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SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE

INSTITUTO DE PSICANÁLISE “DURVAL MARCONDES”

RESISTÊNCIAS, ELABORAÇÃO E REAÇÃO TERAPÊUTICA NEGATIVA

Trabalho apresentado ao Seminário “Teoria da


Técnica”, como um dos requisitos para aprovação.
Coordenador: João Baptista N. F. França

Lucas Hangai Signorini

1º Semestre
2019
A partir da proposta de França (2019), esse trabalho aborda os conceitos de
resistência, elaboração e reação terapêutica negativa à partir dos textos “Recordar,
repetir e elaborar” (Freud, 1914/2010), “Além do princípio do prazer” (Freud,
1920/2010), “O Eu e o Id” (Freud, 1923/2011) e “Inibição, Sintoma e Angústia” (Freud,
1926/2014). Para tanto, propomos a divisão da tarefa nos seguintes eixos:
contextualização das ideias centrais de cada texto, focalizando-se os conceitos chave
deste trabalho, e discussão de breve relato de situação clínica que ilustra o conteúdo
abordado.

Investigações sobre a técnica

Propomos como contextualização do texto a concepção de Campos e Coelho Jr.


(2010), de “um fundo do qual emerge a figura da obra, ou seja, da interpretação 1 como
atividade de construção e desconstrução de contextos” (p. 251), nos quais se interligam
a inserção histórico-cultural do texto com a própria rede de articulação histórico-
conceitual. Considera-se então uma interpretação que responda à obra a partir da
experiência que esta propicia ao leitor, ou seja, “a interpretação eficaz se dá não pela
sua capacidade de conservação, mas, sobretudo, pela emergência de novas
configurações” (p.253).

Optamos por apresentar os textos respeitando sua ordem cronológica, portanto,


“Repetir, recordar e elaborar”2 (Freud, 1914/2010) é o texto de abertura de nossa
discussão. Nas notas introdutórias da Edição Standard das Obras Psicológicas de S.
Freud, Strachey enfatiza o primeiro aparecimento dos conceitos de compulsão a
repetição e de elaboração. Este último é digno de um pequeno esclarecimento. O termo
working-through é a tradução do alemão Durcharbeiten, para o qual Laplanche e
Pontalis (1967/2008) adotaram perlaboration, solução frente tanto à impossibilidade de
tradução exata, como também à incerteza do conceito. Roudinesco e Plon (1998), por
sua vez, colocam em questão a decisão dos primeiros autores 3 por não atribuírem ao

1
Neste momento, referimo-nos a interpretação como conceito da Hermenêutica, e não especificamente ao
conceito psicanalítico chave que abordaremos neste texto. Nos parágrafos seguintes, interpretação deve
ser tomada no sentido psicanalítico. Em momentos em que há possibilidade de confusão quanto ao termo,
será usado “interpretação psicanalítica” para discriminar os campos.
2
Deste momento em diante, faremos referência ao texto como “Recordar...”
3
E, em certa parte, a Strachey também.

1
termo “o estatuto de conceito que lhe é justificadamente atribuído pelos autores
franceses” (p. 174). Destacam ainda que

a maioria dos autores considera que, se o trabalho é efetivamente feito pelo


analisando, o analista tem grande participação nele. Melanie Klein, no
entanto, modificou essa concepção da elaboração inconsciente, mostrando
que ela pode se produzir sem a intervenção do analista. Trata-se, nesse caso,
de uma reação espontânea do sujeito, que procura remanejar seus afetos para
superar a posição depressiva. Cônscios dessa distinção, os tradutores
franceses da obra kleiniana introduziram dois termos distintos para marcar as
duas modalidades do working-through: a perlaboração e a translaboração (p.
174).
A edição em português do “Vocabulário da Psicanálise”, adotou o
afrancesamento do termo, isto é, perlaboração como o processo pelo qual o analisando
integra uma interpretação e supera as resistências que ela provoca. O termo elaboração –
psychische Verarbeitung - restringiu-se ao “trabalho realizado pelo aparelho psíquico
com o fim de dominar as excitações que chegam até ele e cuja acumulação corre o risco
de ser patogênica” (Laplanche e Pontalis, 1963/2008, p. 143). Optamos, neste
panorama, pela tradução brasileira de Paulo César de Souza, que considera o termo
elaboração como suficiente.

