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26 de Maio de 2009

Índice Sintético de Desenvolvimento Regional


2006

Os resultados do ISDR, reportados a 2006, revelam que apenas cinco, em 30 sub-regiões - por ordem
hierárquica, Grande Lisboa, Pinhal Litoral, Baixo Vouga e, marginalmente, Beira Interior Sul e Baixo Mondego -
superavam a média nacional em termos do índice global de desenvolvimento regional.
Os resultados reflectem uma imagem assimétrica do País, em termos de desenvolvimento global e de
competitividade, mas mais equilibrada do ponto de vista da coesão e, ainda que em menor escala, mais
equilibrada também do ponto de vista da qualidade ambiental. A existência de assimetrias inter-regionais mais
intensas na competitividade reflecte, todavia, um processo em que, entre 2004 e 2006, 17 sub-regiões
convergiram relativamente ao nível de desempenho nacional.
Na competitividade é saliente a diferenciação entre o Litoral e o Interior, com dominância do Litoral. Este padrão
também caracteriza a qualidade ambiental, embora invertido face à competitividade, com o Interior a revelar
desempenhos mais favoráveis. Na coesão, uma realidade mais equilibrada coexiste com alguma predominância
de sub-regiões do Sul e centro Sul face ao Norte.

No âmbito de uma parceria que permitiu combinar as valias de ambas as instituições nos domínios das
estatísticas e da análise territorial, o Instituto Nacional de Estatística e o Departamento de Prospectiva e
Planeamento e Relações Internacionais disponibilizam um indicador que, sintetizando o desenvolvimento
regional nas diversas vertentes, se afigura útil para apoiar a análise de contexto das políticas públicas
territorializadas ou com impactos diferenciados no território, bem como servir de base de trabalho para
múltiplos agentes interessados nas questões do território.

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Conceptualização do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

As problemáticas do desenvolvimento regional situam-se hoje, e cada vez mais, num plano muito diferente do

passado:

 no que se refere ao seu contexto - marcado pela globalização, pela integração económica internacional e

pela crescente concorrência entre territórios, bem como pela crescente relevância das questões ambientais;

e,

 no que se refere aos seus paradigmas - mediante a passagem da concepção de políticas assistencialistas aos

territórios menos desenvolvidos com as quais se pretendia alcançar a equidade de condições de vida (coesão

económica e social), para a concepção das políticas visando atribuir aos territórios equidade nas condições

para a competitividade e coesão com as quais se constrói o desenvolvimento sustentável (coesão territorial).

Tomando a perspectiva da coesão territorial, no sentido em que exprime a concepção de sustentabilidade do

desenvolvimento assente numa tripla dimensão (sustentabilidade económica, social e ambiental), o índice

sintético que agora se apresenta assenta numa estrutura tridimensional em que o desenvolvimento global de

cada região (expresso no índice global de desenvolvimento regional) resulta dos desempenhos regionais em três

componentes essenciais:

 a competitividade que propicia capacidade de penetração nos mercados e crescimento económico;

 a coesão que, em resultado de níveis aceitáveis de equidade de condições de vida, propicia condições sociais

para a reprodução social e económica sustentável e para a atractividade dos territórios; e,

 a qualidade ambiental, expressa numa dupla e integrada perspectiva de condições ambientais de vida na

região e de sustentabilidade ambiental dos processos de desenvolvimento económico, social e territorial.

Para cada componente, contam factores de ordem diferenciada mas indispensáveis à expressão da noção de

desenvolvimento e interactuantes: potencialidades (as condições para o desenvolvimento), comportamento dos

actores políticos, económicos e sociais (os processos) e eficácia em termos de resultados.

Operacionalização do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

Os índices sintéticos assentam em conjuntos de indicadores que devem exprimir as várias dimensões do
desenvolvimento que se pretende representar, pelo que, além da relevância analítica para a componente cuja
dimensão do desenvolvimento se pretende exprimir, devem estar disponíveis para o período de referência e
desagregação territorial do índice.
Os indicadores devem, ainda, obedecer às seguintes condições:

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 relativização da dimensão regional, para evitar distorções resultantes das diferentes dimensões das regiões;
e,
 normalização para, na sua agregação, evitar enviesamentos resultantes das diferentes unidades de medida e
escalas de variação o que, no ISDR, foi feito por recurso sequencial a dois métodos:
− estandardização estatística (z-score), para a normalização estatística propriamente dita; e,
− reescalonamento minmax para deslocação dos indicadores normalizados para intervalos de variação
positivos.
Pelo modo como aqueles métodos foram aplicados, o ISDR é susceptível de apoiar análises temporais baseadas
na avaliação de mudanças de posições hierárquicas e na evolução dos próprios desempenhos regionais,
nomeadamente face ao desempenho nacional.
A agregação dos indicadores em componentes, e das componentes no índice global, foi feita por média simples,
e os índices são apresentados no seu reporte à média nacional (índices referenciados ao desempenho de
Portugal), facilitando a sua interpretação.

