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LIVRO I

LEGISLAÇÃO DE
ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS HUMANOS
1. LEI FEDERAL Nº. 11.473, DE 10 DE MAIO DE 2007. no 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e, excepcionalmente, à
conta de dotação orçamentária da União.
Dispõe sobre cooperação federativa no
âmbito da segurança pública e revoga a Lei Art. 7º - O servidor civil ou militar vitimado durante as
no 10.277, de 10 de setembro de 2001. atividades de cooperação federativa de que trata esta Lei, bem
como o Policial Federal, o Policial Rodoviário Federal, o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que Policial Civil e o Policial Militar, em ação operacional conjunta
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: com a Força Nacional de Segurança Pública, farão jus, no caso
de invalidez incapacitante para o trabalho, à indenização no
Art. 1º - A União poderá firmar convênio com os Estados e o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), e seus dependentes, ao
Distrito Federal para executar atividades e serviços mesmo valor, no caso de morte.
imprescindíveis à preservação da ordem pública e da Parágrafo único - A indenização de que trata o caput deste
incolumidade das pessoas e do patrimônio. artigo correrá à conta do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Art. 2º - A cooperação federativa de que trata o art. 1o desta Art. 8º - As indenizações previstas nesta Lei não excluem outros
Lei, para fins desta Lei, compreende operações conjuntas, direitos e vantagens previstos em legislação específica.
transferências de recursos e desenvolvimento de atividades de
capacitação e qualificação de profissionais, no âmbito da Força Art. 9º - Ficam criados, no âmbito do Poder Executivo Federal,
Nacional de Segurança Pública. para atender às necessidades do Programa da Força Nacional de
Parágrafo único - As atividades de cooperação federativa têm Segurança Pública, 9 (nove) cargos em comissão do Grupo
caráter consensual e serão desenvolvidas sob a coordenação Direção e Assessoramento Superiores DAS, sendo 1 (um) DAS-
conjunta da União e do Ente convenente. 5, 3 (três) DAS-4 e 5 (cinco) DAS-3.

Art. 3º - Consideram-se atividades e serviços imprescindíveis à Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, para os fins desta Lei: Art. 11 - Fica revogada a Lei no 10.277, de 10 de setembro de
I - o policiamento ostensivo; 2001.
II - o cumprimento de mandados de prisão;
III - o cumprimento de alvarás de soltura; Brasília, 10 de maio de 2007; 186º da Independência e 119º da
IV - a guarda, a vigilância e a custódia de presos; República
V - os serviços técnico-periciais, qualquer que seja sua
modalidade;
VI - o registro de ocorrências policiais. 2. LEI FEDERAL Nº. 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE
2008.
Art. 4º - Os ajustes celebrados na forma do art. 1o desta Lei
deverão conter, essencialmente: Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera
I - identificação do objeto; a redação do art. 428 da Consolidação das
II - identificação de metas; Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
III - definição das etapas ou fases de execução; Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro
V - cronograma de desembolso; de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de
VI - previsão de início e fim da execução do objeto; e dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março
VII - especificação do aporte de recursos, quando for o caso. de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei
Parágrafo único - A União, por intermédio do Ministério da no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o
Justiça, poderá colocar à disposição dos Estados e do Distrito art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41,
Federal, em caráter emergencial e provisório, servidores de 24 de agosto de 2001; e dá outras
públicos federais, ocupantes de cargos congêneres e de providências.
formação técnica compatível, para execução do convênio de
cooperação federativa de que trata esta Lei, sem ônus. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 5º - As atividades de cooperação federativa, no âmbito da
Força Nacional de Segurança Pública, serão desempenhadas por CAPÍTULO I
militares e servidores civis dos entes federados que celebrarem DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E
convênio, na forma do art. 1o desta Lei. RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Art. 6º - Os servidores civis e militares dos Estados e do Distrito Art. 1º - Estágio é ato educativo escolar supervisionado,
Federal que participarem de atividades desenvolvidas em desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação
decorrência de convênio de cooperação de que trata esta Lei para o trabalho produtivo de educandos que estejam
farão jus ao recebimento de diária a ser paga na forma prevista freqüentando o ensino regular em instituições de educação
no art. 4o da Lei no 8.162, de 8 de janeiro de 1991. superior, de educação profissional, de ensino médio, da
§ 1º - A diária de que trata o caput deste artigo será concedida educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
aos servidores enquanto mobilizados no âmbito do programa da modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Força Nacional de Segurança Pública em razão de deslocamento § 1º - O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além
da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do de integrar o itinerário formativo do educando.
território nacional e não será computada para efeito de adicional § 2º - O estágio visa ao aprendizado de competências próprias
de férias e do 13o (décimo terceiro) salário, nem integrará os da atividade profissional e à contextualização curricular,
salários, remunerações, subsídios, proventos ou pensões, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã
inclusive alimentícias. e para o trabalho.
§ 2º - A diária de que trata o caput deste artigo será custeada
pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, instituído pela Lei
Art. 2º - O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, Art. 6º - O local de estágio pode ser selecionado a partir de
conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, cadastro de partes cedentes, organizado pelas instituições de
modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. ensino ou pelos agentes de integração.
§ 1º - Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto
do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e CAPÍTULO II
obtenção de diploma. DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
§ 2º - Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como
atividade opcional, acrescida à carga horária regular e Art. 7º - São obrigações das instituições de ensino, em relação
obrigatória. aos estágios de seus educandos:
§ 3º - As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação I - celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu
científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou
somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as
no projeto pedagógico do curso. condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do
curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e
Art. 3º - O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei ao horário e calendário escolar;
quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria II - avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua
vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os adequação à formação cultural e profissional do educando;
seguintes requisitos: III - indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no
I - matrícula e freqüência regular do educando em curso de estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, das atividades do estagiário;
da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, IV - exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não
na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades;
atestados pela instituição de ensino; V - zelar pelo cumprimento do termo de compromisso,
II - celebração de termo de compromisso entre o educando, a reorientando o estagiário para outro local em caso de
parte concedente do estágio e a instituição de ensino; descumprimento de suas normas;
III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no VI - elaborar normas complementares e instrumentos de
estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. avaliação dos estágios de seus educandos;
§ 1º - O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, VII - comunicar à parte concedente do estágio, no início do
deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou
instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, acadêmicas.
comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do Parágrafo único - O plano de atividades do estagiário,
caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final. elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso
§ 2º - O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou II do caput do art. 3o desta Lei, será incorporado ao termo de
de qualquer obrigação contida no termo de compromisso compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado,
caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte progressivamente, o desempenho do estudante.
concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista
e previdenciária. Art. 8º - É facultado às instituições de ensino celebrar com entes
públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais
Art. 4º - A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica- se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades
se aos estudantes estrangeiros regularmente matriculados em programadas para seus educandos e as condições de que tratam
cursos superiores no País, autorizados ou reconhecidos, os arts. 6o a 14 desta Lei.
observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da Parágrafo único - A celebração de convênio de concessão de
legislação aplicável. estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não
dispensa a celebração do termo de compromisso de que trata o
Art. 5º - As instituições de ensino e as partes cedentes de inciso II do caput do art. 3o desta Lei.
estágio podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de
integração públicos e privados, mediante condições acordadas CAPÍTULO III
em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no DA PARTE CONCEDENTE
caso de contratação com recursos públicos, a legislação que
estabelece as normas gerais de licitação. Art. 9º - As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da
§ 1º - Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no administração pública direta, autárquica e fundacional de
processo de aperfeiçoamento do instituto do estágio: qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
I - identificar oportunidades de estágio; e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível
II - ajustar suas condições de realização; superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos
III - fazer o acompanhamento administrativo; de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas
IV - encaminhar negociação de seguros contra acidentes as seguintes obrigações:
pessoais; I - celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e
V - cadastrar os estudantes. o educando, zelando por seu cumprimento;
§ 2º - É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a II - ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao
título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste educando atividades de aprendizagem social, profissional e
artigo. cultural;
§ 3º - Os agentes de integração serão responsabilizados III - indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com
civilmente se indicarem estagiários para a realização de formação ou experiência profissional na área de conhecimento
atividades não compatíveis com a programação curricular desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e
estabelecida para cada curso, assim como estagiários supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
matriculados em cursos ou instituições para as quais não há IV - contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes
previsão de estágio curricular. pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado,
conforme fique estabelecido no termo de compromisso;

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V - por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de CAPÍTULO V
realização do estágio com indicação resumida das atividades DA FISCALIZAÇÃO
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
VI - manter à disposição da fiscalização documentos que Art. 15 - A manutenção de estagiários em desconformidade com
comprovem a relação de estágio; esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a
VII - enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima parte concedente do estágio para todos os fins da legislação
de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória trabalhista e previdenciária.
ao estagiário. § 1º - A instituição privada ou pública que reincidir na
Parágrafo único - No caso de estágio obrigatório, a irregularidade de que trata este artigo ficará impedida de receber
responsabilidade pela contratação do seguro de que trata o inciso estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão
IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida definitiva do processo administrativo correspondente.
pela instituição de ensino. § 2º - A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à
filial ou agência em que for cometida a irregularidade.
CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10 - A jornada de atividade em estágio será definida de
comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente Art. 16 - O termo de compromisso deverá ser firmado pelo
e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar estagiário ou com seu representante ou assistente legal e pelos
do termo de compromisso ser compatível com as atividades representantes legais da parte concedente e da instituição de
escolares e não ultrapassar: ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se
I - 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das
de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino partes.
fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens
e adultos; Art. 17 - O número máximo de estagiários em relação ao
II - 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá
estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível atender às seguintes proporções:
médio e do ensino médio regular. I - de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
§ 1º - O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, II - de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, III - de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco)
poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde estagiários;
que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da IV - acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por
instituição de ensino. cento) de estagiários.
§ 2º - Se a instituição de ensino adotar verificações de § 1º - Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o
aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a conjunto de trabalhadores empregados existentes no
carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, estabelecimento do estágio.
segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o § 2º - Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais
bom desempenho do estudante. ou estabelecimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste
artigo serão aplicados a cada um deles.
Art. 11 - A duração do estágio, na mesma parte concedente, não § 3º - Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do
poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de caput deste artigo resultar em fração, poderá ser arredondado
estagiário portador de deficiência. para o número inteiro imediatamente superior.
§ 4º - Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios
Art. 12 - O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de de nível superior e de nível médio profissional.
contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a § 5º - Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o
sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela
estágio não obrigatório. parte concedente do estágio.
§ 1º - A eventual concessão de benefícios relacionados a
transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza Art. 18 - A prorrogação dos estágios contratados antes do início
vínculo empregatício. da vigência desta Lei apenas poderá ocorrer se ajustada às suas
§ 2º - Poderá o educando inscrever-se e contribuir como disposições.
segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social.
Art. 19 - O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho –
Art. 13 - É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:
(trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias
escolares. “Art. 428. ......................................................................
§ 1º - O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado § 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe
quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula
contraprestação. e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o
§ 2º - Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem
de maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em
inferior a 1 (um) ano. formação técnico-profissional metódica.
......................................................................
Art. 14 - Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à § 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por
saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz
responsabilidade da parte concedente do estágio. portador de deficiência.
......................................................................

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§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio h) Assunção de cargo, função ou comissão - É o ato pelo qual o
para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a Policial Militar fica investido na capacidade legal para exercer
contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à as atribuições que respectivamente lhe correspondam.
escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental.”
(NR) TÍTULO II
DO POLICIAL MILITAR EM ATIVIDADE
Art. 20 - O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
passa a vigorar com a seguinte redação: CAPÍTULO I
“Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de DOS VENCIMENTOS
realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal
sobre a matéria. Art. 3º - Vencimento é a retribuição devido ao Policial Militar
Parágrafo único. (Revogado).” (NR) em serviço ativo e se denomina soldo.

Art. 21 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º - O soldo correspondente ao posto ou graduação do
Policial Militar da ativa e a este atribuído de acordo com a tabela
Art. 22 - Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de em vigor.
1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. Parágrafo único - O soldo do Policial Militar é irredutível, não
82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da está sujeito a penhora, seqüestro ou arresto, senão nos casos e
Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001. pela forma regulada neste Código, bem como nos termos do
Código Civil Brasileiro.
Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Independência
e 120o da República. Art. 5º - O direito ao soldo começa a partir da data:
a) do decreto de promoção, ato de nomeação ou de convocação
ao serviço ativo para oficial;
3. LEI Nº. 6.196, DE 15 DE JANEIRO DE 1971. b) do ato de declaração para o Aspirante a Oficial;
c) do ato de promoção para Subtenentes;
Estabelece o Código de Vencimentos da d) do ato de promoção ou de classificação para os graduados da
Brigada Militar do Estado. Brigada Militar;
e) do ato de inclusão para os soldados PM;
WALTER PERACCHI BARCELLOS, f) do ato de matrícula para os alunos do Curso de Formação de
Governador do Estado do Rio Grande do Sul. Faço saber, em Oficiais e dos Cursos de Formação de Sargentos.
comprimento ao disposto no artigo 66, inciso IV, da
Constituição do Estado que a Assembléia Legislativa decretou e Art. 6º - Cessa o direito ao soldo na data:
eu sanciono e promulgo a Lei seguinte: a) do óbito;
b) em que deixe efetivamente o exercício da atividade por:
CÓDIGO DE VENCIMENTOS DO PESSOAL 1) desconvocação, baixa, demissão voluntária, ou por ter aceito
DA BRIGADA MILITAR função incompatível de conformidade com a legislação vigente;
2) exclusão, expulsão ou perda de posto ou patente.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 7º - Cessa temporariamente o direito ao soldo quando:
a) em gozo de licença para tratar de interesses particulares;
Art. 1º - Este Código regula os vencimentos, proventos, b) em licença para o exercício de atividade técnica de sua
indenizações e dispõe sobre outros direitos do pessoal da especialidade, em organização civil;
Brigada Militar do Estado. c) em licença para exercer função ou atividade estranha ao
serviço Policial Militar;
Art. 2º - Para os efeitos deste Código são adotadas as seguintes d) no período de deserção.
conceituações: Parágrafo único - Excetuam-se nos itens "b" e "c" deste artigo,
a) Comandante - É o título genérico dado ao Policial Militar, os casos em que a atividade for exercida por interesse público
correspondente ao de Diretor, Chefe, ou outra denominação que em atividades governamentais, empresas públicas ou empresas
tenha ou venha a ter aquele que, investido de autoridade de economia mista e expressamente declarada por ato do
decorrente de leis e regulamentos, for responsável pela governo do Estado.
administração, instrução e disciplina de uma organização de
Polícia Militar; Art. 8º - Perceberá o soldo o Policial Militar:
b) Organização Policial Militar - OPM - é a denominação a) no cumprimento de pena, cuja sentença passada em julgado,
genérica dada a Corpo de Tropa, repartição, estabelecimentos, para oficial, decorrer de crime que não prive do posto e patente
serviço ou qualquer unidade administrativa ou de operações de e, para a praça, resultante de crime que não implique na
Polícia Militar; exclusão ou expulsão da Brigada Militar;
c) Sede - É a área territorial sob jurisdição de um órgão da b) quando em licença, por período superior a seis (6) meses para
Polícia Militar; tratamento de saúde de pessoa da família;
d) Serviço ativo - É a situação do Policial Militar capacitado c) quando preso ou detido em conseqüência de inquérito,
legalmente para o exercício do cargo, comissão, função ou processo, com prejuízo do serviço, ou quando agregar sujeito a
encargo; processo no Foro Militar ou à disposição da Justiça Civil;
e) Cargo - Função ou Comissão - É o conjunto de atribuições d) quando excedidos os prazos legais ou regulamentares de
definidas por lei, regulamento ou ato governamental e cometidas afastamento do serviço;
em caráter permanente ou não ao Policial Militar; e) quando afastado das funções por incompatibilidade
f) Encargo - É a comissão ou atribuição de serviço cometida a profissional ou moral, nos termos do Estatuto da Brigada
um Policial Militar; Militar;
g) Missão, Tarefa ou Atividade - É o dever emergente de uma f) no período de ausência não justificada;
ordem específica de comando, direção ou Chefia;
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g) quando em licença para aperfeiçoar seus conhecimentos SEÇÃO I
técnico-profissionais ou realizar estudos por conta própria, a DAS GRATIFICAÇÕES POR TEMPO DE SERVIÇO
critério do Governador do Estado.
Art. 15 - As gratificações por tempo de serviço são devidas ao
Art. 9º - O soldo do Policial Militar considerado desaparecido Policial Militar por qüinqüênios de efetivos serviços prestados e
ou extraviado em caso de calamidade pública ou no desempenho por adicionais de 15% e 25%, respectivamente.
de qualquer serviço, será pago aos herdeiros que teriam direito a Parágrafo único - As gratificações de que trata este artigo serão
sua pensão policial militar. incorporadas definitivamente aos vencimentos do Policial
§ 1º - No caso previsto neste artigo, ao final de seis (6) meses Militar, por ocasião de sua transferência para a reserva ou
far-se-á a habilitação dos herdeiros na forma da lei, cessando o reforma, nos termos da legislação vigente.
pagamento do soldo.
§ 2º - Na hipótese de reaparecimento do Policial Militar, após o Art. 16 - Por qüinqüênios de serviço público estadual, os
prazo de seis (6) meses, caber-lhe-á o pagamento da diferença Policiais Militares farão jus à gratificação de cinco por cento
entre o soldo e a pensão recebida pelos herdeiros, como se (5%) sobre o soldo de seus postos ou graduações até o máximo
tivesse permanecido em serviço a partir do dia imediato ao de seis (6) qüinqüênios.
término daquele prazo. § 1º - Para efeito dos cálculos dos qüinqüênios será computado
exclusivamente o tempo de serviço público estadual
Art. 10 - O Policial Militar no desempenho de cargo, comissão anteriormente prestado pelo Policial Militar, nos termos deste
ou função, atribuída privativamente a posto ou graduação Código.
superior a sua, perceberá o soldo correspondente a este posto ou § 2º - O direito à percepção do qüinqüênio começa no dia
graduação. imediato àquele em que o Policial Militar completar o
§ 1º - Quando da substituição prevista neste artigo, o cargo, qüinqüênio considerado e reconhecido mediante ato do
função ou comissão for atribuído a mais de um posto ou Comandante Geral a Brigada Militar ou outra autoridade
graduação, caberá ao substituto o soldo correspondente ao administrativa a qual for delegada competência.
menor dos mesmos.
§ 2º - Para os efeitos deste artigo, prevalecerão os postos e Art. 17 - Os Policiais Militares perceberão a gratificação
graduações correspondentes aos cargos, funções ou comissões adicional de 15% ou 25% sobre o soldo correspondente, a partir
estabelecidos em leis, regulamentos, regimentos e, na falta da data em que completarem 15 ou 25 anos, respectivamente, de
destes, nos quadros de efetivo ou lotação. serviço público estadual.
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica às substituições por § 1º - A concessão da gratificação de 25% faz cessar a
motivos de férias, galas, nojos, e outras dispensas, desde que não percepção de 15% anteriormente concedida.
ultrapasse o período de trinta (30) dias. § 2º - Considera-se para os efeitos deste artigo, como soldo do
Policial Militar, a tabela básica acrescida dos qüinqüênios
Art. 11 - O Policial Militar continuará com direito ao soldo do correspondentes.
seu posto ou graduação, em todos os casos não previstos nos
artigos 6 e 7 deste Código. SEÇÃO II
DAS GRATIFICAÇÕES ESPECIAIS
CAPÍTULO II
DAS GRATIFICAÇÕES Art. 18 - As gratificações especiais são atribuídas ao Policial
Militar em decorrência do exercício de funções ou cargos, bem
Art. 12 - Gratificações são vantagens atribuídas aos Policiais como de situações especiais a que estão sujeitos os componentes
Militares em decorrência da natureza e das condições com que da Corporação, nos casos previstos neste Código.
se desobriga das suas atividades profissionais, bem como do § 1º - As gratificações especiais a que se refere este artigo são:
tempo de efetivo serviço por ele prestado. a) Gratificação de Representação;
b) Gratificação de risco de vida.
Art. 13 - O Policial Militar, pelo efetivo exercício de suas § 2º - Fazem jus as gratificações seguintes, nos termos da
funções, fará jus às seguintes gratificações: legislação estadual e deste Código, os Policiais Militares no
I - gratificações por tempo de serviço; efetivo exercício das funções de tesoureiro e professores:
II - gratificações especiais. a) Auxílio para diferença de caixa;
b) Gratificação para professores.
Art. 14 - Para fins de concessão das gratificações tomar-se-á por
base o valor do soldo do posto ou graduação, que efetivamente Art. 19 - Os comandantes e os titulares de Departamentos,
possua o Policial Militar, ressalvado o caso previsto no artigo 10 Chefias e Subchefias de Serviços ou Estabelecimentos Policiais
deste Código, quando será considerado o valor do soldo do Militares, de Seções ou Comissão de Compras, e os
posto ou graduação, correspondente ao cargo, comissão ou Subcomandantes de Unidades, Comandantes de Companhia ou
função eventualmente desempenhados. Esquadrão, e de Destacamento até o nível de Sargento, farão jus
§ 1º - Não terão direito às gratificações os Policiais Militares a uma gratificação destinada a indenizar os gastos de
enquadrados nos artigos 6 e 7 deste Código. representação, decorrentes do exercício das funções de seus
§ 2º - O Policial Militar, enquadrado no artigo 8 fará jus às cargos.
gratificações que lhe tenham sido asseguradas em caráter § 1º - A gratificação de que trata este artigo é devida a partir do
permanente; dia em que o Policial Militar assumir o cargo, função ou
§ 3º - O Policial Militar enquadrado no artigo 11 continuará comissão, cessando seus efeitos na data de seu afastamento.
percebendo as gratificações a que vinha fazendo jus; § 2º - O Policial Militar que substituir o detentor efetivo do
§ 4º - O Policial Militar que por sentença passada em julgado, cargo, função ou comissão, por período superior a quarenta e
for declarado livre de culpa, em crime que lhe tenha sido cinco (45) dias, fará jus a indenização correspondente a partir
imputado, terá direito às gratificações que deixou de receber no deste limite, perdendo aquele o direito a mesma.
período de prisão ou detenção. § 3º - A gratificação constante deste artigo será calculada sobre
§ 5º - O direito de que trata o § 4º, não será reconhecido nos o valor do soldo nos seguintes termos:
casos de indulto, perdão ou livramento condicional.

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a) Setenta e cinco por cento (75%) ao Comandante Geral de b) diárias de policiamento.
Brigada Militar;
b) Cinqüenta por cento (50%) ao Chefe do Estado Maior Geral, Art. 28 - A diária de viagem é a indenização destinada a atender
Diretores de Departamento, Comandante de Academia de as despesas de hospedagem e alimentação dos Policiais
Polícia Militar e Comandante de Guarnição onde exista mais de Militares, quando afastados de sua sede, a serviço do Estado, da
uma unidade aquartelada; Corporação ou atendendo chamamento da Justiça Civil ou
c) Trinta por cento (30%) ao Subchefe do EMG, Comandantes Militar.
de Unidades, Chefe de Gabinete do Comandante Geral, § 1º - Para o pagamento da diária inclui-se o dia da partida e o
Ajudante Geral, Chefes de Serviço, Diretores de dia da chegada do Policial Militar a sua sede.
Estabelecimento, Chefes de Seções do EMG e Chefe da § 2º - O valor das diárias de viagem será fixado em decreto do
Comissão de Compras da Brigada Militar; Poder Executivo e será reajustada sempre que o forem as diárias
d) Vinte e cinco por cento (25%) ao Subcomandante de referentes ao pessoal civil do Estado, obedecida a tabela
Unidade, Subdiretor de Departamento, Subchefe de Serviço, ou especificada para a Corporação.
Estabelecimentos Policiais Militares, Comandante de Esquadrão
e Companhia, quando isolados ou Destacamentos até o nível de Art. 29 - Não serão abonadas as diárias de viagem ao Policial
sargento. Militar:
a) nos dias de viagem, quando no custo da passagem estiver
Art. 20 - A gratificação de risco de vida é atribuída aos Policiais compreendida a alimentação e o alojamento ou o pagamento das
Militares, nos termos da Constituição do Estado e corresponderá despesas correr por conta do Estado;
a 25% do respectivo soldo. b) quando for chamado para responder em Foro Civil ou Militar
por crime não funcional ou militar, ainda que venha a ser
Art. 21 - O auxílio para diferença de caixa será pago aos absolvido;
Oficiais no exercício das funções de tesoureiro, nas diversas c) quando em deslocamento conjunto de sua Unidade, em
Organizações Policiais Militares da Força, na forma da Lei. operações de instrução ou ação conjunta de manutenção da
ordem em outro município;
Art. 22 - A gratificação de professores é devida, por aula dada, d) quando estiver em diligência em localidade de Município ou
aos Oficiais e civis que exerçam o magistério na Brigada Estado, limítrofes ou não, cuja distância de sua sede seja inferior
Militar, nos termos abaixo especificados: a 50 Km e possua meios acessíveis de transporte interurbano;
a) Professores da Academia de Polícia Militar 1/40 avos do e) durante seu afastamento da sede de sua Unidade, por período
vencimento básico do posto de Major PM; inferior a 8 (oito) horas consecutivas.
b) Professores dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de
Graduados 1/40 avos do vencimento básico do posto de Capitão Art. 30 - A diária de policiamento é a indenização devida ao
PM; Policial Militar, nos termos da lei em vigor e do respectivo
c) Professores do Curso de Formação de Cabos 1/40 avos do regulamento.
vencimento básico do posto de 1º Tenente PM.
Parágrafo único - A gratificação de que trata este artigo é Art. 31 - A diária de policiamento a que se refere o artigo
assegurada, nos períodos de férias dos respectivos cursos, aos anterior, será paga exclusivamente aos Policiais Militares,
Professores que tenham exercido as suas funções por seis (6) quando em serviço de policiamento na Capital e Interior do
meses consecutivos, no mínimo, durante o ano letivo, sendo o Estado.
valor correspondente à média aritmética da gratificação mensal
recebida durante este ano. Art. 32 - São considerados serviços de policiamento, para os
efeitos do artigo anterior, os que seguem:
CAPÍTULO IV - Patrulhamento urbano, rural, fluvial e marítimo;
DAS INDENIZAÇÕES - Segurança de prédios públicos;
- Segurança e vigilância de penitenciárias, cadeias civis e outros
Art. 23 - Indenização é o valor em dinheiro, isento de órgãos de recuperação de apenados;
tributação, devido ao Policial Militar para ressarcimento de - Controle e repressão de distúrbios civis;
despesas decorrentes do exercício de suas atribuições. - Combate ao fogo, proteção e salvamento;
- Guarda e proteção de instalações vitais.
Art. 24 - As indenizações compreendem:
a) diárias; Art. 33 - Para o saque das diárias de policiamento, somente
b) ajuda de custo; serão considerados os serviços de que trata o artigo anterior,
c) transporte; com a duração mínima de seis (6) horas.
d) moradia.
Art. 34 - Não farão jus às diárias de policiamento, os Policiais
Art. 25 - Para fins de cálculo das indenizações, tomar-se-á o Militares que perceberem outra vantagem legal, decorrente da
valor do soldo do posto ou graduação do Policial Militar, na execução do mesmo serviço, tais como: diárias de viagem ou
forma do artigo 14 deste Código. gratificações de representação.

SEÇÃO I SEÇÃO II
DAS DIÁRIAS DA AJUDA DE CUSTO

Art. 26 - Diárias são indenizações destinadas a atender as Art. 35 - A ajuda de custo e a indenização para o Policial Militar
despesas extraordinárias de alimentação e pousada, a que estão custear as despesas de viagem, mudança e instalação, exceto as
sujeitos os Policiais Militares no desempenho da atividade de transporte, quando, por conveniência do serviço, for
Policial Militar. nomeado, designado, classificado, transferido, matriculado em
escolas, centros de instrução, mandado servir ou estagiar em
Art. 27 - As diárias compreendem: nova comissão, e ainda quando deslocado com a Unidade,
a) diárias de viagem; Serviço ou Estabelecimento que tenha sido transferido.

11
Parágrafo único - A indenização de que trata este artigo, será § 2º - Quando o transporte não for realizado sob a
paga antecipadamente pela Unidade a que pertence o Policial responsabilidade do Estado, o Policial Militar será indenizado da
Militar, no momento do seu embarque. quantia correspondente às despesas decorrentes dos direitos a
que se refere este artigo e seu parágrafo 1º.
Art. 36 - O Policial Militar terá ajuda de custo sempre que for § 3º - A indenização referida no parágrafo anterior, será em
designado para comissão cujo desempenho importe na mudança espécie e o seu valor corresponderá ao que a lei estabelecer para
obrigatória de domicílio, concomitantemente com seu cada posto ou graduação.
afastamento da sede da Organização onde exercia sua
atribuições, missões, tarefas ou atividades Policiais Militares, Art. 43 - O Policial Militar da ativa terá direito ainda a
obedecidas as prescrições do artigo 38. transporte por conta do Estado quando tiver de efetuar
deslocamento para fora de sua sede nos seguintes casos:
Art. 37 - O valor da ajuda de custo ao Policial Militar e a) deslocamento no interesse da justiça ou de disciplina;
correspondente a: b) concurso para ingresso em escolas, cursos ou centros de
1 - Um mês de soldo do posto ou graduação, quando não possuir formação, especialização, aperfeiçoamento ou atualização de
dependentes; interesses da Corporação;
2 - Dois meses de soldo do posto ou graduação, quando possuir c) outros deslocamentos em objeto de serviço, decorrentes de
dependentes. desempenho da função policial-militar;
Parágrafo único - Os valores da ajuda de custo de que trata este d) baixa em organização hospitalar ou alta desta em virtude de
artigo, serão reduzidos de 50% por cento quando o prescrição médica competente, ou ainda, realização de inspeção
deslocamento do Policial Militar for para Município situado a de saúde.
menos de 100 Km de sua sede de origem.
Art. 44 - O disposto nos artigos 42 e 43 deste Código, aplica-se
Art. 38 - Não terá ajuda de custo o Policial Militar que: ao Policial Militar da reserva quando convocado para o serviço
1 - Movimentar-se por interesse próprio, operações de ativo ou nomeado para exercer funções na atividade.
manutenção da ordem pública ou mobilização de guerra;
2 - For desligado do curso ou escola por falta de aproveitamento Art. 45 - A praça licenciada no serviço ativo e o convocado
ou trancamento voluntário da matrícula, ainda que preencha os julgado incapaz fisicamente, terão direito ao fornecimento de
requisitos do artigo 35 deste Código. passagem dentro do território do Estado, para a localidade onde
forem residir, após sua liberação do serviço.
Art. 39 - Restituirá a ajuda de custo o Policial Militar que a
houver recebido nas formas e circunstâncias seguintes: Art. 46 - A família do Policial Militar falecido em serviço ativo
1 - Integralmente e de uma vez só quando deixar de seguir terá direito, dentro de seis (6) meses após o óbito, ao transporte
destino; para a localidade do Estado em que fixar residência.
2 - Pela metade do valor recebido e de uma vez só, quando até
seis (6) meses após ter seguido para a nova comissão, e, desta SEÇÃO V
for a pedido dispensado, licenciado ou exonerado; DA MORADIA
3 - Pela metade do valor mediante desconto pela décima parte
do soldo quando não seguir para a nova comissão, por motivo Art. 47 - O Policial Militar em atividade faz jus a uma
independente de sua vontade. indenização mensal para a moradia, cujo valor é fixado nos
§ 1º - Não se enquadra nas disposições do item 2 deste artigo a seguintes termos:
licença para tratamento da própria saúde. a) Em vinte por cento (20%) do respectivo soldo quando o
§ 2º - O Policial Militar que estiver sujeito a desconto para Policial Militar possuir encargo de família, definitivo em
restituição de ajuda de custo, ao adquirir direito a nova, liquidará regulamento.
integralmente no ato do recebimento desta, o débito do anterior. b) Em dez por cento (10%) do respectivo soldo quando o
Policial Militar não possuir encargo de família.
Art. 40 - Na concessão da ajuda de custo para efeito de cálculo Parágrafo único - Quando o Policial Militar ocupar imóvel da
de seu valor, determinação do exercício financeiro, situação de Brigada Militar pagará aluguel mensal fixado pela Força.
dependentes e tabela em vigor, tomar-se á como base a data do
ajuste de contas. Art. 48 - Suspende-se temporariamente o direito do Policial
Parágrafo único - Se o Policial Militar for promovido contando Militar à indenização para a moradia, quando o mesmo
antigüidade na data anterior a do pagamento da ajuda de custo, encontra-se em uma das situações previstas no artigo 7º deste
fará jus a diferença entre o valor desta e aquela a que teria Código.
direito no posto ou graduação atingida pela promoção.
CAPÍTULO V
Art. 41 - A ajuda de custo não será restituída pelo Policial OUTRAS VANTAGENS
Militar ou seus herdeiros quando:
1 - Após ter seguido destino for mandado regressar. SEÇÃO I
2 - Ocorrer seu falecimento, mesmo antes de seguir destino. DO ABONO FAMILIAR

SEÇÃO III Art. 49 - O abono familiar é o auxílio em dinheiro, pago ao


DO TRANSPORTE Policial Militar na forma da lei, para custear, em parte, a
educação e assistência a seus filhos e outros dependentes.
Art. 42 - O Policial Militar nas movimentações em objeto de
serviço, tem direito a transporte de domicílio a domicílio por SEÇÃO II
conta do Estado e nele compreendidas as passagens e a DO AUXÍLIO FUNERAL
respectiva bagagem.
§ 1º - Se as movimentações importarem na mudança de sede do Art. 50 - O Estado assegurará sepultamento condigno ao
Policial Militar, com seus dependentes a estes se estendem o Policial Militar.
mesmo direito deste artigo.

12
Art. 51 - O auxílio funeral destina-se a custear as despesas com Parágrafo único - Ao Comandante do Policial Militar
o sepultamento do Policial Militar. prejudicado, por comunicação deste, cabe providenciar
sindicância e determinar, se for o caso, a reposição das peças
Art. 52 - O Auxílio funeral eqüivale a duas vezes o valor do perdidas ou a concessão do seu respectivo valor em forma de
soldo do Policial Militar falecido, não podendo ser inferior a auxílio, respeitados os limites deste artigo.
duas vezes o valor do soldo do Cabo PM.
Art. 58 - O Soldado PM, ao ser incluído nas fileiras da Brigada
Art. 53 - Ocorrendo o falecimento do Policial Militar as Militar, faz jus a um auxílio para compra de seu uniforme no
seguintes providências devem ser tomadas para fins de valor de seu respectivo soldo.
concessão do auxílio funeral: Parágrafo único - O auxílio a que se refere este artigo destina-
1 - Antes da realização do sepultamento, o auxílio funeral será se à aquisição do uniforme de trânsito e, sempre que possível,
pago a quem de direito pela organização policial militar, será pago em espécie pelo Serviço de Intendência da
independente de qualquer formalidade, exceto, a apresentação Corporação.
do Atestado de óbito;
2 - Após a realização do sepultamento, não se tendo verificado SEÇÃO IV
caso do item anterior, deverá a pessoa que o custeou, mediante a DA ALIMENTAÇÃO
apresentação do Atestado de óbito, solicitar o reembolso das
despesas, comprovando-as com o recibo em seu nome, dentro de Art. 59 - Em princípio, toda a organização Policial Militar terá
trinta dias, sendo-lhe em seguida reconhecido o crédito e paga a rancho próprio, organizado racionalmente em condições de
importância correspondente ao recibo, até o valor limite proporcionar alimentação a seus integrantes.
estabelecido no artigo 54 deste código;
3 - Caso a despesa com o sepultamento, paga de acordo com o Art. 60 - Todo o Soldado PM, sem encargo de família, que
item anterior, seja inferior ao valor do auxílio funeral servir em Organização Policial Militar em que haja rancho, será
estabelecido, a diferença será paga aos herdeiros habilitados obrigatoriamente arranchado, devendo para tanto, descontar
legalmente, mediante petição à autoridade competente; mensalmente o valor da respectiva etapa, que não poderá
4 - Decorrido o prazo do item 2 deste artigo, sem reclamação do exceder a 1/3 (um terço) do respectivo soldo.
auxílio funeral por quem haja custeado o sepultamento do Parágrafo único - Os praças em geral, bem como os Soldados
Policial Militar este será pago aos herdeiros legalmente PM engajados, poderão arranchar, se assim o desejarem,
habilitados, mediante petição à autoridade competente. devendo, neste caso, sujeitarem-se ao desconto da etapa prevista
Parágrafo único - O direito à percepção do auxílio funeral, por neste artigo.
parte dos herdeiros legalmente habilitados, prescreve após o
período de doze (12) meses, contados a partir do dia do
falecimento do Policial Militar, sendo a importância Art. 61 - As praças arranchadas que baixaram ao hospital ou
correspondente recolhida ao Tesouro do Estado. viajarem em objetivo de serviço, desarrancham
automaticamente, a partir do dia seguinte àquele do seu
Art. 54 - Em casos especiais e a critério do Comandante Geral afastamento da sede da Unidade.
da Brigada Militar, poderá o Estado custear diretamente o
sepultamento do Policial Militar. Art. 62 - Os Alunos Oficiais e os alunos dos cursos de formação
§1º - Verificando-se a hipótese de que trata este artigo não será de graduados, serão obrigatoriamente arranchados, aplicando-se
sacado o auxílio funeral. aos mesmos o contido nos artigos 60 e seu parágrafo único e 61.
§2º - Cabe ao Estado transladar o corpo do Policial Militar para
a sua localidade de origem, quando, por motivos devidamente Art. 63 - Tem direito à alimentação por conta do Estado:
justificados, for solicitado pela família. - O Policial Militar quando em campanha, manobra ou
exercício;
SEÇÃO III - O Policial Militar quando em prontidão na sua Unidade;
DO FARDAMENTO - O preso civil, quando recolhido a uma Organização Policial
Militar;
Art. 55 - O aluno oficial, aluno de curso de formação de - O Policial Militar quando em serviço interno de duração não
graduados e praças de graduação inferior a terceiro sargento tem inferior a vinte e quatro (24) horas.
direito ao fardamento por conta do Estado, de acordo com a §1º - A alimentação a que se refere este artigo, será paga sempre
tabela de distribuição estabelecida pelo Estado Maior Geral da em espécies pelas Unidades possuidoras de rancho, e o saque
Brigada Militar. correspondente será feito mediante relação nominal de todos os
elementos enquadrados nos itens deste artigo pela respectiva
Art. 56 - O Policial Militar, ao ser declarado Aspirante a Oficial, Organização.
promovido a terceiro sargento ou promovido a cabo por §2º - Não se enquadram nos temos deste artigo, os Policiais
conclusão de curso, faz jus a um auxílio para aquisição de Militares de que tratam os artigos 60 e 62 deste Código, visto
uniforme no valor de duas vezes o soldo de seu novo posto ou serem necessariamente arranchados, salvo quando convocados
graduação. de férias regulamentares.
Parágrafo único - Idêntico direito assiste aos nomeados oficiais §3º - Excepcionalmente a alimentação será paga em dinheiro,
ou sargentos mediante habilitação em concurso. quando a Unidade do Policial Militar não possuir rancho e desde
que outra organização das proximidades do local do serviço não
Art. 57 - O Policial Militar que perder seus uniformes em possa fornecer a alimentação necessária.
qualquer sinistro havido em sua Organização ou em viagem a
serviço, receberá um auxílio correspondente ao valor de até três Art. 64 - O valor da etapa de alimentação a que se refere o
vezes o soldo de seu posto ou graduação. artigo 63 será fixado em 1/30 avos do soldo do Soldado PM.

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SEÇÃO V Parágrafo único - São extensivos ao Policial Militar na
DOS SERVIÇOS REEMBOLSÁVEIS inatividade remunerada, no que for aplicável, os direitos
constantes dos artigos 51 e 54 e 65 e 66 deste Código.
Art. 65 - A Brigada Militar assegurará serviços reembolsáveis
para o atendimento das necessidades em gênero de alimentação, CAPÍTULO II
vestuário, utensílios, confecção e serviços diversos, que se DOS PROVENTOS
relacionem com a assistência doméstica do Policial Militar e
seus dependentes, quando for julgado de conveniência para seus Art. 72 - Proventos são os estipêndios que o Policial Militar
integrantes. percebe na inatividade, quer na reserva remunerada, quer na
situação de reformado, constituídos pelas seguintes parcelas:
Art. 66 - Os órgãos responsáveis pela execução dos serviços 1 - Soldo ou quotas de soldo;
tratados no artigo anterior, serão os de Subsistência e 2 - Gratificações incorporáveis.
Intendência, os quais deverão ser estruturados da forma mais
conveniente no sentido de atingirem a máxima eficiência no Art. 73 - Os proventos serão revistos sempre que, por motivo de
alcance de suas finalidades. alteração do poder aquisitivo da moeda, forem modificados os
Parágrafo único - A forma de execução e atendimento de que vencimentos dos Policiais Militares em serviço ativo.
trata o presente artigo constarão de regulamentos próprios dos
Serviços de Subsistência e Intendência. SEÇÃO I
DO DIREITO À PERCEPÇÃO
TÍTULO III DOS PROVENTOS
DO POLICIAL MILITAR EM ATIVIDADE DE
CAMPANHA Art. 74 - Os proventos são devidos ao Policial Militar na
inatividade remunerada, quando ocorrer:
Art. 67 - Ao Policial Militar em campanha aplicam-se, no que 1 - Transferência para a reserva remunerada;
couber, as disposições dos artigos 1 a 66 deste Código, 2 - Reforma;
observadas ainda as disposições deste título. 3 - Dispensa do cargo, comissão ou função, para que tenha sido
convocado, quando se encontrava já na reserva remunerada.
Art. 68 - O Policial Militar será considerado em campanha, para Parágrafo único - O Policial Militar de que trata este artigo
os efeitos deste título, nos seguintes casos: continuará a perceber os vencimentos até a publicação de seu
1 - quando a Corporação estiver convocada para operações desligamento no Boletim de sua Organização Policial Militar, o
bélicas, nos termos da Constituição da República e legislação que não poderá exceder de quarenta e cinco (45) dias, da data de
federal específica; publicação oficial do respectivo ato de transferência para a
2 - quando estiver a Corporação ou frações dela em ações reserva remunerada, reforma ou dispensa.
conjuntas de debelação de movimentos sediciosos ou de
subversão da ordem no território do Estado. Art. 75 - Suspende-se temporariamente o direito do Policial
Militar à percepção dos proventos na data da sua apresentação à
Art. 69 - O Policial Militar enquadrado no item 1 do artigo Organização Policial Militar competente, quando, na forma da
anterior, fará jus às mesmas vantagens de que trata o Código de legislação em vigor reverter ao serviço ativo como convocado
Vencimentos dos Militares em seu título específico. ou for designado para o desempenho de cargo comissão ou
função na Brigada Militar.
Art. 70 - O Policial Militar, quando enquadrado no item 1 do
artigo 68, fará jus, além dos seus vencimentos normais, a uma Art. 76 - Cessa o direito à percepção dos proventos na data:
gratificação de campanha de valor igual a 1/3 do respectivo 1 - Do óbito;
soldo. 2 - Da sentença passada em julgado para o oficial por crime que
§1º - A gratificação de que trata este artigo, em nenhuma o prive do posto e patente, e, para a praça, por crime que
hipótese, será considerada para efeito de pensão por morte ou implique na sua exclusão ou expulsão da Brigada Militar.
reforma;
§2º - Somente fará jus a esta gratificação o Policial Militar que SEÇÃO II
participar efetivamente das operações policiais militares de DO SOLDO E DAS QUOTAS DO SOLDO
debelação de movimentos sediciosos ou de subversão da ordem
pública. Art. 77 - O soldo constitui parcela básica dos proventos que faz
§3º - O Policial Militar que baixar ao hospital, por motivo de jus o Policial Militar em inatividade, sendo o seu valor igual ao
ferimentos recebidos quando em ação, continuará percebendo a estabelecido para o soldo do Policial Militar da ativa de mesmo
gratificação de que trata este artigo, enquanto esta estiver sendo posto ou graduação.
abonada à guarnição de que participava. Parágrafo único - Para efeito de cálculo, o soldo dividir-se-á
§4º - Quando a ação de que trata este artigo tiver duração em quotas correspondentes, cada uma, a um trigésimo de seu
inferior a trinta (30) dias, seu quantitativo será calculado por valor.
frações diárias de 1/30 de seu respectivo valor mensal.
Art. 78 - Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o
TÍTULO IV Policial Militar tem direito a tantas quotas de soldo quantos
DO POLICIAL MILITAR EM INATIVIDADE forem os anos de serviço computáveis para esse fim, até o
máximo de trinta (30) anos.
CAPÍTULO I Parágrafo único - Para efeito da contagem destas quotas, a
DA REMUNERAÇÃO fração de tempo igual ou superior a cento e oitenta (180) dias,
será considerada um (1) ano.
Art. 71 - O Policial Militar na inatividade remunerada,
satisfeitas as condições estabelecidas neste Código, faz jus: SEÇÃO III
1 - Aos proventos; DAS GRATIFICAÇÕES NÃO INCORPORÁVEIS
2 - Ao auxílio invalidez.

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Art. 79 - São consideradas gratificações não incorporáveis para mediante encontro de contas, das quantias que tenham sido
efeito deste Código, as gratificações especiais contidas nas pagas à família, a título de pensão.
alíneas "a" e "b" do artigo 18.
Art. 85 - Aplicam-se as disposições deste título ao Policial
SEÇÃO IV Militar da reserva não remunerada que, convocado para o
DOS INCAPACITADOS serviço ativo, for reformado em conseqüência dos motivos
constantes no artigo 82 deste Código.
Art. 80 - O Policial Militar incapacitado terá seus proventos
referidos ao soldo integral do posto ou graduação em que foi TÍTULO IV
reformado na forma da legislação em vigor, bem como às DOS DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTO
gratificações incorporáveis a que fizer jus nos seguintes casos:
1 - ferimento recebido em campanha, na manutenção da ordem Art. 86 - Desconto em folha é o abatimento que, na forma deste
pública ou por enfermidade contraída nestas situações ou que Título, pode o Policial Militar sofrer em seus vencimentos ou
nelas tenham sua causa geradora; proventos para cumprimento de obrigações assumidas ou
2 - acidentes em serviço; impostas em virtude de disposições de lei ou regulamento.
3 - moléstia adquirida em tempo de paz, que tenha relação de
causa e efeito com o serviço; Art. 87 - Para os efeitos de descontos em folha de pagamento do
4 - moléstia que embora sem relação de causa e efeito com o Policial Militar, são considerados os seguintes denominadores e
serviço, torne o Policial Militar total e permanente inválido para bases para descontos:
qualquer trabalho. 1 - Contribuições:
Parágrafo único - Não se aplicam as disposições do presente a) para a pensão policial militar;
artigo ao Policial Militar que, já inativado, adquira uma das b) para a Fazenda Estadual, nos termos da legislação vigente;
doenças referidas no item 4, a não ser que fique comprovada, 2 - Indenizações:
por junta Médica da Brigada Militar, relação de causa e efeito a) para a Fazenda Estadual, decorrente de dívidas;
entre a moléstia e o exercício de suas funções, enquanto esteve b) para o fundo de economias administrativas da Brigada
no serviço ativo. Militar, em decorrência de ocupação de imóvel de sua
propriedade, nos termos do artigo 48 deste Código;
Art. 81 - O Policial Militar reformado por incapacidade c) para a respectiva Unidade, nos termos da seção V, Capítulo
decorrente de acidente ou enfermidade sem relação de causa e V, Título II deste Código;
efeito com o serviço, ressalvados os casos do item 4 do artigo 3 - Consignações:
80, perceberá os proventos nos limites impostos pelo tempo de a) para pagamento de transações comerciais feitas através dos
serviço computáveis para a inatividade, observadas as condições reembolsáveis da Brigada Militar;
estabelecidas nos artigos 72 e 79. b) para pagamento de mensalidades sociais, pecúlios,
Parágrafo único - O Policial Militar de que trata este artigo, se empréstimos, seguros ou pensão a favor de entidades
oficial ou graduado, não pode perceber, como proventos, quantia consideradas consignatárias, na forma estabelecida neste
inferior ao soldo do posto ou graduação no qual se inativou; se Código;
soldado PM não poderá receber como proventos quantia inferior c) para terceiros em decorrência de sentença judiciária, nos
ao salário mínimo vigente no Estado. termos do Código Civil Brasileiro;
d) para ressarcimento de despesas efetuadas nos Serviços de
Art. 82 - O Policial Militar da reserva remunerada que, na forma Saúde e Assistência Social da Corporação;
da legislação em vigor, reverter ao serviço ativo como e) para pagamento de aluguel de casa para residência do
convocado ou for designado para o desempenho do cargo, consignante;
comissão ou função da Brigada Militar, perceberá os f) outros fins, desde que devidamente autorizados por ato do
vencimentos do seu posto ou graduação a contar da data da Comandante Geral da Brigada Militar.
apresentação na Organização competente, perdendo, a partir
desta data, o direito à percepção dos proventos. Art. 88 - Os descontos em folha descritos no artigo anterior são
§1º - Por ocasião da apresentação ao serviço ativo, o Policial ainda:
Militar terá direito a um auxílio, para compras de uniformes, 1 - OBRIGATÓRIOS - os constantes dos itens 1 e 2 e letras "c' e
correspondente ao valor de seu soldo do posto ou graduação. "d' do item 3 do artigo anterior;
§2º - O Policial Militar de que trata este artigo, ao retornar à 2 - AUTORIZADOS - os demais descontos mencionados no
inatividade, terá seus proventos recalculados em função de novo item 3 do artigo anterior.
cômputo de tempo de serviço e das novas situações alcançadas
pelas atividades que exerceu de acordo com a legislação em CAPÍTULO I
vigor. DOS CONSIGNANTES

Art. 83 - O Policial Militar que reverter ao serviço ativo e for Art. 89 - Podem ser consignantes todos os Policiais Militares e
reincluído ou reabilitado, faz jus aos vencimentos na forma funcionários civis da Brigada Militar.
estipulada por este Código, para as situações equivalentes, na Parágrafo único - Para o caso dos funcionários civis de que
conformidade do que for estabelecido no ato da reversão, trata este artigo, deverá ser respeitada a legislação competente
reinclusão ou reabilitação, de acordo com a lei. que reger seu vínculo empregatício com a Brigada Militar.
Parágrafo único - Se o Policial Militar fizer jus a pagamentos
relativos a períodos anteriores à data da reversão, reinclusão ou CAPÍTULO II
reabilitação receberá a diferença entre a importância apurada no DOS LIMITES
ato do ajuste de contas e a recebida dos cofres públicos a título
de vencimentos, proventos, pensão, remuneração, salário ou Art. 90 - Para os descontos em folha a que se refere este Título,
vantagem, nos mesmos períodos. são estabelecidos os seguintes limites relativos as "bases para
descontos", definidas no artigo 88:
Art. 84 - No caso de reversão ou reinclusão com ressarcimento 1 - quando determinadas por lei ou regulamento quantias
pecuniário, o Policial Militar indenizará aos cofres públicos, estipuladas nos respectivos atos;

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2 - setenta por cento (70%): para os descontos do item "a" do 5 - pessoa que viva sob exclusiva dependência econômica, no
artigo 88; mínimo há cinco anos, comprovados mediante justificação
3 - Até trinta por cento (30%): para os demais casos não judicial.
enquadrados no item anterior.
Art. 98 - Os vencimentos ou proventos devidos ao Policial
Art. 91 - Em nenhuma hipótese o consignante poderá receber Militar falecido serão calculados até o dia do óbito, inclusive, e
em folha de pagamento a quantia líquida inferior a trinta por pagos às pessoas constantes da declaração de herdeiros
cento (30%) das bases estabelecidas no artigo 88, mesmo nos habilitados.
casos de privação das gratificações. Parágrafo único - Para fins de calculo do valor do auxílio
§ 1º - A importância devida à Fazenda Estadual ou à pensão funeral devido aos elementos da reserva ou reformados, será
judicial, posteriores a averbações já existentes, será considerado como posto ou graduação do Policial Militar, na
obrigatoriamente descontada, dentro dos limites estabelecidos inatividade, o correspondente ao soldo que serviu de referência
nos artigos 90 e 91 deste Código. para o cálculo de seus proventos.
§ 2º - Nas reduções dos descontos autorizados que se fizerem
necessários para garantir a dedução integral dos descontos Art. 99 - Revogam-se as disposições em contrário,
referidos neste artigo serão assegurados aos consignatários, os especialmente o Decreto-Lei nº 848, de 31 de julho de 1945.
juros e demais taxas vigentes decorrentes da dilatação dos
prazos estipulados nos respectivos contratos, quando for o caso. Art. 100 - Este Código entra em vigor a partir da data de sua
§ 3º - Verificada a hipótese do parágrafo anterior, só será publicação.
permitido novo desconto autorizado, quando este estiver dentro
dos limites fixados neste Capítulo. PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 15 de janeiro de 1971.

Art. 92 - O desconto originado de crime previsto no Código


Penal Militar, não impede que, por decisão judicial, a autoridade 4. LEI Nº. 9.823, DE 22 DE JANEIRO DE 1993.
competente proceda a buscas, apreensões legais, confisco de
bens e seqüestros no sentido de abreviar o prazo de indenização Dispõe sobre cessão de passagens a
a Fazenda Estadual. policiais militares no sistema de transporte
coletivo intermunicipal de passageiros.
Art. 93 - A dívida para com a Fazenda Estadual, no caso do
Policial Militar demitido excluído, transferido para a reserva não
remunerada ou expulso, será obrigatoriamente cobrada, Deputado CEZAR SCHIRMER, Presidente da
preferencialmente por meios amigáveis e, na impossibilidade Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
desses, pelo recurso ao processo de cobrança executiva, na Faço saber, em cumprimento ao disposto no § 7º do artigo 66 da
forma da legislação vigente. Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e
eu promulgo a seguinte lei:
CAPÍTULO III
DOS CONSIGNATÁRIOS Art. 1º - As empresas de ônibus permissionárias de linhas
intermunicipais de transporte coletivo de passageiros junto ao
Art. 94 - São considerados consignatários, as entidades de Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER-RS,
direito público ou privado e as pessoas físicas e jurídicas que por deverão ceder, gratuitamente, duas (2) passagens, por coletivo a
ato do Comandante Geral da Brigada Militar, forem designadas policiais militares.
nos termos do que preceitua o item 3 do artigo 87 deste Código.
Art. 2º - Para usufruir do benefício referido no artigo anterior, o
TÍTULO VI policial militar deverá estar devidamente fardado, além de
apresentar ao motorista do ônibus ou funcionário responsável da
CAPÍTULO I empresa a competente Carteira de Identidade Funcional,
DISPOSIÇÕES GERAIS fornecida pela Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 95 - O valor do soldo será fixado, para cada posto ou Art. 3º - Caso não haja assentos disponíveis, no ônibus, os
gratificação, com base no soldo do posto de Coronel de Polícia policiais militares, poderão viajar em pé.
Militar.
Art. 4º - O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem -
Art. 96 - Qualquer que seja o mês considerado, o cálculo de DAER-RS, no prazo máximo de trinta (30) dias da vigência
parcelas de vencimentos e indenizações terá o divisor igual a desta lei, editará as normas complementares à execução do
trinta (30). contido neste diploma legal.
Parágrafo único - O abono familiar será sempre pago
integralmente. Art. 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 97 - São considerados dependentes do Policial Militar, para Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.
os efeitos deste Código, desde que vivam às suas expensas, sob
o mesmo teto e quando expressamente declarados na sua Assembléia Legislativa, em Porto Alegre, 22 de janeiro de 1993.
respectiva Organização:
1 - esposa;
2 - viúva de Policial Militar, enquanto permanecer neste estado; 5. LEI Nº. 10.098, DE 03 DE FEVEREIRO DE 1994.
3 - filha e enteada solteira; (atualizada até a Lei Complementar n.º 13.925, de 17 de janeiro de 2012)
4 - filho e enteado menores de 24 anos, desde que não tenham
meios de subsistência e comprovem sua situação de estudante Dispõe sobre o estatuto e regime jurídico
regularmente matriculados em estabelecimento de ensino oficial único dos servidores públicos civis do
ou particular; Estado do Rio Grande do Sul.

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TÍTULO I Art. 8º - Precederá sempre, ao ingresso no serviço público
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES estadual, a inspeção médica realizada pelo órgão de perícia
oficial.
Art. 1º - Esta lei dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico dos § 1º - Poderão ser exigidos exames suplementares de acordo
servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, com a natureza de cada cargo, nos termos da lei.
excetuadas as categorias que, por disposição constitucional, § 2º - Os candidatos julgados temporariamente inaptos poderão
devam reger-se por estatuto próprio. requerer nova inspeção médica, no prazo de 30 (trinta) dias, a
Art. 2º - Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa contar da data que dela tiverem ciência.
legalmente investida em cargo público.
Art. 9º - Integrará a inspeção médica de que trata o artigo
Art. 3º - Cargo público é o criado por lei, em número certo, com anterior, o exame psicológico, que terá caráter informativo.
denominação própria, consistindo em conjunto de atribuições e (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
pecuniária paga pelos cofres públicos.
TÍTULO II
Art. 4º - Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os DO PROVIMENTO, PROMOÇÃO, VACÂNCIA,
brasileiros que preencham os requisitos legais para a investidura REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO
e aos estrangeiros na forma da Lei Complementar, são de
provimento efetivo e em comissão. (Redação dada pela Lei CAPÍTULO I
Complementar n.º 13.763/11) DO PROVIMENTO
§ 1º - Os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração,
não serão organizados em carreira. Art. 10 - São formas de provimento de cargo público:
§ 2º - Os cargos em comissão, preferencialmente, e as funções I - nomeação;
gratificadas, com atribuições definidas de chefia, assistência e II - readaptação;
assessoramento, serão exercidos por servidores do quadro III - reintegração;
permanente, ocupantes de cargos técnicos ou profissionais, nos IV - reversão;
casos e condições previstos em lei. V - aproveitamento;
VI - recondução.
Art. 5º - Os cargos de provimento efetivo serão organizados em CAPÍTULO II
carreira, com promoções de grau a grau, mediante aplicação de DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
critérios alternados de merecimento e antigüidade.
Parágrafo único - Poderão ser criados cargos isolados quando o SEÇÃO I
número não comportar a organização em carreira. DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6º - A investidura em cargo público de provimento efetivo Art. 11 - O recrutamento é geral e destina-se a selecionar
dependerá de aprovação prévia em concurso público de provas candidatos, através de concurso público para preenchimento de
ou de provas e títulos. vagas existentes no quadro de lotação de cargos dos órgãos
Parágrafo único - A investidura de que trata este artigo integrantes da estrutura organizacional do Estado.
ocorrerá com a posse. (Vetado pelo Governador e mantido pela
Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 7º - São requisitos para ingresso no serviço público:
I - possuir a nacionalidade brasileira; Art. 12 - O concurso público tem como objetivo selecionar
II - estar quite com as obrigações militares e eleitorais; candidatos à nomeação em cargos de provimento efetivo,
III - ter idade mínima de dezoito anos; podendo ser de provas ou de provas e títulos, na forma do
IV - possuir aptidão física e mental; regulamento.
V - estar em gozo dos direitos políticos; § 1º - As condições para a realização do concurso serão fixadas
VI - ter atendido às condições prescritas para o cargo. em edital, que será publicado no Diário Oficial do Estado e em
§ 1º - De acordo com as atribuições peculiares do cargo, poderão jornal de grande circulação.
ser exigidos outros requisitos a serem estabelecidos em lei. § 2º - Não ficarão sujeitos a limite de idade os ocupantes de
§ 2º - A comprovação de preenchimento dos requisitos cargos públicos estaduais de provimento efetivo. (Vetado pelo
mencionados no “caput” dar-se-á por ocasião da posse. (Vetado Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme
pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, DOE n.º 66, de 08/04/94)
conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) § 3º - As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os
§ 3º - Para efeitos do disposto no inciso IV do “caput” deste conhecimentos específicos exigidos para o exercício do cargo.
artigo será permitido o ingresso no serviço público estadual de § 4º - Serão considerados como títulos somente os cursos ou
candidatos portadores das doenças referidas no § 1º, do artigo atividades desempenhadas pelos candidatos, se tiverem relação
158 desta Lei, desde que: (Incluído pela Lei Complementar n.º direta com as atribuições do cargo pleiteado, sendo que os
11.836/02) pontos a eles correspondentes não poderão somar mais de vinte
I - apresentem capacidade para o exercício da função pública e cinco por cento do total dos pontos do concurso.
para a qual foram selecionados, no momento da avaliação § 5º - Os componentes da banca examinadora deverão ter
médico-pericial; (Incluído pela Lei Complementar n.º qualificação, no mínimo, igual à exigida dos candidatos, e sua
11.836/02) composição deverá ser publicada no Diário Oficial do Estado.
II - comprovem, por ocasião da avaliação para ingresso e no
curso do estágio probatório, acompanhamento clínico e adesão Art. 13 - O desempate entre candidatos aprovados no concurso
ao tratamento apropriado nos padrões de indicação científica em igualdade de condições, obedecerá aos seguintes critérios:
aprovados pelas autoridades de saúde. (Incluído pela Lei I - maior nota nas provas de caráter eliminatório, considerando o
Complementar n.º 11.836/02) peso respectivo;

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II - maior nota nas provas de caráter classificatório, se houver, Art. 19 - A autoridade a quem couber dar posse verificará, sob
prevalecendo a que tiver maior peso; pena de responsabilidade, se foram cumpridas as formalidades
III - sorteio público, que será divulgado através de edital legais prescritas para o provimento do cargo.
publicado na imprensa, com antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis da sua realização. Art. 20 - Se a posse não se der no prazo referido no artigo 18,
será tornada sem efeito a nomeação.
Art. 14 - O prazo de validade do concurso será de até 2 (dois)
anos, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período, Art. 21 - São competentes para dar posse:
no interesse da Administração. I - o Governador do Estado, aos titulares de cargos de sua
Parágrafo único - Enquanto houver candidatos aprovados em imediata confiança;
concurso público com prazo de validade não expirado, em II - os Secretários de Estado e os dirigentes de órgão
condições de serem nomeados, não será aberto novo concurso diretamente ligados ao chefe do Poder Executivo, aos seus
para o mesmo cargo. (Vetado pelo Governador e mantido pela subordinados hierárquicos.
Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
CAPÍTULO VI
Art. 15 - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o DO EXERCÍCIO
direito de concorrer nos concursos públicos para provimento de
cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de Art. 22 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
que são portadoras. cargo e dar-se-á no prazo de até 30 (trinta) dias contados da data
Parágrafo único - A lei reservará percentual de cargos e da posse.
definirá critérios de admissão das pessoas nas condições deste § 1º - Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que não
artigo. entrar em exercício no prazo estabelecido neste artigo.
§ 2º - Compete à chefia imediata da unidade administrativa onde
CAPÍTULO III for lotado o servidor, dar-lhe exercício e providenciar nos
DA NOMEAÇÃO elementos necessários à complementação de seus assentamentos
individuais.
Art. 16 - A nomeação far-se-á: § 3º - A readaptação e a recondução, bem como a nomeação em
I - em caráter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado outro cargo, com a conseqüente exoneração do anterior, não
em concurso público para provimento em cargo efetivo de interrompem o exercício.
carreira ou isolado; § 4º - O prazo de que trata este artigo, para os casos de
II - em comissão, quando se tratar de cargo de confiança de livre reintegração, reversão e aproveitamento, será contado a partir da
exoneração. publicação do ato no Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único - A nomeação em caráter efetivo obedecerá
rigorosamente à ordem de classificação dos aprovados, Art. 23 - O servidor removido ou redistribuído “ex-officio”, que
ressalvada a hipótese de opção do candidato por última deva ter exercício em outra localidade, terá 15 (quinze) dias para
chamada. entrar em exercício, incluído neste prazo, o tempo necessário ao
deslocamento para a nova sede.
CAPÍTULO IV Parágrafo único - Na hipótese de o servidor encontrar-se
DA LOTAÇÃO afastado do exercício do cargo, o prazo a que se refere este
artigo será contado a partir do término do afastamento.
Art. 17 - Lotação é a força de trabalho qualitativa e quantitativa
de cargos nos órgãos em que, efetivamente, devam ter exercício Art. 24 - A efetividade do servidor será comunicada ao órgão
os servidores, observados os limites fixados para cada repartição competente mensalmente, por escrito, na forma do regulamento.
ou unidade de trabalho. Parágrafo único - A aferição da freqüência do servidor, para
§ 1º - A indicação do órgão, sempre que possível, observará a todos os efeitos, será apurada através do ponto, nos termos do
relação entre as atribuições do cargo, as atividades específicas regulamento.
da repartição e as características individuais apresentadas pelo
servidor. Art. 25 - O servidor poderá afastar-se do exercício das
§ 2º - Tanto a lotação como a relotação poderão ser efetivadas a atribuições do seu cargo no serviço público estadual, mediante
pedido ou “ex-officio”, atendendo ao interesse da autorização do Governador, nos seguintes casos:
Administração. I - colocação à disposição;
§ 3º - Nos casos de nomeação para cargos em comissão ou II - estudo ou missão científica, cultural ou artística;
designação para funções gratificadas, a lotação será III - estudo ou missão especial de interesse do Estado.
compreendida no próprio ato. § 1º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de
outros órgãos da administração direta, autarquias ou fundações
CAPÍTULO V de direito público do Estado, para exercer função de confiança.
DA POSSE § 2º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de
outras entidades da administração indireta do Estado ou de
Art. 18 - Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada outras esferas governamentais, para o exercício de cargo ou
com a assinatura do termo no prazo de 15 (quinze) dias, a contar função de confiança.
da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do § 3º - Ficam dispensados da exigência do exercício de cargo ou
interessado. função de confiança, prevista nos parágrafos anteriores:
§ 1º - Quando se tratar de servidor legalmente afastado do (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.727/96)
exercício do cargo, o prazo para a posse começará a fluir a partir I - os afastamentos de servidores para o Sistema Único de
do término do afastamento. Saúde; (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.727/96)
§ 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica. II - os afastamentos nos casos em que haja necessidade
§ 3º - No ato da posse, o servidor deverá apresentar declaração comprovada e inadiável do serviço, para o exercício de funções
quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função correlatas às atribuições do cargo, desde que haja previsão em
pública. convênio. (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.727/96)

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§ 4º - Do pedido de afastamento do servidor deverá constar Art. 31 - O servidor público estável só perderá o cargo em
expressamente o objeto do mesmo, o prazo de sua duração e, virtude de sentença judicial transitada em julgado, ou mediante
conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem. processo administrativo em que lhe tenha sido assegurada ampla
(Renumerado pela Lei Complementar n.º 10.727/96) defesa.

Art. 26 - Salvo nos casos previstos nesta lei, o servidor que CAPÍTULO IX
interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias consecutivos DO REGIME DE TRABALHO
será demitido por abandono de cargo, com base em resultado
apurado em inquérito administrativo. Art. 32 - O Governador do Estado determinará, quando não
discriminado em lei ou regulamento, o horário de trabalho dos
Art. 27 - O servidor preso para perquirição de sua órgãos públicos estaduais.
responsabilidade em crime comum ou funcional será
considerado afastado do exercício do cargo, observado o Art. 33 - Por necessidade imperiosa de serviço, o servidor
disposto no inciso IV do artigo 80. poderá ser convocado para cumprir serviço extraordinário, desde
§ 1º - Absolvido, terá considerado este tempo como de efetivo que devidamente autorizado pelo Governador. (Vide Lei
exercício, sendo-lhe ressarcidas as diferenças pecuniárias a que Complementar n.° 11.649/01)
fizer jus. § 1º - Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho
§ 2º - No caso de condenação, e se esta não for de natureza que realizadas além das normais estabelecidas por jornada diária
determine a demissão, continuará afastado até o cumprimento para o respectivo cargo.
total da pena. § 2º - O horário extraordinário de que trata este artigo não
poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária
CAPÍTULO VII diária a que estiver sujeito o servidor.
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO § 3º - Pelo serviço prestado em horário extraordinário, o
servidor terá direito a remuneração, facultada a opção em
Art. 28 - Estágio probatório é o período de 2 (dois) anos em que pecúnia ou folga, nos termos da lei.
o servidor, nomeado em caráter efetivo, ficará em observação e
durante o qual será verificada a conveniência ou não de sua Art. 34 - Considera-se serviço noturno o realizado entre as 22
confirmação no cargo, mediante a apuração dos seguintes (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia
requisitos: (Vide art. 6.º da Emenda Constitucional Federal n.º seguinte, observado o previsto no artigo 113.
19/98) Parágrafo único - A hora de trabalho noturno será computada
I - disciplina; como de cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.
II - eficiência;
III - responsabilidade; CAPÍTULO X
IV - produtividade; DA PROMOÇÃO
V - assiduidade.
Parágrafo único - Os requisitos estabelecidos neste artigo, os Art. 35 - Promoção é a passagem do servidor de um grau para o
quais poderão ser desdobrados em outros, serão apurados na imediatamente superior, dentro da respectiva categoria
forma do regulamento. funcional.

Art. 29 - A aferição dos requisitos do estágio probatório Art. 36 - As promoções de grau a grau, nos cargos organizados
processar-se-á no período máximo de até 20 (vinte) meses, a em carreira, obedecerão aos critérios de merecimento e
qual será submetida à avaliação da autoridade competente, antigüidade, alternadamente, na forma da lei, que deverá
servindo o período restante para aferição final, nos termos do assegurar critérios objetivos na avaliação do merecimento.
regulamento.
§ 1º - O servidor que apresente resultado insatisfatório será Art. 37 - Somente poderá concorrer à promoção o servidor que:
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente I - preencher os requisitos estabelecidos em lei;
ocupado, observado o disposto no parágrafo único do artigo 54. II - não tiver sido punido nos últimos 12 (doze) meses com pena
(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia de suspensão, convertida, ou não em multa.
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
§ 2º - Antes da formalização dos atos de que trata o § 1º, será Art. 38 - Será anulado, em benefício do servidor a quem cabia
dada ao servidor vista do processo correspondente, pelo prazo de por direito, o ato que formalizou indevidamente a promoção.
5 (cinco) dias, para, querendo, apresentar sua defesa, que será Parágrafo único - O servidor a quem cabia a promoção
submetida, em igual prazo, à apreciação do órgão competente. receberá a diferença de retribuição a que tiver direito.
(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) CAPÍTULO XI
§ 3º - Em caso de recusa do servidor em ser cientificado, a DA READAPTAÇÃO
autoridade poderá valer-se de testemunhas do próprio local de
trabalho ou, em caso de inassiduidade, a cientificação poderá ser Art. 39 - Readaptação é a forma de investidura do servidor
por correspondência registrada. (Vetado pelo Governador e estável em cargo de atribuições e responsabilidades mais
mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha
08/04/94) sofrido em sua capacidade física ou mental, podendo ser
processada a pedido ou “ex officio”.
CAPÍTULO VIII § 1º - A readaptação será efetivada, sempre que possível, em
DA ESTABILIDADE cargo compatível com a aptidão do servidor, observada a
habilitação e a carga horária exigidas para o novo cargo.
Art. 30 - O servidor nomeado em virtude de concurso, na forma § 2º - A verificação de que o servidor tornou-se inapto para o
do artigo 12, adquire estabilidade no serviço público, após dois exercício do cargo ocupado, em virtude de modificações em sua
anos de efetivo exercício, cumprido o estágio probatório. (Vide aptidão vocacional ou no seu estado físico ou psíquico, será
art. 6.º da Emenda Constitucional Federal n.º 19/98) realizada pelo órgão central de recursos humanos do Estado que

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à vista de laudo médico, estudo social e psicológico, indicará o Art. 47 - O servidor que reverter não poderá ser aposentado
cargo em que julgar possível a readaptação. antes de decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, salvo se
§ 3º - Definido o cargo, serão cometidas as respectivas sobrevier outra moléstia que o incapacite definitivamente ou for
atribuições ao servidor em estágio experimental, pelo órgão invalidado em conseqüência de acidente ou de agressão não-
competente, por prazo não inferior a 90 (noventa) dias, o que provocada no exercício de suas atribuições.
poderá ser realizado na mesma repartição ou em outra, Parágrafo único - Para efeito deste artigo, não será computado
atendendo, sempre que possível, às peculiaridades do caso, o tempo em que o servidor, após a reversão, tenha se licenciado
mediante acompanhamento sistemático. em razão da mesma moléstia.
§ 4º - No caso de inexistência de vaga, serão cometidas ao
servidor as atribuições do cargo indicado, até que se disponha Art. 48 - O tempo em que o servidor esteve aposentado será
deste para o regular provimento. computado, na hipótese de reversão, exclusivamente para fins de
nova aposentadoria.
Art. 40 - Se o resultado da inspeção médica concluir pela
incapacidade para o serviço público, será determinada a CAPÍTULO XIV
aposentadoria do readaptando. DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Art. 41 - Em nenhuma hipótese poderá a readaptação acarretar SEÇÃO I


aumento ou diminuição da remuneração do servidor, exceto DA DISPONIBILIDADE
quando se tratar da percepção de vantagens cuja natureza é
inerente ao exercício do novo cargo. Art. 49 - A disponibilidade decorrerá da extinção do cargo ou da
Parágrafo único - Realizando-se a readaptação em cargo de declaração da sua desnecessidade.
padrão de vencimento inferior, ficará assegurada ao servidor a Parágrafo único - O servidor estável ficará em disponibilidade
remuneração correspondente à do cargo que ocupava até seu aproveitamento em outro cargo.
anteriormente.
Art. 50 - O provento da disponibilidade será igual ao
Art. 42 - Verificada a adaptabilidade do servidor no cargo e vencimento do cargo, acrescido das vantagens permanentes.
comprovada sua habilitação será formalizada sua readaptação, Parágrafo único - O servidor em disponibilidade será
por ato de autoridade competente. aposentado se, submetido à inspeção médica, for declarado
Parágrafo único - O órgão competente poderá indicar a inválido para o serviço público.
delimitação de atribuições no novo cargo ou no cargo anterior,
apontando aquelas que não podem ser exercidas pelo servidor e, SEÇÃO II
se necessário, a mudança de local de trabalho. DO APROVEITAMENTO

CAPÍTULO XII Art. 51 - Aproveitamento é o retorno à atividade do servidor em


DA REINTEGRAÇÃO disponibilidade e farse-á, obrigatoriamente, em cargo de
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
Art. 43 - Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo ocupado.
anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua transformação,
em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, com Art. 52 - O órgão central de recursos humanos poderá indicar o
ressarcimento de prejuízos decorrentes do afastamento. aproveitamento do servidor em disponibilidade, em vaga que
§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, estadual, na forma do regulamento.
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
§ 2º - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará Art. 53 - Salvo doença comprovada por junta médica oficial,
em disponibilidade, observado o disposto nos artigos 51 a 53. será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
§ 3º - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo
e, verificada a incapacidade para o serviço público, será de 30 (trinta) dias.
aposentado.
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XIII DA RECONDUÇÃO
DA REVERSÃO
Art. 54 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
Art. 44 - Reversão é o retorno à atividade do servidor anteriormente ocupado e decorrerá de:
aposentado por invalidez, quando verificada, por junta médica I - obtenção de resultado insatisfatório em estágio probatório
oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da relativo a outro cargo;
aposentadoria. II - reintegração do anterior ocupante do cargo.
§ 1º - O servidor que reverter terá assegurada a retribuição Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo de origem, o
correspondente à situação funcional que detinha anteriormente à servidor será aproveitado em outro, com a natureza e
aposentadoria. vencimento compatíveis com o que ocupara, observado o
§ 2º - Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposições dos disposto no artigo 52. (Vetado pelo Governador e mantido pela
artigos 18 e 22, relativas à posse e ao exercício, Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
respectivamente.
CAPÍTULO XVI
Art. 45 - A reversão far-se-á, a pedido ou “ex-officio”, no DA VACÂNCIA
mesmo cargo ou no resultante de sua transformação.
Art. 55 - A vacância do cargo decorrerá de:
Art. 46 - O servidor com mais de 60 (sessenta) anos não poderá I - exoneração;
ter processada a sua reversão. II - demissão;
III - readaptação;

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IV - aposentadoria; Parágrafo único - O substituto fará jus ao vencimento do cargo
V - recondução; ou função na proporção dos dias de efetiva substituição iguais
VI - falecimento. ou superiores a 10 (dez) dias consecutivos, computáveis para os
Parágrafo único - A abertura da vaga ocorrerá na data da efeitos dos artigos 102 e 103 desta lei.
publicação da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar
qualquer das hipóteses previstas neste artigo. TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
Art. 56 - A exoneração dar-se-á:
I - a pedido do servidor; CAPÍTULO I
II - “ex-officio”, quando: DO TEMPO DE SERVIÇO
a) se tratar de cargo em comissão, a critério da autoridade
competente; Art. 62 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os
b) não forem satisfeitas as condições do estágio probatório. quais serão convertidos em anos, considerados estes como
período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 57 - A demissão decorrerá de aplicação de pena disciplinar
na forma prevista em lei. Art. 63 - Os dias de efetivo exercício serão computados à vista
dos comprovantes de pagamento, ou dos registros funcionais.
CAPÍTULO XVII
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO Art. 64 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos
do serviço em virtude de:
SEÇÃO I I - férias;
DA REMOÇÃO II - casamento, até 8 (oito) dias consecutivos;
III - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros,
Art. 58 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou irmãos, companheiro ou companheira, madrasta ou padrasto,
“ex-officio”, com ou sem mudança de sede: enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias;
I - de uma repartição para outra; IV - doação de sangue, 1 (um) dia por mês, mediante
II - de uma unidade de trabalho para outra, dentro da mesma comprovação;
repartição. V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de
§ 1º - Deverá ser sempre comprovada por junta médica, a provimento em comissão, exceto para efeito de promoção por
remoção, a pedido, por motivo de saúde do servidor, do cônjuge merecimento;
deste ou dependente, mediante prévia verificação da existência VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
de vaga. VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou
§ 2º - Sendo o servidor removido da sede, dar-se-á, sempre que municipal, exceto para promoção por merecimento;
possível, a remoção do cônjuge, que for também servidor VIII - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou
estadual; não sendo possível, observar-se-á o disposto no artigo no exterior, quando o afastamento houver sido expressamente
147. autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuízo da
retribuição pecuniária;
Art. 59 - A remoção por permuta será processada a pedido de IX - deslocamento para nova sede na forma do artigo 58;
ambos os interessados, ouvidas, previamente, as chefias X - realização de provas, na forma do artigo 123;
envolvidas. XI - assistência a filho excepcional, na forma do artigo 127;
XII - prestação de prova em concurso público;
SEÇÃO II XIII - participação em programas de treinamento regularmente
DA REDISTRIBUIÇÃO instituído, correlacionado às atribuições do cargo;
XIV - licença:
Art. 60 - Redistribuição é o deslocamento do servidor com o a) à gestante, à adotante e à paternidade;
respectivo cargo, de um quadro de pessoal ou entidade para b) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família,
outro do mesmo Poder, cujos planos de cargos e vencimentos com remuneração;
sejam idênticos. (Vide Leis n.ºs 11.407/00 e 13.422/10) c) prêmio por assiduidade;
§ 1º - Dar-se-á, exclusivamente, a redistribuição, para d) por motivo de acidente em serviço, agressão não-provocada
ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, ou doença profissional;
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou
órgão ou entidade, na forma da lei. municipal;
§ 2º - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores f) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de
estáveis que não puderem ser redistribuídos, nos termos deste promoção por merecimento;
artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu g) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuízo
aproveitamento na forma do artigo 51. da retribuição;
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos cargos definidos XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado médico,
em lei como de lotação privativa. (Vetado pelo Governador e até 3 (três) dias por mês, mediante pronta comunicação à chefia
mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de imediata;
08/04/94) XVI - participação de assembléias e atividades sindicais.
Parágrafo único - Constitui tempo de serviço, para todos os
CAPÍTULO XVIII efeitos legais, o anteriormente prestado ao Estado pelo servidor
DA SUBSTITUIÇÃO que tenha ingressado sob a forma de contratação, admissão,
nomeação, ou qualquer outra, desde que comprovado o vínculo
Art. 61 - Os servidores investidos em cargos em comissão ou regular.
funções gratificadas terão substitutos, durante seus afastamentos
ou impedimentos eventuais, previamente designados pela Art. 65 - Computar-se-á integralmente, para efeito de
autoridade competente. aposentadoria e disponibilidade o tempo:

21
I - de serviço prestado pelo servidor em função ou cargo público Art. 74 - O servidor exonerado fará jus ao pagamento da
federal, estadual ou municipal; remuneração de férias proporcionalmente aos meses de efetivo
II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares prestado exercício, descontadas eventuais parcelas já fruídas.
durante a paz, computando-se em dobro o tempo em operação Parágrafo único - O pagamento de que trata este artigo
de guerra, na forma da lei; corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que fizer
III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, jus o servidor na forma prevista no artigo 69, desta lei, relativa
estadual ou municipal, anterior ao ingresso no serviço público ao mês em que a exoneração for efetivada.
estadual;
IV - de serviço prestado em atividade privada, vinculada à Art. 75 - O servidor que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias de
previdência social, observada a compensação financeira entre os licença para tratar de interesses particulares ou para acompanhar
diversos sistemas previdenciários segundo os critérios o cônjuge, somente após um ano de efetivo exercício contado da
estabelecidos em lei; data da apresentação fará jus a férias.
V - em que o servidor:
a) esteve em disponibilidade; Art. 76 - Perderá o direito às férias o servidor que, no ano
b) já esteve aposentado, quando se tratar de reversão. antecedente àquele em que deveria gozá-las, tiver mais de 30
(trinta) dias de faltas não justificadas ao serviço.
Art. 66 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço
prestado Art. 77 - O servidor readaptado, relotado, removido ou
concomitantemente em mais de um cargo ou função em órgão reconduzido, quando em gozo de férias, não é obrigado a
ou entidade dos Poderes da União, estados, municípios, apresentar-se antes de concluí-las.
autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
públicas. CAPÍTULO III
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS Art. 78 - Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao
servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao
Art. 67 - O servidor gozará, anualmente, 30 (trinta) dias de padrão fixado em lei.
férias. Parágrafo único - Nenhum servidor receberá, a título de
§ 1º - Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos vencimento básico, importância inferior ao salário mínimo.
12 (doze) meses de exercício. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
§ 3º - É facultado o gozo de férias em dois períodos, não
inferiores a 10 (dez) dias consecutivos. Art. 79 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das
vantagens pecuniárias estabelecidas em lei.
Art. 68 - Será pago ao servidor, por ocasião das férias, § 1º - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
independentemente de solicitação, o acréscimo constitucional de de caráter permanente, é irredutível, sendo vedada vinculação ou
1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago equiparação para efeitos de remuneração de pessoal.
antecipadamente. § 2º - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 10.727/96)
§ 1º - O pagamento da remuneração de férias será efetuado
antecipadamente ao servidor que o requerer, juntamente com o Art. 80 - O servidor perderá:
acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do I - a remuneração relativa aos dias em que faltar ao serviço;
referido período. II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos,
§ 2º - Na hipótese de férias parceladas poderá o servidor indicar ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60
em qual dos períodos utilizará a faculdade de que trata este (sessenta) minutos;
artigo. III - a metade da remuneração, na hipótese de conversão da
pena de suspensão em multa;
Art. 69 - Durante as férias, o servidor terá direito a todas as IV - um terço de sua remuneração durante o afastamento do
vantagens inerentes ao cargo como se estivesse em exercício. exercício do cargo, nas hipóteses previstas no artigo 27.
Parágrafo único - No caso de faltas sucessivas, serão
Art. 70 - O servidor que opere direta e permanentemente com computados para efeito de desconto os períodos de repouso
Raios X ou substâncias radioativas, próximas a fontes de intercalados.
irradiação, terá direito, quando no efetivo exercício de suas
atribuições, a 20 (vinte) dias consecutivos de férias por Art. 81 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
semestre, não acumuláveis e intransferíveis. nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá
Art. 71 - Por absoluta necessidade de serviço e ressalvadas as haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a
hipóteses em que haja legislação específica, as férias poderão ser critério da administração e com reposição de custos, na forma
acumuladas até o máximo de dois períodos anuais. definida em regulamento.

Art. 72 - As férias somente poderão ser interrompidas por Art. 82 - As reposições e indenizações ao erário serão
motivos de calamidade pública, comoção interna, convocação descontadas em parcelas mensais não excedentes à quinta parte
para júri, serviço militar ou eleitoral ou por superior interesse da remuneração ou provento.
público.
Art. 83 - Terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar eventuais
Art. 73 - Se o servidor vier a falecer, quando já implementado o débitos com o erário, o servidor que for demitido ou exonerado.
período de um ano, que lhe assegure o direito a férias, a Parágrafo único - A não-quitação do débito no prazo previsto
retribuição relativa ao período, descontadas eventuais parcelas implicará sua inscrição na dívida ativa.
correspondentes à antecipação, será paga aos dependentes
legalmente constituídos.

22
Art. 84 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão exceder a importância correspondente a 3 (três) meses de
objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de remuneração.
prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.
Art. 92 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se
CAPÍTULO IV afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
DAS VANTAGENS
Art. 93 - Será concedida ajuda de custo ao servidor efetivo do
Art. 85 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as Estado que for nomeado para cargo em comissão ou designado
seguintes vantagens: para função gratificada, com mudança de domicílio.
I - indenizações; Parágrafo único - No afastamento para exercício de cargo em
II - avanços; comissão, em outro órgão ou entidade da União, do Distrito
III - gratificações e adicionais; Federal, dos estados ou dos municípios, o servidor não receberá
IV - honorários e jetons. ajuda de custo do Estado.

Art. 86 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem Art. 94 - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros quando,
acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou injustificadamente, não se apresentar na nova sede, no prazo de
idêntico fundamento. 30 (trinta) dias.

Art. 87 - Salvo os casos previstos nesta lei, o servidor não SUBSEÇÃO II


poderá receber a qualquer título, seja qual for o motivo ou a DAS DIÁRIAS
forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos
órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou outras Art. 95 - O servidor que se afastar temporariamente da sede, em
organizações públicas, em razão de seu cargo, nas quais tenha objeto de serviço, fará jus, além das passagens de transporte,
sido mandado servir. também a diárias destinadas à indenização das despesas de
alimentação e pousada.
Art. 88 - As vantagens de que trata o artigo 85 não são § 1º - Entende-se por sede a localidade onde o servidor estiver
incorporadas ao vencimento, em atividade, excetuando-se os em exercício em caráter permanente.
avanços, o adicional por tempo de serviço, a gratificação por § 2º - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo
exercício de função, a gratificação de representação e a devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite
gratificação de permanência em serviço, nos termos da lei. fora da sede.
(Redação dada pela Lei Complementar n.° 10.530/95) § 3º - Não serão devidas diárias nos casos de remoção a pedido,
§ 1º - A gratificação de representação por exercício de função nem nas hipóteses em que o deslocamento da sede se constituir
integra o valor desta para os efeitos de incorporação aos em exigência permanente do serviço.
vencimentos em atividade, de incorporação aos proventos de
aposentadoria e para cálculo de vantagens decorrentes do tempo Art. 96 - O servidor que receber diárias e, por qualquer motivo
de serviço. (Redação dada pela Lei Complementar n.° não se afastar da sede, fica obrigado a restituí-las integralmente,
10.530/95) no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º - Aos titulares de cargos de confiança optantes por Parágrafo único - Na hipótese de o servidor retornar à sede, em
gratificação por exercício de função já incorporadas nos termos prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, deverá
da lei, é facultada a opção pela percepção da gratificação de restituir as diárias recebidas em excesso, no período previsto no
representação correspondente às atribuições da função titulada. “caput”.
(Redação dada pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
§ 3º - Os servidores que incorporaram gratificação por exercício Art. 97 - As diárias, que deverão ser pagas antes do
de função em atividade e os servidores inativos terão seus deslocamento, serão calculadas sobre o valor básico fixado em
vencimentos e proventos revistos na forma estabelecida neste lei e serão percebidas pelo servidor que a elas fizer jus, na forma
artigo. (Redação dada pela Lei Complementar n.° 10.530/95) do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar n.º
10.530/95)
SEÇÃO I
DAS INDENIZAÇÕES SUBSEÇÃO III
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 89 - Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo; Art. 98 - Será concedida indenização de transporte ao servidor
II - diárias; que realizar despesas com a utilização de meio próprio de
III - transporte. locomoção, para execução de serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo, conforme previsto em
SUBSEÇÃO I regulamento.
DA AJUDA DE CUSTO
SEÇÃO II
Art. 90 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas DOS AVANÇOS
de instalações do servidor que, no interesse do serviço, passe a
ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em Art. 99 - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, o
caráter permanente. servidor terá concedido automaticamente um acréscimo de 5%
Parágrafo único - Correm por conta da Administração as (cinco por cento), denominado avanço, calculado na forma da
despesas de transporte do servidor e de sua família, lei. (Vide Lei Complementar n.º 10.795/96)
compreendendo passagens, bagagens e bens pessoais. § 1º - O servidor fará jus a tantos avanços quanto for o tempo de
serviço público em que permanecer em atividade, computado na
Art. 91 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do forma dos artigos 116 e 117. (Renumerado pela Lei
servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo Complementar n.º 10.530/95)

23
§ 2º - O disposto no “caput” e no parágrafo anterior não se § 4º - O servidor efetivo que contar com dezoito (18) anos de
aplica ao servidor cuja primeira investidura no serviço público tempo computável à aposentadoria e que houver exercido cargo
estadual ocorra após 30 de junho de 1995, hipótese em que será em comissão, inclusive sob a forma de função gratificada, por
observado o disposto no parágrafo seguinte. (Incluído pela Lei dois (02) anos completos, terá incorporada ao vencimento do
Complementar n.º 10.530/95) cargo, como vantagem pessoal, a importância equivalente a 20%
§ 3º - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, ao (vinte por cento) do valor da função gratificada. (Incluído pela
servidor será concedido automaticamente um acréscimo de 3% Lei Complementar n.° 10.530/95)
(três por cento), denominado avanço, calculado, na forma da lei. I - Quando mais de uma função gratificada ou cargo em
(Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95) comissão houver sido exercido no período, será incorporado
aquele de maior valor, desde que desempenhado, no mínimo,
SEÇÃO III por dois (02) anos, ou quando não ocorrer tal hipótese, o valor
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS da função que tenha desempenhado por mais tempo; (Incluído
pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
Art. 100 - Serão deferidos ao servidor as seguintes gratificações II - O servidor que tenha exercido o cargo de Secretário de
e adicionais por tempo de serviço e outras por condições Estado fará jus à incorporação do valor equivalente à
especiais de trabalho: gratificação de representação correspondente, nas condições
I - gratificação por exercício de função; estabelecidas neste artigo; (Incluído pela Lei Complementar n.°
II - gratificação natalina; 10.530/95)
III - gratificação por regime especial de trabalho, na forma da III - A cada dois (02) anos completos de exercício de função
lei; gratificada, que excederem a dois iniciais, corresponderá novo
IV - gratificação por exercício de atividades insalubres, penosas acréscimo de 20% (vinte por cento) até o limite de 100% (cem
ou perigosas; por cento), observada a seguinte correspondência com o tempo
V - gratificação por exercício de serviço extraordinário; computável à aposentadoria: (Incluído pela Lei Complementar
VI - gratificação de representação, na forma da lei; n.° 10.530/95)
VII - gratificação por serviço noturno; a) 20 anos, máximo de 40% (quarenta por cento) do valor;
VIII - adicional por tempo de serviço; (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
IX - gratificação de permanência em serviço; b) 22 anos, máximo de 60% (sessenta por cento) do valor;
X - abono familiar; (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
XI - outras gratificações, relativas ao local ou à natureza do c) 24 anos, máximo de 80% (oitenta por cento) do valor;
trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
d) 26 anos, 100% (cem por cento) do valor. (Incluído pela Lei
SUBSEÇÃO I Complementar n.° 10.530/95)
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE FUNÇÃO IV - A vantagem de que trata o “caput” deste parágrafo, bem
como os seus incisos anteriores, somente será paga a partir da
Art. 101 - A função gratificada será percebida pelo exercício de data em que o funcionário retornar ao exercício de cargo de
chefia, assistência ou assessoramento, cumulativamente ao provimento efetivo ou, permanecendo no cargo em comissão ou
vencimento do cargo de provimento efetivo. função gratificada, optar pelos vencimentos e vantagens do
cargo de provimento efetivo, ou ainda, for inativado. (Incluído
Art. 102 - O servidor efetivo que contar com 18 (dezoito) anos pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
de tempo de serviço computável à aposentadoria, se do sexo V - O funcionário no gozo da vantagem pessoal de que trata esta
masculino ou 15 (quinze) anos, se do sexo feminino, e que Lei, investido em cargo em comissão ou função gratificada,
houver exercido cargo em comissão, inclusive sob a forma de perderá a vantagem enquanto durar a investidura, salvo se optar
função gratificada, por 2 (dois) anos completos, terá pelas vantagens do cargo efetivo; (Incluído pela Lei
incorporada, ao vencimento do cargo, como vantagem pessoal, a Complementar n.° 10.530/95)
importância equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da VI - Na hipótese do inciso anterior, ocorra ou não a percepção
função gratificada, a cada 2 (dois) anos, até o limite máximo de da vantagem, terá continuidade o cômputo dos anos de serviço
100% (cem por cento), na forma da lei. (Vetado pelo para efeito de percepção dos vinte por cento a que se refere este
Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme parágrafo; (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide Leis Complementares n.ºs VII - O cálculo da vantagem pessoal de que trata este parágrafo
10.530/95 e 10.845/96) terá sempre em conta os valores atualizados dos vencimentos e
§ 1º - Quando mais de uma função gratificada ou cargo em as gratificações adicionais e, se for o caso, os avanços trienais e
comissão houver sido exercido no período, será incorporado qüinqüenais; (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
aquele de maior valor, desde que desempenhado, no mínimo, VIII - O disposto neste parágrafo aplica-se, igualmente, às
por 1 (um) ano, ou quando não ocorrer tal hipótese, o valor da gratificações previstas no artigo 3º da Lei Complementar nº
função que tenha desempenhado por mais tempo. (Vide Lei 10.248, de 30 de agosto de 1994, atribuídas a servidores efetivos
Complementar n.° 10.248/94) ou estáveis. (Incluído pela Lei Complementar n.° 10.530/95)
§ 2º - O funcionário que tenha exercido o cargo de Secretário de
Estado, fará jus à incorporação do valor equivalente à Art. 103 - A função gratificada será incorporada integralmente
gratificação de representação correspondente, na proporção ao provento do servidor que a tiver exercido, mesmo sob forma
estabelecida pelo “caput”, ressalvado o período mínimo de que de cargo em comissão, por um período mínimo de 5 (cinco) anos
trata o parágrafo anterior, que será de 2 (dois) anos para esta consecutivos ou 10 (dez) intercalados, anteriormente à
situação. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia aposentadoria, observado o disposto no § 1º do artigo anterior.
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide Lei (Vide Lei Complementar n.° 10.248/94)
Complementar n.º 10.257/94)
§ 3º - O disposto no “caput” e nos parágrafos anteriores não se SUBSEÇÃO II
aplica ao servidor que não houver exercido cargo em comissão, DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
inclusive sob a forma de função gratificada, até 30 de junho de
1995, hipótese em que será observado o disposto no parágrafo
seguinte. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

24
Art. 104 - Será concedida ao servidor que esteja no desempenho Parágrafo único - Os servidores a que se refere este artigo
de suas funções uma gratificação natalina correspondente a sua serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses de
remuneração integral devida no mês de dezembro. exercício.
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo corresponderá a
1/12 (um doze avos) da remuneração a que fizer jus o servidor, SUBSEÇÃO IV
no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício, DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE SERVIÇO
considerando-se as frações iguais ou superiores a 15 (quinze) EXTRAORDINÁRIO
dias como mês integral.
§ 2º - O pagamento da gratificação natalina será efetuado até o Art. 110 - O serviço extraordinário será remunerado com
dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada exercício. acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora
§ 3º - A gratificação natalina é devida ao servidor afastado de normal de trabalho.
suas funções, sem prejuízo da remuneração e demais vantagens.
§ 4º - O Estado indenizará o servidor pelo eventual Art. 111 - A gratificação de que trata o artigo anterior somente
descumprimento do prazo de pagamento das obrigações será atribuída ao servidor para atender às situações excepcionais
pecuniárias relativas à gratificação natalina, cuja base de cálculo e temporárias, respeitado o limite máximo previsto no § 2º do
será o valor desta, deduzidos os descontos legais. (Incluído pela artigo 33.
Lei Complementar n.° 12.021/03) (Vide Leis Complementares
n.ºs 12.176/04, 12.392/05, 12.665/06 e 12.860/07) Art. 112 - O valor da hora de serviço extraordinário, prestado
§ 5º - A indenização de que trata o parágrafo anterior será em horário noturno, será acrescido de mais 20% (vinte por
calculada com base na variação da Letra Financeira do Tesouro cento).
– LFT –, acrescida de 0,6123% (seis mil cento e vinte e três
décimos de milésimo de um inteiro por cento) ao mês, “pro-rata SUBSEÇÃO V
die”, e paga juntamente com o valor total ou parcial da referida DA GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO NOTURNO
gratificação. (Redação dada pela Lei Complementar n.º
12.860/07) (Vide Leis Complementares n.ºs 12.021/03 e Art. 113 - O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20%
12.860/07) (vinte por cento), observado o disposto no artigo 34.
Parágrafo único - As disposições deste artigo não se aplicam
Art. 105 - O servidor exonerado terá direito à gratificação quando o serviço noturno corresponder ao horário normal de
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada trabalho.
na forma do § 1º do artigo anterior, sobre a remuneração do mês
da exoneração. SUBSEÇÃO VI
DA GRATIFICAÇÃO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO
Art. 106 - É extensiva aos inativos a percepção da gratificação
natalina, cujo cálculo incidirá sobre as parcelas que compõem Art. 114 Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria
seu provento. voluntária com proventos integrais e cuja permanência no
desempenho de suas funções for julgada conveniente e oportuna
SUBSEÇÃO III para o serviço público estadual poderá ser deferida, por ato do
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE Governador, uma gratificação de permanência em serviço de
ATIVIDADES INSALUBRES, PERIGOSAS OU PENOSAS valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do seu
vencimento básico. (Redação dada pela Lei Complementar n.º
Art. 107 - Os servidores que exerçam suas atribuições com 13.925/12)
habitualidade em locais insalubres ou em contato com § 1º - Fica assegurado o valor correspondente ao do vencimento
substâncias tóxicas radioativas ou com risco de vida, fazem jus a básico do Padrão 16 do Quadro Geral dos Funcionários Públicos
uma gratificação sobre o vencimento do respectivo cargo na do Estado, proporcional à carga horária, quando a aplicação do
classe correspondente, nos termos da lei. (Vetado pelo disposto no “caput” deste artigo resultar em um valor de
Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme gratificação inferior ao desse vencimento básico. (Redação dada
DOE n.º 66, de 08/04/94) pela Lei Complementar n.º 13.925/12)
§ 1º - O servidor que fizer jus às gratificações de insalubridade, § 2º - A gratificação de que trata este artigo tem natureza
periculosidade ou penosidade deverá optar por uma delas nas precária e transitória e não servirá de base de cálculo para
condições previstas na lei. nenhuma vantagem, nem será incorporada aos vencimentos ou
§ 2º - O direito às gratificações previstas neste artigo cessa com proventos da inatividade. (Redação dada pela Lei Complementar
a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua n.º 13.925/12)
concessão. § 3º - A gratificação de que trata este artigo será deferida por um
período máximo de dois anos, sendo admitidas renovações por
Art. 108 - Haverá permanente controle da atividade de igual período, mediante iniciativa da chefia imediata do
servidores em operações ou locais considerados penosos, servidor, ratificada pelo Titular da Pasta a que estiver vinculado
insalubres ou perigosos. o órgão ou entidade, e juízo de conveniência e oportunidade do
Parágrafo único - A servidora gestante ou lactante será Governador. (Redação dada pela Lei Complementar n.º
afastada, enquanto durarem a gestação e a lactação, das 13.925/12)
operações e locais previstos neste artigo, passando a exercer § 4º - O servidor, a quem for deferida a gratificação de que trata
suas atividades em local salubre e em serviço compatível com o “caput” deste artigo, poderá ser chamado a prestar serviço em
suas condições. local diverso de sua lotação durante o período da concessão da
gratificação de permanência em serviço. (Redação dada pela Lei
Art. 109 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Complementar n.º 13.925/12)
Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não SUBSEÇÃO VII
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria. DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

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Art. 115 - O servidor, ao completar 15 (quinze) e 25 (vinte e Parágrafo único - As alterações que resultem em exclusão de
cinco) anos de serviço público, contados na forma desta lei, abono deverão ser comunicadas no prazo de 15 (quinze) dias da
passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze data da ocorrência.
por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento) calculados na forma SEÇÃO IV
da lei. (Vide Lei Complementar n.º 10.795/96) DOS HONORÁRIOS E JETONS
§ 1º - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco por cento)
fará cessar o de 15% (quinze por cento), anteriormente Art. 121 - O servidor fará jus a honorários quando designado
concedido. (Renumerado pela Lei Complementar n.º 10.795/96) para exercer, fora do horário do expediente a que estiver sujeito,
§ 2º - A vantagem de que trata este artigo não será mais as funções de:
concedida a partir da data de vigência desta Lei, nos percentuais I - membro de banca de concurso;
de 15% ou de 25%, exceto aos que tenham implementado, até a II - gerência, planejamento, execução ou atividade auxiliar de
referida data, as condições de percepção. (Incluído pela Lei concurso;
Complementar n.º 10.795/96) III - treinamento de pessoal;
§ 3° - A gratificação adicional, a partir da data referida no IV - professor, em cursos legalmente instituídos.
parágrafo anterior, será concedida em percentual igual ao tempo
de serviço em anos, à razão de 1% ao ano, computados até a Art. 122 - O servidor, no desempenho do encargo de membro de
data de vigência desta Lei, cabendo o pagamento somente ao órgão de deliberação coletiva legalmente instituído, receberá
implemento de 15 ou de 25 anos de tempo de serviço, jeton, a título de representação na forma da lei.
respectivamente, considerando-se quando for o caso, para
efeitos de percentual de concessão, fração superior a seis meses CAPÍTULO V
como um ano completo. (Incluído pela Lei Complementar n.° DAS CONCESSÕES
10.795/96)
SEÇÃO I
Art. 116 - Para efeito de concessão dos adicionais será DAS VANTAGENS AO SERVIDOR ESTUDANTE OU
computado o tempo de serviço federal, estadual ou municipal, PARTICIPANTE DE CURSOS, CONGRESSOS E
prestado à administração direta, autarquias e fundações de SIMILARES
direito público.
Parágrafo único - Compreende-se, também, como serviço Art. 123 - É assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem
estadual o tempo em que o servidor tiver exercido serviços prejuízo de sua remuneração, nos seguintes casos:
transferidos para o Estado. I - durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo,
para os estudantes de ensino superior, 1º e 2º graus;
Art. 117 - Na acumulação remunerada, será considerado, para II - durante os dias de provas em exames supletivos e de
efeito de adicional, o tempo de serviço prestado a cada cargo habilitação a curso superior.
isoladamente. Parágrafo único - O servidor, sob pena de ser considerado
faltoso ao serviço, deverá comprovar perante a chefia imediata
SUBSEÇÃO VIII as datas em que se realizarão as diversas provas e seu
DO ABONO FAMILIAR comparecimento.

Art. 118 - Ao servidor ativo ou ao inativo será concedido abono Art. 124 - O servidor somente será indicado para participar de
familiar na razão de 10% (dez por cento) do menor vencimento cursos de especialização ou capacitação técnica profissional no
básico inicial do Estado, pelos seguintes dependentes: Estado, no País ou no exterior, com ônus para o Estado, quando
I - filho menor de 18 (dezoito) anos; houver correlação direta e imediata entre o conteúdo
II - filho inválido ou excepcional de qualquer idade, que seja programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função
comprovadamente incapaz; exercidos.
III - filho estudante, desde que não exerça atividade
remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos; Art. 125 - Ao servidor poderá ser concedida licença para
IV - cônjuge inválido, comprovadamente incapaz, que não freqüência a cursos, seminários, congressos, encontros e
perceba remuneração. similares, inclusive fora do Estado e no exterior, sem prejuízo da
§ 1º - Quando se tratar de dependente inválido ou excepcional, o remuneração e demais vantagens, desde que o conteúdo
abono será pago pelo triplo. programático esteja correlacionado às atribuições do cargo que
§ 2º - Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, aos ocupar, na forma a ser regulamentada.
tutelados e aos menores que, mediante autorização judicial, Parágrafo único - Fica vedada a concessão de exoneração ou
estejam submetidos a sua guarda. licença para tratamento de interesses particulares ao servidor
§ 3º - São condições para percepção do abono familiar que: beneficiado pelo disposto neste artigo, ressalvada a hipótese de
I - os dependentes relacionados neste artigo vivam efetivamente ressarcimento da despesa havida antes de decorrido período
às expensas do servidor ou inativo; igual ao do afastamento.
II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do “caput” deste
artigo seja comprovada mediante inspeção médica, pelo órgão Art. 126 - Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse
competente do Estado. da Administração, é assegurada, na localidade da nova
§ 4º - No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, residência ou mais próxima, matrícula em instituição congênere
o direito de um não exclui o do outro. do Estado, em qualquer época, independentemente de vaga.
Parágrafo único - O disposto neste artigo estende-se ao
Art. 119 - Por cargo exercido em acúmulo no Estado, não será cônjuge, aos filhos ou enteados do servidor, que vivam na sua
devido o abono familiar. companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com
autorização judicial.
Art. 120 - A concessão do abono terá por base as declarações do
servidor, sob as penas da lei. SEÇÃO II
DA ASSISTÊNCIA A FILHO EXCEPCIONAL

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Art. 127 - O servidor, pai, mãe ou responsável por excepcional, considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação
físico ou mental, em tratamento, fica autorizado a se afastar do constante do laudo.
exercício do cargo, quando necessário, por período de até 50% Parágrafo único - A infringência ao disposto neste artigo
(cinqüenta por cento) de sua carga horária normal cotidiana, na implicará perda da remuneração, sujeitando o servidor à
forma da lei. demissão, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, observado o
disposto no artigo 26.
CAPÍTULO VI
DAS LICENÇAS Art. 132 - Nas licenças por períodos prolongados, antes de se
completarem 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, deverá o
SEÇÃO I órgão de perícia médica pronunciar-se sobre a natureza da
DISPOSIÇÕES GERAIS doença, indicando se o caso é de:
I - concessão de nova licença ou de prorrogação;
Art. 128 - Será concedida, ao servidor, licença: II - retorno ao exercício do cargo, com ou sem limitação de
I - para tratamento de saúde; tarefas;
II - por acidente em serviço; III - readaptação, com ou sem limitação de tarefas.
III - por motivo de doença em pessoa da família; Parágrafo único - As licenças, pela mesma moléstia, com
IV - à gestante, à adotante e à paternidade; intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serão consideradas como
V - para prestação de serviço militar; prorrogação.
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para acompanhar o cônjuge; Art. 133 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão
VIII - para o desempenho de mandato classista; ao nome ou à natureza da doença, devendo, porém, esta ser
IX - prêmio por assiduidade; especificada através do respectivo código (CID).
X - para concorrer a mandato público eletivo; Parágrafo único - Para a concessão de licença a servidor
XI - para o exercício de mandato eletivo; acometido de moléstia profissional, o laudo médico deverá
XII - especial, para fins de aposentadoria. estabelecer sua rigorosa caracterização.
§ 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por prazo
superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos Art. 134 - O servidor em licença para tratamento de saúde
VII, VIII e XI deste artigo. deverá abster-se do exercício de atividade remunerada ou
§ 2º - Ao servidor nomeado em comissão somente será incompatível com seu estado, sob pena de imediata suspensão da
concedida licença para tratamento de saúde, desde que haja sido mesma.
submetido à inspeção médica para ingresso e julgado apto e nos
casos dos incisos II, III, IV, IX e XII. SEÇÃO III
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 129 - A inspeção será feita por médicos do órgão
competente, nas hipóteses de licença para tratamento de saúde, Art. 135 - O servidor acidentado em serviço será licenciado com
por motivo de doença em pessoa da família e à gestante, e por remuneração integral até seu total restabelecimento.
junta oficial, constituída de 3 (três) médicos nos demais casos.
Art. 136 - Configura-se acidente em serviço o dano físico ou
SEÇÃO II mental sofrido pelo servidor, desde que relacionado, mediata ou
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE imediatamente, com as atribuições do cargo.
Parágrafo único - Equipara-se a acidente em serviço o dano:
Art. 130 - Será concedida, ao servidor, licença para tratamento I - decorrente de agressão sofrida e não-provocada pelo servidor
de saúde, a pedido ou “ex-officio”, precedida de inspeção no exercício das atribuições do cargo;
médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado, sediada II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-
na Capital ou no interior, sem prejuízo da remuneração a que versa.
fizer jus.
§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser Art. 137 - O servidor acidentado em serviço terá tratamento
realizada na residência do servidor ou no estabelecimento integral custeado pelo Estado.
hospitalar onde se encontrar internado.
§ 2º - Poderá, excepcionalmente, ser admitido atestado médico Art. 138 - Para concessão de licença e tratamento ao servidor,
particular, quando ficar comprovada a impossibilidade absoluta em razão de acidente em serviço ou agressão não-provocada no
de realização de exame por órgão oficial da localidade. exercício de suas atribuições, é indispensável a comprovação
§ 3º - O atestado referido no parágrafo anterior somente surtirá detalhada do fato, no prazo de 10 (dez) dias da ocorrência,
efeito após devidamente examinado e validado pelo órgão de mediante processo “ex officio”.
perícia médica competente. Parágrafo único - O tratamento recomendado por junta médica
§ 4º - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob não oficial constitui medida de exceção e somente será
pena de ser sustado o pagamento de sua remuneração até que admissível quando inexistirem meios e recursos necessários
seja cumprida essa formalidade. adequados, em instituições públicas ou por ela conveniadas.
§ 5º - No caso de o laudo registrar pareceres contrários à
concessão da licença, as faltas ao serviço correrão sob a SEÇÃO IV
responsabilidade exclusiva do servidor. DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA
§ 6º - O resultado da inspeção será comunicado imediatamente DA FAMÍLIA
ao servidor, logo após a sua realização, salvo se houver
necessidade de exames complementares, quando, então, ficará à Art. 139 - O servidor poderá obter licença por motivo de doença
disposição do órgão de perícia médica. do cônjuge, de ascendente, descendente, enteado e colateral
consangüíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser
Art. 131 - Findo o período de licença, o servidor deverá indispensável a sua assistência e esta não possa ser prestada,
reassumir imediatamente o exercício do cargo, sob pena de ser simultaneamente, com o exercício do cargo.

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Parágrafo único - A doença será comprovada através de Art. 146 - Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo,
inspeção de saúde, a ser procedida pelo órgão de perícia médica estável, poderá ser concedida licença para tratar de interesses
competente. particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem
remuneração.
Art. 140 - A licença de que trata o artigo anterior será § 1º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento for
concedida: inconveniente ao interesse do serviço.
I - com a remuneração total até 90 (noventa) dias; § 2º - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que licença, salvo hipótese de imperiosa necessidade, devidamente
exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar 180 (cento e oitenta) comprovada à autoridade a que estiver subordinado,
dias; considerando-se como faltas os dias de ausência ao serviço, caso
III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que a licença seja negada.
exceder a 180 (cento e oitenta) e não ultrapassar a 365 (trezentos § 3º - O servidor poderá, a qualquer tempo, reassumir o
e sessenta e cinco) dias; exercício do cargo.
IV - sem remuneração, no período que exceder a 365 (trezentos § 4º - Não se concederá nova licença antes de decorridos 2
e sessenta e cinco) até o máximo de 730 (setecentos e trinta) (dois) anos do término da anterior, contados desde a data em que
dias. tenha reassumido o exercício do cargo.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela
mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, SEÇÃO VIII
serão consideradas como prorrogação. DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE

SEÇÃO V Art. 147 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo,


DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E À estável, terá direito à licença, sem remuneração, para
PATERNIDADE acompanhar o cônjuge, quando este for transferido,
independentemente de solicitação própria, para outro ponto do
Art. 141 - À servidora gestante será concedida, mediante Estado ou do Território Nacional, para o exterior ou para o
inspeção médica, licença de 180 (cento e oitenta) dias, sem exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09) Legislativo
Parágrafo único - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) Federal, estadual ou municipal.
dias do evento, a servidora será submetida a inspeção médica e, § 1º - A licença será concedida mediante pedido do servidor,
se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo. devidamente instruído, devendo ser renovada a cada 2 (dois)
anos.
Art. 142 - (REVOGADO pela Lei n.º 13.117/09) § 2º - O período de licença, de que trata este artigo, não será
computável como tempo de serviço para qualquer efeito.
Art. 143 - À servidora adotante será concedida licença a partir § 3º - À mesma licença terá direito o servidor removido que
da concessão do termo de guarda ou da adoção, proporcional à preferir permanecer no domicílio do cônjuge.
idade do adotado:
I - de zero a dois anos, 180 (cento e oitenta) dias; (Redação dada Art. 148 - O servidor poderá ser lotado, provisoriamente, na
pela Lei n.º 13.117/09) hipótese da transferência de que trata o artigo anterior, em
II - de mais de dois até quatro anos, 150 (cento e cinqüenta) repartição da Administração Estadual Direta, Autárquica ou
dias; (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09) Fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível
III - de mais de quatro até seis anos, 120 (cento e vinte) dias; com seu cargo.
(Redação dada pela Lei n.º 13.117/09)
IV - de mais de seis anos, desde que menor, 90 (noventa) dias. SEÇÃO IX
(Redação dada pela Lei nº 13.117/09) DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO
CLASSISTA
Art. 144 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá
direito à licença paternidade de 15 (quinze) dias consecutivos. Art. 149 - É assegurado ao servidor o direito à licença para o
(Redação dada pela Lei n.º 13.117/09) desempenho de mandato classista em central sindical, em
confederação, federação, sindicato, núcleos ou delegacias,
SEÇÃO VI associação de classe ou entidade fiscalizadora da profissão, de
DA LICENÇA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO âmbito estadual ou nacional, com
MILITAR a remuneração do cargo efetivo, observado o disposto no artigo
64, inciso XIV, alínea “f”.
Art. 145 - Ao servidor convocado para a prestação de serviço Parágrafo único - A licença de que trata este artigo será
militar será concedida licença, nos termos da legislação concedida nos termos da lei.
específica.
§ 1º - Concluído o serviço militar, o servidor reassumirá SEÇÃO X
imediatamente, sob pena da perda de vencimento e, se a DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
ausência exceder a 30 (trinta) dias, de demissão por abandono
do cargo, observado o disposto no artigo 26. Art. 150 - O servidor que, por um qüinqüênio ininterrupto, não
§ 2º - Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso se houver afastado do exercício de suas funções terá direito à
do da sede, o prazo para apresentação será de 10 (dez) dias. concessão automática de 3 (três) meses de licença-prêmio por
assiduidade, com todas as vantagens do cargo, como se nele
SEÇÃO VII estivesse em exercício.
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES § 1º - Para os efeitos deste artigo, não serão considerados
PARTICULARES interrupção da prestação de serviço os afastamentos previstos no
artigo 64, incisos I a XV, desta lei.

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§ 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, do exercício de suas atividades, salvo se antes tiver sido
alínea “b”, e XV do artigo 64, somente serão computados, como cientificado do indeferimento do pedido.
de efetivo exercício, para os efeitos deste artigo, um período § 1º - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente
máximo de 4 (quatro) meses, para tratamento de saúde do será considerado após terem sido averbados todos os tempos
servidor, de 2 (dois) meses, por motivo de doença em pessoa de computáveis para esse fim.
sua família e de 20 (vinte) dias, no caso de moléstia do servidor, § 2º - O período de duração desta licença será considerado como
tudo por qüinqüênio de serviço público prestado ao Estado. tempo de efetivo exercício para todos os efeitos legais.
(Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.248/94)
§ 3º - O servidor que à data de vigência desta Lei Complementar CAPÍTULO VII
detinha a condição de estatutário há, no mínimo, 1095 (um mil e DA APOSENTADORIA
noventa e cinco) dias, terá desconsideradas, como interrupção do
tempo de serviço público prestado ao Estado, até 3 (três) faltas Art. 158 - O servidor será aposentado:
não justificadas verificadas no período aquisitivo limitado a 31 I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais,
de dezembro de 1993. (Incluído pela Lei Complementar n.º quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional
10.248/94) ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;
Art. 151 - A pedido do servidor, a licença-prêmio poderá ser: II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com
I - gozada, no todo ou em parcelas não inferiores a 1 (um) mês, proventos proporcionais ao tempo de serviço;
com a aprovação da chefia, considerada a necessidade do III - voluntariamente:
serviço; a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30
II - contada em dobro, como tempo de serviço para os efeitos de (trinta), se mulher, com proventos integrais;
aposentadoria, avanços e adicionais, vedada a desconversão. b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de
Parágrafo único - Ao entrar em gozo de licença-prêmio, o magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco), se professora, com
servidor terá direito, a pedido, a receber a sua remuneração do proventos integrais;
mês de fruição antecipadamente. c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e
cinco), se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
Art. 152 - A apuração do tempo de serviço normal, para efeito d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos 60
da formação do qüinqüênio, gerador do direito da licença- (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
prêmio, será feita na forma do artigo 62 desta lei. serviço.
§ 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis,
Art. 153 - O número de servidores em gozo simultâneo de a que se refere o inciso I deste artigo, se incapacitantes para o
licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da exercício da função pública, tuberculose ativa, alienação mental,
lotação da respectiva unidade administrativa de trabalho. esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao
ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave,
SEÇÃO XI doença de Parkison, paralisia irreversível e incapacitante,
DA LICENÇA PARA CONCORRER A MANDATO espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados
PÚBLICO ELETIVO E EXERCÊ-LO avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e outros que a lei indicar,
Art. 154 - O servidor que concorrer a mandato público eletivo com base na medicina especializada.
será licenciado na forma da legislação eleitoral. § 2º - Ao servidor aposentado em decorrência de qualquer das
moléstias tipificadas no parágrafo anterior, fica vedado o
Art. 155 - Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena de
cargo a partir da posse. cassação de sua aposentadoria.
§ 3º - Nos casos de exercício de atividades previstas no artigo
Art. 156 - Ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se 107, a aposentadoria de que trata o inciso III, alíneas “a” e “c”,
as seguintes disposições: observará o disposto em lei específica.
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará § 4º - Se o servidor for aposentado com menos de 25 (vinte e
afastado do cargo; cinco) anos de serviço e menos de 60 (sessenta) anos de idade, a
II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, aposentadoria estará sujeita a confirmação mediante nova
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; inspeção de saúde, após o decurso de 24 (vinte e quatro) meses
III - investido no mandato de vereador: contados da data do ato de
a) havendo compatibilidade de horário perceberá as vantagens aposentadoria.
do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do Art. 159 - A aposentadoria de que trata o inciso II do artigo
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. anterior, será automática e declarada por ato, com vigência a
§ 1º - No caso de afastamento do cargo, o servidor continuará partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de
contribuindo para o órgão da previdência e assistência do permanência no serviço ativo.
Estado, como se em exercício estivesse.
§ 2º - O servidor investido em mandato eletivo ou classista não Art. 160 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará
poderá ser removido ou redistribuído “ex-officio” para a partir da data da publicação do respectivo ato.
localidade diversa daquela onde exerce o mandato. § 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida por licença
para tratamento de saúde, num período não superior a 24 (vinte e
SEÇÃO XII quatro) meses.
DA LICENÇA ESPECIAL PARA FINS DE § 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições
APOSENTADORIA de reassumir o exercício do cargo, ou de se proceder à sua
readaptação, será o servidor aposentado.
Art. 157 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido § 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da
protocolado o requerimento da aposentadoria, o servidor será licença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado
considerado em licença especial remunerada, podendo afastar-se como de prorrogação da licença.

29
Art. 161 - O provento da aposentadoria será revisto na mesma Art. 170 - Caberá recurso, como última instância administrativa,
proporção e na mesma data em que se modificar a remuneração do indeferimento do pedido de reconsideração.
dos servidores em atividade. § 1º - O recurso será dirigido à autoridade que tiver proferido a
Parágrafo único - São estendidos aos inativos quaisquer decisão ou expedido o ato.
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos § 2º - O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade
servidores em atividade, inclusive quando decorrente da a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se § 3º - Terá caráter de recurso, o pedido de reconsideração,
deu a aposentadoria. quando o prolator do despacho, decisão ou ato, houver sido o
Governador.
Art. 162 - O servidor aposentado com provento proporcional ao § 4º - A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo
tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias máximo de 60 (sessenta) dias.
especificadas no § 1º do artigo 158, passará a perceber provento
integral. Art. 171 - O prazo para interposição de pedido de
reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, contados a
Art. 163 - Com prevalência do que conferir maior vantagem, partir da data da publicação da decisão recorrida ou da data da
quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será ciência, pelo interessado, quando o despacho não for publicado.
inferior: Parágrafo único - Em caso de provimento de pedido de
I - ao salário mínimo, observada a redução da jornada de reconsideração ou de recurso, o efeito da decisão retroagirá à
trabalho a que estava sujeito o servidor; data do ato impugnado.
II - a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade nos demais
casos. Art. 172 - O direito de requerer prescreve em:
I - 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e cassação de
Art. 164 - O servidor em estágio probatório somente terá direito aposentadoria ou de disponibilidade, ou que afetem interesses
à aposentadoria quando invalidado por acidente em serviço, patrimoniais e créditos resultantes das relações de trabalho;
agressão não-provocada no exercício de suas atribuições, II - 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando, por
acometido de moléstia profissional ou nos casos especificados prescrição legal, for fixado outro prazo.
no § 1º do artigo 158 desta lei. § 1º - O prazo de prescrição será contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado,
Art. 165 - As disposições relativas à aposentadoria aplicam-se quando o ato não for publicado.
ao servidor nomeado em comissão, o qual contar com mais de 5 § 2º - O pedido de reconsideração e o de recurso, quando
(cinco) anos de efetivo e ininterrupto exercício em cargos de cabíveis, interrompem a prescrição administrativa.
provimento dessa natureza.
Parágrafo único - Aplicam-se as disposições deste artigo, Art. 173 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
independentemente de tempo de serviço, ao servidor provido em relevada pela Administração.
comissão, quer titular de cargo de provimento efetivo, quer não,
quando invalidado em conseqüência das moléstias enumeradas Art. 174 - A representação será dirigida ao chefe imediato do
no § 1º do artigo 158, desde que tenha se submetido, antes do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a encaminhará a
seu ingresso ou retorno ao serviço público, à inspeção médica quem de direito.
prevista nesta lei, para provimento de cargos públicos em geral. § 1º - Se não for dado andamento à representação, dentro do
prazo de 5 (cinco) dias, poderá o servidor dirigi-la direta e
Art. 166 - O servidor, vinculado à previdência social federal, sucessivamente às chefias superiores.
que não tiver nesta feito jus ao benefício da aposentadoria, será § 2º - A representação está isenta de pagamento de taxa de
aposentado pelo Estado, na forma garantida por esta lei, expediente.
permanecendo como segurado obrigatório daquele órgão
previdenciário, até a implementação das condições de Art. 175 - Para o exercício do direito de petição é assegurada
aposentadoria, caso em que caberá ao Estado pagar somente a vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a
diferença, se houver. procurador por ele constituído.

CAPÍTULO VIII Art. 176 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos


DO DIREITO DE PETIÇÃO neste capítulo, salvo motivo de força maior, devidamente
comprovado.
Art. 167 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir Parágrafo único - Entende-se por força maior, para efeitos do
reconsideração, recorrer e de representar, em defesa de direito artigo, a ocorrência de fatos impeditivos da vontade do
ou legítimo interesse próprio. interessado ou da autoridade competente para decidir.

Art. 168 - O requerimento será dirigido à autoridade competente TÍTULO IV


para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que DO REGIME DISCIPLINAR
estiver imediatamente subordinado o requerente.
CAPÍTULO I
Art. 169 - Cabe pedido de reconsideração, que não poderá ser DOS DEVERES DO SERVIDOR
renovado, à autoridade que houver prolatado o despacho,
proferido a primeira decisão ou praticado o ato. Art. 177 - São deveres do servidor:
§ 1º - O pedido de reconsideração deverá conter novos I - ser assíduo e pontual ao serviço;
argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a II - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem
decisão ou o ato. preferências pessoais;
§ 2º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro de III - desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe
30 (trinta) dias. forem incumbidos, dentro de suas atribuições;
IV - ser leal às instituições a que servir;
V - observar as normas legais e regulamentares;

30
VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando XII - participar de gerência ou administração de empresa
manifestamente ilegais; privada, de sociedade civil ou exercer comércio, exceto na
VII - manter conduta compatível com a moralidade qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se
administrativa; tratar de função de confiança de empresa, da qual participe o
VIII - atender com presteza: Estado, caso em que o servidor será considerado como
a) o público em geral, prestando as informações requeridas que exercendo cargo em comissão;
estiverem a seu alcance, ressalvadas as protegidas por sigilo; XIII - exercer, mesmo fora do horário de expediente, emprego
b) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou ou função em empresa, estabelecimento ou instituição que tenha
esclarecimento de situações de interesse pessoal; relações industriais com o Estado em matéria que se relacione
c) às requisições para defesa da Fazenda Pública; com a finalidade da repartição em que esteja lotado;
IX - representar ou levar ao conhecimento da autoridade XIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
superior as irregularidades de que tiver conhecimento, no órgão confiança, cônjuge ou parente até o segundo grau civil,
em que servir, em razão das atribuições do seu cargo; ressalvado o disposto no artigo 267;
X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela XV - cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos
conservação do patrimônio público; previstos em lei, o desempenho de encargos que competirem a si
XI - observar as normas de segurança e medicina do trabalho ou a seus subordinados;
estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de XVI - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à
proteção individual (EPI) que lhe forem confiados; associação profissional ou sindical, ou com objetivos político-
XII - providenciar para que esteja sempre em dia no seu partidários;
assentamento individual, seu endereço residencial e sua XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
declaração de família; atividades particulares ou políticas;
XIII - manter espírito de cooperação com os colegas de XVIII - praticar usura, sob qualquer das suas formas;
trabalho; XIX - aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de
XIV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de país estrangeiro;
poder. XX - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal
§ 1º - A representação de que trata o inciso XIV será ou de outrem, em detrimento da dignidade do serviço público;
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade XXI - atuar, como procurador, ou intermediário junto a
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios
representando ampla defesa. previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e
§ 2º - Será considerado como co-autor o superior hierárquico do cônjuge;
que, recebendo denúncia ou representação a respeito de XXII - receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de
irregularidades no serviço ou de falta cometida por servidor, seu qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua XXIII - valer-se da condição de servidor para desempenhar
apuração. atividades estranhas às suas funções ou para lograr, direta ou
indiretamente, qualquer proveito;
CAPÍTULO II XXIV - proceder de forma desidiosa;
DAS PROIBIÇÕES XXV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.
Art. 178 - Ao servidor é proibido: § 1º - Não está compreendida na proibição dos incisos XII e XIII
I - referir-se, de modo depreciativo, em informação, parecer ou deste artigo a participação do servidor na presidência de
despacho, às autoridades e a atos da administração pública associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades
estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do de classe, ou como sócio.
ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço; § 2º - Na hipótese de violação do disposto no inciso IV, por
II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão da comprovado motivo de dependência, o servidor deverá,
autoridade competente, qualquer documento ou objeto existente obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento médico
na repartição; especializado.
III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato; CAPÍTULO III
IV - ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou DA ACUMULAÇÃO
drogar-se, bem como apresentar-se em estado de embriaguez ou
drogado ao serviço; Art. 179 - É vedada a acumulação remunerada de cargos
V - atender pessoas na repartição para tratar de interesses públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivo
particulares, em prejuízo de suas atividades; constitucional.
VI - participar de atos de sabotagem contra o serviço público;
VII - entregar-se a atividades político-partidárias nas horas e Art. 180 - A proibição de acumular estende-se a empregos e
locais de trabalho; funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de
VIII - opor resistência injustificada ao andamento de documento economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.
e processo ou execução de serviço;
IX - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto Art. 181 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo
da repartição; quando investido em cargo em comissão ficará afastado do
X - exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições cargo efetivo, observado o disposto no artigo anterior.
diferentes das definidas em lei ou regulamento como próprias do (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
comissões legais;
XI - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil Art. 182 - Verificada a acumulação indevida, o servidor será
de caráter oneroso, com o Estado, por si ou como representante cientificado para optar por uma das posições ocupadas. (Vetado
de outrem; pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa,
conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

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Parágrafo único - Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem VI - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço
a manifestação optativa do servidor, a Administração sustará o extraordinário;
pagamento da posição de última investidura ou admissão. VII - responsável pelo retardamento em processo sumário;
(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia VIII - que deixar de atender notificação para prestar depoimento
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) em processo disciplinar;
IX - que, injustificadamente, se recusar a ser submetido à
CAPÍTULO IV inspeção médica determinada pela autoridade competente,
DAS RESPONSABILIDADES cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
Art. 183 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o § 1º - A suspensão não será aplicada enquanto o servidor estiver
servidor responde civil, penal e administrativamente. afastado por motivo de gozo de férias regulamentares ou em
licença por qualquer dos motivos previstos no artigo 128.
Art. 184 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou § 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a pena de
comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo à suspensão poderá ser convertida em multa na base de 50%
Fazenda Estadual ou a terceiros. (cinqüenta por cento) por dia de remuneração, obrigando-se o
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao erário somente será servidor a permanecer em exercício durante o cumprimento da
liquidada na forma prevista no artigo 82, na falta de outros bens pena.
que assegurem a execução do débito pela via judicial. § 3º - Os efeitos da conversão da suspensão em multa não serão
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o alterados, mesmo que ao servidor seja assegurado afastamento
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. legal remunerado durante o respectivo período.
§ 3º - A responsabilidade penal abrange os crimes e § 4º - A multa não acarretará prejuízo na contagem do tempo de
contravenções imputadas ao servidor nesta qualidade. serviço, exceto para fins de concessão de avanços, gratificações
adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por
Art. 185 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato cento) e licença-prêmio.
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou
função. Art. 190 - Os registros funcionais de advertência, repreensão,
suspensão e multa serão automaticamente cancelados após 10
Art. 186 - As sanções civis, penais e administrativas poderão (dez) anos, desde que, neste período, o servidor não tenha
acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, assim praticado nenhuma nova infração.
como as instâncias civil, penal e administrativa. Parágrafo único - O cancelamento do registro, na forma deste
artigo, não gerará nenhum direito para fins de concessão ou
CAPÍTULO V revisão de vantagens.
DAS PENALIDADES
Art. 191 - O servidor será punido com pena de demissão nas
Art. 187 - São penas disciplinares: (Vide Lei Complementar n.º hipóteses de: (Vide Lei Complementar n.º 10.981/97)
11.487/00) I - ineficiência ou falta de aptidão para o serviço, quando
I - repreensão; verificada a impossibilidade de readaptação;
II - suspensão; (Redação dada pela Lei Complementar n.º II - indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada;
11.928/03) III - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço,
III - demissão; salvo em legítima defesa própria ou de terceiros;
IV - cassação de disponibilidade; IV - abandono de cargo em decorrência de mais de 30 (trinta)
V - cassação de aposentadoria; faltas consecutivas;
VI - multa. (Incluído pela Lei Complementar n.º 11.928/03) V - ausências excessivas ao serviço em número superior a 60
§ 1º - Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a (sessenta) dias, intercalados, durante um ano;
natureza e a gravidade da infração e os danos delas resultantes VI - improbidade administrativa;
para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou VII - transgressão de quaisquer proibições dos incisos XVII a
atenuantes e os antecedentes funcionais. XXIV do artigo 178, considerada a sua gravidade, efeito ou
§ 2º - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reincidência;
reduzida gravidade, não demande aplicação das penas previstas VIII - falta de exação no desempenho das atribuições, de tal
neste artigo, será o servidor advertido particular e verbalmente. gravidade que resulte em lesões pessoais ou danos de monta;
IX - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
Art. 188 - A repreensão será aplicada por escrito, na falta do X - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
cumprimento do dever funcional ou quando ocorrer XI - aplicação irregular de dinheiro público;
procedimento público inconveniente. XII - reincidência na transgressão prevista no inciso V do artigo
189;
Art. 189 - A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) XIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
dias, implicará a perda de todas as vantagens e direitos estadual;
decorrentes do exercício do cargo e aplicar-se-á ao servidor: XIV - revelação de segredo, do qual se apropriou em razão do
I - na violação das proibições consignadas nesta lei; cargo, ou de fato ou informação de natureza sigilosa de que
II - nos casos de reincidência em infração já punida com tenha conhecimento, salvo quando se tratar de depoimento em
repreensão; processo judicial, policial ou administrativo-disciplinar;
III - quando a infração for intencional ou se revestir de XV - corrupção passiva nos termos da lei penal;
gravidade; XVI - exercer advocacia administrativa;
IV - como gradação de penalidade mais grave, tendo em vista XVII - prática de outros crimes contra a administração pública.
circunstância atenuante; Parágrafo único - A demissão será aplicada, também, ao
V - que atestar falsamente a prestação de serviço, bem como servidor que, condenado por decisão judicial transitada em
propuser, permitir, ou receber a retribuição correspondente a julgado, incorrer na perda da função pública na forma da lei
trabalho não realizado; penal.

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Art. 192 - O ato que demitir o servidor mencionará sempre o § 5º - Fica suspenso o curso da prescrição: (Redação dada pela
dispositivo legal em que se fundamentar. Lei Complementar n.º 11.928/03)
I - enquanto não resolvida, em outro processo de qualquer
Art. 193 - Atendendo à gravidade da falta, a demissão poderá natureza, questão prejudicial da qual decorra o reconhecimento
ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, a qual de relação jurídica, da materialidade de fato ou de sua autoria;
constará sempre no ato de demissão fundamentado nos incisos X (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)
a XIV do artigo 191. II - a contar da emissão do relatório de sindicância, quando este
recomendar aplicação de penalidade, até a decisão final da
Art. 194 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o autoridade competente; (Redação dada pela Lei Complementar
servidor só poderá ser exonerado, a pedido, ou aposentado n.º 11.928/03)
voluntariamente, depois da conclusão do processo, no qual tenha III - a contar da emissão, pela autoridade processante de que
sido reconhecida sua inocência. trata o § 4º do artigo 206, do relatório previsto no artigo 245, até
Parágrafo único - Excetua-se do disposto neste artigo o a decisão final da autoridade competente. (Redação dada pela
servidor estável processado por abandono de cargo ou por Lei Complementar n.º 11.928/03)
ausências excessivas ao serviço.
TÍTULO V
Art. 195 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
servidor que:
I - houver praticado, na atividade, falta punível com a pena de CAPÍTULO I
demissão; DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
II - infringir a vedação prevista no § 2º do artigo 158;
III - incorrer na hipótese do artigo 53. Art. 198 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
Parágrafo único - Consideradas as circunstâncias previstas no § serviço público estadual ou prática de infração funcional é
1º do artigo 187, a pena de cassação de aposentadoria poderá ser obrigada a promover sua apuração imediata, mediante meios
convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por sumários ou processo administrativo disciplinar, no prazo de 10
dia de provento, até o máximo de 90 (noventa) dias-multa. (dez) dias, sob pena de se tornar co-responsável, assegurada
(Incluído pela Lei Complementar n.º 11.928/03) ampla defesa ao acusado.

Art. 196 - Para a aplicação das penas disciplinares são Art. 199 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
competentes: averiguação, desde que contenham a identidade do denunciante
I - o Governador do Estado em qualquer caso; e sejam formuladas por escrito, para fins de confirmação da
II - os Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e de autenticidade.
fundações de direito público e os titulares de órgãos diretamente Parágrafo único - Quando o fato narrado não configurar
subordinados ao Governador, até a de suspensão e multa evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia deverá
limitada ao máximo de 30 (trinta) dias; ser arquivada por falta de objeto material passível de ensejar
III - os titulares de órgãos diretamente subordinados aos qualquer punição consignada nesta lei.
Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e de fundações de
direito público até suspensão por 10 (dez) dias; Art. 200 - As irregularidades e as infrações funcionais serão
IV - os titulares de órgãos em nível de supervisão e apuradas por meio de:
coordenação, até suspensão por 5 (cinco) dias; I - sindicância, quando os dados forem insuficientes para sua
V - as demais chefias, em caso de repreensão. determinação ou para apontar o servidor faltoso ou, sendo este
determinado, não for a falta confessada, documentalmente
Art. 197 - A aplicação das penas referidas no artigo 187 provada ou manifestamente evidente;
prescreve nos seguintes prazos: (Redação dada pela Lei II - inquérito administrativo, quando a gravidade da ação ou
Complementar n.º 11.928/03) omissão torne o autor passível das penas disciplinares de
I - em 6 (seis) meses, a de repreensão; (Redação dada pela Lei suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de
Complementar n.º 11.928/03) aposentadoria ou de disponibilidade, ou ainda, quando na
II - em 12 (doze) meses, as de suspensão e de multa; (Redação sindicância ficar comprovada a ocorrência de irregularidades ou
dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03) falta funcional grave, mesmo sem indicação de autoria.
III - em 18 (dezoito) meses, as penas por abandono de cargo ou
ausências não justificadas ao serviço em número superior a 60 CAPÍTULO II
(sessenta) dias, intercalados, durante um ano; (Redação dada DA SINDICÂNCIA
pela Lei Complementar n.º 11.928/03)
IV - em 24 (vinte e quatro) meses, a de demissão, a de cassação Art. 201 - Toda autoridade estadual é competente para, no
de aposentadoria e a de disponibilidade. (Redação dada pela Lei âmbito da jurisdição do órgão sob sua chefia, determinar a
Complementar n.º 11.928/03) realização de sindicância, de forma sumária, a qual deverá ser
§ 1º - O prazo de prescrição começa a fluir a partir da data do concluída no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis, podendo ser
conhecimento do fato, por superior hierárquico. (Redação dada prorrogado por até igual período.
pela Lei Complementar n.º 11.928/03) § 1º - A sindicância será sempre cometida a servidor de
§ 2º - Para o abandono de cargo e para a inassiduidade, o prazo hierarquia igual ou superior à do implicado, se houver.
de prescrição começa a fluir a partir da data em que o servidor § 2º - O sindicante desenvolverá o encargo em tempo integral,
reassumir as suas funções ou cessarem as faltas ao serviço. ficando dispensado de suas atribuições normais até a
(Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03) apresentação do relatório final, no prazo estabelecido neste
§ 3º - Quando as faltas constituírem, também, crime ou artigo.
contravenção, a prescrição será regulada pela lei penal.
(Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03) Art. 202 - O sindicante efetuará diligências necessárias ao
§ 4º - A prescrição interrompe-se pela instauração do processo esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável,
administrativo disciplinar. (Redação dada pela Lei ouvido, preliminarmente, o autor da representação e o servidor
Complementar n.º 11.928/03) implicado, se houver.