De todo modo, a compulsão a repetição e a elaboração são caros ao nosso


estudo. Para apresentar estes conceitos ao leitor, Freud retoma a evolução da técnica
psicanalítica ao longo dos anos sem, contudo, destacar, por não ser seu objetivo, os
desdobramentos da teoria psicanalítica no mesmo período, como podemos notar na

figura abaixo:

2
Figura 1 Breve esquema dos desdobramentos da teoria freudiana, entre os anos de 1895 e
1926

“Recordar...” ainda assim, traz elementos importantes a teoria, e por isso cabe o
adjetivo de um dos textos técnicos mais importantes de Freud. Por esse ângulo, cabe a
complexificação do esquecimento, sobre a qual a amnésia infantil tem sua carga
redimensionada pelas lembranças encobridoras4, nas quais “se conserva não apenas algo
essencial da vida infantil, mas verdadeiramente todo o essencial. Elas representam os
anos esquecidos da infância tão adequadamente quanto o conteúdo manifesto do sonho
representa os pensamentos oníricos” (Freud, 1914/2010). Esta descrição abre espaço
para que Freud apresente um conjunto de vivências que na época da primeira infância
foram vividas sem compreensão, cuja interpretação não desperta lembrança, já que a
compreensão ocorre a posteriori5, isto é, num contexto histórico e subjetivo posterior.

Em acréscimo, o texto destaca que é possível o analisando não recordar o que foi
esquecido e reprimido, mas sim o atuar, isto é, repete sem saber que o faz. Freud cita
por exemplo o analisando que não se recorda de ter sido rebelde diante dos pais, mas o
faz diante do analista. Queixa-se das dificuldades da vida; não se lembra da vergonha de
quaisquer dificuldades sexuais que fossem descobertas, mas tem vergonha do
tratamento psicanalítico. Então acrescenta que ao pedir para o paciente associar
livremente, ele nada diz evidenciando como resistência contra qualquer recordação, de
modo que, em tratamento, “não se livrará desta compulsão de repetição; por fim
compreendemos que este é seu modo de recordar” (pp. 200-201).

Pedimos, neste momento, licença para reproduzir abaixo um trecho longo:

É natural que em primeira linha nos interesse a relação desta compulsão de


repetição com a transferência e a resistência. Logo notamos que a
transferência mesma é somente uma parcela de repetição, e que a repetição é
transferência do passado esquecido, [transferência] não só para o médico,
mas para todos os âmbitos da situação presente. Devemos estar preparados,
portanto, para o fato de que o analisando se entrega à compulsão de repetir,
que então substitui o impulso à recordação, não apenas na relação pessoal
com o médico, mas também em todos os demais relacionamentos e
atividades contemporâneas de sua vida, por exemplo quando, no decorrer do
4
Lembrança encobridora é um conceito introduzido por Freud em 1899 que designa uma “lembrança
infantil que se caracteriza ao mesmo tempo pela sua especial nitidez e pela aparente insignificância do seu
conteúdo” (Laplanche e Pontalis, 1963/2008, p. 264). É uma formação de compromisso entre o recalque a
defesa.
5
Como nos lembra Roudinesco e Plon (1998), o termo foi primeiramente utilizado em carta a Fliess, da
data de 06 de dezembro de 1986, e o termo tem sua importância por resumir “o conjunto da concepção
freudiana de temporalidade, segundo a qual o sujeito constitui seu passado, reconstruindo-o em função de
um futuro ou de um projeto” (p. 32).

