Você está na página 1de 30

A ÁGUA NO CONCRETO

Beatriz Michels
Danúbia Carol
Jennifer Witt
Juliana Gregatti
Mariane Da Rosa
QUALIDADE DA ÁGUA NO CONCRETO

 O consumo de água em edificações se situa entre


0,4 e 0,7m³/m²;
 Para confecção de 1m³ de concreto, o consumo
de água varia entre 160 e 200l;

 Aspectos a serem considerados:


o Quanto a sua qualidade;
o Quantidade de água por unidade de volume (l/m³);
o Relação água/cimento.
NORMAS SOBRE ÁGUA PARA

AMASSAMENTO

 2002 – Norma Européia CEN EM 1008: delineou as


diretrizes para as demais normas.

 2004 – Norma ASTM 1602M Estados Unidos:


atualmente na versão 2006.

 2009 – Norma Brasileira ABNT NBR 15900: composta


de 11 partes.

 2010 – ISO 12439.


NORMA ABNT NBR 15900
 Classificação dos tipos de água;

 Requisitos e procedimentos de ensaio;


o Avaliação preliminar;
o Propriedades químicas;
o Tempos de pega e resistência a compressão.

 Água recuperada de processos de preparo de


concreto
NORMA EUROPÉIA CEN EM 1008 E ISO 12439

 Textos muito semelhantes com a ABNT NBR


15900:2009.

 A Norma Brasileira estabelece de forma detalhada


os ensaios necessários a cada determinação, além
de prescrever os procedimentos de coleta para a
água proveniente para cada tipo de fonte.

 Condição essa não verificada nas que lhe serviram


de base.
NORMA ASTM C1602M

 Definições:

o Água combinada;
o Água potável
o Água não potável,
o Água de operações de produção de concreto.
ÁGUA NAS PROPRIEDADES DO CONCRETO

 Água no concreto fresco


ÁGUA NAS PROPRIEDADES DO
CONCRETO
 Água do mar no concreto  Água para a cura do
concreto
A ÁGUA NO CONCRETO ENDURECIDO

A água na microestrutura da pasta

 Hidratação representa as modificações que


ocorrem quando o cimento ou uma das suas fases é
misturada com água. Sendo assim o cimento anidro
não tem poder aglomerante, mas adquire essa
propriedade quando misturado com água.

 As reações de hidratação diminuem de


velocidade com o tempo.
A água e a resistência mecânica

 A essência da resistência mecânica do concreto é baseada na


qualidade e na quantidade de teor de sólidos representados pelos
compostos hidratados da massa cimentícia.

 Quanto maior a água em excesso, maior quantidade de vazios e


menor a resistência mecânica do concreto.

 Os vazios provocados pela água em excesso influem também na


durabilidade e na vida útil das estruturas.

 Quando não for possível diminuir o teor de água por causa da


trabalhabilidade, recomenda-se o uso de aditivos plastificantes ou
superplastificantes.

 Sendo assim, a água possui papel ambivalente nas propriedades


do concreto endurecido, é necessária para as reações de
hidratação para formar uma estrutura compacta e propiciar
resistência e durabilidade ao concreto.
 Mas também o excesso de água em concretos
usuais deixa vazios na pasta que proporcionam
retração e fissuração, assim como facilitam o
caminho de penetração de agentes agressivos
que podem trazer consequências danosas para a
durabilidade.
A água na retração e fluência do concreto

 Segundo uma experiência, ao colocar-se cimento


e água em frasco hermético, os produtos da
hidratação apresentam volume menor do que a
soma dos volumes iniciais dos dois materiais. Essa
contração denomina-se de retração química.

 Durante as reações de hidratação há diminuição


da umidade relativa no interior da pasta endurecida,
o que se chama de auto-dessecação interna ou
auto-secagem, com a formação de meniscos que
provocam a contração denominada de retração por
auto dessecação.
A ÁGUA E A DURABILIDADE DO CONCRETO

A água na microestrutura do concreto

 Dos processos que influenciam na durabilidade do


concreto destaca-se dois fatores: a estrutura dos
poros e o mecanismo de transporte.
 A água adiciona para as reações de hidratação,
acima da relação a/c ~0,4, proporciona a pasta
microestruturas com poros de diversas dimensões e
formas.
CONCRETO

Esses poros podem ser classificados como:

 Poros capilares grandes (macroporos): d> 50 nm, a água atua


sem força de adesão e são responsáveis pela penetrabilidade e
difusividade;
 Poros capilares médios (grandes mesoporos): 10 <d< 50 nm, a
água está sobre tensão superficial gerando força de adesão,
são responsáveis pela penetrabilidade na ausencia de
macroporos e pela retração para UR > 80%;
 Poros capilares pequenos (pequenos mesoporos): 2,5 <d< 10
nm, a água se encontra sobre grande tensão superficial
gerando grandes forças de adesão, são responsáveis pela
retração para 50% <UR< 80%;
 Microporos: 0,5 <d< 2,5 nm, água fortemente adsorvida sem
formação de tensão superficial, é responsável pela retração
para qualquer UR e pela fluência;
 Espaçoes intermelares: d < 0,5 nm, são partes integrantes do
C-S-H.
A ÁGUA NA MICROESTRUTURA DO

CONCRETO

 A penetração da água pelos poros da pasta


depende fundamentalmente da relação a/c da
pasta.

