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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL


DEPARTAMENTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CURSO BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO

IRAILDES DA CRUZ

A Biblioteca como espaço de leitura e transformação social:


Um estudo na Biblioteca Popular Municipal da Tijuca Marques Rebelo

Orientadora: Pro fª Sandra Badini

Niterói
2015.2
IRAILDES DA CRUZ

A Biblioteca como espaço de Leitura e transformação social:


Um estudo na Biblioteca Popular Municipal da Tijuca Marques Rebelo

Trabalho de Conclusão de Curso II, apresentado ao


Curso de Graduação em Biblioteconomia e
Documentação da Universidade Federal Fluminense,
como requisito para obtenção do título de Bibliotecária
Documentalista.

Orientadora: Profª Sandra Badini

Niterói
2015.2
“Uma nação se faz com homens e livros”
Monteiro Lobato
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as muitas dificuldades, mas
“O Senhor não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos”

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram para
que chegássemos ao final do curso.

A minha orientadora a Profª Sandra Badini, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas
suas correções e incentivos.

Às professoras Esther e Profª Rosi que aceitaram participar da banca de avaliação.

Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional, mesmo que indiretamente.

Ao meu esposo Expedito Marques da Silva por suportar as minhas ausência e correrias.
Aos meus filhos que muito me incentivaram, me deram apoio é por eles que eu vivo.

Aos meus amigos, amigas e colegas conquistados em todo o período acadêmico que muitas
vezes tivemos que juntar forças para superar as dificuldades, e aos amigos de fora da
academia por entender minha distância nesse período acadêmico.
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
2 – DEFINIÇÃO DA BASE TEÓRICA E CONCEITUAL .................................................... 8
3 – DA FUNÇÃO SOCIAL DO PROFISSIONAL BIBLIOTECÁRIO ................................ 12
4 – DA UNIDADE INFORMACIONAL ............................................................................. 13
4.1 - Breve Histórico ........................................................................................................ 13
4.2 - Missão e Objetivo ................................................................................................... 15
4.3 - Organização Administrativa ..................................................................................... 16
4.4 - Organização Espacial .............................................................................................. 16
4.5 - Acervo .................................................................................................................... 17
4.6 - Usuários .................................................................................................................. 18
4.7 - Serviços de Referência e Circulação ...................................................................... 18
5 - DO CAMPO EMPÍRICO....................................................................................................19
6- METODOLOGIA ............................................................................................................ 26
7 – CONCLUSÃO ............................................................................................................... 27
8 – REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 28
APÊNDICE.........................................................................................................................31
ANEXO...............................................................................................................................34
RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem por finalidade principal, chamar a atenção para a
importância das leituras/estudos em espaços das Bibliotecas Públicas para a sociedade, que
vão ajudar no processo de tomada de decisão de caráter social. Confirma a biblioteca como
porta de entrada para o conhecimento, conforme os ditames da UNESCO. A partir de um
estudo enfatiza o lugar da biblioteca pública na sociedade, seu papel fomentador da leitura e
cultura, sua relação intrínseca com a comunidade na qual está inserida, gerando
conhecimento, capacitando e favorecendo cidadania. Na relevância, a pesquisa mostra a
necessidade que a comunidade tem, de um espaço apropriado para buscar conhecimentos e
ascensão social. Por fim, propõe a reflexão para incentivo às políticas públicas de melhorias
dando às bibliotecas públicas populares condições de serem portas de conhecimentos para as
comunidades.
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1 - INTRODUÇÃO

As Bibliotecas Populares são importantes fontes de informações para estudos, para


