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A geração distribuída (GD) é liberdade de escolha. Criada em 2012, por meio da Resolução
Normativa ANEEL 482, a GD dá a possibilidade ao consumidor de gerar sua própria eletricidade a
partir de fontes renováveis e receber o desconto equivalente à sua produção, na conta de luz. Antes, a
única opção era comprar, das distribuidoras, toda a energia consumida. No Brasil, elas possuem
monopólio não só na distribuição, mas também na venda da energia. [1]
Além da economia que leva aos consumidores, a GD traz diversos benefícios, reconhecidos internacio-
nalmente, aos demais consumidores, ao meio-ambiente e à sociedade. Alguns deles são:
ENERGIA
ENERGIA LIMPA
LIMPA E MAIS
E MAIS BARATA
BARATA PARAPARA TODOS
TODOS
inelbrasil
4. Diminuir a necessidade das bandeiras tarifárias, pois alivia o sistema elétrico, ajuda a
aumentar os níveis dos reservatórios de água [6], reduzindo, inclusive, risco de novos apagões;
5. Desde 2012, a GD gerou 147 mil novos empregos, com expectativa de empregar meio milhão
de pessoas dentro de 3 anos. Nesse período, proporcionou mais de R$24 bilhões em
investimentos realizados pelos próprios consumidores de energia, e R$6 bilhões em impostos
para a União [7];
6. Estar presente em 95% dos municípios do país [8], gerando economia, renda e
desenvolvimento por todo o Brasil;
7. Evitar a emissão de mais de 4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano [9],
O PL 5829 / 2019
A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 08 de dezembro, regime de urgência para o Projeto de Lei
(PL) 5829/19, com placar favorável de 374 a 72. O projeto, de autoria do deputado Silas Câmara
Republicanos-AM), e sob relatoria do Dep. Lafayette de Andrada (Republicanos - MG), teve
o texto aprimorado, tendo sido protocolado substitutivo em 08 de março de 2021. O PL está
pronto para ser votado no plenário.
O PL, com suas complementações apresentadas no substitutivo, tem apoio de TODAS as principais
associações do setor de geração distribuída, que assinaram carta intitulada "MANIFESTO
PELA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA RENOVÁVEL, EM APOIO AO SUBSTITUTIVO DO DEP LAFAYETTE DE
ANDRADA AO PL 5829/2019 E COMPLEMENTAÇÕES (R04)":
ENERGIA
ENERGIA
LIMPA
LIMPA
E MAIS
E MAIS
BARATA
BARATA
PARAPARA
TODOS
TODOS
inelbrasil
Além disso, o PL, com suas complementações, também tem o apoio de diversas outras
entidades, que assinaram carta intitulada "CARTA ABERTA EM DEFESA DA ENERGIA SOLAR DIS-
TRIBUÍDA E PELA MANUTENÇÃO DAS REGRAS E DIREITOS ADQUIRIDOS (26-02-2021)"
I - acesso não discriminatório do consumidor às redes das distribuidoras para fins de conexão de
Geração Distribuída;
ENERGIA
ENERGIA LIMPA
LIMPA E MAIS
E MAIS BARATA
BARATA PARAPARA TODOS
TODOS
inelbrasil
II - segurança jurídica e regulatória, com prazos para a manutenção dos incentivos dos atuais
consumidores que possuem Geração Distribuída;
III - alocação dos custos de uso da rede e dos encargos previstos na legislação do Setor Elétrico,
considerando os benefícios da Micro e Mini Geração Distribuída - MMGD;
Viabiliza o acesso não discriminatório à GD: pois permite que mais de 60 milhões de unidades
consumidoras passem a ter viabilidade financeira nesta modalidade;
Preza pela segurança jurídica: os que já instalaram seus sistemas, terão as regras mantidas por
prazo correspondente à expectativa de funcionamento desses sistemas;
Permite a correta alocação dos custos da rede, pois prevê a remuneração das concessionárias
pelo uso da rede de distribuição e exige, da ANEEL que, em até 12 meses, emita regulamento com
vistas a remunerar os benefícios da GD à rede elétrica, ao meio-ambiente e à sociedade;
Traz previsibilidade ao setor e gradualidade na transição das regras, na medida que prevê
prazo de 10 anos para transição entre as regras atuais e as novas, que será
possível via Conta de Desenvolvimento Energético - CDE pelo prazo
pré-estabelecido;
Perdas
A eficiência energética
da Energia Solar reduz
os custos do sistema
A ABRADEE - Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica vem liderando uma
campanha de desinformação massiva, onde tenta convencer os brasileiros de que quem não tem
GD vai ter a tarifa aumentada.