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§ 1º - Reunidos os elementos coletados, o sindicante traduzirá do procedimento. (Incluído pela Lei Complementar n.º
no relatório as suas conclusões gerais, indicando, se possível, o 10.902/96)
provável culpado, qual a irregularidade ou transgressão § 5º - Na hipótese anterior, será coletivo o parecer previsto no
praticada e o seu enquadramento nas disposições da lei inciso IV do artigo 115 da Constituição Estadual, que deverá ser
reguladora da matéria. emitido também nos casos em que o processo for encaminhado à
§ 2º - Somente poderá ser sugerida a instauração de inquérito decisão final de dirigente máximo de autarquia ou fundação
administrativo quando, comprovadamente, os fatos apurados na pública. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.902/96)
sindicância a tal conduzirem, na forma do inciso II do artigo
200. Art. 207 - A comissão exercerá suas atividades com
§ 3º - Se a sindicância concluir pela culpabilidade do servidor, independência e imparcialidade, assegurando o sigilo absoluto e
será este notificado para apresentar defesa, querendo, no prazo necessário à elucidação do fato, ou exigido pelo interesse da
de 3 (três) dias úteis. Administração.
Parágrafo único - As reuniões e as audiências das comissões
Art. 203 - A autoridade, de posse do relatório do sindicante, terão caráter reservado.
acompanhado dos elementos que instruírem o processo, decidirá
pelo arquivamento do processo, pela aplicação da penalidade Art. 208 - O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de
cabível de sua competência, ou pela instauração de inquérito mais de uma comissão, podendo esta ser incumbida de mais de
administrativo, se estiver na sua alçada. um processo disciplinar.
Parágrafo único - Quando a aplicação da penalidade ou a
instauração de inquérito for de autoridade de outra alçada ou Art. 209 - O membro da comissão ou o servidor designado para
competência, a esta deverá ser encaminhada a sindicância para secretariá-la não poderá fazer parte do processo na qualidade de
apreciação das medidas propostas. testemunha, tanto da acusação como da defesa.

CAPÍTULO III Art. 210 - A comissão somente poderá deliberar com a presença
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO absoluta de todos os seus membros.
Parágrafo único - A ausência, sem motivo justificado, por mais
Art. 204 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor não de duas sessões, de qualquer dos membros da comissão ou de
venha a influir na apuração da irregularidade ou infração seu secretário, determinará, de imediato, a substituição do
funcional, a autoridade instauradora do processo administrativo faltoso, sem prejuízo de ser passível de punição disciplinar por
disciplinar poderá determinar o afastamento preventivo do falta de cumprimento do dever funcional.
exercício das atividades do seu cargo, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. Art. 211 - O processo administrativo disciplinar se
Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por desenvolverá, necessariamente, nas seguintes fases:
igual período, findo o qual cessarão definitivamente os seus I - instauração, ocorrendo a partir do ato que constituir a
efeitos, mesmo que o processo administrativo disciplinar ainda comissão;
não tenha sido concluído. II - processo administrativo disciplinar, propriamente dito,
compreendendo a instrução, defesa e relatório;
CAPÍTULO IV III - julgamento.
DO PROCESSO ADM DISCIPLINAR EM ESPÉCIE
Art. 212 - O prazo para a conclusão do processo administrativo
Art. 205 - O processo administrativo disciplinar é o instrumento disciplinar não poderá exceder a 60 (sessenta) dias, contados da
utilizado no Estado para apurar responsabilidade de servidor por data da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a
irregularidade ou infração praticada no exercício de suas sua prorrogação por igual período, quando as circunstâncias de
atribuições, ou que tenha relação direta com o exercício do cunho excepcional assim o exigirem.
cargo em que se encontre efetivamente investido. § 1º - Sempre que necessário, a comissão desenvolverá seus
trabalhos em tempo integral, ficando seus membros e respectivo
Art. 206 - O processo administrativo disciplinar será conduzido secretário, dispensados de suas atividades normais, até a entrega
por comissão composta de 3 (três) servidores estáveis, com do relatório final.
formação superior, sendo pelo menos um com titulação em § 2º - As reuniões da comissão serão registradas em atas,
Ciências Jurídicas e Sociais, designados pela autoridade detalhando as deliberações adotadas.
competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§ 1º - O presidente da comissão designará, para secretariá-la, um Art. 213 - O processo administrativo disciplinar, instaurado pela
servidor que não poderá ser escolhido entre os componentes da autoridade competente para aplicar a pena disciplinar, deverá ser
mesma. iniciado no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da data em
§ 2º - Os membros da comissão não deverão ser de hierarquia que for publicada a designação dos membros da comissão.
inferior à do indiciado, nem estarem ligados ao mesmo por
qualquer vínculo de subordinação. (Vetado pelo Governador e Art. 214 - Todos os termos lavrados pelo secretário da
mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de comissão, tais como, autuação, juntada, intimação, conclusão,
08/04/94) data, vista, recebimento de certidões, compromissos, terão
§ 3º - Não poderá integrar a comissão, nem exercer a função de formas processuais, resumindo-se tanto quanto possível.
secretário, o servidor que tenha feito a denúncia de que resultar
o processo disciplinar, bem como o cônjuge ou parente do Art. 215 - Será feita por ordem cronológica de apresentação
acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 3º toda e qualquer juntada aos autos, devendo o presidente rubricar
grau. as folhas acrescidas.
§ 4º - Nos casos em que a decisão final for da alçada exclusiva
do Governador do Estado ou de dirigente máximo de autarquia Art. 216 - Figurará sempre, nos autos do processo, a folha de
ou fundação pública, o processo administrativo disciplinar será antecedentes do indiciado.
conduzido por Procurador do Estado, na condição de Autoridade
Processante, observando-se, no que couber, as demais normas

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Art. 217 - No processo administrativo disciplinar, poderá ser Art. 226 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada
argüida suspeição, que se regerá pelas normas da legislação de depoimentos, acareações, investigações e diligências
comum. cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa
Art. 218 - Quando ao servidor se imputar crime praticado na elucidação dos fatos.
esfera administrativa, a autoridade que determinar a instauração § 1º - A designação dos peritos deverá obedecer ao critério da
do processo administrativo disciplinar providenciará para que se capacidade técnica especializada, observadas as provas de
instaure, simultaneamente, o inquérito policial. habilitação estabelecidas em lei, e só poderá recair em pessoas
Parágrafo único - Idêntico procedimento compete à autoridade estranhas ao serviço público estadual, na falta de servidores
policial quando se tratar de crime praticado fora da esfera aptos a prestarem assessoramento técnico.
administrativa. § 2º - Para os exames de laboratório, porventura necessários,
recorrer-se-á aos estabelecimentos particulares somente quando
Art. 219 - As autoridades administrativas e policiais se inexistirem oficiais ou quando os laudos forem insatisfatórios ou
auxiliarão, mutuamente, para que ambos os inquéritos se incompletos.
concluam dentro dos prazos fixados nesta lei.
Art. 227 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o
Art. 220 - A absolvição do processo crime, a que for submetido processo pessoalmente ou por intermédio de procurador
o servidor, não implicará na permanência ou retorno do mesmo habilitado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
ao serviço público se, em processo administrativo disciplinar contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de provas
regular, tiver sido demitido em virtude de prática de atos que o periciais.
inabilitem moralmente para aquele serviço. § 1º - Só será admitida a intervenção de procurador, no processo
disciplinar, após a apresentação do respectivo mandato,
Art. 221 - Acarretarão a nulidade do processo: revestido das formalidades legais.
a) a determinação de instauração por autoridade incompetente; § 2º - O presidente da comissão poderá denegar pedidos
b) a falta de citação ou notificação, na forma determinada nesta lei; considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de
c) qualquer restrição à defesa do indiciado; nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos.
d) a recusa injustificada de promover a realização de perícias ou § 3º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
quaisquer outras diligências convenientes ao esclarecimento do comprovação do fato independer de conhecimentos
processo; especializados de peritos.
e) os atos da comissão praticados apenas por um dos seus
membros; SEÇÃO II
f) acréscimos ao processo depois de elaborado o relatório da DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
comissão sem nova vista ao indiciado;
g) rasuras e emendas não ressalvadas em parte substancial do Art. 228 - O presidente da comissão, ao instalar os trabalhos,
processo. autuará portaria e demais peças existentes e designará dia, hora e
local para a audiência inicial, citando o indiciado, se houver,
Art. 222 - As irregularidades processuais que não constituírem para interrogatório e acompanhamento do processo.
vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na § 1º - A citação do indiciado será feita, pessoalmente ou por via
apuração da verdade ou decisão do processo, não determinarão a postal, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis da data
sua nulidade. marcada para audiência, e conterá dia, hora, local, sua
qualificação e a tipificação da infração que lhe é imputada.
Art. 223 - A nulidade poderá ser argüida durante ou após a § 2º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o
formação da culpa, devendo fundar-se a sua argüição em texto fato ser certificado, à vista de, no mínimo, 2 (duas) testemunhas.
legal, sob pena de ser considerada inexistente. § 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, a
citação será feita por edital, publicada no órgão oficial por 3
CAPÍTULO V (três) vezes, com prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados a
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO partir da primeira publicação, juntando-se comprovante ao
processo.
SEÇÃO I § 4º - Quando houver fundada suspeita de ocultação do
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS indiciado, proceder-se-á à citação por hora certa, na forma dos
arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil.
Art. 224 - O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do § 5º - Estando o indiciado afastado do seu domicílio e conhecido
contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a o seu endereço em outra localidade, a citação será feita por via
utilização de todos os meios de prova em direito admitidos, postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o
podendo as mesmas serem produzidas “ex-officio”, pelo comprovante do registro e o aviso de recebimento.
denunciante ou pelo acusado, se houver, ou a requerimento da § 6º - A citação pessoal, as intimações e as notificações serão
parte com legitimidade para tanto. feitas pelo secretário da comissão, apresentando ao destinatário
o instrumento correspondente em duas vias para que, retendo
Art. 225 - Quando o inquérito administrativo for precedido de uma delas, passe recibo devidamente datado na outra.
sindicância, o relatório desta integrará a instrução do processo § 7º - Quando o indiciado comparecer voluntariamente junto à
como peça informativa. comissão, será dado como citado.
Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância § 8º - Não havendo indiciado, a comissão intimará as pessoas,
concluir que a infração praticada consta capitulada como ilícito servidores, ou não, que, presumivelmente, possam esclarecer a
penal, a autoridade competente providenciará no ocorrência, objeto do inquérito.
encaminhamento de cópias dos autos ao Ministério Público,
independentemente da imediata instauração do processo Art. 229 - Na hipótese de a comissão entender que os elementos
disciplinar. do processo são insuficientes para bem caracterizar a ocorrência,
poderá ouvir previamente a vítima ou o denunciante da
irregularidade ou infração funcional.

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Art. 230 - Feita a citação e não comparecendo o indiciado, o dia, hora e local previamente ajustados entre o presidente da
processo prosseguirá à revelia, com defensor dativo designado comissão e a autoridade.
pelo presidente da comissão, procedendo-se da mesma forma § 2º - Os servidores estaduais arrolados como testemunhas serão
com relação ao que se encontre em lugar incerto e não sabido ou requisitados junto às respectivas chefias e, os federais e os
afastado da localidade de seu domicílio. municipais, bem como os militares, serão notificados por
intermédio das repartições ou unidades a que servirem.
Art. 231 - O indiciado tem o direito, pessoalmente ou por § 3º - No caso em que as pessoas estranhas ao serviço público se
intermédio de defensor, a assistir aos atos probatórios que se recusem a depor perante a comissão, o presidente poderá
realizarem perante a comissão, requerendo medidas que julgar solicitar à autoridade policial competente, providências no
convenientes. sentido de serem elas ouvidas na polícia, encaminhando, para
Parágrafo único - O indiciado poderá requerer ao presidente da tanto, àquela autoridade, a matéria reduzida a itens, sobre a qual
comissão a designação de defensor dativo, caso não o possuir. devam ser ouvidas.

Art. 232 - O indiciado, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis Art. 239 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do
após o interrogatório, poderá requerer diligência, produzir prova acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele
documental e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito). seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
§ 1º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o participe, pelo menos, um médico psiquiatra.
indiciado, dentro do prazo de 3 (três) dias úteis, não indicar Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será
outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processado em autos apartados e apensos ao processo principal,
processo. após expedição do laudo pericial.
§ 2º - No caso de mais de um indiciado, cada um deles será
ouvido separadamente, podendo ser promovida acareação, Art. 240 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a
sempre que divergirem em suas declarações. comunicar à comissão o local onde será encontrado.

Art. 233 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante Art. 241 - Durante o curso do processo, a comissão promoverá
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo apor as diligências que se fizerem necessárias à elucidação do objeto
seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao processo. do inquérito, podendo, inclusive, recorrer a técnicos e peritos.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a Parágrafo único - Os órgãos estaduais atenderão com
expedição do mandado será remetida ao chefe da repartição prioridade às solicitações da comissão.
onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que
procederá à inquirição. Art. 242 - Compete à comissão tomar conhecimento de novas
imputações que surgirem, durante o curso do processo, contra o
Art. 234 - Serão assegurados transporte e diárias: indiciado, caso em que este poderá produzir novas provas
I - ao servidor convocado para prestar depoimento, fora da sede objetivando sua defesa.
de sua repartição, na condição de denunciante, indiciado ou
testemunha; Art. 243 - Na formação material do processo, todos os termos
II - aos membros da comissão e ao secretário da mesma, quando lavrados pelo secretário terão forma sucinta e, quando possível,
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a padronizada.
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos. § 1º - A juntada de documentos será feita pela ordem
cronológica de apresentação mediante despacho do presidente
Art. 235 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a da comissão.
termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito, sendo- § 2º - A cópia da ficha funcional deverá integrar o processo
lhe, porém, facultada breve consulta a apontamentos. desde a indiciação do servidor, bem como, após despacho do
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, se presidente, o mandato, revestido das formalidades legais que
possível no mesmo dia, ouvindo-se previamente, as apresentadas permita a intervenção de procurador, se for o caso.
pelo denunciante; a seguir, as indicadas pela comissão e, por
último, as arroladas pelo indiciado. Art. 244 - Ultimada a instrução do processo, intimar-se-á o
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou divergentes indiciado, ou seu defensor legalmente constituído, para, no
entre si, proceder-se-á à acareação dos depoentes. prazo de 10 (dez) dias, contados da data da intimação, apresentar
§ 3º - Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarando defesa por escrito, sendo-lhe facultada vista aos autos na forma
o nome, estado civil, profissão, se é parente, e em que grau, de da lei.
alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas. § 1º - Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum
e de 20 (vinte) dias.
Art. 236 - Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não § 2º - O prazo de defesa, excepcionalmente, poderá ser
poderão estar presentes, a fim de evitar-se que uma ouça o suprimido, a critério da comissão, quando esta a julgar
depoimento da outra. desnecessária, face à inconteste comprovação da inocência do
indiciado.
Art. 237 - O procurador do acusado poderá assistir ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo- Art. 245 - Esgotado o prazo de defesa, a comissão apresentará,
lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se- dentro de 10 (dez) dias, minucioso relatório, resumindo as peças
lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da essenciais dos autos e mencionando as provas principais em que
comissão. se baseou para formular sua convicção.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou
Art. 238 - A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos à responsabilidade do sindicado.
casos previstos em lei penal. § 2º - Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada antes da
§ 1º - Se arrolados como testemunha, o Governador do Estado, fluência do prazo, contar-se-á o destinado à feitura do relatório a
os Secretários, os dirigentes máximos de autarquias, bem como partir do dia seguinte ao da dispensa da apresentação.
outras autoridades federais, estaduais ou municipais de níveis
hierárquicos a eles assemelhados, o depoimento será colhido em

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§ 3º - No relatório, a comissão apreciará em relação a cada § 4º - É facultado ao indiciado, por abandono de cargo ou por
indiciado, separadamente, as irregularidades, objeto de ausências excessivas ao serviço, no decurso do correspondente
acusação, as provas que instruírem o processo e as razões de processo administrativo disciplinar, requerer sua exoneração, a
defesa, propondo, justificadamente, a absolvição ou a punição, juízo da autoridade competente.
sugerindo, nesse caso, a pena que couber.
§ 4º - Deverá, também, a comissão, em seu relatório, sugerir CAPÍTULO VII
providências tendentes a evitar a reprodução de fatos DA REVISÃO DO PROCESSO
semelhantes ao que originou o processo, bem como quaisquer
outras que lhe pareçam de interesse do serviço público estadual. Art. 249 - O processo administrativo disciplinar poderá ser
revisto, uma única vez, a qualquer tempo ou “ex-officio”,
Art. 246 - O relatório da comissão será encaminhado à quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
autoridade que determinou a sua instauração para apreciação justificar a inocência ou inadequação da penalidade aplicada.
final no prazo de 30 (trinta) dias. § 1º - O pedido da revisão não tem efeito suspensivo e nem
§ 1º - Apresentado o relatório, a comissão ficará à disposição da permite agravação da pena.
autoridade que houver instaurado o inquérito para qualquer § 2º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do
esclarecimento ou providência julgada necessária. servidor, qualquer pessoa de sua família poderá requerer revisão
§ 2º - Quando não for da alçada da autoridade a aplicação das do processo.
penalidades e das providências indicadas, estas serão propostas a § 3º - No caso de incapacidade mental, a revisão poderá ser
quem de direito competir, no prazo marcado para julgamento. requerida pelo respectivo curador.
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para
julgamento final será de 20 (vinte) dias. Art. 250 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
§ 4º - A autoridade julgadora promoverá a publicação em órgão requerente.
oficial, no prazo de 8 (oito) dias, da decisão que proferir,
expedirá os atos decorrentes do julgamento e determinará as Art. 251 - O requerimento de revisão do processo será dirigido
providências necessárias a sua execução. ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente que, se a
§ 5º - Cumprido o disposto no parágrafo anterior, dar-se-á autorizar, encaminhará o pedido ao órgão ou entidade onde se
ciência da solução do processo ao autor da representação e à originou o processo disciplinar.
comissão, procedendo-se, após, ao seu arquivamento.
§ 6º - Se o processo não for encaminhado à autoridade Art. 252 - A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias de prazo
competente no prazo de 30 (trinta) dias, ou julgado no prazo para a conclusão dos trabalhos.
determinado no § 3º, o indiciado poderá reassumir,
automaticamente, o exercício do seu cargo, onde aguardará o Art. 253 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
julgamento. penalidade nos termos do artigo 246, no prazo de 20 (vinte) dias,
contados do recebimento do processo, durante o qual poderá
CAPÍTULO VI determinar as diligências que julgar necessárias.
DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO OU POR
AUSÊNCIAS EXCESSIVAS AO Art. 254 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem
SERVIÇO efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos
do servidor.
Art. 247 - É dever do chefe imediato conhecer os motivos que
levam o servidor a faltar consecutiva e freqüentemente ao TÍTULO VI
serviço. DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA AO SERVIDOR
Parágrafo único - Constatadas as primeiras faltas, deverá o
chefe imediato, sob pena de se tornar co-responsável, comunicar Art. 255 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e
o fato ao órgão de apoio administrativo da repartição que assistência médica, odontológica e hospitalar para seus
promoverá as diligências necessárias à apuração da ocorrência. servidores e dependentes, mediante contribuição, nos termos da
lei.
Art. 248 - Quando o número de faltas não justificadas
ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou 60 (sessenta) Art. 256 - Caberá, especialmente ao Estado, a concessão dos
intercaladas durante um ano, a repartição onde o servidor estiver seguintes benefícios, na forma prevista nesta lei:
em exercício promoverá sindicância e, à vista do resultado nela I - abono familiar;
colhido, proporá: II - licença para tratamento de saúde;
I - a solução, se ficar provada a existência de força maior, III - licença-gestante, à adotante e licença-paternidade;
coação ilegal ou circunstância ligada ao estado físico ou IV - licença por acidente em serviço;
psíquico do servidor, que contribua para não caracterizar o V - aposentadoria;
abandono do cargo ou que possa determinar a justificabilidade VI - auxílio-funeral;
das faltas; VII - complementação de pensão.
II - a instauração de inquérito administrativo se inexistirem § 1° - Além das concessões de que trata este artigo, será devido
provas das situações mencionadas no inciso anterior, ou o auxílio-transporte, correspondente à necessidade de
existindo, forem julgadas insatisfatórias. deslocamento do servidor em atividade para seu local de
§ 1º - No caso de ser proposta a demissão, o servidor terá o trabalho e vice-versa, nos termos da lei.
prazo de 5 (cinco) dias para apresentar defesa. § 2º - O Estado concederá o auxílio-refeição, na forma da lei.
§ 2º - Para aferição do número de faltas, as horas serão (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
convertidas em dias, quando o servidor estiver sujeito a regime Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
de plantões. § 3º - A lei regulará o atendimento gratuito de filhos e
§ 3º - Salvo em caso de ficar caracterizada, desde logo, a dependentes de servidores, de zero a seis anos, em creches e pré-
intenção do faltoso em abandonar o cargo, ser-lhe-á permitido escola.
continuar em exercício, a título precário, sem prejuízo da
conclusão do processo.

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Art. 257 - O auxílio-funeral é a importância devida à família do do primeiro dia do mês em que for completado o período de
servidor falecido, ativo ou inativo, em valor equivalente: concessão.
I - a um mês de remuneração ou provento que perceberia na data
do óbito, considerados eventuais acúmulos legais; Art. 265 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção
II - ao montante das despesas realizadas, respeitando o limite filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
fixado no inciso anterior, quando promovido por terceiros. quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida
Parágrafo único - O processo de concessão de auxílio-funeral funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.
obedecerá a rito sumário e concluir-se-á no prazo de 48
(quarenta e oito) horas da prova do óbito, subordinando-se o Art. 266 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos
pagamento à apresentação dos comprovantes da despesa. definidos em lei ou regulamento, como próprio do seu cargo ou
função, não decorre nenhum direito ao servidor, ressalvadas as
Art. 258 - Em caso de falecimento de servidor ocorrido quando comissões legais.
no desempenho de suas funções, fora do local de trabalho,
inclusive em outro Estado ou no exterior, as despesas de Art. 267 - É vedado às chefias manterem sob suas ordens
transporte do corpo correrão à conta de recursos do Estado, cônjuges e parentes até segundo grau, salvo quando se tratar de
autarquia ou fundação de direito público. função de imediata confiança e livre escolha, não podendo,
porém, exceder de dois o número de auxiliares nessas condições.
Art. 259 - Ao cônjuge ou dependente do servidor falecido em
conseqüência de acidente em serviço ou agressão não- Art. 268 - Serão assegurados ao servidor público civil os
provocada, no exercício de suas atribuições, será concedida direitos de associação profissional ou sindical.
complementação da pensão que, somada à que perceber do
órgão de Previdência do Estado, perfaça a totalidade da Art. 269 - Consideram-se da família do servidor, além do
remuneração percebida pelo servidor, quando em atividade. cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas
e constem no seu assentamento individual.
Art. 260 - Caberá ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Parágrafo único - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou
Grande do Sul a concessão de benefícios e serviços, na forma companheiro que comprove união estável como entidade
prevista em lei específica. familiar.
Parágrafo único - Todo servidor abrangido por esta lei deverá,
obrigatoriamente, ser contribuinte do órgão previdenciário de Art. 270 - A atribuição de qualquer direito e vantagem, cuja
que trata este artigo. (Vide Lei Complementar n.° 10.776/96) concessão dependa de ato ou portaria do Governador do Estado,
ou de outra autoridade com competência para tal, somente
TÍTULO VII produzirá efeito a partir da data da publicação no órgão oficial.
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO Art. 271 - Os servidores estaduais, no exercício de suas
atribuições, não estão sujeitos a sanções disciplinares por crítica
Art. 261 - Para atender necessidade temporária de excepcional irrogada em quaisquer escritos de natureza administrativa.
interesse público, a Administração estadual poderá efetuar Parágrafo único - A requerimento do interessado, poderá a
contratações de pessoal, por prazo determinado, na forma da lei. autoridade suprimir as críticas irrogadas.
Parágrafo único - Para os fins previstos neste artigo,
consideram-se como necessidade temporária de excepcional Art. 272 - O servidor que esteja sujeito à fiscalização de órgão
interesse público as contratações destinadas a: profissional e for suspenso do exercício da profissão, enquanto
I - combater surtos epidêmicos; durar a medida, não poderá desempenhar atividade que envolva
II - atender situações de calamidade pública; responsabilidade técnico-profissional.
III - atender a outras situações de urgência que vierem a ser
definidas em lei. Art. 273 - O Poder Executivo regulará as condições necessárias
à perfeita execução desta lei, observados os princípios gerais
TÍTULO VIII nela consignados.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 274 - O disposto nesta lei é extensivo às autarquias e às
CAPÍTULO I fundações de direito público, respeitada, quanto à prática de atos
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS administrativos, a competência dos respectivos titulares.

Art. 262 - O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor público Art. 275 - Os dirigentes máximos das autarquias e fundações de
estadual. direito público poderão praticar atos administrativos de
competência do Governador, salvo os indelegáveis, nas áreas de
Art. 263 - Poderão ser conferidos, no âmbito da administração suas respectivas atuações.
estadual, autarquia e fundações de direito público, prêmios pela
apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que possibilitem o CAPÍTULO II
aumento da produtividade e a redução de custos operacionais, DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
bem como concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito,
condecoração e louvor, na forma do regulamento. Art. 276 - Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por
esta lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores
Art. 264 - Os prazos previstos nesta lei serão contados em dias estatutários da Administração Direta, das autarquias e das
corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do fundações de direito público, inclusive os interinos e
vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil extranumerários, bem como os servidores estabilizados
seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente. vinculados à Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Parágrafo único - Os avanços e os adicionais de 15% (quinze Decreto-Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943.
por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) serão pagos a partir

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(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Complementar, terá assegurado o cômputo desse período para
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide Lei n.° fins de concessão de licença-prêmio, inclusive para os efeitos do
11.129/98 e Lei Complementar n.º 10.248/94) inciso I do artigo 151 da mesmaLei. (Incluído pela Lei
§ 1º - Os servidores celetistas de que trata o “caput” deverão Complementar n.º 10.248/94)
manifestar, formalmente, no prazo de 90 (noventa) dias após a
promulgação desta lei, a opção de não integrarem o regime Art. 278 - Os saldos das contas vinculadas do Fundo de
jurídico por esta estabelecido. (Vetado pelo Governador e Garantia do Tempo de Serviço, dos servidores celetistas que
mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de passarem a integrar o regime jurídico na forma do artigo 276,
08/04/94) desta lei, poderão ser sacados nas hipóteses previstas pela
§ 2º - Os cargos ocupados pelos nomeados interinamente e as legislação federal vigente sobre a matéria. (Vetado pelo
funções correspondentes aos extranumerários e contratados de Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme
que trata este artigo, ficam transformados em cargos de DOE n.º 66, de 08/04/94)
provimento efetivo, em classe inicial, em número certo, Parágrafo único - O saldo da conta individualizada de
operando-se automaticamente a transposição dos seus servidores não optantes pelo FGTS reverterá em favor do Estado
ocupantes, observada a identidade de denominação e ou da entidade depositante. (Vetado pelo Governador e mantido
equivalência das atribuições com cargos correspondentes dos pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de
respectivos quadros de pessoal. (Vetado pelo Governador e 08/04/94)
mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de
08/04/94) Art. 279 - Aplicam-se as disposições desta lei aos integrantes do
§ 3º - Nos órgãos em que já exista sistema de promoção para Plano de Carreira do Magistério Público Estadual, na forma
servidores celetistas, a transformação da respectiva função será prevista no art. 154 da Lei nº 6.672, de 22 de abril de 1974.
para o cargo de provimento efetivo em classe correspondente.
(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Art. 280 - As disposições da Lei nº 7.366, de 29 de março de
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) 1980, que não conflitarem com os princípios estabelecidos por
§ 4º - Os cargos de provimento efetivo resultantes das esta lei, permanecerão em vigor até a edição de lei
disposições deste artigo, excetuados os providos na forma do complementar, prevista no art. 134 da Constituição do Estado do
artigo 6º, terão carreira de promoção própria, extinguindo-se à Rio Grande do Sul.
medida que vagarem, ressalvados os Quadros próprios, criados
por lei, cujos cargos são providos no sistema de carreira, Art. 281 - A exceção de que trata o artigo 1º se estende aos
indistintamente, por servidores celetistas e estatutários. empregados portuários e hidroviários, vinculados à entidade
(Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.248/94) responsável pela administração de portos de qualquer natureza,
§ 5º - Para efeitos de aplicação deste artigo, não serão hidrovias e obras de proteção e regularização, que continuarão a
consideradas as situações de fato em desvio de função. (Vetado adotar o regime da Lei nº 4.860/65, a legislação trabalhista, a
pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, legislação portuária federal e a política nacional de salários,
conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) observado o quadro de pessoal próprio.
§ 6º - Os contratados por prazo determinado terão seus contratos
extintos, após o vencimento do prazo de vigência. (Vetado pelo Art. 282 - A diferença de proventos, instituída pelo Decreto-Lei
Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme nº 1.145/46, estendida às autarquias pela Lei nº 1.851/52 e Ato
DOE n.º 66, de 08/04/94) 206/76 – DEPREC, aplica-se ao pessoal contratado diretamente
§ 7º - Excepcionada a situação prevista no parágrafo 3º deste sob regime jurídico trabalhista do Departamento Estadual de
artigo, fica assegurada ao servidor, a título de vantagem pessoal, Portos, Rios e Canais,
como parcela autônoma, nominalmente identificável, a diferença vinculado à Previdência Social Federal. (Vetado pelo
resultante entre a remuneração básica da função anteriormente Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme
desempenhada sob o regime da Consolidação das Leis do DOE n.º 66, de 08/04/94)
Trabalho e a do cargo da classe inicial da categoria funcional Parágrafo único - A diferença de proventos será concedida
para a qual foi transposto. (Incluído pela Lei Complementar n.º somente quando o empregado satisfizer os requisitos da
10.248/94) aposentadoria pela legislação estadual em vigor e que sejam
estáveis no serviço público, a teor do art. 19 do Ato das
Art. 277 - São considerados extintos os contratos individuais de Disposições Transitórias da Constituição Federal. (Vetado pelo
trabalho dos servidores que passarem a integrar o regime Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme
jurídico na forma do artigo 276, desta lei, ficando-lhes DOE n.º 66, de 08/04/94)
assegurada a contagem do tempo anterior de serviço público
estadual para todos os efeitos, exceto para os fins previstos no Art. 283 - Os graus relativos aos cargos organizados em carreira
inciso I do artigo 151, na forma da lei. (Vetado pelo Governador a que se refere esta lei, enquanto não editada a lei complementar
e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de que trata o art. 31 da Constituição do Estado, correspondem
de 08/04/94) as atuais classes. (Vetado pelo Governador e mantido pela
§ 1º - O servidor que houver implementado o período aquisitivo Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
que lhe assegure o direito a férias no regime anterior, será
obrigado a gozá-las, imediatamente, aplicando-se ao período Art. 284 - Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da
restante o disposto no § 2º deste artigo. (Vetado pelo Constituição Federal e da Constituição Estadual, o direito à livre
Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme organização sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela
DOE n.º 66, de 08/04/94) decorrentes: (Vetado pelo Governador e mantido pela
§ 2º - Para integralizar o período aquisitivo de férias Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
regulamentares de que trata o § 1º do artigo 67, será computado a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto
1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício no regime processual; (Vetado pelo Governador e mantido pela
anterior. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até 01 (um) ano
§ 3º - O servidor que, até 31 de dezembro de 1993, não tenha após o final do mandato, exceto se a pedido;
completado o qüinqüênio de que trata o artigo 150 desta Lei

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(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Executivo, mediante ato individual, a gratificação de
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) representação percebida em razão do exercício de função de
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a confiança, no Gabinete do Governador, poderá ser fixada em
que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições percentual diverso da correspondência estabelecida no Anexo
definidas em assembléia geral da categoria. (Vetado pelo Único desta Lei, limitada em 75% (setenta e cinco por cento).
Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme § 2º - As disposições deste artigo não se aplicam às funções de
DOE n.º 66, de 08/04/94) confiança próprias da Polícia Civil e Brigada Militar, exceto ao
dirigente máximo da Brigada Militar que será atribuída de
Art. 285 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da acordo com o disposto no parágrafo anterior.
data da promulgação desta lei, o Poder Executivo deverá § 3º - As disposições constantes no "caput" aplicam-se às
encaminhar ao Poder Legislativo, projeto de lei que trate do Autarquias estaduais cujos cargos dos quadros de cargos em
quadro de carreira dos funcionários de escola. (Vetado pelo comissão e funções gratificadas têm seus valores fixados com
Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme parâmetros nos padrões dos cargos em comissão e funções
DOE n.º 66, de 08/04/94) gratificadas do Quadro Geral dos Funcionários Públicos do
Estado.
Art. 286 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei § 4º - Para os cargos de Assessor (Artigo 49 da Lei n.º 4.937/65)
correrão à conta de dotações orçamentárias próprias. previstos na alínea “d” do inciso II do Anexo Único desta Lei, a
gratificação de representação percebida em razão do exercício
Art. 287 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos de função de confiança, em casos especiais, a critério do Chefe
suplementares necessários à cobertura das despesas geradas por do Poder Executivo, mediante ato individual, poderá ser fixada
esta lei. em percentual diverso da correspondência estabelecida no
Anexo Único desta Lei e alterações, limitada em 75% (setenta e
Art. 288 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, cinco por cento). (Incluído pela Lei n.º 13.671/11) (Vide Lei n.º
produzindo seus efeitos a contar de 1º de janeiro de 1994. 14.013/12)
(Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) Art. 4º - São criados, no Quadro de Cargos em Comissão e
Funções Gratificadas da Secretaria da Fazenda, 05 (cinco)
Art. 289 - Ressalvados os direitos adquiridos, o ato jurídico funções gratificadas de Assessor Técnico, Padrão FG-III, e 1
perfeito e a coisa julgada, são revogadas as disposições em (uma) função gratificada de Diretor Adjunto, Padrão FG-VI,
contrário. para terem lotação privativa, respectivamente, na
Superintendência da Administração Tributária e no Gabinete de
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 3 de fevereiro de 1994. Orçamento e Finanças daquela Secretaria.

Art. 5º - As disposições desta Lei aplicam-se, no que couber,


6. LEI Nº. 10.138, DE 08 DE ABRIL DE 1994. aos servidores contratados, extranumerários, inativos,
(atualizada até a Lei n.º 14.013, de 14 de junho de 2012) pensionistas respectivos e pensões vitalícias.

Dispõe sobre os cargos em comissão e Art. 6º - Os valores resultantes da aplicação desta Lei serão
funções gratificadas de servidores do Poder arredondados para a unidade de cruzeiro real imediatamente
Executivo e de suas Autarquias e dá outras superior, quando necessário.
providências.
Art. 7º - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei
Art. 1º - Passam a integrar a base de cálculo dos avanços correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.
trienais e qüinqüenais, a gratificação prevista no parágrafo único
do artigo 24 da Lei nº 2.331, de 16 de janeiro de 1954, e no Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
artigo 5º da Lei nº 6.417, de 22 de setembro de 1972. retroagindo seus efeitos a 1º de março de 1994.

Art. 2º - O parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 5.786, de 7 de Art. 9º - Revogam-se o artigo 2º e seus parágrafos da Lei nº
julho de 1969, passa a vigorar com a seguinte redação: 9.481, de 24 de dezembro de 1991, e demais disposições em
contrário.
"Art. 3º - .......
§ 1º - Os cargos em comissão ou funções gratificadas, providas PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 08 de abril de 1994.
em regime especial, terão o vencimento ou a gratificação do
respectivo padrão multiplicado por dois." ANEXO ÚNICO

Art. 3º - Os titulares dos cargos ou funções de confiança dos I - No Gabinete do Governador: (Redação dada pela Lei n.º
Quadros do Poder Executivo Estadual, constantes no Anexo 10.717/96)
Único desta Lei, perceberão, conforme nele estabelecido, Representação (%) - Cargo em Comissão ou Função Gratificada
gratificação de representação correspondente a 20% (vinte por (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
cento), 30% (trinta por cento), 35% (trinta e cinco por cento), a) Representação de 75%: (Redação dada pela Lei n.º
50% (cinqüenta por cento), 75% (setenta e cinco por cento), a 10.717/96)
ser calculada sobre o valor do padrão do cargo em comissão, - Assessor Especial (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
exercido pelo servidor, ainda que provido sob a forma de função - Chefe de Gabinete do Governador (Redação dada pela Lei n.º
gratificada, exceto para o provimento na função de Assessor, 10.717/96)
prevista no artigo 49 da Lei nº. 4.937, de 22 de fevereiro de - Subchefes da Casa Civil (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
1965, cuja incidência será sobre o seu valor. - Subchefes da Casa Militar (Redação dada pela Lei n.º
§ 1º - Mantidos todos os atos praticados anteriormente à 10.717/96)
vigência desta Lei para a gratificação de representação de - Chefe da Assessoria de Imprensa (Redação dada pela Lei n.º
gabinete, em casos especiais, a critério do Chefe do Poder 10.717/96)

40
- Procurador-Geral Adjunto (Redação dada pela Lei n.º b) Representação de 50%: (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Diretor-Geral (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Chefe de Divisão (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
- Secretário Particular do Governador (Redação dada pela Lei - Vice-Presidente da Junta Comercial (Redação dada pela Lei n.º
n.º 10.717/96) 10.717/96)
- Chefe de Gabinete do Vice-Governador (Redação dada pela - Chefe de Hospital (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
Lei n.º 10.717/96) - Coordenador de Conselho (Redação dada pela Lei n.º
- Chefe de Gabinete da Casa Civil (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
10.717/96) - Coordenador de Programas (Redação dada pela Lei n.º
- Chefe de Gabinete (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) 10.717/96)
- Coordenador de Assessoria (Redação dada pela Lei n.º - Coordenador de Projetos (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Coordenador de Procuradoria (Redação dada pela Lei n.º - Delegado Penitenciário Regional (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Diretor de Departamento (Redação dada pela Lei n.º - Delegado Penitenciário Especial (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Supervisor (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Delegado Regional (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
- Diretor de Núcleo (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Gestor de Fundos (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
b) Representação de 50%: (Redação dada pela Lei n.º - Secretário Geral da Junta Comercial (Redação dada pela Lei
10.717/96) n.º 10.717/96)
- Chefe do Cerimonial (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Secretário Geral do Conselho Estadual de Educação (Redação
- Secretário Particular do Vice-Governador (Redação dada pela dada pela Lei n.º 10.717/96)
Lei n.º 10.717/96) - Chefe da Casa de Cultura Mário Quintana (Redação dada pela
- Secretário Particular do Chefe da Casa Civil (Redação dada Lei n.º 10.717/96)
pela Lei n.º 10.717/96) - Corregedor Especial Penitenciário (Redação dada pela Lei n.º
- Coordenador (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) 10.717/96)
- Chefe de Divisão (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Corregedor Penitenciário (Redação dada pela Lei n.º
- Secretário do Defensor Público-Geral (Redação dada pela Lei 10.717/96)
n.º 10.717/96) c) Representação de 40%: (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
c) Representação de 40%: (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) Administrador-Geral de Estabelecimento Penal (Redação dada
- Chefe de Seção (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) pela Lei n.º 10.717/96)
- Chefe de Seção Regional (Redação dada pela Lei n.º - Administrador de Penitenciária Estadual (Redação dada pela
10.717/96) Lei n.º 10.717/96)
d) Representação de 35%: (Redação dada pela Lei n.º - Administrador-Geral de Presídio Regional (Redação dada pela
10.717/96) Lei n.º 10.717/96)
- Assessor (Artigo 49 da Lei nº 4.937/65) (Redação dada pela - Chefe de Seção (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
Lei n.º 10.717/96) - Chefe de Instituição Cultural (Redação dada pela Lei n.º
e) Representação de 20%: (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) 10.717/96)
- Chefe de Setor (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Chefe Técnico e Administrativo (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96)
II - Nos demais órgãos: (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Chefe de Creche (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
Representação (%) - Cargo em Comissão ou Função Gratificada - Chefe da Casa Albergue Feminino (Redação dada pela Lei n.º
(Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) 10.717/96)
a) Representação de 75%: (Redação dada pela Lei n.º - Administrador de Presídio Estadual Categoria III (Redação
10.717/96) dada pela Lei n.º 10.717/96)
- Diretor-Geral (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Fiscal de Armazéns e Trapiches (Redação dada pela Lei n.º
- Superintendente dos Serviços Penitenciários (Redação dada 10.717/96)
pela Lei n.º 10.717/96) - Fiscal de Leiloeiros (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
- Chefe de Gabinete (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Fiscal de Tradutores e Agentes (Redação dada pela Lei n.º
- Coordenador de Assessoria (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
10.717/96) - Coordenador Regional (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
- Coordenador de Auditoria Médica (Redação dada pela Lei n.º - Coordenador de Seccional (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Diretor de Departamento (Redação dada pela Lei n.º - Coordenador de Auditoria Setorial (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Diretor de Escola Penitenciária (Redação dada pela Lei n.º d) Representação de 35%: (Redação dada pela Lei n.º
10.717/96) 10.717/96)
- Diretor do Parque de Exposições Assis Brasil (Redação dada - Assessor (Artigo 49 da Lei nº 4.937/65) (Redação dada pela
pela Lei n.º 10.717/96) Lei n.º 10.717/96)
- Presidente da Junta Comercial (Redação dada pela Lei n.º - Assistente Superior (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
10.717/96) - Assistente Especial II (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
- Corregedor-Geral Penitenciário (Redação dada pela Lei n.º - Assistente Especial I (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)
10.717/96) - Assistente Administrativo I (Redação dada pela Lei n.º
- Diretor de Instituto (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) 10.717/96)
- Diretor Técnico (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) - Assistente Administrativo II (Redação dada pela Lei n.º
- Contador e Auditor-Geral do Estado (Redação dada pela Lei 10.717/96)
n.º 10.717/96) - Assistente Administrativo (Redação dada pela Lei n.º
- Delegado de Educação (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) 10.717/96)
- Assessor Técnico (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96)

41
- Assistente III (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) Especial de Retorno à Atividade, fixada em lei própria. (Vide
e) Representação de 20%: (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) Lei n.º 10.916/97)
- Administrador de Presídio Estadual Categoria II (Redação
dada pela Lei n.º 10.717/96) Art. 6º - A permanência do servidor militar no CVMI terá a
- Chefe de Setor (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) duração necessária ao cumprimento da atividade que a motivou,
- Chefe de Segurança (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) podendo ser renovada e, a qualquer momento, revogada "ex
- Responsável por Atividade (Redação dada pela Lei n.º officio" pela Administração.
10.717/96) Parágrafo único - O ingresso de servidor militar inativo CVMI
- Administrador de Presídio Estadual categoria I (Redação dada poderá ocorrer até o limite de 65 anos de idade, devendo o
pela Lei n.º 10.717/96) servidor ser dispensado "ex officio" da atividade, ao atingir a
- Chefe de Turma II (Redação dada pela Lei n.º 10.717/96) referida idade. (Redação dada pela Lei n.º 10.916/97)
- Supervisor de Posto Fiscal e/ou Turma Volante (Redação dada
pela Lei n.º 10.717/96) Art. 7º - O ingresso do militar estadual inativo no CVMI não
- Chefe de Posto de Apoio Fiscal (Redação dada pela Lei n.º gera, por si só, qualquer direito.
10.717/96)
- Chefe de Turma e/ou Equipe (Redação dada pela Lei n.º Art. 8º - As despesas decorrentes da presente Lei correrão à
10.717/96) conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 9º - Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo.


7. LEI Nº. 10.297, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1994.
(atualizada até a Lei n.º 13.540, de 29 de novembro de 2010) Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a
Lei nº 9.703, de 24 de julho de 1992.
Dispõe sobre o Corpo Voluntário de
Militares Estaduais Inativos da Brigada PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de novembro de
Militar (CVMI), e dá outras providências. 1994.

Art. 1º - Fica criado, na Brigada Militar, o Corpo Voluntário de


Militares Estaduais Inativos (CVMI), com a finalidade de atuar 8. LEI Nº. 10.594, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1995.
em situações especiais, suprindo a carência de pessoal técnico-
especializado. Dispõe sobre o conceito de morte de
§ 1º - Entre as situações especiais previstas no “caput” deste policiais civis e militares em acidente de
artigo, inclui-se o policiamento de escolas públicas estaduais e serviço e dá outras providências.
escolas especiais mantidas e/ou administradas pelas entidades
que prestam atendimento e assistência às pessoas portadoras de
deficiência e policiamento de guarda nos prédios do Ministério O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
Público e do Tribunal de Contas do Estado. (Redação dada pela GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto
Lei n.º 13.458/10) (Vide arts. 2° e 3º da Lei n.º 13.540/10) no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a
§ 2º - O Poder Executivo fica autorizado a firmar convênios Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei
visando à implementação do policiamento, cujos instrumentos seguinte:
deverão prever o repasse mensal, à Secretaria da Fazenda, dos
encargos financeiros previstos na Lei nº 10.916, de 3 de janeiro Art. 1º - A morte de policiais civis, em situações previstas pela
de 1997, com base em planilha de custos elaborada pela Brigada LEI Nº 7.366, de 29 de março de 1980 e policiais militares
Militar. (Redação dada pela Lei n.º 12.556/06) regidos pela LEI Nº 7.138, de 30 de janeiro de 1978, será
§ 3º - A critério do proponente, poderão ser previstas considerada como acidente em serviço, quando ocorrida nas
indenizações relativas às peculiaridades da atividade e do local seguintes circunstâncias:
onde as ações serão desenvolvidas. (Incluído pela Lei n.º I - por fato relacionado, mediata ou imediatamente, com as
12.556/06) atribuições do cargo, ainda que ocorrido em horário ou local
§ 4º - O ingresso dos voluntários obedecerá a estrutura da diverso daquele determinado para o exercício de suas funções;
Corporação, no que se refere a módulos, adequando-se o efetivo II - em decorrência de agressão sofrida e não provocada pelo
à proporcionalidade de postos e graduações. (Renumerado pela policial, no exercício de suas atribuições;
Lei n.º 12.556/06) III - por situação ocorrida no percurso da residência para o
trabalho e vice-versa;
Art. 2º - O CVMI ficará administrativamente vinculado à IV - em treinamento;
Diretoria de Pessoal da Brigada Militar, que manterá um V - em represália, por sua condição de policial.
cadastro atualizado dos Militares Estaduais na Inatividade,
dispostos a ingressar no CVMI. Art. 2º - O Estado custeará o sepultamento do policial, morto
em serviço, nas circunstâncias previstas no artigo 1º desta lei.
Art. 3º - O planejamento e a supervisão do emprego do CVMI
far-se-á de acordo com as diretrizes do Comando-Geral da Art. 3º - Para concessão dos direitos decorrentes da morte em
Brigada Militar. acidente de serviço, deverão ser apurados os fatos, com
comprovação documental e testemunhal, mediante processo ex-
Art. 4º - O ingresso de Militares Estaduais Inativos no CVMI ofício, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da
dar-se-á por ato do Governador do Estado, mediante proposta ocorrência da morte.
fundamentada do Comandante-Geral da Brigada Militar. Parágrafo único - VETADO

Art. 5º - Os integrantes do CVMI que, voluntariamente, Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ingressarem no serviço ativo, terão assegurada, enquanto
permanecerem nesta situação, a percepção de Gratificação Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.

42
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 11 de dezembro de Art. 1º - Este Estatuto regula a situação, obrigações, deveres,
1995. direitos e prerrogativas dos servidores militares do Estado. (Vide
Leis Complementares nos 11.831/02 e 11.832/02)

9. LEI Nº. 10.916, DE 03 DE JANEIRO DE 1997. Art. 2º - A Brigada Militar, instituída para a preservação da
(atualizada até a Lei n.º 14.043, de 06 de julho de 2012) ordem pública no Estado e considerada Força Auxiliar, reserva
do Exército Brasileiro é instituição permanente e regular,
Dispõe sobre a Gratificação Especial de organizada com base na hierarquia e na disciplina, sob a
Retorno à Atividade, prevista na Lei nº autoridade suprema do Governador do
10.297, de 16 de novembro de 1994. Estado.

Art. 1º - Os integrantes do Corpo Voluntário de Militares Art. 3º - Os integrantes da Brigada Militar do Estado, em razão
Estaduais Inativos – CVMI –, da Brigada Militar, terão da destinação constitucional da Corporação e em decorrência
assegurada, enquanto permanecerem nesta situação, a percepção das leis vigentes, constituem uma categoria especial de
de Gratificação Especial de Retorno à Atividade, fixada em R$ servidores públicos estaduais, sendo denominados servidores
739,73 (setecentos e trinta e nove reais e setenta e três centavos). militares.
(Redação dada pela Lei nº. 14.043/12) § 1º - Os servidores militares encontram-se em uma das
seguintes situações:
Art. 2º - A Gratificação Especial de Retorno à Atividade não I - na ativa:
será base de calculo para quaisquer vantagens, inclusive as a) os servidores militares de carreira;
decorrentes do tempo de serviço, e não será passível de b) os servidores militares temporários;
incorporação. c) os componentes da reserva remunerada, quando convocados;
d) os alunos de órgãos de formação de servidor militar da ativa.
Art. 3º - Os integrantes do Corpo Voluntário de Militares II - na inatividade:
Estaduais Inativos - CVMI, em regime de 40 horas semanais, a) na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da
terão direito à percepção de 30 (trinta) vales-refeição mensais, Corporação e percebem remuneração do Estado, porém sujeitos,
proporcionais à carga horária exercida. (Redação dada pela Lei ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação;
nº 13.034/08) b) reformados, quando, tendo passado por uma das situações
anteriores, estão dispensados, definitivamente, da prestação de
Art. 4º - O Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos – serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneração do
CVMI poderá contar com um efetivo máximo de 3.038 (três mil Estado;
e trinta e oito) integrantes, que deverão ter atuação no c) na reserva não remunerada, na forma da legislação específica.
policiamento de escolas públicas estaduais e escolas especiais § 2º - Os servidores militares de carreira são os que, no
mantidas e/ou administradas pelas entidades que prestam desempenho voluntário e permanente do serviço policial-militar,
atendimento e assistência às pessoas portadoras de deficiência, têm vitaliciedade assegurada ou presumida.
em atividades próprias do servidor policial militar e, mediante § 3º - Em casos especiais, regulados por lei, os servidores
ressarcimento, no policiamento de guarda dos prédios do Poder militares da reserva remunerada poderão, mediante aceitação
Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do voluntária, ser designados para o serviço ativo, em caráter
Tribunal de Contas do Estado. (Redação dada pela Lei nº transitório, por proposta do Comandante-Geral e ato do
13.458/10) Governador do Estado.

Art. 5º - O parágrafo único do artigo 6º da Lei nº 10.297, de 16 Art. 4º - O serviço policial-militar consiste no exercício de
de novembro de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação: atividades inerentes à Brigada Militar e compreende todos os
Parágrafo único - O ingresso de servidor militar inativo CVMI encargos previstos na legislação específica e peculiar.
poderá ocorrer até o limite de 65 anos de idade, devendo o
servidor ser dispensado "ex offício" da atividade, ao atingir a Art. 5º - A carreira policial-militar é caracterizada por atividade
referida idade. contínua e inteiramente devotada às finalidades da Brigada
Militar, denominada atividade policial-militar.
Art 6º - As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta de Parágrafo único - A carreira policial-militar é privativa do
dotações orçamentárias próprias. pessoal da ativa, iniciando-se com o ingresso na Brigada Militar
e obedecendo à seqüência de graus hierárquicos.
Art. 7º - Está Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º - São equivalentes as expressões "na ativa", "da ativa",
Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário, em especial o "em serviço ativo", "em serviço na ativa", "em serviço", "em
parágrafo único do artigo 5º da Lei nº 10.297, de 16 de atividade" ou "em atividade policial-militar" referidas aos
novembro de 1994. servidores militares no desempenho de cargo, comissão,
encargo, incumbência ou missão, serviço ou atividade policial-
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 03 de janeiro de 1997. militar ou considerada de natureza policial-militar, nas
organizações policiais-militares, bem como, quando previsto em
lei ou regulamento, em outros órgãos do Estado.
10. LEI COMPLEMENTAR Nº. 10.990, DE 11 DE
DEZEMBRO DE 1995. Art. 7º - A condição jurídica dos servidores militares é definida
(atualizada até a Lei Complementar n.º 13.796, de 27 de setembro de 2011) pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, por
este Estatuto e pelas leis e regulamentos que lhes outorgam
Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.
Militares da Brigada Militar do Estado do
Rio Grande do Sul e dá outras providências. Art. 8º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos
servidores-militares da reserva remunerada e reformados.

43
Parágrafo único - Os Oficiais nomeados Juízes do Tribunal Carreira Círculo Postos e
Militar do Estado são regidos por legislação própria. Graduações
Coronel
DO PROVIMENTO De Oficiais
Tenente-Coronel
Superiores
Dos Servidores Major
Art. 9º - O ingresso na Brigada Militar é facultado a todos os Militares de Nível De Oficiais
brasileiros, sem distinção de raça, sexo ou de crença religiosa, Capitão
Superior Intermediários
mediante concurso público, observadas as condições prescritas De Oficiais
em lei. Primeiro-Tenente
Subalternos
Dos Servidores Primeiro-Sargento
Art. 10 - São requisitos para o ingresso na Brigada Militar: De Sargentos
Militares de Nível Segundo-Sargento
I - ser brasileiro; Médio De Soldados Soldado
II - possuir ilibada conduta pública e privada;
III - estar quite com as obrigações eleitorais e militares; Em formação
IV - não ter sofrido condenação criminal com pena privativa de Tem acesso
para ingresso
liberdade ou qualquer condenação incompatível com a função Praças ao Círculo de Aluno-
na carreira de
policial militar; Especiais Oficiais Oficial
Nível
V - não estar respondendo processo criminal; Subalternos
Superior
VI - não ter sido isentado do serviço militar por incapacidade
Aluno do
física definitiva; e
Tem acesso Curso
VII - obter aprovação nos exames médico, físico, psicológico e ao Círculo de Técnico de
intelectual, exigidos para inclusão, nomeação ou matrícula. Em formação
Sargentos Segurança
§ 1° - As condições específicas, conforme o quadro ou para ingresso
Praças Pública
qualificação, serão as previstas no regulamento de ingresso. na carreira de
Aluno do
(Renumerado pela Lei Complementar n° 11.831/02) Nível Médio Tem acesso
Curso de
§ 2º - O exame psicológico previsto no inciso VII aplica-se ao Círculo de
Formação de
exclusivamente quando do ingresso na Brigada Militar. Soldados
Soldados
(Incluído pela Lei Complementar n° 11.831/02)
§ 1º - O Posto é o grau hierárquico do Oficial e a Graduação é o
Art. 11 - Para o cômputo do tempo correspondente ao período
grau hierárquico da Praça, ambos conferidos por atos do
probatório será considerado o tempo de serviço do servidor
Governador do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar
militar como aluno-oficial.
n° 11.831/02)
Parágrafo único - Executam-se do disposto no "caput" os atuais
§ 2º - Os graus hierárquicos inicial e final dos Quadros e
1º e 2º Tenentes PM e os atuais Aspirantes-a-Oficial.
Classificações são os compreendidos nas carreiras de nível
superior e médio, respectivamente, definidos em lei
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
complementar específica.
§ 3º - Sempre que o servidor militar que fizer uso do posto ou
Art. 12 - A hierarquia e a disciplina militares são a base
graduação for da reserva remunerada ou reformado, deverá
institucional da Brigada Militar, sendo que a autoridade e a
mencionar essa situação.
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 4º - Os graus hierárquicos de Subtenente, 3º Sargento e Cabo,
§ 1º - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade em níveis
em extinção, freqüentam, os dois primeiros, o Círculo de
diferentes, dentro da estrutura da corporação, sendo que a
Sargentos, e o último, o Círculo de Soldados.
ordenação se faz por postos ou graduações e, dentro de um
mesmo posto ou de uma mesma graduação, se faz pela
Art. 15 - A precedência entre servidores militares da ativa, do
antigüidade no posto ou na graduação, consubstanciada no
mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antigüidade no posto
espírito de acatamento à seqüência de autoridade.
ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional do
§ 2º - A disciplina militar é a rigorosa observância e o
Comandante-Geral, do Subcomandante-Geral e do Chefe do
acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições
Estado-Maior.
que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam o
§ 1º - A antigüidade em cada posto ou graduação é contada a
seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
partir da data da publicação do ato da respectiva promoção,
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos seus
nomeação, ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente
componentes.
fixada outra data.
§ 3º - A disciplina militar e o respeito à hierarquia devem ser
§ 2º - No caso de igualdade na data referida no parágrafo
mantidos entre servidores militares da ativa, da reserva
anterior, a antigüidade é estabelecida através dos seguintes
remunerada e reformados.
critérios:
I - entre servidores militares do mesmo quadro, pela posição nas
Art. 13 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre
respectivas escalas numéricas ou registro de que trata o artigo
os servidores militares da mesma categoria e tem a finalidade de
17;
desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e
II - nos demais casos, pela antigüidade no posto ou na
confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
graduação anterior e, se, ainda assim, subsistir a igualdade de
Parágrafo único - Os círculos hierárquicos serão disciplinados,
antigüidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus
na forma regulamentar, em:
hierárquicos anteriores, à data de inclusão e à data de
I - Círculos de Oficiais;
nascimento, para definir a precedência e, neste último caso, o
II - Círculos de Praças.
mais velho será considerado mais antigo;
III - entre os alunos de um mesmo órgão de formação de
Art. 14 - Os círculos e a escala hierárquica na Brigada Militar
servidores militares, de acordo com o regulamento do respectivo
são os constantes do quadro seguinte:
órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas
disposições dos incisos I e II.

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§ 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os servidores § 1º - O servidor militar designado, por período igual ou
militares na ativa têm precedência sobre os na inatividade. superior a 10 (dez) dias, para exercer função de posto ou
§ 4º - Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre graduação superior a sua terá direito ao vencimento e vantagens
os servidores militares na ativa e os na reserva remunerada que correspondentes àquele posto ou graduação, a contar do dia em
estiverem convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço que houver assumido tal função.
no posto ou na graduação. § 2º - As substituições temporárias, respeitados os princípios da
§ 5º - Em caso de igualdade de posto, os Oficiais que possuírem antigüidade e da qualificação para o exercício funcional,
o Curso Superior de Polícia Militar terão precedência sobre os somente poderão ocorrer, respectivamente, entre funções
demais. atribuídas a servidores de nível superior ou funções atribuídas a
§ 6º - Excetuados os integrantes do Quadro de Oficiais servidores de nível médio. (Redação dada pela Lei
Especialistas em Saúde - QOES, no exercício de cargo privativo Complementar n° 11.831/02)
de sua especialidade, e respeitadas as restrições do presente
artigo, os demais Oficiais, quando não possuírem Curso DO VALOR POLICIAL-MILITAR
Superior de Polícia Militar, não poderão exercer Comando,
Chefia ou Direção sobre os Oficiais que o possuir. Art. 24 - São manifestações essenciais do valor policial-militar:
I - a dedicação ao serviço policial para preservação da segurança
Art. 16 - A precedência entre as Praças especiais e demais da comunidade e das prerrogativas da cidadania, o permanente
Praças é a regulada por legislação federal específica. zelo ao patrimônio público e às instituições democráticas,
mesmo com o risco da própria vida;
Art. 17 - A Brigada Militar manterá um registro de todos os II - a fé na elevada missão da Brigada Militar;
dados referentes ao seu pessoal da ativa e da reserva III - o espírito de corpo, orgulho do servidor militar pela
remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas, segundo organização onde serve;
as instruções baixadas pelo Comandante-Geral da Corporação. IV - o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que
é exercida; e
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-MILITARES V - o aprimoramento técnico profissional.

Art. 18 - O cargo policial-militar é aquele que só pode ser DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR


exercido por servidor militar em serviço ativo, correspondendo,
a cada cargo policial-militar um conjunto de atribuições, deveres Art. 25 - O sentimento do dever, a dignidade militar, o brio e o
e responsabilidades que se constituem em obrigações do decoro de classe impõem, a cada um dos integrantes da Brigada
respectivo titular. Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a
Parágrafo único - As obrigações inerentes ao cargo policial- observância dos seguintes preceitos de ética do servidor militar:
militar devem ser compatíveis com o correspondente grau I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da
hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação dignidade pessoal;
específicas, observados os princípios regidos por este Estatuto. II - exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções
que lhe couberem em decorrência do cargo;
Art. 19 - Os cargos policiais-militares serão providos com III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
pessoal que satisfaça aos requisitos de grau hierárquico e de IV - acatar as autoridades civis;
qualificação exigidos para o seu desempenho. V - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as
Parágrafo único - O provimento de cargo policial-militar se faz instruções e as ordens das autoridades competentes;
por ato de nomeação ou de designação da autoridade VI - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação
competente. do mérito dos subordinados;
VII - zelar pelo preparo moral, intelectual e físico, próprio e dos
Art. 20 - O cargo policial-militar é considerado vago: subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
I - a partir de sua criação e até que um servidor militar, VIII - empregar as suas energias em benefício do serviço;
regularmente nomeado ou designado, dele tome posse; IX - praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o
II - desde o momento em que o servidor militar que o ocupa é espírito de cooperação;
exonerado, ou dispensado, ou falece, ou é considerado X - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem
extraviado ou desertor, e até que outro servidor militar, escrita e falada;
regularmente nomeado ou designado, ou que tenha recebido XI - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria
determinação de autoridade competente, dele tome posse. sigilosa de que tenha conhecimento em virtude do cargo ou da
função;
Art. 21 - A função policial-militar é o exercício das obrigações XII - cumprir seus deveres de cidadão;
inerentes ao cargo policial-militar. XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na
particular;
Art. 22 - Dentro de uma mesma Organização Policial Militar, a XIV - observar as normas da boa educação;
seqüência de substituições para assumir cargo ou função, bem XV - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
como as normas, atribuições e responsabilidades facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar
correspondentes, são estabelecidas na legislação específica e negócios particulares ou de terceiros;
peculiar, respeitadas a precedência e as qualificações exigidas XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de
para o cargo ou para o exercício da função. modo a que não sejam prejudicados os princípios da disciplina,
do respeito e decoro;
Art. 23 - O servidor militar ocupante de cargo, provido de XVII - zelar pelo bom nome da Brigada Militar e de cada um
acordo com o parágrafo único do artigo 19, faz jus às dos seus integrantes, obedecendo aos preceitos da ética do
gratificações e a outros direitos correspondentes, conforme servidor militar.
previsto em lei.

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Art. 26 - Ao servidor militar da ativa é vedado participar de Art. 33 - A subordinação decorre, exclusivamente, da estrutura
gerência ou administração de empresa privada, de sociedade hierárquica da Brigada Militar e não afeta a dignidade pessoal
civil ou exercer comércio, exceto na qualidade de acionista, do servidor militar.
cotista ou comanditário.
§ 1º - Os servidores-militares na reserva remunerada, quando Art. 34 - Cabe ao servidor militar a responsabilidade integral
convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos
policiais-militares e nas repartições públicas civis, dos interesses que praticar.
de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2º - Os servidores-militares da ativa podem exercer, DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES
diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o
disposto no presente artigo. Art. 35 - A violação das obrigações ou dos deveres policiais-
militares constituirá crime, contravenção ou transgressão
Art. 27 - O Comandante-Geral da Brigada Militar poderá disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou
determinar aos servidores militares da ativa que, no interesse da regulamentação específicas.
salvaguarda da sua dignidade, informem sobre a origem e a § 1º - A violação dos preceitos da ética policial-militar é tanto
natureza dos seus bens, sempre que houver razões que mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem
recomendem tal medida. a cometer.
§ 2º - A responsabilidade disciplinar é independente das
Art. 28 - O servidor militar, enquanto em efetivo serviço, não responsabilidades civil e penal.
poderá estar filiado a partido político. § 3º - Não se caracteriza como violação das obrigações e dos
deveres do servidor militar o inadimplemento de obrigações
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES pecuniárias assumidas na vida privada.

Art. 29 - Os deveres policiais-militares emanam do conjunto de Art. 36 - A inobservância dos deveres especificados nas leis e
vínculos que ligam o servidor militar à sua corporação e ao regulamentos, ou a falta de exação no cumprimento dos
serviço que a mesma presta à comunidade, e compreendem: mesmos, acarreta, para o servidor militar, responsabilidade
I - a dedicação ao serviço policial-militar e a fidelidade à Pátria funcional, pecuniária, disciplinar e penal, consoante legislação
e à comunidade, cuja honra, segurança, instituições e integridade específica.
devem ser defendidas, mesmo com o sacrifício da própria vida; Parágrafo único - A apuração da responsabilidade funcional,
II - o culto aos símbolos nacionais e estaduais; pecuniária, disciplinar ou penal, poderá concluir pela
III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; incompatibilidade do servidor militar com o cargo ou pela
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; incapacidade para o exercício das funções policiais-militares a
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; ele inerentes.
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com
urbanidade. Art. 37 - O servidor militar cuja atuação no serviço revelar-se
incompatível com o cargo ou que demonstrar incapacidade para
DO COMPROMISSO POLICIAL-MILITAR o exercício das funções policiais-militares a ele inerentes será do
mesmo imediatamente afastado, sem prejuízo dos respectivos
Art. 30 - Todo o cidadão, após ingressar na Brigada Militar, vencimentos e vantagens, salvo após decisão final do processo a
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação que for submetido, desde que venha a ser condenado.
consciente das obrigações e dos deveres policiais-militares e § 1º - São competentes para determinar o imediato afastamento
manifestará a sua firme disposição de bem os cumprir. do cargo ou o impedimento do exercício da função:
I - O Comandante-Geral da Brigada Militar;
Art. 31 - O compromisso a que se refere o artigo anterior terá II - Os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na conformidade
caráter solene e será prestado na presença da tropa, tão logo o da legislação ou regulamentação da Corporação.
servidor militar tenha adquirido um grau de instrução § 2º - O servidor militar afastado do cargo, nas condições
compatível com o perfeito entendimento dos seus deveres como mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de
integrante da Brigada Militar, conforme os seguintes dizeres: qualquer função policial-militar, até a solução final do processo
"Ao ingressar na Brigada Militar do Estado, prometo regular a ou adoção das providências legais que couberem ao caso.
minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente
as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar- Art. 38 - Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a
me inteiramente ao serviço policial-militar, à manutenção da greve.
ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o
risco da própria vida”. Art. 39 - São vedadas as manifestações coletivas que impliquem
Parágrafo único - Ao ser promovido ao seu primeiro posto, o no descumprimento do dever ou que atentem contra a disciplina
servidor militar prestará compromisso de Oficial, em solenidade policial-militar.
especialmente programada, de acordo com os seguintes dizeres:
"Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo DOS CRIMES MILITARES
cumprir os deveres de Oficial da Brigada Militar do Estado e
dedicar-me inteiramente ao seu serviço." Art. 40 - O Código Penal Militar relaciona e classifica os crimes
militares, em tempo de paz e em tempo de guerra, e dispõe sobre
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO a aplicação aos servidores militares das penas correspondentes
aos crimes por eles cometidos.
Art. 32 - Comando é a soma de autoridade, deveres e
responsabilidades de que o servidor militar é investido DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO
legalmente, quando conduz homens ou dirige uma Organização
Policial Militar, sendo vinculado ao grau hierárquico e Art. 41 - O Oficial só perderá o posto e a patente por decisão do
constituindo prerrogativa impessoal, em cujo exercício o Tribunal Militar do Estado, se declarado indigno do Oficialato
servidor militar se define e se caracteriza como chefe. ou com ele incompatível.

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Art. 42 - O Oficial acusado de ser incapaz de permanecer como DA REMUNERAÇÃO
servidor militar será, nos casos em que a lei determinar,
submetido a Conselho de Justificação. Art. 48 - A remuneração dos servidores militares compreende
vencimentos ou proventos, indenizações e outras vantagens e é
Art. 43 - O processo e julgamento pelo Conselho de Justificação devida em bases estabelecidas em lei.
serão regidos por lei especial, assegurada ampla defesa ao § 1º - Os servidores militares na ativa percebem remuneração
acusado. constituída pelas seguintes parcelas:
I - vencimentos, compreendendo soldo e gratificações;
DO CONSELHO DE DISCIPLINA II - indenizações.
§ 2º - A remuneração percebida pelos servidores militares em
Art. 44 - A Praça com estabilidade será submetida a Conselho inatividade denomina-se proventos.
de Disciplina na forma da legislação específica. § 3º - Os servidores militares da ativa e na inatividade
perceberão abono familiar de conformidade com a lei geral que
Art. 45 - O processo e julgamento pelo conselho de Disciplina rege essa vantagem.
serão regidos por lei especial, assegurada ampla defesa ao § 4º - O servidor militar que exercer o magistério em curso ou
acusado. estágio regularmente instituídos pela Brigada Militar, perceberá
gratificação de magistério, por aula proferida, conforme fixado
DOS DIREITOS DOS SERVIDORES MILITARES em lei.
§ 5º - O servidor militar, ao ser movimentado por necessidade
Art. 46 - São direitos dos servidores militares, nos limites do serviço, desde que implique alteração de seu domicílio,
estabelecidos na legislação específica: perceberá ajuda de custo para atender às despesas de sua
I - a garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as instalação, no valor fixado em lei.
vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, quando § 6º - O servidor militar fará jus à gratificação pelo exercício,
Oficial; fora do horário do expediente a que estiver sujeito, de encargo
II - o uso das designações hierárquicas; em comissão de concurso público, nos termos da lei.
III - o desempenho de cargos e funções correspondentes ao § 7º - O servidor militar, quando estiver freqüentando curso de
posto e de atribuições correspondentes à graduação; aperfeiçoamento, atualização ou de formação com fins de
IV - a percepção de vencimentos, proventos e outras vantagem promoção na carreira e/ou exercício de função especializada,
pecuniárias, na forma estabelecida no Código de Vencimentos e terá sua remuneração inviolada, não podendo esta ser reduzida.
Vantagens da Brigada Militar; (Incluído pela Lei Complementar n° 11.614/01)
V - o transporte para si e seus dependentes, seus bens pessoais, § 8º - O servidor militar, por necessidade imperiosa de serviço,
inclusive mobília, quando movimentado por necessidade do poderá ser convocado para cumprir serviço extraordinário, desde
serviço; que devidamente autorizado pelo Governador. (Incluído pela Lei
VI - as promoções; Complementar n° 11.650/01)
VII - a transferência para a reserva remunerada ou a reforma; § 9º - Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho
VIII - as férias e as licenças; realizadas além das normais e estabelecidas por jornada diária
IX - a demissão voluntária e, ouvido o Comandante-Geral, o para o respectivo posto ou graduação da carreira a que pertencer.
licenciamento voluntário da ativa; (Incluído pela Lei Complementar n° 11.650/01)
X - o porte de arma, em serviço ativo ou inativo, salvo aqueles § 10 - Pelo serviço prestado em horário extraordinário, o
em inatividade por alienação mental na forma do artigo 121 e servidor terá direito à remuneração, facultada a opção em
seus parágrafos ou sentença penal condenatória com trânsito em pecúnia ou folga, nos termos da lei. (Incluído pela Lei
julgado cuja pena não enseja o benefício de sursis; (Redação Complementar n° 11.650/01)
dada pela Lei Complementar n° 11.831/02) § 11 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo
XI - REVOGADO pela Lei Complementar n° 11.831/02 de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de
XII - a aquisição de uma arma de uso permitido, através da trabalho. (Incluído pela Lei Complementar n° 11.650/01)
Brigada Militar, mediante indenização, na forma regulamentar; § 12 - O Poder Executivo regulamentará o disposto nos
XIII - a assistência judiciária gratuita, quando processado em parágrafos 8º a 12 no prazo de trinta dias, a contar da
razão de atos praticados em objeto de serviço; promulgação desta Lei Complementar, em especial as hipóteses
XIV - a assistência social e médico-hospitalar; de necessidade imperiosa de serviço, a quantidade de horas
XV - a saúde, higiene e segurança do trabalho. extraordinárias e os procedimentos relativos à competência para
fiscalização e controle das convocações de que versa esta Lei
Art. 47 - O servidor militar que se julgar prejudicado ou Complementar. (Incluído pela Lei Complementar n° 11.650/01)
ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de
superior hierárquico poderá recorrer, interpor pedido de Art. 49 - Os vencimentos, os proventos e as pensões dos
reconsideração, queixa, representação ou anulação de ato servidores militares e seus beneficiários não serão objeto de
administrativo, segundo legislação disciplinar da Corporação. arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos previstos em lei
(Redação dada pela Lei Complementar n° 11.831/02) federal.
§ 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em quinze dias úteis, a contar do recebimento de Art. 50 - Os proventos de inatividade serão revistos na mesma
comunicação Oficial, quanto a ato que decorra da composição proporção e na mesma data em que se modificar a remuneração
de Quadro de Acesso; dos servidores militares em atividade, sendo também estendidos
b) em cento e vinte dias corridos, nos demais casos. aos inativos quaisquer benefícios e vantagens posteriormente
§ 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação concedidos aos servidores militares em atividade, inclusive
não podem ser feitos coletivamente. quando decorrentes da transformação ou reclassificação do
§ 3º - A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo cargo ou função em que se deu a aposentadoria.
máximo de 60 (sessenta) dias, exceto em matéria disciplinar,
cujo prazo será de 8 (oito) dias.
§ 4º - Aos servidores militares em processo administrativo ou ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR
judicial são assegurados o contraditório e a ampla defesa.

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Art. 51 - O Estado proporcionará, ao servidor militar e a seus ocupantes da classificação imediatamente seguinte. (Incluído
dependentes, assistência médico-hospitalar, através do Instituto pela Lei Complementar n° 12.011/03)
de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul - IPERGS e, § 5º - Na avaliação do critério de merecimento não serão
supletivamente, através do Departamento de Saúde da Brigada consideradas condecorações e medalhas, exceto as relativas a
Militar, conforme legislações específicas. tempo de serviço. (Incluído pela Lei Complementar n°
Parágrafo único - O Departamento de Saúde da Brigada Militar 12.011/03)
destina-se a atender o policial-militar e seus dependentes.
Art. 58 - A Praça que contar com mais de 25 (vinte e cinco)
Art. 52 - Nas localidades onde não houver organizações de anos de serviço público militar, ao ser transferida, a pedido, para
saúde da Brigada Militar, os servidores militares nela sediados a reserva remunerada ou ao ser reformada, será promovida ao
poderão ser atendidos por organizações das Forças Armadas ou grau hierárquico superior imediato. (Redação dada pela Lei
civis, mediante acordos previamente estabelecidos entre estas e Complementar n° 12.351/05)
o Departamento de Saúde da Corporação. § 1º - O disposto no "caput" estende-se à Praça que, com mais
de 25 (vinte e cinco) anos de serviço público militar, for
Art. 53 - O servidor militar em serviço ativo faz jus à transferida, "ex officio", para a reserva remunerada, de acordo
hospitalização e tratamento custeado pelo Estado, quando com os incisos I, III e VII do artigo 106 desta Lei
acidentado em serviço ou acometido de doença adquirida em Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar n°
serviço ou dela decorrente. 12.351/05)
§ 2.º - Às Praças da carreira de nível médio que já tenham
Art. 54 - A assistência médico-hospitalar ao servidor militar da cumprido as exigências para a inatividade voluntária,
ativa, da reserva remunerada ou reformado, poderá ser prestada ressalvadas as hipóteses que impliquem na transferência “ex
pelas organizações de saúde, dentro das limitações dos recursos officio” para a reserva remunerada, cuja permanência no
orçamentários próprios da Brigada Militar, postos à disposição desempenho de suas funções seja julgada conveniente e
do seu Departamento de Saúde. oportuna para o serviço público militar, e que optaram por
continuar na atividade, poderá ser deferida, por ato do
Art. 55 - As normas e condições de atendimento serão Governador, uma gratificação de incentivo à permanência no
estabelecidas em regulamento próprio, através de ato do Poder serviço ativo de valor equivalente à diferença entre os
Executivo. vencimentos decorrentes da graduação que detenha no ato da
transferência para a reserva remunerada e os proventos inerentes
DA PROMOÇÃO à inativação, adicionado a este valor 80% (oitenta por cento) do
soldo básico da graduação de Primeiro Sargento da Brigada
Art. 56 - O acesso na hierarquia policial-militar é seletivo, Militar. (Redação dada pela Lei Complementar n.° 13.796/11)
gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de § 3º - A gratificação de que trata o § 2º tem natureza precária e
conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de transitória e será deferida por um período máximo de dois anos,
promoções de Oficiais e de Praças, de modo a obter-se um fluxo sendo admitidas renovações por igual período, mediante
regular e equilibrado da carreira para os servidores militares a iniciativa do Comandante imediato e juízo de conveniência e
que esses dispositivos se referem. oportunidade do Governador, ficando vedada a incorporação
§ 1º - O planejamento da carreira dos Oficiais e das Praças, desta gratificação ao soldo ou, ainda, a incorporação aos
observadas as disposições da legislação e regulamentação a que proventos quando da passagem do Praça para a reserva
se refere este artigo, é atribuição do Comando-Geral da Brigada remunerada. (Redação dada pela Lei Complementar n°
Militar, ouvido o Secretário de Estado responsável pela área da 12.351/05)
segurança pública. § 4º - Sobre a gratificação de que trata o § 2º deste artigo não
§ 2º - A promoção é ato administrativo e tem como finalidade incidirá nenhuma vantagem. (Redação dada pela Lei
básica a seleção dos servidores militares para o exercício de Complementar n° 12.351/05)
funções pertinentes ao grau hierárquico superior.
Art. 57 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS
merecimento e de antigüidade, ou, ainda, extraordinariamente. TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
§ 1º - Em casos especiais, haverá promoções em ressarcimento
de preterição. Art. 59 - As férias são afastamentos totais do serviço, anual e
§ 2º - A promoção de servidor militar feita em ressarcimento de obrigatoriamente concedidos aos servidores militares, para
preterição será efetuada segundo os princípios de antigüidade ou descanso.
merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na § 1º - As férias serão de trinta dias para todos os servidores-
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido na época militares.
devida, observado o princípio aplicável à sua promoção. § 2º - Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar a
§ 3º - A promoção de Oficiais será realizada na seguinte regulamentação da concessão das férias anuais.
proporção: (Redação dada pela Lei Complementar nº 12.413/05) § 3º - Para o primeiro período aquisitivo de férias será exigido
I – de um Oficial promovido no critério de merecimento, para 12 (doze) meses de exercício.
um no de antigüidade para o posto de Major; (Redação dada § 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
pela Lei Complementar nº 12.413/05) § 5º - É facultado o gozo de férias em 2 (dois) períodos, não
II – de três Oficiais promovidos no critério de merecimento, inferiores a 10 (dez) dias consecutivos.
para um no de antigüidade, para os demais postos, observando- § 6º - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior
se a seqüencialidade dos critérios. (Redação dada pela Lei de licença para tratamento de saúde, por punição anterior
Complementar nº 12.413/05) decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou
§ 4º - A cada processo de promoção de Oficiais, no critério de para que sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula
merecimento, proceder-se-á a escolha do servidor militar o direito àquelas licenças.
promovido na primeira vaga dentre os três melhores pontuados § 7º - Durante as férias, o servidor militar terá direito a todas as
no Quadro de Acesso respectivo e, para as vagas seguintes, se vantagens inerentes ao cargo, como se estivessem em exercício.
houver, os remanescentes da vaga anterior e mais 2 (dois)

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Art. 60 - Será pago ao servidor militar, por ocasião das férias, computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos
independentemente de solicitação, o acréscimo constitucional de legais.
1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago
antecipadamente. DAS LICENÇAS
§ 1º - O pagamento da remuneração de férias será efetuado
antecipadamente ao servidor militar que o requerer, juntamente Art. 69 - Licença é a autorização para afastamento total do
com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do serviço, em caráter temporário, concedida ao servidor militar,
início do referido período. observadas as disposições legais e regulamentares.
§ 2º - Na hipótese de férias parceladas, poderá o servidor militar § 1º - A licença pode ser:
indicar em qual dos períodos utilizará a faculdade de que trata I - especial;
este artigo. II - para tratar de interesses particulares;
III - para tratamento de saúde própria;
Art. 61 - Por absoluta necessidade de serviço, as férias poderão IV - para tratamento de saúde de pessoa da família;
ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos anuais. V - à gestante e à adotante;
VI - à paternidade;
Art. 62 - Somente em casos de interesse da segurança pública, VII - para acompanhar o cônjuge.
de manutenção da ordem, de extrema necessidade do serviço, ou § 2º - A remuneração do servidor militar, quando em qualquer
de transferência para a inatividade, os servidores militares terão das situações de licença constantes do parágrafo anterior, será
interrompido ou deixarão de gozar, na época prevista, o período regulada em legislação própria.
de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em seus § 3º - Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar
assentamentos. conceder as licenças previstas no "caput", bem como a licença
para exercício de mandato classista, observadas as necessidades
Art. 63 - Se o servidor militar vier a falecer, quando já de serviço.
implementado o período de um ano, que lhe assegure o direito a
férias, a retribuição relativa ao período, descontadas eventuais Art. 70 - A licença especial é a autorização para afastamento
parcelas correspondentes à antecipação, será paga aos total do serviço, relativa a cada qüinqüênio de tempo de efetivo
dependentes legalmente constituídos. serviço prestado, concedida ao servidor militar que a requerer,
sem que implique em qualquer restrição para a sua carreira.
Art. 64 - O servidor exonerado fará jus ao pagamento da § 1º - A licença especial tem a duração de três meses.
remuneração de férias proporcionalmente aos meses de efetivo § 2º - O período de licença especial não interrompe a contagem
exercício, descontadas eventuais parcelas já fruídas. de tempo de efetivo serviço.
Parágrafo único - O pagamento de que trata este artigo § 3º - O tempo de licença especial não gozado pelo servidor
corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que fizer militar será, mediante requerimento, computado em dobro para
jus o servidor militar, na forma prevista no artigo 61. os efeitos da inatividade e de gratificações temporais, vedada a
desconversão.
Art. 65 - O servidor militar que tiver gozado mais de 30 (trinta) § 4º - A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de
dias para tratar de interesses particulares, somente após um ano qualquer licença para tratamento de saúde e para que sejam
de efetivo exercício contado da data da apresentação, fará jus a cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito
férias. àquelas licenças.
§ 5º - Para os efeitos da concessão da licença especial, não se
Art. 66 - Os servidores militares têm direito, também, aos considerará como interrupção da prestação de serviços ao Estado
períodos de afastamento total do serviço, observadas as os afastamentos previstos nos incisos V e VI do artigo 69, as
disposições legais e regulamentares, por motivo de: licenças para tratamento de saúde própria, de até 4 (quatro)
I - núpcias; meses, e as licenças para tratamento de saúde de pessoa da
II - luto; família, de até 2 (dois) meses.
III - instalação;
IV - trânsito. Art. 71 - Ao servidor militar estável poderá ser concedida
Parágrafo único - O afastamento do serviço por motivo de licença para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até 2
núpcias ou luto, por até 8 (oito) dias consecutivos, será (dois) anos consecutivos, sem remuneração e com prejuízo da
concedido, no primeiro caso, se solicitado por antecipação à data contagem do tempo de serviço público.
do evento e, no segundo caso, tão logo a autoridade à qual § 1º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento for
estiver subordinado o servidor militar tenha conhecimento do inconveniente ao interesse do serviço.
óbito de seu ascendente, descendente, cônjuge, sogros, irmãos, § 2º - O servidor militar deverá aguardar em exercício a
companheiro ou companheira, padrasto ou madrasta, enteado e concessão da licença, salvo hipótese de imperiosa necessidade,
menor sob guarda ou tutela. devidamente comprovada à autoridade a que estiver
subordinado, considerando-se como faltas os dias de ausência ao
Art. 67 - É assegurado, ainda, o afastamento do servidor militar, serviço, caso a licença seja negada.
sem prejuízo de sua remuneração, durante os dias de provas § 3º - O servidor militar poderá, a qualquer tempo, reassumir o
finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino exercício do cargo.
superior, 1º e 2º graus, e durante os dias de provas em exames § 4º - Não se concederá nova licença, antes de decorridos 2
supletivos e de habilitação a curso superior. (dois) anos do término da anterior, contados desde a data em que
Parágrafo único - O servidor militar, sob pena de ser tenha reassumido o exercício do cargo.
considerado faltoso ao serviço, deverá comprovar perante seu Art. 72 - Será concedida ao servidor militar licença para
superior imediato as datas em que se realizarão as diversas tratamento de saúde própria, a pedido ou "ex-officio", precedida
provas e seu comparecimento. de inspeção médica realizada pelo Departamento de Saúde da
Brigada Militar, na Capital ou no interior, sem prejuízo da
Art. 68 - As férias e os outros afastamentos mencionados são remuneração a que fizer jus.
concedidos com a remuneração prevista na legislação peculiar e

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§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser II - de mais de dois até quatro anos, 150 (cento e cinqüenta)
realizada na residência do servidor, ou no estabelecimento dias; (Redação dada pela Lei nº 13.117/09)
hospitalar em que se encontrar internado. III - de mais de quatro ano até seis anos, 120 (cento e vinte dias)
§ 2º - O servidor militar não poderá recusar-se à inspeção dias; (Redação dada pela Lei nº 13.117/09)
médica. IV - de mais de seis anos, desde que menor, 90 (noventa) dias.
§ 3º - O resultado da inspeção médica será comunicado (Redação dada pela Lei nº 13.117/09)
imediatamente ao servidor militar, logo após a sua realização,
salvo se houver a necessidade de exames complementares, Art. 81 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor militar
quando então, ficará o servidor militar à disposição do terá direito à licença paternidade de 15 (quinze) dias
Departamento de Saúde da Brigada Militar. consecutivos. (Redação dada pela Lei nº 13.117/09)

Art. 73 - Findo o período de licença, o servidor militar deverá Art. 81-A - As disposições constantes dos arts. 78, 80 e 81 terão
reassumir imediatamente o exercício do cargo, sob pena de ser seus efeitos retroativos à data de início das licenças em
considerado ausente, salvo prorrogação ou determinação andamento. (Incluído pela Lei nº 13.117/09)
constante em laudo pericial.
Art. 82 - As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas
Art. 74 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão condições estabelecidas neste artigo.
ao nome ou à natureza da doença, devendo, porém, esta ser § 1º - A interrupção da licença especial e da licença para tratar
especificada através do respectivo código (CID). de interesses particulares poderá ocorrer:
Parágrafo único - Para a concessão de licença a servidor militar I - em caso de mobilização e estado de guerra;
acometido de moléstia profissional, o laudo médico deverá II - em caso de decretação de estado de sítio;
estabelecer a sua rigorosa caracterização. III - em caso de emergente necessidade e segurança pública;
IV - para cumprimento de sentença que importe em restrição da
Art. 75 - O servidor militar em licença para tratamento de saúde liberdade individual;
própria deverá abster-se do exercício de atividades V - para cumprimento de punição disciplinar, conforme
incompatíveis com o seu estado, sob pena de imediata suspensão regulamento da Força;
da mesma. VI - em caso de pronúncia em processo criminal ou indiciação
em Inquérito Policial-Militar, a juízo da autoridade que efetivou
Art. 76 - O servidor militar poderá obter licença por motivo de a pronúncia ou a indiciação.
doença do cônjuge, de ascendente, descendente, enteado e § 2º - A interrupção de licença para tratamento de saúde de
colateral consangüíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser pessoa da família e para cumprimento de pena disciplinar que
indispensável a sua assistência e esta não possa ser prestada, importe em restrição da liberdade individual, será regulada em
simultaneamente, com o exercício do cargo. legislação própria.
Parágrafo único - A doença será comprovada através de
inspeção de saúde a ser procedida pelo Departamento de Saúde DA PENSÃO POLICIAL-MILITAR
da Brigada Militar.
Art. 83 - A pensão policial-militar destina-se a amparar os
Art. 77 - A licença de que trata o artigo anterior será concedida: beneficiários do servidor militar falecido ou extraviado e será
I - com a remuneração total, até 90 (noventa) dias; paga conforme o disposto em lei.
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que
exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar a 180 (cento e oitenta) Art. 84 - A pensão policial-militar do pessoal do serviço ativo,
dias; da reserva ou reformado será a do Instituto de Previdência do
III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que Estado, conforme legislação específica, salvo no caso do artigo
exceder a 180 (cento e oitenta) e não ultrapassar a 365 (trezentos seguinte.
e sessenta e cinco) dias.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela Art. 85 - O servidor militar morto em campanha ou em ato de
mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serviço, ou em conseqüência de acidente em serviço, deixará a
serão consideradas como prorrogação. seus dependentes pensão correspondente aos vencimentos
integrais do grau hierárquico imediatamente superior ao que
Art. 78 - À servidora militar é concedido licença maternidade de possuir na ativa.
180 (cento e oitenta) dias, mediante inspeção médica e sem Parágrafo único - O disposto no "caput" sobre o valor da
prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei nº 13.117/09) pensão não se aplica ao servidor militar que for promovido
Parágrafo único - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) extraordinariamente.
dias do evento, a servidora-militar será submetida a inspeção DAS PRERROGATIVAS
médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.
Art. 86 - As prerrogativas dos servidores militares são
Art. 79 - Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos
é assegurado à servidora-militar lactante, durante o período de 2 graus hierárquicos e cargos.
(dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, Parágrafo único - São prerrogativas dos servidores militares:
quando seu regime de trabalho obedecer a dois turnos, ou a três I - o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas
horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho policiais-militares da Brigada Militar, correspondentes ao posto
obedecer a turno único. ou à graduação;
II - as honras, tratamento e sinais de respeito que lhes são
Art. 80 - À servidora-militar adotante será concedida licença a assegurados em leis ou regulamentos;
partir da concessão do termo de guarda ou da adoção, III - as penas de prisão, detenção ou reclusão, fixadas em
proporcional à idade do adotado: sentença judicial e os casos de prisão provisória, serão
I - de zero a dois anos, 180 (cento e oitenta) dias; (Redação dada cumpridos em organização policial-militar, cujo Comandante,
pela Lei nº 13.117/09) Chefe ou Diretor tenha precedência hierárquica sobre a pessoa
do preso;

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IV - julgamento em foro especial, nos crimes militares; organizações de qualquer natureza, empregadores, empresas e
V - livre ingresso e trânsito, em objeto de serviço, em qualquer institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido
recinto público ou privado, respeitada a garantia constitucional que sejam usados uniformes ou ostentados distintivos,
da inviolabilidade do domicílio; equipamentos, insígnias ou emblemas que possam ser
VI - prioridade em qualquer serviço de transporte ou confundidos com os adotados na Brigada Militar.
comunicação, público ou privado, no território estadual, quando
em serviço de caráter urgente; DA AGREGAÇÃO
VII - carteira de identidade de acordo com modelo
regulamentar, que consigne os direitos e prerrogativas Art. 92 - A agregação é a situação transitória na qual o servidor
instituídos em lei, para o exercício funcional; militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica de
VIII - não confinamento em cela no caso de punição seu Quadro, nela permanecendo sem número.
administrativa. § 1º - O servidor militar será agregado quando:
I - exercer cargo ou função não previstos nos quadros de
Art. 87 - Somente em caso de flagrante delito o servidor militar organização da Brigada Militar, criados em lei para provimento
poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando esta e desempenho privativos de servidores militares;
obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial- II - aguardar transferência "ex-officio" para a reserva
militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer dos
policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante. requisitos que a motivam;
§ 1º - Cabe ao Comandante-Geral da Brigada Militar a iniciativa III - for afastado temporariamente do serviço ativo por motivo
de responsabilizar a autoridade policial que não cumprir o de:
disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja a) ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano
maltratado qualquer preso servidor militar ou não lhe der o contínuo de tratamento;
tratamento devido ao seu posto ou a sua graduação. b) ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o
§ 2º - Se durante o processo em julgamento no foro civil houver processo de reforma;
perigo de vida para qualquer preso servidor militar, a autoridade c) haver ultrapassado um ano contínuo de licença para
policial-militar da localidade providenciará em entendimentos tratamento de saúde própria;
com a autoridade judiciária, visando à guarda do Foro ou d) ter-lhe sido concedida licença para tratar de interesses
Tribunal por força policial-militar, se for o caso. particulares ou licença para desempenho de mandato em
associação de classe;
DO USO DOS UNIFORMES DA BRIGADA MILITAR e) haver ultrapassado seis meses contínuos de licença para
tratamento de saúde de pessoa da família;
Art. 88 - Os uniformes da Brigada Militar, com seus distintivos, f) ter sido considerado oficialmente extraviado;
insígnias e emblemas são privativos dos servidores militares e g) haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de
representam o símbolo da autoridade policial-militar, com as deserção previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça
prerrogativas que lhe são inerentes. com estabilidade assegurada;
Parágrafo único - Constituem crimes previstos na legislação h) como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter
específica o desrespeito aos uniformes, distintivos, insígnias e sido capturado e reincluído a fim de se ver processar;
emblemas policiais-militares, bem como seu uso por quem a ele i) se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da
não tiver direito. justiça comum ou militar;
j) ter-lhe sido concedida a licença especial de que trata o
Art. 89 - O uso dos uniformes, com seus distintivos, insígnias e parágrafo 1º do art. 102 desta Lei, enquanto aguarda
emblemas, bem como os modelos, descrição, peças, acessórios e transferência para a reserva remunerada;
outras disposições, são estabelecidos na regulamentação da l) ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a
Brigada Militar. seis meses, com sentença passada em julgado, enquanto durar a
§ 1º - É proibido ao servidor militar o uso de uniforme: execução;
I - em reuniões, propaganda ou qualquer outra manifestação de m) ter passado à disposição de Secretaria do Governo ou de
caráter político-partidário; outro órgão do Estado, da União, dos Estados ou dos Territórios
II - na inatividade, salvo para comparecer a solenidades ou Municípios, para exercer função de natureza civil, salvo se
militares e policiais-militares e, quando autorizado, a cerimônias for do interesse da segurança pública;
cívicas comemorativas das datas nacionais ou a atos sociais n) ter sido, com prévia autorização ou mediante ato do
solenes de caráter particular; Governador do Estado, investido em cargo, função ou emprego
III - no estrangeiro, quando em atividade não relacionada com a público civil temporário, inclusive da administração indireta;
missão de servidor militar, salvo quando expressamente o) ter-se candidatado a cargo eletivo, desde que conte com dez
determinado ou autorizado. ou mais anos de efetivo serviço;
§ 2º - Os servidores militares na inatividade, cuja conduta possa p) ser afastado das funções de acordo com o previsto nesta lei ou
ser considerada como ofensiva à dignidade da classe, poderão condenado a pena de suspensão do exercício do posto,
ser definitivamente proibidos de usar uniformes, por decisão do graduação, cargo ou função prevista em lei;
Comandante-Geral da Brigada Militar. q) haver ultrapassado seis meses contínuos, na situação de
convocado para funcionar como Juiz do Tribunal Militar do
Art. 90 - O servidor militar fardado tem as obrigações Estado;
correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos, r) ter-lhe sido concedida licença para acompanhar o cônjuge, na
emblemas e insígnias que ostenta. forma do artigo 148 desta Lei.
§ 2º - O servidor militar agregado de conformidade com os
Art. 91 - É vedado a qualquer organização ou pessoa civil usar incisos I e II do parágrafo 1º continua a ser considerado, para
uniformes ou ostentar distintivos, equipamentos, insígnias ou todos os efeitos, em serviço ativo.
emblemas iguais aos adotados na Brigada Militar ou que com § 3º - A agregação do servidor militar a que se refere o inciso I e
eles possam ser confundidos. as letras "m" e "n" do inciso III do parágrafo 1º é contada desde
Parágrafo único - Serão responsabilizados pela infração das a posse do novo cargo e até o regresso à Corporação ou
disposições deste artigo os diretores ou chefes de sociedades ou transferência "ex-officio" para a reserva remunerada.

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§ 4º - A agregação do servidor militar a que se refere as letras VI - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por
"a", "c", "d", "e", e "j", do inciso III do parágrafo 1º é contada a incapacidade definitiva, retorna ao respectivo Quadro, estando
partir do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto este com o seu efetivo completo.
durarem o respectivo evento ou situação. § 1º - O servidor militar cuja situação é a de excedente, salvo o
§ 5º - A agregação do servidor militar a que se refere o inciso II indevidamente promovido, ocupa a mesma posição relativa em
e as letras "b", "f", "g", "h", "i", "l", e "p" do inciso III do antigüidade que lhe cabe, na escala hierárquica, com a
parágrafo 1º é contada a partir da data indicada no ato que torna abreviatura "Excd" e receberá o número que lhe competir em
público o respectivo evento. conseqüência da primeira vaga que se verificar.
§ 6º - A agregação do servidor militar a que se refere a letra "o" § 2º - O servidor militar cuja situação é a de excedente é
do inciso III do parágrafo 1º é contada a partir da data do considerado como em efetivo serviço para todos os efeitos e
registro como candidato e até sua diplomação ou seu regresso à concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de
corporação, se não houver sido eleito. condições e sem nenhuma restrição a qualquer cargo policial-
§ 7º - Ultrapassados dois anos, contínuos ou não, de agregação, militar, bem como à promoção.
nos termos da letra "n" do inciso III do parágrafo 1º, o servidor § 3º - O servidor militar promovido por bravura, sem haver
militar ficará automaticamente transferido para a reserva, nas vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando para a vaga
mesmas condições do que houver aceito cargo público seguinte o princípio de promoção que deveria ter sido seguido.
permanente. § 4º - O servidor militar promovido indevidamente só contará
§ 8º - O servidor militar em atividade, com mais de 10 (dez) antigüidade; e receberá o número que lhe competir na escala
anos de serviço, ao candidatar-se a cargo eletivo, será afastado hierárquica, quando a vaga a ser preenchida corresponder ao
temporariamente, do serviço ativo e agregado, e, se eleito e princípio pelo qual deveria ter sido promovido, desde que
diplomado, será transferido para a reserva remunerada, com satisfaça aos requisitos para a promoção.
remuneração proporcional ao seu tempo de serviço.
§ 9º - O servidor militar agregado fica sujeito às obrigações DO AUSENTE
disciplinares concernentes às suas relações com outros
servidores militares e autoridades civis, salvo quando titular do Art. 98 - É considerado ausente o servidor militar que, por mais
cargo que lhe dê precedência funcional sobre outros servidores de vinte e quatro horas consecutivas:
militares mais graduados ou mais antigos. I - deixar de comparecer à sua Organização Policial-Militar, sem
comunicar qualquer motivo de impedimento;
Art. 93 - O servidor militar agregado ficará adido, para efeito de II - ausentar-se, sem licença, da Organização Policial-Militar
alterações e remuneração, à organização policial-militar que lhe onde serve ou do local onde deva permanecer.
for designada, continuando a figurar no respectivo registro, sem Parágrafo único - Decorrido o prazo mencionado neste artigo,
número, no lugar que até então ocupava, com a abreviatura "Ag" serão observadas as formalidades previstas em legislação
e anotações esclarecedoras de sua situação. específica.

Art. 94 - A agregação se faz por ato do Governador do Estado DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO


para os Oficiais e do Comandante-Geral para as Praças.
Art. 99 - É considerado desaparecido o servidor militar da ativa
DA REVERSÃO que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem, em
operações policiais-militares ou em caso de calamidade pública,
Art. 95 - Reversão é o ato pelo qual o servidor militar agregado tiver paradeiro ignorado por mais de oito dias.
retorna ao respectivo quadro tão logo cesse o motivo que § 1º - A situação do desaparecido só será considerada quando
determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe não houver indício de deserção.
competir na respectiva escala numérica, na primeira vaga que § 2º - O servidor militar da ativa, com estabilidade assegurada,
ocorrer. que permanecer desaparecido por mais de trinta dias, será
Parágrafo único - A qualquer tempo poderá ser determinada a oficialmente considerado extraviado.
reversão do militar agregado, exceto nos casos previstos nas
letras "a", "b", "c", "f", "g", "l", "o", e "p" do inciso III do DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO
parágrafo 1º do artigo 92. ATIVO

Art. 96 - A reversão será efetuada mediante ato do Governador Art. 100 - O desligamento ou exclusão do serviço do servidor
do Estado para os Oficiais e do Comandante-Geral para as militar é feito em conseqüência de:
Praças. I - transferência para a reserva remunerada;
II - reforma;
DO EXCEDENTE III - demissão;
IV - perda do posto ou patente;
Art. 97 - Excedente é a situação transitória a que V - licenciamento;
automaticamente passa o servidor militar que: VI - exclusão a bem da disciplina;
I - tendo cessado o motivo que determinou a sua agregação, VII - deserção;
reverte ao respectivo quadro, estando este com seu efetivo VIII - falecimento;
completo; IX - extravio.
II - aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após Parágrafo único - O desligamento do serviço será processado
haver sido transferido de quadro, estando o mesmo com o seu após a expedição de ato do Governador do Estado ou de
efetivo completo; autoridade à qual para tanto tenham sido delegados ou
III - é promovido por bravura, sem haver vaga; concedidos poderes.
IV - é promovido indevidamente;
V - sendo o mais moderno na respectiva escala hierárquica, Art. 101 - A transferência para a reserva remunerada ou a
ultrapassa o efetivo de seu quadro, em virtude de promoção de reforma não isentam o servidor militar de indenização dos
outro servidor militar em ressarcimento de preterição; prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem do
pagamento das pensões decorrentes de sentença judicial.

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Art. 102 - Ao servidor militar da ativa, enquadrado nos incisos I não eletivo, inclusive na Administração Indireta, e permanecer
ou V do artigo 100 ou demissionário a pedido, serão aplicadas as afastado das funções por 2 (dois) anos, contínuos ou não;
disposições constantes nos parágrafos deste artigo, com relação V – for diplomado para desempenho de cargo eletivo;
ao seu desligamento da Organização Policial-Militar em que VI - quando Coronel, for demitido por necessidade de serviço
serve. ou for dispensado da função de Comandante-Geral e não aceitar
§ 1º - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido nomeação para outro cargo policial-militar;
protocolado, no órgão encarregado da administração do pessoal, VII - for abrangido pela Quota Compulsória.
o requerimento de transferência para a reserva remunerada, na § 1º - A transferência para a reserva remunerada processar-se-á à
forma do inciso I do artigo 100, o servidor militar será medida que o servidor militar for enquadrado em um dos itens
considerado em licença especial, sem prejuízo da remuneração e deste artigo.
da contagem de tempo de serviço, para todos os efeitos, podendo § 2º - Enquanto permanecer no cargo que trata o inciso IV:
afastar-se do serviço, enquanto aguarda o desligamento, salvo a) fica assegurada a opção entre a remuneração do cargo e a do
se, antes, tiver sido cientificado do indeferimento do pedido. posto ou graduação;
§ 2º - Nos demais casos previstos no "caput" deste artigo, o b) somente poderá ser promovido por antigüidade;
desligamento será feito após a publicação do ato correspondente, c) o tempo de serviço será contado apenas para a promoção por
no Diário Oficial e no boletim da organização em que serve o antigüidade e para a transferência à inatividade.
servidor militar, a qual não poderá exceder de trinta dias da
primeira publicação Oficial. Art. 107 - A Quota compulsória que se refere o inciso VII do
artigo 106 assegurará, anualmente, o número fixo de vagas
DA REINCLUSÃO necessárias à renovação, ao equilíbrio, à regularidade de acesso
e à adequação dos efetivos de Oficiais da Brigada Militar.
Art. 103 - A Praça licenciada a pedido ou "ex-officio", neste
último caso desde que não seja a bem da disciplina, poderá ser Art. 108 - O número de vagas previsto no artigo anterior,
reincluída, mediante novo concurso público. observadas as disposições deste artigo e dos seguintes, será
Parágrafo único - Em hipótese alguma a Praça licenciada no fixado nas seguintes proporções:
comportamento "MAU"' poderá ser incluída novamente. I - 1/5 (um quinto) por ano, do efetivo previsto para Coronel
QOEM;
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA II - uma, de dois em dois anos, de Coronel do QOES;
REMUNERADA III - 1/12 (um doze avos), por ano, do efetivo previsto para
Tenente-Coronel do QOEM.
Art. 104 - A passagem do servidor militar à situação de
inatividade, mediante transferência para a reserva remunerada, Art. 109 - As vagas são consideradas abertas na data da
se efetua: assinatura do ato que agregar, inativar, demitir ou reconhecer o
I - a pedido; óbito.
II - "ex-officio". § 1º - O número de Oficiais a serem atingidos pela Quota
Compulsória é calculado, deduzindo-se das proporções fixadas
Art. 105 - A transferência para a reserva remunerada, a pedido, no art. 108 o total de vagas abertas no ano-base, nas situações
será concedida, mediante requerimento, ao servidor militar que previstas no "caput" deste artigo, excetuando-se as decorrentes
conte, no mínimo, com trinta anos de serviço, se homem, e vinte dos incisos I, II e VII do artigo 106.
e cinco anos, se mulher. § 2º - Considera-se ano-base o período de 1º de janeiro a 31 de
Parágrafo único - No caso de o servidor militar haver realizado dezembro, inclusive, do ano imediatamente anterior.
qualquer curso ou estágio por conta do Estado, de duração § 3º - As frações que resultarem da aplicação das proporções
superior a seis meses, sem haver decorrido três anos de seu estabelecidas neste artigo serão adicionadas, cumulativamente,
término, a transferência para a reserva só será concedida aos cálculos correspondentes dos períodos seguintes, até
mediante indenização de todas as despesas correspondentes à completar-se, pelo menos, um inteiro, que, então, será
realização do referido curso ou estágio, inclusive as diferenças computado para a obtenção de uma vaga para a promoção
de vencimentos, na forma regulamentar. obrigatória.
§ 4º - As vagas decorrentes das inativações previstas nos incisos
Art. 106 - A transferência "ex-officio" para a reserva I, II e VII do art. 106 e as resultantes das promoções efetivas nos
remunerada verificar-se-á sempre que o servidor militar incidir diversos postos, em face da aplicação daquele dispositivo, não
em um dos seguintes casos: serão preenchidas por Oficiais excedentes ou desagregados em
I - atingir as seguintes idades limites: virtude de haver cessado as causas da agregação.
a) Oficiais: § 5º - As Quotas Compulsórias só serão aplicadas quando
Coronel - 59 anos; houver, no posto imediatamente inferior, Oficiais que satisfaçam
Tenente-Coronel - 57 anos; as condições de acesso.
Major - 56 anos; § 6º - A indicação dos Oficiais para integrarem a Quota
Capitão - 55 anos; Compulsória obedecerá às seguintes prescrições:
Tenente - 54 anos. I - inicialmente serão apreciados os requerimentos apresentados
b) Praças - 55 anos; até 31 de dezembro do ano-base, pelos Oficiais da ativa que,
II - o Oficial, ao completar 30 (trinta) anos de serviço e: contando mais de 20 (vinte) anos de tempo de efetivo serviço,
a) 6 (seis) anos ou mais de permanência no último posto de seu requererem a sua inclusão na Quota Compulsória, dando-se
Quadro, se for Oficial de nível superior; ou atendimento, por prioridade, aos mais idosos;
b) 35 (trinta e cinco) anos de efetivo exercício, em qualquer II - se o número de Oficiais voluntários, na forma do inciso I,
hipótese; não atingir o total de vagas da quota, esse total será completado
III - ultrapassar 2 (dois) anos contínuos de licença para "ex-officio" entre os Oficiais de maior antigüidade no posto,
tratamento de saúde em pessoa da família; limitados ao número de vagas e desde que contem, no mínimo,
IV - agregar para, com prévia autorização ou mediante ato do com 30 (trinta) anos de serviço, até 31 de dezembro do ano-
Governador do Estado, assumir cargo público civil temporário, base;

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III - deixarão de ser indicados os Oficiais agregados por § 1º - Aos atuais postos de 1º e 2º Tenentes, em extinção, aplica-
extravio ou deserção. se o disposto na alínea "b" do inciso I deste artigo.
§ 2º - O servidor militar reformado na forma dos itens V e VI só
Art. 110 - O órgão competente organizará, até o dia 31 de poderá readquirir a situação de servidor militar anterior,
janeiro de cada ano, a lista dos Oficiais destinados a integrar a respectivamente, por outra sentença do Tribunal Militar do
Quota Compulsória, na forma do § 6º do artigo anterior. Estado e nas condições nela estabelecidas, ou por decisão do
§ 1º - Os Oficiais indicados para integrar a Quota Compulsória Comandante-Geral da Brigada Militar, em processo regular.
anual serão notificados imediatamente pelo Presidente do órgão
competente, e terão, para apresentar recurso contra esta medida, Art. 115 - Anualmente, no mês de fevereiro, o órgão
o prazo previsto no artigo 47, § 1º, alínea "a". responsável pelo pessoal da Corporação organizará a relação dos
§ 2º - Decorrido o prazo recursal, será publicada, no Boletim servidores militares que houverem atingido a idade-limite de
Geral da Corporação, a lista dos Oficiais que foram abrangidos permanência na reserva remunerada, a fim de serem reformados.
pela Quota Compulsória, baixando-se os atos de agregação, Parágrafo único - A situação de inatividade do servidor militar
cujos efeitos se contarão a partir da data da publicação da lista. da reserva remunerada, quando reformado por limite de idade,
§ 3º - A transferência para a reserva, por abrangência da Quota não sofre solução de continuidade, exceto quanto às condições
Compulsória, efetivar-se-á dentro dos 60 (sessenta) dias de convocação.
seguintes ao da agregação.
Art. 116 - A incapacidade definitiva pode sobrevir em
Art. 111 - A transferência do servidor militar para a reserva conseqüência de:
remunerada pode ser suspensa na vigência de estado de sítio, de I - ferimento sofrido em ação policial ou enfermidade contraída
calamidade pública e nos casos de convocação e mobilização, nessa circunstância ou que nela tenha causa eficiente, bem como
nos termos da lei. em decorrência da agressão sofrida e não provocada pelo serviço
militar, no exercício de suas atribuições;
Art. 112 - O Oficial da reserva remunerada poderá ser II - acidente em serviço, entendido como:
convocado para o serviço ativo por ato do Governador do a) por ato relacionado, mediata ou imediatamente, com as
Estado, por proposição do Comandante-Geral, para compor o atribuições do posto ou graduação, ainda que ocorrido em
Conselho de Justificação, para ser encarregado de Inquérito horário ou local diverso daquele determinado para o exercício de
Policial-Militar ou para ser incumbido de outros procedimentos suas funções;
administrativos, na falta de Oficial da ativa em situação b) por situação ocorrida no percurso da residência para o
hierárquica compatível com a do Oficial envolvido. trabalho e vice-versa;
§ 1º - O Oficial convocado nos termos deste artigo terá os c) em treinamento; e
direitos e deveres dos Oficiais da ativa de igual situação d) em represália, por sua condição de servidor militar.
hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não concorrerá e III - doença, moléstia ou enfermidade adquirida com relação de
contará como acréscimo esse tempo de serviço. causa e efeito a condições inerentes ao serviço;
§ 2º - A convocação de que trata este artigo terá a duração IV - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
necessária ao cumprimento da atividade que a ela deu origem, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
não devendo ser superior ao prazo de doze meses e dependerá da cardiopatia grave, males de Addison e de Parkinson, pênfigo,
anuência do convocado, sendo precedida de inspeção de saúde. espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, esclerose
múltipla, estados avançados do mal de Paget (osteíte
DA REFORMA deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida e outras
que a lei indicar, com base na medicina especializada;
Art. 113 - A passagem do servidor militar à situação de V - acidente, doença, moléstia ou enfermidade sem relação de
reformado efetua-se "ex officio". causa e efeito com o serviço.
§ 1º - Os casos de que tratam os itens I, II, e III deste artigo
Art. 114 - A reforma de que trata o artigo anterior será aplicada serão provados por atestado de origem ou inquérito sanitário de
ao servidor militar que: origem, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital,
I - atingir as seguintes idades-limites de permanência na reserva papeletas de tratamento nas enfermarias e hospitais, bem como
remunerada: os registros de baixa, utilizados como meios subsidiários para
a) para Oficial Superior - 64 anos esclarecer a situação.
b) para Capitão e Tenente - 60 anos § 2º - Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão
c) para Praças - 56 anos basear seus julgamentos, obrigatoriamente, em observações
II - for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo da clínicas acompanhadas de repetidos exames subsidiários, de
Brigada Militar e não houver possibilidade de, na forma modo a comprovar, com segurança, a atividade da doença, após
regulamentar, ser readaptado em decorrência de limitação que acompanhar sua evolução até três períodos de seis meses de
tenha sofrido em sua capacidade física e mental, a pedido ou ex- tratamento clínico-cirúrgico metódico, atualizado e, sempre que
officio, conforme a avaliação médica a ser procedida por Junta necessário, nosocomial, salvo quando se tratar de formas
Policial-Militar de Saúde; avançadas no conceito clínico e sem qualquer possibilidade de
III - estiver agregado por mais de dois anos, por ter sido julgado regressão completa, as quais terão parecer imediato da
incapaz temporariamente, mediante homologação de Junta de incapacidade definitiva.
Saúde ainda que se trate de moléstia curável; § 3º - O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose,
IV - for condenado à pena de reforma, prevista em lei, por para os portadores de lesões aparentemente inativas, ficará
sentença passada em julgado; condicionado a um período de consolidação extranosocomial
V - sendo Oficial, a reforma tiver sido determinada pelo nunca inferior a seis meses contados a partir da época da cura.
Tribunal Militar do Estado, em julgamento por ele efetuado, em § 4º - Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio
conseqüência de Conselho de Justificação a que foi submetido; mental ou neuro-mental grave persistente, no qual, esgotados os
VI - sendo Aluno-Oficial ou Praça com estabilidade assegurada, meios habituais de tratamento, permaneça alteração completa ou
tal medida for indicada ao Comandante-Geral da Brigada Militar considerável na personalidade, destruindo a autodeterminação
em julgamento de Conselho de Disciplina. do pragmatismo e tornando o indivíduo total e permanentemente
impossibilitado para qualquer trabalho.

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§ 5º - Ficam excluídas do conceito de alienação mental as ato da reforma, sob a pena de suspensão do pagamento da
epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pelas Juntas remuneração respectiva.
de Saúde. § 2º - A interdição judicial do servidor militar e seu
§ 6º - Considera-se paralisia todo caso de neuropatia grave e internamento em instituição apropriada, policial-militar ou não,
definitiva que afeta a motilidade, sensibilidade, troficidade e deverão ser providenciados pela Corporação quando:
mais funções nervosas, no qual, esgotados os meios habituais de I - não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
tratamento permaneçam distúrbios graves, extensos e II - não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas
definitivos, que tornem o indivíduo total e permanentemente neste artigo.
impossibilitado para qualquer trabalho. § 3º - Os processos e os atos de registro de interdição do
§ 7º - São também equiparados a paralisias os casos de afecção servidor militar serão isentos de custas na Justiça Estadual.
ósteo-músculo-articulares graves e crônicos (reumatismos
graves e crônicos ou progressivos e doenças similares), nos DA DEMISSÃO, DA PERDA DO POSTO E DA PATENTE
quais, esgotados os meios habituais de tratamento, permaneçam E DA DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE OU
distúrbios extensos e definitivos, querósteo-músculo-articulares INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO
residuais, quer secundários das funções nervosas, motilidade,
troficidade ou mais funções, que tornem o indivíduo total e Art. 122 - A demissão da Brigada Militar, aplicada
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. exclusivamente aos Oficiais, se efetua:
§ 8º - São equiparados à cegueira, não só os casos de afecção I - a pedido;
crônica, progressiva e incurável que conduzirão à cegueira total, II - "ex-officio".
como também os de visão rudimentar que apenas permitam a
percepção de vultos, não suscetíveis de correção por lentes nem Art. 123 - A demissão a pedido será concedida, diante de
removíveis por tratamento médico-cirúrgico. requerimento do interessado:
I - sem indenização aos cofres públicos, quando contar com
Art. 117 - O servidor militar da ativa, julgado incapaz mais de cinco anos de Oficialato;
definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I, II, III II - com indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua
e IV do artigo anterior, será reformado com remuneração preparação e formação, quando contar menos de cinco anos de
integral, qualquer que seja o seu tempo de serviço. Oficialato.
§ 1º - No caso de o Oficial ter feito qualquer curso ou estágio de
Art. 118 - O servidor militar da ativa, julgado incapaz duração igual ou superior a seis meses e inferior ou igual a
definitivamente por um dos motivos constantes do item I do dezoito meses, por conta do Estado, e não tendo decorrido mais
artigo 116, será promovido extraordinariamente, nos termos de três anos de seu término, a demissão só será concedida
definidos em lei específica, antes de ser reformado. mediante indenização de todas as despesas correspondentes ao
Parágrafo único - Nos casos previstos nos itens II, III e IV do referido curso ou estágio, acrescidas, se for o caso, das previstas
artigo 116, verificada a incapacidade definitiva, o servidor no item II deste artigo a das diferenças de vencimentos.
militar considerado inválido, com impossibilidade total e § 2º - No caso de o Oficial ter feito qualquer curso ou estágio de
permanente para qualquer trabalho, será reformado com duração superior a dezoito meses, por conta do Estado, aplicar-
remuneração correspondente ao grau hierárquico imediatamente se-á o disposto no parágrafo anterior, se ainda não houverem
superior ao que possuir na ativa. decorrido mais de cinco anos de seu término.
§ 3º - O Oficial demissionário a pedido não terá direito a
Art. 119 - O servidor militar da ativa, julgado incapaz qualquer remuneração, sendo a sua situação militar definida pela
definitivamente por um dos motivos constantes do item V do Lei de Serviço Militar.
artigo 116, será reformado: § 4º - O direito à demissão a pedido pode ser suspenso, na
I - com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se vigência de estado de guerra, de sítio, e nos casos de perturbação
Oficial ou Praça com estabilidade assegurada; da ordem interna, de mobilização ou de calamidade pública.
II - com remuneração integral do seu posto ou graduação, desde
que, com qualquer tempo de serviço, seja considerado inválido, Art. 124 - O Oficial da ativa empossado em cargo público
com impossibilitante total e permanente para qualquer trabalho. permanente, estranho à sua carreira será imediatamente,
mediante demissão "ex-officio", transferido para a reserva, onde
Art. 120 - O servidor militar, reformado por incapacidade ingressará com o posto que possuir na ativa e com as obrigações
definitiva, que for julgado apto em inspeção de saúde pela Junta estabelecidas em lei, não podendo acumular qualquer proventos
Superior de Saúde, em grau de recurso ou revisão, poderá de inatividade com a remuneração do cargo público permanente.
retornar ao serviço ativo ou ser transferido para a reserva
remunerada. Art. 125 - O Oficial que houver perdido o posto e a patente será
§ 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido demitido "ex-officio", sem direito a qualquer remuneração ou
na situação de reformado não ultrapassar dois anos e na forma indenização, e terá a sua situação definida pela Lei do Serviço
do § 1º do artigo 97. Militar.
§ 2º - A transferência para a reserva remunerada, observado o
limite de idade para permanência nessa situação, ocorrerá se o Art. 126 - O Oficial perderá o posto e a patente se for declarado
tempo decorrido na situação de reformado ultrapassar dois anos. indigno do Oficialato, ou com ele incompatível, por decisão do
Tribunal Militar do Estado, em decorrência de julgamento a que
Art. 121 - O servidor militar reformado por alienação mental, for submetido.
enquanto não ocorrer a designação judicial de curador, terá a sua
remuneração paga aos seus beneficiários, desde que o tenham Parágrafo único - O Oficial declarado indigno do Oficialato, ou
sob sua guarda e responsabilidade e lhe dispensem tratamento com ele incompatível, e condenado à perda de posto e patente,
humano e condigno. só poderá readquirir a situação de servidor militar anterior por
§ 1º - A interdição judicial do servidor militar reformado por outra sentença do Tribunal Militar do Estado e nas condições
alienação mental deverá ser providenciada pelos beneficiários, nela estabelecidas.
parentes ou responsáveis, até sessenta dias a contar da data do

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Art. 127 - Fica sujeito a declaração de indignidade para o Art. 132 - A exclusão a bem da disciplina será aplicada "ex-
Oficialato, ou de incompatibilidade com o mesmo, por officio":
julgamento do Tribunal Militar do Estado, o Oficial que: a) às Praças sem estabilidade que forem condenadas a pena
I - for condenado por Tribunal Civil ou Militar a pena restritiva restritiva de liberdade superior a dois anos, no foro civil ou
de liberdade individual superior a dois anos, em decorrência de militar, em sentença transitada em julgado.
sentença condenatória passada em julgado; b) aos Alunos-Oficiais ou às Praças com estabilidade
II - for condenado por sentença passada em julgado por crime assegurada:
para o qual a lei comine essa pena acessória; I - sobre as quais houver pronunciado tal sentença o Conselho
III - incidir nos casos previstos em lei específica, que motivam o Permanente de Justiça, por haverem sido condenadas em
julgamento por Conselho de Justificação e neste for considerado sentença passada em julgado por aquele Conselho ou pela
culpado; Justiça Civil a pena restritiva de liberdade individual superior a
IV - tiver perdido a nacionalidade brasileira. dois anos, ou, nos crimes previstos na legislação especial
concernente à Segurança Nacional, a pena de qualquer duração;
DO LICENCIAMENTO II - sobre as quais houver pronunciado tal sentença o Conselho
Permanente de Justiça, por haverem perdido a nacionalidade
Art. 128 - O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente brasileira;
às Praças, se efetua: III - incidirem nos casos que motivaram julgamento por
I - a pedido; Conselho de Disciplina e neste forem considerados culpados.
II - "ex-officio". Parágrafo único - O Aluno-Oficial ou a Praça com estabilidade
§ 1º - O licenciamento a pedido poderá ser concedido, desde que assegurada que houver sido excluído a bem da disciplina, só
não haja prejuízo para o serviço, à Praça engajada ou reengajada poderá readquirir a situação de servidor militar anterior:
que conte, no mínimo, a metade do tempo de serviço a que se a) por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça e nas
obrigou. condições nela estabelecidas, se a exclusão for conseqüência de
§ 2º - O licenciamento "ex-officio" se dará: sentença daquele Conselho;
I - por conclusão de tempo de serviço; b) por decisão do Comandante-Geral da Brigada Militar, em
II - por conveniência do serviço; processo regular, se a exclusão for conseqüência de ter sido
III - a bem da disciplina. julgado culpado em Conselho de Disciplina.
§ 3º - O servidor militar licenciado não tem direito a qualquer
remuneração e terá sua situação militar definida pela Lei do Art. 133 - Compete ao Governador do Estado o ato de exclusão,
Serviço Militar. a bem da disciplina, das Praças com estabilidade. (Redação dada
§ 4º - O licenciado "ex-officio" a bem da disciplina receberá o pela Lei Complementar n° 11.831/02)
Certificado de Isenção previsto na Lei do Serviço Militar.
§ 5º - Compete ao Governador do Estado o ato licenciamento Art. 134 - A exclusão da Praça a bem da disciplina acarreta a
das Praças. (Redação dada pela Lei Complementar n° perda do seu grau hierárquico e não a isenta das indenizações
11.831/02) dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem
das pensões decorrentes de sentença judicial.
Art. 129 - O Aluno-Oficial e as demais Praças sem estabilidade Parágrafo único - A Praça excluída a bem da disciplina não
assegurada, empossadas em cargo público permanente estranho terá direito a qualquer remuneração ou indenização e sua
à sua carreira, serão imediatamente licenciados "ex officio", sem situação militar será definida pela Lei do Serviço Militar.
remuneração, e terão sua situação militar definida pela Lei do
Serviço Militar. DA DESERÇÃO
Parágrafo único - As Praças que tiverem feito curso ou estágio
aplicam-se as disposições dos parágrafo único do artigo 105. Art. 135 - A deserção do servidor militar acarreta a interrupção
do serviço policial-militar, com a conseqüente demissão "ex-
Art. 130 - O direito ao licenciamento a pedido poderá ser officio" para o Oficial ou exclusão do serviço ativo para a Praça.
suspenso na vigência do estado de guerra ou de sítio e nos casos § 1º - A demissão do Oficial ou exclusão da Praça com
de perturbado da ordem interna, de mobilização ou de estabilidade processar-se-á após um ano de agregação, se não
calamidade pública. houver captura ou apresentação voluntária antes do término
desse prazo.
DA ANULAÇÃO DE INCLUSÃO § 2º - A Praça sem estabilidade assegurada será
automaticamente excluída, ao ser oficialmente declarada
Art. 131 - A anulação de inclusão, para as Praças, ocorrerá desertora.
durante a prestação do serviço policial-militar inicial nos § 3º - O servidor militar desertor que for capturado ou que se
seguintes casos: apresentar voluntariamente depois de haver sido demitido ou
I - de irregularidade no recrutamento, inclusive relacionada com excluído, será submetido a inspeção de saúde e, se julgado apto,
a seleção; reincluído no serviço ativo e, a seguir, agregado para se ver
II - de moléstia não adquirida em serviço, em conseqüência da processar e, na hipótese de ser julgado incapaz, a sua situação
qual o voluntário venha a permanecer afastado do serviço será regulada na legislação específica.
durante noventa dias, consecutivos ou não; § 4º - A reinclusão em definitivo do servidor militar de que trata
III - se o voluntário for portador de moléstia que o incapacite o parágrafo anterior dependerá de sentença do Conselho de
para o serviço e que haja escapado à observação da Junta Justiça.
Policial-Militar de Saúde, por ocasião da inspeção para a
inclusão. DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO
Parágrafo único - Cabe ao Comandante-Geral determinar a
anulação de Inclusão. Art. 136 - O falecimento do servidor militar da ativa acarreta
interrupção do serviço policial-militar, com o conseqüente
DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA DISCIPLINA desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da
ocorrência do óbito.

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Art. 137 - O extravio do servidor militar da ativa acarreta matrícula, nomeação ou reinclusão na Brigada Militar, acrescido
interrupção do serviço policial-militar com o conseqüente do tempo de serviço de que trata a Lei Estadual nº 7057, de 30
afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em que de dezembro de 1976;
o mesmo foi oficialmente considerado extraviado. II - tempo relativo a cada licença-especial, ou parte dela, não
§ 1º - O desligamento do serviço ativo será feito seis meses após gozada, contado em dobro.
a agregação por motivo de extravio. § 1º - Os acréscimos a que se refere o inciso I serão computados
§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, somente no momento da passagem do servidor militar à situação
calamidade pública ou outros acidentes oficialmente de inatividade.
reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento do servidor § 2º - Os acréscimos a que se refere o item II serão computados
militar da ativa será considerado como falecimento, para fins somente no momento da passagem do servidor militar a situação
deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de de inatividade e, nessa situação, para todos os efeitos legais,
possível sobrevivência ou se dêem por encerradas as inclusive quanto à percepção definitiva de gratificação de tempo
providências de salvamento. de serviço.
§ 3º - Não é computável, para efeito algum, o tempo:
Art. 138 - O reaparecimento do servidor militar extraviado ou I - que ultrapassar de um ano, contínuo ou não, em licença para
desaparecido, já desligado do serviço ativo, resulta em sua tratamento de saúde de pessoa da família;
reinclusão e nova agregação, enquanto se apuram as causas que II - passado em licença, para tratar de interesse particular;
deram origem ao seu afastamento. III - passado como desertor;
Parágrafo único - O servidor militar reaparecido será IV - decorrido em cumprimento de pena de suspensão do
submetido a Conselho de Justificação ou a Conselho de exercício do posto, ou graduação; cargo, ou função por sentença
Disciplina, por decisão do Comandante-Geral da Brigada passada em julgado;
Militar, se assim julgar necessário. V - decorrido em cumprimento de pena restrita da liberdade, por
sentença passado em julgado, desde que não tenha sido
DO TEMPO DE SERVIÇO concedida suspensão condicional da pena;
VI - decorrido após completada a idade limite de permanência
Art. 139 - Os servidores militares começam a contar tempo de no serviço ativo da força;
serviço na Brigada Militar a partir da data de sua inclusão ou VII - decorrido após a data em que for julgado incapaz
nomeação para o posto ou graduação. definitivamente para o serviço ativo.
§ 1º - Considera-se como data de inclusão ou nomeação, para § 4º - As restrições constantes dos §§ 1º e 2º do presente artigo
fins deste artigo, a data de publicação do respectivo ato no não prejudicarão a vigência dos artigos 15 a 17 da Lei nº 6.196,
Diário Oficial do Estado. de 15 de janeiro de 1971.
§ 2º - O servidor militar reincluído recomeça a contar tempo de
serviço na data de publicação, no Diário Oficial do Estado, do Art. 143 - O tempo que o servidor militar vier a passar afastado
ato concernente a sua reinclusão. do exercício de suas funções, em conseqüência de ferimentos
§ 3º - Quando, por motivo de força maior oficialmente recebidos em acidente quando em serviço, na manutenção da
reconhecido, como incêndio, naufrágio, sinistro aéreo, ordem pública, ou de moléstia adquirida no exercício de
inundação ou outras calamidades, faltarem dados para contagem qualquer função policial-militar, será computado como se ele o
de tempo de serviço, caberá ao Comandante-Geral arbitrar o tivesse passado no exercício daquelas funções.
tempo a ser computado, para cada caso
particular, de acordo com os elementos disponíveis, após as Art. 144 - O tempo de serviço passado pelo servidor-militar no
investigações que couberem. exercício de atividades decorrentes ou dependentes de operações
de guerra será regulado em legislação específica.
Art. 140 - Na apuração de tempo de serviço policial-militar, será
feita a distinção entre: Art. 145 - O tempo de serviço dos servidores militares
I - tempo de serviço efetivo; beneficiados por anistia será contado conforme estabelecer o ato
II - anos de serviço. legal que a conceder.

Art. 141 - Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo Art. 146 - A data limite estabelecida para o final de contagem
computado dia a dia entre a inclusão ou nomeação e a data dos anos de serviço, para fins de passagem para a inatividade,
limite estabelecida para contagem ou data do desligamento do será a do desligamento do serviço ativo.
serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
§ 1º - Será, também, computado como tempo de efetivo serviço Art. 147 - Na contagem dos anos de serviço não poderá ser
o tempo passado dia a dia, nas Organizações Policiais-Militares, computada qualquer superposição entre si dos tempos de serviço
pelo servidor militar da reserva convocado ou mobilizado, no público federal, estadual, municipal ou passado em
exercício de funções servidores militares na forma do artigo 112. administração indireta, nem com os acréscimos de tempo, para
§ 2º - Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além os possuidores de curso universitário, nem com tempo de
dos afastamentos previstos no artigo 66, os períodos em que o serviço computável após a inclusão em Organização Policial-
servidor militar estiver afastado do exercício de suas funções, Militar ou órgão de formação de Polícia-Militar ou a nomeação
em gozo de licença especial. para posto da Brigada Militar.
§ 3º - Ao tempo de efetivo serviço, de que trata este artigo,
apurados e totalizados em dias, será aplicado o divisor trezentos DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE
e sessenta e cinco, para a correspondente obtenção dos anos de
efetivo serviço. Art. 148 - O servidor militar estável terá direito à licença, sem
remuneração e sem a contagem de tempo de serviço, para
Art. 142 - "Anos de serviço" é a expressão que designa o tempo acompanhar o cônjuge, quando este for transferido,
de efetivo serviço a que se refere o artigo anterior, com os independentemente de solicitação própria, para outro ponto do
seguintes acréscimos: Estado ou do Território Nacional, para o exterior ou para o
I - tempo de serviço público federal, estadual ou municipal exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
prestado pelo servidor militar anteriormente a sua inclusão, Legislativo federal, estadual ou municipal.

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para qualquer estabelecimento de ensino do Estado,
Art. 149 - A licença será concedida mediante pedido do servidor independente de vaga e em qualquer grau.
militar, devidamente instruído, podendo ser renovada a cada
dois anos. Art. 158 - Não se aplicam as disposições deste Estatuto ao
pessoal civil em serviço na Brigada Militar.
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO
Art. 159 - Aplicam-se aos servidores militares, nos casos
Art. 150 - As recompensas constituem reconhecimento de bons omissos na presente Lei, as disposições do Estatuto e Regime
serviços prestados pelos servidores militares. Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio
§ 1º - São recompensas aos servidores militares: Grande do Sul.
a) prêmios de Honra ao Mérito;
b) condecorações por serviços prestados; Art. 160 - Os servidores militares inativados na forma prevista
c) elogios, louvores, referências elogiosas; pelo artigo 167, § 1º, incisos I, II e III da Lei nº 7.138, de 30 de
d) dispensa do serviço. janeiro de 1978, são considerados promovidos ao grau
§ 2º - As recompensas serão concedidas de acordo com as hierárquico imediato, mantendo-se inalterado o cálculo dos
normas estabelecidas nas leis e nos regulamentos da Brigada respectivos proventos.
Militar.
Art. 161 - As Praças terão direito ao fardamento de serviço por
Art. 151 - As dispensas do serviço são autorizações concedidas conta do Estado, de acordo com a tabela de distribuição
aos servidores militares para afastamento total do serviço, em elaborada pela Brigada Militar.
caráter temporário.
Art. 162 - Esta lei entra em vigor no primeiro dia do mês
Art. 152 - As dispensas do serviço podem ser concedidas aos seguinte ao de sua publicação.
servidores militares:
I - como recompensa; Art. 163 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial
II - em decorrência de prescrição médica. a Lei nº 7.138, de 30 de janeiro de 1978.
Parágrafo único - As dispensas de serviço serão concedidas
com remuneração correspondente ao cargo ou função e PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.
computadas como tempo de efetivo serviço.

DA PRORROGAÇÃO DO SERVIÇO POLICIAL- 11. LEI Nº. 10.991, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.


MILITAR (atualizada até a Lei nº 11.736, de 13 de janeiro de 2002)

Art. 153 - Às Praças que concluírem o tempo de serviço a que Dispõe sobre a Organização Básica da
estiverem obrigadas, poderá, desde que requeiram, ser concedida Brigada Militar do Estado e dá outras
prorrogação desse tempo, uma ou mais vezes, como engajados providências.
ou reengajados, segundo as conveniências da Corporação e de
acordo com a legislação pertinente. Art. 1º - A Brigada Militar, Polícia Militar do Estado do Rio
Parágrafo único - O tempo de serviço policial-militar inicial, Grande do Sul, é uma Instituição permanente e regular,
bem como os de engajamento e de reengajamento, será de dois organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada à
anos. preservação da ordem pública e à incolumidade das pessoas e do
patrimônio.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 2º - A Brigada Militar vincula-se, administrativa e
Art. 154 - A assistência religiosa aos servidores militares será operacionalmente, à Secretaria de Estado responsável pela
regulada em lei específica. Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 155 - É vedado o uso, por parte de organizações civis, de Art. 3º - Compete à Brigada Militar:
designações que possam sugerir a sua vinculação à Brigada I - executar, com exclusividade, ressalvada a competência das
Militar, excetuadas as associações, clubes, círculos e outros, que Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pela autoridade
congreguem membros da Brigada Militar. policial-militar competente, a fim de assegurar o cumprimento
Art. 156 - Aplicam-se à Brigada Militar, no que couberem, o da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes
Regulamento Interno e dos Serviços Gerais do Exército (R/1), o constituídos;
Regulamento de Continências, Honra e Sinais de Respeito das II - atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais
Forças Armadas (R/2), o Regulamento de Administração do ou área específicas, onde de presuma ser possível a perturbação
Exército (R/3), o Regulamento de Correspondência do Exército, da ordem pública;
o Conselho de Justificação (Lei nº 5.836/72) e o Conselho de III - atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem
Disciplina (Decreto federal nº 71.500/72). pública e no gerenciamento técnico de situações de alto risco;
IV - exercer atividades de investigação criminal militar;
Art. 157 - O cônjuge do servidor militar, sendo servidor V - atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância
estadual, será, se o requerer, removido ou designado para a sede participar no Estado;
do município onde servir o servidor militar, sem prejuízo de VI - executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;
qualquer dos seus direitos, passando, se necessário, a condição VII - planejar, organizar, fiscalizar, controlar, coordenar,
de adido ou posto a disposição de instruir, apoiar e reconhecer o funcionamento dos serviços civis
qualquer órgão do serviço público estadual. auxiliares de bombeiros; (Redação dada pela Lei nº 11.736/02)
Parágrafo único - Quando, por necessidade do serviço, o VIII - realizar os serviços de busca e resgate aéreo, aquático e
servidor militar mudar a sede do seu domicílio, terá assegurado terrestre no Estado;
o direito de transferência e matrícula, para si e seus dependentes, IX - executar as atividades de defesa civil no Estado;
X - desempenhar outras atribuições previstas em lei.

