2823.47 31.12 0.87
35_E+TM20+AR+LR25+DW+G 1977.65 -0.84 SUPERIOR 827.94 0.92 NÃO ATENDE 2805.59 31.12 0.86
18_E+CM10+G 2154.48 -0.95 INTERMEDIÁRIO 647.79 0.76 NÃO ATENDE 2802.28 212.96 3.93
20_E+TC14+E 2083.91 -0.95 INTERMEDIÁRIO 614.12 0.77 NÃO ATENDE 2698.03 158.85 2.48
03_TC19+G 2051.29 -0.94 INTERMEDIÁRIO 597.18 0.75 NÃO ATENDE 2648.47 136.00 1.93
22_E+TM10+E 1957.41 -0.93 INTERMEDIÁRIO 548.97 0.72 NÃO ATENDE 2506.38 204.89 3.23
24_E+CM10+E 1917.39 -0.93 INTERMEDIÁRIO 525.07 0.70 NÃO ATENDE 2442.46 235.85 3.74
15_E+TC19+G 1761.52 -0.90 SUPERIOR 483.92 0.72 NÃO ATENDE 2245.44 163.93 1.85
09_TC19+E 1697.03 -0.90 SUPERIOR 423.76 0.67 NÃO ATENDE 2120.79 158.89 1.88
21_E+TC19+E 1470.54 -0.87 SUPERIOR 349.47 0.62 MÍNIMO 1820.01 186.81 1.81
05_TM20+G 1102.13 -0.82 SUPERIOR 201.41 0.54 MÍNIMO 1303.54 335.11 2.52
11_TM20+E 1022.98 -0.82 SUPERIOR 180.14 0.52 MÍNIMO 1203.13 358.00 2.44
17_E+TM20+G 982.63 -0.81 SUPERIOR 180.59 0.52 MÍNIMO 1163.22 363.04 2.40
23_E+TM20+E 919.52 -0.79 SUPERIOR 165.57 0.48 MÍNIMO 1085.09 385.92 2.33
Tabela 41 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G1 – Paredes - Campinas, SP
164
4.2.3.2. Grupo 2 – Coberturas
165
Figura 63 - Grupo 2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio -
Campinas, SP
166
A utilização da subcobertura em alumínio altera significativamente o desconforto,
melhorando o desempenho térmico da edificação, gerando redução de 41% na quantidade de
graus-hora de desconforto total, se comparado o caso 01_TC ao similar 08_TC+AL,
incorporando-se a subcobertura em alumínio.
A utilização da laje sem telhado mostrou-se uma boa opção apresentando valores
reduzidos de graus-hora de desconforto ao calor, ficando atrás apenas dos casos que
apresentaram configurações de telhado + laje.
Assim como observado na análise dos casos de paredes, verifica-se elevada quantidade
de ºCh de desconforto ao frio se comparado ao calor. Em média, o desconforto ao frio, para os
componentes analisados, foi quatro vezes maior do que o desconforto ao calor. A situação
extrema ocorreu para o caso 11_TC+AL+AR+LC+E, em que a quantidade de graus-hora de
desconforto ao frio foi 24,33 vezes maior do que ao calor. A média de desconforto ao frio é de
1896.96ºCh, com maior desconforto para o caso 15_TF6, totalizando 3268,40ºCh anuais. A
média de desconforto ao calor é de 51,27ºCh, com o maior desconforto também para o caso
15_TF6, totalizando 2277,10ºCh.
Como se pode observar, da mesma maneira que ocorrido nos casos de parede, a
classificação dos casos simulados é equivalente entre os dois métodos de análise. Os piores
casos são aqueles que, de maneira geral, apresentam maiores valores de transmitância térmica
enquanto os melhores são os que apresentam valores de transmitância térmica reduzida.
Novamente, o desempenho comparado entre verão e inverno, para os dois modelos de análise,
apresentam condições inversas, com desempenho elevado para o inverno e reduzido para o
verão, segundo método de análise da NBR15575/13 e elevado para o verão e reduzido para o
inverno, segundo método de análise da ASHRAE55/13.
167
U
Simulações GHfrio Sar (ºc) NBR 15575 / Inverno GHcalor Saq (ºc) NBR 15575 / Verão GHtotal (W/m².K)
15_TF6 3268.40 -1.02 INTERMEDIÁRIO 2277.10 1.34 NÃO ATENDE 5545.50 4.56
29_TF10 3227.92 -1.03 INTERMEDIÁRIO 2224.56 1.31 NÃO ATENDE 5452.48 4.44
01_TC 3217.28 -1.03 INTERMEDIÁRIO 2215.64 1.30 NÃO ATENDE 5432.92 4.50
16_TF6+AR+FG 2910.63 -0.95 INTERMEDIÁRIO 1190.90 1.04 NÃO ATENDE 4101.54 2.15
30_TF10+AR+FG 2892.19 -0.95 INTERMEDIÁRIO 1168.61 1.04 NÃO ATENDE 4060.79 2.12
02_TC+AR+FG 2883.89 -0.96 INTERMEDIÁRIO 1162.90 1.04 NÃO ATENDE 4046.79 2.14
17_TF6+AR+FM 2760.78 -0.94 INTERMEDIÁRIO 1040.65 0.98 NÃO ATENDE 3801.43 2.00
31_TF10+AR+FM 2744.06 -0.94 INTERMEDIÁRIO 1020.36 0.97 NÃO ATENDE 3764.42 1.97
03_TC+AR+FM 2736.26 -0.96 INTERMEDIÁRIO 1014.74 0.97 NÃO ATENDE 3751.00 1.98
44_(RE+IM+RE+LM12)+E 2548.37 -0.98 INTERMEDIÁRIO 731.16 0.77 INTERMEDIÁRIO 3279.54 2.65
22_TF6+AL 2403.06 -0.94 INTERMEDIÁRIO 800.86 0.86 NÃO ATENDE 3203.92 1.21
36_TF10+AL 2385.14 -0.95 INTERMEDIÁRIO 796.53 0.86 NÃO ATENDE 3181.67 1.20
08_TC+AL 2366.64 -0.94 INTERMEDIÁRIO 791.24 0.86 NÃO ATENDE 3157.88 1.20
43_(RE+IM+RE+LC)+E 2253.93 -1.00 INTERMEDIÁRIO 621.92 0.83 INTERMEDIÁRIO 2875.85 3.05
23_TF6+AL+AR+FG 2129.19 -0.92 SUPERIOR 303.71 0.62 NÃO ATENDE 2432.90 1.16
37_TF10+AL+AR+FG 2120.63 -0.92 SUPERIOR 302.79 0.61 NÃO ATENDE 2423.42 1.15
09_TC+AL+AR+FG 2110.09 -0.93 SUPERIOR 301.29 0.62 MÍNIMO 2411.38 1.15
24_TF6+AL+AR+FM 2060.63 -0.92 SUPERIOR 280.06 0.60 MÍNIMO 2340.69 1.11
38_TF10+AL+AR+FM 2051.20 -0.92 SUPERIOR 278.85 0.60 MÍNIMO 2330.05 1.10
10_TC+AL+AR+FM 2041.07 -0.93 SUPERIOR 276.24 0.59 MÍNIMO 2317.31 1.11
19_TF6+AR+LM12+E 1666.52 -0.89 SUPERIOR 320.76 0.62 MÍNIMO 1987.28 1.85
33_TF10+AR+LM12+E 1640.34 -0.89 SUPERIOR 301.98 0.60 MÍNIMO 1942.32 1.83
05_TC+AR+LM12+E 1628.82 -0.89 SUPERIOR 294.31 0.54 MÍNIMO 1923.13 1.84
18_TF6+AR+LC+E 1591.42 -0.90 SUPERIOR 306.26 0.63 MÍNIMO 1897.68 2.04
32_TF10+AR+LC+E 1566.63 -0.90 SUPERIOR 287.80 0.54 MÍNIMO 1854.43 2.02
04_TC+AR+LC+E 1557.11 -0.91 SUPERIOR 280.45 0.54 MÍNIMO 1837.55 2.03
20_TF6+AR+LR25+FG 1486.61 -0.84 SUPERIOR 132.16 0.58 MÍNIMO 1618.76 0.98
34_TF10+AR+LR25+FG 1484.11 -0.84 SUPERIOR 131.79 0.58 MÍNIMO 1615.91 0.97
06_TC+AR+LR25+FG 1481.24 -0.84 SUPERIOR 130.45 0.58 MÍNIMO 1611.69 0.98
21_TF6+AR+LR25+FM 1452.17 -0.85 SUPERIOR 127.03 0.57 MÍNIMO 1579.20 0.95
35_TF10+AR+LR25+FM 1448.65 -0.86 SUPERIOR 124.97 0.56 MÍNIMO 1573.62 0.94
07_TC+AR+LR25+FM 1445.14 -0.85 SUPERIOR 123.83 0.56 MÍNIMO 1568.97 0.94
47_(RE+IM+RE+LM12)+AR+LR25+FG 1396.28 -0.87 SUPERIOR 129.41 0.53 MÍNIMO 1525.69 0.86
27_TF6+AL+AR+LR25+FG 1418.72 -0.85 SUPERIOR 95.11 0.48 MÍNIMO 1513.83 0.70
41_TF10+AL+AR+LR25+FG 1414.98 -0.86 SUPERIOR 94.82 0.49 MÍNIMO 1509.81 0.70
13_TC+AL+AR+LR25+FG 1410.72 -0.86 SUPERIOR 94.05 0.49 MÍNIMO 1504.78 0.70
48_(RE+IM+RE+LM12)+AR+LR25+FM 1365.24 -0.87 SUPERIOR 124.16 0.52 MÍNIMO 1489.41 0.84
28_TF6+AL+AR+LR25+FM 1379.70 -0.86 SUPERIOR 88.10 0.46 MÍNIMO 1467.80 0.69
45_(RE+IM+RE+LC)+AR+LR25+FG 1342.55 -0.86 SUPERIOR 122.40 0.52 MÍNIMO 1464.95 0.90
42_TF10+AL+AR+LR25+FM 1375.41 -0.86 SUPERIOR 87.37 0.46 MÍNIMO 1462.78 0.68
14_TC+AL+AR+LR25+FM 1371.57 -0.85 SUPERIOR 86.30 0.47 MÍNIMO 1457.87 0.69
46_(RE+IM+RE+LC)+AR+LR25+FM 1315.21 -0.86 SUPERIOR 118.26 0.51 MÍNIMO 1433.46 0.87
26_TF6+AL+AR+LM12+E 1322.17 -0.88 SUPERIOR 61.84 0.46 MÍNIMO 1384.01 1.06
40_TF10+AL+AR+LM12+E 1308.85 -0.88 SUPERIOR 60.24 0.46 MÍNIMO 1369.09 1.06
12_TC+AL+AR+LM12+E 1299.54 -0.88 SUPERIOR 58.62 0.45 MÍNIMO 1358.16 1.06
25_TF6+AL+AR+LC+E 1269.05 -0.87 SUPERIOR 53.87 0.39 MÍNIMO 1322.93 1.12
39_TF10+AL+AR+LC+E 1256.44 -0.87 SUPERIOR 52.50 0.44 MÍNIMO 1308.94 1.12
11_TC+AL+AR+LC+E 1247.53 -0.87 SUPERIOR 51.27 0.43 MÍNIMO 1298.80 1.12
Tabela 42 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G2 – Coberturas - Campinas, SP
168
4.2.3.3. Grupo 3 – Orientação
170
Figura 67 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto total - Campinas, SP
171
Figura 69 - Grupo 4 / Absortância - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio -
Campinas, SP
A partir dos resultados obtidos para diferentes valores de absortâncias dos componentes de
alvenaria, pode-se verificar que a relação com o desconforto ao frio e ao calor apresenta
relação direta com valores de absortância dos componentes de parede. O incremento de 0,1 no
valor da absortância representa, na média, um aumento de 40% na quantidade de graus-hora
de desconforto e, ao mesmo tempo, uma diminuição de 5% na quantidade de graus-hora de
desconforto ao frio, significando uma diminuição na temperatura do interior da edificação. A
modificação de valores de absortância altera de maneira oposta o desconforto ao frio e ao calor.
