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Entidades sem Fins Lucrativos

COFINS

Isenção das contribuições incidentes sobre a receita bruta

As entidades sem fins lucrativos, desde 01/02/1999, ficaram isentas da


COFINS, em relação às receitas próprias de sua atividade, assim
considerados (art. 195, § 7º, da Constituição Federal e arts. 13 e 14, X, da
Medida Provisória nº 2.158-35/01):
III - as instituições de educação e de assistência social que preencham
as condições e os requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532/97;
IV - as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico,
e as associações que preencham as condições e os requisitos do art. 15 da
Lei nº 9.532/97 (veja a nota no final deste tópico);
As contribuições para o PIS também não incidem sobre as receitas
próprias destas entidades, que estão sujeitas apenas ao PIS calculado com
base na folha de salários.

Conceito de receitas da atividade própria


Consideram-se receitas derivadas das atividades próprias somente
aquelas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades
fixadas por lei, assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou
mantenedores, sem característica de contraprestação, destinadas ao seu
custeio e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais, tendo em vista que
desvirtuada a natureza das atividades ou tornados diversos o caráter dos
recursos e condições de sua obtenção, deixa de atuar o favor legal.
Em relação a atividades próprias das entidades sem fins lucrativos, o
Fisco, por meio do Parecer Normativo CST nº 162/74, já havia manifestado o
seguinte entendimento acerca de algumas situações:
VI - fundação cultural que mantém livraria para a venda de livros e
alunos dos cursos por ela mantidos, ou a terceiros, não perde direito à
isenção, eis que essa atividade se identifica como meios de realização de
seus fins.

Requisitos para isenção

Para efeito de fruição da isenção da COFINS, as entidades de caráter


filantrópico e beneficentes de assistência social devem atender aos
requisitos previstos no art. 55 da Lei nº 8.212/91 (com as alterações
introduzidas pela Lei nº 9.732/98 e pela Medida Provisória nº 2.187-11/01),
do seguinte teor:
“Art. 55. Fica isenta das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23
desta Lei a entidade beneficente de assistência social que atenda aos
seguintes requisitos cumulativamente:
I - seja reconhecida como de utilidade pública federal e estadual ou do
Distrito Federal ou municipal;
II - seja portadora do Certificado e do Registro de Entidade de Fins
Filantrópicos, fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social,
renovado a cada três anos;
III - promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social
beneficente a pessoas carentes, em especial a criança, adolescentes, idosos
e portadores de deficiência;
IV - não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou
benfeitores, remuneração e não usufruam vantagens ou benefícios a
qualquer título;
V - aplique integralmente o eventual resultado operacional na
manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais
apresentando, anualmente ao órgão do INSS competente, relatório
circunstanciado de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 9.528/97).
§ 1º - Ressalvados os direitos adquiridos, a isenção de que trata este
artigo será requerida ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que terá
o prazo de 30 (trinta) dias para despachar o pedido.
§ 2º - A isenção de que trata este artigo não abrange empresa ou
entidade que, tendo personalidade jurídica própria, seja mantida por outra
que esteja no exercício da isenção.
§ 3º - Para os fins deste artigo, entende-se por assistência social
beneficente a prestação gratuita de benefícios e serviços a quem dela
necessitar. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.732/98).
§ 4º - O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS cancelará a isenção
se verificado o descumprimento do disposto neste artigo. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 9.732, de 11/12/98).
§ 5º - Considera-se também de assistência social beneficente, para os
fins deste artigo, a oferta e a efetiva prestação de serviços de pelo menos
sessenta por cento ao Sistema Único de Saúde, nos termos do regulamento.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.732 ).
§ 6º - A inexistência de débitos em relação às contribuições sociais é
condição necessária ao deferimento e à manutenção da isenção de que
trata este artigo, em observância ao disposto no § 3º do art. 195 da
Constituição.”
Observe-se, ainda, que a aplicabilidade do inciso III e dos §§ 3º, 4º e 5º
do art. 55 da Lei nº 8.212/91, com as alterações introduzidas pela Lei nº
9.732/98, encontra-se suspensa em face de liminar concedida pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), na ADIN 2.028-5, de 14/07/1999, referendada pelo
plenário em 11/11/1999.

Nota Cenofisco:
A Instrução Normativa SRF nº 113/98 trata das obrigações de natureza
tributária a que estão sujeitas às instituições de educação, para fins dessa
isenção.

