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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ZOOLOGIA

FRANCISCO VIRGÍNIO DE SOUZA

RIQUEZA E COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL

Natal-RN
2017
FRANCISCO VIRGÍNIO DE SOUZA

RIQUEZA E COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como exigência
parcial para obtenção do diploma
de Bacharel em Ciências
Biológicas da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Dr. Mauro Pichorim

Natal
2017
FRANCISCO VIRGÍNIO DE SOUZA

RIQUEZA E COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de


Bacharel em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Aprovada em: 30/11/2017.

BANCA EXAMINADORA:

________________________________________
Prof. Dr. Mauro Pichorim (DBEZ/UFRN)

_________________________________________
Dr. Guilherme Santos Toledo de Lima

________________________________________________
Prof. Ms. Iracema Miranda da Silveira (MCC/UFRN)
AGRADECIMENTOS

Obrigado ao eterno e transcendental pelo dom da vida e pela sabedoria,


alicerçada na minha crença Nele, Deus.
Gratidão aos meus pais pelo apoio, especialmente a minha mãe, motivação
maior e apreciadora das aves. Também sou muito agradecido com carinho ao meu
irmão Elias, as minhas irmãs Dalvirene e Rejane que junto aos demais irmãos, muito
contribuíram para meu bem estar.
Aos docentes e escritores que contribuíram para o meu desenvolvimento
intelectual, especialmente aqueles que me incentivaram a continuar estudando
diante de muitas dificuldades, muito obrigado!
Ao professor Mauro Pichorim por ter-me aceito como seu orientando, pela
paciência e ensinamentos, obrigado!
Ao Guilherme Lima e Iracema Silveira que com alegria aceitaram julgar esse
trabalho junto com Mauro Pichorim, grato!
Agradecido a Anderson Salvador pelo apoio no trabalho de campo, aos
demais amigos Damião Valdenor, Thanyria Câmara, Max Junior, Paulo Fernandes,
Alisson Rafael, Lívia Dantas, Anne Guimarães e a João Paulo Damasceno, que de
alguma forma contribuíram para a realização dessa monografia.
Aos demais parentes e colegas que sempre me animaram nesse projeto, aos
meus alunos e alunas, aos amigos do Grupo Onça Pintada e aos amigos
observadores de Aves do RN, gratidão!
RESUMO

As aves são espécies bioindicadoras, sendo o monitoramento contínuo de sua


comunidade importante para avaliar o grau de mudanças no ambiente. Este estudo
teve o objetivo de comparar a composição e estrutura da comunidade de aves em
três diferentes ambientes: campos, matas e área urbana do campus central da
UFRN. Entre 2016 e 2017 foram registradas através de 81 listas de Mackinnon 56
espécies de aves, ocorrendo 44 destas nos campos, 36 na área urbana e 33 nas
matas. A maioria delas é comum e de baixa sensitividade a alterações antrópicas,
incluindo principalmente espécies onívoras e insetívoras, sendo Coereba flaveola e
Pitangus sulphuratus as mais frequentes em todos os ambientes. Houve uma
similaridade alta entre a avifauna dos três ambientes e também entre as
comunidades de aves do Parque das Dunas e do Campus, onde 54% das espécies
foram comuns a ambos. É provável que a intensa urbanização do campus tenha
contribuído para o declínio populacional ou mesmo para a extinção local de espécies
de aves mais sensíveis às mudanças na paisagem. Por outro lado, espécies
sinantrópicas e mais generalistas aumentaram suas densidades. Supõe-se que elas
usam o ambiente campestre principalmente como ponto de descanso e forrageio,
pois neste ocorreu maior riqueza. A população de Athene cunicularia depende
exclusivamente desse ambiente para sobreviver, assim como as espécies florestais
Ortalis araucuan, Hemitriccus griseipectus e Cantorchilus longirostris dependem da
manutenção das matas.
Palavras-chave: aves, ecologia, riqueza, composição, estrutura de comunidade,
urbanização, UFRN, Natal.
ABSTRACT

Birds are bioindicator species, with continuous monitoring of their community


important to assess the degree of changes in the environment. This study aimed to
compare the composition and structure of the bird community in three different
environments: fields, woods and urban area of the central campus of UFRN.
Between 2016 and 2017, 56 species of birds were registered through 81 Mackinnon
lists, 44 of which occurred in the fields, 36 in the urban area and 33 in the forest.
Most of them are common and of low sensitivity to anthropic alterations, mainly
including omnivorous and insectivorous species, being Coereba flaveola and
Pitangus sulphuratus the most frequent in all environments. There was a high
similarity between the avifauna of the three environments and also between the bird
communities of Parque das Dunas and Campus, where 54% of the species were
common to both. It is likely that the intense urbanization of the campus has
contributed to the population decline or even the local extinction of bird species more
sensitive to changes in the landscape. On the other hand, synanthropic and more
generalist species increased their densities. It is assumed that they use the
countryside environment mainly as a resting and foraging point, because in this
occurred greater wealth. The population of Athene cunicularia depends exclusively
on this environment to survive, just as the forest species Ortalis araucuan,
Hemitriccus griseipectus and Cantorchilus longirostris depend on the maintenance of
the forests.
Key words: birds, ecology, richness, composition, community structure, urbanization,
UFRN, Natal.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Localização da área de estudo no Campus Central da Universidade


Federal do Rio Grande do Norte, Natal,
Brasil...........................................................................................................................12

Figura 2. Quantidade de espécies por classe de frequência de ocorrência nos três


ambientes...................................................................................................................20

Figura 3. Quantidade de espécies por classe de sensitividade a distúrbios


ambientais nos três ambientes...................................................................................20

Figura 4. Quantidade de espécies por guildas tróficas nos três ambientes...............21

Figura 5. Curva de acumulação de espécies (est.: observado); riqueza estimada


(média) de espécies de aves obtidas por três estimadores não-paramétricos ( Chao
2, Jacknife 1 e Bootstrap), a partir de 27 listas de 10-espécies, observadas no
ambiente de Campo do Campus Central da UFRN,
Natal,RN.....................................................................................................................21

Figura 6 Curva de acumulação de espécies (est.: observado); riqueza estimada


(média) de espécies de aves obtidas por três estimadores não-paramétricos ( Chao
2, Jacknife 1 e Bootstrap), a partir de 27 listas de 10-espécies, observadas no
ambiente Urbano do Campus Central da UFRN,
Natal,RN.....................................................................................................................22

Figura 7 Curva de acumulação de espécies (est.: observado); riqueza estimada


(média) de espécies de aves obtidas por três estimadores não-paramétricos ( Chao
2, Jacknife 1 e Bootstrap), a partir de 27 listas de 10-espécies, observadas no
ambiente de Matas do Campus Central da UFRN,
Natal,RN.....................................................................................................................23
LISTA DE ANEXOS

Anexo A: Lista de aves do Parque da Dunas em preparação, elaborada por


colaboradores do laboratório de Ornitologia da UFRN; lista de aves do Campus
segundo Varela-Freire(1990); lista de aves do Campus segundo Dantas et al(2009)
e, lista elaborada durante essa pesquisa(2015-2017).

Anexo B: Imagens das aves registradas através das Listas de Mackinnon. As


fotografias anexas foram feitas no campus central da UFRN, exceto as de números
17,19,31 e 36. Elas são de minha autoria, salvo aquelas em que é citado outro autor.
SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO..................................................................................9

2. OBJETIVOS......................................................................................11
2.1 GERAL.........................................................................................11
2.2 ESPECÍFICOS.............................................................................11

3. MÉTODOS.........................................................................................11
3.1 ÁREA DE ESTUDO......................................................................11
3.2 PROCEDIMENTOS DE CAMPO.................................................12
3.3 ANÁLISE DOS DADOS.................................................................13

