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DIP – 12/02

 Direitos subjetivos
 Há pessoas que tem mais direitos patrimoniais que outras, por terem mais
património, mais propriedade.
 A ordem jurídica em função das nossas circunstâncias, dos títulos que temos,
atribui-nos um direito sobre esse bem que temos ou comprámos.
 O direito português tem vários ramos jurídicos – subsistemas da ordem jurídica
– direito penal, direito comercial, direito administrativo, etc.
 DIP – ordem jurídica autónoma do direito dos países do mundo, não um ramo ou
subsistema. Ele também tem vários ramos – direitos dos Direitos Humanos,
direito da responsabilidade internacional, direito das fontes (dos tratados),
direito internacional da saúde, direito internacional comercial, direito das
Nações Unidas, etc.
 D. Internacional vs. D. Interno (o direito de cada país)
 Tradicionalmente, o direito internacional é o direito que regula as relações
internacionais. Ideia dominante do século XIX – IDEIA ERRADA.
 O D. Internacional – regula estados, pessoas coletivas, indivíduos, organizações
internacionais, grupos armados, baleias(??)
 Um sujeito de direito internacional – alguém titular de direito e deveres. Nós,
indivíduos, somos sujeitos de direito internacional. Somos pessoas jurídicas,
com direitos e deveres. Na altura de escravidão, os escravos não eram pessoas
jurídicas. Hoje em dia, todas as pessoas no mundo são. Direitos à vida,
Humanos, à saúde, etc.
A posição dos animais é controvérsia – Será que são verdadeiros titulares de
direitos? A ordem jurídica é extremamente complexa e se não aplica direitos,
aplica tutelas, aplica proteção sobre o individuo, sobre quem merece.
 Sujeito de direito internacional: Uma pessoa coletiva (quando se atribui um
conjunto de direitos e deveres internacionais a um grupo de pessoas ou
património. Ex.: Todos os Estados do mundo) que goza de direitos e deveres.
 Existem sujeitos de direito internacional: individuais (cada um de nós) e
coletivos (Estados).
 Há pessoas que criam sociedades comerciais fictícias simplesmente para se
protegerem dos credores. Criam uma pessoa jurídica e ficam protegidos por não
terem de pagar se abrirem falência. Pomos a nossa loja no nome fictício e não
somos vítimas de credores, se ninguém descobrir. É ilícito.
 Uma pessoa jurídica serve para proteger.
 D. Internacional – teoria de que ele é o ordenamento jurídico que regula as
relações dos sujeitos internacionais. Mas esta teoria não diz nada, é circular, pois
é o DIP que classifica os sujeitos. Temos de saber primeiro o que é o DIP para
saber quais são os sujeitos portanto não podemos dizer que ele é a
regulamentação das relações dos sujeitos se só ele nos dá a conhecer esses
sujeitos. TEORIA ERRADA TAMBÉM – pouco vasta.
 Casamento entre português e espanhol – é uma relação internacional, em teoria,
mas não é uma relação internacional regulamentada pelo DIP.
 Existem relações internacionais que não são regulamentadas pelo DIP e sim
pelos direitos internos do país (ou países?) envolvido na questão.
 Qual o bom critério que distingue o DIP do D. Interno? O critério das fontes.
O D. Interno é criado pelo Estado, de forma unilateral e pelo meio da lei, que
vincula todos os que se encontram sobre a sua jurisdição, com poder autoritário,
com funções de manutenção de ordem (sistema penal, sistema penitenciário,
sistema de segurança interna (polícia) e externa (forças armadas) ) visto que as
outras funções também podem ser desempenhadas por privados (saúde,
educação, casas, emprego), apenas as de autoridade e segurança é que não (a
menos que sejam sem lucros - ONGS).