elaboração de trabalhos escolares, adquirir conhecimentos e para ajudar no processo de
tomada de decisão de caráter social. Mantém sob sua custódia, informações sociais
materializadas em livros, periódicos, jornais, apostilas, transmitindo conhecimentos através
da leitura.
O que se pretende neste trabalho é entender como as leituras efetuadas nos espaços das
bibliotecas populares são importantes para as comunidades levando a transformações sociais;
fazendo análise através da identificação do perfil de seus usuários/leitores. Com o resultado,
confirmar que as bibliotecas são portas de conhecimentos, que através da leitura transforma
esses conhecimentos em perspectivas de transformação e interação social.
Através da observação participativa, verificar o perfil dos usuários, quais os serviços
que mais utilizam, quais as suas exigências, como participam da política de melhorias da
biblioteca, que irá reverter benefícios relevantes à comunidade.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele
mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma
atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquirirmos mais
conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara
melhor para atingir as necessidades de um mercado de trabalho exigente, experimentamos
novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós
mesmos, já que ela nos leva à reflexão.
Ler, entender, refletir, escrever, transformar. O livro é o passaporte para o
conhecimento. Ao aprender a ler o mundo viabiliza conquistas individuais e coletivas, inspira
transformações, dá voz às ideias. Acredita-se que o investimento no potencial humano ainda
é a melhor estratégia para a transformação social - é o papel transformador da leitura.
Incentivar o hábito da leitura é traçar um futuro diferente e melhor para todos. Se a leitura de
um livro pode alterar o rumo da vida de uma pessoa, e sendo a sociedade feita de pessoas,
então a literatura pode mudar a sociedade. Não há como discordar de Monteiro Lobato: “ Um
país se faz com homens e livros”.
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção.
Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente,
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tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas
daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão do
mundo e seu horizonte de expectativas.
Logo, o intuito principal será saber como se faz o processo de transformação desse
conhecimento nessas unidades de informação, dos usuários/leitores e com que finalidades são
utilizadas ; buscando também na literatura, a conceituação sobre biblioteca popular, livro,
leitura e usuário/leitores para melhor explicitar o trabalho.
A maior motivação para desenvolver a pesquisa sobre o tema descrito no início é
chamar a reflexão sobre a relevância dos conhecimentos adquiridos através de leituras em
bibliotecas populares.

2 – DEFINIÇÃO DA BASE TEÓRICA E CONCEITUAL

O enfoque do teórico/conceitual baseado na literatura que sustentará o objeto da


pesquisa que é a leitura, como práticas sociais a partir de relatos registradas em questionários
aplicados, que serão apresentados como fatores de transformações sociais. Ao indicar o livro
como materialização da leitura, se faz necessário detalhar os demais termos agregados, que
delinearão o trabalho.
Na formação do leitor, é preciso ter claro que ler não é apenas um processo de
decodificação de letras e palavras, não é somente converter grafemas em fonemas. Ao ler,
atribuímos sentido ao texto, construímos o significado do texto, e os benefícios que a leitura
traz, vão muito além de um entendimento imediato do que é lido. Segundo Lajolo, “lê-se para
entender o mundo, para viver melhor”. (LAJOLO, 1994, p. 7)

Figura (1)
9

Se não podemos escrever a biografia do leitor, temos condições de narrar sua história,
que começou com a expansão da imprensa e desenvolveu-se graças à ampliação do mercado
do livro, à difusão da escola, à alfabetização em massa das populações urbanas, à valorização
da família e da privacidade doméstica e à emergência da ideia de lazer.

“[...]Ser leitor, papel que, como pessoa física, é função social, para a qual se
canalizam ações individuais, esforços coletivos e necessidades econômicas”.
(LAJOLO; ZILBERMAN, 1996, p.14.)

O conhecimento como categoria do pensamento contemporâneo, é sempre muito


abordado em todos os ramos do saber, tomando interpretações de acordo com a área
estudada, como por exemplo, na Arquivologia, na Administração, na Comunicação, na
Informática, na Biblioteconomia, na Pedagogia, no Serviço Social, etc. Neste caso, teremos
como escopo teorizar a leitura em espaços da biblioteca popular, como forma de buscar
conhecimentos para transformações sociais tão desejadas.
A função da biblioteca não é espalhar conhecimento, mas levar ao desenvolvimento da
personalidade humana. Em tudo o que tem a ver com livros e leitura podemos observar a
singularidade da mente humana que oferece motivo para escrever e também para ler.
Uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: é o desejo do leitor.
Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada
em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o
prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer
ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses
direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então,
um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um ímã que atrai e prende o leitor, numa
relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.
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Figura (2)

“O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque se sabe mortal. Ele vive em
grupo porque é gregário, mas lê porque se sabe só. Esta leitura é para ele uma companhia que não
ocupa o lugar de qualquer outra, mas nenhuma outra companhia saberia substituir. Ela não lhe oferece
qualquer explicação definitiva sobre seu destino, mas tece uma trama cerrada de conivências entre a
vida e ele. Ínfimas e secretas conivências que falam da paradoxal felicidade de viver, enquanto elas
mesmas deixam claro o trágico absurdo da vida. De tal forma que nossas razões para ler são tão
estranhas quanto nossas razões para viver. E a ninguém é dado o poder para pedir contas dessa
intimidade”. (PENNAC, 1998).