Hipóteses de Não-Incidência
As contribuições COFINS e PIS/PASEP não incidem sobre o faturamento
correspondente a:
III - exportação de mercadorias para o exterior;
IV - prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no
exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas;
V - vendas a empresa comercial exportadora, com o fim específico de
exportação;
X - vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais
exportadoras nos termos do Decreto-Lei nº 1.248/72, e alterações
posteriores, desde que destinadas ao fim específico de exportação para o
exterior;
XI - vendas, com o fim específico de exportação para o exterior, a
empresas exportadoras registradas na Secretaria de Comércio Exterior do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Nota Cenofisco:

No caso de vendas, com o fim específico de exportação para o exterior, a


empresas exportadoras registradas na Secretaria de Comércio Exterior do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, consideram-
se adquiridos com o fim específico de exportação os produtos remetidos
diretamente do estabelecimento industrial para embarque de exportação ou
para recintos alfandegados, por conta e ordem da empresa comercial
exportadora.

ISS
LEI 940

SEÇÃO X
DA IMUNIDADE, DA ISENÇÃO E DA NÃO INCIDÊNCIA
Art. É vedado o lançamento do Imposto Sobre Serviços Sobre:
IV – os serviços prestados por instituições de educação e de assistência
social, observados os requisitos do § 4º do artigo 126.
SEÇÃO IV

DA ISENÇÃO
Art. 186º - Ficam isentos do pagamento da taxa de serviços urbanos
relativamente aos serviços de coleta domiciliar de lixo e limpeza das vias
públicas urbanas :
II – os imóveis de propriedade de instituições de educação e assistência
social e os utilizados com templos de qualquer culto, observadas as
disposições dos § 3º e § 4º do artigo 126 deste Código.
Art. 126º - É vedado o lançamento do Imposto Predial Territorial Urbano
sobre:
IV – imóveis de propriedade de instituições de educação e de assistência
social, observando-se os requisitos do § 4º deste artigo.

Art. 126. § 4º - O disposto no inciso V deste artigo é subordinado à


observância dos seguintes requisitos pelas entidades referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a
título de lucro ou participação, o seu resultado;
II – aplicarem integralmente, no País, seus recursos na manutenção dos
objetivos institucionais;
III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos
de formalidade capazes de assegurar sua exatidão.

Art. 127º - Ficam isentos do pagamento do Imposto predial e Territorial


Urbano os imóveis de propriedade das instituições e pessoas abaixo
relacionadas, enquanto efetivamente vinculadas as suas finalidades
essenciais:
e) imóveis de propriedade ou ocupados por associações comunitárias,
sem fins lucrativos e reconhecidas como de utilidade pública;

Art. 128º - A legislação tributária fixará a forma e os prazos para o


recolhimento das isenções e imunidade;

CSLL

A CSLL não incide (arts. 4º da Lei nº 9.710/98, 15 da Lei nº 9.532/97 e 9º da


Lei nº 10.150/00):

II - sobre os rendimentos e ganhos auferidos:

b) pelas instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e


científico e associações civis sem fins lucrativos que prestem os serviços
para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do
grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos (Lei nº 9.532/97),
observando-se que não estão abrangidos pela isenção do Imposto de Renda
os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de
renda fixa ou de renda variável.

IRPJ
RIR 99
Subseção V - Lucros ou Dividendos Doados a Instituições sem Fins
Lucrativos

Não Incidência

Art. 696. Não estão sujeitos à incidência do imposto de que tratam os arts.
693 e 695 os valores dos lucros ou dividendos distribuídos por sociedades
brasileiras a seus sócios ou acionistas residentes ou domiciliados no
exterior, que sejam por eles doados a instituições filantrópicas,
educacionais, de pesquisa científica ou tecnológica e de desenvolvimento
cultural ou artístico domiciliadas no Brasil, que (Lei nº 8.166, de 11 de
janeiro de 1991, art. 1º):

I – estejam devidamente registradas na Secretaria da Receita Federal e em


funcionamento regular;

II – não distribuam lucros, bonificações ou vantagens aos seus


administradores, mantenedores ou associados, sob qualquer forma ou
pretexto;

III – apliquem integralmente seus recursos no País, na manutenção de seus


objetivos institucionais;

IV – mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livros


revestidos de formalidades que assegurem a sua exatidão;

V – estabeleçam, no respectivo contrato social ou estatuto, a incorporação,


em caso de extinção, do seu patrimônio a entidade similar que atenda aos
requisitos e condições referidos nos incisos anteriores ou, conforme a área
de sua atuação, ao respectivo Município ou Estado, ou à União.

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se também às doações efetuadas através


de agência, de sucursal ou de representante, no Brasil, de pessoas jurídicas
domiciliadas no exterior (Lei nº 8.166, de 1991, art. 2º).