3
tratamento, escolhe um objeto amoroso, toma para si uma tarefa, começa um
empreendimento. Também a participação da resistência não é difícil de
reconhecer. Quanto maior a resistência, tanto mais o recordar será
substituído pelo atuar (repetir).... Se a terapia começa sob os auspícios de
uma suave e discretamente positiva transferência, ela permite inicialmente,
como na hipnose, um aprofundar da recordação, durante o qual mesmo os
sintomas patológicos silenciam; mas se no decurso posterior a transferência
se torna hostil ou muito intensa, por isso necessitando de repressão,
imediatamente o recordar cede o lugar à atuação. A partir de então as
resistências determinam a sequência do que será repetido. É do arsenal do
passado que o doente retira as armas com que se defende do prosseguimento
da terapia, as quais temos de lhe arrancar peça por peça . (pp. 201-202,
grifos meus)

Desse modo, Freud pretende argumentar os motivos pelos quais a condição


patológica não cessam com início da análise, e que a doença, nos termos do autor,
devem ser tratadas em sua atualidade, isto é, no emergir da repetição na própria análise:
“fazer repetir no tratamento analítico, segundo a nova técnica, significa conjurar uma
fração da vida real” (p. 202). Esta parece ser, todavia, apenas uma parte do caminho, já
que Freud defenderá que o modo de conduzir a compulsão a repetição a transformá-la
em algo a ser recordado é pelo manejo da transferência: “quando o paciente se mostra
solícito a ponto de respeitar as condições básicas do tratamento, conseguimos
normalmente dar um novo significado de transferência a todos os sintomas da doença,
substituindo sua neurose ordinária por uma neurose de transferência...” (p. 206), ou seja,
a transferência torna-se a arena dos conflitos, das repetições, e da possibilidade de
encontro entre o passado e o presente.

Por último, a elaboração é definida nos meandros do tempo. Freud recorda-se


dos momentos em ouviu a respeito da interpretação não ser “absorvida” pelo
analisando. É definida, portanto, como o “processo pelo qual a análise integra uma
interpretação e supera as resistências que ela suscita.... Uma espécie de trabalho que
permitiria ao sujeito aceitar certos elementos recalcados e libertar-se da influência dos
mecanismos repetitivos (Laplanche e Pontalis, 1963/2008, p. 339), devendo-se,
portanto, esperar e deixar as coisas seguirem seu curso que não pode ser evitado, e
tampouco ser sempre acelerado.

Seis anos passados o lançamento de “Recordar...”, Freud retoma a compulsão a


repetição sob um novo arsenal teórico em “Além do princípio do prazer” 6, partindo da

6
Assim como em “Recordar...”, tomaremos o texto como “Além”.

4
concepção de haveria no psiquismo uma forte tendência para o princípio do prazer, mas
também outras forças que se opõem a ela, de modo que nem sempre se corresponda à
tendência para o prazer. A primeira limitação ao princípio do prazer é o princípio da
realidade, que influenciado pelas pulsões de conservação do eu que, aliás, indica a
segunda limitação, a repressão das pulsões sexuais. Para além delas, Freud localiza nas
reações psíquicas a algumas formas de perigo externo possibilidades de reconsiderar o
antigo problema da organização referente às pulsões e os conflitos internos (Roudinesco
e Plon, 1998).

Os primeiros perigos externos são as catástrofes naturais, os acidentes graves ou


os atos de guerra, situações geradoras de neuroses traumáticas ou neuroses de guerra,
nas quais os sonhos produzidos remetem os sujeitos às circunstâncias traumáticas de
seus acidentes, embora eles não pensassem no assunto durante o dia. O segundo perigo
é ilustrado por Freud a partir da observação de seu neto, Ernstl, que na ausência da mãe
arremessava um carretel emitindo um “o-o-o-o”, em equivalência a fort – fora, e o
puxava dizendo da – aqui. Para essa observação, o texto oferece uma dupla
interpretação psicanalítica: Ernstl tornava-se ativo de uma situação que era passivo, não
importasse a dor da repetição, e além disso, na brincadeira, era possível exprimir
sentimentos hostis capazes de satisfazer seu sentimento de vingança decorrente da
partida da mãe.

As situações externas são colocadas em parênteses por um momento para


investigar a situação analítica. Freud retoma “Recordar...”, ao afirmar que o analisando
deve ser “levado a repetir o reprimido como vivência atual, em vez de, como preferiria
o médico, recordá-lo como parte do passado” (p. 176). A neurose de transferência é
novamente ressaltada como um objetivo a ser alcançado no setting psicanalítico, onde
“o médico se empenhou em restringir o campo dessa neurose de transferência, em
empurrar o máximo possível para a recordação e deixar o mínimo para a repetição” (p.
177).

