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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
2596 - LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO

AGREGADOS

Acadêmicos: João Pedro Ávila Mistrello R.A.: 93388


Gabriel Parpinelli Ferreira Dalcolli R.A.: 99063

Professor: Jesner Sereni Ildefonso

Maringá, 2019
1. Sumário

1. Sumário ........................................................................................................................................2
2. Introdução ...................................................................................................................................3
3. Revisão teórica ............................................................................................................................4
4. Materiais e métodos ....................................................................................................................6
4.1 ENSAIO DE ÍNDICE DE FORMA COM PAQUÍMETRO .................................................6
4.1.1. Materiais .......................................................................................................................6
4.1.2. Métodos .........................................................................................................................6
4.2. ENSAIO DE ÍNDICE DE FORMA COM CRIVO REDUTOR ...........................................7
4.2.1 Materiais .............................................................................................................................7
4.2.2 Métodos ...............................................................................................................................7
4.3. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO AGREGADO GRAÚDO E
DENSIDADE REAL DO AGREGADO MIÚDO ...........................................................................7
4.3.1. Materiais para o ensaio do agregado miúdo ..............................................................7
4.3.2. Métodos para o ensaio agregado miúdo .....................................................................8
4.3.3. Materiais para o ensaio do agregado graúdo.............................................................8
4.3.4. Métodos para o ensaio agregado graúdo....................................................................9
4.4. DETERMINAÇÃO DA ADESIVIDADE DE AGREGADO A LIGANTE ASFÁLTICO .9
4.4.1. Materiais .......................................................................................................................9
4.4.2. Métodos .......................................................................................................................10
5. Resultados e análises .................................................................................................................10
5.1. ENSAIO ÍNDICE DE FORMA COM PAQUÍMETRO .........................................................10
5.2. ENSAIO ÍNDICE DE FORMA COM CRIVO REDUTOR ...................................................11
5.3. DENSIDADE DOS AGREGADOS ........................................................................................13
5.4. ADESIVIDADE DE AGREGADO GRAÚDO A LIGANTE BETUMINOSO .....................14
6. Conclusões e discussões ............................................................................................................15
7. Normas .......................................................................................................................................16
2. Introdução

De acordo com a ABNT NBR 9935/2005, agregado é definido como material sem forma ou
volume definido, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para a produção de
argamassa e de concreto. É um termo genérico para areias, pedregulhos e rochas minerais em seu
estado natural ou britadas em seu estado processado.
O nível de desempenho em serviço de um determinado agregado depende das propriedades
geológicas da rocha de origem. São importantes, portanto, informações sobre o tipo de rocha, sua
composição mineralógica, sua composição química, sua granulação, seu grau de alteração, sua
tendência à degradação, abrasão ou fratura sob tráfego e o potencial de adesão do ligante asfáltico em
sua superfície. Os agregados utilizados em pavimentação podem ser classificados em três grandes
grupos, segundo sua natureza, tamanho e distribuição dos grãos.
O agregado escolhido para uma determinada utilização deve apresentar propriedades de modo a
suportar tensões impostas na superfície do pavimento e também em seu interior. O desempenho das
partículas depende da maneira como são produzidas, mantidas unidas e das condições sob as quais
vão atuar. A escolha é feita em laboratório onde uma série de ensaios é utilizada para a predição do
seu comportamento posterior quando em serviço.
Com o intuito de conhecer as características para o desempenho das partículas, o objetivo desta
prática foi determinar o índice de forma dos agregados através do paquímetro e do crivo redutor,
massa específica do agregado graúdo, densidade real do agregado miúdo e verificar a afinidade do
agregado com o ligante asfáltico.
3. Revisão teórica

A trabalhabilidade e resistência ao cisalhamento das misturas asfálticas e a energia de


compactação necessária para se alcançar certa densidade é grandemente influenciada pela forma das
partículas dos agregados. Partículas irregulares ou de forma angular tendem a apresentar melhor
intertravamento entre os grãos compactados, tanto maior quanto mais cúbicas forem as partículas e
mais afiadas forem suas arestas (BERNUCCI et. al., 2006).
A forma das partículas pode ser caraterizada segundo a norma ABNT NBR 6954/1989, onde são
medidas por meio de um paquímetro três dimensões das partículas: comprimento (a), largura (b) e
espessura (c) e são classificadas conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 – Classificação da Forma das Partículas

