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INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Manuscritos do Instituto Histórico e Geográfico de Minas
Gerais - IHGMG: Transcrição, Edição e Glossário.
Belo Horizonte - MG
2010
José Euríalo dos Reis
INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Manuscritos do Instituto Histórico e Geográfico de Minas
Gerais - IHGMG: Transcrição, Edição e Glossário.
Belo Horizonte - MG
2010
José Euríalo dos Reis
INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Manuscritos do Instituto Histórico e Geográfico de Minas
Gerais - IHGMG: Transcrição, Edição e Glossário.
Belo Horizonte - MG
2010
Dissertação defendida por José Euríalo dos Reis em ____ de setembro de 2010 e
______________ pela Banca Examinadora constituída pelas Professoras Doutoras relacionadas
abaixo:
_____________________________________________________________________
Maria Cândida Trindade Costa de Seabra - UFMG
Orientadora
_____________________________________________________________________
Maria Antonieta de Amarante Mendonça Cohen - UFMG
_____________________________________________________________________
Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa - UNESP
RESUMO
This work, supported by principles of the Labovian Sociolinguistics (LABOV, 1972) and based
on works done by Matoré (1953), Haensch (1982), Biderman (1984), Coseriu (1991), Barbosa
(1996), and Isquerdo (1998) presents images of original manuscripts of the Minas Conspiracy
collection of the Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais - IHGMG, its transcription
and its semi-diplomatic edition, followed by a glossary (with general and toponymic items). The
entries of this glossary are lemmas related to the conspiracy, to entities involved in it, work
activities in general, mining (specifically) and goods of the conspirators and people related to
them. The text shows the lexicon of the documents which formed the basis for the glossary and
the interrelationships and overlaps that are established among between language, spelling,
vocabulary, society, history and culture, historical and geographical (Portugal, Brazil, Angola
and Mozambique) and biographical contexts (biographical overviews of social actors linked to
the movement). Some elements of the lexicon of these linguistic and historical testemonies are
presented, and some potential themes for for research in corpus linguistics are pointed out.
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 – Caminhos para Minas a partir de São Paulo e seus entroncamentos com os do
Rio de Janeiro ......................................................................................................................... 37
Mapa 3 – Carta Geographica da Capitania das Minas Geraes Anno de 1804 ......................... 39
Mapa 5 – Vila Rica, Sumidouro, Serro do Frio, Serra do espinhaço, Serra das Esmeraldas,
“tuituberaba monte que resplandece” e “minas achadas em 1699” ......................................... 41
Mapa 6 – Mappa Geral – Do que Renderão as Reaes Cazas de Fundição das Quatro
Com.cas da Capîtania das Minas Geraes. Do 1º de Ag.to de 1751 atê 31 de Julho de 1752 ..... 43
Mapa 7 – Mappa do Cabedal q’ vem remetido da Cid.e do R.o de Janr’. p.a S. Mag.de e
p.tes da Fragata Real N. S.ra das Brotas. Comandada pelo Cap.m de Mar e Guerra Joaõ
daCosta Brito. Anno 1760 ....................................................................................................... 45
Mapa 9 – A Capitania das Minas Gerais e a integração de mercados coloniais no Brasil ...... 51
Mapa 10 - Espaços geográficos onde foram lavrados os manuscritos-alvo desta pesquisa .... 55
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Exemplo de disponibilização de transcrição e original transcrito ........................ 66
LISTA DE ANEXOS
Anexo A – Lista de abreviaturas e abreviações desenvolvidas ............................................... 227
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 10
1
Utilizamos, nesta dissertação, ao nos referirmos ao movimento por muitos denominado Inconfidência Mineira e,
por outros, Conjuração Mineira, a expressão Inconfidência Mineira, por ser essa expressão é a mais corrente no
Brasil. Nesse sentido, registramos esta distinção proposta por Vainfas para a entrada Inconfidência Mineira do seu
Dicionário do Brasil Colonial - 1500-1808: “[c]abe distinguir, porém, os termos inconfidência e conjunração,
muitas vezes tratados como sinônimos: inconfidência se associa à idéia de traição e infidelidade ao soberano e à
metrópole, ao passo que conjuração espelha melhor a perspectiva dos colonos, levados a urdir conspirações em
defesa de seus interesses” (VAINFAS, 2000, p. 301). Por consequência, usamos o termo “inconfidente” para nos
referirmos a pessoa envolvida nesse movimento.
2
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – IHGMG, “[e]ntidade cultural particular, sem fins lucrativos,
fundada em 15 de agosto de 1907, pelo então Presidente do estado, Dr. João Pinheiro da Silva” (cf.
http://www.ihgmg.art.br/objetivos.htm). Tem sede à Rua dos Guajajaras, 1268 - Centro - Belo Horizonte- MG, e
mais informações sobre esse instituto podem ser encontradas em seu site: http://www.ihgmg.art.br.
10
existência, mercê de doação de sócios e de terceiros. Ademais, tomando-se por certa a afirmativa
de Labov,3 de que os estudos diacrônicos ao longo dos séculos constituem “a arte de fazer o
melhor uso de maus dados” (maus porque “os fragmentos da documentação escrita que
permanecem são o resultado de acidentes históricos para além do controle do investigador”), não
seria igualmente certo que se procurassem novos fragmentos de textos, das décadas que são
objeto deste estudo, também nesse acervo do IHGMG?
Certamente, muito mais se poderá explorar desse acervo, que reúne outros
importantes manuscritos sobre a história de Minas Gerais e do Brasil, mas, aqui, impunha-se
uma escolha, que recaiu sobre esses documentos sobre a Inconfidência, porque: (a) alguns são
inéditos; (b) apresentam manchas textuais lavradas em diferentes pontos geográficos de Minas
Gerais, do Rio de Janeiro, de Portugal, de Angola e de Moçambique, escritas por diferentes
escribas, bastante representativas dos personagens listados nos Autos da Devassa da
Inconfidência Mineira;4 (c) apresentam variações grafemáticas interessantes para análise
paleográfica; (d) cobrem um período considerável do movimento em questão; (e) reúnem
informações sobre o movimento, por excelência, emblemático dos esforços para a construção de
um Brasil independente; (f) nem todos eles têm o caráter formulaico, presente, por exemplo, nos
manuscritos do Projeto Resgate Barão do Rio Branco,5 expressando, portanto, parte da
complexidade de certa época e de indivíduos e grupos sociais desse tempo; e (g) são textos do
final do século XVIII e início do século XIX, e, se é procedente a afirmativa de Houaiss, “o
português do Brasil só se fez ‘unilíngüe universal’, no país, pelo trânsito dos séculos XVIII-
XIX”,6 é, também, muito importante estudar produções escritas desse período.
Com relação ao estudo do léxico desse corpus, ele permite melhor compreensão da
língua portuguesa usada nesses escritos e, portanto, um pouco de sua história, porque, conforme
assinala a linguista Ana Maria Pires Oliveira,7 o léxico “atesta o modo de vida e a imagem de
3
Labov, 1982, p. 20 apud Silva, 2006, p. 34.
4
Cf. Lima Júnior, 1968, p. 148-150.
5
“O Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco (Projeto Resgate) foi criado
institucionalmente, em 1995, por meio de protocolo assinado entre as autoridades portuguesas e brasileiras, no
âmbito da Comissão Bilateral Luso-Brasileira de Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO).
Tem como objetivo principal disponibilizar documentos históricos relativos à História do Brasil existentes em
arquivos de outros países, sobretudo Portugal e demais países europeus com os quais tivemos uma história colonial
imbricada.” [...] Aproximadamente 150.000 documentos dos sécs. XVI-XIX (cerca de 1,5 milhão de páginas
manuscritas) relativos a 18 capitanias da América portuguesa e depositados no renomado Arquivo Histórico
Ultramarino de Lisboa (AHU) — o maior acervo de documentação colonial brasileira no exterior - foram descritos,
classificados, microfilmados e digitalizados. Publicaram-se 20 catálogos em 27 volumes, quatro guias de fontes e
380 CD-ROMs de documentos digitalizados. O penúltimo catálogo da documentação (Capitania da Bahia) está no
prelo. No Brasil, os arquivos estaduais receberam cópia microfilmada da documentação pertinente ao passado
colonial de seus respectivos territórios e a Biblioteca Nacional acolheu toda a coleção de microfilmes.” Fonte:
<http://www.cmd.unb.br/resgate_index.php>.
6
Houaiss, 1992, p. 30.
7
Oliveira, 1999, p. 2.
11
mundo que individualiza um determinado grupo social, tornando-se, em vista disso, uma espécie
de documento vivo da própria história desse grupo, assim como de todas as normas sociais que o
regem”; conforme afirma Helmut Hermann Wilhelm Lüdtke,8 “[...] a história do léxico é uma
parte da própria História. Todas as mudanças no vocabulário relacionam-se, de algum modo,
com mudanças políticas e culturais”. Afinal, como afirma Eugenio Coseriu, a língua é “uma
técnica historicamente construída e condicionada”.9
Feitas essas considerações — que deixam claro que a língua e a faculdade da
linguagem constituem o grande diferencial do Homem, comparativamente a outros seres vivos e
são de natureza dinâmica, especialmente no que toca ao nível lexical, aberto e sujeito a
constantes tranformações —, este trabalho centra-se na variedade do Português Brasileiro escrito
de alguns usuários dele do séculos XVIII e XIX, visando estudar alguns aspectos de seu léxico e
de sua cultura.
Constituem a fonte do corpus deste trabalho os textos das manchas textuais desses
manuscritos já mencionados, cujas transcrição e edição diplomática são disponibilizadas no
Capítulo 4 deste trabalho.
No Capítulo 1 — Língua, Escrita, Léxico, Sociedade, História e Cultura —,
apresentam-se elementos que vinculam a língua à cultura e à história humana, com base em
estudos de Hymes (1964), Coseriu (1977) e Duranti (2000), recorrendo à Sociolinguística
Laboviana10 e destacando variantes variantes linguísticas, vinculadas, também, a redes sociais.
Para a tecitura de considerações sobre léxico, cultura e sociedade, recorremos a Matoré (1953),
Haensch (1982), Biderman (1984), Coseriu (1991), Barbosa (1996) e Isquerdo (1998).
No Capítulo 2, intitulado Contextos histórico-geográfico e biográfico, apresentam-
se considerações sobre o movimento da Inconfidência Mineira, seus caminhos e descaminhos,
em linhas gerais, contemplando aspectos da distribuição geográfica (no Brasil, em Portugal e na
África) de atores sociais nela sabidamente envolvidos, com especial ênfase quanto aos que
subscrevem os manuscritos que forneceram o corpus e os dados analisados neste trabalho.
O Capítulo 3 — Procedimentos Metodológicos —, por sua vez, ocupa-se dos
objetivos da pesquisa e dos métodos utilizados para seleção, transcrição e edição do corpus, bem
como para levantamento dos dados para análise e elaboração da ficha lexicográfica geral,
simplificada, usada para establecimento e análise efetiva dos dados selecionados.
8
Tradução nossa para: “[...] la historia del léxico es una parte de la historia misma. Todos los cambios en el
vocabulario se relacionan, de algún modo, con cambios políticos y culturales” (LÜDTKE, 1974, p. 20 apud
SEABRA, 2004, p. 23). Helmut Hermann Wilhelm Lüdtke: linguista suíco, professor de Romanística. *Osnabrück,
26/11/1926 - †Zürich, 27/04/2010.
9
Coseriu, 1991, p. 16.
10
Labov, 1972.
12
No Capítulo 4, cujo título é Os manuscritos, sua transcrição e edição, apresenta-se
a transcrição semidiplomática dos manuscritos.
O Capítulo 5 — Glossário — apresenta o glossário de substantivos, constituído a
partir dos lemas selecionadas dos manuscritos transcritos. Apresenta, também, um glossário
toponímico simplificado.
No Capítulo 6, intitulado Considerações, procede-se a uma análise quantitativa e
qualitativa dos dados, quanto à dicionarização dos lemas no Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa,11 bem como considerações sobre oscilações de escrita nos manuscritos e no
glossário, sobre abreviações e abreviaturas, seguidas de obsevações sobre possíveis futuras
pesquisas com base no corpus aqui reunido, e retomam-se os mais importantes aspectos
dicutidos nos demais capítulos, e seus resultados, com considerações neles embasadas.
11
Academia Brasileira de Letras, 2008.
13
CAPÍTULO 1
LÍNGUA, ESCRITA, LÉXICO,
SOCIEDADE, HISTÓRIA E CULTURA.
12
Le Goff, 1984, p. 46-47.
13
Le Goff, 1984, p. 103.
14
Le Goff, 1984, p. 95.
15
Leia-se, a propósito, Queiroz, 2005, p. 5.
14
chancelava ou não sua existência e sua prática, muitas vezes elegendo uma norma de prestígio e,
mais ainda, exercendo sobre ela censura velada ou explícita —, mediadas pela cultura. Nas
palavras do linguista Eugenio Coseriu: “o homem vive em um mundo lingüístico que ele mesmo
cria como ser histórico”)16 e nas de Mário Vilela (1997), “sociedade e língua estão
constantemente a intrometer-se uma com a outra, a marcarem-se sem se demarcar. A sociedade
reflecte-se constantemente na língua que lhe serve de argamassa e vice-versa”.17 Passsado,
língua, relações sociais, história e cultura estão, portanto, intrinsecamente interligados, seja para
registrar ou não fatos do presente (que será passado, algum dia), seja para redescobrir o passado,
revisitá-lo, reformulá-lo, fragmentá-lo ou eclipsá-lo.
Nesse sentido escrevem, também, entre outros, Henry Rousso, afirmando:
[o] testemunho colhido a posteriori, por sua própria natureza, é uma das caracerísticas
da história do tempo presente. Ele leva à criação de uma fonte singular, na medida em
que destinada, desde o início, seja a conservar — eis aqui a memória de tal indivíduo
ou de tal grupo —, seja a alimentar uma pesquisa específica.18
e, sobre isso, ainda, afirmam Ana Maria Pinto Pires de Oliveira e Maria Aparecido Negri
Isquerdo: “[...] o léxico de uma língua conserva uma estreita relação com a história cultural da
comunidade [...] na medida em que o léxico recorta realidades do mundo, fdefine, também, fatos
de cultura”.19
Tomando a cultura como a definem os pesquisadores Clyde Kay Haben Kluckhohn20
e William Henry Kelly21 — como “um sistema de planos de vida explícitos e implícitos
(desenhos para a vida), derivado historicamente, que propende a ser compartilhado por todos os
membros de um grupo ou por aqueles membros que estejam espcialmente caracterizados” —,22
consideramos, aqui, a linguagem na sua intercessão com a cultura e a entendemos, de par com
Theodor Ebneter,23 como:
16
Tradução nossa para: “[e]l hombre vive en un mundo lingüístico que crea él mismo como ser histórico”
(COSERIU, 1991, p. 32).
17
Vilela, 1997, p. 43.
18
Rousso, 1996, p. 87.
19
Oliveira & Isquerdo, 1998, p. 87.
20
Antropólogo norteamericano: *Le Mars, Iowa, 11/01/1905 - †Santa Fé, New México, 28/07/1960.
21
Antropólogo norteamericano.
22
Tradução nossa para “un sistema de planes de vida explícitos e implícitos (‘designs for living’) derivado
històricamente que propende a ser compartido por todos os membros de un grupo o por aquellos miembros que estén
especialmente caracterizados” (KLUCKHOHN & KELLY, 1945, p. 98 apud EBNETER, 1976, p. 134).
23
Linguista suíço: *Rorschach, 12/09/1923 - †Zürich, 22/01/2003.
24
Malinowski, 1923.
25
Pike, 1967.
15
3) […] meio de captar estruturas etnoloinguísticas semânticas, e,
portanto, congnitivas, específicas da linguagem e relativas aos
universais lingüísticos (etnosemântica, etnolinguística cognitiva).26
26
Tradução nossa para: “1) [...] la imagen del mundo de um pueblo, que al mismo tiempo modela el pensamiento
[…]; 2) […] parte de la conducta cultural (Malinowski, Pike); e 3) […] medio para captar estructuras
etnolingüísticas semánticas, y por tanto cognitivas, específicas del lenguaje e relativas a los universales lingüísticos
(etnosemántica, etnolingüística cognitiva)” (EBNETER, 1982, p. 135).
27
Labov, 1972.
28
Labov, 1972.
29
Escritor brasileiro: *Caxias (MA), 10/08/1823 - †Guimarães (MA), 03/11/1864.
30
Dias, 1921 [1854], p. 129.
31
Romancista, contista, crítico, cronista e poeta brasileiro, fundadador da Academia Brasileira de Letras - ABM:
*Rio de Janeiro, 21/06/1839 - †Rio de janeiro, 29/09/1908.
32
Assis, 1959, p. 822.
16
José Martiniano de Alencar,33 categórico, afirma, a tal propósito, que “[...] desde a
primeira ocupação que os povoadores do Brasil, e após êles seus descendentes, estão criando por
todo êste vasto império um vocabulário nôvo, à proporção das necessidades de sua vida
americana, tão outra da vida européia”.34 Ademais, conforme assevera Coseriu, “[...] a língua
não pode ser estudada ‘em si e por si’, e menos ainda sua história”. Quem poderia entender, por
exemplo, a histórica do léxico romance sem conhecer a civilização ocidental e o
cristianismo?”.35 Daí a importância dos estudos diacrônicos das línguas.
Vê-se, portanto, que língua, História (passado e presente), sociedade e cultura se
entrelaçam e se relacionam e se imbricam de forma muita acentuada, inegável. De tal forma que,
mesmo considerando-se uma mesma língua e(m) um mesmo território, com um mesmo povo,
verificam-se diferenças nos usos da língua, vinculadas a diferenças que se processam no espaço
(diatópica), no tempo (diacrônica), nos processos socioculturais (diastrática) e no discurso
(diafásica), estabelecendo-se algo como uma tecitura mediada por diferentes dialetos, níveis e estilo,
como bem afirmou Eugenio Coseriu, acrescentando, com muita propriedade, que “uma língua
histórica nunca é um único sistema, mas, sim, um emaranhado de — em parte — diferentes sistemas.
Há diferenças sob os pontos de vista fonético, gramatical e léxico”.36 A tal respeito, escreveu
Antônio Houaiss que “[i]novação em matéria de linguagem pressupõe, necessàriamente, espírito
inovador no pensamento, na cultura”,37 complementando, ainda:
[t]oda língua é um “museu histórico e cultural”, um documento do relevante ou do
modesto papel que desempenharam os povos que a falam na vida do mundo. Quando,
nos séculos XV e XVI, revolucionando a ciência do tempo, os portugueses saíram ‘A
buscar novos climas, novos ares’ [CAMÕES, Lusíadas, IV, p. 76], levaram para essas
regiões desconhecidas suas formas de cultura e, juntamente, as palavras com que as
designavam. Por isso, deixaram as línguas asiáticas, africanas e americanas marcadas de
lusitanismos. Mas nessas terras estranhas também aprendiam muito, razão por que, de
retorno, o seu léxico vinha enriquecido de termos denotadores de coisas até então
ignoradas do velho continente. Lisboa tornou-se assim ‘empório do mundo e princesa
do mar oceano’ e, em decorrência, um ativo centro transmissor de novas formas
lingüísticas. Depois, as condições econômicas se alteraram; mudou-se o meridiano da
cultura; arrefeceu, em conseqüência, o foco da influência lingüística.38
17
expressão (...) [e que] por isso, (...) não pode ser estudada senão em conexão com outros
fenômenos sociais”.40 É com essa perspectiva em vista que foram buscadas respostas para as
perguntas-hipóteses aqui formuladas, considerando, portanto, válida esta lição do Professor Luiz
Fagundes Duarte, da Universidade Nova de Lisboa, estampada em “Manuscritos: para que
servem”, com itens brevemente retomados a seguir:
[p]ela sua função de veículo de transmissão de conhecimentos, o Manuscrito não pode
ser desligado da História e deverá ser encarado numa relação íntima com a evolução dos
valores sociais e culturais: quando Heródoto apresenta a sua obra como decorrente da
necessidade de registrar por escrito os feitos dos homens para que, com o tempo, eles
não se apaguem, está a reconhecer a função histórica da escrita, e, implicitamente, do
manuscrito; e quando os primeiros filósofos gregos (escola Alexandrina dos séculos III-
I a.C.) se apercebem da necessidade de tornar disponíveis os textos dos escritores
antigos e de Homero em particular, fixando-o a partir de tradições divergentes e
convertendo-os para os tornar compreensíveis às gerações, ou quando os críticos
textuais modernos se ocupam dos manuscritos autógrafos dos grandes escritores com
vista a estudar a sua arte de escrever, temos o Manuscrito elevado à categoria de objecto
de estudo e, em todos os casos, à de documento: um registro de actos e de pensamentos
próprios de um tempo para uso em outro tempo (perpectivas histórica e filológica,
formuladas cientificamente a partir do século XIX), e um registro de comportamentos
de escrita de alguém para contemplação alheia (perspectiva manuscriptológica, que
encara o Manuscrito per se).41
Fica patente, aí, entre outras coisas, que Língua e História humanas caminham juntas
e se interrelacionam e se imbricam. Onde, porém, identificar pontos de aproximação e/ou de
afastamento entre elas? Onde, estão os registros, quanto ao passado menos próximo (distante das
modernas tecnologias da informação e da comunicação), dessas variações e mudanças? Nos
livros? Seguramente, neles estão registros importantíssimos dessas variações e mudanças, mas
pouco contemplam dos usos do dia-a-dia da língua escrita — menos dominada pela norma
linguística padrão oficial e menos domada pela revisão de editores —, que se faz presente nas
cartas, nos bilhetes, em alguns documentos cartoriais, muitos deles redigidos sem tempo para o
policiamento da norma ou rebuscamento de formas, sendo, por isso, potencialmente, portadores
de algo da fala, da língua oral praticada em determinados contextos. Daí a importância da edição
e do estudo de fontes primárias, manuscritas, muitas delas ainda inéditas, inertes em acervos
públlicos e privados. Em um deles (o do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais -
IHGMG), a fonte para o corpus desta pesquisa, pelos motivos expostos a seguir.
40
Seabra, 2004, p. 33.
41
Duarte, 1997, p. 11.
18
trecho de Ramón Menéndez Pidal,42 quanto ao receio de utilizar algumas fontes documentais
secundárias:
[v]endo que os romanistas, desde um Amador de los Ríos até um Ernesto Monaci, ao
exporem o estado primitivo do idioma traziam, sem receio nem reserva, documentos
mal copiados em épocas tardias, senti a necessidade de recorrer exclusivamente aos
pergaminhos originais dos séculos X e XI, ou, raramente, utilizar, também, cópias
seguramente autorizadas.43
complementado, por ele mesmo, receoso, portanto, do uso dessas fontes não-primárias, sobre sua
decisão de editar, para uso próprio, textos autênticos (de fontes primárias, portanto):
[p]or isto creio ser necessário, em contraste com as cópias anteriormente em uso,
antepor ao meu estudo a edição de alguns textos autênticos de capital interesse: duas
séries de Glosas, uma delas inédita, e vários documentos que sirvam de amostra e de
base para o meu trabalho.44
Entre outras razões para se atribuir importância a essas fontes, está o seu caráter
documental, de registro de uma época ou de um contexto. Por isso, sob o ponto de vista da
História, é importante que tais fontes sejam conhecidas, preservadas, transcritas, editadas e
estudadas porque “o fato histórico é a matéria-prima com que deve trabalhar o historiador”47 —
para “extrair de sua presença os subsídios à compreensão do fato histórico, ao esclarecimento das
opiniões, à inteligência de tanta coisa misteriosa que teima em ficar inexplicável”.48
Ainda a tal propósito, e vinculado ao tema dos temas abordados nos manuscritos
transcritos e editados neste trabalho, escreveu o historiador João Pinto Furtado, em 2000, “[...]
reconhecendo a exiguidade dos novos aportes documentais, bem como a virtual inexistência de
42
Filólogo e historiador espanhol: *La Coruña, 1869 - †Madrid, 1968 (cf. SOUSA, 1995, p. 174).
43
Tradução nossa para: “[v]iendo que los romanistas, desde un Amador de los Ríos hasta un Ernesto Monaci, al
exponer el estado primitivo del idioma aducían sin recelo ni reserva documentos mal copiados en épocas tardías,
sentí la necesidad de acudir exclusivamente a los pergaminos originales de los siglos X y XI, o rara vez utilizar
también copias seguramente autorizadas” (MENÉNDEZ PIDAL, 1968, p. 1).
44
Tradução nossa para: “[p]or esto creo necesario, en contraste com las copias antes en uso, anteponer a mi estudio
la edición de algunos textos auténticos de capital interés: dos series de Glosas, una de ellas inédita, y varios
documentos que sirvan de muestra a mi trabajo” (MENÉNDEZ PIDAL, 1968, p. 1).
45
Günther Haensch: linguista, lexicógrafo e hispanista alemão - *Munique, 1923 (cf. SOUSA, 1995, p. 211).
46
Tradução nossa para ‘[e]s evidente que, si bien el aprovechamiento de cierto número de fuentes secundarias puede
permitir reunir um material importante y útil en uma forma elaborada, los verdaderos progressos de la lexicografía
se deben al aprovechamiento de fuentes primarias, es decir, de textos en sentido más amplio, donde la unidad léxica
que interesa aparece, por lo general, en un contexto” (HAENSCH, 1982, p. 437).
47
Jardim, 1989, p. 13.
48
Vieira, 1993, p. 3.
19
novas evidências documentais a serem ainda divulgadas [...]”.49 Aqui, algumas delas, portanto,
relativas ao tema que formou objeto da pesquisa dele, de sua tese de doutorado.
Quanto ao viés linguístico, tais fontes revestem-se, conforme afirma Heitor Megale,
de grande importância pela “necessidade imperiosa de recuperar a memória do passado”50 e
porque o fato linguístico, em suas minúcias, é a matéria-prima sobre a qual deve se debruçar o
linguista, com finalidade semelhante, relativa ao seu fazer científico. Para Oliveira,51 por
exemplo, o léxico “[...] atesta o modo de vida e a imagem de mundo que individualiza um
determinado grupo social, tornando-se, em vista disso, uma espécie de documento vivo da
própria história desse grupo, assim como de todas as normas sociais que o regem”; conforme
afirma Lüdtke, “[...] a história do léxico é uma parte da própria História. Todas as mudanças no
vocabulário relacionam-se, de algum modo, com mudanças políticas e culturais”;52 afinal, como
afirma Eugenio Coseriu, a língua é “uma técnica historicamente construída e condicionada”.53
Os manuscritos e sua transcrição e edição, nesse contexto, são elementos
potencialmente muito importantes para a confirmação ou refutação de dados históricos, para
preenchimento de lacunas informacionais e para a preparação de corpora fidedignos para
estudos linguísticos, porque, conforme assinala Heitor Megale:
[a]inda que o manuscrito seja recente, nem sempre sua leitura deixa de apresentar
alguma dificuldade. Basta uma palavra, uma sílaba ou mesmo uma letra exigir exercício
de decifração para o leitor precisar rever a frase, às vezes, o parágrafo todo, buscando
recuperar aquela forma, aquele vocábulo e, só então, resolver o problema, de modo a
poder prosseguir a leitura. Esse exercício leva a comparar a palavra, o grupo de letras ou
propriamente a letra em questão com similares ocorrências anteriormente lidas. Se a
letra já não é usual, por distante no tempo, se a grafia não é conhecida, devido à
variedade de traçado da mesma letra, além obviamente de a ortografia ser antida ou
muito antiga, as dificuldades que o leitor encontra podem tornar-se obstáculo
intransponível para uma leitura fluente.54
49
Furtado, 2000, p. 21.
50
Megale, 2008, p. 11.
51
Oliveira, 2001, p. 2.
52
Tradução nossa para: “la historia del léxico es una parte de la historia misma. Todos los cambios en el vocabulario
se relacionan, de algún modo, con cambios políticos y culturales” (LÜDTKE, 1974, p. 20 apud SEABRA, 2004, p.
23).
53
Coseriu, 1991, p. 16.
54
Megale, 2008, p. 9.
20
trabalhos, cita pesquisas realizadas sobre substratos e superstratos linguísticos. Walther von
Wartburg,55 em La Fragmentation Llinguistique de la Romania, escreveu que, “[a]o Norte, como
ao Sul do domíno basco, que separa os dois idiomas românticos em questão [Espanhol e
Gascão], h- é atestado desde os primeiros documentos (assim, em Espanhol, desde o século XI,
temos hayuela, derivada de fagea)”56 e que
[d]essas mudanças, as mais significativas e as mais graves em consequências são, sem
sombra de dúvida, imputáveis ao substrato céltico. Um deles está diretamente atestado
em gaulês. Trata-se da passagem de ct a ct. Moedas e inscrições gaulesas trazem grafias
tais como Lucterios, ao lado de Luxterios; Pictilos ao lado de Pixtilos; Rectugenus,
Rextugenos; e até mesmo Reitugenus.57
55
Linguista suíço: * Riedholz, Soleure, 1888 - †Basiléia, 1971 (cf. SOUSA, 1995, p. 347).
56
Tradução nossa para: “[a]u Nord comme au Sud domaine basque, qui sépare les idiomes en question [Espagnol et
Gascon], h- est attestée dès les premiers documents (ainsi em Espagnol, des Le XIe siècle, hayuela, dérivé de
fagea)” (WARTBURG, 1967, p. 16).
57
Tradução nossa para: “[d]e ces changements, les plus significatifs est les plus lourds de conséquences sont sans
nul doute imputables au substrat celtique. L’um d’eux est directement attesté em gaulois. Il s’agit du passage de ct à
ct. Des monnaies et inscriptions gauloises offrent des graphies telles que Lucterios à coté de Luxterio, Pictilos à coté
de Pixtilos, Rectugenus, Rextugenos, et même Reitugenus” (WARTBURG, 1967, p. 36).
58
Le Goff, 2003, p. 537-538.
21
(monotestemunhais ou politestemunhais), capazes de indicar confirmações ou atualização de
memória e história.
Tivéssemos, no Brasil, adotado, décadas atrás, política de recolher manuscritos,
organizá-los e dispô-los em arquivos, tratá-los e conservá-los, com posterior adoção de práticas
de transcrição e edição, não teríamos, hoje, situações de busca demorada (por vezes, malograda)
por fontes primárias citadas em obras de antanho, como ocorre, por exemplo, quanto a parte
significativa da quase tricentenária documentação da Matriz de Nossa Senhora da Conceição da
Vila Real do Sabará, de parte da documentação da Venerável Ordem Terceira do Carmo de
Sabará e da Santa Casa de Sabará, parcialmente mencionadas em obras do médico-historiador
Zoroastro Vianna Passos (de fontes primárias hoje desaparecidas)59 e a alguns documentos
mencionados — alguns de existência questionada por historiadores; outros dados como
apócrifos, como estratagema do historiador, segundo Alexandre Eulálio60 — na obra Memórias
do Distrito Diamantino,61 de Joaquim Felício dos Santos, entre outros.
Não bastassem as histórias de trajetórias imprevisíveis que costumam marcar a vida
de livros raros e manuscritos — conforme bem assinala o bibliófilo Rubens Borba de Moraes,
em seu livro O Bibliófilo Aprendiz62 —, ainda temos problemas sérios, no Brasil, quanto à
organização, ao armazenamento, ao gerenciamento de acervos públicos e particulares,63 à ação
de colecionadores inescrupulosos e, sobretudo, quanto ao estado dos poucos bons arquivos
existentes, padecendo com limitações de recursos e, por isso, sem condições ideais para a
conservação, a preservação e a manutenção de seus acervos, muitas vezes mal acondicionados,
expostos a excesso ou escassez de umidade ou de calor, a poluentes e poeira, a incidência de luz
solar, falta de equipamentos, falta de catálogos e de profissionais, e, pior ainda: infestados de
micro-organismos, como fungos, bactérias, insetos xilófagos/papirófagos,64 traças, baratas e
ratos, e/ou contaminados por substâncias químicas antipapirófagas, muitas vezes aplicadas,
inadequadamente, sobre ou sob peças do acervo, por pessoas sem adequada
formação/capacitação.
Muitas vezes, como constatamos, em pesquisa e seleção de manuscritos das
Capitanias do Rio Negro e do Grão-Pará para o Projeto Dicionário Histórico do Português do
59
Leia-se, desse autor, a propósito: Em torno da história de Sabará (1942); Em torno da história de Sabará: a
Ordem Terceira do Carmo e a sua Igreja - Obras de Aleijadinho no Templo (1940); e Notícia Histórica da Santa
Casa de Sabará (1929).
60
Eulálio, 1974, p. 34-46 in Santos, 1974.
61
Santos, 1974.
62
Moraes, 2005.
63
Leia-se, sobre esse assunto: Acioli (2003, p. 2) e Baéz (2006, p. 12), entre outros.
64
Cupins e térmitas, entre outros insetos que se alimentam, também, de papel. Sobre isso, leia-se, por exemplo:
Manual de preservação de documentos, de Ingrid Beck.
22
Brasil - PHPB,65 no Arquivo Público do Estado do Pará - ARQPEP (em Belém), quando lá
estivemos, em abril de 2008, o estado de conservação de alguns códices e de manuscritos avulsos
está tão comprometido (por umidade, calor, exposição a luz, mau-uso, manipulação, por reação
química de tinta ferrogálica ou com outros pigmentos oxidantes), que até o compulsar de seus
fólios implica danos aos seus suportes e à escrita neles lavrada.
Não se defende, portanto, aqui, a condução do documento, da fonte primária, do
manuscrito, à condição de bem que mereça a preservação como um fim, mas como meio para se
instaurar comunicação entre passado, presente e futuro, como testemunho documental e fonte
para a Ciência, posto que, conforme bem salienta Mário Chagas:
É pela comunicação homem/bem cultural preservado que a condição de documento
emerge [...] Em contrapartida, o processo de investigação amplia as possibilidades de
comunicação do bem cultural e dá sentido à investigação [...]. A pesquisa é a garantia da
possibilidade de uma visão crítica sobre a área da documentação, envolvendo a relação
homem-documento-espaço, o patrimônio cultural, a memória, a preservação e a
comunicação.66
65
Projeto idealizado e coordenado (até 2008), pela Profª Drª Maria Teresa Camargo Biderman (da UNESP) — hoje
sob cordenação da Profª Drª Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa (UNESP) —, aprovado no âmbito do
Programa Institutos do Milênio, do Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq, que visa à elaboração de um dicionário
histórico do Português do Brasil, com corpus extraído de textos sobre o Brasil, escritos por autores brasileiros e
portugueses radicados no País desde o século XVI, com base informatizada e uso de ferramentas de alto
desempenho, como o Folio Views e o Unitex, em apoio a trabalhos de Lexicologia e de Terminologia Diacrônica,
que congrega 10 (dez) universidades brasileiras e a Universidade de Évora (Portugal).
66
Chagas, 1996, p. 46-47.
67
Paleografia é, segundo Segmundo Spina, é o “estudo das antigas escritas e evolução dos tipos caligráficos em
documento; isto é, em material perecível (papiro, pergaminho, papel)” (SPINA, 1977, p. 18).
68
Segundo Segismundo Spina, a Diplomática “consiste no estudo de todos os caracteres externos do documento —
a matéria escriptória, os instrumentos gráficos, as tintas, os selos, as bulas, os timbre, inclusive a letra, a linguagem,
as fórmulas —, isto é, numa crítica formal dos documentos, visando com isso a determinar o grau de autenticidade
dos mesmos” (SPINA, 1977, p. 20).
69
De acordco com Segmundo Spina, a Codicologia “é atinente exclusivamente ao conhecimento do material
empregado na produção do manuscrito (Scriptoria) e das condições materiais em que esse trabalho se verificou [...]”
(SPINA, 1977, p. 22).
70
Leia-se, a propósito: Cohen et alii, 1997, p. 79-97.
71
Desenvolvido na Faculdade de Letras - FALE da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, sob a
coordenação da Profª Drª Maria Antonieta Amarante de Mendonça Cohen.
72
De caligrafia.
73
De grafemas, tomados, individualmente, como “unidade mínima de escrita, não susceptível de divisão” (Tradução
nossa para: “unidad mínima de escritura, no susceptible de división” - SOUSA, 1995, p. 207). São exemplos de
grafemas, por exemplo, a, b, c, d, etc., ao passo que ch, ll, rr, por exemplo, são dígrafos.
23
alográficas74 vigentes na América Portuguesa, especialmente nos séculos XVI a XIX, quando
escrivães de variada procedência e formação foram investidos em diferentes comarcas, e os
processos de letramento e alfabetização da população variaram entre nulos e insuficientes.75
Nesse particular, não havendo outros testemunhos da Língua Portuguesa falada e
escrita no Brasil do período colonial, os manuscritos constituem-se como testemunhos
linguísticos únicos desse período, da sua escrita e, se devidamente estudados, também de alguns
traços de fala, conforme parecem atestar estudos de Sociolinguística como os de Soélis Teixeira
do Prado Mendes que, em sua tese de doutorado — Combinações Lexicais Restritas em
Manuscritos Setecentistas de Dupla Concepção Discursiva: Escrita e Oral —,76 aponta
elementos que, provavelmente, estavam presentes na língua falada de período pretérito da nossa
língua, alguns deles ainda presentes em comunidades rurais de Minas Gerais (resultado de
fenômeno de retenção linguística), posto que a língua e seu léxico (“a somatória de toda a
experiência acumulada de uma sociedade e do acervo da sua cultura através das idades”77) — se
organizam com clara vinculação com aspectos socioculturais, conforme apontamos,
sucintamente, em itens a seguir.
Presume-se, portanto, que a leitura de documentos de transcrição ainda inédita desse
período, vinculados a esse movimento, poderão lançar alguma luz sobre um ou outro ponto
obscuro dele, posto que, conforme afirma a pesquisadora Vera Lúcia Costa Acioli, “[o]
documento manuscrito é considerado a mola-mestra da História. É indiscutível que ele
proporciona recursos inestimáveis ao historiador, representando o melhor testemunho do
passado, fonte direta de informação básica para o estudo da História”.78 Além do mais, conforme
assinala Haensch, “[...] os verdadeiros progressos da Lexicografia devem-se ao aproveitamento
de fontes primárias; ou seja, de textos em sentido mais amplo, nos quais a unidade lexical que
interessa aparece, em geral, em um contexto”.79 Disso decorre a preocupação com procedimentos
metodológicos adequados para transcrição e edição dos manuscritos — arrolados no Capítulo 4
—, com vistas à disponibilização de edição fidedigna para estudos posteriores, sejam de caráter
histórico ou linguístico.
74
De alógrafos, considerados, individualmente, como “cada uma das realizações básicas de um grafema: M, M, m,
m, por exemplo, são alógrafos da letra m” (Tradução nossa para: “cada una de las realizaciones básicas de um
grafema: M,M, m, m son alógrafos de la letra m” - SOUSA, 1995, p. 39).
75
Sobre esse assunto, consulte-se, especialmente, o livro Ler e escrever no mundo rural do antigo regime: um
contributo para a história da alfabetização e da escolarização em Portugal.
76
Mendes, 2008.
77
Biderman, 2001, p. 179.
78
Acioli, 2003, p. 1.
79
Tradução nossa para: “[...] los verdaderos progresos en la lexicografía se deben al aprovechamiento de fuentes
primarias, es decir, de textos en sentido más amplio, donde la unidad léxica que interesa aparece, por lo general, en
un contexto” (HAENSCH, 1982, p. 437).
24
Nesse sentido, e considerando estas considerações da linguista Maria Filomena
Gonçalves:
[n]ão é novidade para ninguém que a variação linguística foi colocada no cerne da
investigação graças ao contributo da Sociolinguística,já que nem o estruturalismo ou
mesmo o gerativismo, reconhecendo embora a dinâmica do fenómeno, tinham atentado
na sua verdadeira natureza e extensão. Mas se isto é bem verdade para a variação em
sincronia, ainda o mais é para o estudo da variação em sincronia, campo que aguarda
novos e instigantes percursos, uma vez que, para lá das habituais generalizações ou
sínteses, pouco se conhece de épocas como o século XVIII, conquanto a elaboração de
corpora históricos esteja no bom caminho para preencher as lacunas tanto daquele
como de outros momentos da história da língua. Idênticas razões explicamque a
situação da historiografia linguística relativa a Setecentos não seja melhor, porque
também nesse domínio muitos são os textos por resgatar com vista ao mais correcto e
completo conhecimento das ideias e do discurso metalinguístico acerca do português.
Afora os estudos centrados nas reformas do ensino, na polémica da gramática latina e na
gramaticologia portuguesa (VERDELHO, 1982; GONÇALVES, 1997, 2001), é ponto
consensual que boa parte do século XVIII permanece na sombra, motivo por que
também o léxico, excepto talvez no que tange à metalexicografia, não tem sido alvo de
análise, facto tanto mais curioso quanto se reconhece ter sido a discussão da variação
lexical tema privilegiado no discurso metalinguístico de Setecentos.80
acreditamos que o léxico dos manuscritos aqui transcritos e editados, como fontes primárias de
parte desse século, poderão revelar alguns aspectos interessantes do léxico desse período, e da
história que o envolve, envolvendo esse corpus, posto que, conforme afirma o Padre Raphael
Bluteau, em seu Vocabulario, no “Catalogo Alphabetico, Topographico, e Chronologico dos
Authores Portuguezes Citados pela Mayor Parte nesta Obra”, ressaltando, segundo a linguista
Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa, em citação transcrita abaixo, “a importância de um
corpus de referência formado por autores portugueses”:
[as] palavras não significam por sua natureza, mas por instituiçam dos homens; & cada
Nação, assim Barbara, como polida, deu principio, & sentido às palavras, de que usa.
Daqui nace, que não temos outra prova da propriedade das palavras, que o uso dellas, &
deste uso não hâ evidencia mais certa, & permanente, que a q~ nos fica nas obras dos
Autores, ou manuscritas, ou impressas.81
No léxico, portanto, e sobretudo nas fontes primárias que lhe servem de suporte, o testemunho de
um tempo, de uma cultura, da História humana.
80
Gonçalves, 2007, p. 45-46.
81
Bluteau, 1712, v. 1 apud Murakawa, 2007, p. 165.
82
Biderman, 1998, p. 11.
25
[o] indivíduo se apropria do real como simbolicamente sugere o relato da criação do
mundo na Bíblia, em que Deus incumbiu ao primeiro homem dar nome a toda a criação
e dominá-la. A geração do léxico se processou e se processa através de atos sucessivos
de cognição da realidade e de categorização da experiência, cristalizada em signos
lingüístico: as palavras.83
Palavra, elemento dessa nomeação da realidade, aqui, é tomada na acepção que lhe
confere a linguista Maria Aparecida Barbosa: “unidade-padrão do glossário, tem significado
específico, estruturado como epissemema84 — daquela ocorrência, naquela combinatória —
relacionado a um chronos, a um topos, a um stratum e a uma phasis.85 Trata-se de unidade de um
discurso manifestado, in praesentia,86 sendo, portanto, também tomada como uma unidade
significativa tomada do léxico (conjunto abstrato das unidades lexicais da língua).87 Difere,
portanto, de um vocabulário, que é unidade de norma, in absentia.88 Léxico, por sua vez, é
considerado, conforme já exposto acima, como “o conjunto abstrato das unidades lexicais da
língua”.89
Biderman ainda assinala que “o léxico de qualquer língua constitui um vasto
universo de limites imprecisos e indefinidos”;90 que “o léxico de uma língua natural pode ser
identificado com o patrimônio vocabular de uma dada comunidade lingüística ao longo de sua
história” [...];91 que “o acervo verbal de um idioma é o resultado de um processo de
categorização secular e até milenar, através do conhecimento das semelhanças e das diferenças
entre os elementos a experiência humana, tanto a experiência resultante da interação com o
ambiente físico como com o meio cultural”;92 que “esse patrimônio constitui um tesouro cultural
abstrato; ou seja, uma herança de signos lexicais herdados de uma série de modelos categoriais
para gerar novas palavras”;93 e que “o léxico é o único domínio da língua que constitui um
sistema aberto, diversamente dos demais, fonologia, morfologia e sintaxe, que constituem
sistemas fechados”.94
Segundo Antônio Houaiss, “a ‘abertura’ do léxico é, potencialmente, enorme” e essa
“abertura” é espaço algo incógnito;95 Oliveira, por sua vez, afirma que o léxico é o “nível
83
Biderman, 1998, p. 11.
84
“L. Blomfield chama de epissemema o sentido de uma forma tática, isto é, de uma disposição gramatical mínima;
assim, a ordem SN-V (forma tática) tem o sentido (epissemema) de atuante-ação” (DUBOIS et al., 1978, p. 220).
85
Chronos, topos, stratum e phasis são, respectivamente, tempo, espaço/lugar, estrato e fase, relativos a variações
linguísticas diacrônica, diatópica, diastrática e diafásica.
86
Em presença (cf. BARBOSA, 1996, p. 40).
87
Biderman, 1999, p. 88-89.
88
Em ausência (idem, ibidem).
89
Biderman, 1999, p. 88.
90
Biderman, 1978, p. 139 apud Biderman, 1998, p. 14.
91
Idem, ibidem.
92
Biderman, 1981, p. 134.
93
Biderman, 1998, p. 11.
94
Biderman, 1998, p. 12.
95
Houaiss, 1992, p. 72.
26
lingüístico que melhor expressa a mobilidade das estruturas sociais, a maneira como sociedade
vê e representa o mundo”;96 de acordo com Krieger, ele cumpre “a função de nomear os seres, os
objetos, as ações e processos que identificam o mundo fenomenológico e aquele percebido pelos
homens” e, por seu dinamismo, torna-se “o pulmão das línguas, e, simultaneamente, um objeto
multifcetado e em constante mobilidade”.97 Isso porque o léxico é um sistema aberto
(reforçamos) e, “numa perspectiva cognitivo-representativa, a codificação da realidade
extralingüística interiorizada no saber de uma dada comunidade lingüística”.98
Isso posto, fica claro que é possível que, em um corpus que reúne manuscritos de (e
sobre) inconfidentes mineiros que cobrem período superior a 50 (cinquenta) anos, é possível que,
como alguns dos personagens envolvidos na Inconfidência tinham contato com ideais e ideais de
liberdade da França e dos Estados Unidos da América, os dados fornecidos pelo corpus incluem
neologismos e/ou estrangeirismos.
Parece-nos igualmente possível que, como era situação comum, na América
Portuguesa, os contatos e envolvimentos entre portugueses, mestiços e escravos — alguns deles
envolvidos na Inconfidência Mineira, outros nas atividades mineradoras, para as quais serviam
especialmente negros africanos denominados “Minas” —, e, no período de degredo de
inconfidentes, o contato destes, em países africanos, com autoridades e outras pessoas nativas
desses países, haja influência ou empréstimo linguístico de origem africana no vocabulário que
usam na modalidade escrita, nesse corpus.
Outra possibilidade que vislumbramos é a de já haver certa diferenciação da língua
escrita no Brasil (final do século XVIII e início do século XIX), nos textos do corpus,
comparativamente à de autoridades portuguesas (membros do Conselho Ultramarino e outros).
Outra, ainda, a de haver diferença perceptível, por meio de análise mais refinada do corpus e de
seus dados, entre a escrita de uma pessoa de certa classe social e a de uma pessoa de outra classe
social.
Por isso, e considerando pressupostos da Sociolinguística Laboviana,99 tecemos, a
seguir, algumas considerações sobre Lexicologia e Lexicografia, com vistas a breve análise de
palavras extraídas do corpus desta pesquisa, que faremos preceder um glossário, entendido,
desde já, como um “dicionário de discurso”, e não um “dicionário de língua”, porque para as
entradas serão selecionadas como “unidades [...] e informações gramaticais e semânticas que [...]
dizem respeito a um corpus, exteriormente delimitado, que funciona como discurso individual,
96
Oliveira, 2001, p. 110.
97
Krieger, 2001, p. 163.
98
Vilela, 1997, p. 31.
99
Labov, 1972.
27
como exemplo de um ato de fala produzido num dado tempo e lugar”,100 em contexto,
específicos, portanto.
e que, “[e]mbora se atribua à Semântica o estudo das significações lingüísticas, a Lexicologia faz
fronteira com a Semântica, já que, por ocupar-se do léxico e da palavra, tem que considerar sua
dimensão significativa”.103
Essa mesma pesquisadora tece considerações sobre outras fronteiras que a
Lexicologia estabelece com outras ciências, por se ocupar da formação de palavras
(tangenciando área da Morfologia); realizar pesquisas com Estatística Léxica (ou Léxico-
Estatística); buscar entender a origem e a filiação de famílias linguísticas — área da
Glotocronologia —; tangenciar a Semântica Evolutiva ou Diacrônica; realizar estudos em áreas
interdisciplinares, sobre Palavras e Coisas (relações entre língua e cultura).
Georges Matoré, escrevendo sobre Lexicologia, afirma, categoricamente:
100
Barbosa, 1996, p. 43.
101
Biderman, 1998.
102
Biderman, 1998, p. 14.
103
Idem, ibidem.
104
Tradução nossa para: “La lexicologie occupe donc une situation particulière entre la linguistique et la sociologie.
Situation difficile puis-qu’elle impose une documentation multipe: disciplina synthétique, la lexicologie doit
emprunter ses matériaux à l’histoire de la civilisation, à la linguistique, à l’histoire économique, etc..., etc... Situation
privilégiée aussi, puisque comme le note justement H. Sée, c’est aux confins des diverses sciences de l’homme
“qu’il est possible de trouver des explications fécondes, de voir des rapprochements qui échappent aux travailleurs
de spécialities séparées”. (MATORÉ, 1953, p. 50).
28
Esquematicamente, apresenta-nos um pouco dessa imbricação desta forma:
105
Biderman, 1998, p. 15.
106
Tradução nossa para: “[…] descripción del léxico que se ocupa de las estructuras y regularidades dentro de la
totalidade del léxico de un sistema individual o de un sistema colectivo […]” (WERNER, 1982, p. 92-93).
29
1.5 A definição lexicográfica
Escrevendo especificamente sobre definição lexicográfica, Maria Tereza de Camargo
Biderman (1993) afirma que:
[n]a prática lexicográfica, a definição de uma palavra consiste numa paráfrase dessa
palavra, equivalente a ela semanticamente. Através dela, o lexicógrafo pretende
explicitar o que os usuários de uma língua compreendem ao se fazer referência a uma
dada palavra. A definição lexicográfica baseia-se numa análise conceptual, sendo que o
lexicógrafo faz uma análise semântica da palavra a ser definida. Nessa tarefa, o
definidor deve ser rigoroso, estabelecendo uma equação sêmica e não uma adivinhação,
para que o definiendum seja identificado sem ambigüidade.107
Nessa prática, preconiza ela, com apoio em Ladislav Zgusta,108 que o rigor do
lexicógrafo deve ser tal que permita identificar, de forma inequívoca, o objeto definido
(definiendum),
[...] de tal modo que ele deva, por um lado, contrastar radicalmente com todos os outros
objetos susceptíveis de definição, e por outro lado, caracterizar-se de modo positivo e
inequívoco como membro da classe mais próxima, a definição lexicográfica enumera os
mais importantes traços semânticos da unidade léxica que bastem para distingui-las das
outra unidades.109
107
Biderman, 1993, p. 23.
108
Linguista de origem tcheca: *20/03/1924 - †27/04/2007.
109
Zgusta, 1971, p. 53-54 apud Biderman, 1993, p. 23-24.
110
Biderman, 1993, p. 25.
30
O léxico se estrutura, segundo Kurt Baldinger, em sua Teoria dos Campos
Semasiológicos e Onomasiológicos,111 em campos onomasiológicos, quando reúne todos os
significantes relativos a um dado significado, ou em campos semasiológicos, englobando todos
os significados possíveis que possam representar um dado signfica. Onomasiologia e
Semasiologia, portanto, são como as duas faces de uma mesma moeda, que se opõem, mas se
complementam: uma com a face das significações e, outra, com a das significações (de caráter
semântico).
Assim sendo, ainda segundo Baldinger,112 a Onomasiologia corresponde ao
repertório de elementos linguísticos que o falante ou escriba tem à disposição para expressar,
linguisticamente, seu pensamento; a Semasiologia, por sua vez, corresponde à percepção de
decodificação que o ouvinte ou leitor faz de formas já selecionadas e usadas por um outro falante
ou escriba, atribuindo-lhe significação. Ainda sobre Semasiologia e Onomasiologia, afirma
Biderman:
[a] Semasiologia é uma área da Semântica que estuda os significados e sua estruturação
interna a partir de dignos lingüísticos (das palavras). Divide-se assim o signo linguístico
nas suas duas faces – significante e significado. O método semasiológico considera os
significantes para indagar sobre os significados, ou investigar o fenômeno da
significação. O contrário da semasiologia é a onomasiologia, que parte da significação
em busca da designação linguística dos conceitos ou objetos considerados.113
111
Baldinger, 1970.
112
Baldinger, 1970, p. 200-201.
113
Biderman, 1984, p. 143.
114
Seabra, 2004.
31
Onomasiologia Semasiologia
significado
significado
ão
aç
ão
ic
naç
nif
desig
4sig
nome
(significante) coisa nome coisa
(significante)
significado
o ã
aç
ific
ão
n
aç
asig
ign
Ades
nome coisa
(significante)
32
Em qualquer dos casos, quanto aos critérios mencionados acima, o labor
lexicográfico implicará necessidade de trabalhar com lexemas e lexias, assim entendidos:
115
Tradução nossa para: “une unité de contenu lexical exprimée dans le système lingüistique (par exemple le
contenu “senex” en Latin est un léxème)” (GECKELER, 1976, p. 297).
116
Pottier, 1973 apud Biderman, 1999, p. 89.
117
Biderman, 1999, p. 89.
118
Barbosa, 1996, p. 35.
33
Única ressalva: como “único texto”, neste trabalho, é considerado todo o conjunto
documental constituído pela edição dos fólios dos 58 (cinquenta e oito) manuscritos de (e sobre
inconfidentes e Inconfidência Mineira) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais -
IHGMG extraídos dos CD-ROMs Coletânea Acervo Documental - Coletânea, organizado por
Seabra (2008).
No Capítulo 2, a seguir, discorremos, com brevidade, sobre os contextos histórico-
geográfico e biográfico em que se deu a Inconfidência Mineira, compreendendo relações sociais,
política e espaços de Minas Gerais, do Brasil, de Portugal, de Angola e Moçambique, antentos ao
que preconiza a linguista Maria Aparecida Barbosa, que salienta, nos termos da citação a seguir,
a necessidade de se explicitar o contexto sócio-histórico e o contexto de escritura dos textos a
serem editados, para se expor amostra de dados que sejam expressivos de determinado momento
histórico social:
Nessa altura em que se debruçam por sobre os diversos escritos produzidos na América
Portuguesa pesquisadores tanto de linhas impiristas, quanto de mentalistas, tornou-se
imprescindível editarem-se textos em pros não literária que não apresentem semelhantes
limitações às diversas abordagens possíveis com os dados deles oriundos. Mais que
isso, edições que avancem ao máximo na descrição, portanto, não só do contexto sócio-
histórico do texto, mas na dass condições de produção, relação entre emissor e receptor,
modalidade, estilo, etc., tornam-se imperativas para estabelecer confiabilidade e
fidedignidade ao material posto à disposição da comunidade acadêmica dedicada às
questões acerca da mudança lingüística.119
119
Barbosa, 1996, p. 106.
34
CAPÍTULO 2
CONTEXTOS HISTÓRICO-GEOGRÁFICO
E BIOGRÁFICO
120
Caminha, 1997 [1500], p. 127.
35
historiadores; 1694, segundo outros,121 foi o ano, e o paulista Bartolomeu Bueno de Siqueira o
descobridor de ribeiro aurífero no Sertão dos Cataguases do Ouro Preto, “depois denominado
Minas Gerais dos Cataguases, que geraria os topônimos Minas Gerais, Vila Rica e Ouro
Preto”.122
A esse respeito, a pesquisadora Adriana Romeiro, mencionando argumentação de
Maria Verônica Campos, assinala que “é muito plausível supor que a exploração aurífera tenha
se iniciado muito antes da descoberta oficial, que só demorou em razão das exigências dos
paulistas”,123 “encobrindo” essa descoberta. Outras descobertas se seguiram, “em impressionante
seqüência, vultuosos achamentos auríferos: Ribeirão do Carmo (Mariana), Sabará, São João Del
Rei e São José Del Rei [hoje, Tiradentes] foram alguns deles”.124
Em uma verdadeira e “gigantesca corrida do ouro” (também à busca de prata e
diamantes), deslocavam-se para a então parte mineira da Capitania de São Paulo e Minas do
Ouro, “obrigando a abertura de vários caminhos para a ela chegar e, também, [levar] [...] para o
Rio de Janeiro parte do ouro alcançado, os quintos reais,125 o ouro legalmente registrado de
particulares e muito contrabando”.126 Instauraram-se, simultaneamente, movimentos de migração
sem controle, de tentativa de controle pela Metrópole (Portugal), de enriquecimento rápido, de
contrabando, caminhos e descaminhos do ouro.
Alcançada, inicialmente, pelas bandeiras, via Capitanias de São Vicente e do Espírito
Santo, e, pelas entradas, a partir da Bahia, Minas tinha acesso ao Rio de Janeiro pelo Caminho
dos Guaianases, atravessando a Serra do Mar e os campos de Cunha, chegando a Paraty, e a São
Paulo pelo Caminho dos Goitacases, via Guarantinguetá, atravessando a Serra da Mantiqueira
pela garganta do Embaú [Cruzeiro-SP], segundo Moacir M. Silva.127 Traçados em período
anterior a corrida do ouro, por indígenas, esses dois caminhos, que se conectavam, eram
conhecidos como Caminho Velho, em contraposição “a um outro caminho, mais curto e novo,
cuja construção iniciou-se em fins de 1698 e que ficou conhecido como Caminho Novo ou do
Garcia”,128 que também teve uma variante, a partir de 1725, de percurso mais fácil, denominado
Caminho do Proença (1725), ligando Minas ao de Janeiro Rio pela Baía de Guanabara e pela
121
Costa, 2005, p. 24.
122
Costa, 2005, p. 26.
123
Romeiro, 2005, p. 208.
124
Romeiro, 2005, p. 208.
125
Segundo Romeiro & Botelho, em Dicionário Histórico das Minas Gerais. Período Colonial, o quinto era o
“[t]ributo correspondente a 20%, que indicia sobre o valor dos produtos — como couro, diamantes, prata e ouro —
arrecadado pela Coroa portguuesa” (ROMEIRO & BOTELHO, 2004, p. 204).
126
Costa, 2005, p. 26.
127
Silva, 1949, p. 73-74 apud Costa, 2005, p. 43.
128
Costa, 2005, p. 42.
36
Serra da Estrela, que “também ficou conhecido como Estrada Real do Rio de Janeiro para Vila
Rica”.129
Muitos outros caminhos (ou descaminhos — em carta à Coroa Portuguesa, datada de
03 de abril de 1730, Antônio de Albuquerque escreve: “[e] é sem dúvida que as três pares dos
quintos se descaminharam por mais cuidado que se põe neles”130) se abriram para escoamento do
ouro, por via legal ou ilícita, para outras terras, no Brasil ou em Portugal. São exemplos disso o
Caminho Fluvial do Tietê, o Caminho do Varadouro, o Caminho de São Paulo, o Caminho do
Paraíba Nova de Simão da Cunha Gago (que conduzia a Minas prtindo de Resende e cortando a
Serra da Mantiqueira), o Caminho do Mão de Luva (perto de Além Paraíba, atravessando o Rio
Paraíba), o Caminho do Rio Preto, a Picada do Picu e a Estrada do Rubim. Na trilha do ouro,
São Paulo forneceu aventureiros, dada a situação de pobreza aí configurada, e sua localização
geográfica, em na “boca do sertão”,131 tendo daí partido várias trilhas não só para as Minas
Gerais, mas também para outras Capitanias, conforme o MAPA 1, cujo título é autoexplicativo:
“Caminhos para Minas a partir de São Paulo e seus entroncamentos com os do Rio de
Janeiro”.132
MAPA 1
Caminhos para Minas a partir de São Paulo e seus entroncamentos com os do Rio de Janeiro.
129
Costa, 2005, p. 42.
130
Cf. Boxer, 1969, p. 104.
131
Abril Cultural, 1999, p. 127.
132
Cf. Costa, 2005, p. 83.
37
Corrobora, ilustra e implementa informações do MAPA 1 o esquema apresentado no
MAPA 2, apresentado a seguir, com rotas de algumas das principais bandeiras133 do período
compreendido entre 1610 e 1722.
MAPA 2
Bandeiras nas trilhas do ouro.
Nas Minas, especialmente nas cidades onde o ouro era extraído — principalmente
nas regiões de Sabará, Serro Frio, Ribeirão do Carmo, Itaverava, São João del-Rei, São José del-
Rei e Serro do Frio — a sociedade se organizou. Acirrou-se a rivalidade de mineradores e
moradores de Minas provenientes de São Paulo para com forasteiros (geralmente, portugueses),
133
Na América Portuguesa, “[...] as bandeiras eram expedições de caráter particular que reuniam centenas de
pessoas que se embrenhavam no sertão em busca de metais preciosos (bandeiras de prospecção) ou para
aprisionamento de índios (bandeiras de preação)” (ABRIL CULTURAL, 2000, p. 128).
38
que resultou na Guerra dos Emboabas (1708-1711)134 pela posse das minas, resultando em
expulsão dos paulistas de Sabará e Caeté, com retirada desses para o Rio das Mortes e sua
posterior chacina no Capão da Traição, por parte dos emboabas, sob a chefia de Bento do
Amaral Coutinho. Logo após esse episódio sangrento, criou-se a Capitania das Minas Gerais,
separando-se-a da de São Paulo — com nomeação tardia de um governador, por carta-patente de
13 de dezembro de 1720, e posse efetiva em 18 de agosto de 1721135 —, de forma a ter ela, em
1804, a configuração estampada no MAPA 3, abaixo.
MAPA 3
Carta Geographica da Capitania das Minas Geraes Anno de 1804.
134
Sobre o termo “emboaba”, que suscitou controvérsias entre historiadores, limitamo-nos a assinalar que foi usado
por Antonil (1711), Rocha Pitta (1730), Padre Manuel da Fonseca (1752), Santa Rita Durão (1782) e Cláudio
Manoel da Costa, no século XVIII, e que, segundo Mello (1979), aparece pela primeira vez em carta de Manuel
Nunes Viana dirigida a Borba Gato, em 1708, referindo-se aos forasteiros em Minas, aos portugueses, sobretudo,
que usavam botas. Seu significado, no poema “Caramuru” (do Frei José de Santa Rita Durão), era do “estrangeiro,
entre os indígenas” [tupis] (DURÃO, 2003 [1781], Canto II, verso 35: “Para o nosso socorro este Imboada”). O
historiador Marx Golgher (1982), citando a controvérsia, conclui “[h]istoricamente, o termo emboaba era a alcunha
zombeteira utilizada pelos “paulistas” para designar os seus inimigos, fossem eles brasileiros, fossem emigrados
reinóis” (GOLGHER, 1982, p. 38, nota 19). Ainda sobre esse assunto, leia-se o livro Paulistas e Emboabas no
coração das Minas. Idéias, práticas e imaginário político no século XVIII, de Adriana Romeiro (2008).
135
Cf. Coelho, 1903, p. 577.
39
Dá-se, então, de maneira mais ordenada, a formação das Minas Gerais, com
abundância de novas minas descobertas e proliferação de povoados, conforme mostra,
esquematicamente, o MAPA 4, apresentado a seguir.
MAPA 4
Formação das Minas Gerais.
Formação que se deu nessas zonas de mineração e tivera início no final do século
XVI, conforme mostra o MAPA 5, a seguir.
40
MAPA 5
Vila Rica, Sumidouro, Serro do Frio, Serra do espinhaço, Serra das Esmeraldas, “tuituberaba
monte que resplandece” e “minas achadas em 1699”.
136
Segundo Lopes, “[...] continuando a política de [Antônio de] Albuquerque, D. Brás [Baltasar da Silveira,
Governador de 31/08/1713 a 31/08/1717] já havia elevado à condição de vila, com câmara e tudo, mais três arraiais:
São João Del Rei, 8 de abril; Vila Nova da Rainha (Caeté), 29 de janeiro de 1714; Vila do Príncipe (Ivituruí - Serro
Frio - Serro) 29 de janeiro de 1714 a criação, 1715 a instalação. Também as Comarcas estavam criadas desde
dezembro de 1713 (ou janeiro de 1714?) e demarcadas pela repartição de terras que deveriam tocar a cada uma
desde 6 de abril de 1714” (LOPES, 1985, p. 72).
137
A propósito, leia-se História Antiga de Minas Gerais, de Vasconcelos (1999).
41
Sabará, em 1724),138 Irmandades Religiosas e Ordens Terceiras se organizaram,139 a Vila de
Nossa Senhora do Carmo foi elevada à categoria de cidade, recebendo o nome de Mariana (em
homenagem à esposa do Rei, Dom João V), em 1745, quando se tornou sede episcopal (de
Bispado), 140 corporações de ofícios se organizaram e floresceu uma cultura peculiar, mista de
portuguesa, africana e ameríndia, com mistura de etnias, interesses, relações diversas e
contraditórias para com a Administração Colonial e suas representações nos municípios, às vezes
incumbida a paulistas imigrados ou a cidadãos dessas cidades, e não mais a portugueses ou a
seus descententes. Cidadãos alguns dos quais tinham se formado em Direito, em universidades
como as de Coimbra, de Montpellier, Paris e Londres, por exemplo, que liam, que tinham
conhecimento do que ocorria no Velho Continente, dos ideais de liberdade, etc.. Sobre essa
última informação, vale citar o trecho abaixo, atribuído a Luís Antônio Furtado de Castro do Rio
Mendonça e Faro, Visconde de Barbacena e Governador da Capitania de Minas, em carta de 11
de junho de 1789, lavrada em Vila Rica, citada por Lima Júnior (1968):
[t]ambém não deixo de crer que as lembranças viessem de Coimbra, seria certo ou não,
o ajuste dos estudantes, porque sempre nesta matéria achei muito arriscado os
sentimentos, opiniões e inlfuência dos bacharéis brasileiros, que têm voltado à sua
pátria especialmente depois que se julgam instruídos nos direitos públicos e das gentes,
nos interêsses da Europa e no conhecimento das produções da natureza e, muito mais
depois que passaram a estudar nas universidades estrangeiras, como têm feito alguns
sem razões suficientes.141
Evoluíram tanto o pensamento e alguns dos termos, algumas das vilas e das cidades
da Capitania das Minas, no século XVIII, que, segundo o padre jesuíta Andreoni Antonil, “logo
começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do reino e de
outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e pomposo para se vestirem, além de mil
138
Na verdade, Casas de Fundição e Moeda, que eram, nos termos de Romeiro & Botelho, “[o] mesmo que oficina
dos Quintos. Eram designadas como Casas de Fundição e Moeda, poque, segundo Diogo de Vasconcelos, a da
Moeda era dependência das de fundição. Local onde o ouro extraído das minas era recolhido, fundido e, após a
dedução do quinto, reduzido a barras com o selo real, indicando seu peso, quilate e ano da fundição” (ROMEIRO &
BOTELHO, 2004, p. 71).
139
Sobre isso, afirma o pesquisador Fritz Teixeira de Salles: “[...] a coroa tratou de estimular as irmandades a fim de
— com elas e através delas — transferir a fim de — com elas e através delas — transferir ao próprio povo, isto é,
aos mineradores, comerciantes e escravos, os encargos tão dispendiosos de construir os grandes templos, os
cemitérios etc. Em virtude disto, tanto à coroa como ao clero interessava muito o desenvolvimento das Ordens
Terceiras e confrarias” (SALLES, 1963, p. 27). Leia-se, ainda, sobre esse assunto, Os leigos e o poder: irmandades
leigas e política colonizadora em Minas Gerais, de Caio César Boschi (1986).
140
Segundo o Cônego Raymundo Trindade, “[d]esde o governo do conde de Assumar, cogitava a metrópole da
criação de um bispado em Minas, e com esse intuito informou-se em 1719 e 1720, com o governador da capitania e
com o arcebispo da Bahia e obteve o consentimento de Dom Frei de São Jerônimo, bispo do Rio de Janeiro. Como
porém, em providências dessa natureza, que consultassem os interesses da Igreja, peguinhava anos, sem o menor
pudor, o padroado, sempre embaraçado nas suas mil pequeninas coisas e ultrajantes cautelas, a criação, que o
governo queira, e parecia não querer, de fato veio a verificar-se somente um quarto de século, isto é, depois de
1745” (TRINDADE, 1953, p. 73). Conforme informa o pesquisador Leandro Pena Catão, “[e]scolhido como
primeiro bispo das Minas, Dom Frei Manoel da Cruz, religioso de São Bernardo, prelado do Maranhão, veio por
terra desde São Luiz até Mariana, entrando na cidade em novembro de 1748” (CATÃO, 2005, p. 188-189).
141
Lima Júnior, 1968, p. 15.
42
bugiarias de França, que lá também foram dar”.142 Oferece noção da importância da Capitania
das Minas no concerto da colônia portuguesa na América Portuguesa, entre outros documentos, o
mapa abaixo (MAPA 6), representativo das rendas reais auferidas com as Reais Casas de Moeda
e Fundição, instaladas nas comarcas de Vila Rica, São João Del Rei, Sabará e Vila do Príncipe.
MAPA 6
Mappa Geral – Do que Renderão as Reaes Cazas de Fundição das Quatro Com.cas da Capîtania
das Minas Geraes. Do 1º de Ag.to de 1751 atê 31 de Julho de 1752
[Biblioteca Pública de Évora – Inv. no. CXVI / 2-13 no. 37, f. 281.]
Fonte: Romeiro, 2005, p. 217.
142
Antonil, 1967 [1711], p. 464.
43
deflagração da Guerra dos Emboadas), a ponto de Dom Rodrigo de Menezes, em 1780, propor
“medidas para ‘vivificar as cadavéricas Minas’ (assim se exprime), em face da situação de
pobreza duma Capitania que não era agrícola nem comercial e só vivia da mineração em
contínuo descenso”.143 Fustigavam-lhe os custos da mineração — por falta de indústrias de
transformação na América Portuguesa (forçada por tratados firmados pela Coroa Portuguesa com
a Inglaterra,144 implicando no Pacto Colonial) pelo preço pago pela Coroa pelo ouro, inferior ao
de mercado (segundo o Barão de Eschwege,145 pagavam-se 1$200 réis pela oitava146 que, no
mercado livre, valia até 1$500 réis) e pelos impostos.
Tal era situação, que, em 1780, o desembargador José João Teixeira Coelho, em sua
Instrução para o Govêrno da Capitania das Minas Gerais,147 registrou que muitos mineiros, sem
recursos e onerados com dívidas crescentes (incluindo, sempre, impostos), não podiam se
arriscar a minerar, contentando-se em atuar como meros faiscadores, mesmo tendo sítios com
ricas formações e veios de ouro. Era o declínio da mineração do ouro, que a Coroa Portuguesa
não reconhecia, em função de suas necessidades próprias e da Inglaterra (a quem estava atrelada
por tratados) e dos dados até então recolhidos, patenteados, por exemplo, no MAPA 6, acima, e
no que se apresenta a seguir, datado de 1760 (MAPA 7), sobre “cabedal” remetido a Lisboa, a
partir da cidade do Rio de Janeiro.
143
Cf. Frieiro, 1966, p. 68.
144
Tratados de 1641, de 1654, de 1661, firmados em troca de apoio contra a Espanha e a Holanda, e Tratado de
Methuen (de 1703), que abriu oportunidade para a transferência, especialmente para a Inglaterra, de riquezas
produzidas no Brasil. A esses, juntaram-se os Tratados de Comércio e Nagegação, de 1810. Sobre o assunto, leia-se
O Tratado de Methuen, de Nelson Werneck Sodré (1957).
145
Eschwege, 1979, p. 133-135.
146
Segundo Luiz Lizanti, em Negócios Coloniais (uma correspondência comercial do século XVIII), a oitava
equivalia a 3,58583768 gramas. (LIZANTI, 1973, p. LXXXVII).
147
Coelho, 1994 [1780].
44
MAPA 7
Mappa do Cabedal q’ vem remetido da Cid.e do R.o de Janr’. p.a S. Mag.de e p.tes da Fragata
Real N. S.ra das Brotas. Comandada pelo Cap.m de Mar e Guerra Joaõ daCosta Brito. Anno
1760
45
semiemancipacionistas eclodidos em toda a América Portuguesa — inclusive na Capitania de
Minas, que foi palco da Guerra dos Emboadas (de 1708-1711, já mencionada e comentada), do
Motim de Morro Vermelho (Vila Nova da Rainha [Serro], de 1715-1716),148 dos Motins de
Pitangui (1717-1719), do Motim da Barra do Rio das Velhas (1718-1719),149 na regirão de Santo
Antônio do Corvelo, da Sedição de Vila Rica, ou Revolta de Felipe dos Santos150 (em 1720), dos
Motins do Sertão do São Francisco [Norte de Minas] (1736-1738),151 das Inconfidências do
Curvelo (1760-1763 e 1776),152 a Inconfidência de Mariana (1768-1769)153 e de outros de menor
intensidade ou repercussão), no sentido de se libertar mineiros do jugo de Portugal.
Sobre a Inconfidência Mineira e, ao mencionar uma “tradição sediciosa”, a esses e
outros movimentos, escreveu o historiador João Pinto Furtado:
[o] processo que se prenunciou em 1788-89 estava inscrito numa tradição sediciosa
fragmentária que envolvou no Brasil e, às vezes, também em Portugal, fidalgos,
potentados, homens do povo, escravos, “desclassificados” e índios, entre outros povos e
gentes”, e parecia se projetar ou refereciar tanto ao projeto de uma nova alternativa de
governo quanto à recuperação de um passado, senão relativamente autônomo, pelo
menos potencialmente mais propício, posto que mais flexível, à defesa dos interesses e
cabedais de alguns dos protagonistas.154
Além dessas reações, há que se registrar que, no final do século XVIII, notícias dos
movimentos de libertação francesa e norte-americana chegavam aqui. Foi nesse contexto que se
articulou e se realizou o movimento que se denominou Inconfidência Mineira, cujo contexto e
cujas linhas gerais de ação são sucintamente apresentados a seguir.
148
Cf. Ephemérides Mineiras, de José Pedro Xavier da Veiga, s.d., v. II, p. 437.
149
Leia-se, a propósito, no Dicionário Histórico das Minas Gerais. Período Colonial, de Adriana Romeiro e Ângela
Vianna Botelho, a página 201.
150
Leia-se, de Feu de Carvalho (s.d.): Ementário da História de Minas: Felipe dos Santos Freire na Sedição de Vila
Rica - 1720.
151
Leia-se, de Diogo Pereira de Vasconcelos (1901): “Minas e Quintos do Ouro”.
152
Leia-se: A Inconfidência do Curvelo, de Antônio Gabriel Diniz (1965), e História Média de Minas Gerais, de
Diogo Pereira de Vasconcelos (1974).
153
Sobre essa inconfidência, leia-se a tese de Catão (2005).
154
Furtado, 2000, p. 59.
155
Costa et alii, 2006, p. 10.
156
Costa et alii, 2006, p. 11.
46
2.3 A Inconfidência Mineira: contexto histórico e resumo.
Inserida no contexto acima esboçado, a Inconfidência Mineira foi um movimento de
inspiração nitidamente liberal e republicana cujo objetivo era tornar independente a parte da (ou
toda a) colônia de exploração portuguesa denominada Capitania das Minas Gerais, eclodido no
século XVIII, quando essa capitania vivia num clima de rebelião, após outros levantes dos quais
mineiros haviam participado (os Motins de Pitangui (1719),157 a Guerra dos Emboabas (já
comentada), a Sedição de Vila Rica, ou Revolta de Felipe dos Santos, de 1720, o Motim de São
Francisco158 e outros de menor intensidade, nas Minas, e de intensidade grande, na América
Portuguesa, conforme o MAPA 8, abaixo), durante a administração do Conde de Assumar (Dom
Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcellos), que, de 1717 a 1720, governou a Capitania
de São Paulo e Minas do Ouro.
