Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
~1~
Aleatha Romig
#1 Insidious
~2~
SINOPSE
Desejos obscuros... segredos mortais... decepções tortuosas...
Nada é exatamente como parece em INSIDIOUS, o novo thriller erótico
da autora best-seller Aleatha Romig.
~3~
A SÉRIE
~4~
PRÓLOGO
Passado
APREENSIVA, A PACIENTE se sentou contra a mesa de exame
coberta de papel e levantou seu vestido delicado. Seus olhos foram entre
a enfermeira e seu marido, enquanto ela esperava o gel ser aplicado em
sua barriga já crescida. Arrepios percorreram sua carne exposta quando
o líquido frio escorreu para sua pele. Fazendo uma oração silenciosa,
ela fechou os olhos.
~5~
— Bebê? — a paciente novamente questionou, com os olhos
cheios de lágrimas. — O que quer dizer bebê? Estou grávida de
gêmeos! Há dois bebês! Nós os vimos.
— Eu sei que você sabe o que você está vendo. Nos diga. Nos diga
o que você vê!
— O médico...
— Senhor, o médico...
~6~
Tomando o bastão da enfermeira, o médico olhou
confortavelmente em direção a paciente. — Como você tem se sentido?
~7~
CAPÍTULO UM
Presente
O PANO DE FUNDO AZUL FEZ pouco para temperar o calor da
Flórida. Espiando através do para-brisa, eu assisti a quente ondulação
do ar abafado através de ondas indetectáveis, quando o impressionante
horizonte de Miami apareceu na curva e arco da ilusão de óptica
induzida por calor. Aumentando ao ar condicionado do carro, eu
ansiava por uma brisa, qualquer coisa para quebrar o peso opressivo da
umidade fora de época no outono. O ar úmido saturava cada vez mais
enquanto meus saltos andavam sobre as ruas de concreto e entre os
castelos de vidro. Eu estava onde outros desejavam estar. Isso era o
melhor dos melhores: as casas, escritórios, e a penca de compras para a
sociedade de elite de Miami. Para um turista, o desconhecimento, destes
edifícios e monumentos de Miami era um testemunho atraente para o
poder da riqueza e influência. No entanto, na realidade, eles eram
apenas uma fachada bonita esperando pacientemente para prender o
participante relutante. Eu devia saber. Ao mesmo tempo eu era essa
participante relutante, arrastado para as profundezas da maldade. Isso
foi há anos. Eu aprendi bem a lição e fiz o meu papel. Não mais disposta
a ser uma vítima, hoje eu sou insidiosa1.
~8~
secretamente outros modos de me exibir, mas, no momento, um par de
sapatos vermelhos seria suficiente.
~9~
telefone, lendo minhas mensagens de texto. A sensação de sufocamento
apareceu onipresente quando eu li uma de meu marido:
HOJE?
AGORA.
Nós dois sabíamos que agora não era uma opção, mas um ajuste
menor da minha agenda e um ligeiro malabarismo das minhas
responsabilidades permitiria que mais tarde fosse uma
possibilidade. Alisando a seda do meu vestido de verão sobre o meu colo
enquanto tentava desesperadamente ignorar o cheiro de suor
impregnado no táxi, eu apreciava a realidade: mais tarde estava quase
em cima de mim. Apenas o carro poderia voar em vez de lutar contra o
tráfego do meio-dia.
~ 10 ~
não faria para continuar o fluxo de informações. Além disso, o sexo era
nada mais do que uma ferramenta, uma arma. Isso tinha sido usado
contra mim, mas eu tinha aprendido a usá-lo em meu favor. Se o sexo
me ajudava a conseguir meu objetivo, não havia razão fodida nenhuma
para não usá-lo.
Não era como se eu sempre lhe negasse o sexo. Por uma questão
de fato, tínhamos uma série de locais espalhados por toda a cidade
onde eu não tinha negado a ele, mas, sinceramente, havia algo sobre
Brody que me deixava desconfortável. O sexo era um ato mecânico para
mim, um tempo para deixar meu corpo sair. Cada vez que Brody e eu
estávamos juntos, era cada vez mais difícil. Eu não queria enfrentar
essa realidade ou até mesmo as questões internas que suscitava.
~ 11 ~
encontrado um aliado que discordava. Afinal, era o meu nome, Victoria
Conway Harrington, nos documentos. Apesar da obstinação de meu
marido, eu tinha o direito de saber.
~ 12 ~
mais provocações. O cheiro de sua loção pós-barba me encheu de
memórias de lençóis recém-lavados, tão diferente da colônia masculina
pesada que meu marido usava. Eu lutei contra a vontade de estender a
mão e correr pelo rosto de Brody, para sentir a ligeira barba por fazer
sob meus dedos.
— Isso é impressionante.
— Está tudo bem, baby? Você parece tão... eu não sei... como se
estivesse prestes a explodir. Ou implodir?
~ 13 ~
Eu dei um passo para trás e caminhei em direção ao sofá,
ajustando meu vestido e ignorando a parte de mim que desejava ficar
perdida em seus braços.
~ 14 ~
questão de tempo. Mas agora ele está discutindo sobre os remédios para
dor. Eu gosto que isso o faça dormir. Eu estou esperando que um dia
ele vá ir dormir e não acordar.
~ 15 ~
lugar. Você sabe? Se ele está sentindo a finalidade de sua situação, ele
provavelmente não quer que qualquer coisa esteja fora do lugar. —
Brody deu de ombros. — Ser o cara que sabe de tudo e tal.
~ 16 ~
caramba. Eu não sou como os outros. Eu não quero te foder. — um
estrondo profundo veio de seu peito. — Isso não é verdade. Eu quero
isso também. Mas... — ele tocou minha bochecha com o dorso da
mão. — O que eu quero mais do que qualquer coisa é fazer amor com
você, te segurar e ver você dormir, e estar lá quando você acordar. Eu
quero te amar tanto que, quando esses belos olhos estiverem fechados,
eu não tenha nenhuma dúvida de que você está sonhando comigo. E
quando você acordar, eu quero ser o único a fazer cada um de seus
sonhos.
— Brody, por favor, por favor, não faça promessas que não
pretende manter.
~ 17 ~
— Tori. — a voz do meu marido foi mais forte através do telefone
do que tinha sido no início da manhã. Obviamente ele tinha conseguido
diminuir a dor com remédios.
~ 18 ~
CAPÍTULO DOIS
Presente
MINHAS MÃOS TREMIAM enquanto meu corpo vacilava. Por que
eu estava mesmo surpresa que ele tinha voltado atrás em sua
palavra? O filho da puta tinha prometido! Ele prometeu estar sempre
comigo!
Às vezes eu odiava a música tanto quanto sua voz. Por quase nove
anos isso tinha sido a mesma lista sinistra. Quando eu perguntei,
Stewart se recusou a me dizer os nomes das músicas, só que elas o
lembravam de um momento há muito tempo. Conforme os anos
passaram, eu acho que encontrei nova garantia na previsibilidade da
ordem. Sem o meu sentido da visão, ele me deu algo para segurar, algo
esperado. Cada vez que ele reiniciava a música, sempre era desde o
início. Eu tinha ouvido a primeira melodia tantas vezes que
assombravam meus sonhos. Um dia, eu procurei e procurei na Internet
até que eu achei: Fatal Lullaby. Sabendo o título tornou ainda mais
deprimente. Se isso fosse mesmo possível Death Dance veio em
seguida. Todas as músicas que ele escolheu foram feitos por Adrian von
Ziegler e eram música instrumentais. Nada continha palavras, somente
escuros e torturados estirpes que ressoavam através de meus ouvidos
enquanto eu lutava para dar sentido ao mundo ao meu redor.
~ 19 ~
Fechando os olhos, cheguei para o meu carro. Fugir do fedor da
garagem, do armazém, e minha vida era meu único pensamento. Sem
dúvida, eu precisava ficar longe deste lugar.
~ 20 ~
Isso foi antes, antes do armazém, e antes que a morte o agarrasse
pelas bolas. Ele não anda mais em uma nuvem de perfume caro. Agora,
o cheiro de morte e negação pendurava em camadas em torno dele e
seu quarto de hospital improvisado.
— Não?
~ 21 ~
— Venha para casa. — ao contrário de seu tom de voz através dos
autofalantes malditos, estas palavras foram ditas mais como um
apelo. — Os médicos querem me dar mais remédio. Eu quero ver você
primeiro. Eu quero te dizer o quão boa você foi. Quão orgulhoso estou
de você.
— O que aconteceu?
— Eu quero que você volte para casa agora. Você é minha esposa.
~ 22 ~
era a abertura que eu precisava. Se ele tinha revisado, eu poderia revê-
lo.
~ 23 ~
Minha pele se arrepiou. — Trish, eu suspeito que, mesmo que a
assistente do Sr. Craven esteja ocupada, ela pode encontrar tempo para
mim. Eu não vou embora até que eu veja o que eu vim ver.
— Obrigada.
~ 24 ~
EU ACABEI DE RECEBER UM TELEFONEMA DE
STEWART. VOCÊ ESTÁ PENSANDO EM VIR ME VER? EU ADORARIA
SAIR, MAS EU ESTOU EM UM TURNO HOJE. AMANHÃ?
— Sim, senhora.
~ 25 ~
Eu massageei drasticamente minha testa. — Obrigada
novamente. Espero que isso não te atrase.
Comecei a ler:
~ 26 ~
mãos suadas na minha pele. Eu não podia permitir que ele visse meu
ódio. Era o meu combustível, a minha energia para continuar.
— Porque?
Ele respirou fundo. — Esta tarde. Ele disse isso esta tarde?
— Eu estou balbuciando?
Bati minha mão nas páginas. O barulho ecoou por toda a sala
pequena quando meus olhos perfuraram os dele. — Sr. Craven, eu
acredito que você e sua empresa foram contratadas pelo meu marido e
eu. Se você quiser que o arranjo continue num futuro previsível, você
não vai tentar me impedir de ver os documentos que pertencem a mim:
este ou qualquer outro.
~ 27 ~
Eu me inclinei para trás, ainda segurando o documento. —
Porque? Por que você duvida de mim?
~ 28 ~
CAPÍTULO TRÊS
Presente
EU NÃO SABIA SE EU podia confiar Brody suficiente para
compartilhar minha revelação sobre Parker. Sinceramente, eu não tinha
certeza se eu teria estômago em dizer em voz alta. Memórias de meu
primeiro encontro com Parker Craven, pensamentos de discussões e
jantares, bem como o tempo gasto com sua esposa, jogando tênis,
atendendo funções de caridade, todos combinados trariam de volta a
minha náusea de antes. Eu sabia no fundo do meu estômago que hoje
não tinha sido o nosso primeiro encontro. O cheiro fantasmagórico de
sua colônia infiltrou através de anos de encontros sexuais até que tudo
o que eu queria fazer era enterrá-los em um profundo túmulo sem
fundo.
~ 29 ~
— E você está surpresa? Um homem que fez você assinar um
contrato assim... você está surpresa que ele quebrou uma promessa?
— Você ainda está fazendo isso. Você está recuando para onde
quer que vá nessa bela cabeça sua.
— Quando você falou, o que você disse a ele que você ia fazer?
~ 30 ~
As sobrancelhas de Brody atingiram o topo com expectativa. —
Você sempre passa a noite em sua irmã?
Eu balancei a cabeça.
— Não é perigoso?
— Ela riu e me disse que ela iria obter uma proposta de subsídio
para mim, logo que ela pudesse.
~ 31 ~
— Não, ela não é, — disse Brody com naturalidade.
— Centenas, talvez milhares. Mas quem pode dizer que ela não
teria feito isso-
Ele não poderia ter estado mais errado. Santidade não estava no
meu futuro. Bem, a menos que o diabo tivesse um programa de
aprendizagem. Quero dizer, ele começou como um anjo. Eu ri. Talvez o
diabo tenha um programa. Infelizmente para ele, eu tinha sido uma
aluna muito boa.