Sobre importância da leitura José Mindlin (1914) diz:

“...Quem não lê não sabe o que está perdendo, pois a leitura dá um


sentido espiritual à vida, abre horizontes, dá visão uma visão melhor e
mais ampla do mundo e da sociedade em que vivemos, estimula a
imaginação e o sonho, e cria possibilidades antes impensadas de
11

reivindicar mudanças em nossa sociedade, corrigindo as injustiças


sociais e políticas que nos afligem...”

Enquanto que Professora Magda Becker Soares (UFMG/1991) in Leitura Perspectivas


Interdisciplinares também
“...Atribui-se à leitura um valor positivo: ela traria benefícios óbvios e
indiscutíveis ao indivíduo e à sociedade – forma de lazer e de prazer,
de aquisição de conhecimentos e de enriquecimento cultural, de
ampliação das condições de convívio social e de interação...”

CALVINO (1993) – in “Leitura uma aprendizagem de prazer” em breve depoimento


sobre o ato de ler:
“[...] Tenho certeza de que a leitura não é comparável a nenhum outro
meio de aprendizagem e de comunicação, porque ela tem um ritmo
que é governado pelo leitor; a leitura abre espaços de interrogação, de
meditação e de exame crítico, isto é, de liberdade; a leitura é uma
correspondência não só com o livro, mas também com nosso mundo
interior através do mundo que o livro nos abre [...]”

SILVA (1995), sobre ler e o porquê ler diz mais especificamente que,

“[...] O ato de ler se constitui num instrumento de luta e dominação.


Sabemos que o acesso à escrita (ao livro)em nossa sociedade aparece
como um privilégio de classe, comprovado historicamente...”
“[...] Eu coloco às várias leituras que faço em três categorias básicas:
informação, conhecimento e prazer [..]”

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que


começamos a “compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e
interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas
perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um
livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma lendo, embora, muitas vezes, não
nos demos conta.
A história da biblioteca é a história do registro da informação, sendo impossível
destacá-la de um conjunto amplo: a própria história do homem.
Segundo a Fundação Biblioteca Nacional (2010, p.18) “o conceito de biblioteca
pública baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem restrição de idade, raça, sexo, status
social, etc. e na disponibilização à comunidade de todo tipo de conhecimento”.
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Conforme UNESCO (1994) “a biblioteca pública é o centro da informação tornando


prontamente acessível aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os
gêneros”.
A biblioteca só atinge plenamente a sua função quando, além de propiciar a leitura,
garante a seu público o ato de “dizer e escrever”. Depois que ela passou a oferecer serviços
aos estudantes, principalmente aos que não dispunham recursos para ter sua própria
biblioteca em casa, foram pois, as obrigações escolares que tornaram a biblioteca algo mais
concreto: havia uma necessidade clara que justificava sua existência.
A sociedade possui uma ideia sobre a razão da existência, o porquê da biblioteca, a
importância social da biblioteca. Nessa concepção, obviamente, estão incluídos um leque de
serviços que ela pode oferecer à população. Tradicionalmente, para a sociedade, a biblioteca
pública oferece dois grandes serviços: o empréstimo domiciliar e a consulta em seu espaço. A
satisfação ou não do usuário em relação aos serviços prestados está diretamente relacionada
com o entendimento prévio que o usuário possui desses serviços, incluído a ele, as
concepções sobre a prestação de serviços públicos. (ALMEIDA JÚNIOR, 2013)
Portanto vale ressaltar, a significativa importância do espaço social que as bibliotecas
oferecem como depositária dos acervos que prestam serviços, entretenimento e interação
social às comunidades.

3 – DA FUNÇÃO SOCIAL DO PROFISSIONAL BIBLIOTECÁRIO

Quanto ao profissional Bibliotecário, diz Maria Alice Barroso (1998) “os bibliotecários não
são servidores da escolaridade, porém podem ser considerados como agentes capazes de
transformar o mundo particular dos leitores”. Para apoiar sua tese em relação ao papel das
bibliotecas, a autora cita entre outros, Victor Flusser e Paulo Freire.