Em comparação com os resultados da segunda fase, Tabela 42, percebe-se que para a
condição de inverno o incremento da absortância não afeta o desempenho intermediário –
obtido para todas as situações -, enquanto que para a condição de verão, apenas valores até
0,3 atenderiam ao desempenho mínimo exigido, demonstrando novamente que as condições de
inverno, segundo a NBR15575/13, apresentam-se mais adequadas do que as condições de
verão; situação inversa da obtida através da metodologia da AHSRAE55/10.
172
Simulações GHfrio Sar NBR 15575 / Inverno GHcalor Saq NBR 15575 / Verão GHtotal
0,1 3421.51 -1.11 INTERMEDIÁRIO 188.52 0.54 MÍNIMO 3610.03
0,2 3216.74 -1.06 INTERMEDIÁRIO 339.27 0.68 MÍNIMO 3556.01
0,3 3034.52 -1.02 INTERMEDIÁRIO 531.60 0.76 MÍNIMO 3566.13
0,4 2875.27 -0.99 INTERMEDIÁRIO 757.48 0.94 NÃO ATENDE 3632.75
0,5 2736.26 -0.96 INTERMEDIÁRIO 1014.74 0.97 NÃO ATENDE 3751.00
0,6 2612.74 -0.94 INTERMEDIÁRIO 1307.44 1.09 NÃO ATENDE 3920.18
0,7 2502.40 -1.02 INTERMEDIÁRIO 1637.68 1.19 NÃO ATENDE 4140.08
0,8 2404.10 -0.99 INTERMEDIÁRIO 2001.57 1.32 NÃO ATENDE 4405.67
0,9 2313.63 -0.98 INTERMEDIÁRIO 2392.76 1.31 NÃO ATENDE 4706.39
Tabela 43 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G4 – Absortância - Campinas, SP
173
Através da análise dos resultados apresentados, pode-se verificar que a temperatura de
setpoint apresenta um valor ideal para obtenção do menor desconforto, neste caso 27ºC. Com
esta temperatura de setpoint obtém-se o menor desconforto ao frio e ao calor, assumindo-se
representar um comportamento humano adaptativo que busca a menor condição de
desconforto possível, abrindo e fechando janelas conforme a necessidade de adaptação ao
comportamento térmico da edificação. A variação da temperatura de setpoint passou a
influenciar as condições de desconforto ao calor a partir dos 28ºC, mantendo-se constante até
então. Para a condição de desconforto ao frio, as variações passaram a surtir pouco efeito a
partir dos 24ºC.
174
Figura 72 - Grupo 5 / Setpoint Ventilação - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento
médio - Campinas, SP
175
100%
90%
80%
Comfort Distribution (%)
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
horas (h)
100%
90%
80%
Comfort Distribution (%)
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
176
Para a verificação da intensidade do desconforto, faz-se necessário recorrer à análise do
indicador B, sobreaquecimento e sobrearrefecimento, demonstrada na Figura 77 e Figura 78,
para análise horária e mensal, respectivamente. Nota-se que a hora com maior ocorrência de
desconforto ao calor, 16h, é também a que apresenta maior intensidade de desconforto com
1,57ºC, em média, acima do limite estabelecido de conforto para 80% dos usuários. Para o
desconforto ao frio a situação mostra-se análoga, apresentando maior intensidade de
desconforto com -1,55ºC para a hora de maior ocorrência de frio, às 7h. Na análise mensal é
possível verificar a maior ocorrência de desconforto aliada à maior intensidade do desconforto,
com casos extremos em setembro, registrando sobrearrefecimento de -2,17ºC, e março com
sobreaquecimento de 1,77ºC.
4,00
3,00
Toperativa - Tlimite ( °C )
2,00
1,00
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
-1,00
-2,00
-3,00
horas (h)
177
4,00
3,00
2,00
Toperativa - Tlimite ( °C )
1,00
0,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
-1,00
-2,00
-3,00
Meses
178
15,00%
14,00%
13,00%
12,00%
11,00%
Ocorrência (%)
10,00%
9,00%
8,00%
7,00%
6,00%
5,00%
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
-6,0
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
-12,0
-11,0
-10,0
-9,0
-8,0
-7,0
Toperativa - Tneutra ( °C )
Calor - 8.41% | Ghcalor +806 Conforto 80% (sup) - 5.26% Conforto 90% - 48.76%
Conforto 80% (inf) - 13.71% Frio - 23.86% | Ghfrio -2,716
179
Pela análise anual do balanço térmico, Figura 81, pode-se verificar que grande parte do
ganho de calor é proveniente das janelas, devido a incidência de radiação solar direta, sendo
mais expressivos nas zonas 1 e 2, que possuem aberturas orientadas para a face norte da
residência, apresentando ganhos anuais de 2,94 GJ e 2,87 GJ, respectivamente. Os elevados
ganhos e perdas de calor na zona 6, provenientes de transferência de calor por superfícies
opacas, corroboram a análise anterior a respeito da influência da transmitância térmica de
cobertura no comportamento térmico da edificação. Os ganhos de convecção superficial
somaram 1,21 GJ, enquanto as perdas, 1,44 GJ. A ocupação e equipamentos representam
também ganhos significativos, somando 1,79 GJ anuais. O ganho por iluminação novamente
mostrou-se de pouco efeito no balanço térmico global devido à baixa potência instalada das
lâmpadas na residência.
A principal perda de calor ocorreu devido à ventilação interna na zona 1, totalizando 1,82
GJ anuais. A zona 1 é o ambiente que possui a maior quantidade de nós para dissipação da
ventilação, conectando-se a todos os outros ambientes por meio de portas e ao meio externo
através de janela. Com elevado ganho de calor proveniente de incidência de radiação solar,
transferência de calor por elementos opacos e ocupação, a ventilação natural mostrou-se
ferramenta importante para a retirada de energia do ambiente.
