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Propagação de plantas

ornamentais
Base celular da propagação de plantas
Tipos de reprodução x
propagação de plantas
Sexual: produção de sementes e esporos
 Meiose

Assexual: enxertia, mergulhia, estaquia, etc.


 Mitose

Genótipo: conjunto de genes de uma espécie


Fenótipo: combinação do genótipo com o ambiente

Função de qualquer técnica de propagação é preservar um genótipo em


particular ou um conjunto de genótipos de uma determinada espécie.
Meiose x Reprodução Sexual
Reprodução sexual envolve a união de gametas, fertilização e a criação
de uma população de indivíduos com novos e similares ou diferetnes
genótipos.
Meiose: divisão reducional, responsável pela formação dos gametas.

Formação dos gametas


Microsporogênese/Microgametogênese: gameta masculino
Megasporogênese/Macrogametogênese: gameta feminino
Fertilização: união dos gametas ZIGOTO
Mitose x Reprodução Sexual
Mitose: base do crescimento vegetativo normal, da regeneração e
cicatrização de ferimentos.
Genes são replicados nas células filhas;
Cromossomos nas células filhas são os mesmos da célula mãe;

Consequência:
Características da nova planta são as mesmas da planta original (mãe).
Classificação de cultivares
Cultivares oriundas de:
 A partir de sementes;
 Autopolinização (autógamas)
 Origem: linhagem, híbridos
 Polinização cruzada (alógamas)
 Variabilidade genética é controlada e
a uniformidade é mantida dentro de
Categorias das cultivares:
determinado padrão para cada
 Sexualmente propagadas cultivar
 Assexualmente propagadas

 Propagadas por cultura de tecidos,


divisão, enxertia, etc.
 Origem: clone.
Plântulas X Clone

PROPAGAÇÃO

É um conjunto de práticas destinadas a perpetuar as espécies


de forma controlada. Pode ser natural ou artificial; por meio sexual e/ou
assexual.
Plântulas X Clone

PROPAGAÇÃO
Objetivos:

- Manter as características desejáveis da planta mãe;


- Aumentar ou multiplicar o número de plantas rapidamente;
- Antecipar a idade de início de produção;
- Prevenir perdas ou extinção de espécies;
- Obter plantas com resistência a pragas e doenças e melhor adaptadas ao clima e solo.
Sucesso da propagação de plantas
1. Experiência prática e conhecimentos mecânicos, ambientais, possíveis
manipulações químicas e técnicas por parte do profissional  arte da
propagação;
2. Conhecimento de morfologia, genética, crescimento e
desenvolvimento de plantas  ciência da propagação;
3. Conhecimento dos diferentes tipos de plantas e os possíveis métodos
pelas quais possam ser propagadas.
Como escolher ou definir a melhor forma
de propagação?
A preferência é dada conforme:

1 – A facilidade de germinação de sementes;

2 – O número de plantas que podem ser produzidas pelo


método de propagação;

3 – A importância da preservação dos caracteres


agronômicos das plantas-matrizes.
Figura X. Ciclos de propagação de plantas.
Adaptado de Hartmann e Kester (1990). Fonte: Fachinello et al., 2005.
Formas de Propagação de Plantas

Propagação Sexuada  baseia-se no uso de sementes


(via sementes, gâmica)

Propagação Assexuada  uso de estruturas vegetativas


(vegetativa, agâmica)
(2012)
37

O mercado mundial de sementes


movimenta US$ 37 bilhões por ano.
O Brasil é o quarto país na lista de
produção de sementes no mundo,
constituindo um mercado de 2,6
Fonte: Embrapa, 2012.
bilhões de dólares.
Fonte: Embrapa, 2012.
Número de espécies que utilizam a semente como
estrutura de propagação:
FLORICULTURA
- 75% das plantas herbáceas anuais;
- 25% das herbáceas perenes;
- 20% em plantas lenhosas (arbustos e árvores);
- Próximo à 100% das palmeiras.

HORTALIÇAS
- Grande maioria das espécies.

ESPECIES FLORESTAIS
- Grande maioria das espécies.

GRANDES CULTURAS
- Grande maioria das espécies.

FRUTICULTURA
- Relativamente restrita (Espécies nativas???)
(Limitações?  juvenilidade, vigor elevado e a variabilidade genética)
Propagação Sexuada

VANTAGENS

- Produz grande número de plantas em um curto período de tempo;


- Facilidade no transporte e armazenamento;
- Produção de híbrido;
- Filtro para muitas doenças.