Ainda para melhor compreender a “compulsão à repetição”, Freud almeja


esclarecer a resistência, evitando o equívoco de “pertencê-la” ao inconsciente, pois
como vimos, o inconsciente, regido pelo princípio do prazer, deseja abrir caminho rumo
à consciência. Assim, “a resistência no tratamento procede dos mesmos elevados
sistemas e camadas da psique que anteriormente efetuaram a repressão” (p. 178). Desse
modo, é preciso esclarecer que a oposição não se dá entre o consciente e o inconsciente,
5
mas sim entre o Eu coerente e aquilo que é reprimido7. O autor dá indícios de temáticas
que serão abordadas novamente em 1923, com “O Eu e o isso”, ao afirmar que no Eu
traz em si muito de inconsciente. De todo modo, ao afirmar que a resistência do
analisando provém de seu Eu, é possível perceber que “a compulsão à repetição deve
ser atribuída ao reprimido inconsciente” (ibid). Mas qual seria então a relação entre a
compulsão a repetição e o princípio do prazer?

O desprazer não contradiz o princípio do prazer, como já demonstrada pela


brincadeira do fort/da, onde a dimensão desprazerosa é compensada pelo prazer ligado à
expressão da hostilidade. Nas palavras de Freud, “é um desprazer que já consideramos,
que não contraria o princípio do prazer, é desprazer para um sistema e, ao mesmo
tempo, satisfação para o outro” (Ibid).

A compulsão à repetição também traz de volta experiências do passado que não


permitem prazer, que também naquele tempo não podem ter sido satisfações, em que “a
ação é repetida, apesar de tudo; uma compulsão impele a isso” (p. 181), como se fossem
pessoas condenadas a reconhecer o fracasso reiteradamente. Freud reconhece haver na
vida psíquica uma compulsão a repetição que se coloca acima do princípio do prazer. É
neste sentido que o autor liga a essa compulsão os sonhos das vítimas de neurose
traumática e o impulso que leva as crianças a brincar.

Como havíamos citado previamente, “Além...” fornece elementos que Freud


viria a discutir apenas em 1923, em o “O Eu e o Id”. A obra que formaliza a chamada
segunda topologia traz para nosso intuito o fenômeno denominado reação terapêutica
negativa. Estamos conscientes da quebra que a apresentação deste texto traz para o
desenvolvimento de nosso trabalho, mas pretendemos manter o método de leitura
cronológica dos textos que temos feito desde o início, sem desvirarmos da apresentação
dos conceitos de nosso interesse.

Laplanche e Pontalis (1963/2008) definem a reação terapêutica negativa como

fenômeno encontrado em certos tratamentos psicanalíticos como tipo de


resistência à cura especialmente difícil de superar: cada vez que se poderia
esperar uma melhoria do progresso da análise, produz-se um agravamento,
como se certos sujeitos preferissem o sofrimento à crua. Freud liga este
7
Essa noção será retomada por Freud (1926/2014) em “Inibição, sintoma e angústia” quando apresenta
que a “resistência que temos de superar na análise é exercida pelo Eu, que se atém a seus
contrainvestimentos. É difícil, para o Eu, voltar sua atenção para percepções e ideias que até então ele
teve por preceito evitar, ou reconhecer como seus impulsos que representam o completo oposto daqueles
que lhe são familiarmente próprios” (p. 106).

6
fenômeno a um sentimento de culpa inconsciente inerente a certas estruturas
masoquistas. (p. 424)
Quando utiliza novamente o termo em 1924, em “O problema econômico do
masoquismo”, Freud o descreve como “uma das mais sérias resistências e o maior
perigo para o êxito de nossas intenções médicas ou pedagógicas” (p. 195). Novamente,
apresenta a satisfação desse sentimento de culpa inconsciente, como uma “vantagem da
doença” que não renuncia ao estado doentio o sofrimento que segue a neurose. Este é
justamente o fator que a torna valiosa para a tendência masoquista. Em outra direção, o
fenômeno retorna a ser descrito em “Análise terminável e interminável” (Freud,
1937/2018), não como redutível aos sentimentos de culpa e castigo, inerentes ao papel
do supereu e do masoquismo secundário. A reação terapêutica negativa se torna, neste
ensejo, o caráter radical da pulsão de morte.

