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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
2596 - LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO
AGREGADOS
Maringá, 2019
1. Sumário
1. Sumário ........................................................................................................................................2
2. Introdução ...................................................................................................................................3
3. Revisão teórica ............................................................................................................................4
4. Materiais e métodos ....................................................................................................................6
4.1 ENSAIO DE ÍNDICE DE FORMA COM PAQUÍMETRO .................................................6
4.1.1. Materiais .......................................................................................................................6
4.1.2. Métodos .........................................................................................................................6
4.2. ENSAIO DE ÍNDICE DE FORMA COM CRIVO REDUTOR ...........................................7
4.2.1 Materiais .............................................................................................................................7
4.2.2 Métodos ...............................................................................................................................7
4.3. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO AGREGADO GRAÚDO E
DENSIDADE REAL DO AGREGADO MIÚDO ...........................................................................7
4.3.1. Materiais para o ensaio do agregado miúdo ..............................................................7
4.3.2. Métodos para o ensaio agregado miúdo .....................................................................8
4.3.3. Materiais para o ensaio do agregado graúdo.............................................................8
4.3.4. Métodos para o ensaio agregado graúdo....................................................................9
4.4. DETERMINAÇÃO DA ADESIVIDADE DE AGREGADO A LIGANTE ASFÁLTICO .9
4.4.1. Materiais .......................................................................................................................9
4.4.2. Métodos .......................................................................................................................10
5. Resultados e análises .................................................................................................................10
5.1. ENSAIO ÍNDICE DE FORMA COM PAQUÍMETRO .........................................................10
5.2. ENSAIO ÍNDICE DE FORMA COM CRIVO REDUTOR ...................................................11
5.3. DENSIDADE DOS AGREGADOS ........................................................................................13
5.4. ADESIVIDADE DE AGREGADO GRAÚDO A LIGANTE BETUMINOSO .....................14
6. Conclusões e discussões ............................................................................................................15
7. Normas .......................................................................................................................................16
2. Introdução
De acordo com a ABNT NBR 9935/2005, agregado é definido como material sem forma ou
volume definido, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para a produção de
argamassa e de concreto. É um termo genérico para areias, pedregulhos e rochas minerais em seu
estado natural ou britadas em seu estado processado.
O nível de desempenho em serviço de um determinado agregado depende das propriedades
geológicas da rocha de origem. São importantes, portanto, informações sobre o tipo de rocha, sua
composição mineralógica, sua composição química, sua granulação, seu grau de alteração, sua
tendência à degradação, abrasão ou fratura sob tráfego e o potencial de adesão do ligante asfáltico em
sua superfície. Os agregados utilizados em pavimentação podem ser classificados em três grandes
grupos, segundo sua natureza, tamanho e distribuição dos grãos.
O agregado escolhido para uma determinada utilização deve apresentar propriedades de modo a
suportar tensões impostas na superfície do pavimento e também em seu interior. O desempenho das
partículas depende da maneira como são produzidas, mantidas unidas e das condições sob as quais
vão atuar. A escolha é feita em laboratório onde uma série de ensaios é utilizada para a predição do
seu comportamento posterior quando em serviço.
Com o intuito de conhecer as características para o desempenho das partículas, o objetivo desta
prática foi determinar o índice de forma dos agregados através do paquímetro e do crivo redutor,
massa específica do agregado graúdo, densidade real do agregado miúdo e verificar a afinidade do
agregado com o ligante asfáltico.
3. Revisão teórica
Outro modo de caracterizá-las é por meio do índice de forma (𝑓), ensaio descrito pela DNER-
ME 086/94. Esse índice varia de 0,0 a 1,0, sendo o agregado considerado de ótima cubicidade quando
𝑓 = 1,0 e lamelar quando 𝑓 = 0. Para o cálculo do índice de forma, utiliza-se a Equação 01.
𝑃1 + 0,5∙𝑃2
𝑓= (Equação 01)
100∙𝑛
Em que:
▪ 𝑓 = índice de forma;
▪ 𝑃1 = soma das porcentagens retidas nos crivos I das frações que compõem a amostra;
▪ 𝑃2 = soma das porcentagens retidas nos crivos II das frações que compõem a amostra;
▪ 𝑛 = número de frações da amostra.