— Você está fazendo isso de novo. — seu tom era exigente quando
ele proclamou: — Fique comigo.
— Eu não posso.
— Não à noite, embora eu queira isso. Fique aqui nesta suíte, com
vista para o mar. — ele fez um gesto em direção às janelas. — Fique
aqui. Não volte para a escuridão.
~ 32 ~
A torção ansiosa no meu estômago me disse o que eu já sabia:
que eu deveria ir. Eu não deveria permitir que as minhas trevas
poluíssem sua luz. No entanto, antes que eu pudesse argumentar,
Brody tinha organizado uma cama de travesseiros e me puxou para seu
peito largo. O bater do seu coração ecoou em meu vazio. Ele ressoou
com uma dor mais dolorosa do que a vergonha que eu costumava sentir
a partir do armazém ou dos comentários de Stewart.
Eu levantei meu rosto para ele e corri meus dedos pelo cabelo
macio, curto. À luz natural das janelas abertas, o tom de sua cabeça
loira era difícil distinguir. Levantando o meu queixo, eu beijei seus
lábios. A conexão inocente aprofundou enquanto nossas línguas se
uniam.
— Vik, eu quero que você saiba que eu penso de você como mais
do que uma foda-
~ 33 ~
quero ser a pessoa no controle dos meus movimentos e respostas. Eu
quero que você me foda. Me foda como ninguém jamais me fodeu. —
meus polegares encontraram o cós da minha calcinha. — Será que você
pode fazer isso por mim?
— É isso aí. Fique comigo. Oh, baby, você está ficando tão
molhada para mim...
~ 34 ~
que o simples pensamento da presença deles fazia meu corpo virar
pó. Às vezes eu imaginava que a poeira explodindo...
~ 35 ~
quando fogos de artifício inflamaram e flashes de luz eletrificou meu
corpo a partir de dentro. Eu não podia deixá-lo ir, com medo de que se
eu fizesse, eu ia ser lavada por ondas de prazer caindo dos meus dedos
para os dedos dos pés.
~ 36 ~
suíte. Como uma nuvem de paz, o quarto - o inferno, o mundo - caiu em
uma calma induzida pelo clímax.
— É mais de meia-noite.
~ 37 ~
— Será que ela vai aceitar?
~ 38 ~
CAPÍTULO QUATRO
Dez anos antes
— Srta. Conway?
~ 39 ~
Ela arregalou os olhos. — Senhorita Conway, você está aqui para
ver o Sr. Harrington. Estamos em sua cobertura em Miami. Certamente
você reconhece a cidade através das janelas.
~ 40 ~
a minha mãe, ele foi procurado pela empresa. O fato de que Randall
tinha estado envolvido em garantir a parceria foi uma realização que
minha mãe sentiu a necessidade de exibir em um de nossos raros
jantares.
~ 41 ~
centímetros com o salto foi ofuscado. Ele tinha todos os sinais de um
homem que vivia em Miami, a pele bronzeada e cabelos loiros.
~ 42 ~
que estava acontecendo. Antes que eu pudesse falar, Stewart segurou
meu queixo e eu ergui os olhos para os dele.
~ 43 ~
— Stewart, eu tenho dezoito anos. Eu não tenho que fazer
qualquer coisa que meus pais dizem. Eu faço minhas próprias decisões.
— Sim, você faz. Você não será obrigada a aceitar este acordo,
mas antes de decidir, eu recomendo que você ouça toda a história.
— Seu padrasto tem uma afinidade para jogo. Ele fez algumas
escolhas ruins.
~ 44 ~
Pressionando meus lábios, eu o olhava, levantando minhas
sobrancelhas para ele continuar.
— Você não quer saber por que eles não estavam dispostos a
pagar por sua educação continuada?
~ 45 ~
— Não, — eu respondi de forma inequívoca. — Eu sei por quê.
O que ele sabia sobre a minha irmã? Val significa tudo para
mim. Eu faria qualquer coisa para minha irmã mais nova. Afinal, não
era como se os nossos pais se importassem. Nós éramos tudo uma para
a outra. Mantendo meus olhos longe de expressão presunçosa de
Stewart, eu perguntei, — O que você sabe sobre a minha irmã? — antes
que ele pudesse responder, eu andei em direção às janelas; o mar
estava agitado com ondas brancas brilhando em direção ao horizonte.
~ 46 ~
toque. Por apenas uma fração de segundo, a preocupação apareceu nas
profundezas de seus olhos azuis. — Eu sei que ele não precisa ser sua
preocupação. — mantendo seu aperto, ele continuou: — Agora, a suas
outras perguntas. Eu sei que Valerie não será capaz de ficar na escola
para seu último ano do ensino médio nem a sua educação pós-ensino
médio vai ser pago. Eu sei que você tem todos os motivos para odiar
seus pais e talvez você até deva, mas você não odeia seus meninos, seus
meio-irmãos. Eu sei que você não quer que eles percam a sua casa e
muito provavelmente seus pais.
Será que eu quero? Não seria a primeira vida que eu tinha sido
acusada de tomar, mas a de Randall? Será que eu me importo? Será que
eu me importo se minha mãe beba até o esquecimento? Eu não
sabia. Então, novamente, o que aconteceria com Marcus e Lyle? E sobre
Val? O que aconteceria com eles?
~ 47 ~
Sua voz ecoou perto da minha orelha, cada palavra mais perto
que a última. — Você vai me conhecer.
~ 48 ~
mover, sua voz profunda parou o meu movimento. — Eu disse para
manter as mãos na janela. Eu não dei permissão para se mover. Ou dei?
— N-não, eu nunca...
~ 49 ~
— Isso-isso não está certo.
— A sensação é errada?
Eu queria dizer que sim, me senti mal, mas isso não aconteceu. —
Meus pais não podem fazer isso comigo. Não é justo.
— Não? E a sua irmã? Você quer a Val tenha a educação que ela
merece? Você gostaria de ter tanto dinheiro e influência que você
poderia mandar a sua mãe ir se foder?
~ 50 ~
— Você está preocupada com a minha idade. Eu gosto da sua
idade. Eu gosto que você não seja virgem, mas que você tem muito mais
para aprender. Eu garanto que não sou como aquele garoto de Kinsley:
eu sou um homem real que sabe o que está fazendo. Vou fazer coisas
para você que você nunca imaginou.
— Eu quero...
~ 51 ~
Era uma pergunta? Ele estava me perguntando ou me dizendo o
que ele ia fazer? Eu não conseguia pensar direito. Acariciando a minha
coxa, eu sabia que ele iria encontrar o que queria. Eu já estava molhada
e quente.
Sua voz era baixa enquanto seus dedos deslizaram sobre minhas
coxas, tão perto, ainda não tocar, onde meu corpo o queria. Eu queria
isso?
~ 52 ~
acredito que ela está interessada em medicina. — ele levantou as
sobrancelhas. — A faculdade de medicina pode ser cara.
Engoli em seco. Como é que ele sabe tanto? Isso era muito a
oferecer. Eu poderia realmente fazer seus sonhos se tornarem realidade?
— Mas por que eu? E o que eu vou ter que fazer por tudo isso? —
minha voz estava ganhando confiança com cada pergunta.
~ 53 ~
— Você gostou?
— E?
— Como Sra. Harrington, o seu prazer, bem como a sua dor, irão
trabalhar em conjunto para o meu prazer. Você vai ser minha esposa e
minha puta. Sra. Madison será responsável por você ficar pronta para o
papel de minha esposa. Ela vai te ensinar como agir, reagir e como lidar
com algumas das questões que irão surgir. Eu vou assumir a
responsabilidade de te ensinar sobre o seu papel sexual.
— Lisa? — perguntei.
— Bem, sim, Lisa. Interessante que ela lhe deu seu primeiro
nome.
~ 54 ~
— Não. — ele sorriu.
— Não?
— Você vai ficar aqui esta noite. Durante esse tempo, você pode
falar com a Sra. Madison e fazer a ela todas as perguntas. Se na parte
da manhã você optar por sair, Travis vai te levar para a aula.
Ele não sabia a verdade. Toda a sua pesquisa não lhe disse que
eu não era um sonho: eu era um pesadelo. Tinham me dito isso a
minha vida inteira. Empurrando esses pensamentos, eu respondi: —
Isso não respondeu à minha pergunta. Eu não minto para minha irmã.
~ 55 ~
contar a ela sobre o apartamento e trabalho. Eu não queria preocupá-la
agora. Ela ainda pensa que eu estou indo para a Universidade de
Miami.
— Sra. Madison irá te mostrar um quarto, mas saiba que uma vez
que estivermos casados, você vai ficar em um quarto comigo.
~ 56 ~
CAPÍTULO CINCO
Dez anos antes
Lisa me levou num passeio pela cobertura. Era composta por dois
pisos superiores do edifício - os andares inteiros. Era enorme. Como
poderia um homem viver em todo esse espaço? Havia salas de estar,
bem como a grande sala de estar que eu tinha visto na minha
chegada. Havia vários escritórios; aparentemente, os menores eram para
os seus funcionários. Havia uma bela cozinha, sala de jantar, pátio
exterior e piscina, bem como uma sala de exercícios. Eu perdi a conta
do número de quartos, ou mais precisamente, suítes. O único que
importava para mim era o que eu iria chamar de meu. Embora Stewart
tenha deixado claro que depois de nos casarmos eu estaria dormindo
em seu quarto todas as noites, eu encontrei refúgio em meu próprio
espaço. Era tudo demais para processar. Lisa me perguntou várias
vezes se eu queria comida. Comer não estava na minha curta
lista. Quanto mais a minha mente se agitava sobre a proposta diante de
mim, mais meu estômago revirava com confusão e dúvida.
~ 57 ~
com uma TV do tamanho do nosso quarto do dormitório. De repente, a
vida do reality show não parecia tão absurda. Por alguns minutos eu
mesmo considerei o fato de que talvez eu fosse um concorrente. Talvez
essa coisa toda não fosse nada mais do que um novo reality show.
~ 58 ~
poderiam ter muito efeito sobre a libido de alguém, mas, novamente,
isso era tudo que Stewart tinha usado. Com palavras e a proximidade
tinha me deixado mais molhada e úmida do que eu já tinha estado.
~ 59 ~
Os cabelos na parte de trás do meu pescoço ficaram em posição
de sentido. Eu posso não saber muito sobre contratos, mas ele
realmente poderia contratar o meu consentimento? Não era algo que eu
precisaria dar em cada instância que ocorresse?
Stewart tinha prometido que não faria sexo antes que eu fizesse a
minha decisão. Não, ele disse até que eu pedisse - ou implorasse. Isso
parecia impossível, mas, novamente, que parte deste cenário era
possível? E se fosse ele batendo na porta? Eu quero que seja ele? Vê-lo
novamente me ajudaria a tomar uma decisão?
Eu não tinha visto ninguém, exceto Lisa desde que eu tinha saído
do seu escritório - eu olhei para o relógio: 22h00 - cinco horas atrás. A
batida veio novamente.
— Srta. Conway?
~ 60 ~
Eu exalei a respiração que eu não sabia que eu estava
segurando. — Lisa, é você. — eu abri a porta.
— De nada. No entanto, não fui eu. Foi o Sr. Harrington. Ele quer
que você esteja o mais confortável possível.
~ 61 ~
— Sim. Eu não quero dizer nenhum desrespeito, minha querida. É
apenas que o Sr. Harrington é um homem intenso. Ele não fez suas
ofertas de ânimo leve. Este arranjo tem sido exaustivamente pesquisado
e dissecado. Eu estava preocupada, antes de te conhecer... — ela
acrescentou com um aceno de cabeça em minha direção. — Que você
acharia que fosse uma oferta irreverente.
~ 62 ~
entrega ao marido em troca de sua proteção? Quando ela faz isso, ela
não costuma optar por tirar o nome do marido e apoio financeiro.