 Do primeiro utiliza a proposta de que a biblioteca participe do processo


de dar palavra àquele que não a tem.
 Do segundo registra a opinião de que uma biblioteca não é um depósito
silencioso de livros, e sim um centro cultural que além de estimular
programas de educação e cultura, deve desenvolver atividades de
educação para adulto, da educação sanitária, da pesquisa, do teatro e da
formação técnica.

As oportunidades de engajamento no mercado de trabalho variam de pessoa para


pessoa e o bibliotecário com suas atribuições e competências fornece subsídios para os
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usuários obterem uma melhor qualificação nessa inserção profissional por meio do
oferecimento de produtos e serviços informacionais aos seus consulentes. A mudança
intencional almeja o desenvolvimento totalizante da pessoa envolvida, a partir da
transformação conjunta do aprendiz e do próprio bibliotecário, como agente de transformação
social e educacional: [...] assume para si, além do papel de educador, renovação de sua
própria competência informacional, adotando e disseminando práticas transformadoras na
comunidade: pratica o aprender a aprender, difunde e populariza a ciência, explica as
implicações da tecnologia, discute a realidade social e política, alerta para a responsabilidade
social e ambiental [...] (DUDZIAK, 2007 apud PIRES, 2013)

4 – DA UNIDADE INFORMACIONAL

A Biblioteca Popular Municipal da Tijuca Marques Rebelo está localizada na Rua


Guapeni, número 61, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. O telefone para contato é 2204-
0752. Seu horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira das 9 às 17h e sábado de 10 às
16h. Possui site http://www.bibliotecadatijuca.blogspot.com e e-mail
bibliotecadatijuca@gmail.com. Ela é uma biblioteca pública da Prefeitura da Cidade do Rio
de Janeiro, vinculada à Secretaria Municipal de Cultura (SMC), conforme organograma em
anexo

4.1 - Breve Histórico

A Biblioteca foi criada pelo prefeito Sr. Angelo Mendes de Moraes através da Lei nº
426 de 30 de novembro de 1949 do Distrito Federal e inaugurada em 29 de setembro de 1960
no endereço da Rua Desembargador Isidro nº 41. Ficou fechada para o público entre 1960 e
1962, e para obras de 1962 a 1968. Em 01 de julho de 1969, a biblioteca foi instalada na Rua
Santo Afonso, 136 já que o imóvel foi doado pelo Estado. Em 30 de novembro de 1971,
devido as reformas, a biblioteca teve que ser instalada em um novo endereço: Rua Santa Sofia
nº 40. Retornou as atividades em 13 de maio de 1972 ficando aberta apenas quatro meses. A
reinauguração marcada para o dia 12 de dezembro de 1973 no imóvel da Rua Santo Afonso,
136 ficou sem data definida porque o prédio apresentava problemas estruturais. Esse prédio
foi demolido em setembro de 1977. Desapropriado em 26 de dezembro de 1977 através do
14

Decreto nº 1383 do Sr. Prefeito Marcos Tamoyo, o imóvel passa para a Rua Guapeni, nº 61,
onde funciona até hoje. A inauguração foi feita em 12 de março de 1979.

Figura (3) Placa de Inauguração

Em 27 de agosto de 1990, através da Lei nº 1598/90, o escritor Marques Rebelo foi


escolhido como patrono. Essa lei de autoria do vereador Sami Jorge, determina que:

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a dar nomes de


autores da Literatura Brasileira às Bibliotecas Populares
mantidas pelo Município.
Art. 3º - Os nomes a serem adotados serão obrigatoriamente de
autores consagrados da Literatura Brasileira já falecidos, com
preferência para os que tenham como referencial de parte
significativa de sua obra o Município do Rio de Janeiro e que,
em vida, tenham tido elo com o bairro onde está instalada a
Biblioteca Popular. (BRASIL, 1990)

Segundo a Academia Brasileira de Letras, Marques Rebelo (nome literário de Edi Dias
da Cruz) nasceu no Rio de Janeiro em 06 de janeiro de 1907 e faleceu em 26 de agosto de
1973. Foi o segundo ocupante da Cadeira 9 na ABL, eleito em 10 de dezembro de 1964.
Jornalista, contista, cronista, novelista e romancista do Rio de Janeiro, inseriu-se na linha da
literatura de acusação e de denúncia da miséria brasileira. Para ele, o Rio era a Zona Norte, de
onde ia buscar a maioria dos seus personagens de classe média. O Rio por ele descrito já
desapareceu porque retratou a cidade nos últimos anos pré-industriais, quando na Tijuca ainda
se faziam serenatas.
15