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XI - planejar, estudar, analisar, vistoriar, controlar, fiscalizar, I - a Coordenação geral das atividades da Instituição;
aprovar e interditar as atividades, equipamentos, projetos e II - a Presidência da Comissão de Avaliação e Mérito;
planos de proteção e prevenção contra incêndios, pânicos, III - a Direção do Conselho Superior.
desastres e catástrofes em todas as edificações, instalações,
veículos, embarcações e outras atividades que ponham em risco Art. 9º - O Subcomandante-Geral é o substituto, nos seus
a vida, o meio ambiente e o patrimônio, respeitada a impedimentos eventuais, do Comandante-Geral da Corporação,
competência de outros órgãos; (Incluído pela Lei nº 11.736/02) competindo-lhe igualmente as funções de assessorá-lo no
XII - realizar a investigação de incêndios e sinistros; (Incluído cumprimento das atividades da Brigada Militar.
pela Lei nº 11.736/02) Parágrafo único - O Subcomandante-Geral será indicado pelo
XIII - elaborar e emitir resoluções e normas técnicas para Secretário de Estado responsável pelos assuntos de segurança
disciplinar a segurança contra incêndios e sinistros; (Incluído pública, ouvido o Comandante-Geral, e nomeado pelo
pela Lei nº 11.736/02) Governador do Estado.
XIV - avaliar e autorizar a instalação de sistemas ou centrais de
alarmes privados contra incêndios, nos Órgãos de Polícia Militar Art. 10 - Ao Conselho Superior, constituído pelos Coronéis da
(OPM) de Bombeiros, mediante a cobrança de taxas de serviço ativa em exercício na Instituição, cabe o assessoramento em
não emergenciais, determinadas na Lei nº 10.987, de 11 de assuntos de interesse da Corporação.
agosto de 1997, aplicando-se-lhes as penalidades previstas em
lei. (Incluído pela Lei nº 11.736/02) Art. 11 - Ao Estado Maior da Brigada Militar, órgão de
Parágrafo único - São autoridades policiais-militares o assessoramento do Comando-Geral, compete o estudo e o
Comandante-Geral da Brigada Militar, os Oficiais, e as Praças planejamento estratégico da Instituição.
em comando de fração destacada, no desempenho de atividade
policial-militar no âmbito de suas circunscrições territoriais. Art. 12 - O Estado Maior da Brigada Militar estrutura-se em:
I - chefia; e
Art. 4º - A Brigada Militar estrutura-se em órgãos de Direção, II - seções.
de Apoio e de Execução.
§ 1º - Ao Comando-Geral, que é o órgão de Direção Geral da Art. 13 - Ao Chefe do Estado Maior compete:
Brigada Militar, compete a administração da Instituição. I - assessorar o Comandante-Geral; e
§ 2º - Aos Departamentos e ao Comando do Corpo de II - coordenar, dirigir e controlar os trabalhos do Estado Maior.
Bombeiros - CCB, que são órgãos de apoio da Brigada Militar,
compete o planejamento, a direção, o controle e a execução das Art. 14 - A Corregedoria-Geral, diretamente subordinada ao
diretrizes emanadas do Comando da Instituição. (Redação dada Comandante-Geral é o órgão de disciplina, orientação e
pela Lei nº 11.736/02) fiscalização das atividades funcionais e da conduta dos
§ 3º - Aos Comandos Regionais e aos órgãos de Polícia Militar servidores da Instituição.
(OPM), que são os órgãos de Execução da Brigada Militar, Parágrafo único - Compete à Corregedoria-Geral:
compete as atividades administrativo-operacionais I - cumprir atividades que lhe sejam atribuídas pelo
indispensáveis ao cumprimento das finalidades da Instituição. Comandante-Geral;
§ 4º - Os órgãos de Polícia Militar (OPM) compreendem: II - exercer a apuração de responsabilidade criminal,
I - OPM de Polícia Ostensiva; administrativa ou disciplinar;
II - OPM de Bombeiros; III - fiscalizar as atividades dos órgãos e servidores da Brigada
III - OPM de Ensino; Militar, realizando inspeções e correições e sugerindo as
IV - OPM de Logística; medidas necessárias ou recomendáveis para a racionalização e
V - OPM de Saúde; eficiência dos serviços;
VI - OPM Especiais. IV - avaliar, para encaminhamento posterior ao Comandante-
Geral, os elementos coligidos sobre o estágio probatório de
Art. 5º - Os OPM têm criação, extinção, atribuições, estrutura, integrantes da carreira de Servidor-Militar;
organização, efetivo, nível, subordinação e grau de comando V - requisitar, de qualquer autoridade, certidões, diligências,
fixados considerando-se os indicadores de segurança pública da exames, pareceres técnicos e informações indispensáveis ao bom
respectiva circunscrição territorial e os indicadores específicos desempenho de sua função; e
da Instituição. VI - elaborar o regulamento do estágio probatório dos
servidores-militares.
Art. 6º - O Comandante-Geral, Oficial do último Posto da Art. 15 - A Ajudância-Geral tem a seu cargo os serviços
carreira do Quadro de Oficiais de Estado-Maior - QOEM, é a administrativos do Quartel do Comando-Geral e o atendimento
autoridade primeira da Instituição, competindo-lhe a sua de suas necessidades em pessoal e material.
administração, com os poderes e deveres inerentes à função.
Art. 16 - O Gabinete do Comandante-Geral, ao qual compete o
Art. 7º - O Comando-Geral compreende: assessoramento direto ao Comandante-Geral, é composto por:
I - o Comandante-Geral; I - Chefia;
II - o Subcomandante-Geral; II - Assessorias;
III - o Conselho Superior; III - Secretaria Executiva.
IV - o Estado Maior;
V - a Corregedoria-Geral; Art. 17 - À Comissão de Avaliação e Mérito, órgão de
VI - a Ajudância Geral; assessoramento permanente do Comandante-Geral nos assuntos
VII - o Gabinete do Comandante-Geral; e relativos às carreiras de Oficiais e Praças da Instituição, compete
VIII - a Comissão de Avaliação e Mérito. o controle, avaliação e processamento das promoções.

Art. 8º - O Comandante-Geral é indicado pelo Secretário de Art. 18 - Os Comandos Regionais, escalões intermediários de
Estado responsável pelos assuntos de segurança pública e Comando, são os responsáveis em suas respectivas
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo Estadual, competindo- circunscrições territoriais pelas atividades administrativo-
lhe: operacionais dos OPM que lhe são subordinados.

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§ 1º - Os Comandos Regionais, conforme a respectiva Art. 1º - Os Quadros de Organização da Brigada Militar e as
circunscrição territorial de atuação, podem receber carreiras dos Oficiais e Praças passam a observar os preceitos
denominações diferenciadas, em razão do efetivo e da sua estatuídos na presente Lei.
destinação, que atendam às necessidades da segurança pública.
§ 2º - Os Comandos Regionais podem ser dotados de Centro de Art. 2º - Fica instituída a carreira dos Servidores Militares
Operações Policiais Militares. Estaduais de Nível Superior, estruturada através do Quadro de
Oficiais de Estado Maior - QOEM e do Quadro de Oficiais
Art. 19 - Os Departamentos e o Comando do Corpo de Especialistas em Saúde - QOES. (Vide LC nº 11.832/02)
Bombeiros organizam, sob a forma de sistemas, as atividades de § 1º - A carreira dos Quadros de Oficiais, de que trata o "caput"
ensino, instrução e pesquisa, logística, patrimônio, saúde, deste artigo, é constituída dos postos de Capitão, Major,
administração financeiro-contábil, pessoal, informática, Tenente-Coronel e Coronel.
atividades de bombeiro e outras, de acordo com as necessidades § 2º - A inclusão no quadro de acesso para a promoção ao posto
de instituição, compreendendo: (Redação dada pela Lei nº de Coronel poderá ser recusada pelo servidor.
11.736/02)
I - Departamento de Ensino, órgão de planejamento, controle e Art. 3º - O ingresso no QOEM dar-se-á no posto de Capitão, por
fiscalização das atividades de ensino, instrução e pesquisa; ato do Governador do Estado, após concluída a formação
II - Departamento de Logística e Patrimônio, órgão de específica, através de aprovação no Curso Superior de Polícia
planejamento, controle e fiscalização dos bens patrimoniais Militar.
afetos à Instituição, competindo-lhe a aquisição, distribuição, § 1º - O ingresso no Curso Superior de Polícia Militar dar-se-á
manutenção e a contratação de todos os serviços; mediante concurso público de provas e títulos com exigência de
III - Departamento de Saúde, órgão de planejamento, controle e diplomação no Curso de Ciências Jurídicas e Sociais.
fiscalização das atividades de saúde da Instituição; § 2º - Os aprovados no concurso público de que trata o parágrafo
IV - Departamento Administrativo, órgão de planejamento, anterior, enquanto estiverem freqüentando o Curso Superior de
controle, fiscalização, auditoria e execução das atividades Polícia Militar, cujo prazo de duração não excederá a dois anos,
financeiro-orçamentário-contábeis do pessoal; serão considerados Alunos-Oficiais.
V - Departamento de Informática, órgão de planejamento,
controle e fiscalização dos sistemas informatizados da Art. 4º - O ingresso no QOES dar-se-á no posto de Capitão, por
Instituição. ato do Governador do Estado, mediante concurso público de
VI - Comando do Corpo de Bombeiros, órgão de planejamento, provas e títulos e conclusão, com aprovação, do Curso Básico de
controle, coordenação e fiscalização de todas as atividades Oficiais de Saúde - CBOS, sendo exigido diploma de nível
técnicas de bombeiro. (Incluído pela Lei nº 11.736/02) superior na respectiva área da saúde.

Art. 20 - As funções de Comandante-Geral, de Subcomandante- Art. 5º - A ascensão funcional nos postos do QOEM e do QOES
Geral, de Chefe do Estado-Maior, de Corregedor-Geral e de ocorrerá após decorrido o interstício mínimo de oito anos de
Diretores dos Departamentos são privativas do posto de Coronel efetivo serviço em cada posto imediatamente anterior ao
do QOEM. § 1º - A função de Diretor do Departamento de correspondente à promoção.
Saúde será exercida por um Coronel do Quadro de Oficiais § 1º - Para a promoção ao posto de Major, o ocupante do posto
Especialistas em Saúde - QOES. de Capitão deverá ter prestado serviços em órgão de execução
§ 2º - VETADO por um período, consecutivo ou não, de, no mínimo, três anos e
§ 3º - O preenchimento das funções nos OPM de Bombeiros ter concluído, com aprovação, o Curso Avançado de
ocorrerá, preferencialmente, por Oficiais detentores do Curso de Administração Policial Militar - CAAPM.
Especialização em Bombeiros ou equivalente, por Oficiais § 2º - O acesso à promoção ao posto de Coronel, pelo ocupante
pertencentes ao Quadro de Tenentes de Polícia Militar - QTPM - do posto de Tenente-Coronel, exige a conclusão, com
oriundos da Qualificação Policial Militar 2 - QPM-2 e, somente, aprovação, do Curso de Especialização em Políticas e Gestão de
por Praças Integrantes da mesma Qualificação. (Incluído pela Segurança Pública - CEPGSP.
Lei nº 11.736/02) § 3º - O Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais e o Curso
Superior de Polícia Militar, cursados pelos integrantes do
Art. 21 - Os Departamentos da Brigada Militar poderão dividir- Quadro de Oficiais de Polícia Militar - QOPM, com vigência
se em divisão, seção e setor, nesta ordem de hierarquia, com anterior a esta Lei, são equivalentes e substituídos,
competências a serem discriminadas em regimento interno. respectivamente, pelos Cursos previstos nos parágrafos 1º e 2º
Art. 22 - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no deste artigo.
que couber, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar de sua
vigência. Art. 6º - Os postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e
Coronel da atual carreira do Quadro de Oficiais de Polícia
Art. 23 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Militar - QOPM e o posto de Capitão da atual carreira do
Quadro Especial de Oficiais de Polícia Militar Feminina -
Art. 24 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a QEOPMFem, previstos na Lei nº 9.741, de 20 de outubro de
Lei nº 7.556, de 20 de novembro de 1981. 1992, ficam incorporados à carreira do QOEM, assim como os
postos mencionados neste artigo, da atual carreira do Quadro de
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997. Oficiais de Saúde - QOS, igualmente previstos na mencionada
Lei, passam a integrar a carreira do QOES.
§ 1º - Os atuais postos de Primeiro e Segundo-Tenentes do
12. LEI COMPLEMENTAR Nº. 10.992, DE 18 DE QOPM e do QEOPMFem passam a constituir o Quadro Especial
AGOSTO DE 1997. de Oficiais da Brigada Militar em Extinção - QEOBMEx, e os
(atualizada até a Lei Complementar nº 12.374, de 24 de novembro de 2005) atuais postos de Primeiro e Segundo-Tenentes do QOS passam
também a constituir o Quadro Especial de Oficiais de Saúde da
Dispõe sobre a carreira dos Servidores Brigada Militar em Extinção - QEOSBMEx, sendo que estes
Militares do Estado do Rio Grande do Sul e postos serão extintos à medida que vagarem os respectivos
dá outras providências. cargos.

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§ 2º - Não haverá ingressos no posto inicial da carreira do acesso ao grau hierárquico de Primeiro-Tenente. (Vide Lei
QOEM e do QOES, decorrentes da conclusão dos Cursos Complementar nº 11.832/02)
instituídos nos artigos 3º e 4º desta Lei, enquanto não forem § 1º - A inclusão em Quadro de Acesso para as promoções na
promovidos ao posto de Capitão os integrantes dos Quadros carreira instituídas no “caput” poderá ser recusada pelo servidor
Especiais previstos no parágrafo anterior, até a sua extinção. militar. (Incluído pela Lei Complementar nº 11.832/02)
§ 3° - A incorporação dos Oficiais oriundos dos Quadros § 2º - Fica assegurado aos Terceiro-Sargentos em Extinção, aos
extintos por esta Lei Complementar aos novos Quadros por ela Cabos em Extinção e aos Soldados que ingressaram na Brigada
criados, far-se-á de acordo com as respectivas antigüidades e na Militar anterior a data de 18 de agosto de 1997, o direito de
ordem de precedência que entre si detinham nos Quadros de freqüentarem o Curso Técnico de Segurança Pública (CTSP),
origem, sendo que, na hipótese de igualdade de antigüidade, será independente de possuírem o ensino médio, permanecendo a
considerada como termo inicial a data de promoção ou necessidade de preencherem os demais requisitos impostos em
nomeação para o posto de Segundo Tenente, assegurando-se a lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 11.832/02)
mencionados Oficiais o direito de acesso a todos postos, em § 3º - Os Militares Estaduais para serem promovidos deverão
igualdade de condições. (Redação dada pela LC nº 11.773/02) estar classificados, no mínimo, no comportamento "Bom".
§ 4º - Os Alunos-Oficiais dos Cursos Superiores de Formação de (Incluído pela Lei Complementar nº 11.832/02)
Oficiais da Brigada Militar em andamento ou já autorizados, § 4º - Na promoção de carreira dos Militares Estaduais de Nível
mediante edital, na data de vigência desta Lei Complementar, Médio não será exigido exame psicotécnico. (Incluído pela Lei
serão promovidos ao posto de Segundo-Tenente do QEOBMEx Complementar nº 11.832/02)
referido no § 1º deste artigo, por ocasião da formatura no
respectivo curso, mediante ato do Governador do Estado. Art. 12 - As Qualificações Policiais-Militares (QPM) da
(Redação dada pela Lei Complementar nº 11.272/98) Brigada Militar passam a ser as seguintes:
§ 5º - O Curso Superior de Formação de Oficiais da Brigada I - Qualificação Policial-Militar 1 (QPM-1): Praças de Polícia
Militar (CSFO/BM), com vigência anterior a esta Lei, é Ostensiva;
equivalente e substituído pelo Curso Superior de Polícia Militar. II - Qualificação Policial-Militar 2 (QPM-2): Praças Bombeiros.
§ 6º - A promoção disciplinada pelo § 4º deste artigo será
realizada para o posto de Primeiro-Tenente do QEOBMEx, Art. 13 - As Qualificações Policiais-Militares a que se refere o
quando nele existirem vagas, respeitada a precedência artigo anterior, a partir da edição desta Lei, são constituídas
hierárquica. (Incluído pela Lei Complementar nº 11.272/98) pelas graduações de Soldado de 1ª classe, Segundo Sargento e
Primeiro Sargento.
Art. 7º - Os integrantes do QOPM, do QEOPMFem e do QOS,
previstos na Lei nº 9.741, de 20 de outubro de 1992, bem como Art. 14 - O ingresso nas Qualificações Policiais-Militares dar-
os integrantes dos Quadros Especiais em extinção, previstos no se-á na graduação de Soldado de 1ª classe, por ato do
§ 1º do artigo anterior, têm assegurado o direito à ascensão Governador do Estado, após aprovação em concurso público e
hierárquica, independentemente do interstício e tempo de no respectivo Curso de Formação. (Redação dada pela Lei
serviço em órgão de execução previstos no artigo 5º desta Lei, Complementar nº 11.832/02)
aplicando-se-lhes o Estatuto dos Servidores Militares do Estado
do Rio Grande do Sul e o Regulamento de Promoções. Art. 15 - (REVOGADO pela Lei Complementar nº 11.832/02)
Parágrafo único - (SUPRIMIDO/Lei Complementar 11.248/98)
Art. 16 - As graduações de Cabo e Subtenente, previstas na Lei
Art. 8º - O Oficial do Quadro de Oficiais de Estado Maior - nº 9.741, de 20 de outubro de 1992, ficam extintas, à medida que
QOEM exerce o Comando, Chefia ou Direção dos órgãos vagarem os respectivos cargos.
administrativos de média e alta complexidade da estrutura § 1º - A graduação de Terceiro-Sargento será provida, respeitado
organizacional da Corporação e das médias e grandes frações de o efetivo para ela fixado na Lei citada, mediante a formação em
tropa de atividade operacional, incumbindo-lhe o planejamento, serviço dos atuais Cabos e Soldados, respeitada a ordem
a coordenação e o controle das atividades a seu nível, na forma hierárquica, que houverem ingressado na Instituição até a data
regulamentar, bem como o planejamento, a direção e a execução de 18 de agosto de 1997, que contarem ou completarem cinco
das atividades de ensino, pesquisa, instrução e treinamento, anos de efetivo serviço na Brigada Militar. (Redação dada pela
voltadas ao desenvolvimento da segurança pública, na área afeta Lei Complementar nº 11.832/02)
à Brigada Militar. § 2º - Os promovidos à graduação de Terceiro-Sargento
freqüentarão estágio de aperfeiçoamento visando a adequarem-
Art. 9º - O Oficial do Quadro de Oficiais Especialistas em se à nova graduação. (Redação dada pela Lei Complementar nº
Saúde - QOES atuará nas atividades de saúde da Instituição, 11.832/02)
aplicando-lhes as disposições do artigo anterior, de acordo com § 3º - Não havendo candidatos passíveis de formação em
as suas peculiaridades. serviço, a graduação de Terceiro-Sargento entrará em extinção,
revertendo os cargos, à medida em que vagarem: 20% para o
Art. 10 - Os Quadros de Oficiais de Administração (QOA) e de posto de Primeiro-Tenente, 30% para a graduação de Primeiro-
Oficiais Especialistas (QOE), previstos na Lei nº 9.741, de 20 de Sargento e os 50% restantes para a graduação de Segundo-
outubro de 1992, serão extintos à medida que vagarem os Sargento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 11.832/02)
respectivos cargos, ficando assegurado aos seus atuais § 4º - As vagas preenchidas na graduação de Terceiro-Sargento,
integrantes a ascensão hierárquica, na forma da legislação conforme os parágrafos anteriores, integram o total do efetivo
pertinente. fixado para a graduação de Soldado. (Renumerado pela Lei
Complementar nº 11.272/98)
Art. 11 - Fica instituída a carreira dos Servidores Militares § 5º - Não havendo mais candidatos passíveis de formação em
Estaduais de Nível Médio, integrada pelo Quadro de Primeiro- serviço, a graduação de Terceiro-Sargento entrará em extinção,
Tenentes de Polícia Militar - QTPM e pelas Qualificações revertendo os cargos, à medida em que vagarem, para a
Policiais-Militares - QPM - para Praças, composta, graduação de Soldado. (Renumerado pela Lei Complementar nº
respectivamente, por posto e graduações, com exigência da 11.272/98)
escolaridade de 2º Grau do ensino médio, a qual possibilitará o

61
Art. 17 - A convocação dos Subtenentes e Primeiro-Sargentos § 2º - As Praças oriundas das extintas Qualificações Policiais-
para freqüentarem o Curso Básico de Administração Policial Militares Particulares (QPMP) da Qualificação Policial-Militar
Militar (CBAPM) e dos Terceiro-Sargentos em Extinção, Cabos Geral-2 (QPMG-2) passam a integrar a Qualificação Policial-
em Extinção e Soldados para freqüentarem o Curso Técnico em Militar 2 (QPM-2).
Segurança Pública (CTSP), dar-se-á por ordem de antigüidade. § 3º - As fusões das extintas Qualificações Policiais-Militares,
(Redação dada pela Lei Complementar nº 11.832/02) com vistas à formação das Qualificações criadas por esta Lei,
§ 1º O total de postos de Primeiro-Tenente (QTPM) será observarão, para a organização das novas escalas hierárquicas, a
distribuído entre a qualificação de policiamento e a qualificação ordem de antigüidade na graduação e a ordem de precedência
de bombeiros proporcionalmente ao respectivo efetivo, para fins que seus integrantes detinham nas Qualificações extintas.
de convocação de Subtenentes e Primeiro-Sargentos aos cursos § 4º - As especialidades de interesse da Brigada Militar,
de habilitação (CBA) previstos no caput deste artigo. exercidas por Praças, serão criadas e reguladas por ato do Chefe
(Renumerado pela Lei Complementar nº 12.374/05) do Poder Executivo, mediante proposta do Comandante-Geral
§ 2º Das vagas referentes às convocações de que trata o "caput" da Brigada Militar ao Secretário de Estado responsável pelos
deste artigo, 30% (trinta por cento) serão preenchidas por assuntos da segurança pública.
candidatos habilitados, a ser regulado administrativamente pela
Brigada Militar, observado o interstício mínimo de 7 (sete) anos Art. 23 - Fica extinta a graduação de Aspirante-a-Oficial.
de efetivo serviço para o Curso Técnico em Segurança Pública -
CTSP -, e 3 (três) anos na graduação de Primeiro-Sargento para Art. 24 - Ficam extintos os Cursos de Formação, Habilitação e
o Curso Básico de Administração - CBA. (Incluído pela Lei Aperfeiçoamento instituídos para Oficiais e Praças
Complementar nº 12.374/05) anteriormente à vigência desta Lei.

Art. 18 - (REVOGADO pela Lei Complementar nº 12.374/05) Art. 25 - Ficam mantidos os padrões remuneratórios dos cargos
correspondentes aos postos e graduações extintos por esta Lei,
Art. 19 - Serão promovidos à graduação de Segundo-Sargento, sobre os quais incidirá a política salarial do Estado.
após aprovação no curso de habilitação Curso Técnico de
Segurança Pública (CTSP), os Terceiros-Sargentos em Extinção, Art. 26 - (REVOGADO pela Lei Complementar nº 12.374/05)
Cabos em Extinção e Soldados, que contarem com mais de
cinco anos de efetivo serviço na Brigada Militar, obedecidos os Art. 27 - VETADO.
critérios de antigüidade e merecimento, a medida que vagarem
os cargos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 11.832/02) Art. 28 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei
Parágrafo único - Serão promovidos à graduação de Primeiro- correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.
Sargento, os Segundos-Sargentos, que contarem com pelo
menos 1 (um) ano na graduação, obedecidos os critérios de Art. 29 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
antigüidade e merecimento, à medida que vagarem os cargos.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 12.374/05) Art. 30 - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 20 - Os Servidores Militares Estaduais de Nível Médio são, PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.
por excelência, respeitada a ordem hierárquica, elementos de
execução das atividades administrativas e operacionais, podendo
exercer o Comando e Chefia de órgãos administrativos de menor 13. LEI Nº. 10.993, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.
complexidade e das pequenas frações de tropa da atividade (atualizada até a Lei n.º 13.970, de 12 de abril de 2012)

operacional da estrutura organizacional da Corporação, assim


Fixa o efetivo da Brigada Militar do Estado
como auxiliar nas tarefas de planejamento, executar a
e dá outras providências.
coordenação e o controle das atividades em seu nível, na forma
regulamentar, e ainda auxiliar na execução das atividades de
Art. 1.° - O efetivo da Brigada Militar do Estado é fixado em
ensino, pesquisa, instrução e treinamento. (Redação dada pela
37.050 (trinta e sete mil e cinquenta) cargos de servidores
Lei Complementar nº 11.832/02)
militares estaduais, entre Oficiais e Praças, assim distribuídos:
(Redação dada pela Lei n.º 13.970/12)
Art. 21 - Serão promovidos ao posto de Primeiro-Tenente, após
aprovação em curso de habilitação Curso Básico de
I - Oficiais:
Administração Policial Militar (CBAPM), os Subtenentes e
a) Quadro de Oficiais de Estado-Maior (QOEM): (Redação dada
Primeiro-Sargentos, obedecidos os critérios de antigüidade e
pela Lei n.º 13.479/10)
merecimento, à medida em que vagarem os cargos. (Redação
- 26 (vinte e seis) Coroneis; (Redação dada pela Lei n.º
dada pela Lei Complementar nº 11.832/02)
13.479/10)
Parágrafo único - Os Subtenentes e Primeiro-Sargentos
- 89 (oitenta e nove) Tenentes-Coroneis; (Redação dada pela Lei
possuidores do extinto Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos
n.º 13.479/10)
(CAS) terão precedência na matrícula do CBAPM. (Incluído
- 259 (duzentos e cinquenta e nove) Majores; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 11.832/02)
pela Lei n.º 13.479/10)
- 634 (seiscentos e trinta e quatro) Capitães; (Redação dada pela
Art. 22 - Ficam extintas as Qualificações Policiais Militares
Lei n.º 13.479/10)
Gerais e Particulares e a Qualificação Especial de Praças de
b) Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde (QOES):
Polícia Militar Feminina, instituídas pela Lei nº 9.741, de 20 de
(Redação dada pela Lei n.º 13.479/10)
outubro de 1992.
- 1 (um) Coronel; (Redação dada pela Lei n.º 13.479/10)
§ 1º - As Praças oriundas das extintas Qualificações Policiais-
- 6 (seis) Tenentes-Coroneis; (Redação dada pela Lei n.º
Militares Particulares (QPMP), da Qualificação Policial-Militar
13.479/10)
Geral-1 (QPMG-1) e da Qualificação Especial de Praças de
- 17 (dezessete) Majores; (Redação dada pela Lei n.º 13.479/10)
Polícia-Militar Feminina (QEPPMFem) passam a integrar a
- 99 (noventa e nove) Capitães; (Redação dada pela Lei n.º
Qualificação Policial-Militar 1 (QPM-1).
13.479/10)
c) Quadro de Tenentes de Polícia Militar (QTPM):
62
- 760 Primeiros-Tenentes.
II - Praças: Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
a) Especiais:
- Até 200 Alunos-Oficiais. Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário, passando o
b) de Polícia Ostensiva - Qualificação Policial-Militar 1 (QPM- efetivo da Lei nº 9.741, de 20 de outubro de 1992, a constar de
1): (Redação dada pela Lei n.º 13.837/11) acordo com o disposto no artigo 1º desta Lei.
- 2.325 cargos de Primeiro-Sargento; (Redação dada pela Lei n.º
13.837/11) PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.
- 3.518 cargos de Segundo-Sargento; (Redação dada pela Lei n.º
13.837/11)
- 5.240 cargos de Terceiro-Sargento; (Redação dada pela Lei n.º 14. LEI Nº. 10.996, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.
13.837/11) (atualizada até a Lei nº 12.577, de 19 de julho da 2006)
- 19.432 cargos de Soldado; (Redação dada pela Lei n.º
13.837/11) Estabelece benefício ao servidor integrante
c) Bombeiros - Qualificação Policial-Militar 2 (QPM-2): dos órgãos operacionais da Secretaria da
(Redação dada pela Lei n.º 13.970/12) Justiça e da Segurança, ou ao seu
- 488 cargos de 1º Sargento; (Redação dada pela Lei n.º beneficiário, na ocorrência dos eventos
13.970/12) "invalidez permanente, total ou parcial, ou
- 737 cargos de 2º Sargento; (Redação dada pela Lei n.º morte", ocorridos em serviço.
13.970/12)
- 810 cargos de 3º Sargento; (Redação dada pela Lei n.º Art. 1º - Na ocorrência dos eventos “invalidez permanente, total
13.970/12) ou parcial, ou morte”, ocorridos em serviço, o servidor ou seu
- 2.609 cargos de Soldado. (Redação dada pela Lei n.º beneficiário, faz jus ao beneficio financeiro de R$ 25.000,00
13.970/12) (vinte e cinco mil reais). (Redação dada pela Lei nº 12.577/06)
§ 1º Os cargos de Terceiro-Sargento, quando extintos, reverterão § 1º - Serão considerados acidentes em serviço aqueles
a outros cargos nas proporções fixadas pela Lei Complementar ocorridos nas circunstâncias previstas na Lei nº 10.594, de 11 de
n.° 10.992, de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre a carreira dezembro de 1995.
dos Servidores Militares do Estado do Rio Grande do Sul e dá § 2º - São considerados órgãos operacionais da Secretaria da
outras providências. (Redação dada pela Lei n.º 13.837/11) Justiça e da Segurança, para os efeitos desta Lei, a Brigada
§ 2º Os cargos de Terceiro-Sargento previstos neste artigo, e por Militar, a Polícia Civil, a Superintendência dos Serviços
consequência o efetivo previsto no “caput” deste artigo, serão Penitenciários - SUSEPE e o Instituto-Geral de Perícias.
acrescidos gradativamente na forma da Lei. (Incluído pela Lei § 3º - O benefício de que trata este artigo será concedido
n.º 13.837/11) somente aos servidores abaixo relacionados, independentemente
da Classe titulada, que desempenham suas atividades em
Art. 2º - O Quadro Especial a que se refere o parágrafo 1º do situação permanente de risco:
artigo 232 da Lei n.º 7.356, de 1º de fevereiro de 1980, é I - na Polícia Civil - para os Investigadores de Polícia,
constituído de quatro cargos de Coronel, escolhidos dentre os Inspetores de Polícia, Escrivães de Polícia, Comissários de
integrantes do Quadro de Oficiais de Estado-Maior e nomeados Polícia e Comissários de Diversões Públicas;
Juízes Militares para a composição do Tribunal Militar do II - na Brigada Militar - para os Postos e Graduações da
Estado. hierarquia militar de Soldado de 2ª Classe a Capitão, inclusive;
III - na Superintendência dos Serviços Penitenciários - SUSEPE
Art. 3º - As Praças Especiais não estão computadas no total do - para os Auxiliares de Serviços Penitenciários e para os Agentes
efetivo, sendo consideradas até o limite máximo, e os Penitenciários do Quadro dos Funcionários Penitenciários,
respectivos totais serão fixados anualmente por ato do instituído pela Lei nº 9.228, de 1º de fevereiro de 1991, e para os
Comandante-Geral da Brigada Militar. Monitores Penitenciários e Técnicos Penitenciários do Quadro
dos Funcionários Penitenciários em extinção; e
Art. 4º - O provimento do efetivo será gradual, observado nos IV - no Instituto-Geral de Perícias - para os Auxiliares de
respectivos postos e graduações, o preenchimento dos seguintes Perícia, para os Papiloscopistas e para os Fotógrafos
percentuais mínimos de vagas acrescidas em decorrência da Criminalistas.
presente Lei, desde que atendidos os requisitos legais para os
respectivos provimentos: Art. 2º - O benefício de que trata o "caput" do artigo 1º não
I - 10% (dez por cento), em 1997; prejudica outros direitos previstos em lei.
II - 15% (quinze por cento), em 1998;
III - 20% (vinte por cento), em 1999; Art. 3º - As despesas decorrentes da execução desta Lei
IV - 25% (vinte e cinco por cento), em 2000;e correrão por conta de dotação orçamentária própria.
V - 30% (trinta por cento), em 2001.
§ 1º - As disposições deste artigo não se aplicam para o Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
provimento da graduação de Soldado.
§ 2º - Quando o percentual mínimo de provimento de vagas Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.
corresponder à fração do respectivo posto ou graduação, a
referida fração, será computada como se vaga fosse, para os fins PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.
de provimento.
§ 3º - Os provimentos referidos neste artigo serão efetivados no
dia 18 de novembro de cada ano e observarão os quantitativos 15. LEI Nº. 11.991, DE 27 DE OUTUBRO DE 2003.
fixados no artigo 1º desta Lei. (atualizada até a Lei n.º 13.932, de 14 de fevereiro de 2012)

Art. 5º - VETADO. Cria o Programa de Militares Estaduais


Art. 6º - As despesas decorrentes da execução da presente Lei Temporários da Brigada Militar, e dá outras
correrão à conta de dotações orçamentárias próprias. providências.

63
Art. 1º - Fica instituído na Brigada Militar no Estado do Rio inciso II, alínea “c”, da Lei Complementar n.º 10.990, de 18 de
Grande do Sul, nos termos da Lei Complementar n.º 10.990, de agosto de 1997, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores
18 de agosto de 1997, o Programa de Militares Estaduais Militares da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul e
Temporários, obedecidas às condições previstas nesta Lei. dá outras providências, ter sido licenciado, no mínimo, no
comportamento Bom, e não ter sido punido pela prática de falta
Art. 2º - Para implementação do Programa instituído por esta grave na forma do regulamento disciplinar da Força a que
Lei, fica o Poder Executivo autorizado a contratar em caráter servia; (Redação dada pela Lei n.º 13.522/10)
emergencial, nos termos do inciso IV do artigo 19 da II - estar em dia com as obrigações eleitorais;
Constituição Estadual, até o limite de 1.500 (um mil e III - ter concluído o ensino fundamental;
quinhentos) servidores, para exercerem as funções de Soldado IV - ser aprovado nos exames de saúde, odontológico e mental,
PM Temporário sujeitos, no que couber, às normas aplicáveis realizados pela Brigada Militar;
aos integrantes da Brigada Militar. V - ser aprovado nos exames de aptidão física, em testes
§ 1º - Considera-se caráter emergencial, para os efeitos desta realizados na Brigada Militar;
Lei, a falta de recursos humanos para atender a necessidade VI - ser aprovado em prova escrita de conhecimento gerais,
inadiável de admissão dos profissionais indicados no "caput" do elaborada pela Brigada Militar;
artigo, em número e locais onde a falta destes impossibilita a VII - não ter antecedentes criminais, situação comprovada
prestação do serviço público específico. mediante a apresentação de certidões expedidas pelos órgãos
§ 2º - Os servidores de que trata o "caput" deste artigo vinculam- policiais e judiciários estaduais e federais.
se, obrigatoriamente, ao Regime Geral da Previdência Social. § 2º - O curso será oferecido pelo Departamento de Ensino da
Brigada Militar.
Art. 3º - O Programa de Militares Estaduais Temporários
objetiva: Art. 8º - O desligamento do Soldado PM Temporário ocorrerá
I - dar maior visibilidade ao policiamento, por meio do aumento por ato do Comandante-Geral, nas seguintes hipóteses:
do contingente de policiais; I - ao final do período de prestação do serviço;
II - proporcionar ao jovem a ocupação e renda, evitando o seu II - a qualquer tempo, mediante requerimento do Soldado PM
envolvimento em atividade anti-sociais; Temporário;
III - potencializar a segurança orgânica das instalações Policiais III - quando o Soldado PM Temporário apresentar conduta
Militares. incompatível, devidamente apurada nas normas aplicáveis aos
Parágrafo único - O contratado para desempenhar as funções integrantes da Brigada Militar ou em razão da natureza do
previstas no Programa instituído por esta Lei será denominado serviço prestado;
Soldado PM Temporário. IV - em atendimento aos interesses da administração pública
e/ou incompatibilidade para desempenho das funções ocorridas
Art. 4º - A contratação prevista nesta Lei vigorará pelo prazo de posteriormente a sua contratação.
2 (dois) anos, podendo ter prorrogada, no máximo uma vez, pelo Parágrafo único - Ao ser excluído do Programa de Militares
período de 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei n.º 12.558/06) Estaduais Temporários, encerra-se para o Soldado PM
§ 1º - Quando da renovação, o Soldado PM Temporário será Temporário o vínculo com a Brigada Militar, não cabendo
submetido à nova avaliação física e de saúde, visando analisar as qualquer remuneração ou indenização por parte do Estado.
condições de continuidade ou não de seus serviços.
§ 2º - O pedido de prorrogação deverá ser protocolado pelo Art. 9º - Fica vedado ao Soldado PM Temporário:
Soldado PM Temporário no Órgão Policial Militar em que I - o desempenho das atividades de Soldado PM Temporário em
estiver em exercício, 60 (sessenta) dias antes da data de qualquer outro órgão estranho à Brigada Militar;
encerramento do período de suas atividades. II - a realização de cursos de carreira;
§ 3º - A contratação de recursos humanos, em caráter III - a transferência de município;
emergencial, de que trata esta Lei fica condicionada ao IV - o acúmulo de férias, a instalação e o trânsito;
atendimento do previsto na Lei Complementar Federal n.º 101, V - uso de uniforme quando em folga ou trânsito, sendo o uso
de 04 de maio de 2000. deste permitido somente com identificação ostensiva da
condição de Soldado PM Temporário, exclusivamente em
Art. 5º - A atividade de Soldado PM Temporário tem por serviço.
finalidade a execução de serviços de recepção em órgãos da
Corporação e de telefonista, em eventos especiais de maneira Art. 10 - Ao Soldado PM Temporário é vedado o exercício de
agrupada e devidamente comandados, em serviços internos de qualquer outra atividade remunerada.
apoio, guarda de órgãos da Brigada Militar e guarda externa de
estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei n.º 13.932/12) Art. 11 - O Soldado PM Temporário faz jus, a título de
remuneração:
Art. 6º - O recrutamento para o serviço deverá ser precedido de I - durante o curso: mensalmente um salário mínimo regional;
autorização expressa do Governador do Estado, mediante II - primeiro ano: após o curso receberá 75% do vencimento
proposta fundamentada do Comandante-Geral da Brigada bruto inicial do Soldado de carreira;
Militar, observando o limite de 10% (dez por cento) do efetivo III – segundo e terceiro ano: receberá 80% do vencimento bruto
total previsto para Soldado da Brigada Militar e o número de inicial do Soldado de carreira. (Redação dada pela Lei n.º
cargos vagos existentes no quadro. 12.558/06)
Parágrafo único - O Soldado PM Temporário terá direito ao
Art. 7º - A contratação do Soldado PM Temporário dar-se-á vale-transporte.
mediante seleção e aprovação em curso específico.
§ 1º - Para realização da seleção devem ser preenchidos os Art. 12 - Os Soldados PM Temporários desempenharão suas
seguintes requisitos: funções em municípios com mais de 100.000 habitantes
I - ser concludente do serviço militar obrigatório das Forças podendo, em casos excepcionais, por decreto e mediante
Armadas, até 3 (três) anos antes da data de abertura das proposta do Comandante-Geral da Brigada Militar com
inscrições ao processo seletivo, ou ser servidor militar inativo na fundamento em critérios objetivos, as atividades serem
reserva não remunerada, conforme disposto no art. 3.º, § 1.º, desenvolvidas em municípios com menor número de habitantes.

64
Art. 13 - O Comandante-Geral da Brigada Militar poderá baixar a) curso Superior em Ciências Jurídicas e Sociais para ingresso
instruções internas necessárias à aplicação do disposto nesta Lei. no Curso Superior de Polícia Militar;
b) curso Superior de Graduação na respectiva área de saúde para
Art. 14 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei ingresso no Curso Básico de Oficiais de Saúde;
correrão à conta das dotações orçamentárias próprias. c) conclusão de Ensino Médio ou equivalente, para ingresso no
Curso Básico de Formação Policial Militar;
Art. 15 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. XV - possuir Carteira Nacional de Habilitação, cuja categoria
será estabelecida no respectivo edital do concurso.
Art. 16 - Revogam-se as disposições em contrário. Parágrafo único - Os limites máximos de idade de que trata o
inciso XI deste artigo não se aplicam aos militares estaduais.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 27 de outubro de 2003.
Art. 3º - Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar,
baixar normas complementares sobre o processo seletivo para
16. LEI Nº. 12.307, DE 08 DE JULHO DE 2005. ingresso na Brigada Militar, por meio de edital.

Dispõe sobre as condições específicas para Art. 4º - A abertura do concurso público será efetuada por meio
ingresso na Brigada Militar, na condição de de edital nos termos da legislação vigente.
militar estadual, e dá outras providências.
Art. 5º - O ingresso de militares estaduais poderá ser
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO regionalizado.
GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto
no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Art. 6º - Os candidatos que tiverem sua inscrição homologada
Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei no concurso público, serão avaliados nos seguintes aspectos:
seguinte: I - avaliação médica;
II - avaliação física;
Art. 1º - O ingresso nas carreiras Policiais Militares dar-se-á, III - avaliação psicológica;
exclusivamente, mediante concurso público de provas e de IV - avaliação intelectual;
provas e títulos. V - avaliação moral.

Art. 2º - Para ingresso na Brigada Militar deverão ser Art. 7º - O militar estadual efetivo será licenciado do seu cargo
observadas as seguintes condições: para realizar o curso de formação, tendo assegurado o seu
I - ter nacionalidade brasileira; retorno no momento que for desligado ou reprovado no mesmo.
II - possuir ilibada conduta pública e privada, a ser comprovada Parágrafo único - Ao ser licenciado nos termos do “caput”
mediante: deste artigo, o militar estadual poderá optar entre a percepção da
a) apresentação de atestado de bons antecedentes, de alvará de bolsa de estudos ou o vencimento de seu cargo.
folha corrida do Poder Judiciário, de certidão negativa das
justiças estadual, federal e eleitoral e das justiças militares Art. 8º - Atendidos os requisitos previstos nesta Lei, com a
estadual e federal; aprovação no respectivo curso de formação, o candidato estará
b) realização de sindicância sobre a vida pregressa do candidato; habilitado a ingressar na carreira militar.
c) na condição de reservista das Forças Armadas, ter sido § 1º - A média final obtida pelos candidatos no curso de
licenciado, no mínimo, no comportamento „Bom‟; formação servirá como critério de classificação para ordem de
d) na condição de ex-servidor, não ter sido demitido; nomeação.
III - estar quite com as obrigações eleitorais e militares; § 2º - Em caso de empate na média final dos candidatos, serão
IV - não figurar como indiciado em inquérito policial ou utilizados os critérios estabelecidos pelo Órgão de Direção
policial-militar; Setorial de Ensino da Brigada Militar, na forma de seu
V - não ter sofrido condenação criminal com pena privativa de Regimento Interno.
liberdade, medida de segurança ou qualquer condenação
incompatível com a função policial-militar; Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
VI - não estar respondendo a processo criminal;
VII - não ter sido isentado do serviço militar por incapacidade Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial
física definitiva; o Decreto nº 30.512, de 29 de dezembro de 1981, e o Decreto nº
VIII - ter altura mínima de 1,65m para homens e 1,60m para 37.536, de 8 de julho de 1997.
mulheres;
IX - obter aprovação nos exames de saúde, capacitação física e PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 08 de julho de 2005.
intelectual, conforme requisitos estipulados em edital;
X - ter aprovação no exame psicológico, de acordo com o perfil
definido para ingresso no respectivo curso; 17. LEI Nº. 12.629, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006.
XI - possuir, até a data da inclusão, a idade máxima:
a) de 29 anos para o ingresso no Curso Superior de Polícia Dispõe sobre a obrigatoriedade da
Militar e no Curso Básico de Oficiais de Saúde; manutenção de banco de dados contendo
b) de 25 anos para o ingresso no Curso Básico de Formação informações sobre venda de uniformes
Policial Militar; utilizados por servidores da Brigada Militar.
XII - não ter sido dispensado de incorporação nas Forças
Armadas por motivo considerado incompatível com as O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
exigências para o curso; GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto
XIII - não ter sido desligado de estabelecimento de ensino no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a
militar ou policial militar por motivo disciplinar; Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei
XIV - possuir escolaridade mínima, comprovada mediante seguinte:
certificado ou diploma, devidamente registrado, em:
65
Art. 1º - Ficam obrigados, no âmbito do Estado do Rio Grande Art. 7º - As alíquotas de contribuição estabelecidas por esta Lei
do Sul, os estabelecimentos comerciais e os profissionais Complementar serão exigidas a partir do dia 1.º do mês seguinte
autônomos que confeccionam ou comercializam uniformes ao decurso do prazo estabelecido pelo § 6.º do art. 195 da
utilizados por servidores da Brigada Militar, a manter, pelo Constituição Federal, mantidas, neste prazo, as atuais alíquotas
prazo de cinco anos, um registro destas operações realizadas. de contribuição.
Parágrafo único - O registro mencionado no “caput” deste
artigo deverá conter, obrigatoriamente, o nome do comprador, Art. 8º - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua
seu endereço, data da compra, quantidade e descrição completa publicação.
do material comprado.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 05 de abril de 2010.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de novembro de 19. LEI Nº. 13.468, DE 15 DE JUNHO DE 2010.
2006.
Institui o Programa Educacional de
Resistência às Drogas e à Violência -
18. LEI COMPLEMENTAR Nº. 13.431, DE 05 DE ABRIL PROERD no âmbito do Estado do Rio
DE 2010. Grande do Sul e dá outras providências.

Dispõe sobre a contribuição previdenciária A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO


dos servidores militares estaduais. GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto
no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a
A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei
GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto seguinte:
no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a
Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei Art. 1º - Fica instituído o Programa Educacional de Resistência
seguinte: às Drogas e à Violência – PROERD, baseado no modelo
internacional “Drug Abuse Resistance Education” – D.A.R.E., a
Art. 1° - Ficam fixadas as seguintes alíquotas de contribuição ser desenvolvido nas redes de ensino público e privado do
previdenciária mensal compulsória dos servidores militares: Estado do Rio Grande do Sul e entidades interessadas, bem
I – 7,5 % (sete e meio por cento), com vigência a partir de 1.º de como em forma de orientação para pais, mediante a realização
março de 2010; e de ações preventivas e cooperativas entre a Brigada Militar e
II – 11% (onze por cento), com vigência a partir de 1.º de março demais entes envolvidos com o Programa.
de 2011. Parágrafo único - A metodologia utilizada para o
desenvolvimento do PROERD poderá ser dirigida às séries do
Art. 2º - A contribuição previdenciária mensal compulsória dos Ensino Fundamental e às séries do Ensino Médio, com
servidores militares a que se refere o art. 1.º incide sobre: planejamento adequado às idades, a ser regulamentado pela
I - o Salário de Contribuição para os servidores militares da Brigada Militar.
ativa; e
II – a parcela do Salário de Contribuição que exceder ao limite Art. 2º - O PROERD será organizado e gerenciado
máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de exclusivamente pela polícia militar do Estado do Rio Grande do
Previdência Social - RGPS, de que trata o art. 201 da Sul – Brigada Militar, constituindo-se em tema transversal, de
Constituição Federal, para os servidores militares inativos e acordo com a matriz curricular pedagógica nacional e os
pensionistas. parâmetros curriculares nacionais, conforme previsto na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação - Lei Federal n.º 9.394, de 20 de
Art. 3º - Entende-se por Salário de Contribuição, para os efeitos dezembro de 1996.
desta Lei Complementar, a soma mensal paga pelo Estado ao Parágrafo único - As escolas e entidades interessadas em
segurado ou pensionista a qualquer título, excluídos somente os participar do PROERD comporão um cadastro organizado pela
pagamentos ou créditos de natureza indenizatória ou eventual, Brigada Militar.
tais como honorários, diárias e ajudas de custo.
Art. 3º - O PROERD terá como ação preponderante a
Art. 4º - A contribuição mensal do Estado será correspondente prevenção, através de metodologia de ensino baseadas nas
ao dobro da contribuição dos servidores militares ativos, seguintes diretrizes:
inativos e pensionistas. I - desenvolvimento de ações e aulas de noções de cidadania;
Parágrafo único - Eventual diferença entre o valor necessário II - desenvolvimento de atividades e administração de aulas que
ao pagamento das aposentadorias e das pensões e o valor das demonstrem a desaprovação da prática de atos de violência entre
contribuições previdenciárias correspondentes ao mês anterior, estudantes das redes pública e privada de ensino do Rio Grande
em decorrência de recolhimentos insuficientes para o pagamento do Sul;
dos benefícios, será objeto de transferência de recursos do III - desenvolvimento de programa de prevenção primária ao
Estado ao gestor único do Regime Próprio de Previdência Social uso de drogas lícitas e ilícitas, destinado a alertar sobre os
- RPPS/RS. malefícios causados à saúde física e mental do usuário;
IV - desenvolvimento de atividades e aulas que esclareçam
Art. 5º - A contribuição previdenciária mensal do servidor sobre os riscos decorrentes da dependência química e a
militar afastado da atividade sem remuneração corresponde à criminalidade relacionada, direta ou indiretamente, ao uso de
sua última contribuição, acrescida da prevista no art. 4.º, sujeita drogas;
aos reajustes legais. V - orientação das crianças, adolescentes e familiares acerca das
soluções e medidas eficazes quanto à resistência às drogas lícitas
Art. 6º - Esta Lei Complementar aplica-se aos servidores e ilícitas; e
militares ativos, inativos e pensionistas.
66
VI - desenvolvimento de um trabalho interno de prevenção ao Parágrafo único - Aos servidores militares que tiverem
uso de drogas lícitas e ilícitas, através da formação de equipes de ocupado cargo no serviço público, com interrupção após a
palestras, que atenderá à política da Secretaria de Segurança entrada em vigor desta Lei Complementar, aplica-se o Regime
Pública. Financeiro de que trata o „caput‟ deste artigo. (Redação dada
Parágrafo único - As atividades inseridas nos incisos deste pela Lei Complementar n.º 14.015/12)
artigo poderão ser direcionadas à capacitação dos pais dos
alunos da rede de ensino público e privado, com a aplicação de Art. 4º - Fica instituído o Fundo Previdenciário dos Servidores
metodologia específica para adultos. Militares – FUNDOPREV/MILITAR – para implementação do
regime financeiro de capitalização.
Art. 4º - A Brigada Militar, para a implementação do PROERD, Parágrafo único - O FUNDOPREV/MILITAR será gerido pelo
fica autorizada a celebrar convênios, termos de cooperação Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul –
técnica, entre outros meios de parceria, que terão como objetivo IPERGS –, Gestor Único do Regime Próprio de Previdência
primordial a destinação de recursos e de custeio e investimento Social dos Servidores Militares do Estado do Rio Grande do Sul,
para divulgação, operacionalização das ações e aquisição de com segregação contábil e fiscal dos demais recursos e fundos
material didático. da Autarquia.

Art. 5º - A Brigada Militar, para a implementação do PROERD, Art. 5º - Os benefícios de auxílio-doença e salário-maternidade
poderá receber recursos de custeio próprios para o devidos aos servidores militares ativos abrangidos pelo regime
desenvolvimento essencial de suas atividades, o que será objeto financeiro da capitalização, e o auxílio-reclusão devido aos seus
de regulamentação pela Corporação. dependentes, serão processados diretamente pelo Estado e
Parágrafo único - Os recursos tratados no art. 4.º desta Lei custeados mediante ressarcimento, pelo
poderão ser direcionados ao PROERD na respectiva Lei FUNDOPREV/MILITAR.
Orçamentária, no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, através de orçamento previsto para a Secretaria Art. 6º - As receitas do FUNDOPREV/MILITAR serão
da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul. compostas na forma da legislação aplicável e conforme o
disposto na Lei Federal n.º 9.717, de 27 de novembro de 1998,
Art. 6º - O quadro de efetivos da Brigada Militar que comporá e em especial por:
desenvolverá o PROERD será constituído de servidores I - transferências em espécie apuradas, nos termos desta Lei
militares estaduais, ativos e inativos, integrantes da Corporação. Complementar, a partir da receita de contribuições
Parágrafo único - A participação do efetivo no PROERD é previdenciárias mensais dos seus contribuintes e da contribuição
matéria a ser regulamentada pela Brigada Militar, atendendo-se do Estado e dos demais recursos a serem repassados pelo
à finalidade de garantir a execução das ações estabelecidas no Tesouro do Estado;
art. 3.º desta Lei. II - doações e dações efetivadas pelo Estado e que
especificamente lhes forem destinadas;
Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. III - produto das aplicações e investimentos realizados com os
respectivos recursos;
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 15 de junho de 2010. IV - aluguéis e rendimentos derivados dos bens a eles
vinculados, inclusive os decorrentes de alienações;
V - recursos da compensação previdenciária realizada com o
20. LEI COMPLEMENTAR Nº. 13.757, DE 15 DE JULHO Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – ou outro regime
DE 2011. previdenciário, havidos de benefícios devidos aos servidores
(atualizada até a Lei Complementar n.º 14.015, de 21 de junho de 2012) militares que lhes sejam vinculados; e
VI - demais bens, ativos, direitos e recursos que lhes forem
Dispõe sobre o Regime Próprio de destinados e incorporados na forma da lei.
Previdência Social dos Servidores Militares Parágrafo único - As transferências em espécie, necessárias à
do Estado do Rio Grande do Sul, institui o composição do FUNDOPREV/MILITAR a serem efetivadas
Fundo Previdenciário dos Servidores pelo Estado deverão constar, obrigatoriamente, a cada exercício,
Militares – FUNDOPREV/MILITAR –, e dá na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária
outras providências. Anual.

Art. 1º - O Regime Próprio de Previdência Social dos Art. 7º - Todos os valores em espécie destinados ao
Servidores Militares do Estado do Rio Grande do Sul é FUNDOPREV/MILITAR serão depositados em conta específica
organizado e financiado mediante dois sistemas, sendo um de e exclusiva do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. –
repartição simples e outro de capitalização, na forma disposta BANRISUL –, distinta da conta do Tesouro do Estado, vedada
nesta Lei Complementar. sua utilização pelo Sistema Integrado de Administração de
Caixa no Estado do Rio Grande do Sul – SIAC.
Art. 2º - Aplica-se o Regime Financeiro de Repartição Simples §1º - A movimentação financeira e patrimonial dos recursos do
aos servidores militares do Estado do Rio Grande do Sul que FUNDOPREV/MILITAR estará condicionada à autorização
ingressaram e permaneceram no serviço público sem interrupção conjunta de um representante indicado pelo Gestor Único e de
em relação ao último cargo titulado, até a entrada em vigor desta um membro do Conselho Deliberativo do Instituto de
Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar n.º Previdência do Estado do Rio Grande do Sul – IPERGS –
14.015/12) escolhido pelo próprio Conselho dentre os representantes dos
servidores que o compõe.
Art. 3º - Aplica-se o Regime Financeiro de Capitalização aos § 2º - Nas hipóteses de ausência, impedimento ou afastamento
servidores militares do Estado do Rio Grande do Sul que do representante dos servidores mencionado no § 1º deste artigo,
ingressarem no serviço público a partir da entrada em vigor a autorização para movimentação financeira e patrimonial
desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar poderá ser realizada apenas pelo representante indicado pelo
n.º 14.015/12) Gestor Único.

67
§ 3º - Em nenhuma hipótese poderão os valores pertencentes ao Art. 16 - A base de contribuição para o
Fundo serem utilizados pelo Governo do Estado para outros fins FUNDOPREV/MILITAR será:
que não previdenciários, cabendo a movimentação dos valores I - quando servidor militar ativo, o valor total bruto da
unicamente nos termos do § 1.º deste artigo. remuneração percebida, desconsideradas as parcelas que, por
sua natureza, não possam ser incluídas no cálculo do benefício
Art. 8º - O FUNDOPREV/MILITAR garantirá ao segurado, de inatividade remunerada;
individual ou coletivamente, pleno acesso às informações II - quando inativo, o total bruto dos proventos que excederem
relativas à gestão do Regime. ao limite máximo fixado para os benefícios do Regime Geral da
Parágrafo único - O saldo atualizado do Fundo será Previdência Social de que trata o art. 201 da Constituição
mensalmente divulgado pelo Gestor Único, inclusive em sítio Federal;
eletrônico oficial do Governo na Internet, para fins de III - quando pensionista, o valor bruto do respectivo benefício
publicidade e de acompanhamento social. que exceder ao limite máximo do Regime Geral da Previdência
Social fixado no art. 201 da Constituição Federal.
Art. 9º - As aplicações e investimentos efetuados com os § 1º - Para os fins de incidência da alíquota previdenciária de
recursos do FUNDOPREV/MILITAR atenderão aos princípios pensionistas, consideram-se proventos:
da segurança, rentabilidade, liquidez, transparência e I - o valor total dos proventos do servidor militar falecido, até o
economicidade e às diretrizes estabelecidas pela Política Anual limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral
de Investimentos do Fundo. da Previdência Social de que trata o art. 201 da Constituição
§ 1º - As aplicações e os investimentos do Fundo obedecerão à Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela
regulamentação do Ministério da Previdência e Assistência excedente a este limite, caso inativo à data do óbito; ou
Social e do Conselho Monetário Nacional – CMN. II - o valor total da remuneração do servidor militar no cargo
§ 2º - A aplicação dos recursos, quando efetivada em instituição efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo
financeira, será feita exclusivamente em bancos oficiais. estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência
Social de que trata o art. 201 da Constituição Federal, acrescido
Art. 10 - O IPERGS instituirá um Comitê de Investimentos, de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite,
composto de forma paritária, em conformidade com caso em atividade na data do óbito.
regulamento específico, com finalidade exclusivamente § 2º - A contribuição, no caso em que o inativo ou pensionista
consultiva, cujo funcionamento será estabelecido em regimento for portador de doença incapacitante, incidirá apenas sobre a
interno. parcela de proventos de inatividade e de pensão que superarem o
dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do
Art. 10-A - A contribuição previdenciária mensal descontada Regime Geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da
dos segurados militares ativos, inativos e pensionistas do Estado Constituição Federal.
do Rio Grande do Sul, contribuintes do Regime Financeiro de § 3º - Constituem base de cálculo para a contribuição de que
Repartição Simples, é fixada em 13,25% (treze inteiros e vinte e trata esta Lei Complementar as vantagens de natureza
cinco centésimos por cento). (Incluído pela Lei Complementar remuneratória decorrentes de sentença judicial condenatória do
n.º 14.015/12) Estado e a gratificação natalina, sendo que esta não integrará a
Parágrafo único - Aplica-se a alíquota prevista neste artigo aos base de cálculo do beneficio.
inativos e aos pensionistas na forma dos §§ 18 e 21 do art. 40 da § 4º - Nas hipóteses de acumulação de cargos, proventos ou
Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar n.º cargos e proventos, dada a incomunicabilidade destas relações, a
14.015/12) contribuição previdenciária deverá ser calculada isoladamente,
tomando-se cada um dos cargos de que o servidor militar seja ou
Art. 11 - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 14.015/12) tenha sido titular.
Parágrafo único - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º
14.015/12) Art. 17 - A contribuição devida pelo Estado correrá a cargo das
dotações próprias do Poder Executivo.
Art. 12 - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 14.015/12)
I - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 14.015/12) Art. 18 - O Estado continuará cumprindo a função de garantidor
II - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 14.015/12) dos benefícios previdenciários aos servidores públicos militares,
tanto no Regime Financeiro de Repartição Simples quanto no
Art. 13 - A contribuição mensal do Estado para o Regime Regime Financeiro de Capitalização, independentemente do
Financeiro de Repartição Simples será de 26,50% (vinte e seis resultado do FUNDOPREV/MILITAR.
inteiros e cinquenta centésimos por cento), correspondente ao
dobro daquela descontada do servidor militar. (Redação dada Art. 19 - O disposto nesta Lei Complementar, em especial nos
pela Lei Complementar n.º 14.015/12) arts. 2.º e 3.º, não interfere na concessão e no cálculo dos
benefícios previdenciários a que fazem jus os servidores
Art. 14 - A contribuição previdenciária mensal descontada dos militares e seus dependentes.
segurados militares ativos, inativos e pensionistas do Estado do
Rio Grande do Sul contribuintes do FUNDOPREV/MILITAR Art. 20 - Em até sessenta dias, o Estado regulamentará o
será de 13,25% (treze inteiros e vinte e cinco centésimos por Regime Próprio de Previdência Social, em conformidade com o
cento) sobre a remuneração efetivamente recebida. (Redação disposto nesta Lei Complementar e na Lei Federal n.º
dada pela Lei Complementar n.º 14.015/12) 9.717/1998.

Art. 15 - A contribuição mensal do Estado para o Art. 21 - As alíquotas de contribuição estabelecidas por esta Lei
FUNDOPREV/MILITAR será de 13,25% (treze inteiros e vinte Complementar serão exigidas a partir do dia 1.º do mês seguinte
e cinco centésimos por cento), sendo idêntica àquela descontada ao decurso do prazo estabelecido pelo § 6.º do art. 195 da
do servidor militar. (Redação dada pela Lei Complementar n.º Constituição Federal, mantidas, neste prazo, as atuais alíquotas
14.015/12) de contribuição.

68
Art. 22 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua Art. 5.º Em 30 de novembro de 2014, a remuneração inicial de
publicação. 1.º Tenente, nos termos do art. 3.º desta Lei, corresponderá a
43% (quarenta e três por cento) do soldo básico do posto de
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 15 de julho de 2011. Coronel.

Art. 6.º As disposições desta Lei aplicam-se aos inativos, aos


21. LEI Nº. 14.074, DE 31 DE JULHO DE 2012. pensionistas respectivos e às pensões vitalícias.

Dispõe sobre os soldos básicos de postos e Art. 7.º As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão
graduações da Brigada Militar e dá outras à conta de dotações orçamentárias próprias.
providências.
Art. 8.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO produzindo seus efeitos a partir de 1.º de novembro de 2012.
GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto
no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 31 de julho de 2012.
Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei
seguinte: ANEXO ÚNICO
BRIGADA MILITAR
Art. 1º - Os valores dos soldos básicos de postos e graduações REMUNERAÇÃO INICIAL
da Brigada Militar, exceto os postos de Capitão, Major, Tenente-
Coronel e Coronel, são reajustados em 6% (seis por cento), a POSTO / Valores das remunerações iniciais dos postos e
GRADUAÇÃO graduações, em R$, a
partir de 1.º de novembro de 2012. partir de:
1.º de 1.º de 1.º de 1.º de
Art. 2º - Os soldos básicos dos postos e graduações da Brigada maio novembro maio novembro
Militar, exceto os postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e de 2013 de de 2014 de 2014
2013
Coronel, ficam fixados nos valores e respectivas datas de SOLDADO PM - 2ª
vigência especificadas a seguir: 2.047,54
CLASSE (em 1.506,72 1.592,00 1.971,39
POSTO / Valores dos soldos básicos dos postos e graduações, extinção)
GRADUAÇÃO em R$, a partir de: SOLDADO PM - 1ª 2.398,27
1.764,81 1.864,71 2.309,08
1.º de 1.º de 1.º de 1.º de CLASSE
maio novembro maio novembro CABO PM (em
1.848,85 1.953,50 2.401,44 2.494,20
de 2013 de 2013 de 2014 de 2014 extinção)
3º SARGENTO PM
2.100,97 2.219,89 2.678,53 2.781,99
SOLDADO PM - 2ª (em extinção)
CLASSE (em 467,92 494,41 612,23 635,88 2º SARGENTO PM 2.353,08 2.486,28 2.955,62 3.069,79
extinção) 1º SARGENTO PM 2.521,16 2.663,87 3.140,35 3.261,65
SOLDADO PM - 1ª ASPIRANTE A
548,08 579,10 717,11 744,80 3.408,43
CLASSE OFICIAL PM (em 2.847,02 3.008,18 3.281,67
CABO PM (em extinção)
574,18 606,68 745,79 774,60
extinção) SUB-TENENTE PM 3.408,43
3º SARGENTO PM 2.847,02 3.008,18 3.281,67
652,47 689,41 831,84 863,97 (em extinção)
(em extinção) 2º TENENTE PM 3.205,34 3.386,77 3.694,69 3.837,40
2º SARGENTO PM 730,77 772,14 917,90 953,35 1º TENENTE PM 3.445,59 3.640,62 3.971,62 4.125,02
1º SARGENTO PM 782,97 827,29 975,26 1.012,93
ASPIRANTE A
OFICIAL PM (em 884,17 934,22 1.019,15 1.058,52
extinção) 22. LEI Nº. 14.075, DE 31 DE JULHO DE 2012.
SUB-TENENTE PM
884,17 934,22 1.019,15 1.058,52
(em extinção)
2º TENENTE PM 995,45 1.051,79 1.147,42 1.191,74
Fixa os valores dos soldos básicos dos
1º TENENTE PM 1.070,06 1.130,63 1.233,42 1.281,06 postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel
e Coronel da Brigada Militar, extingue
Art. 3.º A remuneração inicial dos postos e graduações da gratificação instituída pela Lei n.º 10.395,
Brigada Militar de que trata esta Lei, compreendendo o soldo de 1.º de junho de 1995, extingue parcela
básico fixado no art. 2.º desta Lei, acrescido da Gratificação de autônoma e gratificação instituídas pela Lei
Risco de Vida, passa a ser estabelecida no Anexo Único, n.º 13.951, de 19 de março de 2012, e dá
mantendo-se inalterada a forma de cálculo das vantagens outras providências.
temporais e demais parcelas que compõem a remuneração
desses servidores. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto
Art. 4.º À remuneração inicial, compreendida como soldo no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a
básico acrescido da Gratificação de Risco de Vida, nos termos Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei
do art. 3.º desta Lei, a partir de 1.º de novembro de 2014, aplica- seguinte:
se o seguinte escalonamento:
I - 1º Tenente PM............................................................... 100%; Art. 1º - A contar de 1.º de agosto de 2012, os soldos básicos
II - 2º Tenente PM........................................................... 93,02%; dos Oficiais da carreira dos Servidores Militares Estaduais de
III - Sub-Tenente PM (em extinção)............................... 82,62%; Nível Superior da Brigada Militar, estabelecida na forma do art.
IV - Aspirante a Oficial PM (em extinção)..................... 82,62%; 2.º da Lei Complementar n.º 10.992, de 18 de agosto de 1997,
V - 1º Sargento PM.......................................................... 79,06%; composta pelos postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e
VI - 2º Sargento PM........................................................ 74,41%; Coronel, são os que seguem:
VII - 3º Sargento PM (em extinção)............................... 67,44%; I - Coronel ............................................................... R$ 7.928,15;
VIII - Cabo PM (em extinção)........................................ 60,46%; II - Tenente-Coronel ................................................ R$ 7.559,98;
IX - Soldado PM - 1.ª Classe........................................... 58,13%; III - Major ................................................................ R$ 7.273,56;
X - Soldado PM - 2.ª Classe (em extinção)..................... 49,63%. IV - Capitão ............................................................. R$ 5.956,07.
69
Art. 2º - Ficam extintas, a contar de 1.º de agosto de 2012, a O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das
gratificação instituída pelo § 2.º do art. 11 da Lei n.º 10.395, de atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a",
1.º de junho de 1995, a parcela autônoma e a gratificação da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 1o, 3o,
instituídas, respectivamente, pelos arts. 2.º e 3.º da Lei n.º parágrafo único, e 4o, caput e § 1o, da Lei no 10.201, de 14 de
13.951, de 19 de março de 2012, e a Gratificação de Incentivo à fevereiro de 2001, e Considerando o disposto nos arts. 144 e 241
Atividade Policial – GIAP –, de que trata o art. 2.º da Lei n.º da Constituição e o princípio de solidariedade federativa que
9.152, de 5 de outubro de 1990. orienta o desenvolvimento das atividades do sistema único de
segurança pública;
Art. 3º - Os soldos básicos dos postos de Capitão, Major,
Tenente-Coronel e Coronel da Brigada Militar ficam fixados nos DECRETA:
valores e respectivas datas de vigência especificadas a seguir, já
com a incorporação das gratificações extintas pelo art. 2.º desta Art. 1º - Este Decreto disciplina as regras gerais de organização
Lei, mantendo-se inalterada a forma de cálculo das vantagens e funcionamento da administração pública federal, para
temporais: desenvolvimento do programa de cooperação federativa
POSTO denominado Força Nacional de Segurança Pública, ao qual
Valores dos
soldos básicos CAPITÃO MAJOR
TENENTE-
CORONEL poderão voluntariamente aderir os Estados interessados, por
CORONEL
dos Postos, em PM PM
PM
PM meio de atos formais específicos.
R$, a partir de:
1.º de maio de 9.236,32
7.502,21 8.335,78 8.774,50 Art. 2º - A Força Nacional de Segurança Pública atuará em
2014
1.º de novembro
7.791,98 8.657,75 9.113,43 9.593,08
atividades destinadas à preservação da ordem pública e da
de 2014 incolumidade das pessoas e do patrimônio, nas hipóteses
1.º de maio de
2015
8.017,70 8.908,55 9.502,46 10.135,96 previstas neste Decreto e no ato formal de adesão dos Estados e
1.º de novembro do Distrito Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 7.318, de
8.447,12 9.385,69 10.011,40 10.678,83
de 2015 2010).
1.º de maio de 11.319,56
8.716,77 9.685,29 10.470,59
2016
11.960,28
Art. 2º-A - A atuação dos servidores civis nas atividades
1.º de novembro
9.210,17 10.233,51 11.063,26 desenvolvidas no âmbito da Força Nacional de Segurança
de 2016
1.º de maio de
9.500,67 10.556,33 11.568,58
12.677,90 Pública, conforme previsto nos arts. 3o e 5o da Lei no 11.473,
2017 de 10 de maio de 2007, compreende: (Incluído pelo Decreto nº
1.º de novembro
de 2017
10.038,48 11.153,86 12.223,41 13.395,52 7.318, de 2010).
1.º de maio de 14.199,25 I - auxílio às ações de polícia judiciária estadual na função de
10.351,25 11.501,39 12.779,33
2018 investigação de infração penal, para a elucidação das causas,
1.º de novembro 15.002,98 circunstâncias, motivos, autoria e materialidade; (Incluído pelo
10.937,17 12.152,41 13.502,68
de 2018
Decreto nº 7.318, de 2010).
Parágrafo único. V E T A D O II - auxílio às ações de inteligência relacionadas às atividades
destinadas à preservação da ordem pública e da incolumidade
Art. 4º - O soldo básico dos Oficiais da carreira dos Servidores das pessoas e do patrimônio; (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de
Militares Estaduais de Nível Superior da Brigada Militar, 2010).
composta pelos postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e III - realização de atividades periciais e de identificação civil e
Coronel, a partir de 1.º de novembro de 2018, obedecerá à regra criminal destinadas a colher e resguardar indícios ou provas da
de escalonamento, tomando por base o soldo básico do Coronel, ocorrência de fatos ou de infração penal; (Incluído pelo Decreto
no valor de R$ 15.002,98, conforme os seguintes índices: nº 7.318, de 2010).
I - Coronel.......................................................................... 100%; IV - auxílio na ocorrência de catástrofes ou desastres coletivos,
II - Tenente-Coronel ............................................................ 90%; inclusive para reconhecimento de vitimados; e (Incluído pelo
III - Major............................................................................ 81%; Decreto nº 7.318, de 2010).
IV - Capitão .................................................................... 72,90%. V - apoio a ações que visem à proteção de indivíduos, grupos e
órgãos da sociedade que promovem e protegem os direitos
Art. 5º - As disposições desta Lei aplicam-se aos inativos, aos humanos e as liberdades fundamentais. (Incluído pelo Decreto nº
pensionistas respectivos e às pensões vitalícias. 7.318, de 2010).
§ 1º - As atividades de cooperação federativa serão
Art. 6º - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei desenvolvidas sob a coordenação conjunta da União e do ente
correrão à conta de dotações orçamentárias próprias. convenente. (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
§ 2º - A presidência do inquérito policial será exercida pela
Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. autoridade policial da circunscrição local, nos termos do art. 4º
do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de
Art. 8.º Fica revogada a Lei n.º 12.201, de 29 de dezembro de Processo Penal. (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
2004, bem como as disposições em contrário.
Art. 3º - Nas atividades da Força Nacional de Segurança
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 31 de julho de 2012. Pública, serão atendidos, dentre outros, os seguintes princípios:
I - respeito aos direitos individuais e coletivos, inclusive à
integridade moral das pessoas;
23. DECRETO FEDERAL Nº. 5.289, DE 29 DE II - uso moderado e proporcional da força;
NOVEMBRO DE 2004. III - unidade de comando;
IV - eficácia;
Disciplina a organização e o funcionamento V - pronto atendimento;
da administração pública federal, para VI - emprego de técnicas proporcionais e adequadas de controle
desenvolvimento do programa de de distúrbios civis;
cooperação federativa denominado Força VII - qualificação especial para gestão de conflitos; e
Nacional de Segurança Pública, e dá outras VIII - solidariedade federativa.
providências.
70
Art. 4º - A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser órgãos estaduais, para o desempenho das atividades da Força
empregada em qualquer parte do território nacional, mediante Nacional de Segurança Pública.
solicitação expressa do respectivo Governador de Estado ou do § 1º - As Forças Armadas, por autorização específica do
Distrito Federal. Presidente da República, e outros órgãos federais desvinculados
§ 1º - Compete ao Ministro de Estado da Justiça determinar o do Ministério da Justiça poderão oferecer instalações, recursos
emprego da Força Nacional de Segurança Pública, que será de inteligência, transporte, logística e treinamento de modo a
episódico e planejado. contribuir com as atividades da Força Nacional de Segurança
§ 2º - O contingente mobilizável da Força Nacional de Pública.
Segurança Pública será composto por servidores que tenham § 2º - Em caso de emprego das Forças Armadas para a garantia
recebido, do Ministério da Justiça, treinamento especial para da lei e da ordem, na forma da legislação específica, o
atuação conjunta, integrantes das polícias federais e dos órgãos Presidente da República poderá determinar ao Ministério da
de segurança pública dos Estados que tenham aderido ao Justiça que coloque à disposição do Ministério da Defesa os
programa de cooperação federativa. recursos materiais da Força Nacional de Segurança Pública.
§ 3º - O ato do Ministro de Estado da Justiça que determinar o § 3º - Os Estados também poderão participar de operações
emprego da Força Nacional de Segurança Pública conterá: conjuntas da Força Nacional de Segurança Pública, fornecendo
I - delimitação da área de atuação e limitação do prazo nos quais recursos materiais e logísticos.
as atividades da Força Nacional de Segurança Pública serão
desempenhadas; Art. 10 - Caberá ao Ministério da Justiça:
II - indicação das medidas de preservação da ordem pública a I - coordenar o planejamento, o preparo e a mobilização da
serem implementadas; e Força Nacional de Segurança Pública, compreendendo:
III - as diretrizes que nortearão o desenvolvimento das a) mobilização, coordenação e definição da estrutura de
operações de segurança pública. comando dos integrantes da Força Nacional de Segurança
§ 4º - As atribuições dos integrantes dos órgãos de segurança Pública;
pública envolvidos em atividades da Força Nacional de b) administração e disposição dos recursos materiais e
Segurança Pública são aquelas previstas no art. 144 da financeiros necessários ao emprego da Força Nacional de
Constituição e na legislação em vigor. Segurança Pública;
§ 5º - O Ministério da Justiça deverá assegurar contingente c) realização de consultas a outros órgãos da administração
permanente mínimo de quinhentos homens da Força Nacional de pública federal sobre quaisquer aspectos pertinentes às
Segurança Pública treinados para emprego imediato. (Incluído atividades da Força Nacional de Segurança Pública;
pelo Decreto nº 6.189, de 2007) d) solicitação de apoio da administração dos Estados e do
Distrito Federal às atividades da Força Nacional de Segurança
Art. 5º - Os servidores de órgãos de segurança pública Pública, respeitando-se a organização federativa; e
mobilizados para atuar de forma integrada, no programa de e) inteligência e gestão das informações produzidas pelos órgãos
cooperação federativa, ficarão sob coordenação do Ministério da de segurança pública;
Justiça enquanto durar sua mobilização, mas não deixam de II - providenciar a aquisição de bens e equipamentos necessários
integrar o quadro funcional de seus respectivos órgãos. às atividades da Força Nacional de Segurança Pública e gerir
§ 1º - (Revogado pelo Decreto nº 6.189, de 2007) programas de apoio material e reaparelhamento dirigidos aos
§ 2º - (Revogado pelo Decreto nº 6.189, de 2007) órgãos de segurança pública dos Estados e do Distrito Federal,
§ 3º - (Revogado pelo Decreto nº 6.189, de 2007) com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, após o
§ 4º - (Revogado pelo Decreto nº 6.189, de 2007) aprovo do seu Conselho Gestor, na forma do parágrafo único do
Parágrafo único - Os servidores civis e militares dos Estados e art. 3o e § 1o do art. 4o da Lei no 10.201, de 14 de fevereiro de
do Distrito Federal que participarem de atividades desenvolvidas 2001;
em decorrência de convênio de cooperação de que trata este III - estabelecer os critérios de seleção e treinamento dos
Decreto farão jus ao recebimento de diária, a ser paga na forma servidores integrantes da Força Nacional de Segurança Pública;
prevista pelo art. 6o da Lei no 11.473, de 10 de maio de 2007. IV - selecionar e treinar os servidores policiais que os
(Incluído pelo Decreto nº 6.189, de 2007) Governadores dos Estados participantes do programa de
cooperação federativa colocarem à disposição da Força Nacional
Art. 6º - O Ministério da Justiça, consultados os Estados que de Segurança Pública;
aderirem ao programa de cooperação federativa, elaborará V - realizar o planejamento orçamentário e a gestão financeira
proposta para a provisão de assistência médica e seguro de vida relativos à execução das atividades da Força Nacional de
e de acidentes dos servidores mobilizados, vitimados quando em Segurança Pública, de acordo com as autorizações do Conselho
atuação efetiva em operações da Força Nacional de Segurança Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública, na forma do
Pública. parágrafo único do art. 3o e § 1o do art. 4o da Lei no 10.201, de
2001;
Art. 7º - Caso algum servidor militar mobilizado venha a VI - estabelecer a interlocução com os Estados e o Distrito
responder a inquérito policial ou a processo judicial por sua Federal, bem assim com órgãos de segurança pública e do
atuação efetiva em operações da Força Nacional de Segurança Governo Federal, para a disponibilização de recursos humanos,
Pública, poderá ser ele representado judicialmente pela materiais e financeiros necessários ao funcionamento da Força
Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 22, parágrafo Nacional de Segurança Pública; e
único, da Lei no 9.028, de 12 de abril de 1995. VII - definir, de acordo com a legislação específica em vigor, os
sinais exteriores de identificação e o uniforme dos servidores
Art. 8º - Os servidores dos Estados mobilizados para atuar em policiais mobilizados para atuar nas operações da Força
operação da Força Nacional de Segurança Pública serão Nacional de Segurança Pública.
designados pelo Ministério da Justiça.
Art. 11 - A estrutura hierárquica existente nos órgãos de
Art. 9º - A União poderá fornecer recursos humanos e materiais segurança pública da União, dos Estados e do Distrito Federal e
complementares ou suplementares quando forem inexistentes, o princípio da unidade de comando serão observados nas
indisponíveis, inadequados ou insuficientes os recursos dos operações da Força Nacional de Segurança Pública.

71
Art. 12 - As aquisições de equipamentos, armamentos, prática de outras transgressões disciplinares, que hajam ocorrido
munições, veículos, aeronaves e embarcações para uso em direta ou indiretamente para a sua determinação.
treinamento e operações coordenadas da Força Nacional de Parágrafo Único - Também são considerados acidentes em ato
Segurança Pública serão feitas mediante critérios técnicos de de serviço, os verificados no interior dos Quartéis ou
qualidade, quantidade, modernidade, eficiência e resistência, Estabelecimentos militares, independentemente da vontade das
apropriados ao uso em ações de segurança destinadas à vítimas e em virtude de motivo de força maior, tais como
preservação da ordem pública, com respeito à integridade física incêndios, explosões, desabamentos, etc.
das pessoas.
Parágrafo único - Caberá ao Ministério da Justiça estabelecer Art. 5º - Os acidentes verificados em ato de serviço que
os parâmetros administrativos e especificações técnicas para o determinarem atestado de origem classificam-se do modo
atendimento do contido neste artigo. seguinte:
– Acidentes provocadores de perturbações mórbidas pela ação
Art. 13 - Fica o Ministério da Justiça autorizado a celebrar com dos agentes mecânicos, que atuam por pressão, produzindo
os Estados interessados convênio de cooperação federativa, nos picadas, secções, feridas contusas, comoções e compressão, e
termos e para os fins específicos deste Decreto. pelos que atuam por distensão, isto é, quando o agente
vulnerante distende e arranca uma parte do corpo do acidentado
Art. 14 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. em qualquer situação que se encontre, como se verifica quando
o indivíduo imóvel é atingido pelo agente vulnerante ou quando
Brasília, 29 de novembro de 2004; 183º da Independência e 116º o agente externo mantém uma parte imóvel e é o indivíduo que,
da República. por um movimento brusco, é a causa da distensão;
– Acidentes provocadores de perturbações mórbidas,
ocasionados pela ação dos agentes físicos (calor, frio, luz,
24. Decreto Nº. 232, DE 15 DE ABRIL DE 1941. pressão atmosférica, eletricidade, etc.);
– Acidentes provocadores de perturbações mórbidas,
Aprova as instruções reguladoras dos ocasionadas pela ação de agentes químicos;
documentos sanitários de origem dos – Acidentes provocadores de perturbações mórbidas, produzidos
oficiais e praças da Brigada Militar. por picadas e mordeduras de animais.

O INTERVENTOR FEDERAL na conformidade do Art. 6º - Nos casos de acidentes que, de acordo com os
art. 7º, nº. 1 , do Decreto-lei Nacional nº. 1.202, de 08 de abril dispositivos anteriores, determinem a lavratura do atestado de
de 1930, resolve aprovar as instruções que com este baixam origem, não é admitida a instauração de Inquérito Sanitário de
assinadas pelo Secretário do Interior, e reguladoras dos Origem, por ser essencial àquela peça, salvo o disposto no artigo
documentos sanitários de origem dos oficiais e praças da 14.
Brigada Militar, revogadas as disposições em contrário.
Art. 7º - O Atestado de Origem constitui a peça primordial
Porto Alegre, 15 de Abril de 1941. indispensável como elemento de prova para a elucidação da
origem dos acidentes ou ferimentos e incapacidades físicas deles
INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS DOCUMENTOS resultantes, nos processos referentes às reformas, aposentadoria
SANITÁRIOS DE ORIGEM DOS OFICIAIS E PRAÇAS ou qualquer assistência pretendida do Estado, em virtude de
DA BRIGADA MILITAR. invalidez ou incapacidade física, temporária ou definitiva,
adquirida em ato de serviço.
Art. 1º - Os documentos sanitários de origem compreendem:
- Atestado de Origem; Art. 8° - Esse documento, conforme modelo anexo, constará de
- Inquérito Sanitário de Origem. três partes essenciais: Prova testemunhal, prova técnica e prova
de autenticidade do documento, firmado pelo Sub-comandante
Art. 2º - “O ATESTADO DE ORIGEM” é um documento ou por quem o represente.
administrativo militar, destinado ao esclarecimento da origem
real das incapacidades físicas, temporárias ou definitivas, dos Art. 9° - A prova testemunhal é preenchida por três testemunhas
oficias, praças, assemelhados e funcionários civis, da Brigada que assinam a primeira parte do atestado de origem limitando-se
Militar do Estado, provenientes de acidentes ou ferimentos a relatar com exatidão os fatos presenciados, com todas as
recebidos em ato de serviço. circunstâncias que cercaram o acidente, dia e hora em que se
Art. 3º - Ato de serviço é todo aquele exercido pelos oficiais, produziu e, si souberem, a natureza do serviço que a vítima
praças, assemelhados ou funcionários civis, em cumprimento de desempenhava no momento do acidente, sem, entretanto, referir-
obrigações militares, policiais ou profissionais técnicas, se à parte do corpo atingida ou perturbação mórbida resultante
resultantes de disposições regulamentares ou de ordem recebida. do acidente.
Parágrafo Único - Não constitui ato de serviço a locomoção
habitual do oficial, praça, assemelhado ou funcionário civil, Art. 10 - A prova técnica constará do certificado médico militar
qualquer que seja o meio de transporte, de sua residência até o ou civil, conforme preceitua o § 1° deste artigo, que houver
comparecimento à sua Unidade (e vice-versa), para o examinado e prestado os primeiros socorros médicos-cirúrgicos
desempenho de suas obrigações de serviço. Também, como tal, ao acidentado, de acordo com as exigências contidas no atestado
não se compreendem as viagens de trânsito de uma a outra de origem, tendo o cuidado de mencionar as lesões ou as
localidade, ressalvados os casos de desastres ocorridos com os perturbações mórbidas encontradas, resultantes do acidente
meios de transporte ou de repressão a atos delituosos por força referido na prova testemunhal, especificando-as detalhadamente,
de sua função policial. como se fora um auto de exame de corpo de delito.
§ 1° - Na falta de médico militar na localidade, a prova técnica
Art. 4º - Os acidentes, a que se refere o artigo 2º, são, pois, poderá ser firmada por médico civil, para isso autorizado pelo
todos os que se verificarem em ato de serviço, como foi definido comandante ou chefe de repartição em que servir o aposentado.
no artigo 3º e seu parágrafo, desde que ao tenha havido, por
parte do acidentado, imperícia, imprudência, negligência ou
72
§ 2º - Quando o acidente se verificar em localidade onde não Art. 17 - Quando a vítima do acidente for socorrida por médico
haja médico militar ou civil, será o fato, depois de preenchida a civil ou pelos postos de assistência pública e ficar em seguida
prova testemunhal, comunicado com urgência, por quem de recolhida a estabelecimentos civis ou a domicílio, os
direito, ao Comando Geral da Brigada Militar, afim de que seja comandantes de corpo ou chefes de estabelecimento, em que
determinada imediatamente a ida de um médico para preencher servir o acidentado, providenciarão, dentro de 48 horas, para ser
a prova técnica do atestado de origem e prestar socorro ao cumprido o disposto no artigo anterior.
acidentado fazendo o baixar ao Hospital da Brigada, quando o
seu tratamento assim exigir, acompanhado desse documento de Art. 18 - Quando por qualquer motivo, não houver médico em
origem. serviço, no corpo ou estabelecimento, o comandante de ato de
serviço, no corpo ou estabelecimento, o comandante ou chefe
Art. 11 - A prova de autenticidade é feita e assinada pelo Sub- solicitará da autoridade competente a designação de um médico
comandante do corpo de tropa ou correspondente do militar para, no mais curto prazo, serem cumpridas as exigências
estabelecimento a que pertencer a vítima do acidente, ou por constantes do artigo 16.
quem o substitua ou represente, reconhecendo como verdadeiras
as firmas das testemunhas e do médico, declarando a natureza Art. 19 - Em todos os casos de acidentes resultantes de ato de
do serviço de que a vítima se incumbia no momento do acidente serviço como o definido no artigo 3° quando a vítima tiver sido
e o que saiba sobre os fatos constantes da prova testemunhal. tratada no Hospital Militar, será esta submetida, ao ter alta, a
Parágrafo Único - Nos casos previstos pelo artigo 10° e exame de sanidade, sem prejuízo do atestado de origem que já
parágrafo 1° a firma do médico será reconhecida por tabelião, lhe há de ter sido passado, e das disposições dos artigos 5° e
quando se tratar de médico civil. seguintes.
§ 1º - O laudo desse exame ficará incorporado ao atestado de
Art. 12° - Todo atestado de origem será submetido ao visto do origem, e obedecerá à norma constante do modelo anexo a estas
Comandante do Corpo de Tropa ou do Chefe do instruções.
estabelecimento, depois de preenchidas as três partes essenciais § 2º - A conclusão desse laudo será transcrita na papeleta
do atestado. hospitalar, e dela extraída a cópia autenticada, que deverá
acompanhar o documento de alta a remeter-se ao corpo ou
Art. 13 - Os atestados de origem serão lavrados em uma só via, estabelecimento em que servir a vítima para ser transcrita nos
que ficará arquivada no Quartel General, após ter passado pela seus assentamentos e no livro de registro médico da Formação
Chefia do Serviço de Saúde, para o controle por inspeção, Sanitária Regimental (F.S.R.).
conforme preceitua o Artigo 51 destas instruções, sendo logo §3º - Quando o tratamento tiver sido realizado em hospital civil
entregue ao acidentado uma cópia (traslado), autenticada, ou casa de saúde ou domicílio, o exame de sanidade será
conjuntamente, pelas duas principais autoridades do efetuado pelo médico do corpo ou estabelecimento, no mesmo
estabelecimento militar a que o mesmo pertencer. Em caso de dia da alta ou no máximo, no dia imediato, providenciando-se
extravio da cópia, serão fornecidas certidões do atestado em seguida para que se proceda à transcrição aludida no
arquivado, mediante ordem do Comando Geral da Brigada parágrafo anterior.
Militar.
Parágrafo Único - O Boletim do comando Geral deverá Art. 20 - Os casos de ligeiros traumatismos (os caracterizados
publicar, imediatamente, o arquivamento do atestado de origem, pela mínima lesão dos tecidos), serão, apenas, mas
que será transcrito no boletim do corpo ou estabelecimento a que obrigatoriamente, registrados no livro de visitas médicas das
pertencer o acidentado. Formações Sanitárias Regimentais.
§1º - Os casos previstos no presente artigo só não serão
Art. 14 - Somente em casos excepcionais e mediante inquérito registrados se o oficial ou praça deixar de comparecer, logo após
sanitário de origem, controlado por junta de inspeção de saúde, o acidente à formação sanitária do corpo ou estabelecimento,
com recurso final para a Junta Superior de Saúde do Estado, para os fins de curativo e conseqüente registro, não havendo,
poderão ser aceitas justificativas de agravação dos males nesse caso, responsabilidade para o médico.
preexistentes, latentes, estados personalíssimos, pelos acidentes
sobrevindos no cumprimento de ato de serviço ou ocorrência Art. 21 - Em todos os casos em que haja prova testemunhal de
que constitua motivo de força maior. que o acidente sofrido tenha resultado de imprudência, imperícia
ou negligência por parte do acidentado, razão porque não tenha
Art. 15 - Os Comandantes de Corpo ou Chefes de sido lavrado atestado de origem, o acidente será apenas, mas
Estabelecimento, ao receberem parte ou outra comunicação obrigatoriamente, registrado nos livros das Formações Sanitárias
idônea da ocorrência de um acidente em serviço, conforme é Regimentais e publicado em boletim do corpo ou
definido nestas instruções, mandarão lavrar, obrigatoriamente, estabelecimento, assinalando-se as circunstâncias da
dentro de 8 dias, o atestado de origem. imprudência, imperícia ou negligência, que cercarem ou
Parágrafo Único - Quando, por qualquer circunstância, não motivarem o acidente.
houver razão para ser mandado lavrar o atestado de origem,
solicitado ou não pelo acidentado, ou quando o atestado deixar Art. 22 - Os atestados de origem, serão sempre acompanhados
de ser lavrado, por motivos de força maior, dentro de 8 dias da de um esquema dos modelos anexos com a localização das
data do acidente, deverá o fato ser mencionado no boletim da lesões encontradas.
unidade ou estabelecimento.
Art. 23 - A juízo do médico que assinar o atestado de origem,
Art. 16 - Quando o acidentado tiver sido socorrido por médico deverá constar na casa de observações existente, no verso desse
civil ou pelos postos de assistência pública, será a prova técnica documento, a discriminação de todas as medidas
do atestado de origem, firmada pelo profissional militar que complementares, que por ventura tenha adotado ao prestar
examinar a vítima no mesmo dia ou no imediato ao acidente, socorro ao acidentado, ou pelo médico civil que haja prestado os
não dispensada a prova testemunhal com os elementos possíveis primeiros socorros.
de coligir.

73
DO INQUÉRITO SANITÁRIO DE ORIGEM Art. 33 - Os encarregados do inquérito não ficam adstritos a
ouvir apenas as testemunhas invocadas pelos requerentes, mas
Art. 24 - O Inquérito Sanitário de Origem é a perícia destinada a ao invés, deverão esforçar-se por tudo pesquisar e buscar
apurar se a invalidez ou a incapacidade física, temporária ou quaisquer outros depoimentos que melhor esclareçam.
definitiva, dos oficiais, praças, assemelhados e funcionários
civis, referidos no artigo 2°, dependem ou resultam de doença, Art. 34 - Em todo inquérito sanitário de origem, o respectivo
aguda ou crônica, que tenha sido contraída em ato de serviço, encarregado fará uma observação clínica do interessado
segundo o definido no artigo 3°. (requerente), obedecendo rigorosamente as exigências de ordem
§1º - Este inquérito só será determinado mediante requerimento técnica, tais como:
do interessado, e desde que o tenha instruído com a - anamnese, na qual, além da identificação, serão consignadas as
documentação que justifique plenamente a sua necessidade. queixas do paciente, os antecedentes mórbidos hereditários e os
§2º - A comprovação da doença invocada como contraída em antecedentes mórbidos pessoais e a história da doença atual;
ato de serviço só poderá ser feita por inquérito sanitário de - a inspeção geral do doente;
origem, não tendo valor algum o atestado de origem ou - o exame dos aparelhos;
documento substitutivo, que por ventura seja apresentado. - o diagnóstico da doença que tiver incapacitado,
temporariamente e definitivamente, para o serviço, o paciente;
Art. 25 - Nos casos de acidentes e ferimentos recebidos em ato - o prognóstico.
de serviço, somente nas hipóteses excepcionais referidas no final
do artigo 6°, poderá proceder-se a inquérito sanitário de origem. Art. 35 - O encarregado do inquérito buscará fixar de modo
seguro as circunstâncias que deram início ao desenvolvimento
Art. 26 - Para se proceder a inquérito sanitário de origem, o do mal de origem, a influência que tenham tido as obrigações
Comandante Geral da Brigada Militar, nomeará ouvido o chefe militares cumpridas, a causa que motivou a incapacidade física e
do Serviço de Saúde, o encarregado, que será sempre um médico as suas relações com a doença de origem invocada, isto é, a
militar, uma vez que seja o requerimento do interessado afirmação ou não da existência de relações de causa e efeito.
deferido.
Art. 36 - Terminadas as pesquisas, diligências e inquirições, o
Art. 27 - O inquérito sanitário de origem, sendo uma perícia respectivo encarregado fará um relatório sucinto de tudo que
médica-administrativa, não será feito sob os moldes do inquérito tiver sido apurado e redigirá as suas conclusões finais.
policial militar, mas de acordo com os dispositivos subseqüentes Parágrafo Único - Nas conclusões finais, o encarregado do
destas instruções. inquérito demonstrará de modo seguro e insofismável se há
relação entre a causa e o efeito, isto é, a lesão ou doença que
Art. 28 - O inquérito sanitário de origem considerado como uma houver motivado a incapacidade física ou a invalidez, foi ou não
peça pericial técnico-administrativa, deverá constar do seguinte: resultante ou conseqüente de ato de serviço, segundo o invocado
- documento básico para a instauração e início do inquérito de pelo interessado.
que trata o parágrafo 1° do artigo 24, com anexação posterior
das cópias da ata de inspeção de saúde em que houver sido Art. 37 - Os inquéritos sanitários de origem, considerados como
declarada a incapacidade física definitiva ou temporária do verdadeiras perícias médicas, deverão ser feitos do próprio
interessado ou sua invalidez e certidão dos assentamentos, punho pelos respectivos encarregados, ou datilografados, não
quando o interessado for praça de pré; havendo por isso necessidade de serem nomeados escrivães.
- outros documentos julgados necessários pelo encarregado do
inquérito. Art. 38 - Os encarregados de inquéritos sanitários de origem, ao
Parágrafo Único - Todos os documentos acima referidos terminarem cada uma das partes componentes do processo,
deverão ser presentes ao encarregado do inquérito depois de datarão e assinarão por extenso, cada uma dessas partes,
publicada no boletim do Comando Geral a sua nomeação. declarando os seus postos e funções.
§ 1º - Todas as folhas do processo serão numeradas e rubricadas
Art. 29 - O requerimento em que for solicitada a abertura do pelos encarregados dos inquéritos.
inquérito sanitário de origem, ao ser encaminhado ao respectivo § 2º - As declarações informativas ou depoimentos prestados
encarregado, deverá constar o despacho da autoridade pelo interessado ou requerente, assim como pelas testemunhas
competente, ordenando-o. arroladas, serão devidamente assinadas por quem houver
prestado tais declarações ou depoimentos, a pondo o
Art. 30 - Além dos documentos que juntar ou tiver de juntar, o encarregado do inquérito sua assinatura logo abaixo.
requerente fará declarações elucidativas no inquérito, que, como
as das testemunhas, serão tomadas a termo. Art. 39 - Concluído o inquérito, o respectivo encarregado
Parágrafo Único - Nessas declarações deverá citar qual o encaminhará por meio de ofício, ao Comandante-Geral da
estabelecimento hospitalar em que esteve em tratamento da Brigada Militar, que o mandará arquivar, procedendo-se
doença invocada, qual a época e o médico assistente, o que semelhantemente ao disposto no parágrafo único do artigo 13.
poderá ser provado por meio de certidão, se o interessado Parágrafo Único - Desse inquérito sanitário de origem será
dispuser de meios. extraída uma cópia devidamente, autenticada, que será entregue
ao interessado, mediante recibo, ou será juntada ao processo de
Art. 31 - As testemunhas indicadas pelo interessado em suas requerimento de abertura de inquérito, se aí tiver sido
declarações, ou por outras fontes, serão arroladas e prestarão simultaneamente solicitado o correspondente benefício do
informações no inquérito, diretamente ou por deprecata. Estado.

Art. 32 - Quaisquer documentos ou informações, julgados Art. 40 - A todos os inquéritos sanitários de origem deverão ser
necessários à elucidação da doença de origem invocada, poderão apensos os documentos apresentados pelos interessados ou
ser solicitados pelo encarregado do inquérito sanitário de origem requerentes, que se refiram às doenças invocadas como tendo
às autoridades competentes, por meio de ofício. originado os males da incapacidade física temporária ou
definitiva ou a invalidez, assim como todos os que forem

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solicitadas pelos encarregados dos inquéritos com fins Art. 46 - Quando for invocado, como origem da incapacidade
elucidativos. física, o impaludismo ou doenças do grupo tifopratifico, o
Parágrafo Único - As provas radiográficas, pareceres de encarregado do inquérito sanitário de origem deverá investigar:
exames radiológicos ou de quaisquer exames ou análises a que – o tempo de duração do serviço exercido pelo interessado na
se tenham submetido os interessados por solicitação dos zona endêmica ou epidêmica;
encarregados de inquéritos, também serão apensos aos autos – quando teve início a infecção;
como documentação da observação clínica da doença ou lesão – se durante a infecção houve alguma associação mórbida ou
de que for portador o interessado. complicações para os vários órgãos ou aparelhos.

Art. 41 - Os inquéritos sanitários de origem serão feitos sem DOS DOCUMENTOS DE ORIGEM DO TEMPO DE
prejuízo dos serviços dos respectivos encarregados, salvo GUERRA
quando tiverem de ausentar-se da sede dos corpos ou
estabelecimentos em que servirem, por exigências de ordem Art. 47 - Em caso de guerra externa ou operações de guerra do
técnica e administrativa dos processos. interior do País, constituirão, na zona de guerra, documentos de
origem para o pessoal da Brigada Militar, incorporado ao
Art. 42 - Se o mal invocado como adquirido em ato de serviço Exército, com a mesma finalidade e em substituição aos do
for impaludismo, o tifo, a tuberculose ou outra doença endêmica tempo de paz, a ficha médica de evacuação ou a baixa do
ou epidêmica, os preceitos já traçados deverão ser combinados hospital.
com os constantes dos artigos que se seguem.
Art. 48 - No caso de extravio dos documentos referidos no
Art. 43 - Por doença endêmica ou epidêmica contraída em ato artigo 47, recorrer-se-á à papeleta de tratamento extraída nas
de serviço, entende-se somente a que for adquirida durante a formações sanitárias de campanha que a tem como órgão de
execução de comissões de qualquer natureza, fora da sede do tratamento, tais como as ambulâncias ordinárias, ambulâncias
corpo ou estabelecimento em que servir o interessado, ou dentro cirúrgicas, hospitais de evacuação, primários e secundários e
da mesma sede, até o prazo de 2 anos de sua chegada. outras formações, ou uma cópia, autenticada por quem de direito
Parágrafo Único - Se, porém, a epidemia irromper no próprio do registro de baixas das formações sanitárias.
quartel ou estabelecimento em que estiver servindo a vítima, Parágrafo Único - Em caso de extravio de todos os documentos
apurado, rigorosamente, ter sido esse foco o original em acima referidos, proceder-se-à, então, a inquérito sanitário de
inquérito epidemiológico, será o seu mal considerado como origem, como está regulado em artigos anteriores destas
adquirido em ato de serviço independentemente do período de instruções.
sua estadia na localidade.
Art. 49 - Caso sejam necessários maiores esclarecimentos ou
Art. 44 - Invocada uma doença endêmica ou epidêmica como como complemento dos documentos sanitários de origem, a que
adquirida em ato de serviço e causadora de invalidez ou de se referem os artigos anteriores, serão solicitadas por intermédio
incapacidade física temporária ou definitiva, torna-se necessário, do Governo do Estado ao Ministério da Guerra, informações
para que seja concedida a abertura e inquérito sanitário de sobre os registros de baixas, papeletas escrituradas nos hospitais
origem, que ao requerimento do interessado oficial, praça, permanentes ou temporários da zona de retaguarda.
assemelhado ou funcionário civil, seja anexado um atestado
autêntico procedente de autoridade sanitária militar ou, sua falta, Art. 50 - As fichas medicas de evacuação, as papeletas de
civil, que comprove os estados epidêmicos ou endêmicos da tratamento e os registros de baixas, que pertençam aos arquivos
doença invocada, reinantes na localidade em que estiver ou do Serviço de Saúde do Exército, serão por meio de cópias
tenha estado servindo o interessado. autenticadas, solicitadas por intermédio do Governo do Estado
Parágrafo Único - Este atestado deverá ser passado por ao Ministério da Guerra, anexadas aos requerimentos em que
autoridade sanitária militar ou civil, dentro da vigência do forem reivindicados os correspondentes benefícios do Estado
período epidêmico da doença, ou na mesma ocasião em que pelos oficiais, praças, assemelhados ou funcionários civis da
houver sido contraída a doença endêmica reinante no local do Brigada Militar, vítimas de ferimentos recebidos em combates e
serviço. acidentes sofridos em campanha ou de doenças contraídas nas
zonas de Guerra.
Art. 45° - Invocada que seja qualquer moléstia contagiosa e Parágrafo Único - Nos requerimentos em que sejam solicitados
incurável sob qualquer de suas formas clínicas, o inquérito benefícios do Estado, em conseqüência dos ferimentos recebidos
sanitário de origem somente terá lugar, se o requerente ao ser em combate, de acidentes sofridos em campanha, ou doenças
identificado o mal, estiver servindo na Brigada Militar, há contraídas nas zonas de guerra, os requerentes deverão dar
menos de 1 ano, devendo neste caso, o respectivo encarregado indicações precisas sobre a data, lugar, etc., quando e onde se
pesquisar: verificou o acidente ou ferimento, e, em que setor da zona de
– A hereditariedade; guerra servia, bem assim, referência do boletim regimental que
– O contágio ou mesmo reinfecção por contágio; publicar o acidente ou ferimento sofrido ou a moléstia contraída,
– Se houver influência de causas acidentais sobre o quais as formações sanitárias por que passaram ao serem
desenvolvimento da moléstia; evacuados, tudo para efeito do disposto neste artigo.
– Se houver contaminação por produtos de origem bovina;
– Se houver causa ocasional em geral invocada pelo interessado; DISPOSIÇÕES GERAIS
– As condições higiênicas de habitação e alimentação do
interessado antes de haver ingressado na Brigada Militar; Art. 51 - Todo atestado de origem deverá ser controlado
– Se o interessado sempre residiu na caserna ou em domicílio sistemática e obrigatoriamente, sob pena de nulidade deste
particular ou coletivo; documento, por inspeção de saúde realizada na vigência do
– Se há causas adjuvantes que possam ser incriminadas como tratamento do acidentado, conforme exigência do artigo 19.
tendo permitido o desenvolvimento da moléstia. § 1º - Quando o acidente se verificar no interior do Estado, em
lugar de difícil condução, a vítima será submetida à inspeção de
saúde para cumprimento deste artigo, logo que possa ser

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apresentada ao Serviço de Saúde da Brigada Militar, não O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
excedendo o prazo de trinta dias, a contar da data do acidente. GRANDE DO SUL, usando das atribuições que lhe confere o
§ 2º - Nos casos previstos nos artigos 16, 17 e 18 das presentes art. 87, inciso II, da Constituição do Estado, de 8 de julho de
instruções o comandante da unidade ou chefe de 1947;
estabelecimento a que pertencer o acidentado, providenciará,
com a máxima brevidade, para que o mesmo seja submetido a DECRETA:
inspeção de saúde de que trata este artigo.
Art. 1º - É aprovado o Regulamento do Serviço de Saúde e
Art. 52 - Os documentos sanitários de origem quando Veterinária da Brigada Militar (.S.V.B.M.), que com este baixa,
apresentados para obtenção de benefício do Estado, nenhum assinado pelo Secretário do Estado dos Negócios do Interior e
valor terão sem o controle por inspeção de saúde, obrigatório, na Justiça.
ocasião de cada pedido e destinado a verificar a existência de
causa e efeito entre o acidente sofrido ou mal adquirido e as Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.
condições mórbidas atuais.
Parágrafo Único - Devem as juntas de inspeção declarar se há Palácio do Governo, em Porto Alegre, 21 de julho de 1948.
ou não vestígio anatômico ou funcional da doença ou acidente,
mesmo que não tenha relação com as condições mórbidas atuais. REGULAMENTO DO SERVIÇO DE SAÚDE E
VETERINÁRIA DA BRIGADA MILITAR
Art. 53 - As juntas militares de inspeção de saúde, que
examinarem indivíduos portadores de atestados de origem, TÍTULO I
deverão verificar a autenticidade de tais documentos e o OBJETO E ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO
preenchimento de todas as formalidades exigidas por estas
instruções, e consignar na casa de observação qualquer CAPÍTULO I
irregularidade existente em tal documento. OBJETO DO SERVIÇO
§ 1° - Do resultado de inspeção de saúde serão extraídas cópias
autenticadas da ata, das quais uma será remetida ao Comando- Art. 1º - O Serviço de Saúde e Veterinária (S.S.V.) é um órgão
Geral da Brigada Militar, e outra à unidade ou estabelecimento a técnico e de execução encarregado da previsão, preparação e
que pertence o inspecionado, para os fins referidos no 2° do execução de tudo o que se relaciona com a saúde do pessoal,
artigo 19. bem como a dos animais da Tropa.
§ 2° - No documento de origem apresentado será registrado o § 1º - O S.S.V. tem por objeto:
resultado da inspeção, sob a assinatura do presidente da junta. I - A aplicação dos preceitos de higiene à conservação da saúde
da Tropa;
Art. 54 - Os comandantes de unidades ou chefes de - O tratamento dos militares e assemelhados doentes e feridos;
estabelecimentos remeterão ao hospital ou enfermaria a que se - O reaprovisionamento em material sanitário dos corpos e
recolhem os acidentados em ato de serviço, os atestados de órgãos de saúde e veterinária.
origem lavrados, a fim de serem cumpridos os dispositivos da II - A vigilância sanitária e o tratamento dos animais doentes.
artigo 19 e parágrafos. III - O recrutamento na Tropa e a preparação de praças para o
Parágrafo Único - O Chefe de Hospital ou de enfermaria desempenho de funções especializadas de saúde.
solicitará, por sua vez, em caso de demora, a remessa desses
atestados, providenciando na sua devolução logo após o Art. 2º - O S.S.V. se regerá por este e pelos demais
preenchimento das formalidades exigidas. regulamentos em vigor na Força, na parte que lhe forem
aplicáveis e não colidirem com o presente.
Art. 55 - Os atestados de origem, devidamente controlados pela
inspeção de saúde e pelos exames de sanidade, servirão Art. 3º - A organização geral do Serviço de Saúde e Veterinária
essencialmente de base a requerimentos de quaisquer vantagens compreende:
do Estado. - órgãos de direção;
- órgãos de execução;
Art. 56 - Quando, por qualquer motivo justificável não tenha - órgãos de Preparação Técnica;
sido possível passar o atestado de origem em caso de acidente - órgãos especiais.
ou ferimento, dentro do prazo estabelecido nestas instruções,
poderá esse documento ser substituído pelo inquérito sanitário Art. 4º - O órgão de Direção é constituído da Chefia do Serviço
de origem, observando-se rigorosamente o disposto nas que tem por fim a orientação de todos os órgãos do Serviço e
presentes instruções. prover as necessidades gerais, propondo e fazendo executar as
medidas que se tornarem necessárias para o seu normal e
Art. 57 - No registro médico de inclusão e na caderneta sanitária eficiente funcionamento.
individual, serão lançados o arquivamento do atestado de origem
e o resultado de inspeção de saúde de origem e inquéritos CAPÍTULO II
sanitários feitos até a publicação das presentes instruções. DA ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO

Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, Art. 5º - Os órgãos de execução tem por objetivo a execução
em Porto Alegre, 15 de abril de 1941. integral dos trabalhos atinentes ao Serviço de Saúde e
Veterinária.
Parágrafo único - São órgãos de execução:
25. DECRETO Nº. 63, DE 21 DE JULHO DE 1948. - As Juntas Militares de Saúde (J.M.S.);
- Os Hospitais Militares da Brigada Militar (H.B.M.);
Aprova o Regulamento de Serviço de Saúde - O Laboratório Químico-Farmacêutico;
e Veterinária da Brigada Militar. - O Serviço de Saúde dos Corpos de Tropa (E.S.R.);
- As Formações Veterinárias Regimentais (F.S.R.);
- Outras repartições que venham a ser criadas.

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Art. 6º - Os órgãos de preparação técnica têm por fim o as medidas que julgar necessárias para a conservação do bom
recrutamento, preparação, aperfeiçoamento e especialização de estado sanitário da Tropa e execução do serviço.
praças da Tropa para o Serviço de Saúde e Veterinária.
Parágrafo único - Os órgãos de preparação técnica são: Art. 14 - O Chefe do S.S.V. tem sob suas ordens diretas para
- A Escola de Enfermeiros da Brigada Militar (E.E.B.M.), execução do serviço: - Adjunto Médico, Farmacêutico, Dentista
compreendendo o Curso de Formação de Enfermeiros (C.P.E.P.) e Veterinário; um oficial combatente, amanuenses e praças
e os Cursos Práticos de Manipuladores de Farmácia, Radiologia auxiliares em número fixando no quadro de distribuição de
e Laboratório; efetivos da Força.
- A Escola de Enfermeiros Veterinários da Brigada Militar § 1º - O Adjunto Médico será um Major Médico, com
(E.E.V.B.M.), compreendendo o Curso de Formação de atribuições de Sub-Chefe do Serviço.
Enfermeiros Veterinários e Curso Prático de Ferradores; § 2º - As funções de Adjuntos Farmacêutico, Dentista e
Veterinário, serão exercidas acumulativamente com as suas
Art. 7º - Os órgãos especiais são constituídos por comissões funções, pelo farmacêutico dentista e veterinário mais graduados
técnicas, geralmente de caráter temporário, destinadas a em serviço na Capital.
proceder às campanhas profiláticas e outros fins.
Art. 15 - O Adjunto Médico e o Adjunto Dentista acumularão as
Art. 8º - O quadro de oficiais do Serviço de Saúde e Veterinária funções de Chefe da F.S.R. e Encarregado do Gab.
abrange os médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários, de Odontológico do Q.G., respectivamente.
acordo com a distribuição de efetivos da Força.
Art. 16 - O oficial combatente e as praças a que se refere o art.
Art. 9º - O pessoal praças do Serviço de Saúde e Veterinária se 14 serão classificadas pelo Cmt. Geral mediante proposta do
compõe: Chefe da S.S.V.
- dos enfermeiros;
- dos manipuladores de farmácia; Art. 17 - O Adjunto Médico é o auxiliar e substituto imediato do
- dos manipuladores de radiologia; Chefe do S.S.V.
- dos padioleiros;
- dos enfermeiros veterinários e ferradores; Art. 18 - O oficial combatente será Secretário do Serviço.
- do pessoal militar não especializado (amanueses, condutores,
serventes, etc.); CAPÍTULO II
- do pessoal civil (artífices, serventes, motoristas, etc.). ATRIBUIÇÕES DO PESSOAL DA DIREÇÃO

Art. 10 - O recrutamento de oficiais para os postos iniciais da Art. 19 - Ao Chefe do Serviço, incumbe:
carreira nas diferentes especialidades dos quadros de Serviço de 1º) Zelar para que, pelos diversos órgãos do serviço, sejam
Saúde e Veterinária, é feito por nomeação do Governo do fielmente observadas todas as disposições de Leis,
Estado, de médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários Regulamentos e ordens em vigor concernentes ao S.S.V., bem
diplomados pelas faculdades oficiais ou reconhecidas pelo como pela disciplina do pessoal da Chefia e Repartições a ela
Governo Federal, mediante concurso, de acordo com o diretamente subordinadas:
respectivo Regulamento que vigorar. 2º) Exercer ação fiscalizadora sobre a capacidade profissional do
Parágrafo único - Os postos iniciais da carreira de oficial dos pessoal dos quadros do Serviço e cuidar da instrução, tendo em
quadros do S.S.V., são: vista não só o preparo para o desempenho eficiente de suas
- Para médicos, Capitão; funções normais, como para enquadramento no Exército
- Para dentista, 1º Tenente; Nacional em caso de mobilização;
- Para farmacêuticos e veterinários, 1º Tenente. 3º) Fiscalizar diretamente o funcionamento dos serviços
técnicos, administrativos e econômicos dos Estabelecimentos e
TÍTULO II Repartições que lhe são subordinados, tomando as providências
DA DIREÇÃO necessárias e solicitando das autoridades competentes as que não
forem da sua alçada;
CAPÍTULO I 4º) Inspecionar os aquartelamentos dos Corpos de Tropa.
ÓRGÃOS DE DIREÇÃO – CHEFIA DO SERVIÇO Estabelecimentos de Ensino e demais Repartições da Força, sob
o ponto de vista de higiene, verificando o funcionamento das
Art. 11 - O Serviço de Saúde e Veterinária da Brigada Militar é F.S.R. – Enf. Reg. Farm. E Gab. Odontológico – e F.V.R.,
dirigido por um oficial superior médico (Ten-Cel ou Cel), com a instrução do respectivo pessoal e estado do material em uso e
denominação de Chefe do Serviço de Saúde e Veterinária. em depósito, tantas vezes quantas julgar necessárias e pelo
§ 1º - Este Oficial é nomeado por decreto do Governo do menos uma vez por ano, apresentando ao Cmt. Geral de tudo,
Estado, mediante indicação do Comandante-Geral da Brigada minuncioso relatório no qual proporá as medidas que julgar
Militar, dentre os oficiais médicos superiores de patente mais necessárias;
elevada no respectivo quadro. 5º) Prestar ao Cmt. Geral esclarecimentos sobre todos os
§ 2º - O Chefe do S.S.V. faz parte do Q.G. do Comandante assuntos sanitários da Força:
Geral, sendo diretamente subordinado a este. 6º) Encaminhar ao Cmt. Geral, com seu parecer, todos os
documentos relativos ao S.S.V. que devem subi a decisão
Art. 12 - O Chefe do S.S.V. é o consultor técnico do Cmt. superior:
Geral, de quem é o representante e o principal responsável pela 7º) Mandar emitir parecer sobre qualquer assunto técnico
execução das medidas capazes de assegurar a conservação de relativo ao Serviço, que lhe for submetido, encaminhando-o à
saúde do pessoal e dos animais e o tratamento dos doentes em decisão de quem de direito;
todo os Corpos e Estabelecimentos da Força. 8º) Determinar o fornecimento dos pedidos de medicamentos e
material sanitário que forem encaminhados pelos
Art. 13 - O Chefe do S.S.V., corresponde-se diretamente com o Estabelecimentos e Repartições de Saúde, dentro da dotação
Cmt. Geral da Brigada Militar a quem dá todas as informações orçamentária;
sobre epidemias e fatos importantes relativos ao S.S.V. e propõe

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9º) Determinar a abertura de inquéritos Epidemológicos, quando Serviço, apresentando, de tudo, circunstanciado relatório em que
se fizerem necessários: expenderão considerações científicas e proporão medidas que
10º) Designar os médicos que deverão constituir as diferentes julgarem úteis para melhorar os serviços das respectivas
J.M.S. e comissões especiais; especialidades;
11º) Designar os oficiais do S.S.V. para as substituições 3º) Opinar sobre compras de material e medicamentos
temporárias que forem necessárias; destinados aos serviços de suas especialidades;
12º) Propor ao Cmt. Geral, em casos de insuficiência numérica 4º) Organizar os mapas estatísticos no setor de cada
do pessoal técnico, a admissão de profissionais contratados para especialidade, a vista dos mapas parciais encaminhados pelas
atender regularmente o serviço; repartições subordinadas;
13º) Apresentar ao Cmt. Geral até 15 de Janeiro de cada ano, o 5º) Coligir os dados necessários relativos às suas especialidades
Relatório das atividades do S.S.V. no ano anterior; para o relatório anual do Serviço;
14º) Propor ao Cmt. Geral as transferências de praças do quadro 6º) Organizar e dirigir a escrituração de todos os assuntos
do S.S.V., de acordo com as necessidades do serviço; relativos às suas especialidades de acordo com as ordens do
15º) Dar parecer sobre projetos de construção de quartéis e Chefe.
outros estabelecimentos militares, sob o ponto de vista sanitário;
16º) Solicitar, quando julgar necessário, dos Diretores de Art. 22 - O oficial combatente a que se referem os artigos 14º e
Hospitais e Chefes de F.S.R., relações dos doentes baixados a 18º, como secretário da Chefia, tem as atribuições análogas às
esses estabelecimento e repartições, com informações médicas dos secretários dos Corpos e Serviços, estipuladas nos
concernentes ao diagnóstico e prognóstico; Regulamentos.
17º) Receber e apreciar os mapas, partes de serviço e relatórios
dos Corpos e Serviços sobre a execução dos Serviços de saúde e Art. 23 - Os amanuenses e demais praças auxiliares também têm
veterinária, o movimento de doentes e feridos, vacinações, suas atribuições definidas em outros regulamentos.
revacinações e do material sanitário;
18º) Manter relações com o D.E.S. e com o S.S.R. do Exército, TÍTULO III
por intermédio dos quais se interará do estado sanitário das DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO
populações e suas epidemias, com elas colaborando em tudo que
disser respeito ao interesse sanitário coletivo; CAPÍTULO I
19º) Receber, anualmente, além dos mapas nosológicos, os DAS JUNTAS MILITARES DE SAÚDE
materiais de vacinação e revacinação, encaminhados por todas
as repartições de saúde da Força; Art. 24 - O serviço de inspeções de saúde fica à cargo das
20º) Presidir a junta superior de saúde; J.M.S. permanentes, extraordinárias ou especiais;
21º) Propor a distribuição de verbas orçamentárias destinadas ao § 1º - São Juntas Militares de Saúde Permanentes: A Superior,
S.S.V. pelas diversas formações e repartições do mesmo, F.S.R. as ordinárias para admissão de voluntários, as dos Hospitais e as
e F.V.R. tendo em vista as necessidades de cada uma; das F.S.R. das Unidades do Interior do Estado.
22º) Ordenar as compras de material sanitário e medicamentos § 2º - São J.M.S. Extraordinárias as nomeadas para
autorizados pelo Cmt. Geral ou que se enquadrarem nas verbas determinadas perícias;
orçamentárias à sua disposição, nomeando comissões para § 3º - São J.M.S. Especiais as organizadas com o fim de
receber e examinar o material adquirido; inspecionar os elementos destinados aos diversos Cursos ou para
23º) Dar parecer sobre pedidos de I.S.O., opinando sobre a inclusão nos Quadros de Acesso.
procedência ou não do pedido;
24º) Dar parecer sobre processos de qualquer natureza, com Art. 25 - As J.M.S. serão constituídas por três médicos e um
fundamento em documentos sanitários de origem. dentista, sendo presididas pelo médico mais graduado ou mais
antigo e secretariadas pelo mesmo mais moderno ou menos
Art. 20 - Ao major Adjunto Médico, além das funções que são graduado.
atribuídas em outros Regulamentos, como Sub-Chefe do § 1º - Nas unidades localizadas fora da Capital do Estado, onde
Serviço, incumbe: haja guarnição federal, serão confiados os médicos militares do
1º) Organizar e manter em dia a escala de oficiais para Exército para constituição das J.M.S. e na falta destes os
constituição das J.M.S. e das demais comissões previstas neste médicos do D.E.S..
regulamento, de designação da Chefia; § 2º - Não sendo possível completar a J.M.S. do Interior, estas
2º) Organizar, a escala de classificação e transferência das poderão funcionar com dois membros, cabendo a presidências
praças especializadas do serviço; ao médico militar.
3º) Fazer o estudo dos assuntos relativos a distribuição de § 3º - Para os casos de incapacidade, as Juntas deverão sempre
pessoal e material pelos diversos órgãos do Serviço; funcionar completas ou no mínimo com três membros médicos.
4º) Secundar o Chefe nos estudos de todas as questões de ordem
técnica e administrativa, de acordo com as ordens deste; Art. 26 - Não poderão servir como membros das J.M.S. parentes
5º) Organizar os mapas gerais e parciais de estatística sanitária, consanguíneos ou afins dos inspecionados.
à vista dos mapas fornecidos pelos diferentes órgãos do Serviço;
6º) Inspecionar e fiscalizar de acordo com as ordens do Chefe os CAPÍTULO II
serviços e repartições diretamente subordinados à Chefia e em DA JUNTA SUPERIOR DE SAÚDE
nome e por ordem desta, os Hospitais e Formações autônomas;
7º) Fazer parte da Junta Superior de Saúde. Art. 27 - A Junta Superior de Saúde tem por fim julgar em
última instância todos os recursos sobre incapacidade física,
Art. 21 - Os adjuntos dentista, farmacêutico e veterinário são cabendo-lhe, assim:
auxiliares técnicos da Chefia, nas suas especialidades e, como 1º) Inspecionar em grau de recurso, quando assim resolver o
tais, lhes compete: Cmt. Geral da Brigada, os militares já inspecionados por outras
1º) Estudar, dar parecer e informar sobre todos os assuntos das J.M.S.;
suas especialidades que lhe forem submetidos pela Chefia; 2º) Inspecionar os oficiais reformados por incapacidade física,
2º) Inspecionar, por ordem e em nome do Chefe, as repartições que requerem reversão ao serviço ativo ou ingresso na reserva;
de suas especialidades, em todas as formações e repartições do

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3º) Inspecionar os oficiais que se acham na situação de Dentista, Enfermeiros, Manipuladores de Farmácia,
incapacidade temporária, em licença continuada para tratamento Radiologistas e Laboratoristas; amanuenses, eletricista,
de saúde por mais de seis meses, mediante ordem do Cmt. Geral. maquinista, costureiras, lavadeiras, motoristas, Irmãs de
Caridade, bem como pessoal para a Portaria, Cozinha, Copa e
CAPÍTULO III serventes e empregados das diversas repartições da Seção
DOS HOSPITAIS MILITARES Administrativa, tudo de acordo com a distribuição de efetivos da
Força.
ORGANIZAÇÃO Parágrafo único - Haverá também um oficial subalterno
combatente, que comandará o Contingente.
Art. 28 - Os Hospitais Militares da Brigada Militar como órgãos
de execução do S.S.V., são destinados ao tratamento dos SEÇÃO ADMINISTRATIVA
oficiais, praças e assemelhados e serventuários civis da Força,
suspeitos ou atingidos de doenças ou ferimentos que não possam DIRETORIA
ser observados ou tratados nas E.R.
Art. 33 - O Diretor de Hospital é oficial médico superior (Ten.
Art. 29 - O serviço dos Hospitais é dividido em duas Seções: - Cel. Ou Major), de acordo com a distribuição de efetivos da
Técnica e Administrativa. Força; é diretamente subordinado ao Chefe do S.S.V.,
§ 1º - A Seção Técnica compreende os serviços profissionais competindo-lhe porém, do ponto de vista administrativo e
médicos, farmacêuticos e odontológicos; disciplinar, todas as atribuições de Cmt. De Corpo.
§ 2º - Os serviços médicos compreendem as clínicas médicas,
cirúrgica, radiológica e fisioterápica e laboratório de pesquisas Art. 34 - Ao Diretor de Hospital, além das atribuições que lhe
clínicas. são fixadas em outros Regulamentos, compete especialmente:
§ 3º - As clínicas compreenderão, cada uma, tantas Enfermarias 1º) Corresponder-se diretamente com as autoridades civis e
especializadas quantas forem necessárias e permitirem os méis – militares quando o assunto não exija a intervenção da autoridade
pessoal e material – dos Estabelecimentos. militar superior.
§ 4º - O serviço farmacêutico compreende a manipulação, 2º) Superintender todos os trabalhos técnicos e administrativos,
fármaco-técnica e análises químicas; providenciando sobre as medidas que julgar necessárias para
§ 5º - O serviço odontológico compreende a clínica remover irregularidades ou para melhor execução do serviço.
odontológica e a prótese dentária. 3º) Velar com particular cuidado pelas precauções a serem
§ 6º - A Seção Administrativa compreende: observadas contra a propagação de doenças transmissíveis.
- Diretoria – Que superintende todos os serviços técnicos e 4º) Manter-se informado do estado dos doentes graves,
administrativos; visitando-os em seus leitos sempre que julgar oportuno,
- Sub-Diretoria – que secunda e substitui a Diretoria na providenciando sobre os que estiverem em perigo de vida, para
superintendência de todos os serviços técnicos e administrativos; avisar sempre que possível, as suas Unidades e às respectivas
- A fiscalização – que auxilia a Diretoria nos serviços famílias.
administrativos e é responsável pela perfeita observância dos 5º) Esforçar-se para manter o Hospital aparelhado para enfrentar
Regulamentos neste setor; as eventualidades de uma epidemia.
- A Secretária – que se incumbe de todo o serviço de expediente 6º) Notificar qualquer caso epidêmico ao Chefe do S.S.V. da
e arquivo; F.S.R. da unidade a que pertencer o doente e à autoridade
- A Tesouraria – que se incumbe da gestão direta dos fundos a sanitária civil quando o caso exigir.
cargo do Estabelecimento; 7º) Mandar proceder às diversas perícias médico-legais, de
- O Almoxarifado – Aprovisionamento – que se incumbe de acordo com as Leis e Regulamentos em vigor.
todos os serviços atinentes à administração do Rancho, do 8º) Nomear mensalmente uma J.M.S. para funcionar no
material, oficinas, etc.; Hospital.
- A Portaria – que registra a entrada e saída de doentes e se 9º) Providenciar para que sejam submetidos à inspeção de saúde
incumbe do policiamento da entrada do Estabelecimento, pela J.M.S. do Estabelecimento, todos os oficiais que baixarem e
relativas a visitas. as praças que necessitarem de acordo com o parecer dos Chefes
de Clínicas.
Art. 30 - Nos Hospitais, além das Enfermarias Comuns, devem 10º) Organizar o programa anual da instrução técnico-
existir Enfermarias para tratamento de sargentos, praças presas e profissional, de acordo com as diretivas do Chefe do S.S.V.,
isolamento para doentes infecto-contagiosos, bem como quartos inspecionando e verificando com frequência o aproveitamento
para oficiais. do pessoal sob suas ordens.
11º) Reunir os elementos dos diversos quadros para
Art. 31 - Além das dependências necessárias para o conferências, designando um oficial para fazê-las ou convidado
funcionamento dos serviços técnicos, haverá acomodações cientistas ou outras autoridades de notória capacidade.
destinadas às diferentes repartições da Seção Administrativa, 12º) Mandar praticar necropsias, em casos especiais, com prévia
Corpo da Guarda e acomodações para os médicos e autorização, por escrito, da família do morto, devendo fazer
farmacêuticos de dia, etc. registrar o resultado em livro próprio, sempre precedido da
§ 1º - Haverá também um gabinete médico-legal e necrotério. observação clínica e comunicar às autoridade interessadas,
§ 2º - Além das dependências especiais para instalação dos quando necessário.
serviços acima mencionados, terá mais o seguinte: - Pavilhão 13º) Remeter ao Chefe do S.S.V., no fim de cada ano, o relatório
especial para arsenal cirúrgico, sala das operações assépticas e das atividades do Estabelecimento.
sépticas, etc,; gabinetes para Chefes de Clínicas, alojamento 14º) Organizar e publicar o horário para os diversos serviços do
para o pessoal do Contingente, lavanderia, clausura, etc. Estabelecimento, bem como para visitas dos doentes, por
pessoas estranhas ao Hospital.
Art. 32 - Os Hospitais de um modo geral terão o seguinte
pessoal: Diretor, Sub-Diretor, Chefes de Clínica, Chefes de Art. 35 - Nos Hospitais do interior do Estado, o Diretor
Enfermarias, Fiscal Administrativo, Almoxarife- acumulará uma Chefia de Clínica.
Aprovisionador, Tesoureiro, Secretário, Farmacêutico, Cirurgião

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SUB-DIRETOR 6º) Não permitir a entrada de pessoas estranhas ao Hospital fora
dos dias e horas destinados à visitação dos doentes, salvo ordem
Art. 36 - O Sub-Diretor de Hospital será Major ou Capitão superior.
Médico, de acordo com os quadros de efetivo da Força e terá 7º) Não consentir que os visitantes introduzam pacotes ou
atribuições análogas às dos Sub-Cmts. de Corpo, competindo- alimentos de qualquer natureza no Estabelecimento, sem ordem
lhe, especialmente, além das atribuições fixadas em outros ou autorização do médico de dia.
Regulamentos: 8º) Extrair as altas de acordo com as papeletas que lhe forem
1º) Secundar o Diretor em todos os serviços do Estabelecimento; apresentadas, devidamente autorizadas pelos médicos
2º) Fiscalizar a observância rigorosa das ordens em vigor no responsáveis.
Estabelecimento; 9º) Remeter à Secretaria, no início do expediente diário, uma
3º) Substituir os Diretores em seus impedimentos, na forma relação dos feridos e dos outros doentes que baixarem
regulamentar; extraordinariamente.
4º) Superintender os trabalhos da Secretaria; 10º) Fornecer a relação de todos os doentes que baixarem ou
5º) Exercer uma Chefia de Clínica; tiverem alta, para publicação em boletim.
6º) Dirigir a feitura do boletim hospitalar diário. 11º) Organizar e manter em dia, por enfermaria, o mapa dos
doentes recolhidos ao Hospital.
FISCALIZAÇÃO 12º) Organizar o mapa mensal do movimento de entrada e saída
de doentes.
Art. 37 - O Fiscal de Hospital é Capitão ou Tenente combatente 13º) Abrir e fechar a entrada do Estabelecimento nas horas
ou de Administração e lhe incumbe as atribuições dos fiscais de marcadas para tal.
Corpos, de acordo com os Regulamentos em vigor. 14º) Observar e fazer cumprir todas as ordens particulares
relativas à Portaria.
SECRETARIA
SEÇÃO TÉCNICA
Art. 38 - O Secretário de Hospital é oficial subalterno (1º ou 2º
Tenente) combatente e lhe incumbe as atribuições de Secretário CHEFIAS DE CLÍNICAS
de Corpo.
Art. 42 - Os Chefes de Clínicas são Majores ou Capitães
ALMOXARIFADO – APROVISIONADORIA Médicos, de acordo com a distribuição de efetivos.

Art. 39 - O Almoxarife-Aprovisionador do Hospital é também Art. 43 - As Clínicas compreenderão tantas Enfermarias


oficial subalterno (1º ou 2º Tenente) combatente ou de especializadas quantas forem necessárias e comportarem os
Administração , competindo-lhe as atribuições do Almoxarife- recursos do Estabelecimento.
Aprovisionador de Corpo de Tropa, fixadas nos Regulamentos
em vigor. Art. 44 - Os Chefes de Clínicas terão tantos oficiais médicos
auxiliares encarregados de Enfermarias quantas Enfermarias
TESOURARIA comportarem suas Clínicas.

Art. 40 - O Tesoureiro do Hospital é oficial subalterno (1º ou 2º Art. 45 - Ao Chefe de Clínica incumbe:
Tenente) combatente ou de Administração, com atribuições 1º) Superintender os serviços técnicos administrativos das
idênticas às de Tesoureiro de Corpo de Tropa, fixadas em Enfermarias de suas clínicas.
Regulamentos. 2º) Visitar diariamente todas as suas Enfermarias e fora do
expediente sempre que houverem doentes graves ou que julgar
PORTARIA conveniente.
3º) Comunicar ao Diretor os casos graves, bem como aqueles
Art. 41 - A Portaria se incumbe do registro de entrada e saída de em que a vida do doente corre perigo, afim de serem
doentes e exerce o policiamento da entrada do Estabelecimento, comunicados à Unidade a que pertença e à respectiva família.
relativamente a visitas de pessoas estranhas. 4º) Manter-se ao par de todo o movimento de suas clínicas.
§ 1º - O porteiro será um sargento e terá tantos auxiliares, 5º) Visar as requisições de exames feitas pelos médicos das
quantos forem necessários para o revezamento num serviço Enfermarias para esclarecimentos de diagnósticos.
constante e eficiente de portaria. 6º) Requisitar os exames que julgar necessários.
§ 2º - Ao porteiro incumbe: 7º) Visar os mapas cargas e descargas das Enfermarias,
1º) Receber os doentes acompanhados das respectivas baixas e inteirando-se freqüentemente das existências em material.
registrar a entrada no competente livro, por ordem numérica, 8º) Examinar as medicações prescritas e verificar se estão sendo
extrair as “papeletas” e encaminhá-las às Enfermarias em que administradas de acordo com a indicação.
devam ficar. 9º) Assistir, com freqüências, pessoalmente ou por intermédio
2º) Não receber nenhum doente sem essa formalidade, salvo em de um médico auxiliar, a distribuição da dieta, providenciando
casos urgentes e por ordem do médico de dia ou outra sobre as irregularidades que verificar.
autoridade competente. 10º) Comunicar ao Diretor todas as circunstâncias graves que se
3º) Recolher os dinheiros e valores que trouxerem os doentes, apresentarem, notadamente as que despertem suspeita de
registrando no competente livro, lendo em voz alta na presença epidemia.
do interessado e encaminhando-os à Fiscalização acompanhados 11º) Requisitar as transferências de doentes para Hospitais
de guia, a fim de serem recolhidos à Tesouraria. especializados nos casos de doenças transmissíveis, mentais e
4º) Restituir aos interessados, por ocasião da alta, os valores e outras, bem assim inspeções de saúde que forem necessárias.
dinheiros que haja recolhido, mediante recibo no competente 12º) Velar pela observância rigorosa nas dependências da sua
registro, participando à Fiscalização. clínica das ordens em vigor, bem como da disciplina e higiene,
5º) Cientificar à Secretaria os casos de óbitos, para que esta faça providenciando para sanar imediatamente qualquer
as necessárias comunicações. irregularidade que notar.