4. RESULTADOS....................................................................................14

5. DISCUSSÃO........................................................................................23

6. CONCLUSÕES....................................................................................27

7. REFERÊNCIAS....................................................................................28

ANEXO A..............................................................................................33

ANEXO B..............................................................................................42
9

1. INTRODUÇÃO
Atualmente há no Brasil 1919 espécies de aves (Piacentini et al. 2015),
destas, cerca de 369 ocorrem no estado do Rio Grande do Norte (Sagot-Martin,
2003; Wikiaves, 2017), com presença confirmada de 113 espécies de aves no
Parque Estadual das Dunas de Natal conforme Lobato (2005, apud Silveira & Irustia,
2000). Para o campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em
Natal, há registros de levantamentos preliminares da avifauna, sendo o primeiro
deles realizado de maneira sistemática em 1989, onde foi confirmada a presença de
37 espécies residentes (apud Junior, HMC; Varela-Freire, 1990). De 2007 a 2008 foi
realizado outro levantamento mais detalhado que registrou a presença de 62
espécies para o local (DANTAS et al. 2009) e em 2014 houve uma catalogação
fotográfica das aves do campus tendo sido registrada 30 espécies (FREITAS, 2014).
Registros de inventários antigos são importantes para estudos comparativos e
compreensão dos processos de colonização e extinção de espécies em uma área
(RIBON et al. 2003, LOPES et al. 2009).
A proximidade do campus com o Parque das Dunas proporciona certo grau
de fluxo de aves entre esses ambientes, havendo assim grande similaridade na
composição das aves das referidas áreas. Entretanto, com o crescimento do campus
nas últimas décadas houve muito desmatamento e urbanização da área, provocando
a fragmentação dos habitats, a substituição de parte da vegetação nativa por
espécies exóticas a partir dos projetos paisagísticos propostos, o que proporcionou o
desaparecimento de várias espécies de aves (VARELA-FREIRE, 1997). Sabe-se
que mudanças da vegetação podem tornar o ambiente inapropriado para algumas
espécies mais exigentes que necessitam de condições especificas para sobreviver
(DONATELLI, COSTA & FERREIRA, 2004). Isto acarreta mudanças na composição
da avifauna, causando extinções locais de algumas espécies e reduzindo a
abundância de outras, que passam a ser substituídas por espécies típicas de
habitats abertos ou alterados. A perda e fragmentação dos habitats estão entre as
principais ameaças à avifauna (MARINI & GARCIA, 2005), afetando particularmente
a sobrevivência e persistência de espécies mais sensíveis à mudanças na paisagem
(JARVIS, 1994). Alguns estudos mostram que a riqueza de espécies geralmente
10

diminui com o aumento da urbanização (ORTEGA-ÁLVAREZ & MACGREGOR-


FORS, 2011; REIS, LOPEZ & PINHEIRO, 2012).
Ainda assim, uma grande diversidade de aves pode ser encontrada em
centros urbanos ou em campi universitários caracterizados por mosaicos de áreas
verdes de diferentes tamanhos e com vegetação predominantemente exótica
(MONTEIRO & BRANDÃO, 1995; HÖFLING & CAMARGO, 2002; LOPES & ANJOS,
2006). Prova disso é que cerca de 30% de todas as aves brasileiras são registradas
nas áreas verdes dos centros urbanos das cidades (FRANCHIN, 2009). No entanto,
mesmo em áreas de fácil acesso do perímetro urbano, ainda faltam monitoramentos
em longo prazo da biodiversidade. A realização deste tipo de trabalho com a
avifauna proporciona uma etapa fundamental para o desenvolvimento de políticas de
conservação (ŞEKERCIOĞLU, 2012). Além disso,registros de inventários antigos
são importantes para estudos comparativos e compreensão dos processos de
colonização e extinção de espécies em uma área (RIBON et al. 2003, LOPES et al.
2009).
Sabe-se que o Brasil apresenta grande número de espécies de aves
ameaçadas de extinção, especialmente na Mata Atlântica que possui alta taxa de
endemismo (SILVEIRA & STRAUBE, 2008). O campus encontra-se ao lado da
principal unidade de conservação da cidade do Natal (Parque das dunas), que
apresenta vegetação típica desse bioma. Como muitas espécies usam essa área
para forragearem e ou se reproduzirem, este estudo será importante para
compreender a mudança na composição da avifauna local e identificar a sua
diversidade atual. Além disso, poderá ser útil para avaliar e monitorar os impactos
ambientais, causados ao longo do crescimento do campus central da UFRN, nas
últimas décadas.
11

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Comparar a composição e estrutura da comunidade de aves em três


diferentes ambientes no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Estimar a riqueza de aves e calcular a abundância relativa destas para os ambientes
de mata, campos e área urbana.
Verificar a distribuição de categorias alimentares das aves em relação aos diferentes
ambientes.
Categorizar as espécies de aves de acordo com o grau de sensibilidade a distúrbios
ambientais.
Comparar a similaridade das comunidades de aves dos ecossistemas supracitados
e do campus em relação ao Parque das Dunas.

3. MÉTODOS
3.1. ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi realizado no Campus Central da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte que ocupa área de 123 hectares e está localizado na porção sul da
cidade de Natal, circundado por área urbana e tendo como limite, ao leste, o Parque
Estadual das Dunas de Natal “Jornalista Luiz Maria Alves” (CARVALHO,
2005)(figura 1). O Campus da UFRN está em uma área com clima quente úmido,
com período chuvoso entre os meses de abril a setembro e o período seco entre os
meses de outubro a março. Segundo Carvalho (2005), a média anual da
precipitação do Campus é de 1500 a 2000 mm e a temperatura apresentou máxima
de 27,7 °C nos verões de 2001 a 2003 e mínima de 23,6 ºC no inverno de 2000. A
vegetação que ocorre nos pequenos fragmentos de mata do Campus da UFRN
apresenta espécies típicas de ecossistemas costeiros, incluindo principalmente
espécies de tabuleiros litorâneos comuns no Bioma da Mata Atlântica. Esses
remanescentes são o que restou da vegetação nativa, que ocorria de forma contínua
12

com a do parque das dunas, antes da construção do Campus na década de 1970.


Além dessas áreas verdes originais, existem muitas espécies de arbustos ou árvores
exóticas (ex. Eucalyptus sp.) e nativas( ex.: Tabebuia impetiginosa Standl) que
compõem a arborização e ornamentam toda área (MACÊDO et al.,2012).

Figura 1 (Mapa). Localização da área de estudo no Campus Central da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal, Brasil. Na imagem da área acima, os números referem-se às áreas
amostrais, são elas: 1 e 2 indicam as ás áreas de matas, do 3 ao 6 as áreas de campos e de 7 a 10
as áreas urbanas.

Fonte: Quantum GIS Development Team (2016).

3.2. PROCEDIMENTOS DE CAMPO


Na pesquisa de campo, foi realizado um levantamento exaustivo, com o
intuito de elaborar uma lista atualizada da riqueza e composição das aves que
ocorrem em todo campus central da UFRN. Nessa fase percorreram-se os diferentes
ambientes (fragmentos de matas, campos, áreas construídas) registrando todas as
aves através de contatos visuais (com auxílio de binóculo) ou auditivos em áreas
pré-estabelecidas e no deslocamento entre estes locais. De acordo com o mapa (
13

Figura 1) as áreas de matas escolhidas foram: 1-Mata da CAERN ao lado da Rua do


Horto e Rua do Meio Ambiente; 2-Mata dos Saguis ao lado da Rua das Biociências;
As áreas campestres foram: 3-Área campestre entre a Rua do Horto e a Rua da
Saúde; 4-Área campestre entre a Rua do Meio Ambiente e Rua Nuplan; 5- Área
campestre entre a NUPLAN e REITORIA, estendendo-se ao lado do Departamento
de Ecologia; 6-Área campestre próximo ao estacionamento do Setor 1 e campo de
futebol, limitando-se com a Avenida Capitão Mor Gouveia; enquanto que as áreas
urbanas foram: 7- Área urbana entre o Setor de aulas I e Setor 5 da UFRN; 8-Área
urbana entre o Centro de Convivência e a Biblioteca Central Zila Mamede; 9-Área
urbana entre o Setor de aulas IV da UFRN e Escola de Ciências & Tecnologia; 10-
Área urbana entre a Rua das Engenharias e o Laboratório de Energia/NTI/UFRN.
Nessas áreas definidas previamente utilizamos como metodologia de registro
as Listas de Mackinnon (MACKINNON & PHILLIPS 1993, POULSEN et al. 1997,
HERZOG et al., 2002; RIBON, 2010) com padronização de 10 espécies não
repetidas por lista. Aquelas espécies que foram observadas fora das áreas citadas
ou em visitas esporádicas, apenas foram adicionadas a lista final de espécies que
ocorrem no Campus. Esse levantamento qualitativo foi realizado principalmente de
setembro a dezembro de 2016, complementado com algumas listas realizadas em
outubro de 2017, totalizando 60 horas de atividades em campo. As observações
dessa etapa do estudo foram feitas em horários variáveis entre as 06h00 da manhã
e as 12h00. A partir da metodologia das Listas de Mackinnon foi possível também
estimar a abundância relativa das espécies a partir do índice de frequência das
listas(IFL).
A nomenclatura e a classificação das espécies de aves utilizadas nesse
estudo seguiram as determinações do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos
(Piacentini et al. 2015).
3.3. ANÁLISE DOS DADOS
A partir dos dados obtidos com as listas de Mackinnon, foi confeccionada uma
curva de rarefação (curva do coletor) com o intuito de verificar se o esforço amostral
refletiu a riqueza local de espécies da comunidade de aves. Para isso, foram
utilizados os estimadores de riqueza não-paramétricos Chao2, Jacknife1 e Bootstrap
calculados pelo software EstimateS 9.1(COLWELL, 2016). Estes se baseiam na
incidência das espécies por amostras, sendo considerados eficientes para estimar o
número de espécies de uma região (MAGURRAN, 2003). Através das listas de 10
14