DESVANTAGENS (LIMITAÇÕES)

- Algumas espécies não produzem sementes viáveis;


- Algumas sementes não germinam ou apresentam baixa germinação;
- Dificuldade na obtenção de sementes de qualidade no mercado;
- Dependendo da finalidade: Variabilidade genética (em produção).
Propagação Sexuada

Cuidados
- Qualidade das sementes: uniformidade das plantas, ausência de
impurezas, maturidade das sementes;
- Viabilidade (poder germinativo)
- Vigor das sementes ( de atributos da semente –
estabelecimento rápido e uniforme da população no campo);
- Sanidade das sementes: patógenos aderidos à superfície, provocando
danos após a germinação (tratamentos preventivos);
- Observação do acondicionamento das sementes;
- Dormência das sementes.
ESPOROS
São estruturas produzidas pelas plantas ditas “de interiores”, a exemplo de
avencas e samambaias. Os esporos são produzidos na face inferior das folhas.
Estas estruturas podem sobreviver por períodos longos, até que condições
propícias venham contribuir para sua germinação.
Propagação Assexuada ou vegetativa

Propagação Assexuada  uso de estruturas vegetativas


(vegetativa, agâmica)

- Técnica que consiste em reproduzir indivíduos sem modificações


em sua composição genotípica, a partir de partes vegetativas bem
diferenciadas, o que não acontece na propagação sexuada, devido
a recombinação gênica.
- Não há fusão de gametas  reprodução fiel da planta-mãe.
- O grupo de plantas-filha fornecido é denominado de CLONE, que
se caracteriza por ser uniforme e produtivo quando as condições
de clima são favoráveis.
Propagação Assexuada ou vegetativa
- Baseia-se nos seguintes princípios:

 Totipotencialidade
 as células da planta contêm toda a informação genética
necessária para a perpetuação da espécie.

Princípio biológico creditado ao fisiologista vegetal alemão Haberlandt, que em 1902,


enunciou que cada célula vegetal possuía o potencial genético para reproduzir um
organismo inteiro. Elaborou previsões de que tecidos, células e órgãos poderiam ser
mantidas indefinidamente em cultura. De certa forma o conceito de totipotencialidade já era
inerente à teoria celular de Schleiden e Schwan (1838) ao postularem que algumas células
eram capazes de serem separadas do organismo e continuar a crescer independentemente.
Propagação Assexuada ou vegetativa

 Regeneração de células
 as células somáticas e os tecidos apresentam a capacidade de
regeneração de órgãos adventícios.

A propagação vegetativa consiste no uso de órgão da planta, como:


- estacas da parte aérea ou da raiz; gemas ou outras estruturas
especializadas;
- meristemas, ápices caulinares, calos e embriões.

Um vegetal é regenerado a partir de células somáticas, sem alterar o


genótipo, devido a multiplicação mitótica.
CLONE
Propagação Assexuada ou vegetativa

Quando justifica-se o uso da propagação assexuada?

- Propagação de espécies e cultivares que não produzem sementes


viáveis;

- Perpetuação de clones, quando espécies são altamente heterozigotas e


perderiam suas características com a propagação sexuada.

A escolha do método a ser utilizado depende da espécie e do objetivo do


propagador. Um bom método de propagação deve ser de baixo custo,
fácil execução e proporcionar um elevado percentual de mudas obtidas.
Propagação Assexuada ou vegetativa
Vantagens:
- Reprodução fiel da planta-mãe  CLONE;
- Multiplicação de plantas cujas sementes são estéreis ou apresentam dificuldade
na germinação;
- Precocidade das plantas produzidas (redução do tempo de florescimento);
- Rapidez na produção de mudas.

Desvantagens:
- Transmissão de doenças vasculares, bacterianas e viroses;
- Necessidade de plantas matrizes e de instalações adequadas;
- Grande volume de material a transportar e armazenar;
- Requer muita mão de obra;
- Taxa de multiplicação é baixa comparada às sementes (exceto micropropagação)
Processos de propagação vegetativa
NATURAIS ARTIFICIAIS

Utilizam estruturas propagativas métodos que não ocorrem


naturalmente produzidas pelas frequentemente na natureza
plantas

Bulbos Divisão celular


Cormos
Rizomas
Diferenciação em diversos
Estolões ou estolhos
tecidos vegetais e órgãos
Rebentos ou filhotes
Regeneração
Tubérculos
Raízes tuberosas
Folhas
Esporos
Ciclo assexuado
Semente

