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OSMP 14 Abr - Jano Molina - Isaías 26:12-15

“Senhor, tu nos darás a paz, porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras. Ó
Senhor, Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas, por ti só, nos
lembramos do teu nome. Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão; por
isso, os visitaste, e destruíste, e apagaste toda a sua memória. Tu, Senhor, aumentaste esta
gente, tu aumentaste esta gente, fizeste-te glorioso; mas longe os lançaste, para todos os
confins da terra.”

Existe uma grande confusão sobre a vida após a morte entre os cristãos. Alguns acreditam em
alguma forma de reencarnação, outros numa volta à natureza, outros colocam objetos dentro
do caixão para dar consolo ao morto. Até a ideia de um tipo de purgatório ressurge entre
muitos que se reconhecem como cristãos.

A estação da Páscoa nos lembra que a ressurreição é real, pois Cristo ressuscitou, caminhou
em vida novamente, comeu com as pessoas, fez milagres. E todo o período da Páscoa termina
na ascensão do Cristo corpóreo aos céus para voltar da mesma forma como ele se foi: com um
corpo real.

Há pouco ensino claro sobre a ressurreição no Antigo Testamento. Nos capítulos 25 e 26 de


Isaías temos uma das poucas vezes que aparece esta ideia. E é dentro de uma profecía. No
capítulo 25 se faz uma referência da abolição da morte e no capítulo 26, especificamente no
versículo 19, aparece a promessa que os mortos do povo de Deus ressuscitarão: Os teus
mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó,
porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos.
Isso é um contraste poderoso com o versículo 14.

A morte é um inimigo terrível à espreita de sua presa, mas é um inimigo conquistado por Jesus
na sua morte e ressurreição, na espera de sua derrota final e definitiva.

N. T. Wright, no seu livro “Surpreendido pela esperança” diz que nos túmulos das antigas
igrejas de Inglaterra é possível observar a inscrição “RESURGAM” que significa “eu
ressucitarei”. Com essa inscrição a pessoa que está enterrada sob aquela lápide acredita que,
após um curto período, haverá uma nova vida em um novo corpo incorruptível no futuro.
Aquela nova vida será uma vida humana vibrante e ativa, refletindo a imagem de Deus nos
novos céus e na nova terra. Afirmar uma vida futura sem afirmar que será com um novo corpo
real, palpável, de carne e osso, é contrário à teologia cristã clássica.

Cristo ressuscitou. O fato que Ele está sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso com seu
corpo incorruptível, é nossa garantia que Ele voltará em corpo para ressuscitar os Seus mortos
e lhes dar um corpo incorruptível como o corpo dEle, e todos os que estiverem vivos, seus
corpos também serão transformados por um corpo incorruptível como dEle. A morte já não tem
domínio sobre nós! O nosso último inimigo foi destruído e Cristo virá e apagará toda a sua
memória... para sempre.
Oremos. Ó Deus, Tu que pelo poder do Espírito levantaste Jesus Cristo dos mortos e lhe deste
um corpo incorruptível, que teu Espírito nos dê graça para acreditar firmemente que todos teus
inimigos não tornarão a viver, mas teus eleitos ressuscitarão para a vida eterna junto com o
Filho. Oramos em nome de nosso Redentor. Amém.

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