O DIP não é unilateral, nem baseado na lei dos Estados. É baseado em fontes, no
costume. O DIP é um conjunto de normas costumeiras criadas e alteradas
conjuntamente pelos Estados, bem como todas as restantes normas que sejam
classificadas como internacionais por essas regras costumeiras, pela sua proteção
das regras da responsabilidade internacional. O essencial do DIP é que ele é
baseado por regras costumeiras que nenhum estado pode criar ou alterar
unilateralmente, ao contrário do D. Interno, que cada estado pode criar ou alterar
de modo unilateral, seguindo a lei, quando quiser e/ou achar necessário.
 Quando é que uma norma é tida como norma internacional? Quando tem poder
sobre todos os Estados, quando é respeitada por todos.
 Quem manda nas organizações internacionais, são os Estados. Trabalham em
coletivo. Quem manda nas relações internacionais, são os Estados. Por isso,
estas organizações podem ter influências na criação dos costumes, das normas,
mas elas são sempre criadas pelos Estados coletivamente. ???
 O costume é baseado na ideia de imitação, na ideia intuitiva de termos de fazer
algo, porque vemos todos a fazer, logo é provável que não seja ilícito. A
sociedade determina em muito aquilo que somos, a forma como agimos e nos
comportamos. Se um humano for criado com galinhas, ele vai viver como
galinha. Vai imitar os seus comportamentos e ações – vai pegar nas coisas com a
boca e usar as mãos como asas; nunca vai perceber que pode usar as mãos para
apanhar as coisas do chão.
 Se estivermos numa situação ou local desconhecido, é normal que imitemos o
comportamento dos outros. Se tivermos numa estação de metro desconhecida,
seguimos os outros para encontrar a saída ou se estivermos perdidos na estrada,
seguimos o carro da frente em busca de uma saída conhecida. Se tivermos num
país diferente, copiamos o comportamento dos nativos para tentar perceber o
funcionamento dessa sociedade e desse país.
 Quanto mais importante for a norma, mais difícil é criar uma norma costumeira
contrária. Mas não impossível. Ex.: “poder corretivo” dos pais face aos filhos
(bater, uma chapada pesada) – só agora é que está a ser posta em causa. Mesmo
assim, há chapadas leves e simbólicas no traseiro das crianças, continua a ser
aceite, apesar de doer na mesma e ser humilhante para a criança.
A questão da mutilação genética é vista como um tradição em algumas
comunidades mas é visto como uma violação dos DH e um atentado físico a uma
pessoa por pessoas de fora. Está a ser julgado e a tornar-se ilícito.
 Um assunto interno é um assunto não regulado pelo D. Internacional. A forma
como um Estado trata os seus cidadãos, em termos de DH, é regulamento pelo
DIP e nunca é um assunto interno. Um assunto interno é por exemplo o Estado
Português decidir dar poder de voto aos cidadãos estrangeiros, um assunto não
interno era se o estado tirasse o poder de voto aos cidadãos nacionais, aí já
tocava na regulamentação internacional.
 Os tratados dos DH nem sempre são claros. Nas situações em que não são
claros, em que há lacunas, o Estado assume como assunto interno. Enquanto não
houver regulamentação internacional certa, cada estado assume a sua norma (Ex:
circuncisão masculina)
 Os ataques aos DH da Coreia do Norte – Porque é que os outros Estados não
agem? Porque é muito mais necessário manter a paz, do que a justiça pelo
cidadãos desse país. Uma guerra com a Coreia do Norte significa uma guerra
nuclear – destruição do mundo, de pessoas em todos os locais.
 No Direito Internacional, o mais importante é manter a paz, evitar guerras e
conflitos. Só em situações gravíssimas e necessárias, é que se pode pôr algo
acima da paz.
 As guerras nucleares mantêm a paz (por mais irónico que seja) – todos tem
medo de criar conflitos por medo de poderem começar ou viver numa guerra
nuclear destruidora a nível mundial.
 Um estado de direito, os direitos humanos, direitos fundamentais, a democracia,
a constituição – tudo surgiu ao mesmo tempo: Atenas Clássica.

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