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Bernadete R. Danziger1g
Fernando A. B. Danziger1
ABSTRACT
This paper presents the analysis of a case history contemplating settlement monitoring
since the beginning of construction. The building is founded on footings on a sandy deposit.
The analysis includes relevant aspects concerning the structure modeling and the soil
behavior. A comparison is made between the common design procedure in which the
structure rests on fixed supports with a much real approach considering the supports
susceptible to settle. The last approach allows relevant aspects of soil structure interaction to
be accounted for, including the effect of load redistribution, tendency to settlements
equalization and a more realistic behavior of the foundation performance.
Settlement monitoring also allows the adjustment of soil compressibility modulus and
a direct comparison between predicted and real behavior.
1. INTRODUÇÃO
1
D.Sc., Professor
g
Corresponding author (ragoni@civil.uff.br)
2
M.Sc, Pesquisador
Foram instalados pinos de aço inoxidável em 10 dos 36 pilares, cuja escolha recaiu
sobre os mais carregados, ou em pilares vizinhos com grandes diferenças de carga.
Em relação à referência fixa, embora o ideal fosse a execução de um bench-mark,
consistindo numa referência fixa profunda, face aos custos elevados optou-se pela instalação
... .
. . .. . .. . . .. . .. .. .. . . . .. ..... .. .... . . .. . . .. . ..
. .. .. ... ............ ... .. .. ......... . . . . . . . . . .. . .
. ... . . . . .. .. . ... ... .. .. .. . . . ..... .... . .. . . . . . .
O ajuste foi procedido pela comparação dos recalques absolutos médios previstos e
medidos nas diversas etapas, objetivando melhorar o modelo representativo tensão x
deformação do solo e permitir uma interpretação mais real da interação solo x estrutura.
Desvio padrão(cm)
0,20
0,10
Média (cm)
0,40
0,20
0,60
0,80 0,30
1,00
0,40
1,20
(a) - Média (b) – Desvio padrão
0,60
Coeficiente de variação
0,50
Schmertmann
0,40 Barata
0,30 Medido
Aoki-Lopes(isolado)
0,20
Aoki-Lopes(grupo)
0,10
0,00
0 200 400 600 800 1000
Tempo (dia)
(c) - Coeficiente de variação
Figura 3 – Comparação entre recalques medidos e estimados sem a interação solo x estrutura
e utilizando módulos de compressibilidade do solo propostos pelos diferentes autores.
Desvio padrão(cm)
0,08
0,20
Média (cm)
0,40 0,16
0,60 0,24
0,80
0,32
1,00
0,40
1,20
(a) - Média (b) – Desvio padrão
0,6
0,5
Coeficiente de variação
Schmertmann
0,4
Barata
0,3 Medido
0,2
Aoki-Lopes(isolado)
Aoki-Lopes(grupo)
0,1
0,0
0 200 400 600 800 1000
Tempo (dia)
7. REANÁLISE DA ESTRUTURA
Na primeira etapa da análise da estrutura, a distribuição das cargas nos diversos pilares
foi procedida com base na premissa de apoios indeslocáveis. Uma vez que durante o
carregamento da estrutura a comparação entre recalques medidos e estimados indicou um
comportamento médio de natureza elástica, os apoios foram, então, simulados por molas, com
rigidezes avaliadas pela expressão 1.
P
Ki = i (1)
wi
Ki é a constante de mola representativa da fundação i; Pi a carga transmitida à
fundação i e wi o recalque estimado na fundação para a carga Pi.
A estrutura foi re-analisada, para as diversas etapas construtivas contempladas com a
instrumentação, considerando os apoios deslocáveis. Os recalques foram re-avaliados, para as
Após os ajustes nos parâmetros do solo do item VI, os recalques médios previstos e
medidos se aproximaram, revelando uma representatividade satisfatória do modelo tensão x
deformação do terreno. Porém, o coeficiente de variação manteve-se inalterado com o ajuste,
uma vez não ter sido ainda considerada, no item VI, a interação solo x estrutura.
As Figuras 6a, 6b e 6c representativas das médias, desvios padrão e coeficientes de
variação dos recalques estimados são agora apresentadas juntamente com as curvas
correspondentes aos recalques medidos, contemplando os resultados da interação solo
estrutura. As estimativas de recalque foram re-avaliadas sucessivamente para as novas cargas,
após três re-análises da estrutura (três iterações do processo), até convergência das cargas e
recalques em iterações sucessivas.
Comparando-se as Figuras 4c e 6c, observa-se que a forma da curva do coeficiente de
variação dos recalques estimados na Figura 6c se aproximou muito mais da forma da curva
correspondente às medições experimentais do que na Figura 4c. A Figura 4 inclui o ajuste dos
parâmetros do solo nos recalques estimados, mas não contempla a interação solo x estrutura.
P e r c e n t u a l d o s P ila r e s
70% 60%
60%
50% 50%
40% 40%
acréscimo
30% 30%
20% decréscimo
10% 20% mantida
0% 10%
Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa 0%
1 2 3 4 5 6 7 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Etapa 6 Etapa 7
(a) pilares periféricos. (19 pilares) (b) pilares centrais (17 pilares)
0,2
0,04
0,3
0,4 0,06
0,5 0,08
0,6 0,10
0,7 0,12
0,4
Coeficiente de variação
Medido
0,3
Aoki-Lopes(grupo)
0,2 re-análise 2
Aoki-Lopes(grupo)
0,1 re-análise 1
0,0
0 200 400 600 800 1000
Tempo (dia)
Na Figura 6c, o coeficiente de variação dos recalques medidos parte de 30%, no início
do carregamento, com uma redução acentuada da primeira para a segunda etapa, caindo a
10% já para a segunda série de leituras e mantendo-se praticamente neste patamar nas leituras
9. CONCLUSÕES
10. AGRADECIMENTOS
À Construtora Ben, por manter o controle dos recalques desde o início da construção,
ao CNPq, pelo auxílio financeiro ao projeto de pesquisa e à CAPES, pela bolsa de mestrado
concedida ao terceiro autor do trabalho.
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