Uma faísca de emoção veio à luz nos olhos azuis de Lisa. — Você
pesquisou ele online?
~ 63 ~
Seus olhos brilhantes olharam para cima. — Não mesmo. Sr.
Harrington me implorou para ser honesta com você e eu estou sendo
honesta. Ele é um homem reservado. Mesmo depois de todos esses
anos, eu sei que existem lados nele que eu não sei nada.
Ela balançou a cabeça. — Isso, mas outra coisa. Eu sei que ele
tem outro apartamento, que ele às vezes frequenta. Eu não sei por que
ele tem ou o que ele faz lá. Eu só sei que ele não fala sobre isso. Eu
investiguei algumas vezes, mas foi dito que não é da minha conta.
Ela continuou: — Você está certa, não é amor, mas ainda pode
haver respeito. A melhor maneira de facilitar isso é a honestidade. Eu
sei que o Sr. Harrington espera e respeita honestidade. Em troca, ele vai
ser honesto com você.
Você não vai ser uma prostituta, mas você vai ser a
minha prostituta. Se essas palavras foram ditas em honestidade, o que
elas significam?
~ 64 ~
Seu sorriso me aqueceu. Quando alguém queria cuidar de
mim? Foi outra questão emocional que eu não me permitiria
contemplar.
~ 65 ~
Quando cheguei ao último recipiente, a energia da cozinha
mudou. Não era que eu ouvi ou fisicamente senti alguém, mas eu
sabia. Eu sabia que não estava mais sozinha. Antes que eu pudesse
falar, uma grande mão veio de trás e abriu a porta da geladeira. Eu não
precisava me virar para saber que Stewart estava lá.
~ 66 ~
CAPÍTULO SEIS
Dez anos antes
O hálito quente Stewart passou através do meu cabelo, um forte
contraste com a frieza vindo da geladeira. Arrepio se materializou em
meus braços e pernas quando eu me tornei hipersensível a sua
proximidade, bem com a plena consciência da minha roupa. Eu estava
em pé na cozinha de Stewart em nada mais do que uma camiseta e
calcinha.
Agora, quase nariz com nariz, Stewart deu um passo para trás e
me olhou da cabeça aos pés. — Que pena.
Eu arquei a sobrancelha.
— Eu não comi mais cedo. Ela disse que eu poderia pegar alguma
coisa...
~ 67 ~
— Stewart, isto é bonito. Você falou com Lisa?
Ele era um homem honesto? Será que eu poderia tomar sua reação
em dizer que ele tinha planejado isso, talvez, sobre o comentário com
ela sobre jantares à luz de velas?
Stewart pegou minha mão. — Hoje eu não quero falar sobre a sua
decisão ou dos contratos. Se você tiver dúvidas, pergunte
amanhã. Falaremos mais cedo. Hoje à noite, eu quero saber mais sobre
você, e se você quiser, eu posso te dizer mais sobre mim.
Meus lábios franziram. — Você jura que você não falou com a
Lisa?
~ 68 ~
— Eu gosto disso. Eu gosto que esse é o meu nome para você e só
meu. Quando eu chamar você de Tori, você saberá que é a nossa
conexão.
Eu não sabia o que dizer. Nossa conexão? Será que temos uma
conexão? — Stewart, por favor, me diga mais sobre você. Eu sei que
você perdeu a sua esposa - você mencionou isso. Vocês dois tem
filhos? Você tem algum filho?
— Eu sei que você não disse para falar sobre os contratos, mas há
uma cláusula longa sobre crianças, de não tê-las. Você pode me dizer
por quê?
— Implicitamente.
— Eu sou capaz-
~ 69 ~
Quando abri minha boca, ele falou, — Tori, eu não sabia como
isso iria funcionar. Eu ainda não sei. Eu não tinha planos de realmente
querer você, mas desde que você saiu do meu escritório esta tarde, você
é tudo que eu posso pensar.
Eu balancei a cabeça.
~ 70 ~
Eu tinha lido essa parte. — Como Randall? — perguntei.
— Sim e sua irmã, se você optar por pagar por sua educação.
Seu toque era frio e sabor doce a partir das uvas. Enquanto a
suave brisa soprava do oceano mechas do meu cabelo em volta do meu
rosto, eu assisti os olhos de Stewart ficarem pesados, como se ele
estivesse me vendo, ainda imaginando mais do que estava diante
dele. Como ele espera saber mais se ele não quer que eu fale?
~ 71 ~
Com apenas o zumbido das ondas andares abaixo, o silêncio na
varanda ficou mais alto até que o único som que eu ouvia era o
farfalhar de minha pulsação ressoando na minha cabeça. Sem que eu
percebesse, Stewart tinha se mudado de sua cadeira e estava a meros
centímetros de distância: sua colônia permanecia em uma nuvem em
torno de nós com o perfume masculino. Movendo o dedo dos meus
lábios, ele traçou minha bochecha e uma linha ao longo do meu
queixo. Sem pensar, eu inclinei o rosto para seu toque macio.
Obedeci.
— E eu quis dizer isso. Isso não significa que eu não quero isso.
~ 72 ~
Deus! Ele estava tão certo. Minhas entranhas doíam com a
necessidade.
— Você já está molhada para mim sem eu sequer tocar você, não
é?
— S-Stewart, eu não-
~ 73 ~
entanto, era verdade. Mais uma vez, o cheiro incrível de sua colônia
dominou meus sentidos já sobrecarregados.
Eu balancei a cabeça.
~ 74 ~
Seu sorriso aumentou, enquanto seus olhos brilhavam com
sedução. — Tori, minha querida, isso é um pedido que eu nunca vou
negar.
— Relaxa, baby, me deixe dar isso para você. Não lute contra isso.
~ 75 ~
Minhas pernas cederam quando constrangimento tomou conta de
mim. Stewart me pegou e me sentei na cadeira. Meio sem jeito, eu
percebi que ainda estava nua. Ele se ajoelhou diante de mim, levantou
meu queixo e colocou os dedos sobre os seus lábios. Inalando
profundamente, ele disse, — Tori, você é incrível.
— Não, eu quero que você observe. Você não pode ver o quão bom
é o seu gosto? Eu poderia ir aí embaixo em você o dia todo. Tori, você
não tem ideia o quão quente você é, o quão sexual. Há tantas coisas que
eu posso te ensinar, mas eu não posso ensinar isso. Você é fodidamente
perfeita.
— Por favor?
~ 76 ~
Me ajudando a ficar de pé, ele ajeitou minha calcinha sobre meus
quadris e sussurrou perto da minha orelha. — Lembra do que eu
disse. Meu pau é muito melhor. Você não viu nada ainda.
— Boa noite.
~ 77 ~
CAPÍTULO SETE
Presente
— Onde diabos você estava?
— Que diabos?
~ 78 ~
esposas não ficam fora até altas horas da noite. — ele balançou a
cabeça. — Vá agora.
— A parte de uma-da-madrugada.
~ 79 ~
— Verifique os malditos registros hospitalares: cerca de dez horas
houve uma grande emergência, um engavetamento na I95 ou algo
assim. Eles precisavam de Val no pronto socorro. Eu esperei por ela na
sala dos médicos. Honestamente, eu adormeci. — meus olhos cinzentos
se estreitaram. — Eu tive um dia bastante emocional.
Seu olhar inabalável combinava com seu tom firme. — O que foi
que você disse para Travis?
— Não. Você disse a ele para fugir. Como alguma criança maldita.
~ 80 ~
— Quando foi à última vez que você tomou o seu medicamento
para dor? — perguntei, com menos de um tom de preocupação e mais
de um desejo de tê-lo medicado.
Ele fez uma careta quando ele levantou os olhos. — Não. Eu quero
falar sobre isso.
— Eu não posso estar fisicamente mais lá. Você sabe disso. Há tão
poucas coisas agradáveis que ficaram na minha vida. Há tão pouco
tempo... você não pode me culpar por querer prazer onde posso
encontrá-lo? Eu ainda sou um homem com necessidades. Eu quero
isso. — ele levantou a mão para mim. — Isto.
— A sua e a minha-
~ 81 ~
Eu levantei abruptamente, ajeitando o robe em volta da minha
cintura e lutei contra a canção escura ameaçando repetir nos recessos
de minha mente. — Eu cumpri essa porra!
Sua fria, úmida mão estendeu para a minha. — Tori, você estava
perfeita, como de costume. Me dê um espetáculo privado agora. Me
deixe ver a minha sexy esposa na vida real. Eu a queria a noite passada
também. Você sabe o quanto eu gosto de ter você depois de eu
assistir. Não voltando para casa, você me negou esse prazer.
~ 82 ~
mantive as minhas costas para o meu marido quando eu disse, — As
mensagens são de Val. Ela estava preocupada comigo dirigindo para
casa tão tarde.
Travando sua voz, eu fiz o meu tom mais leve possível. — Maura,
eu sinto muito ter que fazer isso com você em tão curto prazo. Stewart
está tendo uma manhã difícil. Eu não acho que eu deveria deixá-lo
hoje. Por favor, querida, vamos reagendar.
— Venha aqui.
Ele pegou minha mão e a colocou no seu pau. — Não. Você pode
se preparar bem aqui. — sua mão puxou a corda em volta da minha
cintura, abrindo meu robe e expondo minha camisola. —
Sra. Harrington, você está agasalhada para este show. Eu acredito que
você conhece as minhas regras.
~ 83 ~
— Calcinha. Tsk tsk. Isto não era necessário quando você dorme
onde você deveria estar dormindo.
— Calcinha. Fora.
~ 84 ~
— Você costumava ser tão apertada. — seus olhos brilhavam. —
Eu sei que é ainda apertada. Nós podemos nos divertir com isso.
Não brinca, seu idiota. Eu teria feito isso antes, se você não fosse
um babaca! Claro, eu não disse isso. No entanto, a ideia de dizer isso
trouxe um sorriso privado para meus pensamentos.
~ 85 ~
tinha feito, tê-lo observando enquanto eu tomava banho era realmente
nada. Quando o banheiro ficou cheio de ar úmido, eu levei o meu tempo
e abracei o calor, apliquei o spray de limpeza. Pelo menos eu não tinha
o cheiro de seu gozo para lavar, apenas o cheiro de sua morte iminente.
~ 86 ~
CAPÍTULO OITO
Presente
Apesar o que tinha acontecido no andar de cima, o nível mais
baixo de nosso apartamento estava como sempre esteve: perfeito. Sendo
apenas um pouco depois das uma, a neblina da tarde ainda não tinha
chegado, permitindo que o sol da Flórida brilhasse como ondas
espumantes e céu cristalino enchia nossa sala de estar com luz.
~ 87 ~
— Sim, eu queria pegá-la antes que você saísse. Sua mãe ligou,
mais uma vez. Ela disse que ela não consegue falar com você em seu
celular e ela precisa desesperadamente falar com você.
Eu sabia que isto iria deixar Travis louco não conseguir acesso ao
meu paradeiro com o meu telefone. Ele tentou várias vezes. Felizmente,
o dinheiro trabalhava em ambas as direções. Stewart poderia arcar com
os meios para me acompanhar e eu poderia ter recursos e os meios de
pará-lo. Varreduras contínuas de meu número e conta pela empresa de
privacidade que eu tinha contratado pararam todos e quaisquer
aplicativos de GPS que misteriosamente encontraram o seu caminho
para o meu dispositivo pessoal.
Stewart tinha me dito antes de nos casarmos que ele não iria
acompanhar meus movimentos. Sempre que ele questionou o GPS do
meu telefone, eu inocentemente o lembrei de sua promessa. Uma vez,
quando ele perseguia com o assunto, eu dei duas opções: A – me deixar
sozinha e o meu telefone e eu vou atender, ou B – monitorar o celular e
eu vou deixá-lo em casa. A contragosto, ele escolheu A.
~ 88 ~
tempo. Então eu decidi que eu gostei da falsa sensação de poder que
dava a ambos, Travis e Stewart. Deixar o meu carro e pegar táxis não
era minha atividade favorita, mas até agora tinha funcionado bem.
