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Cultura do Narcisismo

Livro publicado originalmente em 1979.

O movimento pela conscientização e a invasão social do Eu

O enfraquecimento do sentido de tempo histórico

-com o fim do século XX, convicção de que muitas outras coisas tb acabam junto. Sensação de
fim do mundo, acompanhada de uma série de castatrofes (nazismo, esgotamento de recursos
naturais...). Pouca preocupação em como afastar o desastre, mas como garantir a própria vida.
O ser humano apresenta desesperança em movidificar a sociedade , até mesmo de entende-la,
prevalência do culta ao crescimento pessoal. São preocupações pessoais: comer alimentos
saudáveis, contato com os sentimentos.

Pensamento total em si leva a um Movimento de recuo da política e um repúdio ao passado


presente. Esquecimento de um passado muito recente (anos 60, por exemplo).

Frase tese é a do VIVER PARA O MOMENTO, para si e não para os que virão a seguir. Perdemos
o sentido de continuidade histórica., perdemos o senso de pertencemos a uma sucessão de
gerações do passado e que irão ao futuro.

Ele vai retomar algumas discussões a respeito das religiões, por exemplo, mesmo as mais
radicalmente sobrenaturais do passado exprimiam uma esperança de justiça social e de um
sentido de continuidade com a geração anterior, o que não está presente nos anos 1970.
Sobrevivencia individual como único bem. Não é exatamente um novo despertar, mas um
problema.

A sensibilidade terapêutica

-Desejo contemporâneo (terapêutico) de bem-estar pessoal, saúde e segurança psíquica.


Politica radical preencheu vidas vazias, proporcionou um sentido de significação e finalidade.
Bom exemplo que ele dá é de Susan Stern, imporante militante do movimento anti guerra do
Vietnam, que fazia um relato sobre si e seu corpo durante as demosnrtrações de 1968: Sentria-
me real”, dizia ela, e trocava de lideres com a mesma velocidade com que a desapontava.
Lasch vai pegando vários descritores “individuais” de Susan no Movimento. Lasch vai entender
esse movimento como de uma necessidade de estabelecer uma identidade, ,as não de
mergulhar sua identidade em uma causa mais ampla.

O americano contemporâneo falhou em estabelecer qualquer espécie de vida comum,


contudo, as tendências integracionistas da moderna sociedade industrial solapou seu
isolamemto. Tendo aberto mão da maioria de suas capacidades técnicas em favor da
corporação, ele não mais consegue satisfazer as suas necessidades materiais. A medida que a
família perde não somente suas funções produtivas, mas também muitas de suas funções
reprodutoras, homens e mulheres não conseguem mais criar seus filhos sem o auxilio de
especialistas garantidos. O individuo se tornou dependente do Estado, da corporação e de
outras burocracias. O narcisismso representa a dimensão psicológica dessa dependência. O
narcisismo depende de outros para validar sua auto estima (necessita de audiência). O
narcisista só se sente bem quando ve seu eu grandioso refletido nas atenções das outras
pessoas ou ao ligar0se aqueles que irradiam celebridade, poder e carisma. O NARCISISTA VE
UM MUNDO COMO UM ESPELHO.

Contraponto: sec XIX, o americano reprimido teve um frágil triunfo pelo id, manter controlado
o impulso. Supereu anglo saxão temian a brutalidade do oeste pq temia a selvageria em casa
um. Na década de 19770, por outro lado, as pessaos se queixam da incapacidade de sentir,
reanimam a carne preguiçõesa. COndemam o supereru e exaltam a perdida vida dos sentidos.
Tantas defesas contra os impulsos poribidas que não sabem o que é se deixar inundar pelo
desejo. São consumidas pelo ódio que deriva contra o desejo e dão origem, por sua vez, as
novas defesas contra o próprio ódio.

A burocracia cria uma intrincada rede que enfraquece o suepereu social (autoridade), mas não
enfraquece o seupereu individual. Elementos inconscientes e irracionais do supereu passam a
dominar sua operação. A medida que as figuras de autoridade na sociedade perdem sua
credibilidade, o supereu nos indivíduos cada vez tem mais orifem nas primitivas fantasias
sobre seus pais, e não de ideais de ego interiorizados, formados pela experiência posterior
com modelos amados e respeitados de conduta social.

De um modo mais conclusivo, um eu imperial, dominador, é substituído por um eu grandioso,


narcisista, infantil e ovo. O homem psicológico almeja paz de espirito, e os terapuetias, tornam
se os principais aliadaos pela luta da tranquilidade.

Da politica a introspecção: visão terapêutica desbanca a politica: transforma queixas coletivas


em problemas pessoais acessíveis à intervenção terapêutica.