MAPA 8 - 1630-1720 - Quase dois séculos de rebeliões.
157
Leia-se referência e comentários em Ocorrências em Pitangui: história da Capitania de São Paulo e Minas -
1713-1721, de Feu de Carvalho (1931).
158
Cf. Vasconcelos, 1974, v. 2.
47
À época do movimento, as arbitrariedades do Governo Português e dos governadores
(especialmente de Dom Rodrigo José de Menezes e de seu sucessor, o coronel Luís da Cunha
Menezes,159 que logo se indispôs com os homens mais eminentes da Capitania) causavam
profundo descontentamento aos brasileiros. Além disso, as lutas daquela época, que culminaram
na Revolução Francesa e na independência dos Estados Unidos da América,160 o Enciclopedismo
e as ideias de liberdade propaladas na França e na América, assim como brasileiros que se
encontravam na Europa e que há muito pretendiam a independência, influenciaram muito na
conformação da Inconfidência Mineira.
Um dos testemunhos eloquentes desse contato de habitantes (especialmente de
inconfidentes) das Minas com notícias, ideais e publicações então em circulação na França e da
América Inglesa é o trecho abaixo, extraído de História da Conjuração Mineira, de Joaquim
Norberto de Souza Silva:
Tudo vinha da França ou por via francêsa. A hora da América era-nos dada pelo
meridiano de Paris. Leia-se o trabalho do Sr. Pedro Calmon A influência francêsa na
Conjuração Mineira (separata da “Revista do Instituto Histórico”). José Joaquim da
Maia, o estudante de Montpellier, conhece Jefferson como embaixador na França e é
em francês que lhe escreve as cartas firmadas com pseudônimo de Vendek. Era em
francês e intitulava-se Recueil des lois constitutives des Estats-Unis de l’Amerique o
exemplar das leis americanas que figurou como peça acusatória apensa ao processo de
inconfidência. O doutor José Pereira, Mariana, segundo o depoimento de Domingos
Vidal de Barbosa, tinha essas leis e também a Histoire philosophique et politique de
Raynal, segundo declarou uma testemunha do processo. O Tiradentes pedia a uns e
outros que lhe traduzissem capítulos das ditas leis em francês, e para isso andava às
voltas com um dicionário dêsse idioma, que depois vendeu a um padre, dono de uma
botica na Ponte do Rosário, em Ouro Prêto. Enfim, não o esqueçamos, a própria Gazeta
de Lisboa [v. Joaquim Norberto de Souza Silva, p. 38], geralmente lida no Brasil,
ocupava-se não raras vêzes com as notícias da emancipação dos Estados Unidos da
América do Norte.161
159
Governador da Capitania das Minas, no período de 1783 a 1788. O “Fanfarrão Minésio” das Cartas Chilenas, do
inconfidente Dr. Tomaz Antônio Gonzaga — “as primorosas cartas satíricas em versos que fustigavam a pessoa e os
desmandos desse Capitão-General de Minas Geraius e seus apaziguados” (LIMA JÚNIOR, 1968, p. 89).
160
Sobre o assunto, nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira (ADIM, v. IV, p. 307), há este trecho a
respeitodo inconfidente Cônego Luís Vieira da Silva: “se instruía nas Leis e Governo da América Inglesa”.
161
Silva, 1948 [1873], p. 52-53.
162
Cônego Luís Vieira da Silva, que, segundo Joaquim Norberto de Souza e Silva, era “o mais instruido e o mais
eloqüente de todos os conjurados, e houve-se nos seus interrogatórios com muita dignidade” (SILVA, 1948 [1873],
p. 354) e que, segundo Eduardo Frieiro, tinha, por ocasião de sua denúncia (era inconfidente), “duzentas e setenta
obras. Essas centenas de volumes representavam uma biblioteca magnífica para a época e o lugar” (FRIEIRO, 1957,
p. 21). Uma biblioteca surpreendente, dada a censura exercida pela Real Mesa Censória, de Pombal, e a Comissão-
Geral para o Exame e Censura de Livros, de D. Maria I. Sobre esse lustrado cônego, leiam-se as páginas 1038 e
seguintes do volume II de Arquidiocese de Mariana (Subsídios para a sua História), do Cônego Raymundo
Trindade.
163
Biógrafo, historiador, ensaísta, lexicógrafo, romancista e professor brasileiro: *Nossa Senhora do Desterro (hoje,
Florianópolis, SC) - *11/07/1876 - †São Paulo - 20/03/1958.
48
assinatura, escrita em algum lugar da Comarca do Rio das Mortes (na então Capitania de Minas)
e endereçada a um português, no qual, segundo ele, se lia isto:
Foi preso Luís Vieira, cônego da Cidade Mariana. Dizem que a sua culpa se limita a
terem-lhe achado um livrinho francês, relativo ao levante desta terra, no qual se diz que
podeiam os habitantes viver sôbre si, sem dependência do comércio para o nosso reino,
à imitação do que fizeram os Americanos aos Ingleses.164
Além disso, muitos elementos de ordem interna da América Portuguesa — tais como
a drástica situação econômica da colônia, a instalação de registros para cobranças de taxas, a
cobrança do quinto,165 e de outros tributos, quando a extração de ouro já não era tão rentável
como outrora, por meio da derrama,166 — foram algumas das causas que resultaram na
Inconfidência Mineira. Provas disso parecem transparecer no emblema do revolução,
apresentado na FIG. 4, a seguir, que traz, nos termos de Lima Júnior (1968, p. 144), “o Triângulo
da Razão ou Sabedoria e o Barrete Frígio da Liberdade”,167 percebendo-se, nele, ainda, no feixe
encimado pelo barrete frígio, clara alegoria ao “E pluribus unum”, lema dos Estados Unidos da
América desde 1776, extraído de texto do poeta Virgílio (Publius Virgilius Naro),168 assim como
o lema “Libertas quae sera tamen”, escolhido pelos inconfidentes para a bandeira da “nação” ou
da “república”169 que planejavam implantar em Minas Gerais. A disposição das lanças e
bandeiras que se cruzam também lembram a imagem formada em parede atrás dos signatários da
164
Taunay, 1943 apud Frieiro, 1957, p. 22.
165
Segundo Adriana Romeiro: “Proposto por Antônio de Albuquerque em 1710, o quinto foi instituído por uma
Junta reunida em 1715, que deliberou que os direitos de cargas que entrassem nas Geraes pertenciam às Câmaras,
que complementariam com esse imosto as 30 arrobas devidas ao fisco” (ROMEIRO, 2005, p. 216).
166
Sobre a “derrama”, observam Romeiro & Botelho: “o mesmo que derrame ou finta geral. Forma de cobrança dos
impostos que iriam completar o pagamento do quinto que recaía sobre toda a população, ou seja, que era derramada
ou repartida sobre todos os moradores da Capitania” (ROMEIRO & BOTELHO, 2004, p. 100). Este trecho do livro
História da Inconfidência de Minas Gerais é elucidativo: “Em 1732, em vez dos Quintos nas Casas de Fundição,
passou-se ao regime de “Capitação”, isto é, pagava-se a quota fixa de 17 gramas de ouro, ou seja, 4,75 oitavas por
bateia ou por negro empregado no trabalho das minas. Esse imposto mostrou-se, imediatamente, ruinoso para os
mineiros, porquanto, embora o resultado de uma lavra não fosse compensador, o tributo era arrecadado e o
minerador via agravado o seu insucesso, muitas vezes ficando totalmente arruinado.” (LIMA JUNIOR, 1968, p. 80).
167
O barrete frígio (ou da liberdade), com cor vermelha, foi adotado pelos franceses que lutaram pela liberdade
daquele País e lograram tomar e destruir a frotificação central de Paris denominada Bastilha — um dos símbolos do
poder real local —, em 1789, e instalar, então, aquela que foi denominada de “a primeira república francesa”, em
1793.
168
“(Andes, 15 de outubro de 70 a.C. - Brindisi, 21 de setembro de 19 a.C.), foi um poeta romano clássico, mais
conhecido por três obras principais, as Éclogas (ou Bucólicas), as Geórgicas e a Eneida — apesar de vários poemas
menores também serem atribuídos a ele.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Virg%C3%Adlio).
169
Leia-se Furtado (2000), que adverte: “Segundo a teoria política, o conceito de nação, embora já utilizado
polissemicamente no século XVIII, só veio a se disseminar e conhecer a atual acepção a partir do século XIX. Até
então, seu uso era mais freqüente quando referido a aspectos locais da cultura ou etnias específicas. O termo
República, por outro lado, tinha uma acepção bastante diferente da atual. Contrapondo-se um e outro, inclusive,
chegamos a uma contradição de termos. República, no século XVIII, supõe uma abrangência territorial muito
restrita (por isso, o projeto dos inconfidentes republicanos nunca “saiu” das fronteiras de Minas) e baixa
representatividade política (ainda seria o governo dos homens bons). Nação, por outro lado, no século XIX, esteve
com freqüência associada ao expansionismo e aos conceitos românticos de povo (uno) e seu “espírito”. A respeito,
veja[m]-se os verbetes nação, nacionalismo e República. (BOBBIO, 1996, p. 795-806)” (FURTADO, 2000, p. 56).
Também sobre esse assunto, leia-se “Os inconfidentes e a idéia de república”, do historiador Luiz Carlos Villalta
(2007, p. 579-597).
49
Declaração de Indepdência dos Estados Unidos, de 1776, imortalizada em quadro do pintor
norteamericano John Trumbull (FIG. 5).
Essa política, iniciada antes e já denunciada por Arthur de Sá Menezes, que, segundo
174
Zemella, em carta ao Rei de 20 de maio de 1698, acusando práticas de monopólio de gêneros
de primeira necessidade, especulação e contrabando, promovidos por emigrantes de Portugal e
170
Castro, 1788 apud Romeiro, 2005, p. 216.
171
Giovanni Antonio Andreoni ou João Antônio Antonil (Lucca/Toscana/Itália, *08/02/1649 †13/03/1716) - Jesuíta
e historiador, foi autor do mais importante depoimento acerca da economia colonial do Brasil, relativa ao período de
transição entre os ciclos do açúcar e do ouro: Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas (1711).
172
Frieiro, 1966, p. 56-57.
173
Frieiro, 1966, p. 56.
174
Zemella, 1951, p. 225.
50
de baianos (e que se converteu em um dos motivos da Guerra dos Emboabas), que fazia padecer
os habitantes das Minas, até quanto à satisfação de necessidades básicas, fisiológicas, como de
alimentação, por exemplo, também fazia padecer outros, de outras partes da Capitania de São
Paulo e Minas do Ouro e de outras capitanias, porque, conforme assinalou o mesmo Padre
Inaciano, em seu livro Culutra e Opulência do Brasil por suas drogas e minas,
[ê]stes preços tão altos, e tão correntes das Minas foram causa de subirem tanto os
preços de tôdas as cousas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil,
e ficarem desfornecidos muitos dos engenhos de açúcar das peças necessárias; e de
padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos,
aonde vendidos hão de fazer maior lucro.175
175
Antonil, 1923 [1711], p. 220. Na edição fac-similar de 1967, do Museu do Açúcar: “E estes preços tam altos, &
tam correntes nas Minas, foraõ causa de subirem tanto os preços de todas as cousas, como se experimenta nos Portos
das Cidades, & Villas do Brasil; & de ficarem desfornecidos muitos Engenhos de Assucar das Peças necessarias; &
de padecerem os Moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quasi todos, aonde vendidos haõ de dar
mayor lucro” (ANTONIL, 1967 [1711], p. 142-143).
51
As condições para uma nova revolta (outras já tinham sido verificadas) maior,
portanto, estavam configuradas há muito, tendo sido reforçadas, em seguida, conforme se
assinala a seguir, e esse movimento de descontentamento e ação organizada, cujo início remonta,
provavelmente, a 1783, mas cuja deflagração efetiva verifica-se em 1788-1789, segundo
Furtado,
[e]stava inscrito numa tradição sediciosa fragmentária que envolveu no Brasil e, às
vezes, também em Portugal, fidalgos, potentados, homens do povo, escravos,
“desclassificados” e índios, entre outros “povos” e “gentes”, e parecia se projetar ou
referenciar tanto um projeto de uma nova alternativa de governo quanto à recuperação
de um passado, senão relativamente autônomo, pelo menos potencialmente mais
propício, posto que mais flexível, à defesa dos interesses e cabedais de alguns dos
protagonistas,176
176
Furtado, 2000, p. 59.
177
Lima Júnior, 1968, p. 75.
178
Sobre a derrama, vide a nota 164 desta dissertação. Sobre o volume dessa possível derrama prevista, afirmam
Romeiro & Botelho: [e]stima-se que, em 1789, se lançada a derrama sobre os débitos pendentes, as Câmaras teriam
de arrecadar algo em torno de 528 arrobas de ouro, ou seja, 7920 quilos, quase oito toneladas” (ROMEIRO &
BOTELHO, 2004, p. 170).
179
Leia-se, sobre o assunto: A devassa da devassa: a Inconfidência Mineira - Brasil - Portugal - 1750-1808, de
Kenneth Maxwell (1985).
52
Mota, capitão Vicente Vieira de Mota, tenente-coronel Domingos de Abreu Vieira, João da
Costa Rodrigues, Carlos Correia de Toledo e Melo, Dr. Domingos Vidal de Barbosa Lage,
Manuel Rodrigues da Costa, coronel de auxiliares Francisco Antônio de Oliveira Lopes, os
padres cônego Luís Vieira da Silva, Padre Oliveira Rolim, José Lopes de Oliveira, Carlos
Correia de Toledo e Mello (irmão do sargento-mor Luís Vaz de Toledo Piza), Vitoriano
Gonçalves Veloso.
O movimento reunia habitantes da Capitania de Minas com perfis variados. Segundo
Furtado, “era um movimento, ao contrário do que comumente se afirma, bastante heterogêneo,
tanto no que respeita à extração social de seus agentes e suas motivações econômicas quanto às
idéias que alimentavam quanto ao sentido último do projeto sedicioso”.180 Ao escrever sobre o
inconfidente Francisco Antônio de Oliveira Lopes, esse mesmo historiador afirma que “[...] ao
contrário da afirmação generalizada quanto ao perfil erudito dos inconfidentes de Minas, [esse]
era semi-analfabeto e não possuía um único livro”,181 mas esse mesmo movimento reunia poetas,
advogados, militares, religiosos. Entre esses últimos, o Cônego Luís Vieira da Silva,
considerado, por Joaquim “[...] o mais instruido e o mais eloqüente de todos os conjurados, e
houve-se nos seus interrogatórios com muita dignidade”,182 dono de biblioteca rica para a época.
Em face dos documentos conhecidos, hoje, parece não haver dúvida, porém, de que a
figura que acabou ganhando maior destaque no movimento, que foi o primeiro (ou cabeça) deles,
foi o alferes de Cavalaria Paga Joaquim José da Silva Xavier, e de que essa conspiração, embora
se estendendo por outras cidades das Capitanias Minas e do Rio de Janeiro, teve como principal
cenário Vila Rica.
Nesse esforço de independência, um programa para o estabelecimento de uma
183
“república” foi elaborado; São João del-Rei seria a sua capital e Vila Rica teria sua
universidade. O poder legislativo seria constituído por um parlamento, na cidade sede do
governo, e por outros parlamentos de poderes menores, em várias cidades. O problema da
escravidão foi contemplado,184 bem como o desenvolvimento da indústria, com aproveitamento
de matérias-primas locais, e a bandeira dessa república teria como lema “Libertas quae sera
tamen”. Entre os conspiradores, encontrava-se Joaquim Silvério dos Reis, que, seguido por
180
Furtado, 2000, p. 20.
181
Furtado, 2000, p. 30-31.
182
Silva, 1948 [1873], p. 354.
183
A propósito, leia-se Furtado (2000, p. 56), citado em nota anterior sobre o termo “república”.
184
Nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira, há este trecho sobre depoimento de José Álvares Maciel: “[...]
havia um grande obstáculo, que era o número de negros ser maior que o dos brancos e que, por conseguirem
liberdade, tomariam o partido contrário, matando os brancos e suposto que o dito Coronel Alvarenga quis remediar
isto, dizendo que se lhes daria primeiro a liberdade, sempre ele respondente lembru que não ficará em boa ordem o
serviço das Minas e tudo o mais lembrado além disso, que ainda não se fizesse, o que o citado Coronel Alvarenga
também aconselhava, que era forrarem-se só os crioulos e mulatos, o que não sucederia sem risco de anulação entre
uns e outros [...]” (ADIM, v. IV, p. 398).
53
outros, levou, a 15 de março de 1789, ao conhecimento das autoridades portuguesas em exercício
no Brasil, o plano da conspiração mineira, cujo movimento iria eclodir por ocasião da derrama.
Graças a essa denúncia, o movimento foi sufocado, com uma série de providências,
prisões e devassas, nas capitanias do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Longo processo foi
iniciado, e Joaquim José da Silva Xavier foi enviado, preso, à Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.
O julgamento dos 34 (trinta e quatro) réus formalmente acusados de conspiração contra a Coroa
Portuguesa teve como palco principal a cidade do Rio de Janeiro, vinculada a alçadas de Lisboa,
Portugal. Seu término culminou com algumas condenações de inconfidentes à morte, que se
converteram em prisões e degredos temporários ou perpétuos, confiscos de bens e nomes
infamados. O cabeça do movimento, entretanto, conhecido por Tiradentes (o alferes Joaquim
José da Silva Xavier), foi condenado, por sentença de 19 de abril de 1792, a enforcamento e
esquartejo, tendo sido esforcado a 21 de abril de 1792, no Campo de São Domingos, na cidade
do Rio de Janeiro, tendo seu corpo sido esquartejado, em seguida, e partes expostas no caminho
do Rio até Ouro Preto, onde foi exposta sua cabeça, em poste onde, hoje, está um monumento a
esse mártir.
Nas palavras do historiador mineiro João Pinto Furtado,
[o] processo que se prenunciou em 1788-89 estava inscrito numa tradição sediciosa
fragmentária que envolveu no Brasil e, às vezes, também em Portugal, fidalgos,
potentados, homens do povo, escravos, “desclassificados”, índios, entre outros “povos”e
“gentes”, e parecia se projetar ou referenciar tanto ao projeto de uma nova alternativa de
governo quanto à recuperação de um passao, se não relativamente autônomo, pelo
menos potencialmente mais propício, posto que mais flexível, à defesa dos interesses e
cabedais de alguns protagonistas.185
185
Furtado, 2000, p. 59.
186
Lima Júnior, 1968, p. 16.
54
MAPA 10
Espaços geográficos onde foram lavrados os manuscritos-alvo desta pesquisa
Portugal
Angola
Brasil Moçambique
55
Antônio Joaquim Roiz [Rodrigues] de Macedo. Sobrinho e um dos herdeiros de João Rodrigues de
Macedo (que foi um dos contratadores das Entradas da Capitania de Minas Gerais).
Antônio Ramos da Silva Nogueira. Juiz dos Feitos do Contencioso da Real Fazenda da Capitania de
Minas Gerais, Provedor das Fazendas dos Defuntos, Ausentes, Capelas e Resíduos da cidade de Marina e,
posteriomente, desembargador da Casa de Suplicação, instalada em 30/07/1808.
Antônio Salina de Benevides. Major e Ajudante de do Governador de Angola, tratando dos sítios
próprios para a fábrica de ferro, especialmente dos que tinham sido indicados por José Álvares Maciel -
São Paulo da Assunção de Luanda - 15/11/1800.
Bernardo José (Maria) de Lorena. Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais.
Nascido em 20/04/1758, em Lisboa (ou em 20/04/1756, em Campo Grande, Portugal), faleceu em Lisboa,
em 1818 (ou no Rio de Janeiro, em 1819). Foi nomeado, por Dona Maria I, em 19/08/1786, Capitão
General da Capitania de São Paulo; assumindo esse cargo em 07/06/1788, permaneceu nele até
28/06/1797, assumindo, então, o cargo de Governador da Capitania de Minas Gerais, substituindo o
Conde de Barbacena. Exerceu essa função até 1805. Foi fundador da cidade de Campanha, em Minas
Gerais.
Bernardo Pereira de Vasconcelos. Nasceu em Vila Rica (27/08/1795) e faleceu no Rio de Janeiro
(01/05/1850). Político, jornalista, juiz de fora e jurista. É considerado, por muitos, o verdadeiro
idealizador do Império do Brasil. Membro do Conselho do Governo da Província de Minas Gerais, a patir
de 1825, foi deputado e senador por Minas Gerais e foi Vice-Presidente da Província de Minas Gerais.
Carlos José da Silva. Escrivão da Junta da Real Fazenda, em Vila Rica, no período em que se procedeu à
devassa relativa à Inconfidência Mineira.
Cláudio Manoel da Costa. Poeta árcade (o Glauceste Satúrnio), advogado e magistrado e poeta, nasceu
em Vila do Ribeirão do Carmo (atualmente, Mariana), MG, a 05/06/1729. Estudou Direito em Coimbra e,
depois, atuou como advogado em Vila Rica. Fundados da Arcádia Ultramarina, escreveu e publico o livro
de poesias “Obras”, em 1768, e se envolveu na Inconfidência Mineira, tendo sido preso, submetido a
interrogatórios, e, depois, enforcado, em Ouro Preto, no dia 04/07/1789, em circunstâncias ainda não
esclarecidas (há hipóteses de assassinato e de suicídio).
Diogo Antônio Feijó (Padre). Nasceu, em São Paulo, a 17/08/1784, onde também faleceu, a 10/11/1843.
Sacerdote católico e estadista, considerado um dos fundadores do Partido Liberal, foi professor de
História, Geografia e Francês. Vereador em Itu, foi deputado por São Paulo às Côrtes de Libsoa. Foi
deputado geral por São Paulo (1826 e 1830), senador (1833), Ministro da Justiça (1821-1832) e Regente
do Império.
Francisco de Paula Freire de Andrada. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1756 e morreu em Luanda
(África), em 1809), era filho ilegítimo do 2º Conde de Bobadela (Gomes Freire de Andrada —
governador da Capitania de Minas Gerais em diferentes períodos do século XVIII: 1735-1736, 1737-1752
e 1759-1763). Tenente-Coronel Comandante do Regimento de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais,
foi vítima de repressão contra a Inconfidência Mineira, tendo sido exilado na África, onde morreu.
Francisco Gregório Pires [Monteiro] Bandeira. Nascido em Portugal, foi Intendente, Desembargador
Procurador da Fazenda de Sua Majestade em Vila Rica, Capitania de Minas Gerais, e era amigo doa
inconfidentes Thomaz Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa.
Francisco Gregório Pires [Monteiro] Bandeira. Nascido em Portugal, foi Intendente, Desembargador
Procurador da Fazenda de Sua Majestade em Vila Rica, Capitania de Minas Gerais, e era amigo doa
inconfidentes Thomaz Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa.
Francisco João Ribeiro. Advogado, Juiz Ordinário da Real Vila de Queluz, na América Portuguesa.
56
Ignácio José de Alvarenga [Peixoto]. Nascido em 1742 (no Rio de Janeiro) e falecido em 27/07/1792
(em Ambaca, África), foi advogado, Juiz-de-Fora em Sintra, Ouvidor-Geral da Comarca do Rio das
Mortes, Coronel do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Companhia do Rio Verde, minerador e
fazendeiro. Tendo participado do movimento da Inconfidência, foi exilado em África, em 1792, morrendo
no mesmo ano.
João Maria José Francisco Xavier de Paula Luis Antonio Domingos Rafael de Bragança (Dom
João VI). Nasceu a 13/05/1767 (Lisboa, Portugal) e faleceu a 10/03/1826. Filho de Dom Pedro III de
Bragança, Rei de Portugal, e da Rainha, Dona Maria Izabel I de Bragança, tornou-se príncipe herdeiro do
trono português em 1788, com a morde de Dom José I. Em 1792, órfão de pai e com a mãe enlouquecida,
tonrou-se regente de Portugal. Príncipe Regente a partir de 15/07/1799, foi coroado, no Rio de Janeiro,
em 06/02/1818, como Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Joaquim José da Silva Xavier. Conhecido por Tiradentes (1746-1792), era alferes e barbeiro na cidade
de Vila Rica. Recebeu esta alcunha em função de suas atividades como barbeiro, que incluíam a retirada
de dentes dos clientes. Foi um dos únicos conjurados sem grandes possessões. A sentença de Tiradentes
o condenou à morte na forca, seguindo um ritual cumprido à risca: caminhando a pé pelas ruas do Rio até
o local da forca, depois de morto, teve sua cabeça cortada e levada a Vila Rica, onde foi afixada num
lugar bem alto e visível, até total decomposição. Teve o corpo partido em quatro partes pregadas em
postes, ao longo do caminho de Minas, local de seus "atos infames". Todos os seus sucessores, incluindo
filhos e netos, caso os tivesse, foram declarados infames, e seus bens foram revertidos para o Fisco e para
a Câmara Real. Sua casa em Vila Rica, seria derrubada e o terreno salgado, em um gesto que significa
“infertilizar” as terras. A sentença cumpriu-se acontecendo no Rio de Janeiro em 21 de abril de 1792.
Joaquim Silvério dos Reis [Montenegro Leiria Grutes]. Nasceu em Monte Real (Portugal), em 1756 e
faleceu em Barbacena, no dia 17/02/1819. Era coronel, foi Contratador das Entradas da Capitania de
Minas Gerais, fazendeiro e proprietário de minas. Devido aos altos impostos cobrados pela Coroa
Portuguesa, foi à falência. Convidado por Francisco de Oliveira Lopes, participou da Inconfidência
Mineira, mas delatou os inconfidentes. Com isso, conseguiu cancelamento de seu débito, bem como o
cargo público de tesoureiro da bula de Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, uma mansão como morada,
pensão vitalícia, o título de fidalgo da Casa Real, fardão de gala e hábito da Ordem de Cristo, além de ter
sido recebido pelo Príncipe Regente, Dom João, em Lisboa.
José Álvares Maciel. Nascido em 1760, em Vila Rica, morto em Oeiras (Angola), em 1804, formou-se
em Filosofia Natural, tendo trabalhado, na Capitania de Minas Gerais, como químico/geólogo. Foi
Capitão-Mor de Vila Rica, mas, tendo participado da Inconfidência mineira, foi preso e deportado para
Angola (em 1792), onde se tornou amigo do governador e trabalhou para instalação de fábricas de ferro.
José da Silva de Oliveira Rolim (Padre). Padre (Tejuco/Diamantina, 29/12/1747 – Diamantina, 1835).
Filho do principal tesoureiro de diamantes (caixa da Real Extraç/ão) da Capitania de Minas Gerais, esteve
envolvido no escândalo do contrabando de diamantes, feitos com a conivência dos Dragões (comandados
por Freire de Andrade). Apesar disso, tinha grande prestígio no Distrito Diamantino, onde praticava
agiotagem. Banido da capitania, envolveu-se no movimento da Inconfidência Mineira.
José Teixeira da Fonseca Vasconcellos (Visconde de Caeté). Nascido em Esmeraldas (Santa Quitéria),
em 1770, faleceu em 10/02/1838. Rico proprietário rural, formado em Direito e Medicina, foi um dos
responsáveis pela permanência de Dom Pedro I no Brasil (“Dia do Fico”), foi o primeiro Presidente da
Província de Minas Gerais e Senador do Império do Brasil, de 1826 a 1838.
José Vidal de Barbosa (Padre). Padre (10/04/1757 – morto entre 1804-08), vigário da Matriz de Nossa
Senhora da Glória, de Simão Pereira, abastado proprietário de terras, proprietário da grandiosa fazenda de
Ribeirão da Boa Vista, mais tarde conhecida por Solar dos Vidais. Era irmão do inconfidente Domingos
Vidal Barbosa.
Luís Pereira de Araújo e Azevedo. Antônio de Araújo e Azevedo, primeiro conde da Barca, (Ponte de
Lima, 14 de Maio de 1754 — Rio de Janeiro, 21 de Junho de 1817), estudou Filosofia e Matemática, foi
57
diplomata, cientista e político português que se distinguiu como fundador de diversas instituições
artísticas e científicas, no período em que a corte portuguesa esteve instalada na cidade do Rio de Janeiro.
Como Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, chefiou o governo, ocupando um cargo
semelhante ao que hoje é denominado de primeiro-ministro.
Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão (Dom). Nasceu em 21/02/1722, em Vila Real/Trás-os-Montes,
em Portugal, onde também veio a falecer no dia 05/10/1798. Conhecido, também, como o IV Morgado de
Mateus, foi restaurador da Capitania de São Paulo (foi Governador e Capitão General dessa capitania) e
fundador da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, em 1774 (atualmente, Campinas-SP). Casou-se
com a filha de Dom Rodrigo de Souza Coutinho.
Luiz Antônio Furtado de Castro do Rio Mendonça e Faro (Visconde de Barbacena). Naceu em
Lisboa, em 07/09/1754 e morreu em Lisboa, a 07/04/1830. Formado em Filosofia e em Direito, foi o
Sexto Visconde de Barbacena e, mais tarde, Primeiro Conde de Barbacena. Nomeado Governador e
Capitão General da Capitania de Minas Gerais em 11/08/1786, governava essa capitania por ocasião da
Inconfidência Mineira.
Marcos Noronha e Brito (Oitavo Conde de Arcos). Nasceu em Lisboa, em 1771, onde também morreu,
em 1828. Administrador português, foi o último vice-rei do Brasil. Governou de 21/08/1806 (ou
14/10/1806) a 22/01/1808. Veio ao Brasil para ocupar o cargo de Governador e Capitão General do
Estado do Grão-Pará. Chamado do Rio de Janeiro, substituiu o vice-rei. Com a chegada da família Real
ao Brasil, foi nomeado Governador da Capitania da Bahia. Foi Ministro da Marinha e Ultramar e, após o
retorno de Dom João VI a Portugal, responsável pela Pasta do Reino e Estrangeiros.
Maria Dorothea Joaquina de Seixas (a “Marília de Dirceu”, musa do poeta inconfidente Thomaz
Antônio Gonzaga). Nasceu, em Ouro Preto, em 08/11/1767, e faleceu em 10/02/1853, em Ouro Preto.
Foi a musa do poeta inconfidente Thomaz Antônio Gonzaga, que se apaixonou por ela e que a cantou em
suas liras da obra “Marília de Dirceu”.
Maria I de Portugal (Dona) - Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de
Bragança. Nacida em Lisboa, em 17/12/1734, foi rainha de Portugal de 24 de Março de 1777 a 20 de
Março de 1816. Ficou conhecida pelos cognomes de “A Piedosa”, devido à sua extremada devoção
religiosa, e, no Brasil, como “Dona Maria, a Louca”, devido à doença mental manifestada que a afetou
nos seus últimos 24 anos de vida, após a morte do seu filho primogênito, que ela não deixara ser vacinado
contra a varíola. Faleceu em 20/03/1816, no Rio de Janeiro.
Martim Lopes Lobo de Saldanha. Governador e Capitão General da Capitania de São Paulo (de
04/07/1775 a 16/03/1782), Presidente da Junta da Administração e Arrecadação da Real Fazenda.
Miguel Antônio de Mello (Abreu Soares de Brito Barbosa Palha Vasconcelos) (Dom). Nascido em
25/12/1736 e falecido em 07/08/1836, foi o 14° senhor de Murça e Castro Daire, senhor do Morgado da
Figueira, comendador de Santa Maria de Freixas na Ordem de Cristo e membro da Academia Real das
Ciências de Portugal. Foi), foi Governador e Capitão General de Angola, de 1795 a 1800 (ou de 1797 a
1802, segundo alguns), foi Governador da Capitania de Pernambuco, além de Governador e Capitão
General dos Açores. Foi Ministro da Fazenda e Ministro Interino dos Negócios Estrangeiros e Presidente
do Real Erário. Par do reino, obteve o título de Conde de Murça (1826).
Rodrigo de Souza Coutinho (Dom). Nasceu em Chaves (Portugal), em 04/08/1755, e morreu, no Rio de
Janeiro, em 26/01/1812. Formado em Direito, foi criado junto às Côrtes e, político e militar, assumiu, em
1796, a Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, nomeado por Dom
João. Foi membro do Conselho de Estado e Presidente do Real Erário, da Junta da Administração e
Arrecadação da Real Fazenda da Capitania de Minas Gerais. Recebeu o título de Primeiro Conde de
Linhares.
Tomás Antônio Gonzaga. Jurista, poeta e Inconfidente, nasceu em Miragaia, Porto, a 11/08/1744, e
adotou o nome arcádico de Dirceu. Atuou, na Inconfidência, junto a Cláudio Manoel da Costa, Silva
58
Alvarenga e Alvarenga Peixoto, tenso sido prezo em 1789 e cumprido pena de três anos na fortaleza da
Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Em 1792, sua pena foi comutada e ele degredado, a pedido de Marília
(Maria Dorotea Joaquina de Seixas), feito à Rainha, para cumprir pena de 10 anos em Moçambique, na
África, onde morreu em 1810.
Vicente Vieira da Motta. Capitão do exército português, nasceu na Cidade do Porto em 1733. Veio
residir no Brasil ainda na sua juventude. Ligou-se a Joaquim José da Silva Xavier, o Tirandentes, e à
Conjuração Mineira. Foi preso em 1791 e enviado para o Rio de Janeiro, onde foi condenado a 10 anos de
degredo em Rio de Sena, Moçambique. Faleceu, na África, em 1798.
59
CAPÍTULO 3
PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
3.1 Objetivos
Os objetivos específicos deste trabalho são:
187
Seabra, 2008.
60
Para facilitar a identificação e localização geográfica atual de topônimos
mencionados nos manuscritos (posto que houve, em alguns casos, mudança toponímica), é
disponibilizada, no Capítulo 5 - Glossário, uma parte relativa a topônimos, organizada em
ordem alfabética, com atualização topônimos.
Esse procedimento justifica-se por permitir ao leitor identificar os topônimos
mencionados nos manuscritos e nas transcrições e porque implica certo esforço de levantamento
histórico, uma vez que “a toponímia, conjugada com a história, indica ou precisa os movimentos
antigos dos povos, as migrações, as áreas de colonização, as regiões onde tal ou tal grupo
lingüístico deixou seus traços”,188 conforma afirma Dauzat.
188
Dauzat, 1926, p. 7 apud Seabra, 2004, p. 43.
189
Flexor, 2008.
190
Segundo Flexor, “siglas são letras maiúsculas do alfabeto que, sozinhas, representam palavras completas e das
quais são as iniciais. Por exemplo: B = beato; D = Dom; P = Padre; PNAM = Padre Nosso, Ave Maria” (FLEXOR,
2008, p. 13).
191
Flexor, 2008.
192
Flexor, 2008, p. 12.
193
Flexor, 2008, p. 12.
61
[as]s abreviaturas eram tão comuns nos documentos, até o século XIX, que se pode citar
o curioso exemplo de sua presença nos “pasquins”, ou panfletos, afixados pela cidade
do Salvador, em agosto de 1798, e que dariam origem ao processo da chamada
Conspiração dos Alfaiates. Isso significa que a própria população estava familiarizada
com essa forma de grafar as palavras. No conjunto desses documentos da conspiração
existentes no Arquivo do Estado da Bahia encontram-se, também, alguns exemplos de
abreviaturas ou sinais não convencionais, como datas, algarismos romanos, números
ordinais etc..194
194
Flexor, 2008, p. 12.
195
Flexor, 2008, p. 12.
196
Flexor, 2008.
62
Feita nesses termos, obedecerá os critérios listados a seguir, adaptados dos 16
(dezesseis) itens das “Normas de transcrição de documentos manuscritos” do Projeto Para a
História do Português Brasileiro (PHPB).197 Nessa adaptação, marcamos, na lista de itens
abaixo, até o de número 16 (dezesseis), entre colchetes, o que acrescentamos a eles
acrescentamos — [abc] — e, com letras com tachado duplo — abc —, o que deles suprimimos,
em função de peculiaridades dos manuscritos aqui transcritos e editados. O item 17 é de nossa
autoria.
3. Não será estabelecida fronteira de palavras que venham escritas juntas, nem se
introduzirá hífen ou apóstrofo onde não houver. Exemplos: “epor” “ser”; “aellas”;
“daPiedade”; “omninino”; “dosertaõ”; “mostrandoselhe”; “achandose”; “sesegue”.
197
Mattos e Silva, 2001, p. 553-555.
63
7. Eventuais erros do escriba ou do copista serão [mantidos.] remetidos para nota de rodapé,
onde se deixará registrada a lição por sua respectiva correção. Exemplo: “nota 1.
Pirassocunda por Pirassonunga”; nota 2. “deligoncia por deligencia”; “nota 3.
adverdinto por advertindo”.
9. Supressões feitas pelo escriba ou pelo copista no original serão [mantidas como no
original]. tachadas. Exemplo: “todos ninguem dos presentes assignarom; sahiram
sahiram aspressas para oadro”. No caso de repetição que o escriba ou o copista não
suprimiu, [esta também será mantida, ipsis litteris.] passa a ser suprimida pelo editor
que a coloca entre colchetes sem sublinhá-la. Exemplo: “fugi[gi]ram correndo
[correndo] emdireçaõ oopaço”.
11. Intervenções do editor hão de ser raríssimas, permitindo-se apenas em caso de extrema
necessidade, desde que elucidativas a ponto de não deixarem margem a dúvida.
Quanto ocorrerem, devem vir entre colchetes. Exemplo: “naõ deixe passar neste
[registro] de Areas”.
12. Letra ou palavra não legível por deterioração justificam intervenção do editor na forma
do item anterior, com a indicação entre colchetes: [ilegível].
13. Trecho de maior extensão não legível por deterioração receberá a indicação [corroídas +
ou 5 linhas]. Se for o caso de trecho riscado ou inteiramente anulado por borrão ou
papel colado em cima, será registrada a informação pertinente entre colchetes e
sublinhada.
14. A divisão de linhas do documento original será preservada, ao longo do texto, [cuja
transcrição será justalinear.] na edição, pela marca de uma barra vertical: | entre as
linhas. A mudança de fólio [será igualmente respeitada.]. receberá a marcação, com o
respectivo número, na sequência de duas barras verticais: || 1v. || || 12r. || || 2v. || || 3r
||.
64
15. Na edição, as linhas serão numeradas de cinco em cinco, a partir da quinta. Essa
numeração será encontrada à margem direita da mancha, à esquerda do leitor. Será
feita de maneira contínua, por documento.
198
Mattos e Silva, 2001, p. 553-555.
199
Silva Neto, 1956, p. 21.
65
imediatamente anterior àquela em que se apresenta a transcrição editada, ficando a apresentação
gráfica do trabalho, neste capítulo, conforme exemplificado no QUAD. 1 a seguir.
QUADRO 1
Exemplo de disponibilização de transcrição e original transcrito.
Do corpus constituído por essa transcrição editada foram extraídos os lexemas que
figuram como entradas do glossário, elaborado conforme explicitado a seguir.
200
Barbosa, 1996, p. 35.
201
Barbosa, 1996, p. 36.
66
na sua especificidade léxico-semântica, numa situação de enunciação e de enunciado, em
situação de discurso exclusiva e determinada.
Extraímos, então, as entradas para o glossário. A seleção dos lemas para entradas do
glossário é feita considerando-se as palavras vinculadas a atividades relativas à Inconfidência
Mineira (e ao seu desdobramento), às entidades aí envolvidas, às atividades laborais em geral, à
mineração (especificamente) e ao patrimônio dos inconfidentes e de pessoas a eles vinculadas,
com pelo menos 2 (duas) ocorrências no corpus, e tem como referência trabalho de Biderman;
ou seja, selecionamos, para o repertório a ser definido, explicado ou glosado, “palavras de
freqüência entre 1 e 5”, sendo que “[o]s hapax legomena (freqüência 1) serão rejeitados, pois
registram idiossincrasias de autores, ou tecnicismos típicos do discurso científico”.202 Nesse
esforço, 1 (uma) ocorrência autoriza a entrada de um topônimo no glossário (por não serem
muitas as que se repetem no corpus), mas, para o glossário de outros substantivos, adotamos
como critério de frequência para entrada o número mínimo de 2 (duas) ocorências no corpus.
A elaboração desse glossário tem fundamentação teórica nos trabalhos relacionados,
a seguir, no item 3.51. - Fundamentação teórica.
202
Biderman, 1998, p. 133.
203
Sousa, 1995, p. 223.
204
Tradução nossa para: “[...] basada fundamentalmente en la comunicación y que parte del valor intrínseco del
vocabulario en el proceso de la comunicación, de los modos de uso y de las situaciones de uso de una unidad léxica
dentro de una colectividad lingüística” (HAENSCH & WOLF, 1982, p. 19).
67
língua que se opõe às reuniões fortuitas do discurso; por exemplo: cavalo, cavalo-vapor, cavalo-
marinho, cavalo de frisa são unidades já dadas na língua e não foram criadas pelo locutor no
momento da elaboração de seu discurso”.205
Constituem as entradas do glossário as lexias simples, compostas e complexas,
extraídas do corpus, relativas às redes semânticas de atividades relativas à Inconfidência, às
atividades laborais em geral, à mineração (especificamente) e ao patrimônio dos inconfidentes, e
a pessoas a eles vinculadas, nos termos já explicitados.
Neste trabalho, adotamos a definição de campo semântico de Eugenio Coseriu, qual
seja: “uma estrutura paradigmática composta de unidades léxicas que se distribuem em uma zona
de significação comum e que estão em oposição imediata umas com as outras”.206 Será, portanto,
definido como “conjunto de unidades léxicas que se distribuem em uma zona semântica que
estão em oposição umas com as outras: frio/fresco/morno/quente”.207
São vinculadas a uma mesma entrada do glossário, conforme um trabalho da
linguista Maria Helena Mira Mateus,208 da Universidade de Lisboa: a) as variantes ortográficas;
b) as variantes vocálicas ou consonânticas (“que supõem uma pronúncia idêntica ou
aproximada); c) variantes que, “pela identidade de significado e proximidade formal, não
justificariam a sua consideração em artigos separados”; d) as diferentes flexões de uma mesma
forma básica; e e) palavras “que podem ser utilizadas com diferentes significados e/ou diversas
classificações gramaticais, indicando-se em primeiro lugar aquela cujo emprego é mais freqüente
([...] escuro, adjectivo e escuro, nome)”.
Quanto à definição dos lemas, seguimos recomendação de Haensch, que preconiza:
“com relação ao tipo, a definição por paráfrase, em geral, é preferível à definição por
sinônimos”,209 referendada e ratificada por Biderman (1993), e essa definição, preferencialmente
mediada por via paráfrase, é feita por Hiperonímia, Metonínima, Enumeração, Aproximação ou
Antonímia, evitando a definição por Sinonímia (que oferece palavras como tendo equivalentes
205
Tradução nossa para: “[...] la lexie est une unité lexicale de langue qui s’oppose à ce qu’il appelle une réunion
fortuite de discours; par exemple: cheval, cheval-vapeur, cheval marin, cheval de frise sont des unités données em
langues et n’ont pás à être créées par le locuteur au moment de l’élaboration de son discours” (POTTIER, 1973, s.v.
lexie).
206
Tradução nossa para: “una estructura paradigmática compuesta de unidades léxicas que se reparten una zona de
significación común y que están en oposición inmediata unas de otras” (COSERIU, 1970, p. 111 apud HAENSCH
et alii, 1982, p. 338). No original, em Alemão, de Eugênio Coseriu: “eine paradigmatische Struktur, die aus
lexicalischen Einheiten besteht, die sich eine gemeinsame Bedeutungszone teilen und in unmittelbarer Opposition
zueinander stehen” (COSERIU, 1970, p. 111 apud HAENSCH et alii, 1982, p. 338, nota de rodapé número 19).
207
Tradução nossa para: “conjunto de unidades léxicas que se reparten en una zona semántica que están en
oposición unas con las otras: frío/fresco/tíbio/caliente” (DICCIONARIO VOX DE LEXICOGRAFÍA PRÁCTICA,
1995, p. 60).
208
Mateus, 1995, p. 292.
209
Tradução nossa para: “[e]nquanto al tipo, la definición por paráfrasis, en general, es preferible a la definición por
sinónimos” (HAENSCH, 1982, p. 502).
68
léxicos em vários contextos), não recomendada por Biderman,210 conforme já informamos, posto
que:
[é] freqüente encontrarem-se, em dicionários de Português e de outras línguas,
sinônimos para explicar o significado da palavra entrada, ao invés de uma definição,
muitas vezes o consulente vai conferir o sentido dos sinônimos referentes e os verbetes
consultados remetem-no de volta à palavra de que partiu, num autêntico círculo
vicioso.211
210
Biderman, 1984, 1993.
211
Biderman, 1984, p. 35.
212
Biderman, 1993, p. 29.
213
Biderman, 1993, p. 37.
214
Rey-Debove apud Biderman, 1993, p. 37.
215
Haensch, 1982, p. 452.
216
Rey-Debove, 1971, p. 21.
69
3.5.3 Microestrutura do glossário – parte geral
A microestrutura do glossário — tomada, nos termos de Rey-Debove,217 como
conjunto de informações ordenadas que são disponibilizadas após a entrada de um lema num
glossário, implicando, portanto, a definição da entrada, sua colocação, disposição e separação de
acepções, disposição dos sintagmas e de fraseologia (quando couber), as subentradas, etc. —
traz, neste trabalho, unidades léxicas compostas por substantivos e adjetivos, conforme já
mencionado anteriormente, e o repertório do glossário reúne lexemas (como suas entradas) e
lexias218 simples e lexias compostas e complexas. São exemplos de lexias simples:219 ouro,
quinto, derrama. São exemplos de lexias compostas:220 “carro-de-boi”, “juiz-de-fora”. São
exemplos de lexias complexas:221 “carta precatória”, “águas supérfluas”.
A configuração das entradas lexicais (dos lemas) — que poderão ser unidades
lexicais ou combinações de unidades lexicais —, é feita considerando-se ordem alfabética de
apresentação e obedecendo-se à seguinte estrutura:
217
Rey-Debove, 1971, p. 21.
218
Para definição de “lexia”, lexia simples, lexia composta e lexia complexa, nos termos de Pottier (1973), consulte-
se o item 1.6.1 deste trabalho e o item 3.4.4, a seguir.
219
Lexia simples: formada por um único lexema (cf. SOUSA, 1995, p. 224).
220
Lexia composta: formada por aglutinação de lexemas básicos (cf. SOUSA, 1995, p. 224).
221
Lexia complexa: construção formada por uma série fixa de lexemas que formam uma só unidade significativa (cf.
SOUSA, 1995, p. 223).
222
Academia Brasileira de Letras, 2009.
70
(7) número(s) de referência(s) do(s) manuscrito(s) em que se encontram
grafadas as abonações, com indicação de número do manuscrito (M.) e
da linha (L.) em que se encontra a lexia, entre parêntese simples;
Forma do verbete
Número do lema - LEMA ● Classe gramatical. ● Var.: Lexias variantes do corpus (quando
houver). ● Definição analítica ou definições analíticas, quando houver mais de uma acepção no
corpus. ● Lexias encontradas, sublinhadas - seguidas do seu número de ocorrências. ●
Abonações, em itálico, separadas por ponto-e-vírgula e, as linhas, quando necessário, por barra
vertical: |. ● Localização das lexias no corpus: número do manuscrito (M.) e da linha (L.), entre
parênteses simples: ( ). ● Referência para remissão a outro lema (quando necessário), indicadas
por “v.”, dentro de parênteses simples: ( ).
146 - TENENTE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Then.te. ● Oficial militar que tem essa patente,
imediatamente inferior à de capitão, no Exército. ● (Tenente - 02 ocorrências): lo = S.r Pedro Muzi de
Barros, Tenente do Re- (M. 37, L. 75); o Tenente Luiz Antonio da Sylva que (M. 7, L. 30). ● (Then.te - 01
ocorrência): r.o o Then.te Luis An.to da S.a, no Recenciam.to (M. 8, L. 40).
(v. TENENTE-CORONEL, LUGAR TENENTE.)
223
Biderman, 1998, p. 141.
71
restringe-se a informação sobre o topônimo, sem pesquisa aprofundada sobre sua origem e
precisa localização, por exemplo, que foge ao escopo deste trabalho.
Forma do verbete
Número do lema - LEMA ● Var.: Lexias variantes do corpus (quando houver). ● Definição
analítica ou atualização do topônimo, quando possível. ● Lexias encontradas, sublinhadas -
seguidas do seu número de ocorrências. ● Abonações, em itálico, separadas por ponto-e-vírgula
e, as linhas, quando necessário, por barra vertical: |. ● Localização das lexias no corpus:
número do manuscrito (M.) e da linha (L.), entre parênteses simples: ( ).
1 - ANGOLA ● Província ultramarina de Portugal situada no Leste da África, que se tornou ponto
estratégico para o comércio de escravos trazidos para a América Portuguesa.. Atualmente, é país
indenpende. ● (Angola - 4 ocorrências): Angola e de suas Conquistas (M. 41, L. 40); dor e Capitaõ
General do Reino de Angola e Suas Conquistas = Faço (M. 47, L. 03); se propunha izentar de Direitos o
Ferro de Angola que se im= (M. 47, L. 28); cipe Regente Nosso Senhor tem concedido ao Ferro de
Angola (M. 47, L. 49).
72
CAPÍTULO 4
OS MANUSCRITOS, SUA TRANSCRIÇÃO E EDIÇÃO.
4.1 Os manuscritos
Nesta seção, apresentamos a tipologia dos 58 (cinquenta e oito) manuscritos (que
cobrem período compreendido entre 1767 e 1834),224 quadro com a descrição sumária dos
mesmos, a transcrição e a edição deles, ordenada por ordem crescente de data — feita segundo
os critérios do item 3.3.1. - Normas para transcrição de documentos manuscritos (PHPB), com
os critérios complementares já indicados no capítulo anterior) —, para posterior seleção e análise
de dados.
224
Todos esses manuscritos têm imagens e descrições sucintas registradas, em CDs, em Seabra (2008); seus
originais, em papel, pertencem ao acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais - IHGMG, situado à
Rua dos Guajajaras, 1268 - Centro - 30180-101 - Belo Horizonte - MG.
225
Arruda, 2000.
226
Bellotto, 2000, p. 307.
227
Bellotto, 2000, p. 309.
228
Bellotto, 2000, p. 310.
73
Parecer: (documento diplomático informativo-enunciativo, horizontal) –
Opinião técnica sobre um ato. O parecer serve de base à decisão de um assunto,
orientando-a ou facilitando o processo decisório. Difere da informação, pois o
parecer visa interpretar e apreciar fatos; a informação visa fornecer fatos ou
dados sobre fatos. No caso do Conselho Ultramarino, podem ocorrer
isoladamente ou fazendo parte de consultas.229
229
Bellotto, 2000, p. 313.
230
Bellotto, 2000, p. 314.
231
Bellotto, 2000, p. 314.
232
Bellotto, 2000, p. 314.
233
Não são mencionados os fólios porque oa CD-ROMs não apresentam essa informação de forma clara (nem
sempre recto e verso dos manuscritos foram fotografados, nem huve indicação específica sobre isso) e, ademais, os
manuscritos originais não se encontram disponíveis para consulta direta.
74
Nº do documento/conjunto documental: [Numeração atribuída ad hoc, na dissertação.]
Tipologia textual: [Tipologia textual do documento.]
Assunto/resumo: [Resumo do assunto do documento.]
Local: [Local onde o documento foi lavrado/assinado.]
Datação: [Data precisa ou presumida, quando possível, do documento.]
Autores/Subscritores: [Nomes do(s) signatário(s) do documento.]
Localização em Seabra (2008): [Localização do documento no CD-ROM de Seabra, 2008.]
75
Nas páginas ímpares, apresentamos as imagens dos manuscritos cuja transcrição se
apresenta nas páginas pares imediatamente posteriores, para facilitar consulta, dirimir dúvidas e
conferir ao conjunto desta dissertação texto certo sabor da época. Para facilitar consulta, a
transcrição é justalinear e a transcrição é conservadora, conforme explicitado no item 3.4.1 do
Capítulo 3 desta dissertação.
Optamos por essa disponibilização, também, porque consultas a imagens em CD-
ROMs originais podem ser feitas por qualquer interessado com acesso a Acervo Documental -
Coletânea, organizado por Seabra (2008), disponível, hoje, em acervo do Instituto Histórico e
Geográfico de Minas Gerais - IHGMG, na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e em
outros arquivos públicos e privados.
A seguir, então, apresentamos essas imagens, transcrição e edição, que é seguida do
glossário (partes geral e toponímica), que constituem o Capítulo 5 - Glossário desta dissertação.
76
Nº do documento/conjunto documental: 1
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Cláudio Manoel da Costa, referente a pedido de livros ao Provedor da Real
Fazenda, para o registro de fatos da competência da Secretaria do Governo” (SEABRA., 2008, p. 22).
Local: Vila Rica.
Datação: 10 de janeiro de 1767.
Autores/Subscritores: Cláudio Manoel da Costa.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” – “Documento 37”.
<N. 21>
Porquanto para o expediente daSecretaria des-
teGoverno, sefazem necessarios alguñs livros para nelles
se Registarem todosos papeis eordens que ocorrerem, O
05 Dez.or Provedor daReal Fazenda, ordene aoTezoureiro
damesma, entregue ao Secretario actual Seis Livros
emfolio encadernados, epostos emordem de se poder escre-
ver, nelles: toda a despezaque nelles se fizer se satisfaça
pela mesma Fazenda, cazo que na Provedoria se não
10 achem alguñs volumes embranco dosqueparaomes-
mo efeito se lhecostumaõ remeter de Portugal, jâ Ru-
bricados, o que declararâ naremessa que fizer. V.a Rica
a 10 de Janeiro de1764
[Sinal público]
[Cumprase, e registese
[Sinal público]
15 Reg.da a f. 43 v.o doL.o de Reg.o dePortarias do
Governo que Serve nestaSecretarîa. V.a Rica 10 de
Janeiro de 1764
Claudio M.el da Costa
Regd.a af27 v.o do L.o 5º, que
20 actualm.e ServeNesta Provedoria
deregisto eProvizoins, eOrdens Regias.
V.a Rica 10 de Janeyro de 1764.
VeriSsimo daCostaPer.a
77
Recebi os Seis Livros de que fáz
25 Menção a Portaria. V.a Rica
a 24 de Janr.o de1764.
Claudio M.el daCosta
78
Nº do documento/conjunto documental: 2
Tipologia textual: Carta.
Estado do documento:
Assunto/resumo: “Cópia de carta do Governador e Capitão General da Capitania de São Paulo, Dom Luiz
Antônio de Souza Botelho Mourão, ao Conde de Valadares, Capitão General da Capitania de Minas Gerais, e
aos Deputados da Real Fazenda, sobre arrecadação junto a José Álvares Maciel, Administrador e Caixa do
Contrato das Entradas, sua execução, etc.” (SEABRA, 2008, p. 24).
Local: São Paulo.
Datação: 08 de abril de 1772.
Autores/Subscritores: Dom Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 45“.
<Copia>
Ill.mo eEx.mo Senhor Conde de Valladares,
Governador, e Capitaõ General da Capitania deMinas
Geraes, enella Prezidente da JuntadaRealFazenda, emais
05 Senhores Ministros Deputados della etc.
O Ill.mo eEx.mo Governador eCapitaõ General daCapitania
de Saõ Paulo, Dom Luiz Antonio deSouza Botelho Mourão
doConselhodeSuaMag.e FidelliSsima, Prezidente daJunta
da Real Fazenda damesma Capitania, emais Ministros
10 Deputados della.
Fazemos saber aV. Ex.a, emais Senhores Ministros,
acima declarados, que napreSente conjunctura, emque por
vermos, que deSse Tribunal da Junta da Real Fazenda, da
Capitania das Minas Geraes, naõ nos vinha Resposta da
15 Carta precatoria, que em cinco de Março do annopreterito
demil Sete centos esetenta ehum tinhamos dirigido aeSsa
mesma Junta, com otheor da Ordem deSuaMag.e, expe=
dida peloReal Erario emquatro de Julho demil sete cen=
tos esetenta annos, para effeito de que por eSsa mesma
20 Junta seRecadasse de Joze Alvares Maciel dous Contos
dereis, quedeve á RealFazenda da Capitania de Saõ Pau=
lo, como Administrador, e Caixa, quefoi doContracto das
Entradas notriennio de mil sete centos cincoenta enove ate
mil sete centos essenta ehum, Repetiamos ámesma deli=
25 gencia naCarta precatoria junta datada em vinte eoito
de Março dopreSente anno; eporquenomesmo prezente tem=
po em que seintentava Remetter desta Junta, chegou deSsa
humaCarta ao Ill.mo eEx.mo Governador, eCapitaõ General
desta Capitania com data deSete deFevereiro, aqual apre=
30 zentou nesta Junta (aque privativamente pertence a Res=
pectiva materia) comos documentos, que com ella lheforaõ
Re=
79
Remmettidos, pelo que tudo vemos, que Recebendo-Se nesse Tribu=
nal aSobredita primeira Carta precatoria, sedestribuira,
35 ou Remettera ao Dezembargador, Provedor da RealFazenda
deSsa Capitania, para executar aodito Joze Alvares Ma=
ciel, cuja execuçaõ seachava nos termos dehum dos ditos do=
cumentos, que saõ ter-Se feito a Requerimento do Doutor Pro=
curador da Coroa, eFazenda deSsa Capitania, penhora ao
40 to devedor emodireito, eacçaõ de huma execuçaõ, que fazia
omesmo a Dona Thereza Maria de Ulhôa, aque se opuze=
ra o Réo com embargos, sobre os quaes proferira o mesmo Dou=
tor Dezembargador hum Despacho, emque mandava pro=
ceder aoutra penhora naforma, eobservancia da Ley: Cons-
45 tandomais do dito documento, que estes éraõ os innactos ter=
mos, emque seachava a denominada execuçaõ, Sem que
até cinco dodito mez deFevereiro doprezente anno SetiveS=
se procedido á dita segundapenhora, naforma da Ley, esem
amenor demora, como expreSsa, eliteralmente ordena Sua
50 Mag.e namesma citada Real Ordem de quatro de Julho de
mil sete centos esetenta, incerta nadita primeira Carta pre=
catoria; etaõ bem na Segunda, que nesta conjunctura Se-
pertendia Remetter, ecom effeito Se Remette com aprezente: ven=
do-Se finalmente, queneSsa Junta senaõ deferîra ao Reque=
55 rimento com documentos juntos, que fizéraodito executado; Ro=
gamos a V. Ex.a como a Prezidente deSsa Junta da Real
Fazenda dessa Capitania, eaos mais Senhores Minis=
tros Deputados damesma Junta, mandem por Serviço
de Sua Mag.e, epor execuçaõ daja Referida RealOrdem
60 domesmoSenhor, Recadar adita divida dedous contos
dereis, procedendo-se, se for precizo, apenhora em bens da
primeira especie, eainda aprizaõ do devedor executado,
como sepratica nas execuçoens daReal Fazenda; naõ
se
80
seadmitindo Requerimento algum ao executado devedor
65 com Suspensaõ daRespectiva execuçaõ, eda Remessa do Seu
producto para esta Junta; porque com nenhum pode o dito
devedor Ser ouvido comSuspensaõ, vistos os frivolos funda-
mentos, eunicos queSe preSsuade tem expostos nodito Seu
Requerimento, aque RectiSsimamente selhe naõ deferio neSsa
70 Junta; porquanto, álem denaõ mostrar, quenesta Capita=
nia Selhenaõ mandára entregar o dito Contracto, constaevi=
dentemente oContrario pelos factos deSatisfazer nesta Pro=
vedoria os quatro Contos dereis, pertencentes aos dois annos do
mesmo Contracto, etriennio, que decorreo de mil Sete centos
75 cincoenta enove, ate mil sete centos seSsenta ehum, como
omesmo devedor confeSsa, enaõ pode negar em o dito pro-
prio seu Requerimento; verificandoSe aSsim pelos mesmos
factos dos ditos seus pagamentos, que nesta Capitania Se-
lheentregou oContacto, pois selhenaõ entregára, naõ
80 faria os Referidos pagamentos, eos desviaria, com ofunda=
mento taõ exclusivo; verificando-Se mais, queo ficar o –
Fiel Sebastiaõ Pinto noRegisto de Itapeteninga fora
pordespoziçaõ, ou approvaçaõ domesmo Caixa devedor,
eque naõ Seria pelo ter posto na quelle Registo nos annos an=
85 tecedentes o Doutor Ouvidor desta Commarca; porque pe=
lomesmo documento, que o dito devedor juntou aoSeu
Sobredito Requerimento, consta, que aquelle Ouvidor pôs
Fiel naquelle Registo, porordem dos Ill.mo eEx.mo Gover=
nador Joze Antonio Freire deAndrada, taõ Sómente
90 naquelles ditos antecedentes annos, em que omesmo con=
tracto naõ estava Rematado, esedevia Cobrar pelaReal
Fazenda, cuja preciza epraticada providencia, Senaõ
ampliava, nem podia ampliar aos Subsequentes annos,
em que estava Rematado oContracto, eque odevedor éra
Caixa
81
95 Caixa, eAdministrador Geral; sendo certo, que ainda
que odito Fiel seconservaSse naquelle Registo por ordem
daquelle Ouvidor, enaõ por despoziçaõ, ou aprovaçaõ domes=
mo Caixa naõ podia este pelaSua ommiSsaõ de naõ pôr
ali Fiel embaraçar agora odevido apagamento do Resto, que
100 Sua Mag.e FidelliSsima, que Deos Guarde, manda, se Re=
cade delleCaixa sem amenor demora, pois quandomui=
to nofigurado Cazo, teria direito para haver dodito Ouvidor
daquelle tempo o quesecobrou, ou deixaSse de cobrar, nodito
Registo, aSsim como taõ bem devia, ou deve intentar omes=
105 mo direito, quetiver contra aCaza eherdeira do defunto
Provedor Joze deGodoy Moreira, ou Contra quem lhepare=
cer, pelas cento enoventa eoito oitavas deouro, queentregou
odito Fiel Sebastiaõ Pinto aodito Provedor Jozede Godoy;
por que nomesmo documento, comque omesmo devedor prova es=
110 ta incompetente entrega das oitavas seprova suceSsiva, eli=
teralmente, que o Respectivo termo seacha sómente aSsigna=
dopelo dito Provedor, ecobrador, e quesenaõ achaõ Carregadas
em Receita aos Thezoureiros daquelle tempo, emenos consta
ofim queleváraõ: emcujos termos naõ pode pertender, que
115 selhe abone, nem com effeito selhepodem abonar nos dois
Contos dereis queresta doultimo anno dotriennio sobredito,
em quefoi caixa, eAdministrador, por quenaformado Re=
gimento daFazenda, paraSeabonarem aos devedores os-
pagamentos, he esencialmente neceSsario, que os Almo=
120 xarifes os Recebaõ, edelles aSsignem Cargaviva, porque
deoutra forma ficaõ sempre os mesmos devedores Respon=
saveis, decuja inabedicavel obrigação senaõpode eximir
odito Joze Alvares Maciel pelopretexto, que alegava em-
Seo Requerimento, dequenaõ fora Rematante, nem Admi=
125 nistrador, doContracto nesta Provedoria, nemsepoderia
mostrar
82
mostrar, que nella SeobrigaSse, nem pozeSse Administrador
algum, porquanto sendo, comofoi, econfeSsa ser Caixa, eAd=
ministrador dodito Contracto, etendo, comotal, feito nesta Pro=
130 vedoria os dous pagamentos, Cada hum dedous Contos de reis,
pertencentes aoprimeiro, eSegundo anno, naforma da obriga=
çaõ, comque se Rematara odito Contracto, depagar-Se nesta
Provedoria adita quantia em Cadahum anno, domesmo tri=
ennio, manifesta fica aSua integral obrigação depagar o Res=
135 to dedois Contos de reis, pertencentes ao ultimo anno; porque
ainda quenaõpozeSse FielnestaCapitania, comopôs, eSetem
expposto, naõ o Relevava semilhante circunstancia; porque
em Direito omesmo hepolo, que ter obrigaçaõ deopôr; aque
acresse, esuperabunda desneceSsariamente noprezente
140 Cazo ser intereSsado nomesmo Contracto, como Caixa e
Administrador para dever pagar odito Resto naforma da
Ley devinte edois deDezembro de mil sete centos seSsenta e hũ,
que foi oultimo anno doseu Contracto; sem embargo doque,
ainda que expuzeSse, quebra posterior esta Ley a Sua Rema=
145 taçaõ, sempre está obrigado apagar sem amenor demora
odito Resto naforma da Real ordem, expedida pelo RealEra=
rio aquatro deJulho de mil setecentos, esetenta, que foi
incerta naprimeira Carta precatoria desta Junta, que
se Recebeo neSsa, evay taõ bem incerta na Segunda Carta
150 precatoria, que Setinha feito nesta Conjunctura, e se-
Remette taõ bem incluza napreSente Carta precatoria:
em execuçaõ das quaes, eda dita Real ordem da Sua
Mag.e, Rogamos outra vez a VossaEx.a como a Preziden=
te dessa Junta, eaos mais Senhores Ministros Depu=
155 tados della, sedignem fazer exicutivamente Recadar do
dito devedor os ditos dous Contos dereis, eRemettelos para
esta Junta, sem admittirem, como Louvavelmente
naõ
83
naõ admitiráõ, Requerimento algum moratorio dodito
devedor; porque supposto por Similhante meyo naõ Cons-
160 siguiSse neSsa RectiSsima Junta ainsignificante segu=
rança que offerecia, sempre comtudo tem conseguido
com taes subterfugios naõ ter pago sem a menor demora
odito Resto, contra aexpeSsa determinaçaõ damesma
RealOrdem, com manifesto prejuizo das urgencias des=
165 ta Real Fazenda, edo Credito desta Junta; porqueSupos=
to se Respondeo para oReal Erario, que setinha derigido
Carta precatoria aeSsa Junta, foi adita Resposta, á muitos
mezes, eprecizamos dedarmos, effectiva Resposta á mesma
Real Ordem, sem expormos as noSsas infructuozas del=
170 ligencias nesta materia, nem felicidade das inadmiSsi=
veis dodevedor; aSsim esperamos de V. Ex.a, edos mais Senho=
res Ministros, aSsima declarados, que por exercicio do
exemplar zello do Real Serviço eFazenda que practicaõ,
sesirvaõ em cumprimento das noSsas Repetidas, emulti=
175 plicadas Cartas precatorias, mandar executar a Real Ordem
naforma que nella sedetermina, e Remetter oproducto da
Respectiva Cobrança para esta Junta com abrevidade, que
nella sepreciza, no que faraõ Serviço a Sua Mag.e, eaesta
Junta mercê, que amesma implorada brevidade prati=
180 caremos Nós em o que por eSsa Junta senos Recomendar. Dada,
epaSsada submiSsos Signaes nesta Cidade de Saõ Paulo emJun=
ta deoito deAbril de mil sete centos setenta edous. Bonifacio
Joze deAndrada Escrivaõ daJunta aescrevi = Dom Luiz
Antonio deSouza = Salvador Pereira daSilva = JozeGomes
185 Pinto deMoraes = Joaõ de Saõ Payo Peixoto.
Esta Conforme
Mathias Joze Ferreira Abreu
84
Nº do documento/conjunto documental: 3
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de José Álvares Macel, referente a empréstimo de curral para se contar gado vacum e
cavalar, e sobre arrecadação.” (SEABRA, 2008, p. 16).
Local: Vila Rica.
Datação: 01 de fevereiro de 1773.
Autores/Subscritores: José Álvares de Maciel.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” – “Documento 7”.
Sñor
to do e
O requerim. do R. Sup. heverda
deiro, por ser certo que quando Mudei o Reg.to para a sua fzd.a
das Sette lagoas, deo o d.o Cazas ao contador, eemprestou Os Curraes
05 para Secontarem Nelle os gados Vacũm, eCavalár, epor este bene
ficio Selhe Naõ Levarão direitos dos effeitos da sua fzd.a,
Secompunhaõ de aSuqr.e, Agoard.e daterra, e Rapadu-
ras, porem estes eraõ taõ limitados pelos poucos escravos q’
trazia Na cultura, que em muito pouco avultava o rendim.to
10 Estagraça naõ adeve pertender hoje o R.do Sup.e
V.to que ocontracto comprou cazas em q’ mora o contador, e de
NadaSeuteliza das do R.do. Sup.e isto o que Naver
d.e posso informar a V. Mag.e
Va R.a 1º de Fev.ro de 1773
15 Joze Alz’ Maciel
85
Naõtem lugar. V.a Rica a 15 deFevr.o 1773
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais em posição ligeiramente abaixo do meio do documento.
86
Nº do documento/conjunto documental: 4
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Capitão-Mor José Álvares Maciel ao Rei, notificando diligência feita sobre a
arrecadação do Real Sudsídio, referente aos meses de janeiro e fevereiro e sugerindo maior rigor na sua
cobrança.” (SEABRA, 2008, p. 15).
Local: Vila Rica.
Datação: 22 de maio de 1774.
Autores/Subscritores: José Álvares Maciel.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 4”.
Snor
87
V.a Rica 31 de Agosto 1774
Respond.a en 3 dod.o
88
Nº do documento/conjunto documental: 5
Tipologia textual: Confissão de dívida.
Assunto/resumo: “Confissão de dívida de João Rodrigues de Macedo, sendo credores o Desembargador
Intendente José João Teixeira e Dona Josefa Fidélis Molina de Velasco, com quitação da dívida referente a José
João Teixeira (02/01/1779).” (SEABRA, 2008, p. 23).
Local: Vila Rica.
Datação: 07 de abril de 1776 e 02 de janeiro de 1779.
Autores/Subscritores: Gabriel Marcos Godinho.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 41”.
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
89
Cred.o Resgatado
15 e pago A S.r
Aosr Dezr Intd.e 1:193$762
AS.ra D. Jozefa
Fidelis ________ 2:012$272
~ 3:206$034
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
90
20 Do emporte deste Credito pertence a Snr.a
D. Jozefa Fidelis Molina de Velasco, filha
do Secretr.o deste Governo Joze Luis Sayaõ,
q’ me entregou p.a emprestar ao Contracta-
dor Joaõ Roiz’ de Macedo, a quantia de
25 = dois contos, doze mil duzentos, e Seten-
ta e dous reis, nas barras seguintes.
91
A[ilegível] de 1816 – Debito
a ta
1819 Junho, 12 Da Freg. de S. Luzia q’ Somam ------------------------------------ 3:392$783
“ Cong.as doSabara [ilegível] -------------------------- 52$955
45 Rapozos [ilegível] ------------------------------------ 53$699
R$ 3:499$437
[ilegível.]
1819 ,, Junho ,, 12,, __________________________________________51$285
7bro,, 27,, [ilegível] ___________________________________284$450
[ilegível] __________________________________________________674$676
50 [ilegível] __________________________________________________920$128
1820 [ilegível] ___________________________________________264$964
[ilegível] ___________________________________________________230$933
[ilegível] ___________________________________________________112$061-
[ilegível] ___________________________________________________ 44$070
55 1821 [ilegível] ____________________________________________ 51$982
[ilegível] ___________________________________________________ 74$974
[ilegível] __________________________________________________ 206$100
[ilegível] ___________________________________________________ 35$710
1822 [ilegível] _____________________________________________ 8$873
60 [ilegível] ___________________________________________________ 12$380
[ilegível] ___________________________________________________ 10$747
[ilegível] ____________________________________________________46$700
[ilegível] ___________________________________________________ 21$954-
[ilegível] ____________________________________________________ $960
65 [ilegível] ______________________________________________10$395
1824 [ilegível] _____________________________________________25$837
Junho[ilegível] _______________________________________ 3$068
[ilegível] ____________________________________________________ 9$950
[ilegível] ____________________________________________________ 7$822
70 1825 Junho [ilegível] ________________________________________ 6$203
[ilegível] ____________________________________________________ 3$267
1826 Junho [ilegível] _______________________________________ 40$419
bro
9 8 [ilegível] ____________________________________ __________ $200
3:180$178
75 Creditos [ilegível]
ta
De S Luzia _____________________________ 276$312
as
Cong. ____________________________ 21$184
Rapozos ___________________________ ___32$534
3:510$208
or
80 [ilegível] do Adm ___________________________ 10$771
Rs - 3:499$437
[ilegível]
92
Nº do documento/conjunto documental: 6
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Ignácio José de Alvarenga Peixoto (Ouvidor do Rio das Mortes) à Rainha (Dona
Maria I), cientificando-a da diligência referente à proibição de se pedir esmolas para os cativos.” (SEABRA,
2008, p. 15).
Local: Vila de São João.
Datação: 11 de dezembro de 1778.
Autores/Subscritores: Ignácio José de Alvarenga.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 5”.
Senhora
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
93
parece bem racionavel, que em todas as
Comarcas Comprehend.as na Capitania Se
pratique omesmo Methodo uniforme, espe-
ro q’ Se me participe, qual este haja de
30 Ser, e Supposto no Cap.o 2.o da L. Se incũ-
be a Cobrança aos Provedores, Seos escri-
vains, eSollicitadores dos Reziduos, naõ há nes-
ta Comarca, este ultimo officio, aos Thezou-
r.os dos Auz.tes São os q’. pello Seo Regim.to fazi-
35 aõ athé agora arrecadaçaõ dos bems va-
gos chamados vulgarm.te do Invento, e
pareçe q’. em Tribunal inStituido p.a arre-
cadaçaõ, deve haver Thezour.o ou recebe-
dor a q.m Se façaõ Cargas, das q.tas q’. for re-
40 cebendo aos poucos, enofim do anno ou
q.do Se determinar, fazerselhe recenceam.to
e remessa do Liquido p.a o Real Erario,
Com as guias, ou Certidoins Circunstançi-
adas, e o mesmo Thezour.o poderá Solicitar,
45 e aplicar as Cobranças, do q’. for pertencente
aCativos, Servindo Com os L.os competentes
Segundo oMethodo, q’. por eSse Tribunal for
de
94
determinado. D.s G.de aV.Mag.e
50 S. João delRey 11 de Dezbr.o de1778
Jgnacio JozedeAlvar.a
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
95
Nº do documento/conjunto documental: 7
Tipologia textual: Certificação e fé pública.
Assunto/resumo: “Certificação e fé pública feita por Gabriel Marcos Godinho, Escrivão da Provedoria das
Fazendas dos Defuntos e Ausentes da Comarca do Rio das Mortes, informando sobre registros e falta de
registros em livo de receita da Provedoria.” (SEABRA, 2008, p. 23).
Local: Vila de São João Del Rey.
Datação: 12 de agosto de 1779.
Autores/Subscritores: Gabriel Marcos Godinho.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 40”.