Para caracterizar o agregado, como realizado para vários materiais como agregados miúdo e
graúdo, solo, rejeitos, entre outros, deve-se conhecer a densidade do material e a sua massa específica,
bem como a absorção de água, uma vez que agregados porosos absorvem água e asfalto e necessitam
de uma quantidade adicional de ligante para preencher os vazios e promover coesão (BERNUCCI et.
al., 2006). A densidade real do agregado miúdo é obtida através da Equação 02.
𝑏−𝑎
𝐷 = (𝑑−𝑎)−(𝑐−𝑏) (Equação 02)
Em que:
▪ 𝐷 = densidade real do agregado miúdo;
▪ 𝑎 = massa do picnômetro;
▪ 𝑏 = massa do conjunto picnômetro + agregado miúdo;
▪ 𝑐 = massa do conjunto picnômetro + agregado miúdo + água;
▪ 𝑑 = massa do conjunto picnômetro + água.
𝑀𝑠
𝐷𝑎𝑝 = (Equação 03)
𝑀ℎ −𝐿
Em que:
▪ 𝐷𝑎𝑝 = densidade aparente do agregado graúdo;
▪ 𝑀𝑠 = massa, ao ar, do agregado seco em estufa, em g;
▪ 𝑀ℎ = massa, ao ar, do agregado na condição saturado superfície seca, em g;
▪ 𝐿 = leitura na balança correspondente ao agregado submerso, em g.
𝑀ℎ −𝑀𝑠
𝑎= ∙ 100 (Equação 04)
𝑀𝑠
Em que:
▪ 𝑎 = absorção do agregado, em porcentagem;
▪ 𝑀𝑠 = massa, ao ar, do agregado seco em estufa, em g;
▪ 𝑀ℎ = massa, ao ar, do agregado na condição saturado superfície seca, em g.
A adesividade ao ligante asfáltico, que é descrita pela norma DNER/ME 078/94, é outro
aspecto importante para caracterizar os agregados. O efeito da água em separar ou descolar a partícula
de ligante asfáltico da superfície do agregado pode torná-lo inaceitável para uso em misturas
asfálticas. Agregados aceitáveis são aqueles com alta adesividade em presença de água, hidrofóbicos,
e os não satisfatórios são aqueles que sofrerem deslocamento parcial ou total da película betuminosa
nesse tempo (BERNUCCI et. al., 2006).
A seleção de agregados para utilização em revestimentos asfálticos depende de sua
disponibilidade, custo e qualidade, bem como do tipo de aplicação. O agregado escolhido deve
atender às solicitações impostas na superfície do pavimento e no seu interior, dando estabilidade
mecânica, além de resistir à abrasão superficial e suportar as tensões solicitantes do tráfego,
transmitindo-as às camadas inferiores de forma atenuada. O nível de desempenho de um revestimento
asfáltico será tanto melhor quanto maior for o entendimento de como seus constituintes reagem juntos
sob as condições prevalecentes em um pavimento (BERNUCCI et. al., 2006).
4. Materiais e métodos
4.1.1. Materiais
▪ Brita 1;
▪ Paquímetro com precisão de 0,01 cm.
4.1.2. Métodos
Inicialmente, o modo de leitura do paquímetro foi explicado aos alunos, bem como a forma
correta de segurá-lo, de modo a não deixar o agregado a ser medido se mover ou soltar-se do
instrumento.
Foram feitas as medidas de três dimensões do agregado graúdo, sendo que a medida “a”
correspondia à maior medida, a medida “b” à medida intermediária e a “c” à menor medida, conforme
ilustra a Figura 2. O processo foi realizado para 25 agregados, selecionados por tamanhos
aproximados previamente.
Figura 2- Dimensões do corpo-de-prova a serem medidas
4.2.1 Materiais
4.2.2 Métodos
Inicialmente, foi feita uma análise granulométrica do material para se conhecer em que
graduação da Tabela, em anexo, a amostra se enquadrava. Com uma graduação máxima de 19,1 mm,
foram utilizadas três frações distintas de 2000,0 g de material. A primeira fração estava contida na
faixa de diâmetro máximo de 19,0 mm e diâmetro mínimo de 16,0 mm, a segunda fração estava
contida na faixa de diâmetro máximo de 16,0 mm e diâmetro mínimo de 12,7 mm e a terceira fração
estava contida na faixa de diâmetro máximo de 12,7 mm e diâmetro mínimo de 9,5 mm.