§ 2º Os valores doados na forma deste artigo não poderão ser transferidos


ao exterior (Lei nº 8.166, de 1991, art. 3º, e Lei nº 8.383, de 1991, art. 76).

§ 3º O valor do imposto de que trata o art. 35 da Lei nº 7.713, de 1988,


incidente sobre o valor dos lucros ou dividendos doados na conformidade
deste artigo, não poderá ser compensado (Lei nº 8.166, de 1991, art. 4º).

Comprovação do Valor Doado

Art. 697. A sociedade distribuidora dos lucros ou dividendos deverá


comprovar à fiscalização, quando solicitada, a efetiva entrega da doação ao
beneficiário, no prazo de dois dias contados da distribuição, mediante
cheque nominativo e cruzado (Lei nº 8.166, de 1991, art. 5º).
Exigência do Imposto

Art. 698. A inobservância do disposto nesta Subseção sujeitará a sociedade


distribuidora dos lucros ou dividendos, apurados até 31 de dezembro de
1995, à obrigação de recolher o valor do imposto acrescido de juros de
mora e demais cominações legais, observado quando for o caso, o disposto
no art. 874 (Lei nº 8.166, de 1991, art. 6º, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 4º).

Instituições de Educação e de Assistência Social

Art. 170. Não estão sujeitas ao imposto as instituições de educação e as de


assistência social, sem fins lucrativos (CF, art. 150, inciso VI, alínea c).

§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se imune a instituição de


educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais
houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em
caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos (Lei nº
9.532, de 1997, art. 12).

§ 2º Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente


superavit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício,
destine o resultado, integralmente, à manutenção e ao desenvolvimento
dos seus objetivos sociais (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 2º, e Lei n º
9.718, de 1998, art. 10).

§ 3º Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este artigo


estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos (Lei nº 9.532, de 1997,
art. 12, § 2º):

I – não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços


prestados;

II – aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento


dos seus objetivos sociais;

III – manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros


revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;

IV – conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da


emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a
efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros
atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

V – apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade


com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;
VI – recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou
creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos
empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes;

VII – assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que


atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação,
fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público;

VIII – outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o


funcionamento das entidades a que se refere este artigo.

JURISPRUDÊNCIA

INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO - A imunidade tributária prevista no artigo 126


do RIR/80 não ampara a instituição de educação que praticar atos
mercantis, ou desviar receitas ou lucros dos seus objetivos institucionais, ou
custear despesas que não sejam próprias da entidade. COMPETÊNCIA PARA
CASSAR ISENÇÃO - Compete aos Delegados da Receita Federal reconhecer
e cassar isenções do imposto. A falta de pressuposto ou obrigações legais
inerentes à fruição do favor fiscal justifica a cassação da isenção. Recurso a
que se nega provimento. ACORDAM os Membros da Oitava Câmara do
Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR
provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a
integrar o presente julgado. (1ºCC – Ac. 108-02.115 – 8ªC – Relª Sandra
Maria Dias Nunes – DOU 07.05.1997)

IMUNIDADE – INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO - A imunidade tributária prevista


no artigo 19, III, "c” da Constituição Federal não ampara os
estabelecimentos de ensino, cujas receitas representem a proporcionem
ganhos financeiros ou enriquecimento patrimonial de seus proprietários,
fundadores, organizadores, associados, etc. A imunidade pressupõe a
exclusividade ou a preponderância do fim público, a gratuidade ou ausência
de intuito lucrativo e a generalidade na prestação de serviços, assim como
o cumprimento do disposto no art. 14 do CTN. RECEITAS FINANCEIRAS - Os
rendimentos decorrentes de aplicações financeiras serão incluídos no lucro
operacional e, quando derivados de operações ou títulos com vencimento
posterior ao encerramento do exercício social, poderão ser rateados pelos
períodos a que competirem. OMISSÃO DE RECEITAS – E procedente o
lançamento fundamentado em comprovada falta do registro de receitas
decorrentes de aplicação financeira. IRPJ – AGRAVAMENTO DA EXIGÊNCIA –
DECADÊNCIA – O agravamento da exigência corresponde o lançamento, na
parte inovada, que se sujeita a observância do prazo decadencial previsto
no artigo 173 do CTN. Recurso parcialmente provido. (1ºCC – Ac. 103-
16.528 – 3ªC – DOU 23.08.1996, p. 16194).

IRPJ – INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO - Aplicação de Recursos em imóvel


destinado a atender os objetivos sociais da instituição, ou tão somente para
resguardar o poder de compra da moeda, não descaracteriza o gozo da
imunidade. (CSRF – Ac. 01-1.910 – 1ªT – DOU 20.02.1997).

TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA


SOCIAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. – Sociedade religiosa, educacional e
assistencial goza de imunidade tributária à luz do art. 19, inciso II, da CF/67,
e Emenda nº 1/69 e art. 14, do Código Tributário Nacional. – Imunidade
fiscal tem natureza constitucional, dependendo sua limitação de lei
complementar, descabendo, portanto, instituto menor impor-lhes restrições.
– Remessa oficial improvida. (TRF3ªR – REO 89.03004857 – 3ªT – Rel. Juíza
Annamaria Pimentel – DOE 09.12.93, p. 224)

Art. 171. A imunidade de que trata esta Seção é restrita aos resultados
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas
(CF, art. 150, § 4º).

§ 1º Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de


capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda
variável pelas instituições de educação ou de assistência social referidas no
artigo anterior (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 1º).

§ 2º O disposto no arts. 169 e 170 é extensivo às autarquias e às fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados à suas finalidades essenciais ou às dela
decorrentes, não se aplicando ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados, em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (CF, art.
150, §§ 2º e 3º).

Seção III - Suspensão da Imunidade

Art. 172. A suspensão da imunidade tributária, em virtude de falta de


observância de requisitos legais, deve ser procedida de conformidade com o
disposto neste artigo (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, e Lei nº 9.532, de
1997, art. 14).

§ 1º Constatado que entidade beneficiária de imunidade de tributos federais


de que trata a alínea c do inciso VI do art. 150 da Constituição não está
observando requisito ou condição previstos no arts. 169 e 170, a
fiscalização tributária expedirá notificação fiscal, na qual relatará os fatos
que determinam a suspensão do benefício, indicando, inclusive, a data da
ocorrência da infração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, § 1º).

§ 2º A entidade poderá, no prazo de trinta dias da ciência da notificação,


apresentar as alegações e provas que entender necessárias (Lei nº 9.430,
de 1996, art. 32, § 2º).
§ 3º O Delegado ou Inspetor da Receita Federal decidirá sobre a
procedência das alegações, expedindo o ato declaratório suspensivo do
benefício, no caso de improcedência, dando, de sua decisão, ciência à
entidade (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, § 3º).

§ 4º Será igualmente expedido o ato suspensivo se decorrido o prazo


previsto no § 2º sem qualquer manifestação da parte interessada (Lei nº
9.430, de 1996, art. 32, § 4º).

§ 5º A suspensão da imunidade terá como termo inicial a data da prática da


infração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, § 5º).

§ 6º Efetivada a suspensão da imunidade (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, §


6º):

I – a entidade interessada poderá, no prazo de trinta dias da ciência,


apresentar impugnação ao ato declaratório, a qual será objeto de decisão
pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento competente;

II – a fiscalização de tributos federais lavrará auto de infração, se for o caso.

§ 7º A impugnação relativa à suspensão da imunidade obedecerá às demais


normas reguladoras do processo administrativo fiscal (Lei nº 9.430, de
1996, art. 32, § 7º).

§ 8º A impugnação e o recurso apresentados pela entidade não terão efeito


suspensivo em relação ao ato declaratório contestado (Lei nº 9.430, de
1996, art. 32, § 8º).

§ 9º Caso seja lavrado auto de infração, as impugnações contra o ato


declaratório e contra a exigência de crédito tributário serão reunidas em um
único processo, para serem decididas simultaneamente (Lei nº 9.430, de
1996, art. 32, § 9º).

JURISPRUDÊNCIA

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA (art. 31, V, b, da Constituição de 1946). II. Não


alcança as instituições de educação, quando exploram o comércio de livros
e outros artigos. III. Recurso não conhecido, à míngua de pressupostos. (STF
– RE 71.009/PR – 2ªT – Rel. Min. Antônio Neder – DJ 08.03.1974 – RTJ
59/163)

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO. Não a


perdem as instituições de ensino pela remuneração de seus serviços, desde
que observem os pressupostos dos incisos I, II e III do art. 14 do CTN. Na
expressão "instituições de educação" se incluem os estabelecimentos de
ensino, que não proporcionem percentagens, participação em lucros ou
comissões a diretores e administradores. Recurso extraordinário não
conhecido. (STF – RE 93.463/RJ – 2ªT – Rel. Min. Cordeiro Guerra – DJ
14.05.82, p. 4568 – RTJ 101/769)

Art. 173. Sem prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria
da Receita Federal suspenderá o gozo da imunidade relativamente aos
anos-calendário em que a pessoa jurídica houver praticado ou, por qualquer
forma, houver contribuído para a prática de ato que constitua infração a
dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso de informar ou
declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens
ou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue
tributos ou pratique ilícitos fiscais (Lei nº 9.532, de 1997, art. 13).

