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Classificação Geotécnica MCT

Materiais de Infra-estrutura de Transportes

Prof. Eng. Rinaldo Pinheiro


Classificações tradicionais

Utilizam procedimentos baseados na granulometria e características plásticas


dos solos.
§ HRB / AASHO
§ USCS – Sistema Unificado
Problemas

§ Agregação dos finos nos solos lateríticos


§ Natureza físico-química da fração argila
§ Influência dos macro-cristais das Micas e da Caolinita dos solos saprolíticos
§ Natureza porosa e fragmentável dos grãos de Silte e Areia dos solos
saprolíticos
Alguns exemplos
§ Índice de Grupo (IG)
§ Limitação do método visual-táctil tradicional para solos tropicais
§ Comparação de dois solos de mesmo grupo HRB e USCS
Designação genética geral de camadas de solos,
nas regiões tropicais
Solos Tropicais – 2 grandes classes
SOLOS LATERÍTICOS

§ Camada mais superficial em áreas bem drenadas.


§ Caracterizada pela cor (matizes vermelho e amarelo), com
espessura em geral >2m e <10m.
§ Mineralogia: Fração areia e pedregulho - grãos resistentes
mecanicamente e quimicamente
§ Fração argila – elevada % de hidróxidos e óxidos de Fe e Al, o
argilo-mineral é a caolinita
§ Grãos mais finos estão agregados (massa de aspecto
esponjoso)
§ Presença de torrões
§ Grande % de vazios (preenchidos com ar)
§ Baixo peso específico (γ) e elevada permeabilidade (k)
Solo laterítico

Solo saprolítico
Solos lateríticos
Fração areia e argila de solos
lateríticos
SOLOS SAPROLÍTICOS

§ Camadas subjacentes às lateríticas ou outros solos


(pedogenéticos, sedimentares ou transportados).
§ Suas cores variam muito (várias cores em uma mesma
camada). Espessura muito variável, chegando a dezenas de
metros.
§ Mineralogia: É comum a presença de um grande número de
minerais (parte devido ao processo de intemperismo e parte
herdados da rocha matriz).
§ Fração argila: pode ocorrer uma grande variedade de argilo-
minerais.
§ Fração silte: pode ter mineralogia muito variada e peculiar –
macro-cristais de caolinitas e micas mudando o comportamento
destes solos.
§ Caracterizando por camadas, manchas, xistosidades, vazios,
etc. herdadas da rocha matriz – Verdadeiramente Solos
Residuais.
Solo saprolítico – alteração de
rocha granítica
Solo saprolítico
Fração argila de solos saproliticos
Gráfico de plasticidade

70

LL = 50
LINHA “U”
PARA CLASSIFICAR O VERTICAL PARA
SOLOS FINOS E A LL = 16 ATÉ IP = 7
60 FRAÇÃO FINA DOS IP = 0,9 (LL – 8)
SOLOS GROSSOS
ÍNDICE DE PLASTICIDADE - IP %

CH
50
ou

OH LINHA “A”
40 HORIZONTAL PARA
IP = 4 ATÉ LL = 25,5
IP = 0,73 (LL – 20)

30
CL
MH ou OH
ou
20
OL

10
CL - ML ML ou OL

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
LIMITE DE LIQUIDEZ - LL %
a.) AGREGAÇÃO DOS FINOS NOS SOLOS LATERÍTICOS

Agregação muito forte que influencia os resultados dos ensaios


utilizados nas classificações tradicionais. Portanto a
granulometrias e os limites de consistência variam em função do
grau de destruição das agregações dos finos.

Ensaio Fração argila (%)


Ensaio granulométrico sem defloculante 5
Latossolo vermelho com silicato de sódio 37
escuro com hexamestafosfato de 68
sódio

Ensaio – tempo de dispersão Fração argila (%)


Ensaio granulométrico 5 min 38
Latossolo vermelho 15 min 44
escuro 60 min 52
Ensaio – tempo de LL (%)
manipulação
Limite de liquidez 30 min 50
Solo laterítico coluvionar 1h 10min 56
associado de basalto 1h 50min 57
2h 10min 57
3h 10min 59
3h 55min 62

Ensaio – tempo de dispersão LL (%)


Limite de liquidez 0 min (ensaio padrão) 51
Latossolo roxo 10min 61
30min 70
60min 79
Índice de Grupo (IG)

IG = 0,2 . a + 0,005 . a . c + 0,01 . b . d

a = Pp,200 - 35% (0 - 40).

b = Pp,200 - 15% (0 - 40)

c = LL - 40% (0 - 20)

d = IP - 10% (0 - 20)

Os solos grossos: A1, A2 e A3.