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13º) Requisitar comissões para procederem a inventário de Art. 51 - Esse serviço será ministrado pelos Postos
espólios de mortos. Odontológicos, compostos de um ou mais Gabinetes, de acordo
14º) Manter o Diretor e o Sub-Diretor ao par do movimento e de com as necessidades e possibilidades do Estabelecimento.
todas as ocorrências em sua clínica.
Art. 52 - Os Encarregados do serviço odontológico nos
MÉDICO AUXILIAR Hospitais são oficiais dentistas (Capitão ou 1º Tenente) e serão
auxiliados por praças de saúde, com prática desse serviço.
Art. 46 - Ao médico auxiliar, encarregado de Enfermaria,
incumbe: Art. 53 - Ao Encarregado do serviço odontológico incumbe:
1º) Concorrer ao serviço de médico de dia ao Hospital. 1º) Ministrar o tratamento clínico e a prótese dentária aos
2º) Encarregar-se de todos os serviços técnicos e administrativos elementos baixados ao Hospital que necessitarem e aos oficiais e
da sua Enfermaria, fazendo-os executar de acordo com as ordens praças e assemelhados do Estabelecimento.
do respectivo Chefe de Clínica. 2º) Fazer parte da J.M.S. do Estabelecimento.
3º) Visitar diariamente os doentes sob seu tratamento. 3º) Providenciar nos pedidos de medicamentos e material
4º) Verificar se estão sendo observados pelos Enfermeiros os necessários ao Posto Odontológico.
tratamentos prescritos. 4º) Fazer parte das comissões de exames de material de sua
5º) Requisitar, por intermédio do Chefe de Clínica, as especialidade.
conferências médicas que julgar necessárias. 5º) Propor ao Diretor do Hospital as medidas que julgar
6º) Examinar e rubricar as “papeletas” dos doentes. necessárias ao bom andamento do serviço ao seu cargo.
7º) Prescrever passeios higiênicos aos doentes que necessitarem. 6º) Mandar extrair as contas dos serviços indenizáveis e
8º) Fazer curativos que não possam ou não devam ser feitos encaminhá-las, para os fins convenientes.
pelos Enfermeiros. 7º) Organizar, guardar e conservar o arquivo respectivo.
9º) Marcar operações de acordo com o Chefe de Clínica.
10º) Manter o serviço de sua Enfermaria preparado para atender LABORATÓRIO DE PESQUISAS CLÍNICAS
prontamente operações de urgência.
Art. 54 - Para os exames e pesquisas clínicas necessários, os
FARMÁCIA Hospitais possuirão laboratórios de pesquisas clínicas.
Parágrafo único - Os exames e pesquisas serão feitos mediante
Art. 47 - Haverá em cada Hospital uma Farmácia destinada a requisição dos médicos, encaminhadas por intermédio dos
manter o estoque e fornecer as drogas, medicamentos, Chefes de Clínicas.
desinfetantes, etc., necessários ao consumo do Estabelecimento;
aviar as receitas e proceder às análises químicas necessárias. Art. 55 - O Encarregado do L.P.C. será um oficial médico,
designado pelo Diretor do Estabelecimento e terá como
Art. 48 - Os Encarregados de Farmácia dos Hospitais são auxiliares tantos manipuladores de laboratório, amanuentes e
oficiais farmacêuticos (1º e 2º Tem.) e terão como auxiliares serventes, quantos forem necessários e permitirem os efetivos.
tantos manipuladores de farmácia, amanuenses e serventes,
quantos forem necessários e permitir o efetivo. ENFERMEIROS, MANIPULADORES DE FARMÁCIA,
MANIPULADORES DE RADIOLOGIA E
Art. 49 - Ao Farmacêutico, incumbe: LABORATÓRIO
1º) Dirigir todos os serviços da Farmácia, diligenciando para que
nada falte. ENFERMEIROS
2º) Fazer os pedidos de drogas e medicamentos e material à
Chefia do S.S.V., encaminhando-os por intermédio da Direção Art. 56 - Os Enfermeiros são auxiliares diretos dos Chefes de
do Hospital. Clínica e dos Encarregados de Enfermarias, aos quais são
3º) Receber as receitas das Enfermarias e ordenar o aviamento diretamente subordinados, incumbindo-lhes a observância
dando precedência às de caráter urgente. ininterrupta das ordens e prescrições relativas ao tratamento dos
4º) Distribuir o serviço de manipulação e fiscalizar a execução. doentes, higiene e disciplina das suas enfermarias.
5º) Providenciar para que todas as receitas e requisições de Parágrafo único - Os Enfermeiros são diplomados pelo
material das Enfermarias sejam satisfeitas no dia em que respectivo quadro.
chegarem à Farmácia.
6º) Fazer as análises químicas que forem requisitadas e assistir Art. 57 - Haverá em cada Hospital um Enfermeiro-Chefe, com a
os resultados. graduação de 1º Sargento-Ajudante, o qual exercerá ascendência
7º) Dirigir a escrituração da Farmácia de acordo com os hierárquica e disciplinar sobre os demais enfermeiros.
Regulamentos e ordens em vigor, sendo responsável pelo
arquivo respectivo. Art. 58 - Ao Enfermeiro-Chefe compete:
8º) Propor ao Diretor do Hospital as medidas que julgar 1º) Auxiliar os Chefes de Clínica e os Encarregados de
convenientes para o bom andamento do serviço a seu cargo. Enfermaria, na fiscalização da execução dos serviços e ordens
9º) Zelar pela disciplina, ordem e limpeza de sua Repartição, em vigor.
pelas quais é responsável. 2º) Dirigir os trabalhos dos demais Enfermeiros, velando pelo
10º) Manter, em lugar fechado e seguro, sob sua guarda e cumprimento de seus deveres.
responsabilidade pessoal, os tóxicos e entorpecentes. 3º) Organizar a escala e escalar os Enfermeiros para o serviço de
dia ao estabelecimento, plantão e ronda das Enfermarias.
GABINETE ODONTOLÓGICO 4º) Receber dos Enfermeiros de Enfermaria as requisições de
dietas e encaminhá-las ao aprovisionador, para os devidos fins.
Art. 50 - Haverá nos Hospitais o serviço odontológico, 5º) Recorrer, com freqüência, as Enfermarias, verificando a
encarregado do tratamento clínico-odontológico e da prótese distribuição de dietas, medicamentos e a execução dos curativos,
dentária. levando ao conhecimento do médico da Enfermaria e, na falta
deste, ao médico de dia, qualquer irregularidade que notar.

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6º) Coadjuvar os Chefes de Clínica e os médicos auxiliares na Art. 64 - Haverá nos Hospitais um Gabinete Médico-Legal,
fiscalização do asseio, ordem e disciplina das Enfermarias incumbido da execução dos exames periciais médico-legais
7º) Passar revistas gerais, afim de verificar se os Enfermeiros de militares.
serviço se acham no Estabelecimento e em seus postos.
8º) Comunicar à autoridade competente qualquer irregularidade Art. 65 - Os peritos para os exames de corpo de delito, sanidade,
que notar na execução do serviço. necropsia e outros, são designados pelo Diretor do Hospital,
entre os médicos do Estabelecimento, podendo requisitar o
Art. 59 - O Enfermeiro de Enfermaria é auxiliar dos médicos e concurso de técnicos especializados estranhos à Força, quando
lhe incumbe: for necessário.
1º) A execução de todas as prescrições e ordens, relativas ao
tratamento dos doentes, recolhidos às suas Enfermarias. Art. 66 - Todo o ferido que baixar ao Hospital, será submetido a
2º) Receber e acomodar os doentes entrados na Enfermaria, exame de corpo de delito por dois médicos, que registrarão em
fornecendo-lhes, imediatamente, a roupa do Hospital e livro próprio a descrição pormenorizada das lesões apresentadas
arrecadando o fardamento, para ser entregue ao Encarregado da e o estado do ferido.
Rouparia. Parágrafo único - Se a baixa ocorrer fora das horas de
3º) Comunicar ao médico da Enfermaria as ocorrências havidas expediente, o médico de dia ao Hospital providenciará no exame
na mesma quer relativas ao tratamento dos doentes, quer do corpo de delito.
relativas à disciplina, ordem e asseio.
4º) Acompanhar o médico por ocasião da visita diária e das Art. 67 - Todo o ferido baixado ao Hospital será submetido a
visitas extraordinárias, inteirando-se das ordens e prescrições exame de sanidade, ao ter alta ou quando completar trinta dias
relativas ao serviço da Enfermaria e providenciando na imediata de tratamento no Estabelecimento.
execução.
5º) Comunicar ao médico de dia o falecimento de qualquer Art. 68 - Será feito exame de sanidade por ocasião da alta de
doente e entregar à Portaria a respectiva papeleta, para as qualquer acidentado que tenha sido inspecionado de saúde na
necessárias anotações, providenciando na remoção imediata do vigência do tratamento, para os efeitos de regularidade do
cadáver para o necrotério. documento sanitário de origem que lhe houver sido fornecido.
6º) Fazer recolher e encaminhar para incineração as roupas e
materiais que hajam servido a doentes de moléstias contagiosas, Art. 69 - As perícias médico-legais serão feitas de acordo com
de acordo com o Regulamento em vigor. este Regulamento e com as Leis e outros Regulamentos e ordens
7º) Fazer observar as horas destinadas à visitação dos doentes, em vigor sobre a matéria.
velando para que não sejam perturbados o silêncio, ordem e
limpeza da Enfermaria, levando à presença do médico de dia RANCHO, ROUPARIA E OFICINAS ORGÂNICAS
qualquer pessoa que se portar inconvenientemente.
8º) Providenciar de acordo com as indicações dos clínicos sobre Art. 70 - Diretamente subordinados ao Almoxarifado como
os cuidados de higiene corporal dos doentes e asseio das camas. dependências suas que são, funcionarão, o Rancho, a Rouparia e
9º) Quando ocorrer um óbito, recolher e encaminhar, as Oficinas Orgânicas.
acompanhado de guia, por intermédio do médico encarregado da
Enfermaria, o espólio do morto, para lavratura do competente RANCHO
termo, de acordo com os Regulamentos e ordens em vigor.
10º) Impedir que os doentes recebam de fora ou de pessoas que Art. 71 - Os Ranchos dos Hospitais destinam-se à preparação
os venham visitar alimentos ou bebidas, sem expressa das dietas para os doentes e da alimentação para o pessoal
autorização consignada na papeleta. arranchado.

MANIPULADOR DE FARMÁCIA Art. 72 - Serão organizados de acordo com os Regulamentos em


vigor na Força, devendo possuir, além de copa e refeitórios
Art. 60 - O Manipulador de Farmácia é auxiliar do Encarregado separados para oficiais, subtenentes e sargentos, cabos e
da Farmácia e lhe incumbe: soldados, refeitórios para doentes que possam ou devam receber
1º) Auxiliar o Encarregado da Farmácia em todos os serviços a dieta fora das Enfermarias.
que lhe estão afetos.
2º) Observar e fazer observar as ordens do farmacêutico. Art. 73 - Os oficiais quando de serviço interno (dia, sobre-aviso,
3º) Concorrer à escala de plantão à farmácia. prontidão), terão direito a alimentação pelo Rancho.
Parágrafo único - Igualmente terão direito a alimentação pelo
Art. 61 - O Manipulador de Farmácia terá a graduação de Rancho os oficiais que, por exigência do serviço, devam
sargento, de acordo com o respectivo quadro. permanecer no Estabelecimento fora das horas de expediente.

MANIPULADOR DE RADIOLOGIA E LABORATÓRIO Art. 74 - Terão, também, direito à alimentação, pelo Rancho, o
Enfermeiro-Chefe, o Enfermeiro de dia, o Porteiro ou seu
Art. 62 - O Manipulador de Radiologia e Laboratório é auxiliar auxiliar que deva permanecer no Estabelecimento e o
direto do Chefe de Clínica Radiológica e de Laboratório, Farmacêutico ou Manipulador de Farmácia de dia.
incumbindo-lhe a manipulação, de acordo com as ordens e
instruções do respectivo responsável. ROUPARIA

Art. 63 - O Manipulador de Radiologia e Laboratório terá a Art. 75 - Haverá nos Hospitais uma Rouparia destinada a
graduação de sargento, de acordo com o respectivo quadro. recolher e guardar os fardamentos e roupas dos doentes
baixados.
SERVIÇO MÉDICO-LEGAL
Art. 76 - O Encarregado da Rouparia será um sargento, ao qual
incumbe:

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1º) Receber dos Enfermeiros e guardar os fardamentos e roupas 2º) Enfermeiro de dia ao Hospital.
dos doentes, organizando rol de cada uma e lançando em livro 3º) Farmacêutico ou Manipulador de dia à Farmácia.
especial a respectiva entrada. 4º) Enfermeiro de dia às Enfermarias.
2º) Entregar às Enfermarias, à vista do rol e recibo no registro 5º) Guarda do Estabelecimento.
competente, as roupas e peças de fardamento dos doentes que
tiverem alta. Art. 89 - A escala para os serviços acima será publicada em
3º) Conferir toda a roupa que receber ou entregar, ficando boletim diário do Hospital.
responsável por qualquer extravio.
4º) Solicitar, antes de recolher à Rouparia a destruição ou DO MÉDICO DE DIA
desinfectação das roupas dos doentes portadores de moléstias
contagiosas ou de parasitas. Art. 90 - O Médico de dia é o representante do Diretor do
Hospital e tem como principais atribuições, além das prescritas
OFICINAS ORGÂNCIAS em outros Regulamentos:
1º) Permanecer no Hospital durante as 24 horas de serviço,
Art. 77 - Para atender à confecção, conservação e lavagem de pronto para atender qualquer eventualidade.
roupas e outras necessidade de confecção e reparação de 2º) Apresentar-se ao Diretor e Sub-Diretor assim que cheguem
material, os Hospitais deverão possuir oficinas de costureiras, ao Estabelecimento, só podendo retardar essas apresentações,
lavanderias próprias e mais oficinas que forem necessárias, de em conseqüência de trabalhos técnicos ou administrativos
acordo com as possibilidades em material e pessoal do urgentes, que exijam sua presença, circunstância essa que
Estabelecimento. comunicará ao se apresentar, após a cessação dos motivos.
3º) Assegurar, durante o seu serviço, o exato cumprimento das
Art. 78 - Estas oficinas deverão ser organizadas e administradas, ordens em vigor no Estabelecimento e disposições
de acordo com as prescrições regulamentares em vigor na Força, regulamentares, relativas ao serviço diário.
relativamente às oficinas orgânicas dos Corpos. 4º) Verificar, ao assumir o serviço, em companhia de seu
antecessor, se todas as dependências do Estabelecimento estão
Art. 79 - Deverão, também, os Hospitais, dentro dos meios ao em ordem e se todos os presos e detidos se acham em lugares
seu alcance, possuir chácara, apiário, aviário e criação de outros onde devam permanecer.
animais necessários para prover o Rancho de verduras, frutas, 5º) Participar ao Sub-Diretor todas as ocorrências
mel, aves e, os Laboratórios, de coelhos, cobaias, etc. extraordinárias havidas após o seu último encontro com esta
autoridade, mencionando-as, ainda, em parte diária. Se, porém,
BARBEARIAS antes de fazê-la ao Sub-Diretor, encontrar o Diretor, prestar-lhe-
á as mesmas informações, sem que isso o dispense daquela
Art. 80 - Deverão os Hospitais possuir barbearias, destinadas a atribuição.
atender o pessoal do Estabelecimento e os doentes baixados. 6º) Inspecionar, com freqüência, as Enfermarias de presos, a
guarda do Hospital e as demais Enfermarias e dependências do
Art. 81 - A barbearia destinada a atender ao pessoal do Estabelecimento, providenciando na remoção imediata de
Estabelecimento será separada da destinada a atender aos qualquer irregularidade que observar.
doentes. 7º) Receber os doentes que baixarem ao Hospital, fora das horas
de expediente, designando-lhes a Enfermaria e prescrevendo a
Art. 82 - Essas barbearias são reguladas pelas disposições em medicação e dieta reclamadas pelo seu estado.
vigor para as barbearias dos Corpos. 8º) Não receber doente algum sem documento oficial ou ordem,
salvo nos casos de acidente, doença súbita ou ferimento que
CONTINGENTES DOS HOSPITAIS reclame cuidados imediatos, circunstância que fará constar na
parte diária.
Art. 83 - Os Contingentes dos Hospitais possuir barbearias 9º) Prestar socorro aos doentes que necessitarem, fora das horas
destinadas a atender o pessoal do Estabelecimento e os doentes de visita e aos que sobrevierem acidentes, bem como àqueles
baixados. que forem recomendados pelos Encarregados de Enfermaria,
fazendo constar na papeleta as providências tomadas.
Art. 84 - Os Continentes serão comandados por um oficial 10º) Verificar a distribuição das dietas aos doentes e as rações
subalterno combatente. ao pessoal arranchado do Hospital.
11º) Verificar se os medicamentos e curativos estão sendo
Art. 85 - Ao Comandante do Contingente incumbe atribuições convenientemente aplicados, esclarecendo os Enfermeiros em
análogas às dos Comandantes de Sub-Unidades incorporadas. qualquer dúvida que tiverem.
12º) Rondar os diversos serviços diários afim de verificar se os
Art. 86 - O efetivo dos Contingentes será fixado anualmente, responsáveis se acham nos seus postos, reprimindo as faltas que
nos quadros de efetivo da Força, à vista de propostas dos verificar.
Diretores de Hospitais, encaminhadas por intermédio do Chefe 13º) Assistir à revista do pessoal escalado para o serviço diário,
do Serviço. bem como daquele que, por qualquer motivo, deva estar no
Estabelecimento.
SERVIÇO INTERNO DIÁRIO 14º) Verificar os óbitos ocorridos, passando o respectivo
atestado, na ausência do médico Encarregado da Enfermaria ou
Art. 87 - O serviço interno diário dos Hospitais abrange todos os Chefe de Clínica interessado, registrando a causa-mortis na
trabalhos necessários para assegurar o regular funcionamento, a papeleta e providenciando sobre a autópsia ou qualquer
vigilância contínua dos Estabelecimentos e a assistência desinfecção, quando for necessário.
ininterrupta aos doentes. 15º) Assinar as altas, na falta do Chefe de Clínica ou
Encarregado de Enfermaria interessados, conferindo com as
Art. 88 - Esses serviços que são providos por escala, papeletas respectivas.
compreendem: 16º) Não permitir que o pessoal de serviço se afaste do
1º) Médico de dia ao Hospital. Estabelecimento.

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17º) Não permitir a entrada de pessoas estranhas nas ENFERMEIRO DE DIA À ENFERMARIA
Enfermarias ou em outras dependências do Estabelecimento.
18º) Não permitir a saída de doentes, salvo daqueles que tiverem Art. 96 - Sempre que o serviço exigir, os Chefes de Clínica
obtido permissão para passeio. farão escalar um sargento enfermeiro de dia à Clínica ou às
19º) Dividir com os auxiliares e fiscalizar o serviço de ronda. Enfermarias.
20º) Reprimir, prendendo à ordem do Diretor, quando
necessário, qualquer praça ou doente que cometer falta grave. Art. 97 - Compete ao sargento de dia à Enfermaria:
21º) Autorizar, depois do expediente, a saída de viaturas, que 1º) Apresentar-se ao médico de dia, depois da leitura do boletim.
forem necessárias, fazendo registrar a hora da saída e a do 2º) Responder pela ordem, limpeza e execução dos serviços na
regresso, bem como o serviço que atendeu. sua Enfermaria.
22º) Fazer registrar no livro de partes as ocorrências do serviço, 3º) Assistir a distribuição de dietas aos doentes da Enfermaria.
assinando-as. 4º) Ministrar os medicamentos e curativos que lhe forem
23º) Assegurar, depois do expediente, a perfeita execução dos ordenados pelas autoridades competentes.
serviços técnicos e administrativos do Hospital e o exato 5º) Levar ao conhecimento do médico de dia todas as
cumprimento das ordens e disposições regulamentares, exigindo irregularidades que ocorreram na sua Enfermaria.
ordem, asseio, não podendo, porém, intervir diretamente nas
repartições e locais em que estejam presentes os responsáveis ou GUARDA DO ESTABELECIMENTO
seus substitutos eventuais.
Art. 98 - Para a segurança e vigilância do Estabelecimento
Art. 91 - Quando o número de médicos na escala for inferior a haverá uma Guarda, fornecida pelo Contingente e escalada
cinco, passarão estes a fazer o serviço de sobre-aviso. diariamente.
§ 1º - O médico de sobre-aviso poderá se afastar do Parágrafo único - Quando o Contingente não dispuser de
Estabelecimento e pernoitar em casa, devendo, porém, declarar elementos suficientes para o fornecimento de guarda, o Diretor,
ao seu auxiliar, onde será encontrado a qualquer hora. na Capital, solicitará uma Guarda ao Chefe do Estado Maior e,
§ 2º - Quando o médico de sobre-aviso se afastar do Hospital, no Interior, ao Comandante da Guarnição estacionada na sede do
responderá pelo Estabelecimento o Enfermeiro de dia, o qual Hospital.
solicitará providências ou a presença daquele, quando
necessário. Art. 99 - A Guarda fica sob as ordens do médico de dia e
incumbir-se-á da vigilância do Estabelecimento, competindo-lhe
Art. 92 - Concorrerão à escala de médico de dia ou de sobre- as atribuições das guardas dos Corpos de Tropa.
aviso, todos os médicos do Hospital, a exceção dos oficiais
superiores e dos que estejam nas funções de Chefe de Clínica. SERVIÇOS GERAIS

DO ENFERMEIRO DE DIA BOLETIM INTERNO

Art. 93 - O Enfermeiro de dia é o auxiliar imediato do médico Art. 100 - O Diretor fará publicar, diariamente, o boletim
de dia, respondendo por ele em seus impedimentos e dele hospitalar interno, contendo todas as suas ordens, as ordens das
dependendo até a hora da entrega da parte de dia. autoridades superiores e os fatos que o Estabelecimento deva ter
conhecimento.
Art. 94 - Ao Enfermeiro de dia, compete:
1º) Apresentar-se ao médico de dia ao assumir ao serviço e Art. 101 - O boletim será organizado na Secretaria, sob a
executar e fazer executar todas as suas ordens. direção do Sub-Diretor.
2º) Permanecer no Hospital as 24 horas do serviço em constante
ligação com o médico de dia. Art. 102 - O boletim hospitalar deverá seguir os modelos
3º) Levar à presença do médico de dia os doentes entrados, regulamentares em vigor, estabelecidos para os boletins
depois de despachos na Portaria, acompanhados das respectivas regimentais dos Corpos de Tropa.
papeletas e encaminha-los às Enfermarias a que foram
designados. BIBLIOTECA
4º) Apresentar ao médico de dia os doentes que tiverem tido
alta, após preenchidas as formalidades na Portaria. Art. 103 - Cada Hospital deverá organizar e manter, com os
5º) Acompanhar o médico dia nas revistas às dependências do recursos da própria economia, uma Biblioteca, constituída de
Hospital, salvo quando dispensado por ele ou na execução de obras técnicas e de cultura geral; deverá, igualmente, possuir
outros serviços. uma coleção de publicações da Brigada Militar.
6º) Passar revistas nas Enfermarias e outras dependências, por Parágrafo único - A Biblioteca facilitará a aquisição de livros
ordem do médico de dia. técnicos, incumbindo-se de encomendas, mediante
7º) Organizar e escriturar os papeis relativos ao serviço de modo adiantamentos autorizados pelo Diretor do Hospital,
a poder apresentar a parte no máximo uma hora depois da indenizáveis pelos interessados.
substituição do serviço.
Art. 104 - O funcionamento da Biblioteca obedecerá às normas
MANIPULADOR DE FARMÁCIA DE DIA regulamentares estabelecidas para as dos Corpos de Tropa, no
que lhe for aplicável.
Art. 95 - Será escalado na Farmácia do Hospital um
manipulador de dia, ao qual incumbe: Art. 105 - Exercerá as funções de Bibliotecário, sem prejuízo
1º) Apresentar-se ao médico de dia ao Estabelecimento. das funções próprias, um oficial designado pelo Diretor, sendo
2º) Permanecer no Hospital, pronto a atender qualquer responsável pela ordem na Biblioteca e pelo material e sua
solicitação de medicamento ou aviamento de receita, durante as conservação.
24 horas do serviço. Parágrafo único - O Bibliotecário terá os auxiliares que forem
3º) Aviar as receitas e fornecer os medicamentos ordenados pelo necessários, por ele indicados e designados pelo Diretor.
médico de dia.

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BAIXAS E ALTAS DOS DOENTES espontaneamente e desejarem continua-lo fora e os inativos em
geral, salvo nos casos previstos no § 1º do art. 111º e art. 115º.
Art. 106 - Serão admitidos a tratamento nos Hospitais:
- Os oficiais, praças e assemelhados da ativa e inativos da Força; Art. 117 - As altas por transferências para outros
- Os serventuários civis da Força e da Justiça Militar do Estado, Estabelecimentos serão concedidas aos doentes que
de qualquer categoria, da ativa e inativos; necessitarem de tratamento especializado (Hospital de
- Os oficiais e praças das Polícias Militares de outros Estados. Alienados, Sanatórios, Leprosários, etc.) mediante parecer de
uma junta Médica.
Art. 107 - Serão, também, admitidos a tratamento, nos Hospitais § 1º - Os doentes transferidos para outros Estabelecimentos,
da Força, os oficiais e praças do Exército, Marinha e Força após terminado o tratamento especializado, voltarão ao Hospital,
Aérea Nacionais, a simples solicitação ou requisição da onde terão alta, se for o caso.
autoridade competente. § 2º - As transferências de doentes poderão ser individuais ou
coletivas, sendo em ambos os casos, acompanhados de um
Art. 108 - Os militares e funcionários civis da ativa baixarão ao Enfermeiro, que levará a documentação correspondente e fará a
Hospital por intermédio do Corpo ou Estabelecimento a que necessária apresentação.
pertençam.
Art. 118 - Quando o doente estiver em condições de ter alta, por
Art. 109 - Os elementos inativos, na Capital, baixarão por qualquer motivo, o médico da Enfermaria declarará na papeleta,
intermédio do E.M. e, no Interior, por intermédio da Unidade, anotando as informações técnicas que julgar conveniente dar
ou Destacamento com sede ou jurisdição no local onde residam. conhecimento ao Médico da Unidade a que pertencer o doente,
assinando-a.
Art. 110 - Os elementos baixados aos Hospitais, descontarão § 1º - No caso de alta por falecimento, o médico da Enfermaria
uma diária de hospitalização fixada em lei especial. e, na sua falta, o médico de dia, fará as necessárias anotações na
Parágrafo único - Terão direito a tratamento gratuito, nos papeleta, determinando a remoção do cadáver para o Necrotério
termos da legislação em vigor, os elementos da Força baixados e comunicando a Portaria, para que esta faça as devidas
em consequência de ferimentos, acidente ou moléstias alterações e cientifique à Secretaria, para os fins convenientes.
adquiridas em ato de serviço. § 2º - A alta por incapacidade física será concedida quando o
doente for julgado incapaz definitivamente para o serviço da
Art. 111 - Os doentes em tratamento nos Hospitais, terão alta Força, em inspeção de saúde pela J.M.S. e esteja nas condições
pelo seguintes motivos: previstas no § 1º do art. 111º e art. 115º.
- Curados; § 3º - Em casos excepcionais, afim de evitar a superlotação das
- Por motivo de transferência para outro Estabelecimento; Enfermarias, terão alta melhorados os doentes em condições de
- Por motivo de evasão do Hospital continuar o tratamento na F.S.R.
- Por incapacidade física; § 4º - As altas por motivos disciplinares serão dadas nas
- Por motivos disciplinares; condições do § 1º do art. 111º, quando o doente se tornar
- Para continuação do tratamento fora do Hospital; inconveniente à disciplina no Hospital ou não quiser se submeter
- Por motivo de exclusão; ao tratamento prescrito.
- Quando, pela benignidade da moléstia, não necessitam de
tratamento no Hospital. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
§ 1º - A alta por incapacidade física, motivos disciplinares e para
tratamento fora do Hospital, às praças, somente será concedida DOENTES PRESOS
se o estado de saúde do doente permitir, mediante inspeção de
saúde. Art. 119 - Para tratamento dos doentes presos, tanto
§ 2º - A alta por motivo de exclusão somente será dada quando a preventivamente como condenados pela Justiça Civil ou Militar,
praça dispuser de recursos para se tratar. haverá nos Hospitais uma Enfermaria própria, dotada da
necessária segurança, sem prejuízo das condições de higiene
Art. 112 - Os Oficiais em tratamento no Hospital poderão necessárias.
continua-lo em casa de suas famílias, mediante licença § 1º - A Enfermaria dos presos será guardada por sentinelas da
concedida pela autoridade competente, à vista de inspeção de guarda de Estabelecimento.
saúde pela J.M.S., que arbitrará o prazo necessário. § 2º - Os doentes presos ficarão isolados dos demais doentes.
§ 3º - Os doentes presos que necessitarem sair da Enfermaria
Art. 113 - As praças também poderão continuar em cãs de suas para tratamento em Gabinetes especiais, quando necessário,
famílias, o tratamento que venham fazendo no Hospital, à vista serão escoltados por praças da Guarda do Hospital.
de permissão de autoridade competente, pelo prazo arbitrado § 4º - Os doentes presos que tiverem de sair do Hospital, à
pelos Chefes de Clínica. requisição da Justiça ou por outros motivos, serão escoltados por
escoltas fornecidas pela autoridade requisitante ou pelo Estado
Art. 114 - As licenças para tratamento de saúde serão adquiridas Maior.
pelos próprios interessados ou pessoas de sua família, mediante § 5º - Quando um doente preso estiver em condições de ter alta,
aquiescência destes declarada por escrito. será comunicado à sua Unidade, para que esta providencie em
mandar buscá-lo, convenientemente escoltado.
Art. 115 - Não será concedida alta com licença para tratamento
de saúde por portadores de doença contagiosa ou estado de Art. 120 - Os presos atingidos por moléstias que os incapacitem
demência, que constituam perigo, salvo quando se tratar de definitivamente para o serviço da Força, serão submetidos às
doentes que disponham de recursos para realizar o tratamento, formalidades regulamentares, tendo alta se seu estado de saúde
mediante declaração por escrito do interessado ou de pessoa da permitir.
sua família, que se responsabilize pelo tratamento adequado.
Art. 121 - Os militares presos disciplinarmente, punidos nos
Art. 116 - Poderão ter alta a pedido os oficiais que, achando-se Corpos, serão tratados nas Enfermarias comuns, não se contando
com licença para tratamento de saúde, baixarem ao Hospital o tempo de tratamento para cumprimento do castigo.

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Art. 122 - Os militares doentes punidos no Hospital serão Art. 134 - O sepultamento poderá ser feito pela família do
recolhidos à Enfermaria–xadrez. morto, se tal for solicitado, pela mesma.

Art. 123 - Os oficiais e sargentos presos serão tratados nas Art. 135 - Os cadáveres dos militares falecidos em suas
Enfermarias comuns, com sentinela à vista, se o caso exigir. residências não serão recolhidos ao Necrotério do Hospital,
salvo para necropsia.
EVASÃO E DESERÇÃO DO DOENTE
Art. 136 - O Hospital só se encarregará do sepultamento dos
Art. 124 - Nos casos de evasão ou deserção de doentes, o militares que falecerem no Estabelecimento, cabendo as
Diretor do Hospital procederá de acordo com o que dispõe os Unidades as providências para o sepultamento dos que
Regulamentos e Leis em vigor. falecerem fora do Hospital.
Parágrafo único - Verificada a ausência de um doente na
Enfermaria, o respectivo encarregado comunicará ao Chefe de CEMITÉRIOS
Clínica e este participará, por escrito, ao Sub-Diretor, para as
necessárias providências. Art. 137 - Nas guarnições onde a Força mantêm cemitério
próprio nele serão sepultados os seus mortos.
MORIBUNDOS E MORTOS
Art. 138 - Os Cemitérios da Força ficam subordinados
Art. 125 - Os doentes em perigo iminente de vida, serão administrativamente às Direções dos Hospitais das localidades
constantemente assistidos pelo pessoal da Enfermaria, o qual respectivas.
providenciará para que a sua agonia não seja presenciada pelos
demais doentes. Art. 139 - Os Cemitérios se regerão por Regulamentos próprios,
Parágrafo único - Tanto quanto possível, haverá em cada obedecidas as normas legais existentes para as necrópoles.
Enfermaria um quarto separado, para onde serão removidos os Parágrafo único - Findo o prazo de três anos, os ossos dos
moribundos. sepultados serão retirados das sepulturas e depositados no
ossário comum, salvo quando os interessados desejarem colocá-
Art. 126 - Aos doentes em tratamento no Hospital que los em nichos próprios.
manifestarem o desejo de testar, serão facilitados todos os
meios, de acordo com o Código Civil. Art. 140 - Excepcionalmente, poderão ser sepultados cadáveres
de pessoas da família de militares, com permissão da Diretoria
Art. 127 - Logo após a morte de um doente, o Enfermeiro da do Hospital a que estiver subordinado o Cemitério.
Enfermaria fará as comunicações ao médico de dia e à Portaria
e, depois de verificado o óbito por quem de direito, vestirá o ISOLAMENTO
cadáver e providenciará na imediata remoção do mesmo para o
Necrotério. Art. 142 - As Enfermarias de Isolamento a que se refere o artigo
30 serão instaladas, tanto quanto possível, em pavilhão isolado
Art. 128 - Os atestados de óbito serão passados de acordo com o das demais dependências do Estabelecimento e se destinam à
modelo adotado pelo D.E.S. observação de casos suspeitos de doenças infecto-contagiosas e
o tratamento de tuberculosos.
Art. 129 - A Direção do Hospital, providenciará no inventário
do espólio dos doentes falecidos, o qual será recolhido à Art. 143 - Confirmado o caso de febre eruptiva será o doente
repartição competente, sendo uma cópia do termo remetida à tratado no Isolamento próprio, do Hospital.
Unidade a que pertencia o morto. § 1º - Caso o Hospital não disponha de Isolamento adequado,
poderão os doentes ser transferidos para outro Hospital da Força
Art. 130 - Os óbitos serão registrados pelo Hospital, correndo a ou para os Hospitais de Isolamento do Estado.
despesa por conta da Unidade do morto, sendo a certidão § 2º - Os doentes portadores de moléstias infecto-contagiosas
encaminhada ao Chefe do S.S.V., para ser dada ao conveniente transferidos para os Hospitais de Isolamento do Estado,
destino. regressarão ao Hospital após terem alta daqueles
estabelecimentos, afim de serem encaminhados às suas
FUNERAIS Unidades, se não necessitarem de outro tratamento.

Art. 131 - O Hospital encarregar-se-á dos funerais dos doentes Art. 144 - Os tuberculosos, serão tratados nas Enfermarias de
em tratamento que vierem a falecer no Estabelecimento. Isolamento da Clínica Tisiológica dos Hospitais.
§ 1º - As despesas com os funerais serão feitas dentro do Parágrafo único - Caso o Hospital não disponha de Enfermaria
quantitativo a que o morto tiver direito, recolhendo-se os saldos própria para tuberculosos, estes deverão ser transferidos para o
que se verificarem à repartição competente, à disposição dos H.B. – P.A., onde serão tratados.
herdeiros.
§ 2º - Os mortos serão sepultados com uniformes Art. 145 - Os Enfermeiros e Serventes das Enfermarias de
regulamentares, que em vida lhes pertencia. Isolamento não poderão freqüentar as demais Enfermarias.

Art. 132 - As honras fúnebres serão prestadas fora do Hospital, Art. 146 - As roupas dos doentes suspeitos ou confirmados de
de acordo com os Regulamentos em vigor. doenças contagiosas serão imediatamente desinfectadas, afim de
serem recolhidas à Rouparia.
Art. 133 - Os mortos recolhidos ao Necrotério do Hospital
poderão ser velados por parentes, com autorização da Direção Art. 147 - Para a desinfecção e desinfestação de roupas,
do Estabelecimento ou do médico de dia, se o óbito ocorrer fora colchões, camas, etc., os Hospitais disporão de estufas e
das horas de expediente. aparelhos apropriados.

RELIGIOSAS

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Art. 148 - Para a direção dos serviços de cozinha, copa, Art. 158 - A escrituração nos Hospitais, salvo os livros e
confecção, conservação, limpeza e distribuição de roupas, etc., documentos que tenham modelos especiais, obedecerá os
nos Hospitais, poderá haver tantas religiosas quantas forem modelos em vigor na Força e será feita de acordo com o R.G.A.
necessárias, as quais servirão mediante contrato firmado pela
Força com a ordem a que pertençam. Art. 159 - Poderão ser feitos exames de Laboratório, Raio X e
§ 1º - Estas religiosas vencerão uma diárias fixada no Radiografias aos oficiais e praças estranhos ao Estabelecimento,
Orçamento. que solicitarem para si ou pessoas de suas famílias, mediante
§ 2º - Para acomodação das religiosas os Hospitais possuirão indenização do custo do material consumido, acrescido de uma
clausura e mais dependências e instalações adequadas. pequena percentagem, de acordo com tabelas aprovadas pelo
Comandante Geral.
AMBULATÓRIO
Art. 160 - Poderão, também, nas Farmácias dos Hospitais em
Art. 149 - Para atender o pessoal do Estabelecimento, os casos especiais, fornecer medicamentos a oficiais e praças
Hospitais possuirão um serviço de Ambulatório, atendido por estranhos ao Estabelecimento, para indenização.
um médico e enfermeiro designados pelo Diretor, sem prejuízo
das suas funções normais. Art. 161 - Os oficiais e praças pertencentes aos Hospitais,
Parágrafo único - Em casos de desastres ou acidentes, poderão poderão se abastecer normalmente de medicamentos, nas
ser atendidas quaisquer pessoas. Farmácias dos Estabelecimentos, bem como solicitar os exames
de Laboratório, Raios X e Radiografias, que necessitarem para
Art. 150 - O serviço de Ambulatório será feito no próprio indenização.
Estabelecimento, mediante indenização dos medicamentos e Parágrafo único - É facultado às Oficinas dos Estabelecimentos
materiais consumidos pelos interessados. executarem trabalhos, mediante indenização, aos oficiais e
Parágrafo único - Quando o doente estiver impossibilitado de praças. Estes trabalhos não poderão prejudicar os serviços dos
comparecer ao Ambulatório ou for portador de moléstia Hospitais e serão suspensos quando os Diretores julgarem
contagiosa, será atendido na própria residência. conveniente.

DISCIPLINA TÍTULO IV
LABORATÓRIO QUÍMICO-FARMACÊUTICO
Art. 151 - Os Diretores de Hospitais, como Chefes de (L.Q.F.)
Estabelecimento, têm ação disciplinar sobre todo o seu pessoal e
doentes em tratamento, de patente igual ou inferior a sua. Art. 162 - O L.Q.F. se destina à fabricação e ao exame de
medicamentos para provimento dos diversos órgãos do serviço.
Art. 152 - Os doentes, bem como o pessoal dos Hospitais que § 1º - O L.Q.F. manterá uma Secção Comercial, pela qual
infringirem regulamentos ou ordens serão punidos de acordo poderão ser fornecidos medicamentos e feitos exames técnicos,
com o R.D.E., levando-se em conta o estado de saúde do doente. para outros órgãos e repartições públicas, mediante indenização
razoável.
Art. 153 - Haverá nos Hospitais uma Enfermaria-Xadrez, § 2º - O L.Q.F. só fornecerá medicamentos, em embalagem
destinada à prisão de doentes. hospitalar.
Parágrafo único - Só serão recolhidos à Enfermaria-Xadrez os
doentes cujo estado de saúde o permitir. Art. 163 - O L.Q.F. se regerá por Regulamento próprio,
respeitadas as regras deste título.
Art. 154 - As queixas ou reclamações de doentes contra pessoal
ou serviços dos Hospitais serão encaminhadas, por via TÍTULO V
hierárquica, por intermédio do médico Encarregado da SERVIÇOS DE SAÚDE DOS CORPOS
Enfermaria.
CAPÍTULO I
Art. 155 - Deverá acompanhar a alta dos doentes que hajam DA ORGANIZAÇÃO
sofrido castigos disciplinares nos Hospitais, uma relação dos
mesmos, para que constem em seus assentamentos. Art. 164 - O Serviço de Saúde nos Corpos é assegurado pelas
Parágrafo único - Acompanhará, igualmente, a alta dos doentes Formações Sanitárias Regimentais (F.S.R.), que compreendem: -
que pelo seu comportamento hajam se tornado passíveis de Posto Médico (P.M.), Enfermaria Regimental (E.R.), Gabinete
punição e que, em virtude de seu estado de saúde, não tenham Odontológico, Farmácia Regimental (F.R.), Posto Profilático,
sido punidos, uma comunicação das faltas cometidas, afim de destinado à profilaxia de moléstias venéreas e o pessoal,
serem punidos pelos seus Comandantes de Unidades ou Chefes material e dependências necessárias à execução do serviço.
de Serviço. Parágrafo único - As F.S.R. dos Corpos pertencentes às
Guarnições em cuja sede haja Hospital não possuirão Farmácia
Art. 156 - O Diretor do Hospital comunicará ao Chefe do Regimental e se abastecerão de medicamentos na Farmácia do
S.S.V., para as necessárias providências, as faltas disciplinares Hospital.
dos oficiais de patente superior à sua, em tratamento no
Estabelecimento, guardadas as normas regulamentares. Art. 165 - O funcionamento do Serviço de Saúde dos Corpos é
regido por este Regulamento e pelo R.G. (ou R.I.S.G.), no
Art. 157 - Os doentes serão responsáveis, materialmente, sem Capítulo referente ao S.S. dos Corpos.
prejuízo da ação disciplinar, pelos danos que individualmente,
causarem no material ou instalações do Estabelecimento. Art. 166 - O S.S. nos Corpos, compreende:
1º) Visita médica e revistas sanitárias gerais.
DISPOSIÇÕES DIVERSAS 2º) Aplicação dos preceitos de medicina preventiva à saúde da
Tropa.
3º) Assistência médica gratuita ao pessoal dos Corpos.

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4º) Tratamento na E.R. de militares doentes, portadores de oficial farmacêutico os tóxicos serão fechados à chave e trarão
afecções benignas que não necessitem de cuidados médicos rótulos que os distingam facilmente.
especiais.
5º) Assistência médica durante as manobras e exercícios, feitos Art. 174 - Nas F.S.R. onde houver medico-auxiliar, este
pela Tropa, fora do Quartel. concorrerá para a execução dos serviços, de acordo com as
6º) Vigilância sanitária contínua do quartel e do pessoal. ordens do Médico-Chefe e o substituirá nos seus impedimentos.
7º) Instrução técnica do pessoal da F.S.R. e tendo em vista a
formação de reserva, de acordo com os respectivos Art. 175 - Ao sargento enfermeiro mais graduado cabe toda a
regulamentos. escrituração que se relacione com o serviço médico e
8º) Conferências e preleções médicas de propaganda sanitária. administrativo da Formação, competindo-lhe a fiscalização do
asseio dos homens, da limpeza das dependências e conservação
Art. 167 - Os Chefes de F.S.R. são Capitães Médicos, os quais do material da F.S.R.
em casos especiais e em Unidades cujo serviço exigir, terão um
médico-auxiliar. Art. 176 - Compete ainda ao sargento mais graduado da F.S.R.:
1º) Não fornecer medicamentos sem ordem expressa dos
Art. 168 - O pessoal da F.S.R. é constituído do Farmacêutico, médicos;
do Dentista, dos Enfermeiros e Padioleiros, do Manipulador de 2º) Exercer as funções de monitor na instrução técnica do
Farmácia e dos Serventes de acordo com os quadros anuais de pessoal;
efetivo. 3º) Escalar, sob as vistas do médico chefe, o pessoal para o
§ 1º - Somente terão oficial farmacêutico as Unidades, cujas serviço interno diário.
Farmácias, pela sua importância, exigirem. Nas demais haverá
somente Manipuladores de Farmácia. Art. 177 - Os Enfermeiros são designados pelo médico chefe
§ 2º - Nas Unidades, onde houver, o oficial farmacêutico é para determinadas funções na F.S.R., competindo-lhes, além
subordinado administrativamente e disciplinarmente, ao disso:
Comando do Corpo e técnica e funcionalmente, ao Chefe da 1º) Auxiliar os médicos nos diversos serviços da F.S.R.;
F.S.R., por intermédio do qual relacionar-se-á com o Comando, 2º) Auxiliar enfermeiro mais graduado no serviço de
nesse particular. escrituração;
3º) Assistir às visitas e revistas médicas.
Art. 169 - O pessoal da F.S.R., no que se referir à 4º) Assistir aos doentes baixados a F.S.R., ministrando-lhes os
administração, instrução e disciplina gerais, fica subordinado à medicamentos nas horas prescritas.
sub-unidade a que pertencer e, no que respeita à instrução e
serviços técnicos, disciplina durante o serviço ao Chefe da Art. 178 - Além do enfermeiro de dia P.M., haverá um
Formação, não podendo ser distraído para trabalhos estranhos a Enfermeiro de serviço na E.R., ao qual incumbe prestar
especialidade, exceto nos casos expressos em Regulamento. assistência permanente aos doentes, em tratamento e
providenciar na execução de todos os serviços da Enfermaria, de
Art. 170 - A instrução técnica do pessoal da F.S.R. será acordo com as ordens do médico-chefe.
ministrada sob a direção do médico Chefe, ficando a instrução
não especializada a cargo da sub-unidade a que pertencer, de Art. 179 - Os padioleiros, fora das horas de instrução auxiliarão
acordo com o programa de instrução do Corpo. os Enfermeiros, de acordo com as ordens do médico-chefe,
recebendo para isso a necessária instrução.
CAPÍTULO II
DEVERES E ATRIBUIÇÕES DO PESSOAL Art. 180 - Caso um corpo de Tropa possua, permanente ou
temporariamente, uma fração fora de sua sede e tenha mais de
Art. 171 - O médico-Chefe tem, sobre todo o pessoal da um medico, um dos médicos será auxiliares será designado pelo
Formação, autoridade administrativa, quanto à organização e Cmt., por indicação do Médico-Chefe, para atender ao serviço
funcionamento do serviço e autoridade disciplinar, durante a de saúde daquela fração, com pessoal proporcional a
execução dos mesmos. importância da mesma.
Parágrafo único - Sob sua autoridade imediata ficam todas as Parágrafo único - Caso não disponha de Médico auxiliar, o
praças baixadas, em convalescença ou em observação médica na médico da formação providenciará, por intermédio do Cmdo. do
E.R. corpo, junto à Chefia do S.S.V., na designação de um para
atender o S.S. da fração destacada.
Art. 172 - O Médico Chefe da F.S.R. assegura a execução do
serviço de saúde do Corpo, secundado pelo pessoal da referida CAPITULO III
Formação e é o único responsável perante o Comando pelo REVISTA SANITÁRIA
estado sanitário do pessoal do Corpo e condições higiênicas do
Quartel. Art. 181 - Em dias e horas marcadas pelo Comando do Corpo,
Parágrafo único - No concernente à disciplina e administração, Chefe F.S.R. efetuará revistas gerais de saúde, em todas as
é subordinado ao Cmt. do Corpo, dependendo tecnicamente do praças do corpo, de sorte que cada homem seja
Chefe do S.S.V. convenientemente examinado pesado periodicamente.
Parágrafo único - Sempre que o Médico-Chefe julgar
Art. 173 - Compete ao médico chefe: conveniente solicitará ao Comandante do corpo as ordens
1º) Dirigir e fiscalizar, sob a autoridade do Cmt. do Corpo, tudo necessárias no sentido de ser determinada uma revista geral de
o que concerne ao funcionamento, disciplina e ordem da E.R. saúde.
2º) Zelar pelo material e reaprovisionamento da F.S.R. pelos
quais é responsável. Art. 182 - A visita médica é uma revista passada pelo Médico-
3º) Fazer parte das comissões encarregadas de projetar novas Chefe diariamente ou em dias e horas designadas pelo
instalações e modificações nas dependências da F.S.R. Comandante do Corpo, no P. M. da F. S. R., às praças que a
4º) Fiscalizar, rigorosamente, o consumo de produtos mesma devam comparecer, em virtude de enfermidade ou ordem
farmacêuticos, especialmente de tóxicos; quando não houver superior.

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Art. 183 - Excepcionalmente, quando o estado dos doentes não 7º) As que, para aquele fim, receberem ordem de autoridade
permitir o comparecimento à Formação a vista médica será feita competente.
nos alojamentos ou nas suas residências.
Parágrafo único - No caso de vista médica na residência do Art. 191 - A assistência à domicilio somente será prestada nos
doente a Unidade fornecerá o transporte para médico. casos previstos neste Regulamente.

Art. 184 - O médico registrará no livro de visita, para cada Art. 192 - As E.R. são dependências das F.S.R., destinadas à
homem, as informações que possam interessar ao Comando da hospitalização e tratamento dos doentes que não necessitem de
Unidade ou Chefia de Estabelecimento, submetendo-as, após à cuidados especiais ou tratamento especializado.
consideração do Sub-Comandante ou autoridade correspondente. § 1º - As E.R. possuirão sala, mesa e material para curativos;
Parágrafo único - Os diagnósticos registrados no livro de visita aparelho para esterilização, etc.
será escritos minuciosamente de acordo com a nomenclatura § 2º - Possuirão também, um Gabinete Médico, um pequeno
nosológica geral da Brigada Militar. Laboratório e armário especial para tóxicos.
§ 3º - Possuirão ainda, quarto para Enfermeiros, pequenos
Art. 185 - As providencias que cabem aos médicos indicarem, depósitos de medicamentos e de material sanitário; uma pequena
relativamente nos doentes, em conseqüência das observações rouparia, banheiros e acomodações separadas para oficiais bem
feitas durante a visita são seguintes: como refeitório.
1º) Dispensa do uso de peças de fardamento e equipamento
pratica determinado; Art. 193 - A baixa de doentes a E.R. em princípio será feita na
2º) Tratamento no quartel com ou sem isenção parcial ou total visita médica de acordo com as prescrições deste Regulamento e
do serviço ou instrução para os casos indisposição ligeira; do R.G. (ou R.I.S.G.).
3º) Observação na E. R. para os casos em que nenhum sintoma § 1º - Em casos de urgência, o médico que atender o doente, fora
permita um diagnostico imediato, incluídos aqueles casos em da visita médica, se julgar necessário poderá fazê-lo baixar a
que nenhum sintoma permita um diagnostico imediato, E.R.
incluindo aquele casos em que os indivíduos são suspeitos de § 2º - Os doentes baixados a E.R., para qualquer fim, usarão
simulação sendo em princípios a duração de dois dias, mas roupas próprias da Enfermaria, acompanhadas do respectivo rol.
podendo ser prolongada, se tal for necessário.
4º) Baixa à E. R.., para tratamento de afecções benignas, que Art. 194 - Diariamente, pela manhã, o médico chefe ou o
necessitem porém de cuidados médico-cirúrgicos; auxiliar fará a visita aos doentes na Enfermaria, prescrevendo as
5º) Convalescença na E.R., para os homens que obtiverem alta modificações no tratamento que forem aconselháveis e dando as
do Hospital e disso necessitem; necessárias instruções aos Enfermeiros.
6º) Baixa ao Hospital – para todos os doentes contagiosos,
graves ou com enfermidades que: necessitem de cuidados Art. 195 - Após visita, o sargento enfermeiro encarregado,
assíduos ou especializados que não possam ser dispensados na organizará o mapa do movimento do dia de acordo com o
E.R. modelo adotado, para que conste da parte do médico;
encaminhará as altas ao gabinete do Sub-Cmt. E fará a
Art. 186 - A convalescença dos doentes que hajam tido alta do requisição das dietas, a qual, depois de visada pelo médico, será
Hospital, a critério do Comandante do Corpo e mediante parecer encaminhado ao Fiscal Administrativo.
do médico, poderá ser gozada no interior do quartel ou na Parágrafo único - Será adotado o regime dietético em uso nos
residência particular do interessado, não devendo neste caso, Hospitais, nos casos em que forem aplicáveis.
ultrapassar o prazo máximo de oito dias.
Art. 196 - Os Enfermeiros são os responsáveis pela fiscalização
Art. 187 - De toda a praça que, na visita médica, seja julgado dos cuidados higiênicos dos doentes.
necessário baixar ao Hospital, será feita a baixa, onde o médico
lançará todos os esclarecimentos que possam elucidar o Art. 197 - Os doentes em tratamento na E.R. que sofrerem
diagnostico e orientar o tratamento. punição disciplinar, somente cumprirão o castigo depois de
terem alta, ocasião em que o médico chefe comunicará ao Cmt.
Art. 188 - O encaminhamento dos doentes que precisam baixar
ao Hospital, será feito no mesmo dia da vista. Poderá, entretanto, Art. 198 - Os militares que, achando-se cumprindo castigo,
em casos especiais, ser feito no dia seguinte, não podendo, baixarem a Enfermaria, cumprirão o resto do castigo após terem
porém, o doente se afastar do quartel. alta.

Art. 189 - Se um doente ou ferido baixar ao Hospital, em estado Art. 199 - O médico, na visita matinal, concede as altas nas
grave, será acompanhado pelo médico do Corpo a que pertencer, modalidades previstas neste Regulamento. A saída dos doentes,
o qual prestará seu concurso ao médico de dia, para os primeiros porém, dar-se-á após o jantar.
cuidados a dar ao doente. § 1º - Nos casos de transferência ou baixa ao Hospital, se as
circunstâncias exigirem, os doentes poderão sair imediatamente
Art. 190 - Comparecerão, obrigatoriamente, a visita médica: da Enfermaria.
1º) Todas as praças que alegarem ou manifestarem doença; § 2º - Por ocasião da saída do doente, o Enfermeiro encarregado
2º) As que regressarem dos Hospitais acompanhadas dos verifica o estado das roupas e objetos que estiverem em uso.
respectivos documentos de alta;
3º) As que, por qualquer motivo, tiverem permanecido afastadas Art. 200 - Quando ocorrer um óbito na Enfermaria, no quartel
do quartel, por mais de oito dias; ou fora, será verificado pelo Médico-Chefe ou pelo Médico
4º) As que se apresentarem por transferência ou conclusão de Auxiliar.
licença ou outro qualquer motivo; Parágrafo único - Nos casos de morte súbita ou violenta,
5º) As que forem propostas para aprendizes de músico, proceder-se-á de acordo com as disposições em vigor. Em todos
corneteiro ou clarim, ferradores e outras especialidades que os casos de óbito dentro do quartel, o Médico-Chefe
exijam constituição física adequada; encaminhará uma parte circunstanciada sobre as causas do
6º) As que forem indicadas para empregados do rancho; mesmo, ao Chefe do S.S.V..

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CAPÍTULO V § 2º - O resultado da vacinação e revacinação será registrado na
SERVIÇO INTERNO ficha sanitária de cada homem, de onde poderão ser extraídos os
atestados de vacina para os que necessitarem de tal documento.
Art. 201 - O Serviço interno diário de saúde, nos Corpos,
compreende: Art. 210 - Contra as moléstias venéreas, o Médico Chefe
1º) Os primeiros socorros médicos de urgência; desenvolverá rigorosa campanha com o auxílio moral e material
2º) Consultas e curativos; prestados pelo Comando do Corpo.
3º) Vigilância sanitária contínua do pessoal e do quartel. § 1º - Todas as instruções relativas à profilaxia anti-venérea
serão cuidadosamente executadas, através do P.P.
Art. 202 - O serviço é executado, quanto a sua parte geral, por § 2º - Pelo médico e pelos seus auxiliares serão feitas
todo o pessoal da F.S.R. de acordo com a distribuição feita pelo conferências e preleções de propaganda anti-venéreas em dias
Chefe e por serviço de escala, destinado à atender as designados pelo Comando.
necessidades extraordinárias, fora do período permanente. § 3º - Na propaganda anti-venérea os médicos devem ser
secundados pelos oficiais e pelas praças suficientemente
Art. 203 - O pessoal escalado, para o serviço diário não fica esclarecidas.
isento das obrigações do serviço normal que lhe competir.
Art. 211 - Igualmente serão tomadas amplas medidas
Art. 204 - O pessoal de serviço obedecerá, quanto às normas profiláticas contra as verminoses, intoxicações, alcoolismo e
gerais, as disposições estabelecidas para o serviço interno diário, quaisquer doenças epidêmicas, que no momento estejam
do Corpo e terá, além das atribuições fixadas neste grassando na Guarnição.
Regulamento, as estabelecidas no R.G. (ou R.I.S.G.). Parágrafo único - A profilaxia será assegurada pelos meios
usuais gerais e específicos, constando de conferências, revistas
Art. 205 - Diariamente, será escalado um enfermeiro de dia ao gerais, punição severa dos transgressores de ordem relacionadas
P.M. e quando necessário, um enfermeiro de dia à E.R. com a profilaxia e aplicação de recursos científicos profiláticos e
etc.
Art. 206 - Ao Enfermeiro de dia ao P.M. compete; além das
atribuições referidas no Art. 204°.: CAPÍTULO VII
1º) Permanecer na Formação, depois do expediente, só podendo FISCALIZAÇÃO HIGIÊNICA DO QUARTEL
se afastar para as refeições ou por exigência do serviço, com
ordem ou permissão do médico e na falta deste, do Oficial de Art. 212 - O Médico Chefe visitará e fiscalizará, sob o ponto de
dia: vista higiênico, todas as dependências do quartel ou
2º) Fazer os curativos e aplicar os medicamentos, de acordo com Estabelecimento, devendo o Comandante ou Chefe facilitar-lhe
as ordens e prescrições do médico; o desempenho dessa missão.
3º) Cientificar ao médico, prontamente, qualquer ocorrência na Parágrafo único - O Médico Chefe assinalará ao Cmt. da
Formação ou casos graves, fazendo-o ao Oficial de dia, na falta Unidade ou Chefe do Estabelecimento, as deficiências que notar
daquele, que será chamado, quando necessário; no quartel e suas instalações e, anualmente, fará um relatório
4º) Receber e fazer acomodar os doentes na E.R., de acordo com indicando essas deficiências e sugerindo os meios práticos de
as ordens em vigor, relativas aquela dependência da F.S.R. saná-las.

Art. 207 - Quando houver Enfermeiro de dia a E.R., este se Art. 213 - Fiscalizará a água fornecida à Tropa, procurando
menos graduado ou mais moderno fica subordinado ao conhecer detalhes da sua origem, tratamento e canalização
Enfermeiro de dia ao P.M., competindo-lhe executar todos os providenciando na análise da mesma, quando julgar necessário.
serviços na Enfermaria e assistir aos doentes baixados.
§ 1º - O Enfermeiro de dia a E.R. é o responsável pela Art. 214 - Registrará todas as epidemias sobrevindas no quartel,
assistência aos doentes, disciplina, ordem e asseio da sua origem, importância, localização e data do aparecimento,
Enfermaria, depois do expediente; afim de proporcionar elementos para pesquisas etiológicas e
§ 2º - Os Enfermeiros de dia ao P.M. e a E.R. se revezarão nas orientar a profilaxia.
saídas para as refeições ou por motivo de serviço. § 1º - Logo que surja uma epidemia, comunicará ao Cmt. do
Corpo e, por intermédio deste, ao Chefe do S.S.V., informando
Art. 208 - O serviço de assistência externa (marchas, exercícios, tudo o que julgar necessário para o competente inquérito
manobras, etc.), é escalado pelo Médico Chefe, que fornecerá o epidemiológico e tomará as providências imediatas que o caso
material necessário, tudo mediante aprovação do Comandante exigir.
do Corpo. § 2º - Nas Unidades contaminadas a visita médica será passada
Parágrafo único - Nos exercícios que, por sua natureza ou duas vezes ao dia afim de garantir o isolamento oportuno dos
devido a condições climatéricas aumentem as probabilidades de casos que forem se manifestando.
acidentes, o Médico Chefe organizará um serviço especial de § 3º - A vigilância sanitária sobre os homens que obtiverem
assistência que assegure a prestação imediata dos socorros permissão para sair do quartel ou que regressarem será
indispensáveis. redobrada, principalmente, se a epidemia estiver grassando no
meio civil.
CAPÍTULO VI § 4º - Neste caso, as localidades contaminadas assinaladas pela
PROFILAXIA, VACINAÇÃO E REVACINAÇÃO autoridade sanitária civil serão interditadas aos homens do
Corpo.
Art. 209 - O médico chefe providenciará para que em épocas § 5º - O Médico Chefe indicará ao Cmt. do Corpo e solicitará,
oportunas o pessoal seja vacinado na conformidade das por seu Intermédio, ao Chefe do S.S.V. os meios para
disposições em vigor. desinfecção e desinfestação, e que será por ele orientado e
§ 1º - Em casos de epidemia, revacinará todos os homens que fiscalizado.
tenham tido negativas as inoculações anteriores, praticadas na
Unidade.

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Art. 215 - Sempre que a Unidade vá estacionar em localidade verificar se algum é portador de moléstia que escapasse à
fora do quartel para exercícios ou manobras, esta será objeto de observação da J.M.S., por ocasião da inspeção.
investigações sob o ponto de vista sanitário.
Parágrafo único - Estas investigações compreendem: Art. 223 - Verificado o caso do voluntário portador de moléstia
1º) Informações fornecidas pelas autoridades locais sobre que o incapacite para o serviço e que haja escapado à
doenças contagiosas e óbitos que tenham causado. observação da J.M.S., por ocasião da inspeção, o médico
2º) Investigações local visando a higiene do mesmo e natureza comunicará ao Cmt. do Corpo, a fim de ser solicitada nova
das doenças observadas. inspeção de saúde, fazendo o doente baixar ao Hospital, se for o
3º) Pesquisar sobre a água e escoamento dos despejos. caso.
Parágrafo único - Confirmada pela J.M.S. a incapacidade do
CAPÍTULO VIII voluntário, será sua inclusão tornada sem efeito.
DEVERES GERAIS DOS MÉDICOS DOS CORPOS DE
TROPA TÍTULO VI
ÓRGÃOS DE PREPARAÇÃO TÉCNICA
Art. 216 - Ao Médico do Corpo de Tropa incumbe:
1º) Enviar mensalmente, ao Cmt. do Corpo e por intermédio Art. 224 - Os órgãos de preparação técnica têm por fim a
deste, ao Chefe do S.S.V., o mapa do movimento de doentes formação de praças especializadas de saúde e compreendem:
entrados na E.R. e nos Hospitais, com amplos esclarecimentos - Escola de Enfermeiros da Brigada Militar, abrangendo: - Curso
de ordem técnica. de Formação de Enfermeiros (C.F.E.P.), e cursos práticos de
2º) Dar ao Cmt. do Corpo, sempre que for solicitado ou julgar manipuladores de Farmácia, Radiologia e Laboratório.
necessário, as indicações de ordem técnica exercíveis às - Escola de Enfermeiros Veterinários, abrangendo: Curso de
prescrições higiênicas nas dependências do quartel. Formação de Enfermeiros Veterinários (C.P.E.V.) e Curso
3º) Informar às autoridades técnicas sobre o andamento do Prático de Ferradores.
serviço de saúde no Corpo, bem assim sobre qualquer início de
manifestação epidêmica, medidas preventivas e de combate Art. 225 - Estas Escolas bem como os respectivos Cursos, se
postas em prática e causas possíveis. regerão por regulamentos próprios.
4º) Enviar trimestralmente ao Chefe do S.S. o mapa nosológico
dos doentes tratados na E.R. e mais informações de ordem TÍTULO VII
técnica úteis. FORMAÇÕES VETERINÁRIAS REGIMENTAIS
(F.V.R.)
CAPÍTULO IX
LIVROS E ESCRITURAÇÃO DA F.S.R. CAPÍTULO I
CONSTITUIÇÃO
Art. 217 - Haverá nas F.S.R. uma ficha sanitária de cada
homem, onde os médicos registrarão tudo o que se relacione Art. 226 - Nas Unidades de Cavalaria e nas Unidades Especiais
com a saúde do homem, bem como os resultados das visitas que possuam animais em número que justifique, para zelar pela
médicas. saúde dos mesmos, haverá uma Formação Veterinária
§ 1º - Esta ficha acompanhará o homem nos casos de Regimental (F.V.R.).
transferência.
§ 2º - O Enfermeiro encarregado apresentará as fichas dos Art. 227 - A F.V.R. será constituída da Enfermeira e Farmácia
homens que comparecerem à visita. Veterinária, Ferradoria e plantio de forragem.

Art. 218 - Haverá, obrigatoriamente, os seguintes livros: Art. 228 - O Chefe da F.V.R. é um Tenente Veterinário (1° ou
1º) Mapa carga e descarga, com a distribuição do material da 2º) e será auxiliado por um Sargento Enfermeiro Veterinário, um
Formação. Sargento Ferrador e outras praças necessárias ao serviço, de
2º) – Mapa carga e descarga (entrada e saída) de medicamentos. acordo com o quadro anual de efetivos.
3º) – Livro registro de visita médica.
4º) – Livro registro de partes. CAPITULO II
5º) – Livro registro de entrada e saída de doentes na E.R. DEVERES A ATRIBUIÇÕES DO PESSOAL DA F.V.R.

Art. 219 - Poderá haver um registro de visita médica para cada Art. 229 - O Veterinário é subordinado administrativa e
subunidade, o qual acompanhará os homens vindos a visita. disciplinarmente ao Cmt do Corpo e, tecnicamente apo Chefe da
S.S.V.
Art. 220 - O médico lançará nesse livro todas as observações
relativas a cada homem por ocasião da visita e submeterá ao Art. 230 - O Veterinário do Corpo dirige o serviço de saúde e
Sub-Cmt. para os fins regulamentares. higiene dos animais, pelo qual e responsável perante o Comando
e as autoridades técnicas superiores, incumbindo-lhe como tal,
Art. 221 - Em princípio, toda a consulta e curativo que for feito alem das atribuições que lhe são fixadas pelo R.G. (ou R.I.S.G),
na F.S.R. será lançado em livro especial onde se registrará o o seguinte:
nome do paciente, natureza do curativo e medicamento 1º) Exercer sobre os animais do Corpo e os particulares por este
consumido. regulamento forrageados a mais severas vigilância sanitária.
2º) – Inspecionar, frequentemente, os depósitos de forragem,
CAPÍTULO X báias e outras dependências que interessem a seu serviço,
OBSERVAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS INCORPORADOS mantendo-se ao corrente do seu estado de conservação e higiene
e propondo ao Comando as medidas necessárias.
Art. 222 - Os voluntários incorporados serão imediatamente 3º) Responder pela carga do material especializado ou não,
fichados no P.M., para observação. distribuído as repartições e órgãos a seu cargo.
Parágrafo único - O médico observará os voluntários recém 4º) Proceder a visita sanitária aos animais nos dias e horas
incorporados nos primeiros três meses de incorporação, a fim de fixadas pelo Comandante.

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5º) Assistir, frequentemente, a distribuição de forragem. - Para matricula nos Cursos de Formação de Quadros e outros
6º) Passar, diariamente, a hora fixada, a visita aos animais Cursos de ensino militar mantidos pela força.
baixados doentes ou em observação. - Para renovação de tempo de serviço ou de contratos.
7º) Registrar em livro especial ou na ficha, quando houver, as . Dos estados de incapacidade temporária parcial ou total.
alterações ocorridas com os animais. Entende-se por incapacidade temporária e total a que
8º) Propor ao comando o sacrifício dos animais cuja as impossibilita o individuo de exercer qualquer trabalho durante
condições de saúde aconselhem tal providencia, fazerem certo tempo e parcial a diminuição da capacidade de trabalho do
sacrificar sumariamente, os vitimados por lesões incuráveis individuo durante certo tempo, impossibilitando-o de exercer
conseqüentes de acidentes e os que manifestarem sintomas de determinados misteres.
hidrofobia. . Das incapacidades definitivas motivadas por enfermidades
9º) Providenciar nas necessárias medidas profiláticas e de incompatíveis com o serviço da Força determinando o
combate aos casos de epidemias, de acordo com as ordens e afastamento da atividade por exclusão ou reforma.
regulamentos em vigor, participando e solicitando ao Comando . Do fundamento da alegação de moléstia feita por militar ou
as providencias que julgar úteis. assemelhado com o fim de eximir-se do serviço ou do
10º) Zelar pela qualidade e quantidade da forragem distribuídas cumprimento do dever, isto é perícias praticadas sob o ponto de
aos animais, propondo, por intermédio do Fiscal Administrativo, vista disciplinar em relação a moléstia simulada ou provocada.
as providencias que julgar aconselháveis. . Das condições do estado mental e do grau de responsabilidade
11º) Participar diariamente ao Sub-Cmt as ocorrências do dos delinqüentes militares quando solicitados por quem de
serviço, encaminhando devidamente redigida, sob a forma de direito.
sugestões, a matéria de deva ser publicada em boletim. . Das condições do estado de saúde dos funcionários civis para
12º) Manter em dia a escrituração e o arquivo do serviço a seu efeito de permanência no exercício das funções e também para
cargo. obtenção de licença ou aposentadoria requerida ex-oficio.
13º) Dirigir a instrução técnica dos Enf. Vet. E Ferradores e a . Do estado de sanidade dos doentes feridos ou acidentados em
complementar dos condutores. serviço para fins de controle dos documentos sanitários e
14º) Encaminhar mensalmente ao Fiscal Administrativo os origem, de acordo com as prescrições regulamentares.
mapas do movimento de animais doentes e entrados na E.V.,
sacrificados e mortos em conseqüência de moléstia ou acidentes Art. 235 - Nenhuma inspeção de saúde poderá ser feita a mão se
e o do medicamento consumido . em virtude de disposições regulamentares ou ordem do Cmt
15º) Encaminhar trimestralmente ao Chefe do S.S.V. por Geral.
intermédio do Comandante do Corpo os mapas, pedidos e
relatórios referentes ao serviço a seu cargo. Art. 236 - As J.M.S. deverão funcionar em dependências dos
16º) Escalar o serviço diário da E.V. e da Ferradoria. Hospitais ou Formações Sanitárias onde as inspeções poderão
ser praticadas com o recurso de propedêutica medica e que
Art. 231 - O sargento enfermeiro veterinário é o auxiliar dispõem os Estabelecimentos ou repartições acima.
imediato do veterinário competindo-lhe. Parágrafo único - Quando não for possível a reunião nos locais
1º) Executar a escrituração da F.V.R. de acordo com as ordens previstos neste artigo, às juntas deverão ser presentes os
do veterinário. aparelhos de propedêutica indispensável, os quais serão
2º) Acompanhar o veterinário nas visitas e inspeções ajudando-o requisitados a chefia do S.S.V.
em todo o serviço e atribuições.
3º) Organizar a relação do pessoal da F.V.R. para efeito de Art. 237 - Após cada seção das J.M.S. será extraída copia da ata
escala. de inspeção se saúde de cada inspecionado, autenticada pelo
4º) Ser monitor na instrução técnica do pessoal. membro que serviu de secretario, e encaminhada ao E.M., por
5º) Fazer os curativos e distribuir os medicamentos de acordo intermédio da chefia do S.S.V., para a publicação devida.
com as ordens e prescrições do veterinário. § 1º - Na copia da ata, os diagnósticos deverão constar apenas
com as respectivas rubricas da Nomenclatura Nosológica Geral
Art. 232 - O Sargento ferrador é o encarregado da Ferradoria e adotada na Força.
como tal responsável perante o veterinário para execução do § 2º - Qualquer que seja a formula do diagnostico constante da
serviço de ferragem dos animais competindo-lhe. copia da ata de inspeção de saúde, nunca será publicada em
1º) Dirigir o serviço de ferragem dos animais , executando boletim.
pessoalmente os que exigem técnica especial.
2º) Auxiliar a instrução dos ferradores. Art. 238 - As sessões das J.M.S. serão sempre secretas, cabendo
3º) Zelar pela limpeza da repartição, ordem e disciplina do ao membro mas moderno ou menos graduado registrar no livro
serviço. próprio as respectivas atas que serão assinadas por todos os
membros.
Art. 233 - Os Cabos e Soldados Enfermeiros Veterinários e
Ferradores, demais praças empregadas na F.V.R. executam o Art. 239 - Os pareceres das juntas serão sempre tomadas por
serviço de acordo com a distribuição e as ordens do Veterinário. maioria de votos dos seus membros incluídos os dos Presidentes,
devendo os membros vencidos justificarem, por escrito, os seus
TITULO VIII votos.
DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE
Art. 240 - Sempre que houver caso duvidoso, que se verificar
CAPITULO I necessidade de uma observação medica do inspecionado em
estabelecimento Hospitalar ou de exames especiais para
Art. 234 - As Inspeções de saúde constituem perícias médicas elucidação do diagnostico as J.M.S. devem declarar no livro de
ou médico legais militares mandadas executar pelas autoridades atas o motivo da baixa aos hospitais e os pedidos desses exames.
competentes com o fim de verificação das condições de aptidão § 1º - A Autoridade militar competente providenciara para que
física: sejam satisfeitas todas as solicitações das juntas afim de que elas
- Para inclusão na força ou admissão como funcionário civil. possam emitir seus pareceres definitivos.

92
§ 2º - De posse da observação clinica feita nos hospitais, ou de - Por conclusão de licença a formula será: - “Apto para o serviço
exames pedidos as juntas completarão as inspeções de saúde, da Brigada ou apto para o exercício das suas funções conforme
emitindo então pareceres definitivos sobre os inspecionados. se trate de militar ou funcionário civil.”

Art. 241 - Quando apenas se fizerem necessários exames INSPEÇÃO DE SAÚDE PARA O SERVIÇO DA BRIGADA
subsidiários ou de especialista, inclusive de radiologia ou
laboratório, fará a devida declaração em ata, solicitando o exame Art. 245 - As inspeções de saúde de voluntários para fins de
exigido. inclusão no estado efetivo da Força. São feitas pelas J.M.S.
Parágrafo único - Quando tais exames devem ser feitos em permanentes.
estabelecimentos militares os presidentes das juntas
encaminharão diretamente aqueles estabelecimentos. Art. 246 - Estas inspeções serão feitas de acordo com as
disposições deste Titulo, tendo-se em conta que a noção de
Art. 242 - A vista dos exames, será concluída a perícia da aptidão física para o serviço militar é essencialmente
inspeção de saúde fazendo em ata, referencia aos ditos exames, contingente, não podendo haver critério absoluto nem regras
cujos resultados serão arquivados com os documentos da junta. inflexíveis, determinando onde começa ou onde termina essa
aptidão.
Art. 243 - Os pareceres e observações das J.M.S. serão Parágrafo único - A estatura mínima é de 1,55m, e a máxima
registrados em livro especial, considerado secreto e, como tal, só de 1,95m.
manuseados pelos componentes das juntas e pelos membros da
junta superior de saúde quando for o caso. Art. 247 - Nas inspeções de saúde deve-se sempre ter em vista o
§ 1º - Em lugar próprio deverá constar expressa e claramente o maior rigor na seleção dos voluntários.
fim da inspeção, quando se tratar de prorrogação de licença,
constara quantas vezes o doente foi inspecionado, no ano pelo Art. 248 - As condições físicas mínimas a preencher pelos
mesmo motivo. voluntários serão objetos de leis e instrução especiais.
§ 2º - As doenças, afecções, síndromes, lesões ou perturbações
mórbidas diagnosticadas devem ser registradas por extenso, com Art. 249 - Na Inspeção de saúde de civis, as juntas terão em
a maior clareza, precedidas da respectiva rubrica da vista as condições necessárias de saúde compatíveis com o
nomenclatura nosológica usada na força. exercício das funções do cargo a que se destinam.
§ 3º - As J.M.S. deverão evitar diagnósticos vagos ou
imprecisos, sob pena de nulidade da inspeção. INSPEÇÃO DE SAÚDE PARA MATRICULA NOS
§ 4º - No caso de não ser diagnosticada a doença ou defeito CURSOS
físico, será registrada na casa destinada ao diagnostico a
expressão “Nenhuma”. Art. 250 - A Inspeção de saúde dos candidatos aos cursos de
§ 5º - No caso de serem verificados defeitos físicos ou doenças Ensino mantidos pela Força são feitas por J.M.S. especiais.
compatíveis com o serviço militar, deverão os membros ser
mencionados na casa de diagnósticos dos seguintes dizeres: - Art. 251 - Estas juntas alem de observarem as prescrições dos
Compatível com o serviço procedendo quanto ao parecer de capítulos anteriores, deverão ter em conta a superatividade física
acordo com art. 244° e suas alíneas. e cerebral exigida pelo estudo e treinamento militar, bem como
as prescrições dos Regulamentos de cada Curso.
Art. 244 - Em suas conclusões deverão as J.M.S. observar os
seguintes preceitos: Art. 252 - As Juntas deverão ser rigorosas nestas inspeções,
- Reconhecida a aptidão do inspecionado para o serviço militar, verificando com o maior cuidado a integridade mental e física
a junta lançara o seguinte parecer: - Apto para o serviço da dos inspecionados, embora tenham que atender também a idade
Brigada.” e as possibilidades de desenvolvimento ? Dos jovens candidatos.
- Tratando-se de inspeção de candidatos a nomeação para
funções civis, a formula será: _ “Apto”. Art. 253 - Na inspeção de saúde dos candidatos a matricula nos
- Verificada que seja pela junta, a incapacidade, será lançada a diversos cursos, a junta deverá pesquisar:
formula: - Incapaz definitivamente para o serviço da Força”. - Sinais positivos de aptidão para o serviço militar, tendo em
- Nas inspeções de voluntários, verificada a incapacidade vista o grau de robustez física e as noções de biologia
temporária do candidato, a junta lançará o parecer : “Incapaz adquiridas.
temporariamente para o serviço da Brigada” e arbitrará o prazo - Sinais negativos de aptidão militar constante de doenças
mínimo em que o candidato deverá voltar querendo. afecções síndromes que motivem incapacidade física definitiva
- No caso de se tratar de praças incapazes somente para o para o serviço ou invalidez.
serviço militar, as juntas usarão a formula da letra “c”. tratando- - Sinais negativos de aptidão militar que motivam incapacidade
se, porem de praças julgadas incapazes de prover os meios de física temporária que possa ser removida mediante tratamento.
subsistência por estarem invalidas a formula será também a de - Sinais de aptidão relativa constante de doenças ou defeitos
letra c, acrescida da palavra “invalido”. compatíveis com o serviço militar.
- No caso de inspeção de saúde de funcionário civil, para
aposentadoria, procederá de acordo com a letra “e”. Art. 254 - No reconhecimento da aptidão para admissão aos
- Quando for verificada a incapacidade física temporária parcial Cursos de Formação as J.M.S. com o fim de estabelecer rigorosa
ou total para o serviço da Brigada, as juntas empregarão a seleção física dos candidatos, alem das condições gerais para
formula: - “Incapaz temporariamente, seguida do arbitramento admissão, deverão exigir:
do prazo o tratamento que for necessário. Tratando-se de oficiais - Visão: A.O.=1
observará se pode ou não viajar. - Ausência de sinais clínicos d luzes e tuberculose devendo ser
- Diagnosticada que seja pela J.M.S., na inspeção de saúde feito minucioso inquérito.
doença contagiosa ou incurável que inabilite o militar ou civil - Inspeção de Saúde para fins de promoção.
para o serviço dará a junta o seguinte parecer: - “Incapaz para
continuar servindo na força, por sofrer de moléstia ou afecções Art. 255 - As inspeções de saúde de oficiais para fins de
contagiosas ou crônica incurável que o torne invalido.” promoção destinam-se a verificar a robustez física, relativa à

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idade e posto dos oficiais indispensáveis ao exercício de suas O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
funções normais. GRANDE DO SUL, usando das atribuições que lhe confere o
art.87, inciso II, da constituição do Estado, 8 de julho de 1947,
Art. 256 - Para a realização dessas inspeções as juntas só
funcionarão completas. DECRETA:

Art. 257 - As juntas deverão levar em conta, para julgamento Art. 1º - É aprovado o Regulamento Geral da Brigada Militar
dos inspecionados, as neoplasias funcionais, relativas às (R.G.B.M.), que este baixa, assinado pelo Secretário de Estado
diferentes idades. dos Negócios do Interior e Justiça.
§ 1º - Os pareceres emitidos devem ser completos e justificados
sob o ponto de vista técnico, nos casos em que for reconhecida a Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.
falta de robustez física relativa à idade e posto de oficial para
exercício de suas funções. Palácio do Governo, em Porto Alegre, 14 de agosto de 1948.
§2º - As atas de inspeção de saúde relativas aos oficiais julgados
aptos à promoção serão remetidas aos respectivos comandantes Walter Jobim- Governador do Estado
de unidades e chefes de serviço e a dos oficiais julgados
incapazes ao E.M. para fins legais. REGULAMENTO GERAL DA BRIGADA MILITAR

Art. 258 - No caso da junta verificar incapacidade temporária PREÂMBULO


arbitrará o prazo necessário para tratamento.
CAPÍTULO I
INSPEÇÃO DE SAÚDE MOTIVADA POR OBJETO DE REGULAMENTO GERAL
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
Art. 1º - O Regulamento Geral da Brigada Militar (R.G.B.M.)
LICENÇAS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE prescreve tudo quanto é relativo á vida interna da Força e de
seus Corpos e Serviços, estabelecendo normas gerais para a sua
Art. 259 - Estas inspeções prendem-se a concessão de licença administração e as atribuições e responsabilidades de cada posto
para tratamento de saúde. ou função, ressalvados aqueles que são definidos em
§ 1º - Em tais inspeções de saúde as juntas deverão declarar não regulamentos especiais.
somente a curabilidade da moléstia, afecção ou defeito físico, § 1º - Estão sujeitos ás suas disposições todos os militares em
mas também o tempo provável de duração do tratamento. serviço ativo, ou assemelhados e os funcionários civis.
§ 2º - Se o oficial inspecionado estiver em transito ou não as § 2º - Também está sujeito ás suas disposições, no que a ele se
juntas declararão se pode ou não viajar. referir expressamente, o pessoal inativo da Corporação.
§ 3º - As juntas poderão alvitrar ao Cmt Geral por intermédio do
chefe do S.S.V. a transferência de oficial doente que não possa Art. 2º - Somente ao Comandante Geral cabe resolver os casos
prestar temporariamente certos serviços para repartição de omissos ou duvidosos verificados na execução deste
atribuições compatíveis com o estado de saúde do oficial. Neste Regulamento.
caso o paciente deverá ser inspecionado anualmente. Parágrafo único - As modificações e esclarecimentos exigidos
§ 4º - Também por necessidade de saúde do oficial a junta na aplicação deste Regulamento, serão impressos em folhas
medica poderá alvitrar a transferência do mesmo para avulsas, com declaração do órgão oficial que os tiver publicado,
guarnições sediadas em localidade de clima apropriada. a fim de serem distribuídos aos Corpos de Tropas, Serviços,
Estabelecimentos e Repartições.
DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO II
Art. 260 - Os acadêmicos de medicina, a partir da 4ª série, DA BRIGADA MILITAR
poderão ser admitidos como internos nos hospitais mediante
indicação dos Diretores, por intermédio da Chefia do S.S.V. A) MISSÃO E CONSTITUIÇÃO
§ 1º - Será atribuída aos internos dos Hospitais, pelo Cmt Geral,
uma gratificação pró-labore. Art. 3º - A Brigada Militar, instituída para segurança interna e
manutenção da ordem no Estado e organiza com base na
Art. 261 - Os direitos e deveres dos internos serão definidos em hierarquia e na disciplina militar, é considerada Força Auxiliar e
instruções baixadas pelo chefe do S.S.V. com aprovação do Cmt Reserva do Exército Nacional, nos termos da Constituição
Geral. Federal (Art. 221 da Constituição do Estado), competindo-lhe:
a) Exercer as funções de vigilância e garantia da ordem pública,
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS a prevenção de incêndio e o combate ao fogo, na conformidade
das leis.
Art. 262 - Enquanto a I.B.C.M. não estiver perfeitamente b) Exercer outros encargos condignos que a lei lhe atribuir.
aparelhada para dar assistência médica hospitalar e odontológico c) Atender á convocação pelo Governo Federal, nos casos de
aos seus associados às famílias dos oficiais e praças poderão mobilização ou de guerra, de acordo com a legislação na União.
valer-se na forma definida em Leis e Regulamentos dos P.M.,
Gab Odontológico e Hospitais da Força. Art. 4º - A Brigada Militar, formada pelo alistamento de
brasileiros natos e naturalizados, é constituída de Comando,
Estado Maior, Serviços e Estabelecimentos e Tropa (Corpos de
26. DECRETO Nº. 68, DE 14 DE AGOSTO DE 1948. Infantaria e Cavalaria, semelhantes aos do Exército ); unidades
especiais, destinadas aos serviços que lhe forem cometidos por
lei e de tantos corpos de reserva quantos forem os da ativa.
Aprova o Regulamento Geral da Brigada § 1º - Os graduados especialistas serão recrutados dentre as
Militar. praças da Tropa, através dos respectivos Cursos de Formação.

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§ 2º - Os artífices serão igualmente recrutados entre as praças da existência autônoma, são denominadas ESTABELECIMENTOS
Tropa, mediante concurso ou prova de habilitação na MILITARES.
conformidade do respectivo regulamento. Parágrafo único - Os que não disponham de autonomia
administrativa, denominam-se repartições internas.
Art. 7º - O número de oficiais que constituem o quadro da
Brigada Militar, e os efetivos em praças, servirão de base ás TÍTULO I
dotações orçamentárias e serão fixadas anualmente, em lei CERIMÔNIAS E FORMALIDADES
especial, pelo Governo do Estado.
CAPÍTULO I
B) COMANDO E ADMINISTRAÇÃO BANDEIRAS

Art. 8º - A Brigada Militar obedecerá à chefia suprema do Art. 17 - Cada unidade terá sob sua guarda uma Bandeira
Governador do Estado, que a exerce por intermédio do Nacional, símbolo da Pátria, destinada a estimular, entre os que
Comandante Geral. se agrupam em torno dela, o elevado sentimento de sacrifício no
§ 1º - Quando, em face do dispositivo na primeira parte deste cumprimento do dever de cidadão e soldado.
artigo, a escolha não puder recair em nenhum dos oficias de Parágrafo único - A Bandeira do Corpo é guardada no
posto mais elevado do respectivo quadro, o cargo de Gabinete do Comandante, em armário de porta envidraçada.
Comandante Geral será provido por comissão ou promoção.
§ 2º - Excepcionalmente poderá ser atribuído, também em Art. 18 - Na guerra somente conduzirão Bandeira os
comissão, á oficial superior do serviço ativo do Exército. Regimentos e as unidades isoladas.
Parágrafo único - Os batalhões de Caçadores, quando reunidos
Art. 10 - O oficial de Exército, nomeado para comandar a em G.B.C., terão suas bandeiras reunidas sob uma mesma
Brigada Militar, será comissionado no posto mais elevado da guarda.
corporação, sempre que sua patente for inferior a esse posto, não
podendo, em nenhum caso, esse comissionamento abranger mais Art. 19 - Os corpos conduzirão sua bandeiras, em tempo de pás,
de um posto. em todas as solenidades e formaturas, salvo nas manobras em
Parágrafo único - O oficial do Exército comissionado no posto exércitos.
de coronel, para comandar a Brigada Militar, usará os mesmos § 1º - As guardas de honra e fúnebres, de efetivo não inferior a
uniformes e distintivos da Corporação. uma companhia ou esquadrão, conduzidos a Bandeira do corpo,
na forma prescrita no Regulamento de Continência (R.Cont.).
Art. 11 - Os Comissionamentos só serão permitidos § 2º - Os Corpos de efetivo inferior a batalhão ou regimento, só
transitoriamente, a título de exceção e nos casos previstos em usarão Bandeira nas guardas de honra e fúnebres, nas cerimônias
lei. de compromisso de recrutas e nas paradas.

Art. 12 - O Comando é função do posto e constitue uma Art. 20 - Possuirá, igualmente, cada unidade, estabelecimento
perrogativa impessoal, na qual se define e caracteriza o chefe. ou serviço, o Pavilhão Tricolor da República de Piratini, insígnia
oficial do Estado, para ser hasteado ao lado do Pavilhão
Art. 13 - A todos os postos de hierarquia militar competem Nacional, nos dias feriados estaduais.
atribuições de comando e administração. § 1º - Para o hasteamento do Pavilhão Tricolor, os quartéis e
§ 1º - Os graduados no comando de destacamentos terão edifícios da Força, possuirão mastros próprios, colocados á
também atribuições de comando e administração. esquerda do destinado ao Pavilhão Nacional.
§ 2º - Como Comandante, o chefe da tropa dá o seu exemplo de § 2º - O hasteamento do Pavilhão Tricolor será feito com as
caráter e de profissional consciencioso, preparando-a moral e continências prescritas no R.Cont. para o Pavilhão Nacional,
tecnicamente para o desempenho de sua missão e dirigindo-a com exceção do Hino Nacional, que será substituído pelo Hino
com clareza, acerto e segurança; como administrador, provê as Farroupilha.
necessidades materiais , estabelece e orienta as relações internas § 3º - O hasteamneto do Pavilhão Tricolor será feito após o do
e externas do órgão que dirige, assegurando-lhe a existência e a Pavilhão Nacional.
vida material. § 4º - O arriamento obedecerá ordem inversa.

C) CORPOS, SERVIÇOS E ESTABELECIMENTOS. Art. 21 - Os corpos que possuírem estandartes históricos,


legalmente autorizados, poderão conduzi-los nas condições
Art. 14 - Os elementos da tropa, reunidos de conformidade com estabelecidas para a Bandeira do corpo, sempre, porém, à
as disposições regulamentares de cada arma e organizados com esquerda desta.
os recursos indispensáveis á vida administrativa autônoma, Parágrafo único - Os estandartes serão guardados no gabinete
denominam-se Corpos e Tropa. do Comandante, juntamente com a Bandeira do Corpo.
Parágrafo único - Os elementos dos Serviços, organizados em
idênticas condições, denominam-se “Formações” e são CAPÍTULO II
considerados corpos de tropa para determinados efeitos HINOS E CANÇÕES
previstos em leis e regulamentos.
Art. 22 - As bandas de música militares somente executarão o
Art. 15 - Os Corpos de Tropa constituem-se de sub-unidades Hino Nacional nas condições estabelecidas no Regulamento de
incorporadas. Continências.
Parágrafo único - As sub-unidades incorporadas, quando
destacadas e dotadas de meios necessários á vida autônoma, são Art. 23 - O Hino Farroupilha será executado nos dias de feriado
igualmente consideradas Corpos de Tropas. estadual e em continência ao Governador do Estado, ao Poder
Legislativo quando incorporado e ao Poder Judiciário nas
Art. 16 - Os órgãos de provimento, fabricação, reparação, mesmas condições.
recuperação, depósito, tratamento e ensino, que disponham de

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Art. 24 - Todo o Corpo de Tropa terá seu cântico de guerra, Parágrafo único - Quando houver livro próprio ou ficha de
evocativo de ações heróicas nacionais ou estaduais. apresentação, aquelas declarações serão registradas
Parágrafo único - Estes cânticos serão entoados em atos de pessoalmente, acrescidas da residência, telefone e procedência.
grande solenidade, no interior do quartel.
Art. 33 - Quando o oficial for classificado ou transferido para
Art. 25 - Nas marchas, nos estacionamentos e no interior dos outra guarnição(Corpo, Repartição ou Estabelecimento),
quartéis, particularmente no regresso de solenidade externas, procederá da seguinte maneira:
poderão ser entoadas canções militares. a) Ao apresentar-se á autoridade competente, para
Parágrafo único - Em caso algum tais canções serão entoadas seguir,declarará sua provável chegada á localidade a que se
no centro da cidade. destina e quais as providências que deseja sejam tomadas para a
sua primeira instalação.
Art. 26 - Os cânticos de guerra e canções militares somente b) Ao receber essa declaração, aquela autoridade deverá
serão adotados com aprovação do Comandante Geral. transmiti-la ao novo Chefe do Oficial apresentado, pelo meio
mais rápido.
Art. 27 - Nas marchas de estrada, serão permitidas canções c) Este, recebia a comunicação, designará um oficial, no
populares, desde que não ofendam á moral nem encerrem crítica máximo do mesmo posto daquele, para recebê-lo no local da
pessoal, política ou religiosa. chegada, providenciando, se for o caso, sobre as acomodações
pedidas e prestando-lhe todo o auxílio decorrente do espírito de
CAPÍTULO III camaradagem e da boa educação.
APRESENTAÇÕES Parágrafo único - Tratando-se de praças, será feita, á
autoridade da guarnição do destino, a comunicação sobre o
Art. 28 - Todos os oficiais deverão apresentar-se ao embarque, para que sejam orientadas as providências que se
Comandante e Sub-Comandante do Corpo, ao Comandante de impuserem, por parte dos serviços de embarque e desembarque
sua sub-unidade e ao seu Chefe direto, a fim de cumprimenta- respectivos.
los, logo que estes cheguem ao quartel a primeira vez no dia; em
caso de impedimento momentâneo por motivo superior, falo-ão Art. 34 - Ao iniciar e terminar qualquer serviço, o militar se
tão logo lhes seja possível, declarando-lhes o motivo do apresentará à autoridade nomeante e a todas as outras
retardamento. subordinadas a este, que tenham ação de comando ou
ascendência funcional sobre ele.
Art. 29 - O oficial ao chegar a uma localidade, fará sua
apresentação pessoal dentro de 48 horas á autoridade mais Art. 35 - O militar designado para serviço extraordinário na
elevada da guarnição e a todas as outras de que tenha própria guarnição, se outra determinação não receber,
dependência funcional direta ou indireta, na ordem hierárquica apresentar-se-á, por via hierárquica, dentro de 48 horas, a contar
decrescente, do mesmo modo procederá e na ordem inversa, do momento em que tiver conhecimento da designação, ao
quando tenha que sair da guarnição. Cumprimentará o Prefeito, Comandante do Corpo e á autoridade sob cujas ordens deva
nos municípios onde não houver unidade da Força. ficar, deverá proceder na ordem inversa, uma vez terminado o
§ 1º - Aqueles que, estando em trânsito ou de passagem, tenham serviço.
de demorar-se mais de 48 horas em uma guarnição, ficam Parágrafo único - Semelhante situação não exonera do serviço
sujeitos ás prescrições do artigo anterior, salvo se permanecerem do corpo o oficial designando se não durante a execução do
a bordo. serviço extraordinário, salvo ordem expressa em contrário.
§ 2º - Tratando-se de militares de posto mais elevado que o da
maior autoridade da guarnição, a apresentação é substituída por Art. 36 - O militar nominalmente chamado por autoridade
uma comunicação, neste caso, esta autoridade, pessoalmente ou superior a de seu comandante direto e que tenha sobre ele
por intermédio de seu representante, apresentar-se-á àquele jurisdição funcional, a ela apresentar-se-á imediatamente e, na
militar. primeira oportunidade, participará o fato referido ao seu
comandante, relatando-lhe, também, a ordem que recebeu, salvo
Art. 30 - As praças, ao chegarem á localidade onde forem servir se for confidencial ou secreta, circunstância esta que será então
ou permanecer por mais de 24 horas, ressalvada a exceção do §1 declarada.
do artigo anterior, apresentar-se-ão, no dia da chegada, á sede da
unidade ou destacamento. CAPÍTULO IV
Parágrafo único - Quando forem recebidas pelo encarregado do SUBSTITUIÇÕES
Serviço de Embarque, este as fará apresentar ao quartel do corpo
que lhes tenha sido designado. Art. 38 - As passagens de comando, recepções e despedidas de
oficial se processarão de conformidade com as disposições e
Art. 31 - As apresentações de oficiais deverão ser feitas durante com as formalidades estabelecidas no R.Cont.
as horas de trabalho normal; nos casos de urgência entretanto,
podem realizar-se a qualquer hora. Art. 39 - Nas substituições temporárias não se realizarão as
Parágrafo único - Se, além da razão de urgência, houver formalidades de formatura da tropa e as apresentações dos
necessidade de entendimento pessoal direto com determinada oficiais, estabelecido no R.Cont. para as recepções e despedidas.
autoridade, pode a apresentação ser feita a qualquer hora do dia Parágrafo único - Sempre, porém, que um oficial do Corpo é
ou da noite e em qualquer lugar. promovido e assume o exercício da nova função ou da mesma
função em outra unidade, realizar-se-á a formalidade de
Art. 32 - O militar, ao apresentar-se em objeto de serviço, deve formatura da tropa.
declarar seu posto e nome e o motivo da apresentação, salvo
para os oficiais do corpo, no âmbito deste, e para as praças CAPÍTULO V
dentro das respectivas sub-unidades, quando basta mencionar o FERIADOS
motivo da apresentação.

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Art. 40 - Os dias feriados serão comemorados nos corpos, Art. 48 - As Bandeiras Nacionais julgadas inservíveis devem ser
repartições e estabelecimentos militares consoante as guardadas nos respectivos quartéis, para que, a 19 de Novembro,
disposições em vigor e as determinações dos respectivos se proceda cerimônia de sua incineração, caso não evoquem um
comandantes ou chefes e de acordo com o que preceituam este fato notável da vida do Corpo em virtude do qual devam
Regulamento e o R.Cont., comportando sempre a publicação, de permanecer como relíquia.
véspera, de um boletim alusivo á data. Parágrafo único - A incineração de que trata este artigo
Parágrafo único - São dias feriados, para os efeitos deste obedecerá as prescrições do Regulamento de Continências.
Regulamento, as grandes datas, os feriados e as datas festivas
consignadas no R.Cont. para hasteamento da Bandeira Nacional. B) DIA DA PÁTRIA

Art. 41 - Na Brigada Militar são consideradas, também, datas Art. 49 - O dia 7 de setembro é consagrado como o DIA DA
festivas o dia 21 de Abril, dias das Polícias Militares, o dia 20 de PÁTRIA.
Setembro, data consagrada á comemoração da Revolução Parágrafo único - As festividades e solenidade realizadas nesse
Farroupilha e o dia 18 de Novembro, aniversário da organização dia terão caráter eminentemente nacional.
da Força.
Art. 50 - As comemorações do Dia da Pátria podem iniciar-se
Art. 42 - Nos dias feriados, como aos domingos, não haverá em dias anteriores, os quais, com aquele, constituem a “Semana
expediente, nem instrução; funcionarão, porém, normalmente, da Pátria”, que compreenderá uma série de solenidades,
todos os serviços internos e externos e os demais trabalhos inclusive palestras relativas ao fato histórico da proclamação da
diários regulamentares. nossa Independência Política e ao desenvolvimento do Brasil.

CAPÍTULO VI C) DIA DO SOLDADO


FESTAS MILITARES
Art. 51 - O dia 25 de agosto, data em que se comemora o
Art. 43 - Festas militares são todas as comemorações festivas de nascimento do maior soldado brasileiro - O DUQUE DE
fatos nacionais ou relativos á vida do corpo, destinadas á CAXIAS - é consagrado o como o DIA DO SOLDADO e será
exaltação do patriotismo, ao desenvolvimento do espírito cívico festivamente comemorado em todos os corpos, estabelecimentos
e ao revigoramento do espírito de camaradagem e do amor á e repartições militares.
Brigada Militar.
D) DIA 20 DE SETEMBRO
Art. 44 - As festas militares realizar-se-ão segundo programas
estabelecidos pelo Comando do Corpo, aprovados, em princípio, Art. 52 - O dia 20 de Setembro é consagrado á comemoração da
pela autoridade imediatamente superior, e compreenderão proclamação da República Riograndense.
principalmente:
a) Uma parte recreativa, constituída de provas de hipismo, tiro, E) DIA DAS POLÍCIAS MILITARES
esgrima, atletismo, jogos esportivos e outros de natureza militar.
b) Uma parte ilustrativa, constituída de conferências ou palestras Art. 53 - O dia 21 de Abril, instituído como o Dia das Polícias
em que se relembrem não só a data comemorada, como outros Militares em homenagem ao Alferes José da Silva Xavier-
fatos notáveis da história nacional, especialmente os que se Tiradentes - o grande vulto da Inconfidência Mineira, será
relacionarem com os grandes feitos da nossa história militar. festiva e solenemente comemorado em todos os corpos,
§1º - Estas festas poderão comportar ainda: estabelecimentos e repartições militares ou em conjunto por toda
a) Formatura do Corpo ou de um de seus elementos. a Força, segundo o programa do Comandante Geral.
b) Reuniões internas de caráter social, ás quais poderão
comparecer elementos civis. CAPÍTULO VII
§ 2º - As comemorações de glórias e feitos militares devem ter CORRESPONDÊNCIA
caráter estritamente nacional, evitando-se manifestações que
possam ferir suscetibilidades patrióticas de representantes Art. 54 - A correspondência oficial abrange duas classes
estrangeiros, máxime quando tais representantes a elas distintas:
comparecerem. a) Correspondência sigilosa
b) Correspondência ordinária
Art. 45 - Nas festas militares devem ser rigorosamente §1º - A correspondência sigilosa é aquela que, pela sua natureza,
observados os princípios de sobriedade e temperança, evitando- não deve ser divulgada. Segundo a qualidade do assunto e
se os exageros sempre nocivos e incompatíveis com a conduta quanto á extensão do meio em que pode circular, será
militar. classificada pela autoridade que a expedir em:
1- Confidencial - aquela que, dizendo respeito á informação de
Art. 46 - Em dias anteriores, ás datas que devam ser caráter pessoal, cujo conhecimento deve ficar quanto possível
comemoradas, serão feitas, nas sub-unidades, dissertações sobre restrito, pode ser lida, na ausência do seu destinatário, por quem
o fato histórico de modo a preparar o espírito do soldado para o esteja substituindo.
bem compreender o sentido da comemoração. 2- Secreta - aquela que se refere exclusivamente á documento ou
informação que exija absoluto sigilo e cuja divulgação possa
A) DIA DA BANDEIRA comprometer a segurança, a integridade do Estado ou as
relações internacionais; também, na ausência do destinatário,
Art. 47 - Todos os corpos, estabelecimentos e repartições pode ser lida por quem o substitua.
militares festejarão, no dia 19 de Novembro, o aniversário da 3- Pessoal - Secreta- aquela que só pode ser lida pela pessoa a
adoção da Bandeira Nacional, com solenidade de caráter quem for dirigida.
essencialmente militar, sendo observado, além dos preceitos 4- Reservada - aquela cujo sigilo é restrito ou transitório. Pode
gerais sobre as festas militares, o cerimonial estabelecido no ser conhecida por todos os oficiais da ativa, sem divulgação,
R.Cont. porém, fora dos círculos militares.

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§ 2º - Ordinária ou ostensiva- é aquela que não estiver documentos anexados, de conformidade com o disposto no n°9
compreendida nas categorias anteriores e cujo conhecimento não acima, sendo inutilizadas previamente outra numeração nelas
prejudique a administração, não sendo, entretanto, permitida a existentes.
sua publicação além da imprensa oficial, salvo quando
autorizada. Art. 57 - Na correspondência telegráfica ou rádio-telegráfica,
§ 3º - Não deverão ser empregadas expressões não consignadas será observado:
neste Regulamento. 1- O endereço, escrito por extenso, será constituído unicamente
pela função do destinatário e local em que este se acha, salvo na
Art. 55 - Na troca de correspondência sigilosa será respeitado o correspondência de caráter pessoal, em que é indispensável
seu caráter inicial. também o nome.
§ 1º - A remessa de correspondência sigilosa far-se-á em duplas EXEMPLO:
sobre-cartas opacas. A interna será lacrada e conterá a indicação Cmt. Geral Brigada Militar- Porto Alegre
sobre a natureza da correspondência; na externa será apenas Chefe E.M. Brigada Militar- Porto Alegre
mencionada a direção e o indicativo numérico para os 2- O texto começado pelo número de ordem que os telegramas
protocolos. Quando trasite pelo Correio sê-lo-á sempre como ou rádio-telegramas devem receber dentro de cada ano, a partir
correspondência registrada. de 1° de janeiro; se for resposta indicará logo a seguir o número
§ 2º - Os documentos sigilosos serão acompanhados de fichas ou correspondente do telegrama que a provocou.
de recibos que o destinatário firmará e devolverá á autoridade EXEMPLO:
expedidora. N°10- Resposta vosso 8...
3- Serão evitadas palavras que não sejam indispensáveis á
Art. 56 - Na Correspondência oficial será observado o seguinte: compreensão indubitável do despacho, bem como as fórmulas
1- Os documentos sigilosos bem como os seus invólucros, de mera cortesia.
devem trazer, em cada página, em lugar bem visível, como EXEMPLO:
caracteres grandes a tinta vermelha, a designação Tenente Coronel Fulano segui essa cidade inspecionar
correspondente; serão catalogados pelos comandantes de corpos destacamento.
e chefes de repartições, e estabelecimentos e pelo Chefe do 4- A assinatura constará do posto e nome pelo qual é geralmente
Estado Maior, no Quartel General. conhecida a autoridade, seguida da função que estiver
2- Quando esses documentos devam ser incinerados, essa exercendo.
operação será executada na presença do responsável e de mais EXEMPLO:
dois oficiais qualificados, comunicando o destinatário sua Chefe E.M.- Brigada Militar- Porto Alegre- n°5- Peço remeter
execução á autoridade competente. informações conduta sargento J.F.- Ten. Cel. Fulano- Cmt. 1°
3- O trânsito da correspondência obedecerá rigorosamente á R.C..
ordem hierárquica das autoridades, salvo nos casos de execução 5- A pontuação obedecerá ás convenções telegráficas:
á autoridade competente. Vg.- vírgula;
4- Nenhum documento será encaminhado por uma autoridade Pt.- ponto;
sem que esta o informe convenientemente, de acordo com as leis PtVg.- ponto e vírgula;
e regulamento em vigor, fundamentado francamente sua Intg.- Interrogação;
opinião, a menos que o documento por sua natureza não o Etc..
comporte, ou se trate de conduta de superior, ou ainda não 6- A correspondência telegráfica só será usada em casos de
hajam elementos para informação, como nos casos de simples emergência ou quando á natureza do serviço não convier a
remessa ou restituição. correspondência postal.
5- As informações devem ser claras, precisas, consisas e
completas, redigidas em linguagem corrente, destacando-se o Art. 58 - A correspondência oficial em uso no serviço interno
que for essencial, sem preâmbulos ou fórmulas de pura cortesia, dos corpos compreende:
dispensáveis no serviço interno da Força. 1- Parte- meio pelo qual, verbalmente ou por escrito, leva-se ao
6- No âmbito do corpo a correspondência escrita conterá no conhecimento da autoridade superior um fato qualquer de
endereço somente o posto e o cargo da autoridade a quem for serviço.
dirigida; será feita sob a forma de memorando, em papel de 12 x 2- Indicação- documento por meio do qual um chefe
20 cts., com uma margem de 3 x 20. subordinado indica ao seu superior as pessoas em condições de
7- A correspondência destinada a transitar fora do corpo será exercerem cargos ou desempenharem comissões.
feita em papel de formato regulamentar, restringindo-se o 3- Proposta- documento por meio do qual o chefe propõe á
endereço apenas ao cargo da autoridade a quem é dirigida e será autoridade competente uma pessoa para determinada missão ou
organizada de modo que as diversas informações, despachos e cargo, ou alvitra um processo para melhor execução de
encaminhamentos sejam lançados sucessivamente, na ordem determinado serviço.
cronológica e nunca em folhas anteriores. 4- Consulta- documento em que se pede á autoridade a
8- Quando se tratar de correspondência pessoal-secreta, além do verdadeira interpretação de um texto ou disposição regulamentar
posto e cargo será mencionado o nome da autoridade a quem se ou esclarecimentos para o desempenho de certos serviços. Numa
destina. consulta, além do motivo que a determinou, deverá o consulente
9- Todas as folhas de um documento serão numeradas dar e justificar a sua opinião a respeito da conveniente
seguidamente e rubricadas no canto direito superior pela interpretação ou modo de desempenhar o serviço, sem o que não
autoridade que o expedir; as autoridades que abrirem novas poderá o documento em apreço ter andamento.
folhas deverão prosseguir a numeração, e autenticar as folhas 5- Requerimento- documento em que o signatário pede á
que anexarem, apondo sempre a rubrica do número autoridade superior uma concessão ou reconhecimento de um
correspondente á folha, ressalvadas as disposições a respeito de direito.
outras leis ou regulamentos. 6- Sugestão- documento em que uma autoridade presta a outra
10- No caso de serem anexados documentos especiais ao corpo um esclarecimento solicitado ou necessário.
de um processo, esta anexação deve ser feita com a declaração 7- Informação- documento em que uma autoridade presta a outra
de juntada, constando o número de folhas que as constitui; a um esclarecimento solicitado ou necessário.
numeração das folhas do processo será seguida nas folhas dos

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8- Remessa ou restituição- todo encaminhamento que dispensa Parágrafo único - A reclamação só é permitida ao inferior
qualquer informação ou esclarecimento. depois de ter obedecido, podendo, entretanto, pedir
9- Nenhum documento deverá demorar numa repartição tempo esclarecimentos, quando a ordem lhe parecer abscura.
superior a 48 horas, e, se tal acontecer, será justificado no
próprio documento, ressalvados os que exijam processos que Art. 66 - O interesse do serviço exige uma disciplina ao mesmo
importem em pesquisas em arquivos, etc. tempo forte, esclarecida e digna. Os rigores desnecessários, as
palavras, gestos ou atos ofensivos; as punições autorizadas em
CAPÍTULO VIII leis e regulamentos ou aplicadas em caso de manifesta
ABREVIATURAS ignorância (por falta de ensino); as exigências que ultrapassam
as necessidades ou conveniências do serviço, são absolutamente
Art. 59 - As abreviaturas destinam-se á simplificação de proibidos.
palavras e expressões correntes em linguagem militar,
notadamente no que concerne á órgãos, corpos Art. 67 - O superior, como guia mais experiente, é obrigado a
estabelecimentos, regulamentos e funções. tratar os subordinados em geral com urbanidade, e os recrutas,
Parágrafo único - As abreviaturas devem ser empregadas com a benevolência, interesse e consideração a que fazem jús os
somente entre militares. Não serão usadas na correspondência cidadãos entregues ao serviço militar, para a defesa da Pátria. O
dirigida ao Comandante Geral ou autoridade que lhe seja subordinado, por sua vez, não deve hesitar nem mostrar o
superior. mínimo constrangimento em dar ao superior as provas de
respeito e estima estabelecidos nos regulamentos e usadas entre
Art. 60 - Só é permitido o emprego de abreviaturas pessoas bem educadas.
regulamentares; em caso de dúvida, será usada a linguagem
corrente por extenso. Art. 68 - É indispensável que a subordinação seja mantida
rigorosamente em todos os graus da hierarquia militar, tendo-se
CAPÍTULO IX em vista que:
GALERIA DE RETRATOS a) em igualdade de posto ou graduação, é considerado superior
aquele que contar maior antiguidade num ou outro, salvo casos
Art. 61 - Em todos os corpos e serviços serão organizados, especiais, previstos nas leis ou regulamentos;
como homenagem, galerias de retratos em que figurarão os b) quando a antiguidade for a mesma, prevalece a do posto ou
vultos notáveis da nossa história militar e política, os graduação anterior e assim por diante até o maior tempo de
Comandantes Gerais da Brigada Militar e os ex-comandantes praça, e por fim de idade.
efetivos do corpo ou serviço.
§ 1º - A galeria dos vultos da nossa história será instalada no Art. 69 - Mesmo não se tratando de objeto de serviço, deve o
Salão Nobre ou na Sala de Recepção. militar obediência aos seus superiores, competindo a estes,
§ 2º - No Gabinete do Comandante ou Chefe de Serviço deverão entretanto, em tal situação, evitar a prática de atos que possam
figurar os retratos do Presidente da República, do Governador prejudicar o cumprimento de deveres ou o desempenho de
do Estado e o do Comandante Geral em exercício, sendo aí funções a que estejam adstritos os subordinados.
instalada a galeria dos retratos dos ex-comandantes do corpo ou
chefes de Serviço. Art. 70 - As demonstrações de respeito, consideração e estima,
§ 3º - Na Biblioteca do Corpo ou Serviço deve ser instalada a obrigatórias entre os militares brasileiros, são extensivas aos
galeria dos ex-Presidentes da República, ex-Governadores do seus camaradas estrangeiros.
Estado e ex-Comandantes Gerais.
§ 4º - No caso do Corpo ou Serviço não possuir os locais CAPÍTULO II
citados, o respectivo Comandante ou Chefe fará colocar os DOS COMPROMISSOS
locais citados, o respectivo Comandante ou Chefe fará colocar
os retratos nos locais que julgar apropriados. Art. 71 - Dentro de oito dias após a publicação no boletim do
corpo da promoção ao primeiro posto, o oficial prestará, perante
Art. 62 - A inauguração dos retratos, nas diversas galerias, a unidade de tropa onde servir e de acordo com o cerimonial
constituíra ato solene, feita sempre em datas nacionais ou prescrito pelo R. Cont., o seguinte compromisso:
festivas, devendo constar do boletim interno, para ser transcrito “PERANTE A BANDEIRA DO BRASIL E PELA MINHA
no histórico do corpo. HONRA, PROMETO CUMPRIR OS DEVERES DE
Parágrafo único - Os retratos dos ex-comandantes devem ser OFICIAL DA BRIGADA MILITAR E DEDICAR-ME
inaugurados pelos comandantes que os sucederem. INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA”.
Parágrafo único - Se o promovido estiver fora da tropa ou
Art. 63 - Nos Gabinetes dos Comandantes de sub-unidades, pertencer aos serviços, este compromisso será prestado no
poderão figurar os retratos dos ex-comandantes efetivos Gabinete do Diretor ou Chefe do Estabelecimento e assistido
respectivos. por todos os oficiais ali servindo, revestindo-se a solenidade das
mesmas exigências e formalidades ao artigo anterior.
Art. 64 - Os quadros deverão ser padronizados, em moldura
simples, com a fotografia em cor natural. Art. 72 - O compromisso dos aspirantes a oficial realizar-se-á de
acordo com o que prescreve o R.C.F.Q.
TÍTULO II
Art. 73 - No dia 19 de novembro, as praças que tiverem se
CAPÍTULO I afastado no transcurso do ano prestarão o seguinte
PRINCÍPIOS GERAIS DE SUBORDINAÇÃO compromisso:
“ALISTANDO-SE SOLDADO NA BRIGADA MILITAR
Art. 65 - As ordens devem ser cumpridas sem hesitação, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROMETO
abstraindo-se o executante de qualquer opinião pessoal em REGULAR MINHA CONDUTA PELOS PRECEITOS DA
contrário, por isso que a autoridade de quem emanam assume MORAL, VENERAR MEUS SUPERIORES
inteira responsabilidade pela sua execução e conseqüências. HIERÁRQUICOS, TRATAR COM AFETO MEUS

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COMPANHEIROS DARMAS E COM BONDADE OS Comandante Geral, me formatura de toda a Tropa ou formação,
QUE VENHAM A SER MEUS SUBORDINADOS, observando-se as disposições deste Regulamento nos demais
CUMPRIR RIGOROSAMENTE AO SERVIÇO DA casos.
PÁTRIA E DE MEU ESTADO, CUJAS INSTITUIÇÕES,
INTEGRIDADE E HONRA DEFENDER ATÉ COM Art. 82 - O cerimonial da entrega obedecerá ás seguintes
SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA” formalidades :
Parágrafo único - Na capital, a solenidade deste compromisso 1- A bandeira coloca-se a vinte passos á frente da formatura, na
será regulada pelo Comandante Geral e, no interior, pelos altura do centro, e todos os possuidores de medalhas ou
comandantes de corpos. passadores iguais formam em uma ou mais fileiras, entre a
Bandeira e a Tropa, voltados para aquela, os oficiais á direita e
CAPÍTULO III todos por ordem de graduação.
DAS MEDALHAS 2- Aquele a quem competir a entrega chama o recipiendário, que
toma a posição á sua esquerda e, após o toque de sentido
Art. 74 - Aos oficiais e praças é lícito o uso de medalhas e ordenado pelo Comandante da Tropa, procede a leitura do
passadores, criados pelo Governo da União ou do Estado, em diploma ou pronuncia em voz alta a fórmula consagrada e
recompensa de bons serviços militares, humanitários e outros, coloca-lhe a medalha no peito.
com que forem distinguidos, depois de publicada em boletim da 3- Em seguida todos voltam a sues lugares, salvo o agraciado
Brigada Militar a apresentação do respectivo diploma e que assistirá o desfile da Tropa ao lado da autoridade que lhe
consignada a alteração nos assentamentos dos interessados. entregou a medalha, um passo á sua esquerda.
4- Nas repartições ou estabelecimento sem tropa, a entrega da
Art. 75 - Além do direito adquirido por outras recompensas, o medalha é feita na presença de todo o pessoal, observando-se as
oficial ou praça sem nota que desabone sua conduta civil ou prescrições aplicáveis dos números anteriores.
militar, será agraciado com uma medalha de bons serviços
militares, com passador indicativo dos anos de serviço passados Art. 83 - A entrega das medalhas será realizada sempre num dia
nas fileiras. feriado nacional ou uma data assinada na história do Rio Grande
do Sul ou da própria Força.
Art. 76 - A medalha será de bronze para oficial ou praça que se
tenha distinguido por serviço extraordinário á ordem pública, ou Art. 84 - A entrega do “Prêmio General Osório”, estabelecido
por ação militar, além dos que tenham feito jús á recompensa no R.C.F.Q., obedecerá os preceitos estabelecidos para tal e será
pelo seu tempo de serviço. feito em formatura no C.I.M.

Art. 77 - Os passadores serão adicionados á medalha, que será CAPÍTULO IV


de bronze para o oficial ou praça que contar mais de dez anos de RECEPÇÃO DE OFICIAIS
serviço; de prata, para os que contarem mais de vinte anos e de
ouro para os que contarem mais de trinta. A) NOS CORPOS
Parágrafo único - Estes passadores serão usados sobre a
medalha, na ordem ascendente, na proporção que forem Art. 85 - Os oficiais incluídos em qualquer Corpo são recebidos
conferidos, consignados em cada um o número de anos de com as formalidades especificadas no presente capítulo, sem
serviço e a data do diploma. prejuízo do serviço e da instrução.

Art. 78 - Os modelos de medalhas, passadores e respectivos B) COMANDANTE DO CORPO


diplomas serão decretadas pelo Governo do Estado; é conferida
a distinção á vista da fé de ofício ou certidão de assentamentos Art. 86 - O novo comandante avisará com antecedência nunca
do interessado que tenha requerido e de informações das inferior a 24 horas (salvo caso de urgência) o dia e a hora em
autoridades competentes, ouvida a Comissão de Promoções. que pretende assumir o comando, cuja passagem obedece o
Parágrafo único - Organizado o processo e com o parecer da seguinte :
Comissão de Promoções, será o mesmo remetido á Corte de 1- Ao aproximar-se o novo comandante o antigo, á frente do
Apelação, que o julgará em última instância, encaminhando-o, Corpo formado, presta-lhe a devida continência, vindo em
em seguida, ao Governo do Estado para ser decretada a seguida ao seu encontro, e, ambos com as espadas perfiladas, o
concessão. primeiro á esquerda do segundo, colocam-se á frente da Tropa,
voltados para ela.
Art. 79 - O uso das medalhas e passadores é obrigatório nos atos 2- O comandante a ser substituído diz, então, em voz alta e
solenes e nas apresentações. clara, de modo a ser ouvido pela Tropa – “Entrego o comando
Parágrafo único - Fora dos acasos previstos acima o militar do (designa o corpo) ao Senhor (Posto e nome) e aquele, da
usará somente passadores. mesma maneira – “ Assumo o comando do (Designa o Corpo).
Findo o que, voltando-se um para o outro, apresentam espadas e
Art. 80 - A medalha é propriedade do militar a quem for as embainham.
conferida e será fornecida pela Força. 3- O oficial substituído acompanha o novo comandante na
revista que este, em seguida, passará á Tropa, dando as
Art. 81 - As medalhas e passadores serão entregues aos informações que lhe forem pedidas.
agraciados em formatura de todo o corpo, ordenada 4- A ordem do novo comandante, a Força recolhe-se e debanda.
especialmente para isso, e pelo mais graduado dos oficiais 5- Dirigem-se ambos para o gabinete do comandante, onde o
presentes portador de medalha e passador idêntico. substituído apresenta ao substituto, individualmente, os oficiais,
§ 1º - Se não houver no corpo oficial nessas condições, a e o Ajudante procede a leitura do Boletim da entrega.
cerimônia da entrega será feita por oficial de outro corpo, 6- O novo comandante e toda a oficialidade acompanha o antigo
mediante solicitação prévia do comandante á autoridade comandante á saída deste, até o portão do quartel.
superior.
§ 2º - O primeiro oficial agraciado com medalha em cada Art. 87 - Quando o novo comandante for mais moderno ou
unidade, serviço ou estabelecimento, a receberá das mãos do menos graduado que o antigo, o Corpo forma sob o comando do

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sub-comandante. O substituído recebe no seu gabinete o Art. 96 - A retirada dos oficiais que forem excluídos do estado
substituto e juntos se dirigem a frente da Tropa, que lhes efetivo do corpo ou de serviço, salvo caso de urgência, será feita
prestará a continência, procedendo, daí por diante, como ficou com formalidade idênticas ás de recepção, havendo formatura
prescrito. para a passagem de seus comandos, se for o caso, e despedida
aos oficiais no Gabinete do Sub-Comandante. Tratando-se de
C) SUB-COMANDANTE E FISCAL ADMINISTRATIVO Sub-Comandante, a despedida será feita perante o comandante e
no Gabinete desta autoridade. A despedida do comandante será
Art. 88 - Apresenta-se ao Comandante do Corpo, em seu como prescreve o artigo 86, ns. 5 e 6.
gabinete, e este, aí, faz a apresentação individual de todos os
oficiais. CAPÍTULO VI
DAS RECOMPENSAS
D) AJUDANTE
Art. 97 - A distribuição de recompensa deve ser presidida
Art. 89 - Apresenta-se ao Comandante e Sub-Comandante do invariavelmente pela maior retidão, o mais sereno e imparcial
Corpo e este o apresenta aos demais oficiais, reunidos para esse julgamento, por quanto a sua concessão importa no
fim em seu gabinete; em seguida, o antecessor acompanha o reconhecimento de caráter excepcional no serviço ou ação que a
substituto até ao alojamento da sub-unidade extra-numerária, determinou. É indispensável, portanto, para que não se tornem
onde lhe faz a apresentação do respectivo pessoal e a entrega banais ou graciosas, que o máximo escrúpulo seja observado nas
dos serviços pelos quais é imediatamente responsável nos concessões, as quais só serão feitas por motivos minuciosamente
próprios locais em que funcionam. declarados.

E) OUTROS OFICIAIS DO ESTADO MAIOR Art. 98 - As recompensas militares são: Promoção, as vantagens
inerentes á inatividade transitória ou definitiva; as medalhas de
Art. 90 - Apresentam-se ao Comandante do Corpo e ao Sub- bons serviços de campanha e outras; o louvor verbal, público ou
Comandante e este, no próprio gabinete, apresenta-os aos particular; o louvor escrito, público ou particular; as da revista e
demais oficiais reunidos para esse fim; dirigem-se, em seguida, as dispensas de pernoite.
para os locais em que funcionam os respectivos serviços, cuja § 1º - Toda a recompensa será publicada em boletim e constará
entrega lhes será feita imediatamente. soa assentamentos, exceto nos seguintes casos: louvor verbal,
louvor escrito particular, dispensa de revista e de pernoite.
F) CAPITÃES COMANDANTES DE SUB-UNIDADES § 2º - A promoção, as vantagens inerentes á inatividade e as
medalhas serão concedidas de acordo com a legislação vigente
Art. 91 - Depois de se apresentarem ao Comandante do Corpo e no momento, levando-se, porém, em conta, a situação do
ao Sub-Comandante, que os apresentará á oficialidade reunida interessado na ocasião em que tiver feito jus á recompensa.
para esse fim no respectivo gabinete, recebem de seu antecessor § 3º - As recompensas não incluídas no parágrafo precedente
o comando da sub-unidade com as formalidades do artigo 85 serão concedidas pelas autoridades previstas no artigo 99 e
(Comandante do Corpo) que forem aplicáveis. constituem:
Parágrafo único - A passagem do comando faz-se na presença 1- Louvor verbal particular – quando dele toma conhecimento
do sub-comandante. somente o interessado ou este e um número limitado de pessoas
escolhidas pela autoridade.
G) SUBALTERNOS E ASPIRANTES 2- Louvor verbal público – quando feito em formatura
especialmente convocada para tal fim.
Art. 92 - Depois de satisfeitas as exigências do artigo anterior, 3- Louvor escrito público – quando consta do boletim do dia.
apresentam-se ao comandante da sub-unidade para que foram 4- Louvor escrito particular – quando a autoridade se limita a
designados, que os apresentarão á fração de comando respectivo. dirigir ao subordinado um documento escrito que constitui a
recompensa, podendo, ainda, convidar limitado número de
H) NOS SERVIÇOS pessoas para ter conhecimento oficial da mesma.
5- Dispensa total do serviço – quando isenta de todos os
Art. 93 - Os Chefes de Serviços, depois de feita a apresentação trabalhos de quartel, inclusive a instrução.
ao Comandante Geral, dirigem-se para a sede do respectivo 6- Dispensa parcial do serviço – quando isenta de alguns
Serviço, onde nele servirem, prestando-lhe, também, todas as trabalhos somente, claramente especificados na concessão.
informações que se fizerem necessárias. 7- Dispensa de revista e de pernoite – quando não
compreenderem isenção do comparecimento ao primeiro serviço
Art. 94 - Os demais oficiais, feitas as apresentações diário e instrução no dia seguinte.
regulamentares, são apresentados pelo Chefe do Serviço ao da § 4º - Nas recompensas aos que, no decurso dos últimos seis
Secção para que forem designados. meses, houverem sido punidos com pena disciplinar superior a
10 dias de detenção, se levará em conta essa circunstância, á
Art. 95 - Os oficiais que, por força dos cargos que exercem, critério da autoridade que conceder a recompensa.
tiverem sob sua responsabilidade objetos de uso corrente,
pertencentes á Nação ou a outrem, fazem entrega dos mesmos Art. 99 - A concessão de recompensas é função do cargo e não
aos seus substitutos, no prazo máximo de 48 horas. do posto, sendo competente para faze-la:
Parágrafo único - Aqueles que, além dos objetos aludidos, a) O Governador do Estado – promoção, reforma, medalhas de
tiverem depósitos a seu cargo, farão entrega de tudo no prazo bons serviços de campanha e outros, mediante proposta do
que for arbitrado pelo comandante do corpo ou chefe do serviço. Comandante Geral, e louvor.
b) O Comandante Geral da Brigada – promoção de praças,
CAPÍTULO V dispensa do serviço até 30 dias e louvor.
DESPEDIDAS DE OFICIAIS c) Os Comandantes de Corpos e Chefes de Serviços – dispensa
do serviço até 10 dias, dispensa da revista do recolher, dispensa
do pernoite ao quartel, as duas últimas até 20 dias consecutivos,
e louvor.

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§ 1º - A competência de que trata o presente artigo não vai além Art. 104 - Ao Comandante Geral compete, além de outros
dos subordinados que se acham inteiramente sob a jurisdição da deveres e atribuições de que tratam este artigo e os demais
autoridade que concede a recompensa, sendo preciso, quando a regulamentos:
jurisdição for parcial, que esta se faça somente quanto á 1- Receber do Governador do Estado instruções e ordens sobre o
dispensa do serviço. serviço e corresponder-se diretamente com o Secretário do
§ 2º - As recompensas da competência de uma autoridade têm Interior no que for concernente ao expediente administrativo da
limite inferior a mais elevada recompensa da alçada da Brigada Militar.
autoridade imediatamente inferior e, por isso, quando uma 2- Observar cuidadosamente a conduta de seus comandantes,
autoridade tiver que atribuir recompensas compreendida na verificando se cumprem fielmente seus deveres e, em caso
alçada da autoridade subordinada, determinará a esta que o faça, contrário, compeli-los a isso.
dentro das próprias atribuições, a fim de que o ato não tenha 3- Providenciar, de modo a serem atendidas com a maior
curso mais amplo que o necessário. presteza, sobre as requisições de força feitas pelo Chefe de
Polícia ou seus delegados, para a manutenção da ordem ou
Art. 100 - Quaisquer das autoridades mencionadas no artigo 99, outras finalidades legais.
podem modificar as recompensas que forem concedidas pelos 4- Visitar freqüentemente os quartéis e repartições,
seus subordinados, ampliando-as, restringindo-as ou mesmo inspecionando os serviços e escrituração respectiva.
anulando-as, 48 horas depois de ter delas conhecimento, se 5- Punir, dentro dos limites do Regulamento Disciplinar, os
julgar que não correspondem á importância dos fatos que lhes oficiais e praças pelas faltas disciplinares que forem submetidas
deram motivos, publicando, em boletim, as razões á sua autoridade.
correspondentes. 6- Mandar excluir os oficiais que desertarem.
Parágrafo único - Quando chegar ao conhecimento de uma 7- Nomear quem deva substituir os oficiais que não tiverem
autoridade ato meritório de subordinado seu, cuja recompensa substituto regulamentar.
julgue deva ser superior ás de sua alçada, dará dele ciência á 8- Encaminhar ao Governador do Estado, na época devida, os
autoridade imediatamente superior. quadros de acesso para as promoções de oficiais, organizados
pela Comissão de Promoções, bem como o de sub-tenentes.
Art. 101 - A dispensa total do serviço pode ser gozada fora da 9- Propor ao Governador do Estado as transferências e
guarnição em que servir o militar, ficando, porém, a sua classificações de oficiais superiores e capitães.
concessão, quando feita pelos comandantes de corpos e 10- Transferir e classificar os oficiais subalternos, subtenentes e
autoridades de categoria menos elevada, subordinada ás mesmas praças em geral.
regras da concessão de férias. 11- Mandar publicar em boletim as quantias entradas para a
Parágrafo único - Esta dispensa, bem como o seu gozo fora da Caixa da Brigada, bem como os dias de reunião do Conselho
guarnição, pode ser cassada por exigências do serviço ou outro Geral de Administração e qualquer outro fato que, não tendo
qualquer motivo de interessante geral, a juízo do comandante do caráter reservado, possa contribuir para a regularidade dos
corpo ou autoridade superior, sendo, por isso, indispensável que serviços em geral.
o interessado deixe declarado no próprio corpo o lugar onde 12- Autorizar as despesas urgentes e as que devam ser efetuadas
pretende gozar a dispensa. pela Caixa da Brigada.
13- Fazer constar em boletim a importância das multas impostas
Art. 102 - Conquanto sejam considerada recompensas as aos fornecedores.
dispensas de serviço, de revista e de pernoite, podem ser 14- Mandar incluir os civis ou ex-praças que pretenderem servir
concedidas sem esse caráter, por indicação médica ou motivo de na Força, observadas as disposições regulamentares.
força maior, plenamente justificado em boletim, mas por prazo 15- Autorizar os engajamentos ou reengajamentos das praças, de
nunca maior de 8 dias e somente pelo Comandante do Corpo. acordo com as disposições em vigor.
§ 1º - Salvo motivo de força maior imprescindível não se 16- Contratar ou admitir o pessoal necessário a serviços
concedera dispensa da instrução aos recrutas e, durante o especializados e para os quais a Corporação não disponha de
período de manobras, ninguém se concedera dispensa do elementos competentes; rescindir ou anular contratos.
serviço. 17- Apresentar ao Governador do Estado os oficiais promovidos
§ 2º - As dispensas de revista e de pernoite podem ser incluídas que estejam na Capital.
em uma mesma concessão. Estas dispensas não justificam a 18- Despachar os pedidos extraordinários feitos pelas unidades e
ausência do interessado no serviço ordinário e instrução a que repartições, autorizando ou não os fornecimentos.
deva comparecer no dia seguinte, devendo-se estabelecer 19- Presidir as reuniões do Conselho Geral de Administração.
claramente a hora em que deve ele apresentar-se. 20- Apresentar, anualmente e dentro do prazo fixado, ao
§ 3º - A dispensa do serviço é regulada por dias de 24 horas, Governador do Estado relatório circunstanciado de todas as
contadas de boletim a boletim, ou da hora em que o interessado ocorrências havidas na Força no ano anterior.
começou a goza-la, quando isso for expressamente declarado. 21- Mandar excluir da Força:
§ 4º - Em épocas anormais, não haverá dispensa de revista e a) as praças que, em casos especiais e por motivo plenamente
nem de pernoite. justificado, solicitem exclusão, indenização á Fazenda Estadual
do que estiverem a dever-lhe;
TÍTULO III b) as praças que forem reclamadas como desertoras do Exército,
ATRIBUIÇÕES INERENTES A CADA POSTO OU da Armada, da Aeronáutica e das Forças Policiais Militares da
FUNÇÃO NO QUARTEL GENERAL União e dos Estados, as quais serão postas á disposição da
autoridade reclamante;
CAPÍTULO I c) os indivíduos viciosos, os que já tenham cumprido sentença
DO COMANDANTE GERAL por crime aviltante, os que tiverem retratos na galeria de
criminosos da polícia civil; os expulsos de outras corporações
Art. 103 - O Comandante Geral da Brigada Militar, sua primeira armadas e que, iludindo as autoridades da Brigada Militar,
autoridade, é responsável perante o Governo do Estado pela conseguirem alistar-se em suas fileiras;
administração, disciplina e instrução da autoridade competente. d) a praça condenada pela Justiça Militar, em instância
definitiva, de conformidade com a legislação em vigor,
entregando-a a Polícia Civil;

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e) a praça que cometer crime capitulado no Código Penal 39- Superintender todos os serviços, facilitando, contudo, o livre
Brasileiro, após condenação passada em julgado, na forma da exercício das funções de seus subordinados, para que
legislação em vigor, mandado entrega-la á Polícia Civil; desenvolvem o espírito de iniciativa a sintam a responsabilidade
f) a praça julgada incapaz para o serviço militar em inspeção de decorrente.
saúde, uma vez que não tenha direito á reforma; 40- Imprimir em todos os seus atos, como exemplo, a máxima
g) os oficiais, aspirantes a oficial e sub-tenentes que forem correção, pontualidade e justiça.
reformados, transferidos para a reserva, demitidos, exonerados 41- Esforçar-se para que seus subordinados façam do
ou que faleceram. cumprimento do dever civil e militar um verdadeiro culto e
22- Mandar submeter á inspeção de saúde os oficiais que exigir que pautem sua conduta pelas normas de mais severa
apresentarem parte de doente ou que devam entrar em gozo de moral, zelando especialmente para que não contraiam débitos
licença que não seja para tratamento de saúde própria; os que se superiores ás suas posses e compelindo-os a satisfazerem seua
apresentarem por conclusão de licença de qualquer natureza e compromissos morais e pecuniários, mediante o emprego de
aqueles que a Comissão de Promoções solicitar. todos os meios necessários, inclusive as punições disciplinares.
23- Despachar ou informar devidamente, com a possível 42- Esforçar-se para que os oficiais sob seu comando sirvam de
brevidade, os requerimentos, artes, consultas, representações, exemplo ás praças quer na instrução, quer na educação e
queixas e, de modo geral, quaisquer documentos submetidos á disciplina.
sua decisão; fazendo arquivar, punindo os seus autores, se for o 43- Procurar com o máximo critério conhecer os oficiais sob seu
caso, aqueles que não estiverem redigidos em termos ou forem comando, observando cuidadosamente sua capacidade, virtudes
de natureza capciosa, publicando em boletim as razões desta e defeitos.
resolução. 44- Louvar somente os oficiais e praças que se tornarem dignos
24- Não se afastar da Capital, mesmo em serviço, sem permissão dessa atenção, esforçando-se para que o elogio não se converta
do Governador do Estado. em forma banal ou graciosa e corresponda aos méritos de cada
25- Autorizar a venda em hasta pública dos animais e artigos um para que não se nivelem situações diferentes.
julgados inservíveis para a Força, mediante exame por comissão 45- Nomear as comissões previstas nos regulamentos e as que
de oficiais previamente nomeada. julgar convenientes ao bom andamento do serviço, sendo de sua
26- Mandar descarregar os animais que forem vendidos ou escolha as que reclamarem aptidões especiais ou dependerem de
morrerem, estes mediante o respectivo termo de óbito e aqueles sua confiança pessoal.
á vista da ata do leilão, acompanha da respectiva resenha. 46- Mandar proceder á inquérito policial militar, consoante a
27- Mandar descarregar os artigos inutilizados mediante termo legislação em vigor.
lavrado pela comissão previamente nomeada para examina-los, 47- Inspecionar, pessoalmente ou por intermédio do Chefe do
fazendo recolher ao Serviço de Intendência aqueles suscetíveis Estado Maior, os corpos e serviços, a fim de conhecer sua
de serem aproveitados como matéria prima; e os artigos situação moral, profissional, material e administrativa.
extraviados, sem motivo de força maior, quando não houver 48- Ordenar que sejam restituídas, quando reclamadas, as
responsável pelo prejuízo. quantias descontadas dos oficiais ou praças por efeito de prisão,
28- Nomear os oficiais que, com o Chefe do Serviço de desde que tenham sido absolvidos ou quando os processos forem
Intendência e os chefes de seções, devam examinar quaisquer arquivados antes da sentença final.
artigos adquiridos para a Força e determinar, em boletim, 49- Ordenar a baixa ao Hospital, a fim de ser submetido á
inclusão na carga respectiva daqueles que forem julgados em inspeção de saúde, do oficial ou aspirante a oficial que alegar
condições de serem aceitos. doença logo após ser escalado para qualquer serviço.
29- Nomear, em janeiro de cada ano, uma comissão de oficiais 50- Determinar a adição de oficiais ás unidades e serviços,
superiores para, com assistência do Chefe do Serviço de quando houver necessidades de tal medida.
Intendência, balançar os depósitos do mesmo serviço. 51- Proceder, nos casos de ausência de oficial, de acordo com o
30- Inspecionar diretamente ou por delegado seu a marcha da que preceitua a legislação vigente.
instrução e dos serviços nas unidades e repartições. 52- Determinar o cancelamento de notas disciplinares dos
31- Não permitir nem tolerar a menor alteração nos uniformes oficiais e praças, de conformidade com as disposições legais.
do pessoal ou nas ordens ou determinação em vigor. 53- Autorizar, por conta da Caixa da Brigada, as despesas de
32- Conceder férias aos comandantes de unidades, chefes de representação da corporação em solenidade oficiais e recepções.
serviços e mais oficiais sob suas ordens diretas e aprovar ou não
os planos de férias organizados pelas autoridades competentes Art. 105 - Na falta ou impedimento do Comandante Geral,
para os demais. responderá pelo expediente o Chefe do Estado Maior.
33- Organizar ou aprovar as tabelas de distribuição de
fardamento e de gêneros ás praças arranchadas; e as instruções e CAPÍTULO II
normas para a boa marcha e regularidade do serviço, conforme DO ESTADO MAIOR
as disposições regulamentares.
34- Autorizar a celebração de contrato, mediante concorrência Art. 106 - Como órgão do comando, o Estado Maior destina-se:
pública ou administrativa, para aquisição de material ou artigos a) Preparar todos os elementos necessários ás decisões do
para suprimento das necessidades da Força; tais contratos, Comandante Geral e a fazer chegar aos executantes e aos
entretanto, somente vigorarão depois de por si aprovados. interessados todas as instruções e ordens decorrentes dessas
35- Designar, quando julgar necessário, seu representante para decisões.
integrar a comissão de exame de material julgado inservível. b) Coordenar, orientar e fiscalizar a instrução da Tropa e dos
36- Designar um representante para os exames de instrução de Serviços.
recrutas e de fim de período.
37- Solicitar á autoridade competente os suprimentos de fundos Art. 107 - O Estado Maior compor-se-á de:
necessários ás despesas orçamentárias, mediante orçamento Chefe
previamente organizado. Sub-Chefe
38- Organizar e submeter ao Governo do Estado a proposta Gabinete
orçamentária anual, o quadro de fixação de efetivos da Força e o a) Ajudantes de ordens do Comandante do Geral
de sua distribuição pelos corpos e serviços. b) Seções
c) Correio

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d) Arquivo 13- Requisitar transporte para pessoal e material, de ordem do
e) Rádio-comunicações Comandante Geral.
14- Conferir e subscrever os assentamentos de oficiais e assinar
Art. 108 - O Estado Maior disporá de uma tipografia destinada á as certidões fornecidas em despacho legal.
impressão de boletins, regulamentos, almanaques, etc., 15- Escriturar o caderno registro de informações dos oficiais do
encadernações, dourações e outras tarefas similares necessárias Estado Maior e remeter á Comissão de Promoções as
ao serviço da Força. informações relativas aos mesmos na época estabelecida.
Parágrafo único - A tipografia, a juízo do Sub-Chefe do Estado 16- Conceder férias aos oficiais e praças sob sua jurisdição,
Maior, poderá confeccionar outros trabalhos, uma vez que não observadas, quanto aqueles, as disposições do plano de férias
prejudique os da Corporação. previamente organizado e provado pelo Senhor Comandante
Geral.
DO CHEFE DO ESTADO MAIOR 17- Propor ao Comandante Geral os chefes de seções e os
respectivos oficiais auxiliares.
Art. 109 - O Chefe do Estado Maior será um Coronel ou 18- Assinar por ordem (P.O.) os documentos dirigidos ao
Tenente Coronel de imediata confiança do Comandante Geral, Comandante Geral que exijam maiores esclarecimentos por
nomeado mediante proposta deste, pelo Governo do Estado e parte dos interessados, a fim de leva-los a despacho daquela
terá precedência hierárquica sobre os comandantes de unidades e autoridade perfeitamente informados.
chefes de serviços. 19- Conhecer a situação moral, profissional, material e
administrativa dos Corpos de Tropa e Serviços, inspecionado-os
Art. 110 - O Chefe do Estado Maior é o substituto eventual do em companhia do Comandante Geral ou isoladamente.
Comandante Geral nas suas faltas ou impedimentos. 20- Esforçar-se para que a capacidade de ação e eficiência dos
Parágrafo único - No caso, porém, de vagar o cargo, a Copos de Tropa e dos Serviços sejam mantidas no mais alto
substituição cabe ao Coronel existente ou ao Tenente Coronel grau, apontando ao Comandante Geral as providências que se
mais antigo, até que seja escolhido pelo Governo o novo titular. imponham para isso.
21- Manter relações constantes com os diferentes Comandos de
Art. 111 - Compete ao Chefe do Estado Maior: Tropa e Chefes de Serviços, a fim de conhecer sempre
1- Coordenar o trabalho das Seções e dos serviços que lhes são exatamente suas respectivas situações sob todos os aspectos e
afetos, para o preparo dos elementos necessários ás decisões do com toda a minúcia, objetivando dar informações exatas as
Comandante Geral, assim como a documentação relativa á Comandante Geral.
instrução da Tropa e dos Serviços. 22- Regular, de acordo com o Comandante Geral, o
2- Conhecer perfeitamente todas as ordens e disposições funcionamento do serviço corrente no Quartel General e nos
concernentes ao serviço da Brigada; velar pelo seu exato Corpos de Tropa e Serviços.
cumprimento, comunicando ao Comandante Geral todas as 23- Apresentar ao Comandante Geral diariamente uma cópia do
irregularidades de que tiver conhecimento. boletim interno.
3- Transformar todas as decisões do Comandante Geral em 24- Visitar ou fazer visitar as enfermidades onde estiverem em
instruções ou ordens, completando-as com detalhes tratamento oficiais ou praças que sirvam ao Estado Maior,
indispensáveis á sua perfeita compreensão e execução. providenciando sobre as reclamações feitas. Visitar, também, em
4- Verificar se essas instruções ou ordens são expedidas e nome do Comandante Geral, os dos demais Corpos e Serviços.
executadas em perfeita correspondência com as determinações 25- Assinar os editais a serem mandados publicar pelo Estado
do Comandante Geral. Maior.
5- Expedir aos Comandantes de Unidades e Chefes de Serviços
todas as ordens do Comandante Geral relativas aos serviços DO SUB-CHEFE
ordinário e extraordinário.
6- Solicitar ao Auditor de Guerra, de conformidade o Código da Art.112 - O sub-Chefe do Estado Maior é o auxiliar imediato e
Justiça Militar, a substituição de oficiais juizes de Conselhos de o substituto eventual do Chefe do Estado Maior em seus
Justiça. impedimentos.
7- Remeter ao Auditor de Guerra, conforme estatue o Código da
Justiça Militar, entre os dias 20 e 25 do último mês de cada Art.113 - Ao Sub-Chefe do Estado Maior incumbe:
trimestre uma relação nominal de todos os oficiais em serviço 1- Receber diariamente dos chefes de seções, no horário
ativo e de reserva, com a graduação, antiguidade e local em que estabelecido, todo o expediente correspondente, de modo a
servem, a fim de habilitá-lo a proceder o sorteio dos Conselhos exercer sobre ele o necessário exame antes de apresentá-lo ao
de Justiça. Chefe do Estado Maior, ou antes de submete-lo à despacho do
8- Apresentar ao Comandante Geral para despacho, diariamente, Comandante Geral, quando autorizado pelo Chefe.
o expediente do Estado Maior, prestando-lhe os esclarecimentos 2- Assinar os despachos nos documentos que transitarem entre
necessários. as seções para os necessários esclarecimentos.
9- Participar ao Comandante Geral com presteza qualquer 3- Escalar os oficiais do Estado Maior e os que sirvam no
ocorrência relativa a seu cargo, que necessite intervenção Quartel General para os diversos serviços, na forma
daquela autoridade e que exija uma solução urgente. regulamentar.
10- Fazer organizar, conferindo-os cuidadosamente, os mapas, 4- Fazer confeccionar pela Primeira Seção o boletim diário da
relações e quaisquer outros documentos que devam ser Força, observados os despachos e ordens do Comandante Geral
fornecidos pelo Estado Maior. e Chefe do Estado Maior.
11- Entregar ao Sub-Chefe do Estado Maior, para distribuição ás 5- Exercer, no âmbito das instruções do Chefe do Estado do
respectivas Seções, todos os documentos despachados pelo Maior, a mais completa iniciativa na escolha e preparação dos
Comandante Geral. meios conducentes à assegurar a boa marcha do serviço nas
12- Organizar o mapa da força por ocasião de formatura geral, secções, arquivo e tipografia.
comparecendo ou enviando um seu representante no lugar da 6- Fazer manter em dia e de acordo com os modelos adotados a
reunião das unidades, a fim de indicar a cada uma a colocação escrituração do Estado Maior, velando pelo seu andamento.
que lhes couber, conforme as instruções que tenha recebido.