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
96
Sobredito Bento Coelho deAraujo
Consta do quaderno das faltas onde
Se vay aSentando o de que Se não
fas passagem ao Tezoureyro actual
30 o Tenente Luiz Antonio da Sylva que <anno 177[ilegível]>
na heranca de Manoel Gomes daCos= <22 outu[ilegível]>
ta houve defalta trinta enove mil evin=
<39$028> te e oito Reis Na de Jeronimo Fereyra
Borges Sinco mil e trezentos e Setenta <23 outubro>
35 <5$375> e Sinco reis E na de Tereza Maria Bar
<7$212> boza Sete mil duzentos e doze Reis <12 Nov[ilegível]>
E na herança de Marcos daCosta Te-
xeyra vinte esinco mil nove centos e Se
25$967 Senta e sete Res E na herança de Mi= <12 Nov.o>
40 <10$112> guel Gomes dez mil cento e doze res <19 dez.o>
E na herança de Antonio de Sene tre= <anno 177[ilegível]>
ze mil oito centos e Setenta e Sinco Re- <18 Junho>
<13$875> es Ena herança de Antonio Gomes
<10$800> Leyte dez mil e oito Centos Reis e na <24 Julho>
45 de Laureano Joze de Miranda trinta
eoito mil quinhentos noventa e Sinco <4 Ag.to>
<38$505> Rees E na herança de Françisco Pereyra
dos Sanctos trinta e seis mil e vinte e <5 Sept.bro>
<36$025> Sinco Reis E na herança de Joana Te
50 reza de Jezus trinta e sete mil e oiten
97
<1774>
<11 Nov.o> Eoitenta esete rees Ena herança de <37$087>
Antonio da Sylva Guimaraẽns treze
o
<11 Nov. > mil e Cem Rees ena herança de Do=
55 mingos Rodrigues deCarvalho Cento
e dois mil quinhentos eSetenta e Sete <102$577>
Reis Ena herança de Dona Brigida Ma
<28 Dezo> ria da Conceyçaõ quatorze mil e oito <14$800>
Anno 1775 Centos Reis Ena heranca deAntonio
60 Joze dezanove mil quatro centos e vin
<[ilegível]de Fevero> te e sinco reis e na herança de Joze Cosme <19$425>
de Abreu Guimaraens treze mil e nove
<[ilegível]2 Fevero> Centos Reis Ena de Joze de Sá Guima= <13$900>
raens outra de Souza Martins doza
65 Sete mil e quinhentos Reis Ena de <17$500>
Caetano de Souza Reis Sete mil ter
<[ilegível] Junho> zentos e Sincoenta Reis Ena herança de < 7$350>
Joze Rodrigues de Aguiar trezentos e
dezoito mil oitocentos e oitenta e Sin=
70 <25 Junho> co Rees Enos bens do invento dezaSe= <318$885>
<27 Junho> te mil cento e sincoenta Reis e na he= <17$150>
rança de Joze Caetano de Moraes no=
o
<28 Nov. > ve Centos Rees Ena herança de Custodio <$900>
<Anno 1776> Francisco dos Sanctos dois mil que
75 nhentos e Sincoenta Reis, alias doze mil, <12$550>
[ilegível] Março quinhentos e sincoenta Rees ena herança
98
<1776>
E na herança de Joze daCosta Ribei=
<3$300> ro tres mil e trezentos Reis ena heranca <16 Abril>
80 deAntonio Lopes quatro mil SeisCen=
<4$650> tos e sincoenta reis e na herança de <16 Abril>
Manoel daCunha Valle Seis Centos <anno 177[ilegível]>
quarenta e hum, mil duzentos e onze
<641$211> Reis Ena herança do Padre Semeaõ <13 Março>
85 Pereyra Leal Cento vinte e hum mil
<121$412> quatro Centos e doze Reis e na heran= <20 Março>
ça de Manoel Corea Lopes trinta
e quatro mil quatro Centos e vinte <24 Mayo>
esinco reis e na herança de Francisco
90 Vaz Carneyro quatro mil noveCentos <22 Junho>
<4$975> eSetenta e Sinco Reis E na herança de
Baptista Pereyra da Costa sinco mil
<5$850> oito Centos e Sincoenta Reis Ena heran <4 outu[ilegível]>
ça de Manoel Marinho Monteyro
95 hum Conto quinhentos noventa e Seis
<1.596$790> mil Sete Centos e noventa Reis e na he= <20 Nov.o>
rança de Pascoal de Oliveyra dez
<10$349> mil trezentos e quarenta e nove Reis <2 Dez.o
ena herança de Mateos dos Sanctos <anno 177[ilegível]>
100 Tores duzentos e oitenta e hum mil
<281$002> e dois Reis e na herança de Antoneo <26 Jañ>
Moreyra da Cruz quatro mil nove
99
<1778>
<30 Jan.ro> Nove centos quarenta edois Reis e na <4$942>
105 heranca de Domingos Alves Chaves
Setenta e hum mil SeisCentos e noventa
<30 Jan.ro> e Sete Reis e na herança de Antonio Ri= <71$697>
beyro Guimaraens dois mil SeisCentos
ro
<30 Jan. > e Setenta e hum Reis e na herança de <2$671>
110 Tereza de Baros preta forra trinta
<28 Abri> e Seis mil duzentos e Sincoenta e tres Reis <36$253>
Ena herança de Antonio Soares de
Matos nove mil Seis Centos e Setenta e
<13 Mayo> Sinco Reis E na herança de Frutuozo <9$675>
115 <9 Junho> Vaz Syqueira vinte mil e nove Centos Reis <20$900>
<Anno d1769> Ena herança de Miguel Gomes Valença
<5 Sep.to> oito mil e quatro Centos Reis E na he= <8$400>
rança de Pedro de Mello dezaSete mil
e SeteCentos Reis E nos bens de invento <17$700>
o
120 <2 Nov. > seis mil Reis e na herança de Domingos <6$000>
Fernandes Guimaraẽns dois du=
o
<2Nov. > zentos esincoenta Reis e na herança <2$250>
<Anno 1770> de Joze Fernandes da Cruz Bonilha
<22 Março> mil trezentos eSincoenta Reis E na he= <1$350>
125 rança de Francisco Henriques da Motta
<5 Abril> SeteCentos enoventa e Sinco Reis enos <$795>
bens do invento mil quatro Centos e
<13 Mayo> vintee Sinco Reis Ena herança de Mano= <1$425>
100
<1770>
130 de Manoel Correa Sincoenta e sin=
<55$425> co mil quatroCentos evinte e hum Reis = <22 Mayo>
Ena herança de Bartolomeo Borges
daCunha Cento e trinta e nove mil
<139$025> e vinte e Sinco Reis E na herança de Ma= <23 Sep.ro>
135 noel Ribeyro Fernando mil Seis Centos
<1#650> e Sincoenta Reis E na herança de Pedro <2 out.o>
<$525> Vaz Pires quinhentos e vinte e Sinco Reis <2 out.o>
Ena herança do Doutor Antonio de He
<30$000> vès trinta mil Reis E na herança de Bar= <18 out.o>
140 tolomeo Borges da Cunha mais qua=
<43$160> renta e tres mil Cento e SeSenta Reis <24 out.>
Ena herança de Manoel Corea mais
<41$100> quarenta e hum mil e cem Reis ena <27 out.>
herança de Manoel Rebeyro Fernando
145 <7$500> Sete mil e quinhentos Reis e na herança <29 out.>
de Pedro Fereyrade Arantes mil eoito
<1$800> centos Reis en a herança de Françisco <16 Nov>
<1$200> de Souza Faria mil e duzentos Reis <18 Nov>
isto athe o estado prezente em que
150 apassagem ainda naõ está acabada
antes ainda està porfazer a mayor
parte della que só despois definda
he que se pode Liquidar porContador
o alcançe tam bem por que ainda
101
155 Ainda poderão apareçer alguns
Creditos ou execuçõis que possão em
parte diminuir a falta em algumas
das heranças etam bem em outras
descontar Se o que ellos devão de ex=
160 Sesso por Reçençiamentos ao dito Te=
zoureyro que foi Bento Coelho de Arau
jo a Respeyto do qual tam bem senão
tem ainda averiguado o que terà de
alcance nos Intamentarios dativos que
165 administrou E declaro que por evitar
a muita Repetição de datas vaõ estas
declaradas na margem interior da Cer=
tidaõ e indicaõ o tempo em que foraõ
feytos os inventarios nos quaes hà as
170 Respectivas faltas ou alcançe E outro
Sim Certifico que Revendo osLivros
Com que Serve o actual Tezoureyro
o Tenente Luiz Antonio da Sylva que
principiou a Servir o Offiçio de Tezourey=
175 ro dos auzentes desta Comarca em vinte
e dois de outubro de mil SeteCentos e
Setenta eoito e fazendo dentro do tempo
que que tem Servido oSeo primeyro Recen=
çiamento nelle lhe tocou deComissões
102
180 Comissões duzentos edezoito mil
quinhentos enoventa e dois Reis dosSeis
por Cento, de sua Reçeyta viva de que
Se fez Remessa prezente mente por Do=
mingos Fagundes dos Liquidos que
185 Se mandàraõ Remeter para o Reyno
E no tempo do dito Tezoureyro Luis
Antonio da Sylva que vem a Ser do di-
to deo vinte e dois de outubro de mil
SeteCentos e Setenta e oito athe o pre=
190 zente So houve duas arecadaçoẽs
de novo huma de huma divida de
duzentos e SeSenta mil Reis pertençentes
ao ausente Joze Machado e outros
de hum negro e hũa violla de intes
195 tado de Constantino da Rocha Pereyra
homem Cego avaliados em Cem mil
e Seiscentos Reis e Se inventariàra mais
em tempo deste Tezoureyro por addicaõ
a passagem da herança de Joze Rodrigues
200 de Aguiar hũa fazenda e Lavras da
Pedra branca e outros bens do ditto Ag
guiar que por embaraços e demorada
avalicaõ Se naõ havia inventariado em
o tempo do Tezoureyro anteSessor ao
103
205 Ao qual tempo tocava essa arecada=
caõ aSim consta dos Referidos livros a
que me Reporto epor verdade passo opre=
zentepor mandato vocal do Doutor Ig=
naçio deAlvarenga do Dezembar=
210 go deSua Magestade Provedor da fa=
zenda dos defuntos e auzentes Capellas
e Reziduos desta Comarca do Rio das
Mortes que vay por mim escripta e aSig=
nada nesta Villa deSamJoaõ del Rey
215 Minas e comarca do Rio das Mortes aos
doze dias do mez deAgosto do anno do Nas=
cimento de nosso Senhor Jezus Cristo
de mil SeteCentos eSetenta enove annos
e eu Gabriel Marcos Godinho Escrivaõ
220 da SobreditaProvedoria a escrevi.
Gabriel Marcos Godinho
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais no na extremidade esquerda do manuscrito.
104
Nº do documento/conjunto documental: 8
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, Ignácio José de Alvarenga Peixoto, à
Rainha, dando-lhe informações sobre a certidão do defunto Bento Coelho de Araújo e sobre a herança deixada
por ele.” (SEABRA, 2008, p. 21).
Local: Vila de São João.
Datação: 24 de agosto de 1799.
Autores/Subscritores: Ignácio José de Alvarenga Peixoto.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” – “Documento 32”.
Senhora
A pouca Concideraçaõ com q.’ peSsoas de
quazi ninhua intelligencia, Se aprezentaõ
p.a arrematarem os Oficios da Real Faz.da,
05 fiados na façilid.e com q’. se encontraõ fiado=
res a q.m a experiencia, da Sua Certa perdiçaõ
naõ tem acabado de dezenganar de todo,
me obriga a por na Prezença de V. Mag.e a
Certidaõ incluza, da qual Se vê tocar ao
10 defunto Bento Coelho de Araujo no ulti-
mo recenciam.to q’. se lhe fez com asiStençia
do Curador nomeado á Sua herança, a q.ta
de 5000 e tantos reis, e naõ tendo o d.o outros
bems algums, mais q’. os reditos do oficio q.’
15 Servio bastantes annos, era infalivel o alcan-
ce, q.’ athé o prez.te se lhe tem achado, nos an-
nos q.’ Se examinaraõ, e Constaõ da mesma
Certidaõ: por q.’ andando o Oficio em 1:000$...
por trienio, p.a V. Mag.e, e naõ podendo tocar ao
20 Thezour.o nem a metade da d.a q.ta nunca,
hé Certo o alcança do resto em cada arr.am,
e, Supposto q.’ pellos fiadores Se Segure a
Fazd.a de V. Mag.e, no q.’ V. Mag.e tem hũ in=
dizivel prejuizo, pella ruina dos Seos Vas-
25 sallos, q.’ inconcideradam.te Se perdem, e Com
elles os intereces Solidos da Real Fazd.a, e do
Estado: taõbem as testamentarias dativas,
´
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
105
e os bems em Ser, e Cred.os q.’ naõ vaõ ao Cofre
e de fora Se devem Cobrar pello Thezour.o,
30 Lá vaõ Sentindo hũa Lenta delapidaçaõ,
qd.o elle naõ tem outros bems de q.’ Suprir ás
neceSsarias despezas, por mais moderadas,
q.’ Sejaõ, Como as do defunto Thezour.o que
naõ vivia moderada, Sim probrem.te, e Com
35 tudo no decurso do Seu tempo, bastavaõ os
Donativos, com q.’ o Oficio não podia, p.a
lhe fazerẽ o alcançe, em q.’ Se acha
ConfirmaSse isto, da mesma Certidaõ jun-
ta, á vista do q.’ tocou ao actual Thezou-
40 r.o o Then.te Luis An.to da S.a, no Recenciam.to
ultimam.te remetido, q;’ Servindo desde
22 de outubro do anno paSsado lhe toca-
raõ no recenciam.to 218$ e tantos r.s, e naõ
tem havido no Seu tempo, mais q.’ as insig-
45 nificantes arrecadaçoins, q.’ constaõ da mesma Certidaõ.
Daqui claram.te Se infe-
re, q.’ o Oficio de Thezour.o dos auz.tes da
Com.ca do Rio das Mortes, attentas as insig-
nificantes arrecadaçoins, o trabalho, e aplica-
50 çaõ q.’ Careçe, e despezas neceSsarias, apenas
poderá Com o donativo de 300, athé 350$000,
e q.’ Se naõ pode nem deve arrematar, Senão
a peSsoa q.’ tenha bems Seos de q.’ Subsistir,
e nesta p.te todos os mais oficios da mesma
55 na-
106
natureza; porq.’ Como neceSsariam.te haõ de ma-
nejar Cred.os, e Cobranças, a bems, naõ os tendo
patrimoniais, saõ infaliveis os alcances, de q.’
os fiadores ignorantem.te ficaõ responsaveis,
60 por q.’ imaginando q.’ o Saõ ao donativo Som.te
o ficaõ sendo a tudo o mais, q’. Só o tempo pode
descubrir.
V. Mag.e Providenciará como
for servida. V.a de S. Joaõ 24 de Ag.to
65 de 1779
O Ouv.or da Com.ca do R.o
das Mortes Ignacio Joze Alvar.a
107
V.a de S. Joaõ d’El Rey
24 de Agosto de 1779
70 Do Ouvidor da Comarca do R.o das Mortes
Recebida em 4 de Setembro de 1720
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do manuscrito.
108
Nº do documento/conjunto documental: 9
Tipologia textual:
Assunto/resumo: “Carta de Martim Lopes Lobo de Saldanha (Governador e Capitão General da Capitania de
São Paulo, Presidente da Junta da Administração e Arrecadação da Real Fazenda) a Dom Antônio de Noronha,
Coronel, Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais, referente ao seqüestro dos bens de José
Alves de Maciel, por dívidas à Real Fazenda.” (SEABRA, 2008, p. 15-16).
Local: São Paulo.
Datação: 13 de fevereiro de 1779.
Autores/Subscritores: Martins Lopes Lobo de Saldanha.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 6”.
109
emais Senhores, que por serviço daSua Mag.e epor nos fazer mercê
35 sedignem mandar logo proceder contra o dito Joze Alves Maciel até
plena Satisfaçaõ dos dois contos dereis, que deixou de pagar, sem que obs=
tem quaesquer requerimentos, que intente de novo, para frustrar esta
diligencia; pois ainda, que selhe admitaõ no effeito devolutivo, naõ dé=
vem suspender os devidos termos da execuçaõ, de que só o poderá rele=
40 vár conhecimento em forma por onde mostre ter effectivamente pago nes=
ta Thezouraria Geral aimportancia do seu alcance.
Esperamos do conhecido zelo com que VEx.a emais Se=
nhores se empregaõ nos interesses da Real Fazenda abrevidade des=
ta remesa, que rogamos se effectue pelo Sargento Mór Joaquim
45 Manoel de Macedo, eVasconcellos, para irmos suprindo às avulta=
dissimas indespensaveis despezas, que actualmente nos vemos obri=
gados afazer com os Regimentos, que se achaõ nesta Capitania vindos
da Campanha do Sul.
110
Cap.nia S. Paulo 13 de Fev.ro 1779
Respond.a oVedor.
111
Nº do documento/conjunto documental: 10
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do governador de Angola, Dom Miguel Antônio de Mello, a Dom Rodrigo de Souza
Coutinho (Ministro de Ultramar), comunicando ter Álvares Maciel chegado de Cassange, onde fora com licença
de sua parte.” (SEABRA, 2008, p. 16).
Local: Luanda - Angola.
Datação: 07 de novembro de 1779.
Autores/Subscritores: Dom Miguel Antônio Mello.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - Documento 8”.
N. 113
Ill.mo e Ex.mo Senr
N
7 de 9.bro de 1779
05 Jozé Alvares Maciel chegou há poucos dias de Cassange
aonde foi com licença minha pelas couzas e para os fins
que a V. Ex.a referi no meu Officio Nº 98, e passando eu lo
go a tratar com elle sobre o modo de aproveitar o Ferro das
Minas deste Reino para satisfazer as Ordens de Sua
10 Magestade que V. Ex.a me participou por Avizos de 7 ede
11 de Outubro do anno passado, fiquei entendendo as cou
zas de que a V. Ex.a vou dár informaçaõ.
A jornada que fez o dito Maciel o constituio
em mais perfeito conhecimento do estado das couzas, e
15 por tanto veio a descobrir que a idea de estabelecer os tra
balhos em Calumbo era naõ só pouco vantajoza, mas a-
thé de maior despeza para a Real Fazenda e de mais
incerto proveito: 1º Por que será necessario transpor-
tar para odito sitio e de distancia consideravel a Pe=
20 dra Mineral. 2º Por que requererá obrigar os Negros
que mais uso tem de trabalhar o Ferro a mudarem
de habitaçaõ, e para lugar determinado couza aque
certamente se naõ sugietaraõ, e que dará cauza a de-
zertarem e a outras dezordens. 3º Por que em Ca-
25 lumbo naõ há agoas que possaõ ser trazidas de alguns
Engenhos como os dos Folles e Rodas, e semilhantes
se as circunstancias permettirem e fizerem parecer u-
til edidicar hũa Fabrica regular. 4º Por que as Ma-
deiras que se cortarem em Calumbo para a Fabrica, e
30 para o Carvaõ faraõ grande falta aos moradores do
ditio sitio, e aos desta Cidade que destas se aproveitaõ
_____________________________
Há um algarismo 3 (sublinhado e de outro punho) sobreposto a um 2 (sublinhado, original) no canto superior
esquerdo do manuscrito.
Há inscrição, de outro punho e tinta, de “1ª. Na”, em posição próxima do centro do manuscrito, ligeiramente à
direitra dele, à altura da linha 3.
112
para diversos uzos. Ora todos estes inconvenientes des-
aparecem no Sitio denominado Trombeta na Pro-
vincia da Ilhamba Jurisdicçaõ do Golungo, que dista
35 desta capital quatro dias de viagem, e hum das margens
do Rio Bengo a que por outro nome chamaõ Zenza de cer-
ta altura para cima, cuja Foz fica incomparavelmente
mais proxima a este Porto que a do Rio Guanza aonde es
ta Calumbo: 1º Por que na Ilhamba e no sitio acima
40 nomeado se encontra hum dos Montes, e o mais rico de-
que se tirava a Pedra para a Fabrica de Oeiras. 2º Por
que os Negros que mais se applicaõ ao Fabrico do Ferro
ali habitaõ. 3º Porque no dito sitio há bastantes le-
nhas, e agoas. 4º Finalmente por que o ár he incompa-
45 ravelmente mais sadio que o de Calumbo, e com pouca
differença do que se respira nesta Cidade. Nestes temos
combinadas todas as couzas que parecerão dignas de re-
flecçaõ, e exame, dezejando naõ perder tempo em nigo
cio taõ importante rezolvi que fosse dar principio a
50 obra assentando no seguinte:
Emprimeiro lugar, posto que os Fornos pe-
quenos naõ possaõ subministrar a mesma quantidade
de Ferro que os grandes a naõ serem multiplicados, com
tudo que este systema era preferivel ao do estabelecimen-
55 to de huma Fabrica Regular como as da Europa eaque
se fundou neste Reino na Nova Oeiras, por que huma
semilhante Fabrica requer para a sua conservaçaõ mui-
tos Officiaes de diversos Officios Mecanicos, que naõ só to-
talmente faltaõ prezentemente nesta Colonia, mas que
113
60 em todos os tempos será dificultozissimo que para ellas
venhaõ de Portugal, ou do Brazil, e muito mais que
possaõ rezistir á malignidade do Clima mui nocivo
e contrario á conservaçaõ da vida de Europeos e de A-
mericanos, principalmente vivendo no Sertaõ aonde
65 ao commum delles haõ de faltar muitas vezes as como-
didades indispensaveis para se conservarem saõs, ou
para se restabelecerem das molestias de que forem a-
tacados.
Em segundo lugar, que ainda resppondo
70 a remessa dos ditos Officiaes frequente ella naõ pode-
rá deixar de ser muito despendioza á Real Fazenda
e por tanto que contribuirá para augmentar o valor
do genero, que se deve procurar fique importando de-
pois de fabricado o menor preço possivel, para que com
75 vantagem entre no Commercio e possa encontrar em
Portugal e no Brazil facil e prompta venda.
Em terceiro lugar, que sendo sem duvida
os Folles proprios para os trabalhos de hũa Fabrica Re-
gular os que geralmente em todas as que o saõ setem
80 a doptado do anno de 1620 a esta parte fabricados
pelo modello cuja invençaõ se atribue a hum Bispo
de Bamberg dos quaes se encontra a descripçaõ e a Es-
tampa da Arte das Forjas, e Fornos de Ferro composta
pelo Marquez de Courtioron e por Monsieur Boucteu,
85 com tado os ditos Folles nem se podem fabricar neste
Reino por falta de Artifices, nem avirem de Portugal
Se poderaõ conservar nem o Seu uso se pode estabelecer
114
com a simplecidade de edeficio e de trabalho que convem
a doptar e seguir para instruir os Negros deste Continen-
90 te, cuja comprehençaõ he mui curta, e cujos costumes se-
oppoem ao estabelecimento de tudo quanto se lhes offe-
receu de novo por mais vantajozo que seja; por que humas
couzas desprezaõ por superstiçaõ, e de outras se afastaõ
por que os obriga a fadigas maiores e diversas da-
95 quellas aque andaõ acostumados.
Em quarto lugar, que avista destas circunstan-
cias e verdades era indispensavel hir Jozé Alvares Maciel
á Illamba construir alguns Fornos da capacidade con-
veniente para nelles se fabricar o Ferro com a ajuda dos
100 Folles communs cobertos de Atanade, levando por agora
dous Pedreiros, e hum Ferreiro com as necessarias Ferra-
mentas para fazerem o Forno, o Carvaõ, e cortarem o Ferro
em Barra depois de fundido, atrahindo os Negros da-
quellas vezinhanças / que todos se empregaõ em iguaes
105 trabalhos posto que pelo deffeituozo modo que V. Ex.a veria
na Estampa que lhe mandei com o meu Officio Nº 21/
a adoptarem outro methodo mais vantajozo por persu-
azaõ, e naõ por constrangimento convidando-os para
o ensino com docelidade e comprando-lhes o arratel de-
110 Ferro que elles forem extrahindo ou pelo seu modo, ou pe-
lo que lhe queremos introduzir a razaõ de vinte cinco reis
para o que mandei entregar ao dito Maciel seis Anco-
rotes de Geribita, e dés pessas ede Cré ordinario que saõ os ge-
neros com que se negocea commumente com os mesmos.
115 Povos, o que elles mais procuraõ e festejaõ, ficando na Rezo-
115
luçaõ de lhe hir remettendo maior provimento dos re-
feridos generos, ou de outro semilhantes do consumo des-
te Reino naõ só para a compra do Ferro, mas athé para
serem pagos de seus competentes jornaes os Sugeitos que
120 ajudarem e servirem na dita Fabrica, o que hé conforme
com a Justiça, e com as Ordens que Sua Magestade já deo,
por igual motivo no Avizo de 28 de Abril de 1768 co-
mo V. Ex.a o poderá notar nos Livros do Registo dessa Se-
cretaria de Estado.
125 Em quinto lugar, que visto o costume antiguis-
simo em que se achaõ os Povos da Ilhamba de aprovei-
tarem o Ferro das Minas que ali há, como acima disse
e mais amplamente o mostrei na Estampa remettida
com o meu Officio Nº 21 e de fabricarem com elle Enxa-
130 das, Machadinhas, Fouces, prizoens para Escravos aq’
chamaõ Libambos, e Barras do feitio e tamanho das
que a V. Ex.a remetti por a mostra, que hé mais que prova-
vel elles se sugeitem com gosto ás Liçoens que lhes vamos
dár e que adoptem o Serviço dos nossos Fornos e Folles
135 com preferencia ao seu methodo maiormente vendo
o maior lucro que se retira do nosso trabalho, e experi-
mentando a conveniencia de lhe ser o seu pago com
pontualidade e boa fé, assim como o Ferro que eles por
qual quer modo extrahirem, e nos quizerem vender
140 em Barra, sem os apartar das terras em que vivem,
e sem os constrangir a nos prestarem Serviço gratuito.
Em Sexto lugar, que naõ só convinha a dop-
tar o dito systema, mas que athé naõ poderá deixar
116
de ser muito contra o bom Serviço e Real Agrado de –
145 Sua Magestade espaçar por mais tempo a sua execuçaõ
sem embargo de naõ terem ainda chegado as Pedras de
Cadilho que Sua Magesade ordenou se remettessem
como V. Ex.a me fez saber pelo seu Avizo de 11 de Outu-
bro do anno proximo preterito; porquanto com inexplica-
150 vel alegria de meu espirito, e de todos os bons, se descobrirão
na Praia contigua ao Caes da Alfandega desta Cidade,
há poucos dias, entre diversos pedaços de Pedra de diffe-
rentes qualidades, cinco das que em outro tempo vieraõ
para a Fabrica de Oeiras, os quaes ou escaparaõ, ou So-
155 bejaraõ do diverso e mui improprio destino que lhes de-
raõ; por quanto o bocal do Poço da Mayanga com as di-
tas Pedras de Cadilho foi renovado, e dellas foraõ feitas igu-
almente algũas Pias pequenas que cercão o dito Poço.
A vista do que rezolvi aproveitar-me ja dos fragmentos
160 que nos restaõ ao menos para a construção de hum For-
no entre tanto que me naõ chega o Socorro que Sua
Magestade por sua alta Sabedoria foi Servida Man-
dar-me prometer, e que espero se repita em abundan-
cia, com frequencia, e sem demora, para o que imploro
165 os bons Officios de V. Ex.a e o exemplarissimo favor com
que seu bom zelo anima e promove tudo que pode ser
de utilidade ao Real Serviço de Nossa Augusta So-
berana.
Para reduzir a effeito as sobre ditas ideas
170 e realizar hum projecto taõ util á Fazenda de Sua Ma-
gestade, e á prosperidade desta Colonia, no qual pode V. Ex.a
117
certificar á Mesma Senhora que dezejo empregar
toda a minha industria, o meu Soldo que hé o unico
Cabedal que possuo, e athé a propria vida, estabeleci
175 por agora a Jozé Alvares Maciel / de acordo com os-
Deputados da Junta da Real Fazenda pelos motivos
que a V. Ex.a declarei no meu Officio Nº 98 / o ordenado
de quarenta mil reis por mez, / estipendio menos que
aquelle que receberaõ os Biscainhos que vieraõ para a-
180 Nova Oeiras no anno de 1768, merescendo-o elle maior
por sua maior sciencia e prestimo por que depois se lhe-
poderá augmentar / mandando-o como acima digo
para a Ilhamba a aproveitar as Minas daquelles
sitios, ensinar aos Negros hum methodo mais per-
185 feito de extrahirem o Ferro, e para lhes comprar todo o-
que elles lhe quizerem vender em Barra, dando-lhe
a Instrucçaõ de que remetto Copia, e expedindo ao-
Regente do Districto do Golungo as ordens de que
tambem envio a V. Ex.a o traslado. Outras mais am-
190 plas eque contenhaõ hum Directorio semilhante aos-
dos Indios do Brazil se fará necessario introduzir
com Approvaçaõ de Sua Magestade se as tentativas
a que se vai dar principio corresponderem como espe-
ro, e ardentissimamente dezejo eu, e dezejaõ todos os-
195 bons, á expectação em que ficamos, e do dito Directorio
enviarei a V. Ex.a o Plano em tempo opportuno. Por
agora nada mais posso dizer a V. Ex.a e concluo pedin-
do-lhe com a maior efficacia os Socorros que necessi=
to, e que totalmente me faltaõ neste desgraçado Pais -
118
200 por que sem elles absolutamente naõ poderei cum-
prir Ordens algũas de Sua Magestade por mais lu-
minozas que ellas sejaõ, e acabarei meus dias amar-
gurado de naõ ver fructo algum de minhas deligen-
cias.
205 Deos Guarde a V. Ex.a muitos annos. Saõ
Paulo d’Assumpçaõ de Loanda 7 de Novembro de-
1799,,
Ill.mo e Ex.mo Senr Dom Rodrigo
de Souza Coutinho.
210 P.S.
Os Editaes de que a V. Ex.a
falei no meu Officio Nº 98.
naõ os mandei affixar nos-
Prezidios e Destrictos por
215 me parecer mais vantajo-
zo o methodo que depois
da Conferencia que tive
com o Maciel adoptei co-
mo agora participo a –
220 VEx.a
Dom Miguel Antonio de Mello.
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
119
Nº do documento/conjunto documental: 11
Tipologia textual: Relatório.
Assunto/resumo: “Folha de despesas feita pelo Alferes Joaquim José da Silva Xavier, no comando da Patrulha
do Caminho Novo, no quarto trimestre (outubro, novembro e dezembro de 1781).” (SEABRA, 2008, p. 26).
Local: Vila Rica, Capitania de Minas Gerais.
Datação: 31 de dezembro de 1781.
Autores/Subscritores: Joaquim José da Silva Xavier.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 52”.
120
Nº do documento/conjunto documental: 12
Tipologia textual: Atestado de baixa militar.
Assunto/resumo: “Atestado de Baixa de Antônio Joaquim Machado do Regimento de Cavalaria (feito por
ordem de Dom Rodrigo José de Menezes – Governador Capitão General da Capitania de Minas Gerais), assinada
por Francisco de Paula Freite de Andrada (Tenente-Coronel Comandante do Regimento de Cavalaria da
Capitania de Minas Gerais).” (SEABRA, 2008, p. 15).
Local: Vila Rica.
Datação: 06 de setembro de 1783.
Autores/Subscritores: Francisco Freire de Paula.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 2”.
_____________________________
Há um selo, de papel, emforma de losango, branco, com as armas de Portugal, colado na extremidade inferior, à
direita, no manuscrito.
121
Nº do documento/conjunto documental: 13
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta de Francisco Gregório Pires Bandiera, Procurador da Fazenda de Sua
Majestade em Vila Rica, dirigida à Rainha, sobre Joaquim Silvério dos Reis (arrematante do Contrato das
Entradas da Capitania de Minas), denunciando irregularidades na cobrança do Contrato das Entradas e pedindo
que sejam reexaminados os livros do caixa, cobradores e administradores.” (SEABRA, 2008, p. 22).
Local: Vila Rica.
Datação: 12 de agosto de 1784.
Autores/Subscritores: Francisco Gregório Pires Bandeira.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 38”.
<Copia> Senhora
122
e fraude, e desvio que tem havido nesta Cobrança, em prejui-
zo da Rl Fazenda, eselhedaram asprovidencias declaradas
na dita Condiçaõ, eas mais que forem embeneficio da Fazenda
30 de Vosa Magestade que mandara o que for servida. Vila
R.a 12 d’ Agosto de 1784.
Despacho
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito..
123
Nº do documento/conjunto documental: 14
Tipologia textual: Relação de rendimento.
Assunto/resumo: “Relação do Rendimento do Contrato das Entradas dos anos 1782/83/84, de que foi rematante
Joaquim Silvério dos Reis. Ano de 1784.” (SEABRA, 2008, p. 18).
Local: Vila Rica (Provavelmente, já que aí ficava sede mineira da Junta da Real Fazenda).
Datação: 1784.
Autores/Subscritores: Não disponíveis.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 16”.
35 Rezumo
1782...........// 143:653$322½
1783...........// 156:987$332¾
1784...........// 195:598$598½
496:239$233¾
124
Nº do documento/conjunto documental: 15
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Resposta de Joaquim Silvério dos Reis ao Tenente-Coronel Carlos Jozé da Silva, às suas
determinações referentes à cobrança ou penhora de credores.” (SEABRA, 2008, p. 25).
Local: Paraibuna.
Datação: 18 de março de 1785.
Autores/Subscritores: Joaquim Silvério dos Reis.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 48”.
125
30 me fará vmCe logo a onrra de as as por na prezença
do Illm.o e Exm.o Snr.’ Gen.l
Fico p.a Ser a peSsoa de vmCe a quem
dez.o a mais vigoroza Saúde p.a ocazioins em que
poSsa mostrar o quanto prezo de Ser
35 De vmCe
Parajbuna 18 de
M.co de 1785
126
Nº do documento/conjunto documental: 16
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Comandante Manoel Carvalho da Cunha a José Álvares Maciel, referente a
informações pedidas sobre a retirada de madeiras da Fazenda do Distrito da Boa Morte.” (SEABRA, 2008, p.
19).
Local: Fazenda do Distrito da Boa Morte.
Datação: 04 de maio de 1785.
Autores/Subscritores: Manoel Carvalho da Cunha.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” – “Documento 21”.
127
Nº do documento/conjunto documental: 17
Tipologia textual: Relação de créditos e guias.
Assunto/resumo: “Relação de créditos e guias em poder de Joaquim Silvério dos Reis.” (SEABRA, 2008, p.
18).
Local: Ribeirão.
Datação: 06 de junho de 1785.
Autores/Subscritores: Joaquim Silvério dos Reis.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 17”.
128
10 Ribeiraõ 21 -
Junho 6 de 1785.
Rm dos
Creditos com que ficou o C.el Joaqm
Silverio dos Reys, importat.es
15 em R$ 387$750
129
Nº do documento/conjunto documental: 18
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de José Álvares Maciel ao Tenente-Coronel Carlos José da Silva, informando sobre
providências tomadas quanto à extração ilegal de madeiras em fazenda do Distrito da Boa Morte.” (SEABRA,
2008, p. 18).
Local: Vila Rica.
Datação: 11 de junho de 1785.
Autores/Subscritores: José Álvares Maciel.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 19”.
Em observancia do q’ V. M me determina em
carta de 30 do me findo, por ordẽ da Junta da R.l Fzd.a Man
dei aocomand.e do Destricto da Boa Morte, para q’ fosse a Fzd.a
05 do falecido Joaõ de Serqr.a se era certo que dos Matos, da mesma
fazd.a se tiravaõ Madr.as, ou se se cortavaõ Capoeiras, para al
gús serviços Mineraes. [espaço] este Me informa q’ o Sarg.ro Mor
Antonio Villela Frazaõ e seus socios estavaõ rossando as
Capoeiras da d.a Fzd.a, etirando Madeiras para andaimes, p.a
10 o Serviço de Minerao que compraraõ dos defuntos Franças, eque
Melhor conSta da informaçaõ junta do mesmo comand.e e he
bem certo q’ o d.o Villela, partem as Suas terras com as do mes
mo Serqr.a donde pode tirar as Mesmas capoeiras sem preju
dicar a 3r.o q’ tem Serviços da mesma Natureza p.a q’ as preciza.
130
V.a Rica 11 de Junho785
20 Recebida em 11 de Junho785
131
Nº do documento/conjunto documental: 19
Tipologia textual: Mandado de prisão.
Assunto/resumo: “Mandado de prisão passado pelo Dr. Thomaz Antônio Gonezag, do Desembargo de Sua
majestade, Ouvidor Geral e Corregedor da Comarca, Juiz dos Feitos e do Contencioso da Fazenda Real e
Deputado do Tribunal dela, na Capitania de Minas Gerais, a requerimento do Procurador da Coroa e Real
Fazenda (Francisco Gregório Pires Monteiro Bandeira) a prisão de Manoel Rodrigues Pacheco e Moraes, em
referência a dívida relativa a bens do falecido Luís da Fonseca Alvarenga – Vila Rica, 30/06/1795 – No mesmo
documento, está o Auto de Prisão, feito na Vila de São João D’Eel Rey, Comarca do Rio das Mortes, assinado
por Manoel Menezes de Almeida e Antônio José Simões Dias.” (SEABRA, 2008, p. 21).
Local: Vila Rica e Vila de São João.
Datação: 30 de junho de 1795 e 14 de novembro de 1795.
Autores/Subscritores: Visconde de Barbacena.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 33”.
D.or Gonza
35 Auto deprizaõ
132
DoRyo das mortes e Sendo ahy
em vertudedomandado Re
tro eSeu despacho xegou e
45 oMeirinho geral o Alferes An
ttonio Joze Simois Dias a pe
Soa do Doutor Manoel Ro
drigues Pacheco e o prendeu
e Recolheu acadeya desta
50 villa edebaixo de chave oem
tregou aoCarSareiro della
Manoel Alves de Almeida
que delle tomou emtregou
e Seobrigou as leis de fiel
55 CarSareiro a quem eu escri
vão notifiquei para que
onão soltaSse sem ordem
deJustiSsa penna da ley oque
prometeu fazer eaSignou
60 Com odito Meirinho eeu
Joze Luiz de Andrade escri
vaõ davara do Alcaide
que a escrevi
Manoel Menezes de Alm.da
65 Joze Simoes Dias
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais ns extremidade inferior direita do manuscrito.
133
Nº do documento/conjunto documental: 20
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Ignácio José de Alvarenga Peixoto a João Rodrigues de Macedo, solicitando
pagamento a Antônio, caixeiro do Capitão Antônio Ferreira.” (SEABRA, 2008, p. 26).
Local: Campanha. ???
Datação: 20 de setembro de 1786.
Autores/Subscritores: Ignácio José de Alvarenga Peixoto.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 51”.
134
S.r Joaõ Roiz’ de Macedo
Façame favor dar ao Antonio Caixr.o do
10 Cap.m An.to Ferr.a quarenta, e duas oitavas, e
ficareJ a vm.ce m.to obrigado. Campanha
20 de Setembro de 1786.
De vm.ce
Fl e S. obg.mo
Ignacio Joze de Alvar.a Px.to
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito
135
Nº do documento/conjunto documental: 21
Tipologia textual: Procuração.
Assunto/resumo: “Procuração passada pelo Doutor Ignácio de Alvarenga Peixoto e por sua mulher, Dona
Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira, a João Rodrigues de Macedo e ao Capitão Vicente Vieira da Motta,
para celebrar escritura de venda de fazenda, com benfeitorias, escravos e outros bens.” (SEABRA, 2008, p. 25).
Local: Vila de São João. ???
Datação: 20 de maio de 1787.
Autores/Subscritores: Bárbara Heliodora da Silveira e Ignácio José de Alvarenga Peixoto.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 49”.
136
Os poderes q’. o Direito nos Concede
25 V.a de S. Joaõ 20 de Mayo de 1787.
D. Barbara Eliodora Guilhermina da Silvr.a
Ignacio Joze de Alvar.a Px.to
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais no canto inferior direito do manuscrito.
137
Nº do documento/conjunto documental: 22
Tipologia textual: Provimento
Assunto/resumo: “Provimento de Thomaz Antônio Gonzaga, Desembargador, Ouvidor Geral e Corregedor da
Comarca, Juiz dos Feitos do Contencioso da Real Fazenda e Deputado do Tribubal da Junta da Capitania de
Minas Gerais, etc., referente à nomeação de José Fernandes Rosado para caixa e arrematante da cobrança de
provimentos.” (SEABRA, 2008, p. 25-26).
Local: Vila Rica.
Datação: 18 de julho de 1788.
Autores/Subscritores: Thomaz Antônio Gonzaga.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” – “Documento 50”.
138
Reg.do a f10 do 3º Ca-
derno de Reg.to de Provim.tos V.a R.a
40 18 de Julho de 1788.
Fran.co Joze de Carn.o VaL.es
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais no canto inferior direito do manuscrito.
139
Nº do documento/conjunto documental: 23
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Conde de Rezende (Vice-Rei e Capitão General de Mar e Terra do Brasil e
Presidente da Junta da Real Fazenda da mesma Capitania) ao Visconde de Barbacena (Governador e Capitão
General da Capitania de Minas Gerais, Presidente da Junta da Real Fazenda da mesma Capitania), relativa a
despesas com presos do Estado, de 31/05/1789 a 30/009/1789, a serem pagas, com urgência, pelo Visconde de
Barbacena. Relação anexa, especificando as despesas, períodos, preços e os nomes dos presos que se
encontravam na Fortaleza da Ilha das Cobras e no Castelo de Villegagnon. Documento assinado pelo escriturário
contador Joaquim Oliveira Durão.” (SEABRA, 2008, p. 25).
Local: Rio de Janeiro.
Datação: 14 de outubro de 1790.
Autores/Subscritores: Joaquim Oliveira Durão.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 47”.
140
Relaçaõ de Despezaque se tem feito com os Prezos de Esta-
30 do que vieraõ remetidos da Capita-
nia de Villa Rica.
1789 ||
Mayo // 31 A Roberto Roiz’ da Costa G.or do Cas
tello de S. Sebastiaõ a importancia das
35 Comedorias com que tem assistido ao Ca-
pitaõ Manoel Joaquim de Sá, desde
20. até 27 do corrente a razaõ de
400 rs p.r dia......................................// // // 3$200
<Junho..// 30> Ao dito como acima de 12 the 19
40 de Maio ...............................................// 3$200
Ao dito como acima de 28 de Mayo
the 4 do Corrente ................................// 3$200
Ao Ten.e C.el Jozé Montr.o de Macedo,
Gov.or da Fort.a da Ilha das Cobras para sa-
45 tisfazer aos Seguintes a Saber:
Ao Alferes Joaqm Jozé da S.a de 11_de
Mayo the 10_ do corrente ...// 12$000
Ao Dez.or Thomaz Antonio
Gonz.a de 6_a 10_do corrente...// 2$000
50 Ao Cor.el Ignacio Jozé de Alv.a de
7_ the 10 - .................................// 1$600
Ao Reverendo Vigario Carlos... id..1$600 17$200
or
A Roberto Roiz’ da Costa G. do Castello
de S. Sebastiaõ para Satisfazer a hum
55 Prezo de 5_the 12_do corrente...// 3$200
o or a
A Jozé Montr. de Macêdo Gov. da Fort. da
Ilha das Cobras, para satisfazer a 4 d.os de
11_the 20_do corrente ......................... 16$000
or
A Roberto Roiz’ da Costa Gov. do Castel-
60 lo de S. Sebastiaõ para Satisfazer a
hum dito de 13_a 20_do corrente // 3$200 46$000
49$200
141
Transporte.....................................................................// ....... / / ......... //..... 49$200
Julho 31 A Jozé Monteiro de Macêdo
65 G.or da Fort.a da Ilha das Cobras, para
Satisfazer as comedorias a 4_prezos
de 21_ a 30_ de Junho a 400rs p.r
dia a Saber
Ao Dez.or Thomaz Antonio Gonzaga // 4$000
70 Ao Cor.el Ignacio Jozé de Alvarenga...// 4$000
do o
Ao Rev. Vigr. Carlos Correa de Toledo...// 4$000
Ao Alferes Joaquim Joze .............// 4$000
Ao Sarg.to mor Roberto Roiz’ da Costa
para Satisfazer as comedorias ao Ca-
75 pitaõ Manoel Joaquim de Sá
de 21_a 28 de Junho ................. 3$200
or
A Jozé Monteiro de Macedo G.
da Fort.a da Ilha das Cobras para pa-
gar as comedorias a 4_prezos do 1º
80 a 8_do corrente .................................// 12$800
to
Ao Sarg. mor Roberto Roiz da Cos-
ta para Satisfazer as comedorias ao
Capitaõ Manoel Joaquim de Sá
de 29_de Junho the 6_do corr.e....// 3$200
85 A Jozé Monteiro de Macêdo para
Satisfazer a 4 prezos as comedorias
de 9 the 16 do corrente ................// 12$800
Ao Sargento mor Roberto Roiz’ da
Costa p.a satisfazer ao Cap.m Manoel
95 Joaquim de Sá, as comedorias de 7
a 14 do corrente ................................// 3$200
a
A Jozé Monteiro de Macedo p.
Satisfazer as comedorias a 4_prezos
de 17_a 24 do corrente .....................// 12$800
to a
100 Ao Sarg. mor Roberto Roiz’ da Costa p.
Satisfazer ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá as co-
medorias de 15_the 22 .................................// 3$200_______________________
67$200 49$200
142
Transporte .................................................................// 67$200 49$200
e el o
105 Julho // 31 Ao Ten. Cor. Jozé Montr. de Macêdo
G.or da Fortaleza da Ilha das Cobras
para satisfazer as comedorias a 4_
prezos de 25_ a 31 _ do Corrente ...// 11$200 78$400
or
Agosto // 31 A Roberto Roiz’ da Costa Gov. do
110 Castello de S. Sebastiaõ para pagar as
comedorias ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá de
23 a 30_ de Julho .......................................// 3$200
Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Macedo
para pagar como acima a 4 d.os que se
115 achaõ na Fort.a da Ilha das Cobras do
1º the 8 do corrente a s.er .............................//
Ao Dez.or Thomaz Antonio Gonzaga
a 400 rs p.r dia .................................. 3$200
Ao Cor.el Ignacio Jozé de Alva-
120 renga .........................................id. 3$200
do o a
Ao Rev. Vigr. Carlos Corr. de To-
ledo Pilar ..................................// 3$200
res
Ao Alf. Joaquim Jozé...........// 3$200 12$800
Ao Roberto Roiz’ da Costa para Satisfa-
125 zer a Manoel Joaquim de Sá as come-
dorias vencidas de 31_de Julho a 7_do
Corrente ................................................// 3$200
A Jozé Monteiro de Macedo para sa-
tisfazer a 4 prezos que se achaõ na For-
130 taleza da Ilha das Cobras as comedo-
rias de 9_ the 16_do corrente ..............// 12$800
or
A Roberto Roiz’ da Costa G. do Castello
de S Sebastiaõ para Satisfazer as que
Venceu Manoel Joaq.m de Sa de 8 a
135 15_do Corr.e ..............................................// 3$200
o
A Jozé Montr. de Macedo para satis-
fazer as que venceraõ 4 prezos que se achaõ na
Ilha das Cobras de 17_a 14 do corr.e ...........// 12$800_________________
48$000 127$600
143
140 Transporte ...................................................................// 48$000 127$600
or
Agosto // 31 // A Roberto Roiz’ da Costa Gov. do
Castello de S. Sebastiaõ para satisfa-
zer as comedorias a Manoel Joaq.m
de Sá de 16_a 24 do corrente.............// 3$200 51$200
e el o
145 <Setembro 30 //> Ao Ten. Cor. Joze Montr. de Mace-
do p.a Satisfazer as comedorias a 4 -
prezos na Ilha das Cobras de 25_
a 31 de Agosto a 400 rs p.r dia.. // 11$200
A Roberto Roiz’ da Costa para Sa-
150 tisfazer as mesmas ao Capitaõ Ma-
noel Joaquim de Sá, de 25 de Ag.to
the o 1º do corrente.............................// 3$200
A Jozé Monteiro de Macêdo para
Satisfazer a 4 ditos na Ilha das
155 Cobras do 1º_a 10_ do corr.e ...........// 16$000
A Roberto Roiz’ da Costa, para Satis-
fazer a 1_d.o que se acha no Castello, de
2_a 9_ do corr.e ................................// 3$200
o or
A Jozé Montr. de Macedo G. da
160 Fort.a da Ilha das Cobras p.a pagar a
4 d.os de 11_ a 20 ................................// 16$000
A Roberto Roiz’ da Costa para hum
d.o de 10_ a 17 ....................................// 3$200
A Jozé Monteiro de Macedo, para
165 4 d.os de 21_ a 30 .......................// 16$000
Ao dito para Satisfazer ao
Ten.e Cor.el Dom.os de Abreu .........// 3$000
Ao d.o p.a o Sarg.to mor Luis Vaez // 3$000
Ao d.o p.a o R.do Conego Luis Vr.a .. // 3$000
170 Ao d.o p.a o escravo Cypriano..... // $420
Ao d.o p.a hum d.o do do Ten.e Cor.el Do-
mingos de Abreu ............................// $420 25$840
a
A Roberto Roiz’ da Costa p. Satisfazer
as comedorias do Cap.m M.el Joaq.m de Sá
175 18_a 25 do corrente ........................// 3$200 81$840
260$640
144
Transporte ............................................................................................................... 260$640
Outubro 31 // Ao Sargto mor Roberto Roiz’ da Costa
para Satisfazer as comedorias ao Cap.m
180 Manoel Joaq.m de Sá de 25 de Setem-
bro a 3 do Corrente .........................// 3$200
e el
Ao Ten. Cor. Jozé Monteiro de Macedo
G.or da Fortaleza da Ilha das Cobras para
diversos prezos com varios Vencimentos. // 25$200
185 Ao Governador do Castello Roberto Roiz’
da Costa para satisfazer as comedorias ao
Cap.m Manoel Joaq.m de Sá, de 4_ a 11_ do
Corrente ................................................// 3$200
o o
Ao d. da Ilha das Cobras Jozé Montr.
190 de Macedo para Satisfazer as mesmas
a diversos prezos de 9_ a 24 do corr.e....// 54$080
o
A d. do Castello Roberto Roiz’ da Costa
para satisfazer as mesmas ao Capitaõ
Mel Joaquim de Sá de 12_ a 27_ do cor-
195 rente ...................................................// 6$400
m
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo, as comedo-
rias que venceu Jozé Alvares Maciel, pre-
zo no Villagalhon de 25 a 29 ................// 2$000 94$080
or a
Novembro 30// Ao G. da Fort. da Ilha das Cobras
200 Jozé Monteiro de Macêdo Ramos para
Satisfazer as comedorias a diversos d.os no
mez de Outubro .............................// 27$820
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para Sa-
tisfazer a Jozé Alz’ Maciel vencidas de
205 30_ de Outubro a 3_ do Corrente....// 2$000
A Roberto Roiz’ da Costa para Satis-
fazer as mesmas ao Capitaõ Manoel
Joaquim de Sá, vencidas de 28_de Ou-
tubro a 4_ do Corrente ........................// 3$200____________________
210 33$020 354$720
145
Transporte ........................................................................................... 33$020 354$720
Novembro // 30 Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo
para Satisfazer a Jozé Alz’ Maci-
el prezo no Villagalhon de 4 até
215 8 do Corrente ........................................// 2$000
Ao G.or da Ilha das Cobras Jozé
Montr.o de Macedo p.a Satisfazer
a diversos d.os do 1º the 8_ do corr.e......// 31$200
Ao Cap.m Joaõ Luiz Bernardo, para
220 Satisfazer a Jozé Alz’ Maciel, pre-
zo no Villagalhon de 9_ a 13_ do cor-
rente ......................................................// 2$000
A Roberto Roiz’ da Costa, para
Satisfazer ao Capm Manoel Joaq.m
225 de Sá as comedorias de 5_ a 12_
do corrente .........................................// 3$200
A Jozé Monteiro de Macedo Go-
vernador da Ilha das Cobras, para
satisfazer a diversos Prezos de 9_ a
230 16_ do Corrente ..............................// 30$300
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo pa-
ra Satisfazer a Jozé Alvz’ Maciel
prezo no Villagalhon de 14 a 23 // 4$000
A Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do
235 Castello para Satisfazer a Mano-
el Joaquim de Sá as comedorias
Vencidas de 13_ a 20_ do corrente// 3$200
A Jozé Monteiro de Macedo Go-
vernador da Ilha das Cobras, pa-
240 ra diversos Prezos das comedorias
de 17_ a 30 _ do corrente .............// 52$080 161$000
_____________
515$720
146
Transporte .......................................................................... 515$720
Dezembro 31/ Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo
245 para satisfazer as comedorias a Jozé
Alz’ Maciel prezo no Villagalhon
de 24 a 28 de Novembro .................// 2$000
or
A Roberto Roiz’ da Costa Gov. do Cas-
tello de S Sebastiaõ p.a satisfazer ao
250 Capitaõ Manoel Joaq.m de Sá, prezo
no d.o Castello de 21_ a 28_ de Nobr.o // 3$200
A Jozé Montr.o de Macedo, para
diversos prezos na Ilha das Cobras
Vencidas do 1º a 8 do corrente ...........// 29$760
255 Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, pa-
ra Satisfazer as comedorias a Jozé
Alz’ Maciel, prezo no Villagalhon
Vencidas de 4_ a 8_ do corrente.........// 2$000
ao dito para satisfazer as ditas a Jo-
260 zé Alz’ Maciel, de 29_ de Novembro
a 3_ do corrente ..............................// 2$000
or
A Roberto Roiz’ da Costa G. do Cas-
tello, para Satisfazer as Comedorias do
Cap.m Manoel Joaquim de Sá, de
270 29_ de Novembro the 6 do corrente..// $200
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer a Jozé Alvz’ Maciel prezo
no Villagalhon de 9_ a 13_ do corr.e... // 2$000
Ao Ten.e Cor.el Jozé Monteiro de Ma-
275 cedo G.or da Ilha das Cobras para di-
versos Prezos, Vencidas de 9_ a 16_ do
Corr.e ..............................................// 29$760
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para sa-
tisfazer a Jozé Alz’ Maciel de 14 a 18
280 do Corrente ........................................// 2$000
Ao Como acima de 19_ a 23_ ...........// 2$000_______________
77$920 515$720
147
Transporte ............................................................// ............ 77$920 515$720
148
Transporte ................................................................................ 37$360 657$840
or
Janeiro. // 31 // A Roberto Roiz’ da Costa G. do
Castello de S Seb.am p.a satisfazer as co-
315 medorias ao Capitaõ Manoel Joa-
q.m de Sá prezo no d.o Castello do 1º a
7 de Corre ..................................................// 2$800
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer as d.os a Jozé Alz’ Maciel
320 de 8_ a 12 _ .............................................// 2$000
A Joze Montr.o de Macedo G.or da
Ilha das Cobras p.a satisfazer a diversos
d.os de 9 a 16 ............................................// 29$760
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo p.a Sa-
325 tisfazer a d.a a Joze Alz’ Maciel de
13 _ the 17 ................................................// 2$000
A Joze Montr.o de Macedo G.or da
Ilha das Cobras p.a pagar a diversos de
tos de 17_ the 24 ....................................// 29$760
330 Ao Capm Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer a Jozé Alz’ Maciel de
18_ a 27 ...................................................// 4$000
A Jozé Monteiro de Macedo G.or da
Ilha das Cobras p.a satisfazer a diver-
335 sos d.os de 15_ a 31_ ............................// 26$040 133$720
or
Fevereiro // 28 // A Roberto Roiz’ da Costa, G. do
Castello p.a satisfazer as comedorias
ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá de 8_ the
15 de Janeiro .......................................// 3$200
340 Ao d.o como acima de 16_ a 28 do d.o // 5$200
Ao Capm Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer a Jozé Alz’ Maciel prezo
no Villagalhon de 28_ de Janr.o the
2 do Corrente ....................................// 2$400____________________
345 10$800 791$560
149
Transporte .............................................................................// 10$800 791$560
m
Fever.º...// 28 Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo as
Comedorias que Venceu o Cap.m Ma-
noel Joaquim de Sá de 29_ de
350 Janr.o the 2 do corrente .................................// 2$000
o or
A Jozé Montr. de Macedo G. da
Ilha das Cobras para Satisfazer
a diversos d.os do 1º a 8 do corrente ...// 29$460
m a
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo p.
355 Satisfazer a Jozé Alz’ Maciel e Ma-
noel Joaq.m de Sá prezos no Villaga-
lhon as comedorias vencidas de 13
a 17 do Corr.e ........................................// 12$000
o or
A Jozé Montr. de Macedo G.
360 da Ilha das Cobras p.a satisfazer
as d.as a diversos d.os de 9_ a 16_ do corr.e// 29$280
Ao Capitaõ Joaõ Luis Bernardo
p.a as de Joze Alz’ Maciel e Ma-
noel Joaq.m de Sá de 16_ a 22_ do
365 Corr.e ...................................................// 4$000
A Jozé Montr.o de Macedo Gov.or da
Ilha das Cobras p.a pagar a diversos
d.os de 17_ a 28 ............................................// 43$920 131$460
Março // 31 // Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo
370 para Satisfazer as comedorias a
2 prezos no Villagalhon de 23_ a
27_ de Fevereiro ........................................// 4$000
os o
Ao dito para os d. de 28 de Fever.
a 4_ do Corrente .........................................// 4$000
o
375 A Jozé Montr. de Macedo para
diversos ditos na Ilha das Cobras
do 1º a 8 do Corrente ..........................// 29$280
m a
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo p.
2 d.os no Villagalhon de 5 a 9_ do corr.e // 4$000______________________
380 41$280 223$020
150
Transporte ................................................................................// 41$280 923$020
o or
Março // 31 // Ao Jozé Montr. de Macedo Gov.
da Ilha das Cobras p.a Satisfazer a
diversos prezos de 9_ a 16 ........................// 28$880
385 Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, para
2 d.os no Villagalhon de 10_ a 14 .............// 4$000
os
Ao dito para 3 d. com diversos Ven-
cimentos the 19_ do corr.e ........................// 5$600
o
A Jozé Montr. de Macedo para os
390 da Ilha das Cobras de 17_ a 24 ...............// 25$080
A Joaõ Luis Bernardo p.a 3 d.os no
Villagalhon de 20_ a 24 ..........................// 6$000 111$840
Abril.. // 30 // Ao dito como acima de 25_ a 29.
de M.ço ..................................................// 6$000
ço
395 Ao dito como acima de 30_ de M.
a 3_ do Corr.e ......................................// 6$000
o or
A Jozé Montr. de Macedo Gov. da
Ilha das Cobras p.a Satisfazer a diversos
d.os de 25_ a 31_ de Março ...............// 22$820
400 Ao dito como acima do 1º the 8_ do
Corrente ..............................................// 26$680
m
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer aos que se achaõ no Villaga-
lhon Vencidas de 4_ a 13_ do corrente 12$000
405 Ao Jozé Monteiro de Macedo, para os
da Ilha das Cobras fr 9_ a 16 do corr.e ...... 29$280
Ao Cap.m João Luis Bernardo, para
Satisfazer aos do Villagalhon de 14_a
23_ co Corrente .............................// 12$000
or
410 A Jozé Monteiro de Macedo G. da
Ilha das Cobras para Satisfazer aos que
Se achaõ na dita Ilha de 17_ a 24 do
Corr.e ...........................................// 29$280___________________
144$060 1:034$860
151
415 Transporte ................................................................................... 144$060 1:034$860
m
Abril.. // 30 // Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo
para Satisfazer as comedorias
a diversos prezos que se achaõ no
Villagalhon de 24 a 28 do corr.e 6$000 150$060
m
420 Maio...// 31 // Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo
como acima de 29 de Abril a
3_ do corr.e .....................................// 6$000
o or
A Jozé Montr. de Macedo Gov. da
Ilha das Cobras para Satisfazer a
425 diversos d.os de 25_ a 30_ de Abril..// 21$960
m
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer aos que se achaõ no Villaga-
lhon de 4_ the 8_ do corrente ...............// 6$000
A Joze Monteiro de Macedo, para
430 Satisfazer aos que se achaõ na Ilha
das Cobras, vencidas do 1º a 8 do corr.e..// 29$280
m
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo, para
os de Villagalhon de 9_ a 13_ do corr.e // 6$000
or
A Jozé Monteiro de Macedo G.
435 da Ilha das Cobras p.a os que se achaõ
na d.a Ilha de 9 a 16. do corr.e ..............// 29$280
m a
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo p.
os de Villagalhon de 14 a 18 .................// 6$000
o
A d. como acima de 19_ a 23 ..............// 6$000
o a
440 A Jozé Montr. de Macedo p. os da
Ilha as Cobras de 17_ a 24 ...................// 29$280
m
Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo para
os de Villagalhon de 24 a 28 ................// 6$000
o a
A Jozé Montr. de Macedo p. os da
445 Ilha das Cobras de 25_ a 31 ................// 25$620 171$420
1:356$340
152
Transporte .......................................................// ....................// ..................// 1:356$340
Junho...// 30 // Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para Sa-
tisfazer as comedorias a 3 prezos que
450 se achaõ na Fort.a de Villagalhon de 29_
de Maio the 2_ do Corr.e ........................// 6$000
Ao dito Como acima de 3_ a 7 do corr.e 8$300
o or
A Jozé Montr. de Macedo Gov. da Ilha
das Cobras para satisfazer a diversos dos
455 1° a 8_ do corrente ..................................// 32$920
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer aos que se achaõ na do Villa-
galhon de 18_ a 12_ do Corr.e ..............// 7$100
o a
A Joze Montr. de Macedo p. os que
460 se achaõ na Ilha das Cobras de 9_ a
16_ do Corr.e .......................................// 32$000
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para
Satisfazer as comedorias a diversos pre-
zos no Villagalhon de 13 a 17 de corr.e 6$300
465 Ao dito como acima de 18_ a 22 ..........// 6$300
A Jozé Monteiro de Macedo para os q.’
se achaõ na da Ilha das Cobras de 17_
the 24_ do d.o ......................................// 32$000
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, para
470 os de Villagalhon de 23_ a 27_ do d.o .// 6$300
A Jozé Monteiro de Macedo, para
os da Ilha das Cobras, de 25. a 30_ do
dito ........................................................// 24$000 161$220
m
Julho // 31 // Ao Cap. Joaõ Luis Bernardo para
475 satisfazer a diversos d.os que se achaõ na For-
t.a do Villagalhon de 28_ de Junho the 2 do
corrente .................................................// 6$300
A Joze Montr.o de Macedo para pagar como aci-
ma do 1º the 8_ do Corr.e ...................// 32$000____________
480 38$300 1:517$560
153
Transporte ............................................................................// 38$300 // 1:517$560
m
Julho // 31 // Ao Cap Joaõ Luis Bernardo
para Satisfazer as comedorias a di-
versos prezos que se achaõ no Villaga-
490 lhon de 3_ the 7_ do corrente .....................// 6$300
Ao dito p.a os d.os de 8_ the 12_ do corr.e.// 6$300
or
A Jozé Monteiro de Macedo Gov. da
Ilha das Cobras para Satisfazer as co-
medorias a diversos d.os de 9_ the 16......// 32$000
495 Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para
os da do Villagalhon de 13_ the 17_ do
Corr.e ........................................................// 6$300
os e
Ao dito para os d. de 18_ the 22 do corr. // 6$300
a
da Ilha das Cobras p. satisfazer a di-
500 versos d.os de 17_ thé 24. do corr.e..// 32$000
m
Ao Cap. João Luis Bernardo, pa-
ra satisfazer as comedorias a diversos
ditos que Se achaõ no Villagalhon de
23_ the 27_ do corr.e ......................// 6$300
o or
505 A Jozé Montr. de Macedo Gov. da
Ilha das Cobras para Satisfazer aos
ditos as Comedorias vencidas de 25 a
31_ do Corr.e ....................................// 28$000 161$800
Agosto..31// Ao Cap.m Elias Fran.co da S.a Bitancourt
510 G.or da Fort.a do Villagalhon as comedori-
as com que assistio a diversos ditos de
28_ de Julho the o 1º do corrente ......// 6$300
or
A Jozé Monteiro de Macedo G. da
Ilha das Cobras p.a pagar como acima
515 d 1° the 8_ do Corrente ....................// 32$000__________________
38$300 1:679$360
154
Transporte ...................................................................................... 38$300 1:679$360
Agosto // 31 // Ao Cap.m Elias Franc.o da S.a Bitan-
court G.or da Fort.a de Villagalhon as co-
medorias com que assitio a diversos Pre-
520 zos na d.a Fort.a de 2 the 6_ do Corr.e // 6$300
o
Ao d. para pagar como acima de
6_ the 11_ do corrente ..........................// 6$300
Ao Ten.e Cor.el Jozé Monteiro de Ma-
cedo G.or da Ilha das Cobras para pa-
525 gar como acima de 9_ the 16_ do d.o...// 32$000
Ao Cap.m Elias Francisco da S.a Bitan-
court G.or do Villagalhon p.a pagar
como acima de 11_ the 16_ do corr.e ....// 6$300
e el o
Ao Ten. Cor. Joze Montr. de Macedo
530 para pagar as comedorias dos d.os que se
achaõ na Ilha das Cobras, de 17_ the
24 do corrente ............................................// 32$000
m o a
Ao Cap. Elias Franc. da S. Bitancourt
para pagar como acima de 17_ the 21 // 6$300
o a
535 A d. p. pagar como acima de 21_ the
26 do d.o ......................................................// 6$300
e el o
Ao Ten. Cor. Jozé Montr. de Macedo
G.or da Ilha das Cobras p.a pagar como
acima de 25_ the 31 ..................................// 28$000. 161$800
m a
540 Setembro 30 // Ao Cap Elias Francisco da S. Bi-
tancourt G.or do Villagalhon p.a Satisfazer
a varios prezos as comedorias de 27_ the
31 de Ag.to ................................................// 6$300
o os
Ao d. para os d. como acima de 1° a 5 do
545 Corrente ....................................................// 6$300
o or a
A Jozé Montr. de Macedo G. da Fort.
da Ilha das Cobras para pagar como
acima do 1º the 8 do corrente ..............// 32$000____________
44$600 1:841$160
155
550 Transporte ............................................................................ 44$600 1:841$160
m o a
Setembro // 30 // Ao Cap. Elias Franc. da S. Bi-
tancute, G.or da Fort.a do Villagalhon
p.a pagar as comedorias aos prezos q.’
se achaõ na d.a Fort.a vencidas de 6
555 a 10 ...................................................... 6$300
Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Ma-
cedo G.or da Ilha das Cobras para
pagar como acima de 9_ a 16 do
Corrente ............................................ 32$000
560 Ao Cap.m Elias Fran.co da S.a Bitan-
cur G.or do Villagalhon para pagar co-
mo acima de 11_ a 15 ....................... 6$300
Ao Tene Cor.el Jozé Montr.o de Macedo
G.or da Ilha das Cobras para pagar co-
565 mo acima de 17_ a 24 .......................// 32$000
Ao Cap.m Elias Fran.co da Silva Bi-
tancurt G.or de Villagalhon p.a pagar
como acima de 16_ the 20 ................// 6$300
Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Mace-
570 do G.or da Ilha das Cobras, para pa-
gar como acima de 25 a 30 .......... id.. 24$000
A Cap.m Elias Francisco da S.a Bi-
tancurt G.or da Fort.a de Villagalhon
para pagar como acima de 21_ the
575 25_ do corrente ..............................// 6$300 157$800_
1:998$960_
156
16 de Outubro de 1790
Recebida em
157
Nº do documento/conjunto documental: 24
Tipologia textual: Carta
Assunto/resumo: “Termo da Junta em 12 de março de 1791 sobre as entradas registradas e não registradas por
Joaquim Silvério dos Reis.” (SEABRA, 2008, p. 22).
Local: Mariana.
Datação: 12/03/1791
Autores/Subscritores: Não identificados nos sinais públicos.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 34”.
158
Conta tirada dos Livros do Contratador
40 das Entradas Joaquim Silverio dos Reis =
159
Termo da Junta em 12 de Março
de 1791
160
dos Reis vejo, que este Contracto rendeo a avul
tada quantia de 496.239$233 r.s por Conta do
55 qual tem o mesmo Cobrado ate o fim de Agosto
de 1784. 133:923$720, e dese dia ate hoje a
qoantia de 117:938$562, que tudo fas a soma
total de 251:842$282.
Este Contractador arrematou este Contracto
60 por 355:612$000 r.s e tem pago a Real Fazen-
da ate hoje 182:848$281. Vindo a restar pa-
ra Completar o preso total 172:763$719. rs
Pela Condisaõ quarta he obrigado este Con-
tractador a aprezenar os Livros do Seu Contrac-
65 to quando pela Junta lhe fose determinado,
para pela mesma Se reconhecer o estado do Seu
Contracto.
Pela mesma Condisaõ he obrigado fazer to-
da a Sua escripturasaõ nos ditos livros, fazen-
70 do neles os asentos necesarios, e devidos.
Pela mesma condisaõ he obrigado a entrar
de tres em tres mezes na Thezouraria Geral com
todas as Cobransas, que fizer para que não ha-
ja desvio algum dos Cabedaes do Contracto,
75 devendo estar pago todo o Contracto no ano
de 1785.
A tudo isto faltou este Contratador. Primei-
ramente requerendo eu por obrigaçaõ do meu
oficio em 3 de Marso de 1789., que apresenta-
80 se a Conta do seu Contracto, depois de repetidas
ordens da Junta, a que não obedeceo, se lhe apre-
henderaõ os Livros, e Se fes o prezente exame neles
pasados quaze dous anos por Conhecer talvês ne-
les a falta, que havia de Escripturasaõ.
85 Em Segundo Lugar
161
Lugar, ainda que Se não mostro do exame a falta
de escripurasaõ, Com tudo por averiguasoins que te-
nho feito, eSe for preciso requeiro, que Se fasaõ jude-
cialmente tenho conhecido a falta de abonos de infe-
90 ridos Creditos ja Cobrados, e pagar pelos devedores, Sem
teremos Seus devidos abonos, de quantias avulta-
das; taes São entre muitas as de Domingos Pires
Armonde da quantia de 3:538$000: o de Ma-
noel Fernandes de Azevedo de 1:254$000: o de
95 Manoel Fernandes Marques de 1:378@000: de
Joze Pinto Madureira de 500$000: de Francisco
Manuel Romão de 19:155$000: de Joaõ Baptista
Pinheiro de 870$000: de Manuel Francisco de
Andrade de 1:314$000: de Custodio Ferreira Du-
100 arte de 5:000$000: e outros muitos, de que naõ
tenho Cabal Certeza, mas Consta me estarem pa-
gos, huns com Creditos resgatados, outros com reci-
bos de maõ, Sem se acharem abonados, talvês para,
que quando houvesse este exame, Se mostrar, que
105 se avia muito por cobrar, e Com que pagar á Real
Fazenda, quando realmente tudo, ou quaze tudo es-
ta cobrado.
Acresce a tudo isto outra fraude, que este Contrac-
tador fes em prejuizo da Real Fazenda, que hera
110 pagar aos Seus Credores Com os direitos das En-
tradas, ja fazendo lhes meter fazendas em nome dos
proprios Credores, Como Sucedeo com Antonio Gomes
Barrozo, do que procede a divida de 11:581$000,
e com outros como mostro da Carta junta por mim
115 rubricada, ja fazendo meter fazenda em nome de-
le proprio Contratador, Constituindo-se devedor a
si proprio, e pagando-se os pasadores das Suas di-
vidas nos direitos, que a mesma fazenda devia pa-
gar donde procede a avultada quantia, que Se
162
120 Se declara na Conta dever a Si mesmo, da quantia de
40:258$000. naõ tendo ele Contractador ja nesse tempo
loja alguma, em que pudesse Consumir eses gene-
ros, que pasaraõ.
Finalmente devendo o mesmo Contractador ter
125 entrado Com toda a Cobransa, que Se mostra feita,
que he da de 257:872$282. tem So entrado com a quan-
tia de 182:818$281. Vindo a ter em si a quantia de
68:991$001. alem da outra, que Se naõ acha es-
cripturada como asima mostrei, mas Cobrada: acres-
130 cendo a tudo isto, que no fim do ano de 1785 já de-
veria estar pago este Contracto na forma de Sua Con-
disaõ se pelo Contrario ainda hoje está devendo a a-
vultada quantia de 172:763$719.
A fraude, e dolo deste Contractador me he Conhe-
135 cida desde 12 de Agosto de 1784, em que repre-
zentei isto mesmo a esta Junta Como se vê da Co-
pia do requerimento, que então fis, que junta ofe-
reso por mim aSsinada, que merecendo a atensaõ
da Junta para mandar pasar as ordens necesarias
140 a naõ mereceo a quem as havia de asinar, Como
Consta do Livro do registo das mesmas, e do meu
rquerimento que se acha na Secretaria desta
Junta
Tudo isto pede huma promtissima providencia,
145 ehuma exacta observancia das Condisoins deste
Contractador. Assim o requeiro.
[Sinal público]
Macedo.
17[ilegível]
163
Nº do documento/conjunto documental: 25
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Vicente Vieira da Motta a João Rodrigues de Macedo, informando sobre seus
esforços em busca de riquezas para a Coroa Portuguesa e, também, sobre seus infortúnios. Pedia, ainda, que lhe
fossem enviados bens de consumo e recursos para aliviar seu sofrimento, em seu exílio.” (SEABRA, 2008, p.
15).
Local: Castelo.
Datação: 18 de maio de 1792.
Autores/Subscritores: Vicente Vieira da Motta.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 3”.
[ilegível]
r
S. Joaõ Roiz’ de Macedo
_____________________________
Há a inscrição “981 51 / M 990”, no canto superior esquerdo do manuscrito, “981 51 / M 990”, de outro punho, a
lápis, de catalogação, provavelmente feita, no século XX, por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de
Minas Gerais.
164
Botecudo, faça húa Succied.e com os Am.os de Ant.o
Pr.a evejaSeopodereduzir a hirem Lá trabalhar q.’
25 Negros, naõ faltarão, ebembaratos, Livres de Dezo=
brigas, e Enterros, que os Vigarios Lá saõ de Carid.e
Falemos serio a Deos
r
S. Joaõ Roiz’. de Macedo, até o dia do Juizo, Lá nos-
veremos, eajustaremos as noSsas Contas, já q.’ me-
30 naõ daõ Lugar a fazelo, avista doque demo las p.r
Justas, Comi, bebi, e vesti na Sua Caza, verdade
hé q’ sahy mais pobre do q.’ nela entrei, mas vm.ce
naõ tem aculpa, a m.a má vida, os meus pecados,
eamaõ do Omnipot.e D.s metirou p.r Sem.e meyo
35 ele Sabe p.r q. Louvo ao S.r estou m.to Satisf.to,
vou Conhesendo modanSa em mim, ecomo
indaestou m.to impuro, vou naquele Ard.e Clima
purificarme, a ver Se poso Chegar aosquilates
p.a o Que o Ceo me destina, Rogolhe me re
40 Comende a D.s eaSua May Santicima, q.’ me So=
corra, eSista comaSua Devina Grasa p.a chegar
á vida Eterna.
o Cap.m Antonio Ribr.o do
165
Do Avelar, medeleite com algum dr.o eo Cap.m Ant.o
45 Joze da Costa Barboza, Com algúa Roupa em Carta
Separada direi oq.to p.a rogar avm.ce pelo Amor de D.s
lhe mande pagar naõ por divida q.’ vm.ce nada medeve
q~. seliquidasemos contas, ou as podese Liquidar, an-
daria a Receita pela despz.a mas por esmola, ejuntam.e
50 atendendo á m.a disgrasa, emizeria áq. mevejo re-
duzido pelas mesmas vias mandarme algum
Socorro, alem de Ser esmola, Será mais Sublime a-
Sua Virtude. [espaço] Naõ fará reparo naõ
ter abonos nama Conta, que como vivi Sem conta
55 numca tive Conta, ejulgo m.to pouco ounada me
poderá dever. O S.r Seja louvado.
Sealguem Sequeixar eu lhe deva
ainda pela m.a onrra pagando que pouco pode ter
ao Barrozo, e o Ten.e Luiz da S.a ao [ilegível] o Seu Oiro
60 q.’ me deuaguardar p. [ilegível] entrou na Cx.a eLanSei em sua
Conta p.r como pode verdo Lº 1º e [ilegível] tinha hua L,ça
a CobranSa dos Soldos dos Cad.s f.os de D.na Anna Fr.ca
ultimo, e penultimo pagm.to de q’ paSei r.os ao Cap.m Br.a
166
e deste oiro que Cobrey, edo q.’ me deu aguardar
65 o Prexo, hé que emprestei ao S.r Ant.o X.er da S.a
econsta de hum Cr.o de 300 rs q.’ me paSsou a q.m tambem
devo húa peq.na parcela, ao Prexo oq.’ ele diSer, Se naõ
apareser a Lembr.ca elherrogo pelas Chagas de Jezus
Cristo lhesaptisfasa, e a todos.