180
Ventilação Interna - Perda
Ventilação - Perda
Ventilação - Ganho
Janelas - Perda
Janelas - Ganho
Equipamentos
Iluminação
Ocupação
181
4.3. Análise dos resultados para Natal-RN
De acordo com a NBR 15575/13, a avaliação de alvenarias pelo método simplificado leva
em consideração a transmitância térmica e capacidade térmica. Os critérios são:
182
Componentes de Parede NBR15575 para Zonas 3 a 8
07_TC9+E Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Emboço 0.38 2.62 atende não atende
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) +
08_TC14+E Emboço 0.38 2.61 atende não atende
09_TC19+E Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Emboço 0.53 1.88 atende atende
10_TM10+E Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+ Emboço 0.29 3.45 atende não atende
11_TM20+E Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 0.41 2.44 atende atende
12_CM10+E Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 0.25 4.05 não atende não atende
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) +
13_E+TC9+G Gesso 0.39 2.58 atende não atende
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
14_E+TC14+G quadrados (e=14cm) + Gesso (caso base) 0.39 2.56 atende não atende
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) +
15_E+TC19+G Gesso 0.54 1.85 atende atende
16_E+TM10+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 0.30 3.37 atende não atende
17_E+TM20+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 0.42 2.40 atende atende
18_E+CM10+G Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 0.25 3.93 não atende não atende
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) +
19_E+TC9+E Emboço 0.40 2.49 atende atende
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
20_E+TC14+E (e=14cm) + Emboço 0.40 2.48 atende atende
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) +
21_E+TC19+E Emboço 0.55 1.81 atende atende
22_E+TM10+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+ Emboço 0.31 3.23 atende não atende
23_E+TM20+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 0.43 2.33 atende atende
24_E+CM10+E Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 0.27 3.74 não atende não atende
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Ar + Lã de
25_TC9+AR+LR25+DW+G rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 1.12 0.89 atende atende
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) +
Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado
26_TC14+AR+LR25+DW+G + Gesso 1.12 0.89 atende atende
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Ar + Lã
de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
27_TC19+AR+LR25+DW+G Gesso 1.27 0.79 atende atende
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Ar + Lã de rocha
28_TM10+AR+LR25+DW+G (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 1.03 0.97 atende atende
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Ar + Lã de rocha
29_TM20+AR+LR25+DW+G (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 1.15 0.87 atende atende
Concreto maciço (e=10cm) + Ar + Lã de rocha
30_CM10+AR+LR25+DW+G (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 0.99 1.01 atende atende
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) +
Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado
31_E+TC9+AR+LR25+DW+G + Gesso 1.14 0.88 atende atende
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
(e=14cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
32_E+TC14+AR+LR25+DW+G gesso acartonado + Gesso 1.14 0.88 atende atende
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) +
Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado
33_E+TC19+AR+LR25+DW+G + Gesso 1.29 0.77 atende atende
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Ar + Lã
de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
34_E+TM10+AR+LR25+DW+G Gesso 1.05 0.95 atende atende
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Ar + Lã
de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
35_E+TM20+AR+LR25+DW+G Gesso 1.17 0.86 atende atende
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Ar + Lã de
36_E+CM10+AR+LR25+DW+G rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 1.01 0.99 atende atende
Tabela 44 - Desempenho térmico de alvenaria - método simplificado da NBR15.575/13 – Natal, RN
183
Pode-se verificar, a partir dos cálculos das propriedades térmicas das composições de
elementos de alvenaria, que:
184
4.3.1.2. Grupo 2 – Coberturas
• Desempenho Mínimo:
Para α≤0,4 – zona bioclimática 03 a 06, U ≤ 2,3 (W/m².K) ; Para α >0,4 – zona bioclimática 03 a
06, U ≤ 1,5 (W/m².K)
• Desempenho Intermediário:
Para α ≤0,4 – zona bioclimática 03 a 06, U ≤ 1,5 (W/m².K) ; Para α >0,4 – zona bioclimática 03 a
06, U ≤ 1,0 (W/m².K)
• Desempenho Superior:
Para α ≤ 0,4 – zona bioclimática 03 a 06, U ≤ 1,0 (W/m².K) ; Para α >0,4 – zona bioclimática 03
a 06, U ≤ 0,5 (W/m².K)
185
Componentes de Cobertura NBR15575 para Zonas 7 e 8
15_TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm) 0.22 4.56 NÃO ATENDE NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em
16_TF6+AR+FG gesso acartonado 0.46 2.15 MÍNIMO NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em
17_TF6+AR+FM madeira 0.50 2.00 MÍNIMO NÃO ATENDE
22_TF6+AL Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido 0.83 1.21 INTERMEDIARIO MÍNIMO
186
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido
27_TF6+AL+AR+LR25+FG + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Gesso 1.42 0.70 SUPERIOR INTERMEDIARIO
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido
+ Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em
28_TF6+AL+AR+LR25+FM madeira 1.46 0.69 SUPERIOR INTERMEDIARIO
29_TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm) 0.23 4.44 NÃO ATENDE NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em
30_TF10+AR+FG gesso acartonado 0.47 2.12 MÍNIMO NÃO ATENDE
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em
31_TF10+AR+FM madeira 0.51 1.97 MÍNIMO NÃO ATENDE
Tabela 45 - Desempenho térmico de coberturas com relação à transmitância para a zona 3, de acordo
com o método simplificado da NBR15.575/13 – Natal, RN
187
Pode-se verificar, a partir dos cálculos das propriedades térmicas das composições de
elementos de cobertura, que:
c. Os sistemas de cobertura com telhado não atendem à norma, para α>0,4, sem a
utilização de subcobertura em alumínio;
f. Os casos que contêm isolante resistivo, aplicados junto ao forro ou laje, proporcionam
os melhores níveis de desempenho;
g. A utilização de laje sem telhado não atende ao desempenho mínimo exigido, sendo,
portanto, necessário incorporar um componente de forro (madeira ou gesso), criando um
bolsão de ar confinado entre a laje e o forro;
188
4.3.2. Fase 2- NBR 15.575/13 – Método Simulado
A análise das simulações ocorre para condições de verão apenas a partir da definição do
dia típico para cada situação. Os resultados demonstram as temperaturas máximas, para a
condição de verão para cada zona térmica da residência. O atendimento à NBR 15.575/13, para
a zona 8, ocorre quando as temperaturas internas, em comparação às temperaturas externas,
atingem os valores de acordo com a Tabela 46:
Desempenho Mínimo:
Ti,máx ≤ Te, máx
Desempenho Intermediário:
Na zona bioclimática 8 não é necessário
Ti,máx ≤ (Te, máx – 1 ⁰C)
verificar a condição de inverno
Desempenho Superior:
Ti,máx ≤ (Te, máx – 2 ⁰C) e
Ti,min ≤ (Te,min + 1 ºC)
Tabela 46 - Condições limites de temperaturas para verão e inverno segundo NBR 15.575/13 para zona
bioclimática 1
189
Z3-Quarto1 Z4-Sanitário Z5-Quarto2 Z1-Estar Z2-Cozinha VERÃO
Código Descrição
(12/02)
Tmax Tmax Tmax Tmax Tmax
01_TC9+G Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Gesso 33.60 32.86 35.21 34.77 33.82 NÃO ATENDE
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
02_TC14+G (e=14cm) + Gesso 32.98 32.29 34.15 33.98 33.39 NÃO ATENDE
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) +
03_TC19+G Gesso 32.28 31.71 32.65 32.90 32.99 NÃO ATENDE
04_TM10+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 32.70 32.07 34.05 33.78 33.17 NÃO ATENDE
05_TM20+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 31.13 30.86 31.21 31.68 32.21 NÃO ATENDE
06_CM10+G Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 33.27 32.57 35.70 34.78 33.41 NÃO ATENDE
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) +
07_TC9+E Emboço 33.12 32.43 34.42 34.18 33.49 NÃO ATENDE
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
08_TC14+E (e=14cm) + Emboço 32.54 31.93 33.43 33.42 33.11 NÃO ATENDE
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) +
09_TC19+E Emboço 31.91 31.42 32.13 32.48 32.73 NÃO ATENDE
10_TM10+E Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+ Emboço 32.39 31.82 33.44 33.33 32.97 NÃO ATENDE
11_TM20+E Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 31.03 30.78 31.10 31.58 32.15 NÃO ATENDE
12_CM10+E Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 32.97 32.30 34.96 34.23 33.24 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados
13_E+TC9+G (e=9cm) + Gesso 33.38 32.62 34.65 34.38 33.66 NÃO ATENDE
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
14_E+TC14+G quadrados (e=14cm) + Gesso (caso base) 32.68 32.03 33.55 33.54 33.20 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados
15_E+TC19+G (e=19cm) + Gesso 32.09 31.55 32.30 32.64 32.86 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) +
16_E+TM10+G Gesso 32.09 31.55 32.30 32.64 32.86 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) +
17_E+TM20+G Gesso 31.05 30.80 31.11 31.59 32.16 NÃO ATENDE
18_E+CM10+G Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 32.21 31.70 33.41 33.22 32.82 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados
19_E+TC9+E (e=9cm) + Emboço 32.87 32.19 33.86 33.78 33.33 NÃO ATENDE
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
20_E+TC14+E quadrados (e=14cm) + Emboço 32.28 31.70 32.90 33.03 32.94 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados
21_E+TC19+E (e=19cm) + Emboço 31.73 31.28 31.85 32.27 32.62 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+
22_E+TM10+E Emboço 32.10 31.59 32.80 32.90 32.78 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) +
23_E+TM20+E Emboço 30.97 30.75 31.04 31.53 32.12 NÃO ATENDE
24_E+CM10+E Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 32.01 31.53 32.90 32.89 32.69 NÃO ATENDE
190
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Ar +
Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado
25_TC9+AR+LR25+DW+G + Gesso 33.09 32.32 33.08 33.46 33.66 NÃO ATENDE
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
(e=14cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
26_TC14+AR+LR25+DW+G gesso acartonado + Gesso 32.96 32.23 32.92 33.34 33.59 NÃO ATENDE
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Ar +
Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado
27_TC19+AR+LR25+DW+G + Gesso 32.86 32.16 32.81 33.26 33.55 NÃO ATENDE
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Ar + Lã de
rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
28_TM10+AR+LR25+DW+G Gesso 32.95 32.22 32.91 33.33 33.59 NÃO ATENDE
Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Ar + Lã de
rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
29_TM20+AR+LR25+DW+G Gesso 32.83 32.15 32.80 33.25 33.55 NÃO ATENDE
Concreto maciço (e=10cm) + Ar + Lã de rocha
30_CM10+AR+LR25+DW+G (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 33.03 32.29 33.00 33.40 33.63 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados
(e=9cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
31_E+TC9+AR+LR25+DW+G gesso acartonado + Gesso 33.03 32.27 32.99 33.39 33.63 NÃO ATENDE
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos
quadrados (e=14cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm)
32_E+TC14+AR+LR25+DW+G + Placa de gesso acartonado + Gesso 32.92 32.20 32.87 33.30 33.57 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados
(e=19cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
33_E+TC19+AR+LR25+DW+G gesso acartonado + Gesso 32.84 32.14 32.79 33.25 33.54 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Ar
+ Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
34_E+TM10+AR+LR25+DW+G acartonado + Gesso 32.91 32.19 32.87 33.30 33.57 NÃO ATENDE
Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Ar
+ Lã de rocha (e=25mm) + Placa de gesso
35_E+TM20+AR+LR25+DW+G acartonado + Gesso 32.84 32.16 32.81 33.26 33.55 NÃO ATENDE
Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Ar + Lã de
rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado +
36_E+CM10+AR+LR25+DW+G Gesso 32.91 32.20 32.87 33.31 33.57 NÃO ATENDE
Tabela 47 - Desempenho térmico de paredes de acordo com o método simulado da NBR 15.575/13 – Natal, RN
191
A partir dos resultados apresentados na Tabela 45 verifica-se que nenhuma composição
analisada atende aos requisitos mínimos propostos em norma. Ao se analisar individualmente a
condição das zonas térmicas da edificação, apenas as composições que utilizam tijolo maciço
de 20 cm apresentam desempenho mínimo para as zonas 3, 4 e 5 (quarto1, sanitário e
quarto2). As zonas 1 e 2, voltadas à face norte, apresentaram valores elevados de temperatura
interna, mantendo o desempenho da residência abaixo do mínimo exigido. A menor
temperatura entre as máximas diárias foi de 30,75ºC na zona 4 (sanitário), quando utilizada a
configuração de fechamento em emboço + tijolo maciço de 20 cm + emboço. Desta maneira,
nenhuma zona apresentou desempenho intermediário, em que era exigido o valor de Ti,máx. ≤
30,51ºC.