espécies foi possível calcular o índice de frequência das espécies (IF) considerado o
índice de abundância relativa das espécies para os ecossistemas. Esse foi obtido
através da divisão do número de listas nas quais uma determinada espécie ocorreu
pelo número total de listas em estudo. As espécies foram agrupadas em guildas
tróficas de acordo com Motta-Júnior (1990), Sick (1997) e Sigrist (2009), sendo
considerados os seguintes grupos funcionais: insetívoros (INS), onívoros (ONI),
frugívoros (FRU), granívoros (GRA), nectarívoros (NEC), carnívoros (CAR) e
detritívoros (DET). Em relação ao uso do hábitat as aves foram classificadas em
categorias de acordo Lima (2013) considerando espécies típicas da Mata Atlântica.

A frequência de ocorrência (FO) das espécies foi calculada através da


equação FO = (Px100)/T, onde P é o numero de registro da espécie nas listas de
10-espécies e T é o numero total de listas que foi igual a T=81 (Para todo Campus),
T=27(por ambiente). Foram consideradas as seguintes categorias quanto à
frequência de ocorrência (FO) das espécies de aves registradas (MACHADO, 1999;
NUNES&MACHADO, 2012): espécies regulares (com FO > 25%), espécies comuns
(FO entre 10,0 e 24,99%), espécies pouco comuns (FO entre 3,0 e 9,99%) e
espécies raras (FO < 2,99%). Para análise da similaridade entre as assembleias de
aves nos ambientes estudados foi utilizado o coeficiente de similaridade de
Sorensen (Cs), sendo calculado a partir da seguinte fórmula (VALENTIN, 2000):
Onde: Cs:___2a___
2a + b + c

Cs= coeficiente de similaridade de Sorensen;


a = número de espécies comum às duas áreas;
b = número total de espécies exclusivas da área 1;
c = número total de espécies exclusivas da área 2.
As espécies também foram classificadas de acordo com a sensitividade aos
impactos antrópicos segundo Stotz et al. (1996) , sendo consideradas as seguintes
categorias: alta (A), média (M) e baixa (B).

4. RESULTADOS
Entre 2015 e 2017 foram registradas por meio de observações esporádicas,
listas de Mackinnon e pontos de escuta, 73 espécies de aves na área de estudo
15

(ANEXO A). Para esse trabalho, analisamos apenas os resultados das listas de
Mackinnon,através das quais foram registradas 56 espécies(ANEXO B), onde 37 (66
%) destas pertencem à ordem Passeriformes, totalizando 24 famílias. As famílias
que apresentaram maior número de espécies foram Tyrannidae e Thraupidae, com
10 e nove espécies, respectivamente ( Tabela 1). A família mais representativa entre
as não-Passeriformes foi Trochilidae com quatro espécies (7 %).

TABELA 1: Espécies de aves registradas em três ambientes do Campus Central da UFRN, Natal, RN,
Brasil, de setembro a dezembro de 2016 e em outubro de 2017. FO (%) - Frequência de ocorrência:
ER– Espécie regular (>25%), EC - Espécie comum (de 10,0 a 24,99%), PC– Espécie pouco comum
(de 3,0 a 9,99%). IF: índice de frequência. SE - Sensitividade a distúrbios humanos: B- Baixa, M -
Média, A- Alta. Habitat: AA- ambientes abertos antrópicos, NA-ambientes abertos naturais, F-
florestas, G-espécie generalista, U-ambientes úmidos. GT - Grupos tróficos: ON – Onívoro, IN –
Insetívoro, DE-Detritívoro, CA – Carnívoro, NE – Nectarívoro, GR – Granívoro, FR – Frugívoro.

Família/Espécie
Campo Urbano Mata SE HA GT
FO(%) IF(%) FO(%) IF(%) FO(%) IF(%)

PC
Cracidae
Ortalis araucuan 3,7 0,03 _ _ _ _ M F FR

PC
Cathartidae
Cathartes aura _ _ _ _ 7,4 0,07 B G DE

PC
Coragyps atratus
_ _ 7,4 0,07 _ _ B G DE

Accipitridae PC
Buteo brachyurus 3,7 0,03 _ _ _ _ M G CA

EC EC
Rupornis magnirostris 18,51 0,18 _ _ 22,22 0,22 B G CA
Falconidae PC PC
Caracara plancus 3,7 0,03 7,4 0,07 _ _ B G CA
Charadriidae PC
Vanellus chilensis 7,4 0,07 _ _ _ _ B G ON
Columbidae ER ER EC
Columbina picui 55,55 0,55 85,18 0,85 11,11 0,11 B AA GR
EC
Columba livia 11,11 0,11 _ _ _ _ B G ON
Psittacidae PC
Eupsittula aurea _ _ 3,7 0,03 _ _ M AA FR
16

Campo Urbano Mata SE HA GT


Família/Espécie
FO(%) IF(%) FO(%) IF(%) FO(%) IF(%)

PC
Eupsittula cactorum _ _ 7,4 0,07 _ _ M AA ON
Cuculidae ER PC PC
Crotophaga ani 29,62 0,29 7,4 0,07 7,4 0,07 B AA IN
PC EC
Guira guira 7,4 0,07 11,11 0,11 _ _ B AA IN
PC EC
Piaya cayana 7,4 0,07 _ _ 14,81 0,14 B F IN
Strigidae ER
Athene cunicularia 25,92 0,25 _ _ _ _ M AA C

Trochilidae PC PC PC
Amazilia fimbriata 7,4 0,07 3,7 0,03 3,7 0,07 B AA NE
PC EC ER
Amazilia leucogaster 3,3 0,33 14,81 0,14 55,55 0,55 B F,AA NE
Chlorostilbon lucidus (Shaw, PC
1812) 3,7 0,03 _ _ _ _ B AA NE
Eupetomena macroura EC PC
18,51 0,18 _ _ 3,7 0,03 B AA NE
Thamnophilidae PC EC
Taraba major 3,7 0,03 _ _ 18,51 0,18 B AA,F IN
PC
Rhynchocyclidae _ _ _ _ 3,7 0,03 A F IN
Hemitriccus griseipectus
ER ER ER
Todirostrum cinereum 44,44 0,44 37,03 0,37 59,25 0,59 B AA IN
Tyrannidae EC EC
Camptostoma obsoletum 11,11 0,11 _ _ 14,81 0,14 B AA,F ON
PC
Cnemotriccus fuscatus _ _ _ _ 3,7 0,03 B F IN
PC EC
Elaenia cristata 3,7 0,03 _ _ 14,81 0,14 M AA ON
ER ER ER
Elaenia flavogaster 51,85 0,51 25,92 0,25 74,07 0,74 B AA ON
PC PC
Elaenia spectabilis 3,7 0,03 3,7 0,03 _ _ B AA ON
PC ER
Fluvicola nengeta 7,4 0,07 25,92 0,25 _ _ B AA,U IN
PC PC
Machetornis rixosa 3,7 0,03 3,7 0,03 _ _ B AA IN
ER ER ER
Myiozetetes similis 37,03 0,37 51,85 0,51 51,85 0,51 B AA,F ON
ER ER ER
Pitangus sulphuratus 85,18 0,85 88,88 0,88 74,07 0,74 B G ON
ER ER ER
Tyrannus melancholicus 37,03 0,37 51,85 0,51 29,62 0,29 B AA,F IN
17

Família/Espécie Campo Urbano Mata SE HA GT


FO(%) IF(%) FO(%) IF(%) FO(%) IF(%)