70 Hum Gradim que tinha em
prestado ao Vahia, M da DanSa, Dourado per.te
a Luiz Pinto, este na m.a prizaõ meaSistio com 60$000.
eo Lado com outros [ilgível] $00 rs [ilegível] me diSe o Cap.m da Guarda
Ca naõ dezejo tenhaõ prejuizo. Naõ medaõ
75 tp. p. mais, recomendome a todos em Geral, e ao P.e
o a
80 DeVm
o r
Am. Serto V
167
Nº do documento/conjunto documental: 26
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Vicente Vieira da Mota ao Sr. João Rodrigues de Macedo, informando sobre a
piedade da Rainha com relação a inconfidentes e informando sobre sua viagem de degredo a Moçambique e
sobre como foram ele e seus companheiros ali recebidos”. (SEABRA, 2008, p. 17).
Local: Moçambique (Provavelmente, da cidade de Rio de Sena).
Datação: 20/08/1792.
Autores/Subscritores: Vicente Vieira da Mota.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 11”.
_____________________________
Há a inscrição “981 51 / M 991”, no canto superior esquerdo do manuscrito, de outro punho, a lápis, de catalogação,
provavelmente feita, no século XX, por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
168
Com a mesma Liveral Grandeza da Sua Clemencia, deq.’ Participarão
unicam.e os delinquentes. [espaço] Eu, eosmais, q.’ meacompanharaõ.
naõ encontramos mais q.’ o incomodo da Violencia, efaltadeprevençaõ, edo nesces.o
Q’ Senosdesem lugar, acada hum ajustar as nossas contas, edeixarmos em=
35 Melhor ordem os nossos p.ars teriamos por felecid.e overmonos Livres deSse
Inferno de Minnas, q.’ naverd.e eu o reputo por verdadr.o digredo, ejâ.
á m.to tempo eu apetecia verme delas fora, eprotesto perante o Supremo
Tribunal Caya Sobre q.m hé Cauza dos meus trab.os responder pelos
Danos q.’ Seseguirem, Amim, eaos meus proximos, dosprejuizos
40 que Seseguirem, cauzados com a m.a auz.ca pois numca pensei, que
houvese deprejudicar pessoa algua, q.’ hé o q.’ mais Sinto.
Sempre me queixarei do S.r Visconde, que
podendo valerme comjustissa, mostrou quererme perder, emnegarme
húa aTestaçaõ q.’ Selhepedio, do q.’ eu lhetinha comonicado, por=
45 ventura pedia coiza q.’ naõ tivesse Sido Verd.e? [espaço] Sememandase
a Atestaçaõ, Sertam.e por forza me Soltavaõ, ecomela justeficava ter
Sido fiel e Leal Vassalo. [espaço] Tambem mequeixarei do S.r
Manit. enaõ passo amais, pornaõ romper e emos desprepozitar, aque
mepode provocar, a paixaõ com q.’ meacho punido Sem culpas, q.’
50 as naõ tenho.
Do Rio deJanr.o escrevi avm.ce naõ Sey
o q.’ por estar omeu discurso pouco livre, Cartas remetidas por via do –
Cap.m Avelar, edo Cap.m Antonio Joze de Costa Barboza; [espaço] Devo Supor
q.’ vm.ce cumpriria o q.’ nelas detreminava, eq.’ medezempenharia prontam.e
55 naSaptisfasaõ aos mesmos, do Suprimento q.’ mefizeraõ, q. emtal Situação, So=
Coracoeñs cheyos de bond.e e Caridade, mepodiaõ Valer, emal de mim Senão trousece
esse Socorro enaõ fosse por eles recomendado. [espaço] Tambem estou agradecido
ao Cap.m Bras Carn.o Leaõ, ao Cap.m Joaô Fran.co da S.a eSouza, e a Geraldo Brum
169
Os quaes por Sua devoção, merecomendaraõ ao Cap;m eoutras m.tas pesoas
60 q.’ ignoro, quefizeraõ desterrar o Orror daqueles Nauticos, enos tratarão
com Carid.e e Respeito. [espaço] Naõ tivemos o mayor incomodo
na Viagem, eSem Sustos Chegamos a esta Cid.e com 20 dias de viagem,
fomos recebidos com Onrra, o Gonzaga como esta no Seu Destino, ficou
em sua liverd.e eDegredado em Caza do Ouv.or da Comarca, Eu eo Cor.el
65 Joze Apr.o recolhidos á Cadeya, comtoda a liverd.e eestimaçaõ, em Salas
da Camera, Vezitados dos principaes daterra, egeralm.e dos Comerciantes
Gentios, eesperamos que Saya p.a a India o Navio, q.’ nos Conduzio, p.a requerer =
mos a Cid.e por Omenage, que Senos há de conceder, té irmos p.a os noSsos
destinos, ecomo o Gonzaga, está com os mayor.es Cred.os eobsequiado Geralm.e
70 nos tem Servido dem.to o qual hé Onrrado, Const.e eam.o [espaço] A Cidade
hé mayor q.’ Mariana, Os Edeficios domesticos, magnificos, pois devizo desta
prizaõ Cazas, iguaes asdeVm.ce e dizem q.’ destas, há m.tas e geralm.e pouco menores
as mais, e esta Cadeya, e Caza do Senado, como inda naõ vi outra no Brazil,
esó lhe poderá exeder ado R.o [espaço] Emq.to ao Clima, naõ encontro
75 o q.’ SeOrroriza nas vagas not.as; mais duentio hé o R.o em.tos Lugares deSsas
Min.s [espaço] Tenho dado copia de mim, e dam.a Chegada, irei dizendo
o q.’ mais Semeofreser. Lembrese demim, encomendeme a D.s q.’ o G.e
por m.s a.s Mosambique 20 de Agosto de1792
De VM
170
Nº do documento/conjunto documental: 27
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Vicente Vieira da Mota ao Sr. João Rodrigues de Macedo, reclamando de
desamparo, pedindo se lhe remetam seus bens e informando sobre a possibilidade de enriquecimento em
Moçambique, informando sobre preços de mercadorias, sobre mercadores ingleses e franceses, etc.” (SEABRA,
2008, p. 23).
Local: Moçambique.
Datação: 23/08/1792.
Autores/Subscritores: Vicente Vieira da Mota.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 39”.
_____________________________
Há uma inscrição “981 51 / M 992”, no canto superior esquerdo do manuscrito,, de outro punho, a lápis, de
catalogação, provavelmente feita, no século XX, por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas
Gerais.
171
25 Sesarei deconfesar deverlhe esta obrigaçaõ,[espaço] Devo
Supor seterá vm.ce mandado embolsar, como lhe roguei
eque alem diso, meterâ feito remesa aos mesmos, do que
me dever pela conta, q.’ lhe mandei, p.a estes meremeterem
nos generos que lhe peso, p.a poder tratar dam.a vida, que
30 a terraconvida, enaõ hé taõ ruim como sepinta eSe=
[ilegível] a q.m tivese dezambaraso, e quiseze dar bx.a evîr p.a m.a Cp.a
com ese pouco q.’ trouse, eo que espero receber devm.ceEm p.te
nenhúa do mundo, há meyos de enrriqueser como nesta
terra tratandose verd.e opezar q.^ tenho, hé de naõ ter
35 esse Conhecim.to q.do era mais moSso, o Serto hé q.’ está esta
precioza pedra no poder de Ignorantes, q.^ eriquecem,
sem Saber como, eque mal Se aproveita das utilid.es Saõ
Gentios de Dio, que são os Negociantes, e q.^ metem As =
Fazendas da Judia, Os Francezes, e Inglezes, q.^levaõ
40 pa Suas Ilhas de França e Mauricias, todos os Annos
pa Sima de 60 Negros, emetem aqui de CaxasapeSsima,
aSucar negro, mais de 2000 cruzados, e empatacas,
eoutras redicolarias, deixaõ mais de 600 Cruzados. Sendo
q.’ a terra pr.alme todo o Rio de Sena, produz tanta Cana
45 de aSucar, e taõ grd.e eperfeita, q.’ Seouvese q.m fabricase
denada Secarecia. [espaço] Fomos recebidos, Sem o [ilegível]
por Conhecer o Sr. Min.o e ter na tt.a o S.r Gen.al do levedenoSsas
Culpas, temos Sido obsequiados, etalvez, q.’ achemos
_____________________________
As abreviaturas, palavras e expressões “bx.a” (L. 31), “m.a Cp.a” (L. 31), “Em p.te” (L. 32), “mundo” (L. 33),
“tratandose” (L. 34), “caxasapeSsima” (L. 41), “e empatacas” (L. 42), “Sem o [ilegível]” (L. 46) e “levedenoSsas”
(L. 47) estão sublinhadas, a lápis, no original, resultado provável de tentativa de transcrição feita no século XX.
172
Que achemos felecid.e em as nossas Disgrasas, o Dr. Gonzg.a
50 está no Seu Destino, e fará utilid.e pelas Suas Letras.
Eu, e o Cor.el Joze Ayres vamos p.a os nossos Distritos abrir
aSento, e logo tomamos, e talvez fiquemos nesta Capi=
tal, como nos fizer melhor conta, etemos tratado
de Sucied.e porq.^ ouSão os moradores Sold.os Ou nego=
55 ciantes p.a a terra firme, e m.tos portos, e prezidios da –
Coroa p.a India, terras Francezas, Inglezas, Olandez.as
e Mouras, e [ilegível], e talvez q.^ Searme hum Eng.o
e Sesefizer, naõ Secarese de outro Neg.o pois que bas-
ta dizer lhe q.’ húa Garrafa de Caxasa, fedurenta
60 pesima noultimo porto, Custa 200 r.s eado Brazil 400-
o Asucar preto 150 e 200 r.s a l.a e o do Brazil 400 r.s, eaeste
Respt.o veja vm.ce o q.’ Será o mais. [espaço] Eu já comprei
húm Moleque bruto p.r 7$000 r.s de 10 a.s Joze Ap.o outro
pr 80 rs eo Gonzaga hum ladino p.r 200rs Lindos
65 ao mesmo tp.o q’ molecoeñs pessas, de embarque, Com
compraõ nos os Francezes e Inglezes, a 40 e500rs e faslhe
conta levalloz, e os ladinos em pt.e nenhúa tem mayor
valor, tomara eu cá os meus moleques, q’ bemfalta
mefazem eSeosquizese vender o faria por preço
70 q.’ nessas Min.s [espaço] Devo Supor q.’ Vm.e naõ deixa-
raõ virem talvez nem a m.a roupa, e q’ materá remetido a
_____________________________
As abreviaturas, palavras e expressões “Distritos” (L. 51), “ouSaão” (L. 54), “Em p.te” (L. 32), “10 a.s” (L. 63),
“Ap.o” (L. 64), “200rs” (L. 64) e “40 e500rs” (L. 66) estão sublinhadas, a lápis, no original, resultado provável de
tentativa de transcrição feita no século XX. A palavra “Mouras” (L. 57) está precedida de um “x”, escrito, também,
a lápis.
173
75 a Antonio Ribeiro do Avelar, e as m.as Cx.as e Cama pa este
me enviar, e todos os meus papeis, inda q.’ Sejaõ Sujos e tudo
o que for meo, eSee posa transportar, e rogolhe q’ Selembre
de mim, Lembrandose de q.^ lhe emprestei p.a hir p.a Palácio
4 Lençoes de babados e 2 Trabisr.os ou fronhas de babados.
80 Eu naõ escrevo ao Joaq.m Sevm.ce vé q’.
ele está emconceito, e Capacid.e enaõ temdesmerecido ofer
tolle ovir p.a m.a Comp.a eadeaSeitar, alcanselle Lx.a
aSeitalhe como neceSsar.o eentregue os meus dois moleques
p.a me trazer, remetendoo ao Avelar p.a lheprocuar pa-
85 Sage em o Navio q.’ pase, e com o mayor comodo que
em eu tendo vida pode fazer fortuna, e Seesse morrer
Sempre Se aproveitará, eqd.o naõ Suceda aSim, Cuan-
[ilegível] os meus negros forros do q.’ Sirvaõ aoutro, [ilegível]
o fugido q.’ esse concinto Sevenda [espaço] Recomen-
90 dome ao P.e Joaq.m Joze Marqs e a todos os q.’ me forem
aterra por outravia verei a todos eavm.ce a q.m
DesejoSaude e q.’ D.s o G.e por m.s a.s Mosambq.e
23 de Agosto de 1792 DeVM
M. atento V.r
to
174
100 MoSambique 20 deAg.to de1792
_____________________________
Logo após “DoSñr Vicente Vr.a da Motta” há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
175
Nº do documento/conjunto documental: 28
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Juiz Ordinário, Francisco João Ribeiro, à Rainha, Dona Maria I, sobre
procedimentos contra o inconfidente João Dias da Mota.” (SEABRA, 2008, p. 20).
Local: Vila de Queluz.
Datação: 17 de novembro de 1793.
Autores/Subscritores: Visconde de Barbacena.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 27”
Senhóra
_____________________________
Na margem lateral direita do manuscrito, há a inscrição “332/027”, a lápis,de outro punho, feita, provavelmente, no
século XX, por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, em processo de catalogação dos
manuscritos.
176
Nº do documento/conjunto documental: 29
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta, em nome de Dona Maria I, Rainha de Portugal, etc., passada pelo Visconde de
Barbacena, Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais, ao Juiz Ordinári o da Real Vila de
Queluz, com mandados contra o réu inconfidente João Dias da Mota.” (SEABRA, 2008, p. 19).
Local: Vila Rica.
Datação: 08 de maio de 1793.
Autores/Subscritores: Visconde de Barbacena.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 22”
Visconde de Barbacena
_____________________________
Na margem lateral direita do manuscrito, há a inscrição “981 51 / M 886”, a lápis, de outro punho, feita,
provavelmente, no século XX, por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, em processo
de catalogação dos manuscritos.
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
177
Nº do documento/conjunto documental: 30
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Juiz Ordinário, Francisco João Ribeiro, à Rainha, Dona Maria I, sobre
procedimentos contra o inconfidente João Dias da Mota.” (SEABRA, 2008, p. 20).
Local: Vila de Queluz.
Datação: 02 de junho de 1793.
Autores/Subscritores: Francisco João Ribeiro.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 28”
Senhora
O Juis ordin.o
Fran.co João Rib.o
_____________________________
Entre a data (“2. de Junho de 1793”) e a expressão “O Juis ordin.o” há a inscrição “981 51 / M 983”, a lápis,de utro
punho, feita, provavelmente, no século XX, por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais,
em processo de catalogação dos manuscritos.
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior eaquerda do
manuscrito.
178
15 V. de Queluz 2 de Junho de 1793
Do Juis ordinario
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade esquerda do manuscrito.
179
Nº do documento/conjunto documental: 31
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Recibo enviado ao Juiz Ordinário da Vila de Queluz.” (SEABRA, 2008, p. 20).
Local: Vila Rica.
Datação: 18 de junho de 1793.
Autores/Subscritores: Visconde de Barbacena.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 29”
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
180
V.ª deQueluz 2deJunho1793
DoJuisorrinario
181
Nº do documento/conjunto documental: 32
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta de Joaquim Silvério dos Reis (arrematante do Contrato de Entradas),
representado por Carlos José da Silva, à Rainha (Dona Maria I), referente à denúncia da Inconfidência Mineira,
com despachos de 21/08/1793 e de 13/11/1793”. ((SEABRA, 2008, p. 21).
Local: Vila Rica.
Datação: 24 de julho de 1793.
Autores/Subscritores: Joaquim Silvério dos Reis/Carlos José da Silva.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 31”
<Copia>
Reprezenta a Vossa Mag.de o Coronel Joaq.m Silverio dos Reys
que achamdose nesta Capitania adeministando o Comtrato das entra
das deque foi Rematante, e Caixa neste tempo Setramou, eurdio hu
05 ma Comjuraçaõ Comtra a Real Coroa, elegitimo domenio de Vossa
Magestade, eSendo oSup.te para amesma Comvidado pellos Com-
jurados foi logo denunciada ao Ill.mo Ex.mo Governador, e Cap.am
General para previnir eatalhar aquella Rebeliaõ; foi omesmo
Ex.mo General Servido por bem dadeligencia mandar oSup.e
10 para a Capital do Rio de Janr.o Com Carta de oficio para o
Ill.mo e Ex.mo Vice Rei do Estado, eeste por bem do Serviso de V.
Magistade mandou oSup.te prezo para a Ilha das Cobras a
onde esteve aquelle tempo precizo athe Seralizar averdade
daSua denuncia; conhecida esta foi lhe dada aCidade, do R.o
15 de Janeiro por omenagem, talves para estar pronto para as
percizas averiguacoens que foce neSsesarias emtam grave ne-
gocio; por Cauza daSua prizaõ edetençaõ SeSsou o Suplican-
te deagitar e promover as Suas Cobranças; epor Com sequencia
anaõ poder Comtinuar Com ospagamentos aReal Fazd.a de
20 Cuja falta Resultou oprocederçe aSequestro emtodos os Seus bens
e detodos os Seus fiadores Sendo igoal mente Suquestradra a-
fazenda denominada aCaveira, legitima doSuplicante, epe-
Ssuida medida e demarCada Comtitulos Regios, tem oSupl.te
agora. Agora not.a que aCamera da Villa de Barbacena
25 lhe repartira toda ao Povo daquela Villa atitulo de logrado
res damesma, eComo este procedimento he tam alheio deboa
Rezaõ por naõ ter prometido ozurpase o alheio Contra a=
vontade deSeu dono, equanto mais escamdo lozo Sefas este
atantado Sabendo aquela Camera que amesma Fazenda
30 sachava Suqres trada pella Real Fazenda de V. Mag.de
aquém o Sup.te Roga apronta providencia mandado que a dita
Camera logo faça despagar todos os mordores que mal
182
Mal e indevida mente emtrixiraõ nadita fazenda ponto amesma
no antigo estado emque Se achara visto anulidade deste desputismo,
35 enaõ Ser o Sup.te para elle ouvido nem Citado eSer a Real Faz.da
de Vossa Mag.de amais prejudicada = E R. M. = Haja vista ao
D.or Proc.or daFazenda = V.a R.a 24 = de Julho de 1793 = Com qua
tro Rubricas = Deve imformar a Camera respectiva hindo
lhe por Copia este Requirim.to eSsatisfeito responderei = Com
40 a Rubrica do D.or Proc.or da Coroa = Passe ordem a Camera
respectiva para imformar naforma da resposta = V.a R.a
21 de Agosto de 1793 = Com Cinco Rubricas = Naõ tem
lugar este requerimento por este meio avista das informacoens
eresposta = Villa = Rica = 13 = de Novembro de 1793
45 Comquatro Rubricas
Estáconforme
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
183
Nº do documento/conjunto documental: 33
Tipologia textual: Requerimento.
Assunto/resumo: “Requerimento à Rainha, pedindo-lhe para ordenar ao Ouvidor da Comarca de Sabará, José A.
de Morais, a apresentação dos créditos em seu poder, pertencentes a Joaquim Silvério dos Reis e a outros
credores. - No mesmo documento: Deferimento da Rainha.” (SEABRA, 2008, p. 18).
Local: Vila Rica.
Datação: setembro/outubro de 1793.
Autores/Subscritores: Autor desconhecido.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 18”
Senhora
P. a V. Magestade Se digne ex
20 pedir Ordem ao D.r Ouv.or do
Sabará, pa. fazer apprehensaõ
em todos os d.os Cred.os, e o maes
q’ Se achar pertencente ao Sup.e
em poder do Supd.o//
25 E R M.
<Requeiro, sepasse
Ordem ao D.r Ou-
vidor da Com.Ca do
Sabará, pa q’ pro=
30 ceda aSequestro
naõ só no Credito,
deq’ Se trata, mas
emtodos, e quaes
qr ouotros, q’ seve=
35 rifique perten=
cerem a Joaquim
Sylverio dos Reys,
eq’ aSsim executa=
do remeta tudo
40 aesta Junta.>
[Sinal público]
184
Passouseordem a 5 deOutubro de1793
185
Nº do documento/conjunto documental: 34
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Padre Francisco Vidal de Barbosa ao Capitão Juiz Ordinário Alexandre Peixoto,
referente a imóvel comprado por seu irmão, José Vidal de Barbosa, e relacionando os bens confiscados a Dom
Vidal de Barbosa.” (SEABRA, 2008, p. 17).
Local: Juiz de Fora.
Datação: 14 de novembro de 1793.
Autores/Subscritores: Padre Francisco Vidal de Barbosa
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 13”
186
Nº do documento/conjunto documental: 35
Tipologia textual: Recibo.
Assunto/resumo: “Recibo assinado por Narcizo José Bandiera, sobre documentos referentes aos inconfidentes.”
(SEABRA, 2008, p. 20).
Local: Vila Rica.
Datação: 29 de novembro de 1793.
Autores/Subscritores: Narcizo José Bandeira.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 30”
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
187
Nº do documento/conjunto documental: 36
Tipologia textual: Instrução.
Assunto/resumo: “Instruções do governador de Angola, Dom Miguel Antônio de Mello, a José Álvares Maciel,
relativas ao aproveitamento do ferro em Angola.” (SEABRA, 2008, p. 16).
Local: [São Paulo da Assunção de] Loanda.
Datação: 04 de novembro de 1799.
Autores/Subscritores: José da Silva Costa (copista do manuscrito).
Localização em Seabra (2008): “CD 1 – Século XVIII” – “Documento 9”.
_____________________________
Há um algarismo 2, sublinhado (2) à esquerda, na margem superior do manuscrito, feita, a lápis, por outro punho e,
provavelmente, no século XX, em esforço para organização de fólios de conjuntos documentais manuscritos.
188
maneira, lhe me participar, e Ordenar oSeguinte.
Encaminhar-se-ha vm.e logo que esta
receber á Provincia da Ilhamba, e ao Sitio de nomi-
30 nado Trombeta que fica na Jurisdiçaõ do Gollun-
go a companhado pelos dous Pedreiros, e hum Fe-
rreiro que com suas competentes Ferramentas man
dei aprontar, e no dito Sitio, ou em outro vezinho
e que mais proximo ficar as Minas de Ferro, em o
35 rio Bengo fará vm.e construir alguns Fornos
de capacidade conveniente para nelles se fun-
dir o dito Metal, servindo-se para este effeito das
Pedras de Cadilho que por grande fortuna há
poucos dias aqui Se acharaõ, restos das que para
40 igual fim ou em outros tempo vieraõ, mas a que
foi dado bem deveria, e muito improprio destino.
O fogo dos ditos Fornos fará vm.e soprar por Folles
com muns deque também leva agora provimento
em quanto naõ se lhe apronte maior, pelas ra-
45 zoens que ponderamos, e que a Sua Magestade vaõ
ser prezentes.
Edeficar o Forno ou Fornos que seraõ
tantos quantos vm.e poder estabelecer, efazer trabalhar,
procurará vm.e aproveitar o Mineral fundindo-o
50 pelo melhor modo que as circunstancias per mettirem,
enSinando aos Negros que em semilhantes tra-
_____________________________
A palavra “Trombeta” (L. 30) está sublinhada, a lápis, provavelmente resultado de leitura e marcação feita no século
XX ou no início do século XXI.
O trecho “restos das que para” (L. 39) está sublinhado, a lápis, no manuscrito. Trata-se, provavelmente, de marca
feita por leitor do manuscrito no século XX.
189
balhos se empregaõ hum methodo mais proveitozo,
que o que elles conhecem e naõ para igual ef-
feito; proporcionando as Liçoens ás suas capacidades,
55 a trahido-os para o ensino, e para as tarefas
para que vm.e neceSsitar de sua ajuda com
muita brandura; pagando-lhes com regula-
ridade competentes jornaes segundo os estillos da
terra; e comprando-lhes todo o Ferro que elles
60 em Barra fundirem, eaVm.ce entregarem por
preço de vinte e cinco reis o arratel.
Para as ditas compras, e
pagamento dejornaes receberá Vm.e com esta seis
ancorotes de Geribita, e das Peças de Cre, que vaõ
65 importando as primeiras no valor de outo mil e
duzentos reis, e as segundas na de dous mil outo cen-
tos e cincoenta reis, cada hua Peça grossa, e as finas
aSette mil reis. Destes generos que saõ os que vm.e
me pedio, e na quantidade que merequereo, ou
70 de outros semilhantes, e do Consumo ordinario dos
Povos deste Continente farei a vm.e remetter maior
porçaõ segundo os avizos que vm.e me fizer, e da
Receita e Despeza fará vm.e lembrança, e me
hira remettendo todos os mezes hum Balanço,
75 aSsim como do Ferro que obrar; ou com-
prar para de tudo sefazer exacta escripturaçam
nos Livros competentes da Junta da Real
190
Fazenda.
Se vm.e neceSsitar de mais alguns Artefices,
80 ou de outros socorros alem dos que as circunstancias
desta Colonia permittem agora dar a Vm.e pa
ra os trabalhos que vm.e vai estabelecer, e deregir
com Sua participaçam lhe farei aprontar; e re
metter todos com amaior brevidade poSsivel
85 sem me poupar nem a fadigas nem adeligencias
algumas das que possaõ contribuir para hum
fim taõ util, e tão dezejado como o que a Vm.e esta
commettido, eque espero desempenhe com feleci-
dade e credito das suas luzes; e doSeu zelo.
90 Para sustentaçaõ de Vm.e em
consequencia das Ordens de Sua Magestade tenho
Determinado que o Thezoureiro Geral da Junta
da Real Fazenda pague a Vm.e em cada hum mez
quarenta mil reis entregando-lhe logo tres adi-
95 antados, e os Jornaes dos Artefices que a Vm.e acom-
panhaõ seraõ satisfeitos pelo Inspector do Real
Trem que aVm.e por seu Procurador os manda-
rá entregar cobrando competente recibo para
sua descarga.
100 E como para os Negros se affeiço-
em ao trabalho, e ajudem aVm.e nas suas tentativas
hé neceSsario sejaõ favorecidos, vm.e verá pela Carta
incluza da data desta que escrevo ao Regente
191
do Gollungo as Providencias que dou, entretanto que
105 se adquiram maiores conhecimentos das outras ma-
is amplas que depois da Fabrica estabelecida pe-
lo methodo ao qual as circunstancias do Paiz e
genio dos mesmos Povos / será neceSsario e útil
estabelecer e Ordenar.
110 O Ferro todo que vm.e for a
purando deverá m.e remetermo para esta Ca-
pital navegado pelo Bengo, e a acompanhado
de Factura que indique a quantidade de dar re-
remeSsas, e a forma em que elle vier, derigindo-o
115 ao Cabo da Barra para elle o fazer da Fos do
dito Rio transportar para os Armazens Re-
aes nas embarcaçoens que diariamente ali
vaõ buscar agora, e ouotros generos para provi-
mento desta Cidade.
120 Acerca de Canoas para o
transporte do Ferro para a Barra do Bengo
Vm.e averiguará o numero das que existem, e
me fará avizo do que descobrir mais facil, ema-
is vantajozo á Real Fazenda sem que seja mo-
125 lesto aos particulares.
Dezejo que vm.e muito nas
boas horas comece a empreza que lhe encarrego,
e espero ver della muito em breve sazonados fru-
ctos, dos quaes Vm.e recolherá os proveitos, porquan-
192
130 to para mim nada mais quero doque a gloria
de por a caminho hua obra de tanta importan
cia para esta Colonia, e para o Serviço de Nos-
sa Augusta Soberana.
Deos Guarde aVm.e Saõ
135 Paulo da Assumpçaõ de Loanda quatro de No
vembro demilSetecentos noventa enove = Dom
Miguel Antonio de Mello = P. S. = AGeri-
bita somente importa cada Ancorote de vinte
cinco Canadas Setemil equinhentos reis; porque
140 omais he custo da Vazilha, e para que se naõ mul-
tiplique adespeza dellas torne Vm.e a mandar
me por via do Cabo da Barra do Bengo no que
se forem despejando.
Recomendo a Vm.e vá concluin-
145 do a Memoria que tem principiado do que obser-
vou na viagem que fez a Cassange, em
pregando para este fim as horas que tiver desimpedidas de
outros cuidados, e pode Vm.e hir me mandando
os Seus Rascunhos porque como Sou leitor de
150 más letras cá os farei por em limpo competen-
temente afim de a enviar á Real Prezença
com outras que me deraõ Paulo Miz, e Frey
Raymundo de Dicomano doque viraõ por
outros Sitios, para com ajuda de Semilhan-
165 tes es criptos Sua Magestade ser informada
193
do estado desta Colonia, do que ella hé, e do
que pode valer = Senhor Jozé Alvares Ma-
ciel. = Joze da Silva Costa.
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
194
Nº do documento/conjunto documental: 37
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta do Governador de Angola, Dom Miguel Antônio de Mello, endereçada ao
Regente de Gollungo (Pedro Muzzi de Barros), avisando sobre a ida de José Álvares Maciel a Illamba, para
estabelecer fornos destinados ao aproveitamento do ferro.” (SEABRA, 2008, p. 16).
Local: Luanda – Angola.
Datação: 04 de novembro de 1799.
Autores/Subscritores: José da Silva Costa (copista do documento).
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” – “Documento 10”.
<Copia>
Jozé Alvares Maciel vai por Ordem de Sua Ma-
gestade estabelecer na Provincia da Illamba al-
guns Fornos para aproveitar o Ferro das Minas que
05 nella há e ensinar aos Povos que ahi habitaõ hú
methodo mais facil do que que aquelle que conhecem epra-
ticão para igual effeito. Tambem vai encarregado de
comprar aos mesmos Povos todo o Ferro que elles fun-
direm em Barra, evm. deve ficar na intelligencia
10 que este negocio he muito recomendado por Sua Mages-
tade eque avm” toca auxiliar oditto Maciel por to-
ds os modos licitos para que consigua desempenhar
a ComiSsão deque o emcarreguei. Elle fará a vm ver
a Instrussaõ que lhe dirigi, ealém della cumpre aos Re-
15 al Serviço epozetivamente Ordeno avm pratique ose-
guinte.
Primeiramente fará vm saber atodos os Negro da Illam-
ba, eaos mais desse Destricto, que todo aquelle que servir
nos Menisterios para que o dito Maciel ochamar receberá
20 desua mão nofim decada Semana ocompetente jornal
segundo o estado commum daterra, epago com os ge
_____________________________
Há o algarismo 1 (sublinhado), na linha 1, de outro punho, inserido, provavelmente, no século XX, por
colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
As palavras/expressões “Jozé Alvares Maciel” (L. 2) e “ Maciel por” (L. 11) estão sublinhadas, a lápis, no original.
195
neros que costumaõ ter entre os mesmos Povos consumo.
EmSegundo lugar, que o ditto Maciel pagará cada hu-
ma libra de Ferro em Barra opreço de 25 reis, eque
25 por tanto todo oque elles fundirem lhos poderaõ e deve
raõ entregar / sem com tudo os constrangir aisso por
meios violentos / eimmediatamente será cada hum pa-
go pelo preço ditto daquantidade de Ferro que vender.
Em terceiro lugar, que Eu mando fiquem izentos de
30 servir de carregadores, e dequaesquer outros Serviços, to-
dos aquelles que ouServirem na Fabrica que o ditto Ma
ciel vai estabelecer, ou empregarem por qualquer modo
no aproveitamento do Ferro para lho venderem, eisso fará
com que aSsim secumpra, punindo toda aviolencia ou
35 acçaõ que possa disgostar osmesmos Povos com amaior
severidade Determinando que todas as pessoas desse Dis-
tricto aSsim oscumpraõ, eremettendo-me prezos todos os
perturbadores da Paz, etodos os desobedientes ás dittas Or-
dens.
40 Em quarto lugar, aneñhum Preto podera ser tirada
couza alguma que poSsua debaixo de qualquer pretex-
to que Seja contra sua vontade, nem ainda por-
_____________________________
O sobrenome “Maciel” (L. 2) está sublinhado, a lápis, no original.
196
compra naõ aquerendo elle espontaeamente vender,
muito menos por preço menor do que cada hum pedir,
45 Determinaçaõ eRegra esta que emtodo o tempo,
earespeito detodos os homens sedeve obServar, mas que
desgraçadamente tantas vezes ecom tanta frequencia
se vé infringida no Sertão deste Reino com offensa
da Justiça, com desprezo das Leys, ecom grave de-
50 terimento da cauza publica.
Em quinto lugar, que para senaõ poderẽ illudir as Orde-
ns todas acima no Art.o 3º reputando-se privilegiados
os ociozos que o Privilegios só aproveitará aquelles que
mostraram Attestaçam do ditto Maciel decomo seem-
55 pregaõ ou emfabricar o Ferro sobre si, ou ajudando as-
tarefas daFabrica, eas dittas Attestaçoens duraraõ por
tres mezes, enaõ mais contatos daSua data, para
que aSsim asua frequente renovaçaõ estimule os Po-
vos ao trabalho evitando operigo desechamarem aizen-
60 çaõ os que della naõ forem merecedores.
Estas Providencias, eOrdens fará vm divulgar por to-
do esse Destricto, fazendo-as constar aos Povos, e man-
dando-lhes annunciar e explicar na Lingoa Ambura
_____________________________
O sobrenome “Maciel” (L. 54) está sublinhado, a lápis, no original.
197
da para que melhor as entendaõ, eatodos constem,
65 participando-as vm atodos os Cabos, emais peSsoas aque
meu conhecimento pertencer ou sua exicuçaõ for de-
mandada, enestes particulares espero que vm” se em-
pregue com muito Zelo nacerteza que por elle; e pelos fa-
ctos que do mesmo rezultarem hé que vm poderá me-
70 recer que Sua Magestade oattenda, eque Eu em
seu Reál Nome ofavoreça emtudo que couber na
minha Alcada efor deseu proveito ehonra. Deos
g.e avm. Saõ Paulo da Ass.aõ de Loanda 4 de No-
vembro de 1779 – Dom Miguel Antonio de Mel-
75 lo = S.r Pedro Muzi de Barros, Tenente do Re-
gimento de Infantaria e Regente de Gollungo
Joze daSylva Costa.
_____________________________
A expressão “4 deNo” (L. 73) e a data “1799” estão sublinhadas, a lápis, no original.
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
198
Nº do documento/conjunto documental: 38
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de José Vidal de Barbosa ao Coronel Carlos José da Silva, informando sobre
providências tomadas em função de requerimento do Procurador da Real Fazenda e Fisco, com relação à
destituição de bens de Domingos Vidal.” (SEABRA, 2008, p. 17).
Local: Calambau.
Datação: 03 de dezembro de 1793.
Autores/Subscritores: José Vidal de Barbosa
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 14”.
199
Nº do documento/conjunto documental: 39
Tipologia textual: Relação de bens.
Assunto/resumo: “Relação dos bens seqüestrados a José de Rezende Costa, a serem avaliados, feita por Antônio
Ramos da Silva Nogueira (Juiz dos Feitos do Contencioso da Real Fazenda da Capitania de Minas Gerais),
sobrescrita por José Gonçalves Chaves (Escrivão dos Feitos do Contencioso da Real Fazenda).” (SEABRA,
2008, p. 18).
Local: Vila Rica.
Datação: 18 de junho de 1796.
Autores/Subscritores: José Gonçalves Chaves.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 20”.
<Lage,
Mando aosOff.s de
Com.ca
10 te Juizo enaSua falta aoutros quais qr do R.o das
ou Vintenas q’ por bem deste arequeri Mortes>
mento do Doutor Procurador da Real
Fazenda e Fisco Joze Caet.o Cezar Ma=
nette, notifiquem aos avaliadores do =
15 Juizo, enaSua falta aoutros quais qr
de probid.e vizinhos do lugar pa. no ter
mo devinte quatro horas comparecerem
no Lugar, e existencia dos bens Seques
trados a Joze de Rezende Costa para
20 avaliarem os mesmos, sendo para iSso
Citada a Viuva delle p.a os ver avaliar
ep.a tudo dou as ComiSsoens neceSsarias
e do estillo aos Off.s da dilig.ca para pro
cederem nad.a avaliaçaõ comtadas as cir
25 cunstancias que se praticaõ em osbens
seguintes Cento e vinte oitavas de pra-
ta de Oniforme = Seis Colheres seis garfos
eSeis facas tudo deprata com opezo detre
zentas etrinta oitavas emeya = hum fago=
30 te com punho bocais, eponteira de prata
hum Buldrie develudo amarelo todo aga
loado deprata com todos os Seos aprestos
taõ bem agaloados deprata, e argolas domes
mo = huma Cartuxeira develudo taõ bem
35 amarelo com argolas deprata, e agaloadada
mesma prata com Seu boldrihe do mes
mo veludo elle taõ bem agaloado - huma
farda depano azul deSeu oniforme comdra
gonas degalaõ deprata, efranja do mesmo
40 com vestia amarela depano espiguilhada
200
espiguilhada de prata e calçoens da mes
ma Cor depano com ligas degalaõ taõ bem
de prata = hum Chapéo uzado comSeu ga
laõ deprata = hum Calçaõ preto dedura
45 que = hum Candieiro grande demetal a
marelo = tres Catres Lizos = tres espregui-
ceiros hum coberto de Couro, edous de taboas
huma meza grande e liza com duas gave
tas com chaves = duas dittas pequenas li=
50 zas eSem gavetas = huma Caixa grande
Liza = duas Canastras velhas Cobertas de
Couro = Seis Colxoens de algudaõ branco
Seis Lençoes depano de Linho = tres sa
raças de chita = Seis tamboretes velhos Co=
55 bertos de Couro = Seis pratos deestanho de
goardanapo = dous dittos de meya Cozinha
tres taxos de cobre velhos que puzeraõ du
as arrobas, e duas Livras pouco mais
ou menos = hum forno detorrar farinha
60 com ofundo deferro, ebeiradas de cobre a
juntado naSua fornalha = huma toalha
de meza dealgudaõ com Seis goardanapos
do mesmo = duas rodas depao defiar = huma
balança depezar ouro com Marco de
65 meyia Livra = huma espingarda = huma
bacia, eferro deestanho = hum jarro de
Louça do Porto = dous Castiçaes deesta
nho pequenos = tres bacias de arame de
orinar muito velhas = quinze foices = quin
70 ze eixadas = hum maxado = huma Mulla
deSella = Seis Cestas de Cargas arreadas
com suas Cangalhas = hum Cavallo Cas –
tanho mascarado = huma Sella já uzada
com arreyos deSella muito uzados Cinco
75 enta eSinco cabeças degado vacum, entre
grandes, epequenos = Sette Potros novos = húa
troques, Bigorna, Martello, e puxavante
deferrar = trinta cabeças de Ovelhas e Car
neiros entre grandes epequenos = dezoito
80 porcos na Ceva = Secenta porcos deterreiro
entre grandes, e pequenos = Domingos Ban
quela CaSsango deidade dequarenta na
nos pouco mais ou menos = Domingos
201
Domingos fula Banguela daidade detrin
85 ta eSeis annos pocuo mais ou menos = Mano
el Manino Bengue daidade de cinoentaan
nos pouco mais ou menos = Gracia Lage Con
go deidade deSesenta annos pouco mais ou
menos = Antonio Mosouso deidade deoiten
90 ta annos pouco mais ou menos = Manoel
Banguela muara daidade detrintaeSeis an
nos pouco mais ou menos = Antonio Ban
guela de idade de SeSsenta annos pouco mais
ou menos = Antonio Monjolo deidade de
95 Secenta annos pouco mais ou menos = Joze
Mina deidade deSecenta annos pouco ma
is ou menos = Pedro Grande Cabunda dai=
dade deSincoenta annos pouco mais ou me
nos = Domingos Banguela Sapateiro de
100 idade detrinta annos pouco mais ou menos
Cosme Banguela deidade detrinta eSeis
annos pouco mais ou menos = Cosme Criou
lo deidade de cinco enta annos pouco mais
ou menos = Caetano Banguela deidade
105 detrinta eSeis annos pouco mais ou menos
Joze Cadinba, Angola deidade detrinta
annos pouco mais ou menos = Joaquim Ca
filla Banguela deidade deSincoenta an
nos pouco mais ou menos = Angelo Cri=
110 oulo deidade detrinta ecinco annos pou
co mais ou menos = Roque Banguela
deidade de Secenta annos pouco mais ou
menos = Mathias Banguela deidade
deSecenta annos pouco mais ou menos =
115 Matheus Crioulo de idade de oito annos
pouco mais ou menos = Severino Crioulo
deidade deSette annos pouco mais ou menos
Luiz crioulo deidade dedous annos pouco
mais ou menos = Flavio mulato, edoente
120 deidade de dezanove annos pouco mais ou
menos = Izabel Banguela deidade de
Secenta annos pouco mais ou menos = ou
tra Izabel Banguela de Idade de qua
renta annos pouco mais ou menos = There
202
125 Thereza Banguela deidade dequarenta
annos pouco mais ou menos = Maria
crioula deidade detrinta annos pouco mais
ou menos = Francisca Crioula deidade
deidade detrinta eSeis annos pouco mais
130 ou menos = Jozefa Crioula deidade de
trinta annos pouco mais ou menos = Jo
anna Banguela deidade de cincoenta an
nos pouco mais ou menos = Dezoito bois
deCarro = Tres Carros velhos, etodos de
135 ferrados = Theatro de Mulié, oito volumes
Iliada de Hamero Sette volumes emoi=
tavo = Noites de Ungiu dous volumes de
oitavo = Henriade de Vulter hum vo=
lume deoitavo = Geografia de Lacroix
140 dous volumes em oitavo = Obras deRacine
tres volumes em oitavo = A aurora da Re
ligiaõ do mismo Author hum volume
em oitavo = Boite em três volumes em oi-
tavo = Theatro de vulter onze columes em
145 oitavo = Aventuras de Talemaco dous vo
lumes em oitavo = Contos Morais de
Mar mental dous volumes em oitavo = O
raçoens de Ciçaro tres volumes em oitavo
Vida de Dom Joaõ de Castro hum vo
150 lume em oitavo = Grados est Parnazo, hum
volume, em oitavo = Genoence sette volu
mes em oitavo = Quintiliano dous tomos
em quarto = Vergilio hum volume em
oitavo = Oracio hum volume em oitavo
155 Flozofia moral de H[ilegível] hum volu
me em oitavo = Dialogo sobre aeloquen
cia hum volume em oitavo Seletas Seis
tombos em oitavo = Huma fazenda de
cultura Cita nos Campos gerais da Lage
160 a qual Se compem de Cazas deVivenda
Payol Engenho defazer farinha eMoi =
nho Caza depaSsageiros tudo Coberto de
telha, Sanzalas, e Xiqueiros cobertos de
Capim, quintal com arvores deespinho
165 ecomtodos os mais pertences que parte com
O Capitaõ Antonio Nunes de Rezende
203
de Rezende O Capitaõ Joze Alves de
Magalhaens, com aViuva deJoaquim
deRezende, com Andre Rodrigues Chaves
170 com Manoel Gonçalves deAraujo, ecom
quem mais deve ehaja departir econfron
tar, huma roSsa plantada de milho que
Levaria deplanta vinte alqueires, huma
roSsa deplantada defeijaõ que levaria oito
175 alqueires = huma morada de Cazas Citas no
Arrayal de Lage, aSoalhadas, ecobertas de
telha comSeu quintal, aqual parte de =
huma banda, com Pedro da Costa, edaou
tra Com Cazas do Reverendo Padre Carlos
180 Correa de Toledo, e Mello Vigario queera
da Villa deSaõ Joze, = Onze Titulos de
dattas deterras minerais com Suas respeti=
vas agoas, cujos titulos estaõ rubricados
no alto com arubrica do Escrivaõo Barrei=
185 ros = quatro toalhas dealgudaõ de maõ
já uzadas = huma Chico lateira de Cobre
que pezará tres Livras emeya digo li=
vras emeya pouco mais ou menos = hum
Carro grande, eSem em costo = hum coopo
190 de estanho debeber agoa= oito quadros
de molduras depao, ede Imagens deSantos <M.de, eraza
E detudo faraõ ostermos neceSsarios eSa 1$ 140>
tisfeito remeteraõ a este Juizo para Se
proceder no termos dapartilha. V.a Rica
195 18 de 9.bro de 1796 Eeu JozeGoncalves
Chaves EscrivamdosFeitos do Contenciozoda
Real Fazenda que oSobscrevi
S.a Nogueira.
204
Nº do documento/conjunto documental: 40
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta de Bernardo José de Lorena (Governador e Capitão General da Capitania de
Minas Gerais) à Rainha, Dona Maria I, sobre bens seqüestrados de seculares e eclesiásticos presos como réus da
Inconfidência e recolhimentos ao Fisco – 23 de agosto de 1797 (com cópias de cartas do Procurador da Real
Fazenda – Vila Rica, 23 de maio de 1795 (com despacho de 23/05/1795) e, do mesmo Bernardo José de Lorena,
de 18 de agosto de 1797).” (SEABRA, 2008, p. 19).
Local: Vila Rica.
Datação: 23 de agosto de 1797.
Autores/Subscritores: Ignácio José de Alvarenga.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 23”.
<Nº 1º>
Copia Nº 1º
205
Considerada a natureza do que pode vir a rezultar grave prejuizo á Real
35 Fazenda, me vejo nas percizas circonstancias depor todo a expendido na
prezença de Vossa Magestade para desedir, se naõ obstante a falta de Senten-
ça condenatoria devo promover aarremataçaõ dos referidos bens fazen-
do recolher por depozito aos Reais Cofres o seu liquido athe final desizaõ
aeste Respeito, pasandose em tal Cazo as ordens necessarias para Sere
40 meterem ao Juizo Competente dos Feitos os expresados Sequestros –
Villa Rica 23 de Mayo de 1795 = O Procurador da Real Fazenda
Joze Caetano Cezar Manitte = Desse Conta a Sua Magestade eoutro
tanto Sepassem as Ordens necessarias aos Menistros Respectivos Recomen-
dandolhes as providencias que forem emtais circonstancias competentes
45 Villa Rica 9 de Dezembro de 1795 ./. = Com quatro Rubricas = Esta Confor
me Carlos Joze da Silva = Copia Nº 2
Dona Maria por Graça de Deos Rainha de Portugal e dos Algarves da
quem e dalem Mar emAfrica Senhora de Guine edaComquista Navega-
cão Comercio da Etiopia Arabia Percia edaIndia etc. Faço Saber aoos
50 Doutor Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, que havendo Sido prezos
por crime de inconfidencia o Vigario da Matris da Villa de SamJoze
oPadre Carlos Correa de Talliaõ, oPadre Manoel Rodrigues da Costa e
oPadre Joze Lopes deOliveira, Moradores na Borda do Campo Destritos
deSsa Comarca, por comsequencia do que Se prosedeo aSequestro nos Seus
55 bens como hade constar nesse Juizo, tendo desde aquela ocaziaõ athe
oprezente mediado tempos e que por esse motivo hajaõ de ter os bens
aprehendidos alguns descaminhos nos Seus depozitarios emprejuizo
daminha Real Fazenda na parte que vinha apertenserlhe eainda ás
partes interesadas: Mepareceo justo recomendarvos que devereis
60 ter acautela de fazer averiguar Sem perdade tempo a Segurança em
que Seachaõ os bens pertencentes aos referidos Sequestros naparte
que for necessário, para que da falta desta deligencia naõ venha a re
zultar prejuizo pellos descaminhos em que aquelles bens possaõ estar
por defeito de boa Comservaçaõ em que os devem ter os ditos depozitarios.
65 Assim o fareis observar, como vos recomendo = ARainha Nossa Senho-
ra o manda por Bernardo Joze de Lorena doSeu Conselho Governador
206
e Capitaõ General da Capitania de Minas Gerais, e Prezidente da Junta da
Real Fazenda da mesma Joze Gonsalves Reis afes em Villa Rica do Ouro
preto a 18 de Agosto de 1797; e Eu Carlos Joze da Silva Escrivaõ e De
70 putado da Junta da Fazenda Real que afis escrever = Bernardo Joze
de Lorena.
Estáconforme
Carlos Jozé da Sylva
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
207
Nº do documento/conjunto documental: 41
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta do Major e Ajudante de Ordens Antônio Salinas de Benevides ao Governador
de Angola, informando-o sobre os estudos que ia fazendo para a fábrica de ferro.” (SEABRA, 2008, p. 23).
Local: Trombeta. Angola.
Datação: 07 de setembro de 1800.
Autores/Subscritores: Antonio Salinas de Benavides.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 42”.
_____________________________
Há uma inscrição “4” (algarismo 4 sublinhado), a lápis, no canto superior esquerdo do manuscrito, sobreposta a
outro algarismo escrito por ocasião da lavra do original.
Há um carimbo do Insituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do manuscrito.
208
Nº do documento/conjunto documental: 42
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta do Marjos e Ajudante de Ordens Antônio Salinas de Benevides ao
Governador de Angola, Dom Miguel Antônio de Mello, comunicando-lhe recebimento de sua carta.” (SEABRA,
2008, p. 23-24).
Local: Vila Rica.
Datação: 14 de setembro de 1800.
Autores/Subscritores: Antônio Salinas de Benevides/José da Silva Costa.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 43”.
<Copia.>
Hontem recebi a Carta de VM de sete do corrente, enaõ mead-
miraõ as molestias que tem experementado nesses Sitios. Sinto o
trabalho que éllas lhe tem dado, e lhe agradeço o zello, edisvelo com
05 que procura desempenhar aCommissaõ dequeoencarreguei; que se
gundo VM’ mediz, e de suas luzes espero, certamente haõ de Ser
os fructos della mui sazonados, eproveitozos ao Real Serviço do
Principe Regente Nosso Senhor. Quando VM se recolher
terei o gosto de saber mais por meno£ o rezultado das Suas inda-
10 gaçoens, eportanto á sua acima citada Carta naõ se me offe
rece dizer mais nada – Deos Guarde a VM.cs Saõ Paulo
da Assumpçaõ de Loanda 14. de Setembro de 1800 = D.
Miguel Antonio de Mello = Senhor Sargento Mor An
tonio Salinas de Benavides =
15 Joze daSylva Costa.
_____________________________
Há uma inscrição “5” (algarismo 5 sublinhado), a lápis, no canto superior esquerdo do manuscrito, sobreposta a
outro algarismo escrito por ocasião da lavra do original.
Há um carimbo do Insituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do manuscrito.
209
Nº do documento/conjunto documental: 43
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta de Dom João, Príncipe Regente de Portugal, sobre seqüestros de bens
eclesiáticos sentenciados pelo crime de inconfidência em Minas Gerais – Lisboa, 08/05/1800 – Copiada pelo
Coronel Carlos José da Silva – Vila Rica – 12/07/1800.” (SEABRA, 2008, p. 22).
Local: Lisboa e Vila Rica.
Datação: 12 de julho de 1800.
Autores/Subscritores: Dom João VI/Carlos José da Silva.
Localização em Seabra (2008): “CD. 1 – Século XVIII” - “Documento 36”.
<Copia>
Com Joaõ por Graça de Deos Principe Regente
de Portugal e dos Algarves daquem e dalem Mar em Africa de Guina
etc. Faço Saber avos da Junta da Fazenda da Capitania de Minas Gerais:
05 Que sendome prezente em consulta do Conselho ultramarino aVossa Car-
ta relativa ao Sequestro feito nos bens dos Reos Ecleziasticos Senten
ciados pelo Crime de Inconfidencia cometido nessas Minas Cujos
bens por estarem Sem outra alguma formalidade mais do que os pri
10 meiros Sequestros, e naõ terem Sido ainda ad’judicados ao Fisco
estavaõ Sem adiantamento na Sua arrecadaçaõ pella falta de Sen-
tença que lhos ad’judicasse Motivo porque vos naõ delibirastes amais
do que aexpor na minha Real Prezença este Negocio, para Sobre elle
detreminar o que fosse Servido: E sendome igualmente prezente a
15 Reposta do Procurador da Fazenda que foi ouvido, com a qual Seconformou
omesmo Conselho na dita Consulta: Sou Servido ordenar que Seares
peito dos Ecleziasticos comprehendidos em taõ execrando delicto naõ tiver
avido Sentença em queSedespuzese dos bens, que lhes foraõ Sequestrados
o Juizo do Sequestro provizionalmente proseda navenda dos ditos bens
20 Sendo de natureza dos que Servando Servari. non possunt. Como Saõ
ainda os de raiz no Continente deSsas Minas gerais Recolhendose o-
presso delles, e os que Se poderem conservar, como exemplo as pessas
deOuro, ouprata aos Cofres da Real Fazenda athe quelhes destine
aplicaçaõ que deveraõ ter comprindo-se esta MinhaOrdem inteira
25 mente como nella Se Contem. O Principe Nosso Senhor o mandou por
Seu Especial Mandado pellos Ministros abaixo aSignados do
Seu Conselho do ultraMar Matheus Rodrigues Vianna a fes em
Lisboa a dezaseis deSetembro demilSeteSentos noventa enove annos.
Oconselheiro Francisco da Silva Corte Real a fes escrever = JozeGomes
30 de Carvalho = Francisco da Silva Corte Real = Por imediata Rezoluçaõ
deSua Alteza Real de 8 de Mayo de 1799 = emConsulta doConselho
ultramarino = CumpraSse Registes e esepasem as Ordens necessari-
as Villa Rica 12 de Julho de 1800 = Com quatro Rubricas.
Está conforme Carlos Jozé da Sylva
_____________________________
Há uma inscrição “ 981 51 / M 983”, a lápis, na margem direita do original, provavelmente resultado de
catalogação feita no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, no século XX.
210
Nº do documento/conjunto documental: 44
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Major e Ajudante de Ordens Antônio Salinas de Benevides ao Governador de
Angola, tratando dos sítios próprios para a fábrica de ferro, especialmente dos que tinham sido indicados por
José Álvares Maciel.” (SEABRA, 2008, p. 24).
Local: [São Paulo da Assunçã de] Loanda – Angola.
Datação: 15 de novembro de 1800.
Autores/Subscritores: Antônio Benevides de Salinas.
Localização em Seabra (2008): “CD 1 – Século XVIII” – “Documento 44”.
_____________________________
Há uma inscrição “6” (algarismo 6 sublinhado), a lápis, no canto superior esquerdo do manuscrito.
211
tural dos Habitantes se perde no fértil Terrêno, que aproduz. Hé
25 conseguintemente a Povoaçaõ de todo este Districto mui crescida:
Segundo a conta dos Fogos, q.’ o Cobrador dos Dízimos me dêo, cal=
cûlo que em seis léguas, e meia d’extensaõ, a começar donde o Rio
Muria atravessa a Estrada d’Ambaca, tres léguas para o Poen=
te da Trombêta; athé Cangariassange, tres e meia para o Nascen=
30 te; o numero d’Almas passe de vinte mil. Tantas vantagens
juntas fariaõ este Lugar digno de ter o assento da Fábrica, se elle
se naõ achásse longe, para Leste, da Mina de Tambaquiba, da
qual se deve tirar a pedra de ferro, sete ou oito léguas, com pouca
differença; e mais ainda de qualquer dos dois Rios navegaveis Zen=
35 za, e Lucálla, que ficando, hum ao Norte, outro ao Sul, saõ os uni=
cos por onde aFabrica póde fazer as suas exportaçoens. Este gran=
de inconveniente se faz mais consideravel em hum Paîz, aonde
as conducçoens se haõ de forçosamente fazer por terra, e a travéz
de montes, e de valles difficultosos. [espaço] Accresce ainda outro naõ me=
40 nos attendivel, qual hé a dalta de quéda, ou altura d’aguas do
Rio Muria, para poderem fazer mover as máquinas da Fabrica:
o nivelamento delle, em mais de mil e quinhentos passos d’extensaõ,
me – naõ chegou a dar vinte e cinco palmos de declive no seu leito. E
se para remediar este defeito, se reprezassem as aguas por meio d’um
45 dique, como por igual motivo se fez na Fabrica da Nova – Oeyras,
212
para as elevar a huma grande e necessária altura; este arbítrio
seria assáz despendioso na sua execução, e tornaria o Sitio, e suas
Vizinhanças máo, e doentio pelas molestias, q’ a corrupçaõ das aguas
estagnadas, recozidas pelos ardôres do Sol, devia necessariamente
50 causar. Desta Verdade per si evidente, o extenso pântano da No=
va-Oeyras, dêo, emquanto subsistio, tristes e multiplicadas provas. Con-
sidéro portanto este Lugar incapaz do Estabelecimento da Fabrica de
Ferro, e mais ainda o de Cangariassange, q.’ o mesmo Maciel apon=
tou; e do qual parece mais se agradara á primeira vista, pela grande,
55 ou antes excessiva altura das aguas do Rio Guango q.’ alli corre, e q.’
poderá levar calha e meia de moinho.
Com effeito désce elle por degráos de pedra; e
cascatas huma altura taõ consideravel, q.’ em trezentos e cincoenta passos
do seu curso por hum estreito valle, verifiquei ter de quéda noventa
60 palmos. Muito maior altura acharia se continuásse o nivela=
mento pelo triplo, pouco mais ou menos, deste espaço, athé hum pe=
queno plano, o qual offerece, quase no pé do monte do lado direito, hum
assento sufficiente para o Edificio da Fabrica; e superior a hum Val=
le prolongado. O Clima, e a Populaçaõ hé o mesmo que o da Trombê=
65 ta; donde está affastado tres léguas e meia para o Nascente, como já
disse, junto á mesma Estrada, que corre para Ambaca. Fica conse
guintemente este Sitio outro tanto mais longe da Minas de Tambangui-
213
ba, e de cada hum dos dois Rios navegaveis, isto hé da altura em que
cada hum delles o começa a ser seguidamente. Esta notavel desavan-
70 tagem junta á de pouca abundancia de mantimentos, e lênhas;
difficuldade de conducçaõ das q.’ há, pela qualidade do Terrêno, deve,
a meu ver, fazer rejeitar este Lugar como inutil.
Delle pois voltei para o Poente para a ban-
da da Mina, q.’ me ficava já mui distante; a procurar mais perto
75 desta o Sitio conveniente. Informaçoens dos Naturaes, e Práticos
me deraõ, entre outros, a conhecer hum, duas léguas para o Sul da
Trombêta, na paragem em q.’ o pequeno Rio Lûssue vem tributar ao
Luinha, preferivel sem dúvida a qualquer dos ois, q.’ deixo descriptos;
do qual fazia eu mençaõ na Conta q.’ dirigi a V. Ex.a a sete de Septem=
80 bro proximo, como dotado de circumstancias attendiveis. E na verda=
de une este Lugar em si, quase absolutamente, as bõas qualidades
dos dois precedentes, ficando aliás longe da Mina naõ mais q.’
cinco para seis léguas, e coiza de oito do Rio Lucálla, o mais pro=
ximo dos dois. Mâs reputando eu ainda esta distancia ex=
85 cessiva, e reconhecendo ser este notavel incoveniente inseparavel de
todos os Lugares comprehendidos no Districto do alto Gollungo; tomei
o accôrdo de deixado este Paîz, descer á baixa Ilamba, examinando
de caminho o curso do Rio Luinha, o qual eu sabía correr para a ban=
da da Mina, e q.’ hia passar pela Fabrica da Nova – Oyeras. Para
214
este fim, mandei abrir hum caminho pela margem do mesmo
90 Luinha, aonde os arvoredos e matos serrados faziaõ indispensavel esta
Obra d’ante-maõ. A má execuçaõ della, por ignorancia do Official, q.’
a conduzio, ou antes por nimia credullidade na informaçaõ dos Ne=
gros q.’ lha – pintárão impossivel, me obrigou a inverter o meu Pla=
no; pondo-me na necessidade de hir primeiro a Mina e a Oeyras,
95 para d’ahi começar, como effectivamente comecei, o exame do Rio
de baixo para cima.
Este, deixando a pouco mais de duas léguas pa=
ra o Poente da sua fóz no Lucálla a Mina de Sambaquiba; e
tomando pelo Valle da Nova Oeyras (assim chamado por se achar nelle
100 fundada a Fabrica deste nome) em geral o Rûmo de Noroeste, se vai
nesta direcçaõ aproximando cada vez mais á Mina, cuja vêa ou
montes correm nesta paragem para Leste. Duas léguas acima da fóz
do Luinha, e légua e meia acima da Fabrica da Nova Oeyras, justa=
mente aonde acaba o valle plano, o Rio se aparta totalmente da Mi=
105 na fazendo hum ângulo, e voltando para o Nascente. Neste ponto,
a q.’ os Naturaes chamaõ Cahtári, fui com effeito descobrir o Lugar ma=
is vantajozo para assento da Fabrica de Ferro, q.’ a meu entender, hé possi-
vel encontrar em todo este Continente, relativamente á Mina de Sam=
aquiba. Porquanto alli onde o Rio acaba de cahir d’entre Ser=
110 ras, e montes de pedra na planicie do valle a altura das su=
as aguas hé taõ consideravel, que naõ há Máquina alguma
215
alguma, que possa demandar huma tal quéda; de maneira q.’ eu
tive por excusado nivelar faltos, e cascatas sucessivos, q.’ o Rio por
cima de grossa penedía vem de muito longe fazendo. Em algumas
115 partes se acha alli commodidade para se tomarem as aguas com pe=
quena obra, e despêsa; e dirigem-se para qual dos lados con=
vier; aonde sem maior difficuldade póde excavar-se na costa
do monte o canal, ou aqueducto natural que fôr preciso.
Está a Mina desviada de Cathári menos de meia légua,
120 e elle do Rio Lucálla naõ mais que duas. [espaço] Na pri=
meia distancia naõ há pântano, valle profundo, ou mon=
te, que difficulte a conducçaõ da pedra de ferro; hum Terreno
alto, e pedregozo descendo da Mina para aquelle Lugar
em plano brandamente inclinado, pelo contrário a facilita.
125 A exportaçaõ d’alli para o Lucálla no tempo do Estio, tem ne=
cessáriamente de fazerse por terra, a beneficio d’uma Estrada
lançada por hum dos lados do valle, e na planicie delle athé
aquelle Rio [espaço] Nos mezes porém das chuvas, podem mais com=
modamente fazer-se estas conducçoens por meio de Canôas, ou antes
130 de Batéis de fundo cháto. [espaço] Porque ainda q.’ o Luinha naõo
levásse, quando eu alli estive, nos fins de Septembro, tempo
da Sua maior pobreza, mais que oito ou nove grande calhas d’a=
gua; com tudo nos mezes das chuvas traz elle quantidade mais
que sufficiente para nadarem Canôas carregadas ou quaesquer ou=
216
135 outras Embarcaçoens pequenas. Chega este Rio ao Sitio de Ca=
thari com coiza de deseseis ou desoito léguas de curso, pelo Territo=
rio d’Ambaca, onde nasce nas Terras do Sôva Guéta; e pelo
Sertaõ, especialmente nos dois primeiros Districtos, as chuvas
costumaõ durar desde o principio d’Outubro athé princípios
140 de Desembro, as chamadas aguas pequenas; e as grandes desde
os fins de Fevereiro athé fins de Maio. Nestes cinco, ou seis mezes,
digo, para maior commodidade interpolados, as exportaçoens
da Fabrica podem vantajozamente fazer-se pelo mesmo Rio,
que deve impellir as suas Rodas, e máquinas; visto taõbem q.’
145 nas duas léguas de Cathári ao Lucálla o Luinha desce
mansamente pelo fundo do Valle sem se encontrar no seu ál=
veo pedra, saldo, ou obstáculo algum á Navegação.
Tem o valle neste interessante Lugar oiten=
ta braças de largo, com pouca differença; espaço bastante naõ
150 só para a Fabrica, eSuas Officinas; mâs taõbem para formar
hum Canal, q.’ desvie, e dê sahida ás aguas supérfluas das en=
chentes; o que mais facilmente se conseguirá, chegando-se o Edifi=
cio para as faldas dos montes lateráes, q.’ por serem de pedra
lhe naõ podem causar Ruina alguma. Da Raîz destes sahe
155 huma Rocha-viva, a qual calçando todo o fundo do Valle
o atravéssa e faz alli o leito do Rio. [espaço] Esta offerece huma
217
base Solidissima áquella importante Obra; forrando a despêsa de
alicerces, e o mais custo, que naõ seja o de aplanar o Rochêdo. Taõ
Relevantes circumstancias simultâneamente concorrendo neste pon=
160 to Seriaõ inúteis, a faltar-lhe a d’abundancia de lênhas. Mâs
saõ ellas em grande quantidade por todo o Território immediato
e circumvizinho. Nas ábas d’uma Serra, distante para o Nor=
te couza de legua e meia, há matos serrados e virgens, epara o
Sul, em igual distancia perto de Oeyras, os há taõbem: tanto n’-
165 uma como n’outra parte parecéo-me haver madeiras de construc-
ção; do q.’ as febres q.’ me atacárão, quando segunda vez vizitei
este Lugar, me-naõ deixárão certeficar. [espaço] Este mesmo valle de
Oeyras, e alguns mais pequenos q.’ nelle desembócaõ, tem infinidade
d’arvorêdo infructuoso e inutil, o qual Será dobradamente util á
170 Fabrica cortar para seu conSumo. [espaço] Entaõ a productifera
terra, que elle occupa no plano dos valles, ficando desafrontada e
livre, Será toda deligentemente cultivada, pois q.’ os fructos acha=
ráõ consûmo, e valor na mesma Fabrica. Naõ deixei eu
de conhecer q.’ aquelle Sitio naõ conta no numero das suas van=
175 gens a da fartura de mantimentos, bem q’ a tenha actualmente
para a Povoaçaõ do Seu Districto. [espaço] A qualidade do Ter=
ritório montuozo, e pedragozo pela maior parte, e a pouca cultura
delle, a qual presentemente naõ passa da necessária, daõ funda=
mento a preSumir, q’ nos primeiros tempos em q.’ os trabalhos da Fa=
218
180 brica levarem áquelle Lugar grande numero de Consumidores
poderá Sentir-se alli falta de víveres. Podêlos-hia produzir
em grande superabundancia huma vasta planicie, q.’ fica légua
e meia para o Nascente, susceptivel de cultura; se os seus Habi=
tantes, dispérsos em libátas por toda ella, pedissem, à Sua Terra os
185 fructos que ella lhes póde dar. Para a banda do Norte Terras
estéreis e fragosas, e q.’ se-vaõ terminar em huma cordilheira de
Serras, naõ promettem quasi producçaõ alguma. Para o Po=
ente o Terrênio próximo hé incapaz de cultura; Só de duas légu=
as e meia de distancia, das Terras do Sôva Cabûto, e outros Vizi=
190 nhos se poderàõ haver Subsistencias. Para o Sul as fertilis=
simas Terras do Lembo, e margens do Lucálla Saõ Só per-si ca=
pazes de fornecer á Fabrica mais víveres do q.’ o consumo della
pode exigir: mâs o Risco das innundações que destróem quase
todas as plantaçoens destes baixos campo, fazem contingente
195 a producçaõ delles. O Remedio porêm mais prompto para a
falta de mantimentos, que nos primeiros tempos se experimentará
em Cathári, hé, sem contradicçaõ, dirigir d’alli hum caminho
em via – recta ás Terras de Diogo André no alto Gollungo; o que
hé taõ facil como conveniente. Este muito mais breve q.’ o ordina=
200 rio, pois naõ teria mais de quatro para cinco léguas, e por me=
lhor Terrêno; facilitanto a conducçaõ, animaria os Negros, e mais
Habitantes d’aquella abundante Provincia a trazerem as pro-
219
ducçõens das suas Terras a esta moderada distância, convidados
do preço e venda certa; em vez de as deixarem, como agora, per=
205 der, pelas naõ trazerem á esta Cidade, trinta leguas distante;
aonde unicamente tem consûmo. Nem V. Ex.a Entenda, q.’
estes e outros Similhantes caminhos saõ obra de muito trabalho e despê=
sa; pois para se fazerem basta rossar o mato rés-do chaõ, e em
pequena largura. Hum carreiro de tres ou quatro palmos de
210 largo seria huma Estrada sufficiente, e excellente á vista das que
há; as quaes naõ Saõ mais q.’ trilhos estreitos, e sem direcçaõ, q.’ vaõ fa=
zendo mil voltas e Rodeios, com q.’ augmentaõ excessivamente as dis=
tancias; e por onde em matos fechados póde apenas passar com custo
huma Typóia, ou hum Preto com sua Carga.
215 A Provoaçaõ do Paîz de Cathári naõ
hé muito numerosa; porém hé de Saber q.’ os Negros quasi todos
daquelle Districto, e ainda alguns de sete ou oito léguas desviado,
deixando a Suas mulheres o cuidado da cultura das Terras, elles só
Se emprégaõ em fundir, e trabalhar o ferro tirado desta mesma Mi=
220 na. [espaço] Os primeiros saõ chamados Pullungos, e os outros Gangûllas;
estes fazem d’aquelle metal facas, podoens, enchadas, e mais instro=
mentos do seu uSo. Ora persuado-me q.’ naõ haverá maior diffi=
culdade em applicar estes Negros, ainda convocados, sendo preciso,
de longe, aos trabalhos da Fabrica; os quaes bem q.’ differentes lhes
225 naõ Saõ de todo extranhos. ASsim parece-me, q.’ nunca a Fabri=
220
ca alli estabelecida poderá experimentar falta de bracos; e para so=
bre isto poder eu formar juizo com alguma probabilidade, tive a
lembrança de inquirir a este Respeito alguns Sôvas. Todos se
mostráraõ promptos a prestar os seus Filhos ou Subditos a este
230 Serviço; com o qual contaõ já tanto, q.’ alguns, como foraõ Gomba,
Cabûto, intentaraõ persuadir-me, huns q.’ a Fabrica se devia esta=
belecer nas Suas Terras, outros aonde lhes era mais cómmodo; alle=
gando para isto as Razoens falsas ou verddadeiras, q.’ melhor lhes pa
reciaõ
235 Passando agora a tractar do Clima de Catha=
ri, e julgando delle pela disposição, e presença dos Negros q.’ alli
vivem, pela qualidade do Território, e pelo mais q.’ se póde observar
em poucos dias, naõ posso eu deixar de o considerar sádio; ao me=
nos quanto Se deve esperar d’um Sertaõ áspero e inculto, e na
240 latitude de nove gráos e meio pouco mais ou menos. Com effeito
parece se naõ deve reputar doentio hum Paîz alto, exposto aos
ventos, e effectivamente lavado delles; pedragozo, exnûto, bem q.’ Nelle
chove alguns mezes no anno; próximo a Serras, e no qual emfim se
naõ encontra Lugar algum capáz de estagnaçaõ. [espaço] Quanto ao por=
245 to de Cathári particularmente, fica elle no encontro preciSamente
de dois Valles: hum q.’ parte d’alli para Nascente; outro q.’ corre de
Noroeste para Sueste. Por qualquer delles se goza alli dos ventos
geraes deste Paîz; de manhaã de Leste, e de tarde do Poente; para
221
o que taõbem contribuem as tortuosidades dos montes q.’ bórdão o val
250 lê, nos quais os ventos se Reflectem. Eu mesmo assim experi=
mentei d’ambas as vezes q.’ alli estive, de meádo de Septembro
por diante; tempo em q.’ os ventos neste Continente, como V. Ex.a
Sabe, ou faltaõ de todo, ou saõ mui fracos. [espaço] Todas estas circum=
stancias induzem a crer, q.’ a situaçaõ deste notavel Lugar
255 he saudavel, relativamente ao menos e elle mais habitavel q.’ qual=
quer dos outros de q.’ tenho tractado.
Naõ fallei eu da exportaçaõ da Fa=
brica mais q.’ athe ao Lucálla. [espaço] Este Rio q.’ será duas vezes
mais Rico q.’ o d’Azambuja em Portugal, do qual V. Ex.a conserva=
260 rá bõa lembrança; vem do Sertaõ de Nordeste d’Ambaca, fa=
zendo cascátas, e cathadûpas d’espaço em espaço, athé pouco
acima do Valle de Oeyras, donde só começa a ser seguidamente nave-
gavel. [espaço] Por esta Razão a navegaçaõ delle de Oeyras para cima
naõ será d’utilidade alguma para a Fabrica. [espaço] Cinco léguas abai=
265 xo de Oeyras, junto ao Presidio de Massangâno vai o Lucálla
engrossar com suas aguas o grande Guanza. [espaço] Este, seguindo
a direcçaõ de Noroeste, vai passar pelo Porto de Callumbo, qua=
renta leguas distante de Massangâno; e doze mais abaixo des=
água no Mar; quinze léguas para o Sul desta Cidade, com pouca
270 differença. [espaço] Deste modo com duas léguas de conducçaõ por terra,
ou de Nagegaçaõ do Luinha, cinco do Lucálla, e cincoenta e duas
222
do Guanza poderá a Fabrica fundada em Cathári exportar
os seus effeitos.
Esta distancia de cincoenta e duas léguas da
275 navegaçaõ do Guanza naõ hé taõ excessiva como se póde jul-
gar; attendidos os auxilios q.’ há para a vencer. [espaço] Porq.’ sendo
a direcçaõ geral deste Rio de Sueste para Noroeste, os ventos
chamados aqui terráes da banda do Nascente, isto hé Sueste, Les-
te, Nordeste; e as viraçoens ou ventos do Poente, Noroeste, Oeste,
280 udoeste, certos especialmente os segundos todos os dias, e em todo o
anno; servem e fazem feiçaõ, os primeiros, mais fracos, para des=
cer; e os segundos mais frescos e aturados para subir, e forçar a cor-
rente. [espaço] Ora como os bósques, e montes, q~.’ em muitas partes
occupaõ a margem do Rio, pela extraordinária largura e direc=
285 caõ delle, embaraçaõ pouco o ingrésso dos ventos; vem deste modo
a ser a navegaçaõ do Guanza para cima muito menos custoza,
e para baixo favoravel, e facil: circumstancia apreciavel, e q.’
deve ser contada no numero das grandes vantagens, q.’ a Fabri=
ca póde ter.
290 Naõ deixo eu d’advertir, e menos escapará às
maduras Combinações de V. Ex.a, q~. a barra deste caudalozo Rio
nega algumas vezes, por causa da calêma, principalmente no
tempo do Cacimbo, em q~. hé mais brava, sahida ás Embarca=
çoens. [espaço] Este embaraço, certo quasi mais ou menos todas as conjun=
223
295 çoens de Lua-Nova; e que chega a durar hum e dois mezes con=
inuados e mais, porque pèga d’uma á outra Lua, e alcança
lgumas vezes terceira, poderá Ser grandemente contrário aos in=
teresses da Fabrica. Para prevenílo proporei os unicos dois
meios que me parecem admisiveis. [espaço] O primeiro he fazer a con=
300 ducçaõ do ferro como acima indiquei, athé Callumbo; e d’ahi
athé esta Cidade, q~. se repûta oito léguas distante, caminho
d’arêa. [espaço] O segundo, que me parece preferivel, hé tirar de
Cathári para o Rio Zenza, pela mais breve, e possivel direcçaõ
huma Estrada; a qual ería verosimilmente conduzida pela
305 Banda do Sôva Alexandre Maria, e viria buscar a mar=
gem do Rio, pouco acima da Freguesia de Saõ João no
baixo Gollungo; com a extensaõ, segundo o q~. por estimativa
posso calcular, de cinco para seis léguas. [espaço] Entaõ fazendo-se
os carretos da Fabrica athé aquelle Rio, por elle se fariaõ as
310 exportaçoens em Canôas, ou Embarcaçoens maiores, mâs ac=
commodadas, athé á fóz delle; trinta e Seis ou quarenta léguas
de navegaçaõ, pouco mais ou menos; em Razaõ das muitas voltas
q~. o Rio vem fazendo. Nella quatro léguas para o Norte
do Pôrto desta Cidade se naõ encontra o obstáculo da calêma
315 taõ prolongada; pois Só costuma durar dois athé cinco dias.