Para cada uma das três frações, foram separadas as partículas retidas no crivo redutor de
abertura igual à metade do tamanho diretriz correspondente, anotando-se o seu peso (Crivo I). O
material que passar no primeiro crivo redutor deve ser testado em um segundo crivo redutor de
abertura igual a 1/3 do tamanho diretriz da fração. Anota-se o peso do material retido neste crivo
(Crivo II).
Feito isso, foram obtidas as massas de material retido e passante, para os dois crivos em cada
amostra, e as massas retidas transformadas em porcentagem e, por meio da Equação 01, determinou-
se o índice de forma 𝑓.
Para o ensaio, o agregado foi peneirado e separado previamente. A amostra foi lavada sobre
a peneira de 4,8 mm e seca em estufa até constância da massa, em uma temperatura entre 105 °C e
110 °C. Em seguida, ela foi resfriada à temperatura ambiente entre 1 h e 3 h, seguida da imersão em
água por 24 h, agitando o conteúdo de vez em vez para expulsar eventuais bolhas de ar.
Após este período, retira-se a amostra da água para distribuí-la sobre um pano absorvente e
fazer sua secagem. As partículas são enxugadas, de modo que não entrem em contato com as mãos
do manuseador, para não ocorrer adsorção e interferir nos resultados, até que o brilho que apresentam
se extinguir. Com isso, pesa-se a amostra obtendo-se “Mh” (massa do agregado ao ar, na condição
saturado superfície seca).
Depois, coloca-se o material no recipiente adequado para pesagem sob imersão. Acoplando o
fio de sustentação ao prato da balança, efetua-se a leitura de “L” (massa do agregado submerso),
sendo que a tara do recipiente vazio e imerso em água deve ser feita previamente.
Por fim, faz-se a secagem em estufa da amostra até constância de massa, à temperatura entre 105
°C e 110 °C, resfriando-a posteriormente à temperatura ambiente por um período de 1 a 3 h,
finalizando o experimento com a pesagem e obtenção de “Ms” (massa do agregado ao ar, na condição
seco em estufa).
4.4.1. Materiais
5. Resultados e análises
A quantidade de material que fica retido no crivo I e no crivo II da fração de agregados que
passa na peneira de 16,0 mm e fica retido na peneira de 12,7 mm está representado na Tabela 5.
Tabela 5 – Dados da segunda fração
Já a quantidade de material que fica retido no crivo I e no crivo II da fração de agregados que
passa na peneira de 12,7 mm e fica retido na peneira de 9,5 mm está representado na Tabela 6.
Dessa maneira, as somas das porcentagens de materiais retidos no Crivo I e no Crivo II são
apresentadas na Tabela 7.
Tabela 7 – Soma das porcentagens retidas nos Crivos I e Crivos 2
(%)
Soma das Porcentagens Retidas nos Crivos I (P1) 214,00
Soma das Porcentagens Retidas nos Crivos II (P2) 74,48
Por meio dos valores contidos na Tabela 7 e a partir da Equação 01, calculou-se o índice de
forma para estes agregados.
𝑃1 + 0,5 ∙ 𝑃2
𝑓=
100 ∙ 𝑛
𝑓 = 0,837
𝑏−𝑎
𝐷=
(𝑑 − 𝑎) − (𝑐 − 𝑏)
613,63 − 113,84
𝐷= = 3,02
(605,47 − 113,84) − (939,75 − 613,63)
𝑀𝑠
𝐷𝑎𝑝 =
𝑀ℎ − 𝐿
3173,8
𝐷𝑎𝑝 = = 2,802
3247,7 − 2115,1
𝑀ℎ − 𝑀𝑠
𝑎= ∙ 100
𝑀𝑠
3247,7 − 3178,8
𝑎= ∗ 100 = 2,328
3178,8
Ressalta-se que erros podem ter ocorrido durante o procedimento dessas práticas bem como na
aferição de medidas ou uso inadequado do equipamento, por exemplo. Entretanto, tais possíveis erros
não interferem no objetivo didático destas práticas.
7. Normas
______, ABNT NBR 6954 – Lastro Padrão: Determinação da Forma do Material. Rio de Janeiro,
1989.
______, DNER-ME 078 – Agregado Graúdo: Adesividade a Ligante Betuminoso. Rio de Janeiro,
1994.
______, DNER-ME 084 – Agregado Miúdo: Determinação da Densidade Real. Rio de Janeiro,
1995.
______, DNER-ME 086 – Agregados: Determinação do Índice de Forma. Rio de Janeiro, 1994.