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Black Death—the Plague

Time Industrial
Caça e coleta
Agricultural revolution Revolution
Fig. 1-1, p. 6
 Crescimento da
população humana,
padrões de consumo e
das taxas e capacidade de
suporte da biosfera.

 População do planeta:
6 bilhões de pessoas

Mais da metade das


pessoas do mundo vivem
na cidade
Fonte: TUCCI, Carlos E. M.; BERTONI, 2003.
Meio Ambiente Urbano
Os seres humanos constituem atualmente uma
espécie majoritariamente urbana

• as cidades ocupam 2% da superfície da terra mas


consomem 75% dos seus recursos.

• a população urbana mundial cresce em 70 milhões de


habitantes todo ano.

• 70% das populações dos EUA, Canadá, Europa


Ocidental e Japão são urbanas.

• 74% dos latinos americanos vivem em cidades.

• 81% dos brasileiros vivem em cidades.


fonte: IBGE 2001 / Worldwatch Institute,1998
Fonte: TUCCI, Carlos E. M.; BERTONI, 2003.
 Mais de 50% da população mundial vive em áreas urbanas
(2% da superfície da Terra).
 A maioria das áreas urbanas do mundo estão
situadas ao longo das costas dos continentes.

 A maior parte da África e grande parte do interior


da América do Sul, Ásia e Austrália são escuras
durante a noite.

 Existem 18 megacidades no mundo (em 2006 cada


uma tinha 10 milhões ou mais pessoas).
 A cidade pode ser interpretada como um
ecossistema
IN PUT OUT PUT

Matéria e Resíduos
energia

Ecossistema Humano
 As áreas urbanas são raramente sistemas sustentáveis.

Figure 23-8
Degradação do capital natural
Crescimento urbano

Terra e Cuidados com a Água Energia, ar e clima Efeitos


biodiversidade saúde e a estética Aumento do runoff econômicos
Perda de terra Aumento do Aumento do uso e
para cultivo vazamento de desperdício de Impostos mais
Água potável e caros
produtos químicos energia
Perda de florestas ar contaminados
e campo Aumento da poluição Aumento da Declínio dos
Perda de áreas das águas superficiais poluição distritos
Ganho de peso
únidas e subterrâneas Aumento da comerciais na
Perda e fragmen- emissão de gasses parte central das
Poluição sonora e Aumento do uso da
tação de habitats do efeito estufa cidades
visual água superficial e
de aminais subterrânea Acentuação do Aumento do
selvagens Iluminação do aquecimento global desemprego em
Aumento do céu a noite Aumento da incidência cidades centrais
de enchentes Microclima mais
número de animais Congestionamentos quente, Ilhas de Perda da
mortos em estradas Diminuição no arrecadação de
calor)
Aumento da tratamento natural dos impostos na
erosão esgotos cidades centrais
O processo de
urbanização vincula-se ao
tipo de desenvolvimento.

Gerador de capital via


corporações, com apoio
dos Estados-Nação e
baseado na exploração do
trabalho e do patrimônio
ambiental.
LADISLAU DOWBOR (2009).
Produção de espaços altamente
especializados e espaços de desvalidos,
excluídos de desfrutar a riqueza acumulada,
concentrada na mão de poucos.
Globalização não reduz
desigualdade e pobreza no
mundo, diz ONU.

INESC, 2009.

Pelo menos 11% da população
mundial, o equivalente a 783
milhões de pessoas,
continuam carentes do aceso a
água.

 Cerca de 1,1 bilhão de pessoas


continua sem redes de esgoto.

 Cerca de 4 mil crianças


morrem diariamente por
doenças diarreicas associadas
à falta de qualidade da água.
Sociedade pós-industrial: pautada na produção de valor pela
circulação de mercadoria. Marcada pela desigualdade.
 Acelerada, caótica e desigual.

 Produção de apartheid urbano:


cidade formal e informal ou cidade
legal e ilegal
 Nosso processo de urbanização é recente.
 Como se deu esse processo?
 Com a crise cafeeira os investimentos do capital nacional foram
direcionados para a indústria.
 São Paulo e Rio de Janeiro passaram a concentrar o capital produtivo
e financeiro , conseqüentemente houve um aumento na oferta de
empregos.
 Em 1970 nossa população urbana já era maior que a rural.
 A chegada das leis trabalhistas no campo provocou uma evasão em
direção às cidades.
 Estes fenômeno foi intensificado com a mecanização e com o
processo de concentração de terras.
 O resultado foi caótico: cidades inchadas, com problemas gigantescos.
Urbanização do Brasil: Periférica, desigual e
excludente

Nos últimos 40 anos, a


população brasileira
inverteu sua localização.