Talvez Será mais vantajozo para a Fabrica adoptar algum
224
destes dois modos, antes que o primeiro; o q~. só depois della esta=
belecida, e de abertas as Estradas necessárias, se poderá decidir.
Parece-me bem excusado dizer q~. se deve desde logo adaptar ani
320 maes ás conducçoens, com as Máquinas próprias. Os deste
Paîz, de que se póde immediatamente fazer uso, saõ os Bôys,
os quaes saõ de seu natural taõ mansos, q~. nada custaõ a
sujeitar ao trabalho. [espaço] A idêa de fazer os carrêtos, méramẽ=
te por Negros, he palpávelmente fóra de todo o propósito, e co=
325 mo tal deve desterrar-se.
Por todo o referido pois hé o Lugar de
Cathári o mais adequado, e apto para o interessantissimo Es=
tabelecimento da Fabrica de Ferro. (quando este bem entendido
haja de tirar-se da Mina de Sambaquiba) Enxûto, venti=
330 lado, e sádio; situado no tôpo d’um valle fertilissimo; fácil
de provêr de todos os víveres, de q~. precisar; rodeado d’immen=
sas lênhas, e d’uma sufficiente Povoaçaõ; com facilidade
aliás de haver de mais longe os braços de q~. carecer para os
Seus trabalhos; tendo quantidade, e altura d’aguas mais que a
335 necessaria; commodidade para as tomar com pouco custo, ediri=
gir, por aqueducto natural para onde convier; base Sólida pa=
ra o Edificio sem despêsa d’alicerses; e emfim chegado à Mina,
que lhe deve diáriamente fornecer materia; e apto para fazer
por dois Rios as exportaçoens da Fabrica, hum próximo, outro
225
340 pouco affastado; parece q~. nada mais se deve pertender para
huma Fundaçaõ de similhante natureza. [espaço] Se dêste Lugar,
e de Suas Relevantes circumstancias tivesse exacto conhecimento quem
por informaçoens e noticias elegêo o de Oeyras para assento da=
quella mallograda Fabrica, eu ouso affirmar, q~. naõ buscaria
345 Realizar em outro algum aquelle grande Projecto. Está Cathá=
ri na latitude Sul de nove gráos e meio, pouco mais ou me=
nos; distante desta Cidade coiza de trinta léguas para Sueste;
do Presidio de Massangâno, sete para Nordeste: pela par=
te do Sul lhe passa o Rio Lucálla, pelo Norte huma Serra
350 q.’ corre do Poente a Nascente a perder de vista: a Leste ficaõ
as Terras do alto Gollungo, dos Quilambos Diogo André, Pedro
Ambáxe, Gombe, e outros; e ao Poente as Terras dos Quilambos
Cabûto, Ndalla – huns, e outros.
Ao Nóroeste de Cathári fica a Mi=
355 na de Sambaquiba, ou para fallar mais própriamente, os mon=
tes de ferro de Sambaquiba. [espaço] Esta álem da Sua Riqueza, e
excellente qualidade, nóvamente provadas por experiencias Re=
petidas; tem a vantagem de ter a pedra do seu Metal á super=
ficie; e desde o cûme athé á Raîz dos montes; como eu observei.
360 Correm estes, n’altura em q~. os passei, de Poente a Nascente: para
Leste ainda em Ambáca Se achaõ vestigios da vêa de ferro;
posto q~. nem toda esta distancia tem sido seguidamente observada
226
Para Poente naõ pude achar noticia aonde terminásse. A
Mina de Bangobango, q~. Maciel achou ser o fundente
365 próprio da de Sambaquiba, mâs q~. diz talvêz possa excusar
para a fundição, naõ tive eu já Saude para averiguar a q’
distancia ficava de Cathári; pois as ultimas indagaçoens por
mim feitas, sobre as diversas coizas, q~. fazem o Objecto desta Conta,
foraõ menos e mais apressadas do q~. convinha; por causa das fe=
370 bres de que segunda vez fui assaltado. [espaço] Comtudo mandando
examinar o Rûmo, e distancia, a q~. Bangobango ficava aRes=
peito da Trombêta, pelas informaçoens infiro, q~. aquella Mina
demóra ao Nordeste de Cathári; e q~. a Estrada deste Lugar
para ella naõ excederia a seis ou sete léguas d’extensaõ.
375 Resta-me para dar inteiro Cumprimento às Or=
dens de V. Ex.a, dizer alguma coiza Sobre a Fabrica da Nova Oey=
ras; e expôr as Razoens, porque confórme o meu entender, se naõ deve
de modo algum Reedificar. [espaço] Está situada esta Obra, creio, q~. Ggran=
de no seu genero, no valle, q~. Réga, e por onde deságua no Lucálla
380 o Rio Luinha. [espaço] Affastada da Mina duas léguas, e do Lucál-
la meia, póde dizer-se com Verdade, q~. naõ tem o Lugar vantagem
alguma particular mais do q.’ esta; pois athé da essencialissima de
aguas altas carece. [espaço] Corre ali o Rio Luinha pelo fundo do valle,
sem mais declive, q.’ o necessário para descer; Sendo o seu leito quinze
385 ou deseseis palmos mais baixo, q.’ o assento da Fabrica. A esta falta
227
assáz conSideravel para fazer desprezar aquelle Lugar, quiz sup=
prir-se por dois modos ao mesmo tempo; bastante dispendiosos am=
bos, e por ventura ambos indispensaveis. O primeiro enterrando o
plano do Edificio tres ou quatro palmos para baixo do Terrêno; e
390 da banda do Nascente mais do dôbro; sendo preciso para sustentar
as Terras grossos muros de doze e mais palmos d’alto em partes. O
Segundo atravessando toda a largura do valle com huma muralha,
a qual Retinha as aguas, e as forçava a subirem á altura de trin=
ta e tres a trinta e cinco palmos sobre o seu nivel. Mâs como nem
395 ambos estes meios fossem bastante, escavou-se no Terrêno hum vazio
de déz palmos d’alto, e coiza de desoito de largo; Sustentado por mu=
ros; no qual giravaõ, e de cuja altura taõbem se aproveitavaõ as rodas
d’agua. [espaço] Os erros na construcçaõ da muralha, taõ despendiosa tal-
vez como toda a mais Obra, ficaraõ aquella pouco duravel, e esta in-
400 fructuosa. Porq~. Aaquelle dique de cento edoze braças de comprido, ede
quarenta e tres palmos d’alto, fundado em hum Terrêno inconsistente,
sem contrafórtes, e principalmente sem a profundidade, e solidêz de
alicerses necessária a hum sólido, q~. devia de resistir ao pêzo e exforço
d’uma enórme maça de fluido, de trinta e dois palmos pelo menos
405 d’altura, e d’extensaõ de mais de meia légua; arruinando-se pelos
fundamentos no comprimento de vinte e oito braças, frustrou e fez
inutil, pouco tempo depois de acabada a Obra, o trabalho e despêsa, que
em toda aquella Fundaçaõ se tinha feito. [espaço] Debalde se repararaõ
228
por vezes, segundo o que hé aqui constante, as rupturas repetidas,
410 q.’ o dique padecêo; porq.’ O impulso d’agua, maior q.’ a ReSistencia
da muralha q.’ a suspendia, vencêo Sempre esta opposiçaõ àSua
tendencia natural. [espaço] Felismente para a Humanidade com a
Ruina da muralha desapparecêo o pântano formado pela Repreza
das aguas. [espaço] Este debaixo d’um Sol ardente, em hum estreito
415 e pouco ventilado valle, de cujos lados immediatamente se levantaõ
montes de pedra bastante empinados e altos; foi e sería em todo
o tempo hum fermento de molestias mortaes, das quaes foraõ victimas
tantos Europêos, e ainda mesmo muitos Naturaes. [espaço] Faziaõ o Lu=
gar mais doentio, e maligno os vapôres, e podridoens, q~. os ventos de Sul,
420 e Poente, certos mais ou menos todos os dias, levaõ para alli das
lagôas e Terras pantanozas do Lembo, e margens do Lucálla, meia
athé huma légua distantes. [espaço] E os estragos fataes, q~. estas duas cau=
sas combinadas fizeraõ na saude, e nas vidas dos Homens, tem de
tal fórma ainda hoje horrorizado a idêa dos q~. oraõ dellas testemu=
425 nhas; q.’ a Reedificaçaõ da Fabrica de Oeyras hé contemplada nesta
Colónia como huma grande calamidade, e desgraça q.’ sobre ella ca=
hiria. [espaço] Se V. Ex.a tem palpado aqui as opinioens a este Res-
peito ainda dos mais Sensatos, terá conhecido bem a verdade des=
mta assersaõ.
430 Para ter a Fabrica em hum Lugar mais venti=
lado, foi–se fundar fronteira a hum valle menor; o qual cruzando
229
com – o de Oeyras Segue de Poente a Nascente; mâs como o valle prin=
cipal hé alli mais largo; e naõ houvesse ao menos d’um lado aonde
apoyar a muralha da Repreza; foi forçoso hir-se levantar este Só=
435 lido cincoenta e quatro braças para cima da Fabrica, no Lugar
em q~. dois montes fronteiros, d’um e d’outro lado do valle, fazem es=
te mais estreito; e prèstaõ hum firme apoyo aos extrêmos do dique.
D’onde veio a fazer-se indispensavel outra nova obra; qual foi
huma càlha ou aqueducto d’uma braça de largo, e cincoenta e qua=
440 tro de comprido, formada sobre vinte e dois arcos, destinada a levar
as aguas da Repreza ás Rodas. [espaço] Ora do q~. Tenho
exposto Conhecerá V. Ex.a claramente q.’ a desacertada escôlha do Lugar,
ou antes enganoza, por causa, penso, da vantagem, importante de
facto, mâs naõ bastante, da proximidade de Rio navegavel; e os er=
445 ros de construcçaõ, foraõ juntamente os motivos da grandissima des=
pêza, pouca duração, e nenhum fructo d’aquelle Estabelecimento;
como taõbem da pêrda de muitas vidas, e do horror, e aversáõ em
conSequencia q~. se concebêo a hum tal Sitio. [espaço] E como nenhum ar=
tificio, ou despêsa affastaria delle as lagôas do Lembro; nem lhe daria
450 a vantagem q.’ a Natureza lhe negou, d’altura d’aguas, sem q.’ se
fizesse huma Reprêza; fica evidente q~. da fundaçaõ neste Lugar será
sempre inseparavel o flagéllo das molestias graves, e endémicas; seja
qual fôr o artificio ou precaução com q.’ se faça. [espaço] Esta Só Ra=
zaõ basta a persuadir-me, q~. será muito confórme ás PiiSsimas In
230
455 tençoens de Sua Alteza Real o Principe Regente Nos=
so Senhor, q~. se abandone para sempre a Fabrica, e Lugar da
Nova Oeyras; visto q.’ ella naõ póde persisitir senaõ á custa de
muitas vidas de de Seus Fieis Vassallos.
Por outra parte o gasto q~. a Real Fazen=
460 a faria na Reedificação de todo o Edificio de Oeyras, será sem
dûvida maior do q~. o da construcçaõ d’uma nova Fabrica. To=
dos os telhados e madeiramentos se achaõ totalmente arruinados: tor=
re, escada que para ella sóbe, calha, canal de desaguadoiro, ja=
néllas, portas, etc.; tudo se acha destruído, ou pelo menos mui da=
465 mnificado. [espaço] Há ainda alli Restos d’algumas máquinas; mâs
dellas nada se póde aproveitar, á excepçaõ d’algumas táboas dos
fólles; e alguma ferragem grossa, q~. por pezada os Negros naõ
tem querido furtar. [espaço] Outras coizas, naõ só por damnificadas,
mâs por mal feitas, sería forçoso desmachar para fazer de novo
470 tal hé o tanque ou prêza q~. está no fim da calha; no qual se re=
cebiaõ as aguas, para d’ahi se soltarem para qualquer dos assû=
des. Sobre tudo isto sería necessário demolir hum bom lanço da
muralha do dique, q~. ainda Se conserva em pé; e assentála pro=
fundamente, e firmála sobre huma báse Sólida, feita sobre es=
475 tácas, ou por algum dos outros modos, q~. a Arte ensina. Só os pés
direitos, q~. eraõ verdadeiramente muralhas de déz palmos de grossu-
ra, e bem construídos, tem Resistido ao tempo, e ao abandono, em q.’
231
toda aquella Obra foi deixada: o q~. naõ obstante o curso dos Reparos
de tudo o mais q.’ está arruinado excederia muito, quanto assim,
480 o d’uma nova Fabrica fundada em Lugar mais apto. As=
sim nem a Economía da Real Fazenda, nem a da Vida, e Sa=
ude dos Homens, pelo q.’ acima expuz, recomendaõ a Reedifica=
çaõ da Fabrica da Nova-Oeyras. [espaço] Os inconvenientes q~.
alli há creio q~. de todo se desvanecem, indo-se fundar a Fabri=
485 ca em Cathári; aonde as vantagens da Populaçaõ, e de man=
timentos Saõ maiores; mâs quanto a lênhas, entendo q~. Oeyras
hé mais abundante, bem q~. Cathári naõ tenha dellas. Este
Lugar mais affastado q~. Oeyras, légua e meia do Rio Lucálla,
ganha na sua salubridade, pois se desvia outro tanto das lagôas do
490 Lembo, quanto perde no affastamento do Rio, pelo qual se haõ-
de fazer as exportaçoens. [espaço] Estas todavia ficaõ sendo de
Cathári mais faceis para o Zenza do q~. de Oeyras. [espaço] Fugindo pois
a Fabrica duas léguas ou mais dos pântanos do Lembo, e naõ sen=
do preciso fazer em Cathári Repreza alguma; evitar-se-haõ as mo=
495 lestias, aq~. d’outra fórma era impossivel escapar. [espaço] Ainda q~. as dis=
tancias da Mina e Rio Lucálla sejaõ Recíprocas; isto hé q~. Cathá=
ri se acha meia légua distante da Mina, e duas do Lucálla; e
Oeyras pelo contrário duas da Mina, e meia do Lucálla, comtu=
do a vantagem está nesta parte por Cathári; tanto mais quanto
500 a exportaçaõ do ferro fundido em barra hé em menor quantidade
232
emais cómmoda de fazer, do q~. a importaçaõ da materia em
bruto, d’onde se extrahío. [espaço] Tal he, Ex.mo Sñr., o ReSultado dos exâmes e ob=
servaçoens, q~. V. Ex.a me Ordenou fosse fazer ao Sertão, Sobre os Lu=
gares apontados, ou quaesquer outros, q~. me parecessem próprios, para
505 a Fundaçaõ da Fabrica de Ferro, q~. O Principe Regente Nos=
so Senhor pelo bem commum de Seus Fieis Vassallos, e Interesse
da Sua Real Corôa novamente intenta Restabelecer nesta Co=
lónia. [espaço] A’s grandes Luzes e profundas Reflexoens de V. Ex.a tó=
ca examinar e pezar as minhas Razoens, e decidir o q~. fôr mais
510 interessante neste Ponto ao Real Serviço. Bem quizera eu pôr
na Presença de V. Ex.a, junto com esta, hum tosco esbôço do Paîz
de Cathári; mâs quando devia ajuntar para esta Obra os mate=
riaes, fui segunda vez aSsaltado de febres violentas, q~.. obrigando-me
a Retirar-me a toda a préssa, me levárão ainda assim a perigo de
515 vida, como V. Ex.a Sabe. O q’. acima affirmo hé o q’. com verdade
pude averiguar. [espaço] Nas distancias poderá haver alguma dif=
ferença, porq~. foraõ todas avaleadas por horas de caminho; unico
modo porq~. me era possivel calculálas. [espaço] Poderia eu, no tempo q~.
as febres me deixáraõ livre, extender a mais as minhas Indagaço-=
520 ens; mâs Sendo necessário para as fazer, penetrar matos, e atra=
vessar montes e Serras, era quasi sempre forçoso fazer abrir cami=
nhos; obra q~. sendo executada por Negros, era infallivelmente mo=
233
roza. [espaço] O Paîz q~. viagei foi Só aquella tira de terra, lançada des=
de o mar, de Poente a Nascente; comprehendida entre os dois Ri=
525 os Zenza ou Bengo, e Lucálla; entre os quaes se acha a Mina
de Sambaquiba; e algumas outras do mesmo metal; das quaes Jozé
Alvares Maciel, cuido, já informou a V. Ex.a. Por esta Razão
naõ faço eu mençaõ d’outros Rios, porq~. só a navegaçaõ destes pó=
de Ser d’utilidade para a Fabrica. [espaço] E com isto julgo ter satis=
530 feito a Comissaõ de q~. V. Ex.a Se Dignou encarregar-me.
Deos Guarde a V. Ex.a muitos annos. Saõ Pau=
lo d’ASsumpçaõ de Loanda 15, de Novembro de 1800//
Ill.mo, e Ex.mo Sñr. Dom Miguel
Antonio de Mello, Governador, e Ca=
535 pitaõ-General deste Reyno, eSuas Con=
quistas.
Antonio Salinas de Benevides
Major e Ajud.te das Ordens
_____________________________
Há um carimbo do Insituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
234
Nº do documento/conjunto documental: 45
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta de José Álvares Maciel a Dom Miguel Antônio de Mello, Governador de
Angola, referindo-se ao mau estado de sua saúde e aos serviços que vinha executando quanto à instalação de
fábrica de ferro em Angola.
Cópia de carta de Dom Miguel Antônio de Mello (Governador de Angola) ao Regente do Distrito de Gollungo
(Angola), José Diogo Roiz (Rodrigues) Ferreira, em conseqüência da carta acima, de 28/01/1801, informando
sobre trabalhos dos negros, compra, controle e registro de pregos feitos por eles.
Cópia de carta de Dom Miguel Antônio de Mello Governador de Angola) ao Inspetor do Real Trem da Cidade
de São Paulo de Luanda (Tenente-Coronel Antônio Máximo de Souza Magalhães), sobre o mesmo assunto da
carta acima, assinada por Dom Miguel Antônio de Mello, Governador de Angola.” (SEABRA, 2008, p. 28).
Local: Luanda.
Datação: 28 de janeiro de 1801.
Datação: 10 de fevereiro de 1801.
Datação: 10 de fevereiro de 1801.
Autores/Subscritores: José da Silva Costa (copista dos documentos, cujos signatários estão informados acima).
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 3”.
<Copia>
IllustriSsimo e Excellentissimo Senhor = As chagas
que ainda tenho nas pernas como V Ex.a saberá
impossibilisaõ hir pessoalmente expór a V Ex.a que
05 os trabalhos da trombeta que V. Ex.a tanto deseja
augmentados, tem parado quazi, por que sahin
do eu de lá afim devir tratar da minha saúde
logo após mim veio doente hum dos dous Car-
pinteiros que deixei, depois o Serrador, e agora o
10 Carpinteiro de machado, que alguns delles ainda
se achaõ como eu com feridas. Os Pedreiros se reco-
lheraõ. Só fica lá hum Carpinteiro, dous Ferreiros
e o Sargento, que em Carta que me escreve de
Dezembro diz ficaraõ onze milheiros de Pregos
15 fora os que segastaraõ nas obras do Armazem.
Nestes termos Ex.mo Senr, sem haver hum bom
numero de Officiaes a quem os dirija como já
expuz saõ frustradas todas as fadigas de V Ex.a
Hum Carpinteiro só naõ faz trabalho algum
20 os que há da Terra só servem para ajudarem ao tra-
balho como qualquer outro que nada saiba do Of-
ficio. Os dous Ferreiros só por fazer Pregos naõ de
vem lá estar, pois que os Ferreiros da Terra os fazem
perfeitamente, e sahem por menos preço, pois se
25 lhe paga duzentos reis pelo cento, e pelo Ferro para
elles cem reis. Epara isto naõ preciza tambem ser
occupado o Sargento porque pode o Capitaõ Mor,
ou Regente encarregar-se disto, más V. Ex.a manda-
_____________________________
Há uma inscrição “7” (algarismo 7 sublinhado), a lápis, no canto superior esquerdo do manuscrito.
235
rá o que for Servido Deos Guarde a V. Ex.a Saõ Paulo
30 da Assumpçaõ de Loanda 28 de Janeiro de1801. Il-
lustriSsimo e ExcellentiSsimo Senhor Dom Miguel
Antonio de Mello De V.Ex.a Humilde eobediente
Subdito Jozé Alvares Maciel.
Para o Regente do Gollungo em
35 consequencia da Carta Supra
Todos os Pregos de Caibro, ou de meio Caibro, que os Pretos
deste Disctricto fizerem compre lhes em até trezentos reis
o cento, e todos os que comprar remetta-os ao Inspector do
RealTrem desta Cidade com Sua Relação por vm aS-
40 signada na qual declare que quantidade de Pregos,
edeque qualidade remette, quanto vem importando
aRemessa, quem a conduz, e quem por parte de VM de
ve receber o importe que promptamente pelo dito Ins-
pector será satisfeita Esta Ordem fará VM publica ahi,
45 para que chegue á noticia de todos, que para aSua
execuçaõ devem concorrer, noteceando-lhes VM tam-
bem que aquelles Sugeitos que trouxerem avender os-
ditos Pregos ao referido Inspector lhes seraõ recebidos
pelo preço acima declarado = Deos Guarde a VM
50 Saõ Paulo da Assumpçaõ de Loanda 10 de Fevereiro
de 1801. Dom Miguel Antonio de Mello = Snr Joze
Diogo Roiz Ferr.a Regente do Destricto do Gollun-
go.
P.a o Inspector do Real Trem sobre
236
55 o mesmo aSsumpto.
Como Vm mecertificou fazer conta á Real Fa-
zenda pela commodidade do preço alem das
outras vantagens Politicas comprar pelo preço de
trezentos reis ocento dos Pregos de Caibro, e meio
60 Caibro fabricados pelos Negros da Ilamba, eGollun-
go, remetto aVm Copia da Carta que hoje escre-
vi ao Regente do respectivo Destricto para que vm
ficando certo deSeu contheudo auxilie as Providen-
cias que nella dei pela parte que lhe foca = Deos
65 Guarde a Vm. Saõ Paulo da Assumpçaõ de
Loanda 10 de Fevereiro de1801 – Dom Miguel
Antonio de Mello = Snr Tenente Coronel An-
tonio Maximo de SouSa Magalhaens Inspe
ctor do RealTrem desta Cidade.
70 Joze daSylva Costa.
_____________________________
Sobre o número “10”, de “10 de Fevereiro” (L. 66), há uma marca em forma de V u de meia lua, feita a lápis, em
tempo segurante posterior à da lavra do documento, proavelmente resultado de conferência de fólios.
237
Nº do documento/conjunto documental: 46
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta de Dom Rodrigo de Souza Coutinho, do Conselho de Estado, Presidente do
Real Erário, à Junta da Administração e Arrecadação da Real Fazenda da Capitania de Minas Gerais, a respeito
se seqüestro de bens de vários eclesiásticos – Lisboa, 10/03/1801, registrada, em Vila Rica, em 17/11/1801.”
((SEABRA, 2008, p. 35).
Local: Vila Rica.
Datação: 17 de novembro de 1711.
Autores/Subscritores: Dom Rodrigo de Souza Coutinho/Carlos José da Silva (copista).
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 40”.
25 Estáconforme
_____________________________
Há uma inscrição “331 / 035”, a lápis, na margem direita do manuscrito, provavelmente feita no século XX, por
ocasião de catalogação do manuscrito por colaborador(a) do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
238
Nº do documento/conjunto documental: 47
Tipologia textual: Edital.
Assunto/resumo: “Cópia de Edital do Governador de Angola (Dom Miguel Antônio de Mello), relatando as
providências a serem tomadas para o estabelecimento da fábrica de ferro.” (SEABRA, 2008, p. 28).
Local: Luanda.
Datação: 02 de abril de 1801.
Autores/Subscritores: José da Silva Costa (copista do documento).
Localização em Seabra (2008): “CD 2 – Século XIX” - “Documento 1”.
Copia //.
Dom Miguel Antonio de Mello do Concelho de S. A. R. Governa-
dor e Capitaõ General do Reino de Angola e Suas Conquistas = Faço
saber aos que o prezente Edital virem que o Principe Regente Nosso
05 Senhor, por effeito da Paternal Beneficencia comque attende, e pro
move sem cessar anossa commum felecidade, epara que as prospe=
ridades deste Reino cresçaõ, edellas ao Commercio Portugues rezul=
tem as vatagens que aprofunda Sabedoria do Mesmo Augusto
Senhor tem muito ao certo estimado, Resolveu mandar aprovei=
10 tar o Ferro das Minas que dodito Metal se encontraõ nes=
te Paiz, e havendo já dado efficazes, e Sapientissimas Providencias
para o estabelecimento de huma Fabrica emque elle sefunda, se-
propõem a dar outras que Sem demora effectuem, erealizem o Pla=
no que para adita Fundaçaõ se acha traçado = Mas como Sua
15 Alteza Real quer que todos os Seus Fieis Vassalos partecipem das=
riquezas que para beneficio commum lhes pertende abrir, e Sem
duvida se os Negociantes e Moradores deste Reino se empenharem
a comprar aos Negros o Ferro que estes posto que em pequenas
Barras fundem, poderá vir a obter ainda que lentamente que
20 os mesmos Negros deposta, ou pelo menos deminuida aSua na
tural inercia se affadigem afundir Ferro para nos vender do
mesmo modo, que se desvelaraõ a aproveitar a Cera deste o tem=
po emque lhe principiamos a dar valor, e por maneira que
este genero já hoje constitue hum grande ramo de exportaçaõ
25 desta Colonia, houve S. A. R. por bem mandar-me parte-
cipar pela Secretaria d’Estado dos Negocios da Marinha, e
Dominios Ultramarinos em Avizo de11 de Outubro de 1798. que
se propunha izentar de Direitos o Ferro de Angola que se im=
portar no Brazil, eproximamente por outro Avizo de 23..
30 de Junho de1800 eu já mandara declarar aditaizençaõ para
que tenha o Seu plenario, e effectivo effeito = Pelo que havendo
_____________________________
Há uma inscrição “9” (algarismo 9 sublinhado), a lápis, no canto superior esquerdo do manuscrito.
239
Eu já por Edital de 30 de Julho de1799, publicado as dispoziçoens do
Avizo de 11 de Outubro de1798, fundadas no reconhecimento dabondade
do Metal, e no da possibilidade que existe, e conveniencia que rezulta=
35 rá de o aproveitarmos, agora esperando e anciosamente dezejando
que os Moradores deste Reino, e os que no Seu Commercio tomaõ mais
immediato interesse cooperem como devem para negocio detanta
utilidade os exorto aque a semilhante objecto se entreguem com=
disvelo, eopromovaõ, e para que esta minha exortaçaõ geralmente
40 sefaça notória se affixará este Edital nesta Cidade, na de São
Felippe de Benguella, e em todos os Prezidios do Sertaõ = Dado
em Saõ Paulo da Assumpçaõ de Loanda aos dous deAbril de
mil outocentos ehum. = O Secretario Joseph daSilva Costa o fez
escrever = Dom Miguel Antonio de Mello = Lugar do –
45 Sello. = Edital por meio do qual V. Ex.a exorta os Negociantes
e Moradores deste Reino para que apliquem acomprar dos=
Negros o Ferro que extrahem das Minas que nesta Região
há dodito Metal, declarando a izençaõ de Direitos que o Prin=
cipe Regente Nosso Senhor tem concedido ao Ferro de Angola
50 que se esportar para o Brazil = Para V. Ex.a Ver -
Joze daSylva Costa.
_____________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
240
Nº do documento/conjunto documental: 48
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta de Miguel Antônio de Mello, Governador de Angola, para o Ministro de Ultramar,
Dom Rodrigo de Souza Coutinho, referindo-se à representação que lhe havia sido feita por Álvares Maciel,
relativa ao aproveitamento de jazidas de ferro em Angola.” (SEABRA, 2008, p. 28).
Local: Luanda.
Datação: 03 de abril de 1801.
Autores/Subscritores: Miguel Antônio de Mello.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - Documento 2”.
_____________________________
Há uma inscrição “8” (algarismo 8 sublinhado), a lápis, no canto superior esquerdo do manuscrito.
“Alvares Ma=” (L. 10) está sublinhado, a lápis, no manuscrito.
241
Nº do documento/conjunto documental: 49
Tipologia textual: Carta e ordem.
Assunto/resumo: “Cópia de ordem de Bernardo José de Lorena (Governador e Capitão General da Capitania de
Minas Gerais) ao Intendente dos Diamantes do Arraial do Tijuco, sobre execução de precatória contra os bens do
réu inconfidente Padre José da Silva de Oliveira Rolim.
Cópia de carta de Dom João, Príncipe Regente de Portugal, ao Intendente dos Diamantes do Arraial do Tejuco
sobre arrematação das casas do seqüestrado Padre José da Silva de Oliveira Rolim.” (SEABRA, 2008, p. 36).
Local: Vila Rica.
Datação: 04 de março de 1801 e 30/03/1802.
Autores/Subscritores: Bernardo José de Lorena / Dom João VI.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 41”.
___________________________
Há uma inscrição “981.51 / M 784” na margem direita do manuscrito, provavelmente de catalogação do manuscrito,
feita, no século XX, no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
242
Capitania, a Ordem Competente para Se arrematarem as Cazas
do Sequestrado Inconfidente o Padre Jozé da Silva de Oliveira, vos-
havia buscado o Doutor Placido Seu Irmaõ, dizendo que o dito Padre
tinha Sido perdoado, eque Selhehavia mandado entregar os Seus bens,
30 eque por esta cauza pertendia a espera de dous Mezes para aprezentar
aOrdem, cujo tempo havia passado, aoque Sou Servido ordenar-vos de-
pois deSer prezente o Doutor Procurador da Minha Real Fazenda
deque deveis fazer effetiva aOrdem que vos foi expedida naconfor-
midade da deprecada para ter oSeu devido effeito aarrecadaçaõ dos ditos
35 bens confiscados, equando haja parte que opôr, Seguireis os termos
que vos competem. ASsim ofareis executar. O Principe Re-
gente Nosso Senhor o Mandou por Bernado Jozé de Lorena
do Seu Conselho, Governador, e Capitaõ General da Capitania de
Minas Geraes, e Prezidente da Junta da Real Fazenda damesma.
40 Joaõ Ignocencio de Azeredo Coutinho afez em Villa Rica do Ouro
preto aos 30 de Março d’1802 = Eeu Carlos Jozé da Silva
Escrivaõ, eDeputado da Junta da Fazenda Real, que afis escrever
Bernardo Jozé de Lorena.
___________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior direita do manuscrito.
243
Nº do documento/conjunto documental: 50
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Padre José da Silva de Oliveira Rollim à Rainha (Dona Maria I), pedindo que ela
determine que a Secretaria dos negócios do Reino lhe passe certidão do teor de aviso expedido ao Abade do Real
Mosteiro de São Bento para sua liberdade – s.d. (com certidão, datada de 11/08/1802).” (SEABRA, 2008, p. 36).
Local: Vila Rica.
Datação: 11 de agosto de 1802.
Autores/Subscritores: Padre José da Silva de Oliveira Rollim.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 42”.
10 Despacho.
PaSse do que constar não havendo inconveniente.
Palacio de Queluz em sette de Agosto de mil
oitocentos edois = Visconde de Barbacena //
Certidaõ.
15 Nesta Secretaria de Estado dos Negocios do Reyno
a folhas setenta eSinco, verso do Livro vigesimo
nono dos Avisos se acha Registado hum do theor
Seguinte // ——————————————————
244
lhe permitta o Sahir para fora do mesmo Mosteiro, e ficar
restituído á Sua liberdade, sem embargo de qualquer Ordem
30 em contrario = Deos guarde a Vossa Paternidade reverendiS=
sima. Paço em vinte e dois de Julho de mil oito centos e dois =
Visconde de Balsemaõ = E naõ se continha mais no Registo
do referido Avizo de que se paSsou a prezente Certidaõ para
constar aonde convenha. NoSsa Senhora da Ajuda em
35 onze de Agosto de mil oito centos e dois // ————————
Em test.o deverd.e
___________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
245
Nº do documento/conjunto documental: 51
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta do Padre José da Silva de Oliveira Rollim, requerendo à Rainha (Dona Maria I)
devolução de seus bens, seqüestrados por suspeita de sua participação na Inconfidência Mineira, e de herança
deixada por seu pai, com respectivos despachos.” (SEABRA, 2008, p. 37).
Local: Lisboa.
Datação: 08 de junho de 1803.
Autores/Subscritores: Padre José da Silva de Oliveira Rollim.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 47”.
___________________________
Há uma inscrição “981 51 / M 989”, logo após a linha 5 do manuscrito, em posição central, escrita diagonalmente, a
lápis, resultado provável de catalogação dele no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
246
40 no que concordão outras muitas decisões Conciliares, declarando sem
effeito a venda de Sem.es Bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio,
irregulares. 3º O Pay do Suppl.e sobreviveo muitos annos a Sua
prizaõ, e nestes termos, segundo o Direito, naõ ha herança an=
ttes da morte do Testador, ainda no caso de Sentença condemna=
45 toria contra o Supp.e jamais poderia comprehender Bens que
naõ eraõ seus, nem estava inhabilitado p.a adquirir, muito prin=
cipalm.te intervindo, como interveio na instituição Paterna a
expreSsa condiçaõ de poder herdar o Supp.e e com substituiçaõ
positiva no caso delhe obstar á SucceSsaõ a culpa em que
50 Se suppunha inniciado. Finalmente o Suppl.te depois da grave,
e penosa pena de doze annos de prizaõ, mereceo da Piedade,
e Grandeza de V. A. R. o perdão de toda a Supposta Culpa, como
se manifesta do Regio Aviso junto, e se por esta Graça
obteve o beneficio da liberdade, e de ser reintegrado nos
55 direitos de Cidadão, como naõ ha de comprehender-se na
mesma o pleno dominio dos Bens, de que nunca foi pri=
vado por Sentença? A Razaõ e o Direito naõ authorisaõ
a restricta intelligencia dos beneficios liberalisados pelos
Principes Soberanos, nem pode ser das Piedosas Intenções
60 de V. A. R. que o Supp.e na qualid.e de Clerigo mendigue
a subsistencia neceSsaria, destituido do seu Patrimonio, e da=
quelles Bens Paternos, unicos de que pode viver com a de=
cencia propria do seu Estado: motivos porque humildemente
Supplica a V. A. R. a nova Graça de mandar se entreguem
65 ao Supp.e todos os mencionados Bens, e o producto dos que ja
naõ existirem, ficando de nenhum effeito a venda, e remata=
çaõ das cazas do Seu Patrimonio, bem como a de quaesquer
outros Bens, especialm.te porque se elles arremataraõ ja qd.o
V. A. R. Determinado a Soltura do Supp.e, e estando ja
70 solto o seu Companheiro, q’ fôra com o Supp.e igualado naquelle
supposto delicto, expedindo-se p.a esse fim a Ordem competente
dirigida á Junta da Fazenda de Villa Rica =
247
Nº do documento/conjunto documental: 52
Tipologia textual: Ordem.
Assunto/resumo: “Ordem de Dom Rodrigo de Souza Coutinho, Presidente do Real Erário, relativa ao Padre
José da Silva de Oliveira Rollim, para que se lhe entreguem os bens que foram seqüestrados por causa de sua
prisão. Mandada escrever por Fernando Guedes Pereira Martinho, em Lisboa. Há despacho, em margem, de Vila
Rica, de 18/01/1804, para que se cumpra a ordem.” (SEABRA, 2008, p. 37).
Local: Lisboa.
Datação: 18 de janeiro de 1804 e 14 de junho de 1803
Autores/Subscritores: Dom Rodrigo de Souza Coutinho.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 45”.
<Reg. af.265//>
__________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais próximo da extremidade inferior esquerda do
manuscrito.
248
<Cumprase, e Registese. V.a Rica 18 de
Janeiro de 1804
[Sinal público]
[Sinal público] [Sinal público] [Sinal público] [Sinal público>
15 <Regda a f. 93vo do Lº 3º de
Reg.to de Semelhantes
Borges>
__________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais próximo da extremidade inferior direita do
manuscrito.
249
Nº do documento/conjunto documental: 53
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Cópia de carta do Padre José da Silva de Oliveira Rollim, requerendo à Rainha (Dona Maria
I) devolução de seus bens, seqüestrados por suspeita de sua participação na Inconfidência Mineira, e de herança
deixada por seu pai, com respectivos despachos.” (SEABRA, 2008, p. 36-37)).
Local: Vila Rica.
Datação: 21 de fevereiro de 1804.
Autores/Subscritores: Padre José da Silva de Oliveira Rollim/Francisco Borja Garção.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 44”.
__________________________
Há um selo de 40 réis com a inscrição “Cauza Publica” e as Armas de Portugal em baixo-relevo, no centro da
margem superior do suporte do manuscrito.
250
muitas e deciSões con.........cililares; declarando sem effeito a verdade Se=
milhantes bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio Irregulares. Terceiros,
35 o Pay do Supplicante sobrevivêo muitos annos á sua prizaõ, e nestes ter=
mos, como Segundo aos de Direito, naõ há herança antes da Morte do Tes=
tador, ainda no Cazo de Sentença condennatoria contra o Supplicante, já
mais poderia comprehendêr bens, que naõ éraõ Seus, nem estava inhabellita=
do para adquirir, muito principalmente intervindo, como interveio na Institui=
40 çaõ. Paterna a expreça condiçaõ de podêr Erdár o Supplicante; e com Substi=
tituiçaõ poSitiva, no Cazo de lhe obstár á Succeçaõ. a Culpa sem que Se Supu=
punha iniciado. Finalmente o Supplicante dipois da grave, e pennoza pen=
na de doze annos de prizaõ, merecêr da Piedade, e Grandeza de Vossa Altêza
o perdão de toda a Culpa, como Se manifesta do Regio Avizo, e Se por
45 esta Graça obteve o benificio da Liberdade, e o deve Sêr reintegrado nos Di
reitos de Cidadaõ, como naõ hade comprihender-se na mesma o plêno Dominio
dos bens de que nunca foi privado por Sentença? A razaõ e Direito naõ au=
ctorizaõ a restricta intiligencia dos benificios Liberalizados pelos Principes So=
branos, que pode, digo, nem póde Sêr das Piedozas Intençoës de Vossa Al=
50 teza, que o Supplicante na quallidade de Clerigo Mendigue a Subsisten=
cia necessaria, deshilude do Seu Patrimonio, e daquelles bens Paternos, uni=
cos, deque póde vivêr com a decenSia propria do Seu Estado: Motivos por
que humildemente Supplica a VoSsa Altêza Real a nova Graça de Man=
dár, se entreguem ao Supplicante todos os MenSionados bens, e o produ=
55 cto, dos que já naõ existirem, ficando de nenhum effeito a venda e arremata=
çaõ das Cazas do Seu Patrimonio, bem como a de quesquer outros bens, es=
pecialmente porque elles Se arremataraõ já quando Vossa Altêza Real
havia detrerminado a Soltura do Supplicante, e estando já solto o Seu
Companheiro, que fora com o Supplicante iguallado no predicto delicto,
60 expedindo-se para êSse fim a Ordem compettente dirigida á Junta da
Fazenda de Villa Rica = Pede a VoSsa Alteza Real Se digne como Pay
de Seus Vassalos attendêr a taõ quallificada Supplica, mandando ex=
pedir Ordem nos termos, para o fim que implora = E Receberá Mercê //
Jozé da Silva e Oliveira Rollin ./.
65 Fran.co de Borja Garçaõ Stockler
__________________________
A palavra “con.........cililares” está grafada dessa forma porque, onde estão os pontos, há, no centro da margem
superior do suporte do manuscrito, um selo de 40 réis com a inscrição “Cauza Publica” e as Armas de Portugal em
baixo-relevo.
251
Nº do documento/conjunto documental: 54
Tipologia textual: Carta.
Assunto/resumo: “Carta escrita pelo Secretário Francisco Borja Garção Stockler, a mando de José Antônio
Gaspar (Ministro do Conselho Ultramarino), em nome de Dom João, Príncipe Regente de Portugal, etc., sobre
requerimento do Padre José da Silva de Oliveira Rollim, pedindo que lhe sejam entregues seus bens seqüestrados
em função da “suposta sedição” ocorrida na Capitania de Minas Gerais.” (SEABRA, 2008, p. 36).
Local: Lisboa.
Datação: 24 de abril de 1804.
Autores/Subscritores: Francisco Borja Garção.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 43”.
[ilegível] <pg.>
__________________________
“Graça [espaço] de Deos” tem esse [espaço] porque onde está “[espaço]”, aqui, há, no centro da margem superior do
suporte do manuscrito, um selo de 40 réis com a inscrição “Cauza Publica” e as Armas de Portugal em baixo-relevo.
Há uma inscrição “981.51 / M 987”, feita a lápis, em parte lateral esquerda do manuscrito, após as assinaturas,
resultado de esforço de catalogação de manuscritos no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
Há um carimbo do Instituto Hist´rico e Geográfico de Minas Gerais na margem inferior direita do manuscrito.
252
]
Nº do documento/conjunto documental: 55
Tipologia textual: Requerimento.
Assunto/resumo: “Requerimento do Padre José da Silva de Oliveira Rollim, à Rainha (Dona Maria I), sobre
devolução de seus bens e de heraná deixada por seu pai.” (SEABRA, 2008, p. 37).
Local: Vila Rica.
Datação: 1804.
Autores/Subscritores: Dom Rodrigo de Souza Coutinho.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 46”.
__________________________
Há uma inscrição “981.51 / M 988”, feita a lápis, em parte lateral esquerda do manuscrito, após as assinaturas,
resultado de esforço de catalogação de manuscritos no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
253
<Documentos relativos
ao P.e Rolim.>
254
Nº do documento/conjunto documental: 56
Tipologia textual: Despacho.
Assunto/resumo: “Despacho de Requerimento de Antônio Joaquim Roiz (Rodrigues) de Macedo sobre
testamento.” (SEABRA, 2008, p. 29).
Local: Sem indicação de local. Provavelmente, Vila Rica.
Datação: 21 de outubro de 1807.
Autores/Subscritores: Antônio Joaquim Roiz (Rodrigues) de Macedo.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - ”Documento 4”.
Requerimento de
Despacho
255
Nº do documento/conjunto documental: 57
Tipologia textual: Relatório.
Assunto/resumo: “Real Fazenda – Confiscação dos bens de Ignácio José de Alvarenga Peixoto, com os cálculos
pertinentes, feita pela Contadoria da Real Fazenda.” (SEABRA, 2008, p. 30).
Local: Vila Rica.
Datação: 17 de abril de 1818.
Autores/Subscritores: Manoel Teixeira de Souza
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 13”.
Com as duas relaçoens q’ ao d.e vaõ juntas , e com as duas Copias q’.
05 depois dellas se Seguem, huma, do teor da pinhora a q’. Se refere a
Notta posta na p.ra rel.am, e a outra do teor do auto de
arrem.am q’ fez o dev.or final Joaõ Roiz’ de Macedo da Fazd.a
em os bens sequestrados, partilhados ao inconfid.e Ignácio
J.e de Alv.a, Satisfas esta Contadoria ao req.o a f.e 123,
10 e determinado a d.a f.s Contadoria da Junta da R.l
F. a 17 de Abril de 1818. = O p.ro Escr.o M.el Txr.a de Sz.a //
__________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na esxtremidade inferior direita do manuscrito.
256
Arrematação da Lavra ______________________// 42:077$155
Abate-se de bens ‘q naõ recebeo ____________// 651$800
41:425$355
20 Pagou avista _________________ 20:086$041 2[ilegível]
P.lo producto das Lavras antes das
Tercas p.tes __________ 10:930$047
as tes
Plas 3. p ________ 765$526 31:781$614
10:643$741
__________________________
As linhs 17 a 24 estão riscadas por traços em diagonal, no original.
257
Nº do documento/conjunto documental: 58
Tipologia textual: Procuração.
Assunto/resumo: “Procuração de Maria Dorothea Joaquina de Seixas para Manoel Paes Teixeira Ruas, com o
objetivo de receber o que ela tem direito junto à Tesouraria da Fazenda – Ouro Preto – 17/07/1834 – Anexo:
Ministério da Fazenda, Despesa Geral, para Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, comunicado para pagamento de
dívida de 20 mil réis.” (SEABRA, 2008, p. 34).
Local: Ouro Preto.
Datação: 17 de julho de 1834.
Autores/Subscritores: Maria Dorothea Joaquina de Seixas/Ministério da Fazenda.
Localização em Seabra (2008): “CD. 2 – Século XIX” - “Documento 32”.
<Notada
a f 72>
D. Maria Dorothea Joaq.na de Seixas.
20 [Teixeira] [Castro]>
258
Guia N 271 L.o 6° G. Df 47
Ant.o 187
1834 Agosto 6
__________________________
Há um carimbo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais na parte central da margem superior do manuscrito.
259
CAPÍTULO 5
GLOSSÁRIO
1a) Glossário - Parte Geral — com 157 (cento e cinquenta e sete) lemas
—, reunindo todas as palavras selecionadas do corpus relativas a
atividades relativas à Inconfidência, às entidades nela envolvidas, às
atividades laborais em geral, à mineração (especificamente) e ao
patrimônio dos inconfidentes e de pessoas a eles vinculadas, seguidas de
suas respectivas variantes, classes gramaticais, definições e abonações; e
A
1 - ÁGUA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Agoa, agoas. ● Líquido natural, incolor, translúcido, inodoro, com
que se mata a sede, se potável, e que corre, na natureza, em leitos naturais, formando rios, ribeirões,
lagoas, lagos, córregos, etc.. ● (Água ~ Agua ~ Aguas - 10 ocorrências): nos attendivel, qual hé a dalta
de quéda, ou altura d’aguas do (M. 44, L. 40); se para remediar este defeito, se reprezassem as aguas
por meio d’um (M. 44, L. 40); ou antes excessiva altura das aguas do Rio Guango q.’ alli corre, e q.’ (M.
44, L. 55); as aguas hé taõ consideravel, que naõ há Máquina alguma (M. 44, L. 111); partes se acha alli
commodidade para se tomarem as aguas com pe= (M. 44, L. 115); de Desembro, as chamadas aguas
pequenas; e as grandes desde (M. 44, L. 140); hum Canal, q.’ desvie, e dê sahida ás aguas supérfluas
das en= (M. 44, L. 151); engrossar com suas aguas o grande Guanza. [espaço] Este, seguindo (M. 44, L.
266); Seus trabalhos; tendo quantidade, e altura d’aguas mais que a (M. 44, L. 334); a qual Retinha as
aguas, e as forçava a subirem á altura de trin= (M.44, L. 393). ● (Agoa ~ agoas - 03 ocorrências):
Septembro, fim do Estío para este Paîz, levaria d’agoa duas para três; (M. 44, L. 15); lumbo naõ há
agoas que possaõ ser trazidas de alguns (M. 10, L. 25); nhas, e agoas. 4º Finalmente por que o ár he
incompa- (M. 10, L. 44).
ÁGUAS GRANDES ● (V) ● NCf [Spl] ● Var.: Agoas grandes. ● Chuvas pesadas, mais abundantes,
próprias do período mais chuvoso do ano. ● (Agoas grandes - 01 ocorrência): costumaõ durar desde o
principio d’Outubro athé princípios | de Desembro, as chamadas aguas pequenas; e as grandes desde |
os fins de Fevereiro athe dins de Maio. Nestes cinco, ou seis mezes, (M. 44, L. 139-140-142).
AGUAS PEQUENAS ● (V) ● NCf [Spl] ● Var.: Agoas pequenas. ● Chuvas leves. ● (Agoas pequenas -
01 ocorrência): costumaõ durar desde o principio d’Outubro athé princípios | de Desembro, as chamadas
aguas pequenas; e as grandes desde(M. 44, L. 139-140).
ÁGUAS ALTAS ● (V) ● NCf [Spl] ● Var.: Aguas altas. ● Queda d’água de grande altura, de cachoeira
ou de grande declive de rios. ● (Aguas altas - 01 ocorrência): particular mais do q.’ esta; pois athé da
essencialissima de | aguas altas carece. (M. 44, L. 382-383).
ÁGUAS SUPÉRFLUAS ● (V) ● NCf [Spl] ● Aguas supérfluas. Águas abundantes resultantes de
inundação, de enchente. ● (Aguas supérfluas - 01 ocorrência): hum Canal, q.’ desvie, e dê sahida ás
aguas supérfluas das en= | chentes; o que mais facilmente se conseguirá, chegando-se o Edifi= (M. 44,
L. 151-152).
2 - ALFERES ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Alf.es, Alf.s. Antigo posto militar, equivalente, hoje, ao de
segundo-tenente, que era relativo ao primeiro grau do oficialato na América Portuguesa. ● (Alferes - 02
ocorrências): oMeirinho geral o Alferes An (M. 19, L. 45); Ao Alferes Joaqm Jozé da S.a de 11_de (M. 23,
L. 46); Ao Alferes Joaquim Joze .............// 4$000 (M. 23, L. 72). ● (Alf.es - 01 ocorrência): Despesa, que
fes oAlf.es Joaq.m Joze daXer Com.e daPa- (M. 11, L. 1). (Alf.s - 01 ocorrência): Alfs Comd.e do Cam.o
nouo (M. 11, L. 21).
261
3 - ALQUEIRE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Medida de superfície antiga, equivalente a 15.625 palmos
quadrados e, hoje, no Brasil, ainda usada, equivalendo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em Goiás
(alqueire mineiro), a 48.800m2; em São Paulo (alqueire paulista, a 24.200m2 e, no Norte do País (alqueire
do Norte), a 27.225 m2. ● (Alqueires - 02 ocorrências): Levaria deplanta vinte alqueires, huma (M. 39, L.
173); alqueires = huma morada de Cazas Citas no (M. 39, L. 175).
4 - ANCOROTE ● (V) ● Nf [Ssing] ● Pequeno barril, usado para guarda, maturação e transporte de
aguardente, com capacidade para 36 (trinta e seis) litros (para líquidos). Unidade de medida de
capacidade equivalente a 36 litros. ● (Ancorote ~ Ancorotes - 03 ocorrências): bita somente importa cada
Ancorote de vinte | cinco Canadas Setemil equinhentos reis; porque (M. 36, L. 138); ancorotes de
Geribita, e das Peças de Cre, que vaõ (M. 36, L. 64); para o que mandei entregar ao dito Maciel seis
Anco- | rotes de Geribita, e dés pessas de Cré ordinario que saõ os ge- (M. 10, L. 112-113).
5 - AQUEDUTO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Aqueducto. ● Canal condutor de água de um lugar para
outro. ● (Aqueducto - 03 ocorrências): do monte o canal, ou aqueducto natural que fôr preciso. (M. 44,
L. 118); gir, por aqueducto natural para onde convier; base Sólida pa= (M. 44, L. 336); huma càlha ou
aqueducto d’uma braça de largo, e cincoenta e qua= (M. 44, L. 439).
262
02 ocorrências): Macedo dev.or p.la arremat.am do Contr.o de Entradas (M. 57, L. 03); e a outra do auto da
arremat.am q’ fes o Macedo de Fazd.a o mais bens (M. 57, L. 15).
B
12 - BANDA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Lado, parte lateral de um lugar ou de uma coisa. ● (Banda - 04
ocorrências): huma banda, com Pedro da Costa, edaou (M. 39, L. 178); cujas faldas, pela banda do
Norte lava o Rio Muria; o qual em (M. 44, L. 14); fructos que ella lhes póde dar. Para a banda do Norte
Terras (M. 44, L. 185); chamados aqui terráes da banda do Nascente, isto hé Sueste, Les- (M. 44, L.
278); Banda do Sôva Alexandre Maria, e viria buscar a mar= (M. 44, L. 355); da banda do Nascente
mais do dôbro; sendo preciso para sustentar (M. 44, L. 390).
13 - BARRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Peça longa e estreita de deterrminado material sólido; lingote. ●
(Barra ~ Barras - 07 ocorrências): ta e dous reis, nas barras seguintes. (M. 5, L. 26); mentas para fazerem
o Forno, o Carvaõ, e cortarem o Ferro | em Barra depois de fundido, atrahindo os Negros da- (M. 10, L.
102-103); chamaõ Libambos, e Barras do feitio e tamanho das (M. 10, L. 131); qual quer modo
extrahirem, e nos quizerem vender | em Barra, sem os apartar das terras em que vivem, (M. 10, L. 139-
140); que elles lhe quizerem vender em Barra, dando-lhe (M. 10, L. 186); em Barra fundirem, eaVm.ce
entregarem por (M. 36, L. 60); exportaçaõ do ferro fundido em barra hé em menor quantidade (M. 44, L.
500). ● 2) Formação geológica em desembocadura do rio, devido à acumulação de materiais de aluvião e
sedimentos em geral, que se forma na linha percorrida pelo curso de água; entrada de um porto marítimo
ou fluvial. ● (Barra - 05 ocorrências): ao Cabo da Barra para elle o fazer da Fos do (M. 36, L. 115);
transporte do Ferro para a Barra do Bengo (M. 36, L. 121); me por via do Cabo da Barra do Bengo no
que (M. 36, L. 142); direm em Barra, evm. deve ficar na intelligencia (M. 37, L. 09); maduras
Combinações de V. Ex.a, ×. a barra deste caudalozo Rio (M. 44, L. 291).
14 - BEM ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Bems. ● Coisa que se tem em patrimônio; pertence. ● (Bens - 77
ocorrências): dereis, procedendo-se, se for precizo, apenhora em bens da (M. 2, L. 61); <25 Junho> co
Rees Enos bens do invento dezaSe= <318$885> (M. 7, L. 70); e SeteCentos Reis E nos bens de invento
<17$700> (M. 7, L. 119); bens do invento mil quatro Centos e (M. 7, L. 127); Pedra branca e
outros bens do ditto Ag (M. 7, 201); ceder a sequestro nos bens de Joze Alves Maciel, Contractador, que,
(M. 9, L. 13); va, mandado proceder a sequestro nos bens do Devedor, conseguio este (M. 9, L. 23);
extrahîdo da ex.m ra os bens de Luis e Fran.ca (M. 19, L. 03); Pedro, Rematado naex.am contra os bens
(M. 19, L. 25); do contrato, como os bens do Contratador e seos fiadores p.a que naõ (M. 24, L. 06);
precatoria, executoria, Contra os bens (M. 28, L. 04); Car met.e dos bens dos Inconfidentes, Jo (M. 28, L.
263
07); os bens á praSa, enão haverá descuido (M. 28, L. 13); Cuja falta Resultou oprocederçce aSequestro
emtodos os Seus bens (M. 32, L. 20); deste Districto, pa confiscarem os bens per- (M. 34, L. 05); e
Sequestro feito embens do Confiscado Joaõ Dias da Motta, (M. 35, L. 02); defiridos Sobre os bens
doConfiscado Joaõ Dias da Motta, (M. 35, L. 05); ter ficado des tituido de bens meu Irmaõ Domingos
(M. 38, L. 07); do de mais bens, e nome de pessoa que lhe deua. Eu me (M. 38, L. 11); osbens
doSequestrado Jo (M. 39, L. 02); no Lugar, e existencia dos bens Seques (M. 39, L. 18); cunstancias que
se praticaõ em osbens (M. 39, L. 25); os bens aprehendidos Seconservem naCautela requerida eque
pareceo (M. 40, L. 22); Senhora = Havendose Confiscado todos os bens pertencentes aos Reverendos
Eclezias- (M. 40, L. 17); caminho, que vaõ tendo os mesmos bens nas maons dos Depozitarios Con (M.
40, L. 32); ça condenatoria devo promover aarremataçaõ dos referidos bens fazen- (M. 40, L. 37); bens
como hade constar nesse Juizo, tendo desde aquela ocaziaõ athe (M. 40, L. 55); oprezente mediado
tempos e que por esse motivo hajaõ de ter os bens (M. 40, L. 56); que Seachaõ os bens pertencentes aos
referidos Sequestros naparte (M. 40, L. 61); zultar prejuizo pellos descaminhos em que aquelles bens
possaõ estar (M. 40, L. 63); ta relativa ao Sequestro feito nos bens dos Reos Ecleziasticos Senten (M. 43,
L. 06); bens por estarem Sem outra alguma formalidade mais do que os pri (M. 43, L. 09); avido
Sentença em queSedespuzese dos bens, que lhes foraõ Sequestrados (M. 43, L. 18); o Juizo do Sequestro
provizionalmente proseda navenda dos ditos bens (M. 43, L. 19); dos bens Sequestrados avarios
Ecleziasticos Reos de Inconfidencia a= (M. 46, L. 08); chandose os mesmos bens em poder de
depozitários por naõ haver ainda (M. 46, L. 09); poderiaõ ter nas mãos dos depozitários dos ditos bens
attenta aSua na= (M. 46, L. 12); cionados bens Recolhendose o Seo producto por depozito e que
Sucedendo (M. 46, L. 16); comprehenderemse nos mesmos bens algumas peSsas de ouro ou Prata (M.
46, L. 17); prezente a Precatoria estrahida contra os bens do Reo Inconfidente (M. 49, L. 06); tinha Sido
perdoado, eque Selhehavia mandado entregar os Seus bens, (M. 49, L. 29); bens confiscados, equando
haja parte que opôr, Seguireis os termos (M. 49, L. 35); que, sendo capturado, e sequestrados os seus
Bens, em conse= (M. 51, L. 08); mente que os seus respectivos Bens se conservaSsem debaixo da (M. 51,
L. 13); conservarem os mencionados Bens na forma ponderada por mui= (L. 51, L. 16); tenções de V. A.
R. 1º Porq’ o perdimento de Bens, aSsim como (M. 51, L. 21); Direito importa simplezm.te á segurança
dos Bens p.a evitar (M. 51, L. 26); Os Bens do p.r Sequestro entre os quais se comprehende (M. 51, L.
29); teriores, prohibem severam.te a alienaçaõ dos Bens Patrimoniais (M. 51, L. 38); effeito a venda de
Sem.es Bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio, (M. 51, L. 41); toria contra o Supp.e jamais poderia
comprehender Bens que (M. 51, L. 45); mesma o pleno dominio dos Bens, de que nunca foi pri= (M. 51,
L. 56); quelles Bens Paternos, unicos de que pode viver com a de= (M. 51, L. 62); ao Supp.e todos os
mencionados Bens, e o producto dos que já (M. 51, L. 65); outros Bens, especialm.te porque se elles
arremataraõ ja qd.o (M. 51, L. 68); tende se lhe entreguem os bens que lhe foraõ sequestrados, por cauza
da (M. 52, L. 06); trado em Seus bens com conSequencia de Sêr comprihendido na Supposta Se= (M. 53,
L. 05); do igoalmente que os SeusRespectivos bens se concervaSsem debaixo da Se= (M. 53, L. 09); os
Mencionados bens por muitos annos na forma ponderada, a Requeri= (M. 53, L. 12); que o perdimento
de bens, aSsim como todas as mais penas Só tem Lugar (M. 53, L. 17); mos de Direito importa
simplesmente a Segurança dos bens para evitar o Seu (M. 53, L. 21); mesmos, e respectivos uzo e fruto:
Segundo, os bens do primeiro Seques- (M. 53, L. 23); Severamente a alienaçaõ dos bens Patrimoniaes,
no que concordaõ. Outras Leys (M. 53, L. 32); milhantes bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio
Irregulares. Terceiros, (M. 53, L. 34); mais poderia comprehendêr bens, que naõ éraõ Seus, nem estava
inhabellita= (M. 53, L. 38); dos bens de que nunca foi privado por Sentença? A razaõ e Direito naõ au=
(M. 53, L. 47); cia necessaria, deshilude do Seu Patrimonio, e daquelles bens Paternos, uni= (M. 53, L.
51); dár, se entreguem ao Supplicante todos os MenSionados bens, e o produ= (M. 53, L. 54); çaõ das
Cazas do Seu Patrimonio, bem como a de quesquer outros bens, es= (M. 53, L. 56); Graça de lhe
mandar entregar os Seus bens Sequestrados, pella Su= (M. 54, L. 11); Sas Minas, a que sedeo o nome de
sedição: foraõ os Seus bens apprehendi= (M. 55, L. 03); ma Ordem se paSsou para a arremataçaõ destes
bens; porque por ordem Su= (M. 55, L. 05); xaSsem de arremattar o seo Patrimonio, os mais bens, e até
huma heran= (M. 55, L. 11); em os bens sequestrados, partilhados ao inconfid.e Ignácio (M. 57, L. 08); e
a outra do auto da arremat.am q’ fes o Macedo de Fazd.a o mais bens (M. 57, L. 15); Abate-se de bens ‘q
naõ recebeo ____________// 651$800 (M. 57, L. 18); Leva-se em conta de bens q’ naõ recebe 651$800
(M. 57, L. 26). ● (Bems - 09 ocorrências): averiguar, aonde existaõ quaisq.r bems (M. 6, L. 11); bems
vagos por falta de SuceSsão, ou por (M. 6, L. 15); aõ athé agora arrecadaçaõ dos bems va (M. 6, L. 35);
bems algums, mais q’. os reditos do oficio q.’ (M. 8, L. 14); e os bems em Ser, e Cred.os q.’ naõ vaõ ao
Cofre (M. 8, L. 28); qd.o elle naõ tem outros bems de q.’ Suprir ás (M. 8, L. 31); a peSsoa q.’ tenha bems
264
Seos de q.’ Subsistir, (M. 8, L. 53); nejar Cred.os, e Cobranças, a bems, naõ os tendo (M. 8, L. 57); todas
as bemfeitorias, escravos, e bems declara- (M. 21, L. 19).
15 - BOI ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Bôys. Mamífero ruminante, da família dos bovídeos, criado para
produção de carne, cuja fêmea é a vaca, produtora de leite. ● (Bois ~ Bôys - 01 ocorrência): os pouco
mais ou menos = Dezoito bois (M. 39, L. 133). ● (Bôys - 01 ocorrência): Paîz, de que se póde
immediatamente fazer uso, saõ os Bôys. (M. 44, L. 321).
16 - BOLDRIÉ ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var: Buldrie, boldrihe. Cinturão ou colete parcial, no qual se
prende arma ou espada. ● (Buldrie - 01 ocorrência): hum Buldrie develudo amarelo todo aga | loado
deprata com todos os Seos aprestos (M. 39, L. 31-32). ● (Boldrihe - 01 ocorrências): mesma prata com
Seu boldrihe do mes (M. 39, L. 36).
C
18 - CABO ● (V) ● Nm [Ssing] ● 1) Acidente geográfico formado por uma massa de terra que se estende
em um rio que lhe é adjacente. ● (Cabo 2 ocorrências): ao Cabo da Barra para elle o fazer da Fos do (M.
16, L. 115); me por via do Cabo da Barra do Bengo no que (M. 36, L. 142). ● 2) Militar graduado em
segundo posto da hierarquia do Exército, de patente imediatamente inferior à de terceiro-sargento e
superior à de soldado. ● (Cabos - 01 ocorrência): Caparticipando-as vm atodos os Cabos, emais peSsoas
aque (M. 37, L. 65).
21 - CALHA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Canal de derivação que leva água à roda do moinho ou a outro lugar.
● (Calha ~ Càlha ~ Calhas - 06 ocorrências): poderá levar calha e meia de moinho. (M. 44, L. 56); re,
escada que para ella sóbe, calha, canal de desaguadoiro, ja= (M. 44, L. 464); tal hé o tanque ou prêza
×. está no fim da calha; no qual se re= (M. 44, L. 470); huma càlha ou aqueducto d’uma braça de largo,
e cincoenta e qua= (M. 44, L. 439); calhas de Moinho. Fica o Lugar a Lês Sueste desta Capital, e
distan= (M. 44, L. 16); da Sua maior pobreza, mais que oito ou nove grande calhas d’a= (M. 44, L.
132).
22 - CANAL ● (V) ● Nm [Ssing] ● Leito para escoamento de água. ● (Canal - 03 ocorrências): do monte
o canal, ou aqueducto natural que fôr preciso. (M. 44, L. 118) ● hum Canal, q.’ desvie, e dê sahida ás
aguas supérfluas das en= (M. 44, L. 151) ● re, escada que para ella sóbe, calha, canal de desaguadoiro,
ja= (M. 44, L. 463).
265
23 - CANOA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Canôas. ● Pequena embarcação, normalmente feita em uma só
peça em madeira escavada, utillizada como meio de transporte em rios ou lagos, com tração humana,
mediada por remos ou pás. ● (Canoas ~ Canôas - 04 ocorrências): Acerca de Canoas para o (M. 36, L.
120); modamente fazer-se estas conducçoens por meio de Canôas, ou antes (M. 44, L. 129); que
sufficiente para nadarem Canôas carregadas ou quaesquer ou= (M. 44, L. 134); exportaçoens em
Canôas, ou Embarcaçoens maiores, mâs ac= (M. 44, L. 310).
24 - CAPITÃO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Cap.am, Cap.m. ● Patente militar de um oficial do Exército
responsável por uma companhia; pessoa investida nesse cargo, em virtude de progressão na carreira
militar ou de designação oficial, durante o período da América Portuguesa. ● (Capitão ~ Capitaõ - 09
ocorrências): Capitaõ Manoel Joaquim de Sá (M. 23, L. 83); tisfazer as mesmas ao Capitaõ Ma-(M. 23,
L. 150); para satisfazer as mesmas ao Capitaõ (M. 23, L. 193); fazer as mesmas ao Capitaõ Manoel (M.
23, L. 207); Capitaõ Manoel Joaq.m de Sá, prezo (M. 23, L. 250); medorias ao Capitaõ Manoel Joa- (M.
23, L. 315); Ao Capitaõ Joaõ Luis Bernardo (M. 23, L. 362); O Capitaõ Antonio Nunes de Rezende (M.
39, L. 166); de Rezende O Capitaõ Joze Alves de (M. 39, L. 167). ● (Cap.am General - 02 ocorrências): e
Cap.am General desta Capitania, epara cons- (M. 12, L. 09); jurados foi logo denunciada ao Ill.mo Ex.mo
Governador, e Cap.am | General para previnir eatalhar aquella Rebeliaõ; foi omesmo (M. 32, L. 07-08).
● (Cap.m - 59 ocorrências): Caixeiro do Cap.m Antonio Frr.a 42/8.as (M. 20, L. 07); Cap.m An.to Ferr.a
quarenta, e duas oitavas, e (M. 20, L. 10); Costa p.a satisfazer ao Cap.m Manoel (M. 23, L. 89);
Satisfazer ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá as co- (M. 23, L. 101); comedorias ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá de
(M. 23, L. 111); para Satisfazer as comedorias ao Cap.m (M. 23, L. 179); Cap.m Manoel Joaq.m de Sá, de
4_ a 11_ do (M. 23, L. 187); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, as comedo- (M. 23, L. 196); Ao Cap.m Joaõ
Luis Bernardo para Sa- (M. 23, L. 203); Novembro // 30 Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo (M. 23, L. 212);
Ao Cap.m Joaõ Luiz Bernardo, para (M. 23, L. 219); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo pa- (M. 23, L. 231);
Dezembro 31 / Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo (M. 23, L. 244); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, pa- (M. 23,
L. 255); Cap.m Manoel Joaquim de Sá, de (M. 23, L. 269); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23, L.
271); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para sa- (M. 23, L. 278); fazer as comedorias ao Cap.m Mano- (M.
23, L. 281); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo p.a (M. 23, L. 288); Janeiro...// 31 // Ao Cap.m Joaõ Luis
Bernardo (M. 23, L. 296); Cap.m Manoel Joaq.m de 23 the 31_ (M. 23, L. 302); Ao Cap.m Joaõ Luis
Bernardo (M. 23, L. 304); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23, L. 318); Ao Cap.m Joaõ Luis
Bernardo p.a Sa- (M. 23, L. 324); ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá de 8_ the (M. 23, L. 338); Fever.º...// 28
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo as (M. 23, L. 347); Comedorias que Venceu o Cap.m Ma- (M. 23, L. 348);
Março // 31 // Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo (M. 23, L. 369); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo p.a (M. 23,
L. 378); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, para (M. 23, L. 385); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23,
L. 432); Abril.. // 30 // Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo (M. 23, L. 416); Maio...// 31 // Ao Cap.m Joaõ Luis
Bernardo (M. 23, L. 420); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23, L. 426); Ao Cap.m Joaõ Luis
Bernardo, para (M. 23, L. 432); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo p.a (M. 23, L. 437); Ao Cap.m Joaõ Luis
Bernardo para (M. 23, L. 442); Junho...// 30 // Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para Sa- (M. 23, L. 448);
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23, L. 456); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23, L. 462);
Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo, para (M. 23, L. 469); Julho // 31 // Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M.
23, L. 474); Ao Cap.m Joaõ Luis Bernardo para (M. 23, L. 495); Ao Cap.m João Luis Bernardo, pa- (M.
23, L. 501); Agosto..31// Ao Cap.m Elias Fran.co da S.a Bitancourt (M. 23, L. 509); Agosto // 31 // Ao
Cap.m Elias Franc.o da S.a Bitan- (M. 23, L. 517); Ao Cap.m Elias Francisco da S.a Bitan- (M. 23, L.
526); Ao Cap.m Elias Franc.o da S.a Bitancourt (M. 23, L. 533); Setembro // 30 // Ao Cap.m Elias Franc.o
da S.a Bi- (M. 23, L. 551); Ao Cap.m Elias Fran.co da S.a Bitan- (M. 23, L. 560); Ao Cap.m Elias Fran.co
da Silva Bi- (M. 23, L. 566); A Cap.m Elias Francisco da S.a Bi- (M. 23, L. 572); o Cap.m Antonio Ribr.o
do (M. 25, L. 43) Do Avelar, medeleite com algum dr.o eo Cap.m Ant.o (M. 25, L. 44); ultimo, e penultimo
pagm.to de q’ paSei r.os ao Cap.m Br.a (M. 25, L. 63); eo Lado com outros [ilegível] $00 rs [ilegível] me
diSe o Cap.m da Guarda (M. 25, L. 73); Cap.m Avelar, edo Cap.m Antonio Joze de Costa Barboza;
[espaço] Devo Supor (M. 26, L. 53); ao Cap.m Bras Carn.o Leaõ, ao Cap.m Joaô Fran.co da S.a eSouza, e
a Geraldo Brum (M. 26, L. 58); Hum mand.o passado do Cap.m da Real Fazenda, contra João (M. 31, L.
03).
CAPITÃO GENERAL ● (V) ● NCm [Ssing] ● Título dado aos governadores das capitanias da América
Portuguesa, posto que chefiavam, também, as forças militares nelas instaladas, por designação da Corte
Portuguesa. ● (Capitaõ General - 14 ocorrências): Governador, e Capitaõ General da Capitania de Minas
(M. 2, L. 03); O Ill.mo eEx.mo Governador eCapitaõ General da Capitania (M. 2, L. 06); huma Carta ao
266
Ill.mo eEx.mo Governador, eCapitaõ General (M. 2, L. 28); de Noronha Governador, Capitaõ General, e
Prezidente da Junta (M. 9, L. 02); Governador, e Capitaõ General da Capitania deSamPaulo, Pre= (M.
9, L. 07); vernador, e Capitão General da Capitania de Minas geraes, (M. 23, L. 03); pelo Visconde de
Barbacena do seo Conselho, Governador e Capi- | taõ General desta Capitania de Minnas Geraes, e
Prezidente da (M. 29, L. 11-12); e Capitaõ General da Capitania de Minas Gerais, e Prezidente da Junta
da (M. 40, L. 67); Mello Governador e Capi- | taõ General deste Reino de (M. 41, L. 39); Antonio de
Mello, Governador, e Ca= | pitaõ-General deste Reyno, eSuas Con= (M. 44, L. 534-535); dor e Capitaõ
General do Reino de Angola e Suas Conquistas = Faço (M. 47, L. 03); Minha Real Fazenda foi prezente
pelo Governador, e Capitão | General, e Prezidente, a vossa Conta que lhe deregisteis dactada de (M.
49, L. 22-23); do Seu Conselho, Governador, e Capitaõ General da Capitania de (M. 49, L. 38); Faço
saber a vós Governador e Capitaõ General da Capitania das Mi= (M. 54, L. 03).
CAPITÃO GENERAL DE MAR E TERRA ● (V) ●. NCm [Ssing] ● Oficial militar de alta patente, com
jurisdição sobre Mar e Terra, na América Portuguesa, nomeado pela Coroa Portuguesa para atuação
em capintanias litorâneas de suas colônias ultramarinas. ● (Capitaõ General de Mar e Terra - 01
ocorrência): O Conde de Rezende Vice Rey, e Capitaõ Gene- | ral de Mar; e Terra do Estado do Brazil do
Conselho (M. 23, L. 05-06).
CAPITÃO-MOR ● Var.: Capitão mor, Cap.am mor, Cap.m mor. ● Oficial militar dado, na América
Portuguesa, a militares e líderes regionais, para comando de facções do Exército e exerc[icio de cargos
oficiais administrativos. ● (Capitaõ Mor - 01 ocorrência): occupado o Sargento porque pode o Capitaõ
Mor, (M. 45, L. 27). ● (Cap.am Mor - 01 ocorrência): Ao Cap.am Mor Joze Alvz’ Maciel (M. 18, L. 19). ●
(Cap.m mor - 01 ocorrência): OCap.m Mor JozeAlz’Maciel (M. 4, L. 25). ● (Cap.m M. - 01 ocorrência): Sr
Cap.am M. Jozê Alvez Maciel (M. 16, L. 01);
25 - CAPOEIRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Mata rala, pouco densca, crescida onde se derrubou mata virgem.
● (Capoeiras - 04 ocorrências): Sam os que as destroie-as CaPoeiras Grandes e menores p.a Os ser Cos
(M. 16, L. 19); fazd.a se tiravaõ Madr.as, ou se se cortavaõ Capoeiras, para al (M. 18, L. 06); Capoeiras
da d.a Fzd.a, etirando Madeiras para andaimes, p.a (M. 18, L. 09); mo Serqr.a donde pode tirar as
Mesmas capoeiras sem preju (M. 18, L. 13).
25 - CARCEREIRO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Carsareiro. ● Aquele que guarda o cárcere. (Carsareiro
- 02 ocorrências): tregou ao CarSareiro della (M. 13, L. 51); CarSareiro a quem eu escri (M. 13, L. 55.
28 - CARTA PRECATÓRIA ● (V) ● NCf [Ssing + Adjsing] ● Var: Carta precatoria, precatoria. ●
Carta do juiz de uma jurisdição a um juiz de outra jurisdição, para que se cumpra ou se faça cumprir um
mandado, posto que não tem poder de ação direta fora de sua jurisdição. ● (Carta precatoria ~ Cartas
precatorias - 7 ocorrências): Carta precatoria, que em cinco de Março do annopreterito (M. 2, L. 15);
gencia naCarta precatoria junta datada em vinte eoito (M. 2, L. 25); nal aSobredita primeira Carta
precatoria, sedestribuira, (M. 2, L. 34); incerta naprimeira Carta precatoria desta Junta, que (M. 2, L.
148); Remette taõ bem incluza napreSente Carta precatoria: (M. 2, L. 151); Carta precatoria aeSsa
Junta, foi adita Resposta, á muitos (M. 2, L. 167); plicadas Cartas precatorias, mandar executar a Real
Ordem (M. 2, L. 175).
PRECATÓRIA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var: Precatoria. ● Carta do juiz de uma jurisdição a um juiz de
outra jurisdição, para que se cumpra ou se faça cumprir um mandado, posto que não tem poder de ação
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direta fora de sua jurisdição. (Precatoia - 04 ocorrências): precatoria, que Setinha feito nesta
Conjunctura, e se- (M. 2, L. 150); precatoria, executoria, Contra os bens (M. 28, L. 04); A d.a precatoria
Seajuizou neste (M. 28, L. 09); prezente a Precatoria estrahida contra os bens do Reo Inconfidente (M.