Grupo A1 - Solos granulares sem finos
Grupo A2 - Solos granulares com finos
A-2-4 - finos siltosos de baixa compressibilidade
A-2-5 - finos siltosos de alta compressibilidade
A-2-6 - finos argilosos de média plasticidade
A-2-7 - finos argilosos de alta plasticidade
Grupo A3 - Areias finas
b) Os solos finos: A4, A5, A6 e A7
Grupo A4 - Solos siltosos LL < 40%)
Grupo A5 - Solos siltosos LL > 40%)
Grupo A6 - Argilas siltosas (baixa compressibilidade)
Grupo A7 - Argilas plásticasa (alta compressibilidade).
A7-5, IP ≤ LL - 30%
A7-6, IP > LL - 30%
Comparação de dois solos de mesmo grupo HRB e USCS
Estrutura / MEV
METODOLOGIA MCT
(MINIATURA, COMPACTADO, TROPICAL)
Objetivo

§ utilizar solos arenosos finos lateríticos como base de


pavimentos, considerados inapropriados pelas classificações
tradicionais.

§ Ensaios mecânicos e hídricos simplificados porém correlacionáveis


com o comportamento dos solos tropicais.
§ Mini-CBR
§ Infiltrabilidade
§ Permeabilidade
§ Contração
§ Penetração da pintura betuminosa
§ Mini-CBR de campo
Sub-produto: Classificação Geotécnica MCT

§ 2 Grandes Classes :

§ L = solos de comportamento laterítico


§ N = solos de comportamento não laterítico

§ 7 Grupos

§ NA, NA’, NS’ e NG’ (areia, arenoso, siltoso e argiloso)


§ LA, LA’ e LG’
Gráfico de classificação MCT
e´ = {(20 / d´ ) + (Pi / 100)}^1/3
Ensaio – esquema comparativo dos equipamentos
Representação gráfica do ensaio de compactação e perda
de massa por imersão
Representação gráfica do ensaio de compactação
e´ = {(20 / d´ ) + (Pi / 100)}^1/3
Ensaios da metodologia MCT

Compactação Capacidade de suporte

- Preparo de C.Ps - Dimensionamento de pavimentos


- Dados p/ classificação MCT - Escolha de solos p/ reforço, bases e acostamento
- Umidade ótima e densidade máxima
Ensaios da metodologia MCT

Contração Infiltrabilidade

- Escolha de solos p/ aterros, bases, reforços, acostamentos, sobretudo quando os mesmos ficam
sujeitos à secagem, intencional ou não, durante ou após a construção
Ensaios da metodologia MCT

Permeabilidade Perda de massa por imersão em água

- Utilização em cálculos de escoamento de água em meio - Classificação geotécnica MCT de solos


saturado, tais como camadas drenantes, filtrantes,
- Avaliação da erodibilidade de solos em presença de
impermeabilizantes, etc.
lâmina de água
Ensaios da metodologia MCT

Penetração de imprimadura Controle de compactação

- Escolher os materiais mais apropriados para executar a - Desvio do teor de umidade em relação ao ótimo
imprimação do solo compactado
- Densidade máxima efetivamente utilizado na compactação
- Escolha de solos mais apropriados para base de
pavimentos
Técnica construtiva da base de SAFL:
mistura e compactação
Técnica construtiva da base de SAFL:
acabamento, imprimadura da base e aspecto de trincas de base
Defeitos associados às bases de SAFL
Aspecto de pavimentos com uso de bases de SAFL
Detalhes construtivos de Bases de SLAD
(Solo Laterítico Agregado)
Detalhes construtivos de Bases de Argila Laterítica
Detalhes de aplicação de Imprimaduras asfálticas
Detalhes do processo executivo da Camada de Revestimento
Betuminoso

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