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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível (ou empresarial) da

Comarca de Fortaleza – Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (art 781 CPC)

(10 linhas)

Companhia XYZ Viagens S.A. CNPJ n.º: ..., endereço eletrônico..., endereço
completo..., representada por seus sócios CARLOS..., nacionalidade..., estado
civil..., profissão..., RG..., CPF..., endereço eletrônico..., endereço completo... e
GUSTAVO..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF...,
endereço eletrônico..., endereço completo... vem com o maior respeito à
presença deste Juízo, por seu advogado... com endereço completo... que
informa em atenção ao art. 77 inciso V do CPC e com fulcro nos artigos 784,
inciso XII e 824 e seguintes do CPC bem como em observância ao 107, inciso I
da lei 6404/76 PROPOR a presente:

AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

Em face de:
PEDRO..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF...,
endereço eletrônico..., endereço completo... .
pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Os representantes da empresa autora decidiram constituir a mesma com


o executado. Para constituição da companhia resolveram formá-la com capital
fechado estipulado em R$ 900.000 (novecentos mil reais).

Conforme estatuto social, cuja cópia digitalizada segue inclusa, tais


cotas foram divididas em 300 preferenciais e sem direito de voto e 600
ordinárias. Cada acionista subscreveu 300 (trezentas) cotas, sendo 200
ordinárias e 100 preferenciais pelo preço emissão de R$ 1.000,00.

Os acionistas realizaram, como entrada, 10% do preço de emissão.


Em relação ao restante do valor, comprometeram-se em realizá-lo até o dia 23
de julho de 2015, tudo de acordo com os boletins de subscrição devidamente
assinados que ora acosta. O réu, no entanto, não integralizou o preço de
emissão na data aprazada razão pela qual se dá a presente execução por
quantia certa.

Como trata-se a empresa de companhia formada como Sociedade


Anônima, regula-se pela lei 6.404/76 que evidencia a mora do acionista ora
executado em seu artigo 106, §2º, in verbis:

O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no


estatuto ou boletim, ou na chamada, ficará de pleno direito constituído em
mora, sujeitando-se ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa
que o estatuto determinar, esta não superior a 10% (dez por cento) do valor da
prestação.

Vale a este ponto salientar que o estatuto não prevê a multa de que
trata o artigo em comento, que nos serve para evidenciar a mora do réu,
deixando portando de executar qualquer multa sobre o quantum exequendo.

O boletim de subscrição serve de título executivo extrajudicial, razão


pela qual segue incluso, inteligência do art. 107, inciso I da lei 6404/76 na
forma do 784, inciso XII do CPC, diz a lei:

Art. 107. Verificada a mora do acionista, a


companhia pode, à sua escolha:
I - promover contra o acionista, e os que com ele
forem solidariamente responsáveis (artigo 108),
processo de execução para cobrar as importâncias
devidas, servindo o boletim de subscrição e o aviso
de chamada como título extrajudicial nos termos do
Código de Processo Civil; ou

Desnecessária a publicação de aviso de chamada eis que o estatuto


tem previsão regular dos preços e prazos de realização das cotas as quais se
comprometeu integralizar o executado, exegese do art. 106, §1º da lei das SA
(6404/76).

Art. 106. O acionista é obrigado a realizar, nas condições previstas no estatuto


ou no boletim de subscrição, a prestação correspondente às ações subscritas
ou adquiridas.
§ 1° SE O ESTATUTO E O BOLETIM FOREM OMISSOS quanto ao montante
da prestação e ao prazo ou data do pagamento, caberá aos órgãos da
administração efetuar chamada, mediante avisos publicados na imprensa, por
3 (três) vezes, no mínimo, fixando prazo, não inferior a 30 (trinta) dias, para o
pagamento.
§ 2° O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no estatuto
ou boletim, OU na chamada, ficará de pleno direito constituído em mora,
sujeitando-se ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o
estatuto determinar, esta não superior a 10% (dez por cento) do valor da
prestação.

A fim de promover a presente execução na modalidade por quantia


certa, acosta memória de cálculos (demonstrativo de débitos) na forma do art.
798 parágrafo único e, conforme 824 e seguintes do CPC.

Convém esclarecer que dos R$ 300.000,00 o réu integralizou o


pagamento de 10% das cotas no valor de R$ 30.000,00 restando o importe de
R$ 270.000,00 a ser integralizado, equivalente a 270 cotas, sem o acréscimo
de multas eis que não previstas no estatuto social.

Assenta-se como quantum exequendo o valor de R$ 270.000,00.

Pelo exposto, necessário se faz o deferimento de procedimentos


executórios e procedência da presente.

Pede deferimento.
Fortaleza/CE, data...

Advogado...
OAB/UF n.°: ...

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