Análise dos resultados do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

O desempenho das sub-


sub-regiões NUTS III em 2006

Os resultados do ISDR, reportados a 2006, reflectem uma imagem assimétrica do País, em termos de
desenvolvimento global e de competitividade, mas mais equilibrada do ponto de vista da coesão e, ainda que
em menor escala, mais equilibrada também do ponto de vista da qualidade ambiental, embora neste último

caso com um maior número de sub-regiões com desempenho superior à média nacional. Deste modo, em 30
sub-regiões, situavam-se acima da média nacional:

 no índice global de desenvolvimento regional, apenas cinco sub-regiões - por ordem hierárquica, Grande

Lisboa (109,91), Pinhal Litoral (101,03), Baixo Vouga (101,00) e, marginalmente, Beira Interior Sul (100,05) e
Baixo Mondego (com um desempenho semelhante ao do conjunto do País);

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Índice global de desenvolvimento regional (Portugal = 100), NUTS III, 2006
Grande Lisboa
Pinhal Litoral
Baixo Vouga
Beira Interior Sul
Baixo Mondego
Alto Alentejo
Entre Douro e Vouga
Minho-Lima
Alentejo Central
Ave
Península de Setúbal
Beira Interior Norte
Cávado
Algarve
Dão-Lafões
Serra da Estrela
Grande Porto
R. A. Madeira
Baixo Alentejo Frequências
Lezíria do Tejo
> Mediana
Médio Tejo 101,0
<= Mediana
Cova da Beira PT=100
> Mediana
Pinhal Interior Sul 97,7
<= Mediana 2 3 12 13
Oeste
Pinhal Interior Norte
Alentejo Litoral
Douro
Alto Trás-os-Montes
R. A. Açores
Tâmega
0 50 Km
90 100 110

 no índice de competitividade, apenas quatro sub-regiões - Grande Lisboa (118,54), Baixo Vouga (103,69),
Grande Porto (101,75) e Entre Douro e Vouga (100,13), ainda que esta última sub-região se encontre
limiarmente acima da média nacional e o desempenho da Grande Lisboa se destaque face ao das restantes;
 no índice de coesão, 14 sub-regiões destacando-se as seguintes - Grande Lisboa (108,94), Baixo Mondego
(108,83), Pinhal Litoral (105,14), Beira Interior Sul (104,22), Médio Tejo (104,03), Península de Setúbal
(103,67) e Alto Alentejo (103,65); e,
 no índice de qualidade ambiental, 21 sub-regiões, evidenciando-se o seguinte conjunto - Serra da Estrela
(112,32), Beira Interior Sul (110,86), Alto Alentejo (110,65), Beira Interior Norte (110,15), Pinhal Interior Sul
(109,26), Baixo Alentejo (108,79), Douro (108,29), Alto Trás-os-Montes (108,00), Região Autónoma da
Madeira (107,11) e Minho-Lima (107,01).

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Competitividade, Coesão e Qualidade ambiental (Portugal = 100), NUTS III, 2006
Competitividade Coesão Qualidade ambiental
Grande Lisboa Grande Lisboa
Serra da Estrela
Baixo Vouga Baixo Mondego Beira Interior Sul
Grande Porto Pinhal Litoral Alto Alentejo
Entre Douro e Vouga Beira Interior Sul Beira Interior Norte
Ave Médio Tejo Pinhal Interior Sul
Península de Setúbal Península de Setúbal Baixo Alentejo
Algarve Alto Alentejo Douro
Alentejo Litoral Alentejo Central Alto Trás-os-Montes
Lezíria do Tejo Oeste R. A. Madeira
Pinhal Litoral Serra da Estrela Minho-Lima
Cávado Grande Porto Pinhal Interior Norte
R. A. Madeira Cova da Beira Dão-Lafões
Alentejo Central Alentejo Litoral Tâmega
Minho-Lima Baixo Vouga Cova da Beira
Oeste Beira Interior Norte Ave
R. A. Açores Lezíria do Tejo Cávado
Dão-Lafões Minho-Lima Entre Douro e Vouga
Baixo Mondego Pinhal Interior Sul R. A. Açores
Médio Tejo Algarve Grande Lisboa
Baixo Alentejo Dão-Lafões Alentejo Central
Cova da Beira Entre Douro e Vouga Pinhal Litoral
Tâmega Cávado Baixo Mondego
Beira Interior Norte Baixo Alentejo Baixo Vouga