Germinação

Fase adulta
Fase juvenil

Propágulo
Cone de juvenilidade
Cone de juvenilidade

Apesar de ser a técnica recomendada para a


propagação de kaizuka (Fordham & Spraker,
1977), a estaquia ainda tem apresentado
baixos percentuais de enraizamento para esta
espécie. Estes baixos percentuais por sua vez,
podem estar associados à existência de um
gradiente de maturação presente em algumas
espécies lenhosas. Este, denominado de
gradiente de juvenilidade ou cone de
juvenilidade (teoria do cone), é efetivo em
direção à base da árvore, e deve-se ao fato de
que meristemas mais próximos da base são
formados em épocas mais próximas à
germinação do que os de regiões terminais, o
que pode resultar em taxas de enraizamento
diferentes em relação à altura de coleta do
material a ser propagado (Wendling & Xavier,
2001; Hartmann et al., 2011).
BULBOS:
São caules subterrâneos que apresentam pequeno crescimento vertical em
virtude do diminuto número de nós e, principalmente, pelo reduzido comprimento
dos entrenós. Caracterizam-se pelo acúmulo de reserva.

Exemplos de plantas bulbosas: íris, tulipa, etc.


Keukenhof, na Holanda: a terra das tulipas
Keukenhof, na Holanda: a terra das tulipas
Tulipas
CORMOS:

Os cormos nada mais são que caules sólidos, inchados pelo acúmulo de nutrientes,
capazes de desenvolverem gemas. São caules subterrâneos que têm a porção expandida
da base da haste recobertos por uma ou duas bases foliares secas (similares às túnicas),
semelhantes a escamas secas. Possuem um prato basal, onde surgem as novas raízes.

Exemplos de plantas bulbosas: gladíolo, frésia, açafrão, etc.


RIZOMAS:
De modo semelhante aos bulbos e cormos, os rizomas são caules modificados.
Apresentam crescimento horizontal, podendo ser superficial ou subterrâneo. São
ricos em reservas, mostrando todas as características de um caule: nós, entrenós,
gemas laterais e dominância apical.

Exemplo de plantas rizomatosas bastão-do-imperador, hemerocale, helicônias,


alpínias, estrelícia, algumas samambaias.
TUBÉRCULO:
Os tubérculos, como os bulbos, os cormos e os rizomas, são caules modificados,
formados pela expansão e pelo grande acúmulo de reserva na região apical de
estolhos produzidos na parte subterrânea da planta. São conhecidas
popularmente por batatinhas.

Exemplo de plantas: caládio, tinhorão, etc.


RAÍZES TUBEROSAS:
Embora as raízes não tenham gemas vegetativas, algumas vezes, podem ser
utilizadas na propagação vegetativa natural.

Exemplo plantas com raízes tuberosas: gloxínia, begônia-tuberosa, dália, etc.


ESTOLHOS OU ESTOLÕES

São caules de crescimento horizontal, distinguindo-se dos rizomas por terem


menos diâmetro, entrenós mais longos e sem raízes ao longo dos entrenós.
Podem ser aéreos ou subterrâneos e, normalmente, apresentam alternância de
gemas normais e gemas atrofiadas.

São exemplos de estalões aéreos: moranguinho e begônia.


Este também é o tipo de caules das gramíneas.
REBENTOS E FILHOTES
São brotações surgidas da planta-mãe.

Exemplos de rebentos: brotações que ocorrem no manacá, na Ravenala


madagascariensis (árvore do viajante), em bromélias, etc

Echeveria sp.
FOLHAS
Algumas plantas apresentam brotações na folhas ainda ligadas à planta matriz,
como algumas samambaias. Outras, como folha-da-fortuna, flor de maio, flor de
outubro, sianinhas e diversas cactáceas só desenvolvem brotações nas margem
das folhas, quando destacadas da planta-mãe.

Estaquia de folha
ESTAQUIA
ENXERTIA
MERGULHIA
ALPORQUIA
CULTURA DE TECIDOS (Micropropagação)
ESTAQUIA

Pequenas porções de caule e folhas são colocadas sob condições que


favorecem o enraizamento (leito de enraizamento) formando uma nova planta

Capacidade de diferenciação da porção do tecido vegetal  resultado


da interação entre fatores endógenos e do ambiente

Ferimento que causa a exposição

Formação de raízes adventícias  divisão celular  “calo” 


diferenciação das células em primórdios radiculares
ESTAQUIA

OU SEJA,

Baseia-se no princípio de que é possível regenerar uma planta a


partir de uma porção de ramo ou folha (regeneração de raízes) ou
de uma porção de raiz (regeneração de ramos).