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7- Rondar e fazer rondar a miúdo os postos de guardas e emprego nas diversas emergências (sobre-aviso, prontidão,
patrulhas, participando ao Chefe do Estado Maior as policiamento, etc.); a senha e contra-senha.
irregularidades que notar.
8- Escalar diariamente com o chefe da 1a. Seção o serviço geral, Art. 117 - Ao Chefe da 1ª. Seção compete:
distribuindo com perfeita equidade o serviço de guarnição entre 1- Verificar as alterações ocorridas com o pessoal em Sub-Chefe
as unidades da Capital. do Estado Maior, com os mapas semanais dos corpos
9- Exigir fiel observância do horário determinado para o serviço devidamente apurados, a fim de serem feitas as necessárias
nas repartições do Estado Maior. anotações, de vendo estar sempre habilitado a prestar qualquer
10- Organizar trimestralmente, com o Chefe da 1ª. Seção, a informações a esse respeito.
escala dos oficiais para o serviço de inquéritos e comissões. 2- Expedir aos corpos, com as necessárias antecedência, as
11- Organizar mensalmente a escala dos oficiais que concorrem requisições de serviço, depois de aprovadas pelo Chefe do
no serviço diário. Estado Maior.
12- Assinar por ordem, (P.O.), no impedimento do Chefe do 3- Guardar no arquivo próprio, as partes, mapas diários, roteiros
Estado Maior o expediente em que forem lançados despachos e outros papeis enviados.
visando esclarecimentos, a fim de levá-los à despacho do 4-
Comandante Geral. 5-
13- Ter sob sua imediata direção e fiscalização o correio, 6- Manter um mapa-carga dos moveis e utensílios da seção.
arquivo e rádio-comunicações, esforçando-se pelo seu regular e 7- Fiscalizar o trabalho de seus auxiliares.
eficiente funcionamento. 8- Ter a seu cargo o livro de registro de informações de oficiais
14- Orientar os serviços do Estado maior, coordena-los, de que trata o Regulamento de Promoções.
sistematiza-los e fiscalizar-lhes a execução. 9- Organizar, sob as vistas do Sub-chefe do Estado Maior, o
15- Apresentar ao Chefe do Estado Maior, até 15 de Janeiro de boletim diário.
cada ano, um relatório dos trabalhos e estudos feitos pelas 10- Distribuir aos corpos e serviços o boletim diário.
seções no ano anterior, formulando as observações que julgar 11- Inspecionar assiduamente não só os diversos serviços da
indispensáveis para maior rendimento futuro. Seção como também os serviços externos fornecidos pelos
16- Estudar e dar parecer sobre os assuntos submetidos à corpos, comunicando ao Sub-chefe do Estado Maior todas as
despacho do Chefe do Estado Maior e que lhe forem confiados. faltas ou irregularidades que encontrar.
17- Fazer afixar em lugar apropriado uma relação da residência 12- Manter em dia um fichário:
dos oficiais do Estado Maior. a) de apresentação de oficiais de toda a Força:
Parágrafo único - Nos impedimentos do Sub-Chefe do Estado b) dos desertores em diversas situações (presos, condenados e
Maior, será ele substituído pelo Chefe de Seção mais graduado foragidos);
ou mais antigo. c) das praças processadas pela J.M.S., e pela Justiça Comum;
d) dos presos civis recolhidos aos quartéis à disposição da
DO CHEFE DA CASA MILITAR E AJUDANTES DE justiça comum ou cumprindo sentença;
ORDEM f) de todas as praças da Força, com designação da unidade e
outras anotações.
Art. 114 - O Chefe da Casa Militar do Governo do Estado e 13- Colaborar com as outras seções, tendo em vista que a estrita
Ajudantes de Ordem serão de livre escolha do Governador do cooperação entre os órgãos do Estado Maior facilita as decisões
Estado, competindo-lhes os deveres e atribuições que lhes forem do comando.
cometidas por essa autoridade. 14- Solicitar às demais seções do Estado Maior e arquivo as
Parágrafo único - Os oficiais da Casa Militar serão incluídos no informações de que necessitar para o bom andamento do
Estado Maior para os demais efeitos. serviço.
15- Organizar, por semestre, o índice geral do boletim, por
DOS AJUDANTES DE ORDEM DO COMANDANTE ordem alfabética, não só das epigrafes como dos nomes dos
GERAL oficiais e praças.
16- Registrar todas as ordens e recomendações especiais do
Art. 115 - Os Ajudantes de Ordem do Comandante Geral são Comandante Geral.
de sua livre escolha, competindo-lhes: 17- Propor as praças para preencher as vagas na Seção.
1- Acompanha o Comandante Geral em todas as solenidades e 18- Providenciar na aquisição de passagens e transportes.
atos de serviço. 19- Providenciar no transporte de pessoal na Capital, dirigindo-
2- Transmitir fielmente as ordens verbais recebidas do se quando necessário ao Serviço de Intendência.
Comandante Geral e guardar absoluto sigilo sobre as que forem 20- Comunicar às unidades do interior as determinações e
de natureza reservada. publicações dos boletins que exijam execução imediata.
3- Rondar as guardas, patrulhas, etc., por iniciativa própria ou 21- Redigir toda a correspondência com a repartição de Policia e
por ordem do Comandante Geral, participando-lhe as Justiças comum e militar no que se relacione com os
irregularidades que encontrar. destacamentos, testemunhas, réus , diligencias, etc...
4- Auxiliar o Chefe do Estado Maior, quando lhe for 22- Manter escalas de comissões diversas.
determinado, e encarregar-se de quaisquer outras tarefas 23- Autenticar copias de documentos extraídos na seção.
ordenadas pelo Comandante Geral. 24- Confeccionar a correspondência com as Delegacias de
5- Em suas faltas ou impedimentos os Ajudantes de ordens serão Policia no que concerne aos destacamentos.
substituídos pelos subalternos que o Comandante Geral 25- Registrar as apresentações das praças, com declaração das
designar. unidades, procedência, motivo, etc...
26- Fazer os pedidos do material de expediente para a Seção.
Da 1ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR 27- Manter uma relação nominal, alfabética, das praças
excluídas por má conduta, expulsão, etc., com declaração das
Art. 116 - A esta seção, alem das atribuições que lhe forem datas, unidades e motivos.
cometidas pelo Comandante Geral, compete redigir e expedir as
Instruções e ordens do Comandante Geral e do Chefe do Estado Art. 118 - Anexo à 1ª. Seção funcionara a tipografia.
Maior que disserem respeito ao movimento de pessoal ao seu

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DA 2ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR 2- Reunir os apontamentos necessários á organização do
relatório anual da Brigada.
Art. 119 - Esta Seção, alem das atribuições que lhe forem 3- Preparar e expedir a correspondência reservada, secreta e
cometidas pelo Comandante Geral, incumbe-se das inclusões de criptográfica.
voluntários, dos assentamentos de oficiais, das cadernetas de 4- Informar a documentação com as apreciações que julgar
identidade, do fichário de sargentos e da elaboração dos cabíveis em face das leis e regulamentos.
almanaques de oficiais e de sargentos. 5- Executar as ordens do Sub-Chefe do Estado Maior relativas
Art.120 – Ao Chefe da 2ª. Seção compete: aos diferentes serviços da Seção.
1- Reunir os documentos recebidos na Seção e apresentalos ao 6- Responder pela regularidade dos serviços que lhes estão
Sub-Chefe do Estado Maior a quem prestara as informações afetos.
necessárias. 7- Organizar a coletânea da legislação em vigor.
2- Velar pela boa ordem, conservação dos moveis, utensílios e 8- Emprestar a sua colaboração ás demais seções do Estado
outros objetos pertencentes à Seção, conservando em seu poder Maior.
o livro de carga. 9- Redigir, assinar e entregar ao Sub-Chefe do Estado Maior os
3- Executar pontualmente todas as ordens do Chefe e Sub-Chefe atestados mandados passar em virtude de requerimento.
do Estado Maior relativas aos diferentes serviços da Seção. 10- Indicar ao Sub-Chefe os auxiliares para servir na Seção.
4- Informar os documentos que lhe forem distribuídos, citando a 11- Manter um mapa-carga dos móveis e utensílios da Seção.
lei ou regulamento referente ao caso corrente e emitindo o seu 12- Fiscalizar os trabalhos de seus auxiliares.
parecer. 13- Ter a seu cargo o livro registro de informações de oficiais de
5- Elaborar trimestralmente a relação dos oficiais que devam que trata o Regulamento de Promoções.
concorrer ao sorteio para o C.J.P., remetendo-a à Auditoria antes 14- Manter em dia o fichário dos oficiais e praças da reserva e
do fim do trimestre. reformados.
6- Escriturar as alterações dos oficiais do Estado Maior e dos 15- Manter afixada numa das dependências da Seção uma
oficiais do Exercito em comissão na Força. relação das residências dos elementos da Seção.
7- Catalogar, por ordem cronológica, as alterações de todos os 16- Fazer os pedidos de expediente para os serviços da Seção.
oficiais, enviadas pelas unidades e serviços.
8- Registrar em brochura todas as ordens e recomendações DA 4ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR
especiais do Comandante Geral.
9- Conservar afixada uma das dependências da Seção a relação Art. 123 - Esta Seção, além das atribuições que lhes forem
das residências dos auxiliares da Seção e dos oficiais que servem cometidas pelo Comandante Geral, incube-se dos assuntos
na Capital. concernentes á instrução da Força e ao estudo e confecção de
10- Registrar no livro competente, à vista de documentos, todo o regulamentos.
pessoal que tiver de ser inspecionado de saúde.
11- Encaminhar à Junta Médica da Q.G., nos dias e horas Art. 124 - Ao Chefe da 4ª. Seção compete:
fixados, acompanhados dos documentos correspondentes, os 1- Preparar os elementos da decisão do Chefe do Estado Maior
oficiais, praças e civis cuja inspeção de saúde for determinada no que concerne á instrução dos corpos de tropa e serviços.
em boletim ou ordenada verbalmente por quem de direito. 2- Estudar os assuntos pertinentes á organização e dotação de
12- Organizar os processos de inclusão dos voluntários incluídos material (técnico e de campanha) da Brigada Militar.
nas unidade da Capital. 3- Examinar os programas de instrução das unidades e serviços e
13- Manter alterado o livro controle de distribuição dos oficiais, propor ao Chefe do Estado Maior as modificações necessárias
com designação das unidades onde servem. no sentido de obter unidade de doutrina.
14- Ter sob sua guarda uma redação de todos os oficiais adidos 4- Estudar a organização da Brigada, confeccionado os mapas
em outras unidades. respectivos, após a provação do Chefe do Estado Maior.
15- Elaborar o almanaque dos oficiais, aspirantes, subtenentes e 5- Realizar os estudos e experiências que lhe forem
sargentos, fazendo as necessárias anotações para que a sua determinados e que se relaciona diretamente com a instrução da
distribuição seja realizada ate 31 de março de cada ano. tropa.
16- Indicar ao Sub-Chefe do Estado Maior as praças necessárias 6- Sugerir ao Chefe do Estado Maior as providências que se
ao serviço da Seção. fizerem necessárias para maior rendimento da instrução na
17- Manter rigorosamente em dia o fichário dos sargentos, com tropa.
os dados individuais necessários e os respectivos destinos. 7- Estudar e propor as modificações a introduzir na escrituração
18- Fornecer as cadernetas de identidade aos militares e pessoas da instrução, no sentido de uniformizá-la e mantê-la em
de suas famílias de acordo com as instruções em vigor. harmonia com a adotada no Exército.
19- Organizar mensalmente as relações dos voluntários 8- Organizar o projeto das diretrizes, submetendo-o ao Chefe do
incluídos e dos civis contratados nas unidades e serviços da Estado Maior para sua elaboração definitiva.
Capital, para fins de remessa à Circunscrição de Recrutamento. 9- Informar, constantemente, o Chefe do Estado Maior sobre a
20- Rubricar as alterações dos oficiais, aspirantes e sub-tenentes, marcha da instrução na tropa, mediante dados fornecidos pelas
organizadas peal Seção. unidades e serviços.
10- Organizar gráficos de freqüência e aproveitamento da
DA 3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR instrução nas unidades especiais e tropa em geral.
11- Manter, no âmbito da Seção, um arquivo e uma biblioteca
Art. 121 - Esta Seção, além das atribuições que lhe forem técnico-profissional.
cometidas pelo Comandante Geral, incumbe-se: da
correspondência com as autoridades estranhas à Força, do DO CORREIO
relatório anual da Força, da correspondência secreta e sigilosa,
criptografia e de boletim reservado. Art. 125 - O correio terá como encarregado um oficial
subalterno a quem cabe:
Art. 122 - Ao chefe da 3ª. Seção compete: 1- Receber toda a correspondência oficial destinada á Força.
1- Preparar o expediente geral da corporação com as autoridades 2- Distribuir a correspondência das diversas seções do E.M..
estranhas, com execução do que cabe á lª. Seção.

106
3- Expedir toda a correspondência que lhe for entregue pelas 7- Indicar os elementos que estiverem em condições para seus
seções. auxiliares.
4- Entregar a correspondência ás Seções somente mediante guia 8- Propor a substituição das praças que não convenham ao
de entrega, que será arquivadas na própria repartição para provar serviço.
o recebimento e fornecendo ao Sub-Chefe uma cópia dessas 9- Prestar todas as informações que lhe forem determinadas pelo
guias. Comandante Geral, Chefe e Sub-Chefe do Estado Maior.
5- Entregar ao Chefe do Estado Maior , registrando em
protocolo especial toda a correspondência de caráter sigiloso. DO INSPETOR DAS BANDAS DE MÚSICA
6- Fazer fichas dos requerimentos que entrarem, fazendo constar
na mesma o nome e graduação do requerente, data do Art. 129 - O Inspetor das Bandas de Música é de livre
requerimento, número de ordem da entrada, objeto, documentos nomeação do Governador do Estado, mediante proposta do
anexos, registro de todos os movimentos, arquivando finalmente Comandante Geral.
a ficha. § 1º - Terá a graduação de 2° tenente e será selecionado entre os
7- Retirar ou mandar retirar diariamente do Departamento dos mestres de musica e 1°s sargentos músicos da Força, mediante
Correios e Telégrafos toda a correspondência destinada á Força, concurso regulado por lei.
assim como a destinada aos elementos do Quartel General. § 2º - O Inspetor das Bandas será diretamente subordinado ao
8- Fazer entregar em guia ao comandante do contingente do Chefe do Estado Maior.
Quartel General a correspondência das praças que nele servem e,
pessoalmente, aos oficiais. Art. 130 - Ao Inspetor das Bandas compete:
9- Não receber correspondência particular que não esteja selada 1- A direção das Bandas de Musica, de corneteiro e de clarins de
nem tomar a si a selagem da mesma. toda a Corporação.
10- Observar cuidadosamente a conduta de seus auxiliares, 2- Esforçar-se para que os movimentos e mais atos do conjunto
propondo ao Chefe do Estado Maior, por intermédio do Sub- das Bandas revistam-se do cunho marcial característico das
Chefe, a substituição daqueles que não produzam Bandas Militares.
convenientemente ou que não guardem o imprescindível sigilo 3- Fazer a redução das partituras e extrair-lhes as partes.
sobre os assuntos divulgados na repartição. 4- Indicar aos ajudantes, nos corpos de Tropas, as praças em
11- Ser discreto no exercício de suas funções, guardando condições de serem aprendizes, assim como as que podem ser
absoluta reserva sobre os assuntos de que tomar conhecimento classificadas ou promovidas de classe.
em razão de sua função. 5- Organizar os programas das retretas que o conjunto de
12- Dirigir o Correio de conformidade com as disposições deste Bandas da Brigada tiver que executar.
Regulamento e com as ordens do Chefe do Estado Maior, sendo 6- Propor a compra de musicas, instrumentos e outros materiais
responsável direto pelo seu funcionamento e rendimento. necessários às Bandas.
13- Entregar a correspondência ao Departamento dos Correios e 7- Fazer organizar e conservar em dia o catalogo das musicas
Telégrafos em guia e em três vias: uma destinada ao próprio das diferentes Bandas.
Departamento, outra para o seu arquivo e a última para instruir a 8- Observar com o máximo interesse o procedimento e
demonstração da despesa feita com a aquisição de selos. Nas habilitação dos músicos e aprendizes, a fim de poder informar a
duas últimas deverá constar o carimbo-recibo do Departamento respeito às autoridades competentes.
dos Correios e Telégrafos.
14- Entregar ás unidades e serviços da Capital a correspondência DO COMANDANTE DO QUARTEL GENERAL
mediante guias onde constem recibos passados pelos estafetas
respectivos. Art. 131 - A fim de assegurar o serviço concernente à instalação
15- Entregar, mediante protocolo portátil, a correspondência e guarda do Q.G. será designado um 1° Tenente Comandante do
para outros destinos. Quartel General, diretamente subordinado ao Chefe do Estado
Maior.
DO ARQUIVO DO QUARTEL GENERAL
Art. 132 - Compete ao Comandante do Quartel General:
Art. 126 - O Arquivo do Quartel General tem por finalidade: 1- A defesa do Q.G.
1- A guarda, organização e conservação dos documentos que 2- A ordem, disciplina e policia do Q.G.
lhes forem confiados, facilitando e assegurando a consulta dos 3- O asseio e conservação do edifício onde ele funciona.
mesmos em qualquer tempo. 4- A organização e alteração do mapa carga do material sob sua
2- As buscas e pesquisas no Arquivo Público, no Arquivo da responsabilidade.
Secretaria da Fazenda ou de outras quaisquer repartições 5- Fazer compras diretas do material necessário à execução de
públicas, sempre que isso se torne necessário. obras de reparação, etc.; ordenadas pelo Chefe do Estado Maior.
6- Somente entregar objetos de sua carga por ordem do Chefe do
Art. 127 - O Arquivo funciona sob a direção do Chefe do E.M. e mediante recibo.
Estado Maior e a fiscalização do Sub-Chefe, tendo como 7- Examinar cuidadosamente todos os artigos que receber.
encarregado um oficial subalterno. 8- Comunicar ao Chefe do E.M. o estrago ou extravio de
qualquer objeto de sua carga.
Art. 128 - Ao encarregado do arquivo incube: 9- Obedecer às disposições regulamentares para entrega da
1- A exatidão, ordem e conservação do arquivo. carga.
2- Seu perfeito funcionamento e rendimento, sendo diretamente 10- Fazer os pedidos necessários ao funcionamento da Copa do
responsável pelo retardamento de qualquer informação. Quartel General e dos demais materiais necessários.
3- Não permitir a retirada de documentos sem que sejam
satisfeitas as exigências previstas nestas disposições. Art. 133 - As atribuições de que trata o numero 3 não atingem o
4- Observar rigorosamente o horário de serviço e exigir que os interior das dependências que tenham responsáveis diretos, com
seus auxiliares o observem. os quais entrara em entendimento para a execução das mesmas.
5- Manter perfeitamente relacionados os móveis, utensílios,
regulamentos e outros objetos pertencentes á repartição.
6- Distribuir os trabalhos entre os seus auxiliares.

107
Art. 134 - O Comandante do Quartel General comandara o Art. 140 - Compete ao encarregado da Tipografia:
Contingente respectivo, tendo por auxiliar um 2° tenente e mais 1- Manter perfeitamente relacionado o material a cargo da
o seguinte: Tipografia.
1- Para defesa do Quartel General: 2- Observar rigorosamente o horário de serviço e exigir que seus
a) Normalmente, a guarda do Q.G. fornecida diariamente pelas auxiliares o observem.
unidades da Capital; 3- Indicar os elementos em condições de preencher as vagas que
b) Eventualmente, os reforços que forem postos à sua se verificarem na repartição.
disposição. 4- Propor a substituição das praças que não convenham ao
2- Para a manutenção da ordem, disciplina e policia; serviço.
a) A guarda do Q.G. 5- Providenciar sobre o material necessário ao funcionamento da
b) As praças estritamente necessárias do Contingente. Tipografia.
3- Para o asseio e conservação do edifício: 6- Não aceitar nenhum serviço sem o respectivo pedido
a) Praças do contingente: despachado pela Sub-Chefia do E.M..
b) Elementos civis eventualmente contratados ou admitidos para
isso. CAPITULO III
SERVIÇO DE FUNDOS
Art. 135 - Em casos de perturbação da ordem pública, a atuação
do Comandante do Quartel General regular-se-á por instruções Art. 141 - O Serviço de Fundos destina-se a prover as
particulares dadas pelo chefe do Estado Maior. necessidades pecuniárias da Brigada Militar e assegurar o
emprego regular dos recursos financeiros geridos pelos diversos
Art. 136 - O oficial de dia ao Quartel General, fora das horas de órgãos administrativos .
expediente, entrara em entendimento com o Comandante do Parágrafo único - As funções e atribuições do pessoal do
Quartel General sempre que os serviços que lhe estão afetos o Serviço de Fundos são previstas em regulamento próprio.
exigirem, competindo ao ultimo as decisões, nos assuntos de sua
alçada. Art. 142 - O Serviço de Fundos terá a seguinte organização:
a) Gabinete (Chefia
Art. 137 - As Radio-comunicações destinam-se à (Sub-Chefia
intercomunicação de Força e compor-se-ão de uma estação b) Tesouraria
Central e das estações necessárias no interior do Estado. c) Pagadoria
Parágrafo único - Em casos especiais o Comandante Geral d) Seções
poderá autorizar, cumpridas as disposições legais, o e) Protocolo e Arquivo
funcionamento de outras estações em serviços estranhos à f) Portaria
Corporação.
Art. 143 - Ao Chefe do serviço de Fundos, alem das atribuições
Art. 138 - O encarregado da Radio-comunicação fica constantes do Regulamento do serviço, cabem, também, as
diretamente subordinado à Chefia do E.M., competindo-lhe: correspondentes aos Comandantes de corpos.
1- Superintendente a todo o serviço de radio-comunicação e o
material necessário ao seu funcionamento. CAPITULO IV
2- Apresentar sugestões ao chefe do E.M., visando o SERVIÇO DE INTENDÊNCIA
aperfeiçoamento do serviço, tanto no que diz respeito ao pessoal
como ao material. Art. 144 - O Serviço de Intendência é o órgão encarregado do
3- Determinar e fiscalizar os trabalhos das oficinas do serviço. aparelhamento material de Tropa e dos Serviços, incumbindo-
4- Providenciar junto às oficinas especializadas locais para a lhe fornecer fardamento, equipamento, arreamento, material de
execução de quaisquer trabalhos que não possuam ser feitas nas campanha, utensílios, etc..
oficinas da Força.
5- Participar ao Chefe do E.M. as irregularidades que não puder Art. 145 - O Serviço de Intendência terá a seguinte composição:
solucionar . (Chefia
6- Baixar instruções referentes ao trafego das estações, a) Gabinete (Sub-Chefia
estipulando horário, etc.. (Secretaria
7- Propor as transferências necessarias do pessoal. b) Seção de Contabilidade
8- Providenciar para que a correspondência radio-telegrafica c) Seções
tenha seu escoamento com a máxima brevidade possível. d) Contingente ou formação
9- Exercer ação disciplina sobre o pessoal, fazendo observar as e) Tambo e invernadas
normas de disciplina e as regras estabelecidas para as radio-
comunicações nos regulamentos, decretos, avisos, etc.. Art. 146 - As funções e atribuições do pessoal do Serviço de
10- Exigir a maior discreção e sigilo por parte dos radio- Intendência constarão de Regulamento próprio.
telegrafistas.
11- Fazer observar os preceitos regulamentares quanto à Art. 147 - Ao Chefe do Serviço de Intendência, alem das
linguagem radio-telegrafica. atribuições constantes do Regulamento do serviço, cabem,
12- Ter um mapa carga de todo o material sob sua também, as correspondentes aos comandantes de corpos.
responsabilidade.
CAPITULO V
DA TIPOGRAFIA SERVIÇO DE SAÚDE E VETERINÁRIA

Art. 139 - A Tipografia destina-se a executar os trabalhos Art. 148 - O Serviço de Saúde e Veterinária, é um órgão técnico
concernentes ao ramo necessários ao serviço da Força. e de execução, encarregado da previsão, preparação e execução
Parágrafo único - O encarregado da tipografia fica subordinado de tudo que se relacione com a saúde do pessoal e dos animais
ao estado Maior por intermédio da 1ª. Seção. da Força.

108
Parágrafo único - O Serviço de saúde e Veterinária tem por Art. 158 - O Estabelecimento de Subsistência terá a seguinte
finalidade: organização:
a) a aplicação dos preceitos de higiene à conservação da saúde (Chefia
da Tropa. a) Gabinete (Sub-Chefia
b) O tratamento dos militares e assemelhados. (Contadoria
c) O reaprovisionamento em material sanitário dos corpos e b) Seção de compras
órgãos da saúde e veterinária. c) Armazéns
d) A vigilância sanitária e o tratamento dos animais doentes. d) Padaria
e) O recrutamento e a preparação de praças para as funções e) Torrefeção de café
especializadas de saúde.
Art. 159 - Este serviço terá regulamento próprio.
Art. 149 - O Serviço de Saúde e Veterinária será regido por Parágrafo único - Ao Chefe do Estabelecimento, alem das
Regulamento especial, cabendo também ao chefe do Serviço as atribuições do regulamento respectivo, cabem as de Comandante
atribuições de comandante de corpo. de Corpo.

CAPITULO VI CAPITULO IX
SERVIÇO DE MATERIAL BÉLICO CORPO DE TROPA

Art.150 - O Serviço de Material Bélico incumbe-se da A) OFICINAS


administração técnica do material de guerra, das aquisições, da
produção e do provimento do referido material. COMANDANTE

Art.151 - Este Serviço tem a seguinte organização: Art. 160 - O Comandante do Corpo é responsável pela sua
(Chefia administração, instrução e disciplina e, alem dos encargos que
a) Gabinete (Sub-Chefia lhe são taxativamante atribuídos pelos diversos regulamentos,
(Secretaria cumpre-lhe mais o seguinte:
b) Deposito de material bélico 1- Superintender todos os órgãos e serviços do Corpo,
c) Oficinas facilitando contudo, o livre exercício das funções de seus
subordinados, para que desenvolvam o espírito de iniciativa e
Art. 152 - As funções e atribuições do pessoal do S.M.B. sintam a responsabilidade decorrente.
constarão de regulamento próprio. 2- Ter a iniciativa no exercício do comando e usa-la sob inteira
Parágrafo único - O Chefe do Serviço de Material Bélico terá responsabilidade.
as atribuições de Comandante de Corpo, alem das estabelecidas 3- Esforçar-se para que seus subordinados façam do
no Regulamento do Serviço. cumprimento do dever civil e militar um verdadeiro culto e
exigir que pautem sua conduta pelas normas da mais severa
CAPITULO VII moral, compelindo-os a satisfazerem seus compromissos morais
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA e pecuniários, punindo-os quando se mostrarem recalcitrante na
satisfação de tais compromissos.
Art. 153 - O Departamento de Engenharia destina-se à direção 4- Imprimir a todos os seus atos a máxima
de todos os serviços de engenharia civil da Força, cumprindo-lhe correção,pontualidade e justiça.
organizar projetos, plantas, orçamentos, fiscalização e 5- Velar para que os oficiais sob seu comando sirvam de
construção de obras. exemplo às praças em todos os aspectos.
6- Esforçar-se para que sejam fielmente observadas todas as
Art. 154 - Este Departamento será diretamente subordinado ao disposições regulamentares pelo pessoal do corpo, exigindo a
Comandante Geral. maior coesão e uniformidade possível, para que sejam mantidas
a unidade de instrução e de disciplina.
Art. 155 - A organização do Departamento é a seguinte: 7- Procurar, com o maximo critério, conhecer seus oficiais,
a) Gabinete (Chefia observando sua capacidade física, intelectual e de trabalho; suas
(Sub-chefia virtudes e defeitos, para formar juízo próprio e para prestar com
b) Assistência técnica exatidão as informações necessárias.Providenciar para que o
c) Auxiliares corpo esteja sempre preparado a eventualidade de mobilização
d) Seção de obras (elementos tirados dos Serviços e dos corpos ou emprego.
de tropa). 8- Providenciar para que o corpo esteja sempre preparado para a
Parágrafo único - Enquanto, porem, não se lhe consignar eventualidade de mobilização ou emprego.
quadro de pessoal mais amplo, que lhe permita ação 9- Cumprir cuidadosamente a legislação relativa à mobilização.
independente, funcionara anexo ao Serviço de Intendência, 10- Organizar o horário dos trabalhos de acordo com as
trabalhando em harmonia com o respectivo Chefe que fornecera determinações superiores.
os meios em pessoal e material. 11- Transcrever em boletim as recompensas concedidas pelos
comandos subordinados.
Art. 156 - O Departamento de Engenharia reger-se-a por 12- Prestar homenagens aos seus subordinados mortos e que as
Regulamento próprio. mereçam, publicando em boletins referencias especiais que
enalteçam suas virtudes cívicas e militares.
CAPITULO VIII 13- Conceder até 8 dias de dispensa parcial ou total do serviço,
ESTABELECIMENTO E SUBSISTÊNCIA quando houver motivo de força maior.
Art. 157 - O Estabelecimento de Subsistência tem por finalidade 14- Atende às ponderações justas de seus subordinados, quando
o abastecimento de viveres e forragem, etc., aos corpos de feitas em termos.
tropa, Serviços e Repartições, assim como fornecimento de 15- Retificar em boletim, justificando, qualquer nota publicada
gêneros de primeira necessidades e artigos domésticos ao no aditamento de comando subordinados, quando estes depois
pessoal da Força ativo a inativo. de observados não tenham feito a necessária correção, sem

109
prejuízo de qualquer providencia de ordem disciplinar que 34- Conceder engajamento ou reengajamento às suas praças, de
julgue necessária. conformidade com as leis e ordem em vigor.
16- Conceder gala de casamento aos seus subordinados, sendo 35- Remeter às repartições competentes, na época oportuna, os
de 8 dias aos oficiais, de 6 dias aos sub-tenentes e sargentos e 4 mapas, relações, fichas e outros documentos exigidos pelos
dias às demais praças. regulamentos e disposições vigentes.
17- Conceder 8 dias de nojo aos seus subordinados, por morte de 36- Comunicar imediatamente ao Chefe do Estado Maior a
pais, irmãos, esposa e filhos, assim como permissão para usar apresentação dos oficiais incluídos em qualquer caráter e a
luto. partida dos que se afastarem do Corpo por qualquer motivo.
18- Conceder licença para trajar à civil aos sargentos de boa 37- Comunicar ao Chefe do Estado Maior a falta de
conduta, podendo, entretanto, suspender temporariamente ou apresentação dos oficiais ou praças incluídos na unidade
definitivamente essa concessão, se o interesse da disciplina o decorridos os dias de trânsito regulamentares.
exigir. 38- Reintegrar no seu primitivo posto a praça que:
19- Conceder licença para os músicos trajarem à civil nas a) rebaixada por deserção, for absolvida;
tocatas em que não convenha comparecerem fardados, quando b) rebaixada por efeito de sentença, for absolvida em grau de
não estiverem enquadrados no nº 18. recurso.
20- Permitir que as Bandas de musica, fanfarras, orquestras, 39- Pedir a descarga da munição consumida durante o ano ao
bandas de clarins e corneteiros toquem em festas e atos públicos Serviço de Material Bélico e ordenar o recolhimento ao
que não tenham caráter político, mediante contrato, ouvido respectivo depósito de caixetas, estojos, cunhetes, etc., no fim de
previamente o Estado Maior; quanto ao produto das tocatas, cada período de instrução.
proceder de acordo com o Regulamento em vigor. 40- Mandar organizar de acordo com o formulário adotado e
21- Mandar registrar nos assentamentos de seus comandos as assinar o termo de deserção das praças que cometerem esse
alterações de sua vida militar, inclusive as declarações de delito.
herdeiros. 41- Nomear oficiais subalternos de sua confiança para
22- Providenciar para que seja sempre passado o “Atestado de exercerem interinamente os cargos de Almoxarife,
Origem” nos casos de ferimentos ou doenças adquiridas em Aprovisionador, Secretário e Diretor da Escola Regimental, no
objetos der serviço, de acordo com as prescrições relativas. impediente dos efetivos, dando conhecimento ao Comandante
23- Lançar seu juízo, de próprio punho, nas folhas de Geral.
informações e em qualquer documento análogo acerca de seus 42- Presidir ás sessões do Conselho de Administração da
oficiais. Unidade, enviando ao Serviço de Fundos a cópia do balancete
24- Despachar ou informar com presteza os requerimentos, do mês anterior.
partes, consultas, queixas, pedidos de reconsideração, etc., de 43- Assinar as certidões de assentamentos extraídas dos livros
oficiais e praças; mandar arquivar os que não estejam redigidos respectivos.
em termos convenientes, os de natureza capciosa ou que não se 44- Mandar descontar dos vencimentos dos oficiais e praças a
fundamentem em dispositivos legais, publicando em boletim as importância dos artigos que inutilizarem ou extraviarem sem
razões desse ato e punindo seus autores se for o caso. motivo justificado.
25- Nomear as comissões necessárias ao bom andamento do 45- Solicitar autorização para as descargas do material
serviço. extraviado em serviço, mandando recolher ao Almoxarifado o
26- Corresponder-se, diretamente com as autoridades civis ou que estiver em mau estado para ser examinado por uma
militares, quando o assunto não exigir a intervenção do comissão nomeado pelo Comandante Geral.
Comandante Geral, ressalvadas as restrições regulamentares. 46- Publicar em Boletim, logo que o Tesoureiro tenha recebido
27- Comunicar imediatamente ao Comandante Geral qualquer os vencimentos, o dia e a hora em que os comandantes de
fato grave ocorrido no Corpo, solicitando sua intervenção se não subunidades deverão efetuar o pagamento das praças, em
lhe couber providenciar a respeito. formatura, e com presença dos subalternos.
28- Mandar incluir no Corpo; os oficiais nele classificados, 47- Visitar, periodicamente, os oficiais e praças da unidade
designando-os para os comandos ou funções que lhes baixados ao Hospital, providenciando sobre as reclamações que
competirem: as praças transferidas: os voluntários nele lhe sejam feitas.
apresentados, designando-lhes as respectivas sub- unidades. 48- Facilitar ás auto 44- Mandar descontar dos vencimentos dos
29- Reincluir as praças desertoras que se apresentarem ou forem oficiais e praças a importância dos artigos que inutilizarem ou
capturadas. extraviarem sem motivo justificado.
30- Transferir oficiais ou praças por conveniência do serviço ou 49- Distribuir os animais conforme os efeitos das sub-unidades e
da disciplina, observando que nenhum oficial devera ser transferi-los quando o serviço o exigir.
mantido nos cargos de Ajudante, Secretario, Almoxarife, 50- Enviar um relatório ao Comandante Geral, ate o dia 10 de
Aprovisionador, Diretor da Escola Regimental e Comandante e Janeiro de cada ano, especificando todas as atividades da
Subalternos de uma mesma Sub-unidade por mais 2 anos unidade referentes a administração e a instrução no transcurso
consecutivos. do ano anterior.
31- Utilizar outras praças, alem do pessoal normal, no serviço 51- Sempre que possível, dar ordens e instruções por intermédio
das repartições internas, quando o acumulo de trabalho o exigir. do Sub-comandante ou do Fiscal Administrativo.
32- Excluir do Corpo; os oficiais e praças falecidos ou 52- Receber de seu antecessor os documentos de caráter sigiloso
transferidos; os oficiais promovidos; as praças que desertarem, perfeitamente relacionados, comunicando esse recebimento ao
rebaixando os sargentos e cabos no ato da exclusão; e as praças Chefe do Estado Maior.
julgadas incapazes, fisicamentes para o serviço militar, que não 53- Submeter a juízo da autoridade superior trabalhos dos
estejam amparadas em lei para a reforma. oficiais da unidade técnica e de interesse das forças armadas ou
33- Manter adidos: da Nação, quer importem em simples subsídios quer se destinem
a) Até nova classificação, os oficiais excluídos do estado efetivo a publicidade. Quando tais trabalhos tiverem caráter secreto
por motivo de promoção, os quais permanecerão nos mesmos serão submetidos diretamente ao Comandante Geral.
cargos se não houver incompatibilidade hierárquica. 54- Autenticar os livros da Secretaria e os demais que lhe
b) As praças de outros corpos que se apresentarem em objeto de competirem.
serviço, até o dia do regresso. 55- Zelar pela boa conservação do quartel e do material a cargo
c) Os voluntários que aguardam inclusão. da unidade.

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56- Não consentir que os oficiais e praças sob seu comando 82- Remeter a 2ª. Seção do Estado Maior e a Comissão de
usem uniformes fora do plano adotado. Promoções, até o dia 5 de janeiro de cada ano, as alterações dos
57- Inspecionar frequentemente as diversas dependências do oficiais e sub-tenentes da unidade do ano anterior.
quartel, como alojamentos, prisões, guardas, etc.; assim como os 83- Remeter a 2ª. Seção do Estado Maior e a Comissão de
livros da Secretaria, Sala das Ordens, Almoxarifado, Promoções as copias das alterações ocorridas com os oficiais e
Aprovisionamento e das sub-unidades. sub-tenentes ate o dia em que foram transferidos para outras
58- Dar ciência reservadamente aos oficiais e , por intermédio unidades.
dos comandantes de sub-unidades, aos sargentos das anotações 84- Manter todos os destacamentos fornecidos pela unidade com
que fizer sobre a conduta de cada um, a fim de que se possam os efeitos completos, dotando-os somente de elementos de bom
corrigir aqueles cujos defeitos forem notados e se estimulem as comportamento.
boas qualidades dos demais. 85- Recolher a sede da unidade as praças destacas cuja conduta
59- Assistir a distribuição do rancho e as diferentes revistas e o exigir, fazendo-lhes carga das despesas decorrentes.
formaturas parciais, quando julgar convenientes. 86- Comunicar ao Estado Maior o dia da partida e da chegada
60- Esforçar-se para que seus oficiais e praças adquiram perfeito dos oficiais que se afastarem da sede da unidade por qualquer
conhecimento de seus deveres e para que seja executado motivo.
rigorosamente o programa de instrução. 87- Mandar apresentar a Policia Civil as praças expulsas, salvo
61- Punir seus oficiais e praças pelas transgressões previstas no as que tenham sido por haverem contraído matrimonio sem
R.D.E. licença.
62- Fazer observar o maior respeito e subordinação entre oficiais 88- Providenciar para que não sejam conservados fora da carga
e praças. os artigos distribuídos ao Corpo.
63- Publicar em boletim os alistamentos de voluntários, 89- Requisitar passagens e transportes de acordo com as
engajamentos, reengajamentos, promoções, transferências, disposições em vigor, quando se tratar de unidade do interior do
baixas de posto, exclusões, recebimentos e entregas de dinheiro Estado.
e, finalmente, tudo que alterar para mais ou para menos o 90- Autorizar em casos especiais praças de sua unidade trajarem
pessoal ou a carga geral do corpo. a civil, mediante ordem escrita conduzida pela praça.
64- Prestar informações escritas ao Comandante Geral sobre
quaisquer fatos graves publicados pela imprensa com relação ao SUB – COMANDANTE
serviço do pessoal sob seu comando.
65- Classificar os corneteiros, clarins e músicos, na forma que a Art. 161 - O Sub-Comandante e o auxiliar e substituto imediato
lei estabelece. do Comandante, seu intermediário na expedição de todas as
66- Visar os pedidos de material e as quais do que for recolhido ordens relativas a instrução, disciplina e serviços gerais cuja
aos Serviços. execução cumpre-lhe fiscalizar.
67- Mandar fornecer pelo Almoxarifado os artigos pedidos pelas
sub-unidades e repartições. Art. 162 - Alem das atribuições e deveres estabelecidos em
68- Permitir as praças casadas pernoitarem fora do Quartel e outros regulamentos, incumbe ao Sub-Comandante mais o
fixar o numero das solteiras que podem ser dispensadas da seguinte:
revista do recolher. 1- Superintender os trabalhos da Casa das Ordens e organizar o
69- Conceder licença de acordo com a lei em vigor. boletim interno auxiliado pelo Ajudante e conforme as
70- Mandar ao medico da unidade as partes de doente dos determinações do Comandante.
oficiais e remete-las ao Estado Maior depois de atestadas; as 2- Secundar o Comandante na instrução da unidade,
unidades do interior remeterão as atas de inspeção de saúde. colaborando na sua organização e fiscalizando-lhe a execução.
71- Mandar incluir na carga tudo que for fornecido a unidades 3- Encaminhar ao Comandante todos os documentos que
pelas repartições competentes ou adquirido pelo conselho de dependem de sua decisão devidamente informados, salvo os que
Administração, salvo artigos de aplicação imediata ou consumo disserem respeito a fiscalização.
em prazo curto. 4- Cooperar com o Comandante na instrução dos oficiais,
72- Fazer baixar ao Hospital o oficial que der parte de doente dirigindo as partes da mesma que lhe forem confiadas.
depois de escalado para qualquer serviço ou achando-se o corpo 5- Esforçar-se para que a unidade disponha dos elementos
com ordem de marcha, comunicando em seguida ao Estado indispensáveis a execução do programa de instrução.
Maior. 6- Levar ao conhecimento do Comandante as ocorrências que
73- Desarranchar as praças de acordo com as prescrições em não lhe caibam resolver.
vigor. 7- Dar conhecimento ao Comandante de todas as deliberações
74- Inspecionar ou fazer inspecionar periodicamente as guardas que tenha tomado por iniciativa própria.
e destacamentos fornecidos pela unidade. 8- Assinar documentos e tomar providencias de caráter urgente
75- Preencher os cargos vagos mediante propostas das na ausência do Comandante, dando-lhe conhecimento na
autoridades interessadas, ouvindo os comandos intermediários a primeira oportunidade.
que estejam subordinados os propostos. 9- Velar permanentemente pela conduta civil e militar dos
76- Mandar proceder a Inquérito Policial militar de acordo com oficiais e praças, principalmente dos primeiros, para a
a legislação em vigor. manutenção da disciplina e a possibilidade de informar ao
77- Publicar em boletim quaisquer alterações sobrevindas nos comandante quando necessário.
sinais característicos das praças sob seu comando. 10- Ter a seu cargo o livro de informações de que trata o
78- Comunicar ao Chefe do Estado Maior o lugar onde se acham Regulamento de Promoções.
os oficiais e praças denunciados pela Auditoria de Guerra. 11- Escalar os oficiais e superintender as escalas de praças para
79- Fazer manter em dia pelo veterinário a caderneta individual os serviços gerais e extraordinários.
dos animais da unidade. 12- Assinar todos os documentos referentes ao comandante .
80- Encaminhar requerimentos de seus subordinados desde que 13- Autenticar todos os livros da unidade, excepto os da
estejam dentro das normas regulamentares, informando-os secretaria e dos serviços administrativos.
devidamente de maneira a facilitar o despacho da autoridade 14- Manter em dia um quadro discriminativo das praças
superior e evitar sua volta para esclarecimentos. empregadas eventuais.
81- Remeter toda a documentação das praças transferidas.

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15- Inspecionar periodicamente a escrituração das repartições 7- Fornecer ao Sub-Comandante todas as informações de que
sob sua jurisdição, providenciando para que esteja sempre em este necessitar relativas a sua função para publicação em boletim
dia. se for o caso.
16- Orientar os oficiais no cumprimento de seus deveres, 8- Conferir as folhas e relações de vencimentos, pedidos, mapas,
particularmente na aquisição dos conhecimentos peculiares a pres, guias e todos os demais documentos relacionados com
arma, providenciando para que os sargentos e outras praças vencimentos e material.
conheçam também sua s obrigações. 9- Visar todas as contas de despesas depois de atestadas de que
17- Propor ao comandante as modificações que julgar os artigoa foram recebidos e conferidos por que de direito.
convenientes ao serviço, desde que não sejam contrarias as 10- Não permitir a aquisição de gêneros alimentícios ou
prescrições regulamentares ou as ordens superiores. forragem de ma qualidade, examinando sempre essas
18- Responder pela pontualidade das formaturas gerais, mercadorias previamente em companhia do aprovisionador, do
mandando executar os toques e dando as ordens necessárias. Medico, do oficial de dia e de um comandante de sub-unidade,
19- Mandar conservar afixada na porta da Casa das Ordens e no fazendo lavrar no talão de pedido o competente termo que será
Estado Maior uma relação das residências dos oficiais da por todos assinado.
unidade. 11- Com os oficiais citados acima verificar a quantidade e
20- Averiguar cuidadosamente as faltas imputadas aos oficiais e estado dos gêneros que passaram de uma para outra quinzena.
praças, ouvindo os acusados e informando ao comandante. 12- Conferir com os comandantes de sub-unidade, almoxarife,
21- Inspecionar os elementos que tiverem de destacar e assistir secretario, diretor da escola regimental, etc., os mapas
frequentemente a parada diária e outras que se realizarem. trimestrais de carga e descarga do material respectivo,
22- Apresentar ao comandante para ser assinado, nos dias rubricando-os.
determinados, o mapa do pessoal destinado ao Estado Maior, 13- Ter a seu cargo uma grade para abonar o numero de etapas
entregando-o depois ao secretario para encaminha-lo. das praças e outra para o abandono das rações de forragem dos
23- Permitir que os oficiais de sua escala troquem de serviço, animais, conforme alterações publicadas em boletim, a fim de
publicando a alteração em boletim, isso se não houver poder fiscalizar diariamente as grades e vales do rancho e das
inconveniente. sub-unidades.
24- Visitar as enfermarias onde estiverem em tratamento oficiais 14- Assistir frequentemente a saída dos gêneros para as
e praças da unidade, transmitindo ao comandante as reclamações refeições diárias, a distribuição do rancho as praças e da
que lhe forem feitas. forragem aos animais, providenciando sobre qualquer falta e
25- Receber diariamente o comandante, cientificando-o de todas irregularidade que encontrar.
as ocorrências e novidades e das providencias que tenham 15- Verificar o motivo de estrago ou extravio de material
tomado. pertencente a carga do corpo, informando ao comandante.
26- Fiscalizar assiduamente a Escola Regimental, verificando se 16- Fiscalizar o pagamento de vencimentos as praças,
o ensino e ministrado de acordo com o programa. providenciando para lhe sejam entregues no prazo regulamentar
27- Fazer organizar as alterações dos oficiais e sub-tenentes, ate as partes de pagamentos e balancetes, assim como a relação
o dia 5 de Janeiro de cada ano,para serem assinadas pelo nominal das praças destacadas com recibo de cada uma delas.
comandante e remetidas ao Estado Maior. 17- Velar pela pontual distribuição dos fardamentos vencidos
28- Receber a documentação diária interna. pelas praças.
18- Fazer parte do Conselho de Administração como relator.
Art. 163 - O Fiscal Administrativo e o auxiliar imediato do 19- Quando houver falta de subalternos nas sub-unidades para
Comandante na administração do Corpo (fundos, material e assistir ao pagamento de vencimentos das praças, providenciar
subsistência ): e o principal responsável pela observância de para que essa falta seja suprida por outros oficiais.
todas as disposições regulamentares relativas a administração. 20- Exercer o controle geral dos serviços da unidade em
§ 1º - O cargo de Fiscal Administrativo será exercido por um campanha ou em manobras, providenciando sobre o emprego de
capitão, de preferência o mais moderno, ressalvados os casos homens, de conformidade com as ordens do comandante.
das organizações especiais. 21- Informar imediatamente ao comandante sobre qualquer
§ 2º - O Fiscal Administrativo agira sempre em nome do abuso, desídia ou irregularidade de que tomar conhecimento ,
Comandante. para que este tome as providencias necessárias, tendo em vista
§ 3º - Em seu impedimento será substituído por em capitão evitar danos a Fazenda do Estado.
designado pelo comandante ou pelo chefe do serviço. 22- Dirimir as duvidas que houverem entre os diferentes órgãos
executores, ressalvado o direito de recurso para o comandante.
Art. 164 - São atribuições do Fiscal Administrativo: 23- Deligenciar para que as contas sejam pagas com presteza.
1- Observar e fazer cumprir com exatidão as ordens e instruções 24- Exercer rigorosa fiscalização sobre os pagamentos de
relativos a administração da unidade (fardamento, equipamento, descontos em favor de terceiros, de forma a evitar que valores
vencimentos e alimentação do pessoal, forragem, veículos e alheios permaneçam em cofre mais de 15 dias.
materiais em geral). 25- Redigir os artigos para o boletim referente a assuntos
2- Inspecionar com freqüência a escrituração do Almoxarifado administrativos.
Aprovisionamento, Seção Administrativa, etc.. 26- Apor “o Visto” com a assinatura ou “rubrica” nos cheques
3- Rubricar os livros a cargo das repartições acima e das sub- extraídos pelo Tesoureiro.
unidades, de acordo com as disposições legais. 27- Solicitar ao comandante a verificação do dinheiro em cofre
4- Ter perfeito conhecimento dos regulamentos e do sistema de sempre que julgar conveniente a boa marcha do serviço.
escrituração adotado. 28- Fiscalizar as despesas feitas por conta dos recursos da
5- Inspecionar constantemente as dependências do quartel, unidade.
especialmente o rancho, cavalariças, prisões, alojamentos, etc.. 29- Examinar os pedidos de fundos ou de material feitos pelas
6- Propor ao Comandante as modificações que julgar frações destacadas e propor ao comandante a fixação dos
convenientes ao serviço, tendo em vista prescrições que julgar quantitativos a lhes serem enviados.
convenientes ao serviço tendo em vista prescrições 30- Requisitar do comandante da unidade, sempre que julgar
regulamentares e as ordens superiores. necessário, a presença de técnicos ou peritos, por ocasião de
entradas ou recebimentos de material, quando este exigir exames
que litativo.

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31- Transmitir aos oficiais que exercem funções administrativas recorrendo a autoridade superior quando não estiver em sua
ordens e instruções relativas aos serviços peculiares a cada um. alçada resolver.
32- Organizar e assinar, na primeira quinzena de Janeiro, os 15- Ter conhecimento da instrução de sua arma, dos
mapas dos artigos provenientes dos diversos órgãos provedores regulamentos em vigor na força, das ordens referentes ao serviço
a fim de serem remetidos a cada um deles. e da escrituração geral da unidade.
33- Prestar informações e dar pareceres sobre assuntos da sua 16- Instruir os sargentos em relação aos seus deveres nos
competência. diversos serviços diários.
34- Ter a seu cargo o mapa-carga geral. 17- Escalar o serviço dos graduados, corneteiros ou clarins.
18- Ter uma escala dos oficiais da unidade, para escalar
Art. 165 - O Fiscal Administrativo não participa de serviços qualquer serviço na ausência do sub-comandante, comunicando
extremos a sua função; toma parte, porém, na instrução dos logo que possível a alteração ocorrida.
oficiais, formaturas gerais, solenidade, etc.; concorre somente a 19- Verificar diariamente, pelos mapas das sub-unidades, a tropa
substituição do comando e sub-comandante. disponível para o serviço afeto a unidade.
20- Procurar conhecer a conduta civil e militar dos sub-tenentes
Art. 166 - Nas suas atribuições, o Fiscal Administrativo e sargentos.
entender-se-á diretamente com o comandante, de quem recebera 21- Organizar, coadjuvado pelo primeiro sargento ajudante e
as ordens relativas ao serviço. auxiliar de escrita, toda a escrituração da Casa da Ordem,
respondendo perante o sub-comandante pela exatidão dos papeis
Art. 167 - Junto ao seu gabinete o Fiscal Administrativo disporá fornecidos pela mesma repartição.
de uma Seção Administrativa, constituída por elementos da 22- Indicar as praças que devam servir como auxiliares de
própria unidade e destinada a coadjuva-lo no controle da escrita na Casa das Ordens.
documentação respectiva. 23- Permitir que os sargentos e sub-tenentes, cabo e corneteiros
ou clarins permutem serviços, cientificando disso ao sub-
AJUDANTE comandante.
24- Não permitir que os corneteiros ou clarins alterem os toques
Art.168 - O Ajudante é o auxiliar imediato do sub-comandante. estabelecidos na respectiva ordenança.
Parágrafo único - Será o comandante da sub-unidade extra- 25- Fiscalizar o asseio, uniformidade e compostura militar de
numeraria, ressalvados os casos de organizações especiais. todas as praças do Corpo.
26- Passar revista as guardas, patrulhas, destacamento e nas
Art. 169 - Como Comandante da sub-unidade, extra numeraria, praças que entrares de serviço, providenciando sobre a
incumbe-lhe deveres e atribuições semelhantes aos de substituição das que faltarem ou que não estiverem em
comandante de sub-unidade. condições.
27- Rondar frequentemente guardas, postos e patrulhas da
Art. 170 - No desempenho das demais funções inerentes a seu unidade, participando ao sub-comandante qualquer
cargo compete-lhe: irregularidade que encontrar.
1- Coordenar e executar o serviço de ordens sob a orientação do 28- Entregar ao Secretario copias dos boletins da unidade, para
sub-comandante. serem remetidas a quem de direito.
2- Organizar e manter em dia as relações de oficiais e praças 29- Entregar a Secretaria os documentos que tiver recebido e
para efeito das escalas de serviço. cujos despachos já tenha cumprido, arquivando na Casa das
3- Organizar e manter em dia o registro da instrução dos oficiais. Ordens os mapas diários e roteiros.
4- Relacionar e organizar o arquivo dos documentos da 30- Organizar e submeter a rubrica do sub-comandante, a fim de
instrução em geral, para facilidade de consultas e inspeções. serem colocadas nos corpos de guarda, as instruções especiais
5- Organizar os mapas, relações e demais documentos relativos sobre os deveres do comandante e das praças da guarda.
ao efetivo do corpo, que devam ser encaminhados a outras 31- Providenciar para que todas as praças designadas para
autoridades. destacar deixem sua assinatura em livro especial a seu cargo.
6- Organizar o mapa do efetivo da unidade e apresenta-lo ao
sub-comandante, com a devida antecedência, sempre que houver SECRETARIO
formatura do corpo.
7- Responder pela carga do material distribuído a Casa das Art. 171 - O Secretario é o responsável pela marcha dos
Ordens e ao Gabinete do sub-comandante. trabalhos da Secretaria, incumbindo-lhe:
8- Comandar a parada diária, de acordo com o que prescreve 1- Dirigir a escrituração referente a correspondência, ao arquivo
este Regulamento. e ao registro das alterações dos oficiais.
9- Propor as praças para aprendizes de musica, corneteiros ou 2- Fazer de próprio punho toda a correspondência cuja natureza
clarins, ouvidos os comandantes de sub-unidade e o medico e assim o exigir.
por indicação do Inspetor das Bandas. 3- Organizar e manter em dia os documentos de caráter sigiloso
10- Propor para musica, corneteiros ou clarins de classe os que lhe forem entregues pelo comandante ou chefe de serviço.
aprendizes habilitados e de boa conduta, os músicos, corneteiros 4- Subscrever certidões e papeis análogos que devem ser
ou clarins que devam ser elevados de classe, de acordo com as assinados pelo comandante.
instruções em vigor e ouvido o Inspetor das Bandas. 5- Reunir e entregar diretamente ao sub-comandante a
11- Organizar e manter em dia a relação nominal dos oficiais da correspondência oficial externa, depois de devidamente
unidade, com os endereços e telefones, colocando-a num quadro protocolada e posta em dia.
e em lugar bem visível, na sala do oficial de dia. 6- Trazer em dia, em livros especial, o histórico da unidade.
12- Ter a seu cargo a sala de recepção do Corpo. 7- Conferir e autenticar as copias mandadas extrais de
13- Organizar e manter em dia um resumo das ordens internas documentos existentes no arquivo.
de caráter geral, o qual será afixado em quadros no seu gabinete 8- Manter o arquivo na mais completa ordem.
e na sala do oficial de dia juntamente com a planta do quartel. 9- Responder pela carga do material distribuído ao Gabinete do
14- Vigiar com atenção tudo o que ocorre no quartel e comandante e a secretaria.
providenciar para corrigir as irregularidades que notar,

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10- Fiscalizar pessoalmente a expedição da correspondência, g) à amortização de dividas diversas, determinadas pelo
fazendo registrar no protocolo no qual será passado o comandante de acordo com o R.D.E.;
competente recibo. h) à qualquer outro fim legal ou regular.
11- Ter sempre em dia e de acordo com os modelos adotados a 11- Comunicar ao Fiscal Administrativo, por escrito, todos os
escrituração dos livros a seu cargo. recebimentos de dinheiro e todos os pagamentos efetuados,
12- Não consentir que sejam retirados livros ou documentos da solicitando sua publicação em boletim. As partes devem
secretaria sem ordem do comandante e recibo da pessoa que os mencionar o destino dado às importâncias recebidas e os nomes
tiver pedido, verificando ao serem restituídos se estão no estado das pessoas naturais ou jurídicas a quem forem efetuados os
em que foram entregues, em caso contrario, participar o fato ao pagamentos.
comandante. 12- Ter em dia e em ordem a escrituração dos livros da
13- Organizar o termo de deserção das praças excluídas por Tesouraria, sendo responsável pelas irregularidades encontradas
terem cometido esse delito, devendo o mesmo ser arquivado pelo comandante, fiscal ou outras autoridades superiores quando
com a parte acusatória e demais documentos, depois de assinado em inspeção.
pelo comandante e testemunhas. 13- Remeter a quem de direito, dentro de 15 dias, as
14- Tomar os apontamentos necessários para a organização do importancias descontadas dos vencimentos de oficiais e praças,
relatório anual da unidade. assim como dinheiro recebido a mais, etc., comunicando tudo ao
15- Receber toda a correspondência destinada ao corpo , Fiscal Administrativo para publicação em boletim. As despesas
encaminhando a oficial ao sub-comandante e entregando a de remessa serão descontadas antecipadamente.
particular ao Ajudante para a devida distribuição. 14- Examinar detidamente todos os documentos que tive de
assinar, pagar ou informar, visando certificar-se se estão
Art. 172 - O cargo de Secretario e incompatível com qualquer organizados de acordo com as normas administrativas,
outro e será exercido efetivamente por um oficial subalterno princípios de contabilidade de fundos e conforme a legislação
nomeado pelo comandante, não podendo servir por mais de dois especial sobre vencimentos, vantagens, etc..
anos sem reversão a outros serviços por tempo igual pelo menos. 15- Exigir no ato do pagamento, recibo ou quitação de oficiais,
praça ou fornecedor ou qualquer outra pessoa a quem deve pagar
TESOUREIRO ou entregar qualquer importância.
16- Acertar as contas dos oficiais, quando os mesmos tiverem de
Art. 173 - O tesoureiro é o encarregado de receber os fundos se afastar da unidade, fornecendo-lhes as respectivas guias com
destinados a unidade administrativa, efetuar os pagamentos todos os esclarecimentos.
regularmente ordenados pelo comandante e organizar o processo 17- Organizar os balancetes de prestação de contas da
de prestação de contas mensais da administração. Administração, de acordo com as normas em vigor, bem como a
Parágrafo único - O cargo de Tesoureiro será exercido por um demonstração mensal de todas as receitas, despesas e saldos.
primeiro tenente de livre escolha do comandante da unidade, Esta demonstração será conferida pelo Fiscal Administrativo e
competindo-lhe: depois publicada em boletim.
1- Dirigir os trabalhos de contabilidade, fundos e respectiva 18- Diligenciar para que a prestação de contas mensal tenha
escrituração, de acordo com a legislação vigente e os modelos lugar dentro do prazo estabelecido pelo Regulamento de
adotados na Brigada Militar. Administração, providenciando para que os balancetes sejam
2- Receber as importâncias destinadas aos vencimentos dos remetidos ao Serviço de Fundos até a data fixada no referido
oficiais e praças da unidade, organizando os documentos para os regulamento.
saques no Serviço de Fundos, na forma estabelecida no 19- Solicitar providencias ao Fiscal Administrativo a fim de que
respectivo Regulamento. os agentes a quem tiver feito adiantamentos prestem suas contas
3- Efetuar o pagamento dos vencimentos das praças aos nos prazos regulamentares, mantendo para esse fim em dia a sua
comandantes de sub-unidade e mediante o respectivo recibo. escrita e controle.
4- Efetuar o pagamento, individualmente, aos oficiais, aspirantes 20- Preparar os cheques a serem emitidos contra o
a oficiais e sub-tenentes. estabelecimento bancário em que se encontre recolhido o
5- Efetuar os pagamentos aos fornecedores desde que as contas dinheiro da unidade.
estejam convenientemente processadas. 21- Ponderar sobre qualquer ordem de pagamento que não deva
6- Por intermédio dos comandantes de sub-unidade, efetuar os ser cumprida por falta de fundamento legal ou que, por sua
pagamentos dos vencimentos das praças que não compareceram natureza, possa redundar em prejuízo da Fazenda do Estado.
a formatura para esse fim. 22- Apresentar ao Comandante, quando este determinar, a
7- Efetuar qualquer pagamento regular ordenado pelo demonstração dos recursos e dos compromissos assumidos pela
comandante, tomando as providencias necessárias quando as unidade
contas não tiverem sido processadas por quem de direito. 23- Dar quitação de todas as importâncias e valores que lhe
8- Efetuar os adiantamentos em dinheiro ordenados pelo forem entregues para qualquer fim.
comandante ao almoxarife, aprovisionador ou a qualquer outro 24- Levar ao conhecimento do Fiscal Administrativo qualquer
agente executar. irregularidade verificada nos documentos concernentes e
9- Arrecadar as rendas da unidade e as receitas do Estado de pagamentos, remessa ou recebimentos de dinheiro.
acordo com a legislação vigente. 25- Organizar e assinar todos os documentos necessário ao
10- Descontar dos vencimentos dos oficiais e praças na forma recebimento de dinheiro do S.F. ou Banco.
das ordens em vigor as importâncias correspondentes: 26- Permanecer na Tesouraria nos dias de pagamento de
a) aos pecúlios de previdência; Vencimentos nas sub-unidades até a hora designada pelo Fiscal.
b) as mensalidades para a I.B.C.M.; 27- Submeter ao Fiscal Administrativo, para a devida
c) as consignações para amortização de casa, aquisição de Conferencia, todos os documentos de receita e despesa
prédio, alugueis, alimentação de família, etc.; organizados na tesouraria, depois de assinados.
d) as pensões judiciárias; 28- Prestar informações e dar pareceres sobre assuntos de sua
e) as indenizações de danos causados a Fazenda do Estado e a inteira competência.
aquisição de material para reposição; 29- Recolher no mesmo dia ao cofre de três chaves ou ao Banco
f) aos estabelecimentos provedores (fardamento, medicamento, depositário as quantias recebidas de qualquer procedência, desde
etc.); que não se destinem a pagamento imediato.

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30- Fazer organizar em três vias as guias de remessa de dinheiro 12- Não entregar artigo algum de sua carga sem pedido
destinado a outras unidades, serviços ou destacamentos, legalizado ou ordem da autoridade competente.
explicando nas observações o motivos da remessa. Uma via 13- Distribuir às forças e serviços da unidade, mediante pedido
ficara no arquivo, com anotação do vale postal ou certificado de legalizado, o material mandando fornecer, dando nota para
registro de remessa; as outras duas serão encaminhadas, publicação em boletim.
voltando uma com a respectiva quitação . 14- Ter todo o material permanente e o mobiliário marcado com
31- Apor nos documentos de despesa, depois de efetuado o etiqueta em que figurem numero, valor e grupo da classificação.
pagamento, o carimbo pago, datando e rubricando. 15- Receber e examinar com o Fiscal Administrativo é o oficial
32- Ter a seu cargo os seguintes livros: designado pelo Comandante o material destinado ao Corpo,
a) Livro de primeiras notas (borrador), assinando com os mesmos o respectivo termo de recebimento e
b) Caixa; exame.
c) Livro de vencimentos de oficiais; 16- Receber dos órgãos provedores o material destinado à
d) Registro das importâncias de terceiros. unidade, assumindo toda a responsabilidade decorrente.
33- Ter os seguintes carimbos: 17- Guardar as amostras, modelos e tipos, autenticados, pelo
a) “Pago” com lugar para e rubrica; Comandante e pelos quais é o único responsavel.
b) “Receita” ou “despesa”. 18- Propor ao Fiscal Administrativo tudo quanto julgar
c) Declaração de que a conta contem os selos de apresentação, necessário e que venha beneficiar a vida material da unidade,
duplicata e recibo; como: aquisições, cargas, descargas, transformações, balanço,
d) declaração da via e do numero do documentos; arrumações, etc.
e) outros carimbos que se tornarem necessários. 19- Ter a seu cargo os veículos da unidade, velando para a
34- O Tesoureiro é responsável: conservação dos mesmos e dos arreios respectivos.
a) Pelo dinheiro que receber ate que justifique o destino que 20- Fiscalizar o serviço de iluminação do quartel, diretamente
lhe deu; entregue a responsabilidade do 1º sargento almoxarife.
b) pelos pagamentos ilegais que efetuar; 21- Ter a seu cargo as oficinas instaladas na unidade,
c) pelos erros de calculo; organizando mensalmente um mapa da matéria prima
d) pelo emprego dissimulado de dinheiro da unidade; consumida e relacionando o pessoal e a ferramenta distribuída a
e) pelas emendas e alterações de escrita. cada uma delas.
22- Conservar sempre em seu poder as chaves do almoxarifado.
ALMOXARIFE 23- Receber das diversas repartições e sub-unidade todo o
material em guia, visada pelo Fiscal e com o “Recolha-se” do
Art. 174 - O cargo de almoxarife será exercido por um oficial comandante.
subalterno da escolha do comandante da unidade. 24- Dirigir o acondicionamento do material que deva ser
§ 1º - Sendo o principal encarregado do material, compete-lhe: remetido a qualquer fração da unidade ou a outro destino,
1- A gestão e contabilidade do material a seu cargo, mantendo enviando uma guia dentro do próprio volume e outra idêntica
em ordem e em dia a respectiva escrituração, de acordo com a com o oficio de comunicação.
legislação em vigor. 25- Assinar todos pedidos da unidade relativos à sua repartição.
2- Efetuar as compras e mandar realizar os consertos ou § 2º - O almoxarife é responsável:
reparações no respectivo material, determinados pelo a) Pela existência, bom estado, asseio e conservação do material
comandante, certificando-se se tudo esta sendo feito como foi a seu cargo.
determinado. b) Pelas saídas e distribuição irregulares de material.
3- Ter a seu cargo o almoxarifado da unidade, esforçando-se c) Pela omissão de entrada de material.
para que todos os artigos sejam guardados convenientemente. d) Pelo atrazo da escrituração.
4- Participar ao Fiscal Administrativo ou estragos ou e) Pela saída de qualquer veiculo sem autorização do
deterioração de qualquer material confiado à sua guarda, comandante ou fiscal administrativo.
solicitando as providencias que forem necessárias.
5- Informar, antes de serem submetidos a despacho do Art. 175 - O almoxarife é inseparável da unidade e será
comandante, os pedidos de material a seu cargo, verificando se auxiliado no desempenho de suas funções pelo 1º sargento
estão de acordo com as ordens ou tabelas em vigor e prestando, almoxarife.
ainda, os esclarecimentos de que a mesma autoridade carecer.
6- Ter uma relação de todo o material distribuído sem Art. 176 - Em suas faltas ou impedimentos o almoxarife será
responsável direto permanente, com designação dos lugares em substituído por um subalterno designado pelo comandante.
que se acham.
7- Examinar as contas e outros documentos atinentes aos Art. 177 - Em caso de substituição do almoxarife será encerrado
fornecimentos realizados ou serviços prestados à unidade, o livro de “Carga e Descarga” do material a seu cargo, folha por
processa-los para fins de pagamento e entrega-los à Tesouraria folha e artigo por artigo e por ele feita a transmissão da carga.
mediante protocolo. § 1º - A entrega da carga pelo almoxarife será feita dentro do
8- Processar os documentos de receita referentes às rendas da prazo máximo de trinta dias.
unidade afetas ao almoxarifado, entregando-os ao Tesoureiro em § 2º - Aos gestores de quaisquer depósitos vinculados à
protocolo. administração da Brigada Militar, cabem as funções atribuídas
9- Receber do Tesoureiro as importâncias destinadas às despesas ao almoxarife no que lhes forem aplicáveis.
miúdas de pronto pagamentos ou à outras quaisquer
determinadas pelo comando. APROVISIONADOR
10- Prestar contas, por ocasião da reunião do Conselho de
Administração, ou quando o Fiscal Administrativo julgar Art. 178 - O cargo de Aprovisionador será exercido por um
oportuno, do dinheiro que lhe for confiado para atender às oficial subalterno da escolha do comandante da unidade.
necessidades de sua competência. § 1º - O Aprovisionador é o principal responsável pela execução
11- Relacionar as despesas miúdas de pronto pagamento que do serviço de aprovisionamento da unidade, competindo-lhe:
haja efetuado, submetendo-as ao “Conferido” do Fiscal
Administrativo e a aprovação do Comandante.

115
1- Dirigir os trabalhos do rancho da unidade, de acordo com os Art. 179 - Alem dos encargos que lhe são particularmente
preceitos regulamentares, executando ou fazendo executar a atribuídos em outros regulamentos, compete ao comandante de
escrituração respectiva. sub-unidade:
2- Receber, guardar, conservar nas melhores condições e 1- Educar militarmente seus comandados, orientando-os no
distribuir os viveiros e a forragem de conformidade com as sentido da compenetração do dever e exercendo seu comando
tabelas em vigor. com critério e espírito de justiça.
3- Receber todo o material do rancho e zelar pela sua guarda e 2- Ter sempre em vista que o comando de uma sub-unidade é a
conservação. verdadeira escola de comando, onde o oficial aprimora suas
4- Fazer as compras diretas autorizadas pelo comandante, no que virtudes militares e adquire a energia capaz de manter e elevar o
se referir ao serviço de aprovisionamento. nível moral da tropa.
5- Fiscalizar os serviços do rancho e zelar pela disciplina do 3- Procurar conhecer com segurança a personalidade,
pessoal da cozinha, copa e refeitórios. inteligência e preparo profissional de cada um de seus oficiais e
6- Manter em ordem a escrituração que lhe esta afeta. praças, para melhor orientar-se no comando, exigindo esforços
7- Submeter ao Fiscal Administrativo para verificação ou compatíveis com as possibilidades de cada um.
conferencia e conseqüente aposição do “Visto” ou “Conferido”, 4- Procurar desenvolver especialmente entre seus comandados o
conforme o caso, os documentos organizados no Serviço de sentimento do dever e o devotamente à Pátria, levando sempre
Aprovisionamento. em conta que a finalidade precípua da tropa é a preparação para
8- Proceder, no fim de cada mês, na presença do Fiscal a guerra, alem dos serviços especiais atribuídos à Força.
Administrativo o balanço dos viveres e da forragem existentes 5- Exigir de seus oficiais sargentos e cabos a compenetração das
nos depósitos, apresentando-lhe mapas demonstrativos do que responsabilidades correspondentes à autoridade de cada um, que
foi consumido durante o mês com indicação do que passou para devera fundamentar-se no cumprimento rigoroso do dever, na
o mês seguinte. máxima dedicação ao serviço e no perfeito conhecimento dos
9- Fazer com a necessária antecedência os pedidos de viveres e regulamentos e ordens em vigor, para que possam ter autoridade
de forragem na forma das instruções respectivas, levando em moral indispensável para servirem de exemplo aos seus
conta as economias realizadas para o devido abatimento, quando subordinados.
for o caso. 6- Considerar a sub-unidade como uma família, de que deve ser
10- Fazer com a necessária antecedência os pedidos de viveres o chefe enérgico e justo, interessando-se para que a todos os
de consumo imediato. seus membros se faça inteira justiça.
11- Organizar a grade do rancho, bem como a de forragem, 7- Cuidar com especial atenção da educação moral e cívica de
dando mensalmente, às diversas vias, depois de assinadas por si suas praças, principalmente recrutas.
e conferidas pelo Fiscal Administrativo, o destino previsto pelas 8- Informar à autoridade superior ao encaminhar pedidos de
ordens em vigor. licença para casamento de seus subordinados.
12- Apresentar ao Fiscal Administrativo, semanalmente, o 9- Administrar sua sub-unidade, velando com carinho especial
cardápio do rancho, organizado para a semana seguinte, com o pelo conforto e bem estar de suas praças.
fim de variar a alimentação das praças. 10- Zelar pela saúde de seus comandados e esforçar-se para que
13- Distribuir os viveres e forragem para o consumo diário, na as praças adquiram hábitos salutares de higiene física e moral,
presença do oficial de dia. aconselhando-as frequentemente nesse sentido.
14- Examinar, pesar, medir ou contar os viveres e forragens, 11- Interessar-se pelos seus elementos quando enfermos,
tanto os fornecidos pelos estabelecimentos provedores como os levando-lhes o conforto de sua visita sempre que possível e
adquiridos pela unidade. prestando-lhes a necessária assistência, moral e material.
15- Comunicar ao Fiscal Administrativo todas as ocorrências 12- Providenciar para que sejam passados os atestados de
verificadas no rancho, deteriorização de viveres, forragens, etc.. origem aos seus comandados, de acordo com as instruções
16- Propor ao Fiscal Administrativo tudo que julgar conveniente reguladoras do assunto.
para melhorar condições do rancho e depósitos de viveres e 13- Encaminhar ao Comandante do corpo os documentos
forragem. comprovantes do estado de casado e arrimo de seus
17- Assistir todas as refeições nos dias úteis, salvo motivo de comandados, relacionando-os nominalmente com declaração dos
força maior. boletins que os tiver publicado.
18- Conferir e processar as contas referentes aos fornecimentos 14- Organizar e manter em dia uma relação nominal de todas as
de viveres, forragem e material de rancho, entregando-as ao praças da sub-unidade, com os respectivos endereços e os nomes
Fiscal Administrativo devidamente protocoladas. e endereços de suas famílias ou de pessoas por elas mais
19- Passar recibo nas primeiras vias dos pedidos dos diretamente interessadas, para efeito de comunicação importante
suprimentos a seu cargo, devolvendo-as aos fornecedores. a respeito das mesmas.
20- Providenciar sobre a venda dos resíduos do rancho estrume 15- Ouvir com atenção os seus comandantes e providenciar de
dos animais, mediante concorrência, quando não for utilizado acordo com os sãos princípios de justiça para que lhes sejam
pela unidade nas suas hortas e pocilgas. assegurados os seus direitos e satisfeitos os seus interesses
21- Receber do Tesoureiro os fundos destinados ás despesas de particulares, sem prejuízo da disciplina, do serviço e da
pronto pagamento. instrução.
22- Prestar contas das importâncias recebidas para custear as 16- Apreciar, perante a sub-unidade em forma, os atos
despesas do Aprovisionamento a reunião do Conselho de meritórios de seus comandantes que possam servir de exemplo,
Administração ou quando o Fiscal Administrativo julgar quer tenham sido ou não publicados em boletim.
conveniente. 17- Submeter, mediante parte, à decisão da autoridade superior
23- Prestar informações e dar pareceres sobre assuntos de sua os casos que a seu juízo merecerem recompensa ou punição
inteira competência. superior as suas atribuições.
§ 2º - A entrega da carga do Aprovisionador será feita dentro do 18- Acompanhar com solicitude os processos em que estejam
prazo regulamentar. envolvidos seus comandados, esforçando-se para que não lhes
§ 3º - Em suas faltas ou impedimentos será substituído por um falte os recursos legais de defesa em tempo oportuno.
subalterno designado pelo comandante da unidade. 19- Conceder dispensa da revista do recolher e do pernoite no
quartel às praças de bom comportamento e dentro do numero
DO COMANDANTE DE SUB – UNIDADE fixado pelo comandante.

116
20- Zelar pela conservação do material distribuído à sub-unidade 41- Fazer registrar diariamente pelos instrutores, em livro
e providenciar sobre as reparações e substituições necessárias. especial, a instrução por eles ministrada, as faltas verificadas, os
21- Providenciar para que se mantenham completas as dotações resultados obtidos e todas as observações úteis ao julgamento da
de material da sub-unidade, especialmente quanto à armamento, marcha de cada ramo da instrução, assim procedendo com a que
equipamento e demais matérias. pessoalmente ministrar.
22- Examinar frequentemente os animais da sub-unidade e suas 42- Escalar um oficial subalterno para seu auxiliar imediato na
cavalariças, verificando se as prescrições relativas ao trato e administração e disciplina da sub-unidade todos os meses, para
higiene são convenientemente observadas; providenciar junto ao orienta-lo na aplicação dos preceitos regulamentares e sem
veterinário para que a alimentação dos animais seja feita prejuízo das suas funções normais.
conforme o estado de cada um e a natureza dos trabalhos. 43- Ter perfeito conhecimento dos regulamentos, formulários e
23- Proporcionar aos animais treinamento gradual e progressivo, ordens gerais em vigor assim como da instrução pratica da sua
tendo em vista preservar o vigor da cavalhada. arma.
24- Fiscalizar a distribuição de forragem dos animais de sua sub- 44- Conhecer também a escrituração geral da unidade e
unidade. principalmente a parte que estiver a seu cargo.
25- Responsabilizar os comandantes de pelotões ou seções: 45- Ter conhecimento perfeito das habilitações, defeitos e
a) pela boa ordem dos serviços internos de seus elementos; virtudes de cada um de seus comandados, ficando em condições
b) pela instrução profissional e educação moral e militar de seus de prestar qualquer informação.
homens e pelo asseio e conservação dos uniformes. 46- Punir as praças de sua sub-unidade de acordo com o R.D.E.,
c) Pelo asseio nas dependências que ocupem; participando ao sub-comandante para a devida publicação em
d) Pelo estado dos respectivos animais; boletim.
e) Pela guarda, conservação e limpeza do material a seu cargo. 47- Responsabilizar-se por todos os papeis que assinar ou
26- Fiscalizar freqüentemente os pelotões (seções) não só para rubricar, devendo examina-los com a máxima atenção para
tornar efetiva a responsabilidade prevista no numero anterior evitar erros ou comissões, trazer consigo um mapa do pessoal da
como também para manter a indispensável unidade de instrução, sub-unidade.
disciplina e administração da sua sub-unidade, sem prejuízo da 48- Mandar organizar sob suas vistas e assinar as relações
iniciativa e autoridade de seus oficiais. mensais dos vencimentos das praças; receber do tesoureiro a
27- Efetuar o pagamento das praças no dia e hora determinados importância correspondente e proceder o pagamento em
pelo boletim da unidade, recolhendo à tesouraria até o dia presença dos oficiais subalternos, os quais assistirão também a
seguinte os vencimentos das praças que tenham faltado à distribuição do fardamento.
formatura. 49- Providenciar para que sejam guardados na arrecadação da
28- Apresentar ao Fiscal administrativo a parte de pagamento e sub-unidade e marcados convenientemente os objetos
balancete, no prazo regulamentar, assim como uma relação pertencentes as praças que ausentarem ilegalmente, baixarem ao
nominal das praças destacadas que receberam liquido com a hospital, em licença ou em diligencia.
assinatura de cata uma. 50- Apresentar ao sub-comandante o mapa do pessoal pronto
29- Fiscalizar a escrituração da Sub-unidade, providenciando todas as vezes que houver ordem de formatura geral.
para que se mantenha sempre em dia e em condições de ser 51- Mandar relacionar todo o armamento distribuindo às praças,
examinada pela autoridade superior competente. com designação do numero ou marca de cada arma.
30- Zelar pela boa apresentação de suas praças e pela correção e 52- Fazer marcar todo o fardamento e correame distribuído às
asseio nos uniformes, reprimindo qualquer alteração no plano praças.
em vigor. 53- Entregar na Casa das Ordens, até o dia 7 de cada mês as
31- Escalar o serviço normal da sub-unidade e os demais que à alterações do pessoal da sub-unidade relativas ao mês anterior.
mesma for determinado. 54- Rubricar os vales e pernoites de sua sub-unidade.
32- Permitir a troca de serviço às praças de sua sub-unidade; 55- Apresentar as guias das praças transferidas e todos os
somente antes de iniciado o serviço às que devam ficar sob as demais papeis que tiverem de ser preparados na sub-unidade
ordens de outra autoridade. sempre em tempo oportuno.
33- Assinar os documentos de baixas ordinárias à enfermaria ou 56- Averiguar cuidadosamente as faltas do pessoal trazidas ao
hospital; estando no quartel, assinara também as baixas seu conhecimento antes de tomar qualquer deliberação.
extraordinárias. 57- Exigir dos oficiais subalternos a colaboração de cada um,
34- Participar ao comandante da unidade por intermédio do sub- tendo em vista a ordem, a instrução e a disciplina da sub-
comandante ou fiscal administrativo as ocorrências havidas na unidade.
sub-unidade que escapem às suas atribuições, assim como as 58- Estabelecer a policia no interior da sub-unidade,
que, por sua importância, convenham ser levadas ao seu determinando que as praças permaneçam uniformizadas durante
conhecimento. as horas de expediente.
35- Por intermédio do sub-comandante, apresentar ao 59- Informar dentro de 4 dias, encaminhando ao comandante por
comandante as praças promovidas. intermédio do sub-comandante os requerimentos, queixas ou
36- Manter a ordem, o asseio e a disciplina em sua sub-unidade, representações apresentados pelos oficiais e praças da sub-
assegurando permanente serviço de guarda e policia dos unidade.
alojamentos e demais dependências. 60- Encaminhar qualquer documento ao Comandante da unidade
37- Providenciar sobre o arranchamento e desarranchamento das sempre por intermédio do sub-comandante ou do fiscal
praças da sub-unidade. administrativo.
38- Quando sua sub-unidade deva afastar-se do quartel, solicitar
providencias sobre sua alimentação e para o fornecimento dos DO OFICIAL DE EDUCAÇÃO FISICA
recursos médicos de urgência indispensáveis.
39- Inspecionar mensalmente o material da carga da sub- Art. 180 - Nos corpos de tropa um oficial subalterno com o
unidade, tornando efetiva a responsabilidade de seus detentores Curso de Educação Física exercerá as funções de oficial de
pelas faltas ou irregularidades encontradas. Educação Física, cabendo-lhe a direção técnica do
40- Assistir pessoalmente ou por intermédio de um oficial Departamento Desportivo Regimental e os encargos pelas
subalterno a leitura do boletim a sua sub-unidade. dependências destinadas à pratica de Esportes, sala de armas,
deposito de material, etc..

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Art. 181 - Ao oficial de Educação Física compete: 5- Proceder aos exames de corpo de delito e sanidade, aos
1- Auxiliar e esclarecer o comandante nos assuntos de sua inquéritos epidemiológicos determinados pelo comandante.
especialidade. 6- Providenciar “ex-oficio” para ser feito exame de delito e
2- Organizar e submeter à aprovação do comandante os respectivo auto, de acordo com o C.J.M., sempre que baixar ao
programas para educação física, de acordo com prescrições Hospital ou Enfermaria ferido ou doente que autorize a suspeita
regulamentares, assim como os programas para as competições de crime.
externas. 7- Proceder à exame da sanidade quando o ferido tiver alta do
3- Assistir às sessões de educação física e esportivas, Hospital ou Enfermaria ou quando, passando 30 dias do
conduzindo-as conforme os programas estabelecidos e as ferimento, lesão ou ofensa física não estiver o mesmo
instruções particulares do comandante. restabelecido.
4- Orientar e fiscalizar tecnicamente o trabalho dos monitores, 8- Ministrar às praças do Corpo a instrução de profilaxia e
sugerindo ao comandante as reuniões necessárias para higiene e de primeiros socorros médicos, de acordo com o
apreciações relativas à execução, ao estudo dos programas e programa de instrução.
organização das sessões. 9- Realizar conferencias técnicas para oficiais e sargentos de
5- Coadjuvar o comandante no treinamento físico dos oficiais, conformidade com o programa de instrução.
na instrução de esgrima e na instrução profissional relativa a sua 10- Organizar e ministrar a instrução dos especialistas de saúde,
especialidade. de acordo com as diretrizes do comandante.
6- Dirigir a instrução e o preparo físico e esportivo dos 11- Verificar frequentemente a qualidade dos alimentos,
sargentos. gêneros, condimentos, etc., participando ao comandante o que
7- Organizar as turmas de concorrentes às provas esportivas notar e sugerindo as medidas que julgar oportunas.
externas, com a colaboração do medico. 12- Dar ao comandante parte diária de todas as ocorrências e
8- Preparar, conduzir e dirigir as representações da unidade nas movimento do serviço a seu cargo, assinalando o movimento de
competições externas. doentes, em observação, convalescentes baixados, etc., para ser
9- Providenciar sobre a organização das fichas dos concorrentes publicada em boletim.
às competições esportivas individuais e coletivas. 13- Apresentar ao Fiscal Administrativo o mapa dos
10- Zelar pela conservação de todas as dependências e terrenos medicamentos consumidos durante o mês, para efeito de
destinados à pratica de exercícios físicos e esportes, depósitos e descarga.
material a seu cargo. 14- Prestar assistência médica as pessoas dependentes dos
11- Responder pelo cargo do material distribuído ao oficiais e praças da unidade, sem prejuízo de suas funções
Departamento Desportivo. normais. Esta assistência será prestada na forma do que
12- Colaborar com o medico e com os demais instrutores nos prescreve o regulamento do S.S.V.
trabalhos de classificação dos homens em grupos homogêneos e 15- Providenciar sobre a alimentação do pessoal baixado à
na apuração dos resultados da educação física. Enfermaria, examinando as dietas e fiscalizando sua
distribuição.
Art. 182 - O oficial de Educação Física exercerá essas funções, 16- Corresponder-se com o Chefe do S.S.V. quando se tratar de
em regra, sem prejuízo de suas atribuições normais na unidade, assunto técnico, dando ciência do mesmo ao comandante da
podendo, no entanto, ser dispensado das partes destas que unidade.
colidam com a sua atividade especializada. 17- Zelar pela boa ordem, asseio e disciplina da Formação
Sanitária.
Art. 183 - O oficial de Educação Física participará de toda a 18- Organizar e alterar permanentemente a escrituração da
instrução dos oficiais e dos exercícios táticos da unidade. Formação Sanitária e responder pela carga e conservação do
material que lhe for distribuído.
Art. 184 - Para os trabalhos de escrituração, guarda e 19- Ter sob sua guarda e responsabilidade pessoal os tóxicos e
conservação do material disporá o oficial de Educação Física de entorpecentes, conforme as instruções especiais sobre o assunto.
auxiliares designados pelo comandante por indicação sua. 20- Apresentar ao chefe do S.S.V., anualmente e por intermédio
do comandante da unidade, um relatório dos trabalhos efetuados
DO MEDICO pela Formação Sanitária.

Art. 185 - A cada Corpo de Tropa será distribuído um médico Art. 187 - O medico tem sobre o pessoal da Formação Sanitária
que é o único responsável perante o respectivo comandante pelo autoridade administrativa quando à organização e
estado sanitário do pessoal e pelas condições higiênicas do funcionamento do serviço e autoridade disciplinar durante a
quartel. execução do mesmo.
Parágrafo único - O medico da F.S.R. no que concerne à
disciplina e administração é subordinado ao comandante da Art. 188 - O medico participa da instrução dos oficiais nos
unidade, dependendo tecnicamente do Chefe do S.S.V. limites fixados pelo comandante.

Art. 186 - Ao medico da F.S.R., alem do que prescreve o Art. 189 - Nos Corpos e Estabelecimentos militares em que
Regulamento do Serviço de Saúde, incumbe mais o seguinte: existir farmácia, esta funcionara sempre que possível em uma
1- Passar diariamente a visita médica no pessoal apresentado das dependências da Formação Sanitária de que é parte
pelas sub-unidade, no horário fixado pelo comandante. integrante.
2- Proceder periodicamente à revista sanitária do pessoal de
acordo com as instruções a respeito. Art. 190 - No ponto de vista administrativo e disciplinar o
3- Inspecionar as dependências do quartel sempre que possível, Farmacêutico é subordinado ao comandante da unidade e no
apresentado ao comandante as sugestões que julgar necessárias, ponto de vista técnico e funcional, ao chefe da F.S.R., por
à melhoria de suas condições higiênicas. intermédio do qual se entenderá com o comandante neste último
4- Assegurar ao comandante a necessária assistência técnica, caso.
para verificações de alegações de moléstias e para verificação da
aptidão física dos homens para determinados serviços especiais.

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Art. 191 - As atribuições do Farmacêutico obedecerão o que Art. 199 - O Veterinário Regimental dirige o serviço de saúde e
estabelece o Regulamento do Serviço de Saúde e mais as higiene dos animais, pelo qual é responsável perante o
instruções especiais a ele relativas. comandante da unidade e autoridade técnicas superiores.

Art. 192 - Quando a unidade tiver que afastar-se de sua sede por Art. 200 - Além das atribuições e deveres estabelecidos no
tempo indeterminado, a situação do farmacêutico será resolvida regulamento do Serviço de Saúde e Veterinária, compete-lhe
pelo Comandante Geral da Brigada. mais o seguinte:
1- Ter a seu cargo a enfermaria e a farmácia veterinária e a
DO DENTISTA ferradoria.
2- Exercer a mais severa vigilância sobre os animais forrageados
Art. 193 - Nos Corpos de Tropa os Serviços em que haja na unidade.
Gabinete Odontológico, este funcionará sempre que possível em 3- Fiscalizar o serviço de forragem dos animais.
uma das dependências da Formação Sanitária de que faz parte. 4- Visitar frequentemente os depósitos de forragem, palhas e
outras dependências que interessem ao serviço a seu cargo,
Art. 194 - O Dentista é subordinado administrativa e mantendo-se ao corrente do seu estado de conservação e das
disciplinarmente ao Comandante e tecnicamente ao Chefe da condições higiênicas e sugerindo ao comandante as medidas que
Formação Sanitária. julgar oportunas.
5- Responder pela carga e conservação do material distribuído
Art. 195 - O Gabinete Odontológico destina-se executar os às repartições e órgãos a seu cargo.
trabalhos de sua especialidade nos oficiais e praças e pessoas 6- Verificar diariamente a qualidade da carne verde destinada ao
diretamente dependentes dos mesmos, assim como nos civis consumo do corpo e, quando este abater por sua conta, examinar
contratados e pessoas de suas famílias nas mesmas condições previamente as rezes.
acima. 7- Proceder, diariamente, à hora fixada, a visita aos animais
baixados, doente e em observação.
Art. 196 - Ao dentista incumbe: 8- Passar revista geral dos animais acompanhados de seus
1- Manter em dia a relação do material a seu cargo. auxiliares, nos dias e horas determinados.
2- Fazer registrar em livro próprio ou fichário os nomes e postos 9- Registrar nos cadernos especiais de registro dos animais das
dos oficiais; nomes e graduações das praças submetidos à sub-unidade as alterações com eles verificadas.
tratamento e os nomes das pessoas de suas famílias que atender. 10- Atender, extraordinariamente, aos animais que necessitem
3- Comunicar, em parte, ao Chefe da Formação Sanitária de cuidados urgentes.
qualquer ocorrência referente ao material. 11- Propor ao comandante o sacrifício de animais cujas
4- Comunicar da mesma forma as ocorrências referentes ao condições de saúde aconselhem tal providência, fazendo matar
pessoal. excepcional e sumariamente os vitimados por lesões incuráveis,
5- Solicitar as providencias que julgar úteis ao serviço. consequentes de acidentes graves e os que manifestarem
6- Dar conhecimento ao sub-comandante dos dias de observação sintomas inconfundíveis de hidrofobia.
que devam ser concedidos aos oficiais e praças tratados no 12- Em casos de moléstias contagiosas de surtos epidêmicos,
Gabinete, não podendo, no entanto, prescrever mais de 4 dias. tomar as medidas preventivas aconselhadas de acordo com as
7- Fazer pedidos dos medicamentos, drogas e o mais que for disposições técnicas regulamentares, participando ao
necessário para os trabalhos do Gabinete. comandante as providências tomadas e solicitando as que julgue
8- Prestar todos os esclarecimentos de que necessitar o necessárias.
comandante, o sub-comandante ou o fiscal administrativo 13- Participar diariamente ao subcomandante, por intermédio do
relativamente ao serviço ao seu cargo. Fiscal Administrativo, em livro especial, todas as alterações
9- Apresentar, anualmente, um relatório ao comandante da ocorridas no serviço, fazendo acompanhar da matéria que deva
unidade dos trabalhos efetuados no ano anterior, fazendo-o ser publicada em boletim.
acompanhar do respectivo mapa estatístico. 14- Manter em dia a escrituração e o arquivo dos documentos do
10- Remeter ao Fiscal Administrativo o orçamento dos trabalhos serviço a seu cargo.
encomendados pelas praças, assinando-o juntamente com o 15- Enviar nas épocas oportunas ao Chefe do Serviço de Saúde e
interessado; até o dia 25 de cada mês entrar com uma relação Veterinária, por intermédio do comandante, os mapas pedidos e
das praças atendidas, para que se procedam os descontos relatórios referentes ao serviço, de conformidade com as
regulamentares. disposições em vigor.
11- Comunicar mensalmente ao Fiscal Administrativo o 16- Apresentar ao fiscal Administrativo o mapa dos
consumo das drogas e outros artigos, a fim de ser feita a medicamentos consumidos durante o mês, para efeito de
necessária descarga. descarga.
12- Registrar no livro e assinar o mapa mensal de carga e 17- Dirigir a instrução técnica dos enfermeiros veterinários e
descarga dos medicamentos, drogas, ouro, platina, esmalte e ferradores e a complementar dos condutores.
outros artigos fornecidos ao Gabinete. 18- Zelar pela qualidade e quantidade das rações de forragem
13- Obedecer ao horário estabelecido pelo Comandante da distribuída e propor, por intermédio do Fiscal Administrativo,
unidade, fazendo afixar no Gabinete uma tabela de horário para tudo quanto julgar conveniente para a melhoria do
os círculos hierárquicos. forrageamento dos animais.
14- Para a observância do numero dois; o dentista terá à sua 19- Escalar o serviço diário da enfermaria veterinária e
disposição um soldado com as aptidões precisas. ferradoria.

Art. 197 - O dentista acompanhara a unidade em todos os seus Art. 201 - Os veterinários regimentais poderão ser incumbidos
deslocamentos. transitoriamente dos serviços de outros corpos.
Art. 198 - O dentista participará da instrução dos oficiais nos Parágrafo único - Nos casos urgentes e da mesma guarnição
limites fixados pelo comandante e colaborará com este na parte será suficiente para o efeito do presente artigo um pedido direto
relativa à sua especialidade. ao comandante da unidade que dispuser de veterinário.

DO VETERINARIO

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Art. 202 - Os veterinários tomam parte nas instrução dos Art. 205 - Os 2°s tenentes só excepcionalmente poderão ser
oficiais do corpo, nos limites fixados pelo respectivo distraídos para outra função ou qualquer emprego, durante o 1º
comandante e o coadjuvam na parte relativa à sua especialidade. ano de serviço no posto.
Parágrafo único - Os aspirantes a oficial exercem as funções
DOS OFICIAIS SUBALTERNOS E ASPIRANTES A inerentes aos oficiais subalternos, respeitadas as restrições
OFICIAL previstas em leis e regulamentos.

Art. 203 - Os oficiais subalternos das sub-unidades são os DOS SUB – TENENTES
principais e administração da tropa.
Art. 206 - A função normal dos sub-tenentes de tropa é a de
Art. 204 - Ao oficial subalterno incumbe: almoxarife de sua sub-unidade, competindo-lhes;
1- Auxiliar a manutenção da disciplina, a instrução e a ordem da 1- Auxiliar a administração da sub-unidade conforme as ordens
sub-unidade e estar ao par das instruções e ordens do do respectivo comandante.
comandante da sub-unidade, a fim de secundar-lhe os esforços e 2- Ter sob sua guarda e responsabilidade todo o material da sub-
tornar-se apto para substituí-lo eventualmente. unidade.
2- Assistir ao pagamento de fardamento e vencimentos às 3- Estar em dia com a legislação e ordens referentes ao material
praças. distribuído a sua sub-unidade, a fim de manter a contabilidade e
3- Procurar conhecer bem os sargentos e demais praças da escrituração respectiva dentro das normas em vigor.
unidade, principalmente as habilitações, aptidões ou defeitos de 4- Cuidar assiduamente do serviço relativo aos provimentos de
cada um dos de sua sub-unidade. materiais para a sub-unidade.
4- Ter conhecimento exato da instrução prática de sua arma, 5- Verificar com atenção, pelo menos uma vez por mês, a
para ensinar qualquer força cujo comando lhe for confiado, existência dos artigos a cargo da sub-unidade, mantendo em
assim como ter conhecimento dos serviços especiais que ordem a escrituração respectiva; é o responsável pelas faltas ou
poderão ser atribuídos à Força. irregularidades encontradas pelo comandante da sub-unidade,
5- O subalterno de cavalaria deve também conhecer os cavalos e fiscal administrativo ou qualquer outra autoridade competente.
muares de sua sub-unidade. 6- Velar pelas boas condições de todo o material da sub-unidade
6- Os subalternos não se poderão entender com os oficiais providencias sobre as reparações ou substituições necessárias;
superiores ao seu comandante de sub-unidade sem prévio certificar-se constantemente, se os serviços de limpeza e
conhecimento deste, salvo no caso previsto de queixa contra o conservação do material obedecem as prescrições
mesmo ou no desempenho de qualquer função ou serviço sujeito regulamentares.
aquelas autoridades. 7- Ter a seu cargo as viaturas distribuídas à sub-uniddae e o
7- Ao subalterno mais antigo ou mais graduado pronto no respectivo arreamento.
quartel cabe responder por todo o serviço da sub-unidade na 8- Participar ao seu comandante de sub-unidade as avarias ou
ausência do respectivo comandante. extravios de quaisquer artigos que estiverem sob a sua guarda
8- Pelo convívio, estar sempre ao par das instruções do capitão, direta ou indireta, prestando-lhe os necessários esclarecimentos
meio eficaz para secundar- lhe os esforços e tornar-se apto a e indicando os responsáveis.
substituí-lo eventualmente. 9- Propor ao seu comandante de sub-unidade tudo quanto julgar
9- Ler diariamente o boletim e seus aditamentos, lançando no conveniente a melhoria das condições materiais da mesma,
fim a palavra ciente e sua rubrica. embora importe em aquisição, conservação, transferência, carga
10- Estar sempre no quartel à hora determinada para a instrução ou descarga de material.
e outras obrigações, comunicando com a necessária 10- Ter organizado em EM DIA os cadernos de distribuição de
antecedência quando por motivo de força maior não puder material e de fardamento, com designação dos responsáveis,
comparecer, a fim de que o ensino e outros serviços não sejam estado de conservação e local onde se acham os artigos.
prejudicados. Conservar também em dia o borrão de ajuste de conta de
11- Visitar a parte do alojamento ocupada pelo seu pelotão, as fardamento.
baias dos animais que lhe estiverem distribuídos e também os 11- Verificar a exatidão da escrituração da sub-unidade e
depósitos a seu cargo, a fim de estar sempre inteirado das providenciar para que a mesma esteja sempre em condições de
condições de limpeza, conservação e boa ordem de tudo, ser inspecionada.
devendo esforçar-se para que as faltas porventura ocorridas no 12- Mandar fazer e submeter à assinatura do comandante da sub-
pelotão sejam levadas ao conhecimento do capitão por seu unidade o Inventario das praças que baixarem ao hospital,
intermédio. fornecendo para isso os dados necessários e providenciar sobre o
12- Tomar as providências que julgar mais acertadas para recolhimento dos artigos distribuídos as mesmas e que não
impedir o extravio de objetos pertencentes ao seu pelotão ou as forem levados.
praças deste bem como solicitar ao capitão o que for necessário 13- Fazer compras diretas, mediante pagamento à vista, das
a conservação dos uniformes, armamento e outros materiais a miudezas que o comandante da sub-unidade determinar.
seu cargo. 14- Providenciar sobre as reparações de material que o
13- Comunicar, por escrito, ao capitão logo depois de qualquer comandante da sub-unidade ordenar.
serviço os extravios e perdas de objetos distribuídos as suas 15- Passar recibo dos artigos recebidos do almoxarifado ou de
praças ou a carga do pelotão, cientificando-o também, com qualquer material que lhe for entregue por ordem superior.
frequência, do estado do armamento, assunto a que dedicara o 16- Acompanhar o comandante da sub-unidade nas revistas
maior cuidado. “efetivos e mostra”, prestando-lhe todas as informações
14- Reunir o seu pelotão e revistá-lo antes de incorporá-lo à sub- determinadas. Acompanhar, também, todas as comissões de
unidade nas formaturas. inventario de sua sub-unidade para prestar esclarecimento.
15- Registrar em livro especial a instrução que tenha ministrado. 17- Encarregar-se, de acordo com as instruções de seu
16- Apresentar-se ao comandante da sub-unidade, logo que este comandante, das providencias relativas à alimentação da sub-
chegue ao quartel, ou assim que seus afazeres o permitam. unidade quando esta deva permanecer em lugar distante do
quartel.
18- Instruir os sargentos e cabos da sub-unidade nos assuntos
concernentes à contabilidade e respectiva escrituração.

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19- Organizar as partes de pagamento, as relações das 7- Velar pelo asseio, garbo, correção no modo de fazer as
importâncias que devam ser recolhidas à Tesouraria, com continências e pela uniformidade de todas as praças do corpo.
discriminação dos destinos ou donos respectivos; organizar a 8- Passar revista aos destacamentos, guardas, piquetes e
documentação necessária à justificação das importâncias patrulhas antes de apresenta-los ao ajudante na parada ou fazelos
recebidas pelo comandante da sub-unidade. seguir aos seus destinos mediante licença do oficial de dia se
20- Não permitir sob pretexto algum que o material do tiver autorização do ajudante.
alojamento ou qualquer outro artigo pertencente à carga da sub- 9- Receber a correspondência destinada aos oficiais e praças,
unidade seja retirado do quartel, salvo para acompanhar tropa providenciando para a distribuição da mesma.
nos casos de exercícios externos ou manobras ou por ordem do 10- Dirigir o pessoal da Casa das Ordens e distribuir-lhes o
comandante da sub-unidade. serviço, tudo de acordo com as diretrizes do ajudante.
21- Logo que se completem as vinte e quatro horas de ausência 11- Organizar com o ajudante e de acordo com os modelos
das praças que residam no quartel, recolher toda a roupa de respectivos os mapas, relações e todos os demais papeis que
cama, fardamento e outros objetos deixados pelas mesmas. Se os tenham de ser fornecidos pela Casa das Ordens.
pertences estiverem em armários fechados, estes deverão ser 12- Informar ao ajudante ou ao oficial de dia sobre qualquer
lacrados pelo sub-tenente na presença do sargento de guarda à irregularidade que lhe constar ter sido praticada por praças do
sub-unidade e cabo de dia. O papel utilizado para vedar será corpo dentro ou fora do quartel.
datado e assinado pelos dois primeiros, ficando o cabo de dia 13- Alterar diariamente com os sargentos das sub-unidades
responsável pela sua conservação até o comparecimento da todos os movimentos de praças (baixas, exclusões,etc.) e bem
comissão inventariante. assim a grade de rações, conferindo-as antes de receber os vales
22- Prestar informações sobre assuntos administrativos de sua das etapas fornecidas pelas sub-unidades.
inteira competência. 14- Zelar pelo asseio e conservação do arquivo, moveis e
23- Entregar o material aos pelotões ou seções para formatura de utensílios da Casa das ordens e Gabinete do Sub-Comandante e
exercícios, verificando o seu estado ao recebe-lo de volta e Ajudante.
participando as faltas ou estragos ao comandante da sub- 15- Participar da parada diária.
unidade.
24- Auxiliar a instrução geral das praças na parte referente à DO PRIMEIRO SARGENTO ALMOXARIFE
conservação e uso dos uniformes e limpeza do armamento.
25- Exercer sobre o pessoal da sub-unidade a necessária Art. 209 - O 1° sargento almoxarife é o auxiliar imediato do
autoridade na ausência do respectivo comandante e de seus almoxarife, competindo-lhe:
oficiais, recorrendo ao oficial de dia quando necessário e 1- Executar com o mais escrupuloso cuidado todos os trabalhos
submetendo seus atos à consideração de seus comandante na de escrituração e contabilidade por qualquer erro ou omissão.
primeira oportunidade. 2- Velar pelo asseio, boa ordem e conservação de todos os
26- Apresentar-se diariamente, ao comandante da sub-unidade artigos guardados nos depósitos do almoxarifado.
logo que este chegue ao quartel, informando-lhe sobre o 3- Fiscalizar o serviço das outras praças do almoxarifado,
andamento das ordens recebidas. exigindo que cumpram fielmente os seus deveres, comunicando
27- Exercer as funções de almoxarife e aprovisionador da sub- ao almoxarife quando assim não acontecer.
unidade quando esta esteja destacada em local onde fique 4- Ter sob sua responsabilidade imediata o serviço de
impossibilitada de corresponder-se diariamente com o iluminação, água e dos veículos.
comandante do corpo, caso não seja designado um oficial para o 5- Desempenhar as obrigações do almoxarife, quando este não
exercício daquelas funções. estiver no quartel, em tudo que for compatível com seu posto.
28- Apresentar as folhas de vencimentos ao comandante da sub-
unidade para sua assinatura, ficando responsável pela exatidão Art. 210 - O 1° sargento é o sargenteante da sub-unidade,
das mesmas. competindo-lhe:
29- Exercer, eventualmente, nas formaturas, o comando de 1- Ter a seu cargo toda a escrituração corrente da sub-unidade
pelotão ou seção. referente ao pessoal, Serviço e instrução, executando-a auxiliado
pelos demais sargentos.
Art. 207 - O sub-tenente será auxiliado na escrituração pelas 2- Fiscalizar a execução da escrituração que distribuir aos seus
praças designadas pelo comandante da sub-unidade. auxiliares, ficando responsável pelas irregularidades verificadas.
3- Organizar as escalas do pessoal para o serviço.
PRIMEIRO SARGENTO AJUDANTE 4- Responsabilizar-se pelo arquivamento de todos os
documentos que devam ser conservados na sub-unidade.
Art. 208 - O 1° sargento ajudante é o auxiliar imediato do 5- Organizar um índice dos assuntos que interessam a sub-
ajudante da unidade, competindo-lhe: unidade publicados no boletim da unidade.
1- Ter perfeito conhecimento das ordens gerais da Brigada 6- Escalar, sob a inspeção do capitão, o serviço que devera ser
Militar e das relativas à unidade, assim como da instrução prestado pelas praças da sub-unidade.
pratica de sua e dos regulamentos. 7- Fazer a chamada em todas as revistas e verificar nas
2- Coadjuvar o ajudante em todo o serviço da Casa das Ordens, formaturas se estão presentes todas as praças que a elas devam
zelando pelo material ai existente. comparecer.
3- Ter uma escala convenientemente alterada dos graduados, 8- Assinar os pernoites e vales do rancho.
corneteiros e tamboreiros a fim de poder indicar, na ausência 9- Ter sob sua responsabilidade os livros e papeis da sub-
do ajudante, a qual deles toca qualquer serviço extraordinário. unidade relativos ao seu serviço.
4- Vigiar a conduta individual, habilitação e defeitos de todas as 10- Não se afastar do quartel sem deixar um outro sargento
praças do Corpo, principalmente dos sargentos, de quem exigira substituindo-o.
a máxima correção no cumprimento de seus deveres e aos quais 11- Instruir os demais sargentos nos assuntos concernentes a
o seu proceder e aparência devem servir de exemplo. escrituração, a fim de pô-los ao par do serviço e prepara-los para
5- Comparecer as formaturas em que deva tomar parte o o substituírem eventualmente.
ajudante e nelas auxilia-lo. 12- Auxiliar a instrução da sub-unidade como lhe for
6- Participar ao ajudante qualquer ordem que receber determinado o pelo respectivo comandante.
diretamente de autoridade superior.

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13- Substituir os oficiais subalternos no comando de pelotão ou 3- Manter-se em condições de prestar quaisquer informações
seção, em caso de faltas ou impedimentos dos mesmos e de relativas ao material da sub-unidade, na ausência do sub-tenente.
acordo com as ordens do comandante da sub-unidade. 4- Proceder à entrega, distribuição e recolhimento do material,
14- Conhecer a instrução de sua arma até a escola do pelotão ou de acordo com as ordens do sub-tenente.
seção, bem como os diversos regulamentos no que for 5- Cuidar os artigos que se acharem na arrecadação e conserva-
necessário ao exercício de suas atribuições. los perfeitamente limpos e bem arrumados, tendo em seu poder
15- Proceder à leitura do boletim e seus aditamentos à sub- uma relação discriminativa desses artigos e do armamento,
unidade. equipamento e arreamento que estiver em poder das praças.
16- 15 minutos antes da parada por em forma as praças que 6- Arrecadar e rotular tudo quanto pertencer às praças que se
devam entrar de serviço, fazendo a respectiva chamada, ausentarem ilegalmente, baixarem ao hospital, obtiverem licença
revistando-lhes os uniformes, equipamento e armamento e ou seguiram em diligencia e auxiliar o inventario dos artigos
conduzindo-as ao toque e hora regulamentares ao lugar deixados pelas praças que falecerem ou faltarem ao quartel.
determinado. 7- Receber e guardar o armamento distribuído às praças que se
17- Formar as praças da sub-unidade para as revistas ou designar recolherem do serviço, exigindo que todas as armas estejam
da sub-unidade. nenhum esteja fora da arrecadação, principalmente à noite,
18- Apresentar diariamente ao comandante da sub-unidade os senão por motivo de serviço.
documentos relativos a todos os assuntos que devam ser por ele 8- Marcar com os números da sub-unidade e com os das praças
resolvidos, salvo os que interessam pessoalmente aos oficias ou de ser entregues ao pessoal e não permitir que nenhuma praça se
estejam sendo por estes tratados. utilize de objetos pertences a outrem.
19- Participar ao oficial de dia, na ausência de oficial ou sub- 9- Responder pela observação dos utensílios existentes no
tenente da sub-unidade, qualquer ocorrência que exija alojamento das praças, os quais revistara diariamente.
providencia imediata. 10- Deixar quem o substitua, no quartel, quando obtiver licença
20- Apresentar-se diariamente ao oficial da sub-unidade que para sair.
chegue em primeiro lugar no quartel, participando-lhe as
ocorrências havidas e ao respectivo comandante logo após sua Art. 215 - Ao sargento do material bélico cumpre ainda
chagada. responder pelos animais distribuídos à sub-unidade e respectivas
21- Submeter à assinatura do comandante da sub-unidade o cavalariças.
expediente diário à hora por ele marcada.
22- Responder pela sub-unidade na ausência. Art. 216 - O sargento do material bélico será auxiliado pelo
23- Organizar e ter a seu cargo a grade numérica das praças. quarteleiro no arranjo, conservação e guarda dos objetos de
arrecadação da sub-unidade.
Art. 211 - O 1° sargento ou sargenteante poderá ser escalado
para o serviço de dia à sub-unidade. Art. 217 - O sargento do material não poderá ser distraído de
suas funções, mas poderá ser escalado para o serviço interno do
Art. 212 - Aos demais sargentos que sargentearem sub-unidade quartel.
incumbe tudo quanto foi estabelecido no artigo 210 relativo às
obrigações do 1° sargento. DO CABO DO MATERIAL BELICO

DOS SEGUNDOS E TERCEIROS SARGENTOS Art. 218 - O cabo do material bélico é o auxiliar do sargento
respectivo na execução dos serviços que lhe estão afetos.
Art. 213 - Aos 2°s e 3° sargentos de fileira compete:
1- Auxiliar a instrução da sub-unidade e ministrar a que lhes DOS CABOS DE ESQUADRA
competir em virtude de disposições regulamentares, programas e
ordens. Art. 219 - Aos cabos incumbe:
2- Comunicar ao seu comandante de pelotão ou seção tudo o que 1- Cuidar da instrução do elemento da tropa que lhes competir
ocorrer na sua ausência, mesma as faltas que haja corrigido. ou lhes for confiado.
3- Auxiliar o 1° sargento em toda a escrituração da sub-unidade 2- Comunicar ao seu comandante direto as ocorrências que se
e no mais que se relacionar com o serviço da mesma, nas horas verificarem com o pessoal a seu cargo.
que não sejam de instrução. 3- Comandar o elemento de tropa que regularmente lhe compete
4- Conhecer a instrução de sua arma e os principais ou que lhe seja confiado.
regulamentos. 4- Substitui os 3°s sargentos na instrução e nos serviços.
5- Em qualquer formatura anotar a ausência de homens de seu 5- Auxiliar o serviço da Casa das Ordens, Secretaria,
grupo e comunica-la ao sargento serra-fila ou ao comandante do Almoxarifado, etc., quando designado pelo comandante da
pelotão, na ausência daquele. unidade e o da sub-unidade, por ordem do respectivo
6- Substituir o 1° sargento em seus impedimentos fortuitos ou na comandante.
sargenteação da sub-unidade por ordem do posto ou antiguidade. 6- Ensinar praticamente aos soldados como são feitos os
7- Apresentar-se diariamente ao 1° sargento da sub-unidade. diversos serviços, cumprindo e fazendo cumprir as ordens
Logo que este chegue ao quartel e seus afazeres o permitirem. recebidas do comandante do grupo.
7- Comunicar ao comandante tudo o que ocorrer no grupo, na
DO SARGENTO DO MATERIAL BÉLICO ausência dele, ainda mesmo que tenha corrigido as faltas.

Art. 214 - O sargento do material bélico é o principal auxiliar do DOS SOLDADOS


sub-tenente na execução da administração da sub-unidade,
competindo-lhe: Art. 220 - O soldado é o elemento essencial de execução: a ele,
1- Organizar os papeis de vencimento das praças da sub- como a todos os militares, cabe fundamentalmente o dever de
unidade, mediante alteração fornecida pelo sub-tenente. pautar sua conduta pela mais escrupulosa observância das
2- Executar os trabalhos de escrituração que lhe forem dados ordens de seus superiores e pelas disposições regulamentares, de
pelo sub-tenente e colaborar eficazmente com ele na modo a mostrar-se digno da farda que veste. Como atributos
fiscalização, conservação e limpeza do material da sub-unidade. fundamentais de sua nobre missão, observar o respeito e a

122
obediência aos seus chefes, a fraternal camaradagem para com 1- Esforçar-se pelo próprio desenvolvimento, procurando
os companheiros, o adestramento na utilização do armamento, o melhorar os conhecimentos de sua especialidades e tirar o
cuidado com o material que lhe seja entregue, o asseio corporal máximo proveito das lições que lhe forem ministradas.
e dos uniformes, a dedicação pelo serviço, o amor ao seu corpo 2- Ter o maior cuidado com o instrumento que lhe for confiado,
de tropa e a consciente submissão às regras disciplinares. mantendo-o em bom estado de conservação e limpeza.
3- Participar ao mestre qualquer extravio ou desarranjo
Art. 221 - Ao soldado cumpre: verificado no material a seu cargo.
1- Esforçar-se por aprender tudo o que lhe for ensinado pelos 4- Fazer, mediante escala, o serviço de guarda e limpeza das
seus instrutores. dependências e material da banda.
2- Evitar alterações com camaradas ou civis e abster-se da 5- Participar da instrução de padioleiros, tornando-se apto ao
pratica de vícios que prejudiquem à saúde e aviltem a moral. desempenho dessas funções em campanha.
3- Manter relações somente com pessoas cujas qualidades
morais as recomendem. Art. 225 - Os músicos, do ponto de vista da instrução musical,
4- Apresentar-se em publico sempre rigorosamente ficam na dependência do mestre ou do contra-mestre de musica;
uniformizado e asseado e com a máxima compostura. no da instrução de padioleiros, dependem do medico e, quanto à
5- Compenetrar-se da responsabilidade que lhe cabe sobre o instrução geral, administração e disciplina, dependem do
material de que é detentor, abstendo-se de vender, comandante da sub-unidade.
desencaminhar ou extraviar peças de seu fardamento,
armamento, equipamento ou outros objetos pertencentes à Art. 226 - Os aprendizes de música participam dos ensaios e
Fazenda do Estado. tocatas sem prejuízo da instrução nas sub-unidades, nos limites
6- Comunicar imediatamente ao seu chefe direto o extravio ou fixados pelo Comandante da unidade, competindo-lhes os
estrago eventual de qualquer peça de material a seu cargo. mesmos deveres atribuídos aos músicos quando incorporados à
7- Apresentar-se ao cabo de dia quando sentir-se doente. banda.
8- Ser pontual na instrução e no serviço, participando ao seu
chefe, sem perda de tempo e pelo mais rápido meio ao seu Art. 277 - Nos regimentos de cavalaria haverá uma fanfarra, que
alcance, quando por motivo de doença ou de força maior se será organizada com a banda de clarins e mais doze músicos,
encontre impedido de cumprir esses serviços. inclusive o mestre.

DO MESTRE DE MUSICA DOS CLARINS E CORNETEIROS-MORES

Art. 222 - Ao mestre de musica compete: Art. 228 - O clarim ou corneteiro-mor tem o comando imediato
1- Dirigir a banda de musica ou fanfarra nos ensaios, tocatas e dos clarins e corneteiros e deve conhecer perfeitamente todos os
formaturas, velando constantemente pela conduta do pessoal e toques das diferentes armas.
dele exigindo cabal disciplina.
2- Examinar antes dos ensaios, tocatas e formaturas todos os Art. 229 - A ele incumbe:
instrumentos, comunicando ao ajudante as irregularidades que 1- Dirigir a banda da unidade nos ensaios e formaturas,
encontrar. esforçando-se para que a sua apresentação se revista do cunho
3- Responder perante o Ajudante pela disciplina da banda nos marcial característico das bandas militares.
ensaios, tocatas e formaturas, levando ao seu conhecimento 2- Examinar antes de começar o ensaio todos os instrumentos,
todas faltas cometidas. dando parte ao ajudante das irregularidades verificadas.
4- Responder pela carga e conservação do instrumental e 3- Indicar ao ajudante os soldados que tiverem aptidão para
material diverso distribuído a banda de musica ou fanfarra. clarim ou corneteiro, para preencher os claros da banda.
5- Fazer a redução das partituras e extrair-lhes as partes. 4- Nas formaturas, responder perante o ajudante pelo asseio e
6- Indicar ao Ajudante as praças necessárias e em condições de uniformidade das bandas de clarins ou corneteiros.
serem aprendizes. 5- Não alterar nem permitir que seus subordinados alterem sob
7- Solicitar ao Ajudante as providencias necessárias para o pretexto algum os toques marcados pela ordenança em vigor.
concerto dos instrumentos que se estragarem, justificando as 6- Fiscalizar o ensino de tambor pelo qual será encarregado o
causas. cabo clarim ou corneteiro.
8- Prestar ao Inspetor geral das bandas todas as informações que Parágrafo único - Em sua falta ou impedimento o clarim ou
este solicitar para corneteiro-mor será substituído pelo cabo clarim ou corneteiro.
9- Dar parte ao ajudante de todas as faltas ou irregularidades que
verificar ou que lhe constar tenham sido praticadas pelos Art. 230 - Ao cabo clarim ou corneteiro cabe:
músicos, cujo comportamento vigiara cuidadosamente. 1- Secundar os esforços do clarim ou corneteiro-mor e estar em
condições de substituí-lo em seus impedimentos.
DO CONTRA-MESTRE DE MUSICA 2- Zelar pela conservação e limpeza dos instrumentos
distribuídos aos seus subordinados.
Art. 223 - Incumbe ao contra-mestre de musica: 3- Reunir os corneteiros ou clarins e os aprendizes, examinar os
1- Auxiliar o mestre nos ensaios e na manutenção da ordem e instrumentos e os uniformes e conduzi-los em forma ao local do
disciplina da banda de música ou fanfarra. ensaio ou formaturas, apresentando-os ao clarim ou corneteiro-
2- Encarregar-se do ensino dos aprendizes, nas horas mor.
designadas.
3- Exercer todas as atribuições do mestre nos seus DOS TAMBOREIROS, CORNETEIROS OU CLARINS
impedimentos.
Art. 231 - Os soldados corneteiros, tamboreiros ou clarins são
DOS MUSICOS elementos orgânicos, intrínsecos da sub-unidade, com a qual
participam dos exercícios táticos e formaturas; nas formaturas da
Art. 224 - Alem dos deveres relativos às praças em geral, unidade, são elementos constitutivos das respectivas bandas.
compete-lhes:
Art. 232 - Aos tamboreiros-corneteiros ou clarins, incumbe:

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1- Servir de agente de transmissão do Comandante da sub- 7- Apreciação do comandante ou da autoridade superior sobre a
unidade nos exercícios táticos e em campanha. instrução do corpo e referencias a documentos de instrução
2- Participar dos ensaios, esforçando-se pelo próprio recebidos ou expedidos.
desenvolvimento e perfeito conhecimento e execução dos toques 8- Fatos extraordinários que interessem à unidade assim como
regulamentares. os que devem ser publicados por força dos regulamentos e
3- Participar da instrução da sub-unidade, de acordo com as disposições em vigor.
ordens do respectivo Comandante. Parágrafo único - Não serão publicados em boletim:
4- Concorrer ao serviço de ordem à unidade. 1- As ocorrências cujo conhecimento tenha sido dado ao corpo
5- Ter o maior cuidado com o instrumento a seu cargo, em caráter sigiloso, bem como quaisquer alusões a essas
mantendo-o em bom estado de conservação e limpeza e ocorrências.
participando ao sub-tenente da sub-unidade qualquer extravio ou 2- As ocorrências não relacionadas com o serviço da Brigada,
desarranjo verificado. salvo se tiverem dado lugar a expedição de alguma ordem ou
estiverem ligadas à comemorações de caráter cívico.
Art. 233 - O ordenança é o soldado mantido à disposição do
oficial para servi-lo na vida da caserna e em campanha. Art. 240 - Do original do boletim serão extraídas tantas copias
Parágrafo único - Os ordenanças serão designados pelo quantas forem necessários à distribuição às sub-unidade,
Comandante mediante indicação do oficial interessado. repartições internas e Comandantes geral, todas autenticadas
pelo Sub-comandante.
Art. 234 - Ao ordenança incumbe: 1- As copias destinadas aos Comandantes das sub-unidades
1- Cumprir com a máxima dedicação as ordens recebidas do serão entregues aos sargenteantes na hora da reunião dos
oficial a quem serve. mesmos na casa das ordens.
2- Executar o serviço de ordem e de correspondência particular 2- As destinadas às repartições internas serão entregues aos
do oficial durante o expediente da unidade ou serviço em que o chefes das mesmas que mandarão buscar por um estafeta da
mesmo sirva. repartição.
3- Tratar da montada e cuidar do arreamento, equipamento, 3- A copia destinada ao comandante geral será remetida à 2ª
armamento e fardamento do oficial. Seção do Estado-Maior.

Art. 235 - Tem direito à ordenança: Art. 241 - O boletim e os aditamentos serão lidos às sub-
a) O Comandante Geral da Brigada e os oficiais superiores e unidades em formatura especial de todo o pessoal, ao toque
juizes militares da Corte de Apelação: respectivo.
b) Os Chefes de Serviço.
c) Os oficiais montados; Art. 242 - Aos oficiais será permitido a leitura do boletim na
d) Nas unidades de infantaria e especiais os oficiais subalternos reserva da sub-unidade, podendo, entretanto, o Comandante do
à juízo do Comandante da unidade. corpo, em casos excepcionais, reunir os oficiais para ouvirem a
leitura do boletim em sua presença.
Art. 236 - Só podem ser designados ordenanças os soldados de
fileira mobilizáveis. Art. 243 - O boletim deverá ser conhecido no mesmo dia da sua
publicação por todos os oficiai e praças do corpo; para isso, será
Art. 237 - Os ordenanças, sempre que necessário concorrem no aposto “ciente” pelos oficiais na última pagina das copias de sua
serviço de escala interno do corpo. sub-unidade ou repartição e anotadas as praças que por qualquer
motivo hajam faltado a formatura correspondente.
TITULO IV
SERVIÇOS – GERAIS Art. 244 - As ordens urgentes que constarem do boletim e
interessarem aos oficiais e praças em serviço externo, ser-lhe-ão
CAPITULO I dadas a conhecer imediatamente pelo mais rápido meio e por
BOLETIM INTERNO intermédio da sub-unidade a que pertencerem.
Parágrafo único - O desconhecimento do boletim não justifica
Art. 238 - O boletim interno é o documento em que o faltas.
Comandante publicará diariamente todas as suas ordens, as
ordens das autoridades superiores e os fatos de que deva o corpo Art. 245 - Os originais dos boletins, com a assinatura autógrafo
ter conhecimento. do Comandante do corpo, ficarão arquivados na Secretaria,
Parágrafo único - O boletim é dividido em quatro partes: sendo encadernados periodicamente e apondo-se a cada volume
1ª. Serviços diários. um índice de todos os nomes citados no mesmo; ali ficarão
2ª. Instrução. também colecionados todos os nomes citados no mesmo; ficarão
3ª. Assuntos gerais de administração. também colecionados as cópias dos aditamentos.
4ª. Justiça e disciplina. Parágrafo único - Procedimento análogo ao previsto no artigo
anterior terão as sub-unidades, relativamente as cópias dos
Art. 239 - O boletim constara especialmente: boletins que lhes forem distribuídos.
1- Discriminação do serviço a ser feito pelo corpo.
2- Ordens e decisões do comandante, mesmo que já tenham sido Art. 246 - Normalmente o boletim deverá estar pronto meia
executadas. hora antes do fim do último tempo de instrução; para isso,
3- Determinações das autoridades superiores, mesmo que já havendo acúmulo de matéria, a parte que não exija
cumpridas, com citação do documento respectivo. conhecimento imediato poderá constituir assunto do boletim
4- Alterações ocorridas com o pessoal e o material do corpo. seguinte.
5- Ordens e disposições gerais que interessem ao corpo e Parágrafo único - O boletim será distribuído nos dias úteis logo
referencia sucinta a novos regulamentos ou instruções, com após o termino do segundo tempo de instrução; aos sábados a
indicação do órgão oficial em que forem publicados. distribuição será feita antes do meio-dia.
6- Referencias a oficiais e praças falecidos que, pelo seu passado
e conduta, mereçam ser apontados como exemplo.

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Art. 247 - Nos domingos e feriados só será publicado boletim Art. 256 - Durante as horas de expediente todos os militares
quando houver expediente no corpo motivado por situação deverão devotar-se exclusivamente ao exercício de suas funções
extraordinária. e aos misteres profissionais.

CAPITULO II FAXINAS
TRABALHO DIARIO
Art. 257 - Faxinas são todos os trabalhos braçais de utilidade
HORÁRIO geral executados no quartel e seus arredores, compreendendo
lavagem, capinação, arrumação, transporte, carga e descarga de
Art. 248 - O horário da vida diária do corpo, compreendendo material, etc.
serviços, instrução, expediente, rancho, etc., é estabelecido pelo
Comandante por períodos que poderão variar com as estações do Art. 258 - O serviço de faxina obedece às seguintes disposições:
ano e os interesses da instrução. 1- Serão sempre executados por praças previamente designadas.
2- A direção das faxinas ordinárias será confiada a um cabo
Art. 249 - O horário correspondente a cada período será destacado para esse serviço e que será auxiliado por tantos
publicado em boletim com antecedência de uma semana; serão soldados quantos forem necessários.
igualmente publicadas em boletim com a antecedência 3- Para as faxinas extraordinárias e urgentes o pessoal será
indispensável quaisquer alterações introduzidas. requisitado pela Casa das ordens ou pelo oficial de dia,
conforme a ocasião.
ALVORADA 4- As faxinas privativas das sub-unidades serão feitas pelas
praças respectivas e as das repartições internas e outras
Art. 250 - Em situação normal o toque de alvorada será feito de dependências, pelos soldados nelas empregados.
acordo com o horário do corpo por ordem do oficial de dia, 5- O lixo proveniente das faxinas das sub-unidades e outras
indicando o despertar e o começo da atividade diária. dependências será transportado pelo próprio executantes até o
§ 1º - Ao terminar o toque respectivo, a guarda de cada depósito previamente estabelecido.
alojamento dará o sinal para o levantar de todos os homens. 6- As praças escalada para faxina não formarão na parada diária,
§ 2º - Nos dias feriados e quando não houver instrução pela sendo-lhes permitido o uso de peças de uniforme velhos para
manha o comandante do corpo pode permitir que as praças de execução do serviço quando não lhes tenham sido distribuídos
folga se conservem no leito até pouco antes do toque de rancho; uniforme próprio (macacão).
esta faculdade deve constar no horário do corpo. 7- De preferência devem ser escaladas praças presas
disciplinarmente para o serviço de faxina.
INSTRUÇÃO
SILÊNCIO
Art. 251 - A instrução, como objeto principal da vida do corpo,
desenvolve-se nas fases mais importantes da jornada, não Art. 259 - O toque de silencio indica o fim da atividade diária e
devendo ser prejudicada pelos demais trabalhos ou serviços será feito de acordo com o horário da unidade e por ordem do
salvo o serviço de justiça. oficial de dia.

Art. 252 - A instrução é ministrada de conformidade com os CAPITULO III


programas e quadros de trabalhos pré-estabelecidos e de acordo ESCALA DE SERVIÇO
com os regulamentos e disposições particulares em vigor.
Art. 260 - Escala de serviço é a relação de pessoas ou
EXPEDIENTE coletividades que concorrem na execução de determinados
serviços, tendo por finalidade principal a distribuição eqüitativa
Art. 253 - O expediente é a fase da jornada destinada à dos serviços pelos executantes.
preparação execução dos trabalhos normais da administração Parágrafo único - As diferentes escalas são reunidas num só
geral do corpo e ao funcionamento das repartições internas. documento, devendo cada uma delas conter todos os
Parágrafo único - Os serviços de escola e outros de natureza esclarecimentos que facilitem o seu fim.
permanente independem do horário de expediente do corpo,
assim como todos os trabalhos e serviços em situações anormais. Art. 261 - O serviço de escala é todo o serviço não atribuído
permanentemente à mesma pessoa ou coletividade e que não
Art. 254 - O expediente começa simultaneamente com o atribuído em delegação pessoal ou escolha, devendo a
primeiro tempo de instrução e termina com a leitura do boletim designação para o mesmo obedecer as seguintes regras:
do dia, havendo uma interrupção para o almoço fixada no 1- O serviço externo é escalado antes do interno e, em cada caso,
horário da unidade. o extraordinário antes do ordinário, tendo bem em vista a
§ 1º - Aos sábados normalmente não haverá expediente à tarde. perfeita equidade na distribuição.
§ 2º - As quartas-feiras, nos corpos de tropa, a segunda parte do 2- A designação para determinados serviços deve recair em
expediente é destinada à limpeza geral ou revista de material ou quem tiver maior folga no mesmo serviço.
animais. 3- Em igualdade de folga, designar primeiro o de menor posto
ou o mais moderno.
Art. 255 - Todos os oficiais e praças prontos no serviço deverão 4- Contar as folgas separadamente para cada serviço.
permanecer no quartel durante o expediente. Os oficiais só se 5- Considerar como mais folgado o ultimo incluído na escala,
afastarão mediante permissão do Comandante da unidade ou excetuado os casos de reinclusão, quando não haja decorrido
Chefe de serviço e as praças com licença dos respectivos ainda o prazo dentro do qual lhe houvesse tocado o serviço.
Comandantes de sub-unidade ou Chefes de repartição. 6- A designação para o serviço ordinário deve ser feita na
Parágrafo único - Durante o expediente os oficiais e praças véspera, levando-se em conta as alterações desse dia e, para o
manter-se-ão uniformizados (uniformes fixado para uso interno). extraordinário, de acordo com a urgência requerida.
7- Deve-se evitar que a mesma pessoa de o mesmo serviço em
dois dias não úteis consecutivos (domingos e feriados).