49, L. 06).
29 - CARVÃO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Combustível natural, sólido, negro, com alta proporção de
carbono, resultado da combustão incompleta de lenha. ● (Carvaõ - 02 ocorrências): para o Carvaõ faraõ
grande falta aos moradores do (M. 10, L. 30); mentas para fazerem o Forno, o Carvaõ, e cortarem o
Ferro (M. 10, L. 102).
30 - CATIVO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Aquele que está preso, privado da liberdade, de alguma forma, e
obrigado ao exercício da servidão, em regime de escravidão; escravo. ● (Cativos - 02 ocorrências): em
pedir esmollas p.a os Cativos, e q’ tudo o (M. 6, L. 7); aCativos, Servindo Com os L.os competentes (M. 6,
L. 46).
31 - CLÉRIGO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var: Clerigo, Clerigos. ● Religioso católico; padre da Igreja
Católica Apostólica Romana, com carreira eclesiástica. ● (Clérigo ~ Clerigo ~ Clerigos - 08 ocorrências):
no caso do Supp.e, e dos mais Clérigos igualm.te inniciados, nem a (M. 51, L. 24); de V. A. R. que o
Supp.e na qualid.e de Clerigo mendigue (M. 51, L. 60); teza, que o Supplicante na quallidade de Clerigo
Mendigue a Subsisten= (M. 53, L. 50); tiva de S. A. R. foi o Suppl.e e os mais Clerigos inniciados
naquelle (M. 51, L. 11); effeito a venda de Sem.es Bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio, (M. 51,
L. 41); dem puzitiva de VoSsa Alteza Real, foi o Supplicante, e os Mais Clerigos, (M. 53, L. 07); ça,
aqual naõ houve no Cazo do Supplicante e dos Mais Clerigos igoal= (M. 53, L. 19); milhantes bens, e os
Clerigos destituidos de Patrimonio Irregulares. Terceiros, (M. 53, L. 34).
34 - COMANDANTE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Comand.e, Comand.es, Com.e. ● Patente militar que
designa um graduado que exerce a chegia de uma unidade, subunidade ou fração do Exército. (Comand.e -
06 ocorrências): dos Taberneiros o que constadacarta junta do comand.e daFreg.a (M. 4, L. 04); e
ordenando eu áquelle Comand.e, que lhe fizeçe aprezen (M. 4, L. 09); q’ aquella delig.ca doComand.e he
Mais curiusid.e, doq’ Obg.m (M. 4, L. 19); drada Tenente Coronel Comand.e do Regim.to (M. 12, L. 02);
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dei aocomand.e do Destricto da Boa Morte, para q’ fosse a Fzd.a (M. 18, L. 04); Melhor conSta da
informaçaõ junta do mesmo comand.e e he (M. 18, L. 11). ● (Comand.es - 01 ocorrência): aleviados desta
deligencia aos Mesmos comand.es (M. 4, L. 23). ● (Com.e - 01 ocorrência): Despeza, que fes o Alf.es
Joaq.m Joze da Xer Com.e da Pa- | trulha do Cam.o Novo epicada deMenezes do domuninSiam.to (M. 11,
L. 01-02).
35 - COMEDORIA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Conjunto de itens servidos, diariamente, para satisfação das
necessidades mínimas de alimentação de uma pessoa. ● (Comedorias - 38 ocorrências): Comedorias com
que tem assistido ao Ca- (M. 23, L. 35); Satisfazer as comedorias a 4_prezos (M. 23, L. 66); para
Satisfazer as comedorias ao Ca- (M. 23, L. 74); gar as comedorias a 4_prezos do 1º (M. 23, L. 79); ta
para Satisfazer as comedorias ao (M. 23, L. 82); Satisfazer a 4 prezos as comedorias (M. 23, L. 86);
Joaquim de Sá, as comedorias de 7 (M. 23, L. 95); Satisfazer as comedorias a 4_prezos (M. 23, L. 98);
para satisfazer as comedorias a 4_ (M. 23, L. 107); comedorias ao Cap.m M.el Joaq.m de Sá de (M. 23, L.
111); zer as comedorias a Manoel Joaq.m (M. 23, L. 143); do p.a Satisfazer as comedorias a 4 – (M. 23,
L. 146); as comedorias do Cap.m M.el Joaq.m de Sá (M. 23, L. 174); para Satisfazer as comedorias ao
Cap.m (M. 23, L. 179); da Costa para satisfazer as comedorias ao (M. 23, L. 86); Satisfazer as
comedorias a diversos d.os no (M. 23, L. 201); de Sá as comedorias de 5_ a 12_ (M. 23, L. 225); el
Joaquim de Sá as comedorias (M. 23, L. 236); ra diversos Prezos das comedorias (M. 23, L. 240); para
satisfazer as comedorias a Jozé (M. 23, L. 245); ra Satisfazer as comedorias a Jozé (M. 23, L. 256); tello,
para Satisfazer as Comedorias do (M. 23, L. 263); fazer as comedorias ao Cap.m Mano- (M. 23, L. 281);
p.a Satisfazer as comedorias a Jozé (M. 23, L. 297); tello p.a Satisfazer as comedorias do (M. 23, L. 302);
pagar as comedorias a Jozé Alvz’ Ma- (M. 23, L. 305); Castello p.a satisfazer as comedorias (M. 23, L.
337); Comedorias que Venceu o Cap.m Ma- (M. 23, L. 348); lhon as comedorias vencidas de 13 (M. 23,
L. 357); para Satisfazer as comedorias a (M. 23, L. 370); para Satisfazer as comedorias (M. 23, L. 417);
tisfazer as comedorias a 3 prezos que (M. 23, L. 449); Satisfazer as comedorias a diversos pre- (M. 23,
L. 463); para Satisfazer as comedorias a di- (M. 23, L. 488); ra satisfazer as comedorias a diversos (M.
23, L. 502); ditos as Comedorias vencidas de 25 a (M. 23, L. 507); a varios prezos as comedorias de 27_
the (M. 23, L. 542); p.a pagar as comedorias aos prezos q.’ (M. 23, L. 553).
37 - CONSELHO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Concelho. ● Organismo criado pela Coroa Portuguesa,
em 1642 (e extinto em 1833), ao qual cumpria administrar a Fazenda Real, decidir sobre os movimentos
marítimos para as Índias, embarcações, equipagem, arsenal e armas, prover todos os ofícios de Justiça e
Fazenda e mercês por serviços nos territórios de colonização portuguesa, bem como orientar os negócios
relativos à guerra. Era composto por um presidente, quatro conselheiros, um secretário e dois porteiros. ●
(Conselho - 13 ocorrências): doConselhodeSuaMag.e FidelliSsima, Prezidente daJunta (M. 2, L. 08); ral
de Mar; e Terra do Estado do Brazil do Conselho (M. 23, L. 07); pelo Visconde de Barbacena do seo
Conselho, Governador e Capi- (M. 29, L. 11); ra o manda por Bernardo Joze de Lorena doSeu Conselho
Governador (M. 40, L. 66); omesmo Conselho na dita Consulta: Sou Servido ordenar que Seares (M. 43,
L. 16); deSua Alteza Real de 8 de Mayo de 1799 = emConsulta doConselho (M. 43, L. 31); deSua Alteza
Real de 8 de Mayo de 1799 = emConsulta doConselho (M. 43, L. 31); o mandou por Bernardo Jozé de
Lorena do Seu Conselho, Governador, (M. 49, L. 11); do Seu Conselho, Governador, e Capitaõ General
da Capitania de (M. 49, L. 38); do anno proximo passado: Fui servido mandar Remeter aoConselho (M.
54, L. 06); da pello Secretario domesmo Conselho; em que me pede lhe faça a= (M. 54, L. 10); dou pelos
Ministros abaixo assignados do Seu Conselho, e do = (M. 54, L. 17); do Conselho (M. 55, L. 23). ●
(Concelho - 01 ocorrência): Dom Miguel Antonio de Mello do Concelho de S. A. R. Governa- (M. 47, L.
02).
CONSELHO DE ESTADO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Organismo criado pela Coroa Portuguesa, em 1642 (e
extinto em 1833), ao qual cumpria administrar a Fazenda Real, decidir sobre os movimentos marítimos
para as Índias, embarcações, equipagem, arseal e armas, prover todos os ofícios de Justiça e Fazenda e
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mercês por serviços nos territórios de colonização portuguesa e orientar os negócios relativos à guerra.
Era composto por um presidente, quatro conselheiros, um secretário e dois porteiros. ● (Conselho de
Estado - 02 ocorrências): Coutinho, do Conselho de Estado Prezidente do Real Erário enelle Lugar (M.
46, L. 02); Dom Rodrigo de Souza Coutinho, do Conselho de Estado, Prezidente do Real (M. 52, L. 01).
CONSELHO DE SUA MAJESTADE ● (V) ● Nm [Ssing + Prep + Pron + Ssing] ● Var.: Conselho de
Sua Magestade. ● Organismo criado pela Coroa Portuguesa, em 1642 (e extinto em 1833), ao qual
cumpria administrar a Fazenda Real, decidir sobre os movimentos marítimos para as Índias, embarcações,
equipagem, arseal e armas, prover todos os ofícios de Justiça e Fazenda e mercês por serviços nos
territórios de colonização portuguesa e orientar os negócios relativos à guerra. Era composto por um
presidente, quatro conselheiros, um secretário e dois porteiros. ● (Conselho de Sua Majestade - 01
ocorrência): Visconde de Barbacena, do Conselho de Sua Magestade, Go- (M. 23, L. 02).
(v. CONSELHO DE ESTADO, CONSELHO DE ULTRAMAR, CONSELHO ULTRAMARINO.)
CONSELHO DE ULTRAMAR ● (V) ● Nm [Ssing + Prep + Ssing] ● Var.: Conselho do Ultramar. ●
Organismo criado pela Coroa Portuguesa, em 1642 (e extinto em 1833), ao qual cumpria administrar a
Fazenda Real, decidir sobre os movimentos marítimos para as Índias, embarcações, equipagem, arseal e
armas, prover todos os ofícios de Justiça e Fazenda e mercês por serviços nos territórios de colonização
portuguesa e orientar os negócios relativos à guerra. Era composto por um presidente, quatro
conselheiros, um secretário e dois porteiros. ● (Conselho do Ultramar - 01 ocorrência): Seu Conselho do
ultraMar Matheus Rodrigues Vianna a fes em (M. 43, L. 27).
(v. CONSELHO DE ESTADO, CONSELHO DE SUA MAJESTADE, CONSELHO ULTRAMARINO.)
CONSELHO ULTRAMARINO ● (V) ● Nm [Ssing + Adjsing] ● Organismo criado pela Coroa
Portuguesa, em 1642 (e extinto em 1833), ao qual cumpria administrar a Fazenda Real, decidir sobre os
movimentos marítimos para as Índias, embarcações, equipagem, arseal e armas, prover todos os ofícios
de Justiça e Fazenda e mercês por serviços nos territórios de colonização portuguesa e orientar os
negócios relativos à guerra. Era composto por um presidente, quatro conselheiros, um secretário e dois
porteiros. ● (Conselho Ultramarino - 01 ocorrência): Que sendome prezente em consulta do Conselho
ultramarino aVossa Car-(M. 43, L. 05).
(v. CONSELHO DE ESTADO, CONSELHO DE SUA MAJESTADE, CONSELHO DE ULTRAMAR.)
38 - CONTRATO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Comtrato, contracto. ● Acordo feito entre duas ou mais
pessoas para assegurar direitos e deveres recíprocos. ● (Contrato ~ Comtrato - 09 ocorrências): cofres;
convertendo o Rendimento do Contrato para negociasoins (M. 13, L. 10); dores, naõ osendo, para com
os direitos domesmo Contrato, sepa (M. 13, L. 13); Fazenda; pois sendo opreço da Remataçaõ deste
Contrato (M. 13, L. 17); unica segurança deste Contrato com que seafiançava aboa (M. 13, L. 21);
Condiçaõ 4ª doseu Contrato. V.a R.a a 14 de Agos- (M. 13, L. 37); do contrato, como os bens do
Contratador e seos fiadores p.a que naõ (M. 24, L. 06); se alienem em fraude do mesmo Contrato, ou á
benef.o d. outras (M. 24, L. 07); na Contad.a todos os creditos, e recibos pertencentes ao Contrato com
toda a brevid.e (M. 24, L. 10); Contrato das Entradas desta Cap.nia o Triennio q’ decorre do 1º (M. 24, L.
18); que achamdose nesta Capitania adeministando o Comtrato das entra (M. 32, L. 04). ● (Contracto -
05 ocorrências): lo, como Administrador, e Caixa, quefoi do Contracto das (M. 2, L. 22); nia Selhenaõ
mandára entregar o dito Contracto, constaevi= (M. 2, L. 71); mesmo Contracto, etriennio, que decorreo
de mil Sete centos (M. 2, L. 74); em que estava Rematado oContracto, eque o devedor éra Caixa (M. 2,
L. 94); do Contracto, e particulares do Supp.e entre os quaes (M. 33, L. 11).
39 - CONTRATADOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Contractador. ● Aquele que contrata, que firma um
contrato, um acordo, comprometendo-se a fazer algo. ● (Contratador - 05 ocorrências): do contrato, como
os bens do Contratador e seos fiadores p.a que naõ (M. 24, L. 06); pasem as ordens necesarias p.a o
Contratador e Cobradores dele entregarem (M. 24, L. 09); Conta tirada dos Livros do Contratador (M.
24, L. 39); das Entradas Joaquim Silverio dos Reis (M. 24, L. 40); A tudo isto faltou este Contratador.
Primei- (M. 24, L. 77); le proprio Contratador, Constituindo-se devedor a (M. 24, L. 116). ●
(Contractador - 06 ocorrências): ceder a sequestro nos bens de Joze Alves Maciel, Contractador, que, (M.
9, L. 13); Este Contractador arrematou este Contracto (M. 24, L. 59); 40:258$000. naõ tendo ele
Contractador ja nesse tempo (M. 24, L. 121); Finalmente devendo o mesmo Contractador ter (M. 24, L.
124); A fraude, e dolo deste Contractador me he Conhe- (M. 24, L. 134); Contractador. Assim o
requeiro. (M. 24, L. 146).
(v. CONTRATO.)
270
40 - COROA ● (V) ● Nf [Ssing] ● A personificação jurídica do poder supremo do Reino ou do Império,
da Administração Real; termo usado para se referir ao governo do rei de Portugal. ● (Coroa ~ Corôa - 09
ocorrências): curador da Coroa, eFazenda deSsa Capitania, penhora ao (M. 2, L. 39); dCoroa p.a India,
terras Francezas, Inglezas, Olandez.as (M. 27, L. 56); ma Comjuraçaõ Comtra a Real Coroa, elegitimo
domenio de Vossa (M. 32, L. 05); a Rubrica do D.or Proc.or da Coroa = Passe ordem a Camera (M. 32,
L. 40); dCoroa p.a India, terras Francezas, Inglezas, Olandez.as (M. 27, L. 56); tos annos, a
Requerimento do Procurador da Coroa, eFazenda de Vil= (M. 51, L. 16); mento do Procurador da
Coroa e Fazenda de Villa Rica, foraõ arremata- (M. 53, L. 13); para que arequerimento do Procurador
da Coroa deSsa Capitania se dei- (M. 55, L. 10); doD.or Procurador da Corôa eReal Fazenda (M. 19, L.
15); da Sua Real Corôa novamente intenta Restabelecer nesta Co= (M. 44, L. 507).
41 - CORONEL ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Cor.el, C.el. ● Oficial militar cuja graduação é imeditamente
inferior à de general de brigada, a quem compete, ordinariamente, o comando de um regimento; ocupante
desse posto. ● (Coronel - 04 ocorrências): Recebi do S.or Coronel Carlos Joze da S.a, (M. 31, L. 01);
Reprezenta a Vossa Mag.de o Coronel Joaq.m Silverio dos Reys (M. 32, L. 02); R.bi do S.or Coronel Carlos
Joze da S.a, hum M.do (M. 35, L. 01); Sñr. Coronel Carlos Joze da Silva (M. 38, L. 01). ● (Cor.el - 13
ocorrências): do 1º de Janeiro de 1782 afim de Dezr.o de 1784 de q’ foy Remat.e O Sr. Cor.el (M. 14, L.
02); imbra, e Cor.el Com.dte do Pr.o Regim.to da Ca= (M. 21, L. 03); as terras q’. Legitimam.e pertencerão
ao Cor.el (M. 21, L. 15); Ao Cor.el Ignacio Jozé de Alv.a de (M. 23, L. 50); Ao Cor.el Ignacio Jozé de
Alvarenga...// 4$000 (M. 23, L. 70); Julho // 31 Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Macedo (M. 23, L. 105);
Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Macedo (M. 23, L. 113); Ao Cor.el Ignacio Jozé de Alva- (M. 23, L. 19);
<Setembro 30 //> Ao Ten.e Cor.el Joze Montr.o de Mace- (M. 23, L. 145); em sua liverd.e eDegredado em
Caza do Ouv.or da Comarca, Eu eo Cor.el (M. 26, L. 189); o Cor.el Joze Apr.o em.ta e ainda os mais
mizeraveis, naõ (M. 27, L. 15); Eu, e o Cor.el Joze Ayres vamos p.a os nossos Distritos abrir (M. 27, L.
51); Diz o Cor.el Joaq.m Silverio dos Reis, que Joze An (M. 33, L. 08). ● (C.el - 02 ocorrências): Creditos
com que ficou o C.el Joaqm (M. 17, L. 13); Do d.r C.el Ignacio Joze de Alvarenga, em q.’ pede Se dê ao
Ant.o (M. 20, L. 6).
(v. TENENTE-CORONEL.)
42 - CRÉ ● (V) ● Nm [Ssing] ● Tecido de linho outrora fabricado em Morlaix, na Bretanha (França). ●
(Cré ~ Cre - 02 ocorrências): rotes de Geribita, e dés pessas ede Cré ordinario que saõ os ge- (M. 9, L.
113 ); ancorotes de Geribita, e das Peças de Cre, que vaõ (M. 36, L. 34).
43 - CREDOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Pessoa física ou jurídica a quemse deve algo (em relação ao
devedor e à dívida contraída). ● (Credores - 04 ocorrências): particulares, epagamento dos seus credores,
chegando aoexceso (M. 13, L. 11); proprios Credores, Como Sucedeo com Antonio Gomes (M. 24, L.
11); pagar aos Seus Credores Com os direitos das En- (M. 24, L. 110); As. 2. Copías huma he da pinhora
q’ fizeraõ os Credores do Confisca- (M. 57, L. 13); Pago a credores d’Alva plas 3as ptes _____
765$526 32:434$314 (M. 57, L. 30).
44 - CRIME ● (V) ● Nm [Ssing] ● Ato de violação grade de lei moral, civil ou religiosa. ● (Crime - 02
ocorrências): por crime de inconfidencia o Vigario da Matris da Villa de SamJoze (M. 40, L. 51); ciados
pelo Crime de Inconfidencia cometido nessas Minas Cujos (M. 43, L. 7).
45 - CULPA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Ato ou omissão que merece repreensão, falta involuntária e
responsabilidade por esse ato, essa falha ou omissão. ● (Culpa ~ Culpas - 10 ocorrências): Livre da
Mortal Culpa. [espaço] Boa delig.a (M. 25, L. 9); tem aculpa, a m.a má vida, os meus pecados, (M. 25, L.
33); positiva no caso delhe obstar á SucceSsaõ a culpa em que (M. 51, L. 49); tituiçaõ poSitiva, no Cazo
de lhe obstár á Succeçaõ. a Culpa sem que Se Supu= (M. 53, L. 41); o perdão de toda a Culpa, como Se
manifesta do Regio Avizo, e Se por (M. 53, L. 44); todos os mais Reos deprezuncaõ, ou de leves Culpas,
q.’ tivessem qual q.r Sent.ca (M. 26, L. 07); eos mais da mesma Clase, Som.e por culpas imaginarias,
Veniaes, (M. 26, L. 18); camos fasa ver as nossas Culpas, e q.’ avista so Seu merecim.to ou nosabsol=
(M. 26, L. 29); mepode provocar, a paixaõ com q.’ meacho punido Sem culpas, q.’ (M. 26, L. 49); culpas
imaginadas, defeza que aleguei, e em tudo mostras vi= (M. 27, L. 04).
271
D
46 - DECLIVE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Inclinação de um terreno (de cima para baixo), que facilitar
adescida do que sobre ele se põe. ● (Declive - 02 ocorrências): me – naõ chegou a dar vinte e cinco
palmos de declive no seu leito. E (M. 44, L. 43); sem mais declive, q.’ o necessário para descer; Sendo o
seu leito quinze (M. 44, L. 384).
48 - DELITO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Delicto. ● Crime voluntário punido pela lei penal em vigor em
um Estado. ● (Delito ~ delitos - 03 ocorrências): treminar, avista do Grâo do Delito, econforme a Sua
Pied.e [espaço] Ignoramos (M. 26, L. 09); ou Simples ignorancias.[espaço] Se hé delito jurar a verd.e
daquilo (M. 26, L. 19); os delitos daqueles, Convencidos, econfesados, Como Sou eu Castigado (M. 26,
L. 17). ● (Delicto ~ delictos - 07 ocorrências): peito dos Ecleziasticos comprehendidos em taõ execrando
delicto naõ tiver (M. 43, L. 17); presumido delicto, remettido p.a esta Corte, determinando igual= (M. 51,
L. 12); supposto delicto, expedindo-se p.a esse fim a Ordem competente (M. 51, L. 71); do delicto
correspond.e, julgado por Sentença, a qual naõ houve (M. 51, L. 23); iniciados naquelle profundo delicto,
remettidos para esta Corte, detreminan= (M. 53, L. 8); nas precizas Circonstancias de delicto
correspondente julgado por Senten= (M. 53, L. 18); Companheiro, que fora com o Supplicante iguallado
no predicto delicto, (M. 53, L. 59).
51 - DEVEDOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Aquele que tem uma dívida perante outrem (pessoa física ou
pessoa jurídica). ● (Devedor ~ Devedores - 18 ocorrências): to devedor emo direito, eacçaõ de huma
execuçaõ, que fazia (M. 2, L. 40); primeira especie, eainda aprizaõ do devedor executado, (M. 2, L. 62);
seadmitindo Requerimento algum ao executado devedor (M. 2, L. 64);
272
devedor Ser ouvido com Suspensaõ, vistos os frivolos funda- (M. 2, L. 67); omesmo devedor confeSsa,
enaõ pode negar em o dito pro- (M. 2, L. 76); lomesmo documento, que o dito devedor juntou aoSeu (M.
2, L. 86); em que estava Rematado oContracto, eque o devedor éra Caixa (M. 2, L. 94); por que
nomesmo documento, comque omesmo devedor prova es= (M. 2, L. 109); dito devedor os ditos dous
Contos dereis, eRemettelos para (M. 2, L. 155); devedor; porque Supposto por Similhante meyo naõ
Cons- (M. 2, L. 159); veis dodevedor; aSsim esperamos de V. Ex.a, edos mais Senho= (M. 2, L. 171); va,
mandado proceder a sequestro nos bens do Devedor, conseguio este (M. 9, L. 23); ças, pasando Recibos
aos seus devedores em maõ, das quantias (M. 13, L. 08); le proprio Contratador, Constituindo-se
devedor a (M. 24, L. 116); gimento daFazenda, paraSeabonarem aos devedores os- (M. 2, L. 118);
deoutra forma ficaõ sempre os mesmos devedores Respon= (M. 2, L. 121); ridos Creditos ja Cobrados, e
pagar pelos devedores, Sem (M. 24, L. 80); ridos Creditos ja Cobrados, e pagar pelos devedores, Sem
(M. 24, L. 90);
52 - DIAMANTE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Pedra preciosa de grande brilho, translúcida, dura, resultada de
carbono cristalizado, usada na confecção de jóias e em operações industriais de corte de vidro, materiais
muito duros, etc.. ● (Diamantes - 02 ocorrências): opia, Arabia, PerSia, e da India etc. Faço Saber a vós
Doutor In- | tendente dos Diamantes do Arraial de Tejuco, que com esta vos Será (M. 49, L. 04-05);
tendente dos Diamantes no Arraial de Tejuco, que na Junta da (M. 49, L. 21).
54 - DIQUE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Construção para represamento de águas correntes e o resultado dessa
construção e desse represamento. ● (Dique - 05 ocorrências): dique, como por igual motivo se fez na
Fabrica da Nova – Oeyras, (M. 44, L. 45); fructuosa. Por×. Aaquelle dique de cento edoze braças de
comprido, ede (M. 44, L. 400);.’ o dique padecêo; porq.’ O impulso d’agua, maior q.’ a ReSistencia (M.
44, L. 410); te mais estreito; e prèstaõ hum firme apoyo aos extrêmos do dique. (M. 44, L. 437); muralha
do dique, ×. ainda Se conserva em pé; e assentála pro= (M. 44, L. 473).
55 - DÍVIDA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Aquilo que se deve a alguém, compromisso ou encargo a ser pago. ●
(Divida ~ dividas - 09 ocorrências): domesmoSenhor, Recadar adita divida dedous contos (M. 2, L. 60);
de novo huma de huma divida de (M. 7, L. 191); to damencionada divida liquida. (M. 9, L. 31); hũa
divida. a m.a aSist.a neste Rej.o Se me fas por (M. 15, L. 23); dores, nem fassa expettaçâo, a tutalidade
da divida que proce (M. 24, L. 42); Barrozo, do que procede a divida de 11:581$000, (M. 24, L. 113);
lhe mande pagar naõ por divida q.’ vm.ce nada medeve (M. 25, L. 47); Convenientes a evitar todo o
periuizo futuro e segurar tanto as dividas (M. 24, L. 05); dividas, e açoens particulares iniustamente e
por esta Junta Se (M. 24, L. 08).
273
E
56 - ECLESIÁSTICO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Ecleziastico. ● Indivídio pertencente à hierarquia
religiosa da Igreja Católica Apostólica Romana, na América Portuguesa. ● (Ecleziasticos - 06
ocorrências): guns Ecleziasticos, equitados Seachaõ Sentenciados pela Alçada que a este, (M. 40, L. 04);
peito dos Ecleziasticos comprehendidos em taõ execrando delicto naõ tiver (M. 43, L. 17); Senhora =
Havendose Confiscado todos os bens pertencentes aos Reverendos Eclezias- | ticos (M. 40, L. 27-28);
termos de Sua Remataçaõ por naõ haver ainda Contra os ditos Ecleziasticos (M. 40, L. 30); peito dos
Ecleziasticos comprehendidos em taõ execrando delicto naõ tiver (M. 43, L. 17); dos bens Sequestrados
avarios Ecleziasticos Reos de Inconfidencia a= (M. 46, L. 08).
58 - EMBARCAÇÃO ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Embarcaçoens. ● Termo genérico para designar barcos
e canoas em geral. ● (Embarcaçoens - 04 ocorrências): aes nas embarcaçoens que diariamente ali (M. 36,
L. 117); outras Embarcaçoens pequenas. Chega este Rio ao Sitio de Ca= (M. 44, L. 135); tempo do
Cacimbo, em ×. hé mais brava, sahida ás Embarca= | çoens. Este embaraço, certo quasi mais ou menos
todas as conjun= (M. 44, L. 293-294); exportaçoens em Canôas, ou Embarcaçoens maiores, mâs ac=
(M. 44, L. 310).
60 - ENGENHO ● (V) ● Nm [Ssing] ● 1) Maquinário para moer cereais e produzir farinha. ● (Engenho
- 1 ocorrência): Payol Engenho defazer farinha eMoi = (M. 39, L. 161). ● 2) Maquinário para produção
de ferro em siderurgia. ● (Engenhos - 01 ocorrência): Engenhos como os dos Folles e (M. 10, L. 26).
61 - ENXADA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Enchadas. ● Ferramenta de ferro ou aço que, fixada a um cabo
cilíndrico de madeira, serve para capinar, para revolver ou cavar a terra, etc.. ● (Enxadas - 01 ocorrência):
com o meu Officio Nº 21 e de fabricarem com elle Enxa- | das, Machadinhas, Fouces, prizoens para
Escravos aq’ (M. 10, L. 129-130); ● (Enchadas - 01 ocorrência): estes fazem d’aquelle metal facas,
podoens, enchadas, e mais instro= (M. 44, L. 221).
62 - ERÁRIO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Tesouro público que trata dos bens oficiais públicos, com ação
fiscalizadora e de administração (arrecadação e uso) das finanças públicas. ● (Erário ~ Erario - 9
ocorrências): Coutinho, do Conselho de Estado Prezidente do Real Erário enelle Lugar (M. 46, L. 02);
Erário, e nelle Lugar Thenente immediato á Real Pessoa do Príncipe (M. 52, L. 02);
dida pelo Real Erario emquatro de Julho demil sete cen= (M. 2, L. 18); to se Respondeo para oReal
Erario, que Setinha derigido (M. 2, L. 166); aoReal Erario dessa Capital, ep.a Se (M. 6, L. 10); fazendo
remeSsa aod.o Real Erario. (M. 6, L. 18); e remessa do Liquido p.a o Real Erario, (M. 6, L. 42); dem
deSua Mag.e expedida pelo Real Erario na data de 4 de Ju= (M. 9, L. 11); da Capitania de Minas
Geraes. Que neste Real Erario Se recebeo a (M. 46, L. 05).
274
63 - ESCRAVO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Aquele que vive em absoluta submissão em relação a outrem,
executando serviços regularmente e sem a remuneração pertinente; cativo. ● (Escravo ~ Escravos - 06
ocorrências): da Remataçaõ de hum escravo por nome (M. 19, L. 24); ras, porem estes eraõ taõ limitados
pelos poucos escravos q’ (M. 3, L. 08); das, Machadinhas, Fouces, prizoens para Escravos aq’ (M. 10,
L. 130); Ao d.o p.a o escravo Cypriano.....// $420 (M. 23, L. 170); todas as bemfeitorias, escravos, e bems
declara- (M. 21, L. 19).
64 - ESCRIVÃO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Escrivam, Escr.am, Escr.o. ● Oficial público que,
juntamente com uma autoridade constituída, corporações ou tribunais, escreve autos, termos de processo,
atas e outros documentos legais. ● (Escrivaõ ~ Escrivaô - 16 ocorrências): Joze deAndrada Escrivaõ
daJunta aescrevi = Dom Luiz (M. 2, L. 183); Subsidio; Naconferencia quefis com o escrivaõ da Cam.ra
(M. 4, L. 07); Seembarassaõ, enem eu posso fazer conferencia com oescrivaõ (M. 4, L. 15); Gabriel
Marcos Godinho Escrivaõ (M. 7, L. 1); e eu Gabriel Marcos Godinho Escrivaõ (M. 7, L. 219);
CarSareiro a quem eu escri | vão notifiquei para que (M. 19, L. 55-56); eeu Joze Luiz de Andrade escri |
vaõ da vara do Alcaide (M. 19, L. 61-62); annos e Eu Fran.co Joze de Carvalho Valladares Escri | vaõ
dos feitos e Contenciozo da Real Faz.da á q’. o so (M. 22, L. 32-33); mil sete centos noventa e tres. Carlos
Jozé da Silva Escrivaõ Depu- (M. 29, L. 15); Vianna junto com o escrivaô da Vintena (M. 34, L. 04);
deste Destrito, e Seu escrivaõ, e na prezenca deles de= (M. 38, L. 05); no alto com arubrica do
Escrivaõo Barrei= (M. 39, L. 184); preto a 18 de Agosto de 1797; e Eu Carlos Joze da Silva Escrivaõ e
De (M. 40, L. 69); Silva Escrivaõ, e Deputado da Junta da Fazenda Real que afis (M. 49, L. 15);
Escrivaõ, eDeputado da Junta da Fazenda Real, que afis escrever (M. 49, L. 42). ● (Escr.o - 01
ocorrência): F. a 17 de Abril de 1818. = O p.ro Escr.o M.el Txr.a de Sz.a // (M. 57, 11).
ESCRIVÃO DOS FEITOS DO CONTENCIOSO ● (V) ● Nm [SCsing] ● Var.: Escrivam dos Feitos do
Contenciozo. ● Oficial público que, juntamente com uma autoridade constituída, corporações ou
tribunais, escreve autos, termos de processo, atas e outros documentos legais relativos a contendas
diversas. ● (Escrivam dos Feitos do Contenciozo ~ Escriv.m dos Feitos do Contenciozo da Real Fazenda -
02 ocorrências): Chaves EscrivamdosFeitos do Contenciozoda | Real Fazenda (M. 39, L. 196); cizo Joze
Bandr.a Escriv.m dos Feitos do | Contenciozo da Real Fazenda, no impe (M. 19, L. 30-31).
65 - ESTRADA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Caminho, geralmente público, situado fora do perímetro urbano,
que liga um lugar a outro, pelo qual transitam pessoas, animais e veículos; nome que se deu aos primeiros
caminhos terrestres abertos na América Portuguesa. ● (Estrada ~ Estradas - 08 ocorrências): te della
trinta e huma léguas, pelo caminho ordinário; sobre a Estrada, (M. 44, L. 17); Muria atravessa a
Estrada d’Ambaca, tres léguas para o Poen= (M. 44, L. 28); disse, junto á mesma Estrada, que corre
para Ambaca. Fica conse (M. 44, L. 66); cessáriamente de fazerse por terra, a beneficio d’uma Estrada
(M. 44, L. 126); largo seria huma Estrada sufficiente, e excellente á vista das que (M. 44, L. 210); huma
Estrada; a qual ería verosimilmente conduzida pela (M. 44, L. 304); belecida, e de abertas as Estradas
necessárias, se poderá decidir. (M. 44, L. 318); demóra ao Nordeste de Cathári; e ×. a Estrada deste
Lugar (M. 44, L. 373).
F
66 - FÁBRICA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Estabelecimento industrial no qual matérias-primas são
transformadas em produtos para uso ou consumo humano ou animal. ● (Fábrica ~ Fabrica - 56
ocorrências): til edidicar hũa Fabrica regular. 4º Por que as Ma- (M. 10 L. 28); deiras que se cortarem
em Calumbo para a Fabrica, e (M. 10, L. 29); que se tirava a Pedra para a Fabrica de Oeiras. 2º Por
(M. 10, L. 41); to de huma Fabrica Regular como as da Europa eaque (M. 10, L. 55); semilhante
Fabrica requer para a sua conservaçaõ mui- (M. 10, L. 57); os Folles proprios para os trabalhos de hũa
Fabrica Re- (M. 10, L. 78); ajudarem e servirem na dita Fabrica, o que hé conforme (M. 10, L. 120);
para a Fabrica de Oeiras, os quaes ou escaparaõ, ou So- (M. 10, L. 154); Fabrica tam Sô.m.te, eeste
Junto Com Os mais Soçios oPe. (M. 16, L. 07); is amplas que depois da Fabrica estabelecida pe- (M. 36,
275
L. 106); dos aquelles que ouServirem na Fabrica que o ditto Ma (M. 37, L. 31); tarefas daFabrica, eas
dittas Attestaçoens duraraõ por (M. 37, L. 56); fabrica de ferro. [espaço] De tudo eSpero dar a V. Ex.a
mui (M. 41, L. 29); os para o Estabelecimento da Fabrica de Ferro; especialmente d’aquelles, (M. 44, L.
04); juntas fariaõ este Lugar digno de ter o assento da Fábrica, se elle (M. 44, L. 31); cos por onde
aFabrica póde fazer as suas exportaçoens. Este gran= (M. 44, L. 36); Rio Muria, para poderem fazer
mover as máquinas da Fabrica: (M. 44, L. 41); dique, como por igual motivo se fez na Fabrica da Nova
– Oeyras, (M. 44, L. 45); sidéro portanto este Lugar incapaz do Estabelecimento da Fabrica de (M. 44,
L. 52); assento sufficiente para o Edificio da Fabrica; e superior a hum Val= (M. 44, L. 63); da da Mina,
e q.’ hia passar pela Fabrica da Nova – Oyeras. Para (M. 44, L. 89); fundada a Fabrica deste nome) em
geral o Rûmo de Noroeste, se vai (M. 44, L. 100); do Luinha, e légua e meia acima da Fabrica da Nova
Oeyras, justa= (M. 44, L. 103); is vantajozo para assento da Fabrica de Ferro, q.’ a meu entender, hé
possi- (M. 44, L. 107); da Fabrica podem vantajozamente fazer-se pelo mesmo Rio (M. 44, L. 143); só
para a Fabrica, eSuas Officinas; mâs taõbem para formar (M. 44, L. 150); Fabrica cortar para seu
conSumo. [espaço] Entaõ a productifera (M. 44, L. 170); ráõ consûmo, e valor na mesma Fabrica. Naõ
deixei eu (M. 44, L. 173); pazes de fornecer á Fabrica mais víveres do q.’ o consumo della (M. 44, L.
192); de longe, aos trabalhos da Fabrica; os quaes bem q.’ differentes lhes (M. 44, L. 224); naõ Saõ de
todo extranhos. ASsim parece-me, q.’ nunca a Fabri= | ca alli estabelecida poderá experimentar falta de
bracos; e para so= (M. 44, L. 225-226); Cabûto, intentaraõ persuadir-me, huns q.’ a Fabrica se devia
esta= (M. 44, L. 231); naõ será d’utilidade alguma para a Fabrica. [espaço] Cinco léguas abai= (M. 44,
L. 264); do Guanza poderá a Fabrica fundada em Cathári exportar (M. 44, L. 272); teresses da Fabrica.
Para prevenílo proporei os unicos dois (M. 44, L. 298); os carretos da Fabrica athé aquelle Rio, por elle
se fariaõ as (M. 44, L. 309); Talvez Será mais vantajozo para a Fabrica adoptar algum (M. 44, L. 316);
tabelecimento da Fabrica de Ferro. (quando este bem entendido (M. 44, L. 328); por dois Rios as
exportaçoens da Fabrica, hum próximo, outro (M. 44, L. 339); quella mallograda Fabrica, eu ouso
affirmar, ×. naõ buscaria (M. 44, L. 344); dens de V. Ex.a, dizer alguma coiza Sobre a Fabrica da Nova
Oey= (M. 44, L. 376); ou deseseis palmos mais baixo, q.’ o assento da Fabrica. A esta falta (M. 44, L.
385); nhas; q.’ a Reedificaçaõ da Fabrica de Oeyras hé contemplada nesta (M. 44, L. 425); Para ter a
Fabrica em hum Lugar mais venti= (M. 44, L. 430); lido cincoenta e quatro braças para cima da
Fabrica, no Lugar (M. 44, L. 435); so Senhor, ×. se abandone para sempre a Fabrica, e Lugar da (M.
44, L. 456); dûvida maior do ×. o da construcçaõ d’uma nova Fabrica. To= (M. 44, L. 461); o d’uma
nova Fabrica fundada em Lugar mais apto. As= (M. 44, L. 480); çaõ da Fabrica da Nova-
Oeyras.[espaço]Os inconvenientes ×. (M. 44, L. 483); a Fabrica duas léguas ou mais dos pântanos do
Lembo, e naõ sen= (M. 44, L. 493); a Fundaçaõ da Fabrica de Ferro, ×. O Principe Regente Nos= (M.
44, L. 505); de Ser d’utilidade para a Fabrica. [espaço] E com isto julgo ter satis= (M. 44, L. 529); para
o estabelecimento de huma Fabrica emque elle sefunda, se- (M. 47, L. 12); a Fabrica faltarem os meios
que no meu Officio Nº 195 (M. 48, L. 14); a Fabrica faltarem os meios que no meu Officio Nº 195 (M. 48,
L. 14);
67 - FALDA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Sopé, encosta ou aba de monte, de morro, de serra ou montanha. ●
(Faldas - 02 ocorrências): cujas faldas, pela banda do Norte lava o Rio Muria; o qual em (M. 44, L. 14);
cio para as faldas dos montes lateráes, q.’ por serem de pedra (M. 44, L. 153).
68 - FERREIRO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Profissional que faz e repara objetos confeccionados em ferro,
usando ferramentas, forja e bigorna. ● (Ferreiro ~ Ferreiros - 04 ocorrências): levando por agora dous
Pedreiros, e hum Ferreiro com as necessarias Ferra- (M. 10, L. 101); lheraõ. Só fica lá hum Carpinteiro,
dous Ferreiros (M. 45, L. 12); ficio. Os dous Ferreiros só por fazer Pregos naõ de (M. 45, L. 22); vem lá
estar, pois que os Ferreiros da Terra os fazem (M. 45, L. 23).
276
pelo seu modo, ou pe- (M. 10, L. 110); te Reino naõ só para a compra do Ferro, mas athé para (M. 10,
L.118); tarem o Ferro das Minas que ali há, como acima disse (M. 10, L. 127); e boa fé, assim como o
Ferro que eles por (M. 10, L. 138); mento do Ferro das Minas deste Reino equaõ pro- (M. 36, L. 04);
quer e exige sobre as Minas de Ferro deste Reino (M. 36, L. 19); e que mais proximo ficar as Minas de
Ferro, em o (M. 36, L. 34); terra; e comprando-lhes todo o Ferro que elles (M. 36, L. 59); aSsim como
do Ferro que obrar; ou com- (M. 36, L. 75); O Ferro todo que vm.e for a (M. 36, L. 110); transporte do
Ferro para a Barra do Bengo (M. 36, L. 121); guns Fornos para aproveitar o Ferro das Minas que (M.
37, L. 04); comprar aos mesmos Povos todo o Ferro que elles fun- (M. 37, L. 08); no aproveitamento do
Ferro para lho venderem, eisso fará (M. 37, L. 33); tar o Ferro das Minas que dodito Metal se encontraõ
nes= (M. 37, L. 06); pregaõ ou emfabricar o Ferro sobre si, ou ajudando as- (M. 37, L. 55); ma libra de
Ferro em Barra opreço de 25 reis, eque (M. 37, L. 24); go pelo preço ditto daquantidade de Ferro que
vender. (M. 37, L. 28); fabrica de ferro. De tudo eSpero dar a V. Ex.a mui (M. 41, L. 29); os para o
Estabelecimento da Fabrica de Ferro; especialmente d’aquelles, (M. 44, L. 04); qual se deve tirar a
pedra de ferro, sete ou oito léguas, com pouca (M. 44, L. 33); Ferro, e mais ainda o de Cangariassange,
q.’ o mesmo Maciel apon= (M. 44, L. 53); is vantajozo para assento da Fabrica de Ferro, q.’ a meu
entender, hé possi- (M. 44, L. 107); te, que difficulte a conducçaõ da pedra de ferro; hum Terreno (M.
44, L. 122); Se emprégaõ em fundir, e trabalhar o ferro tirado desta mesma Mi= (M. 44, L. 219); ducçaõ
do ferro como acima indiquei, athé Callumbo; e d’ahi (M. 44, L. 300);
tabelecimento da Fabrica de Ferro. (quando este bem entendido (M. 44, L. 328); tes de ferro de
Sambaquiba. [espaço] Esta álem da Sua Riqueza, e (M. 44, L. 356); Leste ainda em Ambáca Se achaõ
vestigios da vêa de ferro; (M. 44, L. 362); a exportaçaõ do ferro fundido em barra hé em menor
quantidade (M. 44, L. 500); a Fundaçaõ da Fabrica de Ferro, ×. O Principe Regente Nos= (M. 44, L.
505); lhe paga duzentos reis pelo cento, e pelo Ferro para (M. 45, L. 25); a comprar aos Negros o Ferro
que estes posto que em pequenas (M. 47, L. 18); tural inercia se affadigem afundir Ferro para nos
vender do (M. 47, L. 21); se propunha izentar de Direitos o Ferro de Angola que se im= (M. 47, L. 28);
Negros o Ferro que extrahem das Minas que nesta Região (M. 47 L. 47); cipe Regente Nosso Senhor tem
concedido ao Ferro de Angola (M. 47, L. 49); veite o Ferro das Minas deste Reino, porem apesar (M. 48,
L. 12).
FERRO FUNDIDO ● (V) ● NCf [Ssing + Adjsing] ● Ferro com maior percentual de carbono do que o
aço, resultante de liga de carbono e silício. ● (Ferro fundido - 01 ocorrência): a exportaçaõ do ferro
fundido em barra hé em menor quantidade (M. 44, L. 500).
71 - FOGO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Elemento constituído por calor, luz e chama, resultado da combustão
de corpos como madeira, carvão, etc.. ● (Fogo ~ Fogos - 02 ocorrências): O fogo dos ditos Fornos fará
vm.e soprar por Folles (M. 36, L. 42); Segundo a conta dos Fogos, q.’ o Cobrador dos Dízimos me dêo,
cal= (M. 44, L. 26).
72 - FOLE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Folle, fólle. Instrumento usado para se produzir vento para
alimentar uma fornalha, mantendo-lhe o fogo aceso. ● (Folle ~ Folles ~ Fólles - 07 ocorrências):
Engenhos como os dos Folles e Rodas, e semilhantes (M. 10, L. 26); os Folles proprios para os trabalhos
de hũa Fabrica Re- (M. 10, L. 78); pelo Marquez de Courtioron e por Monsieur Boucteu, com tado os
ditos Folles nem se (M. 10, L. 85); Folles communs cobertos de Atanade, levando por agora (M. 10, L.
100); dár e que adoptem o Serviço dos nossos Fornos e Folles (M. 10, L. 134); O fogo dos ditos Fornos
fará vm.e soprar por Folles (M. 36, L. 42); fólles; e alguma ferragem grossa, ×. por pezada os Negros
naõ (M. 44, L. 467).
277
73 - FORNO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Obra feita de tijolo ou de pedra, com forma abobadada, para fundir
metais por alta temperatura. ● (Forno ~ Fornos - 11 ocorrências): ou menos = hum forno detorrar farinha
(M. 39, L. 59); as para fazerem o Forno, o Carvaõ, e cortarem o Ferro (M. 10, L. 102); mentas para
fazerem o Forno, o Carvaõ, e cortarem o Ferro (M. 10, L. 102); Edeficar o Forno ou Fornos que serão
(M. 36, L. 47); Emprimeiro lugar, posto que os Fornos pe- (M. 10, L. 51); tampa da Arte das Forjas, e
Fornos de Ferro composta (M. 10, L. 83); Bengo fará vm.e construir alguns Fornos (M. 36, L. 35);
gestade estabelecer na Provincia da Illamba al- | guns Fornos para aproveitar o Ferro das Minas que
(M. 37, L. 04); á Illamba construir alguns Fornos da capacidade con- (M. 10, L. 98); dár e que adoptem
o Serviço dos nossos Fornos e Folles (M. 10, L. 134); O fogo dos ditos Fornos fará vm.e soprar por
Folles (M. 36, L. 42).
74 - FUNDIÇÃO ● (V) ● Nf [Ssing] ● Conjunto de processos usados para dar forma a materiais por
meio da sua fusão, com consequente liquefação e escoamento ou vazamento deles em moldes, para
posterior solidificação. ● (Fundição - 02 ocorrências): para a fundição, naõ tive eu já Saude para
averiguar a q’ (M. 44, L. 366); ario, aturado, e regular como o exige a fundição do | dito Metal, e os
Negoceantes e Moradores deste Reino (M. 48, L. 20).
G
75 - GOVERNADOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Gouernador, Gov.or, G.or. ● 1) Cargo político régio,
executivo, mais elevado numa capitania, na América Portuguesa, responsável pela administração dessa
capitania e subordinado diretamente ao Rei ou à Rainha, recebendo a patende de capitão general. ●
(Governador ~ Gouernador - 15 ocorrências): Governador, e Capitaõ General da Capitania deMinas (M.
2, L. 03); O Ill.mo eEx.mo Governador eCapitaõ General da Capitania (M. 2, L. 06); Ao Governador do
Castello Roberto Roiz’ (M. 23, L. 185); humaCarta ao Ill.mo eEx.mo Governador, eCapitaõ General (M. 2,
L. 28); de Noronha Governador, Capitaõ General, e Prezidente da Junta (M. 9, L. 02); Governador, e
Capitaõ General da Capitania deSamPaulo, Pre= (M. 9, L. 06); pelo Visconde de Barbacena do seo
Conselho, Governador e Capi- (M. 29, L. 11); jurados foi logo denunciada ao Ill.mo Ex.mo Governador, e
Cap.am (M. 32, L. 07); ra o manda por Bernardo Joze de Lorena doSeu Conselho Governador (M. 40, L.
66); Mello Governador e Capi- (M. 41, L. 38); Antonio de Mello, Governador, e Ca= (M. 44, L. 534); o
mandou por Bernardo Jozé de Lorenado Seu Conselho, Governador, (M. 49, L. 11); Minha Real Fazenda
foi prezente pelo Governador, e Capitaõ (M. 49, L. 22); do Seu Conselho, Governador, e Capitaõ
General da Capitania de (M. 49, L. 38); Faço saber a vós Governador e Capitaõ General da Capitania
das Mi= (M. 54, L. 03). ● (Gouernador - 01 ocorrência): Senhor D. Rodrigo Jozé de Menezes
Gouernador (M. 12, L. 08). ● 2) Administrador-chefe de uma área ou território público, de um castelo, de
uma fortaleza, de uma ilha, etc., na América Portuguesa. ● (Gov.or - 16 ocorrências): Gov.or da Fort.a da
Ilha das Cobras para sa- (M. 23, L. 44); A Jozé Montr.o de Macêdo Gov.or da Fort.a da (M. 23, L. 56);
Agosto // 31 A Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do (M. 23, L. 109); A Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do
Castel- (M. 23, L. 59); Agosto // 31 A Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do (M. 23, L. 109); Agosto // 31 // A
Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do (M. 23, L. 141); A Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do (L. 23, L. 234); A
Roberto Roiz’ da Costa Gov.or do Cas- (M. 23, L. 248); Gov.or da Ilha das Cobras para pagar a diver-
(M. 23, L. 309); A Jozé Montr.o de Macedo Gov.or da (M. 23, L. 366); Março // 31 // Ao Jozé Montr.o de
Macedo Gov.or (M. 23, L. 382); A Jozé Montr.o de Macedo Gov.or da (M. 23, L. 397); A Jozé Montr.o de
Macedo Gov.or da (M. 23, L. 423); A Jozé Montr.o de Macedo Gov.or da Ilha (M. 23, L. 453); A Jozé
Monteiro de Macedo Gov.or da (M. 23, L. 492); A Jozé Montr.o de Macedo Gov.or da (M. 23, L. 505). ●
(Gor - 21 ocorrências): Mayo // 31 A Roberto Roiz’ da Costa G.or do Cas (M. 23, L. 34); A Roberto Roiz’
da Costa G.or do Castello (M. 23, L. 53); G.or da Fort.a da Ilha das Cobras, para (M. 23, L. 53); A Jozé
Monteiro de Macedo G.or (M. 23, L. 77); G.or da Fortaleza da Ilha das Cobras (M. 23, L. 106); A
Roberto Roiz’ da Costa G.or do Castello (M. 23, L. 132); A Jozé Montr.o de Macedo G.or da (M. 23, L.
159); G.or da Fortaleza da Ilha das Cobras para (M. 23, L. 183); Novembro 30// Ao G.or da Fort.a da
Ilha das Cobras (M. 23, L. 199); Ao G.or da Ilha das Cobras Jozé (M. 23, L. 216); A Roberto Roiz’ da
278
Costa G.or do Cas- (M. 23, L. 267); cedo G.or da Ilha das Cobras para di- (M. 23, L. 275); Dezembro 31
// A Roberto Roiz’ da Costa G.or do (M. 23, L. 279); cedo G.or da Fort.a da Ilha das Cobras (M. 23, L.
286); Macedo G.or da Ilha das Cobras p.a (M. 23, L. 293); A Roberto Roiz’ da Costa G.or do Cas- (M. 23,
L. 300); Janeiro. // 31 // A Roberto Roiz’ da Costa G.or do (M. 23, L. 313); A Joze Montr.o de Macedo
G.or da (M. 23, L. 321); A Joze Montr.o de Macedo G.or da (M. 23, L. 327); A Jozé Monteiro de Macedo
G.or da (M. 23, L. 333); Fevereiro // 28 // A Roberto Roiz’ da Costa, G.or do (M. 23, L. 336).
H
76 - HERANÇA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Erança. ● Patrimônio, bem ou bens, direitos ou obrigações
que são transmitidos por disposição testamentária ou por via de sucessão. ● (Herança ~ heranças - 45
ocorrências): E na herança de Marcos daCosta Te- (M. 7, L. 37); 25$967 Senta e sete Res E na
o
herança de Mi= <12 Nov. > (M. 7, L. 39);E na herança de Antonio de Sene tre= <anno
177[ilegível]> (M. 7, L. 41); <13$875> es Ena herança de Antonio Gomes (M. 7, L. 43); <38$505>
Rees E na herança de Françisco Pereyra (M. 7, L. 47); <36$025> Sinco Reis E na herança de Joana Te
(M. 7. L. 49); <11 Nov.o> Eoitenta esete rees Ena herança de <37$087> (M. 7, L. 52); <11 Nov.o> mil e
Cem Rees ena herança de Do= (M. 7, L. 54); Reis Ena herança de Dona Brigida Ma (M. 7, L. 57);
<[ilegível]de Fevero> te e sinco reis e na herança de Joze Cosme <19$425> (M. 7, L. 61); <[ilegível]
Junho> zentos e Sincoenta Reis Ena herança de < 7$350> (M. 7, L. 67); <28 Nov.o> ve Centos Rees
Ena herança de Custodio <$900> (M. 7, L. 73); [ilegível] Março quinhentos e sincoenta Rees ena
herança (M. 7, L. 76); E na herança de Joze daCosta Ribei= (M. 7, L. 78); <4$650> tos e sincoenta reis
e na herança de <16 Abril> (M. 7, L. 81); <641$211> Reis Ena herança do Padre Semeaõ <13 Março>
(M. 7, L. 84); esinco reis e na herança de Francisco (M. 7, L. 89); <4$975> eSetenta e Sinco Reis E na
herança de (M. 7, L. 91); ena herança de Mateos dos Sanctos <anno 177[ilegível]> (M. 7, L. 99);
<281$002> e dois Reis e na herança de Antoneo26 Jañ> (M. 7, L. 101); <30 Jan.ro> e Sete Reis e na
herança de Antonio Ri= <71$697> (M. 7, L. 107); <30 Jan.ro> e Setenta e hum Reis e na herança de
<2$671 (M. 7, L. 109)>; Ena herança de Antonio Soares de (M. 7, L. 112); <13 Mayo> Sinco Reis E na
herança de Frutuozo <9$675> (M. 7, L. 114); <Anno d1769> Ena herança de Miguel Gomes Valença
(M. 7, L. 116); <5 Sep.to> oito mil e quatro Centos Reis E na he= <8$400> | rança de Pedro de Mello
dezaSete mil (M. 7, L. 117-118); <2 Nov.o> seis mil Reis e na herança de Domingos <6$000> (M. 7, L.
118); <Nov.o> zentos esincoenta Reis e na herança <2$250> (M. 7, L. 122); <13 Mayo> vintee Sinco
Reis Ena herança de Mano= <1$425> (M. 7, L. 128); Ena herança de Bartolomeo Borges (M. 7, L.
132); <139$025> e vinte e Sinco Reis E na herança de Ma= <23 Sep.ro> (M. 7, L. 134); <1#650> e
Sincoenta Reis E na herança de Pedro <2 out.o> (M. 7, L. 136); Ena herança do Doutor Antonio de He
(M. 7, L. 138); <30$000> vès trinta mil Reis E na herança de Bar= <18 out.o> (M. 7, L. 139); Ena
herança de Manoel Corea mais (M. 7, L. 142); herança de Manoel Rebeyro Fernando (M. 7, L. 144);
<7$500> Sete mil e quinhentos Reis e na herança <29 out.> (M. 7, L. 145); <1$800> centos Reis en a
herança de Francisco <16 Nov> (M. 7, L. 147); a passagem da herança de Joze Rodrigues (M. 7, L.
199); do Curador nomeado á Sua herança, a q.ta (M. 8, L. 12); tambem os de hũa herança, q’ seu Pay
deixou ao Supp.e cujo (M. 51, L. 19); prizaõ, e nestes termos, segundo o Direito, naõ ha herança an= (M.
51, L. 43); mos, como Segundo aos de Direito, naõ há herança antes da Morte do Tes= (M. 53, L. 36);
devem gozar da herança com os mesmos emargos, (M. 56, L. 06); das heranças etam bem em outras (M.
7, L. 158). ● (Erança - 01 ocorrência): dos naõ Só os do primeiro Sequestro, mas tambem de huma
Erança (M. 53, L. 14).
279
I
77 - INCONFIDÊNCIA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Movimento realizado em Minas Gerais, no final do século
XVIII, liderado pelo Alfreres Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que visava ao rompimento do
Pacto Colonial, ao rompimento com a dominação portuguesa na América. ● (Inconfidencia - 04
ocorrências): feitos aos Reos de Inconfidencia prezos nesta Capitania em que foraõ incluidos al- (M. 40,
L. 03); por crime de inconfidencia o Vigario da Matris da Villa de SamJoze (M. 40, L. 51); ciados pelo
Crime de Inconfidencia cometido nessas Minas Cujos (M. 43, L. 07); dos bens Sequestrados avarios
Ecleziasticos Reos de Inconfidencia a= (M. 46, L. 08).
J
80 - JEREBITA, JERIBITA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Geribita. ● Bebida alcoólica fermentada feita
com borra de cana de açúcar; espécie de aguardente de cana-de-açúcar. ● (Geribita - 03 ocorrências):
Miguel Antonio de Mello = P. S. = AGeri- | bita somente importa cada Ancorote de vinte (M. 36, L. 137-
138); pagamento dejornaes receberá Vm.e com esta seis | ancorotes de Geribita, e das Peças de Cre, que
vaõ (M. 36, L. 63-64); para o que mandei entregar ao dito Maciel seis Anco- | rotes de Geribita, e dés
pessas de Cré ordinario que saõ os ge- (M. 10, L. 111-112).
81 - JUÍZO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Órgão judicial em que se exerce e se pratica a Justiça e o todo
constituído pelo juiz e seus auxiliares diretos, escolhidos entre os “homens bons” de uma vila. ● (Juizo -
07 ocorrências): Juizo, Conforme determinava, e Será (M. 28, L. 10); tudo p.a pôr em Juizo. V.a R.a a 25
de 9bro de 1793 (M. 35, L. 06); Juizo, ena sua falta aoutros quais qr (M. 39, L. 15); tisfeito remeteraõ a
este Juizo para Se (M. 39, L. 193); meterem ao Juizo Competente dos Feitos os expresados Sequestros –
(M. 40, L. 40); bens como hade constar nesse Juizo, tendo desde aquela ocaziaõ athe (M. 40, L. 55); o
Juizo do Sequestro provizionalmente proseda navenda dos ditos bens (M. 43, L. 19). ● 2) Julgamento
final, do Apocalipse, nos termos bíblicos. ● (Juizo - 01 ocorrência): S.r Joaõ Roiz’. de Macedo, até o dia
do Juizo, Lá nos- (M. 25, L. 28). ● 3) Opinião. ● (Juizo - 01 ocorrência): bre isto poder eu formar juizo
com alguma probabilidade, tive a (M. 44, L. 227). ● 4) Razão, tirocínio. ● (Juizo - 01 ocorrência): os
homéns de melhor Juizo, eainda os de mayor autorid.e Se ouvese de por em = (M. 26, L. 04).
82 - JUNTA DA REAL FAZENDA ● (V) ● NCf [Ssing + Prep + Art _ Adjsing + Ssing] ● Conjunto de
órgãos da administração fazendária local, instalado em uma capitania, vila ou cidade, criada em 1765, na
América Portuguesa, e estabelecida, de forma definitiva, em 1771, para controlar arrecadações e despesas
280
administrativas diversas. ● (Junta da Real Fazenda - 12 ocorrências): Geraes, e nella Prezidente da Junta
da Real Fazenda, e mais (M. 2, L. 04); vermos, que deSse Tribunal da Junta da Real Fazenda, da (M. 2,
L. 13); gamos a V. Ex.a como a Prezidente deSsa Junta da Real (M. 2, L. 56); Deputados da Junta da
Real Fazenda pelos motivos (M. 10, L. 176); Junta da Real Fazenda e a 3 foi – a fazenda do faliçido
João (M. 16, L. 03); Prezidente da Junta da Real Fazenda da mesma Ca- (M. 23, L. 04); de Sua
Magestade, e Prezidente da Junta da Real Fa | zenda da Capitania do Rio de Janeiro, e Ministros De-
(M. 23, L. 08-09); Junta da Real Fazenda da mesma. Joaõ da Silva Coira a fez (M. 29, L. 13); nos Livros
competentes da Junta da Real | Fazenda. (M. 36, L. 77-78); Junta da Real Fazenda da mesma. Jozé
Gonçalves Reis a fez (M. 49, L. 13); Minas Geraes, e Prezidente da Junta da Real Fazenda damesma.
(M. 49, L. 39); de Sua Magestade, e Prezidente da Junta da Real Fa | zenda da Capitania do Rio de
Janeiro, e Ministros De- (M. 23, L. 08-09).
JUNTA DA ADMINISTRAÇÃO E ARRECADAÇÃO DA REAL FAZENDA ● (V) ● NCf [Ssing +
Prep + Art + Ssing + Conj. + Ssing + Prep + Art + Adjsing + Ssing] ● Órgão de administração fazendária
local, instalado em uma vila ou cidade, criada em 1765, na América Portuguesa, e estabelecida, de forma
definitiva, em 1771, para controlar arrecadações e despesas administrativas diversas. ● (Junta da
Administração e Arrecadação da Real Fazenda - 01 ocorrência): Faço saber á Junta da Administraçaõ e
Arrecadaçaõ da Real Fazenda (M. 46, L. 04).
L
83 - LAGOA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Pequena porção de água doce represada em depressão de um terreno.
● (Lagôas - 03 ocorrências): lagôas e Terras pantanozas do Lembo, e margens do Lucálla, meia (M. 44,
L. 421); tificio, ou despêsa affastaria delle as lagôas do Lembo; nem lhe daria (M. 44, L. 449); ganha na
sua salubridade, pois se desvia outro tanto das lagôas do (M. 44, L. 489).
84 - LAVRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Área de concessão de autorizaçaõ para extração mineral; mina onde se
faz extração mineral. ● (Lavra ~ Lavras - 06 ocorrências): DeveSe da Lavra ao Fisco __________
9:642$841 (M. 57, L. 31); e amdames, da Sua dita lavras Oque eu fui ver Peçoal m.te Cu (M. 16, L. 10);
de Aguiar hũa fazenda e Lavras da (M. 7, L. 200); Arrematação da Lavra ______________________//
42:077$155 (M. 57, L. 17); P.lo producto das Lavras antes das (M. 57, L. 21); P.lo Rendimto das
Lavras _______________ 10:930$947 (M. 57, L. 28).
85 - LÉGUA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Antiga unidade de medida de superfície equivalente a 6.600 metros,
ou a 3000 braças, ou a 30.000 palmos. ● (Légua - 07 ocorrências): do Luinha, e légua e meia acima da
Fabrica da Nova Oeyras, justa= (M. 44, L. 103); Está a Mina desviada de Cathári menos de meia légua,
(M. 44, L. 119); em grande superabundancia huma vasta planicie, q.’ fica légua (M. 44, L. 182);
d’altura, e d’extensaõ de mais de meia légua; arruinando-se pelos (M. 44, L. 405); athé huma légua
distantes.[espaço] E os estragos fataes, ×. estas duas cau= (M. 44, L. 422); Lugar mais affastado ×.
Oeyras, légua e meia do Rio Lucálla, (M. 44, L. 488); ri se acha meia légua distante da Mina, e duas do
Lucálla; e (M. 44, L. 497). ● (Léguas - 24 ocorrências): te della trinta e huma léguas, pelo caminho
ordinário; sobre a Estrada, (M. 44, L. 17); cûlo que em seis léguas, e meia d’extensaõ, a começar donde
o Rio (M. 44, L. 27); Muria atravessa a Estrada d’Ambaca, tres léguas para o Poen= (M. 44, L. 28);
qual se deve tirar a pedra de ferro, sete ou oito léguas, com pouca (M. 44, L. 33); ta; donde está
affastado tres léguas e meia para o Nascente, como já (M. 44, L. 65); me deraõ, entre outros, a conhecer
hum, duas léguas para o Sul da (M. 44, L. 76); cinco para seis léguas, e coiza de oito do Rio Lucálla, o
mais pro= (M. 44, L. 83); Este, deixando a pouco mais de duas léguas pa= (M. 44, L. 97); montes
correm nesta paragem para Leste. Duas léguas acima da fóz (M. 44, L. 102); thari com coiza de deseseis
ou desoito léguas de curso, pelo Territo= (M. 44, L. 136); nas duas léguas de Cathári ao Lucálla o
Luinha desce (M. 44, L. 145); rio, pois naõ teria mais de quatro para cinco léguas, e por me= (M. 44, L.
200); der, pelas naõ trazerem á esta Cidade, trinta leguas distante; (M. 44, L. 205); daquelle Districto, e
ainda alguns de sete ou oito léguas desviado, (M. 44, L. 220); naõ será d’utilidade alguma para a
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Fabrica. [espaço] Cinco léguas abai= (M. 44, L. 264); água no Mar; quinze léguas para o Sul desta
Cidade, com pouca (M. 44, L. 269); differença. [espaço] Deste modo com duas léguas de conducçaõ por
terra, (M. 44, L. 270); Esta distancia de cincoenta e duas léguas da (M. 44, L. 274); athé esta Cidade, ×.
se repûta oito léguas distante, caminho (M. 44, L. 301); posso calcular, de cinco para seis léguas.Entaõ
fazendo-se (M. 44, L. 308); commodadas, athé á fóz delle; trinta e Seis ou quarenta léguas (M. 44, L.
311); ×. o Rio vem fazendo. Nella quatro léguas para o Norte (M. 44, L. 313); nos; distante desta Cidade
coiza de trinta léguas para Sueste; (M. 44, L. 347); para ella naõ excederia a seis ou sete léguas
d’extensaõ. (M. 44, L. 374); o Rio Luinha.[espaço] Affastada da Mina duas léguas, e do Lucál- (M. 44,
L. 380); a Fabrica duas léguas ou mais dos pântanos do Lembo, e naõ sen= (M. 44, L. 493). ● (Legua ~
Leguas - 02 ocorrências): te couza de legua e meia, há matos serrados e virgens, epara o (M. 44, L. 163);
renta leguas distante de Massangâno; e doze mais abaixo des= (M. 44, L. 268).
86 - LEITO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Fundo de um rio, ribeirão ou córrego; canal natural formado pelo
curso de água, ao correr por determinada trajetória por tempo continuado. ● (Leito - 03 ocorrências): me –
naõ chegou a dar vinte e cinco palmos de declive no seu leito. E (M. 44, L. 43); o atravéssa e faz alli o
leito do Rio.[espaço] Esta offerece huma (M. 44, L. 156); sem mais declive, q.’ o necessário para descer;
Sendo o seu leito quinze (M. 44, L. 384).
87 - LENHA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Lênha. ● Troncos, ramos, achas ou outros pedaços de madeira
usados como combustível. ● (Lênhas - 05 ocorrências): e coberto de bosques. Tem infinidade de lênhas, e
mesmo de grossas, e (M. 44, L. 21); tagem junta á de pouca abundancia de mantimentos, e lênhas; (M.
44, L. 70); to Seriaõ inúteis, a faltar-lhe a d’abundancia de lênhas. Mâs (M. 44, L. 160); sas lênhas, e
d’uma sufficiente Povoaçaõ; com facilidade (M. 44, L. 332); timentos Saõ maiores; mâs quanto a lênhas,
entendo q~. Oeyras (M. 44, L. 486).
89 - LIBRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Livra. ● Unidade de medida inglesa, de massa, usada até hoje,
equivalente a 459,05 gramas. ● (Libra - 01 ocorrência): ma libra de Ferro em Barra opreço de 25 reis,
eque (M. 37, L. 24) ● (Livra ~ Livras - 04 ocorrências): as arrobas, e duas Livras pouco mais (M. 39, L.
58); eyia Livra = huma espingarda = huma (M. 39, L. 65); que pezará tres Livras emeya digo li= (M. 39,
L. 187); que pezará tres Livras emeya digo li= | vras emeya pouco mais ou menos = hum (M. 39, L. 187-
188).
90 - LUGAR-TENENTE ● (V) ● NCm [Ssing + Ssing] ● Var.: Lugar tenente, lugar thenente. ●
Designação do representante do rei ou de seu representante legal em determinada região e/ou em
determinado período de tempo, respondendo, provisoriamente, por ele. ● (Lugar tenente - 01 ocorrência):
Coutinho, do Conselho de Estado Prezidente do Real Erário enelle Lugar | Tenente imediato á Real
Pessoa do Principe Regente NoSso Senhor etc. (M. 46, L. 03). ● (Lugar Thenente - 1 ocorrência): Erário,
e nelle Lugar Thenente immediato á Real Pessoa do Príncipe (M. 52, L. 02).
(v. TENENTE, TENENTE-CORONEL.)
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M
91 - MACHADO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Maxado. ● Instrumento de corte, em forma de cunha
fixada em cabo de madeira, que serve para cortar e derrubar árvores, para rachar troncos, para reduzi-los a
lenha, ou para aparelhá-los para outros usos (em construções de casas, de mobliário, etc.). ● (Machado ~
Maxado - 02 ocorrências): Carpinteiro de machado, que alguns delles ainda (M. 45, L. 10); ze eixadas =
hum maxado = huma Mulla (M. 39, L. 70).
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Ouvidor Geral (M. 19, L. 07); a pluralid.e de votos, e Se dará Logo conta a S. Mag.e V.a Rica 23 de Fevr.o
de 1798. (M. 24, L. 15); Por Ordem de V. Mag.e examinei a Conta do (M. 24, L. 17); como representei a
S. Mag.e em requerimentos, q.’ deixei p.a (M. 27, L. 06); o dia, em q’ V.a Ordem de V. Mag.e, Com-a (M.
28, L. 03); Com esta vai a V. Mag.e o m.do (M. 28, L. 15); D.s G.de a V. Mag.e (M. 28, L. 21); Logo que
recebi os mandados, que V. Mag.e mefes in (M. 30, L. 02); priraô. D.s gd.e a v. Mag.e Realv.a de (M. 30,
L. 10).
96 - MÁQUINA ● (V) ● Nm [Ssing] ● Dispositivo mecânico que, movido por alguma fornte de energia,
executa ou contribuiu para o desempenho de tarefas/trabalho. ● (Máquina ~ Máquinas - 05 ocorrências):
Rio Muria, para poderem fazer mover as máquinas da Fabrica: (M. 44, L. 41); as aguas hé taõ
consideravel, que naõ há Máquina alguma (M. 44, L. 110); que deve impellir as suas Rodas, e máquinas;
visto taõbem q.’ (M. 44, L. 144); maes ás conducçoens, com as Máquinas próprias. Os deste (M. 44, L.
320); mnificado. Há ainda alli Restos d’algumas máquinas; mâs (M. 44, L. 465).
97 - METAL ● (V) ● Nm [Ssing] ● Substância natural, sólida, de boa condutibilidade térmica, altos
pontos de fusão e de ebulição e elevada dureza, processado, pelo homem, para formação de ligas para
fabricação de ferramentas, objetos, etc.. ● (Metal - 09 ocorrências): dir o dito Metal, servindo-se para
este effeito das (M. 36, L. 36-37); que = hum Candieiro grande demetal a- (M. 39, L. 45); estes fazem
d’aquelle metal facas, podoens, enchadas, e mais instro= (M. 44, L. 221); petidas; tem a vantagem de ter
a pedra do seu Metal á super= (M. 44, L. 368); de Sambaquiba; e algumas outras do mesmo metal; das
quaes Jozé (M. 44, L. 526); dito Metal, e os Negoceantes e Moradores deste Reino (M. 48, L. 20); tar o
Ferro das Minas que dodito Metal se encontraõ nes= (M. 47, L. 10); do Metal, e no da possibilidade que
existe, e conveniencia que rezulta= (M. 47, L. 34); há dodito Metal, declarando a izençaõ de Direitos que
o Prin= (M. 47, L. 48).
98 - MINA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Cavidade feita na terra ou veio natural onde se encontram minérios em
exploração de valor econômico; lavra de extração mineral. ● (Mina ~ Minas - 31 ocorrências): recer
conveniente, conto ir á mina de Sambaquiba e a (M. 41, L. 24); se naõ achásse longe, para Leste, da
Mina de Tambaquiba, da (M. 44, L. 32); da da Mina, q.’ me ficava já mui distante; a procurar mais perto
(M. 44, L. 74); dos dois precedentes, ficando aliás longe da Mina naõ mais q.’ (M. 44, L. 82); da da
Mina, e q.’ hia passar pela Fabrica da Nova – Oyeras. Para (M. 44, L. 89); no; pondo-me na
necessidade de hir primeiro a Mina e a Oeyras, (M. 44, L. 94); ra o Poente da sua fóz no Lucálla a Mina
de Sambaquiba; e (M. 44, L. 98); nesta direcçaõ aproximando cada vez mais á Mina, cuja vêa ou (M. 44,
L. 101); vel encontrar em todo este Continente, relativamente á Mina de Sam= (M. 44, L. 108); Está a
Mina desviada de Cathári menos de meia légua, (M. 44, L. 119); alto, e pedregozo descendo da Mina
para aquelle Lugar (M. 44, L. 123); haja de tirar-se da Mina de Sambaquiba) Enxûto, venti= (M. 44, L.
329); ra o Edificio sem despêsa d’alicerses; e emfim chegado à Mina, (M. 44, L. 337); Mina de
Bangobango, ×. Maciel achou ser o fundente (M. 44, L. 364); peito da Trombêta, pelas informaçoens
infiro, ×. aquella Mina (M. 44, L. 372); o Rio Luinha. [espaco] Affastada da Mina duas léguas, e do
Lucál- (M. 44, L. 380); tancias da Mina e Rio Lucálla sejaõ Recíprocas; isto hé ×. Cathá= (M. 44, L.
496); ri se acha meia légua distante da Mina, e duas do Lucálla; e (M. 44, L. 497); Oeyras pelo contrário
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duas da Mina, e meia do Lucálla, comtu= (M. 44, L. 498); os Zenza ou Bengo, e Lucálla; entre os quaes
se acha a Mina (M. 44, L. 525); foi das Entradas de todas as Minas nos annos de 1759 a 1761 pe (M. 9,
L. 14); Minas deste Reino para satisfazer as Ordens de Sua (M. 10, L. 09); tarem o Ferro das Minas que
ali há, como acima disse (M. 10, L. 127); mento do Ferro das Minas deste Reino equaõ pro- (M. 36, L.
04); quer e exige sobre as Minas de Ferro deste Reino (M. 36, L. 19); e que mais proximo ficar as Minas
de Ferro, em o (M. 36, L. 34); guns Fornos para aproveitar o Ferro das Minas que (M. 37, L. 04);
guintemente este Sitio outro tanto mais longe da Minas de Tambangui- (M. 44, L. 67); tar o Ferro das
Minas que dodito Metal se encontraõ nes= (M. 47, L. 10); Negros o Ferro que extrahem das Minas que
nesta Região (M. 47, L. 47); veite o Ferro das Minas deste Reino, porem apesar (M. 48, L. 12).
100 - MOINHO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Engenho, formado por duas mós — uma fixa e outra móvel —,
no qual são moídos/triturados cereais; local onde está instalado esse engenho. ● (Moinho - 02
ocorrências): calhas de Moinho. Fica o Lugar a Lês Sueste desta Capital, e distan= (M. 44, L. 16);
poderá levar calha e meia de moinho. (M. 44, L. 56).