O uso de isolantes aplicados junto à alvenaria novamente não se mostrou eficaz para a
condição de verão para a maioria das situações estudadas, aumentando a temperatura no
interior da edificação. O quarto 1 (zona 3) obteve um acréscimo de 1,87ºC no valor de Ti,máx.,
quando comparado o caso 23_E+TM20+E ao similar 35_E+TM20+AR+LR25+DW+G. Para os
casos em que foram utilizados componentes de menor inércia térmica, a incorporação do
isolante térmico proporcionou uma redução na Ti,máx.. O quarto 2 (zona 5) obteve um
decréscimo de 1,34ºC na temperatura interna, quando comparado o caso 07_TC9+E ao similar
25_TC9+AR+LR25+DW+G. Nesta situação, o uso do tijolo cerâmico de 9 cm, apenas com
revestimento em emboço na face externa, apresenta elevada transmitância térmica e, por
consequência, elevados ganhos de calor. Ao se incorporar o uso do isolante térmico resistivo na
face interna do componente, reduz-se drasticamente a transmitância e, portanto, há significativa
redução no ganho de calor oriundo do exterior. Entretanto, é importante ressaltar que a norma
NBR 15.575/13 descarta os efeitos de cargas térmicas internas, excluindo-as do modelo de
cálculo, o que poderia acarretar em uma condição ineficaz do uso do isolante térmico para o
clima em análise.
192
4.3.2.2. Grupo 2 – Coberturas
A Tabela 46 apresenta os valores de temperatura máxima para o dia típico de verão para cada zona térmica (correspondente aos
cômodos da residência), verificando-se as exigências para o atendimento ao método simulado proposto na NBR15575/13.
Considera-se o desempenho se há cumprimento das exigências para todas as zonas térmicas analisadas.
Tabela 48 - Desempenho térmico de coberturas de acordo com o método simulado da NBR 15.575/13 – Natal, RN
195
Os resultados obtidos demonstram que as coberturas que utilizaram sistema de laje
apresentaram os melhores desempenhos para as situações analisadas, obtendo o desempenho
intermediário para os casos 43_(RE+IM+RE+LC)+E e 44_(RE+IM+RE+LM12)+E. As
configurações de telhado com forro em laje de concreto e que incorporaram o uso de isolantes
emissivos como subcobertura (folha de alumínio polido), obtiveram o desempenho mínimo
exigido por norma. As demais configurações de telhado não alcançaram o desempenho
mínimo, mesmo quando incorporado o isolante resistivo à cobertura. Uma possível explicação
para o aumento da temperatura no interior da edificação, quando da adição de isolantes
resistivos à cobertura, poderia se dar pelo ganho de calor através de incidência de radiação
solar por aberturas (janelas) e posterior renovação de ar ineficiente, causando assim um
acúmulo interno de calor. Porém, para uma compreensão efetiva do comportamento térmico,
seriam necessários estudos específicos de causa e efeito.
Como visto anteriormente, as diretrizes da norma determinam que a avaliação seja feita
apenas verificando-se o comportamento térmico da edificação sem considerar seu
comportamento em uso. A Tabela 47 demonstra a situação 43_(RE+IM+RE+LC)+E analisada
conforme prescreve a norma e, a seguir, em 43B_(RE+IM+RE+LC)+E, as novas temperaturas
máximas internas quando são simuladas sob as mesmas condições de uso e ocupação
utilizadas nas simulações do modelo adaptativo. Nota-se sensível elevação nas temperaturas
máximas internas em face de ganhos de calor produzidos no interior dos ambientes. Neste
caso, a situação de desempenho intermediário passaria à condição de desempenho mínimo.
Tabela 49 - Desempenho térmico de coberturas com e sem condições de uso e ocupação – Natal, RN
196
4.3.2.3. Grupo 3- Orientação
Tabela 50 - Desempenho térmico de para diferentes orientações do edifício, de acordo com o método
simulado da NBR 15. 575/13 – Natal, RN
A Tabela 49 apresenta os valores de temperatura máxima para o dia típico de verão para
cada zona térmica (correspondente aos cômodos da residência), verificando-se as exigências
para o atendimento ao método simulado proposto na NBR15575/13. Considera-se o
desempenho se há cumprimento das exigências para todas as zonas térmicas analisadas.
197
Z4- Z1- VERÃO
Código Descrição Z3-Quarto1 Sanitário Z5-Quarto2 Estar Z2-Cozinha (12/02)
Tmax Tmax Tmax Tmax Tmax
0.1 Absortância à radiação solar = 0,1 31.09 30.75 31.30 31.80 31.62 não atende
0.2 Absortância à radiação solar = 0,2 31.54 31.11 31.82 32.22 32.05 não atende
0.3 Absortância à radiação solar = 0,3 31.96 31.44 32.40 32.66 32.44 não atende
0.4 Absortância à radiação solar = 0,4 32.32 31.74 32.98 33.10 32.83 não atende
0.5 Absortância à radiação solar = 0,5 32.68 32.03 33.55 33.54 33.20 não atende
0.6 Absortância à radiação solar = 0,6 33.07 32.32 34.17 33.97 33.57 não atende
0.7 Absortância à radiação solar = 0,7 33.47 32.62 34.84 34.40 33.93 não atende
0.8 Absortância à radiação solar = 0,8 33.86 32.91 35.49 34.83 34.30 não atende
0.9 Absortância à radiação solar = 0,9 34.25 33.21 36.14 35.27 34.67 não atende
Tabela 51 - Desempenho térmico de para diferentes valores de absortância das vedações verticais do
edifício, de acordo com o método simulado da NBR 15. 575/13 – Natal, RN
A partir dos resultados obtidos para diferentes valores de absortância dos componentes
de vedação externa, verifica-se que nenhum valor atende aos requisitos mínimos exigidos por
norma. Entretanto, assim como verificado nos demais climas analisados, o aumento na
absortância implica em elevação da temperatura interna dos ambientes. Os ambientes com
faces externas expostas à maior incidência de radiação solar apresentam maior variação na
temperatura interna em decorrência de incrementos no valor da absortância superficial dos
componentes de fachada.
A seguir são apresentados os resultados das simulações para os cinco grupos definidos
anteriormente para a localidade de Natal-RN, de acordo com o modelo adaptativo proposto na
norma ASHRAE55/13. Os resultados são apresentados separados por grupo de análise,
demonstrando-se a quantidade anual de graus-hora de desconforto total, ao frio e ao calor.
Estas duas últimas análises são ainda correlacionadas ao sobrearrefecimento e
sobreaquecimento médio, respectivamente. Os componentes simulados estão demonstrados
em ordem crescente de conforto.
198
.
Figura 80 - Variação da temperatura neutra (Tn) e temperatura predominante externa (Tpe) para α=0,9,
Natal-RN, baseado em arquivo TRY, 1954.
200
A partir dos resultados apresentados, pode-se observar que o desconforto ao frio praticamente
inexiste para os casos simulados em Natal, alcançando intensidade máxima para o caso
01_TC9+G, com 0,78ºCh. A maioria dos casos, entretanto, não apresenta qualquer desconforto
ao frio. Os casos que apresentaram desconforto ao frio figuram entre os que apresentaram os
piores desempenhos ao calor, mostrando-se inapropriados para a utilização. Com relação ao
calor, as piores situações ocorreram com os elementos TC9, CM10 e ainda TC14, quando
utilizados com revestimentos em apenas uma das faces. Os componentes TC9 e TC14
apresentam elevada transmitância térmica e reduzida capacidade térmica. Já o CM10
apresenta a maior transmitância térmica do grupo. Estes fatores contribuem para que o fluxo de
calor para o interior do edifício ocorra com maior intensidade.