Olhei para a mensagem de texto que ainda não tinha lido mais
cedo em minha suíte. Era de Brody, as 6h54. Eu fiz uma careta. Como
se eu já estaria acordada tão cedo?
Minha resposta:
Desde que eu não tinha ouvido falar dela, ela foi minha primeira
parada.
~ 89 ~
puxado para trás, mas se eu o deixasse solto, facilmente alcançava no
meio das minhas costas. Nós também variávamos em tamanho. Val era
menor e mais delicada do que eu. Sua forma era mais como a de nossa
mãe. Embora nós duas estivéssemos em forma, eu era mais alta uns
quinze centímetros e tinha mais curvas do que ela. Quando eu usava os
meus habituais saltos altos, a diferença ficava enorme.
Dei de ombros e estendo a mão para o copo de chá gelado que Val
ofereceu. — Obrigada. Quando você viaja para Uganda?
~ 90 ~
— Duas semanas. Então, veja, eu teria sido acordada de qualquer
maneira. Eu tenho uma tonelada coisas para fazer. Agora... — ela
apontou para a mesa perto do lado da sala coberta de papéis, pastas e
seu laptop. — Eu estou preenchendo todos os formulários. Eu vou
encontrar com o representante dos Médicos Sem Fronteiras na próxima
semana.
~ 91 ~
ser honesta, não há nenhuma maneira de saber com certeza se essa
clínica realmente doou os granulados ou se apenas alegou que eles
fizeram. Para sua informação, eu sou a única que liderou a nova
instalação. Agora, as doações são aceitas, catalogadas e os recibos são
emitidos imediatamente. Todo mundo sabe exatamente o que está
acontecendo. — eu inclinei minha cabeça. — Infelizmente, há um
grande potencial para o abuso com tantos voluntários. Acredite ou não,
eu sou um pouco afeiçoada ao que você realizou com a Sociedade
Harrington. Eu amo o que você começou ainda na escola de medicina. E
eu sei o que está acontecendo, tanto de você e do conselho. Eles relatam
a mim. Eles sempre fazem. Stewart nunca se importou com o dinheiro
da Sociedade Harrington; ele realmente nunca deu a mínima para a
fundação. No entanto, ele fez como a publicidade. E... — eu me inclinei
para frente. — Ele não estava feliz quando isso foi manchado. Desde
aquele incidente com os granulados, tenho a certeza nada disso pode
acontecer novamente.
— Sim, você estava e eu entendo. Eu sei que não sou médica, mas
eu sei o meu caminho ao redor do mundo do dinheiro, os impostos e as
organizações filantrópicas. Fui jogada até o pescoço na profundidade
nesta sujeira mais de dez anos atrás. Eu acho que no geral eu tenho
feito muito bem.
Val pegou minha mão. — Pare. Claro que você fez bem. Você
arrebenta. Eu não estou de jeito nenhum insinuando sua falta de
conhecimento ou a sua capacidade de supervisionar. Eu só quero dizer
com tudo o que está acontecendo com o Stewart, bem, eu sei que você
tem outras coisas com que se preocupar do que uma remessa de
adriamicina ou que um frasco ou dois de pó Cytoxan desapareceram.
— Não. Não estão. Eles são apenas drogas que poderiam ser
usadas como um exemplo.
~ 92 ~
pó. Antes de se administrar a um paciente, ela é feita em uma solução.
Um líquido
~ 93 ~
— Então, poderia causar um ataque cardíaco? — perguntei.
— Essencialmente.
Val riu. — Ei! Eu não estou tentando prever o dia do juízo final. É
que um dos meus professores na Universidade Johns Hopkins era
ótimo em hematologia e da falta de conhecimento real sobre câncer do
sangue. Ele despertou meu interesse.
~ 94 ~
cancerígeno. Assim, com base na exposição, eles podem aprender
muito. No entanto, é claro, o CDC também está à procura de metástase
de etiologia desconhecida.
— Deus, Val, esta é uma merda pesada. Talvez você deva decidir
escrever um romance policial?
~ 95 ~
enfermeiras ficam sobrecarregadas e as coisas acontecem. Isso tudo é
levado em consideração durante as auditorias. — ela estendeu a mão e
agarrou meu joelho. — Além disso, não importa. Eu não tive tempo para
montar a proposta para as clínicas norte-americanas ainda.
— Querida, eu gosto dessa ideia muito mais do que ter você por aí
em todo o mundo. Quero dizer, se os grupos terroristas estão
procurando essas drogas, eu não gosto da ideia de você viajando com
eles. — mudando de assunto, eu levantei e caminhei para a prateleira
de fotos de Val. Eu levantei a imagem no meio; era uma fotografia de
nós duas, tirada durante meu último ano do ensino médio. Nós duas
parecíamos tão jovens, tão inocentes. Havia também fotos de Marcus e
Lyle e uma de nossa mãe e Randall. Isso me lembrou de algo. —
Adivinha quem está tentando entrar em contato comigo?
— Porque ela não pode chegar até você. Ela me pediu para pedir
para você ligar para ela.
— Ela não pediu. Bem, não desde quando você a colocou para
fora e explicou a diferença entre o meu trabalho como médica e o de
Randall.
~ 96 ~
Val deu de ombros. — Eu estou arriscando aqui, mas eu diria que
quem tem uma filha que poderia comprar a universidade se ela
quisesse.
~ 97 ~
Sua expressão suavizou. — Muitos pacientes, Vikki, eu assisti ir
pelo mesmo caminho que Stewart. Seu diagnóstico foi especialmente
difícil para ele. É compreensível. Estatisticamente, ele é muito jovem
para o tipo agressivo de câncer que ele tem. Tenho certeza de que isso
tem sido ainda mais difícil para ele. Ele é um homem que estava
acostumado a conseguir o que queria; no entanto, nem o dinheiro nem
o poder poderia salvá-lo.
Karma.
~ 98 ~
— Val, — eu perguntei, — o que são esses granulados e para que
eles são utilizados? Quero dizer, por que você tem granulados radioativos
em primeiro lugar?
— E se não houvesse?
— Ei, eu não uso estas drogas para fins mórbidos. Eu uso para o
bem. Lembre-se disso.
~ 99 ~
CAPÍTULO NOVE
Presente
A contragosto, eu varri a tela do meu telefone. Embora eu tenha
me recusado a reconhecer as vibrações enquanto estava com Val, eu
não pude deixar de notar o celular vibrando de novo vindo na minha
bolsa. O ícone para mensagens de texto praticamente pulou para fora
da tela com o número oito piscando descontroladamente. Oito fodidas
mensagens. Eu tinha saído de casa por menos de duas horas. Continuei
lendo: duas eram da minha mãe, duas eram de Brody, um era da
Harrington Society Clinic e três eram de Travis.
Eu não tinha certeza que tipo de poder Travis achou que ele
estava pressionando, mas eu não tinha planos de participar. Eu já tinha
sido sugada para um conjunto de jogos fodidos. Minha quota tinha sido
preenchida. Cada pensamento do braço-direito de Stewart fez meu
sangue ferver, assim como meu estômago apertar. Não era nenhum
segredo que eu detestava tudo sobre Travis: muito sinceramente, o
sentimento continua a ser mútuo. Foi durante o período de treinamento
~ 100 ~
no armazém de Stewart que ele finalmente colocou as cartas na
mesa. Os olhares e os sorrisos que ele tinha me dado durante o primeiro
ano do meu casamento finalmente fez sentido a primeira e única vez
que fui confrontada com ele como um amigo. Bem, não confrontada. Eu
estava com os olhos vendados. Eu não tinha certeza de como qualquer
um deles pensou que eu não iria reconhecer o homem que, ao longo do
último ano da minha vida, passou cada hora de vigília a meras
polegadas do meu marido.
Minhas mãos tremiam nas dele. O tom com que Stewart falava era
como se ele estivesse me pedindo para organizar um jantar, não me
colocar em exposição para estranhos - ou pior, para os homens que eu
conhecia. Desde que ele me trouxe para o armazém, eu sabia que esse
dia estava chegando. Ele colocou isso sobre a linha, sem margem para
discussão. Este era o seu desejo, sua fantasia e a razão pela qual ele
tinha me escolhido para fazer sua esposa. Isso era o que eu tinha
concordado em fazer quando eu assinei o contrato.
Stewart tinha feito tudo o que ele tinha dito. Ele tinha cumprido as
suas promessas: a dívida do Randall foi paga. A vida do meu padrasto
ingrato foi poupada. Minha mãe foi capaz de manter sua fachada de
perfeição, enquanto era capaz de se vangloriar sobre sua filha e novo
genro. Ele forneceu todo o luxo que uma mulher poderia imaginar. Nunca
questionou minhas despesas ou em qualquer lugar que eu escolhi gastar
o dinheiro.
~ 101 ~
Eu me preparei contra minhas emoções enquanto tirava lentamente
as minhas roupas, colocando a venda nos meus olhos e os auscultadores
sobre meus ouvidos. Com cada iminente segundo, eu sabia que eu
estaria disposta a desistir de tudo. Eu não dava a mínima para o
dinheiro. Randall poderia fazer seu próprio caminho no mundo assim
como o status social de minha mãe, eu não dava a mínima. O que
manteve minhas mãos na cabeceira da cama, segurando firmemente os
eixos de ferro forjado, foi a constatação de que Val não seria capaz de
cursar a Universidade Johns Hopkins.
Ela trabalhou duro para fazer suas notas na escola. Johns Hopkins
era um dos melhores programas de medicina no país. Foi prestigiada
apenas uma taxa de aceitação de dezessete por cento. Só as
mensalidades eram quase cinquenta mil dólares por ano. Apesar da
postura que Randall e Marilyn mantiveram, eles nunca pagaram sua taxa
de matrícula, para não mencionar o seu quarto e despesas pessoais.
Não era que Val não fosse uma trabalhadora dura: ela era. No
entanto, não é justo oferecer oportunidade e pegar de volta? Isso era o
que aconteceria se eu decidisse exercer o meu direito de sair. Enquanto
eu jogasse o jogo de Stewart, eu poderia sustentar a minha irmã e
qualquer outra coisa que meu coração desejasse.
Eu balancei a cabeça.
Claro que eu poderia ouvi-lo, porra. Nós tínhamos jogado este jogo
sozinhos, apenas nós dois, por meses.
Eu balancei a cabeça.
~ 102 ~
Minhas pernas tremeram, doendo para fechar e me cobrir. A
maneira que Stewart tinha colocado elas eram ligeiramente dobradas
com os joelhos para os lados. Eu estava completamente exposta.
Meus braços doíam antes que nosso amigo tivesse feito sua
presença conhecida. E, apesar da temperatura arrefecida do armazém,
as palmas das mãos suadas fazia difícil continuar segurando as barras.
Eu não sei se o amigo falou. Eu não podia ouvi-lo. Ele fez sua
presença conhecida pelo toque. Eu engasguei quando o senti,
imediatamente sabendo que não era Stewart. Não havia nada
remotamente compassivo na forma como esta mão áspera apertou meu
peito, beliscou meu mamilo e puxou com força. Apesar de tudo que
Stewart disso, eu vacilei para longe.
~ 103 ~
Finalmente, a voz de Stewart veio através dos fones de ouvido. —
Vamos, Tori, eu sei que você pode fazer isso por mim. Não deixe nosso
amigo louco. Você não quer ser punida.
Não foi apenas o assalto aos meus sentidos que fez tudo girar. Era
a parte de trás da mão de Travis, quando ele atingiu a minha bochecha
direita.
Sua voz era mais dura e mais exigente do que eu já ouvi. Antes
desse momento, eu talvez tivesse pensado que eu tinha visto meu marido
irritado. Eu estava errada. Nada era comparado com o que eu vi e ouvi
agora. Suas mãos tremiam enquanto seu rosto ficava vermelho de
raiva. Sabendo que eu estava em desvantagem, eu me preparei para sua
promessa de punição, fechei os olhos e esperei. Meu castigo nunca veio.