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8- Somente depois de apresentado pronto à unidade poderá o 6- Guarda da sub-unidade.
militar ser escalado para qualquer serviço. 7- Guarda das cavalariças.
9- Para a contagem da folga o serviço pessoal será considerado 8- Dia à enfermaria.
executado desde que tenha sido iniciado e o coletivo desde que a 9- Ordens.
tropa tenha entrado em forma. 10- Dia à enfermaria veterinária.
10- Em caso de restabelecimento de um serviço levar-se-a em 11- Serviços especiais.
consideração a escala anterior desse serviço para a contagem das 12- Serviços extraordinários.
folgas. § 3º - O serviço de escala tem a duração de 24 horas, de parada à
11- A designação para o serviço da unidade é publicada de parada, salvo o de faxina que será contado de jornada completa.
véspera no boletim regimental e para o serviço da sub-unidade
na escala correspondente. Art. 265 - Os serviços serão escalados.
a) Pelo Sub-Comandante - os oficiais para os diversos serviços e
Art. 262 - Concorrem ao serviço de escala. as sub-unidades que devam fornecer pessoal para os serviços
a) Oficial de dia – os comandantes de sub-unidade, Diretor da ordinários e extraordinários.
Escola Regimental, o oficial de educação física e os oficiais b) Pelo ajudante - os sargentos, cabos, corneteiros ou clarins.
subalternos e aspirantes a oficial prontos e os oficiais c) Pelos Comandantes de sub-unidade - o sargento de dia à sub-
subalternos e aspirantes a oficial adidos ou excedentes; unidade, o cabo de dia e a guarda da companhia ou esquadrão, a
b) Guardas externos – os oficiais subalternos e aspirantes a guarda das cavalariças (nas unidades montadas) e o pessoal para
oficial, os 2 °s e 3°s sargentos e os cabos de fileira, prontos; os diversos serviços determinados em boletim.
c) Auxiliar do oficial de dia – os sub-tenentes; d) Pelo medico - o serviço da Formação Sanitária.Pelo
d) Adjuntos – os 1°s e 2°s sargentos de fileira, prontos; veterinário - o serviço da enfermeira veterinária e da ferradoria
e) Guarda do quartel – os 2°s e 3ºs sargentos e os cabos de (unidade montada).
fileira, pronto;
f) Guarda a sub-unidade – os 1°s, 2ºs e 3°s sargentos de fileira, Art. 266 - Nas sub-unidades isoladas o serviço de escala será
pronto e empregados; neste serviço não podem concorrer cabos; provido como foi previsto para o corpo, com modificações
g) Cabo de dia à sub-unidade – os cabos de fileira prontos e os decorrentes da diferença de composição.
soldados antigos; Parágrafo único - Nas sub-unidades isoladas, só haverá oficial
h) Serviço de ordem – todos os corneteiros e clarins, aprendizes, de dia e adjunto quando a situação o exigir; normalmente,
ordenanças e outros elementos habilitados para esse serviço: porem, terão um sargento de dia com os encargos atribuídos ao
i) Serviços especiais e serviços extraordinários – todos os oficial de dia no que for compatível com seu posto.
elementos necessários, de acordo, de acordo com a natureza do
serviço. Art. 267 - O serviço será sempre determinado, quando possível,
Parágrafo único - As praças empregadas poderão concorrer ao a mesma fração de tropa, em sua totalidade, devendo este
serviço de escala, a juízo do comandante. principio estender-se as menores frações, de modo que os
homens reunidos em um mesmo serviço tenham as relações de
Art. 263 - Quando a folga dos oficiais for menor de 4 dias tanto intimidade decorrentes do convívio diário.
no serviço interno como externo ou em ambos, serão chamados
para a escala, o adjunto, o secretario, o mobilizador, o Art. 268 - A fiscalização dos serviços de escala compete:
almoxarife, o aprovisionador e o tesoureiro. Esses elementos 1- Ao Sub-Comandante – o de oficial de dia, o de adjunto, o de
concorrerão todos os serviços alternadamente, sem aumentar de ordens e os serviços especiais e extraordinários.
4 dias a folga e na ordem estabelecida acima. 2- As demais autoridades – os serviços que lhes incumbe
§ 1º - Em cada escala, sempre que o numero de praças escalar, salvo os determinados por autoridade superior a quem
concorrentes for inferior a 5, serão chamadas as praças de caiba a fiscalização.
graduação inferior aos das que normalmente concorrem ao 3- Ao oficial de dia – o de guarda do quartel, o de ordens e, na
serviço, até completar o numero necessário para manter aquela ausência das autoridades competentes, todos os demais serviços
folga. de escala.
§ 2º - As praças especialistas concorrerão à escala dos diversos
serviços na medida das necessidades, à critério do comandante Art. 269 - O oficial de dia é o representante do comandante do
da unidade. corpo e tem como principais atribuições:
§ 3º - As praças adidas concorrerão às diversas escalas de 1- Assegurar o exato cumprimento das ordens da unidade e as
serviço. disposições regulamentares relativas ao serviço diário.
2- Receber o comandante do corpo todas as vezes que este entrar
CAPITULO IV no quartel; apresentar-se ao sub-comandante assim que chegue,
SERVIÇO INTERNO podendo retardar essa apresentação em conseqüência de trabalho
urgente, no qual seja indispensável a sua presença,
Art. 264 - O serviço interno abrange todos os trabalhos apresentando-se imediatamente após a cessação do motivo e
necessários ao regular funcionamento da unidade e compreende explicando-o no ato.
o serviço permanente e o de escala. 3- Verificar ao assumir o serviço em companhia de seu
§ 1º - O serviço permanente é executado segundo a antecessor, respeitadas as restrições do § 1° deste artigo, se
determinação dos comandantes das sub-unidade e chefes de todas as dependências do quartel estão em ordem e assegurar-se
repartições internas, de acordo com os preceitos e disposições da presença de todo os presos e detidos nos lugares onde devem
deste regulamento e de outros. permanecer.
§ 2º - O serviço de escala compreende: 4- Participar ao sub-comandante todas as ocorrências
1- Oficial de dia. extraordinárias havidas depois de seu ultimo encontro,
2- Auxiliar do oficial de dia (escalado quando o comandante mencionando-as ainda na parte diária; se antes da faze-la ao sub-
julgar necessário). comandante encontrar o comandante do corpo, prestar-lhe as
3- Adjunto ao Oficial de dia. mesmas informações, sem que isso o exonere daquela
4- Guarda do quartel. atribuição.
5- Dia à sub-unidade.

126
5- Providenciar para que sejam feitos os toques regulamentares, 26- Fazer registrar pelo adjunto no respectivo livro de parte
de modo que todas as formaturas ou atos conseqüentes se todas as ocorrências havidas no serviço, inclusive saída ou
realizem no momento oportuno. entrada de tropa por motivo extraordinários.
6- Receber qualquer autoridade civil ou militar de categoria 27- Assistir à todas as refeições das praças, ficando responsável
igual ou superior a do comandante do corpo e acompanha-lo a pela disciplina do refeitório.
presença deste ou do oficial mais graduado que se achar no 28- Não permitir que as praças saiam do quartel mal
quartel. uniformizadas ou desasseadas.
7- Só permitir a entrada de civis no quartel depois de inteirado 29- Fazer revistas as viaturas estranhas que tenham de entrar no
de sua identidade e motivo de sua presença e do conhecimento quartel.
da pessoa com quem deseja entender-se e, mesmo assim, 30- Dividir os quartos de ronda noturna com o ajudante,
devidamente acompanhado quando julgar esta medida lançando mão dos sargentos de dia às sub-unidade quando
necessária. necessário.
8- Estar bem ao corrente da entrada, permanecia e saída de 31- Dividir a ronda noturna da guarda entre o seu comandante e
quaisquer pessoas estranhas ao corpo. o cabo os cabos da mesma.
9- Ter sob sua responsabilidade os objetos existentes nas 32- Impedir a abertura de qualquer repartição fora das horas de
dependências privativas do oficial de dia e de oficiais presos. expediente a não ser pelo respectivo chefe ou mediante ordem
10- Providenciar sobre o alojamento e alimentação das praças escrita deste.
apresentadas depois de encerrado o expediente e faze-las 33- Transmitir ao comandante da guarda do quartel as ordens e
encostar a sub-unidade que para tal estiver designada. instruções particulares do comandante relativas ao serviço,
11- Assinar as baixas extraordinárias ocorridas depois do acrescidas das instruções pormenorizadas que julgue
expediente, quando não se achar no quartel o comandante da necessárias; fiscalizar frequentemente a execução do serviço,
sub-unidade interessada ou seu substituto. verificando se estão sendo observadas as disposições
12- Inspecionar frequentemente, respeitando as restrições do § regulamentares e cumpridas as ordens e instruções dadas.
1° deste artigo, as dependências do quartel, verificando se estão 34- Acompanhar o comandante e o sub-comandante todas as
sendo regularmente cumpridas as ordens em vigor e tomando as vezes que percorrerem o quartel.
providencias que não exijam intervenção de autoridade seperior. 35- Depois de ser substituído no serviço entregar ao sub-
13- Zelar pela limpeza das dependências do quartel a cargo do comandante uma parte das ocorrências do seu serviço, devendo
cabo da faxina. nela mencionar as horas em que se recolherem as guardas ou
14- Dar conhecimento imediato ao sub-comandante ou ao quaisquer outras forças, assim como o nome das praças faltando
comandante quando não possa fazer ao primeiro de todas as ao quartel e desde quando.
ocorrências que exijam pronta intervenção do comando. § 1º - O oficial de dia devera ministrar a instrução de que estiver
15- Fazer recolher aos lugares competentes os presos e detidos, encarregado quando não exija o seu afastamento do quartel,
e pô-los em liberdade quando par isso esteja autorizado. cabendo-lhe avisar o adjunto e o comandante da guarda o local
16- Não consentir que praças presas conservem em seu poder preciso em que poderá ser encontrado.
objetos proibidos e outros que possam danificar as prisões. § 2º - Quando julgar necessário, o comandante da unidade
17- Conservar em seu poder durante a noite a partir das 18 horas poderá mandar escalar auxiliares do oficial de dia, com
as chaves das prisões e de todas as entradas do quartel menos a atribuições prescritas de acordo com a situação particular.
do portão principal, que ficara com o comandante da guarda.
18- Passar ou fazer passar pelo adjunto, quando não possa faze- DO ADJUNTO
lo pessoalmente, as revistas regularmente, limitando-se a receber
do comandante da sub-unidade, a relação das faltas, quando este Art. 270 - O sargento adjunto é o auxiliar imediato do oficial de
desejar passar revista a sua tropa, tudo fazendo constar da parte dia; por ele responde em seus impedimentos eventuais e dele
diária. depende diretamente até o momento da entrega da parte do dia.
19- Determinar as sub-unidades, na ausência dos respectivos Parágrafo único - Quando o adjunto responde pelo oficial de
comandantes, ou de autoridades superior, em casos dia devera participar as ocorrências havidas ao mesmo, embora
extraordinários, a apresentação de praças para serviço urgente já as tenha comunicado a autoridade superior ou tenha
não previsto nas ordens do comandante. providenciado a respeito.
20- Providenciar nas mesmas condições do numero precedente
para que seja feita a substituição de praças que não compareçam Art. 271 - Ao adjunto incumbe:
ao serviço, adoeçam ou se ausentam. 1- Apresentar-se ao oficial de dia logo que este tome conta do
21- Na ausência do comandante ou sub-comandante, atender serviço; executar ou fazer executar todas as suas determinações.
com presteza as determinações de autoridades que tenham ação 2- Transmitir as ordens que dele receber e inteira-lo de sua
de comando sobre o corpo, empregando todos os meios para dar execução.
conhecimento destas ocorrências aquelas autoridades no mais 3- Responder pela perfeita execução da limpeza do quartel, a
curto prazo possível. cargo do cabo da faxina.
22- Impedir a saída de qualquer força armada sem ordem do 4- Comunicar ao oficial de dia todas as ocorrências que verificar
comandante, a menos que, por circunstancias especiais, uma e as providencias que tenha tomado a respeito.
autoridades nas condições previstas no numero antecedente, o 5- Acompanhar o oficial de dia nas suas visitas às dependências
determine diretamente, procedendo, então, como esta do quartel, salvo quando for por ele dispensado ou estiver na
determinado no final do numero acima. execução de outro serviço.
23- Impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem 6- Organizar e escriturar os papeis relativos ao serviço, de modo
da autoridade competente, salvo nos casos de instrução e serviço que estejam concluídos e à disposição do sub-comandante uma
normal, fazendo constar na parte diária a hora das saídas hora depois da parada no máximo.
extraordinárias e os regressos. 7- Assistir à revista médica, tomando nota dos nomes e das sub-
24- Permanecer no quartel durante as horas regulamentares unidades das praças que baixarem ao hospital e das que ficarem
sempre pronto para atender qualquer eventualidade. em observação medica.
25- Rubricar todos os papeis relativos ao seu serviço. 8- Examinar e contar os utensílios da sala do oficial de dia ao
entrar de serviço.

127
9- Participar ao oficial de dia tudo que observar em contrario às COMANDANTE DA GUARDA DO QUARTEL
ordens estabelecidas.
Art. 278 - O comandante da guarda do quartel será dela
DA GUARDA DO QUARTEL inseparável, assim como também todos os demais componentes
da mesma.
Art. 272 - A guarda do quartel é normalmente comandada por Parágrafo único - O comandante da guarda é responsável pela
um sargento e constituída de um cabo e tantos soldados quantos execução de todas as ordens referentes ao serviço da guarda e
forem necessários ao serviço de sentinelas. depende diretamente do oficial de dia.
Parágrafo único - A guarda do quartel será excepcionalmente
comandada por um oficial; neste caso será acrescida de um Art. 279 - Ao comandante da guarda do quartel incumbe:
corneteiro, passando o sargento a auxiliar do comandante da 1- Tomar conhecimento de todas as ordens existentes na guarda
guarda. e dar aos seus comandos as explicações necessárias à sua boa
execução.
Art. 273 - A guarda do quartel tem por finalidade: 2- Por ocasião de tomar posse da guarda examinar os livros,
1- Manter os presos e detidos nos locais determinados, não moveis e utensílios, munição, bem como todas as suas
permitindo que os primeiros saiam das prisões e os últimos do dependências, dando parte das faltas que encontrar.
quartel, salvo ordem de autoridade competente. 3- Zelar pelo asseio do Corpo da Guarda e pela conservação dos
2- Manter a segurança do quartel. moveis e utensílios a seu cargo.
3- Impedir a saída de praças desuniformizadas, mal fardadas ou 4- Não permitir que pessoas de fora conversem com os presos,
desasseadas. salvo com permissão do oficial de dia.
4- Somente permitir a saída de praças do quartel durante o 5- Proibir algazarra ou ajuntamento de praças no Corpo da
expediente ou impedimento do mesmo mediante ordem ou Guarda e em suas dependências.
licença especial. 6- Conservar formada a guarda enquanto se renderem as
5- Impedir a entrada de bebidas alcoólicas. sentinelas durante o dia, verificando se seguem devidamente
6- Não permitir ajuntamento na proximidade das prisões, nas formadas as praças que devem compor o “quarto”.
imediações do corpo da guarda e dos postos de sentinelas. 7- Revistar ou fazer revistar as praças que tiverem de ser
7- Impedir a entrada de força estranha à unidade sem recolhidas as prisões, retirando-lhes qualquer arma ou objeto das
conhecimento do oficial de dia, sendo que à noite reconhecera à que se destinarem as células.
distancia a que se aproximar do quartel. 8- Velar para que as praças da guarda se conservem
8- Impedir a saída de animais, viaturas ou qualquer material sem uniformizadas, não consentindo que joguem, façam algazarra ou
ordem da autoridade competente. pratiquem qualquer ato reprovável.
9- Impedir que os presos se comuniquem com praças ou com 9- Formar a guarda e mandar fechar o portão quando ocorrer
pessoas estranhas sem licença do oficial de dia e que seja qualquer desordem, motim ou sublevação.
quebrada a incomunicabilidade dos que a tal estiverem sujeitos. 10- Receber de seu antecessor, os presos em quartel em presença
10- Dar conhecimento imediato ao oficial de dia de entrada de do oficial de dia e a vista da respectiva relação.
oficial estranho ao corpo no recinto do quartel. 11- Não recolher preso algum sem prévio conhecimento do
11- Levar à presença do oficial de dia as praças de outra unidade oficial de dia.
que pretendam entrar no quartel. 12- Não soltar nem entregar preso algum confiado à sua guarda
12- Proibir a entrada de civis sem autorização do oficial de dia. sem ordem do oficial de dia, fazendo a competente anotação na
13- Permitir a entrada de civis quando empregados na unidade e sua relação.
mediante a apresentação do documento de identidade. 13- Não permitir que pessoa estranha tenha ingresso no quartel
14- A noite reconhecer as viaturas que pretendam entrar no sem consentimento do oficial de dia.
quartel. 14- Formar a guarda em semi-circulo, a porta do xadrez, todas
15- Fornecer escoltas para os presos que devem ser as vezes que tiver de abri-lo.
acompanhados no interior do quartel. 15- Anexar a parte da guarda uma relação das praças que
16- Relacionar as praças que se recolherem depois de fechado o entrarem no quartel após a revista do recolher, mencionando a
portão, não permitindo, então, a saída de nenhuma, salvo com hora de entrada.
ordem do oficial de dia. 16- Formar a guarda por ocasião das revistas diárias,
17- Prestar as continências regulamentares. participando ao oficial de dia quando houver falta.
17- Rondar as sentinelas durante a noite, alternando esse serviço
Art. 274 - Na execução do serviço as guardas reger-se-ão pelas com o cabo da guarda.
disposições regulamentares relativas ao assunto e instruções 18- Arrecadar o armamento e qualquer outro material deixado
especiais do comandante. por praças que abandonarem a guarda, apresentando tudo
relacionando ao oficial de dia para dar-lhe o conveniente
CORPO DA GUARDA destino.
19- Não consentir que sejam retirados moveis ou utensílios do
Art. 275 - O corpo da guarda é o conjunto de dependências onde Corpo da Guarda e nem de suas dependências, sem ordem do
se encontram os alojamentos do pessoal da guarda e prisões. oficial de dia.
Parágrafo único - No corpo da guarda é absolutamente proibida 20- Participar logo ao oficial de dia quando adoecer algum preso
a permanência de civis ou praças estranhas à guarda. ou praça da guarda.
21- Exercer toda a vigilância no sentido de impedir a entrada de
Art. 276 - No corpo da guarda serão afixados os quadros bebidas alcoólicas no quartel.
contendo relações do material da sua carga, deveres gerais do 22- Impedir que saiam à rua praças desuniformizadas ou
pessoal da guarda e ordens particulares do comandante da desasseadas.
unidade. 23- Fazer conduzir ao refeitório as praças da guarda
arranchadas, mandando render as sentinelas se for necessário.
Art. 277 - Os postos de sentinelas, especialmente o das armas e 24- Averiguar minuciosamente as faltas cometidas por praças da
das prisões, devem ser ligados ao corpo da guarda por meio de guarda, prestando de tudo informação ao oficial de dia.
campainha elétrica.

128
25- Conservar-se sempre uniformizado e armado e vigiar para ordens gerais e o fiel cumprimento das ordens particulares aos
que as praças de sentinela façam as continências regulamentares. respectivos postos.
26- Conservar em seu poder as chaves dos xadrezes até as 18 Parágrafo único - Os soldados da guarda devem manter-se
horas quando as entregará ao oficial de dia. uniformizados, equipados e armados durante o serviço, pronto a
27- Verificar frequentemente se as sentinelas tem pleno entrar rapidamente em forma e atender a qualquer
conhecimento das ordens particulares relativas aos seus postos. eventualidade; poderão afrouxar o cinturão e perneiras nas horas
28- Anotar e relacionar as horas de entrada e saída de viaturas e de descanso, no alojamento da guarda, de onde só se afastarão
anexar a parte da guarda. por ordem ou com permissão do comandante da guarda. Durante
29- Não permitir entrada ou saída do quartel senão pelos lugares o expediente permanecerão em atitude militar, nunca deitados
normais. ou recostados nas camas.
30- Fazer conduzir os presos ao rancho devidamente escoltados.
SENTINELAS
Art. 280 - O Comandante da guarda será responsável pelas
faltas do material da guarda, salvo se comunicar imediatamente Art. 284 - A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e
ao oficial de dia. inviolável, sendo por lei punido com severidade quem atentar
contra a sua autoridade; por isso e pela responsabilidade que lhe
CABO DA GUARDA DO QUARTEL incumbe o soldado investido de tão nobre missão deve portar-se
com zelo, serenidade energia própria à autoridade que lhe foi
Art. 281 - O cabo da guarda do quartel é o auxiliar do atribuída.
comandante da guarda, cujas ordens cumprira com presteza e Parágrafo único - Em qualquer situação a sentinela deve estar
exatidão, substituindo-o eventualmente e tendo por obrigações. sempre municiada, para defender-se e agir pela força.
1- Esforçar-se para que nenhum falta ocorra no serviço,
corrigindo imediatamente as que verificar e solicitando a Art. 285 - Incumbe particularmente à sentinela:
intervenção do comandante da guarda quando necessário. 1- Estar sempre alerta, vigilante e em condições de bem cumprir
2- Dar ciência ao comandante da guarda de todas as ocorrências a sua missão.
que chegarem ao seu conhecimento. 2- Não abandonar sua arma e manter-se pronta a emprega-la de
3- Conduzir em forma as praças que devam render as sentinelas, acordo com as ordens recebidas.
assistindo a transmissão das ordens e evitando escrupulosamente 3- Não conservar nem fumar durante o serviço.
que sejam alteradas. 4- Evitar explicações e esclarecimentos à pessoa estranhas ao
4- Secundar o comandante da guarda na vigilância de tudo que serviço, chamando para isso o cabo da guarda.
se relacionar com o serviço. 5- Não permitir ajuntamento nas proximidades de seu posto.
5- Atender com a máxima presteza ao chamado das sentinelas e 6- Não consentir que praças ou civis saiam do quartel
dirigir-se aos respectivos postos logo que o receber ou tiver sobraçando quaisquer embrulhos sem permissão do cabo ou
conhecimento de alguma anormalidade. comandante da guarda.
6- Não se afastar do Corpo da Guarda senão por motivo de 7- Somente permitir a entrada de civis mediante autorização
serviço, ordem ou licença do respectivo comandante. superior.
7- Assegurar-se de que as sentinelas se acham bem inteiradas 8- Guardar sigilo sobre ordens particulares recebidas.
das ordens recebidas. 9- Somente consentir na saída de praças que estejam
8- Não permitir discussões entre as praças da guarda. corretamente uniformizadas e limpas.
9- Logo após o toque de alvorada, assistir à limpeza do 10- Fazer para qualquer pessoa, força ou veiculo que pretender
alojamento das praças e conserva-lo em perfeito estado de entrar no quartel a noite e chamar o cabo da guarda para a
asseio. necessária identificação.
10- Conservar luz no alojamento durante a noite. 11- Prestar as continências regulamentares.
11- Rondar durante a noite as sentinelas às horas designadas 12- Na ausência do cabo da guarda, tomar nota das praças que se
pelo comandante da guarda. recolherem ao quartel depois da revista do recolher.
12- Prevenir ao comandante da guarda nas horas de render as 13- Dar o sinal de alarme:
sentinelas. a) toda vez que notar qualquer ajuntamento suspeito nas
13- Conduzir ao refeitório as praças arranchadas, primeiramente proximidades de seu posto;
as que não se acharem de sentinela e depois as que estiverem b) quando qualquer individuo insistir em entrar no quartel antes
nesse serviço para o que serão previamente substituídas. de ser identificado;
14- Velar para que as praças se conservem uniformizadas, tanto c) na tentativa de arrombamento e fuga de presos;
de dia como de noite. d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e as ordens
15- Não consentir que as praças estraguem os moveis e relativas ao posto;
utensílios existentes no alojamento. e) na verificação de qualquer anormalidade de caráter alarmante;
16- Dar parte de qualquer irregularidade que notar no f) por ordem do cabo, do comandante da guarda ou do oficial de
procedimento das praças da guarda. dia.
17- Fazer afastar-se previamente todas as pessoas estranhas ao
serviço, para a transmissão das ordens das sentinelas. Art. 286 - Em situação anormal, especialmente à noite, incumbe
18- Reconhecer pessoa, veiculo ou força que pretenda entrar no mais à sentinela:
quartel. 1- Fazer passar ao largo de seu posto todos os transeuntes e
veículos.
Art. 282 - Quando houver mais de um cabo da guarda o serviço 2- Dar sinal da aproximação de qualquer força.
será distribuído conforme determinar o respectivo comandante. 3- Fazer parar pessoas, veículos ou forças que pretendam entrar
no quartel à distancia que permita o reconhecimento respectivo.
SOLDADOS DA GUARDA § 1º - Para o cumprimento destas disposições a sentinela devera:
a) comandar “Passe de largo”, no caso do numero 1; se não for
Art. 283 - Os soldados da guarda destinam-se ao serviço de imediatamente obedecida repetira o comando, dará o sinal de
sentinela, competindo-lhes a observância rigorosa de todas as chamada ou de alarma e prepara-se para agir pela força; se ainda
o segundo comando não for obedecido intimara a terceira vez e,

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se tratar-se de individuo isolado, avançara para ele com a arma Art. 292 - As praças de reforço são escaladas como as da guarda
carregada e a baioneta armada, efetuando a sua detenção; e serão apresentadas pelos sargenteantes ao oficial de dia às 18
somente atirara se for agredido; tratando-se de grupos ou de horas; durante o dia participarão dos trabalhos normais da sub-
veiculo fará um primeiro disparo para o ar e, caso não seja ainda unidade.
obedecida, atirara no grupo ou veiculo; no caso de ameaça clara
de agressão a sentinela fica dispensada das precauções acima; G)DA GUARDA DA SUB-UNIDADE
b) no caso do numero três perguntara, à distancia conveniente,
“Quem vem lá”, se a resposta for “amigo”, “de paz”, “oficial” Art. 293 - A guarda da sub-unidade é constituída pelo cabo de
ou “ronda”, deixara prosseguir se houver reconhecido como tal; dia e pelos soldados plantões, restringindo-se o serviço às
em caso contrario ou na falta de resposta, comandara; “faça dependências da sub-unidade.
alto” e providenciara para o reconhecimento pelo cabo da
guarda; Art. 294 - O serviço de guarda da sub-unidade tem por fim:
c) não sendo obedecida ao comando de “faça alto” de que trata a 1- Manter a ordem, disciplina e asseio no alojamento e demais
letra anterior, procedera como dispõe a ultima parte e a letra “a” dependências às praças.
deste parágrafo. 2- Vigiar as praças detidas no alojamento da sub-unidade.
§ 2º - Em situações excepcionais o comandante da unidade 3- Não consentir jogo de azar, disputa ou algazarra.
poderá dar ordens mais rigorosas às sentinelas; essas ordens 4- Não permitir a saída de objetos sem autorização dos
serão transmitidas por escrito ao oficial de dia. respectivos donos ou responsáveis.
§ 3º - Nos quartéis situados em zona urbana e de transito o 5- Cumprir e fazer cumprir todas as determinações das
comandante do corpo fixara em esboço permanentemente autoridades competentes.
afixado no corpo da Guarda os limites em que devem ser § 1º - As praças da guarda permanecerão no quartel durante todo
tomadas acima. o serviço; o cabo de dia e o plantão de hora conservar-se-ão com
equipamento de guarnição, desarmados.
Art. 287 - A sentinela do portão principal denomina-se § 2º - Quando a sub-unidade ocupar mais de um alojamento o
“sentinela das armas”; as demais denominam-se “sentinelas numero de plantões será aumentado na razão de três homens por
cobertas”. alojamento, à juízo do comandante da sub-unidade.

Art. 288 - A sentinela das armas manter-se-á parada no seu SARGENTO DE DIA À SUB-UNIDADE
posto durante o dia e normalmente na posição regulamentar de
“descansar”, devendo tomar a posição “sentido” nos casos de Art. 295 - O serviço de sargento de dia à sub-unidade quanto às
passagem de serviço, de ser interpelada por qualquer pessoa, relações externas, começa normalmente depois da leitura do
militar ou civil e nos demais previstos no R. Cont. boletim, salvo nos dias em que, por qualquer motivo, não se
§ 1º - Depois de fechado o portão do quartel, a sentinela poderá acham presentes os oficiais, sub-tenentes ou 1° sargento da sub-
movimentar-se num raio de cinco metros de seu posto, fazendo unidade, caso em que seguira a regra geral para os serviços
neste caso “ombro arma” e sempre em atitude marcial. diários.
§ 2º - As sentinelas cobertas obedecerão, em linhas gerais, as Parágrafo único - Ordinariamente antes da leitura do boletim o
prescrições do presente artigo e parágrafo anterior, que deverão sargento de dia à sub-unidade só se entende com a s autoridades
varias de conformidade com instruções particulares ao posto. da mesma.
§ 3º - Nos postos em que haja guarita, as sentinelas poderão
abrigar-se do sol ou da chuva, ficando sempre, porem, em Art. 296 - Ao sargento de dia à sub-unidade incumbe:
condições de bem cumprir as suas atribuições. 1- Apresentar-se ao oficial de dia, ao adjunto e ao comandante
de sua sub-unidade logo depois da parada e, novamente após a
Art. 289 - As sentinelas se comunicam com o Corpo da Guarda, leitura do boletim, ao oficial de dia e ao adjunto.
por meio de sinais de campainha ou s viva voz. 2- Fiscalizar o serviço de guarda à sub-unidade.
§ 1º - Os sinais referidos neste artigo podem ser de “chamada” 3- Cumprir e fazer cumprir todas as ordens gerais e particulares
ou de “alarme”. referentes ao serviço da sub-unidade.
§ 2º - No caso de sinal a viva voz, o de alarme será o brado de 4- Manter a ordem, o asseio e disciplina na sub-unidade.
“as armas”. 5- Responder pelo 1° sargento na sua ausência.
6- Cumprir as determinações do oficial de dia relativas à sub-
Art. 290 - O serviço em cada posto de sentinela devera ser dado unidade ou ao serviço do corpo.
por três ou quatro homens divididos em quartos, de modo que 7- Comunicar com urgência ao comandante da sub-unidade as
um mesmo homem não permaneça de sentinela por mais de duas ocorrências verificadas durante o serviço que exijam o seu
horas consecutivas. imediato conhecimento, independentemente das providencias
Parágrafo único - Quando o posto das armas ficar muito tomadas a respeito.
afastado do alojamento da guarda a sentinela será dupla: um dos 8- Comunicar com a necessária urgência ao comandante da sub-
homens se manterá no posto e o outro assegurara permanente unidade, aos oficiais, ao sub-tenente e ao 1° sargento, as ordens
ligação entre ele e o Corpo da Guarda, podendo o ultimo ser extraordinárias que receba de imediato interesse dos mesmos ou
dispensado do fuzil durante o dia em situação normal; à noite, a da sub-unidade.
sentinela fixa permanecera no lado exterior do portão. 9- Por em forma a sub-unidade para as formaturas de revistas e
outras.
REFORÇO 10- Conduzir em forma a sub-unidade para o rancho, exigindo
que as praças se apresentem decentemente fardadas e apresentar
Art. 291 - Sempre que a situação o exigir, as guardas serão ao aprovisionador a relação das praças que não compareçam à
aumentadas geralmente para o serviço à noite, com o hora regulamentar por motivo de serviço.
estabelecimento de novos postos de sentinelas e intensificação 11- Apresentar ao adjunto de dia as praças da sub-unidade que
do serviço de ronda; esse aumento é feito por meio de um devam ser recolhidas à prisão.
reforço em praças correspondente às necessidades. 12- Velar para que as praças detidas de sua sub-unidade se
mantenham nos lugares determinados.

130
13- Substituir o sargenteante da sub-unidade nos dias feriados e 13- Apresentar ao 1° sargento ou ao sargento de dia à sub-
domingos nas atribuições relativas à parada. unidade as praças que devem comparecer à visita medica e
acompanha-las à presença do medico.
Art. 297 - Nos corpos em que os animais se acharem 14- Participar ao 1° sargento ou ao sargento de dia as
distribuídos às sub-unidades, os sargentos de dia às mesma tem irregularidades ocorridas na sul-unidade embora já tenha tomado
mais os seguintes encargos: as providencias necessárias.
1- Verificar a limpeza e outros cuidados com os animais, bem 15- Apresentar-se a todos os oficiais que entrarem no
como zelar pela manutenção das cavalariças de acordo com a alojamento e aos da sub-unidade a primeira vez que ali
regras estabelecidas e ordens recebidas. penetrarem.
2- Receber a forragem destinada à alimentação dos animais da 16- Zelar para que as camas se conservem arrumadas pelos seus
sub-unidade e assistir à sua distribuição e à da água de acordo donos e os armários fechados.
com as ordens em vigor. 17- Não consentir a presença da civis no alojamento a não ser
3- Acompanhar o comandante da sub-unidade e ou à outra que estejam convenientemente autorizados e acompanhados.
autoridade, o oficial de dia e o veterinário nas revistas às 18- Fazer levantar as praças ao findar a terceira parte do toque
cavalarizas, prestando-lhes as informações pedidas. de alvorada, salvo ordem em contrario.
4- Inspecionar com freqüência as cavalariças tanto de dia como 19- Verificar e relacionar as praças que não se encontrarem em
de noite, verificando se tudo corre normalmente e corrigindo as suas camas ao toque de silencio, para que conste da parte do
irregularidades que encontrar ou solicitando as providencias sargento de dia à sub-unidade e possa informar sobre o destino
necessárias. de cada uma delas.
5- Anotar os animais que se desferrarem e os que o veterinário 20- Apresentar ao sargento de dia à sub-unidade a nota das
considerar impossibilitados para o trabalho, dando praças arranchadas que não possam comparecer ao rancho na
conhecimento aos interessados. hora regulamentar, por motivo de serviço.
6- Apresentar diariamente à enfermaria veterinária os animais 21- Nas formaturas para o rancho, verificar se todas as praças
que necessitarem curativos ou tratamento, bem como ao são arranchadas.
veterinário o caderno de registro da sub-unidade para as
necessárias alterações. PLANTÕES
7- Proibir que qualquer animal da sub-unidade seja retirado das
baias sem a necessária autorização. Art. 301 - O plantão de serviço (plantão de hora) é a sentinela
8- Examinar minuciosamente os animais que saírem ou da sub-unidade, competindo-lhe:
regressarem., a fim de inteirar-se das irrregularidade e 1- Estar atento a tudo que ocorrer no alojamento, comunicando
comunicar à autoridade competente. imediatamente ao cabo de dia qualquer alteração verificada.
2- Avisar a entrada de qualquer oficial no alojamento de acordo
CABO DE DIA À SUB – UNIDADE com o que estabelece o R. Cont.
3- Apresentar-se aos oficiais que entrarem no alojamento,
Art. 298 - O cabo de dia é o principal responsável pela ordem e quando ausente o cabo de dia.
exatidão do serviço de guarda à sub-unidade. 4- Não permitir que as praças detidas no alojamento dele se
afastem salvo por motivo de serviço ou com ordem do cabo de
Art. 299 - Cada sub-unidade escalara diariamente um cabo para dia.
o cabo para o serviço. 5- Não consentir que seja prejudicado o asseio do alojamento e
das dependências que lhe caiba guarda.
Art. 300 - Ao cabo de dia incumbe: 6- Impedir durante o expediente a entrada de praças nas
1- Apresentar-se ao oficial de dia logo após a parada. dependências destinados a dormitório, sempre que haja vestiário
2- Manter em perfeito asseio o alojamento da sub-unidade. separado ou outro local apropriado à permanecia das mesmas
3- Conservar-se no recinto do alojamento para atender nas horas de folga.
prontamente à qualquer ordem e cumprir as instruções do 7- Fazer levantar as praças ao findar a terceira parte do toque de
respectivo comandante. alvorada, na ausência do cabo de dia.
4- Não consentir jogo, disputa ou algazarra no alojamento e 8- Não consentir na entrada de civis no alojamento, salvo
velar para que os plantões se conservem atentos e cumpram devidamente acompanhados e com ordem do cabo de dia.
fielmente todas as ordens que receberem. 9- Examinar todos os volumes que tenham de sair do alojamento
5- Render os plantões as mesmas horas que se renderem os conduzidos por praças, desde que não tenham sido verificados
quartos da guarda do quartel. pelo sargento ou cabo de dia, impedindo a saída dos que não
6- Ao receber o serviço, com seu antecessor, verificar se todas estiverem autorizados.
as dependências estão em ordem e limpas e se as praças detidas 10- Impedir a saída de qualquer objeto sem autorização do dono
encontram-se nos lugares determinados. ou responsável e sem ordem do sargento ou cabo de dia.
7- Transmitir aos plantões as ordens gerais e particulares 11- Não consentir que qualquer praças se utilize ou se apodere
relativas ao serviço e velar pela sua fiel execução. de objetos pertencentes à outrem sem autorização do dono ou
8- Assistir à substituição dos plantões, verificando se as ordens responsável.
são transmitidas com exatidão. 12- Impedir a entrada no alojamento de praças de outras sub-
9- Logo após a parada apresentar-se ao seu comandante de sub- unidade depois da revista do recolher.
unidade, ao sargenteante e ao sargento de dia à mesma. 13- Não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer
10- Dirigir a limpeza das dependências da sub-unidade, feita perturbação do silencio depois do respectivo toque.
pelos plantões logo após o rancho da manha. 14- Anotar as praça que se recolherem ao alojamento depois do
11- Distribuir os quartos de serviço pelos plantões de modo que toque de silencio, dando conhecimento ao cabo de dia no
cada um não permaneça em serviço por mais de duas horas momento oportuno.
consecutivas. 15- Dar sinal de silencio imediatamente depois da ultima nota do
12- Providências para que as praças da sub-unidade entrem toque respectivo, por meio de um silvo de apito ou sinal de
rapidamente em forma para todas as formaturas normais e campanha.
extraordinárias. § 1º - Ordinariamente os plantões são rendidos às mesmas horas
que as sentinelas que as sentinelas da guarda do quartel.

131
§ 2 º - Caso o plantão de hora não se aperceba da entrada de um 13- Dar parte ao adjunto de dia se algum cavalo adoecer ou se
oficial no alojamento, qualquer praça dara o sinal ou a voz que a for recolhido ferido ou maltratado.
ele competir. 14- Informar ao adjunto de dia sempre que se desferrar algum
§ 3º - Os plantões farão a limpeza do alojamento e animal.
dependências, sob a direção do cabo de dia. 15- Salvo ordem superior, não consentir que praça alguma
§ 4º - Normalmente o posto do plantão da hora é na entrada do encilhe cavalo que não seja de sua montaria, o que verificara
alojamento. pela relação afixada nas cavalariças.
16- Quando por qualquer motivo tiver de deixar o comando da
GUARDA DAS CAVALARIÇAS guarda das cavalariças antes de ser rendido, entregar todos os
objetos que houver recebido ao soldado mais antigo, o qual
Art. 302 - A guarda das cavalariças é parte integrante do serviço suprira sua falta, cumprindo todas as obrigações.
interno, sendo constituída por um cabo e pelos soldados
indispensáveis ao serviço. SOLDADOS DAS CAVALARIÇAS

Art. 303 - A guarda das cavalariças tem por finalidade: Art. 305 - Durante o dia, compete a todas as praças da guarda
1- Manter as cavalariças em estado de asseio e ordem. das cavalariças:
2- Velar para que os animais sejam tratados com o maximo 1- Conservar em completo estado de asseio as balas ou grupo de
cuidado, tanto relativamente à alimentação como ao conforto baias de que tenham sido incumbidos.
que lhe deve ser dado. 2- Examinar cuidadosa e frequentemente os animais a seu cargo.
3- Dispensar especial atenção ao que diga respeito à higiene e 3- Impedir sejam retirados das cavalariças os objetos ou
cuidados com a saúde dos animais. utensílios que lhe tenham sido confiados ou que se encontrem
4- Zelar pela guarda e conservação de todos os objetos a seu nelas em uso.
cargo ou que lhe forem entregues. 4- Preparar a forragem e a água para distribuição, tudo sob a
§ 1º - A guarda das cavalariças devera conservar-se nas direção do comandante da guarda.
imediações destas, não podendo suas praças daí se afastarem 5- Comunicar imediatamente ao comandante da guarda as
sem conhecimento do respectivo comandante; este somente por irregularidades que não possa corrigir.
ordem superior poderá distrair praças da guarda e mesmo assim 6- Não consentir que alguém lance mão de montada que não seja
de maneiras que pelo menos uma permaneça no posto. a própria, salvo ordem de autoridade competente.
§ 2º - Nas unidades em que as cavalariças não estiverem Parágrafo único - A noite, o serviço de cavalariças será
distribuídas pelas sub-unidades, a guarda respectiva será transformado em serviço de vigilância das cavalariças, como for
regulada pelo comandante da unidade. estabelecido pelo comandante da guarda, que o iniciara a hora
determinada no horário do corpo; neste caso, os homens serão
COMANDANTE DA GUARDA DAS CAVALARIÇAS distribuídos por quartos, rendidos às mesmas horas que as
sentinelas da guarda quartel, competindo então às praças durante
Art. 304 - O comandante da guarda das cavalariças é o o respectivo quarto:
responsável pela fiel execução do serviço, competindo-lhe: a) Impedir a saída dos animais das baias.
1- Ao entrar de serviço verificar em companhia de seu b) Impedir a retirada de objetos pertencentes ao serviço das
antecessor se as cavalariças estão em ordem; se os animais estão cavalariças ou nestas depositados, sem prévio conhecimento e
limpos e cuidados; se o material esta de acordo com a relação- ordem do comandante da guarda.
carga e em condições de emprego imediato.
2- Distribuir os soldados da guarda por grupos de balas e dar- SERVIÇO DE ORDENS
lhes as instruções precisas para o serviço.
3- Designar os homens para os quartos de serviço durante a Art. 306 - O serviço de ordens é executado por corneteiros ou
noite, obedecendo ao critério de antiguidade de praça de cada clarins, ordenanças e outros soldados e destina-se a transmissão
um. de ordens e remessa de documentos.
4- Receber a forragem destinada ao consumo das 24 horas do § 1º - Os corneteiros de ordem só executarão os toques
serviço. ordenados pelas autoridades a cujo serviço se acharem e o seu
5- Assistir à rendição do serviço dos plantões, prestando atenção numero é fixado pela autoridade competente.
para que as ordens e informações sejam fielmente transmitidas. § 2º - Um dos corneteiros de ordens é privativo do oficial de dia
6- Dirigir a distribuição da forragem e da água nas horas e o acompanhara sempre e os outros nos locais que forem
estabelecidas. determinados pelas autoridades de que dependerem.
7- Corrigir as irregularidades verificadas no serviço ou pedir a § 3º - Os ordenanças concorrem, normalmente, aos serviços de
intervenção do respectivo sargento de dia quando não forem de ordenanças da repartição em que trabalham os oficiais a que
sua alçada. servem.
8- Comunicar ao sargento de dia todas as ocorrências que se § 4º - O corneteiro de ordens ao comando, só executara os
tenham dado e as providencias que houver tomado. toques que lhe forem determinados por este.
9- Conduzir a guarda ao seu posto e receber do seu antecessor os
utensílios, as cabeçadas e os animais existentes nas cavalariças, Art. 307 - De todos os toques que se tiverem de fazer no quartel
assim como a forragem para as rações, examinando tudo e devera ter previa ciência o oficial de dia, exceto aqueles que
dando parte ao sargento encarregado da arrecadação das faltas forem determinados pelo comandante, sub-comandante ou
de cabeçadas e utensílios. ajudante.
10- Apresentar-se ao oficial de dia e ao adjunto para das as
ocorrências depois de receber o serviço de seu antecessor. CAPITULO V
11- Exercer a devida vigilância no sentido de impedir que as FORMATURAS
praças maltratem os animais, dando parte imediatamente ao
adjunto de dia daquela que transgredir esta disposição. Art. 308 - Formatura é toda a reunião de pessoal em forma,
12- Velar pela forragem distribuída aos animais e não consentir armado ou desarmado.
no seu estrago ou desperdício.
Art. 309 - As formaturas podem ser:

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a) Gerais ou parciais – unidade e sub-unidade. § 6º - Após a parada o ajudante dará conhecimento diretamente
b) Ordinária ou extraordinária. ao sub-comandante das ocorrências verificadas.
§ 1º - As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou
improvisadas. Art. 313 - A parada diária obedecerá a s seguintes formalidades:
§ 2º - As formaturas ordinárias são as determinadas às revistas 1- Ao toque respectivo o ajudante deverá achar-se no local da
normais do pessoal, ao rancho, à parada e à instrução. parada acompanhado pelo Sargento ajudante, que ficará a sua
§ 3º - As formaturas extraordinárias previstas são as esquerda e um passo à retaguarda; ai assistira a entrada em
determinadas nos programas da unidade ou sub-unidade para forma dos contingentes das diversas sub-unidades e bandas.
revistas de material ou animal; ordenadas em boletim para as 2- Os contingentes das sub-unidades entrarão em forma das
solenidades internas ou externas. direita para a esquerda, na ordem numérica natural das sub-
§ 4º - As formaturas extraordinárias improvisadas são as unidades, ficando na direita e da sub-unidade extranumerária.
impostas pelas circunstancias do momento: anormalidade ou 3- Os sargentos que conduzirem os contingentes das sub-
medidas comuns de caráter interno. unidades, depois de colocá-los em forma no lugar competente,
apresentar-se-ão ao ajudante, colocar-se-ão a dois passos à
Art. 310 - Toda a formatura terá origem, em regra, no frente dos respectivos contingentes.
alojamento da sub-unidade pela reunião dos oficiais e praças que 4- Em seguida o ajudante comandará “Parada-Sentido” e passará
dele devam participar. revista no pessoal de cada contingente acompanhado pelo
§ 1º - Nas formaturas ordinárias não será exigido o uniforme do sargento ajudante; terminada esta, procederá a organização das
dia, salvo ordens especiais; na parada esse uniforme será guardas e serviços, fazendo a chamada dos respectivos
obrigatório. elementos por intermédio do primeiro sargento ajudante.
§ 2º - Para a instrução, as praças entrarão em forma com o 5- A proporção que forem sendo chamados os homens de cada
uniforme que for determinado, podendo usar uniformes velhos guarda ou serviço entrarão em forma na ordem de chamada, em
de acordo com a natureza da instrução e mediante autorização novo alinhamento, à esquerda das bandas, previamente
do comandante da sub-unidade. colocadas nesse alinhamento, sendo em seguida dispensados os
§ 3º - Nas formaturas extraordinárias improvisadas os homens sargenteantes.
entrarão em forma no uniforme em que estiverem ao toque ou 6- A nova formação obedecerá a seguinte ordem, da direita para
ordem de reunir. a esquerda:
a) banda de música;
Art. 311 - Nas ordens para formaturas, serão designados com b) banda de corneteiros ou clarins;
precisão hora, local da reunião, formação e uniforme; serão c) guarda, por ordem de antiguidade do respectivo comandante;
fornecidos todos os esclarecimentos necessários a uma perfeita d) sargento adjunto;
execução, para o que serão observadas as seguintes disposições: e) guardas das sub-unidade;
1- As sub-unidades deverão estar em forma cinco minutos antes f) serviços isolados;
de hora marcada e no lugar designado. 7- O sargento ajudante retificará, então o alinhamento,
2- Em cada sub-unidade as ordens serão dadas de modo a que apresentando-se ao ajudante e colocando-se a sua esquerda e um
não seja retardada a hora de reunião da unidade; os oficiais passo à retaguarda.
subalternos passarão revista aos seus pelotões ou seções e o mais 8- Os oficiais de serviço entrarão em forma:
antigo apresentara toda a tropa ao comandante da sub-unidade, a) o oficial de dia, entre a banda de corneteiros ou clarins e a
que a conduzira ao local de reunião da unidade. banda de musica;
3- Os clarins ou corneteiros e tambores deslocar-se-ão com as b) os demais, à direita das frações que comandarem.
respectivas sub-unidades até o local de reunião da unidade; lá 9- O ajudante tomará posição a 15 passos do centro da tropa, de
serão reunidos pelo cabo corneteiro ou clarim que os apresentará frente para ela, e comandara: “Parada – Em continência ao
ao corneteiro ou clarim-mor. terreno – Apresentar armas”; a tropa fará a continência
4- Reunidas as sub-unidades no local marcado para a formatura regulamentar, a banda de música tocara os primeiros acordes do
do corpo, o sub-comandante assumira o comando de toda a tropa Hino Nacional e a de corneteiros ou clarins, a marcha da
até a chegada do comandante. ordenança.
5- O comandante da unidade somente assumira o respectivo 10- Terminada a continência, o ajudante comandará “ descansar
comando depois de avisado pelo ajudante de que a mesma se – Armas – Direita volver – Guardas aos seus destinos –
encontra pronta para recebe-lo a menos que justificáveis Ordinário-marche”; o conjunto desfilara, então, até um ponto
delongas exijam conduta diferente. determinado, de onde as guardas seguirão aos seus destinos,
regressando as bandas aos respectivos alojamentos.
PARADA DIÁRIA
Art. 314 - Em seguida à parada, as guardas e os diversos órgãos
Art. 312 - A parada diária é uma formatura destinada à revista e de serviço procederão às substituições.
à distribuição do pessoal para os serviços do dia e realizada a
hora determinada pelo comandante; nela tomam parte todas as SUBSTITUIÇÃO DE GUARDA E SERVIÇOS DIÁRIOS
praças que tenham de entrar de serviço assim como as bandas de
musica ou fanfarra e as bandas de corneteiros ou clarins. Art. 315 - Na substituição das guardas serão observadas as
§ 1º - Não formarão na parada as praças escaladas para o serviço seguintes formalidades:
de faxina e as da guarda das cavalariças; estas ultimas seguirão a) Ao aproximar-se a guarda que vem substituir a que esta de
diretamente dos alojamentos aos respectivos destinos. serviço, a sentinela dará o sinal para que esta entre em forma, a
§ 2º - Todos os oficiais que tenham de entrar de serviço fim de aguardar a chegada daquela.
formarão na parada, salvo os mais graduados ou mais antigos do b) A guarda que chega colocar-se-á à esquerda da que esta de
que o ajudante. serviço e seu comandante mandara “Apresentar armas”; o
§ 3º - A parada é comandada pelo ajudante da unidade. comandante da que vai correspondera do mesmo modo à
§ 4º - Em caso de impedimento do ajudante será designado um continência e mandara em seguida descansar, no que será
oficial para comandar a parada, de preferência o mais antigo que seguido pelo outro.
entrar de serviço no dia. c) Terminada esta formalidade, os comandantes das guardas
§ 5º - O ajudante terá como auxiliar o sargento ajudante. dirigir-se-ão ao encontro um do outro, de “ombro armas”

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(espada perfilada se for oficial), procedendo-se à transmissão 4- Na revista do recolher a chamada será feita pelo sargenteante
das ordens e instruções relativas ao serviço. ou pelo de dia à sub-unidade, em presença do oficial de dia ou
d) As guardas dirigir-se-ão para as portas das prisões, que serão do adjunto, que verificara as faltas pelo pernoite, sendo o
abertas com as formalidades regulamentares, sendo os presos sargento encarregado da chamada responsável pela identidade
recebidos pelo comandante da guarda que entra, de acordo com dos homens presentes.
a relação que lhe será entregue pelo substituído. 5- As praças que respondem à revista do recolher conservar-se-
e) Retornarão as guardas ao corpo da guarda, onde se manterão ão em forma até o toque de “fora de forma”.
em forma. 6- Quando o numero de sub-unidade do corpo for superior a
f) De posse das ordens e instruções o comandante da guarda que duas, oficial de dia encarregara o adjunto da revista de um certo
entra organizará o seu serviço (roteiro, ordens particulares a numero, assistindo às demais, a fim de não retardar
cada posto, etc.) e, em seguida, receberá a carga do material que exageradamente o toque de “fora de forma”.
ficara sob sua guarda. 7- Logo após a revista do recolher, os sargentos de dia às sub-
g) O comandante da guarda que entra transmitirá as ordens ao unidades reunirão os homens licenciados para pernoitar fora do
cabo da guarda e mandará que este proceda à substituição das quartel e os conduzirão ao portão, onde o oficial de dia
sentinelas pelo primeiro quarto, devendo ser a sentinela das autorizara a saída.
armas a última a ser substituída.
h) O cabo da guarda que sai acompanhará o da que entra, Art. 321 - Entre a revista do recolher e o toque de alvorada o
verificando a transmissão das ordens pelas sentinelas de sua oficial de dia certificar-se-á da presença das praças que devem
guarda. permanecer no quartel por meio de revistas incertas, passadas,
i) Rendidas as sentinelas, os comandantes das duas guardas se porem, de modo a não despertar os homens, salvo
apresentarão ao oficial de dia, participando ao que entra as excepcionalmente para identifica-los, o que poderá também ser
irregularidades verificadas. obtido por intermédio do sargento de dia à sub-unidade.
j) As guardas repetirão as continências da chegada, começando § 1º - O comandante e o Sub-Comandante da unidade, os
pela que sai de serviço a qual se retirara em seguida. comandantes das sub-unidades, poderão passar revistas incertas,
sendo indispensáveis, para os últimos, prévio aviso ao oficial de
Art. 316 - As guardas que se recolherem ao quartel, depois de dia.
apresentados os seus comandantes ao oficial de dia, farão a § 2º - As revistas incertas serão registradas na parte diária com
continência regularmente ao terreno local habitual da parada e indicação da hora.
debandarão.
Parágrafo único - Quando a guarda for comandada por oficial, REVISTA DE MATERIAL
este mandará o sargento comunicar a chagada ao oficial de dia,
procedendo a seguir como estabelece este artigo. Art. 322 - As revistas de material serão sempre determinadas
por quem tenha autoridade administrativa sobre os responsáveis,
Art. 317 - As substituições dos demais serviços do corpo se observando-se o seguinte:
procederão mediante a transmissão das ordens e instruções dos 1- É obrigatório a presença dos responsáveis pela conservação e
substituídos aos substitutos e a apresentação de ambos ao oficial guarda do material a ser revistado, assim como seus auxiliares.
de dia. 2- A execução e o resultado das revistas serão participados ao
comandante por intermédio do fiscal administrativo.
Art. 318 - Revista é o ato pelo qual se verifica a presença do 3- A circunstancia de não ter sido passada revista de material
pessoal ou a existência do material regulamentar e dos animais e nas ocasiões oportunas não isentara o encarregado de sua guarda
seus estados. e conservação da responsabilidade pelas faltas que se venham a
§ 1º - As revistas podem ser normais ou extraordinárias, de constatar em qualquer tempo.
pessoal, de material e de animal.
§ 2º - As revistas normais são fixadas em regulamentos ou nos REVISTA DE ANIMAIS
programas de instrução dos corpos; as extraordinárias são
determinadas pelo comandante de unidade e dos seus elementos Art. 323 - Os comandantes de corpos e de sub-unidades, sempre
orgânicos ou chefias de serviços. que julgarem oportuno, passarão revistas aos animais das
§ 3º - Em regra as revista de pessoal são feitas em formaturas a respectivas cargas, para verificar o seu “estado” e limpeza.
que devem comparecer todos os oficiais e praças subordinadas à § 1º - Em principio, todas as revistas de animais serão realizadas
autoridade determinante; as de material distribuído, igualmente com a presença do veterinário do corpo e seus auxiliares; para as
com o pessoal em forma no local determinado; as do material revistas determinadas pelo comandantes de sub-unidades, essa
em deposito, nas dependências correspondentes e com a presença será solicitada ao fiscal administrativo .
presença de todos os seus responsáveis. § 2º - O local e particularidades da execução das revistas de
animais serão fixados pela autoridade que se determinar, de
REVISTA DO PESSOAL modo que não prejudique a instrução e demais serviços do
corpo.
Art. 319 - Ordinariamente são passadas duas revistas diárias, às
horas determinadas pelo comandante da unidade, de acordo com CAPITULO VI
as instruções do Comandante Geral, a revista da manhã, nos dias RANCHO
úteis e a revista do recolher ou da noite, diariamente.
Art. 324 - A alimentação da tropa deve ser objeto da máxima
Art. 320 - As revistas do pessoal devem obedecer às seguintes preocupação da administração do corpo.
disposições: § 1º - Normalmente haverá quatro refeições diárias –
1- A revista da manha é passada em formatura geral da sub- café,almoço, jantar e merenda ou ceia, distribuídas de acordo
unidade, normalmente antes do inicio do 1° tempo de instrução. com o horário estabelecido.
2- Na revista da manha a chamada será feita pelo sargento na § 2º - Conforme as possibilidades em pessoal e em material, o
presença do comandante da sub-unidade. rancho de cada corpo terá refeitório em três salas separadas, para
3- A revista do recolher comparecerão todas as praças não oficiais, para sub-tenente e sargentos, e para cabos e soldados.
dispensadas.

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§ 3º - Cada mesa de refeição será chefiada pelo mais graduada 6- Auxiliar o aprovisionador na fiscalização dos gêneros que
ou mais antigo que dela faça parte, ao qual compete velar pela saírem da cozinha, de modo a não serem desviados e nem
ordem e disciplina durante as refeições, comunicando às desperdiçados.
autoridades presentes as irregularidades que se verificarem. 7- Velar pela disciplina do pessoal do rancho.
8- Obrigar o pessoal do rancho a manter-se com uniforme
Art. 325 - Em regra, todas as praças são arranchadas, podendo próprio e asseado.
porem, o comandante do corpo conceder desarranchamento: 9- Escalar o plantão que deva ficar de pernoite
a) Aos sargentos 10- Fornecer ao cozinheiro e a cada empregado uma relação do
b) Aos cabos e soldados legalmente casados. material que estiver em poder de cada um.
c) Aos cabos e soldados que sirvam de arrimo.
d) Aos especialistas, artífices, músicos, corneteiros ou clarins e Art. 333 - Em seus impedimentos o sargento do rancho será
aos empregados. substituído pelo respectivo cabo.
§ 1º - Para desarranchar, a praça deve ter boa conduta e
possibilidade de fazer as refeições de modo a não prejudicar à DO CABO DO RANCHO
instrução, ao serviço e a própria saúde.
§ 2º - Além das condições do § anterior, os desarranchamentos Art. 334 - Ao cabo do rancho cumpre:
dependem das conveniências e possibilidades administrativas do 1- Fiscalizar a limpeza dos utensílios, louças e demais artigos do
corpo, quando ao numero e quanto ao prazo. rancho, assim como das suas dependências.
§ 3º - Os soldados desarranchados não ultrapassarão 10% do 2- Velar para que os empregados se conservem limpos e
efetivo das praças presentes no corpo, excluídos os uniformizados e atendam, com urbanidade, às solicitações dos
desarranchamentos previstos no presente artigo. seus camaradas.
§ 4º - A relação geral das praças desarranchadas, a cargo do 3- Levar ao conhecimento do sargento ou do aprovisionador
fiscal administrativo, será mantida rigorosamente em dia e qualquer falta ou irregularidade que notar de parte dos
afixada em seu gabinete. empregados e das praças ao servirem-se de suas refeições.
4- Depois das refeições verificar se o material a cargo dos
Art. 326 - Nos feriados nacionais e datas festivas haverá empregados esta certo, levando ao conhecimento do sargento ou
melhoria de rancho, por conta das economias do corpo. do aprovisionador as faltas que notar.

Art. 327 - Os oficiais e aspirantes e sargentos de serviço interno DOS EMPREGADOS DO RANCHO
terão direito à alimentação, assim como os oficiais e aspirantes
de prontidão. Art. 335 - Aos empregados do rancho cumpre:
1- Servir as mesas que lhes forem designadas, tratando com
Art. 328 - Em campanha e em manobras, os oficiais e aspirantes urbanidade e muita atenção os seus camaradas.
terão direito a uma etapa diária em espécie e todas as praças 2- Ter o devido cuidado com o material a seu cargo,
serão arranchadas. conservando-o limpo e certo de acordo com a relação que lhes
será fornecido e que deverão ter sempre em seu poder.
Art. 329 - Preparada a refeição, será apresentada pelo 3- Levar ao conhecimento do cabo ou do sargento do rancho
aprovisionador a respectiva amostra ao fiscal administrativo; quando alguma praça quebrar ou inutilizar louça ou qualquer
aprovada, providenciará aquele sobre a distribuição da mesma, artigo a seu cargo.
participando ao oficial de dia para a execução dos toques 4- Auxiliar a limpeza do refeitório e das mesas.
regulamentares. 5- Auxiliar o pessoal da cozinha na limpeza dos legumes.
Parágrafo único - Nos domingos e feriados a amostra será
examinada pelo oficial de dia, salvo se encontrar-se no quartel o Art. 336 - ao empregado do pernoite incumbe zelar pelo rancho,
fiscal administrativo. atender às praças em serviço cujas refeições estejam guardadas e
fazer o café ao oficial de dia durante a noite.
Art. 330 - As praças arranchadas que não comparecerem à hora
regulamentar, por motivo de serviço, serão servidas logo que as DOS COZINHEIROS E SEUS AJUDANTES
circunstancias o permitam.
Art. 337 - Os cozinheiros e seus ajudantes, quando não forem
Art. 331 - As praças arranchadas de cada sub-unidade seguirão civis, serão escolhidos entre as praças que possuem as
para o rancho ao aprovisionador a relação das que deixaram de necessárias habilitações.
comparecer por motivo de serviço.
Art. 338 - Aos cozinheiros incumbe:
DO SERVIÇO DE RANCHO 1- Receber diariamente do aprovisionador tudo quanto for
preciso para as refeições dos oficiais de serviço e das praças
DO SARGENTO DO RANCHO arranchadas.
2- Preparar a comida com perfeição, asseio e pontualidade.
Art. 332 - Ao sargento do rancho cumpre: 3- Impedir que sejam desviados gêneros ou mercadorias sob sua
1- Auxiliar o aprovisionador em tudo que lhe for determinado guarda.
concernente ao serviço. 4- Conservar bem resguardados os alimentos das praças que
2- Conservar em dia e de acordo com os modelos adotados a deixarem de comparecer ao rancho por motivo justo.
escrituração do rancho. 5- Auxiliar ao oficial de dia e ao aprovisionador nos exames dos
3- Conservar em dia a relação dos artigos que constituírem a gêneros.
carga do rancho. 6- Manter em rigoroso asseio, não só a comida como todos os
4- Fiscalizar o serviço de limpeza dos utensílios e das diversas utensílios a seu cargo.
dependências do rancho. 7- Instruir seus ajudantes na arte culinária.
5- Levar ao conhecimento do aprovisionador as faltas e
irregularidades que notar no pessoal e no material do rancho.

135
Art. 339 - Aos ajudantes incumbe auxiliar os cozinheiros em 8- Não permitir a permanecia de pessoas estranhas ao serviço no
todos os seus deveres e substituí-los quando tenham de afastar- corpo da guarda.
se da cozinha.
Art. 345 - As guardas externas na Capital do Estado, ficam
Art. 340 - Serviço externo é todo o serviço prestado fora do subordinadas diretamente ao Chefe do Estado Maior.
quartel, interessando à Força ou repartições do Estado.
Art. 346 - A patrulha é um pequeno elemento de tropa, móvel
Art. 341 - São serviços externos: destinada a exercer vigilância em zonas limitadas.
a) guardas e escoltas de honra;
b) paradas, desfiles e outras solenidades; Art. 347 - Aos comandantes de patrulha incumbe:
c) honras fúnebres; 1- Conduzi-la do quartel para a zona determinada.
d) guardas de estabelecimento e próprios do estado; 2- Não permitir que nenhum de seus elementos afaste-se da zona
e) escoltas, rondas e patrulhas. sem sua licença, que somente será concedida em caso
f) Ordenanças temporárias e empregados externos; justificado.
g) Faxinas; 3- Cumprir e fazer cumprir as ordens que receber.
h) Representações da unidade; 4- Somente empregar a força em casos de extrema necessidade e
i) Assistência medica e veterinária; para garantia própria ou do principio da autoridade.
j) Outros serviços que se tornem necessários com as 5- Entender-se pelo meio mais rápido com o oficial de ronda ou
características estabelecidas no artigo anterior. com o oficial de dia, quando for necessário.
§ 1º - O serviço é escalado pelo comandante do corpo por Parágrafo único - As patrulhas, na Capital, ficam diretamente
iniciativa sua e interesse da unidade ou por determinação de subordinadas ao Chefe do estado Maior.
autoridade superior.
§ 2º - As guardas e escoltas de honra, paradas e honras fúnebres CAPITULO VIII
obedecerão às disposições do R. cont. e Reg. Para inspeções, DESTACAMENTOS POLICIAIS
Revistas e Desfiles.
§ 3º - As guardas dos estabelecimentos serão regidas pelas Art. 348 - “Destacamentos Policiais” são os contingentes
disposições desde Regulamento, no que diz respeito ao serviço destinados a fazer o policiamento do Estado, ficando sob a
de guarda e por ordens particulares. jurisdição da Policia Civil no que concerne ao serviço policial
§ 4º - As escoltas, rondas, patrulhas e faxinas obedecerão às propriamente dito de conformidade com instruções especiais.
ordens e instruções especiais do comandante do corpo ou do
Comandante Geral, conforme o caso. COMANDANTE DE DESTACAMENTO

Art. 342 - As ordenanças temporárias são as praças postas à Art. 349 - Cumpre aos comandantes de destacamento policiais:
disposição autoridade em transito ou transitoriamente em 1- Atender às solicitações de força feitas pelas autoridades civis
serviço na guarnição; compete-lhes, em principio, as mesmas competentes.
atribuições dos ordenanças permanentes, mas dispensadas de 2- Zelar para que sejam fielmente cumpridas as ordens recebidas
todo o serviço do corpo. sobre o serviço das autoridades civis competentes.
3- No caso de diligência especial de que eventualmente possa
Art. 343 - São considerados empregados externos as praças da resultar consumo de munição, estrago ou extravio de armamento
unidade em serviço em outras repartições ou estabelecimentos ou material, acidentes, lesões, ferimentos ou morte de praças ou
militares; são dispensadas do serviço interno do corpo, mas animais, solicitar à autoridade competente a requisição da força
comparecem à instrução, de acordo com o respectivo programa e por escrito e com os devidos esclarecimentos.
prescrições regulamentares. 4- Providenciar no fornecimento de diárias às praças que tenham
de sair em diligencia de acordo com a tabela em vigor.
Art. 344 - Os comandantes de guardas externas de qualquer 5- Nos casos de prisão de criminosos ou de repressão de crimes,
natureza tem por dever, além do que é atribuído aos solicitar à autoridade competente que a força sempre
comandantes de guardas em geral, mais o seguinte: acompanhada por autoridade policial capaz de orientar a
1- Ter conhecimento de todas as ordens que se relacionem com execução do serviço.
o serviço (guarda de edifícios, estabelecimento, etc.). 6- Solicitar a atenção da autoridade civil a que esteja ligado,
2- Não conceder licença para sair da guarda sinão à praça que quando as praças estejam sendo desviadas para serviços que não
alegar motivo justo e sem prejuízo do serviço correspondam à verdadeira finalidade policial. No caso de não
3- Determinar as distancias e lugares fora dos quais nenhuma ser atendida, entender-se com o seu comandante de unidade.
praça poderá ir sem licença. 7- Evitar de invadir as atribuições das demais autoridades.
4- Examinar as rações enviadas à guarda para as praças 8- Escalar criteriosamente seus comandados para os serviços.
arranchadas, verificando se estão de acordo com as instruções 9- Comunicar à autoridade civil, por cortesia, o recolhimento ou
em vigor. substituição de praças.
5- Formar imediatamente a guarda e assim conserva-la em caso 10- Não permitir que seus comandados saiam à rua mal fardados
de tumulto ou incêndio próximo, até que cesse o motivo. ou com os uniformes alterados.
Quando possível prestara auxilio, uma vez solicitado por 11- Quando o Delegado de policia solicitar, escalar uma praça
autoridade competente. para o serviço permanente da Delegacia.
6- Não permitir desordens, insultos, ofensas, atos criminosos, 12- Submeter à decisão de seu comandante de unidade os casos
etc., perto da guarda ou à sua vista diligenciando prender os que mereçam recompensar ou punições que escapem à sua
delinqüentes ou prestar auxilio para esse fim. alçada.
7- Mandar formar e municiar o pessoal da guarda, quando por 13- Velar pelo estado moral, físico, higiênico e sanitário de seus
motivo bem fundados julgar que pode perigar a segurança do comandados, orientando-os nesse sentido.
posto, não fazendo uso das armas senão quando reconhecer que 14- Ministrar a instrução de acordo com os programas recebidos
lhe será absolutamente impossível conservar o seu posto: sempre do corpo.
que possível dará ciência à autoridade superior antes de lançar
mão desse recurso extremo.

136
15- Não se afastar da sede do Município sem permissão do Art. 356 - O almoxarife do corpo é normalmente o responsável
Chefe do Estado Maior, mesmo em ato de serviço; salvo casos perante o fiscal administrativo pela disciplina do pessoal, pelo
de excepcional urgência. bom funcionamento das oficinas e pelos materiais a elas
16- Comunicar imediatamente às autoridades competentes distribuídos e sua contabilidade, exceto a ferradoria, cuja direção
qualquer fato grave ocorrido no destacamento. incumbe ao veterinário.
17- Zelar pela carga do destacamento e boa conservação de tudo Parágrafo único - O comandante do corpo poderá designar um
o que nele existir. oficial para incumbir-se da parte técnica das oficinas.
18- Comunicar o extravio ou estrago do que estiver a cargo do
destacamento com os devidos esclarecimentos. Art. 357 - Cada oficina terá um encarregado que é o responsável
19- Fazer as necessárias comunicações, a fim de que sejam perante o almoxarife, não só pela execução dos trabalhos que lhe
passados os “ Atestados de origem” para seus comandados. forem ordenados como pela guarda, conservação e emprego de
20- Fazer recolher praças à unidades pelos seguintes motivos: todo o material que lhe for confiado.
a) má conduta comprovada, Parágrafo único - Os encarregados das oficinas são
b) lesões ou ferimentos de certa gravidade; responsáveis pela ordem e disciplina nas mesmas e não
c) doenças que exijam longo tratamento, comprovada essa permitirão que nelas permaneçam praças estranhas ao serviço,
exigência com atestado medico; nem que dele participem sem consentimento ou ordem superior.
d) para ser excluído;
e) por ordem superior. Art. 358 - Quando ao pessoal, as oficinas serão organizadas com
21- Zelar pela conservação do prédio onde esteja alojado o os artífices que a unidade dispuser, caso suas finanças não
destacamento. permitirem contrato de civis.
22- Levar ao conhecimento da autoridade competente o estado § 1º - Os encarregados das oficinas serão normalmente os mais
de conservação e segurança da cadeia civil. graduados dos artífices em serviço, designados em boletim
23- Requisitar passagens e transportes, de acordo com as regimental, por proposta do almoxarife ou do veterinário se for o
instruções especiais sobre o assunto. caso.
§ 2º - Tanto o pessoal militar como o civil ficara sob a
Art. 350 - Os comandantes de destacamentos policiais esforçar- dependência direta do almoxarife no que disse respeito ao
se-ão em manter com as autoridades estranhas à Força as regime de trabalho.
melhores relações, quer no que concerne ao serviço policial,
quer no que concerne ao do Município. Art. 359 - Ao almoxarife compete propor ao fiscal
administrativo as aquisições de matérias indispensáveis à
Art. 351 - Aos comandantes de destacamentos cabem as organização e funcionamento das oficinas.
mesmas atribuições do comandante de sub-unidade no que
refere à disciplina. Art. 360 - A escrituração e contabilidade das oficinas assim
como a sua justificação perante o comandante do corpo serão
Art. 352 - As praças que servem nos destacamentos são feitas mensalmente pelo almoxarife, que apresentara ao fiscal
atribuídos os mesmos deveres e direitos das que estiverem administrativo uma relação de todos os trabalhos executados,
incorporadas à unidade. classificados separadamente os de interesse da unidade e os de
interesse individual com declaração dos respectivos preços para
CAPITULO IX publicação em boletim.
DILIGÊNCIAS
INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO
Art. 353 - “Diligencias” são contingentes de efeitos variados
destinados a executar serviços de pequena duração, fora da Art. 361 - O comandante da unidade devera esforçar-se para que
guarnição. cada oficina funcione em dependência separada, apropriada e
Parágrafo único - Aos comandantes de diligências cabem segura, para poder efetivar a responsabilidade dos respectivos
atribuições idênticas às atribuídas aos comandantes de pequenas encarregados, quando necessário.
frações, na parte relativa à disciplina, além das relativas à sua
missão. Art. 362 - Nos trabalhos das oficinas serão observadas as
seguintes disposições:
CAPITULO X 1- Nenhum trabalho será executado sem autorização ou ordem
OFICINAS ORGÂNICAS em boletim, salvo os de caráter urgente ordenados pelo
comandante, os quais, entretanto, ulteriormente serão
Art. 354 - De acordo com os seus recursos e possibilidades confirmados no boletim da unidade.
materiais o corpo devera possuir as seguintes oficinas, além de 2- Sem prejuízo de suas finalidades as oficinas poderão preparar
outras que se tornarem necessárias: artigos militares de propriedade de oficiais e praças, mediante
a) Ferraria e Serralheria; indenização.
b) Correaria e Selaria; 3- A urgência na execução dos trabalhos obedecera a seguinte
c) Carpintaria e Marcenaria; ordem:
d) Alfaiataria; a) os que interessam à unidade;
e) Sapataria; b) os de propriedade individual de utilidade militar.
f) Ferradoria. 4- Nenhum trabalho será executado sem que seja previamente
orçado pelo respectivo encarregado, de acordo com o que
Art. 355 - As oficinas do corpo destinam-se: prescreve o Regulamento de Administração.
a) à execução de reparações no material distribuído e em uso no 5- As indenizações devidas serão publicadas em boletim para o
corpo. correspondente desconto.
b) Confecção de artigos destinados a substituir os inutilizados e
extraviados e outros necessários. Art. 363 - Somente poderão passar a empregado nas oficinas
c) Organização praças mobilizáveis; tendo em vista, porém, o recrutamento de
novos artífices, o comandante da unidade poderá permitir que

137
um certo numero de recrutas de reconhecida habilidade c) Os militares que tenham gozado licença por mais de noventa
freqüentem diariamente as oficinas na qualidade de aprendizes, dias durante o ano de instrução.
sem prejuízo da instrução. d) Os militares que tiverem passado mais de noventa dias
baixados ao hospital ou enfermaria durante o ano de instrução,
Art. 364 - A instrução principal dos artífices e aprendizes exceto quando a baixa ocorrer por acidente no serviço.
devera ser técnica, tendo-se em vista a pratica na execução dos e) As praças que devam ser excluídas dentro de três meses.
trabalhos, isso dentro da oficina; essa instrução será ministrada
sob as vistas do técnico correspondente. Art. 373 - O gozo de férias obedecera as seguintes disposições:
§ 1º - Os carpinteiros e serralheiros deverão receber, além da 1- O comandante do Corpo organizara previamente um plano de
instrução comum à profissão, uma especial sobre serviço de férias, tendo em vista o interesse do serviço e a obrigatoriedade
munição (identificação, manuseio, armazenagem, embalagem, de seu gozo por todos que a elas tenham direito, levando ainda
transporte). em consideração as prescrições do artigo anterior.
§ 2º - Os artífices receberão nas respectivas sub-unidades as 2- O período de férias poderá ser gozado onde convier ao
demais instruções que lhes devem ser ministradas. interessado, mesmo fora da guarnição.
3- Os que pretenderem gozar férias fora da guarnição deverão
Art. 365 - Nos corpos que não possuírem oficinas mecânicas, as comunica-lo previamente ao seu comandante, que solicitara a
oficinas de ferraria e serralheria devem estar em condições de necessária permissão à autoridade competente.
proceder a ligeiras reparações em automóveis. 4- O militar em férias não perdera direito às vantagens que
esteja percebendo ao inicia-las, salvo se durante o seu
Art. 366 - O horário de trabalho das oficinas constara do afastamento cessar a situação que deu margem à mesma
programa de instrução da unidade. percepção.
5- Quando em gozo de férias o militar não concorrera às
TITULO V substituições que se verificarem na unidade nem será escalado
PRESCRIÇÕES DIVERSAS para qualquer serviço.
6- Os encargos exercidos por motivos de férias dos seus
CAPITULO I detentores efetivos não darão lugar à percepção de vantagens
CÍRCULOS pecuniárias.
7- Do período de férias serão descontadas as despensas do
Art. 367 - Círculo é o âmbito de convivência intima entre serviço gozadas durante o ano de instrução e não consideradas
militares de uma mesma categoria. recompensas.
8- O militar gozara anualmente o período de férias a que tenha
Art. 368 - Os círculos são caracterizados pela hierarquia militar direito, salvo em cargo de – emergente necessidade de segurança
e tem por finalidade o desenvolvimento do espírito de nacional ou de manutenção da ordem – declarada pelo
camaradagem entre os pares, num ambiente de estima e Comandante Geral ou autoridade superior.
confiança e sem prejuízo do respeito aos princípios 9- Os militares que tenham deixado de gozar as férias nas
disciplinares. condições do numero anterior ou as tenham interrompido,
poderão acumular até dois períodos a que tiverem feito jus.
Art. 369 - Os círculos na Brigada Militar são os seguintes:
a) de oficiais superiores; Art. 374 - Os comandantes de Unidade, Chefes de Serviço ou
b) de capitães, oficiais subalternos e aspirantes; autoridades superiores poderão proibir que militares de seu
c) de sub-unidade e sargentos; comando gozem de férias em determinados lugares, por motivo
d) de cabos e soldados. de disciplina ou de saúde.
§ 1º - O Comandante Geral ou autoridade superior poderá casar
Art. 370 - É de interesse da Brigada Militar que todos os seus ou suspender as férias dos militares sob sua jurisdição, quando
componentes se mantenham física, mental e intelectualmente ocorrerem os casos previstos no numero 8 do art. Precedente.
capazes, pelo cultivo dos jogos esportivos mais aconselháveis e § 2º - A ordem de prontidão ou de marcha implica
pela boa apresentação nos meios sociais; no entanto, é automaticamente na suspensão da concessão de férias.
inconveniente a pratica esportiva ou a vida social em
promiscuidade, pelos sérios prejuízos que traz à disciplina e a Art. 375 - Os períodos de férias terão as seguintes durações:
compostura que devem manter em qualquer situação. a) para oficiais e aspirantes – 30 dias;
b) para sub-tenentes e sargentos ou assemelhados – 20 dias;
Art. 371 - Em principio, os jogos esportivos e as competições c) para cabos, soldados de todas as classes, corneteiros ou
serão realizadas entre militares do mesmo circulo. clarins – 10 dias;
§ 1º - Não será permitida em hipótese alguma à oficiais e praças d) funcionários civis – de acordo com os Estatutos dos
a pratica em comum de qualquer jogo, participação em Funcionários Públicos ou outras leis que regulem o assunto.
competições e a freqüência em reuniões sociais publicas ou em
clubes. Art. 376 - São autoridades competentes para conceder férias:
§ 2º - Nos trabalhos eqüestres de qualquer natureza deverão ser a) O Comandante Geral, aos oficiais subordinados diretamente à
igualmente observadas as disposições do presente artigo. sua autoridade e a todos os demais oficiais, quando for o caso;
b) Os comandantes de unidade e chefes de serviços, aos seus
Art. 372 - Férias são dispensas totais do serviço concedidas à oficiais e praças.
oficiais e praças em cada unidade, repartição ou
estabelecimento, nas condições estabelecidas neste Art. 377 - As férias subordinam-se às exigências do serviço,
Regulamento. devendo para a sua concessão observar-se o seguinte:
Parágrafo único - Não terão direito à férias: 1- Dentro de cada unidade serão concedidas de modo que, em
a) Os militares punidos durante o ano com pena de prisão; princípios, no inicio de cada período os responsáveis direito pela
b) Os que tenham estado afastados do serviço da Força por instrução se encontrem prontos no corpo, para isso, as
período superior a trinta dias durante o ano de instrução. concessões a ser feitas logo que termine o ano de instrução,

138
rigorosamente de acordo com a ordem de presença exigida pelo determinará a baixa imediata à enfermaria, para observação,
inicio da instrução do novo ano. declarando igualmente aquela circunstância.
2- Será permitida acumulação de funções durante o período de
férias desde que não resultem em incompatibilidade legais, a CAPÍTULO IV
fim de possibilitar-se a concessão de férias a todos os que TRÂNSITO
tenham direito.
Art. 385 - Os oficiais que tenham de afastar-se da unidade em
Art. 378 - Nas repartições e estabelecimentos as férias poderão caráter definitivo, por transferência, classificação ou nomeação
ser concedidas em qualquer época do ano, consoante os para comissão de caráter permanente, terão direito a 20 dias de
interesses do serviço; as concessões serão sempre feitas de modo trânsito para iniciar a viagem. Os sub-tenentes e sargentos, nas
que na fase de maior intensidade dos respectivos serviços mesmas condições, terão direito a 10 e 8 dias, respectivamente.
estejam presentes todos os oficiais e praças a eles pertencentes. § 1º - O trânsito é contado desde a data do desligamento da
Parágrafo único - Nos estabelecimentos de ensino as férias unidade ou repartição.
serão concedidas de conformidade com o que dispuserem os § 2º - Em casos especiais, a critério do comandante Geral, o
respectivos regulamentos. período de transito poderá ser reduzido ou ampliado.

CAPITULO III Art. 386 - O militar em transito, que ficar em outras localidades,
PARTE DE DOENTE E INCAPACIDADE FÍSICA de passagem, alegando doença, devera dar parte de doente,
sendo baixado ao Hospital ou Enfermaria, por ordem do
Art. 379 - O oficial ou aspirante a oficial que obedecer e não comandante da unidade e com a declaração daquela
preferir baixar ao Hospital devera participar, por escrito, à circunstancia.
autoridade a que estiver subordinado, achar-se impossibilitado § 1º - Logo que tenha alta e for julgado em condições de viajar,
de continuar em serviço. seguira seu destino na primeira oportunidade.
Parágrafo único - Recebida a parte de doente a autoridade § 2º - Se desde logo verificar-se que o militar esta em condições
competente providenciara para que saia o interessado examinado de prosseguir viagem, devera ser a baixa tornada sem efeito e
pelo medico da unidade, que devera informar sobre o seu estado seguira imediatamente ao seu destino, sem prejuízo de
de saúde e sobre a duração provável do impedimento; este providencias de caráter disciplinar se for o caso.
exame será dispensado se a parte de doente for acompanhada de § 3º - De modo idêntico proceder-se-á com o militar que,
atestado medico militar. achando-se em uma unidade, receber ordem de recolher-se à sua
e declarar-se impossibilitado de prosseguir viagem por motivo
Art. 380 - Não se apresentando o oficial pronto para o serviço de doença.
até 3 dias depois da parte de doente ser entregue ou
imediatamente após esta se a informação do médico opinar por Art. 387 - Nos navios ou trens em que viajarem militares, o
simulação, será submetido a inspeção de saúde. oficial ou praça de maior graduação devera zelar pela disciplina
Parágrafo único - Se o estado do doente impossibilita-lo de ir a e pelo decoro militar que devem ser observados.
sede da junta militar de saúde para ser inspecionado, esta devera Parágrafo único - Quando em viagem os militares tem o dever
comparecer à residência do oficial logo que receba ordem da de se apresentarem ao mais graduado presente.
autoridade competente.
CAPITULO V
Art. 381 - Publicado o resultado da inspeção de saúde e DEPENDENCIAS DE OFICIAIS
arbitrado o prazo para o tratamento será o oficial considerado
com licença para esse fim a contar da data da parte do doente. SALA DE RECEPÇÕES
Parágrafo único - No caso de não ser reconhecida moléstia,
haverá perda da gratificação durante o afastamento, sem Art. 388 - Em cada corpo haverá uma sala especialmente
prejuízo de outros procedimentos legais. mobiliada para a recepção de autoridades e visitas, onde esta
instalada uma galeria de retratos dos grandes vultos da nossa
Art. 382 - Se a junta médica declarar a necessidade de historia militar e política.
afastamento do doente da guarnição, este participará ao seu
comandante, o lugar me que pretende tratar-se. Art. 389 - A sala de recepção fica sob a responsabilidade do
Parágrafo único - Caso o doente deva retirar-se do território do ajudante.
Estado, o comandante pedirá com toda a urgência, a necessária
autorização; se o afastamento deva ser feito com urgência, o SALA DE INSTRUÇÃO
comandante permitirá a partida do oficial, participando
imediatamente à autoridade superior. Art. 390 - Os corpos disporão de uma sala convenientemente
aparelhada destinada à instrução dos oficiais, à organização da
Art. 383 - O oficial ou aspirante, ao concluir uma licença para instrução do corpo e à realização de conferencias diversas.
tratamento de saúde, deverá apresentar-se ao seu corpo no dia
seguinte ao da terminação da licença, sendo submetido à nova Art. 391 - A sala de instrução fica sob a responsabilidade do
inspeção. ajudante e nela será instalado o arquivo geral da instrução do
Parágrafo único - No caso de continuar doente e corpo deste oficial.
impossibilitado de apresentar-se, participará com antecedência,
ao seu comandante ou a autoridade militar mais próxima, para SALA DE REFEIÇÕES
que sejam tomadas as providências que se impuserem.
Art. 392 - A sala de refeições dos oficiais terá instalação
Art. 384 - O comandante do corpo determinará a baixa imediata condigna e condições para comportar a totalidade dos oficiais do
ao Hospital, do oficial que der parte, depois de escalado para o corpo, no mínimo.
serviço, declarando aquela circunstância.
Parágrafo único - Quando se tratar de praças que alegarem
doença quando escaladas para o serviço o comandante

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Art. 393 - As refeições dos oficiais, em regra, serão preparadas CAPITULO VII
na cozinha do corpo podendo, no entanto, serem preparadas em BARBEARIAS E ENGRAXATARIAS
cozinha própria, contígua à sala de refeições.
Art. 401 - Nos corpos de tropa, Quartel General e serviços,
Art. 394 - Ao aprovisionador incumbe a direção do serviço e devem funcionar barbearias e engraxatarias exclusivamente
das dependências destinadas à alimentação dos oficiais; disporá destinadas a este misteres.
para isso dos recursos regulamentares e extraordinários § 1º - É proibido a venda de qualquer artigo nas barbearias
fornecidos pelo comandante do corpo ou pelos interessados. militares.
§ 2º - As despesas das barbearias e engraxatarias serão pagas
DORMITÓRIOS E VESTIÁRIOS pelo Conselho de Administração, devendo cada oficial ou praça,
descontar uma mensalidade mínima estipulada pelo respectivo
Art. 395 - De acordo com as disponibilidades do quartel poderá comandante.
ser permitida a residência de oficiais solteiros em dependências § 3º - Poderão trabalhar nas barbearias e engraxatarias civis
internas apropriadas. contratados, reservistas, preferentemente os da brigada Militar e
Parágrafo único - O comandante do corpo poderá permitir que que preencham as condições de saúde necessárias.
filhos ou irmãos de oficiais se hospedem no dormitório destes.
Art. 402 - No ajuste do contrato firmado figurarão
Art. 396 - Os oficiais que residirem no quartel são responsáveis obrigatoriamente, entre outras, às seguintes clausulas a que se
pela ordem e asseio do respectivo dormitório e pela conservação obrigara o contratado:
dos móveis e utensílios ali existentes. a) ficar, juntamente com seus companheiros de trabalhos, sob a
ação dos preceitos regulamentares no que concernir à disciplina,
Art. 397 - As dependências destinadas a dormitórios de oficiais moralidade e higiene;
ficarão a cargo do almoxarife. b) acompanhar o corpo quando este deslocar-se para campos de
instrução ou de manobras.
Art. 398 - Quando possível haverá ainda nos corpos um c) Permanecer à testa do serviço durante as horas de trabalho e
vestiário para os oficiais, com lavatórios, banheiros e instalações subordinar-se ao horário fixado.
sanitárias.
Art. 403 - Os contratos estabelecerão multas obrigatórias para
CAPITULO VI os casos de infração as clausulas e terão a duração mínima de
BIBLIOTECA dois anos, podendo ser rescindidos.
a) por falta de idoneidade pessoal do ajustante, verificada
Art. 399 - Cada unidade devera possuir e manter uma biblioteca ulteriormente e comprovada em sindicância regulamentar.
constituída de obras de cultura geral, assuntos militares, b) Por falta de cumprimento do ajustado, depois de terceira
históricos e geográficos, devera também dispor de uma infração punida em boletim.
coletânea de publicações da Brigada Militar. c) Por acordo entre as partes contratantes, mediante aviso prévio
Parágrafo único - Sob nenhum pretexto poderão ser feitos de trinta dias no mínimo.
descontos nos vencimentos de oficiais e praças para a d) Por mudança de sede ou afastamento prolongado do corpo.
manutenção das bibliotecas.
CAPITULO VIII
Art. 400 - Os funcionários da biblioteca obedecerão as seguintes ESCOLA REGIMENTAL
prescrições:
1- Um oficial designado pelo comandante da unidade, Art. 404 - Nas unidades funcionarão, obrigatoriamente, cursos
desempenhara as funções de bibliotecário, sendo o responsável, destinados a ministrar às praças analfabetas e alfabetizadas o
pela sua organização e conservação. ensino elementar primário e complementar na forma prescrita
2- O bibliotecário terá tantos auxiliares quantos forem pela Lei de Ensino Militar.
necessários, os quais ali serão empregados sem prejuízo da Parágrafo único - Para esse fim devera existir uma Escola
instrução. Regimental instalada convenientemente em dependências
3- Sempre que possível, a biblioteca disporá de salas de leitura, apropriada, com recursos fornecidos pelo Conselho de
para oficiais, para sub-tenente e sargentos e para cabos e Administração.
soldados.
4- O franqueamento da biblioteca e a utilização de livros Art. 405 - O programa de ensino da escola Regimental,
obedecerá a horário e regras fixadas pelo comandante. organizado pelo sub-comandante do corpo, compreendera o
5- A escrituração da biblioteca constará de um mapa curso de analfabetos e alfabetizados, ministrados e reunidos em
quantitativo do material e livros, um catálogo das obras com os uma escola única.
respectivos preços, um livro de entradas e saídas e um livro de Parágrafo único - O curso de analfabetos e alfabetizados
receita e despesa. funcionara sob a direção de um oficial subalterno, auxiliado
6- Os livros não considerados raros poderão ser retirados da pelas praças julgados necessárias; o comandante do corpo
biblioteca por oficiais e praças mediante recibo e por prazo esforçar-se-á para que nenhum homem permaneça analfabeto no
nunca maior de 15 dias; os interessados ficarão responsáveis fim do ano de instrução.
pelos mesmos e por sua conservação. § 2º - O Diretor da Escola Regimental disporá de auxiliares na
7- Os livros retirados por empréstimo e não restituídos no prazo proporção de um para cada turma de trinta alunos.
fixado determinação uma reclamação do bibliotecário; se não
forem entregues dentro de prazo máximo de 8 dias, após a Art. 406 - Em casos especiais poderá o comandante da unidade
reclamação, serão considerados extraviados e serão indenizados pedir ao Comandante Geral a designação de professores
pelo responsável sem prejuízo das medidas disciplinares públicos ou contratar profissionais de reconhecida idoneidade
cabíveis. por conta das economias do corpo.
8- Cada bibliotecário obedecerá a instruções próprias, aprovadas
pela comandante; suas disposições não poderão colidir com as Art.407 - O funcionamento da Escola Regimental obedecerá as
do presente capítulo. seguintes prescrições:

140
1- Serão matriculados, obrigatoriamente, todos os soldados que Parágrafo único - Os demais documentos da unidade serão
não tiverem conhecimento de leitura e escritura corrente e das selecionados por espécie e igualmente encadernados
quatro operações sobre números inteiros. periodicamente.
2- As matriculas serão efetuadas na primeira quinzena do 1°
Período de Instrução, de modo que as aulas se iniciem Art. 415 - Os arquivos serão conservados em armários ou
regulamente no primeiro dia útil do 2° mês. gavetas apropriadas, sob a guarda e responsabilidade dos
3- As aulas funcionarão todos os dias úteis em horas fixadas respectivos detentores.
pelo comandante da unidade, de modo que não sejam
prejudicadas a instrução e o serviço. Art. 416 - Os documentos internos não referentes à fundos,
4- As relações dos candidatos selecionados pelos comandantes material permanente, justiça, disciplina ou instrução, já
de sub-unidades serão remetidas ao sub-comandante, para efeito solucionados definitivamente e que dispensem ulteriores
de publicação, em boletim. consultas, poderão ser desencadernados e incinerados decorridos
5- O ano de ensino compreenderá dos períodos, cada um com a seis meses de seu arquivamento.
duração de cinco meses, inclusive exames. § 1º - Ao comandante de unidade ou chefe de serviço compete
6- Após os exames de 1º período, poderão ser matriculados no julgar da conveniência ou não da descarga e incineração dos
curso de alfabetizados os candidatos aprovados no de documentos e ordena-la em boletim.
analfabetos. § 2º - Os documentos incinerados serão previamente
7- O resultado dos exames será publicado em boletim, sendo os relacionados e a alteração constara das fichas ou livros de
nomes das praças que se distinguirem pelo seu grande protocolo respectivos.
aproveitamento mencionados destacamento, podendo ainda o
comandante da unidade conceder-lhes outras recompensas. Art. 417 - Os documentos não compreendidos no artigo anterior
8- O funcionamento da Escola Regimental será serão descarregados e incinerados mediante ordem de autoridade
permanentemente fiscalizado pelo sub-comandante, que superior, provocada pelo comandante do corpo ou chefe de
presidira a comissão de exames, constituída de três membros, da serviço.
qual fará parte o Diretor da Escola. Parágrafo único - Proceder-se-á com eles na forma indicada
9- O material fornecido para a Escola Regimental será entregue no§ 2° do Art.416.
ao respectivo Diretor, que o distribuirá aos seus auxiliares.
Art. 418 - Os documentos que não possam ser descarregados
Art. 408 - O ensino de analfabetos e alfabetizados será serão remetidos ao arquivo da Brigada, convenientemente
considerado de grande valor moral, tornando merecedores de relacionados, de cinco em cinco anos.
recompensas todos aqueles que apresentarem excelentes § 1º - Tomar-se-á as providencias indicadas no § 2° do artigo
resultados nas atividades com ele relacionadas. 416.
§ 2º - Permanecerão, porem, na unidade os boletins internos, os
CAPITULO IX documentos relativos à instrução e o histórico da unidade.
PROTOCOLO E ARQUIVO
CAPITULO X
Art. 409 - Os documentos de qualquer procedência depois de SUBSTITUIÇÕES TEMPORARIAS
solucionados serão arquivados.
§ 1º - Igualmente serão arquivadas as copias de todos os Art. 419 - As substituições temporárias as especialidades, e
documentos expedidos, os originais de boletins internos, assim serão feitas dentro de cada unidade, repartição ou
programas de instrução, etc.. estabelecimento militar.
§ 2º - Aplicam-se às sub-unidades e repartições internas as
prescrições deste artigo. Art. 420 - Consideram-se substituições temporárias, para os
efeitos deste Regulamento, as substituições feitas:
Art. 410 - Os documentos de qualquer procedência serão a) por motivo de cargo vaso;
registrados ao entrar na Secretaria, recebendo uma numeração b) por afastamento normal;
de protocolo seguida anualmente. c) por ausência temporária;
§ 1º - Os documentos que retornarem conservarão o numero d) por ausência eventual;
primitivo do protocolo. § 1º - O cargo é considerado vago quando o detentor efetivo
§ 2º - Os documentos sigilosos terão um produto especial à afastar-se definitivamente do corpo, por motivo de transferência,
cargo do secretario. reforma, falecimento, nomeação efetiva para função estranha à
unidade ou a Brigada Militar.
Art. 411 - Os documentos ordinários do corpo receberão § 2º - O afastamento normal é determinado por designação para
numeração seguida durante o ano. Deles serão extraídas uma ou serviço estranho à unidade, de duração provável maior de trinta
mais copias conforme a necessidade da distribuição e a dias; licença não inferior a trinta dias; substituição por motivo de
organização dada ao serviço. cargo vago e as que lhe forem decorrentes.
Parágrafo único - Os documentos sigilosos receberão § 3º - A ausência temporária é a determinada por motivo de
numeração distinta. férias, dispensa do serviço maior de três dias e serviço estranho
ao corpo, de duração provável inferior a trinta dias.
Art. 412 - A saída dos documentos será dada com o numero que § 4º - A ausência eventual é considerada em caso de afastamento
tiverem tomado no protocolo respectivo. por motivo de serviço, de duração não superior a três dias: parte
de doente não solucionadas, dispensa de serviço máxima de três
Art. 413 - Para arquivamento, os documentos serão dias e impedimentos fortuitos.
colecionados por assunto, natureza, época e procedências.
Parágrafo único - Obrigatoriamente, formarão coleção distinta Art. 421 - As substituições constante das alíneas a) e b) do art.
os documentos relativos à instrução, justiça, disciplina e fundos. Anterior importam obrigatoriamente na passagem oficial do
cargo e da carga; nos casos de alínea c) só haverá passagem de
Art. 414 - Os boletins internos receberão numeração própria, cargo.
por ano, e serão periodicamente encadernados.

141
Parágrafo único - Nos casos da ausência eventual não haverá 3- As praças empregadas serão substituídas por outras do
passagem de cargo; respondera normalmente pelo substituto o mesmo posto ou de posto inferior mediante proposta ao
mais graduado de seus comandados prontos no serviço. comandante feita pelo chefe interessado.

Art. 422 - As substituições subordinam-se às seguintes CAPITULO XI


prescrições: SITUAÇÕES EXTRAORDINARIAS DA TROPA
1- Nas ausências temporárias do fiscal administrativo não haverá
passagem de cargo; essas funções serão desempenhadas por um Art. 428 - As situações extraordinárias da tropa são as
capitão. decorrentes de ordens de sobre-aviso, prontidão ou de marcha.
2- Quando nas ausências temporárias ou eventuais do sub-
comandante a substituição competira ao capitão mais antigo. SOBRE- AVISO

Art. 423 - As substituições motivadas por nojo, gala, férias, Art. 429 - A ordem de sobre-aviso determina a situação na qual
dispensa do serviço, por recompensa ou ausência eventual, não o corpo fica prevenido da possibilidade de ser chamado para o
darão direito à percepção de vantagens extraordinárias. desempenho de qualquer missão extraordinária.
1- Todas as providencias de ordem preventiva relativas ao
Art. 424 - Em casos de deslocamentos ou serviços pessoal e ao material são impostas pelas circunstancias
extraordinários da unidade, as substituições feitas por motivo de decorrentes da situação da tropa: serão tomadas pelos diversos
ausência eventual perdem esse caráter, procedendo-se como no comandos ou chefias de serviços, logo que o corpo ou serviço
caso de afastamento normal. receba a ordem de sobre-aviso.
2- Os oficiais deverão permanecer no quartel ou em suas
Art. 425 - Em casos de duvidas, em situação não residências,mas, neste caso, em intima ligação com a unidade e
suficientemente esclarecida nos regulamentos ou em caso de em condições de poder recolher-se imediatamente ao quartel em
conflitos de direito, apelar-se-á para a autoridade superior, caso de necessidade.
mantendo-se no cargo até a solução definitiva o oficial que já o 3- Cientificado o oficial de que sua unidade esta de sobre-aviso
tenha assumido, salvo quando essa situação acarrete inversão da nenhuma falta de nova comunicação será aceita como
hierarquia militar. justificativa de sua ausência ao serviço ordenado em
conseqüência da situação.
SUBSTITUIÇÃO ENTRE OFICIAIS 4- Obrigatoriamente, devera permanecer no quartel um terço dos
oficiais da unidade: em regra, um oficial por sub-unidade.
Art. 426 - As substituições temporárias entre oficiais operam-se 5- Todas as praças permanecerão no quartel.
da seguinte maneira: 6- Poderá ser permitido às praças saírem a rua por tempo fixado,
1- O comandante da unidade é substituído pelo sub-comandante em pequenas turmas por sub-unidade, desde que fiquem, porem,
e este pelo mais graduado dos oficiais combatentes efetivos e em condições de regressar ao quartel dentro de uma hora.
prontos no corpo. 7- A instrução não será perturbada, restringindo o comando
2- Nas repartições e serviços onde não haja sub-comandante o quando necessário as zonas externas do quartel onde poderá
chefe é substituído pelo mais graduado dos oficiais combatentes realizar-se.
em serviço; nos casos de repartições e estabelecimento, 8- Se a ordem de sobre-aviso não atingir toda a unidade, as
privativo de determinados serviços, as substituições competira presentes disposições só abrangerão aos oficiais e praças da
ao mais graduado dos oficiais efetivos do respectivo quadro. fração de tropa que for designada.
3- As substituições no interior das repartições e
estabelecimentos obedecerão às disposições deste Regulamento, PRONTIDÃO
caso não disponham de regulamentos próprios e que prescrevem
normas especiais. Art. 431 - A ordem de prontidão importa em ficar a unidade
4- O oficial adido não concorre nas substituições, salvo na falta preparada para sair do quartel logo que receba ordem; em
absoluta de oficial efetivo ou quando do ato que determinou à condições de desempenhar qualquer missão dentro da respectiva
adição constar a declaração expressa de que ser considerado guarnição ou à distancia que permita serem atendidas as suas
como efetivo. necessidades com os seus próprios recursos.
5- Os aspirantes a oficial concorrem com os oficiais nas
substituições, temporárias, respeitadas as restrições previstas em Art. 432 - Da ordem de prontidão resultarão as seguintes
lei ou regulamentos. medidas:
6- Os sub-tenentes e sargentos não concorrem nas substituições 1- Todos os oficiais permanecerão no quartel uniformizados e
de oficiais, podendo, entretanto, por eles responder em seu armados, devendo ficar um oficial em cada sub-unidade
impedimento fortuito. permanentemente.
2- Avisados os oficiais, ficam os mesmos obrigados a
SUBSTITUIÇÕES ENTRE PRAÇAS comparecer no quartel no mais curto prazo possível.
3- Todas as praças permanecerão uniformizadas em suas sub-
Art. 427 - Respeitada a competência do comandante da unidade unidades, sendo-lhes distribuído armamento e equipamento.
pra fazer transferências, as substituições entre praças serão feitas 4- A munição será distribuída aos comandantes de sub-unidades.
segundo a ordem hierárquica e de acordo com as especialidades, 5- A instrução será dada no âmbito do quartel.
observadas as seguintes prescrições: 6- Ficam automaticamente suspensas todas as dispensas do
1- O sub-tenente é substituído pelo sargento mais graduado os serviço e férias aos oficiais e praças da unidade que se
mais antigo da sub-unidade: o primeiro sargento ajudante, pelo encontrarem na guarnição, sendo-lhes expedidas ordens a
primeiro sargento mais antigo da unidade e os primeiros respeito.
sargentos pelos segundos mais antigos das sub-unidades. 7- Se a ordem de prontidão não atingir a totalidade do corpo, as
2- Para missões especiais de pequena duração, as substituições providencias só abrangerão os oficiais e praças da fração
poderão ser feitas sem atender-se à antiguidade, desde que se designada.
trata de praça do mesmo posto. 8- Todas as ordens e toques gerais constituirão atribuições
exclusivas do comandante.

142
9- Os elementos de tropa ou serviços, em todos os escalões, quartéis (residências nas proximidades, ligações rápidas e
ficarão sob as ordens dos respectivos comandantes ou chefes, eficientes, etc.) evitarão os inconvenientes e fadigas decorrentes
como em campanha. de freqüentes sobre-avisos, prontidões e ordens de marcha.
10- A fração do corpo de prontidão que tiver de apresentar à
outra autoridade, sob cujas ordens deva ficar, passa a depender Art. 439 - Verificadas pelas autoridades superiores as
diretamente dessa autoridade, que providenciara sobre o seu recomendações contidas no artigo precedente, as situações
estacionamento e aprovisionamento. extraordinárias serão por elas adotadas, em regra, somente nos
11- Todos os oficiais e praças de prontidão serão arranchados. seguintes casos:
a) sobre-aviso, na iminência de perturbação da ordem na
Art. 433 - Nos casos de prontidão rigorosa, todos os oficiais guarnição ou de provável deslocamento;
permanecerão em suas sub-unidades; a instrução será ministrada b) Prontidão, na ocorrência de fatos graves que tornem iminente
no âmbito destas e serão intensificadas todas as medidas o emprego da tropa na guarnição ou em suas proximidades;
impostas pela situação. desta situação se passara a uma das outras ou a normalidade,
consoante as circunstancias, e mediante ordem superior.
ORDEM DE MARCHA c) Ordem de marcha,quando expedida por autoridade
competente para determinar o emprego da tropa fora de sua
Art. 434 - A ordem de marcha impõe que a unidade fique guarnição.
preparada para deslocar-se dentro do mais curto prazo, com
todos os recursos necessários à sua existência fora da guarnição. Art. 440 - Os comandantes de corpos porão em pratica,
mensalmente, mesmo em períodos normais e sem aviso prévio,
Art. 435 - A ordem de marcha impõe as seguintes medidas: uma ou outra destas situações extraordinárias, a titulo de
1- A situação da tropa será regulada na ordem de marcha, de verificação e pó tempo que não prejudique a instrução.
conformidade com a circunstancia; todos os oficiais e praças
permanecerão no quartel. MISSÃO INSTRUTORA
2- A instrução ficara reduzida à que possa ser dada no interior
do quartel ou nos seus arredores, de acordo com a natureza da Art. 441 - Os oficiais do Exército postos à disposição do Estado
ordem e à critério do comandante. como instrutores ficarão à disposição do comandante Geral,
3- Consideram-se cassadas todas as licenças especiais, férias e constituindo a Missão Instrutores ficarão à disposição do
dispensas do serviço; para isso os interessados serão comandante Geral, constituindo a Missão Instrutora – órgão
imediatamente ávidos. orientador técnico-militar e consultivo.
4- Se a ordem for motivada por operações de guerra, todos os
oficiais e praças licenciados para tratamento de saúde se CAPITULO XII
apresentarão no quartel a fim de serem inspecionados, sendo CLASSIFICAÇÃO – RECRUTAMENTO – PROMOÇÃO
recolhidos ao hospital mais próximo os que não forem julgados DE PRAÇAS
aptos.
5- Se a ordem não atingir a totalidade da unidade, proceder-se-á CLASSIFICAÇÃO GERAL
como foi previsto em caso semelhante para a ordem de
prontidão. Art. 442 - As praças são repartidas em quatro classes, de
6- A fração do corpo que receber ordem de marcha passa a conformidade com as características regulamentares:
depender diretamente da autoridade sob cujas ordens a) de fileira;
permanecer, logo que deixe o quartel. b) especialistas;
7- Estando fixada a hora da partida, todas as ordens e toques c) artífices;
gerias constituirão atribuições exclusivas do comandante. d) empregadas.
8- Os elementos da tropa ou dos serviços, em todos os escalões, Parágrafo único - Não incluídas nestas classes há ainda:
ficam sob as ordens diretas dos respectivos comandantes ou a) os aspirantes a oficial, praças que concluíram o Curso de
chefes. Formação de Oficiais;
9- Todas as providencias tendentes à adaptação da unidade às b) os alunos oficias.
circunstancias impostas pela situação serão tomadas a partir do
momento em que for recebida a ordem ou dentro do prazo Art. 443 - A cada uma das classes de praças corresponde uma
estabelecido. serie de categorias funcionais de caráter geral ou particular a
cada arma ou serviço, fixadas nos regulamentos respectivos.
PRESCRIÇÕES COMUNS ÀS SITUAÇÕES
EXTRAORDINÁRIAS Art. 444 - Independentemente das características peculiares à
cada arma ou serviço e das vantagens particulares inerentes à
Art. 436 - Quando a uma tropa for determinada uma das determinadas categorias, a classificação geral prevalecera
situações extraordinárias definidas neste capítulo, o respectivo sempre para a designação genérica das praças.
comandante manterá ligação permanente com a autoridade que
tiver a ordem este manterá ligação permanente com a autoridade Art. 445 - Praças de fileira são as que constituem a massa dos
que tiver a ordem expedido ou com a qual estiver diretamente executantes aos diversos misteres da Força, não compreendidas
subordinado. Na falta de nova ordem, cumpre-lhe provoca-la no nas classes acima enumeradas.
fim de 24 horas contadas da primeira ordem recebida.
Art. 446 - Praças especialistas são as que satisfazem as
Art. 437 - As ordens de sobre-aviso, de prontidão ou de marcha condições regulamentares exigidas para o desempenho de
partirão sempre do Comandante Geral; se, porem, provierem de determinadas funções.
autoridade superior, deve aquele ser imediatamente cientificado. Parágrafo único - Os especialistas são:
- enfermeiros;
Art. 438 - A instrução intensiva, a rigorosa observância das - rádio-telegrafistas;
regras de serviço interno e externo e a facilidade do rápido e - músicos;
seguro comparecimento de oficiais e das praças suas respectivos - motoristas;

143
- Corneteiros-tamboreiros; Art. 452 - As praças empregadas são de fileira, com aptidão
- clarins; para o desempenho das funções a que se destinam.
- ferradores (sargentos); Parágrafo único - Só poderão ser empregada a praça
- bombeiros; mobilizável.
- observadores;
- sinaleiros; Art. 453 - As praças especialistas e artífices quando reverterem
- sinaleiros- observadores; à categoria de fileira, perderão as classificações e graduações
- sapadores; que porventura tenha, com exceção das graduações que tenham
- fotógrafos. o curso de formação de sargento ou cabos de fileira.

Art. 447 - Praças artífices são as que desempenham funções Art. 454 - Os claros de sub-tenentes, sargentos e cabos serão
para as quais estão habilitadas profissionalmente, procedam ou preenchidos de acordo com legislação especial.
não de um curso de formação.
Parágrafo único - São artífices; CAPITULO XIII
- alfaiates; REGULAMENTO E PUBLICAÇÕES
- armeiros;
- ajustadores; Art. 455 - Os exemplares de regulamentos, instruções e outras
- bombeiros-hidráulicos; publicações militares ou da administração serão incluídos na
- carpinteiro; carga.
- correeiros; Parágrafo único - Os exemplares acima referidos serão
- cozinheiros; mantidos em dia, introduzindo-se-lhes as alterações publicadas
- chefe da torrefação e moagem de café; nos órgãos oficiais.
- eletrecista;
- estofadores; Art. 456 - No caso extravio das referidas publicações os
- ferradores; interessados as indenizarão.
- ferreiros;
- ferreiros-serralheiros; Art. 457 - Os exemplares de regulamentos revogados serão
- mecânicos; descarregados logo que se tornarem desnecessários.
- mecânicos-ajustadores;
- mecânicos-forneiros; Art. 458 - As publicações sigilosas ficarão sob a
- padeiros; responsabilidade direta do comandante ou chefe de serviço.
- pintores; Parágrafo único - Quando estas autoridades julgarem
- sapateiros; conveniente, os documentos acima serão entregues ao secretario
- seleiros-correeiros; para arquivo, cabendo este, então, a responsabilidade sobre a sua
- torneiros; existência e caráter.
- vulcanizadores;
- marceneiros; Art. 459 - Quando houver substituição de comando, serão
extraídas três copias da relação dos documentos sigilosos,
Art. 448 - Praças empregadas são as que exercem funções de assinadas pelo substituído e com recibo do substituto; duas serão
natureza administrativo ou missões que exijam aptidões remetidas ao chefe do Estado Maior, que devolvera uma com o
especiais. “Ciente”.
Parágrafo único - São praças empregadas:
- os arquivistas; Secretaria de Estado dos Negócios do Interior e Justiça, 14 de
- os datilógrafos; agosto de 1948.
- os ordenanças;
- praças do rancho;
- praças do material bélico; 27. DECRETO Nº. 32.280, DE 09 DE JULHO DE 1986.
- praças da Seção Mobilizadora;
- praças da Seção Administrativa; Define acidente em serviço na Brigada
- praças da Secretaria; Militar e dá outras providências.
- praças da Casa das Ordens;
- praças da Tesouraria; O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
- praças do almoxarifado; GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o
- praças do aprovisionamento; artigo 66, item IV, da Constituição do Estado,
- praças do Posto médico;
- praças do Posto Odontológico; DECRETA:
- praças auxiliares diversos.
Art. 1º - Fica definido como acidente em serviço, para todos os
RECRUTAMENTO efeitos previstos na legislação própria relativa à Brigada Militar,
aquele que ocorra com policial-militar da ativa, quando:
Art. 449 - O recrutamento de sub-tenentes, sargentos e cabos é a) no exercício dos deveres e missões previstos,
feito mediante promoção, de acordo com legislação especial. respectivamente, no artigo 31 da Lei nº 7.138, de 30 de janeiro
de 1978, e no artigo 2º da Lei nº 7.556, de 20 de novembro de
Art. 450 - O recrutamento de especialistas é feito em cursos. 1981;
Parágrafo único - Os cursos que não tiverem regulamentação b) no exercício de suas atribuições funcionais, durante o
especial funcionarão de acordo com os documentos reguladores expediente normal, ou quando determinado por autoridade
da instrução. competente, em sua prorrogação ou antecipação;
Art. 451 - Os artífices serão tirados das praças de fileira ou de c) no cumprimento de ordens emanadas de autoridade policial-
civis contratados mediante prova de suficiência. militar competente;
144
d) no decurso de viagens em objeto de serviço, previstas em Parágrafo único - Os membros indicados da CPSB poderão ser
regulamentos ou autorizadas por autoridade policial-militar substituídos por decisão do membro permanente que tiver a
competente; competência para a indicação.
e) no decurso de viagens impostas por motivo de movimentação
efetuadas no interesse do serviço ou a pedido; Art. 3º - Terá a CPSB a incumbência de determinar os sistemas
f) no percurso entre a sua residência e a organização em que de segurança e alarme bancário que deverão ser adotados pelo
serve ou o local de trabalho, ou aquele em que sua missão deva estabelecimentos financeiros, na forma determinada pela Lei
ter início ou prosseguimento e vice-versa. Federal 7.102, de 20 de junho de 1983, e pelo Decreto Nº
§ 1º - Aplica-se o disposto neste artigo aos policiais-militares da 89.056, de 24 de novembro de 1983.
reserva, quando convocados ou designados para o serviço ativo.
§ 2º - Não se aplica o disposto neste artigo quando o acidente Art. 4º - Fica delegada ao Comandante - Geral da Brigada
resultar de crime, transgressão disciplinar, imprudência ou Militar e o Chefe de Polícia conjuntamente, a competência para
desídia do policial-militar acidentado ou de subordinado seu, firmar convênio com o BANCO CENTRAL DO BRASIL, na
com sua aquiescência. forma do artigo 13, do Decreto Nº 89.056/83.
§ 3º - Os casos previstos no parágrafo anterior bem como nas
hipóteses em que o acidente se verificar nas circunstâncias Art. 5º - A CPSB será representada em conjunto pelo
especificadas na letra "f", deverão ser comprovados mediante Comandante - Geral da Brigada Militar e pelo Chefe de Polícia
inquérito policial-militar ou sindicância. do Estado do Rio Grande do Sul, que presidirão de forma
§ 4º - O disposto na letra "f'' não se aplica ao acidente sofrido alterada suas reuniões de trabalho, conforme estabeleceram em
pelo policial-militar que, por interesse pessoal, tenha seu regimento interno.
interrompido ou alterado o trajeto usualmente utilizável.
Art. 6º - CPSB terá o prazo de 90 dias, a contar da sua criação,
Art. 2º - Considera-se também acidente em serviço, para os fins para concluir seus estudos e baixar a Portaria Normativa para
previstos em lei, ainda quando não seja este a causa única e implementação dos sistemas a que se refere o artigo 3º deste
exclusiva da morte ou da perda ou da redução de capacidade do Decreto.
policial-militar, sempre que entre o acidente e a morte ou a
incapacidade houver relação de causa e efeito. Art. 7º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Parágrafo único - Equiparam-se ao disposto neste artigo os
casos em que o policial-militar, não estando na escala de Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário.
serviço, seja chamado a intervir em ocorrências policiais e, em
decorrência, venha a sofrer lesões corporais ou morte. (DOE de 31.07.92)

Art. 3º - Os policiais-militares acidentados após a vigência da


legislação a que se refere o artigo 1º, alínea "a", ainda não 29. DECRETO Nº. 35.139, DE 03 DE MARÇO DE 1994.
amparados por inexistência de regulamentação definindo a
conceituação de acidente em serviço, ou seus legítimos Regulamenta o vale-refeição instituído pela
representantes, poderão requerer, no prazo de um (1) ano, a LEI Nº 10.002, de 6 de dezembro de 1993.
contar da vigência deste Decreto, os benefícios nele previstos,
decaindo desse direito se não o fizerem no decurso do referido O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
lapso de tempo. GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,
Art. 4º - O presente Decreto entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário. DECRETA:

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 9 de julho de 1986. Art. 1º - São beneficiários do vale-refeição de que trata a LEI Nº
10.002, de 6 de dezembro de 1993, os servidores ativos
pertencentes à Administração Direta e às Autarquias, os
28. DECRETO Nº. 34.427, DE 30 DE JULHO DE 1992. estagiários titulares de bolsa-auxílio, na forma de Legislação
Federal, admitidos pela Fundação para o Desenvolvimento de
Cria no âmbito da Brigada Militar e da Recursos Humanos - FDRH e em exercício inclusive nas
Polícia Civil a Comissão Policial de Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como
Segurança Bancária. os participantes do Programa Guri-Trabalhador. (retif. DOE de
11.03.94).
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO Parágrafo único - Incluem-se nas categorias a serem
GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe confere o beneficiadas pelo vale-refeição os ocupantes de cargos em
artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado. comissão, os alunos bolsistas da Academia de Polícia Civil e da
Escola de Serviços Penitenciários.
DECRETA:
Art. 2º - É facultado ao beneficiário do vale-refeição requerer
Art. 1º - Fica criada a Comissão Policial de Segurança Bancária sua exclusão deste benefício, bem como solicitar sua reinclusão
- CPSB, no âmbito da Brigada Militar e da Polícia Civil. no mesmo.

Art. 2º - CPSB será constituída pelo Comandante - Geral da Art. 3º - Fica fixado em vinte e dois (22) o número de dias
Brigada Militar e pelo Chefe de Polícia do Estado do Rio trabalhados mensalmente para os efeitos deste Decreto,
Grande do Sul, como membros permanentes; por três ressalvados os servidores militares estaduais e os policiais civis,
representantes da Brigada Militar, indicados pelo seu para os quais se fixa em trinta (30) dias.
Comandante-Geral; e por três representantes da Polícia Civil,
indicados pelo Chefe de Polícia.

145
Art. 4º - O valor unitário do beneficio é de CR$ 1.700,00 (um a) efetuar o controle da concessão do vale-refeição por categoria
mil e setecentos cruzeiros reais), para março de 1994. (alterado dos beneficiários indicados no artigo 1º deste Decreto;
pelo Decreto nº. 44.920/2007) b) fazer o controle do vale-refeição, segundo os dias trabalhados
§ 1º - (REVOGADO pelo Decreto nº. 44.920/2007) mensalmente;
§ 2º - (REVOGADO pelo Decreto nº. 44.920/2007) c) manter cadastro dos beneficiários excluídos e reincluídos no
beneficio;
Art. 5º - O valor correspondente ao vale-refeição será percebido d) organizar cadastro dos beneficiários por órgão de lotação ou
pelo beneficiário até o quinto dia útil do mês a que se referir. de exercício e, também, por Quadro de Pessoal;
e) encaminhar mensalmente ao órgão pagador de pessoal a
Art. 6º - Os servidores contribuirão, o título de co-participação relação dos beneficiários do vale-refeição;
como equivalente de 6% (seis por cento) da remuneração líquida f) realizar estudos para melhorar a concessão do benefício vale-
percebida, limitado ao valor do vale-refeição percebido no mês refeição.
de referência.
Parágrafo único - A remuneração líquida, para efeitos do Art. 13 - A Secretaria do Planejamento e da Administração
disposto no "caput" deste artigo, corresponderá à remuneração deverá dar condições ao funcionamento do benefício ora
total deduzida do que segue: regulamentado, bem como iniciar o devido processo licitatório, a
a) salário-família e abono familiar; contar da publicação deste Decreto.
b) horas extraordinárias;
c) ajudas de custo e diárias de viagem; Art. 14 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
d) pensão alimentícia judicial;
e) contribuições previdenciárias; Art. 15 - Revogam-se as disposições em contrário.
f) imposto sobre a renda na fonte;
g) parcela de valor correspondente a três (3) vezes o menor PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 03 de março de 1994.
vencimento básico, vigente no mês de referência, respeitado o
disposto no artigo 29, inciso I, da Constituição do Estado.
30. DECRETO Nº. 35.597, DE 17 DE OUTUBRO DE 1994.
Art. 7º - As contribuições dos beneficiários, quando devidas,
serão descontadas na folha de pagamento do mês em que o Institui Manual de Procedimentos
benefício for percebido. Administrativos.

Art. 8º - O vale-refeição será concedido proporcionalmente, O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO


quando a carga horária for inferior a 40 horas semanais, limitado GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o
em qualquer caso a 1 (um) vale/dia por pessoa. artigo 82, inciso VII, da Constituição do Estado,

Art. 9º - O benefício não se incorporará à remuneração do DECRETA:


servidor, ou à bolsa-auxílio no caso dos estagiários e alunos
bolsistas, para quaisquer efeitos, e sobre ele não incidirão Art. 1º - Fica instituído o Manual de Procedimentos
contribuições trabalhistas ou previdenciárias. Administrativos, destinado a estabelecer normas a serem
observadas no trâmite, análise e estudo dos expedientes
Art. 10 - Não fará jus ao benefício quem se encontrar em administrativos protocolizados nos órgãos e entidades da
qualquer das seguintes situações: administração direta, autarquias e fundações públicas instituídas
a) licenciado ou afastado temporariamente do emprego, cargo, ou mantidas pelo Estado.
função ou estágio, a qualquer título; Parágrafo único - Considera-se expediente administrativo todo
b) em exercício fora das administrações centralizada e o documento que ingressa nos serviços de protocolo dos órgãos
autárquica, exceto os estagiários de que trata o artigo 1º deste e entidades referidos no “caput”.
Decreto, em exercício nas Fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público; Art. 2º - O expediente deverá ser protocolado, autuado e
c) nos dias em que perceber a parcela, para o almoço, do encaminhado ao setor competente no prazo máximo de 24 horas.
benefício previsto no artigo 4, da LEI Nº 8.178, de 14 de
outubro de 1986, e artigo 64, da LEI Nº 6.196, de 15 de janeiro Art. 3º - Os expedientes administrativos, para fins deste Manual,
de 1971, com as alterações introduzidas pela LEI Nº 9.697, de ficam classificados em especiais e comuns.
24 de julho de 1992;
d) regularmente matriculado em estabelecimento de ensino Art. 4º - O prazo para despacho, informação ou qualquer outro
policial-militar. ato relativo ao trâmite dos expedientes, será sempre de 2 (dois)
dias para cada servidor responsável pela prática do ato,
Art. 11 - Para os efeitos deste Decreto são efetivos os dias de ressalvados os casos especiais.
falta justificada e de licença por casamento ou luto. Parágrafo único - Em se tratando de parecer de natureza
Parágrafo único - Serão descontados em folha de pagamento, técnica, o prazo será de 8 (oito) dias úteis, salvo disposição legal
pelo valor do mês do processamento do desconto, as parcelas em contrário.
correspondentes aos dias não efetivos, nas situações
especificadas no artigo 10, ocorridas em meses anteriores. Art. 5º - Pleito é o pedido feito à administração estadual, por
quem não seja servidor público ou entidade do Estado, para
Art. 12 - A concessão do vale-refeição, fica a cargo da solução de situações ligadas ao interesse público ou privado.
Secretaria do Planejamento e da Administração, devendo esta Parágrafo único - Protocolado, o pleito será encaminhado ao
baixar as instruções necessárias ao fiel cumprimento da órgão competente para que sejam prestadas as informações
legislação pertinente. pertinentes nos prazos de 15 (quinze), 30 (trinta) ou 60
Parágrafo único - Além do previsto no "caput" do artigo, (sessenta) dias, segundo adesivo aposto, respectivamente, com
compete à referida Secretaria o seguinte: as cores vermelha, verde e amarela, identificativas das

146
prioridades, a critério da autoridade responsável; os adesivos O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
poderão ser substituídos por comando eletrônico. GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,
Art. 6º - Os pleitos serão coordenados por um órgão central que
fará o controle e acompanhamento dos expedientes DECRETA:
administrativos.
Parágrafo único - O pleito que for protocolado fora do órgão Art. 1º - Fica instituído na Brigada Militar o Regulamento de
central, deverá ser comunicado, imediatamente, pela Repartição Substituições Temporárias, destinado a reger os procedimentos a
que o receber. serem adotados na realização das substituições no âmbito da
Corporação.
Art. 7º - O pedido de informações pode ser originário do Poder
Legislativo ou do Poder Judiciário para atender requerimento de Art. 2º - Substituição temporária é a que ocorre quando um
Parlamentar ou Ação Judicial, respectivamente. servidor militar, em caráter transitório, assume ou responde por
Parágrafo único - Em se tratando de solicitação do Poder um cargo, função de comando ou encargo atribuído
Legislativo com base em dispositivo constitucional, a Casa Civil privativamente a grau hierárquico superior ou igual ao seu.
oficiará aos órgãos envolvidos assinalando o prazo máximo de
20 (vinte dias para que cada um envie os dados requisitados. Art. 3º - A substituição temporária poderá ocorrer por um dos
seguintes motivos:
Art. 8º - Para instruir ação judicial em que a autoridade I - cargo ou função vagas;
informante depende de esclarecimentos de órgãos ou entidades II - afastamento do cargo ou da função do detentor efetivo ou
sob sua supervisão, os dados necessários à resposta serão interino, por prazo superior a 30 (trinta) dias;
fornecidos no prazo máximo de 3 (três) dias. III - afastamento do cargo ou da função do respectivo detentor
efetivo ou interino, por prazo igual ou inferior a 30 (trinta) dias;
Art. 9º - Para efeitos deste Manual, computar-se-ão os prazos IV - afastamento eventual.
excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. § 1º - É considerado vago o cargo ou função de comando,
Parágrafo único - Os prazos serão prorrogados até o primeiro quando o servidor militar que o exerce, seja dele exonerado ou
dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: dispensado pela autoridade competente, casos previstos em lei.
a) for determinado o encerramento do expediente da repartição; § 2º - Afastamento do cargo ou da função de comando,
b) o expediente da repartição for encerrado antes do horário conforme o previsto nos incisos II e III deste artigo, ocorrerá
normal. sempre que o titular, efetivo ou interino, estiver impossibilitado
de exercê-lo por motivo de afastamentos legais das respectivas
Art. 10 - Os expedientes administrativos comuns em andamento atribuições.
há mais de 60 (sessenta) dias, cabendo a responsabilidade do § 3º - Afastamento eventual é aquele que ocorre quando o
cumprimento deste prazo ao dirigente máximo do órgão servidor militar detentor efetivo ou interino do cargo, por motivo
competente à sua conclusão. de serviço ou outro qualquer, estiver impossibilitado de exercê-
lo por prazo não superior a 3 (três) dias.
Art. 11 - Quando os prazos forem contados em horas, o servidor
responsável do setor ao qual for encaminhado o expediente Art. 4º - Nas substituições temporárias previstas nos incisos I e
registrará a hora de seu recebimento. II do artigo anterior, assumirá interinamente o cargo de
Comando, Direção, Chefia ou de Ajudante-Geral, o Oficial de
Art. 12 - Os expedientes comuns iniciados após a vigência deste maior grau hierárquico da Organização Policial Militar - OPM,
manual, terão o prazo máximo de 90 (noventa) dias para serem ou das unidades subordinadas.
concluídos. Parágrafo único - Não estando o militar servindo no município
sede de sua Organização Policial Militar - OPM, deverá o
Art. 13 - Os prazos deste manual, excetuados os pedidos de mesmo deslocar-se para esta, transmitindo ao seu substituto o
informação, poderão ser prorrogados por 30 (trinta) dias em cargo ou função de comando ou encargos que ocupa.
decorrência de força maior ou caso fortuito.
Parágrafo único - A ocorrência de força maior ou caso fortuito Art. 5º - No caso do inciso III do artigo 3º responderá pelas
que ocasione delonga no exame do expediente administrativo, funções de Comando, Direção, Chefia ou de Ajudante-Geral o
deverá ser atestada pelo dirigente do órgão, e anexada ao servidor militar em maior grau hierárquico das unidades
mesmo. subordinadas, da Organização Policial Militar - OPM ou de
fração de tropa.
Art. 14 - O descumprimento, por qualquer servidor, dos prazos Parágrafo único - Nos casos do servidor militar não servir na
previstos neste Manual, importará na prática de falta funcional sede da Organização Policial Militar - OPM, responderá pela
sujeita a penas disciplinares, na forma da lei. nova função cumulativamente com as funções que já exerce,
sem deslocamento, devendo o Oficial mais antigo, da sede
Art. 15 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. responder pelo expediente.

Art. 16 - Revogam-se as disposições em contrário. Art. 6º - No caso previsto no inciso IV do artigo 3º deste
Decreto, o servidor militar substituto, deverá responder somente
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 17 de outubro de 1994. pelo expediente da Organização Policial Militar - OPM ou
fração de tropa.
Parágrafo único - Responder pelo expediente é dar
31. DECRETO Nº. 35.818, DE 15 DE FEVEREIRO DE continuidade aos serviços internos das Organizações Policias
1995. Militares, Seções ou Frações de Tropa, não podendo o servidor
militar designado expedir atos de "imperium" ou de gestão.
Dispõe sobre os procedimentos para a
realização das substituições temporárias na Art. 7º - As substituições nas Organizações Policiais Militares -
Brigada Militar. OPM reger-se-ão pelas seguintes regras:

147
I - nos cargos de Chefias, Direção, Comandante ou Ajudante- princípios de precedência hierárquica entre os servidores
Geral serão realizadas pelo Oficial de maior grau hierárquico da militares que possuírem a qualificação ou habilitação exigidas
OPM que tenha Curso Superior Policial Militar - CSPM ou no respectivo Quadro de Organização - QO.
Curso de Aperfeiçoamento de Oficial - CAO ou qualificação
exigida em Quadro de Organização - QO; Art. 9º - Os Comandantes, Diretores, Chefes e o Ajudante-Geral
II - nos casos do inciso anterior, inexistindo Oficial com concorrerão às substituições temporárias no escalão superior.
Habilitação ou qualificação para o exercício do cargo ou função, Parágrafo único - Ressalvados os cargos mencionados neste
deverão o Comandante-Geral, Diretores de órgãos setoriais ou artigo, os demais Oficiais das diversas Organizações Policiais
Comandantes de Comandos Regionais designar um Oficial Militares - OPM, somente concorrerão às substituições
superior para o exercício do cargo ou função, devendo as temporárias nas suas respectivas unidades.
designações, neste caso, efetivarem-se em regime de dedicação
exclusiva, sem acumulação de funções; Art. 10 - O planejamento das substituições temporárias deve
III - é vedada a substituição de Oficial por Subtenente ou processar-se no sentido de evitar deslocamentos, para que não
Sargento, assim como estes por cabos ou Soldado, salvo no caso ocorra solução de continuidade dos serviços.
de pelotões destacados no interior do Estado, em que o efetivo
de Oficiais subalternos do Quadro de Oficiais da Polícia Militar Art. 11 - A efetivação das substituições temporárias depende de
- QOPM, tenha um claro igual ou superior a 30% do efetivo prévia autorização do escalão superior competente devendo ser
previsto no respectivo Quadro de Organização - QO; dada publicidade através de boletim.
IV - na sede de Organização Policial Militar - OPM ou frações
destacadas, quando não houver servidor militar habilitado ou Art. 12 - O processamento das substituições temporárias será
qualificado para substituir função privativa de Oficial, realizado com base nos efetivos distribuídos nas Organizações
Subtenentes ou Sargentos, a substituição temporária, Policiais-Militares e consubstanciados no Quadro de
ordinariamente não ocorrerá, entretanto, se esta se impuser será Organização em vigor.
efetivada sob a forma de acumulação, desde que os cargos ou
funções a acumular sejam compatíveis na mesma subunidade ou Art. 13 - Em caso de dúvida sobre a quem cabe assumir
repartição interna. determinado cargo ou função de comando, objeto de
§ 1º - Os Oficias, Subtenentes e Sargentos das frações substituição temporária, a decisão será do escalão imediatamente
destacadas não concorrerem às substituições temporárias nas superior, mantendo-se no exercício da função o servidor militar
sede das Organizações Policias Militares, salvo nos casos que já o tenha assumido, salvo se acarretar incompatibilidade
previstos nos incisos I e II do artigo 3º deste Decreto, para o hierárquica.
cargo atribuído privativamente à Organização Policial Militar -
OPM, de Subunidade e nas funções de Subtenente, Sargento- Art. 14 - As funções técnicas somente poderão ser tituladas ou
Brigada e Sargenteante. exercidas por servidores militares que detenham habilitação para
§ 2º - Para as substituições em frações destacadas deverão ser seu exercício, desde que satisfaçam os requisitos de grau
observados os seguintes requisitos: hierárquico e de qualificação exigidas para o seu desempenho.
I - somente concorrerão à substituição temporária servidores § 1º - Nos casos de Formação Sanitária Regimental e de
militares de respectiva fração; Formação Veterinária Regimental, quando não houver oficial do
II - no caso das substituições de Comandante, Subcomandante, respectivo quadro na Organização Policial-Militar, responderá
Subtenente e Sargento-Auxiliar, devem ser observados os pelo expediente das mesmas o Oficial Comandante do Pelotão
seguintes preceitos: de Comando e Serviço e, em sua falta, o Tenente-Ajudante da
a) nos caso dos incisos I e II do artigo 3º deste Decreto, para as Unidade.
substituições dos cargos de Comandante de Subunidade, Pelotão § 2º - Nos quadros técnicos dos Hospitais da Brigada Militar,
ou Grupo Policial Militar, concorrerão todos os servidores Policlínicas e assemelhados, as substituições dar-se-ão sob a
militares da Organização Policial Militar - OPM, que possuam forma de acumulação, respeitados os princípios estabelecidos
qualificação ou habilitação para o exercício do cargo ou função; neste Decreto para os Quadros de Oficiais de Polícia Militar.
b) nos demais casos não previstos na alínea "a", concorrem à
substituição os servidores militares que possuam qualificação ou Art. 15 - No que se refere aos Quadros de Oficiais de Saúde,
habilitação para o exercício do cargo ou função Quadro de Oficiais Especialistas, Quadro de Oficiais de
cumulativamente com as funções que exercem, observado, no Administração e Quadro Especial de Oficiais de Polícia-Militar
que couber, os requisitos de substituições previstos neste artigo; Feminina, as substituições deverão ocorrer entre os integrantes
c) no caso do inciso III do artigo 3º, responde pela função o dos respectivos quadros, salvo quando não houver Oficiais
servidor militar de maior grau hierárquico, cumulativamente destes na Organização Policial-Militar, concorrendo então às
com as funções que exerce, e se o substituto não pertencer à substituições, os Oficiais do Quadro de Oficiais da Polícia
sede de fração, responderá cumulativamente com as funções, Militar, excetuando-se o Quadro de Oficiais Especialistas,
sem deslocamento, respondendo pelo expediente o mais antigo quando envolver matéria de natureza técnica.
da sede da fração destacada;
d) nos casos do inciso IV do artigo 3º deste Decreto, responderá Art. 16 - Afastado o detentor do cargo ou função de comando,
pelo expediente o servidor militar de maior grau hierárquico por qualquer dos motivos previstos no artigo 3º, deste Decreto,
habilitado para tal; concorrem à substituição temporária somente os militares que
e) quando houver necessidade para a Segurança Pública e, em possuam a qualificação ou habilitação exigidas no Quadro de
atenção ao interesse público, poderá o Comandante da Organização da Brigada Militar ou no quadro de distribuição de
Organização Policial Militar - OPM, no caso da alínea anterior, efetivo para o desempenho do cargo ou função de comando
determinar que o servidor militar que estiver respondendo pela devendo, entre estes servidores militares, assumir ou responder
função seja deslocado para a sede de fração. pelo mesmo o de maior precedência hierárquica.
f) em razão da exceção prevista no inciso III deste artigo, poderá
ser designado para o comando destas frações o Sargento- Art. 17 - O servidor militar adido como se efetivo fosse em uma
Auxiliar, que responderá cumulativamente. Organização Policial Militar deverá, até nomeação ou
designação, exercer cargo compatível com seu grau hierárquico,
Art. 8º - Nas substituições temporárias devem ser observados os inclusive na forma de substituição temporária.

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Art. 18 - Não concorrem à substituição temporária os servidores Art. 26 - Na seqüência de substituições temporárias pelos
militares que se encontrem na situação de adidos, ou à motivos dos incisos I e II, do artigo 3º deste Decreto, considera-
disposição de outros órgãos, ou que não estejam prontos para o se interrompido o exercício da função do substituto, para efeitos
serviço, e os militares da reserva remunerada designados dos artigos 22 e 24, parágrafo único, da LEI Nº 7.138, de 30 de
temporariamente para o serviço ativo. janeiro de 1978, quando o mesmo afastar-se do exercício do
cargo ou função por qualquer motivo.
Art. 19 - Os Comandantes, Chefes Diretores ou o Ajudante-
Geral administrarão as movimentações internas no âmbito da Art. 27 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
respectiva Organização Policial Militar, a fim de evitar que
Oficial fique sob o comando, direção ou chefia de outro de Art. 28 - Revogam-se as disposições em contrário.
menor procedência hierárquica.
Parágrafo único - Na movimentação interna de servidor militar, PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 15 de fevereiro de
quando ocorrer o previsto na parte final do "caput" deste artigo, 1995.
em decorrência de habilitação entre Oficiais, passará de maior
precedência hierárquica à situação de adido do Escalão Superior
sem, no entanto, ser dispensado da função que vinha 32. DECRETO Nº. 36.175, DE 13 DE SETEMBRO DE
desempenhando. 1995.