Pinhal Interior Norte Pinhal Interior Norte Algarve

Alto Alentejo Ave Lezíria do Tejo


Alto Trás-os-Montes Médio Tejo
Beira Interior Sul
Douro Oeste
Douro
R. A. Madeira Península de Setúbal
Pinhal Interior Sul
R. A. Açores Grande Porto
Alto Trás-os-Montes
Tâmega Alentejo Litoral
Serra da Estrela
80 90 100 110 120 80 90 100 110 120
80 90 100 110 120

Sublinhe-se o facto de as componentes coesão e competitividade apresentarem uma correlação expressiva com o

desenvolvimento global (de 0,7, em ambos os casos) enquanto a qualidade ambiental apresenta uma correlação
quase nula com o índice global de desenvolvimento regional, traduzindo-se na inexistência de associação entre

os desempenhos das sub-regiões NUTS III ao nível da qualidade ambiental e do índice global de

desenvolvimento. Por outro lado, tanto a competitividade como a coesão apresentam uma correlação negativa
com a qualidade ambiental que é mais intensa no primeiro caso.

Matriz de correlações,
correlações, 2006

Qualidade
Í ndice global Competitividade Coesão ambiental
Índice global 1,0
Competitividade 0,7 1,0
Coesão 0,7 0,3 1,0
Qualidade ambiental 0,0 -0,6 -0,2 1,0

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A Grande Lisboa é a única sub-região que se situa acima da média em todos os índices que constituem o ISDR,
sendo a Lezíria do Tejo e o Algarve as únicas sub-regiões que se situam abaixo da média em todos os índices. O
facto de não haver mais sub-regiões com comportamentos homogéneos em todos os índices afigura-se
expectável tendo em conta as tensões entre os fenómenos representados em cada uma das componentes, o que
é revelador da complexidade do desenvolvimento regional, quando interpretado sob uma perspectiva
multidimensional.
Em 2006, a norma dos desempenhos das sub-regiões portuguesas, verificada em 13 NUTS III, caracterizava-se
por territórios menos competitivos e coesos que o conjunto país mas com uma qualidade ambiental superior à
verificada ao nível nacional.

Índice global de desenvolvimento regional (IG),


(IG), competitividade, coesão e qualidade ambiental: situação face à média
nacional (Portugal = 100), NUTS III, 2006

IG 100 IG < 100

COMP > 100


COES > 100 Grande Lisboa
AMB > 100

COMP > 100


COES > 100 Baixo Vouga Grande Porto
AMB < 100

COMP > 100


COES < 100 Entre Douro e Vouga
AMB > 100

Alto Alentejo
COMP < 100 Alentejo Central
Pinhal Litoral
COES > 100 Beira Interior Sul Serra da Estrela
AMB > 100 Cova da Beira

COMP > 100


COES < 100
AMB < 100 Grupo 1 Frequências
Grupo 2
Médio Tejo
COMP < 100 Península de Setúbal Grupo 3
COES > 100 Baixo Mondego Oeste
AMB < 100 Alentejo Litoral Grupo 4
Grupo 5
Beira Interior Norte 1 3 1 6 17 2
Ave Grupo 6
Minho-Lima Alto Trás-os-Montes
COMP < 100 Pinhal Interior Sul Douro
COES < 100 Dão-Lafões R. A. Madeira
AMB > 100 Cávado R. A. Açores
Baixo Alentejo Tâmega
Pinhal Interior Norte

COMP < 100


Lezíria do Tejo
COES < 100 Algarve
AMB < 100 0 50Km

A evolução das sub-


sub-regiões NUTS III entre 2004 e 2006

Na evolução dos resultados do ISDR entre 2004 e 2006, há a assinalar:

 ao nível do País, o índice que registou maior crescimento foi o da qualidade ambiental, com 1%, seguindo-se

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o índice global e o índice de competitividade com valores positivos mas inferiores, respectivamente, 0,2% e

0,1%. O índice de coesão registou um decréscimo de 0,4%;

 no caso do índice global de desenvolvimento regional, 17 sub-regiões registaram uma variação do


desempenho superior à média, tratando-se na sua maioria de sub-regiões do Interior que, em 2004,

registavam desempenhos inferiores à média;

 no caso do índice de competitividade, 19 sub-regiões registaram uma variação do desempenho superior à


média (sendo sete do Litoral) e, das três sub-regiões que em 2004 registavam um desempenho superior à

média, o Baixo Vouga e o Grande Porto cresceram acima da média, enquanto a Grande Lisboa cresceu

abaixo desse referencial;