Meu marido se virou para Travis. Sua voz era forte, sem vacilar
sobre este monstro. Ele cuspiu com cada palavra. — Que porra você acha
que está fazendo?
~ 104 ~
— A cadela mordeu! Ela me chutou nas minhas malditas bolas. —
o sangue escorria de suas feridas enquanto seu corpo também sacudia
com raiva. — Que porra você acha que eu estou fazendo?
Tensão escoou dos meus músculos quando eu caí contra seu peito.
Eu olhei para seu rosto e tentei ler seus pensamentos. — Mas você
vai deixar que os outros me fodem, ainda, depois disto?
Ele acariciou o meu cabelo. — Você não vê? É tanto para mim
quanto para eles. Eu vou estar aqui e observá-los com você. Eu quero que
você goze. — ele mais uma vez tocou minha bochecha. — Eu não quero
~ 105 ~
isso, nunca. — ele olhou de volta em meus olhos. — Trata-se de prazer:
dos nossos amigos, o seu, e o meu.
~ 106 ~
Stewart capturou meus lábios com os seus - beijando, acariciando,
e me acalmando. — Eu não quero ser. Eu não gosto disso. É por isso eu
preciso saber que você está fazendo isso por vontade própria, para me
fazer feliz.
— Sra. Harrington?
— Eu estarei aí em 25 minutos.
— Obrigado, senhora.
~ 107 ~
Como o meu monólogo interno trabalhando para me convencer,
meu telefone tocou de novo.
~ 108 ~
— A vontade do Stewart, Vik. Ele elaborou uma alteração à sua
vontade. Ele acrescentou uma cláusula de herança.
~ 109 ~
CAPÍTULO DEZ
Dez anos antes
Caminhando de volta para o quarto, minha mente passou para a
cena na varanda com Stewart. Oh meu Deus! Será que eu realmente
permiti que ele me fodesse com os dedos? Eu realmente tinha pedido a
ele para fazer isso? Que diabos havia de errado comigo? Eu ainda não
tinha conhecido esse homem durante vinte e quatro horas e eu o
convidei para colocar os dedos dentro de mim! Eu estava honestamente
considerando me casar com ele?
Eu pensei de volta para a tarde. Stewart tinha dito que seu pau
não iria entrar em mim até que eu pedisse - até eu implorar. Quando ele
disse isso, eu pensei que ele era um imbecil narcisista. Mas depois do
que aconteceu, eu não tinha certeza.
~ 110 ~
deve ser feita as sete e meia para que você possa ser levada para a
escola se a sua resposta for não.
— Lisa?
~ 111 ~
Eu nunca tinha passado muito tempo me masturbando. Era
difícil quando você compartilhava um quarto; no entanto, quando eu
tinha, era mais de uma maneira de aliviar o stress do que uma maneira
de encontrar prazer. Eu tinha sido honesta quando eu disse a Stewart
que eu não sabia se eu tinha tido um orgasmo. O alívio que senti
quando os meus dedos esfregaram meu clitóris era nada como a onda
avassaladora que me atingiu na noite passada. Eu não poderia evitar
me perguntar: se os dedos foram tão bons, seu pau seria ainda
melhor? Quão grande ele era? Minha mão se moveu mais rápido
enquanto eu imaginava as possibilidades. Com a tensão, lembrei por
que eu estava na cobertura de luxo e este enorme quarto
opulento. Lembrei por que minha vida estava prestes a ser vendida e
quem foi o responsável. Minha mão parou. Auto prazer não era o
suficiente no mundo para me fazer gozar ao pensar sobre meus
pais. Em última análise, isso foi tudo culpa de Randall. Ele era o único
com problemas financeiros. Ele era o único que me mencionou a
Stewart. Se ele não tivesse feito isso, Stewart Harrington nem sequer
saberia o meu nome e eu estaria dormindo no meu dormitório ou
estudando para o exame de biologia avançada. Não importa quão bem
eu me senti na varanda ontem à noite, nada que Randall faria era
pensando em mim. Nada.
~ 112 ~
Senhorita Conway? O que aconteceu com Tori?
Depois que ela saiu, Stewart perguntou: — Então, você não é uma
bebedora de café ou chá?
— O quê?
~ 113 ~
Olhando para o meu tablet, Stewart disse: — Eu vou interpretar
seu esclarecimento como um bom sinal. Pelo menos isso significa que
você não está disposta a vir aqui e me dizer não.
~ 114 ~
Stewart sorriu. — Você vai conhecê-lo. Embora seus pais
acreditem que eles vivem entre a elite de Miami, eles não estão nem
perto. Este é um mundo totalmente novo. Às vezes, haverá casos que
fazem você se sentir desconfortável. Quando isso acontece, me diga. Eu
vou fazer o que puder para ajudá-la. Neste caso, eu estarei lá com
você. No entanto, para fazer isso tudo legal, a conversa com Parker é
inevitável.
— Você vai ligar para ele, deixar saber sobre a minha decisão?
~ 115 ~
arregalaram e ele se inclinou para mim. — Tori, eu decidi fazer uma
mudança em um arquivo.
~ 116 ~
Minha fachada de um sorriso permaneceu inabalável, amas por
dentro eu queria gritar. Que diabos era o problema desse cara? Se
houvesse um prêmio para o envio de sinais mistos, ele definitivamente
estaria na corrida. Inferno, eu iria apostar nele eu mesma. Finalmente,
erguendo os lábios franzidos, eu disse: — Bem, Sr. Harrington, nem eu.
— Não?
Stewart exalou.
Pode não ter sido imploração, mas foi o sinal mais próximo de seu
desejo que eu tinha visto durante a nossa discussão da manhã.
~ 117 ~
vida? E o meu contato com a minha irmã e irmãos? E a escola? E o
trabalho? Eu quero saber aonde eu estou me inscrevendo hoje. Me diga
que haverá mais na minha vida do que o sexo.
— Claro, ele vai ser vazado para a imprensa. Vai aparecer como se
nós tivemos planejado secretamente por um tempo. Você terá tudo o
que uma noiva sonha para seu casamento.
3
Uma cultura da família americana que não é aplicado aqui no Brasil é um evento
rigorosamente agendado entre duas famílias americanas que celebram um dia
especifico para que suas crianças brinquem, tradicionalmente só entre duas famílias,
depois em uma outra semana é a vez de uma outra família e assim vai.
~ 118 ~
Os olhos de Stewart estreitaram: sua agitação era notável. Não
preciso ser uma gênia para reconhecer que ele não apreciava meus
retornos. Que pena. Eu não fui a única que ele fez a proposta de
casamento.
A maneira como ele olhou para mim fez a minha cabeça parar de
discutir enquanto meu interior torcia. Ele estava certo: tudo no contrato
era uma discussão muito mais direta de relação sexual, coisas legais e
obrigatórias através do ato de casamento. No entanto, o brilho sensual
em seus olhos azuis gelados devolveram meu senso de poder.
~ 119 ~
ricos de Miami - inferno, talvez do país. No entanto, toda a vez que eu
meu coração acelerava e as palmas das minhas mãos suavam, eu temia
entregar meu segredo. Eu não era digna desta oferta.
~ 120 ~
Trish não conseguiu esconder a sua vacilo no prazo de Stewart de
carinho. Balançando a cabeça, eu sufoquei meu divertimento. — Sim, —
eu virei para Trish. — Obrigado, Trish, café seria maravilhoso.
— Ha, ha, eu pensei que talvez tenha esquecido que eu não bebo
café.
Era um olhar que eu tinha visto minha mãe fazer durante toda a
minha vida. Era o seu eu-sou-um-cadela-e-finjo-jogar-junto. O silêncio
pareceu apropriado. Da minha visão periférica, eu assisti Stewart se
levantar lentamente. Parker Craven era um homem alto e bonito, com
cabelos escuros e pele cor de oliva. No entanto, a posição de Stewart,
em algum lugar tácito de alfa-macho de superioridade, ofuscava a
~ 121 ~
presença de Parker. Finalmente, Parker se virou para Stewart, e
exclamou: — Puta merda, você está brincando comigo?
— Sim, sim, claro. — ele abriu a pasta na frente dele. — Com essa
declaração, eu estou procurando a confirmação de que vocês dois estão
dispostos a aceitar sobre o contrato de casamento? — ele olhou de um
de nós para o outro. — Eu preciso de confirmação verbal de ambos.
Uma promessa?
Um contrato?
~ 122 ~
Eu inclinei meus ombros e lutei contra o tremor. — Sim, Sr.
Craven, isso está correto. — com isso, eu assinei a minha vida.
~ 123 ~
CAPÍTULO ONZE
Dez anos antes
Minha cabeça doía quando me levantei para sair do escritório de
Parker. As discussões contratuais não tinham aliviado a sensação
desconfortável que eu tinha do advogado de Stewart. Quando me
levantei para sair, Stewart apertou sua mão, mas lembrando da
viscosidade de seu contato, eu só assenti com a cabeça. — Adeus, Sr.
Craven.
Acessei a mensagem:
~ 124 ~
Victoria, como você pode imaginar estamos ansiosamente à
espera de sua mensagem. Esta é sua chance de restituir a
totalidade da afeição de Randall. Eu espero certamente você não
planeje nos decepcionar.
Seu corpo ficou tenso ao meu lado enquanto ele lia. Finalmente,
ele me devolveu o meu telefone com uma simples observação. — Ela é
realmente uma cadela.
Eu balancei a cabeça.
— Três dias, minha querida. Em três dias você vai ser a senhora
Stewart Harrington. Você pode nunca contatá-los novamente. — ele se
inclinou mais perto e beijou meu rosto. — Na realidade, você pode fazer
isso agora. Podemos não ser legalmente casados, mas a tinta do
contrato está seca. Não há como voltar agora.
~ 125 ~
Eu inalei, sentindo os músculos do meu pescoço enrijecer
enquanto eu olhava para o tráfego do lado de fora das janelas coloridas
e tentei mudar de assunto. — Travis entregou o dinheiro?
Ele olhou para mim e balançou a cabeça. — Você terá. Vou ligar
para Parker providenciar. Você pode precisar espremer a visita ao
Departamento de Passaporte em sua programação, mas pode ser feito.
Eu queria dizer que eu achava que levava mais de três dias para
conseguir um passaporte; no entanto, eu sabia que se eu fizesse, eu iria
ouvir o que eu tinha ouvido durante todo o dia. Isso vai acontecer. Antes
que eu pudesse responder, meu telefone tocou. Olhando para a tela, eu
vi MARILYN. — Minha mãe, — eu sussurrei.
~ 126 ~
— Eu te daria privacidade, mas não tem qualquer lugar para eu
ir, — Stewart ofereceu, tentando aliviar meu humor.
O absurdo de seu tom de voz me fez rir. Eu tive que cobrir a boca
para manter a minha diversão em silêncio. — Eu não acho que você
nunca me acusou de algo assim. Com o que exatamente você tem
estado tão preocupada, mãe? Minha vida? Meu futuro? Verdadeiramente
algo sobre mim?
— Oh, eu fui.
~ 127 ~
— Vikki, eu sei que este parece ser um grande favor que estamos
pedindo de você-
~ 128 ~
O suspiro da minha mãe foi o último som que ouvimos quando eu
apertei o botão vermelho, encerrando a ligação.
— Que diabos, Vik? — sua voz veio através do meu telefone, alto e
claro.
~ 129 ~
— Súbito? Oh meu Deus! Você passou de eu tenho uma oferta de
trabalho e eu vou ficar em um hotel excelente para eu estou noiva e vou
casar com um velho rico.
— Eu não entendi.
~ 130 ~
—Stewart estará em casa? — droga, eu soei como uma dona de
casa solitária.
~ 131 ~
— Eu não deveria oferecer. Se você perguntar, eu vou responder,
mas não é o meu lugar oferecer.