Vireonidae EC ER EC
Cyclarhis gujanensis 18,51 0,18 25,92 0,25 11,11 0,11 B F,AA IN
EC
Vireo chivi _ _ _ _ 11,11 0,11 B F ON
Hirundinidae EC
Progne chalybea _ _ 11,11 0,11 _ _ B AA IN
EC
Tachycineta albiventer _ _ 11,11 0,11 _ _ B U IN
Troglodytidae ER
Cantorchilus longirostris _ _ _ _ 37,03 0,37 B F ON
ER ER ER
Troglodytes musculus 51,85 0,51 62,96 0,62 66,66 0,66 B G IN
Polioptilidae EC ER
Polioptila plumbea 18,51 0,18 _ _ 44,44 0,44 B AA,F IN
Turdidae EC ER ER
Turdus leucomelas 22,22 0,22 33,33 0,33 70,37 0,7 B AA,F ON
PC
Turdus rufiventris 3,7 0,03 _ _ _ _ B AA,F ON
Mimidae ER EC
Mimus gilvus 29,62 0,29 22,22 0,22 _ _ B AN ON
PC
Mimus saturninus 7,4 0,07 _ _ _ _ B AA ON
Thraupidae ER ER ER
Coereba flaveola 77,77 0,77 74,07 0,74 100 1 B AA,F NE
PC PC
Dacnis cayana 3,7 0,03 3,7 0,03 _ _ B AA,F ON
EC ER EC
Paroaria dominicana 22,22 0,22 48,14 0,48 11,11 0,11 B AA GR
EC PC
Sicalis flaveola 11,11 0,11 7,4 0,07 _ _ B AA GR
PC PC PC
Tachyphonus rufus 3,7 0,03 7,4 0,07 7,4 0,07 B F,AA FR
EC PC EC
Tangara cayana 11,11 0,11 7,4 0,07 14,81 0,14 M AA,F ON
ER ER ER
Tangara palmarum 25,92 0,25 55,55 0,55 25,92 0,25 B AA,F ON
ER ER ER
Tangara sayaca 70,37 0,7 74,07 0,74 59,25 0,59 B AA,F ON
PC
Thlypopsis sordida _ _ _ _ 7,4 0,07 B AA,F ON
Icteridae EC
Molothrus bonariensis _ _ 22,22 0,22 _ _ B AA ON
Fringillidae ER PC EC
Euphonia chlorotica 51,85 0,51 7,4 0,07 11,11 0,11 B AA GR
18

Estrildidae ER PC EC
Estrilda astrild 51,85 0,51 7,4 0,07 11,11 0,11 B AA GR
Família/Espécie Campo Urbano Mata SE HA GT

FO(%) IF(%) FO(%) IF(%) FO(%) IF(%)

Passeridae ER
Passer domesticus _ _ 66,66 0,66 _ _ B AA ON

Fonte: Própria (2017).

De acordo com o total das listas as espécies que apresentaram os maiores


índices de frequência (IF) foram: cambacica (Coereba flaveola) (0,83), bem-te-vi
(Pitangus sulphuratus) (0,82), sanhaço-cinzento (Tangara sayaca) (0,67), corruíra
(Troglodytes musculus) (0,60), rolinha-picui (Columbina picui) (0,50) e guaracava-de-
topete-uniforme (Elaenia flavogaster) (0,50). Analisando as listas apenas por
ecossistemas, no ambiente campestre as espécies que tiveram os maiores índices
de frequência foram: Pitangus sulphuratus (0,85), Coereba flaveola (0,77), Tangara
sayaca (0,70), Columbina picui (0,55) e bico-de-lacre (Estrilda astrild) (0,51); na área
urbana as espécies mais frequentes conforme as listas foram: Pitangus sulphuratus
(0,88), Columbina picui (0,85), Coereba flaveola (0,74), Tangara sayaca (0,74) e
pardal (Passer domesticus ) (0,66), enquanto que nos fragmentos florestais as
espécies mais frequentes foram: Coereba flaveola (1), Elaenia flavogaster (0,74),
Pitangus sulphuratus (0,74), sabiá-branco(Turdus leucomelas ) (0,70) e Troglodytes
musculus (0,66) conforme tabela 1.
Quanto à frequência de ocorrência das espécies de aves por ambiente,
tivemos: nos campos, 18 espécies (41%) foram categorizadas como pouco
comuns,16 espécies (36%) como regulares e 10 espécies (23%) como comuns;
enquanto que na área urbana, 15 espécies (42%) foram categorizadas como
regulares, 14 espécies como pouco comuns e sete espécies como comuns; já nos
fragmentos florestais 14 espécies (42%) foram categorizadas como regulares, 11
espécies (33%) como comuns e oito espécies (24%) pouco comuns (Figura 2).
A distribuição das espécies nas categorias de sensitividade antrópica (Stotz et
al. 1996) por ambiente, demonstrou que nos Campos, 86 %(38 spp ) são de baixa
sensibilidade e 14 % (6 spp ) de média sensibilidade, enquanto que na área urbana
19

92 % (33 spp ) são de baixa sensibilidade e 8 % (3 spp ) de média sensibilidade e,


nas Matas 91 % (30 spp ) são de baixa sensibilidade, 6 % (2 spp ) de média e
apenas 3 % (1 spp ) de alta sensibilidade (Figura 3). Analisando a composição dos
ecossistemas de Campo e Urbano, obtivemos um índice de similaridade de
Sorensen de 0,72 entre eles, enquanto que entre os Campos e Matas a similaridade
foi de 0,70 e entre o Urbano e Matas o índice foi de 0,60. Quando verificamos a
composição das aves do campus e do Parque Estadual das dunas de Natal,
encontramos um índice de similaridade de Sorensen de 0,54.
Do número total de espécies registradas nesse estudo, os grupos tróficos
mais representativos foram os onívoros com 41%, insetívoros com 27% e
nectarívoros com 9% (Figura 4). No ambiente campestre as guildas tróficas mais
representativas foram os onívoros com 36% e insetívoros com 25%, na área urbana
também os onívoros 36% e os insetívoros 27% representaram maioria e, nos
fragmentos de mata houve igualdade entre onívoros e insetívoros com 33% cada,
seguidos de nectarívoros com 12% (Figura 4).
Foram preenchidas 81 listas de 10-espécies, através das quais foram
registradas 56 espécies, sendo assim distribuídas por ambientes: 27 listas para os
Campos, com registro de 44 espécies (Figura 5) que representou 84% e 89% da
riqueza média estimada pelos estimadores Jacknife1 e Chao2 (maiores valores
estimados, respectivamente); 27 listas para Área urbana, com 36 espécies (Figura 6)
que representou 90% e 94% da riqueza média estimada pelos estimadores
Jacknife1 e Bootstrap (maiores valores estimados, respectivamente); 27 listas para
Matas, com 33 espécies (Figura 7) que representou 94% e 97% da riqueza média
estimada pelos estimadores Jacknife1 e Bootstrap (maiores valores estimados,
respectivamente). Através destes dados foi elaborada a curva de acúmulo de
espécies, possibilitando o cálculo do número previsto de espécies que ocorrem nos
ecossistemas citados através de valores médios dos estimadores Chao2, Jacknife1
e Bootstrap.
20

Figura 2. Quantidade de espécies de aves observadas no campus central da UFRN, durante


levantamento qualitativo entre 2016 e 2017, por classe de frequência de ocorrência nos três
ambientes.
20
18
16
Número de espécies

14
12
10 Campos
8 Urbano
6 Matas
4
2
0
Regular Comum Pouco comum
Frequência de Ocorrência

Fonte: Própria (2017).

Figura 3. Quantidade de espécies de aves observadas no campus central da UFRN, durante


levantamento qualitativo entre 2016 e 2017, por classe de sensitividade a distúrbios ambientais nos
três ambientes.
40
35
30
Número de espécies

25
20 Campo

15 Urbano

10 Matas

5
0
Baixa Média Alta
Níveis de Sensitividade

Fonte: Própria (2017).


21

Figura 4. Quantidade de espécies de aves observadas no campus central da UFRN, durante


levantamento qualitativo entre 2016 e 2017, por guildas tróficas nos três ambientes.
18
16
14
Número de espécies

12
10
Campos
8
Urbano
6
Matas
4
2
0
ONI INS NEC GRA FRU CAR DET
Guildas tróficas

Fonte: Própria (2017).

Figura 5. Curva de acumulação de espécies (est.: observado); riqueza estimada (média) de espécies
de aves obtidas por três estimadores não paramétricos ( Chao 2, Jacknife 1 e Bootstrap), a partir de
27 listas de 10-espécies, observadas no ambiente de Campo do Campus Central da UFRN,Natal,RN.
60

50
Número acumulado de espécies

40

S(est)
30
Chao 2 Mean
Jack 1 Mean
20 Bootstrap Mean

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Listas de Mackinon

Fonte: Própria (2017).