Média das Relações b/a e c/b Classificação da Forma


b/a > 0,5 e c/b > 0,5 Cúbica
b/a < 0,5 e c/b > 0,5 Alongada
b/a > 0,5 e c/b < 0,5 Lamelar
b/a < 0,5 e c/b < 0,5 Alongada - Lamelar

Fonte: ABNT NBR 6954/1989

Outro modo de caracterizá-las é por meio do índice de forma (𝑓), ensaio descrito pela DNER-
ME 086/94. Esse índice varia de 0,0 a 1,0, sendo o agregado considerado de ótima cubicidade quando
𝑓 = 1,0 e lamelar quando 𝑓 = 0. Para o cálculo do índice de forma, utiliza-se a Equação 01.

𝑃1 + 0,5∙𝑃2
𝑓= (Equação 01)
100∙𝑛

Em que:
▪ 𝑓 = índice de forma;
▪ 𝑃1 = soma das porcentagens retidas nos crivos I das frações que compõem a amostra;
▪ 𝑃2 = soma das porcentagens retidas nos crivos II das frações que compõem a amostra;
▪ 𝑛 = número de frações da amostra.

Para caracterizar o agregado, como realizado para vários materiais como agregados miúdo e
graúdo, solo, rejeitos, entre outros, deve-se conhecer a densidade do material e a sua massa específica,
bem como a absorção de água, uma vez que agregados porosos absorvem água e asfalto e necessitam
de uma quantidade adicional de ligante para preencher os vazios e promover coesão (BERNUCCI et.
al., 2006). A densidade real do agregado miúdo é obtida através da Equação 02.
𝑏−𝑎
𝐷 = (𝑑−𝑎)−(𝑐−𝑏) (Equação 02)

Em que:
▪ 𝐷 = densidade real do agregado miúdo;
▪ 𝑎 = massa do picnômetro;
▪ 𝑏 = massa do conjunto picnômetro + agregado miúdo;
▪ 𝑐 = massa do conjunto picnômetro + agregado miúdo + água;
▪ 𝑑 = massa do conjunto picnômetro + água.

Para determinar a densidade aparente e a absorção do agregado graúdo, utiliza-se a Equação


03 e Equação 04, respectivamente.

𝑀𝑠
𝐷𝑎𝑝 = (Equação 03)
𝑀ℎ −𝐿

Em que:
▪ 𝐷𝑎𝑝 = densidade aparente do agregado graúdo;
▪ 𝑀𝑠 = massa, ao ar, do agregado seco em estufa, em g;
▪ 𝑀ℎ = massa, ao ar, do agregado na condição saturado superfície seca, em g;
▪ 𝐿 = leitura na balança correspondente ao agregado submerso, em g.

𝑀ℎ −𝑀𝑠
𝑎= ∙ 100 (Equação 04)
𝑀𝑠

Em que:
▪ 𝑎 = absorção do agregado, em porcentagem;
▪ 𝑀𝑠 = massa, ao ar, do agregado seco em estufa, em g;
▪ 𝑀ℎ = massa, ao ar, do agregado na condição saturado superfície seca, em g.

A adesividade ao ligante asfáltico, que é descrita pela norma DNER/ME 078/94, é outro
aspecto importante para caracterizar os agregados. O efeito da água em separar ou descolar a partícula
de ligante asfáltico da superfície do agregado pode torná-lo inaceitável para uso em misturas
asfálticas. Agregados aceitáveis são aqueles com alta adesividade em presença de água, hidrofóbicos,
e os não satisfatórios são aqueles que sofrerem deslocamento parcial ou total da película betuminosa
nesse tempo (BERNUCCI et. al., 2006).
A seleção de agregados para utilização em revestimentos asfálticos depende de sua
disponibilidade, custo e qualidade, bem como do tipo de aplicação. O agregado escolhido deve
atender às solicitações impostas na superfície do pavimento e no seu interior, dando estabilidade
mecânica, além de resistir à abrasão superficial e suportar as tensões solicitantes do tráfego,
transmitindo-as às camadas inferiores de forma atenuada. O nível de desempenho de um revestimento
asfáltico será tanto melhor quanto maior for o entendimento de como seus constituintes reagem juntos
sob as condições prevalecentes em um pavimento (BERNUCCI et. al., 2006).