Parágrafo único. Considera-se, também, infração a dispositivo da legislação


tributária o pagamento, pela instituição imune, em favor de seus associados
ou dirigentes, ou, ainda, em favor de sócios, acionistas ou dirigentes de
pessoa jurídica a ela associada por qualquer forma, de despesas
consideradas indedutíveis na determinação da base de cálculo do
imposto (Lei nº 9.532, de 1997, art. 13, parágrafo único).

Seção IV - Isenções

Subseção I - Sociedades Beneficentes, Fundações, Associações e Sindicatos

Art. 174. Estão isentas do imposto as instituições de caráter filantrópico,


recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os
serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição
do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos (Lei nº 9.532,
de 1997, arts. 15 e 18).

§ 1º A isenção é restrita ao imposto da pessoa jurídica, observado o disposto


no parágrafo subseqüente (Lei nº 9.532, de 1997, art. 15, § 1º).

§ 2º Não estão abrangidos pela isenção do imposto os rendimentos e


ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de
renda variável (Lei nº 9.532, de 1997, art. 15, § 2º).

§ 3º Às instituições isentas aplicam-se as disposições dos §§ 2º e 3º, incisos I


a V, do art. 170 (Lei nº 9.532, de 1997, art. 15, § 3º).

§ 4º A transferência de bens e direitos do patrimônio das entidades isentas


para o patrimônio de outra pessoa jurídica, em virtude de incorporação,
fusão ou cisão, deverá ser efetuada pelo valor de sua aquisição ou pelo
valor atribuído, no caso de doação (Lei nº 9.532, de 1997, art. 16, parágrafo
único).

§ 5º As instituições que deixarem de satisfazer as condições previstas neste


artigo perderão o direito à isenção, observado o disposto no art. 172 (Lei nº
9.430, de 1996, art. 32, § 10).
INSS
Seção II

Da Arrecadação para Outras Entidades ou Fundos

Art. 111. Compete à RFB, nos termos do art. 3º da Lei nº 11.457, de 2007,
arrecadar e fiscalizar as contribuições devidas a outras entidades ou fundos,
conforme alíquotas discriminadas na Tabela de Alíquotas por Códigos FPAS,
prevista no Anexo II.
§ 6º Estão isentas do recolhimento da contribuição social do salário-
educação, por força do disposto no § 1º do art. 1º da Lei nº 9.766, de 18 de
dezembro de 1998:
IV - as organizações de fins culturais que, para este fim, vierem a ser
definidas na regulamentação daquela Lei;

Art. 149. Não se aplica o instituto da retenção:


III - à contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de
contribuições sociais
Instrução Normativa SRF nº 390, de 30 de janeiro de 2004

DOU de 2.2.2004

Dispõe sobre a apuração e o pagamento da Contribuição Social


sobre o Lucro Líquido.
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a determinação e o pagamento
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Seção IV
Da Isenção
Art 12. Consideram-se isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo,
cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os
quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de
pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos.
§ 1º Para o gozo da isenção, as instituições a que se refere este artigo estão
obrigadas a atender aos seguintes requisitos:
I - não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços
prestados;
II - aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos
seus objetivos sociais;
III - manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros
revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
IV - conservar em boa ordem, pelo prazo decadencial, contado da data da
emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a
efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos
ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;
V - apresentar, anualmente, DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da
SRF.
§ 2º Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit
em suas contas ou, caso o apresente em determinando exercício, destine
referido resultado integralmente ao incremento de seu ativo imobilizado.
§ 3º Sem prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a SRF suspenderá
o gozo da isenção a que se refere este artigo, relativamente aos anos-
calendário em que a pessoa jurídica houver praticado ou por qualquer forma,
houver contribuído para a prática de ato que constitua infração a dispositivo da
legislação tributária, especialmente no caso de informar ou declarar
falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens ou em
dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue tributos ou
pratique ilícitos fiscais.
§ 4º Considera-se, também, infração a dispositivo da legislação tributária o
pagamento, pela instituição isenta, em favor de seus associados ou dirigentes,
ou, ainda, em favor de sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela
associada por qualquer forma, de despesas consideradas indedutíveis na
determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda ou da contribuição
social sobre o lucro líquido.
§ 5º À suspensão do gozo da isenção aplica-se o disposto no art. 32 da Lei nº
9.430, de 1996.

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