22

Figura 6. Curva de acumulação de espécies (est.: observado); riqueza estimada (média) de espécies
de aves obtidas por três estimadores não paramétricos ( Chao 2, Jacknife 1 e Bootstrap), a partir de
27 listas de 10-espécies, observadas no ambiente urbano do Campus Central da UFRN,Natal, RN.
45

40

35
Número acumulado de espécies

30

25
S(est)

20 Chao 2 Mean
Jack 1 Mean
15 Bootstrap Mean

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Listas de Mackinon

Fonte: Própria (2017).


23

Figura 7. Curva de acumulação de espécies (est.: observado); riqueza estimada (média) de espécies
de aves obtidas por três estimadores não paramétricos ( Chao 2, Jacknife 1 e Bootstrap), a partir de
27 listas de 10-espécies, observadas no ambiente de Mata do Campus Central da UFRN, Natal, RN.
40

35

30
Número acumulado de espécies

25

20
S(est)
15
Chao 2 Mean

10 Jack 1 Mean

Bootstrap
5 Mean

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Listas de Mackinon

Fonte: Própria (2017).

5. DISCUSSÃO
As 56 espécies de aves contabilizadas nessa pesquisa representam 15% das
aves listadas para o Rio Grande do Norte (Wikiaves, 2017), 31% das aves
registradas na cidade do Natal (Wikiaves, 2017). Esses números corroboram com a
literatura, pois segundo Franchin (2009) cerca de 30% da avifauna brasileira ocorre
em áreas verdes do ambiente urbano e, resultados semelhantes a respeito da
riqueza de aves, também foram obtidos em alguns campi universitários na região
Nordeste, como: Santos (2014) que encontrou 42 espécies, Periquito (2015) com 43
espécies, Camurugi et al.(2010) com 60 espécies e Nascimento (2015) com 63
espécies. Se levarmos em consideração a lista final das aves do campus da UFRN
observadas durante os últimos dois anos, o tamanho da área do campus e, a
crescente urbanização local fica evidente que o mesmo ainda apresenta uma rica
avifauna em nível da região Nordeste do Brasil.
24

O predomínio de aves da Ordem Passeriformes (37 spp, 66%) já era


esperado, pois segundo Franchin (2009) esse táxon predomina na avifauna
brasileira, sendo estimada em 55% desta. Constatamos que Tyrannidae (10
spp,18%) e Thraupidae (nove spp,16%) são as famílias mais representativas em
número de espécies no Campus, o que também foi observado em outros
levantamentos de aves em campus universitários no Brasil (ALEXANDRINO et. al.,
2013; SANTOS, 2014; LOPES & MARÇAL 2016; PASCOAL et al., 2016; PASSARI
et al., 2017). Esse resultado já era esperado, pois segundo Sick 1997 essas duas
famílias apresentam ampla distribuição geográfica no continente americano, sendo
Tyrannidae aquela que apresenta o maior número de espécies no Brasil (Piacentini
et al. 2015).
É sabido que entre as aves das famílias Tyrannidae e Thraupidae
predominam respectivamente as de habito alimentar insetívora e frugívora. Porém,
muitas espécies dessas famílias são onívoras. Podemos comprovar isso nesse
trabalho, onde das 10 Tyrannidae seis são onívoras e, das nove Thraupidae cinco
também são onívoras, o que demonstra que a maioria dessas espécies são aquelas
adaptadas a ambiente antropizados com dieta generalista. Isso fica mais evidente
quando analisamos a totalidade das espécies aqui registradas a partir dos seus
hábitos alimentares principais, onde ficou comprovado que os grupos tróficos mais
representativos foram os onívoros (41%) e insetívoros (27%) que juntos somam
68%. A predominância dessas guildas tróficas indica que área do campus apresenta
elevado grau de antropização, pois nesse tipo de ambiente, as aves insetívoras
generalistas e onívoras são aquelas mais favorecidas, pois elas forrageiam em
maior número de habitats o que proporciona maior diversidade de itens em suas
dietas (WILLIS, 1979; MORNEAU et al.,1999; MAGALHÃES, 2007; CATIAN et al.
2011).
Em relação aos ambientes amostrados, vimos que tanto no ambiente
campestre quanto no ambiente urbano os hábitos alimentares supracitados
mantiveram o padrão de superioridade semelhantemente ao resultado avaliado para
toda a área de estudo. No entanto, nos fragmentos florestais apesar das aves
onívoras e insetívoras serem as mais frequentes, houve equilíbrio (33% cada) na
proporção entre estas, aparecendo em seguida aquelas que se alimentam de néctar
(12%). Geralmente em ambientais florestais as aves insetívoras predominam,
enquanto aquelas de dieta onívora são mais frequentes em áreas urbanas
25

(FRANCHIN, 2009; SILVA et al., 2014; LUCENA, 2015), o que sugere que a
predominância de aves desses hábitos supracitados em detrimento de outros mais
especializados como o frugívoro, deve-se à crescente fragmentação e antropização
das matas da área de estudo, pois se observa que a maioria das insetívoras do local
também são generalistas, incluindo outros itens em sua dieta. Apesar da
degradação dos fragmentos florestais houve o registro considerável de quatro
espécies nectarívoras que são importantes para a manutenção das matas, pois
algumas delas atuam como polinizadoras.
Entre as aves não-Passeriformes a família Trochilidae (quatro, 7%) foi a mais
rica, muito provavelmente devido à grande variedade de plantas floríferas no
campus, especialmente nos fragmentos de matas. Além disso, três das quatro
espécies de beija-flores, registradas são relativamente comuns nas áreas urbanas
bem arborizadas da mesorregião leste do estado (Wikiaves, 2017).
Os campos (44 spp ) apresentaram o maior número de espécies registradas e
em seguida o ambiente urbano (36 spp ) apresentou maior riqueza do que os
fragmentos de matas (33 spp). Esses resultados baseados apenas na riqueza
devem-se, provavelmente, a alguns fatores, como: Entre as áreas urbanas e os
fragmentos de mata, encontram-se as manchas de vegetação campestre com
arbustos e árvores espaçadas que, funciona às vezes como corredor entre os
ambientes supracitados ou como ponto de parada e área de forrageio para a maioria
das espécies. Na área urbana há muitos arbustos e árvores frutíferas, sendo usada
para forrageamento principalmente por espécies típicas de área aberta de hábitos
principalmente frugívoros, nectarívoros, granívoros e onívoros que juntos somaram
67%. A comunidade de aves foi estudada em apenas dois fragmentos de mata
relativamente pequenos e intercalados por campos e áreas construídas (urbana),
enquanto que para os campos e áreas urbanas foram analisadas 4 locais distantes
para cada ambiente, tentando contemplar a maior cobertura da área do campus e
seus setores.
Baseado nos índices de freqüência, onde as espécies que predominaram no
campus foram: C. flaveola, P.sulphuratus,T. sayaca,T. musculus,C. picui e E.
flavogaster, percebe-se como os ambientes naturais do campus da área em estudo
estão bem antropizados e fragmentados, pois estas são espécies típicas de áreas
abertas, bordas de matas e áreas urbanas.
26

Em relação ao grau de sensitividade aos distúrbios ambientais, observou-se


um predomínio de espécies de sensitividade baixa nos ecossistemas estudados
(Campos, área urbana e Matas) com média de 90%, enquanto que de nível médio
foi 9% e apenas 1% de nível alto. Isso demonstra o alto grau de urbanização do
Campus, no qual a maioria das espécies é tolerante a alterações ambientais,
conforme observamos em relação ao uso de habitat e baseado na literatura (LIMA,
2013), onde 51 das 56 espécies registradas aqui, estão adaptadas a habitats
conforme Tabela 1.
Analisando a similaridade entre a avifauna dos Campos e da área Urbana
observou-se que eles têm em comum 72% das espécies encontradas, resultado
similar ao encontrado entre Campos e Matas que tem em comum 70% das espécies
registradas. Apesar dessa elevada semelhança entre a composição dos ambientes
citados, algumas espécies vivem principalmente nos remanescentes florestais, tais
como: Taraba major, Tachyphonus rufus, Ortalis araucuan, Hemitriccus griseipectus,
Cnemotriccus fuscatus, Cantorchilus longirostris e Vireo chivi, sendo as quatro
últimas registradas apenas nas Matas nesse estudo. O. araucuan e H. griseipectus
são endêmicas da Mata Atlântica e está última está ameaçada de extinção
(Ministério do Meio Ambiente, 2014). Algumas espécies foram registradas apenas
nos campos, como por exemplo, Athene cunicularia, Vanellus chilensis e
Chlorostilbon lucidus. Também houve registros exclusivos de espécies no perímetro
urbano, como: Passer domesticus, Molothrus bonariensis, Progne chalybea e
Eupsittula aurea, esta foi observada se alimentando de sementes da Senna siamea
(Lam.) H.S.Irwin & Barneby.
Verificou-se também a similaridade entre a avifauna do campus central da
UFRN com o Parque das dunas e, foi demonstrado que 54% das espécies
encontradas estão presentes nas duas áreas, mas esse índice pode ser maior tendo
em vista que nesse estudo utilizamos apenas uma metodologia e o mesmo foi
realizado em um período relativamente curto do ano. Observando a composição de
aves do Campus e do Parque das Dunas percebemos que algumas espécies
registradas nesse estudo ainda não foram confirmadas para o Parque das dunas,
como por exemplo, Thlypopsis sordida, Hemitriccus griseipectus e Eupsittula aurea,
mesmo assim sendo muito provável a ocorrência das duas primeiras espécies no
Parque, enquanto que esta última, possivelmente se trate de soltura ou escape de
cativeiro (ANEXO A). Inclusive a suspeita de que outras espécies, como
27