Hoje mais de 80% da


população vive em
meios urbanos.
 Os migrantes tiveram um
papel fundamental como
oferta de mão de obra barata
para o processo de
industrialização/urbanização.
 A pobreza gerada pela
economia capitalista expulsa a
milhões de pessoas para viver
em favelas e bairros
degradados, sem adequado
abastecimento de água,
esgotamento sanitário e outros
serviços.
 A modernização ocorreu com a exploração da força de
trabalho barata.
 Esse contingente populacional foi ignorado pelas
políticas públicas e excluída do mercado formal
residencial capitalista.
 Essa população foi obrigada a construir suas próprias
moradias e seus próprios bairros.
 O resultado é um processo de
urbanização baseado nos
baixos salários.
 As cidades são erguidas de
forma ilegal pelas mãos de
seus moradores.
 Sem observação de leis
urbanísticas e edilícia, sem
conhecimento técnico, sem
financiamento público ou
subsídios, resultando em
ocupações precárias e áreas
submetidas a riscos de
diversas naturezas.
 Nas metrópoles
situadas nas regiões
Norte e Nordeste, mais
de 50% dos domicílios
são ilegais (essa taxa se
aplica também ao Rio
de Janeiro).
 Em São Paulo, Belo
Horizonte, Porto
Alegre, essa taxa esta
entre 33% e 25% dos
domicílios.
Fotos da ocupação urbana nas proximidades da
Represa Billings – São Paulo, manancial crucial
para o abastecimento da maior cidade da América
Latina.
Fonte:RobertoBandeira–WWF,2004 apud Andrade, 2005.
Fonte: Inaiá Maria Moreira de Carvalho, Angela Gordilho Souza, Gilberto Corso Pereira, 2004.
Fonte: MCidades, 2010.
Fonte: MCidades, 2010.
A degradação ambiental está diretamente
ligada ao modelo de desenvolvimento
econômico.”

Os impactos sobre o meio ambiente são


decorrentes tanto da ocupação ilegal como
pela cidade legal.
Por um lado, a precariedade da cidade dos
excluídos, por outro a destruição propiciada
pela especulação imobiliária.
Mata Atlântica no Litoral Paulista
Processo de ocupação tipo “terra arrasada”. Alteração
da paisagem urbana, da silueta da cidade.
 A ocupação desordenada da
terra.
 Falta de controle sobre o uso e a
ocupação do solo.
 Especulação fundiária e
imobiliária sem regulação
 Segregação urbana.
 Crescimento exponencial de
favelas
 Desastres decorrentes de
desmoronamentos com mortes.
 Alta taxa de impermeabilização
do solo causadora de constantes
enchentes
 Violência
 Criminalização
 Insegurança
 Baixa estima
Deslizamento de terra

Salvador - BA

Fonte: GONDIM, Joaquim, 2008.


Fonte: SOUZA, Vladimir Caramori,
Fonte: SOUZA, Vladimir Caramori,
Fonte: SOUZA, Vladimir Caramori,
Por aqui transitavam mais de 160.000 carros por dia

Fonte: SOUZA, Vladimir Caramori,


Cheonggyecheon, Seul - Antes do projeto.
Cheonggyecheon antes do projeto
Demolição da autopista elevada.
Recuperacão urbana do canal
Em outubro deste ano estará terminado em sua totalidade.
DEGRADAÇÃO
CURSOS D’ÁGUA
Barragem do Cobre  Patrimônio ambiental em agonia.
Parque de Pituaçu  Outro patrimônio ambiental ameaçado
Presente na Constituição da República no
capítulo referente aos direitos fundamentais
Art. 5º (...)
XXII – é garantido o direito a propriedade
XXIII – a propriedade atenderá a sua função
social
 Mais da metade dos moradores de favelas estão nas
metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro.

 Evidências do padrão de crescimento, modernização,


concentração de poder e riqueza e a manutenção de
relações atrasadas e pobreza.
O DIREITO À CIDADE NO
BRASIL
Reforma Urbana e Estatuto da Cidade
 No Brasil, a CF determina que deve ser assegurada
função social da terra.

 A política urbana (Estatuto das Cidades) tem por


objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
 I – garantia do direito a cidades sustentáveis,
entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao
transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao
lazer, para as presentes e futuras gerações;

 II – gestão democrática por meio da participação da


população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
 Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função
social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor,
assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça
social e ao desenvolvimento das atividades
econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no
art. 2o desta Lei.

 Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei


municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.
 O plano diretor é obrigatório para cidades:

 I – com mais de vinte mil habitantes;


 II – integrantes de regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas;
 Política Nacional de Saneamento Básico
(2007)

(Estabelece as diretrizes para o saneamento


básico no Brasil e para a Política Federal de
Saneamento Básico)

Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010)


 Direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado.

 Direito à saúde.

 Direito social à moradia.

 Direito à cidade sustentável.


 Planejar a cidade para o seu povo,
promovendo a inclusão e a justiça
social e ambiental.
Fonte: Cavalcanti e outros, 2008.
Foco das Ações de Saneamento Integrado da Prefeitura
Municipal do Recife
 Belo Horizonte  Lei de saneamento desde 2001. Na
terceira versão do PMSB.
 Penápolis  Planejamento participativo com Fórum
de Saneamento e PMS
 Santo André  Lei de saneamento desde 1998
 Alagoinhas  Lei desde 2001 e o PMS participativo.

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