4. Materiais e métodos

4.1 ENSAIO DE ÍNDICE DE FORMA COM PAQUÍMETRO

4.1.1. Materiais

▪ Brita 1;
▪ Paquímetro com precisão de 0,01 cm.

4.1.2. Métodos
Inicialmente, o modo de leitura do paquímetro foi explicado aos alunos, bem como a forma
correta de segurá-lo, de modo a não deixar o agregado a ser medido se mover ou soltar-se do
instrumento.
Foram feitas as medidas de três dimensões do agregado graúdo, sendo que a medida “a”
correspondia à maior medida, a medida “b” à medida intermediária e a “c” à menor medida, conforme
ilustra a Figura 2. O processo foi realizado para 25 agregados, selecionados por tamanhos
aproximados previamente.
Figura 2- Dimensões do corpo-de-prova a serem medidas

Fonte: ABNT NBR 6954/1989

Sendo que 𝑎 é a maior dimensão do corpo de prova; 𝑏 a intermediária e 𝑐 a menor dimensão do


corpo-de-prova.
Calculadas as relações 𝑏/𝑎 e 𝑐/𝑏 e, de acordo com a ABNT NBR 6954/1989, classificando os
corpos de prova em cúbicos, alongados, lamelares ou alongados-lamelares, de acordo com a Tabela
1, caracterizou-se o agregado analisado de acordo com as porcentagens presentes de cada forma.

4.2. ENSAIO DE ÍNDICE DE FORMA COM CRIVO REDUTOR

4.2.1 Materiais

• Balança com capacidade de 20 kg, sensível a 1 g;


• Crivos redutores de abertura retangular de 38,0 – 32,0 – 25,0 – 21,0 – 19,0 – 17,0 – 16,0
– 12,7 – 10,5 – 9,5 – 8,5 – 8,0 – 6,3 – 5,3 – 4,8 – 4,2 e de 3,2 mm, com respectivo
suporte para o peneiramento;
• Tabuleiro de (45 x 25 x 5) cm.

4.2.2 Métodos
Inicialmente, foi feita uma análise granulométrica do material para se conhecer em que
graduação da Tabela, em anexo, a amostra se enquadrava. Com uma graduação máxima de 19,1 mm,
foram utilizadas três frações distintas de 2000,0 g de material. A primeira fração estava contida na
faixa de diâmetro máximo de 19,0 mm e diâmetro mínimo de 16,0 mm, a segunda fração estava
contida na faixa de diâmetro máximo de 16,0 mm e diâmetro mínimo de 12,7 mm e a terceira fração
estava contida na faixa de diâmetro máximo de 12,7 mm e diâmetro mínimo de 9,5 mm.
Para cada uma das três frações, foram separadas as partículas retidas no crivo redutor de
abertura igual à metade do tamanho diretriz correspondente, anotando-se o seu peso (Crivo I). O
material que passar no primeiro crivo redutor deve ser testado em um segundo crivo redutor de
abertura igual a 1/3 do tamanho diretriz da fração. Anota-se o peso do material retido neste crivo
(Crivo II).
Feito isso, foram obtidas as massas de material retido e passante, para os dois crivos em cada
amostra, e as massas retidas transformadas em porcentagem e, por meio da Equação 01, determinou-
se o índice de forma 𝑓.

4.3. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO AGREGADO GRAÚDO E


DENSIDADE REAL DO AGREGADO MIÚDO

4.3.1. Materiais para o ensaio do agregado miúdo

▪ Picnômetro de 500 mL, com precisão de 0,1 mL;


▪ Repartidor de amostras de 1,3 cm de abertura;
▪ Peneiras de abertura de 4,8 mm e 0,075 mm;
▪ Balança com capacidade de 2 kg, com precisão de 0,01 g;
▪ Estufa para temperaturas entre 105 °C e 110 °C;
▪ Cápsula de porcelana com capacidade de 500 mL;
▪ Bomba de vácuo;
▪ Dessecador.

