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Centro Universitário UNA

Contagem

Cinomose
Estrutura do Sistema Nervoso e Aparelho
Locomotor

Nome: Thais Lobo


Professor: Matheus
Curso: Medicina Veterinária
Cinomose
A cinomose é uma doença infecciosa causada por um vírus da Família Paramyxoviridae. Ela
é altamente contagiosa e costuma acometer cães que ainda não terminaram o esquema
vacinal (filhotes) ou que não costumam receber o reforço anual da vacina múltipla (V8, V10
ou V11), atacando o trato respiratório, digestivo e neurológico.

Causas e consequências:
A cinomose canina é causada por um vírus envelopado (CDV), que contém RNA como
material genético e causa infecção em uma série de mamíferos, incluindo o cão doméstico.
O CDV pertence ao gênero Morbilivirus, da família Paramyxoviridae. Nos estágios iniciais da
doença, um sintoma bastante comum é a diarreia, uma vez que o sistema digestório é,
geralmente, o primeiro a ser atingido. Em um estágio um pouco mais avançado da doença,
o sistema respiratório é acometido, sendo observadas secreções normalmente amareladas
e densas saindo pelo nariz e região dos olhos. Na fase mais tardia da doença, acontece o
acometimento do sistema nervoso central, que é quando o animal passa a ter o andar
desorientado e tremores musculares que podem evoluir para crises de convulsões.
Causando também febre e apatia. Perda de cognição, alterações de equilíbrio e locomoção,
mioclonia, paralisia, paraplegia e tetraplegia, convulsões, e
alterações na dentição e gastrointestinais, são algumas sequelas deixadas pela doença.

Diagnóstico:
-Hemograma: nos testes sanguíneos, a linfopenia causada por depleção linfoide é o
principal achado. Leucocitose por neutrofilia pode ser observada diante de infecções
bacterianas secundárias ou em decorrência do processo inflamatório crônico. Contudo,
animais vacinados podem apresentar inclusões por período incerto, da mesma forma que
animais infectados ainda sem sintomatologia clínica. Trombocitopenia também pode
ocorrer em alguns casos de cinomose.
-Testes rápidos: atualmente, existem testes de Elisa ou imunocromatográficos para
detecção de antígenos ou anticorpos do CDV em amostras de sangue, plasma ou líquor. Os
testes que detectam anticorpos são semiquantitativos e não diferenciam, em geral,
imunoglobulinas M e G, razão pela qual animais vacinados podem ter resultados positivos.
Sendo assim, a sua utilidade diagnóstica é limitada na maioria dos casos. Os testes que
detectam antígenos, por sua vez, são mais úteis, uma vez que indicam presença do vírus no
organismo. A influência da vacinação recente também deve ser considerada na
interpretação dos resultados.
-Sorodiagnóstico: a detecção de anticorpos dos tipos IgM ou IgG pode ser útil como apoio à
confirmação da doença, embora não seja feita rotineiramente. Títulos elevados de IgM são
esperados após infecção natural ou vacinação recente (em especial a primovacinação).
Desta forma, títulos altos de IgM em um animal sem histórico de vacinação e com quadro
clínico compatível são diagnósticos. A vacinação pode complicar sobremaneira a
interpretação dos testes de sorodiagnóstico à base de IgM.
Imunocitologia: pode ser feita a pesquisa de antígenos do vírus da cinomose em amostras
obtidas de conjuntiva ocular, líquor, sangue, sedimento urinário, epitélios respiratórios e
cutâneos. Nestes casos, um anticorpo fluorescente é utilizado para sinalizar a presença do
antígeno, e a sensibilidade da técnica pode variar conforme a fase da doença e amostra. A
vacinação pode levar a resultados falso-positivos, mas se desconhece o seu real impacto no
diagnóstico.

Reação em cadeia da polimerase (PCR): como o vírus da cinomose é um RNA vírus, utiliza-se


uma técnica de RT-PCR para a obtenção de fitas de DNA que são posteriormente
amplificadas. A maioria dos testes detecta o gene que codifica a proteína nucleocapsídeo do
vírus. Recomenda-se tentar o isolamento de material genético viral no maior número de
amostras possível: sangue, urina, secreções conjuntivais, nasais e líquor. Uma possibilidade
para diferenciar vacinação de doença seria o emprego de técnicas de RT-PCR diferentes
capazes de distinguir cepas vacinais das de campo. A realização de testes pareados
quantificando a carga viral em momentos distintos da infecção também seria uma opção
útil. Todavia, estudos específicos são requeridos nessa área.

Tratamento:

Não há medicamentos antivirais eficazes para combater a doença. No entanto, o


tratamento consiste em tratar os sintomas causados nos diferentes sistemas acometidos:
-Antibiótico e anti-pirético para as infecções secundárias no sistema digestório e
respiratório, além de aliar expectorantes, bronco dilatadores e antieméticos.
-Soro (fluidoterapia), para corrigir a desidratação causada pela diarreia.
-Anticonvulsivante para as crises convulsivas devido ao acometimento do sistema nervoso.
-Suplementos nutricionais e terapias alternativas, como a acupuntura, para melhorar a
resposta imunológica do animal para combater o vírus também são utilizadas.
A prevenção da doença é feita pela vacinação, que está dentro do pacote oferecido pelas
vacinas V8 , V10 e V11. No caso de filhotes, devem receber três a quatro doses da vacina a
partir de 45 dias de vida, com intervalo de 21 a 30 dias entre as aplicações. Apenas depois
da última dose seu sistema imunológico estará apto a combater o vírus caso haja contato
com ele, sendo liberados os passeios na coleira.
CONCLUSÃO

Uma doença que afeta animais do grupo canídeo, sendo uma infecção muitas vezes fatal.
Por isso vê-se a importância de vacinar os cães e evitar qualquer tipo de contato deles com
animais já portadores da doença, que pode ser transmitida pelo ar e por objetos infectados.
O diagnostico é feito apenas por exames laboratoriais, não possuindo cura, apenas métodos
de contenção dos sintomas, que envolvem o sistema digestório, respiratório e em casos
mais graves o nervoso central; sendo de extrema relevância as medidas de precaução. As
sequelas deixadas pela doença acompanham o animal pelo resto de sua vida.

Referência Bibliográfica

https://www.petlove.com.br/dicas/cinomose-o-que-e-sintomas-tratamento-e-cura

https://www.petz.com.br/blog/pets/caes/o-que-e-cinomose-tudo-o-que-voce-precisa-saber/

https://zoetis.com.br/prevencaocaesegatos/posts/c%C3%A3es/cinomose-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-para-um-
diagn%C3%B3stico-assertivo-e-eficiente.aspx

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