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ANTROPOLOGIA APLICADA
SANDRA RAMOS
ANDREIA DIAS
INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA
PRESPECTIVA ANTROPOLÓGICA NA COMPREENSÃO TOXICODEPÊNCIA
Índice...................................................................................................................................2
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 3
COMUNIDADE...............................................................................................................5
INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA...........................................................................................6
CONCEITO DE REINSERÇÃO..............................................................................................7
PROJECTOS SOCIAIS.......................................................................................................8
RECUPERAR A VIDA QUE ESTEVE PERDIDA...........................................................
ADAPTAÇÃO , CONSOLIDAÇÃO E PRÉ- REINSERÇÃO................................................
SER MÃE E TOXICODEPENDENTE.......................................................................................9
CONCLUSÃO................................................................................................................10
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................11
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Introdução
Foi na sociedade dita industrial que surge o conceito de exclusão, foi construído
pela sua relação com o mercado de trabalho: quem não trabalha, ficava á margem, não se
integrava. A questão do desemprego aliou-se a uma situação de desaptação da sociedade.
Foi também nesta altura que surgiu o direito à inserção com toda a dinâmica social. Inserir
passa a significar orientar umas perspectivas de um conjunto de medidas socialmente úteis
de forma ao individuo se integrar. O processo de integração tornou-se assim, uma forma
suave de aceitar a exclusão de uma parte da população que se encontrava numa situação de
desfavorecimento.
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Droga como
um problema
social
Na sociedade existem, infelizmente, muitas ideias pré-concebidas sobre o tema
toxicodependência que são falsas e resultam também de uma reacção primária e não
informada. A toxicodependência atravessa indistintamente todas as categorias de classe
socioeconómica e profissional, de pertença, familiar, crença religiosa, em todas as sociedades.
A droga é uma das preocupações da sociedade actual, é também um fenómeno crescente na
nossa sociedade, que se pode associar ao nosso estilo de vida das sociedades modernas. Na
realidade, o Homem, desde sempre que é um ser que consome drogas como forma de procurar
sensações diferentes, como forma de escapar á condição da sua existência, aliviar dores físicas
e morais e até em certas sociedades forma de comunicar com os Deuses. Neste contexto,
torna-se importante explicar o que é um problema social. Um problema social é um fenómeno
ou uma situação que acontece no interior de determinados grupos que estão dentro da
sociedade. Para que um fenómeno se constitua como um problema social é necessário que
tenha ocorrido certas transformações na sociedade que afecte a vida dos indivíduos desta
sociedade, que este seja visto ou sentido como um problema pelo menos por parte da
população, seja reconhecido e legitimado o problema, é necessário um trabalho de
institucionalização, ou seja, que seja reconhecido por peritos com competência reconhecida.
A droga é então um problema social, é um problema que emerge em vários grupos na
sociedade, que é associado a um factor de risco e custo para a saúde pública e também
associado a criminalidade. Para a sociedade ainda é difícil aceitar o individuo
toxicodependente como sendo uma pessoa doente. Para a sociedade este individuo não é visto
como um ser debilitado, incapaz, que reconhece a sua incapacidade, que pede auxilio, isto é a
representação social do bom doente no que muito sofre e que deseja ser tratado. Porém o
toxicodependente é aquele que é visto como um individuo que pode revelar actos criminosos
e agressivos pela sua constante busca de químicos.
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Comunidade é um grupo de pessoas que convive num mesmo espaço restrito por
dimensões bem definidas com estrutura dominante própria, cultura tipificada, linguagem por
vezes definida com características locais, leis próprias, regras sociais de conduta e
comportamento diferenciados de outros locais. Uma comunidade é um subconjunto da
sociedade que a integra. A comunidade traz para si somente as normas que a sociedade impõe
que convém ao grupo. No núcleo de uma comunidade está a presença marcante de um ícone
que a representa em termos de influência perante outras comunidades e a sociedade como um
todo. Na maioria das comunidades as residências estão próximas umas das outras. Existe uma
estrutura de ajuda mútua onde todos se beneficiam pelo mutualismo e respeito ao próximo. Os
vizinhos são conhecidos e geralmente frequentam as casas dos conhecidos da divisão
territorial a sua volta. Existem comunidades de vários tipos, tais como as comunidades de
toxicómanos, orfanatos, comunidades sem-abrigo. Além destas comunidades se situarem na
ajuda de um individuo necessitado é também a ajuda de um grupo de indivíduos com o
mesmo problema. Nas comunidades existem pessoas que pertencem a todas as classes
económicas, mas a grande maioria é carente de recursos. Os conceitos entre comunidades de
vida, educação, religião, comércio e convívio social podem variar drasticamente de uma
cultura para outra.
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Intervenção
comunitária
A intervenção Comunitária tem como suas características de intervenção as
comunidades locais que procuram um contributo para o seu desenvolvimento social, para o
suporte a grupos da população, pelo aumento da sua capacitação e consciencialização e pela
transferência de competências. Deste modo, o trabalho do agente comunitário encontra-se por
um lado, num campo de tensão entre os problemas concretos das pessoas e as soluções viáveis
a curto prazo, e por outro, nos problemas da procura de soluções duráveis no âmbito de
reformas sociais mais amplas. Daí que a acção do interventor comunitário se deva centrar nos
problemas concretos que as pessoas vivenciam e no seu contexto de vida, contando com a
participação activa das mesmas. O principal objectivo é, fundamentalmente, o de assegurar
uma ponte entre as práticas e as teorias, entre intervenção e reflexão, facilitando e
promovendo trocas constantes entre profissionais do terreno e docentes e investigadores. Num
quadro mais geral a educação e a intervenção comunitária visa uma articulação de objectivos
tais como: ajudar na solução de problemas concretos; apoiar o reforço do funcionamento
democrático de participação e poder dos cidadãos na gestão pública em geral e da sua própria
situação, em particular; promover a capacitação de grupos de população através da formação,
organização e desenvolvimento de relações entre diferentes grupos sociais; ajudar na procura
de uma maior justiça social para minorias e grupos sociais desfavorecidos; contribuir para a
melhoria da qualidade e (ré) distribuição de bens e serviços; contribuir para a melhoria da
qualidade de vida.