101 - MONTE ● (V) ● Nm [Ssing] ● 1) Acidente geográfico constituído por elevação natural do solo, de
porte inferior ao de uma montanha, com declive bem acentuado. ● (Monte ~ Montes - 13 ocorrências):
nomeado se encontra hum dos Montes, e o mais rico de- (M. 10, L. 40); de montes, e de valles
difficultosos. Accresce ainda outro naõ me= (M. 44, L. 39); queno plano, o qual offerece, quase no pé do
monte do lado direito, hum (M. 44, L. 62); montes correm nesta paragem para Leste. Duas léguas acima
da foz (M. 44, L. 102); ras, e montes de pedra na planicie do valle a altura das su= (M. 44, L. 110); do
monte o canal, ou aqueducto natural que fôr preciso. (M. 44, L. 118); meia distancia naõ há pântano,
valle profundo, ou mon= | te (M. 44, L. 121-122); cio para as faldas dos montes lateráes, q.’ por serem
de pedra (M. 44, L. 153);
o que taõbem contribuem as tortuosidades dos montes q.’ bórdão o val (M. 44, L. 249); rente. [espaço]
Ora como os bósques, e montes, ×.’ em muitas partes (M. 44, L. 283); ficie; e desde o cûme athé á Raîz
dos montes; como eu observei. (M. 44, L. 359); em ×. dois montes fronteiros, d’um e d’outro lado do
valle, fazem es= (M. 44, L. 436); vessar montes e Serras, era quasi sempre forçoso fazer abrir cami= (M.
44, L. 521). ● 2) Grande quantidade de alguma coisa. ● (Montes - 01 ocorrência): montes de pedra
bastante empinados e altos; foi e sería em todo (M. 44, L. 416).
102 - MORTE ● (V) ● Nf [Ssing] ● Ausência ou cessação da vida. ● (Morte ~ Mortes - 12 ocorrências):
ttes da morte do Testador, ainda no caso de Sentença condemna= (M. 51, L. 44); mos, como Segundo
aos de Direito, naõ há herança antes da Morte do Tes= (M. 53, L. 36); os desta Comarca do Rio das
Mortes (M. 7, L. 04); Mortes que vay por mim escripta e aSig= (M. 7, L. 212); Minas e comarca do Rio
das Mortes aos (M. 7, L. 215); Com.ca do Rio das Mortes, attentas as insig- (M. 8, L. 48); das Mortes
Ignacio Joze Alvar.a (M. 8, L. 67); Do Ouvidor da Comarca do R.o das Mortes (M. 8, L. 70); R.o das
Mortes, e 200 Coiros q’. aqui comprej a Segurar (M. 15, L. 22); dei aocomand.e do Destricto da Boa
Morte, para q’ fosse a Fzd.a (M. 18, L. 04); DoRyo das mortes e sendo ahy (M. 19, L. 42); Doutor
Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, que havendo Sido prezos (M. 40, L. 50).
103 - MURALHA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: muralhas. Muro alto e grande. ● (Muralha ~ Muralhas - 07
ocorrências): Segundo atravessando toda a largura do valle com huma muralha, (M. 44, L. 392); d’agua.
[espaço] Os erros na construcçaõ da muralha, taõ despendiosa tal- (M. 44, L. 398); da muralha q.’ a
suspendia, vencêo Sempre esta opposiçaõ àSua (M. 44, L. 411); Ruina da muralha desapparecêo o
pântano formado pela Repreza (M. 44, L. 423); apoyar a muralha da Repreza; foi forçoso hir-se levantar
este Só= (M. 44, L. 434); muralha do dique, ×. ainda Se conserva em pé; e assentála pro= (M. 44, L.
473); direitos, ×. eraõ verdadeiramente muralhas de déz palmos de grossu- (M. 44, L. 476).
285
O
104 - OBRA ● (V) ● Nm [Ssing] ● Edifício em construção, para uso doméstico ou industrial. ● (Obra -
13 ocorrências): obra assentando no seguinte: (M. 10, L. 50); de por a caminho hua obra de tanta
importan (M. 36, L. 131); Obra d’ante-maõ. A má execuçaõ della, por ignorancia do Official, q.’ (M. 44,
L. 91); quena obra, e despêsa; e dirigem-se para qual dos lados con= (M. 44, L. 116); base Solidissima
áquella importante Obra; forrando a despêsa de (M. 44, L. 157); estes e outros Similhantes caminhos
saõ obra de muito trabalho e despê= (M. 44, L. 207);
de modo algum Reedificar. [espaço] Está situada esta Obra, creio, ×. gran= (M. 44, L. 388); vez como
toda a mais Obra, ficaraõ aquella pouco duravel, e esta in- (M. 44, L. 399); inutil, pouco tempo depois
de acabada a Obra, o trabalho e despêsa, que (M. 44, L. 407); D’onde veio a fazer-se indispensavel
outra nova obra; qual foi (M. 44, L. 438); toda aquella Obra foi deixada: o ×. naõ obstante o curso dos
Reparos (M. 44, L. 478); de Cathári; mâs quando devia ajuntar para esta Obra os mate= (M. 44, L.
512); nhos; obra ×. sendo executada por Negros, era infallivelmente mo= (M. 44, L. 522).
105 - OFICIAL ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Officiaes, Offeciaés. ● 1) Profissional habilitado para o
exercício de um ofício, de competência reconhecida e atestada uma Câmara, na América Portuguesa, para
esse exercício profissional. ● (Official - 01 ocorrência): Obra d’ante-maõ. A má execuçaõ della, por
ignorancia do Official, q.’ (M. 44, L. 91). ● (Officiaes - 03 ocorrências):
tos Officiaes de diversos Officios Mecanicos, que naõ só to- (M. 10, L. 58); a remessa dos ditos Officiaes
frequente ella naõ pode- (M. 10, L. 70). numero de Officiaes a quem os dirija como já (M. 45, L. 17). ●
2) Militar graduado, referenciado sem sua devida patente ou em exercício de serviço de caráter oficial, de
Justiça, ou civil reconhecido como um “homem bom” de uma vila e nomeado por sua Câmara, na
América Portuguesa, para cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor. ● (Offeciaés - 01 ocorrência):
ções como lhe parecer justo, porem os offeciaés desta em nada (M. 4, L. 14); Mando os off.es deste (M.
19, L. 12).
106 - OFÍCIO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Officio, Officios, Offiçio. ● Serviço especializado realizado
em uma oficina ou em uma repartição pública por profissional habilitado e reconhecido para tal serviço. ●
(Oficio ~ oficios - 06 ocorrências): bems algums, mais q’. os reditos do oficio q.’ (M. 8, L. 14); Certidaõ:
por q.’ andando o Oficio em 1:000$... (M. 8, L. 18); Donativos, com q.’ o Oficio não podia, p.a (M. 8, L.
36); re, q.’ o Oficio de Thezour.o dos auz.tes da (M. 8, L. 47); p.a arrematarem os Oficios da Real Faz.da,
(M. 8, L. 04); e nesta p.te todos os mais oficios da mesma (M. 8, L. 54). ● (Officio - 04 ocorrências): ta
Comarca, este ultimo officio, aos Thezou- (M. 6, L. 33); Cap.nia, para Servir o Officio, de Meirinho do
mesmo (M. 22, L. 11); nandes Rozado, na Serventia do Officio de Meiri (M. 22, L. 16); e Com o d.o
Officio por qual naõ paga terça parte, (M. 22, L. 21). ● (Offiçio - 01 ocorrência): principiou a Servir o
Offiçio de Tezourey= (M. 7, L. 174). ● 2) Correspondência de caráter oficial enviada de uma repartição
pública a outra, com fins administrativos. ● (Officio ~ Officios - 06 ocorrências): que a V. Ex.a referi no
meu Officio Nº 98, e passando eu lo (M. 10, L. 07); na Estampa que lhe mandei com o meu Officio Nº 21/
(M. 10, L. 106); com o meu Officio Nº 21 e de fabricarem com elle Enxa- (M. 10, L. 129); que a V. Ex.a
declarei no meu Officio Nº 98 / o ordenado (M. 10, L. 177); falei no meu Officio Nº 98. (M. 10, L. 212); a
Fabrica faltarem os meios que no meu Officio Nº 195 (M. 48, L. 15). ● 3) Empenho, dedicação,
providência e/ou serviço para resolver uma questão. ● (Officios - 01 ocorrência): os bons Officios de V.
Ex.a e o exemplarissimo favor com (M. 10, L. 165).
OFÍCIO MECÂNICO ● (V) ● NCm [Ssing + Adjsing] ● Var.: Officios mecanicos. ● Trabalho mecânico
manual realizado no espaço histórico da América Portuguesa, reghido e fiscalizado pelas Câmaras das
vilas e por regimentos coporativos. ● (Officios mecanicos - 01 ocorrência): tos Officiaes de diversos
Officios Mecanicos, que naõ só to- (M. 10, L. 58).
107 - OITAVA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Unidade de medida de massa equivalente a 3,58583768 gramas. ●
(Oitavas - 05 ocorrências): cer, pelas cento enoventa eoito oitavas deouro, queentregou (M. 2, L. 107); ta
incompetente entrega das oitavas seprova suceSsiva, eli= (M. 2, L. 110); Cap.m An.to Ferr.a quarenta, e
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duas oitavas, e (M. 20, L. 10); zentas etrinta oitavas emeya = hum fago= (M. 39, L. 29); seguintes Cento
e vinte oitavas de pra- (M. 39, L. 27-28).
108 - OURO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Oiro. ● Metal precioso, dúctil, de cor amarela e brilhante. ●
(Ouro - 03 ocorrências): ● er, pelas cento enoventa eoito oitavas deouro, queentregou (M. 2, L. 107);
deOuro, ouprata aos Cofres da Real Fazenda athe quelhes destine (M. 43, L. 23); balança depezar ouro
com Marco de (M. 39, L. 64); comprehenderemse nos mesmos bens algumas peSsas de ouro ou Prata
(M. 46, L. 17). ● (Oiro - 3 ocorrências): Oiro fino 227$775 227$850 321$771
777$397 (M. 14, L. 10); terra detanto Oiro, que queremdizeros Estoriador.es (M. 25, L. 16); e deste oiro
que Cobrey, edo q.’ me deu aguardar (M. 25, L. 64).
109 - OUVIDOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Ovedor. ● Espécie de juiz de direito nomeado para atuar
junto a determinada repartição pública. ● (Ouvidor - 08 ocorrências): tecedentes o Doutor Ouvidor desta
Commarca; porque pe= (M. 2, L. 85); Sobredito Requerimento, consta, que aquelle Ouvidor pôs (M. 2,
L. 87); daquelle Ouvidor, enaõ por despoziçaõ, ou aprovaçaõ domes= (M. 2, L. 97); to nofigurado Cazo,
o
teria direito para haver dodito Ouvidor (M. 2, L. 102); Do Ouvidor da Comarca do R. das Mortes (M.
8, L. 70); Pasesce ordem aoOuvidor daComarca doSabara para (M. 33, L. 04); zembargo de S. Mag.e
I., Ouvidor Geral (M. 19, L. 07); Doutor Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, que havendo Sido
prezos (M. 40, L. 50). ● (Ovedor - 1 ocorrência): Respond.a oVedor. (M. 9, L. 57).
P
110 - PADRE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Clérigo católico que recebeu o sacramento da Ordem que,
hierarquicamente, está acima dos diáconos e abaixo dos bispos. ● (Padre - 14 ocorrências): <641$211>
Reis e na herança do Padre Semeaõ <13 Março> (M. 7, L. 84); tra Com Cazas do Reverendo
Padre Carlos (M. 39, L. 179); oPadre Carlos Correa de Talliaõ, oPadre Manoel Rodrigues da Costa e
(M. 40, L. 52); oPadre Joze Lopes deOliveira, Moradores na Borda do Campo Destritos (M. 40, L. 53);
o Padre Jozé da Silva de Oliveira Rolim, aqual fareis, eque Sem per- (M. 49, L. 07); do Sequestrado
Inconfidente o Padre Jozé da Silva de Oliveira, vos- (M. 49, L. 27); havia buscado o Doutor Placido Seu
Irmaõ, dizendo que o dito Padre (M. 49, L. 28); Senhor. = Diz o Padre Joze da Silva (M. 50, L. 01); do
Padre Joze da Silva eOliveira Rollin, recluso á (M. 50, L. 23); rimento incluzo do Padre Joze da Silva e
Oliveira Rollim, em que per- (M. 52, L. 05); Copia “ Senhor = Diz O Padre Jozé da Silva d’Oliveira
Rollin, natural (M. 53, L. 03); Ultramarino o Requerimento do Padre Joze da Silva de Oliveira (M. 54,
L. 07); O Padre Jozé da Silva de (M. 55, L. 01); <641$211> Reis e na herança do Padre Semeaõ
<13 Março> (M. 7, L. 84).
111 - PALMO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Unidade de medida de superfície equivalente a 0,22 m. ● (Palmo ~
Palmos - 11 ocorrências): me – naõ chegou a dar vinte e cinco palmos de declive no seu leito. E (M. 44,
L. 43); palmos. Muito maior altura acharia se continuásse o nivela= (M. 44, L. 60); pequena largura.
Hum carreiro de tres ou quatro palmos de (M. 44, L. 209); ou deseseis palmos mais baixo, q.’ o assento
da Fabrica. A esta falta (M. 44, L. 385); plano do Edificio tres ou quatro palmos para baixo do Terrêno;
e (M. 44, L. 389); as Terras grossos muros de doze e mais palmos d’alto em partes. O (M. 44, L. 391); ta
e tres a trinta e cinco palmos sobre o seu nivel. Mâs como nem (M. 44, L. 394); de déz palmos d’alto, e
coiza de desoito de largo; Sustentado por mu= (M. 44, L. 396); quarenta e tres palmos d’alto, fundado
em hum Terrêno inconsistente, (M. 44, L. 401); d’uma enórme maça de fluido, de trinta e dois palmos
pelo menos (M. 44, L. 404); direitos, ×. eraõ verdadeiramente muralhas de déz palmos de grossu- (M.
44, L. 476).
112 - PÂNTANO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Região plana, alagada com água parcialmente estagnada, onde,
normalmente, há vegetação peculiar, formada por plantas aquáticas, armieiros e caniços. ● (Pântano ~
287
Pântanos - 04 ocorrências): causar. Desta Verdade per si evidente, o extenso pântano da No= (M. 44, L.
50); meia distancia naõ há pântano, valle profundo, ou mon= (M. 44, L. 21); Ruina da muralha
desapparecêo o pântano formado pela Repreza (M. 44, L. 413); a Fabrica duas léguas ou mais dos
pântanos do Lembo, e naõ sen= (M. 44, L. 493).
113 - PATRIMÔNIO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Conjunto de bens de uma pessoa ou entidade. ● (Patrimonio
- 10 ocorrências): al do Tejuco, saõ: as próprias do Patrimonio do Supplicante, e por iSso (M. 53, L.
25); milhantes bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio Irregulares. Terceiros, (M. 53, L. 34); cia
necessaria, deshilude do Seu Patrimonio, e daquelles bens Paternos, uni= (M. 53, L. 51); çaõ das Cazas
do Seu Patrimonio, bem como a de quesquer outros bens, es= (M. 53, L. 56); dos por sequestro, entre os
quaes se compreehendeo o Seo Patrimonio. Nenhu= (M. 55, L. 04); xaSsem de arremattar o seo
Patrimonio, os mais bens, e até huma heran= (M. 55, L. 11); os proprios do Patrimonio do Suppl.e, epor
isso de sua na= (M. 51, L. 31); effeito a venda de Sem.es Bens, e os Clerigos destituidos de Patrimonio,
(M. 51, L. 41); a subsistencia neceSsaria, destituido do seu Patrimonio, e da= (M. 51, L. 61); çaõ das
cazas do Seu Patrimonio, bem como a de quaesquer (M. 51, L. 67).
115 - PEÇA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Pessa, Pessas. ● 1) Pedaço de tecido. ● (Peça ~ peças ~ Pessa ~
Pessas - 03 ocorrências): tos e cincoenta reis, cada hua Peça grossa, e as finas (M. 36, L. 67); ancorotes
de Geribita, e das Peças de Cre, que vaõ (M. 36, L. 64). ● (Pessas - 01 ocorrência): rotes de Geribita, e
dés pessas ede Cré ordinario que saõ os ge- (M. 10, L. 113). ● 2) Unidade, exemplar de algum objeto ou
coisa, incluindo escravo, no período colonial. ● (Pessa ~ pessas - 04 ocorrências): Saõ de peSsa alguma a
fim de naõ haver falta (M. 15, L. 12); o mesmo tp.o q’ molecoeñs pessas, de embarque, Com (M. 27, L.
65); presso delles, e os que Se poderem conservar, como exemplo as pessas (M. 43, L. 22);
comprehenderemse nos mesmos bens algumas peSsas de ouro ou Prata (M. 46, L. 17).
116 - PEDRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Mineral natural, duro, sólido, da natureza da rocha, usado para
construção, para a confecção de instrumentos e de jóias. ● (Pedra ~ Pedras - 10 ocorrências): Pedra
branca e outros bens do ditto Ag (M. 7, L. 201); que se tirava a Pedra para a Fabrica de Oeiras. 2º Por
(M. 10, L. 41); há poucos dias, entre diversos pedaços de Pedra de diffe- (M. 10, L. 152); precioza
pedra no poder de Ignorantes, q.^ eriquecem, (M. 27, L. 36); Com effeito désce elle por degráos de
pedra; e (M. 44, L. 57); ras, e montes de pedra na planicie do valle a altura das su= (M. 44, L. 110); veo
pedra, saldo, ou obstáculo algum á Navegação. (M. 44, L. 147); cio para as faldas dos montes lateráes,
q.’ por serem de pedra (M. 44, L. 153); petidas; tem a vantagem de ter a pedra do seu Metal á super=
(M. 44, L. 358); montes de pedra bastante empinados e altos; foi e sería em todo (M. 44, L. 416).
PEDRA DE CADILHO ● (V) ● NCm [Ssing + Prep + Ssing] ● Vaso, em pedra, no qual se fundem
metais ● (Pedras de cadilho - 03 ocorrências): sem embargo de naõ terem ainda chegado as Pedras de |
Cadilho que Sua Magesade ordenou se remettessem (M. 10, L. 147); tas Pedras de Cadilho foi renovado,
e dellas foraõ feitas igu- (M. 10, L. 157); dir o dito Metal, servindo-se para este effeito das | Pedras de
Cadilho que por grande fortuna há (M. 36, L. 37).
PEDRA DE FERRO ● (V) ● NCm [Ssing + Prep + Ssing] ● Minério de ferro em estado natural. ● (Pedra
de ferro - 02 ocorrências): qual se deve tirar a pedra de ferro, sete ou oito léguas, com pouca (M. 44, L.
33); te, que difficulte a conducçaõ da pedra de ferro; hum Terreno (M. 44, L. 123).
PEDRA MINERAL ● (V) ● Nf [Ssing + Adj] ● Pedra com algum teor de minério de ferro, aproveitável
para a siderurgia. ● (Pedra mineral - 01 ocorrência): tar para odito sitio e de distancia consideravel a
Pe= | dra Mineral. 2º Por que requererá obrigar os Negros (M. 10, L. 19-20).
117 - PEDREIRO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Profissional que constroi casas, edifícios e obras congêneres,
em alvenaria, usando argamassa, tijolo e pedra, bem como revestimentos diversos. ● (Pedreiros - 02
ocorrências): levando por agora dous Pedreiros, e hum Ferreiro com as necessarias Ferra- (M. 10, L.
101); se achaõ como eu com feridas. Os Pedreiros se reco- (M. 45, L. 11).
288
118 - PENHORA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Pinhora. ● Procedimento judicial de aprisionamento de
bens de um devedor, para execução judicial de uma dívida. ● (Penhora - 05 ocorrências): Hum p.m,
mand.o, epenhora feita aod.o Motta (M. 31, L. 08); curador da Coroa, eFazenda deSsa Capitania,
penhora ao (M. 2, L. 39); ceder aoutra penhora naforma, eobservancia da Ley: Cons- (M. 2, L. 44); se
procedido á dita segundapenhora, naforma da Ley, esem (M. 2 L. 48); dereis, procedendo-se, se for
precizo, apenhora em bens da (M. 2, L. 61). ● (Pinhora - 02 ocorrências): depois dellas se Seguem, huma,
do teor da pinhora a q’. Se refere a (M. 57, L. 05); As. 2. Copías huma he da pinhora q’ fizeraõ os
Credores do Confisca- (M. 57, L. 13).
119 - PERDÃO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Remissão de uma falta, de uma culpa ou de uma ofensa grave. ●
(Perdão - 02 ocorrências): e Grandeza de V. A. R. o perdão de toda a Supposta Culpa, como (M. 51, L.
52); o perdão de toda a Culpa, como Se manifesta do Regio Avizo, e Se por (M. 53, L. 44).
120 - PLANICIE ● (V) ● Nf [Ssing] ● Terreno relativamente plano, de relevo relativamente uniforme
por natureza. ● (Planicie - 03 ocorrências): ras, e montes de pedra na planicie do valle a altura das su=
(M. 44, L. 110); lançada por hum dos lados do valle, e na planicie delle athé (M. 44, L. 127); em grande
superabundancia huma vasta planicie, q.’ fica légua (M. 44, L. 182).
121 - POÇO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Abertura escavada no solo, de diâmetro uniforme, normalmente
provida de parede de alvenaria, de onde se extrai água potável. ● (Poço - 02 ocorrências): raõ; por quanto
o bocal do Poço da Mayanga com as di- (M. 10, L. 156): almente algũas Pias pequenas que cercão o
dito Poço. (M. 10, L. 158).
122 - PRATA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Metal dúctil, precioso, normalmente encontrado, na natureza, em
ligas com enxofre ou antimônio, trabalhado e usado para a confecção de objetos. ● (Prata - 12
ocorrências): eSeis facas tudo deprata com opezo detre (M. 39, L. 28); espiguilhada de prata e calçoens
da mês (M. 39, L. 41); te com punho bocais, eponteira de prata (M. 39, L. 30); loado deprata com todos
os Seos aprestos (M. 39, L. 32); taõ bem agaloados deprata, e argolas domes (M. 39, L. 33); amarelo
com argolas deprata, e agaloadada (M. 39, L. 35); mesma prata com Seu boldrihe do mEs (M. 39, L.
36); gonas degalaõ deprata, efranja do mesmo (M. 39, L. 39); de prata = hum Chapéo uzado comSeu ga
(M. 39, L. 43); laõ deprata = hum Calçaõ preto dedura (M. 39, L. 44); deOuro, ouprata aos Cofres da
Real Fazenda athe quelhes detine (M. 43, L. 23); mesmos bens algumas peSsas de ouro ou Prata (M. 46,
L. 17).
124 - PRESO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Prezo, prezos. ● Aquele que está privado de liberdade,
aprisionado. ● (Prezo ~ Prezos - 40 ocorrências): Despeza, que se tem feito com os Prezos de Estado, que
vieraõ (M. 23, L. 13); Relaçaõ de Despezaque se tem feito com os Prezos de Esta- (M. 23, L. 29); Prezo
de 5_the 12_do corrente...// 3$200 (M. 23, L. 55); Satisfazer as comedorias a 4_prezos (M. 23, L. 66);
gar as comedorias a 4_prezos do 1º (M. 23, L. 79); Satisfazer a 4 prezos as comedorias (M. 23, L. 86);
Satisfazer as comedorias a 4_prezos (M. 23, L. 98); prezos de 25_ a 31 _ do Corrente ...// 11$200
78$400 (M. 23, L. 108); tisfazer a 4 prezos que se achaõ na For- (M. 23, L. 129); fazer as que venceraõ 4
prezos que se achaõ na (M. 23, L. 137); prezos na Ilha das Cobras de 25_ (M. 23, L. 147); diversos
prezos com varios Vencimentos. // 25$200 (M. 23, L. 184); a diversos prezos de 9_ a 24 do corr.e....//
54$080 (M. 23, L. 191); el prezo no Villagalhon de 4 até (M. 23, L. 214); satisfazer a diversos Prezos de
9_ a (M. 23, L. 229); prezo no Villagalhon de 14 a 23 // 4$000 (M. 23, L. 233); ra diversos Prezos das
comedorias (M. 23, L. 240); Alz’ Maciel prezo no Villagalhon (M. 23, L. 246); Capitaõ Manoel Joaq.m de
289
Sá, prezo (M. 23, L. 250); diversos prezos na Ilha das Cobras (M. 23, L. 253); Alz’ Maciel, prezo no
Villagalhon (M. 23, L. 257); Satisfazer a Jozé Alvz’ Maciel prezo (M. 23, L. 272); versos Prezos,
Vencidas de 9_ a 16_ do (M. 23, L. 277); Alz’ Maciel prezo no Villagalhon (M. 23, L. 298); ciel prezo no
Villagalhon do 1º a 7 do (M. 23, L. 306); q.m de Sá prezo no d.o Castello do 1º a (M. 23, L. 316);
Satisfazer a Jozé Alz’ Maciel prezo (M. 23, L. 342); 2 prezos no Villagalhon de 23_ a (M. 23, L. 371);
diversos prezos de 9_ a 16 ........................// 28$880 (M. 23, L. 384); a diversos prezos que se achaõ no
(M. 23, L. 418); tisfazer as comedorias a 3 prezos que (M. 23, L. 449); versos prezos que se achaõ no
Villaga (M. 23, L. 489); a varios prezos as comedorias de 27_ the (M. 23, L. 542); p.a pagar as
comedorias aos prezos q.’ (M. 23, L. 553); me paguem, oupinhora llos, oufazellos hir preZos (M. 15, L.
16); Magistade mandou oSup.te prezo para a Ilha das Cobras a (M. 32, L. 12); tricto aSsim oscumpraõ,
eremettendo-me prezos todos os (M. 37, L. 37); feitos aos Reos de Inconfidencia prezos nesta Capitania
em que foraõ incluidos al- (M. 40, L. 03); Doutor Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, que havendo
Sido prezos (M. 40, L. 50); que se achava prezo se naõ lhe podeSse entregar, ficaSse divolvida aos (M.
55, L. 14).
125 - PRISÃO ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Prizaõ. ● Apreensão, captura e detenção de uma pessoa, que a
priva da liberdade. ● (Prizaõ - 11 ocorrências): primeira especie, eainda aprizaõ do devedor executado,
(M. 2, L. 62); vinteequatro horas Com penadeprizaõ Reco (M. 19, L. 21); a Luiz Pinto, este na m.a prizaõ
meaSistio com 60$000. (M. 25, L. 72); prizaõ Cazas, iguaes asdeVm.ce e dizem q.’ destas, há m.tas e
geralm.e pouco menores (M. 26, L. 72); gocio; por Cauza daSua prizaõ edetençaõ SeSsou o Suplican- (M.
32, L. 17); a estada da Sua prizaõ na cidade do Ryo; naõ Saben (M. 38, L. 10); prizaõ, e nestes termos,
segundo o Direito, naõ ha herança an= (M. 51, L. 43); e penosa pena de doze annos de prizaõ, mereceo
da Piedade, (M. 51, L. 51); prizaõ a que contra elle se procedeo, da qual se acha ja Livre; essa Junta
(M. 52, L. 07); o Pay do Supplicante sobrevivêo muitos annos á sua prizaõ, e nestes ter= (M. 53, L. 35);
na de doze annos de prizaõ, merecêr da Piedade, e Grandeza de Vossa Alteza (M. 53, L. 43).
126 - PROCURADOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Aquele que representa uma pessoa jurídica de direito
público, ou um órgão público, em questões judiciais ou extrajudiciais. ● (Procurador ~ Procuradores - 13
ocorrências): O Procurador da Rl Fazenda Francisco Grego (M. 13, L. 32); bas.tes procuradores aos Snr.s
Joaõ Ro= (M. 21, L. 08); doD.or Procurador da Corôa e Real Fazenda (M. 19, L. 15); Trem que aVm.e por
seu Procurador os manda- (M. 36, L. 97); me fas, o Requerimento do S.ôr D.ôr Procurador da Re (M. 38,
L. 03); Villa Rica 23 de Mayo de 1795 = O Procurador da Real Fazenda (M. 40, L. 41);Reposta do
Procurador da Fazenda que foi ouvido, com a qual Seconformou (M. 43, L. 15); que fizera o Procurador
da Real Fazenda arrespeito (M. 46, L. 07); pois deSer prezente o Doutor Procurador da Minha Real
Fazenda (M. 49, L. 32); tos annos, a Requerimento do Procurador da Coroa, eFazenda de Vil= (M. 51,
L. 17); mento do Procurador da Coroa e Fazenda de Villa Rica, foraõ arremata- (M. 53, L. 13); para
que arequerimento do Procurador da Coroa deSsa Capitania se dei- (M. 55, L. 10); tituo meu bastante
Procurador ao Sñr. Manoel (M. 58, L. 06). ● (Proc.or - 01 ocorrência): D.or Proc.or daFazenda = V.a R.a 24
= de Julho de 1793 = Com qua (M. 32, L. 37).
290
Q
127 - QUILOMBO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Quilambo. ● Arraial ou acampamento cercado, usado,
na África, para aprisionamento de escravos a serem vendidos a traficantes (espcialmente aos
portugueses), no período colonial. ● (Quilambos - 02 ocorrências) as Terras do alto Gollungo, dos
Quilambos Diogo André, Pedro | Ambáxe, Gombe, e outros; e ao Poente as Terras dos Quilombos (M.
44, L. 351-352); Ambáxe, Gombe, e outros; e ao Poente as Terras dos Quilambos | Cabûto, Ndalla –
huns, e outros. (M. 44, L. 352-353).
R
129 - RAINHA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Soberana de um país, de uma nação. Nos manuscritos-bse deste
glossário, Dona Maria I, viúva de Dom Pedro III e mãe de Dom João VI, primeira rainha de Portugal,
cujo nome completo era Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança,
cognominada “A Louca” e “A Piedosa”. ● (Rainha - 05 ocorrências): Rainha de Portugal e dos Algarves
da (M. 29, L. 02); da desta Capitania. A Rainha Nossa Senhora o mandou (M. 29, L. 10); Dona Maria
por Graça de Deos Rainha de Portugal e dos Algarves da (M. 40, L. 47); Assim o fareis observar, como
vos recomendo = ARainha Nossa Senho- (M. 40, L. 65); Rainha d’Portugal, e dos Algarves, d’Aquem, e
d’Alem (M. 54, L. 02).
130 - REAL FAZENDA ● (V) ● NCf [Adj. + Ssing] ● Var.: R.l Fzd.a, R.l F.. ● Setor de administração
fazendária principal de um país, de um reino. ● (Real Fazenda - 35 ocorrências): Geraes, e nella
Prezidente da JuntadaRealFazenda, emais (M. 2, L. 04); da Real Fazenda damesma Capitania, emais
Ministros (M. 2, L. 09); vermos, que deSse Tribunal da Junta da Real Fazenda, da (M. 2, L. 13); dereis,
quedeve á RealFazenda da Capitania de Saõ Pau= (M. 2, L. 21); ou Remettera ao Dezembargador,
Provedor da Real Fazenda (M. 2, L. 35); como sepratica nas execuçoens daReal Fazenda; naõ se (M. 2,
L. 63); ta Real Fazenda, e do Credito desta Junta; porqueSupos= (M. 2, L. 165); da Administração, e
Arrecadação da Real Fazenda da Capita (M. 9, L. 03); nhores se empregaõ nos interesses da Real
Fazenda abrevidade des= (M. 9, L. 43); thé de maior despeza para a Real Fazenda e de mais (M. 10, L.
17); rá deixar de ser muito despendioza á Real Fazenda (M. 10, L. 71); Deputados da Junta da Real
Fazenda pelos motivos (M. 10, L. 176); Junta da Real Fazenda e a 3 foi – a fazenda do faliçido Joaõ (M.
16, L. 03); da Real Fazenda desta Cid.e M.el Roiz Px.co (M. 19, L. 02); doD.or Procurador da Corôa e Real
Fazenda (M. 19, L. 15); Contenciozo daRealFazenda, noimpe (M. 19, L. 31); tador fes em prejuizo da
Real Fazenda, que hera (M. 24, L. 109); Junta da Real Fazenda da mesma. Joaõ da Silva Coira a fez (M.
29, L. 13); Hum mand.o passado do Cap.m da Real Fazenda, contra Joaõ (M. 31, L. 03); sachava Suqres
trada pella Real Fazenda de V. Mag.de (M. 32, L. 30); da Real Fazenda pague a Vm.e em cada hum mez
(M. 36, L. 93); is vantajozo á Real Fazenda sem que seja mo- (M. 36, L. 124); Real Fazenda que
oSobscrevi (M. 39, L. 197); Villa Rica 23 de Mayo de 1795 = O Procurador da Real Fazenda (M. 40, L.
41); daminha Real Fazenda na parte que vinha apertenserlhe eainda ás (M. 40, L. 58); Real Fazenda da
mesma Joze Gonsalves Reis afes em Villa Rica do Ouro (M. 40, L. 68); deOuro, ouprata aos Cofres da
Real Fazenda athe quelhes destine (M. 43, L. 23); deOuro, ouprata aos Cofres da Real Fazenda athe
quelhes destine (M. 43, L. 23); sim nem a Economía da Real Fazenda, nem a da Vida, e Sa= (M. 44, L.
481); Faço saber á Junta da Administraçaõ e Arrecadaçaõ da Real Fazenda (M. 46, L. 04); prezentaçaõ
que fizera o Procurador da Real Fazenda arrespeito (M. 46, L. 07);
Minha Real Fazenda foi prezente pelo Governador, e Capitão (M. 49, L. 22); Remetida pela Junta da
Minha Real Fazenda desta Capi= (M. 49, L. 25); pois deSer prezente o Doutor Procurador da Minha Real
Fazenda (M. 49, L. 32); Minas Geraes, e Prezidente da Junta da Real Fazenda damesma. (M. 49, L. 39);
çaõ da Real Fazenda da Capitania de Minas Geraes: Que vendo oreque- (M. 52, L. 04). ● (R.l Fzd.a - 01
291
ocorrência): carta de 30 do me findo, por ordẽ da Junta da R.l Fzd.a Man (M. 18, L. 03). ● (R.l F. - 01
ocorrência): Informação dada na Ex.am da R.l F. contra Joaõ Rodrigues de (M. 57, L. 02).
131 - REAL ORDEM ● (V) ● Nf [Adj + Ssing] ● Determinação emitida por um soberano de Estado
monárquico, por um rei ou rainha; ordem régia. ● (Real Ordem - 06 ocorrências):
Mag.e namesma citada Real Ordem de quatro de Julho de (M. 2, L. 50); de Sua Mag.e, epor execuçaõ
daja Referida RealOrdem (M. 2, L. 59); odito Resto naforma da Real Ordem, expedida pelo RealEra=
(M. 2, L. 146); em execuçaõ das quaes, eda dita Real ordem da Sua (M. 2, L. 152); Real Ordem, sem
expormos as noSsas infructuozas dell= (M. 2, L. 169); plicadas Cartas precatorias, mandar executar a
Real Ordem (M. 2, L. 175).
133 - REGIMENTO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Regim.to. ● 1) Cada uma das grandes divisões de uma
brigada militar ou de um exército, comandado por um coronel. ● (Regimento ~ Regimentos - 02
ocorrências): Sobre dito Regimento, teve baixa nodia 26 de (M. 12, L. 06); gados afazer com os
Regimentos, que se achaõ nesta Capitania vindos (M. 9, L. 47). (Regim.to - 1 ocorrência): drada Tenente
Coronel Comand.e do Regim.to (M. 12, L. 03). ● 2) Conjunto de leis e normas que regem o
funcionamento de um grupo social, de uma corporação ou de uma instituição. ● (Regimento - 1
ocorrência): os Emolumentos que dispôem o Regimento que (M. 22, L. 23).
134 - REGISTRO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Reg.o, Reg.os. ● Registro de contagem, ou posto de
arrecadação de direitos de entrada e de impostos, situados em pontos estratégicos (junto a cruzamento
derios, pontes, desfiladeiros, etc.) da capitania, na América Portuguesa. ● No documento 14, transcrito
nesta dissertação, são listados, ipsis litteris, os registros de: Caminho Novo, Mantiqueira, Itajuba, Jaquara,
Oiro fino, Goarda das Goritas, Ribeiraõ da Areya, Sette Lagoas, Zabelê, Jequitibá, S. Izabel, S. Antonio,
Nazareno, S. Lucia, Ar.al do Piracatú, Galheiro, Rabello, Caité Merim, Inhacica, Pé do Morro, Simaõ
Vieyra, Itacambira, Jequitinhonha, Goarda Nova da Serra e Ryo Pardo. ● (Reg.o ~ Reg.os - 04 ocorências):
Marques que as cobranças q’. tenho feito neste Reg.o(M. 15, L. 20); hũa divida. [espaço] a m.a aSist.a
neste Reg.o Se me fas por (M. 15, L. 23); tres em cada Reg.o Respetivo, incluida a 6ª Condição q^ vem a
(M. 24, L. 21); Joaquim Silverio dos Reis p.a Conta dos Reg.os incluida a 6ª Condição (M. 14, L. 03).
135 - RENDIMENTO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Rendim.to, Rendim.tos. ● Resultado positivo das
operações em determinado setor da economia. ● (Rendimento - 02 ocorrências): cofres; convertendo o
Rendimento do Contrato para negociasoins (M. 13, L. 10); Rendimento do Contratto das Entradas, (M.
14, L. 01). ● (Rendim.to - 06 ocorrências): trazia Na cultura, que em muito pouco avultava o rendim.to.
(M. 3, L. 09); Rendim.to Ger.l (M. 14, L. 04); Total Rendim.to do mesmo devidido em cada hum anno, e
nos (M. 24, L. 20); Por conta deste Rendim.to examiney os L.os Letra (M. 24, L. 24); que unidos, e
abatidos do Liquido do Rendim.to vem a deverselhe 244:396 [ilegível] (M. 24, L. 36); P.lo Rendimto das
Lavras _______________ 10:930$947 (M. 57, L. 29). ● (Rendim.tos - 01 ocorrência): ou rendimen.tos
pertencentes aos mesmos Cati- (M. 6, L. 12).
136 - REPRESA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Var.: Repreza. ● Construção que impede que a água acumulada
em certo ponto de um terreno se desloque dele. ● (Repreza ~ Reprêza - 05 ocorrências): fizesse huma
Reprêza; fica evidente ×. da fundaçaõ neste Lugar será (M. 44, L. 451); Ruina da muralha desapparecêo
o pântano formado pela Repreza (M. 44, L. 413); apoyar a muralha da Repreza; foi forçoso hir-se
levantar este Só= (M. 44, L. 434); as aguas da Repreza ás Rodas.[espaço] Ora do ×. Tenho (M. 44, L.
441); do preciso fazer em Cathári Repreza alguma; evitar-se-haõ as mo= (M. 44, L. 494); fizesse huma
Reprêza; fica evidente ×. da fundaçaõ neste Lugar será (M. 44, L. 451);
137 - RÉU ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var: Reo, Reos. ● Aquele, tendo sido acusado ou denunciado, é
chamado a juízo para responder por uma ação ou por um crime. ● (Reo ~ Reos - 05 ocorrências):
292
achareis os Mandados constantes da relaçaõ junta contra o Reo (M. 29, L. 06); odos os mais Reos
deprezuncaõ, ou de leves Culpas, q.’ tivessem qual q.r Sent.ca (M. 26, L. 07); feitos aos Reos de
Inconfidencia prezos nesta Capitania em que foraõ incluidos al- (M. 40, L. 03); ta relativa ao Sequestro
feito nos bens dos Reos Ecleziasticos Senten (M. 43, L. 06); dos bens Sequestrados avarios Ecleziasticos
Reos de Inconfidencia a= (M. 46, L. 08).
138 - RIO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Corrente contínua natural de água doce, mais ou menos caudalosa, que
recebe águas de correntes menores e deságua em outra ou no mar. ● (Rio - 38 ocorrências): acumprir o
meu Degredo no Rio deCena, (M. 25, L. 15); do Rio Bengo a que por outro nome chamaõ Zenza de cer-
(M. 10, L. 36); mais proxima a este Porto que a do Rio Guanza aonde es (M. 10, L. 38); acumprir o meu
Degredo no Rio deCena, (M. 25, L. 15); q.’ a terra pr.alme todo o Rio de Sena, produz tanta Cana (M.
27, L. 44); rio Bengo fará vm.e construir alguns Fornos (M. 36, L. 35); dito Rio transportar para os
Armazens Re- (M. 36, L. 116); Doutor Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, que havendo Sido prezos
(M. 40, L. 50); das sobre certo logar do rio Luinha, naõ mui distante (M. 41, L. 26); cujas faldas, pela
banda do Norte lava o Rio Muria; o qual em (M. 44, L. 14); cûlo que em seis léguas, e meia d’extensaõ,
a começar donde o Rio (M. 44, L. 28); Rio Muria, para poderem fazer mover as máquinas da Fabrica:
(M. 44, L. 41); ou antes excessiva altura das aguas do Rio Guango q.’ alli corre, e q.’ (M. 44, L. 55);
Trombêta, na paragem em q.’ o pequeno Rio Lûssue vem tributar ao (M. 44, L. 77); cinco para seis
léguas, e coiza de oito do Rio Lucálla, o mais pro= (M. 44, L. 83); de caminho o curso do Rio Luinha, o
qual eu sabía correr para a ban= (M. 44, L. 88); para d’ahi começar, como effectivamente comecei, o
exame do Rio (M. 44, L. 95); mente aonde acaba o valle plano, o Rio se aparta totalmente da Mi= (M.
44, L. 104); aquiba. Porquanto alli onde o Rio acaba de cahir d’entre Ser= (M. 44, L. 109); tive por
excusado nivelar faltos, e cascatas sucessivos, q.’ o Rio por (M. 44, L. 113); e elle do Rio Lucálla naõ
mais que duas. [espaço] Na pri= (M. 44, L. 120);
aquelle Rio. [espaço] Nos mezes porém das chuvas, podem mais com= (M. 44, L. 128); outras
Embarcaçoens pequenas. Chega este Rio ao Sitio de Ca= (M. 44, L. 135); da Fabrica podem
vantajozamente fazer-se pelo mesmo Rio, (M. 44, L. 143); o atravéssa e faz alli o leito do Rio. [espaço]
Esta offerece huma (M. 44, L. 156); brica mais q.’ athe ao Lucálla. [espaço] Este Rio q.’ será duas vezes
(M. 44, L. 258); a direcçaõ geral deste Rio de Sueste para Noroeste, os ventos (M. 44, L. 277); occupaõ
a margem do Rio, pela extraordinária largura e direc= (M. 44, L. 284); maduras Combinações de V.
Ex.a, ×. a barra deste caudalozo Rio (M. 44, L. 291); Cathári para o Rio Zenza, pela mais breve, e
possivel direcçaõ (M. 44, L. 303); gem do Rio, pouco acima da Freguesia de Saõ João no (M. 44, L.
306); os carretos da Fabrica athé aquelle Rio, por elle se fariaõ as (M. 44, L. 309); ×. o Rio vem
fazendo. Nella quatro léguas para o Norte (M. 44, L. 313); te do Sul lhe passa o Rio Lucálla, pelo Norte
huma Serra (M. 44, L. 349); Rio Luinha. [espaço] Affastada da Mina duas léguas, e do Lucál- (M. 44, L.
380); aguas altas carece. [espaço]Corre ali o Rio Luinha pelo fundo do valle, (M. 44, L. 383); facto, mâs
naõ bastante, da proximidade de Rio navegavel; e os er= (M. 44, L. 444); Lugar mais affastado ×.
Oeyras, légua e meia do Rio Lucálla, (M. 44, L. 488); Lembo, quanto perde no affastamento do Rio, pelo
qual se haõ- (M. 44, L. 490); tancias da Mina e Rio Lucálla sejaõ Recíprocas; isto hé ×. Cathá= (M. 44,
L. 496).
139 - ROÇA ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Rossa, rosinha. ● Terreno de lavoura de subsistência. ● (Rossa
- 05 ocorrências): tar, huma roSsa plantada de milho que (M. 39, L. 172); roSsa deplantada defeijaõ que
levaria oito (M. 39, L. 174). ● (Rosinha - 01 ocorrência): prezente por mim Som.te asinado na RoSinha
(M. 11, L. 19).
S
140 - SARGENTO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Patente militar do Exército superior à de cabo. ● (Sargento -
02 ocorrências): e o Sargento, que em Carta que me escreve de (M. 45, L. 13); occupado o Sargento
porque pode o Capitaõ Mor, (M. 45, L. 27).
293
SARGENTO-MOR ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Sargento mor, Sarg.to mor. ● Patente militar mais
elevada da classe dos sargentos. ● (Sargento Mor ~ Sargento Mór - 04 ocorrências): Ao Sargento mor
Roberto Roiz’ da (M. 23, L. 93); Miguel Antonio de Mello = Senhor Sargento Mor An (M. 42, L. 13); ta
remesa, que rogamos se effectue pelo Sargento Mór Joaquim (M. 9, L. 44); Ao Sargento mor Roberto
Roiz’ da (M. 23, L. 88). ● (Sarg.to mor - 04 ocorrências): O Sarg.to Mor An.to Vilela Frazam p.a Com
servasam da sua – (M. 16, L. 06); Ao Sarg.to mor Roberto Roiz’ da Costa (M. 23, L. 73); Ao Sarg.to mor
Roberto Roiz da Cos (M. 23, L. 81); Ao Sarg.to mor Roberto Roiz’ da Costa p.a (M. 23, L. 100); Ao d.o p.a
o Sarg.to mor Luis Vaez // 3$000 (M. 23, L. 268).
141 - SENTENÇA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Decisão de um juiz ou de um tribunal acerca de uma petição, de
uma causa. ● (Sentença ~ Sentenças - 13 ocorrências): fis por Lavar a venial com embargos a Sentença,
(M. 25, L. 10); pella mesma alçada depois das Suas Sentenças; quanto aos Seculares (M. 40, L. 06);
Sentença que as ad’judicase aoFisco, para que Conste atitulo deSe (M. 40, L. 14); Sentença proferida,
eSendo por outra Constante a detirioraçaõ e talves des (M. 40, L. 31); prezença de Vossa Magestade
para desedir, se naõ obstante a falta de Senten- | ça condenatoria devo promover aarremataçaõ dos
referidos bens fazen- (M. 40, L. 36-37); avido Sentença em queSedespuzese dos bens, que lhes foraõ
Sequestrados (M. 43, L. 18); Sentença proferida com a qual Se podeSsem adjudicár ao Real Fisco (M.
46, L. 10); do delicto correspond.e, julgado por Sentença, a qual naõ houve (M. 51, L. 23); ttes da morte
do Testador, ainda no caso de Sentença condemna= (M. 51, L. 44); vado por Sentença? A Razaõ e o
Direito naõ authorisaõ (M. 51, L. 57); tador, ainda no Cazo de Sentença condennatoria contra o
Supplicante, já (M. 53, L. 37); dos bens de que nunca foi privad opor Sentença? A razaõ e Direito naõ
au= (M. 53, L. 47); perior se lhe naõ leo a Sentença, aqual pela mesma se acha em segredo (M. 55, L.
06);
142 - SEQUESTRO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Apreensão ou depósito de um bem ou de bens sobre os quais
pesa litígio, a título de garantia de que sejam entregues, no final de um processo, a quem sejam destinados
por direito ou a quem se deva pagar importância equivalente ou inferior ao valor desse(s) bem(bens). ●
(Sequestro ~ Sequestros - 25 ocorrências): ceder a sequestro nos bens de Joze Alves Maciel,
Contractador, que, (M. 9, L. 13); va, mandado proceder a sequestro nos bens do Devedor, conseguio este
(M. 9, L. 23); ao Depozitario do Sequestro p.a trazer (M. 28, L. 12); de Sequestro Contra o d.o Joaõ da
Costa, ex (M. 28, L. 16); Cuja falta Resultou oprocederçe aSequestro emtodos os Seus bens (M. 32, L.
20; ceda aSequestro (M. 33, L. 30); e Sequestro feito embens do Confiscado Joaõ Dias da Motta, (M. 35,
L. 02); Senhora = Por consequencia dos Sequestros (M. 40, L. 02); Remetidos a esta Junta os
Sequestros, e Seus Julgados para Searrecadarem (M. 40, L. 07); recadaçoins daquelles Sequestros Sem
embargo denaõ haver ainda (M. 40, L. 13); meterem ao Juizo Competente dos Feitos os expresados
Sequestros – (M. 40, L. 40); deSsa Comarca, por comsequencia do que Se prosedeo aSequestro nos Seus
(M. 40, L. 54); que Seachaõ os bens pertencentes aos referidos Sequestros naparte (M. 40, L. 61); ta
relativa ao Sequestro feito nos bens dos Reos Ecleziasticos Senten (M. 43, L. 06); meiros Sequestros, e
naõ terem Sido ainda ad’judicados ao Fisco (M. 43, L. 10); segurança de Sequestro verificado sem se
ultimarem os termos (M. 51, L. 14); do mesmo Sequestro: Consta porém ao Suppl.e, que, depois de se
(M. 51, L. 15); la Rica, foraõ arematados naõ so os do primeiro Sequestro, mas (M. 51, L. 18); justiça
daquelle se regula pela do Sequestro, × nos termos de (M. 51, L. 25); Os Bens do p.r Sequestro entre os
quais se comprehende (M. 51, L. 28); gurança do Sequestro verificado, sem se ultimarem os termos do
Mesmo (M. 53, L. 10); Sequestro; Consta porem ao Supplicante que depois de se-concervarem (M. 53, L.
11); dos naõ Só os do primeiro Sequestro, mas tambem de huma Erança (M. 53, L. 14); mente iniciados;
nem a Justiça daquelle se regulla pela do Sequestro, que nos ter- (M. 53, L. 20); dos por sequestro, entre
os quaes se compreehendeo o Seo Patrimonio. Nenhu= (M. 55, L. 04).
143 - SERRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Elevação natural de terra, superior à altura de um monte e inferior à
de uma montanha. ● (Serra ~ Serras - 06 ocorrências): Goarda Nova da Serra 64$500 106$500
40$500 217$500 (M. 14, L. 32); e circumvizinho. Nas ábas d’uma Serra, distante para o Nor= (M.
44, L. 162); Serras, naõ promettem quasi producçaõ alguma. Para o Po= (M.44, L. 187); chove alguns
mezes no anno; próximo a Serras, e no qual emfim se (M. 44, L. 243); te do Sul lhe passa o Rio Lucálla,
pelo Norte huma Serra (M. 44, L. 349); vessar montes e Serras, era quasi sempre forçoso fazer abrir
cami= (M. 44, L. 521).
294
144 - SUPLICANTE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Supplicante, Sup.e, Sup.es, Supp.e, Suppl.e, Suppl.te,
Sup.te). ● Aquele que suplica, roga ou impetra algo junto a uma instância, normalmente governamental ou
judicial, em su benefício ou em benefício de outrem. ●
(Supplicante - 15 ocorrências): fazenda denominada aCaveira, legitima doSuplicante, epe- (M. 32, L.
22); Real Mosteiro de Saõ Bento para a liberdade do Supplicante; (M. 50, L. 06); dem puzitiva de VoSsa
Alteza Real, foi o Supplicante, e os Mais Clerigos, (M. 53, L. 07); Sequestro; Consta porem ao
Supplicante que depois de se-concervarem (M. 53, L. 11); que seu Pay deixou ao Supplicante,cujo
prodecimento parêce alheio (M. 53, L. 15); ça, aqual naõ houve no Cazo do Supplicante e dos Mais
Clerigos igoal= (M. 53, L. 19); al do Tejuco, saõ: as próprias do Patrimonio do Supplicante, e por iSso
(M. 53, L. 25); o Pay do Supplicante sobrevivêo muitos annos á sua prizaõ, e nestes ter= (M. 53, L. 35);
tador, ainda no Cazo de Sentença condennatoria contra o Supplicante, já (M. 53, L. 37); çaõ. Paterna a
expreça condiçaõ de podêr Erdár o Supplicante; e com Substi= (M. 53, L. 40); punha iniciado.
Finalmente o Supplicante dipois da grave, e pennoza pen= (M. 53, L. 42); teza, que o Supplicante na
quallidade de Clerigo Mendigue a Subsisten= (M. 53, L. 50); dár, se entreguem ao Supplicante todos os
MenSionados bens, e o produ= (M. 53, L. 54); havia detrerminado a Soltura do Supplicante, e estando já
solto o Seu (M. 53, L. 58); Companheiro, que fora com o Supplicante iguallado no predicto delicto, (M.
53, L. 59).● (Sup.e - 04 ocorrências): O requerim.to do R.do Sup.e heverda (M. 3, L. 02); Estagraça naõ
adeve pertender hoje o R.do Sup.e (M. 3, L. 10); NadaSeuteliza das do R.do. Sup.e isto o que Na ver (M. 3,
L. 12); Ex.mo General Servido por bem dadeligencia mandar oSup.e (M. 32, L. 09); q’ Se achar
pertencente ao Sup.e (M. 33, L. 23). ● (Sup.es - 01 ocorrência): “Os Sup.es depois de habilitados como
herdeiros (M. 56, L. 05). ● (Supp.e - 11 ocorrências): tonio de Moraes, Cobrador q’ foi doSupp.e na
Com.ca de (M. 33, L. 09); do Contracto, e particulares do Supp.e entre os quaes (M. 33, L. 11); mo
Moraes, que lhe dice ter pago aoSupp.e outra (M. 33, L. 14); tambem os de hũa herança, × seu Pay
deixou ao Supp.e cujo (M. 51, L. 19); no caso do Supp.e, e dos mais Clérigos igualm.te inniciados, nem a
(M. 51, L. 24); toria contra o Supp.e jamais poderia comprehender Bens que (M. 51, L. 45); expreSsa
condiçaõ de poder herdar o Supp.e e com substituição (M. 51, L. 48); de V. A. R. que o Supp.e na qualid.e
de Clerigo mendigue (M. 51, L. 60); ao Supp.e todos os mencionados Bens, e o producto dos que já (M.
51, L. 65); V. A. R. Determinado a Soltura do Supp.e, e estando já (M. 51, L. 69); solto o seu
Companheiro, q’ fôra com o Supp.e igualado naquelle (M. 51, L. 70). ● (Suppl.e - 04 ocorrências): tiva de
S. A. R. foi o Suppl.e e os mais Clerigos inniciados naquelle (M. 51, L. 11); do mesmo Sequestro: Consta
porém ao Suppl.e, que, depois de se (M. 51, L. 15);
os proprios do Patrimonio do Suppl.e, epor isso de sua na= (M. 51, L. 31); irregulares. 3º O Pay do
Suppl.e sobreviveo muitos annos a Sua (M. 51, L. 42). ● (Suppl.te - 01 ocorrência): Se suppunha
inniciado. Finalmente o Suppl.te depois da grave, (M. 51, L. 50). ● (Sup.te - 04 ocorrências): Magestade,
eSendo oSup.te para amesma Comvidado pellos Com- (M. 32, L. 06); Magistade mandou oSup.te prezo
para a Ilha das Cobras a (M. 32, L. 12); aquém o Sup.te Roga apronta providencia mandado que a dita
(M. 32, L. 31); enaõ Ser o Sup.te para elle ouvido nem Citado eSer a Real Faz.da (M. 32, L. 35).
T
145 - TENENTE-CORONEL ● (V) ● NCm [Ssing + Ssing] ● Var.: Tenente Coronel, Ten.e Cor.l, T.e
Coronel. ● Militar que tem a patente militar de oficial de nível superior situada entre a de coronel e a de
major, no Exército. ● (Tenente Coronel - 02 ocorrências): drada Tenente Coronel Comand.e do Regim.to
(M. 12, L. 02); Antonio de Mello = Snr Tenente Coronel An- (M. 45, L. 67). ● (Ten.e Cor.l - 01
ocorrência): Snr’. Ten.e Cor.l Carlos Joze da Sa (M. 15, L. 1). ● (T.e Coronel - 1 ocorrência): S.r T.e
Coronel Carlos Jozé daSylva (M. 18, L. 1).
(v. TENENTE, LUGAR TENENTE.)
295
1, L. 05); tempo que foy Tezoureiro o Sobredito (M. 7, L. 25). ● (Tezoureiro - 10 ocorrências): Dez.or
Provedor da Real Fazenda, ordene ao Tezoureiro (M. 1, L. 05); Coelho de Araujo Tezoureyro que foi
(M. 7, L. 09); Cito Tezoureyro tocou deComissaõ ao (M. 7, L. 16); mesmo falesçido Tezoureyro Sinco
mil (M. 7, L. 17); fas passagem ao Tezoureyro actual (M. 7, L. 29); Com que Serve o actual Tezoureyro
(M. 7, L. 172); principiou a Servir o Offiçio de Tezourey= | ro dos auzentes desta Comarca em vinte (M.
7, L. 174-175); E no tempo do dito Tezoureyro Luis (M. 7, L. 186); em tempo deste Tezoureyro por
addicaõ (M. 7, L. 198); o tempo do Tezoureyro anteSessor ao (M. 7, L. 204).
147 - TENENTE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Then.te. ● Oficial militar que tem essa patente,
imediatamente inferior à de capitão, no Exército. ● (Tenente - 02 ocorrências): lo = S.r Pedro Muzi de
Barros, Tenente do Re- (M. 37, L. 75); o Tenente Luiz Antonio da Sylva que (M. 7, L. 30). ● (Then.te - 01
ocorrência): r.o o Then.te Luis An.to da S.a, no Recenciam.to (M. 8, L. 40).
(v. TENENTE-CORONEL, LUGAR TENENTE.)
148 - TENENTE-CORONEL ● (V) ● Nm [Ssing + Ssing] ● Var.: Ten.e Cor.l, T.e Coronel. ● Oficial
militar que tem essa patente militar de oficial do Exército, imediatamente superior à de coronel e
imediatamente inferior à de major ● (Tenente Coronel - 03 ocorrências): drada Tenente Coronel
Comand.e do Regim.to (M. 12, L. 02); pelo Tenente Coronel Manoel de Teixeira Queiróga, (M. 22, L.
09);Antonio de Mello = Snr Tenente Coronel An- (M. 45, L. 67). ● (Ten.e Cor.l - 1 ocorrência): Snr’.
Ten.e Cor.l Carlos Joze da Sa (M. 15, L. 1). ● (T.e Coronel - 1 ocorrência): S.r T.e Coronel Carlos Jozé
daSylva (M. 18, L. 1). ● (Ten.e Cor.el - 13 ocorrências): Ten.e Cor.el Dom.os de Abreu .........// 3$000 (M.
23, L. 167); Ao d.o p.a hum d.o do do Ten.e Cor.el Do- (M. 23, L. 171); Ao Ten.e Cor.el Jozé Monteiro de
Macedo (M. 23, L. 182); Ao Ten.e Cor.el Jozé Monteiro de Ma- (M. 23, L. 274); Ao Ten.e Cor.el Jozé
Montr.o de Ma- (M. 23, L. 285); Ao Ten.e Cor.el Jozé Monteiro de (M. 23, L. 292); Ao Ten.e Cor.el Joze
Montr.o de Macedo (M. 23, L. 308); Ao Ten.e Cor.el Jozé Monteiro de Ma- (M. 23, L. 523); Ao Ten.e Cor.el
Joze Montr.o de Macedo (M. 23, L. 529); Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Macedo (M. 23, L. 537); Ao
Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Ma- (M. 23, L. 556); Ao Tene Cor.el Jozé Montr.o de Macedo (M. 23, 563);
Ao Ten.e Cor.el Jozé Montr.o de Mace- (M. 23, L. 569).
(v. CORONEL.)
149 - TERRA ● (V) ● Nf [Ssing] ● Solo, terreno para plantio, criação de animais ou extração mineral. ●
(Terrra - 15 ocorrências): terra detanto Oiro, que queremdizeros Estoriador.es (M. 25, L. 16); em Barra,
sem os apartar das terras em que vivem, (M. 10, L. 140); a terraconvida, enaõ hé taõ ruim como sepinta
eSe= (M. 27, L. 30); q.’ a terra pr.alme todo o Rio de Sena, produz tanta Cana (M. 27, L. 44); ciantes p.a
a terra firme, e m.tos portos, e prezidios da – (M. 27, L. 55); Coroa p.a India, terras Francezas, Inglezas,
Olandez.as e Mouras (M. 27, L. 56); dattas deterras minerais com Suas respeti= (M. 39, L. 182); rio
d’Ambaca, onde nasce nas Terras do Sôva Guéta; e pelo (M. 44, L. 137); terra, que elle occupa no plano
dos valles, ficando desafrontada e (M. 44, L. 171); tantes, dispérsos em libátas por toda ella, pedissem, à
Sua Terra os (M. 44, L. 184); fructos que ella lhes póde dar. Para a banda do Norte Terras (M. 44, L.
186); as e meia de distancia, das Terras do Sôva Cabûto, e outros Vizi= (M. 44, L. 189); simas Terras do
Lembo, e margens do Lucálla Saõ Só per-si ca= (M. 44, L. 191); ducçõens das suas Terras a esta
moderada distância, convidados (M. 44, L. 203); deixando a Suas mulheres o cuidado da cultura das
Terras, elles só (M. 44, L. 218); ● 2) Imóvel, propriedade. ● (Terras - 02 ocorrências): bem certo q’ o d.o
Villela, partem as Suas terras com as do mes (M. 18, L. 12); em via – recta ás Terras de Diogo André no
alto Gollungo; o que (M. 44, L. 198). ● 3) Lugar, região. ● (Terra ~ Terras - 08 ocorrências):
Secompunhaõ de aSuqr.e, Agoard.e daterra, e Rapadu- (M. 3, L. 07); terra; e comprando-lhes todo o
Ferro que elles (M. 10, L. 110); da Camera, Vezitados dos principaes daterra, egeralm.e dos
Comerciantes (M. 26, L. 66); ridade competentes jornaes segundo os estillos da | terra; e comprando-
lhes todo o Ferro que elles (M. 36, L. 58-59); segundo o estado commum daterra, epago com os ge (M.
37, L. 21); belecer nas Suas Terras, outros aonde lhes era mais cómmodo; alle= (M. 44, L. 232); os que
há da Terra só servem para ajudarem ao tra- (M. 45, L. 20); vem lá estar, pois que os Ferreiros da Terra
os fazem (M. 45, L. 23). ● 4) Via terrestre, caminho ou estrada. ● (Terra - 03 ocorrências): - as
conducçoens se haõ de forçosamente fazer por terra, e a travéz (M. 44, L. 38); cessáriamente de fazerse
por terra, a beneficio d’uma Estrada (M. 44, L. 126); differença.[espaço]Deste modo com duas léguas de
conducçaõ por terra, (M. 44, L. 270).
296
150 - TESOUREIRO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Tezoureiro, Tezoureyro, Thezoureiro, Thezoureiros,
Thezour.o, Thezour.os. ● (Tezoureiro - 02 ocorrências): Dez.or Provedor daReal Fazenda, ordene
aoTezoureiro (M. 1, L. 05); tempo que foy Tezoureiro o Sobredito (M. 7, L. 25). ● (Tezoureyro - 09
ocorrências): Coelho de Araujo Tezoureyro que foi (M. 7, L. 09); Cito Tezoureyro tocou deComissaõ ao
(M. 7, L. 16); mesmo falesçido Tezoureyro Sinco mil (M. 7, L. 17); fas passagem ao Tezoureyro actual
(M. 7, L. 29); Com que Serve o actual Tezoureyro (M. 7, L. 173); principiou a Servir o Offiçio de
Tezourey= | ro dos auzentes desta Comarca em vinte (M. 7, L. 175); E no tempo do dito Tezoureyro Luis
(M. 7, L. 186); em tempo deste Tezoureyro por addicaõ (M. 7, L. 198); o tempo do Tezoureyro
anteSessor ao (M. 7, L. 204). ● (Thezoureiro ~ Thezoureiros: 02 ocorrências): Determinado que o
Thezoureiro Geral da Junta (M. 36, L. 92); em Receita aos Thezoureiros daquelle tempo, emenos consta
(M. 2, L. 113). ● (Thezour.o ~ Thezour.os - 08 ocorrências): cadaçaõ, deve haver Thezour.o ou recebe-
(M. 6, L. 38); adas, e o mesmo Thezour.o poderá Solicitar, (M. 6, L. 44); Thezour.o nem a metade da d.a
q.ta nunca, (M. 8, L. 20); de fora Se devem Cobrar pello Thezour.o, (M. 8, L. 29); q.’ Sejaõ, Como as do
defunto Thezour.o que (M. 8, L. 33); ta, á vista do q.’ tocou ao actual Thezou- | r.o o Then.te Luis An.to da
S.a, no Recenciam.to (M. 8, L. 39-40); re, q.’ o Oficio de Thezour.o dos auz.tes da (M. 8, L. 47); ta
Comarca, este ultimo officio, aos Thezou- | r.os dos Auz.tes São os q’. pello Seo Regim.to fazi (M. 6, L. 33-
34).
152 - TREM ● (V) ● Nm [Ssing] ● Arsenal de guerra, depósito de armas e munições. ● (Trem - 03
ocorrências): Trem que aVm.e por seu Procurador os manda- (M. 36, L. 97); P.a o Inspector do Real
Trem sobre (M. 45, L. 54); cias que dei por Cartas derigidas ao Inspector do Trem (M. 48, L. 07).
153 - TRIBUNAL DA JUNTA ● (V) ● NCm [Ssing + Prep + Ssing] ● Tribunal encarregado de assuntos
de interesse público e da Fazenda Real. ● (Tribunal da Junta - 05 ocorrências): vermos, que deSse
Tribunal da Junta da Real Fazenda, da (M. 2, L. 13); Se encarrega aeSse Tribunal daJunta (M. 6, L. 21);
tado doTribunal daJuntadella desta (M. 19, L. 10); Fazenda, e Deputado do Tribunal da Junta della (M.
22, L. 04); viar pello Tribunal da Junta desta Capitania, Junta- (M. 30, L. 03).
V
154 - VALE ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Valle, valles. ● Depressão natural ou parte de terreno plano
situado entre montes, no sopé de um monte ou à beira de um rio. ● (Valle ~ Valles - 21 ocorrências):
mente aonde acaba o valle plano, o Rio se aparta totalmente da Mi= (M. 44, L. 104); ras, e montes de
297
pedra na planicie do valle a altura das su= (M. 44, L. 110); meia distancia naõ há pântano, valle
profundo, ou mon= (M. 44, L. 21); de montes, e de valles difficultosos. [espaço] Accresce ainda outro
naõ me= (M. 44, L. 39); do seu curso por hum estreito valle, verifiquei ter de quéda noventa (M. 44, L.
59); tomando pelo Valle da Nova Oeyras (assim chamado por se achar nelle (M. 44, L. 99); lançada por
hum dos lados do valle, e na planicie delle athé (M. 44, L. 127); mansamente pelo fundo do Valle sem se
encontrar no seu ál= (M. 44, L. 146); Tem o valle neste interessante Lugar oiten= (M. 44, L. 148); huma
Rocha-viva, a qual calçando todo o fundo do Valle (M. 44, L. 155); este Lugar, me-naõ deixárão
certeficar. [espaço] Este mesmo valle de (M. 44, L. 167); terra, que elle occupa no plano dos valles,
ficando desafrontada e (M. 44, L. 171); de dois Valles: hum q.’ parte d’alli para Nascente; outro q.’
corre de (M. 44, L. 246); acima do Valle de Oeyras, donde só começa a ser seguidamente nave- (M. 44,
L. 262); lado, e sádio; situado no tôpo d’um valle fertilissimo; fácil (M. 44, L. 330); de no seu genero, no
valle, ×. Réga, e por onde deságua no Lucálla (M. 44, L. 379); aguas altas carece.[espaço] Corre ali o
Rio Luinha pelo fundo do valle, (M. 44, L. 383); egundo atravessando toda a largura do valle com huma
muralha, (M. 44, L. 392); e pouco ventilado valle, de cujos lados immediatamente se levantaõ (M. 44, L.
415); lado, foi–se fundar fronteira a hum valle menor; o qual cruzando (M. 44, L. 431); com – o de
Oeyras Segue de Poente a Nascente; mâs como o valle prin= (M. 44, L. 432); em ×. dois montes
fronteiros, d’um e d’outro lado do valle, fazem es= (M. 44, L. 436).
155 - VEIO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var: Vêa. ● Camada ou filão mineral em estado natural, na terra,
explorável com finalidade econômica, numa lavra ou mina. ● (Vêa - 02 ocorrências): nesta direcçaõ
aproximando cada vez mais á Mina, cuja vêa ou (M. 41, L. 101); Leste ainda em Ambáca Se achaõ
vestigios da vêa de ferro;(M. 44, L. 361).
156 - VIGÁRIO ● (V) ● Nm [Ssing] ● Var.: Vigr.o. ● Religioso católico autorizado ao exercício das
funções de outro prelado em certo local, durante um período de tempo. ● (Vigario ~ Vigarios - 04
ocorrências): Correa de Toledo, e Mello Vigario queera (M. 39, L. 180); por crime de inconfidencia o
Vigario da Matris da Villa de SamJoze (M. 40, L. 51); brigas, e Enterros, que os Vigarios Lá saõ de
Carid.e (M. 25, L. 26); Ao Reverendo Vigario Carlos... id..1$600 17$200 (M. 23, L. 52). ● (Vigr.o - 2
ocorrências): Ao Rev. Vigr. Carlos Correa de Toledo...// 4$000 (M. 23, L. 71); Ao Rev.do Vigr.o Carlos
do o
298
5.1.2 Glossário - Parte Toponímica
Neste Glossário - Toponímica, reunimos, em ordem alfabética, os lemas, extraídos
do corpus, relativos aos lugares nomeados de diferentes partes do Brasil (Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo), de Portugal, de Angola e Moçambique, com sua definição sumária e
atualização de suas denominações.
A
1 - ANGOLA ● Província ultramarina de Portugal situada no Leste da África, que se tornou ponto
estratégico para o comércio de escravos trazidos para a América Portuguesa. Atualmente, é país
independente. ● (Angola - 4 ocorrências): Angola e de suas Conquistas (M. 41, L. 40); dor e Capitaõ
General do Reino de Angola e Suas Conquistas = Faço (M. 47, L. 03); se propunha izentar de Direitos o
Ferro de Angola que se im= (M. 47, L. 28); cipe Regente Nosso Senhor tem concedido ao Ferro de
Angola (M. 47, L. 49).
299
o
C
6 - CAMINHO NOVO ● Var.: Cam. novo. ● Via terrestre, concluída em 1707, para transporte de
produtos para abstatecimento da Capitania de Minas, para a sua manutenção e a atividade mineradora, e,
em sentido inverso, para escoamento do ouro e do diamante dessa capitania até portos do Rio de Janeiro,
visando substituir o Caminho Velho, construído para esse mesmo fim, que ia da cidade do Rio de Janeiro
à de Vila Rica (hoje, Ouro Preto), e reduzir o tempo desse percurso a cerca de um terço do original. ●
(Caminho Novo ~ 01 ocorrência): Cam.o Novo - 2 ocorrências): Caminho Novo 141:026$165
113:878$466 148:322$305 363:226$936 (M. 14, L. 06). ● (Cam.o Novo - 1 ocorrência): Despeza,
que fes oAlf.es Joaq.m Joze daXer Com.e daPa- | trulha doCam.o Novo epicada deMenezes domumSiam.to
(M. 11, L. 1-2).
D
08 - DISTRITO DA BOA MORTE ● Var.: Destricto da Boa Morte. ● Pequeno povoado da ●
(Destricto da Boa Morte - 01 ocorrência): dei aocomand.e do Destricto da Boa Morte, para q’ fosse a
Fzd.a (M. 18, L. 04).
G
09 - GOLUNGO ● Var.: Gollungo. ● Vila e município da província de Cuanza Norte, em Angola,
atualmente denominada Golungo-Alto. ● (Gollungo - 08 ocorrências): gimento de Infantaria e Regente de
Gollungo (M. 37, L. 76); plano no Districto do alto Gollungo sobre hum Oiteiro pouco elevado, (M. 44,
300
L. 13); todos os Lugares comprehendidos no Districto do alto Gollungo; tomei (M. 44, L. 86); em via –
recta ás Terras de Diogo André no alto Gollungo; o que (M. 44, L. 198); baixo Gollungo; com a
extensaõ, segundo o ×. por estimativa (M. 44, L. 307); as Terras do alto Gollungo, dos Quilombos Diogo
André, Pedro (M. 44, L. 351); Para o Regente do Gollungo em (M. 45, L. 34); desta Capital e do Regente
do Gollungo a des de Fevereiro (M. 48, L. 08).
I
10 - ILHA DAS COBRAS ● Ilha situada na Baía de Guanabara (RJ) que, na América Portuguesa,
pertencia à Capitania do Rio de Janeiro, na qual havia uma fortaleza militar que serviu de presídio para
criminosos e para aguns dos inconfidentes. ● (Ilha das Cobras - 60 ocorrências): Magistade mandou
oSup.te prezo para a Ilha das Cobras a (M. 32, L. 12); Gov.or da Fort.a da Ilha das Cobras para sa- (M.
32, L. 44); Ilha das Cobras, para satisfazer a 4 d.os de (M. 32, L. 57); G.or da Fort.a da Ilha das Cobras,
para (M. 32, L. 65); da Fort.a da Ilha das Cobras para pa- (M. 32, L. 78); G.or da Fortaleza da Ilha das
Cobras (M. 32, L. 106); achaõ na Fort.a da Ilha das Cobras do (M. 32, L. 115); taleza da Ilha das
Cobras as comedo- (M. 32, L. 130); Ilha das Cobras de 17_a 14 do corr.e ............//
12$800_______________ (M. 32, L. 138); prezos na Ilha das Cobras de 25_ (M. 32, L. 147); Satisfazer
a 4 ditos na Ilha das | Cobras do 1º_a 10_ do corr.e ...........// 16$000 (M. 32, L. 155); Fort.a da Ilha das
Cobras p.a pagar a (M. 32, L. 160); G.or da Fortaleza da Ilha das Cobras para (M. 32, L. 183); Ao d.o da
Ilha das Cobras Jozé Montr.o (M. 32, L. 189); Novembro 30// Ao G.or da Fort.a da Ilha das Cobras (M.
32, L. 199); Ao G.or da Ilha das Cobras Jozé (M. 32, L. 216); vernador da Ilha das Cobras, para (M. 32,
L. 228); vernador da Ilha das Cobras, pa- (M. 32, L. 239); diversos prezos na Ilha das Cobras (M. 32, L.
253); cedo G.or da Ilha das Cobras para di- (M. 32, L. 275); cedo G.or da Fort.a da Ilha das Cobras (M.
32, L. 286); Macedo G.or da Ilha das Cobras p.a (M. 32, L. 293); Gov.or da Ilha das Cobras para pagar a
diver- (M. 32, L. 309); Ilha das Cobras p.a satisfazer a diversos (M. 32, L. 322); Ilha das Cobras p.a
pagar a diversos de (M. 32, L. 328); Ilha das Cobras p.a satisfazer a diver- (M. 32, L. 334); Ilha das
Cobras para Satisfazer (M. 32, L. 352); da Ilha das Cobras p.a satisfazer (M. 32, L. 360); Ilha das
Cobras p.a pagar a diversos (M. 32, L. 367); diversos ditos na Ilha das Cobras (M. 32, L. 376); da Ilha
das Cobras p.a Satisfazer a (M. 32, L. 383); da Ilha das Cobras de 17_ a 24 ...............// 25$080 (M. 32,
L. 390); Ilha das Cobras p.a Satisfazer a diversos (M. 32, L. 398); da Ilha das Cobras fr 9_ a 16 do corr.e
...... 29$280 (M. 32, L. 406); Ilha das Cobras para Satisfazer aos que (M. 32, L. 412); Ilha das Cobras
para Satisfazer a (M. 32, L. 242); Satisfazer aos que se achaõ na Ilha | das Cobras, vencidas do 1º a 8 do
corr.e..// 29$280 (M. 32, L. 430-431); da Ilha das Cobras p.a os que se achaõ (M. 32, L. 435); Ilha as
Cobras de 17_ a 24 ...................// 29$280 (M. 32, L. 441); Ilha das Cobras de 25_ a 31 ................//
25$620 171$420 (M. 32, L. 445); A Jozé Montr.o de Macedo Gov.or da Ilha | das Cobras para
satisfazer a diversos dos (M. 32, L. 453-454); se achaõ na Ilha das Cobras de 9_ a (M. 32, L. 460); se
achaõ na da Ilha das Cobras de 17_ (M. 32, L. 467); os da Ilha das Cobras, de 25. a 30_ do (M. 32, L.