Em resumo, utiliza dados do TCU - Tribunal de Contas da União, que, por sua vez, utilizou dados
de outubro de 2019, da agência reguladora, que indicariam que a GD traria prejuízo de
R$55 bilhões para o setor elétrico em 15 anos. O que esse número tem de errado?
É simples! A agência reguladora nos estudos informa que "...não é escopo deste estudo quantificar
potenciais benefícios da Geração Distribuída sobre os custos do sistema."[12]. Ora, SE A
AGÊNCIA NÃO CONSIDEROU OS BENEFÍCIOS, A CONTA RESULTARIA EM UM PREJUÍZO!
E foi isso que aconteceu.
No entanto, em dezembro de 2020, o CNPE, através da Resolução 15/2020, sobre políticas públicas
para a GD, resolveu de vez essa questão, mais especificamente solicitando, no item III:
"III - alocação dos custos de uso da rede e dos encargos previstos na legislação do Setor
Elétrico, considerando os benefícios da Micro e Mini Geração Distribuída - MMGD"
Perdas
Perdas
TARIFAS
Benefícios da GD:
Sim e já está pagando. A energia produzida por um gerador solar sobre um telhado, por uma lei
da física, irá abastecer a vizinhança próxima e nunca irá transbordar para além disso. A rede elétrica
da distribuidora que a GD deve pagar é local, da ordem de alguns quarteirões, apenas. Ao receber
essa energia que foi produzida ali ao lado, o vizinho paga o valor cheio à concessionária, mesmo sem
ter consumido uma energia que veio de longe. Mesmo quando a GD é de maior porte e está longe dos
telhados, ou seja, remota, ela paga a rede de distribuição na forma de custo de disponibilidade ou
demanda contratada de consumo, cerca de 2x mais cara do que a demanda de geração. Ou seja, a
rede utilizada pela GD é muito bem remunerada! Com o aumento da inserção da GD no Brasil,
o PL 5829 propõe uma transição gradual para que a GD pague diretamente os custos de
utilização da rede de distribuição sobre a energia consumida, não pela gerada. Isso é justo,
pois limita a cobrança dos geradores à essa parcela, de cerca de 28% do preço da energia. O PL
também obrigará a ANEEL a analisar e considerar os demais aspectos positivos da GD, a fim de que
esse valor a ser pago considere tais benefícios (devendo haver uma redução no valor pago,
após contabilização de todos os benefícios da GD).
TARIFAS
Não! Essa afirmação leviana serve para jogar os consumidores uns contra os outros.
Ao contrário, a geração distribuída faz reduzir a conta de luz de todos, pois diminui
perdas e desgaste da rede. Além disso, a GD ajuda o governo e o cidadão: toda vez que
algo dá errado no planejamento energético e falta energia vinda das hídricas, as usinas
térmicas e poluentes são acionadas, as temidas bandeiras tarifárias são aplicadas e a
conta de luz vai para as alturas. Cada kWh produzido pelo próprio consumidor reduz a
necessidade por outro 1,1 kWh vindo de usinas térmicas. Ou seja, quanto mais a GD
estiver perto dos consumidores, mais longe a bandeira vermelha vai estar
da nossa conta de luz.