Conceito de
Reinserção
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A reinserção de toxicodependentes exige uma intervenção em rede e uma atitude
terapêutica. A reinserção envolve não só o individuo mas também a sociedade e até o estado.
A reinserção é a criação de condições de um individuo para que este permita ganhar ou
recuperar formas de viver na própria sociedade e nela se integrar. Essa intervenção inicia – se
quando o individuo toma consciência do seu problema e recorre a qualquer espécie de ajuda.
Existem alterações de comportamentos e isto tem como consequências, o conflito e a angústia
que podem provocar e a quebra dos laços familiares, de amizades e conhecidos. É a este
conjunto de factores a que se dirige intervenção socializante (ou ressocializante) iniciada
durante o tratamento e é consolidada no mesmo da sua integração social. As ofertas de
emprego estão limitadas, bloqueando, á partida a motivação do individuo. A sociedade tem
que se modificar e mudar para cada vez menos haver excluídos nesta. Existem já estratégias
sociais no domínio social que incluem programas visando a reinserção, tais como as
formações específicas para as suas profissões, a complementaridade na sua formação escolar,
etc..
Projectos sociais
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animadores socioculturais, um administrativo e um motorista, para além do apoio jurídico e
de recursos humanos. De futuro, Nuno espera retomar a sua profissão de jornalista e manter-
se abstinente em relação às drogas.
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Ser mãe e
toxicodependent
Uma mulher, em França, pode actualmente escolher entre ser, ou não, mãe, mas
e esta escolha ou é restrita. O desejo da maternidade é
ainda em muitos países ainda não há
supostamente normal no papel da mulher, a humanidade ao longo dos tempos sempre viu a
mulher como um ser para cuidar das crianças. Interrogam – se raramente as pessoas sobre as
motivações dos seus comportamentos normais, ou seja, que levam uma mulher a querer ter
um filho mas interrogam – se sobre os seus desvios da normalidade. A obra de uma mulher
Elizabeth Badinter demonstra que o sentimento maternal é mais cultural do que natural, e que
a maternidade não é um instinto. Se é normal uma mulher ser mãe, será que esta tem que o
fazer sobre quais queres condições. A mulher que tem comportamentos normais tem o desejo
de ser mãe e querer proteger sua criança. A mulher toxicodependente afirma querer ter um
filho que até ai é normal mas para a sociedade é escandaloso por ela ser toxicodependente, só
se tranquiliza se achar que a maternidade a vai curar da toxicodependência, se isso acontecer
estarão então as condições reunidas para a maternidade. As mulheres toxicodependentes quer
no decorrer da gravidez quer após o parto, normalmente tem o discurso que estão radiantes
por estarem grávidas ou por terem um bebé querem melhorar, deixar a droga, fazer tudo pelo
bebé. Que a sua vida agora tem um novo sentido, finalmente alguém que precisa delas. Porém
a maior parte destes doentes concebem um filho pelo acaso, a toxicodependência provoca nas
mulheres ciclos menstruais irregulares, estes utilizam poucos ou nenhuns contraceptivos.
Algumas toxicómanas descobrem que estão grávidas no sétimo mês, a tomada tardia desta
consciência é devido a factores físicos e psicológicos.
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FAMÍLIA
De acordo com as teorias sistemáticas clássicas, existe uma relação directa entre a emergência
e a persistência de comportamentos toxicodependentes num indivíduo e a problemática da sua
família, na idade em que se coloca a questão da separação.
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S. e P. Angel, in Dictionaire dês Thérapies Familiales, sob a direcção de J. Miermont, Payot, Paris, 1987, pp.
567 e 568.
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Há muitas consequências do consumo de droga na sociedade.
Perda do emprego;
Perda dos amigos.
Muitos destes toxicómanos, vêm de uma coesão familiar fraca, sendo os membros pouco
valorizados e pouco reconhecidos.
O consumo de drogas nos jovens e adultos, se sucede pelo que para estes a droga desempenha
funções importantes, tais como:
Quando este consome o seu comportamento altera-se totalmente. Surge uma falta de respeito
pelos pais .a agressividade Muitas vezes a droga serve como apoio para a comunicação
desejada,
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Conclus
ão
Hoje, em dia, a ideia de que não é possível fazer grande coisa pelos toxicodependentes e que,
não importa o que façamos, os resultados serão sempre decepcionantes, está em vias de se
tornar uma ideia preconcebida, limitar os danos, reduzir os riscos são as únicas ambições a
que podemos razoavelmente aspirar. Alguns toxicómanos parecem, eles próprios, aderir a
essa visão pessimista.
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Bibliogr
afia
O exemplo de projectos sociais está disponível-
http://www.drogas.misterquim.com/categorias/crack/, artigo ”Reabilitação de
toxicodependentes, Recuperar a vida que esteve perdida” em Crack, Geral, Tratamentos
Março 26th, 2008
http://bdigital.cv.unipiaget.org:8080/jspui/bitstream/123456789/121/1/Osvaldina
%20Araujo.pdf- Atitude dos adolescentes face à Toxicodependência: Estudo de Caso da
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