Gnorimopsar chopi, Icterus cayanensis e Agelaioides fringillarius registradas apenas


para o campus esporadicamente (não consta nas listas de Mackinnon), também
estejam relacionada à soltura por órgãos ambientais ou escape de criadores do
entorno da área, tendo em vista que essas aves ainda são criadas como animais de
estimação.
Ao analisar a curva de acumulação de espécies, percebe-se que o número de
espécies foi expressivo nos ambientes urbano e de Matas, porém a curva de
rarefação não atingiu a assíntota, o que também não aconteceu nos Campos, onde
houve uma diferença considerável entre a riqueza e a estimativa média dos
estimadores conforme as Figura 5 a 7. Em nenhuma das áreas estudadas a curva
de acumulação de espécies atingiu a assíntota, apenas nas Matas houve uma suave
tendência a estabilização, o que mostra que para esse ambiente seriam necessárias
poucas listas para expressar a totalidade de espécies dessa comunidade, que
segundo o estimador Jacknife1 (estimativa máxima) seria de aproximadamente 36
espécies. No entanto para o habitat urbano e principalmente para os Campos seria
necessário um esforço amostral maior a fim de expressa a real riqueza de aves
desses ambientes, pois para estes a estimativa máxima de acordo com Jacknife1 é
de mais de 54 espécies e para aquele a estimativa máxima foi de aproximadamente
41 espécies. É visível que conforme se aumenta o esforço amostral diminui-se a
diferença entre riqueza real e riqueza estimada (SANTOS, 2006). Logo, espera-se
que com o aumento no número de novas listas, espécies menos conspícuas ou
raras, de baixa população e até mesmo espécies migrantes poderiam ser
encontradas.
Considerando o conjunto de dados para os três ambientes, o estimador Chao
2 estabilizou com um menor número de amostras, quando comparado com os outros
estimadores, sendo mais eficiente em relação aos outros estimadores de riqueza
dentro deste contexto de estimativa de riqueza em área urbana do nordeste.

6. CONCLUSÕES
Com a crescente urbanização no campus Central da UFRN houve mudanças
na paisagem, incluindo substituição de parte da flora nativa por espécies exóticas de
valor ornamental, além do desmatamento para novas construções, afetando
diretamente a comunidade de aves em estudo. Essas alterações no ambiente
extinguiram algumas aves mais sensíveis no local, porém as espécies típicas de
28

áreas abertas e com hábitos alimentares mais generalistas que, por serem pouco
sensíveis a alterações humanas, passaram a ocupar o novo nicho e aumentaram a
riqueza de espécies. No entanto o número de espécies varia de acordo com os
ecossistemas, tendo os Campos registrados 44 espécies, a área urbana 36 espécies
e as Matas 33 espécies, sendo provavelmente o ambiente campestre o principal
ponto de descanso e forrageio da maioria das espécies generalistas que se
deslocam entre o Parque das Dunas e o Campus, pois os únicos dois fragmentos de
Matas ficam mais para o interior do Campus e estão cercados por campos e áreas
construídas. Apesar do maior número de espécies nos Campos, foram nas Matas
que foram registrados as aves mais raras do Campus, como O. araucuan e H.
griseipectus espécies exclusivas da Mata Atlântica, sendo importantíssima a
manutenção desses fragmentos florestais para a conservação daquelas e
consequentemente da biodiversidade típica de tal habitat. Além disso, é fundamental
a existência dos campos que parecem funcionar como corredor verde no campus
sendo o habitat exclusivo, por exemplo, da coruja-buraqueira. A substituição
gradativa da flora exótica por espécies nativas típicas da Mata Atlântica também
seria muito bom para avifauna local.

7. REFERÊNCIAS

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Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo
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STOTZ, D.et al. Neotropical Birds: Ecology and Conservation. Chicago: University
Chicago Press, 1996. 502 pp.

VALENTIN, J. L. Ecologia Numérica – Uma Introdução à Análise Multivariada de


Dados Ecológicos. Rio de Janeiro: Interciência, 2000. 117pp.

VARELA-FREIRE, A. A. Fauna Potiguar: a fauna das dunas costeiras da cidade do


Natal e do litoral oriental do Rio Grande do Norte. Natal: EdUFRN, 1997.

WIKIAVES. Espécies em Natal. Disponível em:


http://www.wikiaves.com/especies.php?&t=c&c=2408102 Acesso em: 27 de
junho de 2017.

WIKIAVES. Espécies em Rio Grande do Norte. Disponível em:


<http://www.wikiaves.com/especies.php?&t=e&e=19>. Acesso em: 27 de junho
de 2017.
33

ANEXO A
Lista de aves do Parque das Dunas em preparação, elaborada por colaboradores do laboratório de
Ornitologia da UFRN; Lista de aves do Campus segundo Varela-Freire(1990); Lista de aves do
Campus segundo Dantas et al. 2009 e, a lista elaborada durante essa pesquisa.

Nomes Parque Campus Campus Campus


Família/Espécie populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Tinamidae
Crypturellus inambu- X
parvirostris chororo
(Wagler, 1827)

Nothura boraquira codorna-do- X X


(Spix, 1825) nordeste
Nothura maculosa
(Temminck, 1815 Codorna- X
amarela
Cracidae aracuã-de-
barriga- X X X
Ortalis araucuan
branca
(Spix, 1825)
Penelope
jacucaca Spix, jacucaca X
1825
Penelope
superciliaris jacupemba X
Temminck, 1815
Fregatidae
Fregata tesourão X X
magnificens
Mathews, 1914
Ardeidae
Butorides striata socozinho X
(Linnaeus, 1758)
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de- X X X
(Linnaeus, 1758) cabeça- X
vermelha
Cathartes
burrovianus urubu-de- X X
Cassin, 1845 cabeça-
amarela
Coragyps atratus
(Bechstein, 1793) urubu X X X X

Accipitridae
Elanus leucurus gavião- X X X
(Vieillot, 1818) peneira
Rupornis
magnirostris(Gmeli gavião-carijó X X X X
n, 1788)
34

Família/Espécie Nomes Parque Campus Campus Campus


populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Buteo brachyurus
Vieillot, 1816 gavião-de- X X
cauda-curta
Falconidae
Caracara plancus carcará X X X X
(Miller, 1777)
Milvago
chimachima carrapateiro X X X
(Vieillot, 1816)
Micrastur
semitorquatus falcão-relógio X
(Vieillot, 1817)
Falco sparverius
Linnaeus, 1758 quiriquiri X
Falco peregrinus
Tunstall, 1771 falcão- X X
peregrino
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero X X X X
(Molina, 1782)
Charadrius
semipalmatus batuíra-de- X
Bonaparte, 1825 bando
Charadrius collaris
Vieillot, 1818 batuíra-de- X
coleira
Scolopacidae
Limnodromus maçarico-de- X
griseus (Gmelin, costas-
1789) brancas
Calidris pusilla
(Linnaeus, 1766) maçarico- X
rasteirinho
Columbidae
Columbina rolinha- X
passerina cinzenta
(Linnaeus, 1758)
Columbina minuta
(Linnaeus, 1766) rolinha-de- X X
asa-canela
Columbina
talpacoti rolinha X X X
(Temminck, 1810)
Columbina picui
(Temminck, 1813) rolinha-picuí X X X X
Columba livia
Gmelin, 1789 pombo- X X X X
doméstico
Patagioenas
picazuro asa-branca X
(Temminck, 1813)
Zenaida auriculata
(Des Murs, 1847) avoante X
Leptotila verreauxi
Bonaparte, 1855 juriti-pupu X
35