201
SIMULAÇÕES GHfrio SAR GHcalor SAQ NBR 15575 / Verão GHtotal CT (kJ/m².K) U (W/m².K)
06_CM10+G 0.00 0.00 5375.81 1.32 NÃO ATENDE 5375.81 185.04 4.27
01_TC9+G 0.78 -0.10 5021.62 1.53 NÃO ATENDE 5022.41 63.05 2.72
12_CM10+E 0.00 0.00 4857.20 1.22 NÃO ATENDE 4857.20 207.92 4.05
13_E+TC9+G 0.13 -0.07 4681.52 1.35 NÃO ATENDE 4681.65 90.98 2.58
07_TC9+E 0.06 -0.03 4362.37 1.28 NÃO ATENDE 4362.43 85.94 2.62
02_TC14+G 0.00 0.00 4164.43 1.23 NÃO ATENDE 4164.43 108.04 2.70
19_E+TC9+E 0.00 0.00 4023.23 1.19 NÃO ATENDE 4023.23 113.86 2.49
04_TM10+G 0.00 0.00 3981.33 1.19 NÃO ATENDE 3981.33 154.08 3.61
14_E+TC14+G 0.00 0.00 3779.95 1.24 NÃO ATENDE 3779.95 135.97 2.56
25_TC9+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3634.40 1.20 NÃO ATENDE 3634.40 29.01 0.89
30_CM10+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3624.72 1.20 NÃO ATENDE 3624.72 31.12 1.01
08_TC14+E 0.00 0.00 3584.55 1.19 NÃO ATENDE 3584.55 130.93 2.61
31_E+TC9+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3567.07 1.19 NÃO ATENDE 3567.07 31.12 0.88
16_E+TM10+G 0.00 0.00 3552.57 1.10 NÃO ATENDE 3552.57 182.00 3.37
10_TM10+E 0.00 0.00 3542.43 1.09 NÃO ATENDE 3542.43 176.96 3.45
26_TC14+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3497.42 1.17 NÃO ATENDE 3497.42 51.50 0.89
18_E+CM10+G 0.00 0.00 3497.12 1.09 NÃO ATENDE 3497.12 212.96 3.93
28_TM10+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3496.76 1.17 NÃO ATENDE 3496.76 31.12 0.97
36_E+CM10+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3478.62 1.17 NÃO ATENDE 3478.62 31.12 0.99
34_E+TM10+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3469.28 1.17 NÃO ATENDE 3469.28 31.12 0.95
32_E+TC14+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3459.58 1.17 NÃO ATENDE 3459.58 31.12 0.88
35_E+TM20+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3406.94 1.15 NÃO ATENDE 3406.94 31.12 0.86
27_TC19+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3398.73 1.15 NÃO ATENDE 3398.73 65.48 0.79
29_TM20+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3395.34 1.15 NÃO ATENDE 3395.34 31.12 0.87
33_E+TC19+AR+LR25+DW+G 0.00 0.00 3391.71 1.15 NÃO ATENDE 3391.71 31.12 0.77
20_E+TC14+E 0.00 0.00 3250.23 1.12 NÃO ATENDE 3250.23 158.85 2.48
24_E+CM10+E 0.00 0.00 3185.04 1.02 NÃO ATENDE 3185.04 235.85 3.74
22_E+TM10+E 0.00 0.00 3172.54 1.02 NÃO ATENDE 3172.54 204.89 3.23
03_TC19+G 0.00 0.00 3071.36 1.07 NÃO ATENDE 3071.36 136.00 1.93
15_E+TC19+G 0.00 0.00 2847.24 1.03 NÃO ATENDE 2847.24 163.93 1.85
09_TC19+E 0.00 0.00 2647.16 0.98 NÃO ATENDE 2647.16 158.89 1.88
21_E+TC19+E 0.00 0.00 2479.11 0.95 NÃO ATENDE 2479.11 186.81 1.81
05_TM20+G 0.00 0.00 2054.72 0.78 NÃO ATENDE 2054.72 335.11 2.52
17_E+TM20+G 0.00 0.00 2014.40 0.77 NÃO ATENDE 2014.40 363.04 2.40
11_TM20+E 0.00 0.00 1977.32 0.76 NÃO ATENDE 1977.32 358.00 2.44
23_E+TM20+E 0.00 0.00 1959.40 0.75 NÃO ATENDE 1959.40 385.92 2.33
Tabela 52 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G1 – Paredes – Natal, RN
202
4.3.3.2. Grupo 2 – Coberturas
203
Figura 86 – Grupo2 / Coberturas - Graus-hora de desconforto ao calor x sobreaquecimento médio –
Natal, RN
204
alumínio polido, 22_TF6+AL, observa-se já uma redução de 83,4% na quantidade de graus-
hora de desconforto ao calor.
O uso da cobertura em laje, sem telhado, mostrou-se uma opção adequada na medida
em que apresentou melhores resultados do que o telhado simples, em telha de fibrocimento e
cerâmica, ou ainda do que o telhado com forro de gesso ou madeira e subcobertura de
alumínio. A cobertura em laje passa a ser desvantajosa em termos de conforto térmico, quando
comparada aos componentes que utilizam telhado com isolamento emissivo e forro em laje de
concreto ou laje mista. Esta configuração de cobertura apresentou os melhores desempenhos,
reduzindo a quantidade de graus-hora de desconforto ao calor de 5.983,01ºCh, no caso
15_TF6, para 755,83ºCh, no caso 11_TC+AL+AR+LC+E. Novamente, o uso do ático mostrou-
se uma solução eficiente para o controle de ganhos térmicos, possibilitando a redução efetiva
da transferência de calor para o interior através de uma solução de custo reduzido.
205
Simulações GHfrio SAR (ºC) GHcalor SAQ (ºC) NBR 15575 / Verão GHtotal U (W/m².K)
15_TF6 0.21 -0.11 5983.01 1.66 NÃO ATENDE 5983.22 4.56
29_TF10 0.17 -0.09 5895.81 1.64 NÃO ATENDE 5895.98 4.44
01_TC 0.16 -0.08 5827.68 1.62 NÃO ATENDE 5827.84 4.50
16_TF6+AR+FG 0.00 0.00 4178.22 1.26 NÃO ATENDE 4178.22 2.15
30_TF10+AR+FG 0.00 0.00 4132.57 1.24 NÃO ATENDE 4132.57 2.12
02_TC+AR+FG 0.00 0.00 4080.45 1.22 NÃO ATENDE 4080.45 2.14
17_TF6+AR+FM 0.00 0.00 3872.33 1.17 NÃO ATENDE 3872.33 2.00
31_TF10+AR+FM 0.00 0.00 3830.70 1.16 NÃO ATENDE 3830.70 1.97
03_TC+AR+FM 0.00 0.00 3779.95 1.24 NÃO ATENDE 3779.95 1.98
44_(RE+IM+RE+LM12)+E 0.00 0.00 3543.85 1.06 INTERMEDIÁRIO 3543.85 2.65
43_(RE+IM+RE+LC)+E 0.00 0.00 3406.28 1.00 INTERMEDIÁRIO 3406.28 3.05
22_TF6+AL 0.00 0.00 3252.83 1.09 NÃO ATENDE 3252.83 1.21
36_TF10+AL 0.00 0.00 3243.02 1.09 NÃO ATENDE 3243.02 1.20
08_TC+AL 0.00 0.00 3203.89 1.09 NÃO ATENDE 3203.89 1.20
18_TF6+AR+LC+E 0.00 0.00 2175.09 0.77 NÃO ATENDE 2175.09 2.04
19_TF6+AR+LM12+E 0.00 0.00 2169.54 0.76 NÃO ATENDE 2169.54 1.85
32_TF10+AR+LC+E 0.00 0.00 2108.02 0.76 NÃO ATENDE 2108.02 2.02
33_TF10+AR+LM12+E 0.00 0.00 2107.04 0.74 NÃO ATENDE 2107.04 1.83
04_TC+AR+LC+E 0.00 0.00 2058.16 0.75 NÃO ATENDE 2058.16 2.03
05_TC+AR+LM12+E 0.00 0.00 2057.97 0.74 NÃO ATENDE 2057.97 1.84
23_TF6+AL+AR+FG 0.00 0.00 1954.79 0.77 NÃO ATENDE 1954.79 1.16
37_TF10+AL+AR+FG 0.00 0.00 1950.08 0.77 NÃO ATENDE 1950.08 1.15
09_TC+AL+AR+FG 0.00 0.00 1925.61 0.76 NÃO ATENDE 1925.61 1.15
24_TF6+AL+AR+FM 0.00 0.00 1868.76 0.75 NÃO ATENDE 1868.76 1.11
38_TF10+AL+AR+FM 0.00 0.00 1863.04 0.75 NÃO ATENDE 1863.04 1.10
10_TC+AL+AR+FM 0.00 0.00 1839.19 0.74 NÃO ATENDE 1839.19 1.11
47_(RE+IM+RE+LM12)+AR+LR25+FG 0.00 0.00 1198.10 0.61 MÍNIMO 1198.10 0.86
48_(RE+IM+RE+LM12)+AR+LR25+FM 0.00 0.00 1175.16 0.59 MÍNIMO 1175.16 0.84
45_(RE+IM+RE+LC)+AR+LR25+FG 0.00 0.00 1155.20 0.59 MÍNIMO 1155.20 0.90
46_(RE+IM+RE+LC)+AR+LR25+FM 0.00 0.00 1135.77 0.58 MÍNIMO 1135.77 0.87
20_TF6+AR+LR25+FG 0.00 0.00 1070.43 0.56 NÃO ATENDE 1070.43 0.98
34_TF10+AR+LR25+FG 0.00 0.00 1066.59 0.56 NÃO ATENDE 1066.59 0.97
06_TC+AR+LR25+FG 0.00 0.00 1058.59 0.56 NÃO ATENDE 1058.59 0.98
21_TF6+AR+LR25+FM 0.00 0.00 1044.96 0.55 NÃO ATENDE 1044.96 0.95
35_TF10+AR+LR25+FM 0.00 0.00 1038.84 0.55 NÃO ATENDE 1038.84 0.94
07_TC+AR+LR25+FM 0.00 0.00 1029.98 0.54 NÃO ATENDE 1029.98 0.94
27_TF6+AL+AR+LR25+FG 0.00 0.00 866.27 0.55 NÃO ATENDE 866.27 0.70
41_TF10+AL+AR+LR25+FG 0.00 0.00 863.53 0.54 NÃO ATENDE 863.53 0.70
13_TC+AL+AR+LR25+FG 0.00 0.00 856.32 0.54 NÃO ATENDE 856.32 0.70
206
26_TF6+AL+AR+LM12+E 0.00 0.00 836.19 0.48 NÃO ATENDE 836.19 1.06
28_TF6+AL+AR+LR25+FM 0.00 0.00 833.50 0.53 NÃO ATENDE 833.50 0.69
42_TF10+AL+AR+LR25+FM 0.00 0.00 829.94 0.53 NÃO ATENDE 829.94 0.68
14_TC+AL+AR+LR25+FM 0.00 0.00 823.34 0.53 NÃO ATENDE 823.34 0.69
40_TF10+AL+AR+LM12+E 0.00 0.00 820.08 0.48 NÃO ATENDE 820.08 1.06
12_TC+AL+AR+LM12+E 0.00 0.00 801.61 0.47 NÃO ATENDE 801.61 1.06
25_TF6+AL+AR+LC+E 0.00 0.00 787.75 0.47 MÍNIMO 787.75 1.12
39_TF10+AL+AR+LC+E 0.00 0.00 773.06 0.46 MÍNIMO 773.06 1.12