Se por um lado o desvio que realizamos em o “O Eu e o Id” torne este nosso


trabalho algo truncado, a reação terapêutica negativa reacende a discussão em torno do
conceito de resistência, que abordamos mais brevemente. Desta forma, encaminhamos
para o fim do percurso, ao apresentar os cinco tipos de resistências, assim propostos em
“Inibição, Sintoma e Angústia” (Freud, 1926/2014).

A sistematização das resistências ocorre nos Complementos da obra, sob o título


“A resistência e contrainvestimento”. Vale ressaltar que a apresentação do texto se dá
em fase avançada do percurso freudiano, no qual já se dispõe de um arcabouço teórico
bastante robusto, como por exemplo, a 2ª topologia do aparelho psíquica e a 2ª teoria
das pulsões. Nesse sentido, o Eu, que já possui caráter de instância psíquica, é solicitado
pela pulsão que garanta a ação defensiva através de um esforço constante, e “esta ação
para salvaguardar a repressão que sentimos como resistência no tratamento analítico”
(Freud, 1926/2014, p. 104, grifos do autor). A resistência pressupõe o
contrainvestimento, apresenta Freud, que consiste no investimento pelo Eu de
representações, atitudes, suscetíveis de criarem obstáculo para o acesso à consciência e
à motilidade das representações e desejos inconscientes, pois “a defesa contra uma
percepção perigosa é aliás, uma tarefa comum a todas as neuroses” (p. 106).

Por último, Freud apresentará cinco tipos de resistências que provém das três
instâncias psíquicas, do Eu, do Id e do Super-eu, sendo o Eu fonte das três formas:

A primeira dessas três resistências do Eu é a resistência da repressão.... Dela


se distingue a resistência da transferência, que é da mesma natureza, mas que

7
na análise se manifesta de modos diferentes e bem mais nítidos, pois
consegue estabelecer uma relação com a situação analítica ou com a pessoa
do analista, assim revivescendo uma repressão que deveria ser apenas
lembrada. É também resistência do Eu, mas completamente de outra
natureza, aquela que procede do benefício da doença e que se baseia na
assimilação do sintoma ao Eu. Ela corresponde à revolta contra a renúncia a
uma satisfação ou alívio. O quarto tipo de resistência—o do Id—é o que
vimos como responsável pela necessidade da elaboração. A quinta
resistência, a do Super-eu, reconhecida por último, a mais obscura, mas nem
sempre mais fraca, parece originar-se da consciência de culpa ou
necessidade de castigo; ela desafia todo êxito, e, portanto, também a cura
pela análise. (p.101)
Referências

Campos, E. B. V. & Coelho Jr, N. E (2010). Incidências da hermenêutica para a


metodologia da pesquisa teórica em psicanálise. In Estudos de Psicologia.
27(2). Campinas;

Freud, S. (2010). Além do Princípio do Prazer. In S. Freud, Obras Completas, 14, São
Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1920);

Freud, S. (2010). Recordar, Repetir e Elaborar. In S. Freud, Obras Completas, 10, São
Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1914);

Freud, S. (2011). O Eu e o Id. In S. Freud, Obras Completas,16, São Paulo, SP:


Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1923);

Freud, S. (2011). O problema econômico do masoquismo. In S. Freud, Obras


Completas,16, São Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original
publicado em 1924);

Freud, S. (2018). Análise terminável e interminável. In S. Freud, Obras Completas, 19,


São Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1937);

Freud, S.(2014). Inibição, Sintoma e Angústia. In S. Freud, Obras Completas, 17, São
Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em
1926[1925]);

Laplanche, J.; Pontalis, J.-B. (1998). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins
Fontes. (Trabalho original publicado em 1963);

Roudinesco, E. & Michel Plon (1998). Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor;

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