472); Ilha das Cobras para Satisfazer as co- (M. 32, L. 493); da Ilha das Cobras p.a satisfazer a di- (M.
32, L. 499); Ilha das Cobras para Satisfazer aos (M. 32, L. 506); Ilha das Cobras p.a pagar como acima
(M. 32, L. 514); cedo G.or da Ilha das Cobras para pa- (M. 32, L. 524); achaõ na Ilha das Cobras, de
17_ the (M. 32, L. 531); G.or da Ilha das Cobras p.a pagar como (M. 32, L. 538); da Ilha das Cobras
para pagar como (M. 32, L. 547); cedo G.or da Ilha das Cobras para (M. 32, L. 557); G.or da Ilha das
Cobras para pagar co- (M. 32, L. 564); do G.or da Ilha das Cobras, para pa- (M. 32, L. 570).
301
L
11 - LEMBO ● Região situada na província de Uige, perto de Massangano, na província angolana de
Uige. ● (Lembo - 04 ocorrências): simas Terras do Lembo, e margens do Lucálla Saõ Só per-si ca= (M.
44, L. 191); lagôas e Terras pantanozas do Lembo, e margens do Lucálla, meia (M. 44, L. 421); Lembo,
quanto perde no affastamento do Rio, pelo qual se haõ- (M. 44, L. 490); a Fabrica duas léguas ou mais
dos pântanos do Lembo, e naõ sen= (M. 44, L. 493).
13 - LUANDA ● Var.: São Paulo da Assumpção de Loanda, São paulo d’Asumpção de Loanda, São
Paulo da Ass.aõ de Loanda. ● Vila e, depois, principal cidade e capital da província ultramarina
portuguesa de Angola, situada no continente africano, nas costas do Oceano Atlântico, de grande
importância administrativa e portuária. ● (São Paulo da Assumpçaõ de Loanda - 07 ocorrências): Deos
Guarde aVm.e Saõ | Paulo da Assumpçaõ de Loanda quatro de No (M. 36, L. 135); rece dizer mais nada
– Deos Guarde a VM.cs Saõ Paulo | da Assumpçaõ de Loanda 14. de Setembro de 1800 = D. (M. 42, L.
11-12); rá o que for Servido Deos Guarde a V. Ex.a Saõ Paulo | da Assumpçaõ de Loanda 28 de Janeiro
de1801. Il- (M. 45, L. 30); Saõ Paulo da Assumpçaõ de Loanda 10 de Fevereiro (M. 45, L. 50); Guarde a
Vm. Saõ Paulo da Assumpçaõ de | Loanda 10 de Fevereiro de1801 – Dom Miguel (M. 45, L. 66); em Saõ
Paulo da Assumpçaõ de Loanda aos dous deAbril de (M. 47, L. 42); Deos Guarde a V. Ex.a muitos annos.
Saõ Paulo | da Assumpçaõ de Loanda 3 de Abril de1801. (M. 48, L. 22). ● (São Paulo d’Assumpção de
Loanda - 02 ocorrências): Deos Guarde a V. Ex.a muitos annos. Saõ | Paulo d’Assumpçaõ de Loanda 7 de
Novembro de- (M. 10, L. 205); Deos Guarde a V. Ex.a muitos annos. Saõ Pau= | lo d’ASsumpçaõ de
Loanda 15, de Novembro de 1800// (M. 44, L. 531-532). ● (São Paulo da Ass.aõ de Loanda - 1
ocorrência): g.e avm. Saõ Paulo da Ass.aõ de Loanda 4 de No- (M. 37, L. 73).
M
14 - MARIANA ● Var.: Marianna. ● Primeira vila, primeira cidade, primeira sede de bispado e primeira
capital da Capitania de Minas, fundada em 1696, como Arrail do Ribeirão do Carmo. ● (Mariana ~
Marianna - 3 ocorrências): hé mayor q.’ Mariana, Os Edeficios domesticos, magnificos, pois devizo desta
(M. 26, L. 71); Rollin, natural do Sêrro do Frio, Bispado de Marianna, (M. 51, L. 07); do Sêrro do Frio,
Bispado de Marianna, que sendo Capturado, e Seques (M. 53, L. 04).
302
16 - MINAS GERAIS ● Var: Minas Geraes, Minnas Geraes. ● Capitania da América Portuguesa criada
em 1720, com o desmembramento da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, cuja capital era Vila Rica,
em cujas terras se encontrou e se explorou ouro e diamantes. ● (Minas Gerais - 04 ocorrências): Minas
gerais etc (M. 39, L. 08); etc. Faço Saber avos da Junta da Fazenda da Capitania de Minas Gerais: (M.
43, L. 04); ainda os de raiz no Continente deSsas Minas gerais Recolhendose o- (M. 43, L. 21); e Capitaõ
General da Capitania de Minas Gerais, e Prezidente da Junta da (M. 49, L. 12). ● (Minas Geraes - 11
ocorrências): Governador, e Capitaõ General da Capitania deMinas | Geraes, e nella Prezidente da
Junta da Real Fazenda, e mais (M. 2, L. 03-04); Capitania das Minas Geraes, naõ nos vinha Resposta da
(M. 2, L. 14); nia de Minas Geraes, eSenhores Ministros Deputados della etc. (M. 9, L. 04); vernador, e
Capitão General da Capitania de Minas geraes, (M. 23, L. 03); e Capitaõ General da Capitania de
Minas Geraes, e Prezidente da (M. 40, L. 67); da Capitania de Minas Geraes. Que neste Real Erario Se
recebeo a (M. 46, L. 05); Minas Geraes, e Prezidente da Junta da Real Fazenda damesma. (M. 49, L.
39); zenda de Minas Geraes. Lisboa 8 de (M. 51, L. 02); premeditada na Capitania de Minas Geraes, por
Ordem posi= (M. 51, L. 10); çaõ da Real Fazenda da Capitania de Minas Geraes: Que vendo oreque-
(M. 52, L. 04); diçaõ, que se julgou premeditada na Cappitania de Minas Geraes, por Or= (M. 53, L.
06). ● (Minnas Geraes - 02 ocorrências): Cap.nia de Minnas Geraes etc. (M. 19, L. 11); desta Cap.nia de
Minnas Geraes etc. (M. 22, L. 05); taõ General desta Capitania de Minnas Geraes, e Prezidente da (M.
29, L. 12).
N
18 - NOVA-OEIRA ● Var.: Nova-Oeyras, Nova Oeyras. ● Vila próxima da população de de
Massangano, no município de Cambembe, na atual província de Cwanza Norte, em Angola, onde foi
construída a primeira fábrica de ferro daquele país, quando era província ultramarina de Portugal. ●
(Nova-Oeyras - 03 ocorrências): dique, como por igual motivo se fez na Fabrica da Nova - Oeyras, (M.
44, L. 45); causar. Desta Verdade per si evidente, o extenso pântano da No= | va-Oeyras, dêo, emquanto
subsistio, tristes e multiplicadas provas. Con- (M. 44, L. 51); çaõ da Fabrica da Nova-Oeyras. [espaço]
Os inconvenientes ×. (M. 44, L. 483). ● (Nova Oeyras - 3 ocorrências): tomando pelo Valle da Nova
Oeyras (assim chamado por se achar nelle (M. 44, L. 99); do Luinha, e légua e meia acima da Fabrica
da Nova Oeyras, justa= (M. 44, L. 103); Nova Oeyras; visto q.’ ella naõ póde persisitir senaõ á custa de
(M. 44, L. 457).
(v. OEIRA.)
19 - OURO PRETO ● Nome dado a Vila Rica, conservado até hoje. ● (Ouro Preto - 01 ocorrência):
Real Fazenda da mesma -6 Ouro | preto a 18 de Agosto de 1797 e Eu Carlos Joze da Silva Escrivaõ e De
(M. 40, L. 68-69).
(v. VILA RICA.)
303
O
20 - OEIRA ● Var.: Oeyras ● Vila do município de Massangano, na atual província de Cwanza Norte,
em Angola, onde foi construída a primeira fábrica de ferro daquele país, quando era província ultramarina
de Portugal. ● (Oeyras - 15 ocorrências): Oeyras, e a final virei observar e tomar algumas medi- (M. 41,
L. 25); Sul, em igual distancia perto de Oeyras, os há taõbem: tanto n’- (M. 44, L. 164); no; pondo-me na
necessidade de hir primeiro a Mina e a Oeyras, (M. 44, L. 94); Oeyras, e alguns mais pequenos q.’ nelle
desembócaõ, tem infinidade (M. 44, L. 168); acima do Valle de Oeyras, donde só começa a ser
seguidamente nave- (M. 44, L. 262); gavel.[espaço] Por esta Razão a navegaçaõ delle de Oeyras para
cima (M. 44, L. 263); xo de Oeyras, junto ao Presidio de Massangâno vai o Lucálla (M. 44, L. 265); por
informaçoens e noticias elegêo o de Oeyras para assento da= (M. 44, L. 343); nhas; q.’ a Reedificaçaõ
da Fabrica de Oeyras hé contemplada nesta (M. 44, L. 425); com – o de Oeyras Segue de Poente a
Nascente; mâs como o valle prin= (M. 44, L. 432); a faria na Reedificação de todo o Edificio de Oeyras,
será sem (M. 44, L. 460); timentos Saõ maiores; mâs quanto a lênhas, entendo ×. Oeyras (M. 44, L.
486); Lugar mais affastado ×. Oeyras, légua e meia do Rio Lucálla, (M. 44, L. 488); Cathári mais faceis
para o Zenza do ×. de Oeyras. [espaço] Fugindo pois (M. 44, L. 492); Oeyras pelo contrário duas da
Mina, e meia do Lucálla, comtu= (M. 44, L. 498).
(v. NOVA-OEIRA.)
Q
21 - QUILOMBO DIOGO ANDRÉ ● Var.: Quilambo Diogo André. ● Quilombo situado em Angla, n
cntinente africano. ● (Quilambo Diogo André - 01 ocorrência): as Terras do alto Gollungo, dos
Quilambos Diogo André, Pedro (M. 44, L. 351).
304
27 - RIBEIRÃO DA AREIA ● Var.: Ribeirão da Areya. ● Designação de registro situado na Capitania
das Minas Gerais, três léguas a Nordeste da vila de Pitangui, no distrito da Vila de Pitangui, subordinado
à intendência de Sabará. ● (Ribeirão da Areya - 01 ocorrência): Ribeiraõ da Areya 505$087
20$209 1:190$400 2:415$696 (M. 14, L. 13).
28 - RIO DAS MORTES ● Var.: Comarca do Rio das Mortes, Comarca do Ryo das Mortes, Comarca
do R.o das Mortes. ● Comarca da Capitania de Minas instituída em 1714, tendo como sede a Vila de São
João del-Rei, na Capitania de São Paulo e Minas do Ouro. Fazia fronteiras, a Leste, com a Comarca de
Vila Rica; ao Norte, com as de Sabará e Paracatu; e Oeste, com Goiás e São Paulo; ao Sul, com as
capitanias de São Paulo e do Rio de Janeiro. ● (Comarca do Rio das Mortes - 05 ocorrências): O Ou.vor da
Comarca | do Rio das Mortes (M. 6, L. 51); os desta Comarca do Rio das Mortes (M. 7, L. 04); e
Reziduos desta Comarca do Rio das | Mortes que vay por mim escripta e aSig= (M. 7, L. 213); Minas e
comarca do Rio das Mortes aos (M. 7, L. 215); Doutor Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, que
havendo Sido prezos (M. 40, L. 50). ● (Comarca do Ryo das Mortes - 02 ocorrências): Comarca do Ryo |
Do Ryo das mortes e sendo ahy (M. 19, L. 42); de Sam Joaõ Comarca do Ryo | Do Ryo das mortes e
sendo ahy (M. 19, L. 41-42). ● (Comarca do R.o das Mortes - 1 ocorrência): Do Ouvidor da Comarca do
R.o das Mortes (M. 8, L. 70).
29 - RIO DE JANEIRO ● Var.: R.o de Janeiro. ● Seção territorial mais setentrional da Capitania de São
Vicente, que tinha como limites os lugares hoje ocupados por Macaé (RJ), ao Norte, e Caraguatatuba
(SP), ao Sul, na América Portuguesa. ● (Rio de Janeiro - 01 ocorrência): zenda da Capitania do Rio de
Janeiro, e Ministros De- (M. 23, L. 09).
RIO DE JANEIRO ● Cidade capital da Capitania do Rio de Janeiro, na América Portuguesa. ● (Rio de
Janeiro - 04 ocorrências): nhores Ministros Deputados. Rio de Janeiro, qua- (M. 2, L. 05); Vossa
Magestade foi Servida mandar á Capital do Rio de Janeiro foraõ (M. 40, L. 05); Rio de Janeiro, 14 de
Outubro de 1790. (M. 44, L. 577); da Rellaçaõ do Rio de Janeiro Africa Oriental e Azia Portugueza (M.
46, L. 22). ● (R.o de Janeiro - 01 ocorrência): fidaSua denuncia; conhecida esta foi lhe dada aCidade, do
R.o | de Janeiro por omenagem, talves para estar pronto para as (M. 32, L. 14-15).
S
30 - SABARÁ ● Uma das quatro primeiras comarcas criadas na Capitania das Gerais, como Comarca do
Rio das Velhas, com área de jurisdição que compreendia uma parte do território onde hoje se localizam
mais de duas dezenas de municípios, inclusive o de Belo Horizonte, e que tinha como sede, a partir de
1711, a Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. Também denominada Comarca do Rio das
Velhas. ● (Sabará ~ Sabara - 05 ocorrências): Sabará, pa. fazer apprehensaõ (M. 33, L. 21); lhe
incumbirem pela Comarca do Sabará, e por to (M. 22, L. 25); Pasesce ordem aoOuvidor daComarca
doSabara para (M. 33, L. 04); de Sabará, ainda conserva em Seo poder varios Cred.os (M. 33, L. 10);
Sabará, pa q’ pro= (M. 33, L. 29).
305
32 - SÃO JOÃO ● Freguesia constituída por pequena povação situada no Golungo-Alto, vila e município
de Cuanza Norte, em Angola, no continente africano. ● (Freguesia de Saõ Joaõ - 01 ocorrência): gem do
Rio, pouco acima da Freguesia de Saõ João no (M. 44, L. 306).
33 - SÃO JOÃO DEL-REI ● Var.: S. João delRey, S. Joaõ d’El Rey, Sam Joaõ del Rey, Sam Joaõ, S.
Joaõ. ● Vila, outrora Arraial Novo do Rio das Mortes, fundado em 1705, que ganhou foros de vila em
1713, com o nome de São João del-Rei, em homenagem a Dom João VI, passando a sede da recém-criada
Comarca do Rio das Mortes, em 1714. ● (S. João delRey - 02 ocorrências): S. João delRey 11 de Dezbr.o
de 1778 (M. 6, L. 50); S. Joaõ dEl Rey (M. 19, L. 05). ● (S. Joaõ d’El Rey - 01 ocorrência): V.a de S.
Joaõ d’El Rey (M. 8, L. 68). ● (Sam Joaõ del Rey - 01 ocorrência): nada nesta Villa de Sam Joaõ del Rey
(M. 7, L. 214). ● (Sam Joaõ - 01 ocorrência): de Sam Joaõ Comarca do Ryo (M. 19, L. 41) ● (S. Joaõ -
02 ocorrências): for servida. V.a de S. Joaõ 24 de Ag.to (M. 8, L. 64); V.a de S. Joaõ 20 de Mayo de 1787.
(M. 21, L. 25).
34 - SÃO PAULO ● Var.: SamPaulo. ● Capitania da América Portuguesa criada, em 1720, com o
desmembramento da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro (que fora criada em 1719); era,
antigamente, denominada Capitania de São Vicente, quando pertencia ao Marquês de Cascais, antes de
ele vendê-la à Coroa Portuguesa. ● (São Paulo - 02 ocorrências): O Ill.mo eEx.mo Governador eCapitaõ
General da Capitania | de Saõ Paulo, Dom Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão (M. 2, L. 06-07);
dereis, quedeve á Real Fazenda da Capitania de Saõ Pau= | lo, como Administrador, e Caixa, quefoi do
Contracto das (M. 2, L. 21-22). ● (SamPaulo - 01 ocorrência): Governador, e Capitaõ General da
Capitania deSamPaulo, Pre (M. 9, L. 06).
SÃO PAULO ● Sede administrativa da Capitania de São Paulo. ● (São Paulo ~ São Paulo - 02
ocorrências): epaSsada submiSsos Signaes nesta Cidade de Saõ Paulo emJun= (M. 2, L. 181); Saõ Paulo
13 de Fevereiro de 1779. (M. 9, L. 49).
T
35 - TAMBAQUIBA ● Var.: Tambanguiba. ● Região de extração mineral situada em Angola, no
continente africano. ● (Tambaquiba ~ Tambaguiba - 02 ocorrências): se naõ achásse longe, para Leste,
da Mina de Tambaquiba, da (M. 44, L. 32); guintemente este Sitio outro tanto mais longe da Minas de
Tambangui- | ba, e de cada hum dos dois Rios navegaveis, isto hé da altura em que (M. 44, L. 68).
36 - TROMBETA ● Var.: Trombêta. ● Lugar situado entre os lugares que hoje são os municípios de
Golungo Alto e de Ndalatando, na província de Ilhamba, da jurisdição de Golungo, em Angola. ●
(Trombeta ~ Trombêta - 10 ocorrências): os trabalhos da trombeta que V. Ex.a tanto deseja (M. 45, L.
05); aparecem no Sitio denominado Trombeta na Pro- (M. 10, L. 33); nado Trombeta que fica na
Jurisdiçaõ do Gollun- (M. 36, L. 30); A 7 de Agosto cheguei a este sitio da Trombeta, aonde (M. 41, L.
02); aSSange; Trombeta, e alguns outros, que julguei a proposi- (M. 41, L. 06); Deos Guarde a V. Ex.a
m.s an.s Trom- | beta 7 de Setembro de 1800 (M. 41, L. 32-33); te da Trombêta; athé Cangariassange,
tres e meia para o Nascen= (M. 44, L. 29); le prolongado. O Clima, e a Populaçaõ hé o mesmo que o da
Trombê= | ta; donde está affastado tres léguas e meia para o Nascente, como já (M. 44, L. 64-65);
Trombêta, na paragem em q.’ o pequeno Rio Lûssue vem tributar ao (M. 44, L. 77); peito da Trombêta,
pelas informaçoens infiro, ×. aquella Mina (M. 44, L. 372).
306
V
37 - VILA DE SÃO JOSÉ ● Var.: Villa de São Jozé. ● Povoado cujo designação completa, na América
Portuguesa, fora Arraial Velho de Santo Antônio; depois, Vila de Sao José do Rio das Mortes,
posteriormente denominada São João del-Rei, na Capitania das Minas. Hoje é a cidade de Tiradentes
(MG). ● (Villa de São Joze - 01 ocorrência): da Villa deSaõ Joze, = Onze Titulos de (M. 39, L. 181).
38 - VILA RICA ● Var.: Villa Rica, Villa Rica do Ouro Preto, V.a R.a.. ● Segunda cidade capital da
Capitania das Minas (outrora fora Mariana a capital), na América Portuguesa, atualmente denominada
Ouro Preto (MG). ● (Villa Rica - 11 ocorrências): mas Villa Rica 6 de Setembro de 1783 (M. 12, L. 12);
nia de Villa Rica. (M. 23, L. 30); Jose Vidal partio pa Villa Rica a21 (M. 34, L. 16); justa Villa Rica 23
de Agosto de 1797 = Bernardo Joze de Lorena = (M. 40, L. 23); Villa Rica 23 de Mayo de 1795 = O
Procurador da Real Fazenda (M. 40, L. 41); as Villa Rica 12 de Julho de 1800 = Com quatro Rubricas.
(M. 43, L. 33); Villa Rica 9 de Dezembro de 1795 ./. = Com quatro Rubricas = Esta Confor (M. 40, L.
45); em Villa Rica aos 4 de Março d’1801. E eu Carlos Jozé da (M. 49, L. 14); dirigida á Junta da
Fazenda de Villa Rica = (M. 51, L. 72); mento do Procurador da Coroa e Fazenda de Villa Rica, foraõ
arremata- (M. 53, L. 13); Fazenda de Villa Rica = Pede a VoSsa Alteza Real Se digne como Pay (M. 53,
L. 62). ● (Villa Rica do Ouro Preto - 02 ocorrências): em Villa Rica do Ouro Preto aos oito dias do mez
de Mayo de (M. 29, L. 14); Joaõ Ignocencio de Azeredo Coutinho afez em Villa Rica do Ouro | preto aos
30 de Março d’1802 = Eeu Carlos Jozé da Silva (M. 49, L. 40-41). ● (V.a R.a - 01 ocorrência): Condiçaõ
4ª doseu Contrato. V.a R.a a 14 de Agos- (M. 13, L. 37).
307
CAPÍTULO 6
CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, retomamos, com considerações, alguns dados relativos às entradas
lexicais extraídas do corpus e que figuram no glossário.
Verificamos que 100% de suas entradas — 157 (cento e cinquenta e sete) lemas —
estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa - VOLP234 que,
naturalmente, não traz suas variantes, dados o lapso de tempo e as mudanças ocorridas, ao longo
do tempo, na Língua Portuguesa, de 1767 aos nossos dias. Das entradas, porém, destacamos,
inicialmente, 2 (duas), cujos significados divergem dos que reconhecemos, normalmente, hoje,
sobre as quais comentamos, brevemente, a seguir
A palavra quilombo (lema 127 do glossário), habitualmente definida como “o mesmo
que mocambo; local onde se refugiavam escravos”235 tem, no contexto em que aparece no
corpus, a acepção que para ela registram Botelho & Reis, grafada como kilombu: “termo que, em
quimbundo, significa arraial ou acampamento. Cercamentos onde ficavam os escravos de guerra,
que eram vendidos aos traficantes portugueses”,236 com significação, na África, portanto, oposta
à que a ela se atribui(u) no Brasil (aqui, local de refúgio/agrupamento espontâneo de negros
libertos, forros ou fugidos; lá, de negros aprisionados por seus algozes). Já a palavra presídio
(lema de número 123), que normalmente associamos a local de prisão, tem, no corpus, o
significado que lhe atribuem Romeiro & Botelho: “designação dos quartéis que funcionavam
como postos de guarda em torno do território da Capitania, com a finalidade de evitar os
descaminhos de ouro e diamantes e impedir o avanço de índios bravios”.237
Outros lemas do glossário, devidamente contemplados no VOLP, encontram-se,
atualmente, praticamente em desuso, na modalidade escrita da Língua Portuguesa, no Brasil. São
exemplos disso: falda, (lema 67) jerebita/jeribita (lema 80) e ancorote (lema 04), por exemplo.
Outros, ainda, não mais têm os usos de antanho, como, por exemplo, acontece com trem (lema
152), outrora com o sentido de arsenal de guerra, e com estas subentradas de água (lema 1):
águas grandes (no sentido de chuvas pesadas); águas pequenas (no sentido de chuvas leves);
águas altas (que caem de grande altura); e águas supérfluas (de inundação).
234
Academia Brasileira de Letras, 2008.
235
Botelho & Reis, 2003, p. 146.
236
Botelho & Reis, 2003, p. 106.
237
Romeiro & Botelho, 2004, p. 239.
308
Como, na época em que esses documentos foram lavrados (de 1767 a 1834), não
havia, ainda, uma norma escrita oficial rigorosa para a Língua Portuguesa (nem aqui nem em
Portugal), e, além disso, conforme afirma o pesquisador Phablo Roberto Marchis Fachin (2008),
[n]o contexto dos escribas, às vezes, pouco importava algum tipo de normatização, pois
sua regra se pautava pelo uso que faziam da língua com base no que era costume entre
seus pares, principalmente, no que dizia respeito à pronúncia, ocasionando núcleos
padronizados de acordo com a sua tradição escolar, ou pela falta dela,238
constatamos que há, no corpus editado a partir da transcrição dos originais manuscritos,
significativas diferenças, quando comparadas algumas formas linguísticas ali registradas com as
que utilizamos hoje, no século XXI. Tais diferenças estão, quanto aos lemas do glossário,
devidamente registradas como variantes, com as devidas abonações, posto que todas elas foram
contempladas no glossário.
Verificamos, no corpus, entre outras coisas, muitas ‘irregularidades’ ortográficas,
com fenômenos linguísticos tais como: não-estabelecimento de fronteiras de palavras, presenças
de ligaduras,239 presença de muitos alógrafos,240 de deslocamentos, substituições, inserções
desnecessárias ou omissões de letras/grafemas e sílabas — quiçá advindas, em manuscritos,
conforme afirma a pesquisadora Maria Bernadete Abaurre,241 do “esforço de decidir sobre o
número de segmentos que devem ser representados, assim como o lugar a ocupar na estrutura
das sílabas”.
Quanto à segmentação gráfica, fenômenos como hipossegmentações (com junção de
um clítico a uma palavra e de grupos de duas ou mais palavras) e hipersegmentações (com
inserção de espaço em branco para separar uma ou mais sílabas de uma palavra) são frequentes
no corpus e ainda demandam estudos. Para explicá-los, historicamente, aventam-se tanto a
hipótese da subjetividade do escriba242 quanto a de influência de percepção da fala como
contínuo fônico traduzido na escrita, com hipossegmentações possivelmente correspondendo a
grupos tonais243 ou ao conceito de grupos de força, de Mattoso Câmara Jr,244 com sintagma com
dois ou mais vocábulos reunidos em frase um conjunto fonético significativo, com enunciação
sem pausa intercorrente, subordinando-se a um acento tônico predominante do vocábulo mais
importante do conjunto, com divergência entre segmentações silábica e morfológica.
238
Fachin, 2008, p. 26.
239
Nexos entre letras que, de certa forma, dificultam a percepção do leitor sobre acerca de onde começa e de onde
termina uma letra em um manuscrito. Segundo Megale et alii, “[o]s nexos ou ligaduras são, pois, esses traços, quase
sempre leves, que emendam os vocábulos uns com os outros, chegando, às vezes, a ligar praticamente todos os
vocábulos de uma linha do manuscrito” (MEGALE et alii, 2007, p. 146).
240
“Grafemas diferentes do padrão para a mesma letra” (cf. MEGALE et alii, 2007, p. 134).
241
Abaurre, 2001, p. 64 apud Oliveira, 2005, p. 270.
242
Marquilhas, 2000, p. 44.
243
Silva, 1994, p. 40.
244
Mattoso Câmara Jr, 2004, p. 132.
309
Verificamos, ainda, no corpus, outros fenômenos que demandam estudos, tais como
as ocorrências de inversão de ordem de grafemas, omissões de grafemas, substituição de
grafemas (<n> por <m> e vice versa, <u> por <v>, etc.), substituições de pares mínimos (de <t>
por <d>, de <g> por <c>, de <s> por <z>, de <x> por <ch>, de <s> por <ç>, de <g> por <q>, e
de <b> por <v>), acréscimos de grafemas, etc..
Marcas de oralidade na escrita também são percebidas em todo o corpus. Nele se
atestam fenômenos de aféreses, próteses, síncopes, epênteses, apócopes, metáteses, alçamento de
vogais médias pretônicas, alçamento de vogal média tônica, abaixamento de vogais altas,
anteriorização de vogal, redução de ditongos e rotacismo. Alguns desses fenômenos estão
estampados em lexias do glossário, especialmente nas suas abonações, merecendo, como os
fenômenos citados anteriormente, estudos em profundidade, com corpus significativo e
abordagem diacrônica.
Quanto a aspectos paleográficos, restringimo-nos, nesta dissertação, às considerações
mínimas acima citadas, acrescentando apenas que: a caligrafia, nos manuscritos transcritos neste
trabalho, é bem heterogênea, em escrita humanista cursiva, com tamanhos variados, ora voltadas
para a direita, ora para a esquerda. Alguns dos manuscritos trazem várias abreviações e
abreviaturas; outros estampam parcimônia de seus escribas relativamente ao uso desses recursos.
A pontuação, nos textos, é irregular, relativamente aos usos de vírgulas, de dois-pontos, de
ponto-final, de hífen e sinal de igualdade (=) indicando segmentação de sílabas ou marcando
final de linha (translineação). A acentuação apresenta marcas de nasalidade assinaladas por
acréscimo de “m” ou de “n”, por til (~) ou com acento de desenho similar a uma aspa simples,
normalmente aposto à sílaba final de ditongo nasal, e, também, acento circunflexo (^), por vezes
usado com valor de sinal agudo (´) ou grave (`). A segmentação intervocabular e intravocabular é
irregular, em alguns dos fólios; em alguns casos, ela é justificável, por norma da escrita da
época; em outros, aparentemente, por descuido ou por escolha individual do escriba.
Essas e outras particularidades de alguns dos manuscritos atestam, em parte, que, se
não está correta a afirmação de Edwin B. Williams de que o século XVIII foi um “período de
amargas polêmicas ortográficas”,245 pelo menos é fato que a escrita, aí, ainda era resultado de
diferentes modi scribendi, mais do que de tentativas de uniformização ortográfica por parte de
gramáticos e/ou autoridades da colônia portuguesa na América e do Reino de Portugal.
Com relação a abreviaturas, abreviações e siglas, registramos que, das 650
(seiscentas e cinquenta) ocorrências no corpus, 158 (cento e cinquenta e oito) — ou seja, 24,4%
do total — não constam do livro-dicionário Abreviaturas - manuscritos dos séculos XVI ao XIX,
245
Williams, 1973, p. 41.
310
de Flexor, 2008, conforme se pode verificar, especificamente, no ANEXO A - Lista de
abreviaturas e abreviações desenvolvidas. Se consideradas, com rigor, suas variantes com e
sem ponto, no singular e no plural, com e sem letras sobrescritas, esse percentual aumenta
significativamente, conforme se pode perceber em consulta a esse anexo, mas nos eximimos de
realizar análise mais detalhada, por não termos tido acesso aos originais, durante o período de
elaboração deste trabalho, para confirmação desses pormenores de grafia.
Feitas a identificação, a transcrição e a edição dos manuscritos, que cobrem,
temporalmente, espaço que se estende de 1767 a 1834, e, espacialmente, espaços geográficos
brasileiros, portugueses e africanos, contemplando elementos do léxico e, por isso, também da
história, da cultura e da sociedade desse período e desses lugares, confirmamos o quão
imbricados estão esses elementos, conforme afirmam os teóricos citados ao longo dos capítulos
desta dissertação.
Se, por um lado, este trabalho não implicou uma busca por manuscritos em arquivos
e acervos distantes, dispersos — posto que as imagens dos originais encontram-se reunidas em 2
(dois) CD-ROMs —, implicou um passeio revelador pela História de Minas e do Brasil. Nele,
surpresas como as de sabermos havidas outras inconfidências em Minas, no século XVIII, além
da “Mineira”, da Guerra dos Emboabas e da Sedição de Vila Rica, por exemplo, e de lermos
sobre as controvérsias ainda vivas sobre o movimento que se denomina, tradicionalmente, de
Inconfidência Mineira. Nos manuscritos, também, a identificação de elementos linguísticos
estudados em textos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, confirmando, na prática, em
testemunhos de épocas passadas, sua presença e sua disseminação em testemunhos escritos.
Implicou, ainda, leituras e releituras, sobretudo quanto a critérios de transcrição de
manuscritos e as dificuldades inerentes a esse labor, que se faz necessário, cada vez mais, com o
rigor que a Paleografia e a Linguística demandam, e com a humildade que deve ter o
transcritor/editor, a quem, muitas vezes, escapam alguns pormenores da escrita, por descuido,
por imperícia sua, efeitos do tempo, intercorrências outras ou acidentes de percurso do suporte
manuscrito, cujas identificação, avaliação, seleção, salvaguarda e divulgação — considerando-se
atributos tais como integridade, autenticidade e fidedignidade — cabem não só ao bibliotecário e
ao cientista da informação, mas também ao historiador, ao linguista e, de certa forma, a toda a
sociedade, ao homem comum, para a salvaguarda da sua memória, da sua identidade.
Realizado o trabalho, com a disponibilização das imagens dos manuscritos, em fac-
símile, para conferência, pelo leitor, e entrega, a ele, de prova ou contraprova de descuidos de
fotografia, de reprodução mecanográfica, de transcrição e de edição, o glossário estampa
elementos do léxico que, mesmo em documentos assim espars(ad)os, separados/apartados no
311
tempo e no espaço, desterritorializados, expatriados ou exilados (como os inconfidentes, a eles
vinculados), no passado, e reunidos numa instituição, randomicamente, permitem atestar ou
entrever elementos históricos e culturais, haja vista que os textos e os lemas do glossário
convidam a novas retomadas dos textos, para refinamento do trabalho, acolhida dos verbos
(alguns deles mais reveladores do que muitos substantivos) e adjetivos, para outro glossário e
análises, ou busca de redes de significados, que parecem se estabelecer ad infinitum, como
infinitas são as possibilidades de combinações das letras do alfabeto que, travestindo-se, ora com
um, ora como outra forma, com grande variedade grafemática, convidam-nos a pensar sobre o
modus scribendi, mas também sobre o modus faciendi e o modus vivendi dos seus escribas e, em
alguns casos, de quem lhes ditou palavras ou motivaram seu registro.
Língua, escrita, léxico, sociedade, história e cultura, portanto, imbricam-se nesses
manuscritos, de ontem, como se imbricam, hoje, neste (com)texto e na vida. Os dados do corpus
estampados no glossário são parte do testemunho do estado da língua de um tempo, em
diferentes espaços, mas sempre, de alguma forma, vinculada à Inconfidência Mineira e a seus
desdobramentos, por estarem assinados por inconfidentes ou pessoas e entidades que a eles, de
alguma foram relacionadas, mercê de suas relações pessoais, de trabalho, comerciais, jurídicas
ou por dever de ofício.
Se esse esforço, por pequeno, parece perdido, o corpus estabelecido merece atenção,
sobretudo pela pouco ou nada fantasiosa (muitas vezes, bem prática, nascida de prementes
necessidades) natureza desses documentos e de sua tecitura (já que não são textos literários;
alguns, talvez, nem mesmo, no seu nascedouro, pensados para conhecimento de terceiros além
de seus destinatários), que contribuem para que se tenha, mais do que mera compilação de uns
poucos dados linguísticos ou de fatos, pequenos flashes de reportagem de uma época e de
situações. Fica, portanto, aqui, uma contribuição, com esse corpus, para futuros estudos sobre as
características da escrita, para o estudo do léxico e, também, de aspectos fonéticos e sintáticos da
Língua Portuguesa em uso, no Brasil e em partes de Angola e Moçambique, nesse período
(1767-1834) que cobre, nos termos de Ismael de Souza Coutinho (1974), importante fase da
formação/consolidação da Língua Portuguesa no Brasil.
Esses são, portanto, elementos que, potencialmente, preenchem eventuais lacunas e
mostram que, sob o véu ou sob as brumas da insurreição, da conjuração ou da inconfidência, da
história oficial que elege uns e rejeita outros, indivíduos bem humanos agiram, trabalharam,
escreveram ou fizeram escrever, viveram e morreram. Nesse sentido, este trabalho complementa,
parcialmente, o trabalho iniciado pela Profa Dra Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, em
2008, ao providenciar identificação, categorização, fotografia e disponibilização das imagens dos
312
manuscritos em CD-ROMs, junto com tantos outros, cobrindo quase três séculos de história, que
hão de ensejar outras pesquisas e descobertas.
Salientamos, nesse particular, as irregularidades ortográficas, já mencionadas, que
constituem convite a estudos, bem como a variedade de hidrônimos no corpus, cujas coleta e
análise poderão resultar em trabalho interessante, sob o ponto de vista da Lexicologia e da
Lexicografia, quiçá inclusive, com estudo comparativo, considerando-se ocorrências
hidronímicas no Brasil, em Portugal, em Angola e Moçambique. Igualmente convidativa é a
abundância de abreviaturas e abreviações estampadas no corpus transcrito, talvez merecedora de
estudos sobre a sua datação, comparativamente aos dados de Flexor (2008), que complementam
e poderão implicar eventuais retrodatações, além de inclusões já numa próxima edição de seu
livro-dicionário, que é referência sobre o assunto.
Outro tema potencial para a realização de pesquisas e análise comparativa com
outros manuscritos do final do século XVIII e do início do século XIX, são os suportes da escrita
dos documentos/conjuntos documentais, que têm composições, dimensões e gramaturas variadas
e trazem selos e marcas d’água identificáveis, mas não totalmente descrevíveis e aqui não
contempladas, em sua inteireza, por não termos tido acesso, em ocasião posterior à publicação
dos CD-ROMs com as imagens dos originais, aos respectivos manuscritos.
Estas considerações contemplam, portanto, sucintamente (e sem as referências que os
permeiam e lhes servem de fio condutor), os capítulos anteriores, desde a Introdução, quando
apresentamos a proposta deste trabalho, informando o leitor sobre o universo documental
contemplado, de forma a não esperar ele encontrar aqui o que não lhe é anunciado. Abordam
elementos do Capítulo 1 – Língua, Escrita, Léxico, Sociedade, História e Cultura, no qual
mostramos as interrelações e imbricações desses elementos; pelo Capítulo 2 – Contexto
histórico-geográfico e biográfico, que traz informações sobre os contextos histórico-geográfico
e biográfico da Inconfidência Mineira; pelo Capítulo 3 – Procedimentos Teórico-
Metodológicos, com objetivos, e dados teóricos e procedimentos para transcrição, edição de
manuscritos e elaboração do glossário; pelo Capítulo 4 – Os manuscritos, sua transcrição e
edição, de título autoexplicativo; e pelo Capítulo 5 – Glossário.
Cumpre-nos escrever, ainda, algo mais: a) o léxico — mesmo nesse corpus sem
unidade maior a não ser a de terem seus documentos constituintes um mesmo e único depositário
e de se referir ou se vincular à Inconfidência Mineira — revela aspectos históricos, ideológicos,
sociais e culturais de grupos sociais; b) há presença de itens lexicais de origem africana no
conjunto de documentos, até em função de parte deles ter sido lavrada no continente africano
(isso fica patenteado, especialmente, em topônimos e em hidrônimos); e c) a existência de um
313
vocabulário relativamente comum, nos documentos (quando relacionados a um mesmo tema),
mesmo sendo eles provenientes de diferentes territórios sob domínio da Coroa Portuguesa, na
época, situados em pontos estratégicos do globo (Portugal, Brasil, Angola — ao Norte, a Sudeste
e Suleste do oceano Atlântico — e Moçambique, nas costas do Oceano Índico), por onde agiram
e circularam inconfidentes e servidores da Administração Portuguesa.
Estas considerações, que encerram este trabalho, que pretendeu disponibilizar dados
confiáveis para pesquisas de caráter linguístico e histórico (e nele indicamos alguns elementos e
temas potenciais, quanto a estudos linguísticos), reforçam-nos a certeza da importância dos
labores paleográfico e lexicográfico, se executados com rigor e paciência, de par com a
convicção de que a exploração de outros elementos do corpus transcrito poderia ensejar um
estudo mais completo, mais abrangente, significativo e representativo do léxico da mineração
(neste conjunto de documentos, de ouro e ferro), de atividades laborais e bens dos inconfidentes
e de pessoas a eles vinculadas, testemunhas, como os manuscritos, de um tempo, de espaços, de
movimentações sociais, de ideologias, de cultura, de história.
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1982. (Biblioteca Románica Hispánica, III, Manuales, 56).
327
ANEXO A - Lista de abreviaturas e abreviações desenvolvidas
ABREVIATURA/ LOCALIZAÇÃO EM FLEXOR (2008)
DESENVOLVIMENTO
ABREVIAÇÃO
Página(s) Século(s) Observação
1ª primeira N/C*
1º primeiro N/C
2ª segunda 597 XVII-XIX
2º segundo N/C
3.ra terceira 597 XVIII-XIX Sem ponto.
3as terças N/C
3º terceiro N/C
4º quarto N/C
5ºs quintos N/C
6ª sexta N/C
6º sexto 597 XVIII
7.bro setembro 595 - Sem ponto.
7br.o setembro 595 - Sem ponto.
8.as oitavas OU outavas 592 XVII-XIX Sem ponto.
8.bro outubro 595 - Sem ponto.
8º oitavo ou outavo N/C
8tbro outubro 595 -
9bro novembro 595 -
a
annno 16 XVI-XVIII Sem
sobresrito.
A.o Amigo N/C
a.o amigo N/C
a.o. amigo N/C
a.s annos 49 XVIII Sem ponto e
sem
sobrescrito.
Adm.am Administraçam 22 XVIII-XIX Sem ponto.
Admor Administrador 22 XVII-XIX
Ag.to Agosto 28 XVI-XIX t não-
sobrescrito.
Agoard.e Agoardente 26 XIX Sem ponto.
Agos.to Agosto N/C
Ajud.te Ajudante 29 XVIII-XIX Sem ponto.
Alf.es Alferes 31 XVIII e não-
sobrescrito.
Alf.s Alferes 31 XVIII-XIX Sem ponto.
Alfer.es Alferes N/C
Alfs Alferes 31 XVIII-XIX Sem
sobrescrito.
Alm.da Almeida 33 XVI-XIX Sem ponto.
Alv.a Alvarenga 34 XIX Sem ponto.
Alva Alvarenga 34 XIX
Alvar.a Alvarenga 35 XVIII Sem ponto.
Alvz’ Alvarez 35 XVI-XIX Sem
apóstrofo.
Alz’ Alvarez 35 XVI-XIX Sem
apóstrofo.
am.o amigo 36 XVII-XIX Sem ponto.
Am.o Amigo 36 XVII-XIX Sem ponto.
328
am.te amante 36 XVIII-XIX Sem ponto.
amiz.de amizade 36 XVIII Sem ponto.
an.s annos 37 XVI-XIX Sem ponto.
An.to Antonio 37 XVI-XIX Sem ponto.
ann.s annos 38 XVIII-XIX Sem ponto.
ans annos 37 XVI-XIX Sem ponto.
Ant.o Antonio N/C
aod.e aodiante 40 XVIII-XIX Sem ponto.
Ap.o Aparecido N/C
apontam.to apontamento 42 XVIII-XIX Sem ponto.
Apprez.am Apprezentaçam N/C
Apprez.do Apprezentado N/C
Apprez.o Apprezentado N/C
Apr.o Aparecido N/C
Ar.o Araujo N/C
arr.am Arrecadaçam 47 XIX Sem ponto.
arrem.am arremataçam 48 XVIII-XIX Sem ponto.
arremat.am arremataçam 48 XVIII-XIX Sem ponto.
Arremt.am Arremataçam 48 XVIII-XIX Sem ponto.
Art.o Artigo NC
aSist.a aSistencia 50 XVIII-XIX Sem ponto.
Ass.aõ Assumpçaõ 50 XIX Sem ponto
autorid.e autoridade 55 XVIII-XIX Sem ponto.
autt.s auttos N/C
Aux.ar Auxiliar 55 XVIII-XIX Sem ponto.
auz.ca auzencia 55 XVIII Sem ponto.
auz.tes auzentes 57 XVIII Sem ponto.
Azd.o Azevedo N/C
bast.e bastante 62 XVIII-XIX Sem ponto.
bast.tes bastantes N/C Só há no
singular.
Benef.o Beneficio 63 XVII-XIX Sem ponto.
Boav.ta Boavista 65 XVIII-XIX Sem ponto.
bond;e bondade N/C
Br.~ Bernardo N/C
brevem.te brevemente 67 XIX Sem ponto.
bx.a baixa 68 XVIII-XIX Sem ponto.
C. Criado 70 XVIII-XIX
C.el Coronel 84 XVIII-XIX Semo “l”
sobrescrito.
cabalm.e cabalmente N/C
Caet.o Caetano 73 XVII-XIX XVII-XIX
Caixr.o Caixeiro 74 XVI-XIX
Cam.o Caminho N/C
Camp.a Campanha 75 VIII-XIX Sem ponto.
Cap.am Capitam 76 XVI-XIX Sem ponto.
Cap.m Capitam 76 XVII-XIX Sem ponto.
Cap.nia Capitania 76 XVI-XIX Sem ponto.
Cap;am Capitam N/C
Capacid.e Capacidade N/C
Capm Capitam 76 XVII-XIX
Capp.am Cappitam 78 XVI-XIX Sem ponto.
Carid.e Caridade 79 XVI-XIX Sem ponto.
Carn.o Carneiro 79 XVI-XIX Sem ponto.
329
Caro’ Carvalho N/C
Carv.o Carvalho 81 XVI-XIX Sem ponto.
cid.e cidade 87 XVI-XIX Sem ponto.
Cid.e Cidade 87 XVI-XIX Sem ponto.
Circunst.a Circunstancia 88 XVIII-XIX Sem ponto.
CL.am ConcLuzam 88 XVIII-XIX Sem ponto e
sem L
maiúsculo.
Cl.os Concluzos 88 XVIII-XIX Sem ponto.
claram.te claramente 89 XVIII-XIX Sem ponto.
Coalqr Coalquer 90 XVII Sem ponto.
coalqr coalquer 90 XVII Sem ponto.
Com.ca Comarca 91 XVII-XIX Sem ponto.
Com.dte Comandante N/C
Com.te Comandante 92 XVIII-XIX Sem ponto.
Comd.e Comandante 91 XVIII-XIX Sem ponto.
Comma Commarca 94 XVIII Sem ponto.
comp.a companhia 96 XVI-XIX Sem ponto.
Comp.a Companhia 96 XVI-XIX Sem ponto.
compet.e competente 96 XVIII-XIX Sem ponto.
Conc.am Concepçam 98 XVIII-XIX Sem ponto.
Conc.o Concelho 99 XVI-XIX Sem ponto.
Concelhr.o Concelheiro 99 XVIII Sem ponto.
Concm Conceiçam 99 XVIII-XIX Sem ponto.
Conf.e Confiante N/C
Conformid.e Conformidade 101 XVIII Sem ponto.
Confr.es Conformes 102 XVIII-XIX Sem ponto.
Cong.as Congonhas 102 XVIII Sem ponto.
Conhecim.to Conhecimento 102 XVIII Sem ponto.
Cons.o Conselho 103 XVI-XIX Sem ponto.
Consc.a Consciencia 103 XVIII Sem ponto
Const.e Constante 104 XVII-XIX Sem ponto.
const.e constante 104 XVII-XIX Sem ponto.
Contad.a Contadoria 105 XIX Sem ponto.
Contr.o Contracto 106 XVI-XIX Sem ponto.
Cor.el Coronel 107 XVI-XIX Sem ponto.
Cor.l Coronel 107 XVIII-XIX Sem ponto.
Corr.a Correa 108 XVIII-XIX Sem ponto.
corr.e corrente 108 XVII-XIX Sem ponto.
Corr.e Corrente 108 XVII-XIX Sem ponto.
corr.tes correntes 108 XVII-XIX Sem ponto.
Cp.a Companhia N/C
Cr. Criado 110 XVIII-XIX Sem ponto.
Cr.o Criado 111 XVI-XIX Sem ponto.
Cre.os Creditos N/C
Cred.os Creditos 111 XVIII-XIX Sem ponto.
Cx.as Caixas 113 XVIII-XIX Sem ponto.
d de N/C
D. Dom 114 XVI-XIX Sem ponto.
D. Dona 114 XVI-XIX Sem ponto.
d. dita N/C
D. Dom 114 XVI-XIX Sem ponto.
da dona 114 XVI-XIX
d.a dita 114 XVI-XIX Sem ponto.
330
d.as ditas 114 XVII-XIX Sem ponto.
d.e diante 114 XVII-XIX Sem ponto.
D.o Dezembro 115 XVII Sem ponto.
d.o dito 115 XVI-XIX Sem ponto.
D.or Doutor 115 XVI-XIX Sem ponto.
D.ôr Doutôr N/C
D.ores Doutores 115 XVI-XIX Sem ponto.
d.os ditos 115 XVII-XIX Sem ponto.
d.r doutor 115 XVI-XIX Sem ponto.
D.s Deus 115 XVI-XIX. Sem ponto.
d.ta dita 115 XVIII-XIX Sem ponto.
d.to dito 115 XVIII-XIX
d.to dito 115 XVIII-XIX
d’ de 114 XVII Sem ponto.
D’s Deus 146 XVIII Sem
apóstrofo.
delig.ca deligencia 125 XVIII-XIX Sem ponto.
depend.e dependente 128 XVIII-XIX Sem ponto.
Depp.e Deppendente N/C
destr.o destricto 134 XVIII-XIX
dev.or devedor 134 XVIII-XIX Sem ponto.
dez.o dezejo 135 XVI-XIX Sem ponto.
Dez.o Dezembro 135 XVI-XIX Sem ponto.
Dez.or Dezembargador 136 XVII-XIX Sem ponto.
Dez.ro Dezembro N/C
Dez=or Dezembargador 136 XVII-XIX Sem =.
Dezbr.o Dezembro 136 XVI-XIX Sem ponto.
Dignid.e Dignidade 139 XVIII-XIX Sem ponto.
Dom.os Domingos 144 XVI-XIX Sem ponto.
Dr. Doutor 146 XVII-XIX r não-
sobrescrito.
Ds Deus 147 XVI-XIX s não-
sobrescrito.
D’s Deus 115 XVI-XIX Sem
apóstrofo.
dv.or devedor N/C
ERM E Receberá Mercê 481 XVI-XIX
E R M.ce E Receberá Merce 481 XVI-XIX Sem ponto.
E. R. M. E Receberá Mercê 481 XVI-XIX Sem ponto.
Ecclez.o Eccleziastico 150 XVIII-XIX Sem ponto.
Ecclez.os Eccleziasticos 150 XVIII Sem ponto.
Emb.os Embargos N/C
Embg.os Embargos N/C
embg.os embargos N/C
emq.to enquanto N/C
Emq.to Emquanto 159 XVI-XIX Sem ponto.
Eng.o Engenho 162 XVII-XIX Sem ponto.
Erdr.os Erdeiros 166 XVI-XVIII Sem ponto.
Esccr.o Escrivão N/C
Escr.am Escrivam 167 XVII-XIX Sem ponto.
EsCram EsCrivam N/C
Escram Escrivam 167 XVII-XIX Sem ponto.
Escriv.m Escrivam 168 XVIII Sem ponto.
etc etcetera 172 XVI-XIX
331
etc. etectera 172 XVI-XIX Sem ponto.
Ex.a Excellencia 174 XVIII-XIX Sem ponto.
Ex.am Execuçam 174 XVIII-XIX Sem ponto.
Ex.ce Executante N/C
ex.m execuçam 174 XVIII-XIX Sem ponto.
Ex.mo Excellentissimo N/C
Ex.o Exercício N/C
Exm.o Excellentissimo 176 XVIII-XIX Sem ponto.
F Fazenda 179 XIX
F. Fazenda 179 XIX Sem ponto.
f. folha 179 XIX Sem ponto.
f.s folhas 181 XVIII Sem ponto.
Faz.da Fazenda N/C
Fazd.a Fazenda 183 XVII-XIX Sem ponto.
felecid.e felecidade 184 XVIII-XIX Sem ponto.
Ferr.a Ferreira 185 XVI-XIX Sem ponto.
Feur.o Feuereiro 186 XVI-XVIII Sem ponto.
Fev.ro Fevereiro 186 XVI-XIX Sem ponto.
Fevr.o Fevereiro 186 XVI-XIX Sem ponto.
fevr.o fevereiro 186 XVI-XIX
Fevro Fevereiro 186 XVI-XIX Sem ponto.
ff. ffeitos N/C
fidelid.e fidelidade 186 XVIII-XIX Sem ponto.
Fl Fiel N/C
Fon.ca Fonseca 189 XVI-XIX Sem ponto.
Fons.a Fonseca 189 XIX Sem ponto.
Fort.a Fortaleza 190 XVII-XIX Sem ponto.
fr.a forma 191 XVIII-XIX Sem ponto.
Fran.co Francisco 192 XVI-XIX Sem ponto.
Fran.o Francisco 192 XVIII Sem ponto.
Franc.a Francisca 192 XVI-XVII Sem ponto.
Franc.o Francisco 192 XVIII-XIX Sem ponto.
Franco Francisco 192 XVI-XIX Sem ponto.
Freg.a Freguezia 192 XVI-XIX Sem ponto.
frg.a freguezia 193 XVIII-XIX Sem ponto.
Frr.a Ferreira 192 XVI-XIX Sem ponto.
Frz’ Fernandez 192 XVIII-XIX Sem ponto.
fzd.a fazenda N/C
Fzd.a Fazenda 192 XVI-XIX Sem ponto.
Fzd.as Fazendas 192 XVII-XIX Sem ponto.
G Mr Goarda Mor 201 XIX Com m
minúsculo.
G. M.r Goarda Mor 201 XIX Com m
minúsculo e
sem ponto.
G.da Goarda 196 XVII-XIX Sem ponto..
g.de grande 196 XVI-XIX Sem ponto.
g.e goarde OU guarde 196 XVI-XIX Sem ponto.
G.e Guarde OU Goarde 196 XVI-XIX Sem ponto.
G.M.ria Goarda Moria N/C
G.or Guarda-mor 197 XVIII-XIX Sem ponto.
G.or Governador 197 XVI-XIX Sem ponto.
ge goarde 199 XVIII Com ponto.
Ge Goarde OU Guarde 196 XVI-XIX Sem ponto.
332
Gen.al General 199 XVIII-XIX Sem ponto.
Gen.l General 199 XVII-XVIII Sem ponto.
geralm.e geralmente 200 XVII-XIX Sem ponto.
Geralm.e Geralmente 200 XVII-XIX Sem ponto.
Gl. Geral 200 XVII-XIX Sem ponto.
Glz’ Gonçalvez 201 XVIII-XIX
Gonza Gonzaga 202 XVIII-XIX Sem ponto.
Gonzag.a Gonzaga N/C
Gov.or Governador 203 XVI-XIX Sem ponto.
gravem.te gravemente 205 XVI-XIII Sem ponto.
gr’s grãos N/C
grd.e grande 205 XVIII-XIX Sem ponto.
gr.de grande 205 XVI-XIX Sem ponto.
Herdr.o Herdeiro 209 XVI-XIX Sem ponto.
idoneid.e idoneidade 213 XVIII-XIX Sem ponto.
Ign.co Ignacio 213 XVII-XIX Sem ponto.
Igr.a Igreja 214 XVI-XIX Sem ponto.
Igr.as Igrejas N/C
Ill.mo Illustrissimo 214 XVIII-XIX Sem ponto.
Illm.o Illustrissimo 215 XVIII-XIX Sem ponto.
impedim.to impedimento 216 XVII-XIX Sem ponto.
Impedim.tos Impedimentos 216 XVII-XIX Sem ponto.
Impedimen.tos Impedimentos N/C
inconcideradam.te inconcideradamente 219 XVIII Sem ponto.
inconfid.e inconfidente 219 XVIII Sem ponto.
independ.e independente 220 XVIII-XIX Sem ponto.
J.e Joze 232 XVI-XIX Sem ponto.
Jañ Janeiro 232 XVI-XIX Sem ponto.
Jan.ro Janeiro N/C
janr.o janeiro 233 XVIII-XIX Sem ponto.
Janr.o Janeiro 233 XVIII-XIX Sem ponto.
Joaq.m Joaquim 236 XVI-XIX Sem ponto.
Joaqm Joaquim 236 XVI-XIX
judecialm.e judecialmente N/C
juntam.te juntamente 237 XVII-XIX Sem ponto.
Juram.to Juramento 238 XVI-XIX Sem ponto.
justam.te justamente 238 XVI-XIX Sem ponto.
l.a libra 240 XVII-XIX Sem ponto.
L.o Livro 241 XVI-XIX Sem ponto.
L.os Livros 241 XVI-XIX Sem ponto.
leald.e lealdade N/C
Legitimam.e Legitimamente 243 XIX Sem ponto.
Legitimam.te Legitimamente 244 XIX Sem ponto.
liverd.e liverdade N/C
ll.s llibras 248 XVIII-XIX Sem ponto.
Lx.a Lisboa 249 XVI-XIX Sem ponto.
M. Manoel OU Manuel 250 XVIII Sem ponto.
M. Muito 251 XVII-XIX
m.a minha 251 XVIII-XIX Sem ponto.
M.a Minha 251 XVIII-XIX Sem ponto.
m.as mesmas N/C
m.as muitas 251 XVIII-XIX Sem ponto.
m.ce mercê 251 XVI-XIX Sem ponto.
M.co Marco [Março] 251 XVII-XIX Sem ponto.
333
M.ço Março 251 XVI-XIX Sem ponto.
m.dar mandar 252 XVII-XIX Sem ponto.
M.do Mandado 252 XVI-XIX Sem ponto.
M.el Miguel N/C
m.er mulher 252 XVI-XIX Sem ponto.
m.mas mesmas 253 XVIII-XIX Sem ponto.
M.na Marianna 253 XVIII-XIX Sem ponto.
m.o mesmo 254 XVII-XIX Sem ponto.
M.ra Moreira 254 XVII-XIX Sem ponto.
m.s muitos 254 XVIII-XIX Sem ponto.
m.ta muita 254 XVI-XIX Sem ponto.
m.tas muitas 254 XVI-XVIII Sem ponto.
M.to Muito 254 XVI-XIX Sem ponto.
m.to muito 254 XVI-XIX Sem ponto.
m.tos muitos 254 XVI-XIX Sem ponto.
ma. minha 250 XVIII-XIX Sem ponto.
Mag.de Magestade 256 XVI-XIX Sem ponto.
Mag.e Magestade 256 XVI-XIX Sem ponto.
Magd.e Magestade 256 XVI-XIX Sem ponto
e com d
sobrescrito.
Mar.a Marianna 258 XVIII-XIX Sem ponto.
Marq.s Marques 259 XVI-XIX Sem ponto.
mayores mayores N/C
md.o mandado 261 XVI-XIX Sem ponto.
menores menores N/C
merecim.to merecimento 264 XVII-XIX Sem ponto.
merecim.tos merecimentos 264 XVII-XIX No singular.
Mg.de Magestade N/C
Min.o Ministro 267 XVI-XIX Sem ponto.
Min.os Ministros 267 XVIII-XIX Sem ponto.
Min.s Minas N/C
Miz’. Martinz 268 XVI-XIX Sem
apóstrofo e
sem ponto.
Mnos Ministros 269 XVIII
Mont.ro Monteiro N/C
Montr.o Monteiro 270 XVI-XVII Sem ponto.
Mosambq.e Mosambique N/C
ms muitos 272 XVIII-XIX
mtos muitos 254 XVI-XIX Só no
singular.
N. Nosso 274 XVI-XIX Sem ponto.
N. Numero 274 XVIII
N. A. R. Nossa Alteza Real N/C
N.o Nosso 275 XVIII-XIX Sem ponto.
n.ta nesta 275 XVIII Sem ponto.
neces.o necessario 278 XVI-XVIII Sem ponto.
neceSsariam.te neceSsariamente 279 XVIII-XIX Sem o S
maísculo.
Neg.co Negocio 279 XVI-XIX Sem ponto.
Neg.o Negocio 280 XVI-XIX Sem ponto.
Nº Numero 275 XVI-XIX Sem ponto.
nº numero 275 XVI-XIX Sem ponto.
334
N.o Nosso 275 XVIII-XIX Sem ponto.
Nobr.o Novembro 282 XIX Com o não-
sobrescrito.
not.a noticia 283 XVIII-XIX Sem ponto.
not.as noticias 284 XVIII-XIX Sem ponto.
nott.a notticia 284 XVI-XVIII Sem ponto.
Nov Novembro N/C
Nov.o Novembro 285 XVII-XIX Sem ponto.
novam.te novamente 284 XVII Sem ponto.
nullid.de nullidade N/C
nullid.e nullidade 286 XVIII-XIX Sem ponto.
ob.a obediencia 287 XVIII Sem ponto.
obg.mo obrigadissimo 287 XVIII Sem ponto.
obr.o obrigado 287 XVIII-XIX Sem ponto.
obrig.do obrigado 288 XVII-XIX Sem ponto.
obrig.m obrigaçam OU obrigacam 288 XVIII-XIX Sem ponto.
Obrig.o Obrigado 288 XVIII-XIX Sem ponto.
Obrigd.o Obrigado 288 XVIII-XIX Sem ponto.
ocularm.te ocularmente N/C
off. officeal 290 XVII-XIX
off.es officiaes 291 XVIII-XIX
Off.es Officiaes 291 XVIII-XIX
off.s officiaes N/C
Olandez.as Olandezas N/C
Olivr.a Oliveira 292 XVI-XIX. Sem ponto.
oppoz.or oppozitor N/C
Ou.vor Ouvidor N/C
out. outubro 299 XVIII
out.o outubro 299 XVIII-XIX
Ouv.or Ouvidor 300 XVI-XIX Sem ponto.
p pagina N/C
P Passe 301 XVIII-XIX
PAVM Pede a Vossa Mercê N/C
p. pagina N/C
P. Pede 302 XVI-XIX
P. S. Post Scriptum 337 XVII-XIX Sem ponto.
p.a para 302 XVI-XIX Sem ponto.
P.a Para 302 XVI-XIX Sem ponto.
P.co Paroco (Parocho) N/C
P.e Padre 304 XVIII Sem ponto.
P.lo Pelo 304 XVI-XIX Sem ponto.
p.r por 305 XVI-XIX Sem ponto.
p.ra primeira 306 XVI-XVIII Sem ponto.
p.ro primeiro 307 XVI-XIX Sem ponto.
p.te parte N/C
pa para N/C
pa para 302 XVI-XIX
pag. pagina 308 XVIII-XIX Sem ponto.
Pe Padre 304 XVIII
Per.a Pereira 315 XVI-XIX Sem ponto.
perten.te pertencente N/C
perz.te perzente 317 XVI-XVIII Sem ponto.
peSoalm.te peSoalmente 317 XVII Sem ponto.
pied.e piedade 318 XVI-XIX Sem ponto.
335
Pied.e Piedade 318 XVI-XIX Sem ponto.
Pinr.o Pinheiro 319 XVIII-XIX Sem ponto.
plas pelas N/C
pobrem.te pobremente 320 XVIII-XIX Sem ponto.
porq.^ porque N/C
porq’ porque 322 XVIII
porq.’ porque 322 XVIII Sem ponto.
pr por 305 XVI-XIX
pr.alme principalmente N/C
pr.e prezente N/C
pr.o primeiro N/C
Pr.o Primeiro N/C
prez.ca Prezenca N/C
pRez.te pRezente 330 XVI-XIX Com t não-
sobrescrito e
com r
minúsculo.
prez.te prezente 330 XVI-XIX Com t não-
sobrescrito.
Prezid.e Prezidente 330 XVI-XIX Sem ponto.
pRimr.o pRimeiro 330 XVI-XIX Sem o R
maiúsculo.
primr.o primeiro 330 XVI-XIX Sem ponto.
principal m.te principal mente 331 XVIII Sem ponto.
proc.am Procuracam OU 332 XVIII Sem ponto.
procuraçam
Proc.or Procurador 332 XVIII-XIX Sem ponto.
Prom.or Promotor 333 XVIII-XIX Sem ponto.
Promr Promotor N/C
prontam.e prontamente 333 XVIII-XIX Sem ponto.
Provim.tos Provimentos 336 XVII-XIX Sem ponto.
pt.e parte 338 XVIII-XIX Sem ponto.
ptes partes 307 XVII-XIX
Px.co Paxeco 399 XIX Sem ponto.
Px.to Peixoto 399 XVII-XIX Sem ponto.
Pxto Peixoto 399 XVII-XIX
q que 340 XVI-XIX
q. que 340 XVI-XIX Sem ponto.
q.^ que N/C
q.m quem 341 XVI-XIX Sem ponto.
q.’ que 340 XVIII-XIX Sem ponto.
q.a quantia 340 XIX Sem ponto.
qa quantia 340 XIX
q.do quando 341 XVI-XIX Sem ponto.
q.m quem 341 XVI-XIX Sem ponto.
q.ta quantia 342 XVI-XIX Sem ponto.
q.tas quantas 342 XVI-XIX No singular.
q.tia quantia 342 XVII-XIX Sem ponto.
q.to quanto 342 XVI-XIX Sem ponto.
q.tos quantos 342 XVII-XIX Sem ponto.
q.tos quantos 342 XVII-XIX Sem ponto.
Q’ Que 340 XIX
q’ que 340 XIX
qa quantia N/C
336
qd.o quando 343 XVI-XIX Sem ponto.
qlqr qualquer N/C
qual q.r qual quer 344 XVIII Sem ponto.
qualid.e qualidade 344 XVIII-XIX Sem ponto.
quantid.e quantidade 345 XVII-XIX Sem ponto.
R.a Realeza N/C
r.a referida N/C
R.a Rica 347 XVIII-XIX Sem ponto.
R.ço Reçebo 348 XVIII-XIX Sem ponto.
R.do Referido N/C
R.l Real 348 XVI-XIX Sem ponto.
R.l Real 365 XVIII-XIX Sem ponto e
l não-
sobrescrito.
R.ma Reverendissima N/C
r.o recto N/C
r.o referido N/C
R.o Reino 348 XVIII Sem ponto.
R.o Rio 349 XVIII-XIX Sem ponto.
r.s reis NC
rapidam.e rapidamente N/C
Rd.o Reverendo N/C
recenciam.to recenciamento 351 XVIII Sem ponto.
Recorr.te Recorrente 351 XIX Sem ponto.
Reg.do Registrado 353 XIX Sem ponto.
Reg.te Regente 354 XVIII-XIX Sem ponto.
Regd.a Registrada 354 XVIII-XIX Sem ponto.
Regd.o Registrado N/C
Regim.to Regimento 354 XVI-XIX Sem ponto.
Rej.o Rejimento N/C
Rej.o Rejistro N/C
rel.am relaçam 355 XVIII
Remat.e Rematante 357 XVIII-XIX Sem ponto.
rendim.to rendimento 357 XVI-XIX Sem ponto.
Rendim.to Rendimento 357 XVIII-XIX Sem ponto.
Rendim.tos Rendimentos 357 XVI-XIX Sem ponto.
Rendimtos Rendimentos 357 XVI-XIX
req.o requerimento 359 XVIII-XIX Sem ponto.
Req.r Requer 544 XIX Sem ponto.
Req.to Requerimento NC
requerim.to requerimento 360 XVI-XIX Sem ponto.
Requerim.to Requerimento 360 XVI-XIX Sem ponto.
resp.o respeito 361 XVI-XIX Sem ponto.
Resp.ta Resposta 361 XVII-XIX Sem ponto.
Respond.a Respondida 362 XVIII Sem ponto.
Respt.o Respeito 362 XVIII-XIX Sem ponto.
Rev.do Reverendo 363 XVI-XIX Sem ponto.
Rez.de Rezende 364 XVIII-XIX Sem ponto.
Ribr.o Ribeiro 365 XVI-XIX Sem ponto.
Roiz Rodriguez 366 XVI-XIX Sem ponto.
Roiz’ Rodriguez 366 XVI-XIX Sem ponto.
rs reis N/C
r
S Senhor 367 XVIII
r
S. Senhor 367 XVIII Sem ponto.
337
Rz Rodriguez 368 XVIII-XIX
Rz’ Rodriguez N/C
S São N/C
S Subdito NC
S Mr Sargento Mor N/C
S. São 368 XVI-XVII
S. Senhor 368 XVIII-XIX
S. A. Sua Alteza NC
S. A. R. Sua Alteza Real NC
S. Ex.a R.ma Sua Excelencia 560 XVIII-XIX Ponto só em
Reverendissima S.
S. Mar.to Saõ Martinho N/C
S. Mor Sargento Mor 563 XVIII-XIX
S.a Senhora 369 XVII-XVIII Sem ponto.
S.a Silva 369 XVI-XIX Sem ponto.
S.M.I. Sua Magestade Imperial 563 XIX
S.or Senhor N/C
S.ôr Senhor N/C
S.r Senhor N/C
S.ra Senhora N/C
S.tas Santas 390 XVIII Sem
sobrescrito.
S.tos Santos 370 XVIII-XIX Sem ponto.
Sa Silva 369 XVI-XIX
Sald.a Saldanha 372 XVI-XIX
Sant.a Santana N/C
Sarg.to Sargento 373 XVII-XIX Sem ponto e
t não-
sobrescrito.
Sargto Sargento 373 XVII-XIX t não-
sobrescrito
Saud.es Saudades 374 XVIII-XIX Sem ponto.
Seb.am Sebastiam 374 XVIII Sem ponto e
a não-
sobrescrito.
Secretr.o Secretario 375 XVIII
seg.te seguinte 376 XVI-XVIII Sem ponto e
t não-
sobrescrito.
Sem.e Semelhante 377 XVIII-XIX Sem ponto.
Sem.tes Semelhantes 377 XVIII-XIX Sem ponto.
Senr Senhor 378 XVIII-XIX
Sent.ca Sentenca (Setença) 378 XVII-XIX Sem ponto.
Sep.ro Septembro N/C
Sep.to Septembro 379 XVIII-XIX Sem ponto e
t não-
sobrescrito.
Sept.bro Septembro 379 XVII-XIX
Seq.a Sequeira 379 XVI-XVII Sem ponto.
Sertam.e Sertamente N/C
serv.o serviço 381 XVI-XIX Sem ponto.
Setbr.o Setembro 381 XVI-XIX Sem ponto.
Silvr.a Silveira 383 XVI-XIX Sem ponto.
Sir qr.a Sirqueira N/C
338
Snr Senhor 385 XVI-XIX
Sñr. Senhor 385 XVI-XIX Sem ponto.
Snr.’ Senhor 385 XVIII-XIX Sem ponto.
Snr.a Senhora 385 XVIII-XIX Sem ponto.
Snr.s Senhores 385 XVIII Sem ponto.
Snr’ Senhor 385 XVIII-XIX
Snr’. Senhor 385 XVIII-XIX Sem ponto.
Sô.m.te Sômente N/C
Sobr.o Sobrinho 386 XVII-XIX Sem ponto.
sobred.a sobredita 386 XVII-XIX Sem ponto.
Soc.e Sociedade N/C
Sold.os Soldados 387 XVI-XIX Singular.
Som.e Somente N/C
som.te somente 387 XVI-XIX Sem ponto.
Sor Senhor NC
Sr’. Senhor NC
Sta Santa NC
Subst.a Substancia 391 XVIII Sem ponto.
Sucied.e Suciedade 391 XVIII Sem ponto.
Sup.do Suplicado 392 XVIII-XIX Sem ponto.
Sup.dos Suplicados 392 XVIII-XIX Sem ponto –
singular.
Sup.e Suplicante 392 XVIII-XIX Sem ponto –
plural.
Sup.es Suplicantes 392 XVIII-XIX Sem ponto.
Supd.o Suplicado 393 XVIII-XIX Sem ponto.
Supd.os Suplicados 393 XVIII-XIX Sem ponto.
Supl. Suplicante N/C
Supl.te Suplicante N/C
Supp.es Supplicantes N/C
Supp.te Supplicante 394 XVI-XIX
Suppl.e Supplicante N/C
Sz.a Souza 395 XVI-XIX Sem ponto.
Ten.e Tenente 399 XVI-XIX Sem ponto.
tep.o tempo 404 XVI-XIX Sem ponto.
tes.ta testemunha 400 XVIII Sem ponto.
test.a testemunha 400 XVIII Sem ponto.
test.o testemunho 400 XVI-XIX Sem ponto.
Teyxr.a Teyxeira 402 XVIII Sem ponto.
Then.te Thenente 402 XVII-XIX Sem ponto.
Thezour.o Thezoureiro 403 XIX Sem ponto.
tp.o tipo 404 XVI-XIX Sem ponto.
tr.o termo 407 XVIII Sem ponto e
sem
sobrescrito.
trab.os trabalhos 405 XVIII-XIX Sem ponto.
Trabisr.os Trabiseiros N/C
Trib.al Tribunal 406 XVIII-XIX Sem ponto.
tt.a testtemunha 407 XVII-XIX Sem ponto.
tt.ros testamenteiros OU N/C
testtamenteiros
Tx.a Teixeira 408 XVII-XIX Sem ponto.
Txr.a Teixeira 408 XVI-XIX Sem ponto.
ultimam.te ultimamente 410 XVII-XIX Sem ponto.
339
ultimam.te ultimamente N/C
unicam.e unicamente 410 XVIII-XIX Sem ponto.
Universid.e Universidade 410 XVIII-XIX Sem ponto.
utilid.e utilidade 411 XVIII Sem ponto.
utilid.es utilidades 411 XVIII Sem ponto.
V Vossa 411 XVI-XIX Sem ponto.
V m.es Vossas mercês N/C
V. Vossa 411 XVII-XIX
V. M.ces Vossas Mercês 582 XVIII-XIX Sem ponto e
no singular.
v.a villa 412 XVI-XIX Sem ponto.
V.a Vila OU Villa 412 XVI-XIX Sem ponto
V.a S.a Vossa Senhoria 578 XVII-XIX Sem ponto.
V.e Vicente 412 XVI-XIX Sem ponto.
v.o verso 413 XVI-XIX Sem ponto.
V.r Venerador 413 XIX
V.ta Vista 422 XIX Sem ponto e
t não-
sobrescrito.
v.ta vista 422 XIX Sem ponto e
t não-
sobrescrito.
V.to Visto N/C
V’M Vossa Mercê N/C
Va Villa 412 XVI-XIX
VaL.es VaLadares N/C
valimt.o valimento N/C
vallid.e vallidade 414 XVIII Sem ponto.
Vasc.os Vasconcellos 414 XVI-XIX Sem ponto.
vener.am veneraçam 416 XVIII Sem ponto.
ver.e verdade N/C
Verd.e Verdade N/C
verd.e verdade N/C
Verdadr.a Verdadeira 417 XVI-XIX Sem ponto.
verdadr.o verdadeiro 417 XVII-XIX Sem ponto.
verde verdade 416 XVII-XIX
viand.es viandantes N/C
viand.tes viandantes 418 XVIII Sem ponto.
Vigr.o Vigario 419 XVI-XIX Sem ponto e
só no plural.
Vm Vosmecê 582 XVIII-XIX
VM Vossa Mercê 582 XVIII-XIX Sem ponto.
vm vosmecê 582 XVIII-XIX
vm. vosmecê 582 XVIII-XIX Sem ponto.
vm.ce vossamercê OU vosmecê N/C
Vm.ce Vosmecê OU Vossa mercê 582 XVIII-XIX Sem ponto.
VM.cs VosMecês N/C
Vm.e Vosmecê OU Vossa mercê N/C
vm.e vossa mercê OU vosmecê N/C
VM’ VosMecê N/C
VM’. Vossa Mercê N/C
VM” VosMecê 582 XIX Com m
maiúsculo.
340
vm” vosmecê 582 XIX Com V
maiúsculo.
VmCe VosmeCê 582 XVIII-XIX Sem ponto e
com c
minúsculo.
VMces Vossas Mercês N/C
vme vossa mercê ou vosmecê N/C
Vn.r Venerador N/C
Vnr Venerador N/C
vont.e vontade 422 XVIII-XIX Sem ponto.
Vont.e Vontade 422 XVIII-XIX Sem ponto.
Vr.a Vieira 422 XVII Sem ponto e
sem
sobrescrito.
BRvr.o verso 422 XVII-XIX Sem ponto.
Xer Xavier 422 XVI-XIX
341