~ 132 ~
textura suave. Minhas coxas e panturrilhas doíam de horas passadas
em pé nos saltos mais elevados do que eu estava acostumada. Entre as
medidas para o meu vestido de casamento e futuro guarda-roupa, eu
tinha sido puxada e arrastada em todas as direções. Massageando
minhas panturrilhas, minhas mãos inconscientemente se moveram
para cima.
— Droga…
~ 133 ~
Instintivamente, eu parei - parei tudo - de me mover, de respirar e
pensar. De pé na porta, com os olhos azuis profundos olhando para
mim estava o homem que eu tinha concordado em me casar, o único
em minha fantasia atual. Timidamente, eu olhei para longe de seu
olhar, só para ver o volume na sua calça feita sob medida crescer diante
dos meus olhos. Embora o paletó e gravata fosse embora, ele gritava
importância. A protuberância que continuou a crescer gritou algo
totalmente diferente.
— Você pode.
~ 134 ~
— Continue, Tori. Não pare. Eu quero ver você gozar.
Não havia raiva em seu tom. Não era como o que eu tinha ouvido
no carro, no entanto, também não deixou espaço para debate. Me senti
compelida a cumprir, movendo os dedos em um círculo apertado. Minha
respiração veio mais rápido quando eu apliquei um pouco mais de
pressão para a minha carícia cada vez mais rápido. A água e os olhos de
Stewart não importavam quando eu me trouxe mais alto na
montanha. Quando a tensão se estabeleceu em minha virilha, eu sabia
que isso ia ser mais do que um orgasmo que eu já tinha dado antes a
mim mesma. Não era o pico que Stewart tinha chegado ontem à noite,
mas, sem dúvida, em questão de segundos, eu estaria caindo para
profundezas desconhecidas.
— Sim.
— Sabe o que é?
— Sim, é, e da próxima vez que você gozar, não vai ser em uma
banheira. Embora, me deixe dizer que foi incrível. Eu sei que tem sido
um longo dia, mas se nós vamos fazer o mundo falar, precisamos ser
vistos juntos. Eu quero que você se vista. Em sua cama tem um vestido
que acabou de chegar. Você vai me deixar levá-la para um jantar?
~ 135 ~
Embora eu me perguntasse sobre os planos de Lisa, eu não tive a
força para questionar. Em vez disso, eu assenti. Há ainda uma
opção? Minhas entranhas torceram. Havia algo a ser vista em público
que fez esta situação ainda mais real do que o contrato estúpido. Com a
mão novamente acariciando o lado do meu rosto, ele se inclinou mais
perto.
Oh meu Deus!
— Tori, — sua voz tomou conta de mim com mais de seu tom de
voz aveludada. — Você vai fazer isso por mim? Você vai usar apenas o
vestido e sapatos? Você vai me deixar ir para baixo em você e fazer você
gritar meu nome? Você vai lavar o meu rosto com seus sucos?
~ 136 ~
Seu hálito quente banhou meu pescoço. — Tori, você vai se
entregar a mim esta noite, cumprir os meus desejos, sabendo que você
também irá receber o seu?
~ 137 ~
CAPÍTULO DOZE
Dez anos antes
Eu dei uma última olhada no espelho e sorri com aprovação. Meu
longo cabelo estava enrolado nas extremidades, permitindo que ele
flutuasse livremente pelas minhas costas e eu tinha feito o meu melhor
para replicar maquiagem antes de adicionar um pouco de azul para
destacar os olhos cinzentos e complementar o vestido. Era o vestido que
Stewart tinha mencionado e era da cor de cobalto, com uma saia
esvoaçante e um corpete que acentuava os meus seios. Com a parte das
costas aberta, eu não poderia ter usado um sutiã se eu quisesse e
felizmente a saia era forrada e mostrava nenhum indício da minha falta
de calcinha.
Ele acariciou minha nuca. — Então, por ser uma boa menina, eu
tenho uma surpresa.
~ 138 ~
Stewart me ajudou a subir no carro, onde Travis estava
esperando. Quando nos aproximamos, seu motorista me digitalizou de
cima e abaixo, quase como se ele soubesse que eu estava nua por baixo
do meu vestido. Minha mente me disse que era absurdo, nada mais do
que uma combinação de paranoia e minha imaginação hiperativa.
Olhei para Stewart. Eu não tinha idade suficiente para beber, não
legalmente.
~ 139 ~
oferecer. Devo dizer que um desses anéis já estava prometido a outro
cliente, mas para você, eu tenho adiado nossa reunião.
~ 140 ~
Foi a coisa mais próxima de uma proposta que ouviria.
~ 141 ~
Suas sobrancelhas levantadas. — Você pode querer trabalhar em
seu entusiasmo, minha querida. Em poucos minutos estaremos na
cobertura do Beach Club, que eu tenho certeza que você reconhece
como um dos clubes privados mais exclusivos de Miami. Prevejo muitos
associados, talvez até mesmo alguns dos colegas de seu estimado
padrasto. Um pouco disso é para mostrar... — ele se inclinou mais
perto. — Que eu estou tão ansioso para te mostrar - como eu tenho
certeza que você está bem consciente - não há mais do que um
elemento a atração. Enquanto eu estiver te apresentando, eu quero que
você lembre o que eu pretendo fazer com você esta noite. — seus lábios
se separaram um pouco e meu rosto corou de repente. — Quando eu
tomar um gole do meu vinho, eu quero que você saiba, eu estou
imaginando beber você. — ele acariciou minha nuca. — Quando eu
estiver inalando o aroma da nossa refeição perfeitamente preparada, eu
vou antecipar o seu cheiro doce. Quando a comida chegar a minha
língua, eu estarei pensando sobre a minha língua dentro de você, com
suas pernas sexy enroladas no meu rosto.
O carro que estávamos andando não era uma limusine. Não havia
vidro entre nós dois e Travis, nenhuma barreira de som. Meus olhos
dispararam para o espelho retrovisor. Com o pôr do sol, o motorista de
Stewart usava óculos de sol. As lentes escuras cobriam seus olhos e sua
expressão, mantendo o foco de sua atenção escondido.
~ 142 ~
umidade que ele procurava. Mais uma vez, ele tinha conseguido me
deixar totalmente despertada apenas com suas palavras. — Oh,
Stewart...
Eu nunca tinha estado tão ocupada e ainda tão farta. O que Lisa
não fazia por mim, ela tinha alguém que fizesse. Os próximos dois dias
voaram em uma enxurrada de corrida e espera. Os dias eram
~ 143 ~
monopolizados pelos acessórios, ornamentos e embelezamento. Meus
longos cabelos escuros foram destacados, não em tons de loiro como eu
imaginava, mas matizes de castanho e destaque de mogno. Quando a
luz solar bateu no meu cabelo, as várias tonalidades vieram em uma
matriz verdadeiramente surpreendente de cor. Minha pele estava
hidratada e massageada. Cosmetologistas passaram horas aplicando e
me ensinando a aplicar a quantidade certa de maquiagem. Com a
orientação de Zhen, um cosmetologista, eu me tornei um especialista
em criar os olhos mais dramáticos.
~ 144 ~
recompensa para a expedição radical que eu sentia. Quando sua língua
e os dedos trabalharam juntos, não importa o quão duro meus quadris
empurraram ou minhas coxas espremiam, eu era impotente contra o
precipício que explodiu e me mandou caindo, não em uma peça, mas
em um milhão de pedaços em um conjunto de sedação. Embora ele
gostasse de me ver me tocando sozinha, eu não tinha visto o que havia
sob suas calças. Cada vez que eu estendia a mão para sua ereção
escondida, minha curiosidade aumentou e eu sabia que era apenas
uma questão de tempo antes que eu fizesse como ele tinha previsto e
implorasse. Meu objetivo era deixar isso para o nosso casamento.
~ 145 ~
uma tentativa de me tranquilizar. — Obrigada, Susan. Vejo você em
uma semana. Você precisa de mim para você sair?
Ele andou por trás de sua mesa. — Eu tenho tentado falar com
você. Qual é a porra do propósito de ter um maldito telefone se você não
vai tê-lo por perto?
~ 146 ~
muitas coisas e estava ocupada e para ser honesta, eu gostei da ideia
de fazê-los suar. — Hospital? O que aconteceu?
— Por quê? Por Victoria? Você nos odeia tanto assim? Randall está
no Memorial Hospital.
Olhei para Stewart. — Mensagem de minha mãe não nos diz mais
do que você já sabe. Ela só disse que ele está no hospital.
Com mais compostura do que eu sabia que ela possuía, ela deu
um passo para nós. — Sr. Harrington, por favor, permita falar com a
minha filha em particular.
— Ele está em estado crítico. Não há nada que eles podem fazer,
além de esperar.
~ 147 ~
— Foi um ataque cardíaco. Os médicos acreditam que foi causado
por estresse. — sua última frase destilava acusação. No entanto, meus
pulmões respiraram tão necessariamente quando a tensão deixou o
aperto de Stewart. Não tinha sido um acidente. Acenando para Stewart,
eu soltei sua mão e caminhei em direção a minha mãe. De repente, ela
se virou e me levou a uma sala pequena. Uma vez que estávamos
sozinhas, ela se virou, batendo como uma víbora.
— Você está feliz? É isso que você queria? Olhe para você, vestida
como maldita riquinha, com esse pedra gigante em seu dedo. Você acha
que Randall disse ao Sr. Harrington sobre você para que você pudesse
colher os benefícios e não nos deixar secar? Onde está o seu senso de
lealdade depois de tudo que Randall fez por você? Você e seus caminhos
egoístas fizeram isso! Você não pode me ver feliz, não é? Você tem que
arruinar todo relacionamento que eu já tive.
~ 148 ~
Estupefata com a minha explosão, Marilyn Sound olhou para
mim. Quando ela recolheu seus pensamentos, Stewart abriu a porta,
fazendo-a girar, de repente silenciada por sua presença. Reunindo a
minha força, eu disse: — Marilyn, este é Stewart Harrington. Eu
acredito que você tem algo a dizer a ele.
~ 149 ~
espaço enorme com luz natural. Me puxando para perto, Stewart
perguntou: — Diga. Eu preciso ouvir isso.
— Victoria?
— Isso, minha querida, será a primeira e a última vez que você vai
implorar. Você entende?
— Sim.
~ 150 ~
molhada. Espalhe as pernas. Eu quero mais do que suas palavras – me
deixe ver seu corpo implorar.
~ 151 ~
Minha mão o cercou: o meu polegar e os dedos incapazes de
tocar. Olhei para cima para seu olhar de aprovação. — Tem certeza de
que vai se encaixar? — perguntei.
— Tenho certeza.
~ 152 ~
bunda, ele me puxou para mais perto, e espalhou minhas coxas mais
distantes e bateu seu pau contra o meu núcleo.
~ 153 ~
CAPÍTULO TREZE
Nove anos antes
Em Cinderela, o belo príncipe salva a pobre moça de sua
madrasta malvada. Em Branca de Neve, o belo príncipe salva a jovem
princesa indesejada. Com os contos de fadas infantis de felizes para
sempre, começa o processo de plantio de sementes nas mentes das
jovens sobre príncipes realmente existirem. Muitas das histórias não
começam dessa forma: em vez disso, elas se originaram de contos de
brutalidade e violência concebidas pelos irmãos Grimm. Com isso em
mente, talvez, os contos de fadas não devessem centrar na prevalecente
do bem, mas a presença do mal. Pois sem o mal há realmente o bem?
~ 154 ~
até netos. Havia mais do que eu via na superfície. Eu logo aprendi a
profundidade disso.
~ 155 ~
bacharel ou estudante universitário lutando. Embora Stewart só tivesse
sido casado comigo por um ano, lutar não tinha sido uma palavra que
poderia ser usado para descrevê-lo, talvez nunca.