Nomes Parque Campus Campus Campus


Família/Espécie populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Psittacidae
periquito-rei X X
Eupsittula aurea
(Gmelin, 1788)
Eupsittula
cactorum (Kuhl, periquito-da- X X X
1820) caatinga
Forpus
xanthopterygius tuim X X X
(Spix, 1824)
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato X X X
(Linnaeus, 1766)
Coccyzus
melacoryphus papa-lagarta X X
Vieillot, 1817
Crotophaga ani
Linnaeus, 1758 anu-preto X X X X
Guira guira
(Gmelin, 1788) anu-branco X X X X
Tapera naevia
(Linnaeus, 1766) saci X
Tytonidae
Tyto furcata suindara X X
(Temminck, 1827)
Megascops
choliba (Vieillot, corujinha-do- X X X
1817) mato
Athene cunicularia
(Molina, 1782) coruja- X X X
buraqueira
Asio clamator
(Vieillot, 1808) coruja- X
orelhuda
Nyctibiidae
Nyctibius griseus urutau X
(Gmelin, 1789)
Caprimulgidae
Antrostomus rufus joão-corta- X X
(Boddaert, 1783) pau
Nyctidromus
albicollis (Gmelin, bacurau X X
1789)

Hydropsalis bacurau- X X
parvula (Gould, chintã
1837)
Trochilidae
Phaethornis ruber rabo-branco- X
(Linnaeus, 1758 rubro
Phaethornis rabo-branco-
pretrei (Lesson & acanelado X
Delattre, 1839
Eupetomena beija-flor-
macroura (Gmelin, tesoura X X
36

1788)
Nomes Parque Campus Campus Campus
Família/Espécie populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Chrysolampis
mosquitus beija-flor- X
(Linnaeus, 1758) vermelho
Chlorestes notata beija-flor-de-
(Reich, 1793) garganta-azul X
Chlorostilbon besourinho-
lucidus (Shaw, de-bico- X X X
1812) vermelho
Amazilia beija-flor-de-
leucogaster barriga- X X X
(Gmelin, 1788) branca
Amazilia versicolor beija-flor-de-
(Vieillot, 1818 banda-branca X
Amazilia fimbriata beija-flor-de-
(Gmelin, 1788) garganta- X X X
verde
Alcedinidae
Megaceryle martim- X X
torquata pescador-
(Linnaeus, 1766) grande
Bucconidae rapazinho-
Nystalus dos-velhos X X X
maculatus
(Gmelin, 1788)
Picidae picapauzinho-
Picumnus canela X
fulvescens Stager,
1961
Veniliornis pica-pau-
passerinus pequeno X
(Linnaeus, 1766)
Colaptes pica-pau-
melanochloros verde-barrado X
(Gmelin, 1788)
Thamnophilidae
Taraba major choró-boi X X X
(Vieillot, 1816)
Thamnophilus choca-
capistratus barrada-do- X
Lesson, 1840 nordeste
Thamnophilus choca-de-
torquatus asa-vermelha X X
Swainson, 1825
Thamnophilus choca-do-
pelzelni Hellmayr, planalto X
1924
Myrmotherula choquinha-
axillaris (Vieillot, de-flanco- X
1817) branco
Herpsilochmus chorozinho-
sellowi Whitney & da-caatinga X X
Pacheco, 2000
37

Família/Espécie Nomes Parque Campus Campus Campus


populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Herpsilochmus chorozinho-
pectoralis Sclater, de-papo-preto X
1857
Formicivora grisea papa-formiga-
(Boddaert, 1783) pardo X X
Formicivora rufa papa-formiga-
(Wied, 1831) vermelho X
Cercomacroides chororo-didi
laeta (Todd, 1920) X
Conopophagidae
Conopophaga chupa-dente X
lineata (Wied,
1831)
Furnariidae
Synallaxis scutata estrelinha- X
Sclater, 1859 preta
Pseudoseisura
cristata (Spix, casaca-de- X
1824) couro
Rhynchocyclidae maria-de-
Hemitriccus barriga- X
griseipectus branca
(Snethlage, 1907)
Hemitriccus sebinho-
striaticollis rajado- X
(Lafresnaye, 1853) amarelo
Hemitriccus sebinho-de-
margaritaceiventer olho-de-ouro X X
(d’Orbigny &
Lafresnaye, 1837)
Todirostrum ferreirinho-
cinereum relogio X X X X
(Linnaeus, 1766)
Tyrannidae
Camptostoma Risadinha X X X
obsoletum
(Temminck, 1824)
Elaenia guaracava-
flavogaster de-barriga- X X X
(Thunberg, 1822) amarela
Elaenia spectabilis guaracava-
Pelzeln, 1868 grande X X X
Elaenia cristata guaracava-
Pelzeln, 1868 de-topete- X X X
uniforme
Phaeomyias
murina (Spix, bagageiro X X
1825)
Myiophobus
fasciatus (Statius filipe X
Muller, 1776)
Cnemotriccus
fuscatus (Wied, guaracavuçu X X
1831)
38

Nomes Parque Campus Campus Campus


Família/Espécie populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Fluvicola nengeta lavadeira-


(Linnaeus, 1766) mascarada X X X X

Machetornis rixosa suiriri- X X X


(Vieillot, 1819) cavaleiro
Legatus
leucophaius bem-te-vi- X
(Vieillot, 1818) pirata
Myiozetetes similis bentevizinho-
(Spix, 1825) de-penacho- X X X
vermelho
Pitangus
sulphuratus bem-te-vi; X X X X
(Linnaeus, 1766)
Myiodynastes
maculatus (Statius bem-te-vi- X
Muller, 1776) rajado
Empidonomus
varius (Vieillot, peitica X
1818)
Tyrannus
melancholicus suiriri X X X X
Vieillot, 1819
Myiarchus
swainsoni Cabanis irré X
& Heine, 1859
Myiarchus maria-
tyrannulus (Statius cavaleira-de- X
Muller, 1776) rabo-
enferrujado
Megarynchus
pitangua (Linnaeu X
s, 1766)

Pipridae
Neopelma fruxu-do- X
pallescens cerradão
(Lafresnaye, 1853)
Tityridae
Pachyramphus X
polychopterus caneleiro-
(Vieillot, 1818) preto
Vireonidae
Cyclarhis Pitiguari X X X
gujanensis
(Gmelin, 1789)
Hylophilus vite-vite-de-
amaurocephalus olho-cinza X
(Nordmann, 1835)
Vireo chivi
(Vieillot, 1817) Juruviara X X
Corvidae
Cyanocorax gralha-cancã X X X
cyanopogon
(Wied, 1821)
39

Nomes Parque Campus Campus Campus


Família/Espécie populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Hirundinidae
Stelgidopteryx andorinha- X X
ruficollis (Vieillot, serradora
1817)
Progne chalybea andorinha-
(Gmelin, 1789) grande X X X
Tachycineta
albiventer andorinha-do- X X X
(Boddaert, 1783) rio
Troglodytidae
Troglodytes Corruíra X X X X
musculus
Naumann, 1823
Cantorchilus
longirostris garrinchao- X X X
(Vieillot, 1819) de-bico-
grande
Polioptilidae
Polioptila plumbea balanca-rabo- X X X
(Gmelin, 1788) de-chapeu-
preto
Turdidae
Turdus sabiá-branco X X X
leucomelas
Vieillot, 1818
Turdus rufiventris sabiá-
Vieillot, 1818 laranjeira X X X
Turdus
amaurochalinus sabiá-poca X
Cabanis, 1850
Mimidae
Mimus gilvus sabiá-da- X X X X
(Vieillot, 1807) praia

Mimus saturninus sabiá-do-


(Lichtenstein, campo X X X X
1823)
Motacillidae caminheiro-
Anthus lutescens zumbidor X
Pucheran, 1855
Thraupidae
Paroaria cardeal-do- X X X X
dominicana nordeste
(Linnaeus, 1758)
Tangara sayaca sanhaço-
(Linnaeus, 1766) cinzento X X X X
Tangara
palmarum (Wied, sanhaco-do- X X X X
1821) coqueiro
Tangara cayana saira-amarela
(Linnaeus, 1766) X X X
Nemosia pileata saira-de-
(Boddaert, 1783) chapeu-preto X
40