A PARTIR DE UM SEGMENTO, É POSSÍVEL ORIGINAR UMA


NOVA PLANTA.
Propagação de cactáceas por estaquia
ESTAQUIA - aplicações

1. Multiplicação de variedades ou espécies com aptidão para


emitir raízes adventícias;
2. Produção de porta-exertos clonais;
3. Perpetuação de novas variedades oriundas de processo de
melhoramento genético.
ESTAQUIA – vantagens e desvantagens

Vantagens
1. Permite que se obtenham muitas plantas a partir de uma única planta-matriz, em
curto espaço de tempo;
2. É uma técnica de baixo custo e de fácil execução;
3. Não apresenta problemas de incompatibildade entre o enxerto e o porta-enxerto;

Desvantagens - limitações
1. Porém, nem sempre é viável, pois espécies ou cultivares podem apresentar baixo
potencial genético de enraizamento, resultando em pequena porcentagem de
enraizamento;
2. Mesmo que haja formação de raízes, seu desenvolvimento pode ser insuficiente e o
percentual de mudas que sobrevivem após o plantio, pode ser muito baixo. Dar
preferência para outros métodos.
ESTAQUIA - Classificação

- Estaca de folhas
- Estaca de caule

Herbácea (Apical)
Semi lenhosa (Medianas)
Lenhosa (Basal)
Princípios anatômicos do enraizamento

As raízes formadas na estaca são uma resposta ao traumatismo


produzido pelo corte, no qual deve-se considerar dois aspectos:

1. Desdiferenciação  processo pelo qual células de um tecido já


diferenciado retornam à atividade meristemática e originam um novo
ponto de crescimento;

2. Totipotência  Capacidade de uma só célula originar um novo


indivíduo, uma vez que ela contém toda a informação genética
necessária para reconstituir todas as partes da planta e suas
funções.
Princípios fisiológicos do enraizamento

A emissão de raízes é função de fatores endógenos e das condições


ambientais proporcionadas ao enraizamento.
 o manejo da estaquia requer conhecimento e aplicação
desses princípios.

A formação de raízes adventícias deve-se à interação de fatores


existentes nos tecidos e à translocação de substâncias localizadas nas
folhas e gemas  destacam-se os fitohormônios e outros compostos.
Plantas quanto à facilidade de enraizamento

Grupo I
- Enraizamento fácil: os tecidos da estaca fornecem todas as
substâncias (principalmente auxinas) necessárias à iniciação radicular.
- Enraizamento rápido, desde que em condições ambientais favoráveis.

Grupo II
- Enraizamento moderado: presença de diversos co-fatores em quantidade elevadas,
sendo a auxina é limitante;
- Forte resposta com a aplicação exógena de auxina.

Grupo III
- Enraizamento difícil: um ou mais co-fatores de enraizamento estão inativos ou ausentes,
e a aplicação exógena de auxina não melhora o enraizamento.
- Pode ocorrer:
– Falta de enzimas necessárias à síntese de indutores de enraizamento;
– Falta de ativadores enzimáticos;
– Presença de enzimas inibitórias;

- Ex.: rosáceas  combinar uso de auxinas com a presença de folhas.


ESTAQUIA: fatores ligado às plantas

1. Características genéticas da espécie


2. Fase de desenvolvimento da planta
3. Tipo de estaca (presença ou não de folhas e de gemas)
4. Estado nutricional da planta-matriz
5. Época do ano
6. Sanidade
7. Balanço hormonal
- auxinas X citocininas
ESTAQUIA: fatores do ambiente

1. Temperatura
2. Umidade (Nebulização intermitente – MIST; Névoa - FOG)
3. Luz
4. Arejamento
5. Substratos
Câmara úmida
Estaca herbácea
Técnicas da estaquia

Preparo e manejo das estacas

- Comprimento e diâmetro: varia entre as espécies


- Estacas lenhosas – 20 a 30 cm comprimento x 0,6-2,5 cm 
- Estacas semilenhosas – 7,5 – 15 cm
- Estacas herbáceas – ainda menores
- Presença de folhas em estacas semilenhosas e herbáceas
- Estacas lenhosas com gemas
- Nebulização  taxa transpiratória
- Corte das folhas ao meio.
Estaqueamento