4.3.2. Métodos para o ensaio agregado miúdo

Para a amostragem foi separada previamente uma amostra representativa de 1000 g do


agregado miúdo para peneirar cerca de 500 g, que passam na peneira de 4,8mm e ficam retidas na de
0,075 mm, a serem utilizadas no ensaio. A amostra é, em seguida, seca em estufa a aproximadamente
110 °C até atingir massa constante e posteriormente é resfriada em um dessecador.
Para o ensaio, inicialmente é feita a pesagem do picnômetro vazio com tampa, obtendo-se “a”.
Em seguida, a amostra de 500 g de agregado miúdo é inserida no mesmo, e pesada, obtendo-se “b”.
Logo depois, adiciona-se água destilada até que toda a amostra fique coberta por água. Para
retirar o ar contido no picnômetro utiliza-se uma bomba de vácuo, tomando o cuidado de aumentar a
pressão desta aos poucos, para que a água não seja sugada para dentro do aparelho, realizando este
processo por aproximadamente 15 minutos, até que não sejam mais vistas bolhas de ar no interior do
frasco. Feito isso, completa-se com água destilada o restante vazio do picnômetro, não deixando que
o agregado seja descoberto e não jogando água com a pisseta diretamente, já que pode haver a entrada
de ar novamente. Assim, seca-se o frasco e é feita a pesagem do conjunto, obtendo-se “c”.
Por fim, retira-se todo o material do interior do picnômetro, e após limpeza do mesmo, ele é
preenchido com água destilada até o traço de referência, secado e pesando, obtendo-se “d”.

4.3.3. Materiais para o ensaio do agregado graúdo

▪ Balança com capacidade de até 20 kg, com precisão de 1 g, dotado de dispositivo


para manter o recipiente da amostra suspenso na água pelo centro do prato da
balança;
▪ Recipiente para a amostra, com fio de sustentação para pesagem;
▪ Tanque de água impermeável com volume suficiente para imergir o recipiente para
pesagem;
▪ Estufa para temperaturas entre 105 °C e 110 °C;
▪ Peneiras de 4,8 mm de abertura;
▪ Toalha.
4.3.4. Métodos para o ensaio agregado graúdo

Para o ensaio, o agregado foi peneirado e separado previamente. A amostra foi lavada sobre
a peneira de 4,8 mm e seca em estufa até constância da massa, em uma temperatura entre 105 °C e
110 °C. Em seguida, ela foi resfriada à temperatura ambiente entre 1 h e 3 h, seguida da imersão em
água por 24 h, agitando o conteúdo de vez em vez para expulsar eventuais bolhas de ar.
Após este período, retira-se a amostra da água para distribuí-la sobre um pano absorvente e
fazer sua secagem. As partículas são enxugadas, de modo que não entrem em contato com as mãos
do manuseador, para não ocorrer adsorção e interferir nos resultados, até que o brilho que apresentam
se extinguir. Com isso, pesa-se a amostra obtendo-se “Mh” (massa do agregado ao ar, na condição
saturado superfície seca).
Depois, coloca-se o material no recipiente adequado para pesagem sob imersão. Acoplando o
fio de sustentação ao prato da balança, efetua-se a leitura de “L” (massa do agregado submerso),
sendo que a tara do recipiente vazio e imerso em água deve ser feita previamente.
Por fim, faz-se a secagem em estufa da amostra até constância de massa, à temperatura entre 105
°C e 110 °C, resfriando-a posteriormente à temperatura ambiente por um período de 1 a 3 h,
finalizando o experimento com a pesagem e obtenção de “Ms” (massa do agregado ao ar, na condição
seco em estufa).