 A água pela sua capacidade de dissolver


substâncias pode transportar espécies químicas do
meio ambiente para o interior do concreto,
ocasionando reações químicas que modificam a
microestrutura da pasta, e podem trazer
consequencias danosas a armaduras ou a sua
própria desintegração.
INFLUÊNCIA DO TEOR DE UMIDADE INTERNA

NA DURABILIDADE

 O transposte de fluidos pelos poros da pasta


depende da umidade que se fixa nas paredes por
adsorção física e condensação capilar. Esse
processo depende das dimensões dos poros e da
Umidade Relativa.

 Os mecanismos envolvidos no transporte de fluidos


que influênciam na durabilidade do concreto,
especialmente carbonatação, penetração de
cloretos e de oxigênio, são fortemente dependentes
do teor de umidade interna dos poros.
A ÁGUA NOS PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO

DO CONCRETO

Fissuração por variações volumétricas:


 No concreto fresco pode ocorrer o assentamento
plástico e a retração plástica.
 Com o excesso de armaduras ou seções com
dimensões muito variáveis, pode acontecer o
assentamento plástico causado pelo excesso de
exsudação da água ou sua evaporação
prematura, provocando fissuras.

 A retração plástica é devido a perda de água do


concreto não endurecido, por condições
ambientais adversas, como alta temperatura,
ventos fortes e baixa umidade do ar, a
consequência da retração são as fissuras.
Cristalização de sais nos poros:
 Quando há um contato do concreto com o solo
que contém sais hidratáveis, estes sais podem ser
solubilizados pela água e penetrar nos poros do
concreto, causando expansão do volume,
propiciando fissuras, descamação e fragmentação.
Ação do gelo e degelo:
 A água ao se congelar aumenta seu volume em
9% aproximadamente.

 Ao se formar gelo em um poro vazio, os cristais


não exercem pressão sobre suas paredes. O
crescimento de cristais de gelo no vazio atrai a água
dos poros capilares, reduzindo a pressão hidráulica e
induzindo a retração da pasta.
ÁGUA SOB AÇÃO DO FOGO NO CONCRETO

 À medida que aumenta a temperatura do


concreto, a sua resistência mecânica diminui em
função da perda dos diversos tipos de água nele
contidos. A perda de água, sob a forma de vapor,
gera pressão nos poros, fissuração e
desplacamento.
AÇÃO POR DESGASTE SUPERFICIAL

A perda de massa da superfície do concreto


pode se apresentar de 3 formas:
 Abrasão: é condicionada pelo atrito superficial
ocasionado pelo tráfego de veículos, pessoas ou
deslizamento de materiais.
AÇÃO POR DESGASTE SUPERFICIAL
 Erosão: está relacionada com a abrasão de fluidos
carregados de partículas sólidas em suspensão,
especialmente a altas velocidades. Ex: canais de
escoamento, vertedores, tubulações, etc.
AÇÃO POR DESGASTE SUPERFICIAL

 Cavitação: ocorre quando o fluxo de água corre


paralelo as paredes de concreto e, por mudança
brusca da geometria da peça, ocasiona um fluxo
que se destaca da corrente principal formando
zonas de baixa pressão junto as paredes. Isso forma
buracos semelhantes a escavações. Ex: túneis de
condução de água em barragens.
AÇÃO POR HIDRÓLISE

 Quando as águas puras entram em contato com


a pasta de cimento ocasionam a hidrólise ou
dissolução dos compostos com cálcio, formando
manchas esbranquiçadas de carbonato de cálcio
na superfície, denominadas de eflorescências.
ATAQUE POR SULFATO
 O ataque por sulfatos se caracteriza pela reação
química do íon sulfato com os componentes de
aluminatos do cimento endurecido. A reação entre
estas substâncias, se houver água suficiente,
ocasiona expansão do concreto, levando a
fissuração de caráter irregular, facilitando o acesso
de penetrações adicionais, ate a completa
desintegração.
CORROSÃO DE ARMADURA
O mecanismo de corrosão do aço no concreto
é eletroquímico. Esta corrosão conduz à formação de
óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão
avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados
ferrugem, e só ocorre nas seguintes condições:
 Deve existir um eletrólito; deve existir uma diferença
de potencial; deve existir oxigênio; podem existir
agentes agressivos.
AÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

 A água da chuva que cai sobre as superfícies do


concreto pode ocasionar a chamada chuva ácida
quando o ar ambiental possui ácidos dissolvidos
provenientes da atmosfera industrial. Esta ação
pode ocasionar manchas superficiais e a
manutenção de maior teor de umidade nestes
locais, o que de implicar em futura fissuração.
ÁGUA COMO FERRAMENTA DE CORTE DO

CONCRETO
Entre as diversas modalidades de demolição de
estruturas de concreto distingue-se a hidrodemolição por
ser um método bastante rápido e conveniente. É um
método que utiliza água sob pressão com o uso de
bombas de alta pressão.
As principais vantagens são:
Remoção seletiva de acordo com o local escolhido;
Remoção mais rápida do que os métodos tradicionais;
Não provoca danos colaterais como microfissuras;
Limpeza da armadura;
Superfície final mais rugosa com melhor aderência para
o concreto novo;
Não provoca vibrações, ruído e poeira;
Custo final competitivo.
ÁGUA COMO FERRAMENTA DE CORTE DO

CONCRETO

Você também pode gostar