Sucessão de exemplos, porem com poucas indicações de auto conhecimento pessoal ou


coletivo. Os exemplos sempre parecem dizer um certo privilegio do pessoal em detrimento da
questão da organização social.

Confissão e anticonfissao: popularidade do novo modo confessionismo. Por meio da auto-


exposição, alcançar um distanciamento crítico do eu e atingir uma percepção das horças
históricas. O simples ato de escrever já pressupõe certo distanciamento do eu. Objetivação da
pp experiência. Escrita como autoexposição, deixando o leitor chegar a pp interpretação.
Tentativa de encantar o leitor, em lugar de reivindicar a importância de sua narrativa.

Esse modo confessional permite um relato aflitivo da desolação espiritual de nossos dias. A
pseudopercepção do narcisista sobre sua pp condição geralmente expressa em lugares-
comuns psiquiátricos serve-lhe como um meio de derviar-se da crítica e de negar a
responsabilidade por seus atos. Uma parófia da vida íntima, mas uma vida intima que não
pode ser levada a sério. O escritor não ve mais a vida refletida em sua pp mente. O posto é o
que acontece: ele ve o mundo, mesmo em sua vacuidade, como um espelho de si mesmo. Ao
registrar suas experiências, procura fornecer não um relato objetivo de uma parte
representativa da realidade, mas seduzir os outros para que lhe deem atenção, aplauso ou
simpatia, e consequentemente, escorar seu senso titubetante do eu.

O vazio interior

Angustia em busca da paz psíquica. Lasch vai fazer uma ligação aos meios de comunicação,
fizeram dos americanos uma nação de fas, de frequentadores de cinema. A mida da substancia
e, por conseguinte, intensifica os sonhos narcisistas de fama e gloria, encoraja o homem
comum a identificar-se com as estrelas e a odiar o rebanho, e torna cada vez mais difícil para
ele aceitar a banalidade da existência cotidiana. O id pode desejar, mas não sustenta perder.

Quando ocorre ao moderno Narciso que ele pode viver não só na sem a fama, mas sem o eu,
viver e morrer sem jamais ter tornado seus amigos conscientes do espaço microscópico que
ocupa neste planeta, ele experienta como uma explosão de seu senso de identidade.

Exemplos da escritos em que a vida politica, por exemplo, transmitem a sensação de


irrealidade politica.

A critica progressista ao privatismo: a popularização dos modelos psiquiátricos de


pensamento, a difusão do movimento de nova conscientização, o sonho de fama e a
angustiante sensação de fracasso que dão, todos, uma urgência adicional a busca de panaceias
espirituais, compartilham uma qualidade de intensa preocupação com eu. A busca do domínio
da naturexa deu lugar a busca de auto-satisfação.

Criticas erradas da psiquiatrização: a auto-observação protegeria contra os horrores que o


cerca, ou que a mania de conscientizao trata de problemas peculiares aos bem sucedidos. As
experiências de vazio e de solidão originam das condições hostis que invadem a sociedade
americana, dos perigos e incertezas que nos cercam e de uma perda de confiança no futuro.
Os pobres sempre tiveram de viver o presente, mas agora uma preocupação desesperada pela
sobrevivência pessoa, as vezes disfarçada de hedonismo, engloba também a classe media.

Essa sobrevivência psíquica, quando ão alcançada pelas relações pessoais, tornam a vida
privada um lugar que assume as qualidades de uma ordem social anárquica (sem leis). É essa
devastação da vida pessoal que precisa ser criticada, ou seja, esse retorno ao privado diz
respeito sempre a uma derrota. Há um aconselhamento a naão fazer investimentos grandes
no amor e na amizade, e sim em não se depender excessivamente de outras pessoas e a viver
o momento (o que criou a crise em primeiro lugar).

A critica do privatismo: Sennett. desvalorização do nível pessoal. Privatização espontaneidade


emocial, demonstrações de sentimento. Interesse publico não expuham as pessoas. Sex XIX: as
ações publicas revelavam a personalidade intima do agente. Culto a sinceridade e da
autenticidade teria rasgado as mascaras que as pessoas haviam usado em publico. Seriedade
das revelações em público, e a conversa assumiu carater de confissão.Isso tudo vai levar a um
autodistanciamento na construção da realidade (antes o que há na realidade para a pessoa, e
não se ela é eleO. O narcisista sustenta o interesse do ego.

Lasch vai trazer uma argumentação de diferença de classes, de que o rico sempre fez o pobre
ter culpa peça privação mateiral, e que ao longo da história, as pessoas sempre projetaram
aspectos irracionais de si próprios no campo da politica. O argumento de Sennet tem uma
argumentação liberal, de que a politia não pode ser um instrumentnto de mudança social. Pelo
contrario, cada vez mais difícil amizades e casamentos.

Ai vale ler a conclusão do Lascjh, que ta na pagina 53.

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