4.4. DETERMINAÇÃO DA ADESIVIDADE DE AGREGADO A LIGANTE ASFÁLTICO

4.4.1. Materiais

▪ Peneiras de 19 mm e de 12,7 mm, inclusive tampa e fundo, conforme a ABNT EB-


22 de 1988, registrada no SINMETRO como NBR-5734, designada Peneiras para
ensaio;
▪ Fogão ou outra fonte de calor;
▪ Estufa capaz de manter a temperatura em torno de 60 ºC, 100 ºC e 120 ºC;
▪ Balança com capacidade de 1 kg, sensível a 0,1 g;
▪ Espátula de aço inoxidável, com lâmina de aproximadamente 20 cm de
comprimento;
▪ Cápsula de porcelana com cabo de porcelana, ou metálico, com capacidade de 500
ml;
▪ Bécher de alumínio, com capacidade de 250 ml;
▪ Frasco de vidro resistente ao calor, de boca larga, com capacidade de 250 ml.
4.4.2. Métodos
A amostra utilizada no ensaio corresponde a 500 g de material passante na peneira de 19 mm
e retido na peneira de 12,7 mm, devendo ser lavada com água destilada durante 1 minuto para, então,
ser levada para a estufa a 120 ºC, e nela permanecer por duas horas.
A amostra previamente preparada e o ligante betuminoso são aquecidos. Como no ensaio em
questão tratava-se de um ligante betuminoso de cimento asfáltico, este foi aquecido em estufa a 120
ºC e o agregado foi aquecido a 100 ºC.
Sobre o agregado é colocada uma quantidade de ligante (17,5 g pois se trata de cimento
asfáltico) e com a espátula procede-se ao completo cobrimento da área superficial do agregado com
o ligante.
O agregado envolvido pelo ligante é colocado sobre uma superfície lisa, a fim de que o ligante
betuminoso esfrie, cure ou rompa. Posteriormente, é colocado no frasco de vidro e totalmente
recoberto com água destilada. O frasco é colocado a 40 ºC e mantido em repouso por 72 horas.

5. Resultados e análises

5.1. ENSAIO ÍNDICE DE FORMA COM PAQUÍMETRO


As medidas das dimensões do agregado e a sua classificação, segundo o estipulado pela
Tabela 1, estão dispostas na Tabela 2.

Tabela 2 – Resultados das medições e relações obtidas


Dessa maneira, caracteriza-se a amostra de agrados, por meio das informações apresentada na
Tabela 3.

Tabela 3 – Caracterização da Amostra de Agregados

Fonte: Autores (2019)

5.2. ENSAIO ÍNDICE DE FORMA DOM CRIVO REDUTOR

A quantidade de material retida no Crivo I e no Crivo II da fração de agregados que passa na


peneira de 19,0 mm e fica retido na peneira de 16,0 mm está representado na Tabela 4.

Tabela 4 – Dados da primeira fração

Fonte: Autores (2019)

A quantidade de material que fica retido no crivo I e no crivo II da fração de agregados que
passa na peneira de 16,0 mm e fica retido na peneira de 12,7 mm está representado na Tabela 5.
Tabela 5 – Dados da segunda fração

Fonte: Autores (2019)

Já a quantidade de material que fica retido no crivo I e no crivo II da fração de agregados que
passa na peneira de 12,7 mm e fica retido na peneira de 9,5 mm está representado na Tabela 6.

Tabela 6 – Dados da terceira fração

Fonte: Autores (2019)

Dessa maneira, as somas das porcentagens de materiais retidos no Crivo I e no Crivo II são
apresentadas na Tabela 7.
Tabela 7 – Soma das porcentagens retidas nos Crivos I e Crivos 2

(%)
Soma das Porcentagens Retidas nos Crivos I (P1) 214,00
Soma das Porcentagens Retidas nos Crivos II (P2) 74,48

Fonte: Autores (2019)

Por meio dos valores contidos na Tabela 7 e a partir da Equação 01, calculou-se o índice de
forma para estes agregados.

𝑃1 + 0,5 ∙ 𝑃2
𝑓=
100 ∙ 𝑛

214,00 + 0,5 ∙ 74,48


𝑓=
100 ∙ 3

𝑓 = 0,837

5.3. DENSIDADE DOS AGREGADOS

A Tabela 8 contém os resultados obtidos para o agregado miúdo.