11_TC+AL+AR+LC+E 0.00 0.00 755.83 0.46 MÍNIMO 755.83 1.12
Tabela 53 - Comparação entre resultados simulados para NBR 15575/13 e ASHRAE 55/2013 –
G2 – Coberturas – Natal, RN
207
4.3.3.3. Grupo 3- Orientação
208
4.3.3.4. Grupo 4 – Absortância de vedações verticais externas
A partir dos resultados para diferentes valores de absortância, e dada a não ocorrência
de desconforto ao frio, pode-se verificar que valores mais baixos de absortância resultarão em
edificações com melhor desempenho térmico. A variação no valor da absortância de α=0,9 para
α=0,1 representou a redução de 78% na quantidade de graus-hora de desconforto total. Ainda
assim, o valor de 1475,17ºCh obtido para α=0,1 mostra-se elevado quando comparado ao caso
α=0,9 de Curitiba, em que se obteve o valor de 756,55ºCh, ou ainda os 2.392,76ºCh para α=0,9
em Campinas. Na fase 2 nenhuma das orientações obteve requisitos mínimos de desempenho
proposto por norma, entretanto, fica evidente a necessidade de utilização de valores reduzidos
de absortância para componentes expostos à radiação solar.
209
4.3.3.5. Grupo 5 – Temperatura de Setpoint de ventilação natural
Assim como verificado na análise dos grupos 2 e 3 nos casos relativos à temperatura de
setpoint da ventilação natural, não houve ocorrência de desconforto ao frio. Desta maneira, fica
evidente a indicação da ventilação natural seletiva para redução do desconforto ao calor, não
havendo contrapartida de desconforto ao frio. Os casos entre 16ºC e 27ºC apresentam o
mesmo desempenho térmico, uma vez que fazem uso da ventilação natural seletiva de forma
plena, sempre que o valor da temperatura exterior for menor do que o valor da temperatura
interna. É importante ressaltar que a ventilação é utilizada somente quando capaz de
proporcionar redução da carga térmica. O uso indiscriminado da ventilação, com introdução de
ar externo com temperaturas maiores do que a temperatura interior, poderia ocasionar em
aumento do desconforto. A partir de 28ºC nota-se um crescente acréscimo no desconforto, visto
que se restringe o uso da ventilação natural à ocorrência de temperaturas internas mais
elevadas.
210
4.3.3.6. Indicadores de conforto – Caso base
Neste item são apresentados, para o caso base de Natal-RN, os indicadores de conforto
propostos, de maneira a avaliar detalhadamente o comportamento térmico da edificação.
100%
90%
80%
Distribuição do Conforto (%)
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
horas (h)
Frio - .% Conforto 80% (inf) - .71% Conforto 90% - 63.09% Conforto 80% (sup) - 9.45% Calor - 26.75%
211
100%
90%
80%
Distribuição do Conforto (%)
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Frio - .% Conforto 80% (inf) - .71% Conforto 90% - 63.09% Conforto 80% (sup) - 9.45% Calor - 26.75%
212
4,00
3,00
1,00
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
-1,00
-2,00
-3,00
horas (h)
Sobreaquecimento +1.21°C
4,00
3,00
Toperativa - Tlimite ( °C )
2,00
1,00
0,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
-1,00
-2,00
-3,00
Meses
Sobreaquecimento +1.21°C
213
A análise do histograma de temperaturas, indicador C, pode ser verificado através da
Figura 96. É possível notar uma concentração de temperaturas (To-Tn) próxima a 0.0, com
aproximadamente 9% das ocorrências, e temperaturas de desconforto ao calor que variam de
+3,5ºC a + 8,5ºC. Em comparação aos histogramas de temperatura obtidos para as cidades de
Curitiba e Campinas, nota-se uma concentração maior na ocorrência de temperaturas que
também pode ser verificada através da Figura 97. Por se tratar de um clima com baixa variação
de temperaturas externas, as temperaturas internas apresentam-se também mais
concentradas, apesar de se tratar da mesma edificação simulada nos climas de Curitiba e
Campinas. A função de regressão linear para as temperaturas é representada por
f(x)=0.9986x+1.7756, e possui coeficiente de determinação de R2=0,17.
214
15,00%
14,00%
13,00%
12,00%
11,00%
10,00%
Ocorrência (%)
9,00%
8,00%
7,00%
6,00%
5,00%
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
Toperativa - Tneutra ( °C )
Calor - 26.75% | Ghcalor +3,642 Conforto 80% (sup) - 9.45% Conforto 90% - 63.09%
Conforto 80% (inf) - .71% Frio - .% | Ghfrio
215
Através da análise do balanço térmico, Figura 98, é possível verificar ganhos elevados
de calor por janelas e por transferência através de superfícies, em especial através das zonas 1
e 2 (sala e cozinha), que possuem as maiores fachadas voltadas à face norte e as menores às
faces leste e oeste. A zona 1 apresenta ganhos de 4.25 GJ anuais através de superfícies e 3.31
GJ anuais através de janelas, enquanto a zona 2 apresenta ganhos de 3.015GJ anuais através
de superfícies e 3.22 GJ anuais através de janelas. Assim como na análise do balanço térmico
para Curitiba e Campinas, os elevados ganhos (2.26 GJ) e perdas (-2.46 GJ) através de
superfícies ocorridas na zona 6 demonstram elevada transferência de calor do ático para o
interior da residência e o baixo desempenho térmico da cobertura utilizada no caso base. A
ocupação e os equipamentos representam ganhos menores em comparação às demais
parcelas. Em especial, a ventilação natural exerce papel fundamental na retirada de calor do
interior da zona térmica, sendo responsável por -4.42 GJ anuais em perdas internas na zona 1,
uma vez também que é a única zona térmica que se comunica com todas as outras. A maior
retirada de calor do interior de uma zona térmica para o exterior ocorre na zona 2, em que são
retirados -3.05 GJ anuais. A zona 2, que apresenta ganhos de calor elevado por janelas e
superfícies, possui nós de ventilação em três faces, possibilitando maior interação e eficiência
da ventilação natural. Novamente, a ventilação natural seletiva mostra-se uma opção eficaz no
controle passivo do desempenho térmico em edificações. Com ganhos elevados de calor, a
ventilação natural mostrou-se ferramenta eficiente na retirada do calor, uma vez que a
transferência de massa, ou retirada de calor, ocorre com a mesma intensidade independente
dos aspectos da envoltória do edifício, sendo, portanto, mais eficiente em edificações que
apresentem envoltórias de pior desempenho.
216
Ventilação Interna - Perda
Ventilação - Perda
Ventilação - Ganho
Janelas - Perda
Janelas - Ganho
Equipamentos
Iluminação
Ocupação
-5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
Ganhos e Perdas (GJ)
217
218
5 CONCLUSÃO
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar a aplicação dos modelos
adaptativos e analíticos, presentes na ASHRAE 55 e NBR 15.575, utilizados na avaliação do
desempenho térmico de edificações residenciais ventiladas naturalmente. Foram propostas
diferentes situações de envoltória a partir de um caso base comum para três localidades com
características climáticas distintas. A análise do desempenho térmico foi desenvolvida através
de simulações computacionais, utilizando-se o programa de simulação térmico energético
EnergyPlus. Foram simulados 36 componentes de fachada, 48 casos de componentes de
cobertura, 8 orientações de implantação, 9 valores de absortância para componentes de
fachada e 16 temperaturas de setpoint para ventilação natural, através do modelo adaptativo
proposto pela norma ASHRAE 55/2013.