Art. 20 - O servidor militar movimentado da Organização Aprova o Regulamento de Movimentação do


Policial-Militar nas situações previstas em lei, enquanto estiver Servidor Policial-Militar da Brigada
afastado do cargo ou função, continuará com a titularidade deste Militar.
até seu retorno, ocasião em que transmitirá o cargo, e passará as
funções, carga e encargos ao seu substituto eventual. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
Parágrafo único - Se durante o afastamento do titular, GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
apresentar-se um outro servidor militar para substituí-lo artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,
definitivamente, este assumirá interinamente o cargo ou função
até a apresentação daquele, quando então será observado o DECRETA:
preconizado no "caput" do artigo "in fine".
Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento de Movimentação da
Art. 21 - Entende-se por sede todo o território do município ou Servidor Policial-Militar da Brigada Militar, que com este baixa.
dos municípios em que se localizam as instalações de uma OPM
e onde são desempenhadas as atribuições, missões, tarefas ou Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
atividades cometidas à Brigada Militar, podendo a sede abranger
uma ou mais Organização Policial-Militar ou frações de Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário,
Organização Policial-Militar. especialmente o DECRETO Nº 30.077, de 19 de março de 1981.

Art. 22 - Excetuando-se os cargos de Comando, Direção ou PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 13 de setembro de
Chefia a substituição temporária dar-se-á sempre sob forma de 1995.
acumulação, ficando vedadas as substituições subseqüentes.
REGULAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DO
Art. 23 - As apresentações dos servidores militares deverão ser SERVIDOR POLICIAL-MILITAR DA
feitas durante o expediente administrativo ou a qualquer hora, BRIGADA MILITAR
quando a necessidade do serviço assim o exigir.
CAPÍTULO I
Art. 24 - Nas substituições temporárias não serão realizadas as DAS FINALIDADES
formalidades de formaturas da tropa e apresentações de Oficiais,
salvo o previsto no artigo 9º deste Decreto, quando então a Art. 1º - Este Regulamento estabelece princípios e normas
substituição dar-se-á em Gabinete com a apresentação dos gerais para a movimentação dos servidores policiais-militares
Oficiais. em serviço ativo da Brigada Militar, considerando:
I - o campo de abrangência da área geográfica do Estado;
Art. 25 - Para efeito da aplicação deste Decreto deverá ser II - a busca constante da eficiência da Corporação e da
observada, rigorosamente, a habilitação ou a qualificação dos qualidade técnico-profissional de seus integrantes;
servidores militares exigidas para o exercício do cargo ou III - a prioridade na formação e aperfeiçoamento dos quadros;
função de comando. IV - a operacionalidade da Brigada Militar, visando seu
§ 1º - Entre os Oficiais do Quadro de Oficiais da Polícia Militar, emprego permanente;
deverá ser observado os que possuem Curso de V - a predominância do interesse público sobre o individual;
Aperfeiçoamento de Oficiais ou Curso Superior de Polícia VI - a continuidade no desempenho das funções, acompanhada
Militar, em correspondência com a exigência legal de acesso ao da necessária renovação;
respectivo Quadro e para os Oficiais do Quadro de Oficiais de VII - a movimentação como decorrência dos deveres e
Saúde, Quadro de Oficiais Especialistas, Quadro de Oficiais de obrigações da carreira policial-militar e, também, como direito
Administração e Quadro Especial de Oficiais de Polícia Militar nos casos especificados na legislação;
Feminina, curso de habilitação específica. VIII - a disciplina;
§ 2º - Entre Subtenentes e Sargentos os cursos de qualificação IX - o interesse do servidor policial-militar, quando pertinente.
ou habilitação serão exigidos para as respectivas qualificações
ou cargos, incluindo-se as de natureza técnica. Art. 2º - Movimentação, para efeito deste Regulamento, é a
denominação genérica do ato administrativo que atribui ao
servidor policial-militar cargo, OPM ou fração de OPM.

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Parágrafo único - A movimentação visa atender a necessidade c) órgãos de execução são aqueles que realizam a atividade-fim
do serviço ou o interesse do servidor policial-militar e tem por da Corporação, cumprindo suas missões e destinação, devendo,
finalidade principal assegurar a presença, nas Organizações para isto, executarem as ordens e diretrizes emanadas do
Policiais-Militares (OPM) e nas suas respectivas frações Comando-Geral, sendo constituídos pelos Comandos Regionais
destacadas, do efetivo necessário à sua eficiência operacional e e pelas Unidades Operacionais da Corporação;
administrativa. IV - fração de Organização de Polícia Militar é a denominação
genérica dada aos elementos de uma OPM até o escalão
Art. 3º - As movimentações de que trata este Decreto, em Subdestacamento de Polícia Militar (S Dst PM), inclusive;
observância ao artigo anterior, efetivar-se-ão pelos seguintes V - sede é todo o território do município ou dos municípios em
motivos: que se localizam as instalações de uma Organização de Polícia
I - por promoção, se não houver vaga na OPM em que o Militar e onde são desempenhadas as atribuições, missões,
servidor policial-militar estiver prestando serviço; tarefas ou atividades acometidas à Brigada Militar, cuja sede
II - por motivo de saúde própria ou de dependente do servidor pode abranger uma ou mais OPM ou fração de OPM.
policial-militar, devendo tal medida ser recomendada por Junta
Médica de Hospital da Brigada Militar, com o indicativo de qual Art. 6º - A movimentação abrange as seguintes modalidades:
a região do Estado que é propícia ao restabelecimento do I - classificação;
interessado ou seu dependente, desde que esta seja a única II - transferência;
alternativa de tratamento viável; III - nomeação;
III - por inconveniência da permanência do servidor policial- IV - designação.
militar em determinada OPM ou fração de tropa, que deverá § 1º - Classificação é a modalidade de movimentação que atribui
estar claramente reconhecida em Sindicância, IPM ou Conselho ao servidor policial-militar uma OPM, em decorrência de
de Disciplina ou de Justificação. promoção, reversão, exoneração, término de licença ou
IV - por interesse do servidor policial-militar; conclusão de curso.
V - por permuta; § 2º - Transferência é a modalidade de movimentação, de uma
VI - quando o cônjuge do servidor policial-militar for servidor para outra OPM, ou, no âmbito de uma OPM, de uma para outra
público estadual e este for transferido por necessidade do fração de OPM, destacada ou não, que se realiza por iniciativa
serviço para outro município de domicílio, desde que haja vaga. da autoridade competente ou a requerimento do interessado,
Parágrafo único - A Movimentação prevista no inciso V deste devendo ser efetuada por necessidade do serviço ou no interesse
artigo poderá ser requerida sem a observância do lapso do tempo do servidor policial-militar.
mínimo de OPM, desde que atendidos os seguintes § 3º - Nomeação é a modalidade de movimentação do servidor
pressupostos: policial-militar para ocupar o cargo especificado no ato
I - manifestação expressa dos permutantes; respectivo.
II - parecer fundamentado de ambos Comandantes; § 4º - Designação é a modalidade de movimentação de um
III - coincidência de Posto de Graduação e de Quadro ou servidor policial-militar para:
Qualificação; I - realizar curso ou estágio em estabelecimento estranho ou não
IV - que tenha, no mínimo, mais dois anos para servir na à Polícia Militar, no Estado, no País ou no exterior;
Corporação. II - exercer comissões no Estado, no País ou no exterior.

Art. 4º - O servidor policial-militar está sujeito, em decorrência Art. 7º - A movimentação implica a edição dos seguintes atos
dos deveres e das obrigações da atividade policial-militar, a administrativos:
servir em qualquer parte do Estado e, eventualmente, em I - exoneração ou dispensa;
qualquer parte do país ou do exterior. II - inclusão;
III - exclusão;
CAPÍTULO II IV - adição;
DAS CONCEITUAÇÕES V - efetivação;
VI - desligamento.
Art. 5º - Para os efeitos deste Regulamento adotam-se as § 1º - Exoneração ou dispensa são atos administrativos pelos
seguintes conceituações: quais o servidor policial-militar deixa de exercer cargo ou
I - a palavra Comandante é aplicada indistintamente a comissão para o qual tenha sido nomeado ou designado.
Comandante, Chefe ou Diretor de OPM; § 2º - Inclusão é o ato administrativo pelo qual o Comandante
II - a palavra Instrutor é aplicada indistintamente a instrutor, integra, no efetivo da OPM, o servidor policial-militar que para
professor, monitor ou membro de seção técnica de ela tenha sido movimentado.
estabelecimento de ensino; § 3º - Exclusão é o ato administrativo do Comandante pelo qual
III - Organização Policial-Militar (OPM) é a denominação o servidor policial-militar deixa de integrar o efetivo da OPM a
genérica dada aos órgãos de Direção, Apoio e Execução, bem que pertence.
como a quaisquer outras unidades administrativas da § 4º - Adição é o ato administrativo emanado de autoridade
Corporação policial-militar, sendo que: competente para fins especificados, que vincula o servidor
a) órgão de direção são aqueles que se incumbem do policial-militar a uma OPM, sem integrá-lo no efetivo desta.
planejamento em geral, visando à organização em todos os § 5º - Efetivação é o ato administrativo que atribui ao servidor
pormenores, às necessidades de pessoal e material e o emprego policial-militar, dentro de uma mesma OPM, a situação de
da Corporação para o cumprimento de suas missões, acionando efetivo, seja por preexistência, seja por abertura de vaga.
mediante diretrizes e ordens, os órgãos de apoio e os de § 6º - Desligamento é o ato administrativo pelo qual o
execução, bem como coordenando, controlando e fiscalizando a Comandante desvincula o servidor policial-militar da OPM em
atuação desses órgãos; que servia ou a que se encontra adido.
b) órgãos de apoio são aqueles que atendem às necessidades de
pessoal e de material de toda a Corporação, em particular dos Art. 8º - O servidor policial-militar passará à situação de adido
órgãos de execução, através da realização de atividade-meio da nos seguintes casos:
Corporação atuando em cumprimento às diretrizes ou ordens I - ao ser nomeado ou designado para curso, cargo ou comissão,
emanadas dos órgãos de direção; fora do Estado, no País ou no Exterior;

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II - ao passar à disposição de órgão estranho à Brigada Militar; para o deslocamento ao destino, permanecendo as demais
III - ao ocorrer a situação prevista no artigo 22 deste disposições referentes à concessão de instalação.
Regulamento;
IV - para aguardar classificação; Art. 12 - Nas movimentações dentro de uma mesma localidade,
V - quando, na situação de agregado, permanecer vinculado à o prazo de desligamento do servidor policial-militar será de 48
uma OPM; horas, sendo que a apresentação deverá efetuar-se no início do
VI - nos demais casos previstos em regulamentos. expediente imediatamente seguinte ao dia do seu desligamento
§ 1º - Nos casos dos incisos III e IV, o servidor policial-militar da OPM.
será considerado adido como se efetivo fosse, prestando serviço
e concorrendo às substituições e comissões durante o tempo em Art. 13 - Aos servidores policiais-militares, cuja movimentação
que permanecer nesta situação. implique mudança de residência, será concedido um período de
§ 2º - Nos demais casos, o servidor policial-militar poderá ser afastamento do serviço para instalação.
colocado na situação de adido como se efetivo fosse, em caráter § 1º - O período de instalação é concedido pelo Comandante da
excepcional, sendo especificadas, sempre que possível, as causas OPM para a qual o servidor policial-militar foi transferido, e só
que deverão fazer cessar a adição, devendo o servidor policial- se efetuará depois da apresentação pronto para o serviço, a
militar, nessa situação, concorrer às escalas de serviço e às pedido do interessado, mediante comprovação documental de
comissões que lhe forem determinadas. intenção de fixação de residência na localidade onde irá prestar
§ 3º - Nos casos não previstos neste artigo, compete a autoridade serviço.
que movimentou o servidor policial-militar autorizar sua adição. § 2º - O afastamento para instalação poderá ser solicitado dentro
de seis meses, contados da data da apresentação na OPM ou
Art. 9º - Não constituem movimentação a nomeação e a fração de OPM de destino.
designação referentes a encargo, incumbência, comissão ou § 3º - Aos Servidores policiais-militares serão concedidos para
atividade, desempenhadas em caráter temporário ou sem instalação, os seguintes prazos:
prejuízo das funções que o servidor policial-militar esteja I - dez dias, quando acompanhado de dependentes;
exercendo. II - quatro dias, quando desacompanhado ou solteiro.

Art. 10 - O servidor policial-militar pode estar sujeito às CAPÍTULO III


seguintes situações especiais: DA COMPETÊNCIA PARA MOVIMENTAÇÃO
I - adido como se efetivo fosse;
II - à disposição; Art. 14 - A movimentação dos policiais-militares é de
III - em destino. competência:
§ 1º - Adido como se efetivo fosse é a situação especial e I - do Governador do Estado, quando referente a:
transitória do servidor policial-militar que, enquanto aguarda a) Oficiais e Praças da Casa Militar;
classificação, efetivação, solução de requerimento de demissão b) Oficiais e Praças, para órgãos não previstos no Quadro de
do serviço ativo ou transferência para a reserva, é movimentado Organização da Corporação;
para uma OPM ou nela permanece, sem que haja na mesma, c) Oficiais e Praças, para cursos, estágios ou comissões fora do
vaga de seu grau hierárquico ou qualificação, devendo o Estado, mediante Proposta do Comandante-Geral;
servidor policial-militar na situação de adido como se efetivo d) Oficiais superiores, para provimento dos respectivos cargos;
fosse ser considerado, para todos os efeitos, como integrante da II - do Comandante-Geral, quando referente a:
OPM. a) Oficiais, nos demais casos, exceto os casos previstos no
§ 2º - À disposição é a situação em que se encontra o servidor inciso I;
policial-militar a serviço de órgão ou autoridade a que não esteja b) Praças especiais;
diretamente subordinado. c) Oficiais, para freqüentarem cursos e estágios na Corporação;
§ 3º - O servidor policial-militar é considerado em destino d) nomeação de Instrutores;
quando em relação à OPM a que pertence permanece em seu III - do Diretor de Pessoal, quando referente a:
estado efetivo e enquanto dela estiver afastado por se encontrar a) Praças não compreendidos nos itens anteriores;
em uma das seguintes situações: b) Praças para freqüentarem cursos ou estádios na Corporação;
I - internado em hospital, da Corporação ou não; IV - dos Comandantes Regionais e Diretores de órgãos de
II - freqüentando cursos de pequena duração, até seis meses, Direção Setorial:
inclusive; a) propor movimentações qualitativas ou quantitativas de forma
III - cumprindo punição disciplinar ou pena da justiça; a manter o equilíbrio operacional ou administrativo, na área de
IV - em licença, dispensa ou férias; seu Comando ou Direção;
V - a serviço da justiça; b) opinar, em caráter obrigatório, nas movimentações dentro do
VI - nomeado ou designado para encargo, incumbência, seu Comando ou Direção;
comissão, serviço ou atividade desempenhada em caráter V - dos Comandantes de OPM, de um município para outro,
temporário. quando referentes a Oficiais e Praças, no âmbito das respectivas
OPM, desde que com a aquiescência do Comando Regional a
Art. 11 - Trânsito é o período de afastamento total do serviço, que esteja subordinado, quando houver ônus para o Estado.
concedido ao servidor policial-militar, cuja movimentação § 1º - A competência para exonerar ou dispensar é da autoridade
implique obrigatoriamente mudança de localidade. que nomeia ou designa.
§ 1º - O trânsito previsto no "caput" do artigo destina-se aos § 2º - A competência prevista no inciso II deste artigo poderá ser
preparativos decorrentes da mudança, sendo concedido pelo delegada ao Chefe do Estado Maior.
Comandante da OPM da qual o servidor policial-militar foi
transferido, no momento do desligamento. Art. 15 - É da competência do Chefe do Estado Maior, do
§ 2º - Os servidores policiais-militares movimentados e que Diretor da Diretoria de Pessoal e dos Comandantes de OPM
tenham de afastar-se em caráter definitivo da OPM em que tomar providências para a movimentação de servidores militares
servem terão direito a cinco dias de trânsito. em tempo oportuno e dentro de suas atribuições, a fim de
§ 3º - Nas movimentações de âmbito interno de OPM do interior atender as exigências previstas na legislação vigente.
do Estado, o trânsito a ser concedido, será o tempo necessário

151
Art. 16 - A movimentação do servidor policial-militar Art. 20 - A promoção implica, automaticamente, a exclusão,
exonerado, assim como a do que reverter, reger-se-á pelo artigo exoneração ou dispensa do policial-militar e a conseqüente
2º deste Regulamento. classificação ou nomeação.

CAPÍTULO IV Art. 21 - Após a conclusão de curso ou estágio no Estado, no


País ou no exterior, o servidor policial-militar deverá servir em
SEÇÃO I OPM que propicie a aplicação dos conhecimentos e a
DAS NORMAS COMUNS PARA MOVIMENTAÇÃO consolidação da experiência adquirida, onde ocupará cargo cujas
DE OFICIAIS E PRAÇAS correspondentes funções sejam correlatas e compatíveis com a
formação ou especialização recebida.
Art. 17 - No atendimento ao definido no artigo 2º deste Parágrafo único - A movimentação decorrente obedecerá ao
Regulamento, a movimentação tem por objetivo: critério de escolha na ordem de merecimento intelectual,
I - permitir a matrícula em escolas, cursos e estágios; estabelecida pela classificação final do curso, mediante relação
II - permitir a oportuna aplicação de conhecimento e de vagas previamente elaborada pelo órgão de pessoal ou a
experiências adquiridos em cursos ou cargos desempenhados no critério do Comandante-Geral, quando não existir essa
Estado ou no exterior; classificação.
III - possibilitar o exercício de cargos compatíveis com o grau
hierárquico, a apreciação de seu desempenho e a aquisição de Art. 22 - O servidor policial-militar que concluir cursos com
experiência em diferentes situações; duração de até seis meses, mas que, devido à prescrição
IV - afastar o servidor policial-militar de OPM ou localidade em regulamentar, não possa permanecer na sua OPM de origem,
que sua permanência seja julgada inconveniente, conduta esta será classificado em outra OPM.
devidamente comprovada em procedimentos administrativos
(sindicância formal, inquérito policial-militar ou conselho de Art. 23 - Nenhuma autoridade pode retardar as comunicações e
disciplina ou justificação) ou judiciais; publicações de atos de movimentação, tão logo deles tome
V - atender problemas de saúde da servidor policial-militar ou conhecimento por via oficial.
de seus dependentes; Parágrafo único - Ao ser publicado no boletim interno da OPM
VI - atender, respeitada a conveniência do serviço, os interesses o ato de movimentação, o servidor policial-militar será excluído
particulares do servidor policial-militar. do efetivo da OPM, permanecendo adido à mesma, até a data do
Parágrafo único - A movimentação por necessidade do serviço desligamento.
visará ao cumprimento do disposto nos incisos I a IV deste
artigo. Art. 24 - O servidor policial-militar movimentado terá direito ao
Art. 18 - A movimentação no interesse do servidor policial- prazo de passagem de cargo e encargo previsto neste artigo, a
militar, prevista no inciso IV do artigo 3º, dar-se-á por contar do dia imediato ao da execução do efetivo da OPM a que
requerimento dirigido ao Comandante-Geral ou Diretor de pertencer.
Pessoal, de acordo com o nível de competência, observados os § 1º - Se o servidor policial-militar, só tiver encargos a passar,
seguintes requisitos: seu Comandante lhe concederá, para isso, prazo nunca superior
I - que haja vaga na OPM para qual solicita transferência; a dois dias.
II - que esteja servindo na OPM, pelo menos há dois anos, salvo § 2º - Se por ocasião da publicação do ato de movimentação, o
os incisos II, III, V e VI do artigo 3º, que poderá ser a qualquer servidor policial-militar estiver realizando serviço de justiça, em
tempo; serviço fora da sede de sua OPM, em férias, dispensando do
III - que haja conveniência para o serviço; serviço, em licença ou afastado por motivo de núpcias ou luto, o
IV - que não tenha solicitado mais de duas transferências, antes prazo de que trata este artigo será contado a partir de sua
de alcançar a estabilidade. apresentação na OPM.
Parágrafo único - Caberá à autoridade competente para a § 3º - O servidor policial-militar, que, ao ser movimentado de
movimentação decidir se esta será enquadrada como do interesse OPM esteja nomeado como encarregado de IPM ou sindicância,
do servidor policial-militar ou por necessidade do serviço. deverá ser substituído nestas funções e apresentado em sua nova
OPM, de acordo com o que preconiza este Regulamento.
Art. 19 - O prazo de permanência em OPM, para fins deste § 4º - Se um servidor policial-militar, detentor efetivo de um
Regulamento, será contado entre as datas de apresentação pronto cargo, for movimentado de OPM enquanto estiver afastado do
para o serviço e a de desligamento. cargo, continuará a ser detentor efetivo do mesmo até o seu
§ 1º - Não será interrompida a contagem do prazo de retorno, ocasião em que transmitirá o cargo e passará as funções,
permanência nos seguintes casos de afastamento: carga e encargos ao seu substituto eventual.
I - baixa ao Hospital ou Enfermaria; § 5º - No dia imediato ao do prazo de que trata este artigo, o
II - dispensa do serviço; servidor policial-militar entrará em gozo do período de trânsito
III - férias; que lhe for concedido.
IV - instalação;
V - luto; Art. 25 - Os responsáveis por controle de carga patrimonial, por
VI - núpcias; ocasião de suas movimentações, deverão obedecer os seguintes
VII - afastamento por período igual ou inferior a seis meses, prazos, para passagem desta, cabendo ao Comandante da OPM
contados ininterruptamente ou não, por um dos seguintes ou Comandante-Geral definir a equivalência:
motivos: I - almoxarifado, depósito, armazém ou dependência equivalente
a) serviço de Justiça; - até vinte dias;
b) freqüência a curso de pequena duração; II - Comandante de OPM, Fiscal Administrativo, Destacamento
c) licença para tratamento de saúde; Especial, Companhia ou Esquadrão destacado, Aprovisionadoria
d) licença especial. ou dependência equivalente - até cinco dias;
§ 2º - Não será computado como de permanência na OPM, para III - Pelotão ou Grupo Policial-Militar (GPM) destacado ou
movimentação, o tempo passado fora da mesma, por, qualquer equivalente e Seção de OPM chefiada por oficial - até cinco
motivo, além de seis meses. dias;
IV - nos demais casos - cinco dias.

152
Art. 26 - Ao servidor policial-militar que conte com mais de 10 Art. 37 - O descumprimento dos prazos ou condições
(dez) anos de efetivo serviço em uma mesma OPM, mediante estabelecidos neste Regulamento constituem transgressão
requerimento, ser-lhe-á concedida movimentação de OPM, disciplinar.
desde que haja vaga na OPM requerida, observado a precedência
hierárquica do requerente e a data do protocolo do respectivo Art. 38 - Para efeitos deste Regulamento, todos os atos e fatos
requerimento. cometidos pelo servidor policial-militar, após seu desligamento
de uma OPM, serão apreciados pela OPM de destino.
Art. 27 - Excepcionalmente, à critério do Comandante-Geral,
poderão ser efetivadas movimentações temporárias de Praças, Art. 39 - O Comandante-Geral da Brigada Militar baixará os
por prazo não inferior a um ano, para Unidade Operacional de atos complementares necessários à execução dos preceitos deste
difícil provimento. Regulamento.
§ 1º - O prazo previsto no "caput" deste artigo poderá ser
renovado à pedido, se assim convier à administração.
§ 2º - A movimentação de que trata este artigo dar-se-á na forma 33. DECRETO Nº. 36.603, DE 11 DE ABRIL DE 1996.
de adição, desde que haja interesse para o serviço.
Estabelece normas acerca da colocação à
SEÇÃO II disposição de servidores e empregados da
DAS NORMAS REFERENTES A OFICIAIS Administração Direta e Indireta, cria o
Cadastro Geral de Servidores e Empregados
Art. 28 - A movimentação de Oficiais deve assegurar a estes, na à Disposição - CAGED e dá outras
medida do possível, vivência profissional de âmbito estadual. providências.

Art. 29 - Serão regulados pelo Comandante-Geral da Brigada O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO


Militar: GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o
I - a nomeação, a recondução e a exoneração de instrutores de artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,
estabelecimentos de ensino; considerando a necessidade de transparência e de
II - a nomeação para a função de Ajudante de Ordens. permanente atualização do contingente de servidores e
empregados colocados à disposição de outros órgãos;
Art. 30 - O prazo de permanência no Comando de uma mesma considerando a necessidade de contenção de novas
OPM ou de fração de tropa destacada será de, no máximo, três admissões, com o remanejamento dos recursos humanos
anos. disponíveis;
considerando, ainda, a necessidade de um controle
CAPÍTULO V rígido e efetivo do quantitativo de pessoal ativo em exercício
DISPOSIÇÕES GERAIS fora de sua origem,

Art. 31 - As movimentações para atender as necessidades do DECRETA:


serviço serão realizadas dentro dos créditos orçamentários
próprios, em obediência às normas regulamentares e diretrizes Art. 1º - Os servidores públicos da Administração Estadual,
das autoridades competentes. civis e militares, incluindo os das Autarquias, das Fundações
Parágrafo único - As movimentações no interesse do servidor Públicas e das demais entidades da Administração Indireta
policial-militar serão realizadas sem ônus para o Estado, somente poderão ser colocados à disposição de Órgãos da
ressalvados os direitos a trânsito e instalação. Administração Direta e Indireta e de outros Poderes Estaduais,
bem como de outras esferas da Federação, para o exercício de
Art. 32 - As movimentações por motivo disciplinar ou por cargo ou função de confiança.
inconveniência da permanência do servidor policial-militar, § 1º - Excluem-se das previsões do "caput" deste artigo os
terão os prazos previstos nos artigos 11, parágrafo 1º e 13, afastamentos para o Sistema Único de Saúde e para o exercício
parágrafo 3º, reduzidos pela metade. de funções correlatas às atribuições do cargo ou emprego, desde
que tais afastamentos sejam em permuta por servidores de outras
Art. 33 - Os atos administrativos previstos neste Regulamento Unidades da Federação ou estejam previstos em lei, em decreto,
serão referidos às datas de assunção de cargo ou desligamento. em convênio regularmente aprovado pela Assembléia
Legislativa ou em acordo ou ato aprovado ou ratificado pelo
Art. 34 - O Chefe do EMBM, quando tiver delegação, é Governador do Estado. (§ 1º art. 1º - redação dada p/ D. 36.737 -
autoridade competente para expedir Portaria aos Comandantes DOE 17.6.96)
de OPM, que tenham descumprido as normas aqui estatuídas, § 2º - O prazo de disposição terá a duração máxima de um ano,
com referências às movimentações expressas no artigo 14, podendo haver prorrogações, a critério da autoridade
incisos II e III, deste Regulamento. competente, por igual período, ficando vedada a disposição por
prazo indeterminado.
Art. 35 - Excetuam-se das condições fixadas no artigo 3º deste § 3º - Cessada a investidura no cargo ou função de confiança a
Regulamento, as movimentações que visem a preencher cargos que se refere este artigo, o servidor ou empregado retornará,
de OPM, com o fim de atender ao interesse público e à automaticamente, ao órgão de origem.
necessidade da segurança pública, ficando excetuadas, também,
das condições fixadas no mencionado artigo, as movimentações Art. 2º - Nos casos de necessidade de serviço, onde couber
de Oficiais Superiores, cuja indicação for feita pelo remoção, incumbirá aos titulares dos órgãos envolvidos adotar
Comandante-Geral da Brigada Militar para nomeação pelo as medidas necessárias à relotação do servidor ou à alteração do
Governador do Estado. local de trabalho do empregado.

Art. 36 - Nos casos previstos neste Regulamento poderão ser Art. 3º - Toda disposição, ou conseqüente prorrogação,
atendidos interesses individuais, quando for possível conciliá-los dependerá de autorização expressa do Governador do Estado,
com as exigências do serviço. mediante a prévia anuência dos Secretários de Estado, dos
153
Dirigentes de Órgãos Integrantes do Gabinete do Governador e Entidades da Administração Indireta, que estiverem exercendo
dos Titulares de Entidades da Administração Indireta a que suas atividades em Órgão ou Entidade diverso daquele de sua
esteja subordinado o servidor ou empregado. origem, mediante disposição, contendo:
§ 1º - A disposição, ou conseqüente prorrogação, no que se I - a numeração seqüencial das disposições em vigor, indicando
refere ao ônus da remuneração do servidor ou do empregado, o servidor ou empregado, o órgão de origem e o de destino, o
obedecerá aos seguintes procedimentos, de acordo com o seu período e data de início da disposição, a quantidade de
enquadramento: prorrogações, a responsabilidade pelo ônus da remuneração e o
I - para o exercício de cargo ou função de confiança em outras cargo ou função de confiança titulado; e
esferas da Federação, o afastamento será sem ônus para a II - o total de disposições autorizadas para cada servidor ou
origem ou mediante ressarcimento; empregado e o tempo de duração de cada uma das mesmas, em
II - para o exercício de cargo ou função de confiança entre dias.
órgãos da Administração Direta, o afastamento será com ônus Parágrafo único - Para os efeitos dos incisos constantes no
para a origem; "caput" deste antigo, a prorrogação de disposição para o mesmo
III - para o exercício de cargo ou função de confiança entre cessionário não caracteriza nova disposição.
Entidades da Administração Indireta, o afastamento poderá ser
com ou sem ônus para a origem, quando ambas as entidades Art. 7º - A relação das atuais disposições de servidores ou
custearam a própria folha de pagamento; empregados deverá ser encaminhada pelos órgãos cedentes ou
IV - para o exercício junto ao Sistema Único de Saúde, o pelos órgãos cessionários, por intermédio dos Secretários de
afastamento será sem ônus para a instituição de destino; e Estado, Dirigentes de Órgãos integrantes do Gabinete do
V - para os casos expressamente previstos em convênio ou em Governador e Titulares de Entidades da Administração Indireta,
protocolo entre outros Poderes e o Ministério Público Estaduais, para cadastramento até o dia 15 de maio de 1996, nos termos
bem como para o Tribunal Regional Eleitoral, os ônus deste Decreto, ficando estas autoridades obrigadas a fornecer as
decorrentes do afastamento serão atribuídos nos estritos termos demais informações necessárias para a permanente atualização
do ajuste; do CAGED.
IV - para o exercício de cargo ou função de confiança entre § 1º - A Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos
órgãos da Administração Direta e Indireta, sempre que o Órgão providenciará no cadastramento das disposições de servidores e
de origem tiver sua folha de pessoal à conta do Tesouro do empregados, no prazo de 30 dias a contar do dia seguinte à data
Estado, o ônus da remuneração do servidor ou empregado referida no "caput" deste artigo, findo o qual deverá
colocado à disposição caberá ao Órgão ou Entidade de destino e providenciar, após ratificação pelo Governador do Estado, na
sempre que o Órgão de destino tiver sua folha de pessoal à conta publicação da relação que passará a constar no CAGED.
do Tesouro do Estado, o ônus da remuneração do servidor ou § 2º - O Cadastro instituído por este Decreto será publicado
empregado colocado à disposição caberá ao Órgão ou Entidade anualmente pela Secretaria da Administração e dos Recursos
de origem. Humanos.
VII - para o exercício de cargo ou função de confiança entre
Entidades da Administração Indireta, em que uma das Entidades Art. 8º - Estarão revogadas as cessões de pessoal que não forem
tenha a sua folha de pessoal custeada à conta de transferência encaminhadas para fins de registro junto ao CAGED, bem como
orçamentária, e a outra custeie a própria folha, os ônus aquelas que não constarem da relação publicada no referido
decorrentes da colocação do servidor à disposição, serão, cadastro, cabendo à Secretaria da Administração e dos Recursos
sempre, desta última Entidade. Humanos expedir as respectivas apostilas individuais. (ver o D.
§ 2º - Compete à Secretaria da Fazenda a operacionalização dos 36.737 - DOE 17.06.96)
ressarcimentos devidos e a serem percebidos pela Administração
Direta e pelos Órgãos da Administração Indireta, cuja folha de Art. 9º - Os Secretários de Estado, os Dirigentes de Órgãos
pagamento seja custeada à conta de transferência do Orçamento integrantes do Gabinete do Governador e os Titulares de
Anual do Estado, bem como aos respectivos Órgãos, quando a Entidades da Administração Indireta determinarão e
disposição for mediante ressarcimento e a entidade pagar, providenciarão no imediato retorno ao exercício dos respectivos
independente de transferência do Estado, suas Despesas de cargos e empregos, nas unidades de trabalho em que se
Pessoal. encontrem lotados, de todos os seus servidores e empregados,
inclusive detentores de cargos ou funções de confiança, que
Art. 4º - O pedido de afastamento de servidor ou empregado hajam sido postos à disposição sem a observância dos requisitos
deverá conter, expressamente, o objeto do mesmo, o prazo de legais. (ver o D. 36.737 - DOE 17.06.96)
sua duração e a especificação do ônus da disposição.
Art. 10 - À Secretaria da Administração e dos Recursos
Art. 5º - Os atos de autorização de afastamento de servidor ou Humanos cabe a implantação, a atualização, o controle e a
empregado, nos casos previstos neste Decreto, deverão ser administração do CAGED, editando, através de instruções
registrados e devidamente publicados no Diário Oficial do normativas, diretrizes complementares para o indispensável
Estado. cumprimento deste Decreto.
§ 1º - O servidor ou empregado aguardará em exercício a
publicação do ato permissionário do afastamento, sob pena de Art. 11 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
incorrer em abandono de cargo, função ou emprego.
§ 2º - O registro do ato de disposição de servidores a que se Art. 12 - Revogam-se as disposições em contrário,
refere o "caput" deste artigo deverá ser realizado em cadastro especialmente as contidas no DECRETO Nº 21.112, de 12 de
próprio, nos termos deste Decreto. maio de 1971, e nas Ordens de Serviço nºs 03/95-98, 04/95-98 e
60/95-98.
Art. 6º - Fica instituído, junto à Secretaria da Administração e
dos Recursos Humanos, para os fins previstos no artigo anterior, PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 11 de abril de 1996.
o Cadastro-Geral de Servidores e Empregados à Disposição -
CAGED, que consolidará o contingente de servidores públicos e
empregados da Administração Estadual, civis e militares,
incluindo os das Autarquias, Fundações Públicas e das demais

154
34. DECRETO Nº. 38.480, DE 11 DE MAIO DE 1998. I - o órgão de lotação do servidor iniciará procedimento
administrativo próprio, ex offício ou mediante provocação,
Regulamenta a Comissão de Avaliação e fazendo constar no mesmo:
Mérito da Brigada Militar e dá outras a) apreciação das circunstâncias em que se deu o evento, com
providências. declaração de sua ocorrência, de acordo com o disposto no
artigo 1°, caput, do mencionado diploma legal;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO b) laudo oficial que ateste a invalidez permanente ou, no caso de
GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o morte, certidão de óbito;
artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado, c) publicação da declaração mencionada na alínea "a" no Diário
Oficial do Estado.
DECRETA: II - o mesmo procedimento previsto no inciso anterior será
adotado no caso de reconhecimento de ato de bravura, devendo
Art. 1º - À Comissão de Avaliação e Mérito da Brigada Militar ser examinada a ocorrência dos requisitos previstos no artigo 5°
(CAM) prevista no artigo 17, da LEI Nº 10.991, de 18 de agosto da mencionada Lei Complementar.
de 1997, compete: III - atendido o disposto no inciso I deste artigo, o expediente
I - o assessoramento permanente do Comandante-Geral nos será remetido ao Secretário da Justiça e da Segurança, que
assuntos relativos às carreiras de Oficiais e Praças; oficializará o ato de promoção extraordinária ou remeterá ao
II - o controle, avaliação e processamento das promoções e dos exame do Governador do Estado.
méritos.
Parágrafo único - A Presidência da CAM compete ao Art. 2º - A promoção extraordinária dos servidores das carreiras
Comandante-Geral da Brigada Militar. de nível médio, decorrente de ato de bravura, se dará ao grau
hierarquicamente superior da respectiva carreira.
Art. 2º - A Comissão de Avaliação e Mérito da Brigada Militar § 1º - Nas hipóteses regradas pelo artigo 3° LEI
estrutura-se em: COMPLEMENTAR N° 11.000, de 18 de agosto de 1997, o
I - Subcomissão de Avaliação e Mérito de Oficiais (SAMO); e benefício corresponderá à percepção de parcela adicional no
II - Subcomissão de Avaliação e Mérito de Praças (SAMP). valor equivalente entre o vencimento ou soldo inicial e o final
§ 1º - A Presidência da SAMO compete ao Subcomandante- das respectivas carreiras, a ser calculado pela Comissão de
Geral da Brigada Militar. Pensões Vitalícias da Secretaria da Justiça e da Segurança.
§ 2º - A Presidência da SAMP compete ao Chefe do Estado- § 2º - O benefício constante no parágrafo único do dispositivo
Maior da Brigada Militar. legal mencionado no parágrafo anterior corresponderá à
percepção de parcela adicional em valor equivalente à vinte por
Art. 3º - As Subcomissões de Avaliação e Mérito de Oficiais e cento do vencimento ou soldo percebido.
de Praças, administrar-se-ão de acordo com os regulamento e
alterações previstas para as extintas Comissão de Promoções e Art. 3º - O procedimento a que se refere este Decreto não
Mérito de Oficiais e Comissão de Promoções e Mérito de Praças substitui ou exclui outros referentes a direitos e vantagens dos
naquilo que couber. servidores e seus dependentes.

Art. 4º - A confecção dos quadros de Acesso de Oficiais e Art. 4º - O Secretário de Estado da Justiça e da Segurança
Praças para efetivação de promoções em 18 de novembro de emitirá Portaria estabelecendo os procedimentos administrativos
1997, previstas pela LEI Nº 10.993/97, deverá levar em conta as necessários ao cumprimento deste Decreto.
informações computáveis até 19 de agosto de 1997.
Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,
retroagindo seus efeitos a 10 de outubro de 1997. Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 11 de maio de 1998.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 17 de novembro de


1997. 36. DECRETO Nº. 40.986, DE 17 DE AGOSTO DE 2001.

Regulamenta os §§ 8º a 12 do artigo 48 da
35. DECRETO Nº. 38.480, DE 11 DE MAIO DE 1998. LEI COMPLEMENTAR Nº 10.990, 18 de
agosto de 1997, com a redação dada pela
Regulamenta a LEI COMPLEMENTAR N° LEI COMPLEMENTAR Nº 11.650, de 19 de
11.000, de 18 de agosto de 1997. julho de 2001.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO


GRANDE DO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, artigo 82, inciso V, Constituição do Estado,
da Constituição do Estado,
DECRETA:
DECRETA:
Art. 1º - Fica regulamentada a convocação para a prestação de
Art. 1º - A concessão do benefício de que trata o artigo 1° e seu serviço extraordinário dos servidores policiais-militares, prevista
parágrafo único da LEI COMPLEMENTAR N° 11.000, de 18 nos §§ 8º a 12 do artigo 48 da LEI COMPLEMENTAR Nº
de agosto de 1997, obedecerá ao seguinte procedimento 10.990, de 18 de agosto de 1997, com a redação dada pela LEI
administrativo: COMPLEMENTAR Nº 11.650, de 19 de julho de 2001, nos
termos dispostos por este Decreto.

155
Art. 2º - A realização de serviço extraordinário deverá ocorrer, O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
quando se torne imprescindível a extensão da jornada normal de GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o
trabalho dos servidores policiais-militares, para atender a artigo 82, incisos V e VII, da Constituição do Estado e de
situações excepcionais e temporárias, bem como por imperiosa conformidade com a Lei nº 10.991, de 18 de agosto de 1997, e
necessidade de serviço, estas ligadas à atividade fim da Brigada suas alterações,
Militar, mediante juízo de conveniência e oportunidade, desde
que previamente autorizada pelo Governador do Estado. DECRETA:
§ 1º - A gratificação por exercício de serviço extraordinário
somente poderá ser paga após a prestação dos serviços e Art. 1º - O presente Decreto regulamenta a estrutura, as
respeitada a autorização a que se refere o caput deste artigo. atribuições, a denominação, o efetivo, o nível, a subordinação e
§ 2º - Exclui-se do pagamento da etapa de alimentação o tempo o grau de comando na Brigada Militar do Estado do Rio Grande
em que o servidor policial-militar estiver executando jornada do Sul, nos termos da Lei nº 10.991, de 18 de agosto de 1997,
extraordinária percebendo a gratificação respectiva. que dispõe sobre a sua Organização Básica.
§ 3º - Não será autorizado o exercício de serviço extraordinário
aos servidores policiais-militares: (alterado pelo Decreto nº. TÍTULO I
41.255, de 04 de dezembro de 2001) DA COMPETÊNCIA E DA ESTRUTURA GERAL
a) que estiverem percebendo diárias de viagem, a qualquer
título; (acrescido do pelo Decreto nº. 41.255, de 04 de dezembro Art. 2º - A Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul,
de 2001) Instituição permanente e regular, organizada com base na
b) detentores de função gratificada ou cargo em comissão, salvo hierarquia e na disciplina, nos termos da Lei nº 10.991, de 18 de
para os oficiais intermediários, oficiais subalternos e praças em agosto de 1997, tem as seguintes competências:
função de comando. (acrescido pelo Decreto nº. 41.255, de 04 I - executar, com exclusividade, ressalvada a competência das
de dezembro de 2001) Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pela autoridade
§ 4º - O exercício do serviço extraordinário não poderá exceder policial militar competente, a fim de assegurar o cumprimento
ao limite de quarenta horas extraordinárias mensais, salvo da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes
quando ocorrer a necessidade imperiosa de estendê-las com o constituídos;
propósito de manter a normalidade dos serviços, dar curso a II - atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais
ocorrências já iniciadas ou fazer frente a situações imprevistas ou áreas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem
que atentem contra a vida e/ou a segurança pública." (alterado pública;
pelo Decreto nº. 41.255, de 04 de dezembro de 2001) III - atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem
§ 5º - A gratificação por exercício de serviço extraordinário será pública e no gerenciamento técnico de situações de alto risco;
calculada somando-se 50% (cinqüenta por cento) ao valor da IV - exercer atividades de investigação criminal militar;
hora normal dos servidores policiais-militares, não podendo V - atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância
exceder ao limite de quarenta horas extraordinárias mensais. particular no Estado;
§ 6º - O valor da hora referida no parágrafo anterior será VI - executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;
calculado, para fins de pagamento da gratificação por exercício VII - planejar, organizar, fiscalizar, controlar, coordenar,
de serviço extraordinário, tomando-se por base o vencimento instruir, apoiar e reconhecer o funcionamento dos serviços civis
básico dos postos ou graduações dos servidores policiais- auxiliares de bombeiro;
militares, acrescido do percentual pago a título de Gratificação VIII - realizar os serviços de busca e salvamento aéreo, aquático
por Risco de Vida ou Gratificação de Incentivo à Atividade e terrestre no estado;
Policial." (alterado pelo Decreto nº. 41.448, de 04 de março de IX - executar as atividades de defesa civil no Estado;
2002) X - planejar, estudar, analisar, vistoriar, controlar, fiscalizar,
aprovar e interditar as atividades, equipamentos, projetos e
Art. 3º - Para o desenvolvimento de atividades administrativas planos de proteção e prevenção contra incêndios, pânicos,
da Brigada Militar não será autorizada a realização de serviço desastres e catástrofes em todas as edificações, instalações,
extraordinário. veículos, embarcações e outras atividades que ponham em risco
a vida, o meio ambiente e o patrimônio, respeitada a
Art. 4º - A solicitação de autorização para realização de jornada competência de outros órgãos;
extraordinária será remetida com a devida justificativa à XI - realizar a investigação de incêndios e sinistros;
Secretaria da Justiça e Segurança para manifestação e, após, XII - elaborar e emitir resoluções e normas técnicas para
encaminhada à Casa Civil para autorização do Governador do disciplinar a segurança contra incêndios e sinistros;
Estado. XIII - avaliar e autorizar a instalação de sistema ou centrais de
alarmes privados contra incêndios, nos Órgãos de Polícia Militar
Art. 5º - A jornada extraordinária que for efetivada, (OPM) de Bombeiros, mediante a cobrança de taxas de serviço
devidamente comprovada e justificada por superior hierárquico, não emergenciais, determinadas pela Lei nº 10.987/97,
sem a prévia autorização, deverá ser compensada em folga. aplicando-se as penalidades previstas em lei;
XIV - desempenhar outras atividades previstas em lei.
Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se as disposições em contrário. Art. 3º - A Brigada Militar, vinculada administrativa e
operacionalmente à Secretaria da Justiça e da Segurança,
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 17 de agosto de 2001. estrutura-se em:
I - Órgãos de direção-geral, compreendendo:
a) Comandante-Geral;
37. DECRETO Nº. 42.871, DE 17 DE AGOSTO DE 2001. b) Subcomandante-Geral;
c) Conselho Superior;
Regula a Lei de Organização Básica da d) Estado-Maior;
Brigada Militar. e) Corregedoria-Geral;
f) Ajudância-Geral;
g) Gabinete do Comandante-Geral;

156
h) Comissão de Avaliação e Mérito; Art. 9º - A Corregedoria-Geral (Cor-G), responsável pela
II - Órgãos de apoio, compreendendo: disciplina, orientação e fiscalização das atividades funcionais e
a) Departamento de Ensino; da conduta dos servidores da Instituição, será exercida pelo
b) Departamento de Logística e Patrimônio; Corregedor-Geral, subordinado ao Comandante-Geral, contará
c) Departamento de Saúde; com as Seções de Justiça e Disciplina, de Feitos Especiais, de
d) Departamento Administrativo; Correição e a Seção Administrativa.
e) Departamento de Informática; Parágrafo único - Compete à Corregedoria-Geral:
f) Comando do Corpo de Bombeiros. I - cumprir atividades que lhe sejam atribuídas pelo
III - Órgãos de execução, compreendendo: Comandante-Geral;
a) Comandos Regionais de Polícia Ostensiva; II - exercer a apuração de responsabilidade criminal,
b) Comandos Regionais de Bombeiro; administrativa ou disciplinar;
c) Órgãos de Polícia Militar de Polícia Ostensiva; III - fiscalizar, orientar e apoiar as atividades de polícia
d) Órgãos de Polícia Militar de Bombeiro; judiciária militar dos órgãos e dos policiais militares estaduais
e) Órgãos de Polícia Militar de Ensino; da Brigada Militar, realizando inspeções e correições e
f) Órgãos de Polícia Militar de Logística; sugerindo as medidas necessárias ou recomendáveis para a
g) Órgãos de Polícia Militar de Saúde; racionalização e eficiência dos serviços;
h) Órgãos de Polícia Militar de Tecnologia da Informação; IV - avaliar, para encaminhamento posterior ao Comandante-
i) Órgãos de Polícia Militar Especiais. Geral, os elementos coligidos sobre o estágio probatório de
Parágrafo único - São autoridades policiais militares os integrantes das carreiras dos policiais militares estaduais;
Oficiais e os Praças, no desempenho de atividade policial- V - providenciar junto a qualquer autoridade certidões,
militar. diligências, exames, pareceres técnicos e informações
indispensáveis ao bom desempenho de sua função.
TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO-GERAL Art. 10 - A Ajudância-Geral será exercida pelo Ajudante-Geral,
oficial do círculo dos Oficiais Superiores subordinado ao
Art. 4º - Ao Comando-Geral, Órgão de Direção-Geral da Subcomandante-Geral, e contará com as Seções Administrativas
Brigada Militar, compete a administração da Instituição, que e de Pessoal, competindo-lhe:
será exercida diretamente pelo Comandante-Geral e pelos I - a administração do Quartel do Comando-Geral (QCG);
demais órgãos que compõem o referido Comando, com funções II - o arquivo geral e o boletim diário da Corporação;
específicas de disciplina, assessoramento e suporte III - o apoio de praças e de material a todos os Órgãos sediados
administrativo. no QCG;
IV - a segurança e serviços gerais do QCG.
Art. 5º - Ao Comandante-Geral, indicado pelo Secretário de
Estado da Justiça e Segurança e nomeado pelo Chefe do Poder Art. 11 - O Gabinete do Comandante-Geral (GabCmt-G), ao
Executivo, compete: qual compete o assessoramento direto ao Comandante-Geral,
I - a coordenação geral das atividades da Instituição; será chefiado por Oficial Superior a ele subordinado, contando
II - a presidência da Comissão de Avaliação e Mérito; com a seguinte estrutura:
III - a direção do Conselho Superior. I - Assessoria Jurídica;
II - Assessoria Parlamentar;
Art. 6º - O Subcomandante-Geral da Brigada Militar, ouvido o III - Secretaria Executiva do Comandante-Geral;
Comandante-Geral e o Secretário de Estado da Justiça e IV - Secretaria Executiva do Subcomandante-Geral.
Segurança e nomeado pelo Governador do Estado, sendo o
substituto imediato do Comandante-Geral nos impedimentos Art. 12 - A Comissão de Avaliação e Mérito (CAM), a qual
eventuais deste, competindo-lhe, igualmente, as funções que lhe compete o controle, a avaliação e o processamento das
forem por ele delegadas. promoções das carreiras de nível superior e médio, é órgão de
assessoramento permanente do Comandante-Geral, regulado em
Art. 7º - O Conselho Superior é constituído pelos Coronéis da legislação própria e estruturado em:
ativa em exercício na Corporação, competindo-lhe, em I - Subcomissão de Avaliação e Mérito de Oficiais, presidida
assessoramento direto ao Comandante-Geral, o pelo Subcomandante-Geral;
acompanhamento e manifestação em assuntos relevantes da II - Subcomissão de Avaliação e Mérito de Praças, presidida
Instituição, com vista ao fornecimento de subsídios para a pelo Chefe do Estado-Maior.
tomada de decisão.
Parágrafo único - O Conselho Superior será secretariado pelo TÍTULO III
Coronel de menor precedência hierárquica. DOS ÓRGÃOS DE APOIO

Art. 8º - Ao Estado-Maior da Brigada Militar (EMBM), em Art. 13 - Os órgãos de apoio da Brigada Militar são constituídos
assessoramento direto ao Comandante-Geral, compete o estudo pelos Departamentos a que se refere o inciso II do artigo 3º deste
e o planejamento estratégico de todas as atividades da Decreto, subordinados ao Comando-Geral, competindo-lhes o
Instituição. planejamento, a direção, o controle e a execução das diretrizes
§ 1º - O Estado-Maior da Brigada Militar, subordinado ao emanadas do comando da Instituição.
Comandante-Geral, será estruturado em: Parágrafo único - Os Órgãos de apoio da Brigada Militar
I - Primeira Seção (PM 1) - Pessoal e Legislação; organizarão em forma de sistema as atividades de administração,
II - Segunda Seção (PM 2) - Inteligência; bombeiro, defesa civil, ensino, informática, logística,
III - Terceira Seção (PM 3) - Operações e Instrução; patrimônio, pesquisa, recursos humanos, saúde e treinamento.
IV - Quarta Seção (PM 4) - Logística, Patrimônio e Orçamento;
V - Quinta Seção (PM 5) - Comunicação Social. Art. 14 - O Departamento de Ensino (DE) é responsável pelas
§ 2º - Para o cumprimento de suas missões o EMBM poderá atividades de ensino, instrução e pesquisa, estruturando-se em:
requisitar informações dos demais órgãos componentes da I - Divisão de Logística e Orçamento;
estrutura da Brigada Militar. II - Divisão de Ensino e Treinamento;

157
III - Divisão Administrativa. SEÇÃO II
COMANDO REGIONAL DE BOMBEIRO
Art. 15 - O Departamento de Logística e Patrimônio (DLP), é
responsável pelos bens patrimoniais afetos à instituição, Art. 21 - Os Comandos Regionais de Bombeiro, escalões
competindo-lhe a aquisição, distribuição, manutenção e intermediários, subordinados ao Comando-Geral, competem
contratação de todos os serviços, estruturando-se em: administrar e executar as atividades de bombeiros, defesa civil e
I - Divisão Administrativa; de segurança pública em seus respectivos espaços de
II - Divisão de Logística; responsabilidades territoriais, e também as atividades
III - Divisão de Patrimônio; administrativo-operacionais dos OPM que lhes são
IV - Divisão Técnica. subordinados, estruturando-se em:
I - 1ª Seção - B1 - Efetivo, Legislação e comunicação social;
Art. 16 - O Departamento de Saúde (DS), é responsável pelas II - 2ª Seção - B2 - Inteligência;
atividades de saúde da Instituição, estruturando-se em: III - 3ª Seção - B3 - Operações e Treinamento;
I - Divisão de Saúde Humana; IV - 4ª Seção - B4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;
II - Divisão de Saúde Animal; V - Seção de Prevenção de Incêndio - SPI
III - Divisão Administrativa. Parágrafo único - O Comando Regional de Bombeiro será
Art. 17 - O Departamento Administrativo (DA), é responsável constituído de no mínimo dois OPM.
pelos recursos humanos e pela execução das atividades
financeiro-orçamentário-contábeis da Instituição, estruturando- SEÇÃO III
se em: COMANDO DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR
I - Divisão de Pessoal; ESPECIAIS
II - Divisão de Finanças;
III - Divisão de Auditorias; Art. 22 - O Comando dos Órgãos de Polícia Militar Especiais
IV - Divisão de Recrutamento, Seleção e Acompanhamento. (COE), subordinado ao Comando-Geral, é o responsável pelo
planejamento, controle e fiscalização das atividades técnicas e
Art. 18 - O Departamento de Informática (DI) é o responsável administrativo-operacionais dos OPM Especiais, estruturando-se
pelos sistemas de produção da informação, informatização e de em:
comunicações da Instituição, estruturando-se em: I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;
I - Divisão de Gerência da Informação; II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;
II - Divisão Técnica Operacional; III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;
III - Divisão de Telefonia e Comunicação; IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento.
IV - Divisão de Gerência de Rede. Parágrafo único - O Comando dos Órgãos de Polícia Militar
Especiais (COE), na estrutura organizacional da Brigada Militar,
Art. 19 - O Comando do Corpo de Bombeiros (CCB) é o situa-se no mesmo nível dos Comandos Regionais de Polícia
responsável pelas atividades técnicas de bombeiro, estruturando- Ostensiva.
se em:
I - Divisão Técnica de Prevenção de incêndio e Investigação; CAPÍTULO II
II - Divisão de Operações e de Defesa Civil; DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR
III - Divisão Administrativa.
Art. 23 - Os Órgãos de Polícia Militar (OPM), responsáveis pela
TÍTULO IV execução das atividades administrativo-operacionais
DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO indispensáveis ao cumprimento das finalidades da Instituição
são classificados em: de Polícia Ostensiva, de Bombeiros, de
CAPÍTULO I Ensino, de Logística, de Saúde e Especiais.
DOS COMANDOS REGIONAIS E ESPECIAIS § 1º - Os OPM de Ensino, de Logística e de Saúde são
respectivamente, subordinados aos Departamentos de Ensino, de
SEÇÃO I Logística e Patrimônio e de Saúde.
DOS COMANDOS REGIONAIS DE POLÍCIA § 2º - Os OPM de Polícia Ostensiva e de Bombeiros são
OSTENSIVA subordinados aos Comandos Regionais.
§ 3º - Os Batalhões de Operações Especiais de Porto Alegre e de
Art. 20 - Os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva, escalões Santa Maria constituem-se em frações reserva do Comando-
intermediários, subordinados ao Comando-Geral, competem Geral, vinculados diretamente ao Subcomandante-Geral da
administrar a execução das atividades de polícia ostensiva e de Brigada Militar, ficando subordinados administrativa e
segurança pública em suas respectivas responsabilidades operacionalmente ao Comando de Policiamento da Capital
territoriais, e também as atividades administrativo-operacionais (CPC) e ao Comando Regional de Polícia Ostensiva - Central
dos OPM que lhes são subordinados. (CRPO/Central), respectivamente.
§ 1º - Os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva serão § 4º - Além do previsto no parágrafo anterior, integram a
comandados por Oficiais Superiores do QOEM. estrutura dos Batalhões de Operações Especiais os Presídios
§ 2º - Os Comandos Regionais contarão com Subcomandante e Policiais Militares de Porto Alegre e Santa Maria, competindo
Estado Maior, aos quais compete o assessoramento direto ao ao OPM as atribuições referentes ao cumprimento de penas
Comandante, a substituição eventual deste, o estudo e restritivas de liberdade pelos integrantes da Brigada Militar.
planejamento estratégico e a coordenação da estrutura do § 5º - Os OPM de Polícias Ostensiva, de Bombeiros e Especiais
respectivo Comando, estruturando-se em: terão denominação própria, conforme seu nível hierárquico,
I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social; podendo constituir-se como:
II - 2ª Seção - P2 - Inteligência; I - Batalhão;
III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento; II - Regimento;
IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento. III - Grupamentos.
§ 3º - O Comando Regional de Polícia Ostensiva será § 6º - Constituem-se em fração do respectivo OPM a que se
constituído de no mínimo dois OPM. subordinam:

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I - Companhia, Esquadrão ou Subgrupamentos; constituída de duas a sete Grupos de Combate a Incêndio
II - Pelotão ou Seção; podendo um deles, se necessário, ser constituído como Grupo de
III - Grupo. Busca e Salvamento e, quando couber, contar com Assessoria de
§ 7º - As frações denominadas Companhia, Esquadrão ou Análise Técnica (AAT);
Subgrupamentos, quando subordinadas diretamente a um V - Seção de Busca e Salvamento (SBS), subordinado ao
Comando Regional, são consideradas OPM. comandante do respectivo Subgrupamento de Busca e
§ 8º - Os OPM de Ensino, de Saúde e de Logística terão Salvamento, terá como Comandante policial militar do círculo
denominação própria, conforme estabelecido neste Decreto. de Oficiais;
VI - Grupo de Combate a Incêndio (GrCI) e Grupo de Busca e
SEÇÃO I Salvamento (GrBS) subordinado ao respectivo comandante de
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE Seção, nele enquadrado, que será constituído de no mínimo doze
POLÍCIA OSTENSIVA policiais militares (QPM2 - Bombeiros) e terá como
Comandante policial militar do círculo de Sargentos (QPM2 -
Art. 24 - Aos OPM de Polícia Ostensiva compete a execução Bombeiros).
das atividades de polícia ostensiva no seu espaço de Parágrafo único - A Seção de Prevenção de Incêndio (SPI) é
responsabilidade territorial, respondendo perante o Comando orgânica dos Comandos Regionais de Bombeiros e a Assessoria
Regional pelo grau de segurança pública de sua circunscrição. de Análise Técnica (AAT) será orgânica dos Subgrupamentos e
das Seções de Combate a Incêndios destacadas.
Art. 25 - Os OPM de Polícia Ostensiva têm espaço territorial
definidos com base em indicadores de segurança pública e Art. 28 - Grupamento de Busca e Salvamento, compete
critérios próprios da Instituição. administrar e executar as atividades de busca e salvamento no
âmbito de sua responsabilidade territorial, respondendo perante
Art. 26 - Os OPM de Polícia Ostensiva serão constituídos nos o Comando Regional de Bombeiros pela realização de suas
seguintes níveis: tarefas, sendo que, a função de comandante deverá ser Oficial do
I - Batalhão e Regimento subordinados poderão ser constituídos QOEM, contando com as seguintes assessorias:
de duas a sete Companhias ou Esquadrões contando com I - 1ª Seção - B1 - Efetivo, Legislação e comunicação social;
Subcomandante e Estado-Maior constituído das seguintes II - 2ª Seção - B2 - Inteligência;
seções: III - 3ª Seção - B3 - Operações e treinamento;
a) 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social; IV - 4ª Seção - B4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;
b) 2ª Seção - P2 - Inteligência;
c) 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento; SEÇÃO III
d) 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento. DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE ENSINO
II - Companhia ou Esquadrão, subordinados ao respectivo
Comando Regional, Batalhão ou Regimento serão constituídos Art. 29 - Os OPM de Ensino, responsáveis pelas atividades de
de dois a sete Pelotões, e terão como Comandante oficial do ensino, instrução e pesquisa, serão comandados e dirigidos por
QOEM; Oficiais Superiores e correspondem:
III - Pelotão subordinado ao respectivo comandante de I - a Academia de Polícia Militar (APM), estruturada em: Seção
companhia ou esquadrão neles enquadrados, constituído de dois Administrativa, Centro de Ensino Superior e Seção de
a sete Grupos Policial Militar e terá como Comandante Policial Comando;
Militar do círculo de Oficiais; II - ao Instituto de Pesquisa da Brigada Militar (IPBM),
IV - Grupo de Polícia Militar, subordinado ao comandante do estruturado em: Seção Administrativa, Seção Técnica e Seção de
respectivo Pelotão nele enquadrado, constituído no mínimo de Pesquisa e Extensão;
doze policiais militares e terá como Comandante policial militar III - ao Museu da Brigada Militar (MusBM), estruturado em:
do círculo de Sargentos. Seção Administrativa e Seção de Acervo;
Parágrafo único - Os atuais Batalhões e Regimentos deverão, IV - a Escola Técnica de Polícia Militar de Santa Maria
adaptar sua estrutura organizacional ao disposto neste artigo. (ETPM/SM), estruturada em: Seção Administrativa, Seção de
Ensino e Seção de Comando;
SEÇÃO II V - a Escola Técnica de Polícia Militar de Montenegro
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE BOMBEIRO (ETPM/MN), estruturada em: Seção Administrativa, Seção de
Ensino e Seção de Comando;
Art. 27 - Aos Subgrupamentos de Combate a Incêndio (SGCI) VI - a Escola de Bombeiros (EsBo), estruturada em: Seção
compete a execução das atividades de bombeiros e defesa civil Administrativa, Seção de Ensino e Seção de Comando;
no âmbito de seu espaço de responsabilidade territorial, VII - a Escola de Educação Física da Brigada Militar
respondendo perante o Comando Regional de Bombeiros pela (EsEFBM), estruturada em: Seção Administrativa, Seção de
realização de suas atividades na correspondente circunscrição: Ensino e Seção de Comando;
I - Os Subgrupamentos de Combate a Incêndio (SCGI), serão VIII - o Colégio Tiradentes (CT) estruturado em: Seção
constituídos de duas a sete Seções de Combate a Incêndio (SCI) Administrativa, Seção de Ensino, Corpo de Alunos.
e uma Seção de Busca e Salvamento; sendo o comando exercido
por Oficial do QOEM; Art. 30 - A Academia de Polícia Militar, as Escolas Técnicas de
II - Os Subgrupamentos de Combate a Incêndio (SGCI), quando Polícia Militar de Santa Maria e Montenegro, Escola de
couber, poderá contar com Assessoria de Análise Técnica Bombeiros e a Escola de Educação Física da Brigada Militar
(AAT); compete:
III - Os Subgrupamentos de Busca e Salvamento (SGBS), I - à Academia de Polícia Militar a formação, habilitação e
subordinado ao respectivo Grupamento de Busca e Salvamento especialização dos policiais militares das carreiras de nível
(GBS), terá como comandante Oficial do QOEM, constituídos superior;
de duas a sete Seções de Busca e Salvamento; II - às Escolas Técnicas de Polícia Militar de Santa Maria e de
IV - A Seção de Combate a Incêndio (SCI), subordinada ao Montenegro a formação, habilitação e especialização de
respectivo Subgrupamento, de Combate a Incêndio (SGCI), terá policiais militares da carreira de nível médio;
como Comandante policial militar do círculo de Oficiais e será

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III - à Escola de Bombeiros a especialização dos Oficiais para Art. 36 - Ao Centro de Obras, estruturado em três Seções,
as atividades de bombeiro e de defesa civil e a formação e Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de Patrimônio
especialização de policiais militares de nível médio da e Obras compete:
Qualificação Policial Militar 2 (QPM-2), relativa a Praças I - a previsão, recebimento, armazenagem e distribuição de
Bombeiros; materiais de obras;
IV - à Escola de Educação Física da Brigada Militar a II - O planejamento, projeto, execução e fiscalização dos
especialização dos policiais militares na área de Educação serviços de engenharia, de obras e manutenção predial;
Física, pelo desenvolvimento de programas de incentivo à III - a padronização e a atualização das especificações dos
atividade e à saúde física, pelo planejamento, organização e materiais de obras.
coordenação do treinamento físico dos policiais militares e das
competições esportivas da Brigada Militar. Art. 37 - Ao Centro de Material Bélico, estruturado em três
Seções, Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de
Art. 31 - Ao Instituto de Pesquisas da Brigada Militar (IPBM) é Manutenção, compete:
responsável pela pesquisa científica na instituição, compete: I - a previsão, recebimento, armazenagem, distribuição e
I - manter cadastro dos pesquisadores, pesquisas e entidades manutenção de material bélico;
afins; II - produção de materiais destinados ao treinamento da tropa;
II - acompanhar e avaliar os projetos de pesquisas, estudos III - a organização e controle individual da prática de tiro;
técnicos e obras científicas; IV - a padronização e atualização das especificações do material
III - elaborar projetos e proceder pesquisas encomendadas pelo bélico;
escalão superior ou de iniciativa do OPM; V - a avaliação, perícia, parecer técnico, padronização de
IV - efetuar intercâmbio técnico-científico com organizações de armamento e munição.
pesquisa;
V - difundir o conhecimento produzido para a comunidade, Art. 38 - Ao Centro de Motomecanização, estruturado em três
buscando sua aplicação no exercício das atividades Seções, Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de
constitucionais e delegadas da Brigada Militar; Oficinas, compete:
VI - estimular e desenvolver o comportamento investigativo e I - a previsão, recebimento, armazenagem, distribuição e
de produção científica na Instituição; manutenção dos materiais de Motomecanização;
VII - apoiar, coordenar e executar projetos e investigações II - a avaliação, perícia, parecer técnico, padronização de
científicas, no âmbito da instituição, em todas as áreas de material e frota;
conhecimentos afins às competências e à administração da III - o acompanhamento estatístico sobre a frota e sua
Brigada Militar. manutenção;
IV - a padronização e atualização das especificações dos
Art. 32 - O Colégio Tiradentes (CT), integrante do Sistema materiais de Motomecanização.
Estadual de Ensino destina-se a ministrar o ensino médio, sob a
direção de oficial superior do QOEM, na forma da legislação Art. 39 - A Companhia Logística estruturada em três Seções,
específica. Administrativa, de Operações e de subsistência, compete:
Parágrafo único - O Colégio Tiradentes proporcionará I - o transporte e fornecimento de materiais de campanha;
condições de ensino aos filhos de policiais militares que forem II - a execução de ações de apoio a unidades empregadas em
transferidos por necessidade do serviço para o município sede operações;
do Colégio, com garantia de vagas, na forma da legislação III - a previsão, o recebimento, a armazenagem e a distribuição
vigente. de material de subsistência.

Art. 33 - O Museu da Brigada Militar (MusBM) administrado SEÇÃO V


por Oficial Superior do QOEM é o responsável pelo acervo DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE
histórico e cultural da Brigada Militar. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

SEÇÃO IV Art. 40 - O Centro de Produção da Informação responsável pela


DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE LOGÍSTICA pesquisa, metodologia de processamento e análise de dados
operacionais e administrativos de interesse da instituição,
Art. 34 - Os OPM de Logística, responsáveis pelas atividades de estrutura-se em Seção de Desenvolvimento e Produção, Seção
controle e fiscalização dos bens patrimoniais afetos à instituição de Estatística e Seção de Sistemas.
e de aquisição, distribuição, manutenção e contratação de todos
os serviços, serão chefiados por Oficiais Superiores, Art. 41 - O Centro de Manutenção Tecnológica responsável pela
correspondendo a: manutenção de equipamentos e da infraestrutura de redes de
I - Centro de Intendência; telecomunicações, bem como pelo controle do material de
II - Centro de Obras; informática e telefonia, estruturando-se em Seção de
III - Centro de Material Bélico; Manutenção de Hardware, Seção de Manutenção de Redes e
IV - Centro de Motomecanização; Seção de Controle de Material.
V - Companhia Logística.
SEÇÃO VI
Art. 35 - Ao Centro de Intendência, estruturado em três Seções, DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE SAÚDE
Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de Oficinas,
compete: Art. 42 - Os OPM de Saúde responsáveis pela assistência,
I - a previsão, recebimento, armazenagem, confecção, prevenção médico-hospitalar e odontológica aos policiais
distribuição e manutenção dos suprimentos de material de militares, civis e inativos da Corporação, e seus dependentes
intendência; serão dirigidos por Oficiais Superiores do QOEM, salvo
II - a padronização, o controle individual do vestuário e disposições em contrário, e correspondem:
uniformes e a atualização das especificações dos materiais de I - ao Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA);
intendência. II - ao Hospital da Brigada Militar de Santa Maria (HBM/SM);

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III - ao Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar Art. 47 - O Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas
(CMOBM); terá sua competência definida em legislação própria
IV - Centro de Referência em Assistência Biopsicossocial estruturando-se em:
(CeRAB). I - Seção Administrativa;
§ 1º - o Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) II - Seção de Registro e Licenciamento;
e o Hospital da Brigada Militar de Santa Maria (HBM/SM), III - Seção de Controle e Fiscalização.
estruturam-se em duas Seções, a Administrativa e a Técnica.
§ 2º - as funções da área técnica de saúde do Hospital da Art. 48 - Ao Grupamento de Policia Militar Aérea compete
Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) e do Hospital da planejar e executar ações de policiamento aéreo; qualificar
Brigada Militar de Santa Maria (HBM/SM), serão próprias do recursos humanos e apoiar os OPM no cumprimento de suas
QOES. missões, estruturando-se em:
§ 3º - o Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar I - Seção de Pilotos;
(CMOBM) estrutura-se em Seção Técnico-Administrativa e em II - Seção Administrativa;
Policlínicas. III - Seção Técnica;
§ 4º - o Centro de Referência em Assistência Biopsicossocial IV - Seção de Aeronaves.
(CeRAB) estrutura-se em Seção Administrativa, Seção Técnica
Executiva e Seção de Assistência Social. Art. 49 - Ao Esquadrão de Guarda Externa dos Presídios de
Porto Alegre compete executar a guarda externa de
SEÇÃO VII estabelecimentos penais, comandado por oficial superior.
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR ESPECIAIS
Art. 50 - Os Batalhões de Operações Especiais de Porto Alegre
Art. 43 - Os OPM Especiais, subordinados ao Comando de e de Santa Maria, constituindo-se em frações reserva do
OPM Especiais, com sua competência delegada em áreas Comando-Geral, vinculadas diretamente ao Subcomandante-
especializadas, compreendem os seguintes Batalhões, Geral da Brigada Militar, ficam subordinados administrativa e
Grupamentos e Esquadrão comandados por Oficiais Superiores: operacionalmente ao Comando de Policiamento da Capital
I - Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv); (CPC) e ao CRPO/Central, respectivamente.
II - Batalhão de Polícia Ambiental (BPA);
III - Batalhão de Polícia Fazendária (BPF); Art. 51 - Aos Batalhões de Operações Especiais compete:
IV - Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas I - executar ações de manutenção da ordem pública;
(GSVG); II - apoiar as ações dos OPM;
V - Grupamento de Polícia Militar Aérea (GPMA); III - atuar nas ações de alto risco;
VI - Esquadrão de Guardas Penitenciárias de Porto Alegre IV - manter-se como OPM reserva de manobra do Comandante
(EGPPOA). Geral;
Parágrafo único - Os Batalhões e o Esquadrão mencionados V - executar o planejamento, controle e fiscalização de
nos incisos I a III e VI, deste artigo, serão organizados, em atividades relativas ao cumprimento de penas restritivas de
termos de efetivo, na forma estabelecida para os órgãos de igual liberdade dos policiais militares.
denominação dos OPM de Polícia Ostensiva, observado o Parágrafo único - O Batalhão de Operações Especiais
disposto nos artigos posteriores, aplicando-se-lhes a disposição estrutura-se em:
do artigo 26 deste Decreto. I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;
II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;
Art. 44 - Ao Batalhão de Polícia Rodoviária compete a III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;
execução das atividades de polícia ostensiva nas rodovias IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento; e
estaduais e outras atribuições previstas em Leis e Regulamentos, V - Companhias de Operações Especiais;
estruturando-se em: VI - Presídio Policial-Militar.
I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;
II - 2ª Seção - P2 - Inteligência; TÍTULO V
III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento; DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;
V - Companhias de Polícia Rodoviária. Art. 52 - O exercício das funções da estrutura hierárquica
estabelecida neste Decreto por titulares de postos de Oficial
Art. 45 - Ao Batalhão de Polícia Ambiental compete cumprir e Superior será efetivada por nomeação do Chefe do Poder
fazer cumprir a legislação ambiental, representar a Brigada Executivo, mediante indicação do Comandante-Geral,
Militar nas atividades atinentes à área e promover o intercâmbio ressalvado o disposto nos artigos 4º e 5º deste Decreto, e, nos
com outros órgãos governamentais, por intermédio da demais casos, por designação do Comandante-Geral.
preposição de convênios estruturando-se em:
I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social; Art. 53 - As funções de Comadante-Geral, de Subcomandante-
II - 2ª Seção - P2 - Inteligência; Geral, de Chefe do Estado-Maior, de Corregedor-Geral e de
III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento; Diretores de Departamentos são privativas do posto de Coronel
IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento; do QOEM, com exceção da função de Diretor do Departamento
V - Companhias de Polícia Ambiental. de Saúde, que será exercida por um Coronel do Quadro de
Oficiais Especialistas em Saúde - QOES.
Art. 46 - Ao Batalhão de Polícia Fazendária compete apoiar os
órgãos governamentais nas ações necessárias a execução das Art. 54 - Observado o disposto neste Decreto, a estrutura interna
atividades de fiscalização fazendária estruturando-se em: e a respectiva competência dos órgãos integrantes da Brigada
I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social; Militar, inclusive quanto aos demais níveis de organização
II - 2ª Seção - P2 - Inteligência; administrativa, serão regulados por Regimento Interno, proposto
III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento; pelo Estado-Maior e aprovado pelo Comandante-Geral.
IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;
V - Companhias de Polícia Fazendária.

161
Art. 55 - Ao exercício de funções de Comando corresponderá à DECRETA:
percepção de função gratificada, conforme definido no
Regimento Interno, limitada ao estabelecido em lei. Art. 1º - Ficam criadas na Brigada Militar as especializações de
músico e de saúde para serem desempenhadas por Praças
Art. 56 - Para fins de fixação do efetivo, dos níveis, da devidamente qualificados, conforme for estabelecido em
subordinação e do grau de comando dos órgãos da Brigada regulamento.
Militar, constituem indicadores de segurança pública básicos a Parágrafo único - As especializações de que trata o caput do
população urbana e rural, e indicadores específicos da artigo serão constituídas por servidores militares estaduais da
Instituição, para as atividades de policiamento ostensivo e de Qualificação Policial-Militar 1 (QPM-1) - Praças de Polícia
bombeiro, os relacionados, respectivamente, nos Anexos I e II Ostensiva e da qualificação Polícia Militar 2 (QPM-2) - Praças
deste Decreto. Bombeiros. (Redação dada pelo Decreto n° 44.138, de 17 de
Parágrafo único - A cada indicador aplica-se um fator novembro de 2005.)
numérico, a ser definido pelo Estado-Maior da Brigada Militar e
aprovado por Portaria do Comandante-Geral que definirá a Art. 2º - Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar
proporção dos recursos humanos a serem disponibilizados para promover a elaboração do regulamento das especializações
cada Município do Estado. criadas por este Decreto, com vista à aprovação do Governador
do Estado, nos termos do § 4º do artigo 22 da LEI
Art. 57 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua COMPLEMENTAR Nº 10.992, de 18 de agosto de 1997.
publicação, revogando-se as disposições em contrário, em
especial o Decreto nº 38.107, de 22 de janeiro de 1998 e suas Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
alterações.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 29 de setembro de
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2004.
2004.
ANEXO I
IMPORTÂNCIA SÓCIO - ECONÔMICA E CULTURAL 39. DECRETO Nº. 43.430, DE 29 DE OUTUBRO DE 2004.
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
CADASTRO NACIONAL DE PESSOA JURÍDICA (CNPJ) Aprova o Regulamento de Uniformes e
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS Apresentação Pessoal da Brigada Militar.
LEITOS EM HOSPITAL
POPULAÇÃO O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o
ATIVIDADE PORTUÁRIA Artigo 82, item IV da Constituição do Estado,
CIDADE TURÍSTICA
ÁREA DE FRONTEIRA DECRETA:
ATIVIDADE BALNEÁRIA
Art. 1° - Fica aprovado o Regulamento de Uniformes e
Apresentação Pessoal da Brigada Militar, que com este baixa.
IMPORTÂNCIA NA SEGURANÇA PÚBLICA
EVENTOS PÚBLICOS Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,
VEÍCULOS AUTOMOTORES REGISTRADOS revogando-se as disposições em contrário, especialmente o
ÍNDICE DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS CONTRA Decreto n° 34.476, de 14 de setembro de 1992, o Decreto nº
PESSOA, PATRIMÔNIO E COSTUMES 34.584, de 23 de dezembro de 1992, e Regulamentações
ÍNDICE DE ASSISTÊNCIA Provisórias de Uniformes (RPU).

ANEXO II PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 29 de outubro de


IMPORTÂNCIA PARA O SERVIÇO DE PREVENÇÃO 2004.
DE INCÊNDIOS
MUNICÍPIO COM POPULAÇÃO DE ATÉ 50.000 REGULAMENTO DE UNIFORMES, INSÍGNIAS,
HABITANTES DISTINTIVOS E APRESENTAÇÃO PESSOAL DA
MUNICÍPIO COM POPULAÇÃO ACIMA DE 50.000 BRIGADA MILITAR – RUAPBM
HABITANTES
MUNICÍPIO COM POPULAÇÃO ACIMA DE 100.000 CAPÍTULO I
HABITANTES INTRODUÇÃO

Art. 1º - O Regulamento de Uniformes, Insígnias, Distintivos e


Apresentação Pessoal da Brigada Militar – RUAPBM – tem por
38. DECRETO Nº. 43.430, DE 29 DE OUTUBRO DE 2004. finalidade estabelecer e regular os uniformes da BRIGADA
MILITAR, sua posse, uso, composição das peças, modelagem,
Cria na Brigada Militar as especializações aposição de insígnias, distintivos, equipamentos e aprestos, bem
de músico e de saúde, e dá outras como fixar os parâmetros de apresentação pessoal dos militares
providências. estaduais.
Parágrafo único – Fica estabelecido como cores padrão para os
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO uniformes da BRIGADA MILITAR as seguintes tonalidades e
GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o suas correspondências:
artigo 82, incisos V e VII, da Constituição do Estado, e § 4º do I - bege BM;
artigo 22 da LEI COMPLEMENTAR Nº 10.992, de 18 de II - verde BM;
agosto de 1997, III - cinza BM.

162
Art. 2º - Este Regulamento objetiva: 6. carteira social preta (opcional);
I - regular e estabelecer a uniformidade da tropa, como fator de 7. meias de nylon transparente, na cor preta;
coesão, disciplina e conceito da BRIGADA MILITAR; 8. sapato social de salto alto, na cor preta, em couro.
II - definir os padrões de exigência da apresentação pessoal dos II – posse:
militares estaduais da BRIGADA MILITAR. a) facultativa para oficiais e praças;
b) obrigatória para o Comandante-Geral, Subcomandante-Geral,
Art. 3º - O uniforme é o símbolo da autoridade, de forma que o Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, Ajudante de Ordem
desrespeito a ele, ou o seu uso indevido, importa em crime do Comandante-Geral, Chefe e Subchefe da Casa Militar.
previsto na legislação penal militar, ou em sanções III – uso: recepções de gala ou cerimônias em que se exija
administrativas previstas em lei. vestido longo, smoking, casaca ou fraque aos civis.
§ 2º - Uniforme FORMAL - 2º:
Art. 4º - Não é permitido sobrepor ao uniforme peça, artigo, I - uniforme FORMAL CINZA - 2ºC:
insígnia ou distintivo de qualquer natureza não previstos ou a) composição:
autorizado na forma deste Regulamento. a.a) efetivo masculino:
1. quepe cinza;
Art. 5º - Ao Comandante-Geral da Brigada Militar compete: 2. túnica cinza, sendo para oficiais com platinas e insígnias
I - regulamentar, a partir de estudo do Estado-Maior ou de metálicas;
Comissão de Revisão de Uniformes, a criação, posse e uso de 3. camisa branca, manga longa, com colarinho e punhos simples;
novas peças de uniformes e distintivos de cursos, realizados na 4. gravata vertical ou horizontal na cor preta (conforme
BRIGADA MILITAR, bem como a alteração de tecidos para a previsto);
confecção dos uniformes, com a preservação das cores previstas; 5. calça cinza com duas listras azul marinho verticais nas
II - regulamentar a posse e uso de aprestos, equipamentos de laterais, ou culote cinza com duas listras, na cor azul marinho
proteção individual e outros materiais necessários à execução de nas laterais, para atividades ou eventos hípicos;
serviços especiais de policiamento ostensivo; 6. luvas de couro na cor marrom, quando armado, ou luvas de
III - baixar instruções reguladoras para a aquisição e couro brancas, quando em eventos sociais;
distribuição dos uniformes, peças complementares, aprestos e 7. cinto V.O., com fivela dourada lisa;
equipamentos, a serem utilizados pela BRIGADA MILITAR, 8. meias pretas;
bem como o credenciamento de alfaiatarias e a venda de peças e 9. sapatos social de couro na cor preta, ou botas de couro cano
tecidos na própria Corporação. longo na cor preta para atividades ou eventos hípicos.
II - uniforme FORMAL CINZA - FEMININO - 2º C:
CAPÍTULO II a) composição:
UNIFORMES HISTÓRICOS - H a.a) efetivo feminino:
1. chapéu de feltro cinza;
Art. 6º - Os uniformes históricos serão usados nos eventos e 2. túnica cinza, sendo para oficiais com platinas e insígnias
solenidades do calendário anual da BRIGADA MILITAR, que metálicas com camisa branca e gravata preta horizontal, ou com
assim o prevejam, e conforme as especificações e modelos em jaqueta tipo spencer na cor cinza com platinas e insígnias
exposição no Museu da BRIGADA MILITAR. metálicas e camisa com laço fixo na cor branca.
3. saia social curta, modelo envelope, na cor cinza, ou culote
CAPÍTULO III cinza com duas listras, na cor azul marinho nas laterais para
UNIFORMES BÁSICOS atividades ou eventos hípicos, ou saia social longa na cor cinza
com o “Spencer”;
Art. 7º - Os uniformes básicos terão a sua classificação, posse, 4. luvas de couro na cor marrom, quando armada, ou luvas de
composição e uso, conforme o estabelecido nos parágrafos deste couro brancas, quando em eventos sociais;
artigo. 5. bolsa social na cor preta;
§ 1º - Uniforme GALA – 1º: 6. meias de nylon transparente na cor natural;
I - composição: 7. sapato social de salto alto, em couro, na cor preta, ou botas de
a) efetivo masculino: couro cano longo, na cor preta, para atividades ou eventos
1. casaco do traje smoking, confeccionado em tecido preto, com hípicos.
lapelas e bordas dos punhos em cetim preto; b) posse: obrigatória para oficiais e facultativo para praças.
2. platinas na cor preta, com insígnias metálicas, para oficiais; c) uso: permitido seu uso como alternativo para recepções
3. divisas bordadas na cor amarelo ouro, em fundo preto, para militares de gala ou eventos de caráter formal, quando
praças; determinados.
4. calça preta do traje smoking, com uma listra vertical lateral III - uniforme FORMAL BRANCO - 2ºB:
em cetim preto; a) composição:
5. camisa branca plissada; a.a) efetivo masculino:
6. gravata horizontal (borboleta) na cor preta; 1. quepe cinza;
7. faixa em cetim na cor preta, com três botões dourados, para 2. túnica branca, sendo para oficiais com platinas e insígnias
usar na cintura; metálicas; 3. camisa branca, manga longa, com colarinho e
8. meias na cor preta; punhos simples;
9. sapatos pretos de couro; 4. gravata vertical ou horizontal na cor preta (conforme
10. cinto preto de couro; previsto);
b) efetivo feminino: 5. calça cinza com duas listras azul marinho verticais nas
1. jaqueta, tipo spencer, na cor preta; laterais, ou culote cinza com duas listras na cor azul marinho,
2. platina na cor preta, com insígnias metálicas, para oficiais; nas laterais, para atividades ou eventos hípicos;
3. divisas bordadas na cor amarelo ouro, em fundo preto, para 6. luvas de couro na cor branca;
praças; 7. cinto V.O. com fivela dourada lisa;
4. camisa feminina branca plissada, com laço fixo e punhos 8. meias pretas;
simples; 9. sapatos social de couro na cor preta, ou botas de couro cano
5. saia social longa na cor preta; longo, na cor preta, para atividades ou eventos hípicos.

163
IV - uniforme FORMAL BRANCO - 2º B: 2. camisa bege BM manga curta, sendo para oficiais com
a) composição: pistolas de Clark em cada lado da gola, com platinas e, insígnias
a.a) efetivo feminino: bordadas;
1. chapéu de feltro cinza; 3. calça na cor verde BM;
2. túnica branca, sendo para oficiais com platinas e insígnias 4. cinto V. O. com fivela dourada lisa;
metálicas com camisa branca e gravata preta horizontal, ou com 5. meias pretas;
jaqueta tipo spencer na cor branca com platinas e insígnias 6. sapatos social, em couro, na cor preta.
metálicas e camisa com laço fixo na cor branca; a.b) efetivo feminino:
3. saia social curta, modelo envelope ou longa, na cor cinza, ou 1. chapéu feminino bege ou boina na cor verde BM;
culote cinza com duas listras na cor azul marinho nas laterais, 2. camisa bege BM manga curta, sendo para oficiais com
para atividades ou eventos hípicos; pistolas de Clark em cada lado da gola, com platinas e, insígnias
4. luvas de couro na cor branca; bordadas;
5. bolsa social na cor preta; 3. saia envelope na cor verde BM, para gestantes, além das
6. meias de nylon transparente na cor natural; demais peças, a jardineira de comprimento curta, na cor verde
7. sapato social de salto alto, em couro, na cor preta, ou botas de BM, sobreposta à camisa bege BM;
couro cano longo, na cor preta, para atividades ou eventos 4. bolsa tiracolo preta (opcional);
hípicos. 5. meias de nylon na cor natural (opcional);
b) posse: obrigatória para oficiais e facultativo para praças. 6. sapato social, em couro, na cor preta, e para gestantes,
c) uso: permitido seu uso como alternativo para recepções sandália social preta (opcional).
militares de gala ou eventos de caráter formal, quando b) posse: obrigatória para oficiais e praças.
determinados. c) uso:
§ 3º - Uniformes PASSEIO - 3º: c.a) em trânsito, apresentações individuais ou coletivas,
I - uniforme PASSEIO MANGA LONGA - 3º: solenidades militares ou civis, atividades sociais.
a) composição: c.b) com jaqueta de couro ou tecido: em trânsito ou em
a.a) efetivo masculino: atividades internas do OPM.
1. quepe na cor verde BM, ou boina na cor verde BM; § 4º - Uniforme OPERACIONAL - 4º:
2. túnica na cor verde BM, sendo para oficiais com platinas e, I - Uniforme OPERACIONAL MANGA LONGA - 4º:
insígnias metálicas, ou jaqueta de tecido com platinas e insígnias a) composição:
bordadas, na cor verde escuro ou jaqueta de couro com 1. boné com pala, na cor cinza BM, para deslocamento em
ombreiras e insígnias metálicas; trânsito, em serviço e atividades internas do OPM;
3. camisa social bege manga longa; 2. camiseta branca gola olímpica, com o escudo da BM;
4. gravata vertical na cor preta; 3. camisa na cor cinza BM manga longa;
5. calça na cor verde BM, ou culote na cor verde BM com botas 4. calça na cor cinza BM;
pretas para eventos hípicos ou representações; 5. cinto V.O. com fivela dourada lisa;
6. casaco social sobretudo na cor verde BM com platinas e, 6. meias pretas;
insígnias metálicas para baixas temperaturas ou intempéries; 7. culote na cor cinza BM e botas pretas para o policiamento
7. cinto V. O. com fivela dourada lisa; montado;
8. meias pretas; 8. coturnos pretos,
9. sapato social em couro na cor preta. 9. saia-calça na cor cinza BM com sapato mocassin, ou botas
a.b) efetivo feminino: feminina na cor preta, com meias de cor natural, para o efetivo
1. chapéu feminino bege, ou boina na cor verde BM; feminino.
2. túnica na cor verde BM, sendo para oficiais com platinas e, 10. jaqueta de couro marrom;
insígnias metálicas, ou jaqueta de tecido com platinas e insígnias 11. cinto preto de serviço.
bordadas, na cor verde escuro ou jaqueta de couro com b) posse: obrigatória para oficiais e praças.
ombreiras e insígnias metálicas; c) uso: para deslocamento em trânsito, em serviço e atividades
3. camisa social bege BM manga longa; internas do OPM.
4. gravata feminina horizontal na cor preta; II - uniforme OPERACIONAL MANGA CURTA - 4ºMC:
5. saia curta na cor verde BM, modelo envelope, ou culote na a) composição:
cor verde BM, com botas pretas de cano longo, para eventos 1. boné com pala, na cor cinza BM, para deslocamento em
hípicos ou representações e para gestantes, além das demais trânsito, em serviço e atividades internas do OPM;
peças, a jardineira de comprimento curta, na cor verde BM, 2. camiseta branca gola olímpica, com o escudo da BM;
sobreposta à camisa na cor bege BM, e sandálias social preta 3. camisa na cor cinza BM manga curta;
(opcional); 4. calça na cor cinza BM, ou culote na cor cinza BM e botas
6. bolsa tiracolo na cor preta (opcional); pretas para o policiamento montado;
7. meias de nylon na cor natural; 5. saia-calça na cor cinza BM, com sapato mocassin, ou bota
8. casaco social sobretudo na cor verde BM com platinas e, feminina, com meias de nylon, na cor natural, para o efetivo
insígnias metálicas; feminino, quando determinado.
9. sapato de passeio, ou botas femininas cano longo, em couro, 6. cinto V.O . com fivela dourada lisa;
na cor preta, quando em baixas temperaturas. 7. meias pretas;
b) posse: obrigatório para oficiais e praças. 8. coturnos pretos;
c) uso: 9. cinto preto de serviço.
c.a) com túnica: em trânsito, passeio, apresentações individuais b) posse: obrigatória para oficiais e praças.
ou coletivas, solenidades militares ou civis, atividades sociais. c) uso: para deslocamento em trânsito, em serviço e atividades
c.b) com jaqueta de couro ou tecido: em trânsito ou em internas do OPM.
atividades internas do OPM. § 5º - Uniforme de EDUCAÇÃO FÍSICA E DEFESA
II - Uniforme PASSEIO MANGA CURTA - 3ºMC: PESSOAL - 5º:
a) composição: a) composição:
a.a) efetivo masculino:
1. boina na cor verde BM, ou quepe na cor verde BM;

164
1. camiseta branca gola olímpica com o escudo da BM, para o centro, circundada por vinte e sete estrelas em miniaturas e, em
corpo de bombeiros camisetas gola olímpica na cor vermelha, solenidades militares e desfiles, usarão cinto e talabarte de couro
com o brasão da BM; branco, quando previsto;
2. calção bege BM em tactel, sendo que: oficiais com duas 7. luvas brancas de couro, quando armado;
listras brancas laterais; sargentos com uma listra lateral; e 8. meias na cor preta;
demais praças sem listra e, para o efetivo feminino, bermuda 9. sapatos pretos e, em solenidades militares e desfiles, usarão
bege BM de tactel. coturnos e polainas em tecido branco, quando previsto.
3. abrigo esportivo bege BM, com o escudo da BM, fixado no a.b) efetivo feminino:
lado esquerdo do peito, sendo que: oficiais com duas listras 1. chapéu feminino azul-ferrete, ou barretina, quando
brancas laterais; sargentos com uma listra lateral; e demais determinado;
praças sem listra; 2. túnica azul-ferrete ou jaqueta modelo spencer azul-ferrete
4. meias soquetes brancas; com gola alta, tipo padre, com as pistolas de Clark em dourado,
5. tênis esportivo: para oficiais na cor branca, para praças cor inseridas nas ogivas de gola;
preta; 3. platinas trançadas nas cores azul claro e dourado sobre base
6. para uso em baixas temperaturas casaco tipo parká com capuz em veludo azul-ferrete, para alunos oficiais e, platinas com base
embutido na gola, em tecido sintético, com as cores e símbolo de veludo em azul-ferrete com insígnias metálicas para oficiais;
no mesmo padrão do abrigo esportivo. 4. cinto azul-ferrete em veludo com duas listras horizontais
b) posse: obrigatória para oficiais e praças. douradas e fivela dourada com estrela de cinco pontas no centro,
c) uso: instrução de treinamento físico, defesa pessoal e eventos circundada por vinte e sete estrelas em miniaturas e, em
esportivos. solenidades militares e desfiles, usarão cinto e talabarte de couro
§ 6º - Prescrições complementares aos uniformes básicos: brancos, quando previsto;
I - as peças de uniforme do tipo saia terão o seguinte 5. luvas brancas de couro, quando armado;
comprimento: 6. bolsa social pequena na cor preta (opcional);
a) curta: abaixo dos joelhos; 7. meias de nylon transparente na cor natural;
b) longa: alcançando o tornozelo. 8. sapato social preto salto alto para solenidades militares e
II - os sapatos pretos masculinos previstos para os uniformes 1º, desfiles, usarão coturnos e polainas em tecido branco, quando
2º e 3º são do tipo inglês, confeccionados em couro; previsto;
III - o casaco tipo parká e as camisetas terão no lado esquerdo 9. saia social curta, modelo envelope, ou saia longa, na cor azul
do peito o Escudo da Brigada Militar, conforme Dec. 32.675/87, royal, ou calça azul royal com duas listras verticais paralelas em
sobre a inscrição BRIGADA MILITAR; veludo azul elétrico.
IV - admite-se o uso do uniforme 3º sem a parte superior b) posse: obrigatória para oficiais e alunos oficiais.
(túnica, jaquetas de couro ou tecido e suéter), e o 3ºMC, ambos c) uso:
sem o quepe, desde que em locais cobertos e no âmbito interno 1. correspondente ao previsto para recepções de gala ou
do aquartelamento; cerimônias, em que se exija casaca, fraque ou smoking aos civis;
V - a jaqueta de tecido e a de couro poderão ter a sua abertura 2. em desfiles, guardas de honra e formaturas de gala, acrescidos
até no máximo o segundo botão da camisa. de talabarte e luvas brancas.
II - Uniforme ACADEMIA BRANCO - 6ºB:
CAPÍTULO IV a) composição:
a.a) efetivo masculino:
SEÇÃO I 1. quepe azul-ferrete ou barretina, quando determinado;
UNIFORMES ESPECIAIS 2. túnica branca com gola alta, tipo padre, na cor azul-ferrete,
com fechamento interno e as Pistolas de Clark em dourado,
Art. 8º - Os uniformes especiais destinam-se a melhor atender inseridas nas ogivas de gola e, platinas trançadas nas cores azul
as peculiaridades das diferentes atividades especializadas claro e dourado, sobre uma base em veludo azul-ferrete, para os
executadas pela BRIGADA MILITAR, ou exigíveis pelo alunos oficiais, e platinas com base de veludo, em azul-ferrete,
ambiente em que se processam, classificando-se em: com insígnias metálicas para oficiais, e com punhos na cor azul
I - OPM com características especiais; ferrete;
II - atividades funcionais peculiares. 3. camiseta branca gola olímpica;
4. calça na cor azul royal com duas listras laterais paralelas e
Art. 9º - A classificação, posse, composição e uso dos verticais em veludo azul-elétrico;
uniformes especiais destinados aos OPM especializados, são os 5. cinto V.O com fivela dourada lisa;
previstos nos parágrafos deste artigo. 6. cinto azul-ferrete em veludo com duas listras horizontais,
§ 1° - Uniforme ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR - 6º: douradas e fivela dourada com uma estrela de cinco pontas, no
I - uniforme ACADEMIA AZUL - 6ºA: centro, circundada por vinte e sete estrelas em miniaturas e, em
a) composição: solenidades militares e desfiles, usarão cinto e talabarte de couro
a.a) efetivo masculino: brancos, quando previsto;
1. quepe azul-ferrete ou barretina, quando determinado; 7. luvas brancas de couro, quando armado;
2. túnica azul-ferrete, gola alta tipo padre, com fechamento 8. meias na cor preta;
interno, com as pistolas de Clark em dourado, inseridas nas 9. sapatos pretos e, em solenidades militares e desfiles, usarão
ogivas de gola e, platinas trançadas nas cores azul claro e coturnos e polainas em tecido branco, quando previsto.
dourado sobre uma base em veludo azul-ferrete, para alunos a.b) efetivo feminino:
oficiais e platinas com base de veludo em azul-ferrete com 1. chapéu feminino azul-ferrete, ou barretina, quando de calça
insígnias metálicas, para oficiais; azul royal;
3. camiseta branca gola olímpica; 2. túnica ou jaqueta modelo spencer na cor branca com gola alta,
4. calça na cor azul royal, com duas listras laterais paralelas, tipo padre, na cor azul ferrete, com fechamento interno e com as
verticais em veludo azul-elétrico; pistolas de Clark em dourado, inseridas nas ogivas de gola e
5. cinto V.O com fivela dourada lisa; com punhos na cor azul ferrete;
6. cinto azul-ferrete em veludo com duas listras horizontais 3. platinas trançadas nas cores azul claro e dourado sobre base
douradas e fivela dourada, com uma estrela de cinco pontas, no em veludo azul-ferrete, para os alunos oficiais, e platinas com

165
base de veludo em azul-ferrete com insígnias metálicas, para 1. capacete especial;
oficiais; 2. túnica branca, com dragonas, punhos azuis para oficiais e
4. cinto azul-ferrete em veludo com duas listras horizontais vermelhos para praças;
douradas e fivela dourada com estrela de cinco pontas no centro, 3. luvas brancas;
circundada por vinte e sete estrelas em miniaturas e, em 4. culote na cor azul royal, com duas listras laterais, vermelhas
solenidades militares e desfiles, usarão cinto e talabarte de couro verticais e paralelas;
na cor branca; 5. cinto V. O. com fivela dourada lisa;
5. luvas brancas de couro, quando armado; 6. cinto e talabarte pretos;
6. bolsa social preta em tamanho pequena (opcional): 7. botas pretas;
7. meias de nylon transparente na cor natural; 8. esporas;
8. sapato social preto salto alto e, em solenidades militares e 9. faixa em cetim tricolor nas cores verde, vermelho e amarelo.
desfiles, usarão coturnos e polainas em tecido branca; b) posse: exclusivo para os oficiais e praças do 4º Regimento de
9. saia social curta, modelo envelope, ou longa, na cor azul Polícia Montada Regimento Bento Gonçalves.
royal, ou calça azul royal com duas listras verticais paralelas em c) uso: em solenidades especiais e desfiles, quando determinado.
veludo azul elétrico. II - uniforme 1º RPMon (Regimento Abas-Largas) - 8º AL:
b) posse: obrigatória para oficiais da APM e alunos oficiais. a) composição:
c) uso: 1. chapéu rural de feltro, modelo aba-larga, na cor bege BM;
1. correspondente ao previsto para recepções de gala ou 2. túnica azul-turquesa com platinas bege escura;
cerimônias em que se exija casaca, fraque ou smoking aos civis; 3. culote bege BM;
2. em desfiles e guardas de honra, acrescidos de talabarte e luvas 4. cinto V.O. com fivela dourada lisa;
brancas. 5. cinto e talabarte brancos;
§ 2º - Uniformes especiais dos BATALHÕES DE 6. botas pretas;
OPERAÇÕES ESPECIAIS – 7º: 7. esporas.
I - uniforme ESPECIAL AZUL ROYAL para uso em controle b) posse: exclusivo para oficiais e praças do 1º Regimento de
de distúrbios - 7º A: Polícia Montada “Regimento Coronel Pillar”.
a) composição: c) uso: em solenidades especiais e desfiles, quando determinado.
1. capacete de proteção na cor laranja com viseira; III - uniforme Regimento Abas-Largas Policiamento -
2. camisa manga longa modelo combate, na cor azul royal; 8ºALP:
3. camiseta branca gola olímpica com o escudo da BM; a) composição:
4. calça azul royal; 1. chapéu rural de feltro, modelo aba-larga, na cor bege BM;
5. cinto azul royal, com fivela dourada lisa; 2. camisa manga longa ou curta, cinza BM;
6. cinto preto de serviço; 3. camiseta branca gola olímpica com o escudo da BM;
7. coturnos na cor preta; 4. culote cinza BM;
b) posse: obrigatório para oficiais e praças, empregados em 5. cinto V.O. com fivela dourada lisa;
CDC. 6. cinto preto de serviço;
c) uso: em ações de controle de distúrbios civis. 7. botas pretas;
II - uniforme ESPECIAL PRETO para uso dos GRUPOS 8. esporas.
DE AÇÕES TÁTICAS ESPECIAIS - 7º P: b) posse: obrigatória para oficiais e praças dos Regimentos de
a) composição: Polícia Montada.
1. boné preto; c) uso: nas atividades de policiamento ostensivo montado ou
2. camisa manga longa, modelo combate, na cor preta; ocasiões especiais, quando determinado.
3. calça preta; § 4º - Uniforme para o BATALHÃO DE POLÍCIA
4. camiseta gola olímpica na cor preta com o escudo da BM; AMBIENTAL - 9º:
5. cinto preto com fivela dourada lisa; I - uniforme tático para ATIVIDADES OPERACIONAIS A
6. cinto de serviço na cor preta; PÉ OU MOTORIZADAS - 9º T:
7. balaclava preta; a) composição:
8. jaqueta de couro na cor preta; 1. cobertura tipo selva, na cor cinza BM;
9. coturnos pretos, ou outro calçado preto, adequado à operação. 2. camisa, modelo combate, na cor cinza BM;
b) posse: obrigatório para integrantes do GATE, dos BOE. 3. calça, modelo combate, na cor cinza BM;
c) uso: exclusivamente em operações especiais. 4. cinto V.O. com fivela dourada lisa;
III - uniforme ESPECIAL CAMUFLADO para a atividade 5. camiseta branca gola olímpica com o escudo BM;
de OPERAÇÕES ESPECIAIS - 7º C: 6. cinto preto de serviço;
a) composição: 7. botas especiais na cor preta;
1. boné com pala, camuflado rural; 8. agasalho tipo anurak na cor marrom.
2. camisa, modelo combate, camuflado rural; b) posse: para oficiais e praças em ações operacionais de polícia
3. camiseta preta gola olímpica com o escudo da BM; ambiental.
4. calça, modelo combate, camuflado rural; c) uso: exclusivamente para as ações e operações de policia
5. cinto V.O. com fivela dourada lisa; ambiental em zona rural.
6. cinto de serviço na cor preta; II - uniforme embarcado para ATIVIDADES
7. coturnos pretos. OPERACIONAIS EMBARCADAS - 9º E:
b) posse: obrigatório para oficiais e praças, componentes de a) composição:
frações PM constituídas, atuando em missões especiais, que 1. traje em neoprene completo, tipo long, na cor preta, com o
exijam tal fardamento. brasão da BM, ou bermuda neoprene na cor preta, com o brasão
c) uso: somente em treinamento e missões especiais rurais. da BM e camiseta em lycra, na cor bege BM com o brasão da
§ 3º - Uniforme dos REGIMENTOS DE POLÍCIA BM;
MONTADA - 8º: 2. capuz de neoprene na cor preta;
I - uniforme 4º RPMon (Regimento Bento Gonçalves) - 8º 3. bota perfil baixo em neoprene na cor preta;
BG: 4. cinto de serviço na cor preta;
a) composição:

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b) posse: para oficiais e praças em ações operacionais de policia 5. cinta vermelha com fivela dourada lisa;
ambiental embarcada. 6. cinto ginástico de nylon, vermelho e preto, para praças;
c) uso: exclusivamente para ações e operações de policia 7. cinto ginástico de nylon, vermelho e branco, para oficiais;
ambiental embarcada. 8. meias pretas;
9. borzeguim na cor preta;
SEÇÃO II b) posse: obrigatória aos componentes dos OPM de bombeiro.
ATIVIDADES ESPECIALIZADAS c) uso: serviço de prevenção de incêndio, atividades interna e
trânsito.
Art. 10 - A classificação, posse, composição e uso dos III - uniforme BOMBEIRO DE BUSCA, SALVAMENTO E
uniformes especiais destinados às atividades funcionais, são os RESGATE - 11º BS:
seguintes: a) composição:
§ 1º - Vestuário civil PARA ATIVIDADES DISCRETAS - 1. boné com pala na cor laranja;
AD: 2. camiseta gola olímpica na cor vermelha com o escudo da BM;
a) composição: 3. calça, na cor laranja com faixas refletivas;
1. calça, e para o efetivo feminino, calça ou saia; 4. camisa manga longa na cor laranja com tarjas refletivas;
2. camisa manga longa; 5. cinto na cor laranja com fivela dourada lisa;
3. camisa manga curta; 6. cinto ginástico de nylon, vermelho e branco, para oficiais;
4. casaco, se for social deverá ser acompanhado de gravata 7. cinto ginástico de nylon, vermelho e preto, para praças;
vertical. 8. borzeguim de couro na cor preta.
5. cinto de couro; b) posse: obrigatório aos componentes dos OPM de bombeiro,
6. sapatos; com missões de busca, salvamento e resgate.
7. meias. c) uso: exclusivamente em serviço.
b) posse: obrigatório para oficiais e praças lotados em OPM ou § 4º - Uniforme PARA A ATIVIDADE DE CICLISTA - 12º:
órgãos públicos, que exerçam atividades operacionais de I - uniforme - Ciclista:
inteligência, proteção a testemunhas, Corregedoria ou a) composição:
acompanhamento de autoridades. 1. capacete branco para ciclista;
c) uso: nas atividade operacionais de inteligência, proteção a 2. luvas para ciclismo na cor preta;
testemunhas, Corregedoria ou acompanhamento de autoridades. 3. camisa gola pólo cor amarela, com o escudo da BM e, com a
§ 2º - Uniforme para PILOTOS E TRIPULANTES DE inscrição BRIGADA MILITAR nas costas;
AERONAVES DO GPMA - 10º: 4. bermuda preta;
a) composição: 5. cinto preto de serviço;
1. boné com pala na cor cinza BM; 6. tênis cano médio na cor preta;
2. camiseta branca gola olímpica, com o escudo da BM; 7. meias soquete brancas.
3. macacão especial de vôo na cor bege BM; II - uniforme Ciclista Inverno - CI:
4. jaqueta de couro na cor marrom; a) composição:
5. luvas de vôo; 1. capacete na cor branca para ciclista;
6. meias pretas; 2. luvas para ciclismo na cor preta;
7. borzeguim ou botina especial em couro na cor preta, sem 3. camisa gola pólo na cor amarela com o escudo da BM, com
cadarço. inscrição BRIGADA MILITAR às costas;
b) posse: obrigatório para os oficiais e praças do GPMA que 4. calça tipo abrigo na cor preta, com uma listra vertical nas
operem aeronaves. laterais das pernas, na cor amarela, com inscrição refletiva
c) uso: somente em treinamento, atividades internas do OPM e BRIGADA MILITAR;
em operações com aeronaves. 5. cinto de serviço na cor preta;
§ 3º - Uniforme para os OPM DE BOMBEIRO POLICIAL 6. tênis cano médio na cor preta;
MILITAR - 11º: 7. meias soquete na cor branca;
I - uniforme BOMBEIRO MANGA LONGA - 11º: 8. jaqueta, em tecido sintético na cor amarela com o escudo da
a) composição: BM, com inscrição BRIGADA MILITAR às costas.
1. boné com pala na cor cinza BM; b) posse e uso: obrigatória para os ME em atividade de
2. camisa manga longa na cor cinza BM; policiamento de bicicleta.
3. colete na cor branca ou laranja com inscrição BRIGADA § 5º - Uniforme aos EFETIVOS MONTADOS DOS OPM E
MILITAR nas costas sobre o uniforme 11º ou 11º MC, para os REGIMENTOS DE POLÍCIA MONTADA - 13º:
ME em serviço no atendimento a pronto socorrismo. a) composição:
4. camiseta gola olímpica na cor vermelha com o escudo da BM; 1. capacete na cor branca, se montado, boné com pala na cor
5. jaqueta de couro; cinza BM, se a pé;
6. calça na cor cinza BM; 2. camiseta na cor branca gola olímpica com o escudo da BM;
7. cinta vermelha com fivela dourada lisa; 3. camisa mangas curta ou longa na cor cinza BM, conforme
8. cinto ginástico de nylon vermelho e preto, para praças; determinação;
9. cinto ginástico de nylon vermelho e branco, para oficiais; 4. jaqueta de couro;
10. meias pretas; 5. culote, na cor cinza BM;
11. borzeguim na cor preta; 6. cinto V.O. com fivela dourada lisa;
b) posse: obrigatória aos componentes dos OPM de bombeiro. 7. cinto de serviço na cor preta;
c) uso: serviço de prevenção de incêndio, atividades internas, 8. botas na cor preta.
combate ao fogo e trânsito. b) posse: Obrigatória para oficiais e praças.
II - uniforme BOMBEIRO MANGA CURTA - 11º MC: c) uso: nas atividades de policiamento montado e de guarda,
a) composição: executados pelos efetivos montados dos OPM e demais
1. boné com pala na cor cinza BM; Regimentos.
2. camisa manga curta na cor cinza BM; § 6º - Uniforme para ATIVIDADE DE MOTOCICLISTA
3. camiseta gola olímpica na cor vermelha com o escudo da BM; POLICIAL MILITAR - 14º:
4. calça na cor cinza BM; a) composição:

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1. capacete na cor branca de motociclista com viseira ou óculos 1. boné com pala na cor branca;
de proteção; 2. camiseta branca gola olímpica com o escudo da BM;
2. camiseta branca gola olímpica com escudo BM; 3. camisa branca manga longa ou manga curta;
3. macacão especial na cor cinza BM; 4. calça branca, ou saia curta, modelo envelope, na cor branca
4. cinto preto de serviço; para o efetivo feminino (opcional);
5. botas de couro na cor preta, para motociclista; 5. cinto branco com fivela dourada lisa;
6. jaquetas de couro na cor marrom, para motociclista; 6. meias brancas;
7. caneleira para motociclista; 7. suéter branco de lã gola V, para baixas temperaturas;
8. cotoveleira para motociclista; 8. sapatos brancos lisos;
9. luvas para motociclista; 9. jaqueta de tecido com sobregola na cor branca, para baixas
10. balaclava na cor preta; temperaturas;
11. roupas para tempo chuvoso: jaqueta e calça em tecido 10. jaqueta de couro na cor marrom, para baixas temperaturas.
sintético e impermeável na cor amarela, com listras refletivas, e b) posse: obrigatório para oficiais QOES e praças designados
inscrição BRIGADA MILITAR nas costas; para atividades na área de saúde.
12. bota de borracha na cor preta, modelo motociclista. c) uso: atividades internas, serviço e trânsito.
b) posse: Obrigatória para oficiais e praças empregados nessa § 11 - Uniforme para PRESOS MILITARES JUDICIAIS:
atividade. a) composição:
c) uso: em serviço de policiamento, operações especiais e 1. camiseta branca gola olímpica;
deslocamentos com motocicletas. 2. macacão, tipo sunga liso, na cor bordô;
Nota: para atividades especiais de Batedor Motociclista, 3. meias na cor preta;
jaquetas e luvas de couro brancas. 4. borzeguim preto sem cadarço;
§ 7º - Uniforme para as ATIVIDADES DE NATAÇÃO - 15º: 5. jaqueta de tecido na cor bordô com botões, para baixas
a) composição: temperaturas.
a.a) efetivo feminino: b) posse e uso: obrigatória para ME, aguardando decisão
1. maiô de natação feminino na cor preta; judicial ou cumprindo pena nos presídios militares ou OPM.
2. chinelo de dedo em borracha, na cor preta; Nota: quando nos deslocamentos para a realização de audiências
3. touca e óculos para natação, na cor preta (opcional); ou por outros motivos, os presos militares deverão utilizar trajes
a.b) efetivo masculino: civis, de sua propriedade.
1. calção, modelo sunga, na cor preta;
2. chinelo de dedo, em borracha, na cor preta; SEÇÃO III
3. touca e óculos para natação na cor preta (opcional). PRESCRIÇÕES COMPLEMENTARES
b) posse: oficiais e praças.
c) uso: nas atividades de natação em geral. Art. 11 - São prescrições complementares aos uniformes
§ 8º- Uniforme para o POLICIAMENTO EM especiais:
BALNEÁRIOS - 16º: I - os OPM terão no seu uniforme de desfile, solenidade ou
a) composição: guardas de honra, ressalvados as peculiaridades de cada, o
1. boné com pala na cor cinza BM; acréscimo de:
2. camisa pólo bege BM com o escudo BM no lado esquerdo do a) cachecol da cor característica do OPM;
peito e,com uma tarjeta na cor bege, fixada com velcro, b) cinto e talabarte branco ou preto;
colocada no lado direito do peito, contendo o posto ou c) luvas de couro ou tecido nas cores branca ou marrom;
graduação e nome de guerra do ME. d) boné com pala na cor cinza BM, ou capacete branco;
3. bermuda cinza BM; e) cadarços brancos, para o coturno;
4. cinto V.O. com fivela dourada lisa; f) polainas de tecido brancas (opcional).
5. cinto de serviço na cor preta; g) Anel elástico (borrachinha) na extremidade das pernas das
6. sandálias na cor preta (turnos 2º e 3º); calças, quando o calçado for o coturno.
b) posse: obrigatório para oficiais e praças alocados para essa II - os macacões azul escuro, usados em controle de distúrbios
atividade. civis e o preto, usado pelo GATE dos BOE, permanecerão em
c) uso: no policiamento ostensivo em balneários, e, quando uso até a substituição pelo novo uniforme de duas peças (camisa
determinado pelo comandante regional, em parques e praças. e calça).
§ 9º - Uniforme para ATIVIDADE DE SALVA-VIDAS
POLICIAL MILITAR - 17º: CAPÍTULO V
a) composição: PEÇAS COMPLEMENTARES DOS UNIFORMES
1. boné com pala na cor vermelha;
2. camiseta na cor amarela (predominante) e vermelha tipo Art. 12 - São peças complementares, aquelas que entram ou
regata; não, na composição dos uniformes previstos nos capítulos III e
3. calção preto de natação; IV deste Regulamento.
4. cinto de salvamento aquático em tecido sintético na cor azul; § 1º - Podem ser usadas sobrepostas, em ocasiões diversas,
5. chinelo com tiras de borracha, na cor preta; seguindo-se abaixo a descrição sumária das mesmas:
6. jaqueta em tecido sintético na cor laranja com o escudo BM I - ALAMARES:
na altura do peito lado esquerdo e, com o símbolo da Operação a) descrição:
Golfinho fixado na manga da jaqueta lado direito, e, com a 1. dourado: trançado com cordão de raiom, com as ponteiras em
inscrição BRIGADA MILITAR – SALVA-VIDAS nas costas e metal, dourado, tendo na parte superior uma placa do mesmo
calça no mesmo tecido e cor, com duas listras na cor preta no cordão provida de um colchete para fixação na manga, junto à
sentido vertical. costura do ombro, possuindo ainda, três cordões da mesma cor,
b) posse: Obrigatório para oficiais e praças incumbidos de tal simples, em forma de alça e duas alças curtas, nas extremidades
atividade especializada. das tranças para fixação ao primeiro botão do casaco do
c) uso: em serviço de salva-vidas, nos balneários. uniforme 1º e ao primeiro botão da túnica do uniforme 2º.
§ 10 - Uniforme para a ATIVIDADE DE SAÚDE - 18º: 2. azul:
a) composição:

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2.1. normal: trançado misto de raiano debruado azul, tendo as b) uso: nos deslocamentos com motocicleta, sobreposto ao
ponteiras em metal dourado, possuindo três alças curtas, sendo capacete particular de proteção, caso o mesmo não seja o padrão
uma na volta superior para adaptação na ombreira e duas outras BM.
nas extremidades das tranças, para fixação ao primeiro botão da VIII - CAPAS DE CHUVA:
túnica do uniforme 1º, 2º e 3º, a) para atividade de policiamento geral: confeccionada em
2.2. reduzido: constituído de cinco cordões simples na cor azul, tecido impermeável na cor amarela, com faixas refletivas, nas
fixado no ombro do uniforme 3º MC. costas e punhos, com a inscrição - BRIGADA MILITAR – nas
b) posse: obrigatória para Oficial, quando o desempenho da costas e, com o Brasão da BRIGADA MILITAR na altura do
função o exigir. peito lado esquerdo;
c) uso: b) para atividade de policiamento montado: confeccionada
c.a) no desempenho das seguintes funções: em tecido impermeável na cor amarela, de forma que abranja
1. oficiais servindo na Casa Militar; não só o ME, como a parte posterior do cavalo e, com o Brasão
2. oficiais do Gabinete do Governador; da BRIGADA MILITAR na altura do peito lado esquerdo,
3. assistentes militares; faixas refletivas nas costas e punhos e a inscrição - BRIGADA
4. oficiais do Gabinete do Vice-Governador; MILITAR - nas costas.
5. oficiais do Gabinete do Comandante-Geral. 1. uso: para a atividade de policiamento ostensivo geral com o
c.b) são colocados presos ao ombro esquerdo e por ambas as uniforme operacional.
extremidades, ao terceiro botão, contando de cima para baixo da c) para a atividade de policiamento rodoviário: composta de
túnica dos uniformes 1º,2º e 3º. duas peças, calça e blusão, confeccionada em tecido filme PVC
II - APITO: ou nylon com proteção UV na cor amarela e, com o Brasão da
a) posse: obrigatória para o militar estadual que atua no serviço BRIGADA MILITAR na altura do peito lado esquerdo, faixas
de policiamento. refletivas nas costas, antebraços e pernas e, nas costas a
b) uso: com o uniforme 4º. inscrição BRIGADA MILITAR - POLÍCIA RODOVIÁRIA
III - BANDEIRA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO ESTADUAL.
SUL: 1. posse: obrigatória para oficiais e praças, quando em serviço.
a) posse: obrigatório para oficiais e praças. 2. Uso:
b) uso: 2.1. para a atividade de policiamento ostensivo rodoviário, com
1. fixado nos uniformes, exceto nos 1º, 2º, 5º, 6º, 15º e 17º, na o uniforme operacional.
manga do braço direito, 10 mm abaixo do listel, também será 2.2. para o policiamento rodoviário em motocicletas, calça na
afixado nos abrigos: casaco sobretudo, jaqueta de couro e de cor preta.
tecido e no suéter; IX - CAPA PARA COLETE BALÍSTICO:
2. essa peça é composta de uma Bandeira do Estado medindo a) descrição: confeccionada em tecido na cor cinza BM liso,
70mm de comprimento por 50mm de largura; com velcro da mesma cor para fixação de tarjeta de identificação
3. o símbolo não pode sofrer alterações nas suas cores no lado direito do peito, contendo o posto ou graduação e nome
tradicionais, em especial nas suas bordas de fixação. de guerra do servidor, com a inscrição - BRIGADA MILITAR -
IV - BOINA: nas costas.
a) composição: b) posse: obrigatório para militares estaduais em serviço de
1. na cor preta, para os BOE e POE, e, na cor verde BM para os policiamento ostensivo.
demais OPM; c) uso: com o uniforme operacional, em serviço de
2. ambas confeccionadas no modelo francês. policiamento.
b) posse: oficiais e praças. X - CAPA DE COLETE PARA CDC:
c) uso: a) descrição: confeccionada em tecido na cor preta com porta
1. com os uniformes 3º; materiais, para CDC, com a inscrição BRIGADA MILITAR nas
2. para os BOE e POE, com os uniforme operacional do OPM, costas.
nas atividades internas do OPM, trânsito e serviço. b) posse: obrigatório para militares estaduais em atividades de
V - BRAÇAL: CDC.
a) posse: obrigatório para o efetivo do OPM com o distintivo c) uso: com o uniforme operacional do OPM, em atividades de
característico da Unidade. CDC.
b) uso: obrigatório em serviço e trânsito com o uniforme XI - CAPA RURAL DE LÃ:
operacional, no braço esquerdo. a) posse: para oficiais e praças dos regimentos e OPM com
VI - CACHECÓL DE LÃ: grupamentos montados.
a) bege BM: b) uso: como abrigo, quando em serviço de policiamento
a.a) posse: para oficiais e praças da Corporação. ostensivo montado em regiões de baixa temperatura com o
a.b) uso: com os uniformes operacionais, 3º com jaqueta de uniforme operacional do OPM.
couro, em dias de baixa temperatura, em trânsito, serviço ou XII - CAPACETES:
atividades internas do OPM; . a) de bombeiro para busca, salvamento e resgate:
b) branco: 1. descrição: confeccionado em fibra na cor laranja, com
b.a) posse: para oficial do QOES e praças em exercício nas jugular, próprio para atividades de bombeiro de busca,
atividades de saúde. salvamento e resgate.
b.b) uso: sob a jaqueta de couro em dias de baixa temperatura. 2. posse: obrigatória para oficiais e praças nas atividades de
VII - CEROULA busca, salvamento e resgate.
a) bege BM 3. uso: com o uniforme 11º BS
b) posse: para Oficiais e Praças da Corporação b) de bombeiro para combate a incêndio:
c) uso: Por baixo das calças dos uniformes, com baixas 1. descrição: confeccionado em fibra na cor branca, para
temperaturas. oficiais, e amarela, para praças com jugular e viseira de
VII - CAPAS PARA CAPACETE DE MOTOCICLISTA: proteção, próprio para atividade de bombeiro, como
a) posse: obrigatória, na cor cinza BM, a todo servidor militar equipamento de proteção individual.
possuidor de motocicleta, e que transite fardado com a mesma. 2. posse: obrigatório para oficiais e praças que participem de
atividades de combate a incêndio.