4.2 - Missão e Objetivo

Como se trata de uma biblioteca pública, as missões-chave são relacionadas com a


informação, a alfabetização, a educação e a cultura, segundo IFLA/UNESCO (1994):

 Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;


 Apoiar a educação individual e a auto-formação, assim como a educação formal
a todos os níveis;
 Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
 Estimular a imaginação e criatividade das crianças e dos jovens;
 Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas
realizações e inovações científicas;
 Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão cultural das artes do
espetáculo;
 Fomentar o diálogo intercultural e a diversidade cultural;
 Apoiar a tradição oral;
 Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade
local;
 Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações
e grupos de interesse;
 Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a
informática;
 Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e atividades de alfabetização
para os diferentes grupos etários.

Os objetivos, de acordo com o Diário Oficial do Município (2004), são:

 Oferecer informação, educação, cultura e lazer baseados na igualdade


de acesso para todos independentes de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade,
idioma ou condição social;
 Proporcionar elevação do nível social-cultural da comunidade através
do acesso aos recursos da biblioteca;
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 Criar e fortalecer o hábito de leitura em crianças, jovens e adultos;


 Apoiar tanto a educação individual e autodidata quanto a educação
formal;
 Proporcionar acesso às expressões culturais das artes em geral;
 Preservar a memória literária e cultural da Cidade do Rio de Janeiro.

4.3 - Organização Administrativa

Conforme organograma em anexo, a Biblioteca está ligada à Gerência de Bibliotecas,


da Coordenadoria de Arte e Educação, Livros e Leitura, da Secretaria Municipal de Cultura,
da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Vale ressaltar que 10 bibliotecas populares
municipais pertencem à SMC (da qual a Tijuca faz parte) e mais 1 biblioteca volante.
O quadro de funcionários dispõe de uma bibliotecária-chefe e uma secretária
(responsáveis por gerenciar a biblioteca), três funcionários e duas estagiárias (responsáveis
pelas atividades gerais).
A Biblioteca não dispõe de setor de recursos humanos. Este fica localizado na sede da
Prefeitura (Rua Afonso Cavalcanti, nº 455, 2º andar), dando todo suporte na área de
administração e gestão de pessoas e processamento técnico das obras quando a aquisição é
através de compras.

4.4 - Organização Espacial

Os ambientes consistem em: recepção com balcão de atendimento e catálogos, sala do


acervo infantil, sala de estudos, espaço para acesso a Internet, salão com acervo adulto e de
referência, sala anexa para atividades culturais de incentivo à leitura, gabinete da chefia, copa
para funcionários e banheiro para o leitor e outro restrito aos funcionários.
O mobiliário é composto por guarda volumes, aparelhos de ar condicionado,
ventiladores, estantes simples e dupla face, cadeiras, mesas para funcionários e usuários, e
dois computadores. Extintores de incêndio e placas indicativas foram colocados com o intuito
de auxiliar na segurança do ambiente.
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4.5 - Acervo

O acervo físico e composto por livros, CDs, DVDs, audiolivros e periódicos. O


acervo possui obras de referência em diversas áreas do conhecimento. As obras são de
assuntos gerais com pequena predominância em literatura (infantil, juvenil e adulto). O
armazenamento do acervo infantil juvenil em estantes de aço simples e no adulto feito em
estantes de aço dupla face, organizadas por ordem de classificação, da esquerda para direita e
de cima para baixo O acesso é livre, ou seja, é aberto ao público.
A aquisição é feita pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) / Gerência de Livro e
Leitura, através de indicação das necessidades pelas bibliotecas populares da rede; também
compõem o acervo, obras doadas pela comunidade. A biblioteca recebe verba que na Bienal
do Livro e do Salão do Livro Infantil e Juvenil faz aquisição de novas obras.
No processamento técnico são usados a Classificação Decimal de Dewey (CDD) e a
Anglo American Cataloguing Rules (AACR). Os livros são cadastrados no sistema BIBLION,
desenvolvido pela própria SMC, que mantém um catálogo on-line
(http://www2.rio.rj.gov.br/bibliotecasmunicipais/index_corpo.htm).
No site, é possível ter acesso ao acervo disponível para consulta e empréstimo em
todas as Bibliotecas Populares Municipais. A maior parte dos livros já chega da Gerência de
Bibliotecas preparado tecnicamente. Os livros adquiridos por doação ou diretamente pela
biblioteca na Bienal do Livro e no Salão do Livro Infantil e Juvenil são tratados na própria
Biblioteca.