~ 156 ~
— Nada aconteceu aqui desde o nosso acordo. Eu não vou dormir
com outras mulheres, se é isso que você está perguntando. Eu fiz antes
de nos conhecermos. Tenho necessidades. — ele me dirigiu a me sentar
em cima da cama e tocou minha bochecha. Com uma diferença em seu
tom, ele continuou, — Como de tarde, Sra. Harrington, a maioria dessas
necessidades foram muito bem atendidas.
Seu sorriso torceu. — Eu sei o que você vai fazer aqui. Você vai
fazer o que eu digo. Temos um contrato, um acordo juridicamente
vinculativo.
— Eu ainda não-
— E você não vai me negar. Eu disse isso antes, se algo faz você
se sentir desconfortável, eu estarei lá para você. Você nunca vai estar
aqui sozinha. Eu sempre estarei aqui.
~ 157 ~
gozasse. — É algo sobre observação, não é? É por isso que há uma
cadeira. Por favor, me diga que não vai haver mais ninguém aqui além
de nós.
— Eu não posso.
— Não!
— E você vai. Você vai estar comigo. Eu ainda quero estar com
você. A ideia de observação está me deixando duro agora. Aposto que se
eu levantar a saia do seu vestido um pouco, eu acho que você está
molhada sobre isso.
Que diabos?
~ 158 ~
Dentro eu vi uma variedade de brinquedos sexuais, mas isso não
era o que ele procurava. Stewart removeu fones de ouvido e uma venda
para os olhos. — Estes fones irão cancelar o som da voz da outra pessoa
e os olhos vendados irão fazer o que os olhos vendados fazem. Você não
será capaz de ouvir nem ver a pessoa com você. — ele tirou um
Bluetooth e colocou os fones nos ouvidos. Sua voz veio através dos
fones de ouvido. — Falando através do Bluetooth, você só vai ser capaz
de me ouvir. Quando eu não estiver falando, eu vou ter música tocando,
tudo em um esforço para esconder a identidade dos seus parceiros.
~ 159 ~
pode ser tão fácil ou difícil como ele escolher? O que ele faria se eu
negasse isso?
Eu balancei a cabeça.
— Hoje à noite vai ser muito simples. Você conhece a rotina, Sra.
Harrington, trabalhe nessa pequena buceta sua e me mostre quão
molhada você pode ficar.
~ 160 ~
obedecessem, minha mente estava pensando na minha nova
realidade. Como eu poderia olhar para os seus amigos e colegas de
trabalho nos olhos sabendo que qualquer um deles poderia ter estado
dentro de mim? Nomes e rostos vieram à mente. A maneira que Parker
Craven tinha olhado para mim a primeira vez que nos
encontramos. Será que ele sabia? Será que ele é um deles? Por que outra
razão ele estava tão intimamente envolvido na escrita do contrato? Os
executivos de negócios, políticos, seriam parte disso?
Fiz o que ele disse, tocando seu pau. Eu poderia dizer que ele
agora estava ajoelhado em cima de mim. Seus dedos pararam de se
mover dentro de mim quando eu o senti passar pela minha cabeça. Ele
estava segurando a cabeceira?
— Abra a boca, baby. Eu vou dar uma surpresa por ser uma boa
menina.
Eu tinha dado a ele vários boquetes muitas vezes, mas ele nunca
tinha gozado em minha boca, sempre puxando para fora e espirrando
em meu peito ou no estômago. Eu provei a acidez de seu pré-sêmen
quando ele deslizou seu pau mais profundo em minha boca.
Meu peito doeu. Não a partir do peso de seu corpo sobre o meu,
mas a partir de suas palavras. Como isso pode ser real?
~ 161 ~
CAPÍTULO CATORZE
Presente
Minhas mãos agarraram a barra de ferro forjado da cabeceira da
cama, enquanto Fatal Lullaby tocava em meus ouvidos. A melodia
familiar deu consistência ao meu mundo escurecido, proporcionando
tranquilidade enquanto minha mente procurava respostas. Talvez eu
devesse ter questionando a minha situação atual, mas não o fiz. Eu
tinha estado aqui muitas vezes. Meus pensamentos estavam
concentrados em Brody bombeando. Eu não tinha sido capaz de me
encontrar com ele ontem depois que surgiram as notícias da vontade de
Stewart. Eu tinha visitado o centro de distribuição da Harrington
Society como eu planejei, mas, então, Stewart acordou e fui convocada
para casa.
Esta manhã quando eu fui para o quarto dele, ele parecia mais
fraco do que no dia anterior. Por uma questão de fato, quando saí do
apartamento, ele ainda não tinha se movido de sua cama para a cadeira
de rodas. No entanto, ele ainda era exigente. Quando eu lhe disse que
tinha recados, ele me informou que ele já tinha feito planos. Era para
estar no armazém e preparada para uma visita as 11h00. Embora meu
estômago revirasse, o sorriso nunca saiu dos meus lábios quando eu
consenti. Seu amigo tinha solicitado uma reunião no início do almoço e
nós não queríamos decepcioná-lo. Certo!
~ 162 ~
me encontrar com Brody. Tudo dependia do amigo e isso estaria
envolvido com a reunião de hoje. Em vez de permitir que os meus
pensamentos permanecessem nessa direção, eu me concentrei em
Brody. O que ele iria me contar?
Minha mente me disse para abrir minha boca, mas desde que este
jogo cruel começou, cada um dos meus movimentos tinham sido
coreografado. Eu nunca era esperada depender de minha própria
intuição - nunca aqui, nunca no armazém. Onde estava Stewart?
~ 163 ~
escuro, figurativa e literalmente, com esses homens, eu imaginava suas
esposas. Será que elas têm alguma ideia que seus maridos gostam de
fazer sexo com uma parceira amarrada?
~ 164 ~
— Fique de quatro. — a estática fez suas palavras difíceis de
decifrar. — Queremos ver esses peitinhos balançar enquanto ele fode
você. Acene se você entende.
Sua voz interrompeu a música. Por que não a música não fica com
o som estático? Por que só apenas quando ele falava? — Role o seu
corpo, minha Tori. Abra os lábios da sua buceta, segure e espalhe as
pernas. Me mostre sua buceta satisfeita. — Sim, certo, pensei, enquanto
eu ouvia seu comando familiar.
~ 165 ~
Meu corpo sem pensar obedeceu quando abri minhas pernas e me
expus a sua câmera. Com este amigo satisfeito, meus pensamentos
voltaram à ligação de Brody. Stewart tinha um novo projeto. O que isso
significava, um projeto? Mais perguntas giravam enquanto só a música
enchia meus fones de ouvido. A trilha sonora foi todo o caminho até a
quarta canção quando eu permiti que minhas preocupações fossem
afogadas pela música. Pela primeira vez em anos, eu ouvi, realmente
ouviu as notas. As músicas mais do final não eram tão familiares como
as duas primeiras músicas.
Era a mesma coisa que ele disse no outro dia. Eu claro, vou
desobedecer; eu queria fazer isso de novo. Antes dele ficar doente, me
observar com seus amigos o deixava duro. Depois que seus amigos me
fodiam e gozam e iam embora, ele geralmente queria me foder ou queria
um boquete. Ele disse que era sua maneira de me tranquilizar que
mesmo que ele gostasse de compartilhar, eu
era sua esposa, sua prostituta. Os amigos podem transar comigo agora,
mas ele poderia me ter quando quisesse. Bile e desgosto criou um
coquetel tóxico que ameaçava subir de minha garganta. Eu empurrei
para longe, apertei meus olhos fechados por trás da venda nos olhos, e
tentei parar essas memórias.
— Você me ouviu?
~ 166 ~
rápido, eu reapliquei o lubrificante, confiante de que meu marido não
saberia a diferença.
— Fora.
Silêncio.
~ 167 ~
— Eu tive que correr alguns recados, — acrescentei.
— Vik, eu preciso ver você. Se você já está fora, venha para cá. Eu
preciso explicar isso.
— Não está finalizado, ainda não. Maggie disse que Parker tinha
mais algumas pesquisas que ele precisava concluir e, em seguida, ele
iria pegar a assinatura de Stewart. — sua explicação veio rápida. — Tem
mais. Eu só não quero fazer isso no telefone.
— Porra, Vik. Hoje! Se você não pode fazer isso agora, que tal mais
tarde hoje à noite? Não há remédios para o sono?
Um sorriso fraco veio aos meus lábios. — Eu vou ver o que posso
fazer em relação a aumentar seus remédios para dor.
— Vik...
~ 168 ~
CAPÍTULO QUINZE
Presente
Assim que eu pisei para fora do elevador em nosso apartamento,
eu sabia que algo estava errado. Lisa estava torcendo as mãos,
enquanto seus maiores do que o normal olhos vermelhos viraram na
minha direção. Parei no meu caminho, ajeitei meus ombros e perguntei:
— O que? O que aconteceu?
~ 169 ~
Dr. Duggar se virou para mim. — Sra. Harrington, em casos como
este, nem sempre têm respostas. Só com o câncer, seu marido poderia
ter continuado a lutar por semanas, talvez mais. Alguma coisa
aconteceu esta manhã. Quando você falou com ele pela última vez?
~ 170 ~
— E... — eu olhei para a cama. Os olhos de Stewart estavam
agora abertos e olhando para mim. — Ele está consciente? — dei um
passo em direção a ele.
~ 171 ~
— Sim, doutor... — eu disse enquanto olhava em direção a sua
IV. Vários sacos pendurados em engenhocas com tubos estavam indo
para o interior de seu braço. — Medicação para a dor?
Eu me virei para ele. — Não, você não vai. Vou falar a sós com
Stewart. Quando eu terminar, você vai me encontrar no meu escritório.
— fiz uma pausa. Quando Travis não respondeu, eu continuei, — A
resposta adequada é sim, Sra. Harrington.
— Tsk, tsk. — toquei seu rosto. — Antes que você vá, há algo que
eu estava esperando para te dizer. Você sabe o quanto você gosta de
assistir? Acene, filho da puta.
~ 172 ~
poderia descrever o que você era. Agora, — eu dei um tapinha no seu
braço. — Não me deixe divagar. Eu não quero que você entre no inferno
sem compreender verdadeiramente quem colocou você nesse fodido
expresso. — me debrucei ainda mais perto. — Eu fiz! Agora, quando
você entrar pelas portas em chamas e enxofre, vai saber que o inferno
que você me fez passar durante os últimos fodidos nove anos não era
nada comparado com a eternidade que você vai sofrer pelo que você
fez. Assistir você apodrecer aqui na terra foi gratificante para mim. — eu
me sentei. — Sim, você tem razão: observar ou apreciar tem sido
extremamente gratificante. Eu estou ficando molhada só de pensar
nisso. Ao longo do último ano e meio, eu fui capaz de sentar e assistir
você negar, ficar louco, passar a porra de uma fortuna para fazer isso ir
embora, mau humor e agora... com apenas algumas horas do final...
Talvez você aceite o seu destino.
Stewart piscou.
~ 173 ~
Os olhos de Stewart se fecharam.
— Oh, não, filho da puta. Não morra ainda. Eu quero que você
saiba que mesmo que eu tenha plantado os fodidos grãos, foi sua merda
bizarra que te pôs nisso. Adivinha onde foram expostas essas altas
doses de radiação?
Meu sorriso voltou. — Toda vez que você me dizia para espalhar
minhas pernas, você sabe o que eu imaginava que por trás dos meus
olhos vendados? Oh, você não pode responder com esse tubo em sua
garganta. Me deixe te dizer. Eu imaginava isso! Eu imaginava o olhar no
seu rosto quando você finalmente descobrisse o que eu tinha feito. E
você quer saber a minha recompensa? Eu sou uma grande
mulher. Passei através de tudo isso com você. Eu sou a porra de uma
santa! Agora, Sr. Harrington, acene se você entender que o dia que você
me comprou para ser sua puta foi o primeiro dia do fim da sua vida.
Stewart concordou.