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3. uso: com o uniforme 11º em ações de combate a incêndio. XV - ESPADA DO COMANDANTE-GERAL:
c) de ciclista: a) descrição: criado mediante Decreto nº 40.683, de 16 de
1. descrição: confeccionado em fibra na cor branca e jugular março de 2001;
especial para ciclistas; b) posse: obrigatória para o Comandante-Geral da Brigada
2. posse: obrigatório para o servidor militar, empregado nas Militar;
atividades de policiamento ostensivo, com bicicleta; c) uso: exclusivo do Comandante-Geral da Brigada Militar para
3. uso: nas ações de policiamento ostensivo com bicicleta. uso nos uniformes 1º, 2º, 3º e 4º, em solenidades militares.
d) de equitação: XVI - ESPADIM TIRADENTES:
1. descrição: confeccionado em fibra na cor preta, com jugular, a) descrição: confeccionado em metal cromado, com detalhes
próprio para atividade de equitação. dourados e punho em acrílico branco;
2. posse: obrigatória para oficiais e praças que participem de b) posse: obrigatória e exclusivo de alunos oficiais;
atividades hípicas. c) uso: nos uniformes 1º, 2º, 3º e 6º, quando autorizados.
3. uso: com uniformes 2º, 3º nas atividades hípicas. XVII - ESPORAS DE METAL:
e) de montaria: a) descrição: confeccionadas em metal com tiras de couro para
1. descrição: confeccionado em fibra na cor branca, com fixação; b) posse: obrigatória para oficiais e praças de
jugular, próprio para as atividades de policiamento ostensivo regimentos.
montado; c) uso: com os uniformes 2º, 3º e 4º.
2. posse: obrigatório para oficiais e praças nas atividades de Nota - o uso das esporas deverá observar os seguintes requisitos:
policiamento ostensivo montado; 1. douradas para oficiais, com curso de Instrutor de Equitação e,
3. uso: com o uniforme 13º, nas atividades de policiamento sargentos, com Curso de Monitor de Equitação;
montado. 2. prata para oficiais e sargentos;
f) de motociclista: 3. bronze para cabos e soldados.
1. descrição: confeccionado em fibra na cor branca, com viseira XVIII - FIADOR:
ou óculos de proteção, próprio para motociclismo. a) descrição: confeccionado em couro na cor preta;
2. posse: obrigatória para o servidor militar que pilota b) posse: obrigatória para oficiais;
motocicleta da Corporação, em serviço, ou mesmo particular, c) uso: pelos oficiais, quando armados de espada.
em deslocamentos fardados. XIX - FORRAGÉRE:
3. uso: nos deslocamentos com motocicleta. a) posse: obrigatória para alunos oficiais;
g) padrão PM: b) uso: nos uniformes 3º e 6º, no lado esquerdo.
1. descrição: confeccionado em fibra na cor branca, com XX - GUARDA CHUVA E SOMBRINHA PRETAS:
jugular. a) posse: facultativa para oficiais e praças;
2. posse: obrigatória para a atividade de policiamento em que b) uso: para trânsito, em dias chuvosos.
haja riscos inerentes a uma concentração de público ou nas XXI - GUIA DE ESPADIM:
atuações características de choque. a) posse: obrigatória para alunos oficiais;
3. uso: com o uniforme operacional, quando determinado. b) uso: em atividades que exijam o uso do espadim.
XIII - CASACOS: XXII - GUIA PARA ESPADA
a) social sobretudo: a) descrição: confeccionado em couro na cor preta
1. descrição - efetivo masculino: confeccionada em gabardine b) posse: obrigatória para oficiais;
na cor verde BM, impermeável, com forro destacável, com c) uso: em atividades que exijam o uso da espada.
comprimento abaixo dos joelhos e, para Oficiais, com platinas e, XXIII - JAQUETAS:
insígnias metálicas, listel e Bandeira do RS. a) de tecido: confeccionada em tecido tipo microfibra, na cor
2. descrição - efetivo feminino: confeccionada em tecido verde escura, com platinas, e, insígnias bordadas, no modelo
gabardine na cor verde BM, impermeável, com forro destacável, BM e, para o quadro de saúde, a jaqueta de tecido será
com comprimento abaixo dos joelhos e, para Oficiais, com confeccionada na cor branca.
platinas, e, insígnias metálicas, listel e Bandeira do RS. a.a) uso: em trânsito e nas atividades internas do OPM.
a.a) posse: facultativa para oficiais e praças; b) de couro: confeccionada em couro nas cores marrom ou
a.b) uso: com o uniforme 3º sobre a túnica, como abrigo contra preta, com insígnias metálicas, para oficiais, e divisas bordadas,
a intempérie ou baixa temperatura. para os praças, no modelo padrão BM.
b) casaco esportivo modelo Parká: uso: em trânsito, atividades interna do OPM, policiamento
b.a) descrição: casaco tipo parká, com capuz embutido na gola, ostensivo.
em tecido sintético, no mesmo padrão do abrigo esportivo BM, 1. de ciclista: jaqueta em tecido sintético com o Escudo da BM
para uso em baixas temperaturas, em complemento ao uniforme sobre a inscrição BRIGADA MILITAR na altura do peito, na
5º (Educação Física), sendo os oficiais com duas listras brancas cor amarela com inscrição BRIGADA MILITAR nas costas;
laterais nas mangas, sargentos com uma listra lateral e demais 1.1. uso: em atividades de policiamento ostensivo com bicicleta.
praças sem listra. 2. de salva-vidas: jaqueta em tecido sintético na cor laranja com
1. posse: facultativa para oficiais e praças; inscrição BRIGADA MILITAR/SALVA-VIDAS nas costas,
2. uso: somente com o uniforme 5º, como agasalho contra a com o Escudo da BM sobre a inscrição BRIGADA MILITAR
intempérie e baixa temperatura. na altura do peito, no lado esquerdo, e com o símbolo da
XIV - ESPADA: Operação Golfinho na manga no lado direito;
a) descrição: confeccionada em metal cromado, no modelo 2.1 uso: em serviço nas atividades de salva-vidas nos balneários.
padrão da Corporação; XXIV - LISTEL - BRIGADA MILITAR:
b) posse: obrigatório para oficiais; a) descrição: confeccionado em napa ou material similar, com a
c) uso: inscrição BRIGADA MILITAR em letras brancas centralizada e
1. em formaturas, desfiles e solenidades, internas e externas, proporcionalmente disposta, inserida em fundo vermelho com
quando determinado; borda interna amarela e externa verde;
2. na apresentação do oficial, quando transferido, classificado ou b) posse: obrigatório para oficiais e praças;
nomeado, com o uniforme 3º , no OPM onde irá servir; c) uso: na manga direita, exceção feita aos 1º, 2º, 5º, 6º, 15º e
3. não é usada por tropas motorizadas, nem em banquetes e 17º uniformes, a 2 cm (dois) da costura ombro-manga dos
recepções de caráter social. uniformes e nos seguintes abrigos:

170
c.a) jaqueta de couro; 1. plaqueta: em acrílico bege com letras pretas, obrigatório sobre
c.b) jaqueta de tecido; a pestana do bolso direito da camisa uniforme 3º MC ou na
c.c) suéter; altura entre o primeiro e o segundo botão da camisa para o
c.d) casaco sobretudo efetivo feminino;
XXV - LUVAS: 2. tarjeta: obrigatório em tecido, na cor cinza BM, com letras
a) de couro (branca ou marrom): pretas, costurado acima da pestana do bolso esquerdo da camisa
1. descrição: confeccionado em couro na cor branca ou marrom; do uniforme operacional e capa do colete balístico e, nos
2. posse: uniformes para a atividade de saúde usar-se-á o tecido branco e
2.1. obrigatória para oficiais e alunos oficiais; no 11º BS o tecido na cor laranja.
2.2. facultativo para praças. 2.1. constituição: posto ou graduação e nome de guerra.
3. uso: XXIX - PRENDEDOR DE GRAVATA:
3.1. obrigatório para os oficiais sempre que armados de espada e a) descrição: prendedor de gravata confeccionado em metal
para os alunos oficiais, quando armados com o espadim; dourado em fundo preto, contendo o brasão de armas da
3.2. facultativa para oficiais e praças, com os uniformes 2º, 3º e BRIGADA MILITAR, conforme Decreto n° 32.675, de 4 de
operacionais em razão de baixas temperaturas. novembro de 1987;
b) de tecido (branca): b) posse: facultativo aos oficiais e praças;
1. descrição: confeccionado em tecido na cor branca; c) uso: sobre a gravata preta vertical do uniforme 3º, prendendo-
2. posse: o na altura correspondente a metade dos bolsos da camisa.
2.1. obrigatória para oficiais e alunos oficiais da APM; XXX - REDE PARA CABELO:
2.2. facultativo para os praças. a) descrição: rede confeccionada com cordões ou linha na cor
3. uso: preta para cabelos pretos, marrom para cabelos castanhos ou
3.1. com o uniforme 6º, desfiles ou solenidades, quando amarela para cabelos claros, para prender cabelos femininos;
previsto; b) posse: obrigatória para oficiais e praças;
3.2. em solenidades e desfiles com o uniforme de gala do OPM. c) uso: com os uniformes 2º, 3º, 6º e operacional.
XXVI - MACACÕES: XXXI - SUÉTER:
a) simples: a) descrição: suéter com gola V na cor verde escura;
1. descrição: macacão de terbrim na cor cinza BM com botões b) posse: oficiais e praças;
ocultos que permitam o seu fechamento; c) uso: com o uniforme 3º e operacional, sem túnica e com
2. posse: obrigatória para praças; boina, somente em trânsito e/ou atividades internas do OPM.
3. uso: Proibido o uso em solenidades.
3.1. em curso de formação PM, quando em exercícios de XXXII - VÉSTIA BRANCA:
campanha; a) descrição: casaco curto de tecido, folgado na cintura, na cor
3.2. em atividades de limpeza, incluindo alunos de cursos de branca;
formação e nas oficinas dos OPM. b) posse e uso: facultativa para oficiais QOES e praças em
b) especial: atividades internas nos HBM e consultórios de OPM (FSR ou
1. descrição: macacão de terbrim na cor cinza BM, com fechos FVR), com insígnias e divisas bordadas e tarjeta de
de forma a permitir o destaque das mangas; identificação.
2. posse: obrigatória para oficiais e praças nos OPM com
previsão deste uniforme; CAPITULO VI
3. uso: grupamento aéreo, motociclistas, cinófilos e em guardas DOS SÍMBOLOS E INSÍGNIAS
internas de estabelecimentos penais que constituam forças
tarefas. SEÇÃO I
c) presos: SÍMBOLO DE POLÍCIA MILITAR E DA BRIGADA
1. descrição: macacão de terbrim na cor bordô, com botões MILITAR
ocultos, que permitam seu fechamento, com a inscrição
PRESIDIO MILITAR, em tinta refletiva nas costas. Art. 13 - Composição e uso dos símbolos de Policia Militar e da
2. posse: obrigatória para ME, presos judiciais. Brigada Militar, são os apresentados nos parágrafos deste artigo.
3. uso: diário e interno do presídio militar, enquanto na condição § 1º - De forma elíptica em bordado azul carregada de vinte e
de preso judicial. sete estrelas de prata representando a União Federativa, no
XXVII - PLATINAS: interior da elipse, uma estrela dourada circunscrita por um aro
a) descrição: confeccionada no tecido e na cor da calça ou saia da mesma cor, em campo vermelho, sendo que a estrela
do uniforme, com as estrelas metálicas ou bordadas; simboliza o Estado e a cor, a Justiça, sendo circundado por
b) posse: obrigatória para oficiais; folhas de louro e frutos que se cruzam e arrematam na base do
c) uso: no fardamento 1º, 2º, 3º. distintivo, onde, um listel em azul, contém o nome do Estado em
XXVIII - PLAQUETA E TARJETA DE caracteres prateados:
IDENTIFICAÇÃO: I - uso obrigatório:
a) descrição: a) sobre folhas e frutos de louro nos quepes dos oficiais;
1. a tarjeta possui a forma retangular, sendo fixada em velcro b) sobre esplendor de metal amarelo e um espadim nos quepes
nos uniformes e é confeccionada em tecido, na cor cinza BM, dos alunos oficiais;
contendo o posto ou graduação e nome de guerra em letras c) sobre esplendor de metal amarelo nos quepes de sargentos;
pretas, dispostas centralizadas e proporcionais, no seu interior; d) só o símbolo sem folhas de louro e sem frutos nos quepes de
2. a plaqueta será confeccionada em acrílico endurecido na cor soldados.
bege BM, sendo fixada com grampo ou pinos de metal § 2º - Identificado como Pistolas de Clark, é constituído de duas
pontiagudo, contendo o posto ou graduação e nome de guerra garruchas de carregamento pela boca, com varetas cruzadas na
em letras pretas, dispostas centralizadas e proporcionais, no seu parte média dos canos, a da esquerda sobre a da direita,
interior; formando ângulo de cento e dezoito graus entre si:
b) posse: obrigatória para oficiais e praças; I - para oficiais, praças e alunos oficiais, as garruchas são
c) uso: confeccionadas em metal dourado;

171
II - medidas das garruchas da extremidade da coronha a ponta § 4º - As insígnias de que trata o parágrafo anterior serão
do cano: confeccionadas em sutache na cor amarelo ouro sobre fundo de
a) básica: 35 mm; um tecido preto, no uniforme 1º.
b) reduzida: 26 mm.
§ 3º - Escudo da Brigada Militar, conforme Decreto Estadual Art 15 - O ME hierarquiza-se em posto, para oficiais, e
nr 32.675 de 04 de novembro de 1987. graduação, para praças, assim distinguidos:
a) Uso – em todas as peças de uniformes previstas neste § 1º - Os postos são assinalados por insígnias colocadas sobre
Regulamento. platinas e ombreiras, de acordo com a discriminação seguinte:
I - oficiais superiores:
SEÇÃO II a) coronel: três estrelas compostas, colocadas no sentido
DA CONSTITUIÇÃO DAS INSÍGNIAS longitudinal das platinas e ombreiras;
b) tenente-coronel: duas estrelas compostas e uma simples
Art. 14 - Insígnia é a representação específica de determinado colocadas na disposição idêntica a da anterior;
posto ou graduação, sendo constituídas conforme estabelece os c) major: uma estrela composta e duas simples.
parágrafos deste artigo. II - oficiais intermediários:
§ 1º - As insígnias dos oficiais são constituídas de dois tipos de a) capitão: três estrelas simples;
estrelas metálicas, assim descritas: III - oficiais subalternos:
I - estrela simples: constituída por um escudo de duas a) 1º tenente: duas estrelas simples;
circunferências perfiladas em prata, sendo o circulo central b) 2º tenente: uma estrela simples.
vermelho-esmaltado e contendo, em relevo, uma estrela § 2º - As graduações dos praças são assinaladas de acordo com
cinzelada simples, em ouro, com o espaço entre as discriminação abaixo:
circunferências de cor azul-esmaltado, tangenciando com os I - subtenente: um triângulo equilátero formado por um friso de
vértices internos da figura-base, tendo uma bordadura de cinco metal dourado colocado nas platinas e ombreira;
estrelas pequenas, em prata e, um resplendor prateado de II - sargentos:
formato cruciforme, formado de trinta e seis lâminas convexas a) 1º sargento: cinco divisas, um conjunto de três divisas e outro
que envolve a figura central, ficando em plano inferior, que no de duas;
conjunto tem vinte e cinco milímetros no eixo maior; b) 2º sargento: quatro divisas, um conjunto de três e uma
II - estrela composta: constituída por um escudo de duas isolada;
circunferências perfiladas em ouro, sendo o círculo central c) 3º sargento: três divisas, formando um conjunto;
vermelho-esmaltado contendo, em relevo, uma estrela cinzelada, III - cabo: duas divisas;
simples, em ouro, com o espaço entre as circunferências de cor IV - soldado com estabilidade: uma divisa.
azul-esmaltado, tangenciando com os vértices internos da figura § 3º - As insígnias de que trata o § 1º deste artigo serão
base, tendo uma bordadura de cinco pequenas estrelas, em prata metálicas nas platinas dos uniformes 1º, 2º, 3º, sendo que no 3º
e, um resplendor dourado de formato cruciforme, formado de MC e na jaqueta de tecido serão bordadas, enquanto que na
trinta e seis lâminas convexas, que envolve a figura central jaqueta de couro serão metálicas.
ficando em plano inferior, e no segundo resplendor dourado, § 4º - As insígnias de que trata o § 2º deste artigo serão bordadas
também de formato cruciforme, sobressai nos vértices internos e usadas aplicadas no terço superior de ambas as mangas dos
do primeiro, apresentando vinte lâminas convexas, ficando em uniformes e abrigos.
plano inferior, que no conjunto tem vinte e cinco milímetros no § 5º - As insígnias que trata os parágrafos 1º e 2º, em miniatura,
eixo maior; serão colocadas no lado esquerdo da gola das camisas que
§ 2º - Especialmente para o oficial, no posto de Coronel do compõe o uniforme 3º, 3º MC e ainda, nas seguintes peças de
Quadro de Oficiais de Estado Maior (QOEM), nomeado para uniformes:
Comandante-Geral, terá sua platina constituída de três estrelas I - macacão especial;
compostas bordadas, distribuídas em triângulo, tendo acima de II - capa rural;
seu vértice o brasão da BRIGADA MILITAR, bordado, sendo III - camiseta gola pólo, bege BM.
esse conjunto circundado por ramos de louro, bordado, na cor § 6º - Em contraposição a insígnia, que trata o parágrafo
amarela. anterior, será usado no lado direito, a miniatura do distintivo
I - Para o oficial do último posto do QOEM, investido na função básico de oficiais e praças, Pistolas de Clark, previstas no
de Comandante Geral, em contraposição às pistolas de Clarck, parágrafo 2º do artigo 13, sendo que no uniforme 3º MC dos
será utilizado o Brasão da Brigada Militar em miniatura metálica oficiais tais pistolas serão colocadas, em tamanho reduzido, nos
tendo em sua base um triângulo formado por três estrelas dois lados da gola da camisa, e nas túnicas do 2º e 3º, serão em
compostas designativas do posto de Coronel. tamanho básico.
§ 3º - As insígnias dos praças, são assinaladas de acordo com a § 7º - Os praças especiais serão distinguidas pelo uso das
discriminação abaixo: insígnias adiante fixadas:
I - triângulo equilátero, formado por um friso de metal dourado I - aluno oficial: barreta(s) metálica(s) disposta(s)
de cinco milímetros de largura e vinte e quatro milímetros de horizontalmente de 25mmm x 3mm x 1mm, em metal dourado,
lado; separadas de 2mm, assim correspondendo a cada ano de curso:
II - as divisas são em ângulo reto, com vértice para cima, e a) uso: nos uniformes 3º, 6º e operacionais;
abertura com base de setenta milímetros, tendo cinqüenta II - aluno do CBAPM, aluno sargento CTSP e aluno soldado
milímetros de comprimento e seis milímetros de largura, CBFPM: em forma de escudo de tecido, na cor preta de fundo,
separadas uma das outras de dois milímetros; medindo 60 mm nos lados, orlado por um friso de tecido
III - são confeccionadas em sutache na cor laranja sobre o fundo amarelo, tendo ao centro, em letras amarelas, bordadas a
de um tecido azul e, na abertura do ângulo relativo a divisa mais designação abreviada do respectivo curso que freqüentam.
inferior e correspondente a linha imaginária traçada pela união a) uso: nos uniformes 3º e operacionais.
dos vértices das divisas, é colocado um distintivo básico Pistolas § 8º - Nas ombreiras dos uniformes operacionais e no suéter de
de Clark em dourado, no tamanho reduzido; lã, as insígnias dos oficiais serão bordadas.
IV - nas divisas de 1º e 2º sargentos, as que formam o conjunto
superior são separadas do conjunto inferior por uma distância de CAPÍTULO VII
seis milímetros. DOS DISTINTIVOS

172
SEÇÃO I c) o conjunto do emblema terá as seguintes medidas:
DA CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 1. conjunto geral: limitado pela folhagem de louro, com 100 mm
de largura e 70 mm de altura;
Art. 16 - Distintivo é a representação genérica capaz de 2. elipsóide: 53 mm de largura por 60 mm de altura;
identificar e distinguir a Corporação, seus postos, graduações, 3. listel: 75 mm de extremo a extremo;
funções, quadros, cursos ou especialidades. 4. campo vermelho com arco dourado: 38 mm de diâmetro;
5. estrela central: 15 mm de raio.
Art. 17 - Os distintivos da BRIGADA MILITAR classificam-se II - para boné: na parte dianteira, todos em bordado com fio
em: comum, os mesmos especificados nas letras a) e b) acima, com
I - distintivos básicos; suas dimensões de no máximo 42 mm de altura e 55 mm de
II - distintivos de coberturas; largura.
III - distintivos de cursos; III - para a boina: idêntico ao emblema do quepe, em metal,
IV - distintivos de especialidades. reduzidas proporcionalmente as suas dimensões de forma que o
Parágrafo Único - Os distintivos das especialidades, previstas conjunto completo possua no máximo a altura de 42 mm e a
no Dec. n° 43.370/2004 e outros de mesma natureza que largura de 55 mm.
venham a ser criados, serão autorizados em portaria do IV - para capacete:
Comandante Geral e especificados no caderno de encargos. a) de fibra – tipo BM e de motociclista: adesivado na parte
dianteira conforme especificado nas letras a) e b) do item I
Art. 18 - São distintivos básicos da BRIGADA MILITAR os acima, com suas dimensões de no máximo 42 mm de altura e 55
abaixo descritos, os quais associados às insígnias e aos genéricos mm de largura e, na parte traseira uma lista refletiva, de cor
de Polícia Militar comporão a identificação da Corporação: amarela, vertical, para oficiais, e horizontal, para praças. Para os
I - da Brigada Militar: constitui-se do Brasão de Armas e do BOE, a lista refletiva, na cor azul.
Estandarte, histórico da BRIGADA MILITAR, criado pelo b) de bombeiros: na parte dianteira adesivado conforme
Decreto nº 32.675, de 4 novembro de 1987, sendo que o Brasão especificado nas letras a) e b) do item I acima, com dimensões
de Armas, além das finalidades referidas naquele diploma legal, compatíveis com o capacete, distinguindo-se a condição de
destina-se a constar em outras peças e acessórios que visem oficial ou praça, pela cor do capacete, sendo respectivamente,
exaltar a Instituição perante o público em geral; branco ou amarelo.
II - do Comandante-Geral: distintivo de Comandante-Geral
será composto do símbolo das Armas do Estado previsto no Art. 20 - São reconhecidos como distintivos de curso (formação,
artigo 8º, da Lei nº 5.213, de 5 de janeiro de 1966, circunscrito habilitação, aperfeiçoamento ou especialização), os previstos e
por um aro elíptico de metal nobre oxidado de 1,5 mm, tendo a autorizados para os oficiais e praças, possuidores de cursos nas
ponta e empunhadura do sabre a tangenciarem-no, no sentido da Forças Armadas, instituições policiais civis ou militares, ou
diagonal maior, dando-lhe firmeza, sendo que a elipse é fixada Corpo de Bombeiros militares, todos do país ou exterior, bem
por um minúsculo aro circular a uma seta que aponta para o como, os seguintes, realizados pela Corporação:
símbolo das Armas, e usada na posição central do botão I - Curso de Especialização em Políticas e Gestão de
esquerdo (superior) fixada ao botão correspondente, nos Segurança Pública - CEPGSP:
uniformes 1º,2º e 3º. 1. Distintivo metálico
III - de Juiz Militar do Tribunal Militar do Estado: usado a) composição: o distintivo do Curso de Especialização em
nas duas mangas a 30 mm da borda superior do canhão, bordado Políticas e Gestão de Segurança Pública – CEPGSP –, é
em fio Myller, na cor ouro novo, nos uniformes 1º,2º e 3º, constituído de um resplendor elíptico dourado, tendo ao centro,
composto por um círculo de 45 mm de diâmetro em fundo preto, apontado para cima, um gládio nascendo da cruzeta, dois ramos
tendo ao seu centro uma balança sustentada por uma espada de de louro prateados, sobrepondo-se dois círculos concêntricos, o
37mm; maior, de cor azul, carregado de cinco estrelas e o menor, de cor
IV - de oficiais e praças: as Pistolas de Clark (Polícia Militar), vermelha, tendo ao centro uma estrela dourada. Suas dimensões
serão usadas nas golas das túnicas, em tamanho básico, e no são de 5 x 4 cm;
lado direito da gola nas camisas bege, em forma reduzida, com b) posse: para oficiais superiores que tenham concluído o curso;
exceção dos oficiais do QOES, que usarão o respectivo c) uso:
distintivo do quadro; 1. o distintivo será usado nos uniformes 2º e 3º fixado no botão
V - do Quadro dos Oficiais Especialistas em Saúde: do bolso direito da túnica ou camisa, manga curta, sobre uma
a) médicos: uma serpente enleando um sabre; base elíptica de couro preto, e no uniforme 6º será fixado
b) dentistas: uma haste enleada por duas serpentes; diretamente no tecido, na altura correspondente dos 2º e 3º;
c) farmacêuticos: uma ânfora com uma serpente enleada em V; 2. para o efetivo feminino será afixado diretamente no tecido na
d) veterinários - um facho com uma serpente enleada em V. altura correspondente ao primeiro e o segundo botão da camisa
VI - de Aluno-Oficial: formado pelo conjunto do símbolo de do uniforme 3º MC;
ensino Policial Militar encimado por uma estrela, tendo as cores 2. Distintivo de manga
dourada ou branca, respectivamente, se confeccionado em metal Usado na manga direita a 30 mm da borda superior do canhão,
ou bordado. todo bordado em fio Myller, na cor amarelo ouro, nos uniformes
1º, 2º e 3º, composto por uma estrela sobre as pistolas de Clarck
Art. 19 - Os distintivos de cobertura serão assim definidos: ladeada por ramos de louro com suas dimensões de 5,5 cm de
I - para quepe: altura e 6,5 cm de largura.
a) para oficiais: constitui-se do símbolo da Polícia Militar e II - Curso Avançado de Administração Policial Militar -
esplendor, bordados em fio dourado, sendo que a pala do quepe CAAPM:
de oficial superior, de feltro preto, terá bordado a fio de ouro 1- Distintivo metálico
dois ramos de louro de duas folhas e frutos; a) composição: o distintivo do Curso Avançado de
b) para praças: Administração Policial Militar – CAAPM –, é constituído de
1. subtenentes e sargentos: constitui-se do símbolo da Polícia duas espadas cruzadas, douradas, tendo sobrepostos dois
Militar, metálico, com esplendor dourado. círculos concêntricos, o maior de cor azul, carregado dos
2. cabos e soldados: constitui-se do símbolo da Polícia Militar, dizeres: BM – RS - Curso Avançado de Administração PM, e o
metálico, sem esplendor; menor de cor vermelha, tendo ao centro uma estrela dourada,

173
tudo envolvido por uma coroa de louro prateada, sendo suas a) composição: o distintivo do Curso de Administração de
dimensões são de 4,0 x 3,5 cm; Ensino – CAE, constitui-se de um losango dourado, medindo
b) posse: para os oficiais que tenham concluído curso; cada eixo o comprimento de 25 mm, e ao centro, uma esfera
c) uso: armilar de ouro em campo verde, com 12 mm de diâmetro,
1. o distintivo será usado nos uniformes 2º e 3º fixado no botão simbolizando o ensino, sendo circundada por uma engrenagem
do bolso direito da túnica ou camisa manga curta, sobre uma em aço representando a técnica, o referido conjunto encontra-se
base elíptica de couro preto, sendo que para o efetivo feminino orlado por um círculo concêntrico vermelho de 2 mm,
será afixado diretamente no tecido na altura correspondente ao localizando-se, logo acima, em prata, as letras CAE, iniciais do
primeiro e o segundo botão da camisa no uniforme 3º MC. curso, e na sua parte inferior, igualmente prateadas, três estrelas
2. o oficial que possuir mais de um curso de aperfeiçoamento, de cinco pontas, douradas, significando as três funções do
usará apenas um distintivo, sendo que o distintivo do CAAPM ensino: seleção, avaliação e acompanhamento, e no centro da
será substituído pelo do CEPGSP, quando o oficial concluir esse esfera armilar uma estrela de cinco pontas, dourada,
último curso. simbolizando a escola, fazendo sustentação do losango quatro
3. com o uniforme 6º, será aposto no lado direito, na altura barras paralelas douradas e decrescentes com 3 mm de largura e
correspondente a de uso dos uniformes 2º e 3º. 1 mm de intervalo entre as mesmas, medindo as barras,
2 - Distintivo de manga respectivamente, em sua parte superior e inferior os seguintes
Usado na manga direita a 30 mm da borda superior do canhão, comprimentos: a primeira 50 mm e 44 mm, a segunda 44 mm e
todo bordado em fio Myller, na cor azul, nos uniformes 1º, 2º e 38 mm, a terceira 38 mm e 32 mm e a quarta 32 mm e 26 mm;
3º, composto por uma estrela sobre as pistolas de Clarck ladeada b) posse: para oficiais que tenham concluído o curso;
por ramos de louro com suas dimensões de 5,5 cm de altura e c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central,
6,5 cm de largura. acima do bolso direito da túnica ou camisa, nos uniformes 2º, 3º
III - Curso Superior de Polícia Militar - CSPM: e operacionais.
a) composição: o distintivo do CSPM constitui-se de um escudo VI - Curso de Técnica de Ensino - BM - CTE:
em forma de pentágono, nas dimensões de 2,5 x 3,0 x 3,5 cm, a) composição: o distintivo constitui-se de uma engrenagem, em
tendo um de seus vértices voltados para baixo, considerando a metal dourado para oficiais e prateado para graduados,
posição central sobre a grega dos uniformes, onde ficará sobreposta a três barras paralelas decrescentes com 3 mm de
assentado, sendo o distintivo esmaltado em latão, tendo na largura, 1,5 mm de intervalo entre elas o comprimento da maior
bordadura superior três listras horizontais nas cores verde, 59 mm, média 51 mm, menor 43 mm, contornando as barras,
vermelha e amarela e a base consta de uma bordadura azul com uma margem de 1,5 mm, tendo no interior da engrenagem uma
as inscrições douradas: BM - CSPM – RS, tendo parte central esfera armilar com 17 mm de diâmetro, composta de dez
esmaltada em cor branca, encimada por um castelo azul, tendo círculos ou armilas com uma tarja de 2 mm, e sobre a esfera
acima uma estrela dourada de cinco pontas e aos lados palmas armilar, no centro, a letra I maiúscula com 4 x 6 mm, e na parte
vermelhas enlaçadas por uma fita estilizada; superior do distintivo, sobre a engrenagem, uma estrela de cinco
b) posse: para os oficiais que tenham concluído o curso; pontas com 7 mm de ponta-a-ponta;
c) uso: o distintivo será usado nos uniformes 2º e 3º fixado no b) posse: para oficiais e graduados que tenham concluído o
botão do bolso direito da túnica ou camisa sobre uma base curso;
elíptica de couro preto; c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central,
Nota: nos uniformes 6º A e 6º B, será aposto no lado direito, na acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos
altura correspondente aos dos uniformes 2º e 3º, fixado uniformes 2º, 3º e operacionais.
diretamente no tecido: VII - Curso Especial de Equitação - CEE:
I - para o efetivo feminino será afixado diretamente no tecido na a) composição: distintivo de metal dourado compreendendo
altura correspondente ao primeiro e o segundo botão da camisa dois cavalos empinados que se apoiam lateralmente numa
do uniforme 3º MC. miniatura de distintivo do boné dos oficiais;
II - o distintivo do CSPM será substituído pelo do CAAPM, b) posse: para oficiais e praças que tenham concluído o curso;
quando o oficial concluir esse último curso. c) uso: o distintivo será aposto, numa posição central, acima do
IV - Curso Básico de Administração Policial Militar - bolso direito da túnica ou camisa, nos uniformes 2º, 3º e
CBAPM: operacionais.
a) composição: distintivo é constituído de um escudo na forma Nota:
de um pentágono irregular com campo em branco e bordadura 1. os oficiais concludentes deste curso, poderão, nas atividades
dourada em alto-relevo, e o chefe, em pala, é barrado hípicas, usar esporas de metal dourado e pingalim de couro preto
horizontalmente nas cores representativas do Estado: verde, com anéis de metal dourado:
vermelha e amarela, tendo no centro do escudo um castelo 2. os praças que concluam curso equivalente usarão um
encimado por uma estrela, ambos em ouro e em alto-relevo, distintivo de metal prateado, com as mesmas características do
ladeados por ramos de louro, em verde, enlaçados por uma fita distintivo dos oficiais e nas mesmas condições.
dessa mesma cor, e abaixo desse conjunto central, sobre uma VIII - Curso de Especialização em Bombeiro para Oficiais -
faixa azul-celeste que cobre a parte inferior do distintivo, até o CEBO:
limite da bordadura do escudo, em caracteres maiúsculos de a) composição: o distintivo é composto por uma engrenagem
ouro terá os dizeres: CBAPM – APM – BM – RS. sobre dois ramos abertos de oliveira e, no centro da engrenagem,
b) posse: para o ME que tenham concluído com aprovação, o o distintivo característico de bombeiro, em metal dourado,
CBAPM, instituído pelo artigo 19 da Lei Complementar n° ambos assentados sobre um punho, no qual sobre sua cruzeta
10.992, de 18 de agosto de 1997. sobre fundo preto a inscrição RS, todo o conjunto emoldurado e
c) uso: o distintivo será usado nos uniformes 2º e 3º fixado no sobreposto a uma base de metal com fundo vermelho londrino
botão do bolso direito da túnica ou camisa, sobre uma base com as bordas douradas;
elíptica de couro preto. b) posse: para oficiais que tenham concluído o curso;
c.a) para o efetivo feminino será afixado diretamente no tecido c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central,
na altura correspondente ao primeiro e o segundo botão da acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos
camisa do uniforme 3º MC. uniformes 2, 3º e operacionais.
V - Curso de Administração de Ensino - CAE: IX - Curso de Instrutor de Salvamento no Mar - CISMAR:

174
a) composição: distintivo em metal dourado sobre a cunhagem Grande do Sul sobre o qual são representadas três coxilhas, em
básica, na forma de uma elipse azul anil, contendo no seu verde, encimadas por um sol em vermelho e uma nuvem branca,
interior, dois golfinhos de cor cinza um de frente para o outro, sobre um céu, de fundo, na cor amarela; sobre o escudo,
sendo que entre eles ficará uma bóia circular de cor laranja com formando uma paisagem, à direita, uma capivara na cor marrom
a abreviatura "BM e RS" , tendo ainda uma faixa azul celeste entre gramíneas cultivares em campo limpo, na cor verde; à
que circundará os golfinhos e a bóia possuindo na sua base os esquerda, a representação de uma mata de pinheiros em verde e
Dizeres "EsBo" na cor azul turquesa, terminando nas suas de uma fábrica em preto; cortando centralmente o escudo, a
extremidades em formato de onda, aonde ficará a abreviatura representação de um curso d‟água, em azul, do qual, em
"CISMAR"; sobrevôo, vê-se uma ave que traz, no bico, um peixe, ambos na
c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central, cor branca; ladeando o escudo central, em semicírculos, dois
acima do bolso superior direito da túnica nos uniformes 1º , 2º, ramos de louro, em verde, que se unem à base do escudo sob um
3º e Operacionais. besante de fundo vermelho carregado das Pistolas de Clarck, em
b) posse: para oficiais já possuidores do CEBO e que tenham amarelo; ornando lateralmente este conjunto central, à direita e à
concluído o curso CISMAR com aproveitamento; esquerda, um conjunto de cinco folhas verdes, dispostas de
X - Curso de Especialização em Policiamento Ostensivo - modo a formar, estilizadamente, duas asas. Metálico, com 80
CEPO: mm de largura e 35 mm de altura, em metal dourado para
a) composição: O distintivo é composto por uma engrenagem oficiais e prateado para praças;
afixada na fita indicativa do curso que estará sobreposta aos dois b) posse: para oficiais e praças, que tenham concluído o curso;
ramos abertos cruzados de louro. A engrenagem será encimada c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central,
por uma estrela de cinco pontas e terá em seu interior as pistolas acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos
de Clark, ficando os três dentes inferiores apoiados na faixa uniformes 2º, 3ºe operacionais.
indicativa do Curso. O Distintivo terá uma fita indicativa do XIV - Curso de Instrutor de Tiro - CIT:
Curso dividida em três dobras tendo, na dobra central, a a) composição:
inscrição “CEPO-BM/RS”. 1. oficiais: escudo português, em campo negro, com a
b) posse: para oficiais e graduados que tenham concluído o representação de um retículo de luneta, de ouro, por onde se vê a
respectivo curso; silhueta de uma cidade, também em negro, sobre o chefe, de
c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central, ouro, a inscrição INSTRUTOR, em negro, sob a ponta do escudo,
acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos um listel, de ouro, com as inscrições em negro: TIRO POLICIAL
uniformes 2°, 3º e operacionais. – BM/RS, e como suporte, três barras em negro, orladas de ouro,
XI - Curso de Gerenciamento de Situações de Alto Risco - sobrepostas por dois ramos de louro, um em cada flanco externo
CGSAR: do escudo, de ouro e sobre o conjunto, uma estrela de cinco
a) composição: o distintivo constitui-se de um elmo entre duas pontas, de ouro;
colunas de muralhas de castelo com ameias, sobrepostas a três 2. praças: escudo português, em campo negro, com a
barras paralelas decrescentes com largura de 3mm cada e representação de um retículo de luneta, de prata, por onde se vê
comprimentos de 58, 50 e 44mm, de pontas arredondadas, com a silhueta de uma cidade, também em negro, sobre o chefe, de
projeção maior na parte superior, formando duas aselhas que prata, a inscrição INSTRUTOR, em negro, sob a ponta do
ladeiam externamente as colunas; as colunas do castelo medem escudo, um listel, de prata, com as inscrições em negro: TIRO
10mm de altura, 13mm de largura na parte superior e 10mm de POLICIAL – BM/RS, e como suporte, três barras em negro,
largura na base, o elmo mede 10mm de altura, e abaixo do elmo orladas de prata, sobrepostas por dois ramos de louro, um em
e das duas colunas um retângulo, no mesmo comprimento cada flanco externo do escudo, de prata e sobre o conjunto, uma
daquele conjunto (32mm) e altura de 5mm, com as miniaturas estrela de cinco pontas, de prata;
das quatro bandeiras dos países que integram o MERCOSUL, b) posse: obrigatória, para oficiais e praças que concluírem o
todas com as respectivas cores e emblemas ladeados na seguinte curso, extensivo aos oficiais possuidores do CFIT, de 1988;
ordem: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Abaixo desse c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central,
retângulo constam os dizeres CGSAR - BRIGADA MILITAR - acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos
RS, em metal esmaltado, colorido; uniformes 2º, 3º e operacionais.
b) posse: para oficiais que tenham concluído o curso; XV - Curso de Especialização em Bombeiro para Sargentos -
c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central, CEBS:
acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos a) composição: o distintivo é composto por uma engrenagem
uniformes 2º, 3º e operacionais. sobre dois ramos abertos de oliveira e, no centro da engrenagem,
XII - Curso de Ações Táticas Especiais - BM/RS: o distintivo característico de bombeiro, em metal prateado,
a) composição: distintivo em metal composto por uma caveira ambos assentados sobre um punho, no qual sobre sua cruzeta
com sabre atravessada no sentido da cima para baixo, com as sobre fundo preto a inscrição RS, todo o conjunto emoldurado e
pistolas de Clark cruzadas atrás da caveira, dois louros sobreposto a uma base de metal com fundo vermelho londrino
circundando o conjunto caveira-sabre-pistolas partindo da com as bordas prateadas;
coronha das pistolas alcançando o alto do punho do sabre. b) posse: para sargentos que tenham concluído o curso;
Altura total 4,0 cm, Largura total 4,5 cm; Largura da caveira 1,5 c) uso: o distintivo será usado aposto numa posição central,
cm, Altura da caveira 2,0 cm; Comprimento da faca 3,5 cm. O acima do bolso superior direito da túnica ou camisa, nos
distintivo terá a cor amarela para os oficiais e para os praças a uniformes 2º, 3º e operacionais.
cor branca com fundo preto. XVI - Curso Técnico em Segurança Pública - CTSP:
b) posse: Para Oficiais e Praças que concluírem com a) composição: distintivo é constituído por um escudo medieval
aproveitamento o Curso de Ações Táticas Especiais- BM/RS. com campo vermelho e bordadura em amarelo, e centralmente
c) uso: O distintivo, em metal, será aposto numa posição central ao escudo é colocado um trevo na cor verde, orlado em branco,
acima do bolso direito da túnica dos uniformes 2º, 3º e tendo ao centro uma estrela também na cor branca, abaixo desse
operacionais. conjunto central, dois ramos estilizados na cor verde, enlaçados
XIII - Curso de Especialização em Policiamento Ambiental – por uma fita da mesma cor, e na parte inferior do escudo, sobre
CEPAM: o campo e ao longo da bordadura, em caracteres maiúsculos
a) composição: o distintivo é composto de um escudo central dourados, a inscrição: CTSP - BM - RS;
que apresenta, estilizadamente, o formato do mapa do Rio b) posse: para sargentos que tenham concluído o curso;

175
c) uso: VIII - os distintivos de curso que não estejam de acordo com o
1. o distintivo será usado nos uniformes 2º e 3º, fixado no botão especificado neste Regulamento, deverão ser regularizados,
do bolso superior direito da túnica ou camisa, sobre uma base mediante proposta escrita ao Comandante-Geral, no prazo de até
elíptica de couro preto; trinta dias, após a vigência dessa norma, findo os quais o seu uso
2. para o efetivo feminino será afixado diretamente no tecido na estará proibido;
altura correspondente ao primeiro e o segundo botão da camisa IX - nas jaquetas de couro e de tecido, não é permitido o uso de
do uniforme 3º MC; distintivos de cursos.
XVII - Curso Básico de Formação Policial Militar - CBFPM: X - os distintivos de manga não são cumulativos, um substituí o
a) composição: distintivo em forma circular, cuja superfície é outro quando da conclusão do respectivo curso.
colorida transversalmente, de fundo em verde, vermelho e
amarelo (cores do Estado) sobre o qual é sobreposta, CAPÍTULO VIII
centralmente, uma estrela de cinco pontas em cujo centro são DAS CONDECORAÇÕES
sobrepostas as Pistolas de Clark (símbolo das Polícias
Militares), conjunto este ladeado por dois ramos de louro, e SEÇÃO I
acima desse conjunto central a sigla BM-RS (designativa da DA CLASSIFICAÇÃO
Corporação e do Estado) e abaixo dele a abreviatura CBFPM
(designativa do Curso de Formação de Soldado) Art. 22 - As condecorações adotadas, ou de uso permitido, são
b) posse: para soldados que tenham concluído o curso; classificadas:
c) uso: I - quanto ao âmbito:
1. o distintivo será usado nos uniformes 2º e 3º fixado no botão a) nacionais;
do bolso superior direito da túnica ou camisa, sobre uma base b) estaduais;
elíptica de couro preto; c) municipais;
2. para o efetivo feminino será afixado diretamente no tecido na d) estrangeiras;
altura correspondente ao primeiro e o segundo botão da camisa II - quanto ao caráter:
do uniforme 3º MC. a) cívico militar;
Parágrafo único - Os distintivos de curso de especialização, no b) policial militar;
uniforme 3º MC, do efetivo feminino serão afixados c) civil;
diretamente no tecido na altura correspondente entre o primeiro III - quanto a forma:
e o segundo botão da camisa. a) medalhas;
b) comendas;
SEÇÃO II c) faixas;
PRESCRIÇÕES COMPLEMENTARES d) placas.

Art. 21 - São prescrições complementares aos distintivos: SEÇÃO II


I - os distintivos de curso não relacionados no artigo anterior, DO USO
mas regulamentados anteriormente, tem o seu uso autorizado
desde que atendam as normas do atual Regulamento; Art 23 - A permissão para uso das condecorações, classificadas
II – os cursos de interesse da Corporação, que possuírem uma no artigo anterior, obedecem às seguintes prescrições:
carga horária mínima de duzentas horas-aula, poderão ter os I - quando nacionais ou estaduais, militares ou policiais
seus distintivos criados e aprovados, por portaria do militares, concedidas pelo Governo Federal ou Estadual, desde
Comandante-Geral; que a concessão seja publicada em Boletim Geral;
III - o distintivo histórico, que representa o Brasão de Armas da II - quando nacionais ou estaduais civis, se concedidas por
OPM, criado por Decreto, será usado no braço esquerdo, na associação ou instituição reconhecida pelo Governo Federal ou
altura do ombro, colocado a 4 cm abaixo da costura da manga Estadual, com regulamento aprovado pelos mesmos;
das túnicas dos uniformes 2º e 3º, e conforme o que segue: III - quanto às estrangeiras, quando concedidas pelos governos,
a) os OPM que não possuírem Brasão de Armas, nas condições com os quais sejam mantidas relações diplomáticas, ou por estes
estabelecidas neste inciso, não deverão usar distintivo; reconhecidos, no caso de condecorações de associações ou
b) só terão o Brasão de Armas e distintivos, os OPM que tenham instituições civis;
tido batismo de sangue, por fatos devidamente comprovados, e IV - quando municipais, se concedidas por pessoa jurídica de
serão instituídos por decreto, onde será definida sua composição direito público e acolhidas pelo Comando-Geral da Corporação,
heráldica e dimensões. poderão serem usadas em solenidades oficiais, no âmbito do
IV - os distintivos dos cursos de carreira, nos uniformes 2º e 3º município concedente;
serão fixados no botão do bolso direito, sobre uma base elíptica § 1º - Os agraciados, cujas condecorações se referem os incisos
de couro preto liso, à exceção dos uniformes 6º, que serão II, III e IV, deste artigo, devem apresentar o respectivo diploma
presos diretamente no tecido; ou ato de concessão ao EMBM, para fins de aprovação e
V - ao ME que possui cursos de especialização ou similares publicação no Boletim Geral.
reconhecidos pela Corporação, será permitido o uso dos § 2º - As condecorações concedidas por órgãos ou associações
distintivos dos respectivos cursos, fixados acima do bolso civis, terão seu uso autorizado mediante autorização do Cmt
direito, nos uniformes 2º e 3º e, cujas dimensões não sejam Geral da Brigada Militar, publicada em Boletim Geral.
superiores a 80mm de base e 35mm de altura; No uniforme 3º
MC será permitido o uso de até dois distintivos de cursos de Art. 24 - Nos uniformes 2º e 3º serão usadas as passadeiras na
especialização. cor da fita da medalha, em substituição das mesmas, quando a
VI - nos uniformes operacionais será permitido até dois circunstância não exigir o uso de condecorações.
distintivos de curso de especialização, cujas dimensões não § 1º - No uniforme 2º e 3º será permitido usar no máximo nove
sejam superiores a 80 mm de base por 30 mm de altura, passadeiras .
confeccionado em tecido, e colocado acima do bolso superior § 2º - Nos uniformes operacionais será permitido o uso de até
direito do uniforme; seis medalhas ou, a mesma quantidade de passadeiras, colocadas
VII - o oficial e aluno oficial não poderá usar insígnia ou acima do bolso esquerdo da camisa manga curta ou comprida.
distintivo de cursos privativos de praças;

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§ 3º - As passadeiras devem ser afixadas acima do bolso b) não será permitido o uso de tinturas em cores extravagantes e
esquerdo dos uniformes 2º e 3º, sendo que para o uniforme 3º ainda, que alterem as características do ME constantes na
MC do efetivo feminino devem ser afixadas diretamente no Carteira de Identidade Funcional.
tecido na altura correspondente ao primeiro e o segundo botão II - quanto à maquiagem: terá seu uso permitido, observando-se
da camisa. a harmonia e estética, desde que aplicada de forma suave em
tons discretos e compatíveis com o tipo e coloração da pele;
Art. 25 - As comendas, faixas e placas são usadas: III - quanto aos brincos: será permitido, desde que observado a
I - as comendas: no pescoço, pendente de uma fita; harmonia e estética, com uso de peças discretas, delicadas, cores
II - as faixas: a tiracolo, da direita para a esquerda e passando suaves ou neutras, em tamanho reduzido, que não ultrapassem o
sob a ombreira e o cinto; somente pode ser usada uma fixa de lóbulo da orelha;
cada vez, devendo-se dar preferência às nacionais, nos atos IV - quanto as unhas: deverão ser mantidas permanentemente
oficiais, e às de outras nações, quando se tratar de reuniões em aparadas e asseadas, de comprimento reduzido, admitindo-se o
suas embaixadas, com suas delegações ou festas, em uso de esmaltes e bases de coloração suave ou neutra,
homenagem ao país estrangeiro. preservando a estética e harmonia;
V - quanto as pernas: deverão, quando expostas, serem mantidas
Art. 26 - As medalhas são usadas no peito e colocadas em uma devidamente depiladas, assegurando-se a harmonia e estética,
fileira horizontal de três no máximo, no lado esquerdo, na admitindo-se o uso de meias de nylon na cor natural, estando
seguinte ordem, a partir da linha dos botões: estas em bom estado de uso e conservação,
I - Medalhas nacionais por ato de guerra; § 2º - Efetivo masculino:
II - Medalhas de Mérito Militar; I - quanto ao cabelo:
III - Medalhas de Reconhecimento Policial Militar a) deverá ser mantido com um corte baixo, no máximo meia
(Estadual/BM); cabeleira curta, em boas condições de higiene e asseio, com
IV - Medalhas de Serviços Relevantes à Ordem Pública seus contornos devidamente aparados e raspados, de forma a
(Estadual/BM); garantir a harmonia e estética, as costeletas terão seu
V - Medalhas de Serviço Policial Militar; comprimento limitado a cartilagem média das orelhas,
VI - Medalhas de Serviços Distintos (Estaduais); denominada trago.
VII - Medalhas de Mérito Intelectual (CEPGSP); b) não será permitido o uso de tinturas em cores extravagantes e
VIII - Medalhas de Mérito Intelectual (CAAPM); ainda, que alterem as características do ME constantes na sua
IX - Medalhas de Mérito Intelectual (CSPM); Carteira de Identidade Funcional.
X - Medalhas de Mérito Intelectual (CBAPM); II - quanto à barba: deverá manter-se permanentemente raspada
XI - Medalhas de Mérito Intelectual (CTSP); em toda sua extensão;
XII - Medalhas de Guerra (Nacionais); III - quanto ao bigode: será admitido somente ao ME que não
XIII - Medalhas comemorativas (Militares ou Policiais estejam em curso de formação, e desde que usados aparados e
Militares); asseados, com suas dimensões não excedentes a extensão do
XIV - Medalhas civis (Nacionais); lábio superior, nem ultrapassando a linha inferior do mesmo,
XV - Medalhas militares (Estrangeiras); cortados de forma reta, não volumosos, preservando-se a
XVI - Medalhas Civis (Estrangeiras); harmonia e estética facial;
XVII - Medalhas de Defesa Civil. IV - quanto as unhas: deverão ser mantidas permanentemente
§ 1º - As medalhas militares estrangeiras, quando concedidas curtas, aparadas e asseadas, não admitindo-se o uso de esmaltes
por ato de bravura em ação de campanha, serão colocadas logo e bases.
após a Medalha do Serviço Policial Militar.
§ 2º - As condecorações e respectivas passadeiras de que trata o Art. 29 - É dever de todo ME manter-se permanentemente em
inciso IX deste artigo, são privativas dos oficiais QOEM. condições de asseio e higiene corporal, evitando a emanação de
§ 3º - As condecorações e respectivas passadeiras de que trata o odores desagradáveis ou má impressão visual.
inciso XI deste artigo, são privativas da graduação de sargento.
§ 4º - As condecorações que possuam mais de uma categoria, Art. 30 - É vedado ao ME:
quando concedidas, a de mais alto grau não excluí o uso da I - o uso, com traje civil, de peças do uniforme da Corporação;
anterior. II - o emprego, de forma visível nos uniformes, de qualquer
§ 5º - As condecorações previstas nesta seção, não poderão ser objeto do tipo adorno, tais como correntes, chaveiros, lenços,
usadas nas jaquetas de couro e tecido. cordel para óculos, etc;
III - o uso de roupas de baixo com estamparia ou cores que
Art. 27 - Não podem ser usadas ao mesmo tempo as passadeiras transpareçam em contraste com o uniforme;
ou barretes com as condecorações, salvo quando os passadores IV - o uso de peça do uniforme, completa ou parcialmente
metálicos delas façam parte integrante. desabotoada;
V - o transporte de bolsa, valise, pasta, mochila modelo civil ou
CAPÍTULO IX militar, etc., pendurada ao ombro, sobre os ombros, peito ou
DA APRESENTAÇÃO PESSOAL outra parte do corpo, quando fardado com qualquer uniforme;
VI - o uso de uniforme, estando com a barba crescida, cabelo
Art. 28 - Os integrantes da BRIGADA MILITAR, quanto a sua comprido, etc, que prejudiquem sua boa apresentação pessoal;
apresentação pessoal, deverão observar o seguinte: VII - o uso de adorno de orelha (brincos), pelo efetivo
§ 1º - Efetivo feminino: masculino;
I - quanto ao cabelo: VIII o uso de uniforme muito justo ou apertado (manequim
a) deverá ser mantido limpo e asseado, e quando em serviço, número menor), que evidencie as formas do corpo de modo
trânsito, passeio ou solenidades, devidamente preso, com sua provocativo ou indecente, ou ainda, muito grande (manequim
parte posterior segura por rede para cabelos fixada por grampos, número maior), que proporcione uma má apresentação pessoal;
e na prática de Educação Física ou defesa pessoal, ou atividades IX - o uso de tatuagens e percings (adereços metálicos presos ao
internas do OPM, poderá ser usado com penteado tipo rabo de corpo), em locais visíveis do corpo;
cavalo, exceção feita para os cabelos curtos cujas pontas não
ultrapassem a gola da camisa;

177
X - o uso de bótons ou pins, sobrepostos a qualquer peça de Art. 43 - O servidor militar em tratamento de sua saúde
uniforme, exceção feita ao brasão da BM no vestuário AD (doença, cirurgia, fratura, etc), que esteja impossibilitado de
quando for o caso. exercer suas atividades, poderá ser dispensado do uso do
uniforme, desde que autorizado pelo Diretor, Comandante ou
Art. 31 - O uso de jóias e adereços por ME fardado, tais como Chefe do OPM.
óculos de sombra, anéis, correntes, pulseiras, gargantilhas,
pingentes, relógios, etc., será permitido desde que caracterizado Art. 44 - O uso dos uniformes no estrangeiro só é permitido
pela necessária discrição e sobriedade, harmonia e estética, quando no exercício das funções policiais militares, oficialmente
somente os confeccionados em metal dourado, prateado ou autorizadas.
preto.
Art. 45 - O ME não poderá estar uniformizado em
Art. 32 - É considerado transgressão disciplinar o manifestações de caráter reivindicatório ou assembléia político-
descumprimento das normas relativas a apresentação pessoal, partidárias.
previstas neste Regulamento.
Art. 46 - É dever de todo ME primar pela plena aplicabilidade
CAPÍTULO X do presente Regulamento, bem como, tomar às providências
DISPOSIÇÕES GERAIS legais, a fim de buscar a responsabilização dos que o
infringirem.
Art. 33 - Os uniformes previstos neste Regulamento, são os
únicos de uso na Corporação, respeitados rigorosamente a sua Art. 47 - Por ocasião de solenidades onde oficiais e praças,
modelagem, a cor, tecidos, composições e uso. devam comparecer em conjunto ou em comissão, será
determinado o uso do uniforme pela sua denominação
Art. 34 - Os uniformes ou peças complementares que não regulamentar.
sofreram alterações terão o seu uso obrigatório a partir da
publicação deste Regulamento. Art. 48 - O sinal de luto será usado 140 mm abaixo da costura
Parágrafo único - Os uniformes ou peças complementares que do ombro da manga direita e será constituído de uma faixa preta
foram criadas ou alteradas por este Regulamento terão o seu uso de 40 mm de largura, com um comprimento que circunde o
obrigatório autorizados mediante ordem do Comandante-Geral braço, sendo fixado abaixo da Bandeira do Estado.
da BRIGADA MILITAR.
Art. 49- Todo ME chamado a comparecer na JME, na condição
Art. 35 - É considerada transgressão disciplinar o ato de usar os de testemunha ou réu em liberdade deverá estar uniformizado,
uniformes descritos neste Regulamento, em contrariedade às sendo que os oficiais e sargentos com o 3º, e os soldados com 4º,
normatizações por ele prevista. exceto quando algum problema de saúde o impedir de utilizar o
uniforme previsto.
Art. 36 - No prazo de noventa dias, a partir da publicação deste
Regulamento, o Centro de Intendência, apresentará ao comando Art. 50 - Aos oficiais e praças é vedado permanecer em trajes
da Corporação, o Caderno de Encargos, contendo as civis no interior dos OPM, exceto fora do horário do expediente
especificações técnicas dos uniformes, peças complementares e ou em casos especiais, quando devidamente autorizados.
acessórios previstos.
Art. 51 – Os militares estaduais receberão orçamentariamente os
Art. 37 - Os uniformes dos oficiais e praças, mesmo que sejam uniformes e peças complementares conforme discriminação do
confeccionados em alfaiatarias particulares, não poderão fugir Anexo 10 e 11.
aos padrões de modelagem, cores, tecidos e aviamentos
previstos neste Regulamento e no competente Caderno de Art. 52 - As coberturas (quepe, boné com pala, chapéus, etc.)
Encargos, existentes no Centro de Intendência. devem ser usadas de forma a ficarem horizontalmente
posicionadas.
Art. 38 - O Centro de Intendência organizará e manterá um § 1º - O ME, quando retirar a cobertura, deverá conduzi-la entre
mostruário, contendo as amostras dos tecidos e os modelos dos o braço esquerdo e o corpo, com a copa para fora e a pala para
uniformes, peças complementares e acessórios. frente.
§ 2º - O ME deverá retirar a cobertura nas cerimônias fúnebres e
Art. 39 - Ao Sub Comandante-Geral, Ch EMBM, Diretores de religiosas, ou no interior das igrejas ou templos e em locais
Departamentos, Comandantes Regionais e de OPM, e outras cobertos, ressalvando-se os casos da Guarda de Honra ou em
autoridades equivalentes, incumbe fiscalizar e responsabilizar o formatura militar.
não cumprimento do previsto neste regulamento.
Art. 53 - A fixação de peças complementares ao uniforme
Art. 40 - Independente das prescrições do artigo anterior, é atenderá as seguintes prescrições:
dever de todos os oficiais e praças, primarem pela fiscalização e I - se peças de metal: serão fixadas ao uniforme por meio de um
correção no uso dos uniformes. ou dois pinos, tipo parafuso, ajustados por meio de porca;
II - se peças de tecido: poderão ser costuradas diretamente sobre
Art. 41 - Dentro do território do Estado, o uso dos uniformes, é o uniforme, ou fixadas por meio de contra peças auto aderentes,
privativo dos oficiais e praças da Corporação, da ativa, da em qualquer caso, a peça deverá estar fixada ao longo de toda
reserva ou reformados, conforme as normas regulamentares. extensão de seus bordos;
Art. 42 - O uso de peças complementares nos uniformes III - a peça deverá ficar unida ao uniforme, evitando-se que
operacionais e especiais não previstos neste Regulamento, será fique caída, ou que forme ângulo com a superfície do tecido.
regulado pelo Comandante-Geral, mediante proposta do
Comandante do OPM, objetivando uniformizar a apresentação Art. 54 - É vedado o uso incompleto de qualquer uniforme,
de seus subordinados, desde que não contrarie o presente salvo o de educação física e defesa pessoal, com autorização e
regulamento. durante a prática do exercício físico.

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Art. 55 - Quando o ME for transferido para a reserva, licenciado O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
por qualquer motivo ou falecer, terá o seu uniforme e peças GRANDE DO SUL, usando da competência privativa que lhe
complementares recolhidas pelo seu Comandante, Chefe ou confere o art. 82, inciso V, da Constituição Estadual, e de acordo
Diretor, imediato e entregue no Centro de Intendência, que o com o disposto no art. 9º da LEI Nº 12.170, de 09 de novembro
incinerará, se for o caso. de 2004.

Art. 56 - O uso dos uniformes pelos ME da reserva, não DECRETA:


designados para o serviço ativo, e pelos reformados, será
permitido por ocasião de cerimônias militares ou atos solenes da Art. 1º - Fica regulamentada a LEI Nº 12.170, de 09 de
vida social, desde que autorizados pelo Comandante-Geral. novembro de 2004, que dispõe sobre a contratação de salva-
Parágrafo único - Não será permitido o uso de uniformes por vidas civis, em caráter temporário, para prestação de serviços de
militares da reserva, não designados para o serviço ativo, ou atividades de salvamento aquático no Estado.
reformados, quando esta participação em cerimônias oficiais ou
atos solenes da vida social, infringir preceitos regulamentares. Art. 2º - Os salva-vidas civis, contratados temporariamente,
serão subordinados administrativa e operacionalmente aos
Art. 57 - Os uniformes para o ME da reserva ou reformado, são militares estaduais.
os mesmos previstos neste Regulamento. § 1º - Os salva-vidas de que trata o caput do artigo, para a
execução de suas funções contarão sempre com a presença de,
Art. 58 - O uso de uniformes por crianças, em sinal de apreço e pelo menos, um militar estadual que os supervisionará e
respeito a Pátria e a BRIGADA MILITAR, será permitido por coordenará as respectivas funções.
ocasião das datas comemorativas de 7 de setembro, 20 de § 2º - A Brigada Militar estabelecerá normas complementares à
setembro e 18 de novembro, respectivamente, quando em execução das funções inerentes aos salva-vidas civis
desfiles militares, e desde que enquadradas em grupos temporários.
devidamente organizado e assistidas por responsável autorizado.
Art. 3º - A Brigada Militar definirá a quantidade, observando-se
Art. 59 - A descarga de uniformes e peças complementares, o limite legal, de até seiscentos contratados para cada período de
ocasionadas por danos, extravio, roubo ou furto, e sua reposição, atividades, e/ou 50% do efetivo previsto de salva-vidas militar, e
deverá ser procedida por meio de Sindicância Sumária, cuja os locais de atuação dos salva-vidas civis temporários destinados
solução terá publicação em Boletim Interno, encaminhando-se para o serviço de salvamento aquático, de acordo com avaliação
posteriormente, cópia e o pedido correspondente, ao Centro de técnica.
Intendência.
Art. 4º - O processo seletivo, condição para a contratação
Art. 60 - Considera-se uniforme de serviço todo aquele temporária de salva-vidas civis, aproveitará o resultado dos
necessário e previsto para o desempenho das atividades da exames aplicados pela Brigada Militar, como segue:
BRIGADA MILITAR, abrangendo os de uso em atividades I - habilidades específicas, de caráter eliminatório;
operacionais, administrativas e de representação. II - treinamento, de caráter eliminatório e classificatório.
Parágrafo único - As admissões dos contratados
Art. 61 - Anexo ao presente Regulamento acompanham o temporariamente respeitarão a classificação pelo melhor índice
Quadro Resumo dos Uniformes da BM (Anexo 1), Resumo da técnico.
Nomenclatura dos Uniformes da BM,(Anexo 2), Quadro
Sinóptico dos Uniformes Básicos (Anexo 3), Quadro Sinóptico Art. 5º - A remuneração referente ao exercício das funções de
de Correspondência das Peças Complementares aos Uniformes salva-vidas civis temporariamente, será correspondente à
Básicos (Anexo 4), Quadro Sinóptico dos Uniformes Especiais jornada de trabalho estabelecida pela Brigada Militar.
(Anexo 5), Quadro Sinóptico de Correspondência das Peças
Complementares aos Uniformes Básicos (Anexo 6), Quadro Art. 6º - Os salva-vidas civis, de que trata deste Decreto,
Sinóptico dos Uniformes das Atividades Especiais (Anexo 7), exercerão suas funções com estrita observação à escala de
Quadro Sinóptico de Correspondência das Peças serviço definida pela Brigada Militar.
Complementares aos Uniformes das Atividades Especiais
(Anexo 8), Quadro de Correspondência dos Uniformes Militares Art. 7º - O treinamento dos civis envolvidos em serviços de
e Trajes Civis (Anexo 9), Quadro de Distribuição dos Uniformes salvamento aquático no Estado, será realizado pela Brigada
da Brigada Militar (Anexos 10 e 11). Militar, conforme programa de cursos desenvolvidos pela
Instituição, por intermédio do Corpo de Bombeiros.
Art. 62 - Os casos omissos, novos uniformes ou peças § 1º - O treinamento de salva-vidas civis conferirá aos mesmos a
complementares que necessitem ser criadas ou alteradas serão habilitação para o exercício de atividades de salvamento
definidos e autorizados, mediante portaria do Comandante- aquático durante o período do respectivo contrato,
Geral. exclusivamente na Brigada Militar, e abrangerá o ensino de
técnicas de salvamento com a utilização de equipamentos
básicos e técnicas de primeiro socorros.
40. DECRETO Nº. 43.436, DE 09 DE NOVEMBRO DE § 2º - Aos salva-vidas civis temporários não será permitido
2004. exercer qualquer outra função no âmbito da Brigada Militar,
salvo aquelas para as que estejam habilitados, conforme o
Regulamenta a LEI Nº 12.170, de 09 de previsto na LEI Nº 12.170, de 09 de novembro de 2004.
novembro de 2004, que dispõe sobre a
contratação temporária de pessoal civil Art. 8º - Consideram-se legalmente habilitados para o exercício
para prestação de serviço na atividade de da função de salva-vidas civis temporários, os candidatos que
salvamento aquático e estabelece outras forem aprovados no processo seletivo realizado pela Brigada
providências. Militar.

179
Art. 9º - As condições para a prestação de atividades de VI - controlar o fluxo dos expedientes, no âmbito de autuação da
salvamento, previstas no artigo 5º da LEI Nº 12.170, de 09 de respectiva unidade administrativa de protocolo;
novembro de 2004, deverão ser comprovadas documentalmente. VII - fornecer informações referentes a situação e a localização
de expedientes administrativos;
Art. 10 - Entende-se por treinamento dos candidatos a salva- VIII - emitir relatórios sobre a movimentação dos expedientes
vidas civis temporários, o programa de condicionamento físico e administrativos;
técnico, realizado durante o processo seletivo, que possibilite a IX - efetuar, quando necessário, alterações nos registros dos
execução das atividades de salvamento aquático com qualidade. expedientes administrativos, incluindo as respectivas
movimentações.
Art. 11 - A regulamentação específica, que regerá a conduta e o Parágrafo único - A protocolização prevista no inciso I do
emprego dos salva-vidas civis, será definida por meio de regras artigo somente será efetuada, desde que assinada pela parte
estabelecidas pelo Comandante-Geral da Brigada Militar. interessada.

Art. 12 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, CAPÍTULO II


revogando-se as disposições em contrário. DA AUTUAÇÃO DE DOCUMENTOS

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 09 de novembro de Art. 3º - A autuação de documentos será centralizada na
2004. unidade administrativa de protocolo pertencente aos Órgãos da
Administração Direta e Indireta, incluindo autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
41. DECRETO Nº. 43.803, DE 20 DE MAIO DE 2005.
Art. 4º - Considera-se autuação, para fins deste Decreto, o ato
Regulamenta as atividades de protocolo de de reunir documentos em expediente administrativo.
expedientes administrativos na Parágrafo único - Para que seja efetuada a autuação, os
Administração Estadual. documentos deverão ser originais, ou se cópias, devem fazer-se
acompanhar de requerimento ou despacho de autoridade
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO competente no âmbito do órgão, bem como relacionar-se,
GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe confere o exclusivamente, com o assunto tratado no respectivo expediente
artigo 82, incisos V e VII, da Constituição do Estado, administrativo e conter assinatura com identificação do
interessado.
DECRETA:
Art. 5º - A autuação consiste em:
Art. 1º - Ficam regulamentadas as atividades de protocolo I - receber e analisar a documentação;
relativas aos expedientes administrativos protocolizados nos II - encadernar com capa branca ou em papel não clorado, em
órgãos e nas entidades integrantes da Administração Estadual, formato padrão do Estado;
conforme o disposto no Anexo Único do presente Decreto. III - identificar a solicitação, por meio de numeração em
etiqueta gomada;
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, IV - datar o recebimento na capa e no verso da capa do
revogando-se as disposições em contrário, especialmente a expediente administrativo;
Instrução Normativa SARH nº 02/97. V - numerar as folhas do expediente no canto superior direito, a
tinta, considerando-se a capa como folha um, a qual não deverá
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 20 de maio de 2005. ser numerada.
VI - entregar o comprovante de autuação ao requerente.
ANEXO ÚNICO
Art. 6º - Deverão ser desconsiderados os seguintes
REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DE PROTOCOLO procedimentos:
I - reautuação de expedientes administrativos;
CAPÍTULO I II - autuação provisória de expedientes administrativos;
DAS FINALIDADES E ATRIBUIÇÕES III - autuação de mais de um expediente versando sobre o
mesmo assunto e interessado;
Art. 1º - As unidades administrativas de protocolo da IV - autuação de cópias de documentos, sem o devido
Administração Estadual, componentes do Sistema de Protocolo requerimento original ou despacho de autoridade competente no
Integrado (SPI), têm como finalidade o desenvolvimento de âmbito do órgão.
atividades de protocolização de expedientes administrativos, o
fornecimento de informações referentes à tramitação e Art. 7º - A abertura de expediente administrativo será necessária
localização dos mesmos e, ainda, o exercício da função de sempre o expediente tiver de tramitar por mais de duas unidades
coordenação dentro do respectivo campo de atuação. internas do órgão ou em órgão externo e o assunto estiver sujeito
a manifestação ou decisão administrativa.
Art. 2º - São atribuições das unidades administrativas de
protocolo: Art. 8º - Os documentos recebidos por titulares de qualquer
I - constituir os expedientes administrativos por meio de unidade organizacional do respectivo órgão ou entidade, que
protocolização de pleitos, pedidos, solicitações, requerimentos e estiverem enquadrados nos critérios definidos no artigo anterior,
outros similares; deverão ser encaminhados com despacho ao protocolo para fins
II - receber documentos para autuação em expediente, mediante de autuação e distribuição, devendo constar o seu destinatário.
formulação escrita;
III - receber e expedir expedientes administrativos; Art. 9º - São autoridades competentes para determinar a
IV - anexar e desanexar expedientes administrativos; autuação de expedientes os titulares de órgãos ou de entidades
V - promover o arquivamento e desarquivamento de expedientes da Administração Direta e Indireta, bem como outras
administrativos; autoridades, revestidas desse poder.

180
Art. 10 - As solicitações referentes a vida funcional de servidor lavrado o Termo de Retirada de Documentos (Anexo I) ao final
público, bem como as de interesse de órgão público, deverão ser do expediente, contendo o número e a natureza dos documentos
protocolizadas no órgão de origem dos mesmos. retirados, a rubrica do servidor que praticar este ato, sobreposta
ao nome, cargo ou função e respectiva matrícula legíveis.
Art. 11 - Os documentos encaminhados à unidade § 1º - A retirada de documentos, a pedido do interessado ou de
administrativa de protocolo deverão ser imediatamente seu representante legal, deverá ser feita pessoalmente, por meio
protocolados, quando do recebimento dos mesmos, salvo os de requerimento, autorizado por autoridade competente,
numerosos, por excesso de demanda ou em outros casos devendo ser incluído ao final do expediente o Termo de Retirada
excepcionais. de Documentos (Anexo I), onde constará o nome e a assinatura
§ 1º - O documento motivo de protocolo deverá ser formalizado, do requerente, bem como a data da entrega dos mesmos.
preferencialmente, por requerimento, ou estar acompanhado § 2º - Na retirada de documentos de um expediente para a
deste, devidamente endereçado à autoridade competente. formação de outro, o número deste novo expediente deverá
§ 2º - Para efeito de recebimento, serão considerados como constar no Termo de Retirada de Documento, (Anexo I).
requerimento os ofícios, comunicados, memorandos, cartas e § 3º - Quando ocorrer a retirada de toda a documentação e restar
outros da mesma natureza, desde que originais e assinados pela somente a capa do expediente, este deve ser arquivado contendo
parte ou partes interessadas. o Termo de Retirada de Documentos (Anexo I) e despacho de
§ 3º - Serão desconsiderados como documentos para autuação os arquivamento, exarado por autoridade competente.
emitidos por meio de fac-símile ou cópias reprográficas, exceto
por solicitação de unidade organizacional, a qual deverá incluir CAPÍTULO IV
despacho no documento, solicitando a autuação. DA ANEXAÇÃO E DA DESANEXAÇÃO DE
§ 4º - Somente poderão deixar de serem recebidos os EXPEDIENTES
requerimentos que não estiverem de acordo com os critérios
estabelecidos nos artigos 7º a 10 e parágrafos 1º e 2º do artigo Art. 15 - Para efeitos deste Decreto, considera-se anexação o ato
11 deste Decreto. de juntar um expediente a outro, continuando ambos com
§ 5º - Documentos contendo o mesmo interessado e assunto de existência própria e numeração independente, mas com a
mesma natureza de expedientes já autuados, bem como os de tramitação do anexo vinculada ao principal; e desanexação, o ato
solicitação de estudo e agilização de assunto já constante em de separar o expediente anexado, que passa a tramitar de forma
outro expediente, deverão ser juntados aos expedientes em independente.
tramitação ou arquivados. Parágrafo único - Fica vedada a prática de anexação ou de
desanexação de expedientes administrativos sem o devido
Art. 12 - O cadastramento dos processos administrativos será registro no Sistema de Protocolo Integrado (SPI), realizado pelo
feito mediante registro de dados no Sistema de Protocolo respectivo protocolo do órgão ou da entidade.
Integrado (SPI), onde deverão constar:
I - número do expediente (número, código local, ano e dígito de Art. 16 - A anexação consiste em integrar outro expediente
controle); como anexo ao principal, por meio da fixação de dois colchetes
II - data do cadastramento; na margem esquerda dos mesmos, mantendo-se a numeração
III - origem; independente e na seguinte ordem:
IV - matrícula do requerente (se houver); I - capa do expediente principal;
V - nome do requerente; II - expedientes a serem anexados;
VI - assunto; III - folhas do expediente principal;
VII - palavras-chave (opcional). IV - contracapa do expediente principal.
§ 1º - Será considerado como requerente o signatário do § 1º - O expediente a ser solucionado deverá, preferencialmente,
documento, quando pessoa física, ou aquele cujo assunto lhe ser considerado o principal e o(s) expediente(s) contendo os
interessa diretamente, ou quando o signatário representar pessoa subsídios para a instrução, o(s) anexo(s).
jurídica, devendo ser considerado, neste caso, como requerente o § 2º - Quando tramitarem dois ou mais expedientes, a serem
órgão ou entidade a que o signatário pertencer. solucionados conjuntamente, será considerado principal o mais
§ 2º - Quando houver mais de um requerente, o expediente recente, na ordem de autuação.
deverá ser coletivo, constando, em relação à parte, o nome de § 3º - Fica vedada a prática de prender expedientes autuados ou
todos os interessados diretos, e, se necessário, também o do anexados com grampos, clips ou outros instrumentos que não
órgão ou entidade a que pertencerem os requerentes. sejam os colchetes, bem como autuar ou anexar expedientes com
apenas um colchete.
CAPÍTULO III § 4º - Nos casos em que os expedientes tenham necessidade de
DA JUNTADA E DA RETIRADA DA DOCUMENTAÇÃO tramitar juntos, não sendo possível a anexação, estes deverão
tramitar amarrados com cordão, observando-se a inclusão de
Art. 13 - A juntada de documentos consiste na inclusão de uma ambos na mesma guia de andamento.
ou mais folhas no expediente já existente, obedecendo à ordem § 5º - Para a anexação de expedientes que se encontrem em
cronológica de sua apresentação, sendo as mesmas numeradas locais diversos, o principal deve ser encaminhado ao protocolo
pelo servidor que as inserir. correspondente, com despacho contendo o motivo do
Parágrafo único - Na juntada de documentos ao expediente encaminhamento e informando o número e a localização daquele
administrativo, retirados de outro expediente anteriormente a ser anexado, a fim de que o protocolo providencie no devido
constituído, deverá ser lavrado o Termo de Juntada de trâmite do expediente.
Documentos (Anexo I), constando o número do expediente
anterior, rubrica, nome e cargo do servidor que executou a Art. 17 - A anexação de expedientes deverá atender, no mínimo,
juntada, bem como será procedida a renumeração das folhas um dos seguintes requisitos:
inseridas. I - o requerente ser o mesmo em ambos os expedientes, porém
quando tratar-se de expediente coletivo, deverá seu nome
Art. 14 - A retirada de documentação consiste na retirada de constar na nominata ou no assunto de que trata o mesmo;
uma ou mais folhas de um expediente administrativo, devendo II - os expedientes tratarem do mesmo assunto ou um servir de
estas serem substituídas por cópias, que deverão ser numeradas e subsídio para instrução do outro.

181
Art. 18 - O ato de anexar e desanexar expedientes V - registrar, no campo observação de cada andamento no SPI,
administrativos é atribuição exclusiva das unidades quantos volumes estão acompanhando o expediente.
administrativas de protocolo do respectivo órgão ou da entidade.
Art. 28 - Os documentos entregues aos protocolos deverão ser
Art. 19 - São autoridades competentes para determinar a autuados, cadastrados e encaminhados à unidade competente no
anexação e a desanexação de expedientes, os responsáveis pelos prazo máximo de vinte e quatro horas, ressalvados os casos
órgãos, entidades e unidades organizacionais da Administração especiais.
Direta e Indireta ou outra autoridade, revestida desse poder.
Art. 29 - Será dada prioridade aos expedientes considerados
CAPÍTULO V urgentes e aqueles em que figure como parte, ou interveniente,
DA TRAMITAÇÃO DE EXPEDIENTES pessoa com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.
Parágrafo único - São autoridades competentes para determinar
Art. 20 - O ingresso de expedientes nos órgãos ou entidades a urgência de um expediente, os responsáveis pelos órgãos,
públicas deverá ser centralizada no protocolo e a tramitação dos entidades e unidades organizacionais como Assessorias,
mesmos, entre as unidades do órgão ou entidade, deverá ser Direções, Departamentos e outras de mesmo nível hierárquico,
descentralizada. mediante despacho, devendo constar a nota URGENTE na capa
do Expediente, por meio de etiqueta gomada ou de carimbo com
Art. 21 - A descentralização destina-se às seguintes operações: tinta vermelha.
I - receber e expedir expedientes;
II - informar sobre a situação de expedientes; CAPÍTULO VI
III - inserir informações, despachos e documentos em DOS EXPEDIENTES: ANOTAÇÕES, AUTUAÇÕES E
expedientes; RESTAURAÇÃO
IV - retirar documentos mediante autorização, lavrando o
respectivo Termo de Retirada de Documentos (Anexo I); Art. 30 - Fica vedada qualquer anotação a caneta na capa dos
V - fornecer cópias de documentos autuados nos expedientes, expedientes, assim como despachos e informações lançados na
mediante requerimento do interessado, pessoalmente, ou de seu contracapa dos mesmos.
representante legal, com autorização da chefia imediata.
Art. 31 - A inutilização dos espaços em branco das folhas de um
Art. 22 - O encaminhamento de expedientes deve ser feito por expediente deverá ser feita por uma linha horizontal, à tinta,
meio de despacho, indicando o destino e as providências a serem onde começa o espaço em branco, e, sob esta, uma
observadas. perpendicular até o fim da folha, onde deverá ser lançada a
rubrica do funcionário que as inutilizou.
Art. 23 - Fica vedada a tramitação de expediente em mãos sem a
devida atualização de andamento no Sistema de Protocolo Art. 32 - Os expedientes com indício de adulteração não
Integrado (SPI). deverão tramitar pelas unidades administrativas, devendo ser
remetidos imediatamente aos responsáveis pelo seu último
Art. 24 - Os expedientes devem tramitar com guia de andamento para apuração de responsabilidade.
andamento, que deverá ser conferida e devolvida à unidade
administrativa emitente com a data, rubrica e nome legível do Art. 33 - Fica vedada a tramitação de expediente com a capa
responsável pelo recebimento, juntamente com a identificação dilacerada, cabendo ao protocolo substituí-la por outra capa,
do respectivo setor. onde constará nos campos adequados todos os dados constantes
na capa original.
Art. 25 - No recebimento do expediente, deve ser preenchido o
verso da capa com a origem, a data da entrada, e, quando do Art. 34 - Existindo documentos ou objetos a serem inclusos
envio, a data de saída e o destino do mesmo. provisoriamente em expediente, esses deverão ser afixados na
contracapa do mesmo.
Art. 26 - Para o encaminhamento de um expediente, todas as Parágrafo único - Os documentos ou objetos afixados na
folhas, exceto o verso das mesmas, inclusive de seu(s) anexo(s), contracapa do expediente deverão ser retirados antes do
se houver, deverão ser numeradas em ordem seqüencial pelo encaminhamento do mesmo para arquivamento.
servidor que as inserir, ficando vedada a aposição de letras à
numeração, com vista a identificar ou regularizar a numeração Art. 35 - Todo expediente extraviado, ou mesmo destruído, e do
equivocada feita nas folhas. qual dependa a concessão de algum direito ou vantagem, ou que
venha em defesa ao requerente ou à Administração Pública,
Art. 27 - Os expedientes volumosos deverão ser desdobrados inclusive os de apuração de responsabilidade, se possível, será
em volume(s), quando alcançarem em torno de trezentas folhas, restaurado.
na seguinte forma: § 1º - A restauração far-se-á por meio da juntada de cópias da
I - inserir na última folha de cada volume encerrado o Termo de documentação existentes nos arquivos dos locais em que o
Encerramento de Volume (Anexo I), cuja folha deverá ser expediente tramitou.
numerada; § 2º - A recuperação da documentação será de responsabilidade
II - inserir na primeira folha do novo volume o Termo de da unidade onde o expediente foi extraviado ou destruído.
Abertura de Volume (Anexo I), mantendo a seqüência da § 3º - A restauração do expediente administrativo será efetuada
numeração do volume anterior, devendo ser considerada a sua pela unidade administrativa de protocolo, conforme os registros
capa como uma folha para fins de numeração; constantes no Sistema de Protocolo Integrado (SPI), a pedido da
III - numerar os volumes, usando números romanos em suas unidade responsável pela recuperação dos documentos, por
capas, sendo, o expediente inicial considerado o primeiro escrito, ao Diretor do Departamento Administrativo ou ao
volume; dirigente de órgão similar.
IV - registrar, no campo detalhamento do expediente, no § 4º - Existindo cópia integral do expediente extraviado ou
Sistema de Protocolo Integrado (SPI), o número do novo volume destruído, esta deverá ser utilizada para restauração do mesmo.
e a data da respectiva abertura;

182
§ 5º - Localizado o expediente administrativo original, proceder- MODELOS DE TERMOS DE OCORRÊNCIA
se-á na juntada do mesmo ao expediente restaurado, lavrando-se
termo de juntada do expediente ou de seus documentos. 1. Termo de Juntada de Documentos:
Juntamos a este expediente o(s) documento(s) de fls._____ a
CAPÍTULO VII _____, retirados do Expediente n.º__________, os quais foram
DO ARQUIVAMENTO E DO DESARQUIVAMENTO DE renumerados como de fls._____ a _____.
EXPEDIENTES Local e data:
Assinatura:
Art. 36 - Os expedientes deverão ser arquivados no órgão ou Nome, matrícula ou carimbo identificador:
entidade de origem, salvo quando o requerente pertencer a outro
órgão, ou quando o requerimento originar-se em um órgão e a 2. Termo de Retirada de Documentos:
solução for de interesse de outro. Retiramos o(s) documento(s) de fls._____ a _____,conforme
Art. 37 - Os expedientes destinados ao arquivo deverão conter autorização, os quais foram substituídos por cópias
despacho determinando o seu arquivamento exarado pelo reprográficas, cujos originais foram:
responsável por unidade organizacional, desde que não se trate ( ) juntados ao Expediente nº __________;
de expedientes administrativos-disciplinares, de sindicância ou ( ) entregues ao requerente, conforme recibo.
que contenham matéria reservada, os quais só poderão ser Local e data:
arquivados com autorização dos responsáveis pelos órgãos, Assinatura:
entidades ou unidades organizacionais como Assessorias, Nome, matrícula ou carimbo identificador:
Direções, Departamentos e outras de mesmo nível hierárquico,
conforme legislação específica dos mesmos. 3. Recibo:
Parágrafo único - Serão responsáveis pelos danos causados à Recebi o(s) documento(s) de fls._____ a _____,referentes a
Administração Estadual aqueles que determinarem o _________(natureza do documento).
arquivamento de expediente ainda pendente de solução. Local e data:
Nome Legível:
Art. 38 - Caberá às unidades administrativas de protocolo a Assinatura:
verificação da regularidade dos expedientes antes de proceder o
seu arquivamento, observando: 4. Termo de Abertura de Volume:
I - a existência de despacho final de arquivamento; Nesta fl._____abre-se o volume_____, pertencente ao
II - a numeração seqüencial de todas as folhas do expediente; Expediente nº_________, em continuidade ao volume_____.
III - possíveis divergências nos autos com as normas Este Expediente possui_____ volumes.
estabelecidas neste Decreto. Local e data:
Assinatura:
Art. 39 - Cabe ao órgão de apoio à execução das atividades Nome, matrícula ou carimbo identificador:
administrativas a responsabilidade pelo encaminhamento da
solução das irregularidades encontradas nos expedientes 5. Termo de Encerramento de Volume:
destinados ao arquivamento. Nesta fl._____ encerra-se o volume_____, pertencente ao
Expediente nº______, tendo continuidade no volume_____.
Art. 40 - Os expedientes administrativos serão desarquivados Este Expediente possui_____ volumes.
nos seguintes casos: Local e data:
I - para consultas mediante solicitação; Assinatura:
II - para anexação a outro expediente em tramitação; Nome, matrícula ou carimbo identificador:
III - para possíveis retificações e atualizações.
Parágrafo único - Os expedientes administrativos ANEXO II
desarquivados deverão tramitar com suas folhas devidamente CODIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS INTEGRANTES DO
numeradas, inclusive os seus anexos. SISTEMA DE PROTOCOLO
INTEGRADO – SPI
Art. 41 - O desarquivamento de expedientes administrativos
somente poderá ser efetuado mediante requisição do responsável 01.00 - Assembléia Legislativa
por unidade organizacional, desde que não se trate de processos 02.00 - Tribunal de Contas
administrativos-disciplinares, de sindicância ou que contenham 03.00 - Tribunal da Justiça
matéria reservada, os quais só poderão ser desarquivados com 05.00 - Secretaria do Meio Ambiente - SEMA
autorização dos responsáveis pelos órgãos, entidades e unidades 05.61 - Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - FZB
organizacionais, como Assessorias, Direções, Departamentos e 05.67 - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique
outras de mesmo nível hierárquico. Luis Röessler - FEPAM
07.00 - Tribunal de Justiça Militar
CAPÍTULO VIII 08.01 - Casa Civil
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 08.02 - Gabinete do Vice-Governador
08.05 - Gabinete da Reforma Agrária e Cooperativismo - GRAC
Art. 42 - Cada servidor deverá observar as determinações 09.00 - Procuradoria-Geral de Justiça - PGJ
contidas neste Decreto, quanto aos expedientes sob sua 10.00 - Procuradoria-Geral do Estado - PGE
responsabilidade ou de sua unidade de trabalho. 11.00 - Secretaria da Cultura - SEDAC
11.57 - Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - FOSPA
Art. 43 - Caberá à Comissão Central de Protocolos, criada pelo 11.62 - Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore -
Decreto nº 32.494, de 6 de fevereiro de 1987, disciplinar o FIGTF
disposto neste Decreto, visando ao fiel cumprimento do mesmo, 11.65 - Fundação Cultural Piratini - Rádio e Televisão - FRTVE
e, ainda, resolver os casos omissos. 12.00 - Secretaria da Justiça e da Segurança - SJS
12.02 - Superintendência dos Serviços Penitenciários - SUSEPE
ANEXO I 12.03 - Brigada Militar - BM

183
12.04 - Polícia Civil - PC 25.68 - Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária -
12.05 - Instituto-Geral de Perícias- IGP FEPAGRO
12.06 - Programa Estadual de Proteção, Auxílio e Assistência a 27.00 - Conselho Estadual de Educação
Testemunhas Ameaçadas - PROTEGE 30.00 - Defensoria Pública do Estado
12.44 - Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/RS 32.00 - Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano -
13.00 - Secretaria da Coordenação e Planejamento - SCP SEHADUR
13.53 - Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel 39.00 - Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos
Heuser - FEE Delegados do Rio Grande do Sul - AGERGS
13.64 - Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e 40.00 - Caixa Estadual S.A - Agência de Fomento/RS
Regional - METROPLAN
14.00 - Secretaria da Fazenda - SEFAZ
14.71 - Banco do Estado do Rio Grande do Sul - BANRISUL 42. DECRETO Nº. 44.376, DE 30 DE MARÇO DE 2006.
15.00 - Secretaria da Agricultura e Abastecimento - SAA
15.11 - Associação Rio-Grandense de Empreendimento e Aprova o Regulamento do Estágio
Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER Probatório previsto nos artigos 28 e 29 da
15.38 - Instituto Rio-Grandense do Arroz - IRGA LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098, de 3 de
16.00 - Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos fevereiro de 1994.
Internacionais - SEDAI
16.02 - Junta Comercial do Rio Grande do Sul - JUCERGS O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
17.00 - Secretaria de Energia, Minas e Comunicação - SEMC GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
17.80 - Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado, e com base nos
17.82 - Companhia Rio-Grandense de Mineração - CRM artigos 28 e 29 da LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098, de 3 de
17.91 - Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - fevereiro de 1994, e artigo 41 da Constituição Federal, com a
SULGÁS redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho
18.00 - Secretaria dos Transportes - ST de 1998,
18.35 - Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem -
DAER DECRETA:
18.36 - Superintendência de Portos e Hidrovias - SPH
18.43 - Superintendência do Porto de Rio Grande - SUPRG Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento do Estágio Probatório,
19.00 - Secretaria da Educação - SE para ser aplicado aos servidores públicos, da Administração
19.50 - Fundação Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Estadual, nomeados com base no artigo 16, inciso I, da LEI
UERGS COMPLEMENTAR Nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, que é
19.55 - Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas publicado em ANEXO ao presente Decreto.
Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas
Habilidades no Rio Grande do Sul - FADERS Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,
19.56 - Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da revogando-se as disposições em contrário, especialmente a
Cunha - FETLSVC PORTARIA Nº 95/2000, da Secretaria da Administração e dos
20.00 - Secretaria da Saúde - SES Recursos Humanos.
20.69 - Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde -
FEPPS PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 3 de março de 2006.
21.00 - Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social -
STCAS ANEXO
21.48 - Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul - REGULAMENTO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
FUNDAÇÃO PROTEÇÃO
21.58 - Fundação de Atendimento Sócio-Educativo - FASE CAPÍTULO I
21.59 - Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social - FGTAS ESTÁGIO PROBATÓRIO
21.77 - Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do
Consumidor - PROCON Art. 1º - Estágio Probatório é o período de três anos de exercício
22.00 - Secretaria de Obras Públicas e Saneamento - SOPS do servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo,
22.87 - Companhia Rio-Grandense de Saneamento - CORSAN durante o qual será verificada a conveniência ou não da sua
23.00 - Secretaria do Turismo, Esporte e Lazer - SETUR confirmação no cargo, mediante a apuração dos seguintes
23.47 - Fundação do Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul - Fatores:
FUNDERGS I - Disciplina: verifica a integração às regras, normas e
24.00 - Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos - procedimentos estabelecidos para o bom andamento do serviço,
SARH bem como a forma com que se relaciona no ambiente de
24.06 - Central de Licitações - CELIC trabalho.
24.42 - Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul II - Eficiência: avalia o grau de conhecimento, o modo como
- IPERGS utiliza e mantém o material e equipamentos, o modo como
24.54 - Fundação para o Desenvolvimento de Recursos executa suas atividades e o grau de iniciativa para solucionar
Humanos - FDRH problemas.
24.88 - Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas - CORAG III - Responsabilidade: analisa como cumpre suas obrigações, o
24.89 - Companhia Estadual de Processamento de Dados do Rio interesse e a disposição na execução de suas atividades.
Grande do Sul IV - Produtividade: avalia a qualidade na apresentação do
24.99 - Departamento de Perícia Médica e Saúde do Trabalhador trabalho, a capacidade em assimilar e aplicar os ensinamentos na
25.00 - Secretaria da Ciência e Tecnologia - SCT execução de suas atividades.
25.51 - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio V - Assiduidade: avalia a freqüência e o cumprimento do horário
Grande do Sul - FAPERGS de trabalho.
25.52 - Fundação de Ciência e Tecnologia - CIENTEC

184
CAPÍTULO II Parágrafo único - No que se refere ao inciso I deste artigo,
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO caberá à Comissão Setorial de Estágio Probatório verificar a
correlação entre as atividades a serem executadas quando da
Art. 2º - O Sistema de Avaliação do Estágio Probatório dos designação para o exercício da função gratificada e as
servidores públicos é um processo contínuo, tendo por atribuições do cargo do avaliado.
finalidade:
I - verificar, durante o período de três anos, a conveniência ou Art. 8º - A avaliação do estágio probatório será realizada
não da permanência do servidor em estágio probatório no cargo segundo os Fatores dispostos no artigo 1º deste Regulamento,
de provimento efetivo, em razão do disposto no artigo 41 da sendo confirmado no cargo o servidor que obtiver ao final a
Constituição Federal, com redação dada pela Emenda pontuação total igual ou superior a cento e setenta pontos.
Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, e com base nos § 1º - As alternativas de avaliação de cada questão terão
Fatores fixados no artigo 28 da LEI COMPLEMENTAR Nº pontuação de zero a três possibilitando o máximo de quarenta e
10.098, de 3 de fevereiro de 1994. dois pontos por boletim de avaliação.
II - estimular a melhoria da qualidade dos processos de trabalho I - a pontuação zero denota que o servidor em estágio probatório
visando o aumento da produtividade e eficiência dos serviços NÃO ATENDE ao exigido para o desempenho das atribuições
prestados. do cargo;
III - proporcionar treinamento e qualificação profissional a II - a pontuação um denota que o servidor em estágio probatório
novos servidores, buscando identificar as potencialidades de RARAMENTE ATENDE ao exigido para o desempenho das
cada um. atribuições do cargo;
III - a pontuação dois denota que o servidor em estágio
Art. 3º - Os Fatores de que trata o artigo 1º deste Regulamento probatório QUASE SEMPRE ATENDE ao exigido para o
serão avaliados no formulário de que trata o Anexo I. desempenho das atribuições do cargo;
IV - a pontuação três denota que o servidor em estágio
Art. 4º - O servidor em estágio probatório será avaliado probatório ATENDE ao exigido para o desempenho das
semestralmente, no período de trinta meses, ocorrendo as atribuições do cargo.
avaliações no 6º, 12º, 18º, 24º e 30º meses, ficando o período § 2º - Em cada avaliação, o servidor que não alcançar sete
restante, em observação, para aferição final. pontos no fator responsabilidade, sete pontos no fator de
produtividade, cinco pontos no fator assiduidade, dez pontos no
Art. 5º - As avaliações do servidor em estágio probatório serão fator eficiência e cinco pontos no fator disciplina será incluído
de competência da chefia imediata, ou do responsável direto no Plano de Acompanhamento do Desempenho do Servidor
pelo serviço prestado pelo servidor, que deverá preencher e no(s) Fator(es) em que não atingiu a pontuação acima exigida.
assinar os respectivos formulários. § 3º - Verificado pela Comissão Setorial de Estágio Probatório
§ 1º - Caso o servidor em estágio probatório tenha no respectivo que o servidor obteve pontuação abaixo de trinta e quatro pontos
período mais de uma subordinação, compete a cada chefia fazer em três avaliações consecutivas ou intercaladas, será aberto
a avaliação correspondente, extraindo-se a média ponderada. processo conforme o disposto no artigo 19 deste Regulamento.
§ 2º - À chefia imediata incumbe apontar as ocorrências
insatisfatórias do servidor, sob pena de incorrer em falta prevista CAPÍTULO III
no Estatuto (L.C. nº 10.098/1994). PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO
§ 3º - O responsável pela avaliação entregará o formulário ao DO SERVIDOR
avaliado, devidamente preenchido e assinado, para que este
tome ciência do resultado do seu desempenho no respectivo Art. 9º - O Plano de Acompanhamento do Desempenho do
período e devolva assinado e datado. Servidor constitui-se no conjunto de ações de correção
§ 4º - Na hipótese de o servidor em estágio probatório não desempenhadas pelo servidor em estágio probatório, indicadas
concordar com a avaliação, deverá expor suas razões no campo por sua Chefia imediata no formulário próprio (Anexo II).
reservado no formulário, as quais serão consideradas somente § 1º - O Plano de Acompanhamento será apresentado pela chefia
quando constar data e assinatura do mesmo. imediata à Comissão Setorial de Estágio Probatório quando da
§ 5º - Em caso de recusa do servidor em tomar conhecimento da apreciação da avaliação do servidor.
avaliação realizada, a chefia registrará a negativa no formulário § 2º - A eficácia das ações de correção do desempenho do
de avaliação, na presença de duas testemunhas, comunicando a servidor será verificada por meio da Ficha de Avaliação -
ocorrência à Comissão Setorial de Estágio Probatório. Acompanhamento Bimestral (Anexo III), cuja aplicação terá
periodicidade bimestral, não podendo ultrapassar à data da
Art. 6º - Nos casos de afastamentos decorrentes das disposições avaliação seguinte.
estatutárias, o servidor em estágio probatório somente será § 3º - A Ficha de Avaliação - Acompanhamento Bimestral será
avaliado quando computar cento e quarenta dias do período da preenchida pela chefia imediata, à qual competirá dar ciência
respectiva avaliação, em atividade laboral. dos apontamentos ao servidor.
Parágrafo único - Quando os afastamentos no período § 4º - A Comissão Setorial do Estágio Probatório efetuará a
considerado forem superiores ao previsto no caput, a avaliação análise do formulário de acompanhamento bimestral, emitindo
será postergada até que totalize o prazo disposto neste artigo. parecer sobre a evolução do desempenho do servidor.

Art. 7º - Ficará suspensa a contagem do tempo de serviço para CAPÍTULO IV


efeito de estágio probatório nos seguintes casos: ESTRUTURAÇÃO
I - designação para função gratificada que não tenha correlação
com o cargo pelo qual está sendo avaliado; Art. 10 - Ficam criadas a Comissão Central de Estágio
II - cedência para fora do âmbito do Poder Executivo sem Probatório e a Comissão Setorial de Estágio Probatório.
vencimentos ou qualquer ônus para a origem; § 1º - A Comissão Central de Estágio Probatório será composta
III - afastamento que por sua natureza não possibilitem avaliar o por, no mínimo, cinco membros titulares e de três suplentes,
efetivo desempenho do servidor. todos servidores efetivos estáveis lotados na Secretaria da
Administração e dos Recursos Humanos - SARH.

185
§ 2º - Cada Órgão deverá constituir uma Comissão Setorial de I - manter um banco de dados para o acompanhamento das
Estágio Probatório, que será composta de no mínimo de três avaliações dos servidores em estágio probatório;
membros titulares e de dois suplentes, preferencialmente II - informar à Comissão Central de Estágio Probatório a data de
servidores efetivos estáveis lotados na Secretaria ou Órgão em ingresso dos servidores nomeados;
que se procederá a avaliação. III - propiciar à Comissão Central de Estágio Probatório suporte
§ 3º - No que se refere ao § 1º e § 2º deste artigo é obrigatório administrativo para realização de seus trabalhos;
que pelo menos um dos membros seja da área de recursos IV - elaborar os atos de estabilidade dos servidores aprovados
humanos. no estágio probatório;
V - encaminhar ao Secretário de Estado da Administração e dos
CAPÍTULO V Recursos Humanos expedientes da não-confirmação de servidor
COMPETÊNCIAS avaliados para decisão final, a qual será publicada,
posteriormente, no Diário Oficial do Estado;
Art. 11 - À Comissão Central de Estágio Probatório compete: VI - anexar ao expediente de confirmação ou não no cargo,
I - desempenhar funções de orientação, coordenação e controle cópia do ato publicado no Diário Oficial do Estado.
das avaliações probatórias; VII - manter sistema de arquivamento dos documentos emitidos
II - aprimorar o método de avaliação e adaptá-lo às novas e recebidos pela Comissão Central de Estágio Probatório.
realidades e a novos objetivos;
III - definir o formulário padrão de Avaliação do Estágio Art. 14 - À Área de Recursos Humanos do Órgão compete:
Probatório a ser utilizado nos órgãos; I - informar à Comissão Setorial de Estágio Probatório
IV - assessorar as Comissões Setoriais, no que tange a dúvidas respectiva a data de ingresso dos servidores nomeados;
encontradas durante os períodos de avaliação; II - distribuir os formulários de avaliação para as chefias
V - receber das Comissões Setoriais o resultado final do estágio imediatas dos servidores em estágio probatório, até cinco dias
probatório (Anexo V); antes do fechamento do período de avaliação;
VI - encaminhar ao Secretário de Estado da Administração e dos III - preencher no formulário de avaliação do estágio probatório
Recursos Humanos expediente para confirmação ou não do os períodos de afastamentos dos servidores em estágio
servidor no cargo; probatório;
VII - proceder diligências sempre que se fizer necessário; IV - coletar os formulários de avaliação, devolvendo-os à chefia
VIII - avaliar em grau de recurso pedido de revisão formulado imediata, quando verificado o seu preenchimento incorreto ou
pelo servidor em estágio probatório, quanto ao não-cumprimento incompleto, indicando o novo prazo de entrega;
dos procedimentos previstos neste Regulamento, acolhendo a V - proceder a contagem de pontos da avaliação remetendo os
presença de representante sindical, quando solicitado pelo instrumentos para análise da Comissão Setorial de Estágio
servidor. Probatório;
VI - criar condições de aperfeiçoamento aos novos servidores, a
Art. 12 - À Comissão Setorial de Estágio Probatório compete: fim de auxiliá-los na superação de suas dificuldades;
I - coordenar reuniões para explicar a aplicação deste VII - informar aos avaliadores, sobre a necessidade de realizar a
Regulamento; avaliação dos servidores em cumprimento do estágio probatório,
II - assessorar os avaliados e avaliadores no processo de sob sua subordinação;
avaliação e acompanhamento do estágio; VIII - distribuir e coletar os formulários de Acompanhamento
III - solicitar junto à chefia imediata os esclarecimentos de fatos do Desempenho, verificando seu correto preenchimento, antes
apontados na avaliação do servidor em estágio probatório, de encaminhá-lo para análise da Comissão Setorial de Estágio
sempre que se julgar necessário; Probatório respectivo;
IV - acompanhar o servidor em estágio probatório para que este IX - propiciar à Comissão Setorial suporte administrativo para
recupere os Fatores, cujo aproveitamento na avaliação semestral realização de seus trabalhos;
não atingiu a pontuação definida no § 2º do artigo 8º deste X - preencher o Controle Individual de Estágio Probatório
Regulamento; (Anexo VI) e organizar um sistema de informação contendo os
V - verificar a correlação entre as atividades a serem executadas, dados levantados, a partir das avaliações realizadas, para
quando houver designação para o exercício de função subsidiar decisões administrativas e orientar o planejamento de
gratificada, e as atribuições do cargo de provimento efetivo atividades de treinamento e desenvolvimento dos recursos
titulado; humanos do respectivo órgão;
VI - verificar e tomar providências para o cumprimento do XI - cientificar o servidor, mediante correspondência registrada,
disposto neste Regulamento;. da pontuação de suas avaliações e dos casos de suspensão e
VII - avaliar pedido de revisão formulado pelo servidor em prorrogação do período do estágio probatório por inassiduidade
estágio probatório, quanto ao não-cumprimento dos e/ou afastamentos previstos nos artigos 6º e 7º deste
procedimentos previstos neste Regulamento, acolhendo a Regulamento.
presença de representante sindical, quando solicitado pelo
servidor; Art. 15 - Ao Departamento de Perícia Médica e Saúde do
VIII - avaliar as observações apontadas pelo avaliado e Trabalhador da Secretaria da Administração e dos Recursos
avaliador, nos respectivos campos do formulário de avaliação de Humanos compete:
estágio probatório, apurando os fatos e mediando os conflitos I - realizar estudos e diligências solicitados pela Comissão
entre as partes; Central Estágio Probatório;
IX - encaminhar à Comissão Central de Estágio Probatório o II - acompanhar a implementação das ações previstas nos Planos
acompanhamento do estágio probatório (Anexo IV) para de Acompanhamento de Desempenho do Servidor que
inclusão de dados referente às avaliações e, ao final do processo, demandem a participação dos profissionais de sua área;
o resultado final de avaliação do estágio probatório (Anexo V). III - assessorar à Comissão Central de Estágio Probatório no
processo de melhoria contínua do Sistema de Avaliação;
Art. 13 - À Divisão de Planejamento de Recursos Humanos do IV - assessorar à Comissão Central de Estágio Probatório no
Departamento de Administração dos Recursos Humanos da processo de avaliação, mediante solicitação específica.
Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos compete:

186
Art. 16 - À Chefia Imediata, ou responsável direto, compete: anexando os formulários originais de avaliação, os documentos
I - efetuar a avaliação de servidores em estágio probatório, sob comprobatórios do acompanhamento, relativos aos Anexos II e
sua subordinação; III e, o formulário de que trata o Anexo V, bem como emitirá
II- preencher as fichas individuais de avaliação dos servidores parecer sobre todos os procedimentos.
em estágio probatório, respeitando a data de entrega indicada no § 1º - A Comissão Setorial de Estágio Probatório dará ciência e
formulário de avaliação; abrirá prazo de cinco dias úteis para que o servidor apresente
III - apresentar ao servidor o formulário de avaliação do estágio defesa por escrito, remetendo, após, o expediente para análise da
probatório devidamente preenchido para que o mesmo analise e Comissão Central de Estágio Probatório.
se manifeste; § 2º - A Comissão Central de Estágio Probatório avaliará o
IV - dar condições de aperfeiçoamento aos servidores em expediente de não-confirmação no cargo, conforme o disposto
estágio probatório, a fim de qualificá-los para o desempenho de no artigo 8º do presente Regulamento e remeterá o processo ao
suas atribuições; Secretário de Estado da Administração e dos Recursos Humanos
V - identificar dificuldades no cumprimento dos padrões de para decisão final, que será publicada no Diário Oficial do
produtividade, assiduidade, responsabilidade, eficiência ou Estado;
disciplina, promover ações que possibilitem a melhor integração § 3º - Publicado o ato, será anexada cópia ao expediente e
do servidor às rotinas de trabalho, inclusive quanto à elaboração remetido à origem para arquivamento.
do Plano de Acompanhamento do Desempenho do Servidor;
VI - implementar as ações relativas ao Plano de CAPÍTULO VII
Acompanhamento do Desempenho dos servidores sob sua DISPOSIÇÕES FINAIS
subordinação;
VII - preencher os formulários de Acompanhamento do Art. 20 - Aos servidores que entraram em exercício no serviço
Desempenho e encaminhá-los à área de recursos humanos do público em data anterior à publicação deste Regulamento,
Órgão; aplicam-se as regras de avaliação da PORTARIA Nº 95/2000,
VIII- prestar os esclarecimentos necessários acerca do servidor de 3 de agosto de 2000, incluindo-se o Plano de
avaliado quando solicitado pela Comissão Setorial de Estágio Acompanhamento do Desempenho do Servidor (Capítulo III,
Probatório do respectivo Órgão. artigo 9º deste Regulamento), conforme previsão no § 2º, artigo
7º, daquela Portaria.
Art.17 - Ao Avaliado compete:
I - tomar conhecimento do sistema de avaliação, solicitando Art. 21 - Aos servidores que, na data da publicação deste
informações à sua chefia imediata, à área de recursos humanos Regulamento, ainda não tiverem encerrado o período do 1º
do Órgão ou à Comissão Setorial de Estágio Probatório; semestre e não foram avaliados, aplicar-se-á este Regulamento.
II - analisar a avaliação feita pela chefia imediata;
III - dar ciência ou registrar sua opinião no formulário de Art. 22 - Os casos eventualmente não contemplados neste
avaliação; Regulamento serão apreciados pela Comissão Central de Estágio
IV - assinar e datar o formulário de avaliação; Probatório e a decisão será homologada pelo Secretário de
V - prestar os esclarecimentos necessários, quando solicitado Estado da Secretaria de Administração e dos Recursos
pela Comissão Setorial de Estágio Probatório; Humanos.
VI - recorrer à Comissão Setorial de Estágio Probatório e, em
grau de recurso, à Comissão Central de Estágio Probatório,
quando do não cumprimento das disposições deste 43. DECRETO Nº. 44.818, DE 27 DE NOVEMBRO DE
Regulamento; 2010.
VII - solicitar, quando julgar necessário, a presença de um
representante de seu sindicato, quando do exame de seu pedido Dispõe sobre o Sistema de Recursos
de revisão pela Comissão Setorial de Estágio Probatório ou pela Humanos do Estado - RHE e dá outras
Comissão Central de Estágio Probatório. providências.

CAPÍTULO VI O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO


PROCEDIMENTOS GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,
Art. 18 - Será confirmado no cargo o servidor que cumprir o
período de estágio probatório e obtiver aprovação nos termos do DECRETA:
artigo 8º deste Regulamento.
§ 1º - A Comissão Setorial de Estágio Probatório do Órgão de Art. 1º - Fica instituído o Sistema de Recursos Humanos do
lotação do servidor abrirá expediente de confirmação do Estado - RHE com a finalidade de articular as ações referentes à
servidor no cargo, conforme formulário apresentado no Anexo gestão de pessoal no âmbito dos órgãos da Administração
V, emitindo parecer sobre todos os procedimentos e remeterá o Direta, das entidades autárquicas e fundacionais do Poder
expediente à Comissão Central de Estágio Probatório. Executivo Estadual.
§ 2º - Verificado pela Comissão Central de Estágio Probatório § 1º - A realização das atividades referentes aos recursos
que o servidor em estágio probatório auferiu a pontuação humanos dos órgãos e entidades de que trata este artigo passam
conforme o disposto no artigo 8º deste Regulamento, emitirá a integrar o Sistema RHE, ficando sujeita à orientação normativa
parecer remetendo o expediente ao Secretário de Estado da e à supervisão técnica específica dos órgãos de gestão e
Administração e dos Recursos Humanos, cuja decisão será executivos centrais do sistema, sem prejuízo da subordinação à
publicada no Diário Oficial do Estado. estrutura institucional respectiva.
§ 3º - Publicado o ato, será anexada cópia ao expediente e § 2º - As disposições do parágrafo anterior são extensivas aos
remetido à origem para arquivamento. procedimentos sistematizados nos termos dos DECRETOS Nº
19.801, de 08 de agosto de 1969, N° 30.024, de 26 de janeiro de
Art. 19 - Verificado pela Comissão Setorial de Estágio 1981 e Nº 36.638, de 07 de maio de 1996.
Probatório que o servidor não auferiu a pontuação segundo o
disposto no artigo 8º deste Regulamento, abrirá expediente,

187
Art. 2º - O Sistema RHE contará com gestão colegiada Art. 6º - Poderão integrar o Sistema RHE demais instituições
instituída nos termos das disposições deste Decreto e integrará estaduais que manifestarem interesse em utilizar o aplicativo
todas as ações pertinentes aos recursos humanos, imprimindo a corporativo de que trata o presente Decreto.
transversalidade como filosofia de controle e planejamento.
Art. 7º - O Comitê Estratégico, colegiado instituído como
Art. 3º - Os procedimentos administrativos ora sistematizados instância deliberativa do Sistema RHE, será responsável pela
serão implantados e desenvolvidos em aplicativo corporativo - condução das ações e pelo cumprimento das leis e regulamentos
RHE, observando os critérios e as condições técnico- que lhe são pertinentes, sendo composto pelo:
administrativas estabelecidos no projeto a que se refere o I - Chefe da Casa Civil;
DECRETO N° 42.398, de 18 de agosto de 2003, e os seguintes II - Procurador-Geral do Estado;
objetivos: III - Secretário de Estado da Coordenação e Planejamento;
I - manter informações, registros e extração de dados gerenciais; IV - Secretário de Estado da Fazenda; e
II - integrar esforços e recursos, evitando o paralelismo de V - Secretário de Estado da Administração e dos Recursos
atividades e funções; Humanos.
III - dotar os órgãos e entidades integrantes do sistema de § 1º - O Comitê Estratégico do Sistema RHE será coordenado
instrumento capaz de possibilitar ágil desempenho e eficaz pelo Chefe da Casa Civil e, em seus impedimentos, pelo
atendimento; Secretário de Estado da Fazenda.
IV - compatibilizar os registros funcionais, promovendo a § 2º - Para o desempenho de suas atividades, fica o Comitê
unificação dos históricos funcional e financeiro de Pessoal; Estratégico investido da atribuição de expedir os atos
V - definir e implantar fluxo automatizado com racionalização normativos necessários á plena condução do Sistema RHE,
de procedimentos; e inclusive a organização de seu Regimento.
VI - promover a unificação do Banco de Dados de Recursos
Humanos, descentralizando as tarefas, com manutenção do Art. 8º - O Comitê Gerencial, subordinado ao Comitê
controle gerencial. Estratégico, fica instituído com a competência de acompanhar,
avaliar e garantir o funcionamento eficiente e coordenado das
Art. 4º - Os documentos gerados pelo Banco de Dados de ações entre os diversos integrantes do Sistema RHE, visando a
Pessoal - BDP e pelo aplicativo corporativo - RHE, ora promover e regulamentar.
oficializado, possuem valor jurídico e probatório para todos os I - a adequação e alocação de recursos humanos, materiais e
fins de direito. tecnológicos;
II - a intercomunicação continua dos órgãos e entidades
Art. 5º - Integram o Sistema RHE as seguintes instâncias envolvidos;
colegiadas, órgãos e entidades: III - o estabelecimento de cronogramas;
I - Comitê Estratégico; IV - a verificação do cumprimento de prazos; e
II - Comitê Gerencial; V - a avaliação permanente das atividades e dos resultados.
III - Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos e
Secretaria da Fazenda; Art. 9º - O Comitê Gerencial, responsável pela coordenação e
IV - demais secretarias de Estado e órgãos equivalentes; integração das atividades operacionais a serem executadas no
V - autarquias e fundações; e Sistema RHE, será composto pelos seguintes membros:
VI - Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do I - Diretor do Departamento da Despesa Pública Estadual da
Sul - PROCERGS. Secretaria da Fazenda;
§ 1º - Os comitês, instâncias colegiadas, integram o Sistema II - Contador e Auditor-Geral do Estado da Secretaria da
RHE como órgãos de gestão, exercendo atribuições de, Fazenda;
orientação, coordenação, controle, assistência e assessoramento III - Supervisor de Sistemas de Informação da Secretaria da
das atividades sistematizadas, na forma disciplinada neste Fazenda;
Decreto. IV - 1 (um) representante da Assessoria Técnica e de
§ 2º - As Secretarias da Administração e dos Recursos Humanos Planejamento do Gabinete do Secretário da Fazenda;
e da Fazenda comporão o Sistema RHE como órgãos executivos V - Diretor do Departamento de Recursos Humanos da
centrais, ficando responsabilizadas pela operacionalização das Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos;
atividades sistematizadas relacionadas à inclusão, à exclusão e à VI - Diretor do Departamento de Planejamento Organizacional
manutenção de informações nos termos das competências da Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos;
expressas na LEI N° 10.356, de 10 de janeiro de 1995, e VII - 1 (um) representante do Departamento de Perícia Médica e
respectivos regulamentos, inclusive quanto às tarefas Saúde do Trabalhador da Secretaria da Administração e dos
descentralizadas institucionalmente, sendo a Secretaria da Recursos Humanos;
Fazenda a responsável pelo gerenciamento dos procedimentos VIII - 1 (um) representante da Assessoria Técnica do Gabinete
referentes à folha de pagamento, inclusive no estabelecimento do Secretário da Administração e dos Recursos Humanos;
de fluxos, calendários. e compatibilização orçamentário- IX - 2 (dois) representantes da Companhia de Processamento de
financeiro, em conformidade com o inciso X do Artigo 15 do Dados do Estado do Rio Grande do Sul;
DECRETO N° 37.297, de 13 de março de 1997. X - 1 (um) representante da Casa Civil do Gabinete do
§ 3º - Os demais órgãos da Administração Direta, autárquica e Governador;
fundacional comporão o Sistema RHE como órgãos executivos, XI - 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Estado;
incumbidos pela operacionalização das atividades cadastrais dos XII - 1 (um) representante da Secretaria da Justiça e da
recursos humanos de suas respectivas unidades, obtenção e Segurança;
guarda de documentação comprobatória. XIII - 1 (um) representante da Secretaria da Educação; e
§ 4º - O processamento de dados referente ao Sistema RHE XIV - 1 (um) representante do Instituto de Previdência do
competirá a Companhia de Processamento de Dados do Estado Estado do Rio Grande do Sul.
do Rio Grande do Sul, órgão de apoio operacional. § 1º - O titular do Departamento da Despesa Pública da
Secretaria da Fazenda exercerá a coordenação do Comitê
Gerencial.

188
§ 2º - O Comitê Gerencial reunir-se-á, ordinariamente, no PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 19 de novembro de
mínimo uma vez por mês, e, extraordinariamente, por 2010.
convocação de seu Coordenador.
§ 3º - Deverão participar das reuniões ordinárias e
extraordinárias do Comitê Gerencial os membros cuja indicação 45. DECRETO Nº. 48.108, DE 16 DE NOVEMBRO DE
decorre do exercício da titularidade de órgãos executivos das 2011.
Secretarias da Administração e dos Recursos Humanos e da
Fazenda, bem como a representação da Companhia de Dispõe sobre a estrutura básica da Casa
Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul. Militar, e dá outras providências.
§ 4º - Os demais membros indicados como representantes de
assessorias e de demais órgãos e entidades poderão participar de O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
quaisquer reuniões, devendo, entretanto, serem convocados GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe confere o
quando em discussão assuntos relativos à área de competência art. 82, incisos V e VII, da Constituição do Estado, e de
respectiva. conformidade com o art. 7° da Lei nº 13.601, de 1° de janeiro de
2011,
Art. 10 - Caberá ao Chefe da Casa Civil, na qualidade de
coordenador do Comitê Estratégico, expedir as portarias de DECRETA:
designação do Comitê Gerencial.
Parágrafo único - Os titulares dos órgãos e entidades que Art. 1º - A Casa Militar, nos termos do art. 22 da Lei nº. 13.601,
integram o Sistema RHE indicarão um titular e um suplente para de 1º de janeiro de 2011, atuará dentro das seguintes áreas de
as representações previstas neste Decreto. competência:
I – executar e administrar os recursos necessários às atividades
Art. 11 - A Comissão de Execução e Desenvolvimento, de segurança militar e pessoal do Governador do Estado e do
instituída pelo artigo 3º do DECRETO Nº 42.398, de 18 de Vice-Governador, bem como de seus familiares;
agosto de 2003, prosseguirá em suas atividades no que se refere II – assessorar o Governador, o Vice-Governador e a
aos módulos em implantação no aplicativo - RHE até sua Governadoria em atividades de natureza militar;
finalização, passando a ser subordinada ao Comitê Gerencial a III – proporcionar a recepção e a segurança de autoridades em
que se refere este Decreto. visita oficial ao Estado do Rio Grande do Sul;
IV – exercer a coordenação, o planejamento e a execução das
Art. 12 - Os órgãos do Poder Executivo Estadual, das entidades ações de Defesa Civil, incluindo campanhas públicas de
autárquicas e funcionais integram obrigatoriamente o Sistema arrecadação de donativos;
RHE, cabendo ao Comitê Gerencial disciplinar os mecanismos e V – coordenar e executar o treinamento e o preparo de efetivos
os mecanismos e os prazos necessários às adequações da Casa Militar para apoio em ações da competência da Defesa
respectivas Civil, e em situações de emergência social que exijam reforço e
especialidade dos efetivos; e
Art. 13 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, VI – providenciar a cedência de efetivo da Polícia Militar
retroagindo seus efeitos a 1º de março de 2006. quando solicitado por outros Poderes, após deferimento do
Governador do Estado.
Art. 14 - Revogam-se as disposições em contrário. Parágrafo único - A Casa Militar integra a Estrutura da
Governadoria do Estado, nos termos do art. 14, inciso III, alínea
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 27 de dezembro de „b‟, da Lei nº 13.601/2011.
2006.
Art. 2º - O Secretário Adjunto auxiliará o titular na direção do
Órgão e exercerá atividades de coordenação, orientação,
44. DECRETO Nº. 47.583, DE 19 DE NOVEMBRO DE acompanhamento e monitoria, especialmente no que concerne
2010. ao desenvolvimento dos programas e das ações da respectiva
Pasta, independentemente de outras atribuições que lhe forem
Possibilita à Secretaria da Educação delegadas.
fornecer Professores e funcionários de Parágrafo único - O Secretário Adjunto, mediante designação
escola para os Colégios Tiradentes de do Governador do Estado, substituirá o Secretário de Estado em
Brigada Militar. seus impedimentos, inclusive na vacância do cargo até nova
nomeação.
A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 3º - A estrutura básica da Casa Militar é constituída dos
artigo 82, inciso VII, da Constituição do Estado. seguintes órgãos:
I – Gabinete;
DECRETA: II – Subchefia de Operações;
III – Subchefia de Defesa Civil; e
Art. 1º - Todos os Colégios Tiradentes da Brigada Militar IV – Subchefia Administrativa.
desenvolverão suas atividades educacionais com professores
nomeados, contratados ou convocados, orientador educacional, Art. 4º - Compete ao Gabinete prestar assistência direta e
supervisor escolar, secretários de escola e agentes educacionais I imediata ao Secretário Chefe da Casa Militar, no que concerne a
- manutenção de infraestrutura e alimentação, designados pelo sua atividade política, social e administrativa, bem como em
Secretário de Estado da Educação e contarão, ainda, com assuntos atinentes à competência da Casa Militar.
servidores da Brigada Militar, designados pelo Secretário de Parágrafo único - Fica instituída, no âmbito do Gabinete da
Estado da Justiça e da Segurança. Casa Militar, Assessoria Técnica que tem por finalidade prestar
apoio e assessoramento aos Órgãos da Casa Militar e aos demais
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, Órgãos do Gabinete do Governador, em assuntos inerentes às
revogando-se as disposições em contrário. atividades estabelecidas no art. 1º deste Decreto.
189
Art. 5º - Compete à Subchefia de Operações: 46. DECRETO Nº. 49.113, DE 17 DE MAIO DE 2012.
I – planejar, dirigir, executar e administrar os serviços de
segurança pessoal do Governador e de seus familiares, de suas Aprova o Regulamento do Estágio
residências, bem como os serviços de segurança dos Palácios Probatório dos Militares Estaduais da
Governamentais; Brigada Militar.
II – executar as atividades de ajudância de ordens do
Governador, do Vice-Governador e da Primeira Dama; O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
III – coordenar, junto à Casa Civil e demais Secretarias de GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o
Estado, a elaboração dos programas de viagens governamentais artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado.
e dirigir os trabalhos de destacamentos precursores, bem como
coordenar a utilização de aeronaves do Estado ou locadas pelo DECRETA:
Gabinete do Governador;
IV – planejar e coordenar as atividades de Assistência Militar, Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento de Estágio Probatório
bem como operacionalizar as programações, prover a segurança, dos Militares Estaduais da Brigada Militar de acordo com o
transporte e honras militares às autoridades e dignatários em disposto no art. 14, parágrafo único, inciso VI, da Lei n° 10.991,
visita oficial ao Estado; e de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre a Organização Básica
V – executar outras atividades correlatas atribuídas pelo da Brigada Militar do Estado.
Secretário Chefe da Casa Militar.
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º - Compete à Subchefia de Defesa Civil:
I – coordenar as ações de atendimento a situações de emergência PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de maio de 2012.
ou calamidade pública, articulando a atuação dos órgãos
envolvidos e realizando seu controle operacional;
II – prestar assessoramento técnico às Comissões Municipais de REGULAMENTO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO DOS
Defesa Civil, e realizar a análise de riscos de qualquer natureza MILITARES ESTADUAIS DA BRIGADA MILITAR
com a colaboração de técnicos e demais órgãos competentes;
III – realizar as atividades de Secretaria Executiva da CAPÍTULO I
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, incluindo a elaboração DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
e fiscalização de projetos, convênios e repasses de verbas e
meios materiais às comunidades atingidas por situações de Art. 1º - O presente Regulamento possui a finalidade de
emergência ou calamidade pública; e disciplinar o estágio probatório dos militares estaduais no
IV – executar outras atividades correlatas atribuídas pelo âmbito da Brigada Militar de acordo com a Lei n° 10.991, de 18
Secretário Chefe da Casa Militar. de agosto de 1997, que dispõe sobre a Organização Básica da
Brigada Militar do Estado.
Art. 7º - Compete à Subchefia Administrativa:
I – orientar, dirigir e executar atividades de pessoal, finanças, Art. 2º - Estágio Probatório é o período de cinco anos de efetivo
patrimônio, serviços gerais e outras atividades auxiliares, no serviço do militar estadual, a contar da data de inclusão, durante
âmbito da Casa Militar; o qual será verificada a conveniência ou não de sua confirmação
II – planejar, dirigir e executar os serviços de telecomunicações no cargo.
dos Palácios do Governo; Parágrafo Único - O estágio probatório dos militares estaduais
III – coordenar a execução dos serviços residenciais dos integrantes do Quadro de Oficiais do Estado-Maior – QOEM, do
Palácios Governamentais, de forma articulada com a Subchefia Quadro de Oficiais do Estado Maior – QOEM, do Quadro de
Administrativa da Casa Civil; Oficiais Especialistas em Saúde – QOES, dar-se-á durante a
IV – organizar, dirigir e executar o serviço de transporte do realização do curso de formação, a contar da data da matrícula
Palácio Piratini, bem como requisitar veículos de outros órgãos até o ato oficial de promoção ao respectivo posto.
estaduais para atendimento a suas atribuições;
V – coordenar a elaboração das propostas do plano plurianual, Art. 3º - O Estágio Probatório compreenderá a apuração dos
da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual da Casa seguintes fatores:
Militar; e I - disciplina: verifica o cumprimento de regras, normas e
VI – executar outras atividades correlatas atribuídas pelo procedimentos estabelecidos para o bom andamento do serviço,
Secretário Chefe da Casa Militar. bem como a forma de relacionamento no ambiente de trabalho
por meio de sua integração;
Art. 8º - Os recursos humanos da Casa Militar serão II - eficiência: avalia o grau de conhecimento do militar
constituídos de Oficiais e Praças da ativa da Brigada Militar, que estadual, a maneira como utiliza e conserva os materiais e
serão agregados na forma lei. equipamentos colocados a sua disposição, bem como o modo
como executa suas atividades e o grau de iniciativa para
Art. 9º - A estrutura interna, respeitadas as disposições deste solucionar problemas que venham a surgir;
Decreto, bem como dos arts. 7º a 12 da Lei nº 13.601/2011, e a III - responsabilidade: avalia a capacidade do militar estadual no
respectiva competência de funcionamento dos órgãos integrantes desenvolvimento das atribuições atinentes à respectiva função
da estrutura básica da Casa Militar, serão reguladas por relacionada com o cargo assumido, considerando seu interesse e
Regimento Interno, proposto por seus titulares e aprovado por disposição na execução das funções que lhe são determinadas,
Decreto do Chefe do Poder Executivo, conforme estabelece o bem como o nível de comprometimento com a função pública
art. 13 da referida Lei. em exercício;
IV - produtividade: avalia o militar estadual quanto ao aspecto
Art. 10 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. qualitativo e quantitativo do serviço prestado e sua capacidade
em assimilar e aplicar os ensinamentos recebidos na execução
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de junho de 2011. das funções inerentes ao cargo titulado;
V - assiduidade: avalia a freqüência e o cumprimento do horário
de trabalho pelo militar estadual em todas as suas atribuições;
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VI - ética: avalia o sentimento do dever, a dignidade do militar § 2º - As alternativas de avaliação de cada questão terão
estadual, o brio e o decoro de classe, bem como a conduta moral pontuação de zero a três pontos, possibilitando o máximo de
e profissional nos termos do estatuto dos militares estaduais. quarenta e oito pontos por boletim de avaliação.
§ 3º - O militar estadual em estágio probatório que obtiver
CAPÍTULO II pontuação inferior a trinta e seis pontos em qualquer avaliação
DA AVALIAÇÃO deverá ser acompanhado e orientado pela Comissão Regional de
Estágio Probatório.
Art. 4º - Os fatores de que trata o art. 3° serão avaliados
conforme formulário apresentado no Anexo Único deste Art. 10 - A Comissão Regional de Estágio Probatório abrirá
Decreto. Expediente Administrativo para avaliar a conveniência de
aprovação do estágio probatório do militar estadual que durante
Art. 5º - Os militares estaduais ao ingressarem na Brigada todo o período de estágio:
Militar serão considerados em estágio probatório e avaliados, I - obtiver pontuação abaixo de trinta e seis pontos em duas
anualmente, por um período de sessenta meses, exceto os alunos avaliações consecutivas ou intercaladas;
do Curso Superior de Polícia Militar – CSPM, e do Curso II - for reprovado, quando estiver freqüentando os cursos de
Básico de Oficiais de Saúde – CBOS, os quais serão avaliados formação citados no art. 5° ou o Curso Básico de Formação
semestralmente, durante o respectivo curso. Policial Militar, exceto se a causa da reprovação for decorrente
de acidente em objeto de serviço;
Art. 6º - As avaliações do estágio probatório serão de III - receber sanção disciplinar três vezes ou mais na forma da
competência da chefia imediata, que deverá preencher e assinar legislação;
os respectivos formulários. IV - for considerado inapto na avaliação médica bianual, nos
§ 1º - Caso o militar estadual em estágio probatório tenha termos da legislação vigente; e/ou
prestado serviço a mais de uma subordinação no período V - obtiver pontuação abaixo de trinta e seis pontos em uma
referido no artigo 5°, cada uma das chefias fará a avaliação de avaliação, quando estiver freqüentando os cursos previstos no
seu respectivo período, extraindo-se a média. art. 5° deste Regulamento.
§ 2º - O responsável pela avaliação entregará o formulário
devidamente preenchido e assinado ao avaliado para que este CAPÍTULO III
tome ciência do resultado do seu desempenho no respectivo DA ESTRUTURAÇÃO
período e devolva com data e assinatura.
§ 3º - Na hipótese do militar estadual em estágio probatório não Art. 11 - Ficam criadas a Comissão Central e as Comissões
concordar com a avaliação, deverá expor suas razões no campo Regionais de Estágio Probatório na Brigada Militar.
reservado no formulário, as quais serão consideradas somente § 1º - A Comissão Central de Estágio Probatório terá sede no
quando constar data e assinatura do mesmo. Departamento Administrativo da Brigada Militar e será
§ 4º - No impedimento da chefia imediata fica transferida a composta por um presidente e quatro membros, titulares e
competência da avaliação para o substituto legal. suplentes, pertencentes aos mesmos órgãos.
§ 2º - O presidente da Comissão Central de Estágio Probatório
Art. 7º - Nos casos de afastamento decorrente das disposições será o Diretor do Departamento Administrativo e os membros
estatutárias, o militar estadual em estágio probatório somente serão Oficiais Superiores, sendo um do Departamento
será avaliado quando computar trezentos dias do período da Administrativo, da área de pessoal ou de seleção e recrutamento;
respectiva avaliação, em atividade laboral, exceto no último um do Departamento de Ensino, da área de ensino e
período de avaliação. treinamento; um da Corregedoria-Geral, e um do Estado-Maior
Parágrafo Único - Quando o afastamento no período da Corporação, da área de recursos humanos ou instrução e
considerado for superior a sessenta dias, a avaliação será treinamento, nomeados em Boletim Geral.
postergada até que totalize o prazo estipulado no caput deste § 3º - Os Departamentos, Comandos Regionais, Corregedori-
artigo. Geral e Ajudância-Geral deverão constituir Comissões
Regionais de estágio probatório que serão compostas por um
Art. 8º - No período em que o militar estadual for designado Presidente e quatro membros titulares e suplentes.
para função considerada estranha ao serviço da Brigada Militar, § 4º - O Presidente das Comissões Regionais de Estágio
o preenchimento da ficha de avaliação ficará a cargo do Probatório será o Tenente-Coronel mais antigo ou substituto
Departamento Administrativo. legal, lotado no órgão intermediário e os membros serão Oficiais
Parágrafo Único - Caberá à Comissão Central verificar os do Quadro de Oficiais do Estado-Maior sendo, no mínimo, dois
casos concretos que se enquadram no caput deste artigo e do órgão intermediário em exercício na área de Recursos
informá-los oficialmente à Comissão Regional à qual pertencer Humanos e Operações, nomeados em Boletim Interno do órgão
o militar estadual, bem como, ainda, efetuar o controle destes intermediário.
militares estaduais em estágio probatório, mediante informação
do Departamento Administrativo. CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA
Art. 9º - A avaliação do estágio probatório será realizada
segundo os fatores dispostos no art. 3° deste Regulamento, Art. 12 - À Comissão Central compete:
sendo confirmado no cargo o militar estadual em estágio I - assessorar as Comissões Regionais no que tange a dúvidas
probatório que obtiver ao final dos cinco anos e cinco encontradas durante os períodos de avaliação;
avaliações, a pontuação total igual ou superior a cento e oitenta II - receber das Comissões Regionais a comunicação de término
pontos. de estágio probatório;
§ 1º - Os militares estaduais, em estágio probatório, citados no III - instruir ou julgar os recursos dos militares estaduais em
art. 5° deverão, no mínimo, obter a pontuação resultante da estágio probatório, na condição de segunda instância, para a
multiplicação do número de avaliações por trinta e seis pontos decisão final do Comandante-Geral;
obtidos em cada uma. IV - determinar diligências à Comissão Regional sempre que se
fizer necessário.

191
Art. 13 - Às Comissões Regionais compete: II - dar ciência da ficha de avaliação conclusa no período
I - acompanhar o servidor durante o estágio probatório, visando avaliado;
sua recuperação em fatores cujo aproveitamento na avaliação for III - assinar e datar o formulário de avaliação;
considerado insatisfatório; IV - prestar os esclarecimentos necessários, quando solicitado
II - avaliar pedido de revisão formulado pelo militar estadual em pela Comissão do Órgão ou avaliador; e
estágio probatório, quanto ao não cumprimento dos V - recorrer à Comissão Regional em primeira instância e à
procedimentos previstos neste Regulamento, na condição de Comissão Central em segunda instância, quando não se
primeira instância de recurso; conformar com o resultado de sua avaliação.
III - avaliar e acompanhar as informações relativas ao artigo 9°
deste Regulamento; CAPÍTULO V
IV - encaminhar à Comissão Central o relatório conclusivo do DOS PROCEDIMENTOS
estágio probatório, para fins de publicação em Diário Oficial do
Estado dos aprovados, bem como os recursos impetrados pelos Art. 17 - Os formulários de avaliação deverão ser encaminhados
militares estaduais em estágio probatório em decorrência da pela chefia imediata à Comissão do Estágio Probatório
avaliação realizada, a título de última instância recursal Regional, em até dez dias úteis.
administrativa;
V - emitir parecer fundamentado quanto à renovação ou não do Art. 18 - Quando o militar estadual em estágio probatório
tempo de serviço do militar estadual em estágio probatório, apresentar pontuação inferior a trinta e seis pontos na sua
conforme previsto no Estatuto dos Militares Estaduais, ao final avaliação, a Comissão do Estágio Probatório Regional deverá
do segundo e quarto ano de efetivo serviço na Instituição, com entrevistar o militar estadual a fim de identificar pontos que
fundamento nas avaliações feitas; prejudicam o desempenho de suas funções.
VI - executar o controle das situações dispostas no art. 131 da
Lei Complementar n° 10.990, de 18 de agosto de 1997, com Art. 19 - Será confirmado no cargo o militar estadual em estágio
relação à incidência de situação que determine a anulação da probatório que cumprir o período de estágio e obtiver a
inclusão do estagiário. aprovação estabelecida no art. 9° deste Regulamento.
Parágrafo Único - Verificado pela Comissão Regional que o
Art. 14 - À área de recursos humanos dos órgãos intermediários militar estadual em estágio probatório auferiu a pontuação
compete: conforme o disposto no art. 9°, esta emitirá parecer conclusivo e
I - remeter à Comissão Central o processo dos estagiários que remeterá relação à Comissão Central para a devida publicidade.
impetrarem recursos em relação à avaliação, em grau de segunda
instância recursal, quando solicitado; e Art. 20 - Verificado pela Comissão de Estágio Probatório
II - remeter à Comissão Central a relação dos militares estaduais Regional que o militar estadual não auferiu a pontuação
que concluíram o estágio probatório para fins de publicação em conforme disposto no art. 9° ou for enquadrado em alguma
Diário Oficial do Estado. situação prevista no art. 10, esta emitirá o respectivo parecer
fundamentado à Comissão Central.
Art. 15 - Ao Comandante do Órgão Policial Militar e à chefia § 1º - A Comissão Regional dará ciência ao militar estadual em
imediata compete: estágio probatório, formalmente, e abrirá o prazo de cinco dias
I - executar a avaliação de seus militares estaduais em estágio úteis para que este formalize suas razões de defesa, devendo a
probatório; comissão, em cinco dias úteis, manifestar-se decidindo pela
II - preencher as fichas individuais de avaliação dos militares confirmação ou não do militar estadual em estágio probatório na
estaduais em estágio probatório respeitando a data de entrega instituição.
indicada no formulário de avaliação; § 2º - Se denegado o recurso, o militar estadual em estágio
III - informar no formulário de avaliação os períodos de probatório será licenciado do serviço ativo, na forma do Estatuto
afastamento do servidor que ocasionaram sua indisponibilidade dos Militares Estaduais.
para a atividade laboral, por qualquer motivo;
IV - apresentar ao militar estadual em estágio probatório o CAPÍTULO VI
formulário de avaliação do estágio probatório devidamente DOS RECURSOS
preenchido para que o mesmo faça análise e manifestação;
V - manifestar-se sobre o militar estadual em estágio probatório Art. 21 - O militar estadual em estágio probatório que entender
agregando informações pertinentes a sua conduta, decorrente de necessário o encaminhamento de recurso deverá preencher
fatos concretos, quando do encaminhamento dos formulários de requerimento fundamentado ao Presidente da Comissão
avaliação; Regional de Estágio Probatório junto ao órgão onde estiver
VI - remeter a ficha de avaliação médica, para a Comissão lotado.
Regional de Estágio, quando este completar o segundo e quarto
ano de efetivo serviço; Art. 22 - O Comandante do requerente encaminhará o processo
VII - expedir documentos necessários à Comissão Regional, à Comissão Regional de Estágio Probatório para análise.
sempre que o militar estadual em estágio probatório for Parágrafo Único - A Comissão Regional terá cinco dias úteis
sancionado conforme previsto no art. 10, inciso III, a fim de para julgar o recurso, a contar da data do recebimento.
possibilitar a abertura de processo visando análise da
permanência ou não do militar estadual em Estágio Probatório Art. 23 - Após julgado o recurso, o militar estadual em estágio
na corporação; e probatório será cientificado da decisão em até três dias úteis.
VIII - o Comandante da escola onde o militar estadual em Parágrafo Único - O militar estadual em estágio probatório
estágio probatório estiver freqüentando curso de formação poderá, no prazo de cinco dias úteis, após a comunicação da
deverá informar para a Comissão Regional quando este for decisão da Comissão Regional, interpor recurso para a Comissão
reprovado. Central de Estágio Probatório da Corporação que terá quinze
dias úteis para manifestar-se, após o recebimento do processo.
Art. 16 - Ao militar estadual em Estágio Probatório avaliado
compete: CAPÍTULO VII
I - tomar conhecimento do sistema de avaliação; DISPOSIÇÕES FINAIS

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Art. 24 - O Comandante-Geral da Brigada Militar expedirá XI - Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital;
normas complementares para disciplinar, no que for necessário, XII - Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas;
o cumprimento do presente regramento. XIII - Secretaria da Educação;
XIV - Secretaria da Saúde;
Art. 25 - Este Regulamento entra em vigor na data de sua XV - Secretaria da Cultura;
publicação. XVI - Secretaria de Segurança Pública;
XVII - Secretaria da Fazenda;
XVIII - Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos;
47. DECRETO Nº. 49.120, DE 17 DE MAIO DE 2012. XIX - Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e
Pequena Empresa;
Institui o Comitê Gestor de Políticas de XX - Secretaria do Meio Ambiente;
Direitos Humanos no Estado do Rio Grande XXI - Secretaria de Habitação e Saneamento;
do Sul, e dá outras providências. XXII - Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos;
XXIII - Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO XXIV - Secretaria de Políticas para as Mulheres;
GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe confere o XXV - Secretaria do Turismo;
art. 82, incisos V e VII, da Constituição do Estado, considerando XXVI - Secretaria do Esporte e do Lazer;
o teor da Declaração e Programa de Ação de Viena, adotado em XXVII - Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e
25 de junho de 1993 pela Conferência Mundial sobre os Direitos Desenvolvimento Urbano;
Humanos, que afirmou a indivisibilidade, a universalidade e a XXVIII - Secretaria do Meio Ambiente;
interrelação dos Direitos Humanos; considerando o XXIX - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio;
compromisso solene de todos os Estados de promover o respeito XXX - Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e
universal e a observância e proteção de todos os direitos Cooperativismo;
humanos e liberdades fundamentais de todas as pessoas; e XXXI - Secretaria de Infraestrutura e Logística;
considerando que os Direitos Humanos são diretrizes que XXXII - Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento
informam todas as políticas públicas e que sua efetivação exige Tecnológico;
a atuação transversal, conjunta e integrada das Secretarias de XXXIII - Brigada Militar;
Estado e dos gestores públicos, XXXIV - Instituto Geral de Perícias – IGP;
XXXV - Superintendência dos Serviços Penitenciários;
DECRETA: XXXVI - Fundação de Atendimento Sócioeducativo;
XXXVII - Fundação de Articulação e Desenvolvimento de
Art. 1º - Fica instituído o Comitê Gestor de Políticas de Direitos Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Altas
Humanos no Estado do Rio Grande do Sul, com a finalidade de Habilidades; e
elaborar e acompanhar periodicamente as políticas públicas das XXXVIII - Fundação de Proteção Especial.
diversas Secretarias e órgãos da Administração Pública Estadual Parágrafo único - Os integrantes do Comitê e seus respectivos
no tocante à promoção e defesa dos Direitos Humanos. suplentes serão indicados pelos Titulares das Secretarias, órgãos
e entidades, e designados por Portaria do Secretário de Estado
Art. 2º - Compete ao Comitê Gestor de Direitos Humanos: da Justiça e dos Direitos Humanos.
I - assegurar a transversalidade dos Direitos Humanos na
elaboração das políticas públicas de todas as Secretarias; Art. 5º - O Comitê Gestor poderá instituir Câmaras Técnicas
II - elaborar políticas públicas integrais para grupos vulneráveis e/ou Grupos de Trabalho, com a função de colaborar com o
e sujeitos à discriminação, em particular para crianças e cumprimento das suas atribuições, em especial para a elaboração
adolescentes, jovens, idosos, afrodescendentes, pessoas com e acompanhamento de políticas públicas relativas aos grupos
deficiência, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e mencionados no art. 3º, inciso II, deste Decreto.
transgêneros, população em situação de rua e povos indígenas;
III - organizar e acompanhar ações operativas de execução de Art. 6º - As atividades dos membros do Comitê Gestor, das
tais políticas públicas integradas em âmbito estadual; e Câmaras Técnicas e dos Grupos de Trabalho, serão considerados
IV - apoiar e subsidiar a implantação do Conselho Estadual de serviço público relevante, não remunerado.
Direitos Humanos.
Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Caberá à Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos
a coordenação do Comitê Gestor de Políticas de Direitos PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 17 de maio de 2012.
Humanos no Estado.

Art. 4º - O Comitê Gestor de Direitos Humanos, instituído por


este Decreto, será integrado por representantes, titular e 48. PORTARIA SJS Nº. 071, DE 02 DE MAIO DE 2000.
suplente, dos seguintes órgãos:
I - Gabinete do Governador; Regula os critérios e os procedimentos a
II - Gabinete do Vice-Governador; serem adotados para distribuição e
III - Gabinete da Primeira-Dama; redistribuição do pessoal dos órgãos
IV - Casa Civil; subordinados da Secretaria da Justiça e da
V - Casa Militar; Segurança Pública, visando aumentar o
VI - Procuradoria-Geral do Estado; número de servidores na atividade fim.
VII - Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã;
VIII - Secretaria-Geral de Governo; O SECRETÁRIO DE ESTADO DA JUSTIÇA E
IX - Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do DA SEGURANÇA, no uso da atribuições,
Investimento;
X - Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Considerando que há excesso de Servidores nas
Econômico e Social; atividades administrativas e em órgãos operacionais;
193
Considerando a necessidade de corrigir distorções g) Nos municípios com até cinco mil (5.000) habitantes a RP
históricas e de racionalizar o gerenciamento de pessoal adotar será de um policial para seiscentos e cinqüenta (650) habitantes,
critérios aceitos internacionalmente; devendo ser garantida a lotação mínima de cinco policiais a fim
Considerando a existência de indicadores de lotação de possibilitar a articulação do serviço nas vinte e quatro horas
de efetivos reconhecidamente utilizados, em especial para o diárias.
policiamento ostensivo; § 1º - A Relação de Policiamento é o número obtido pela divisão
Considerando o compromisso desta Secretaria da da população do município pela quantidade de policiais
Justiça e da Segurança em garantir o direito à segurança em existentes lotados na atividade de policiamento ostensivo.
todos os municípios do Estado; § 2º - A relação de Policiamento por habitantes deve diminuir
Considerando a necessidade de disciplinar a nos municípios onde existe penitenciária, área de fronteira ou
transferência dos servidores policiais; portuária.
Considerando a importância de que as transferências § 3º - O número de habitantes dos municípios adotado para o
de servidores observem critérios de necessidade, possibilidade e cálculo da Relação de Policiamento será o previsto no último
razoabilidade; censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Considerando o parágrafo único do artigo 55 do
Decreto n° 38.107, de 22 de janeiro de 1998, que regulamenta a Art. 3º - A lotação dos policiais recém formados deverá ocorrer
Lei de Organização Básica da Brigada Militar. com os seguintes critérios:
- Incidência criminal nos municípios;
RESOLVE - Relação de Policiamento por habitantes;
- Existência de penitenciária, área de fronteira e portuária;
Art. 1º - Adotar os seguintes procedimentos para redistribuição - Lotação mínima.
dos efetivos na Brigada Militar:
Parágrafo único - O projeto de redistribuição de pessoal deverá Art. 4º - Nas unidades operacionais da Brigada Militar fica
acontecer em três fases a fim de que sejam minimizados estabelecida como a faixa percentual razoável entre cinco por
transtornos e prejuízos sociais para os servidores: cento (5%) e oito por cento (8%) de ocupação do pessoal
I - 1ª FASE: Abertura de acesso direto, através da Diretoria empregado nas atividades administrativas.
Administrativa da Brigada Militar, para os Policiais militares
que queiram ser transferidos, em caráter voluntário, dos Art. 5º - As unidades da Brigada Militar, nas atividades de
municípios em que prestam serviço para os municípios com falta apoio, devem reduzir, gradativamente, seus efetivos em até
de pessoal. A idéia está baseada na centralidade administrativa e cinco por cento (5%) do pessoal existente.
organizacional da Brigada Militar com vistas a agilizar decisões
e permitir redistribuição criteriosa do pessoal. A execução Art. 6º - No Batalhão de Polícia Fazendária e na Força Tarefa
deverá ocorrer no prazo de 90 dias. da Brigada Militar, atuando nos presídios, deverá ocorrer rodízio
II - 2ª FASE: Transferência dos policiais em excesso para os de pessoal de tal forma que o tempo máximo de permanência
municípios com falta de pessoal na própria região em que está dos servidores seja o de um (1) ano, sendo que o número
inserido, no prazo de 90 dias, estabelecendo-se critérios de máximo de pessoal existente em relação ao previsto tenha uma
disponibilidade do servidor, adequação de moradia e de outras defasagem igual ao CRPO AM (Comando Regional de Polícia
necessidades sociais do servidores. Ostensiva da Área Metropolitana).
III - 3ª FASE: Novo estudo das necessidades de adequação do
pessoal em excesso, com transferências por necessidade de Art. 7º - No Batalhão de Polícia Rodoviária deverá ocorrer
serviço, se for o caso, para os municípios com falta de rodízio de pessoal de tal forma que sejam renovados em um
contingente. Na implementação da presente fase, serão percentual de 20% de seus quadros anualmente, ficando vedada
estabelecidos convênios com os municípios visando a a permanência dos servidores nesta OPM por um período
implementação de projetos habitacionais, educacionais, entre superior a cinco anos, sendo que o número de pessoal existente
outros. em relação ao previsto tenha defasagem igual ao CRPO AM.

Art. 2º - Estabelecer as seguintes Relações de Policiamento Art. 8º - Na Polícia Civil ficam adotados os seguintes
(RP) a serem atingidas como ideais no Estado: procedimentos para redistribuição de pessoal:
a) Nos municípios com mais de um milhão (1.000.000) de - Remoção emergencial de Delegados de Polícia da capital para
habitantes a RP será a recomendada pela UNESCO para áreas o interior do Estado num percentual de vinte por cento (20%).
povoadas, ou seja, um policial para trezentos e cinqüenta (350) - Remoção para Delegacias de Polícia de vinte por cento (20%)
habitantes; do efetivo de agentes dos seguintes Departamentos:
b) Nos municípios com mais de quinhentos mil (500.000) Departamento de Administração Policial (DAP);
habitantes até um milhão (1.000.000) de habitantes a RP será de Departamento de Informática Policial (DINP);
um policial para quatrocentos (400) habitantes; Departamento de Telecomunicações (DETEL);
c) Nos municípios com mais de cem mil (100.000) habitantes Departamento de Polícia de Trânsito (DPTRAN);
até quinhentos mil (500.000) habitantes a RP será de um policial Curso Superior de Polícia (CSP);
para quatrocentos e cinquenta (450) habitantes; Academia da Polícia Civil (ACADEPOL).
d) Nos municípios com mais de trinta mil (30.000) habitantes - Redução de vinte por cento (20%) do efetivo existente em
até cem mil (100.000) habitantes a RP será de um policial para atividades administrativas nos seguintes departamentos:
quinhentos (500) habitantes; Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA);
Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC);
e) Nos municípios com mais de dez mil (10.000) habitantes até Departamento Estadual de Narcotráfico (DENARC);
trinta mil (30.000) habitantes a RP será de um policial para Departamento de Polícia do Interior (DIP);
quinhentos e cinqüenta (550) habitantes; Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).
f) Nos municípios com mais de cinco mil (5.000) habitantes até - Prazo de noventa (90) dias para execução desse processo,
dez mil (10.000) habitantes a RP será de um policial para contados da data desta publicação e considerados os efetivos
seiscentos (600) habitantes; existentes.

194
- Deverão ser remanejados os servidores com menor tempo de
serviço na Polícia Civil.
- Todos os policiais que tenham sido denunciados por abuso de
autoridade, concussão, prevaricação ou corrupção, e que
respondem, ou foram submetidos, a sindicâncias, inquéritos
policiais e processo administrativo disciplinar deverão ser
permutados das funções operacionais para as funções
administrativas.
- Os Comissários de Polícia lotados nos Departamentos referidos
na letras “b” e “c” deverão ser remanejados como chefes de
serviços nas Delegacias de Polícia.
- Os policiais remanejados deverão ser lotados em funções
operacionais nas Delegacias dos seguintes departamentos:
Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC);
Departamento Estadual de Narcotráfico (DENARC);
Departamento de Polícia Metropolitana (DPM);
Departamento de Polícia do Interior (DIP).
- Deverá ser remetido à Secretaria da Justiça e da Segurança,
mensalmente, relação do pessoal lotado nos Departamentos
citados neste artigo.

Art. 9° - Fica estabelecido que as circunscrições regionais da


Polícia Civil e da Brigada Militar devem coincidir com as
divisões geográficas dos Conselhos Regionais de
Desenvolvimento Social, sendo que o número de regionais no
Estado deve ser reduzido, gradativamente, até o limite de
adequação necessária ao funcionamento administrativo e
operacional.

Art. 10 - Os Comandos Regionais de Polícia devem assumir as


funções administrativas dos órgãos operacionais subordinados.

Art. 11 - É vedada a transferência dos Servidores Policiais


lotados em Municípios com carência de pessoal para Municípios
com excesso de contingente.

Art. 12 - Toda e qualquer transferência de Servidor Policial,


fora dos padrões requeridos por esta regulamentação, deverá
obter autorização prévia do Senhor Secretário de Estado da
Justiça e da Segurança.

Art. 13 - As escalas de serviço da Brigada Militar, da Polícia


Civil e da SUSEPE devem ser adequadas para proporcionar
condições de folga e de trabalho aos servidores, com o
cumprimento da carga horária de quarenta horas semanais
adaptada a necessidade racional das atividades.

Art. 14 - A presente portaria entrará em vigor na data de sua


publicação.

Art. 15 - Revogam-se as disposições em contrário.

Publicada no DOE n° 085, de 05 de maio de 2000.

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