Nas análises realizadas através do modelo adaptativo observou-se disparidade com relação
ao método da NBR 15.573/2013, no que se refere a condições de inverno e verão. Os casos de
Curitiba e Campinas apresentaram melhor desempenho ao inverno na fase 2, ao passo que, na
fase 3, apresentaram melhor desempenho ao verão. Apesar da metodologia utilizada na fase 2
considerar apenas o dia típico de projeto, enquanto a fase 3 analisa todas as horas do ano. A
norma ASHRAE 55/2013 apresenta uma única equação adaptativa a ser utilizada para análise
em qualquer localidade. Os intervalos de temperaturas de conforto obtidos para os casos de
Campinas e Curitiba apresentaram valores elevados, mantendo a grande parte das
temperaturas na zona de desconforto ao frio. Novos estudos acerca de equações adaptativas
validadas para o território brasileiro são imprescindíveis para a aplicação do modelo adaptativo
em um normativo nacional. A variável α utilizada na equação adaptativa carece igualmente de
estudos aplicados ao clima local e de padronização em sua utilização. A norma ASHRAE
55/2013 apresenta poucos detalhes a respeito dos critérios de escolha para esta variável.
220
ambientes. A determinação da ventilação demanda cálculos computacionais complexos, e
simulá-la para determinação de valores de velocidade do vento dependeria da utilização de
softwares CFD (computer fluid dynamics). Entretanto, este tipo de software realiza uma grande
quantidade de cálculos, o que tornaria a simulação de base anual uma tarefa demasiadamente
complexa. A solução encontrada para contornar esta situação foi a utilização da temperatura
operativa gerada através do EnergyPlus, que considera a temperatura operativa como sendo a
média simples da temperatura de bulbo seco e da temperatura radiante média, conforme
descrito no capítulo 3, método da pesquisa.
221
maneira geral, componentes com menores valores de transmitância térmica apresentaram
melhores resultados para os três climas estudados. A partir da análise do balanço térmico,
observa-se que a cobertura foi responsável pelos maiores ganhos e perdas de calor superficial
– com exceção do caso de Natal, em que as zonas 1 e 2 apresentaram as maiores trocas
térmicas, dada a elevada incidência de radiação solar. O uso do isolamento radiante aplicado
como subcobertura mostrou-se uma solução adequada para a melhoria do desempenho térmico
tanto ao frio quanto ao calor, sendo indicado para utilização em climas quentes, onde a
incidência de radiação solar na cobertura é responsável por elevada transferência de calor para
o interior da residência. A incorporação de isolantes resistivos (lã de rocha) também se mostrou
uma solução eficiente na melhoria do conforto. A utilização do átrio não ventilado apresentou
melhora no desempenho térmico, contribuindo para restringir o fluxo de calor nestes casos. A
melhor solução de átrio foi a que incorporou o uso de laje em concreto. As telhas de
fibrocimento de 6 mm e 10 mm, assim com a telha cerâmica, apresentam desempenho muito
semelhante, e o incremento significativo no desempenho térmico se deu quando da combinação
de isolantes – resistivos e radiantes - e do átrio. A utilização do sistema de telhado com telha de
fibrocimento ou cerâmica, sem forro, átrio ou isolamento, não é recomendada, já que a adição
de isolamentos produz ganhos significativos no conforto térmico.
222
internas, o melhor desempenho através do modelo adaptativo ocorreu com α=0,9, corroborando
a hipótese de que o intervalo de conforto proposto em norma apresenta valores elevados.
223
• Definir requisitos mínimos de desempenho para o modelo adaptativo, passíveis de
incorporação em um normativo de conforto térmico;
224
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_____ NBR 15575-4: Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho. Parte 4:
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232
APÊNDICES
Apêndice A – Propriedades termo-físicas dos componentes de envoltória
Rt
CÓDIGO DESCRIÇÃO e (m) λ (W/m.K) c (J/kg.K) ρ (kg/m³) (m².K/W) Ct(kJ/m².K)
PAREDE
Tijolo cerâmico de 8 furos quadrados, assentados na menor
dimensão (espessura de 9cm). Dimensões do tijolo:
9,0x14,0x19,0cm. Espessura da argamassa de assentamento:
TC9 1,0cm. 0.014 0.90 920 2252 0.016 29.01
Bloco cerâmico de 2 furos quadrados, assentados na menor
dimensão (espessura de 14cm). Dimensões do bloco:
14,0x29,5x19,0cm. Espessura da argamassa de
TC14 assentamento: 1,0cm. 0.015 0.90 920 3732 0.017 51.50
Tijolo cerâmico de 8 furos quadrados, assentados na maior
dimensão (espessura de 19cm). Dimensões do tijolo:
9,0x14,0x19,0. Espessura da argamassa de assentamento:
TC19 1,0cm. 0.082 0.90 920 868 0.091 65.48
Tijolo cerâmico maciço assentado na menor dimensão – ½
parede - (espessura de 10cm). Dimensões do tijolo:
10,0x5,0x22,0cm. Espessura da argamassa de assentamento:
TM10 1,0cm. 0.090 0.90 920 1800 0.100 149.04
Tijolo cerâmico maciço assentado na maio dimensão – 1
parede - (espessura de 20cm). Dimensões do tijolo:
10,0x5,0x22,0cm. Espessura da argamassa de assentamento:
TM20 1,0cm. 0.198 0.90 920 1812 0.220 330.07
CM10 Parede de concreto maciço. Espessura da parede: 10cm 0.100 1.75 1000 1800 0.057 180.00
Placa de gesso acartonado com montante em alumínio, perfil
C. Parede tipo dry-wall. Espessura da placa: 1,25cm;
DW espessura do montante de alumínio: 5cm. 0.013 0.35 840 2400 0.036 25.20
Revestimento em argamassa cimentícia tipo emboço paulista.
E Espessura do revestimento: 2,0cm. 0.020 1.00 780 1790 0.020 27.92
Revestimento em gesso liso desempenado aplicado
diretamente sobre o componente de alvenaria. Espessura do
G revestimento: 0,5cm 0.005 0.70 840 1200 0.007 5.04
AR Camada de Ar conforme NBR15.220/05
Tabela 54 - Descrição das propriedades físicas das camadas dos elementos de parede.
COBERTURA
IM Impermeabilização com manta asfáltica (e=4mm) 0.004 0.23 1460 1000 0.017 5.84
LC Laje maciça em concreto (e=7cm) 0.07 1.75 1000 2400 0.040 168.00
Laje mista - Vigota pré-fabricada + lajota cerâmica
LM12 (e=12cm) 0.095 1.05 920 1087 0.090 95.00
TC Telha cerâmica 0.013 1.05 920 2000 0.012 23.92
TF6 Telha de fibrocimento (e=6mm) 0.006 0.65 840 1700 0.009 8.57
TF10 Telha de fibrocimento (e=10mm) 0.010 0.65 840 1700 0.015 14.28
Tabela 55 - Descrição das propriedades físicas das camadas dos elementos de cobertura.
233
Código Descrição Rse R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 Rsi RT (m².K/W) U (W/m².K)
01_TC9+G Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Gesso 0.04 0.016 0.160 0.016 0.007 0.13 0.37 2.72
02_TC14+G Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) + Gesso 0.04 0.017 0.160 0.017 0.007 0.13 0.37 2.70
03_TC19+G Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Gesso 0.04 0.091 0.160 0.091 0.007 0.13 0.52 1.93
04_TM10+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 0.04 0.100 0.007 0.13 0.28 3.61
05_TM20+G Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 0.04 0.220 0.007 0.13 0.40 2.52
06_CM10+G Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 0.04 0.057 0.007 0.13 0.23 4.27
07_TC9+E Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Emboço 0.04 0.016 0.160 0.016 0.020 0.13 0.38 2.62
08_TC14+E Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) + Emboço 0.04 0.017 0.160 0.017 0.020 0.13 0.38 2.61
09_TC19+E Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Emboço 0.04 0.091 0.160 0.091 0.020 0.13 0.53 1.88
10_TM10+E Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+ Emboço 0.04 0.100 0.020 0.13 0.29 3.45
11_TM20+E Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 0.04 0.220 0.020 0.13 0.41 2.44
12_CM10+E Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 0.04 0.057 0.020 0.13 0.25 4.05
13_E+TC9+G Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Gesso 0.04 0.020 0.016 0.160 0.016 0.007 0.13 0.39 2.58
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados
14_E+TC14+G (e=14cm) + Gesso (caso base) 0.04 0.020 0.017 0.160 0.017 0.007 0.13 0.39 2.56
15_E+TC19+G Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Gesso 0.04 0.020 0.091 0.160 0.091 0.007 0.13 0.54 1.85
16_E+TM10+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 0.04 0.020 0.100 0.007 0.13 0.30 3.37
17_E+TM20+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 0.04 0.020 0.220 0.007 0.13 0.42 2.40
18_E+CM10+G Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 0.04 0.020 0.057 0.007 0.13 0.25 3.93
19_E+TC9+E Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Emboço 0.04 0.020 0.016 0.160 0.016 0.020 0.13 0.40 2.49
Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) +
20_E+TC14+E Emboço 0.04 0.020 0.017 0.160 0.017 0.020 0.13 0.40 2.48
21_E+TC19+E Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Emboço 0.04 0.020 0.091 0.160 0.091 0.020 0.13 0.55 1.81
22_E+TM10+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+ Emboço 0.04 0.020 0.100 0.020 0.13 0.31 3.23
23_E+TM20+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 0.04 0.020 0.220 0.020 0.13 0.43 2.33
24_E+CM10+E Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 0.04 0.020 0.057 0.020 0.13 0.27 3.74
Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Ar + Lã de rocha
25_TC9+AR+LR25+DW+G (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 0.04 0.016 0.160 0.016 0.556 0.160 0.036 0.007 0.13 1.12 0.89
234
Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) + Ar + Lã de
26_TC14+AR+LR25+DW+G rocha (e=25mm) + Placa de gesso acartonado + Gesso 0.04 0.017 0.160 0.017 0.556 0.160 0.036 0.007 0.13 1.12 0.89
235
CT
(kJ/m².