Família/Espécie Nomes Parque Campus Campus Campus


populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Tangara fastuosa pintor X


(Lesson, 1831)
Tangara saíra-militar
cyanocephala X
(Statius Muller,
1776)
Dacnis cayana
(Linnaeus, 1766) saí-azul X X
Coereba flaveola
(Linnaeus, 1758) cambacica X X X X
Schistochlamys
ruficapillus bico-de- X
(Vieillot, 1817) veludo
Thlypopsis sordida
(d’Orbigny & saí-canário X X
Lafresnaye, 1837)
Sicalis flaveola
(Linnaeus, 1766) canário-da- X X X X
terra
Volatinia jacarina Tiziu
(Linnaeus, 1766) X X X
Sporophila
caerulescens coleirinho X X
(Vieillot, 1823)
Sporophila golinho
albogularis (Spix, X X X
1825)
Sporophila caboclinho
bouvreuil (Statius X
Muller, 1776
Ramphocelus
bresilius tiê-sangue X
(Linnaeus, 1766)
Tachyphonus
rufus (Boddaert, pipira-preta X X X
1783)
Coryphospingus tico-tico-rei-
pileatus (Wied, cinza X
1821)
Cyanoloxia
brissonii azulão X X
(Lichtenstein,
1823)
Icteridae
Procacicus irauna-de- X X
solitarius (Vieillot, bico-branco
1816)
Cacicus cela
(Linnaeus, 1758) xexéu X
Icterus
pyrrhopterus encontro X
(Vieillot, 1819)
Icterus jamacaii corrupião
(Gmelin, 1788) X
41

Nomes Parque Campus Campus Campus


Família/Espécie populares das Dunas da da da UFRN,
em (Lab.Ornito UFRN,Natal UFRN,Natal Natal
Português .,UFRN) (1989-1990) (2007-2008) (2015-2017)

Agelaioides asa-de-telha-
fringillarius (Spix, palido; X
1824)
Molothrus chupim
bonariensis X X X
(Gmelin, 1789)
Gnorimopsar pássaro-preto
chopi (Vieillot, X
1819)
Passerellidae
Zonotrichia tico-tico X X
capensis (Statius
Muller, 1776)
Parulidae
Basileuterus pula-pula X
culicivorus
(Deppe, 1830)
Myiothlypis canário-do-
flaveola Baird, mato X
1865
Fringillidae
Euphonia fim-fim X X X
chlorotica
(Linnaeus, 1766)
Euphonia violacea
(Linnaeus, 1758) gaturamo X
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre X X X
(Linnaeus, 1758)
Passeridae
Passer pardal X X X X
domesticus
(Linnaeus, 1758)

Fontes: Colaboradores do laboratório de Ornitologia da UFRN; VARELA-FREIRE, A. A. Fauna


Potiguar: a fauna das dunas costeiras da cidade do Natal e do litoral oriental do Rio Grande do Norte.
Natal: EdUFRN, 1997; DANTAS, L. M. da C. et al. Composição da Avifauna do Campus Central da
UFRN, Natal, RN, XVII Congresso Brasileiro de Ornitologia, Resumo. 2009; Própria (2017).
42

ANEXO B
Imagens das aves registradas através das Listas de Mackinnon. As fotografias anexas foram feitas no
campus central da UFRN, exceto as de números 17,19,31 e 36. Elas são de minha autoria, salvo
aquelas em que é citado outro autor.
Fotografia 1. Ortalis araucuan observada na Mata dos Saguis. Fonte: Própria (2017). Fotografia 2.
Cathartes aura observada próximo a Capela do Campus. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 3. Coragyps atratus observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 4. Buteo brachyurus observada sobre o Departamento de Geologia.Fonte: Própria (2017).

Fotografia 5. Rupornis magnirostris observada próximo a Mata dos Saguis. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 6. Caracara plancus observada na área da reitoria. Fonte: Própria (2017).
43

Fotografia 7. Columba livia observada em campo próximo a capela. Fonte: Própria (2017). Fotografia
8. Columbina picui(macho) observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 9. Eupsittula cactorum observada próximo a Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 10. Eupsittula aurea observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 11. Crotophaga ani observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 12. Guira guira observada próximo ao Departamento de Educação Física. Fonte: Própria
(2017).
44

Fotografia 13. Piaya cayana observada próximo ao Centro de Biociências. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 14. Athene cunicularia observada próximo a Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 15. Amazilia fimbriata observada na Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017). Fotografia
16. Amazilia leucogaster observada na Mata dos Saguis. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 17. Chlorostilbon lucidus(macho),foi observada na vegetação campestre próximo ao


campo de futebol. Fonte: Própria (2017). Fotografia 18. Eupetomena macroura observada próximo a
reitoria. Fonte: Própria (2017).
45

Fotografia 19. Taraba major (macho),foi observada na Mata dos Saguis e Mata da CAERN. Fonte:
Própria (2017). Fotografia 20. Vanellus chilensis observada próximo ao NUPEG II. Fonte: Própria
(2017).

Fotografia 21. Todirostrum cinereum observada próximo a Capela. Fonte: Própria (2017). Fotografia
22. Hemitriccus griseipectus observada na Mata dos Saguis. Fonte: Anderson Salvador (2016).

Fotografia 23. Camptostoma obsoletum observada na Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 24. Cnemotriccus fuscatus observada na Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017).
46

Fotografia 25. Tyrannus melancholicus observada próximo ao ECT. Fonte: Própria (2017). Fotografia
26. Pitangus sulphuratus observada próximo a Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 27. Myiozetetes similis observada próximo ao Departamento de Educação Física. Fonte:
Própria (2017). Fotografia 28. Machetornis rixosa observada próxima a Reitoria. Fonte: Própria
(2017).

Fotografia 29. Elaenia spectabilis observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria
(2017). Fotografia 30. Elaenia flavogaster observada próximo a Mata da CAERN. Fonte: Própria
(2017).
47

Fotografia 31. Elaenia cristata,foi observada na Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017). Fotografia
32. Fluvicola nengeta observada próximo ao Departamento de Educação Física. Fonte: Própria
(2017).

Fotografia 33. Cyclarhis gujanensis observada na área do Centro de Convivência. Fonte: Própria
(2017). Fotografia 34. Vireo chivi observada no Centro de Biociências.Fonte: Alisson Rafael(2017).

Fotografia 35. Progne chalybea observada próximo ao ECT. Fonte: Própria (2017). Fotografia 36.
Tachycineta albiventer,foi observada próximo ao ECT. Fonte: Própria (2017).
48

Fotografia 37. Troglodytes musculus observada próximo ao CCSA. Fonte: Própria (2017). Fotografia
38. Cantorchilus longirostris observada na Mata dos Saguis. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 39. Turdus leucomelas observada próximo a Mata da CAERN. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 40. Turdus rufiventris observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 41. Mimus gilvus observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).
Fotografia 42. Mimus saturninus observada próximo ao Setor de aulas 1. Fonte: Própria (2017).
49

Fotografia 43. Coereba flaveola observada próximo a Reitoria. Fonte: Própria (2017). Fotografia 44.
Thlypopsis sordida(macho) observada próximo a BCZM. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 45. Sicalis flaveola(macho) observada próximo ao Departamento de Educação Física.


Fonte: Própria (2017). Fotografia 46. Paroaria dominicana observada próximo ao Centro de
Convivência. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 47. Tachyphonus rufus(fêmea) observada no Departamento de Matemática. Fonte: Própria


(2017). Fotografia 48. Tangara cayana(macho) observada no Departamento de Letras CCHLA.
Fonte: Própria (2017).
50

Fotografia 49. Tangara palmarum observada próximo ao ECT. Fonte: Própria (2017). Fotografia 50.
Tangara sayaca observada próximo ao Centro de Convivência. Fonte: Própria (2017).

Fotografia 51. Dacnis cayana(macho) observada na área do CCSA. Fonte: Própria (2017). Fotografia
52. Molothrus bonariensis(macho) observada próximo ao Departamento de Educação Física. Fonte:
Própria (2017).

Fotografia 53. Euphonia chlorotica(macho) observada no Centro de Biociências. Fonte: Própria


(2017). Fotografia 54. Estrilda astrild observada próximo a TV Universitária. Fonte: Própria (2017).
51

Fotografia 55. Polioptila plumbea observada em área campestre próximo ao campo de Futebol da
UFRN. Fonte: Própria (2017). Fotografia 56. Passer domesticus observada próximo ao NUPEG II.
Fonte: Própria (2017).

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