- Em recipientes ou em estruturas de propagação;


- Profundidade variável com o tipo de estaca (2/3 da estaca);
- Imersão das estacas em solução fungicida;
- Substratos  garantir a aderência (desidratação).
Técnicas da estaquia

Substratos

- Grande influência (especialmente em espécies de difícil enraizamento);


- Deve proporcionar retenção de água suficiente para prevenir a dessecação da
base da estaca e, quando saturado, manter uma quantidade adequada de
espaço poroso, para facilitar o fornecimento de O2.
- Substratos que não sejam fontes de inóculo de organismos saprófitos;
- Ex.: vermiculita, areia, casca de arroz.
Técnicas da estaquia

Lesão na base da estaca

- cortes favorecem a formação de calo e de raízes.

Estiolamento

- Ausência de luz  resulta em brotações alongadas, com folhas pequenas e


não expandidas e baixo teor de clorofila.

- Tecidos estiolados  baixos teores de lignina e altos de auxina endógenas e


outros co-fatores do enraizamento.

Anelamento
- Obstrução feita por meio de um corte na região do córtex em ramos da planta-matriz.
- Estrangulamento  com a torção de um arame em volta do ramo.
- Finalidade: bloqueia a translocação descendente de carboidratos, fitohormônios e co-
fatores do enraizamento, permitindo a acumulação desses compostos.
Técnicas da estaquia

Uso de nutrientes minerais

- Favorece a condição nutricional da estaca no enraizamento.


- Compostos nitrogenados
- Boro com AIB
- Zinco (aumento no teor de triptofano)

Tratamento com fitorreguladores

- Aumentar a % de estacas que formam raízes, acelerar sua iniciação, aumentar


o número e a qualidade das raízes formadas e a uniformidade no enraizamento.
- [ ] e métodos de utilização varia com as espécies e tipo de estaca.
- Na forma de pó, solução diluída e solução concentrada.
Resultado de experimento

PRODUÇÃO DE MUDAS VIA ESTAQUIA DE Alternanthera dentata (Moench) NAS


CONDIÇÕES DE BOM JESUS, PIAUÍ

-herbáceas apicais (EA)


(10 cm de comprimento,
apresentado um par de
folhas definitivas e gema
apical);
- medianas (EM)
(12 cm de comprimento,
apresentado um par de
folhas definitivas);
- basais (EB)
(15 cm de comprimento e
não apresentando folhas).

Época chuvosa e seca

Concentrações de 0, 1000, 3000


e 5000 mg kg-1
Época Chuvosa
E ES E
A L L

Época Seca

E ESL E
A L
Época Chuvosa

Época Seca
Figura 1. Porcentagem de estacas com raízes [(- - -)
época chuvosa; (___) época seca] de A. dentata em
função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus, 2009.

Em todas as doses de AIB, os maiores


percentuais de enraizamento foram obtidos
na época chuvosa  média de 98,53% Figura 2. Porcentagem de estacas sobreviventes [(- - -)
época chuvosa; (___) época seca] de A. dentata em
Época seca  média de 78,74%. função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus, 2009.
Quanto ao tipo de estacas:
- EA e EM  melhores resultados
(Sem diferença estatística)

- EM a partir da dose de 1000 mg kg-1


pequena superioridade à EA.

- Máxima % na dose de 3000 mg kg-1,


com 98,75%.

Figura 3. Porcentagem de estacas com raízes [(_____)


estaca apical; (- - -) estaca semilenhosa e (......) estaca
lenhosa] de A. dentata em função das doses de AIB
(AIB). Bom Jesus, 2009.

1. A dose de AIB para promover o enraizamento de estacas de A. dentata é na


quantidade de 1000 mg kg-1;
2. As estacas apicais e medianas são as mais indicadas para a produção de mudas
de A. dentata;
3. A época chuvosa é a mais propícia para a produção de mudas de A. dentata com
melhor qualidade.
MERGULHIA

Permite enraizar uma porção da planta sem destacá-la da planta-mãe.

Eficiente suprimento de reservas, água e hormônios.