Tipos de documento Quantidade


Livros (adulto, infantil e juvenil) 7900
Livros de referência adulto, infantil e juvenil
(atlas, enciclopédias, dicionários e obras para 400
consulta local)
Apostilas 35
Periódicos (revistas) 220
Periódicos (jornais antigos) 15
Audiolivros 11
CDs 76
DVDs 55
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4.6 - Usuários

Com relação aos usuários, ela é destinada ao público em geral, composto em sua maior
parte pelos moradores da Tijuca e adjacências. Os usuários a utilizam para fazer consulta
local, acessar a Internet ou estudar. A biblioteca possui uma média de 45 pessoas ao dia,
utilizando os serviços citados acima. Os livros mais procurados são os de literatura brasileira.
A estatística em anexo, quantifica os empréstimos realizados conforme as áreas da
CDD, a consulta, a frequência e as inscrições realizadas durante o mês de dezembro de 2015.

4.7 - Serviços de Referência e Circulação

Os serviços prestados são: consulta local, atendimento ao usuário na recuperação da


informação, empréstimo domiciliar, empréstimo entre bibliotecas, acesso à Internet, serviço
de alerta: exposição das novas aquisições, atividades culturais e educativas. E outros como, o
serviço troca-troca e libertação.
Os serviços mais requisitados são os de circulação: empréstimo e consulta. O acesso é
livre para consulta no local e estudos, pedido de informação e uso da Internet. Para consultar
as obras do acervo, o usuário, após pesquisa no catálogo manual por autor, título ou assunto,
deverá dirigir-se diretamente as estantes.
O empréstimo é aberto para qualquer pessoa, desde que tenha cadastro. Após se
cadastrar, a pessoa receberá o manual do usuário que mostra como funciona a biblioteca. A
inscrição terá validade de um ano, sendo renovável a cada período através de nova
comprovação de residência.
Mediante cadastro, o usuário pode levar emprestado até 2 obras (exceto obras de
Referência – somente consulta local) por 14 dias, tendo direito a duas renovações feitas
pessoalmente ou por telefone.
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5 - DO CAMPO EMPÍRICO

Foi colocado a disposição do público usuário da biblioteca, pelo período de duas


semanas, o total de 50 questionários, buscando coletar dados sobre a faixa etária, gênero,
escolaridade , motivação para estar ali naquele espaço estudando e se havia satisfação no
atendimento, etc.
Trata-se de uma pesquisa aberta, pois obtivemos a sugestão e autorização da
bibliotecária encarregada para que o questionário fosse aplicado no período citado.
A seguir são apresentados os gráficos com os resultados da pesquisa:

a) Faixa Etária
20

b) Escolaridade

c) Gênero
21

d) Estado Civil

e) Residência
22

f) Status empregatício

g) Serviços buscados na biblioteca


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h) Motivos que os levam a uma biblioteca popular.

Unânimes em afirmar: ambiente apropriado para leitura e pesquisa, silêncio e ar


refrigerado.

i) Da importância do espaço para a prática dessas leituras.

Unânimes em afirmar que sim.

j) Finalidade do uso da sala de leituras/estudos no espaço da biblioteca

k) Essas leituras/estudos dão expectativas de ascensão social?

Unânimes em afirmar que “sim”.