Taxa de variação do desempenho entre 2004 e 2006, NUTS III

Índice global Competitividade

Frequências Frequências
> Mediana
1,15 > Mediana
<= Mediana 0,51
P T=0,22 <= Mediana
] 0 ; 0,22 ] 0
0 > Mediana
> Mediana -0,93
-0,29 <= Mediana
< Mediana 8 9 3 5 5 9 10 5 6

0 50Km 0 50 Km

 no caso do índice de coesão, 19 sub-regiões cresceram acima da média, embora apenas 15 tenham

registado uma evolução positiva. Das sub-regiões que em 2004 estavam abaixo da média, os desempenhos
pioraram em cinco sub-regiões do Norte (Entre Douro e Vouga, Douro, Ave, Cávado e Tâmega) e em três do

Interior Centro (Pinhal Interior Norte, Dão-Lafões e Beira Interior Norte), para além do Algarve; e,

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 na qualidade ambiental, 19 sub-regiões registaram taxas de variação do desempenho positivas, embora

apenas em 14 casos acima da média nacional. Destas últimas, quatro situavam-se abaixo da média nacional

em 2004 e eram do Litoral (Algarve, Grande Lisboa e Oeste) ou insulares (Região Autónoma dos Açores).

Taxa de variação do desempenho entre 2004 e 2006, NUTS III

Coesão Qualidade ambiental

Frequências Frequências
> Mediana > Mediana
1,34 2,60
<= Mediana < Mediana
0 P T=0,99
] -0,42 ; 0 ] ] 0 ; 0,99 ]
P T=-0,42 0
> Mediana > Mediana
-1,05 -1,09
<= Mediana 7 8 4 5 6 <= Mediana 7 7 5 5 6

0 50 Km 0 50 Km

Taxa de variação do desempenho em Portugal e comportamentos das sub-


sub-regiões entre 2004 e 2006

Í ndice global Competitividade Coesão Qualidade


ambiental
Portugal +0,22% +0,12% -0,42% +0,99%
Variações acima da
média nacional 17 19 19 14
Variações positivas 20 19 15 19
Maiores variações Pinhal Interior Sul Baixo Alentejo R. A. Açores Douro
Douro Beira Interior Norte Pinhal Interior Sul R. A. Açores
positivas Baixo Alentejo Tâmega Baixo Mondego Pinhal Interior Sul

Maiores variações Cova da Beira R. A. Madeira Tâmega Baixo Vouga


Alentejo Central R. A. Açores Cova da Beira Cova da Beira
negativas R. A. Madeira Baixo Mondego Grande Porto Médio Tejo

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Atendendo às variações de distância face à média nacional entre 2004 e 2006, é possível concluir sobre

comportamentos convergentes (aproximação à média) e divergentes (afastamento da média):

 no caso do índice global de desenvolvimento regional, apenas nove sub-regiões registaram divergência face
à média, destacando-se as trajectórias da Cova da Beira, da Região Autónoma da Madeira e do Grande

Porto;

 no caso da competitividade, a divergência aconteceu em 13 sub-regiões, evidenciando-se o afastamento


relativamente à média nacional registado na Região Autónoma da Madeira, na Região Autónoma dos Açores

e no Baixo Mondego;

 no caso da coesão, a divergência ocorreu em 13 sub-regiões, salientando-se, em particular, a evolução


registada no Baixo Mondego, no Médio Tejo e na Beira Interior Sul, na sequência de uma taxa de variação do

desempenho positiva; e,

 no caso da qualidade ambiental, 18 sub-regiões registaram um distanciamento face à média nacional,

destacando-se os comportamentos verificados no Douro, no Pinhal Interior Sul e na Serra da Estrela, em

resultado de uma taxa de variação do desempenho positiva.

Sub-
Sub-regiões em processo de convergência/divergência
convergência/divergência face à média nacional entre 2004 e 2006

Taxa de Qualidade
variação do Índice global Competitividade Coesão ambiental
desempenho
acima da 17 16 12 2
Em média nacional
convergência abaixo da
média nacional 4 1 5 10
acima da 0 3 7 12
Em média nacional
divergência abaixo da
média nacional 9 10 6 6

Convergências mais Pinhal Interior Sul Baixo Alentejo R. A. Açores Cova da Beira
Douro Beira Interior Norte Pinhal Interior Sul Alentejo Central
significativas Baixo Alentejo Alentejo Litoral Baixo Alentejo Baixo Alentejo
Divergências mais Cova da Beira R. A. Madeira Baixo Mondego Douro
R. A. Madeira R. A. Açores Médio Tejo Pinhal Interior Sul
significativas Grande Porto Baixo Mondego Beira Interior Sul Serra da Estrela

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