SIMPLES / DE PONTA
CONTÍNUA
DE CÊPA / TOPO
AÉREA OU ALPORQUIA
Mergulhia simples / de ponta
1. Ramo da planta matriz sofre cortes (anelagem)
2. Passar dentro do solo
3. Deixar fora a parte ligada a planta-mãe e sua parte apical
4. Parte mergulhada coincidir com o ferimento

Ponta

Simples

** Em qualquer planta com disponibilidade de ramos


Mergulhia de cêpa
Mergulhia aérea ou alporquia

- Variação da mergulhia
- O enraizamento é provocado no ramo sem a separação da planta matriz.
- Ao invés de levar o ramo ao solo, leva-se o solo (substrato) ao ramo.
- Controle da umidade.
- Alporque em ramos com pelo menos 20 cm de comprimento.
- Ramos mais compridos, vários alporques.
Mergulhia aérea (alporquia)
MERGULHIA

Desvantagens:

- Consumo de grande quantidade de ramos para produção de uma muda


- Não aproveitamento de todos os ramos
- Morosidade
- Baixo rendimento
ENXERTIA

Permite multiplicação de clones mediante:

Porta-enxerto  “cavalo” Enxerto  “cavaleiro”

Variedades ou espécies que Variedades de melhor


tenham sistema radicular produção ou efeito
resistente a determinadas ornamental
condições
ENXERTIA
Utilização da enxertia:

- Manter as características genéticas de uma espécie, de uma cultivar ou de


um clone;
- Propagar plantas que não podem ser multiplicadas por outros métodos;
- Obter benefícios com o porta-enxerto;
- Substituir cultivares de plantas estabelecidas;
- Recuperar partes de plantas danificadas;
- Combinar clones ou cultivares.
ENXERTIA
Fatores que afetam o pegamento do enxerto  INCOMPATIBILIDADE

- Afinidade genética  mesma família;


- Fatores fisiológicos  mesmas exigências nutricionais;
- Fatores bioquímicos  sp. Folhas caducas x folhas persistentes;
- Consistência dos tecidos;
- Afinidade anatômica  células com tamanho, forma e consistência s;
- Porte e vigor s;
- Sensibilidade a doenças.
ENXERTIA
Sucesso:

1. Enxertador tenha aptidão e seja treinado para isso:


- pegamento e rendimento
2. Lâmina cortante bem afiada
3. Método de enxertia e época seja adequados  evitar época de floração
4. Assepsia: evitar contato com a mão nas superfícies cortadas

EFICIÊNCIA DA ENXERTIA

- Compatibilidade entre o porta-enxerto e enxerto


- Bom contato entre as partes enxertadas (soldadura)
- Enxerto protegido (amarrado)
ENXERTIA – condições ambientais

1. Temperatura  divisão celular (união) e desidratação;


2. Umidade do ar e do solo  paredes finas sensíveis à
desidratação; turgidez.
3. Oxigênio  atividade respiratória intensa; cuidado com ceras
ou outros protetores;
4. Luminosidade  enxertia em dias com baixa luminosidade 
dessecação;
5. Vento  quebra do enxerto no ponto de união; desidratação;
6. Idade do porta-enxerto  mais jovens, atividade celular mais
intensa;
ENXERTIA – condições ambientais

7. Época  depende da biologia da planta e tipo de enxerto;


8. Classificação botânica  grau de parentesco;
9. Sanidade do material  livres de pragas e doenças;
10. Técnica da enxertia  problemas com cicatrização do
enxerto
11. Oxidação de compostos fenólicos  formação do calo e
cicatrização;
12. Habilidade do enxertador.
ENXERTIA

BORBULHIA GARFAGEM
“T” normal
Fenda Cheia
“T” invertido
Meia Fenda
Em placa ou janela aberta
Inglês Simples
Em “I” ou janela fechada
Inglês Complicado
ENXERTIA: borbulhia

Borbulha = parte com gema

“T” normal
ENXERTIA: garfagem (de topo)
Garfagem  Fenda cheia
Garfagem  Inglês simples
Garfagem  Inglês complicado
Garfagem  Encostia
MUDA TURBINADA??
Propagação “in vitro”

Cultura de meristemas
Micropropagação

Realizada em laboratórios especializados à


partir de fragmentos retirados de vegetais
(explantes)

Multiplicação em meio artificial


Propagação “in vitro”

Vantagens:

- Rapidez

- Alto rendimento

- Plantas isentas de doenças bacterianas, viróticas e


vasculares = “limpas”

- Uniformidade
Meios de crescimento específicos
Salas sob condições artificiais: ToC, luminosidade e umidade controladas
Formação de gemas adventícias: retiradas dos vidros e colocadas para
crescer em ambiente controlado para enraizamento

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