Obs.: Todos buscam ascensão profissional, alguns fazendo o ensino médio, outros
fazendo especialização, a maioria fazendo preparatório de concurso, buscando com isso a
ascensão social, melhorando a qualidade de vida.
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l) Uso do material da biblioteca

Obs.: Isso justifica-se porque na sala de leitura esses usuários costumam usar de um
modo geral apenas o espaço da biblioteca, os que usam de material é o dicionário, a
internet quando não tem laptop para fazer alguma pesquisa ou raramente um livro didático ou
técnico.

m) Avaliação do atendimento
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n) Satisfação em relação à busca de informação

Obs.: Como os questionários foram aplicados diretamente para os usuários da sala de


leitura, usam o seu material que trazem de casa, necessariamente não fazem buscas, apenas
assinam a presença. Quando precisam de algum material pode ser a internet – que é agendado
ou um dicionário como foi dito ou uma obra para usar lá mesmo na sala de leitura - com
controle no atendimento, são atendidos satisfatoriamente São usuários diferenciados dos
outros que fazem empréstimos, troca-troca ou outros serviços.

o) Uma questão aberta pedindo sugestão para melhoria.

As respostas ficaram diversas: que se aumentasse o horário e ficasse aberta também


nos fins de semana ou se estendesse para noturno, que se aumentasse o espaço físico,
reivindicações para rede wi-fi que não tem, mais e melhores mobiliários, mais bibliotecas
públicas, etc.
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6- METODOLOGIA

A metodologia tem por finalidade determinar os caminhos que serão usados para a
realização da pesquisa e chegar ao objetivo proposto pelo tema.
Cunha (1982) apresenta definições à metodologia,

“[...] é a ação de observar, de olhar detidamente. É o método através do qual o


pesquisador capta a realidade observada” (p.12) e análise documentária: “neste método os
dados são coletados através de documentos já existentes, tais como: estatísticas [....]”
(CUNHA, 1982, p.14)

Foi realizada a pesquisa bibliográfica, leituras que se fizeram necessário para a


fundamentação teórico/conceitual, com seleção de autores que versam sobre o assunto,
sustentando os fundamentos da biblioteconomia, e o papel do Bibliotecário como agente de
intermediação nesse processo.
Na pesquisa de campo, através da observação participativa e utilizando o questionário
como instrumento de pesquisa, será feita análise dos serviços de atendimento prestados na
Biblioteca Popular da Tijuca Marques Rabelo, para comprovar a existência de informações
sociais, como são produzidas e com que finalidades, levando a posterior comparação com
fontes já existentes, tais como estatísticas ou outras formas de registros.
27

7 – CONCLUSÃO

Conclui-se que os espaços das bibliotecas populares são importantes para as


comunidades, levando a transformações sociais; fazendo análise através da identificação do
perfil de seus usuários/leitores confirma-se que as bibliotecas são portas de conhecimentos,
que através da leitura transforma esse conhecimento em perspectivas de transformação e
interação social de seus usuários.
Podemos ver na pesquisa como as bibliotecas públicas assumem um papel social
relevante e deveriam merecer maior atenção, principalmente onde a população por dispor de
menos recursos, precisa mais desse apoio, tem a responsabilidade de capacitar indivíduos
permanentemente.
No Brasil as bibliotecas públicas são mantidas pelos órgãos públicos onde vários
fatores dificultam o desenvolvimento das bibliotecas públicas tais como: falta de
planejamento, falta de conscientização dos governantes, falta de recurso financeiro e humano,
falta de novas e boas obras no acervo. As estatísticas mensais são consideradas nas políticas
financeiras para melhorias que nem sempre há retorno para as bibliotecas.
Os usuários que fizeram parte do estudo são basicamente pessoas que buscam
capacitação para o mercado de trabalho exigente, ora fazendo uma especialização,
preparatório para concurso público na maioria, preparatório para vestibular, estudante de 2º
grau, estudantes de graduação e todos com o intuito de adquirir ascensão profissional.
A maior motivação para desenvolver a pesquisa sobre o tema descrito no início foi
chamar a reflexão sobre a relevância dos conhecimentos adquiridos através de leituras em
espaços das bibliotecas populares com benefícios para a comunidade.
28

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Apêndices
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BIBLIOTECA POPULAR DA TIJUCA

Acervo Adulto Sala de leitura

Troca-troca infantil Contação de histórias

Acervo infantil
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ANEXOS
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ESTATÍSTICA MENSAL
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Organograma
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Segundo Ranganathan e as cinco leis de Biblioteconomia:

- Baseado em tendências observadas na prática bibliotecárias, e delineando tendências


futuras, ele formulou cinco princípios normativos “pontos cardeais”,

 Os livros existem para serem usados


 a cada leitor, seu livro
 a cada livro, seu leitor
 a biblioteca é um organismo em expansão
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