Código Descrição C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 K)
01_TC9+G Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Gesso 29.01 0.00 29.01 5.04 63.05
02_TC14+G Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) + Gesso 51.50 0.00 51.50 5.04 108.04
03_TC19+G Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Gesso 65.48 0.00 65.48 5.04 136.00
07_TC9+E Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Emboço 29.01 0.00 29.01 27.92 85.94
08_TC14+E Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) + Emboço 51.50 0.00 51.50 27.92 130.93
09_TC19+E Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Emboço 65.48 0.00 65.48 27.92 158.89
15_E+TC19+G Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Gesso 27.92 65.48 0.00 65.48 5.04 163.93
16_E+TM10+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm) + Gesso 27.92 149.04 5.04 182.00
17_E+TM20+G Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Gesso 27.92 330.07 5.04 363.04
18_E+CM10+G Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Gesso 27.92 180.00 5.04 212.96
19_E+TC9+E Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Emboço 27.92 29.01 0.00 29.01 27.92 113.86
20_E+TC14+E Emboço + Bloco Cerâmico Estrutural 2 furos quadrados (e=14cm) + Emboço 27.92 51.50 0.00 51.50 27.92 158.85
21_E+TC19+E Emboço + Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=19cm) + Emboço 27.92 65.48 0.00 65.48 27.92 186.81
22_E+TM10+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=10cm )+ Emboço 27.92 149.04 27.92 204.89
23_E+TM20+E Emboço + Tijolo maciço 5x10x20cm (e=20cm) + Emboço 27.92 330.07 27.92 385.92
24_E+CM10+E Emboço + Concreto maciço (e=10cm) + Emboço 27.92 180.00 27.92 235.85
236
25_TC9+AR+LR25+D Tijolo Cerâmico 8 furos quadrados (e=9cm) + Ar + Lã de rocha (e=25mm) + Placa de
W+G gesso acartonado + Gesso 29.01 0.00 29.01 29.01
237
RT U
(m².K/ (W/m².
Código Descrição Rse R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 Rsi W) K)
02_TC+AR+FG Telha cerâmica + Ar+ Forro em gesso acartonado 0.04 0.012 0.21 0.036 0.17 0.47 2.14
03_TC+AR+FM Telha cerâmica + Ar+ Forro em madeira (caso base) 0.04 0.012 0.21 0.071 0.17 0.50 1.98
Telha cerâmica + Ar+ Laje maciça em concreto +
04_TC+AR+LC+E Emboço 0.04 0.012 0.21 0.040 0.020 0.17 0.49 2.03
05_TC+AR+LM12+E Telha cerâmica + Ar + Laje mista (lajota) + Emboço 0.04 0.012 0.21 0.090 0.020 0.17 0.54 1.84
Telha cerâmica + Ar + Lã de Rocha (e=25mm) + Forro
06_TC+AR+LR25+FG em gesso acartonado 0.04 0.012 0.21 0.556 0.036 0.17 1.02 0.98
08_TC+AL Telha cerâmica + Alumínio polido 0.04 0.012 0.61 0.17 0.83 1.20
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Forro em gesso
09_TC+AL+AR+FG acartonado 0.04 0.012 0.61 0.036 0.17 0.87 1.15
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Forro em
10_TC+AL+AR+FM madeira 0.04 0.012 0.61 0.071 0.17 0.90 1.11
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar+ Laje maciça em
11_TC+AL+AR+LC+E concreto 0.04 0.012 0.61 0.040 0.020 0.17 0.89 1.12
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Laje mista
12_TC+AL+AR+LM12+E (lajota) + Emboço 0.04 0.012 0.61 0.090 0.020 0.17 0.94 1.06
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha
13_TC+AL+AR+LR25+FG (e=25mm) + Forro em gesso acartonado 0.04 0.012 0.61 0.556 0.036 0.17 1.42 0.70
Telha cerâmica + Alumínio polido + Ar + Lã de Rocha
14_TC+AL+AR+LR25+FM (e=25mm) + Forro em madeira 0.04 0.012 0.61 0.556 0.071 0.17 1.46 0.69
17_TF6+AR+FM Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Forro em madeira 0.04 0.009 0.21 0.071 0.17 0.50 2.00
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar+ Laje maciça em
18_TF6+AR+LC+E concreto 0.04 0.009 0.21 0.040 0.020 0.17 0.49 2.04
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Laje mista (lajota)
19_TF6+AR+LM12+E + Emboço 0.04 0.009 0.21 0.090 0.020 0.17 0.54 1.85
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de Rocha
20_TF6+AR+LR25+FG (e=25mm) + Forro em gesso acartonado 0.04 0.009 0.21 0.556 0.036 0.17 1.02 0.98
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Ar + Lã de Rocha
21_TF6+AR+LR25+FM (e=25mm) + Forro em madeira 0.04 0.009 0.21 0.556 0.071 0.17 1.06 0.95
22_TF6+AL Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido 0.04 0.009 0.61 0.17 0.83 1.21
238
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar+
23_TF6+AL+AR+FG Forro em gesso acartonado 0.04 0.009 0.61 0.036 0.17 0.86 1.16
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar+
24_TF6+AL+AR+FM Forro em madeira 0.04 0.009 0.61 0.071 0.17 0.90 1.11
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar+
25_TF6+AL+AR+LC+E regularização +Laje maciça em concreto 0.04 0.009 0.61 0.040 0.020 0.17 0.89 1.12
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar +
26_TF6+AL+AR+LM12+E regularização + Laje mista (lajota) + Emboço 0.04 0.009 0.61 0.090 0.020 0.17 0.94 1.06
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar +
27_TF6+AL+AR+LR25+FG Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em gesso acartonado 0.04 0.009 0.61 0.556 0.036 0.17 1.42 0.70
Telha de fibrocimento (e=6mm) + Alumínio polido + Ar +
28_TF6+AL+AR+LR25+FM Lã de Rocha (e=25mm) + Forro em madeira 0.04 0.009 0.61 0.556 0.071 0.17 1.46 0.69
31_TF10+AR+FM Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Forro em madeira 0.04 0.015 0.21 0.071 0.17 0.51 1.97
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar+ Laje maciça em
32_TF10+AR+LC+E concreto 0.04 0.015 0.21 0.040 0.020 0.17 0.50 2.02
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Laje mista
33_TF10+AR+LM12+E (lajota) + Emboço 0.04 0.015 0.21 0.090 0.020 0.17 0.55 1.83
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de Rocha
34_TF10+AR+LR25+FG (e=25mm) + Forro em gesso acartonado 0.04 0.015 0.21 0.556 0.036 0.17 1.03 0.97
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Ar + Lã de Rocha
35_TF10+AR+LR25+FM (e=25mm) + Forro em madeira 0.04 0.015 0.21 0.556 0.071 0.17 1.06 0.94
36_TF10+AL Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido 0.04 0.015 0.61 0.17 0.84 1.20
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar+
37_TF10+AL+AR+FG Forro em gesso acartonado 0.04 0.015 0.61 0.036 0.17 0.87 1.15
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar+
38_TF10+AL+AR+FM Forro em madeira 0.04 0.015 0.61 0.071 0.17 0.91 1.10
Telha de fibrocimento (e=10mm) + Alumínio polido + Ar+
39_TF10+AL+AR+LC+E Laje maciça em concreto 0.04 0.015 0.61 0.040 0.020 0.17 0.90 1.12
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Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica
(4mm) + regularização + Laje maciça em concreto +
43_(RE+IM+RE+LC)+E Emboço 0.04 0.020 0.017 0.020 0.040 0.020 0.17 0.33 3.05
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica
44_(RE+IM+RE+LM12)+E (4mm) + regularização + Laje mista (lajota)+ Emboço 0.04 0.020 0.017 0.020 0.090 0.020 0.17 0.38 2.65
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica
45_(RE+IM+RE+LC)+AR+LR25 (4mm) + regularização + Laje maciça em concreto + Ar +
+FG Lã de Rocha (25mm) + Forro em gesso acartonado 0.04 0.020 0.017 0.020 0.040 0.21 0.556 0.036 0.17 1.11 0.90
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica
46_(RE+IM+RE+LC)+AR+LR25 (4mm) + regularização + Laje maciça em concreto + Ar +
+FM Lã de Rocha (25mm) + Forro em madeira 0.04 0.020 0.017 0.020 0.040 0.21 0.556 0.071 0.17 1.14 0.87
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica
47_(RE+IM+RE+LM12)+AR+L (4mm) + regularização +Laje mista (lajota)+ Ar + Lã de
R25+FG Rocha (25mm) + Forro em gesso acartonado 0.04 0.020 0.017 0.020 0.090 0.21 0.556 0.036 0.17 1.16 0.86
Regularização + Impermeabilização com manta asfáltica
48_(RE+IM+RE+LM12)+AR+L (4mm) + regularização +Laje mista (lajota)+ Ar + Lã de
R25+FM Rocha (25mm) + Forro em madeira 0.04 0.020 0.017 0.020 0.090 0.21 0.556 0.071 0.17 1.19 0.84
Tabela 58 – Descrição da resistência térmica, camada a camada, para os componentes de cobertura definidos
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