Tabela 8 - Resultados do ensaio de densidade real do agregado miúdo.

Fonte: Autores (2019)

Para determinar a densidade real do agregado miúdo, utiliza-se a Equação 02:

𝑏−𝑎
𝐷=
(𝑑 − 𝑎) − (𝑐 − 𝑏)

613,63 − 113,84
𝐷= = 3,02
(605,47 − 113,84) − (939,75 − 613,63)

A Tabela 9 contém os resultados obtidos para o agregado graúdo.


Tabela 9 - Resultados do ensaio de densidade aparente do agregado graúdo.

Variável Medida Massa (g)


Massa do agregado ao ar, na condição seco em
Ms 3173,8
estufa
Massa do agregado ao ar, na condição saturado
Mh 3247,7
superfície seca
L Massa do agregado submerso 2115,1

Fonte: Autores (2019)

Para o cálculo da densidade aparente do agregado graúdo, utiliza-se a Equação 03.

𝑀𝑠
𝐷𝑎𝑝 =
𝑀ℎ − 𝐿

3173,8
𝐷𝑎𝑝 = = 2,802
3247,7 − 2115,1

Para o cálculo da absorção, foi utilizada a Equação 04.

𝑀ℎ − 𝑀𝑠
𝑎= ∙ 100
𝑀𝑠

3247,7 − 3178,8
𝑎= ∗ 100 = 2,328
3178,8

5.4. ADESIVIDADE DE AGREGADO GRAÚDO A LIGANTE BETUMINOSO


O resultado do ensaio foi satisfatório posto que após 72 horas de repouso do frasco contendo
o agregado recoberto pelo ligante betuminoso não houve deslocamento da película betuminosa.

Figura 3- Amostra ensaiada

Fonte: Autores (2019)


6. Conclusões e discussões

No ensaio de índice de forma através do paquímetro obtivemos 76,0% de agregados


classificados como cúbicos que são os desejáveis para a utilização em pavimentos. A mesma
semelhança ocorreu no ensaio através do crivo redutor, na qual o índice de forma foi de 0,837, um
valor elevado, próximo de 1,0 que pode ser representado pela forma cúbica. O agregado graúdo
ensaiado pode ser usado em pavimentos flexíveis na composição do revestimento ou das camadas
inferiores, devido a melhor trabalhabilidade e resistência ao cisalhamento.

No ensaio de determinação da massa específica do agregado graúdo, obteve-se uma densidade


aparente de 2,802 e uma absorção de 2,34 % e para o agregado miúdo, a densidade real foi de 3,02.
Convém destacar que esses valores não possuem uma referência para análise e por isso não são
conclusivos, sendo obtidos apenas para fins didáticos.

Já no ensaio de adesividade, concluiu-se através de uma análise visual, que os agregados


possuem condições satisfatórias de adesividade, pois não houve descolamento da película betuminosa
após 72 h do início do ensaio, portanto podem ser usados adequadamente na produção de camadas
de revestimento onde se emprega essa mistura.

Ressalta-se que erros podem ter ocorrido durante o procedimento dessas práticas bem como na
aferição de medidas ou uso inadequado do equipamento, por exemplo. Entretanto, tais possíveis erros
não interferem no objetivo didático destas práticas.
7. Normas

______, ABNT NBR 6954 – Lastro Padrão: Determinação da Forma do Material. Rio de Janeiro,
1989.

______, DNER-ME 078 – Agregado Graúdo: Adesividade a Ligante Betuminoso. Rio de Janeiro,
1994.

______, DNER-ME 081 – Agregados: Determinação da Absorção e da Densidade de Agregado


Graúdo. Rio de Janeiro, 1998.

______, DNER-ME 084 – Agregado Miúdo: Determinação da Densidade Real. Rio de Janeiro,
1995.

______, DNER-ME 086 – Agregados: Determinação do Índice de Forma. Rio de Janeiro, 1994.

BERNUCCI, L. B. et al; Pavimentação asfáltica – formação básica para Engenheiros. Rio de


Janeiro: Petrobras, 2006.

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