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Expedições feitas pelos cristões á Palestina, entre

anos de 1095 e 1269, para expulsar os muçulmanos


dos lugares por onde Jesus andou, que para eles
eram sagrados.
A Igreja na Idade Média

A história da Igreja cobre um período de aproximadamente dois mil anos, é uma das
mais antigas instituições religiosas em atividade, influindo no mundo em aspectos
espirituais-religiosos, morais, políticos e sócio-culturais. Não poderíamos assinalar a
Cristandade Medieval sem antes, rapidamente, marcar as primeiras comunidades cristãs.

A Cristandade Medieval

Em meio à desorganização administrativa, econômica e social produzida pelas invasões


ou migrações germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas
a Igreja Católica, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição. Vemos os
Vândalos na África, os Visigodos na Hispania, os Francos na Gália, os Anglos e Saxões
nas Ilhas Britânicas, os bárbaros na Itália. Consolidando sua estrutura religiosa, a Igreja
foi difundindo o cristianismo entre os povos bárbaros, enquanto preservava muitos
elementos da cultura greco-romana. Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a
Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval, servindo
como instrumento de unificação, diante da fragmentação política da sociedade feudal. O
termo católico (adjetivo grego que significa “Universal”) é usado a partir do Concílio de
Trento (1545 - 1563) para designar a Igreja Romana em oposição às Igrejas da Reforma.
Antes, o termo utilizado era Cristandade.

Os Padres da Igreja

Os tempos de ouro da Patrística foram os séculos IV e V, embora possa se


entender que se estenda até o século VII a chamada "idade dos Padres".
Os principais Pais do Oriente foram: Eusébio de Cesaréia, Santo
Atanásio, Basílio de Cesaréia, Gregório de Nisa, Gregório Nazianzo, São
João Crisóstomo e São Cirilo de Alexandria. Os principais Padres do
Ocidente são: Santo Agostinho, autor das "Confissões", obra prima da
literatura universal e Santo Ambrósio, Eusébio Jerônimo, dálmata,
conhecido como São Jerônimo que traduziu a Bíblia diretamente do
hebraico, aramaico e grego para o latim. Esta versão é a célebre Vulgata,
cuja autenticidade foi declara pelo Concílio de Trento. Outros pais que se
destacaram foram São Leão Magno e Gregório Magno, este um romano
com vistas para a Idade Média, as suas obras "os Morais e os Diálogos"
serão lidas pelos intelectuais da Idade Média, e o canto "gregoriano"
permanece vivo até os dias de hoje. Santo Isidoro de Sevilha, falecido em
636, é considerado o último dos grandes padres ocidentais.

As Cruzadas na Idade Média


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Guerra Santa, cristãos
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Cavaleiro da época das Cruzadas

De 637 até meados do século XI, a Palestina, foi governada pelos


muçulmanos, chamados sarracenos ou árabes. Eram permitidas as
peregrinações dos cristãos a Jerusalém e aos lugares sagrados.
Repentinamente, em 1071, a região foi dominada pelos ferozes turcos
seljucidas, que massacraram e escravizaram peregrinos.

Em 1095 o Papa instituiu as Cruzadas e, incitados por Pedro, o Eremita,


milhares de camponeses seguiram para a Terra Santa. A maioria foi morta
ou transviou-se no caminho.
Contudo, outro exército de 300 mil soldados, sob o comando de príncipes
franceses dirigidos por Godofredo de Bulhão, e denominados cruzados
porque usavam a insígnia da Cruz, tomaram Jerusalém e criaram ali um
reino cristão.
Em seguida, os muçulmanos reconquistaram parte da região e, depois de
falhar uma outra Cruzada, que tentara capturar Damasco, Saladino, o sultão
do Egito, expulsou os cristãos de Jerusalém (1187).
Nova expedição, chefiada pelo imperador da Alemanha e depois por Filipe,
rei da França, e Ricardo, Coração de Leão, tomou Acre, mas são
conseguiu atingir Jerusalém. Ricardo naufragou e foi aprisionado na
Áustria.

Houve muitas outras Cruzadas, inclusive a das Crianças, no decurso da


qual 50 mil meninos morreram ou foram vendidos como escravos antes de
chegarem a Jerusalém. Embora não tivessem sido bem sucedidas, as
Cruzadas incrementaram o comércio e introduziram novas idéias na
Europa, pois os sarracenos eram profundos conhecedores de Matemática,
Medicina e Astronomia.  
NOTA: As Cruzadas contribuíram para o renascimento do Mediterrâneo como
via marítima, utilizada para dar vigor às atividades comerciais das cidades
costeiras da Itália, graças aos transportes para o Oriente.Os que pertenciam às
Cruzadas e costuravam sobre sua vestimenta uma cruz de pano como sinal de
voto de peregrinação a Jerusalém, beneficiavam-se da proteção especial da
Igreja em relação a seus bens e a sua pessoa..

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