~ 174 ~
Os sinais sonoros de seu monitor aceleraram enquanto eu me
sentei e assisti a confusão em seus olhos se transformar em
realização. Quando eu ouvi a porta abrir atrás de mim, me inclinei e
escovei meus lábios contra sua bochecha. — A única coisa melhor teria
sido ouvir você implorar, — eu sussurrei em seu ouvido. — Porque eu
estou confiante de que o grande Sr. Harrington iria implorar por sua
vida de merda.
~ 175 ~
eu nunca me senti mais viva. O órgão dentro do meu peito bateu com
um novo vigor.
~ 176 ~
CAPÍTULO DEZESSEIS
Presente
Eu não tinha dormido, não realmente. No momento em que tudo
foi dito e feito e o legista veio e levou o corpo de Stewart, era depois das
duas da manhã. Não houve necessidade de uma autópsia: a sua doença
foi bem documentada. Foram apenas as formalidades que precisavam
ser finalizadas antes que ele fosse enviado para a casa funerária onde
seria cremado. O grande Stewart Harrington não queria ser visto na
condição em que estava antes da morte. Ele com certeza não queria ser
visto como estava após a morte.
~ 177 ~
Quando ficamos sozinhas, Val viu sua irmã: a mulher quem
desejava todos os dias voltar para a faculdade e a simplicidade de
vida. No entanto, ela não veria a mulher que tinha assinado o confisco
de sua vida, aquela que foi vendida para pagar uma dívida que ela não
devia. Pouco antes de Val deixar o apartamento de cobertura, nós nos
abraçamos e eu jurei para mim mesma que ninguém - nunca - veria
aquela mulher novamente. Quando o corpo de Stewart foi colocado no
incinerador e sua carne descascou de seus ossos, a liberdade seria
encontrada na fumaça podre e eu estaria livre.
Não foi até que eu estava sozinha na suíte no andar de cima que
eu comecei a relaxar.
Foi feito.
Ele se foi.
~ 178 ~
cremação. Se você permitir, vamos fiscalizar tudo e garantir que tudo
seja tomado cuidado da maneira como ele pediu.
— Ele está aqui. Vou avisar para ir ao seu escritório depois que
você comer.
~ 179 ~
Eu sempre admirei a vista do escritório de Stewart. O oceano e o
céu enchendo as janelas amplas traziam a luz solar para o seu
domínio. Me lembrei da primeira vez que eu tinha visto isso, a primeira
vez que eu o vi. Eu era tão jovem e ingênua, embora eu pensei que eu
era forte e mundana. Felizmente, as injustiças que eu tinha
experimentado desde cedo me preparou para o que a vida tinha
oferecido e me deram a força que eu precisava para sobreviver. Oh,
quão errado Stewart tinha estado quando ele me viu como nada mais do
que sua prostituta. Com um sorriso, me lembrei do olhar de horror em
seus olhos quando ele percebeu que não só eu era uma adversária
digna, mas eu era a vencedora!
Tudo o que ele pendia diante de mim era meu - era tudo meu,
especialmente e, mais importante, a minha liberdade!
~ 180 ~
possível. Ele estava tão perto. — Travis se levantou. — Eu não vou
sair. Você não está me demitindo, e se você usar a porra da metade de
seu cérebro, assim como você já usou a sua buceta, você iria querer
saber mais. — seu olhar se voltou para mim. — Oh, foda-se! — ele se
levantou e voltou para a porta. — Não há nenhum maldito peso em
minhas costas. Pessoalmente, eu gosto de assistir você cair de seu
cavalo alto do caralho.
— Onde eles estão? Quantas gravações estão lá? Eles são apenas
de áudio ou os vídeos estão lá?
~ 181 ~
vai ser capaz de sair desses acordos sem repercussões, você realmente é
mais idiota do que eu achava.
— Você só -
— Você disse que este era apenas o áudio. Eu estou supondo que
você tem mais.
Ele assentiu.
— Você não quer dinheiro? Todo mundo quer dinheiro. Quanto vai
me custar para fazer isso tudo ir embora? — eu olhei para o meu
~ 182 ~
relógio. Parker Craven deveria chegar em menos de quinze minutos. —
Quanto vai custar para que você me diga o que você sabe?
~ 183 ~
Eu tentei compreender o que dizia Travis. — Os agiotas? Os que
mataram Randall?
— Diga a ele que estou em uma reunião. Eu vou estar com ele o
mais rapidamente possível. — eu desliguei o telefone.
Meu olhar cinza se estreitou. — Você não pode ou você não vai?
~ 184 ~
regiamente foderam com sua vida. — ele se inclinou. — Eles são seu
pior pesadelo. E, acredite ou não, agora que o Sr. Harrington se foi, você
está olhando para o único que pode te salvar deles.
~ 185 ~
para ser parado em seu caminho quando ele foi recebido peito a peito
por Travis.
Peito a peito não era muito preciso. Travis era bem mais alto.
Será que ele pensa que eu era uma idiota? O olhar de aviso de
Travis teve um novo significado. Eu podia confiar de que agora ele
estava me protegendo? Eu sempre achava que eu era a presa.
— Não, Parker.
~ 186 ~
— Oh, eu acredito que eu tinha um prazo apertado há dez anos
também. Quando você precisa da minha resposta?
Ele franziu o cenho enquanto sua mão percorria seu cabelo fino,
escuro. Segundo a luz das janelas, notei os fios cinza. — Agora, Victoria,
eu preciso dele agora. Isso não pode esperar.
Isso foi o mesmo que dizer que eu era mais idiota do que ele
imaginava? Eu não confiava em qualquer um desses homens. — Adeus,
Parker. Neste momento, não tenho a intenção de deixar a minha
emoção ou bom senso tomar qualquer decisão. Agora, eu vou me
concentrar em enterrar meu marido morto. — eu sentei na cadeira de
Stewart. — Você gostaria que Travis te mostrasse a porta de fora?
~ 187 ~
CAPÍTULO DEZESSETE
Presente
— Eu não posso arriscar ser vista em algum hotel, — eu disse no
meu telefone, por trás da proteção da porta fechada do meu quarto.
— Ele realmente espera que você assine e fale sobre isso mais
tarde?
~ 188 ~
— Gemidos e gritos? Porra! Eu gosto do som disso. Onde estamos
fazendo isso? Na cadeira do filho da puta ou em sua mesa?
— O quê? Me conte.
— Por que ele quer que ele vá para Travis? — Brody repetiu. — Eu
não tenho ideia do caralho. Por que Parker quer? Bem, eu odeio dizer
~ 189 ~
isso sobre um dos meus sócios, mas porra, Vik, isso deveria ser
óbvio. Ele sabe que não há nenhuma maneira que você vai fazer com ele
o que ele soletrou no contrato sem titularidade do referido contrato.
— Sim.
— O que disse Travis? Por que ele quer que você concorde com
sua decisão?
~ 190 ~
adormecemos. Merda! Eu sei que há muito mais nesse corpo bonito do
que uma buceta apertada. Você é tudo de bom. Stewart foi muito idiota
para não perceber isto.
******
~ 191 ~
lá, ou talvez ele é um amigo com uma afinidade para outros usos do seu
pau? — então com um toque de lábios contra minha bochecha, ele
adiciona, — Sorria, Sra. Harrington. Eu só queria te dar um pouco mais
para você pensar.
Não era que eu queria saber. Eu não queria. Mas eu queria saber
mais sobre isso e até que eu viesse cara a cara com a verdade, eu sabia
que não pararia. Ele nunca poderia. Eu endireitei meus ombros, ajeitei
minha fachada e enfrentei a próxima pessoa.
~ 192 ~
Sheila foi uma das primeiras a me aceitar verdadeiramente no
mundo de Stewart. Ela entendeu a pressão que nosso casamento
repentino infligiria. Enquanto sua situação era diferente, sendo casada
com um senador, ela lidou com um controle similar. Talvez fosse por
isso que encontramos um terreno comum com a Harrington Society. Ela
era a presidente do meu conselho, e, felizmente, nós falávamos sobre
muitas das questões cruciais.
~ 193 ~
Muito ocupada com todos os arranjos e legalidades, mas logo, logo... —
ela apertou minhas mãos. — Temos de marcar um almoço. Você precisa
de algum tempo com outras mulheres.
~ 194 ~
— Stewart iria querer que eu fizesse isso. Ele estava tão orgulhoso
do meu trabalho com a fundação.
— Obrigada, eu vou.
~ 195 ~
Minhas entranhas torceram pela promessa e o brilho de seu
sorriso.
~ 196 ~
— Então, você está voltando para casa comigo? Eu gosto disso.
— Então vamos.
Val me deu uma segunda olhada. — Meu carro? Onde você quer
ir? Eu posso te levar.
— Ele não precisa de um dia ou dois. Ele era frio como gelo muito
antes de morrer.
~ 197 ~
CAPÍTULO DEZOITO
Presente
ENQUANTO VAL nos levou para o seu apartamento, eu não podia
evitar os meus olhos de derivarem em direção ao lado e aos espelhos
retrovisores. Na boca do meu estômago, eu sabia que Travis estaria
vigiando. Não demorou muito para que as minhas suspeitas fossem
confirmadas. Chegando ao centro médico, vi o SUV preto. Porra! Esse
não é o meu SUV? Eu deveria tê-lo demitido há dois dias. Por que não
fiz? O que ele sabia? Me lembrei há muito tempo de pedir a Stewart
para demiti-lo e ele me disse que não. Ele disse que Travis sabia
demais. O que diabos era demais?
~ 198 ~
Eu sufoquei uma risada. — Eu me lembro da sua crítica sobre a
diferença da nossa idade quando eu disse que ia me casar.
******
~ 199 ~
Mais cedo, quando eu tinha pegado o endereço do motel no meu
telefone, eu sabia que não era nosso tipo normal de lugar. A partir de
suas imagens, parecia o tipo de motel visto em filmes de crime, lugares
onde as prostitutas frequentavam e muitas vezes acabavam mortas.
~ 200 ~
— Sim, — eu murmurei, um pouco antes de beliscar sua orelha.
~ 201 ~
Puxando meu cabelo de novo, ele repetiu: — Diga a eles mais alto.
~ 202 ~
Eu não pude resistir tocá-lo enquanto eu corria minhas pequenas
mãos para cima em seus braços firmes. As pontas dos meus dedos
queimaram de seu calor radiante. Quando cheguei a seus ombros largos
e meus olhos encontraram os dele, o brilho da luz de vela em seus olhos
água-marinha enviou meu núcleo em espasmos. Eu engasguei com a
apreensão de meus pulsos quando minhas mãos estavam de repente
presas à parede por cima de mim. Brody silenciosamente olhou meu
corpo.
— Ainda não, Vik. Eu quero olhar para você, realmente olhar para
você. Você é tão bonita, e eu quero vê-la como a mulher que é agora.
O que ele quis dizer? Será que ele sabia que eu era agora uma
assassina?
— Bem, Vik, você não precisa implorar. Você vai ter isso. Deixe
esses quentes saltos. — seu brilho sensual alimentou o fogo que
acendeu ainda da minha fantasia. — E você tem cerca de dois segundos
para tirar essas malditas calcinhas ou ela é minha.
~ 203 ~
Sua sobrancelha subiu. — Talvez eu tenha que reconsiderar. Eu
acho que você não o quer tanto6.
Quando eu fiz o que ele disse, ele atingiu a barra do meu vestido e
puxou até meus quadris. Com as duas mãos, ele rasgou minha
calcinha. Os pedaços caíram de uma das minhas pernas para o meu
tornozelo. De repente, eu gritei quando uma mão firme golpeou minha
bunda exposta. Imediatamente, ele começou a esfregar a bunda
atingida, apenas para repetir o ataque do outro lado.
6 Ele fala assim porque originalmente é: I want it so goddamn bad. So bad se traduz
como tanto, no sentido de muito, mas a tradução literal dele é mal, ruim:―eu quero
você tão ruim‖. Então vai ter frases fazendo a referência que vai ficar um pouco
estranho.
~ 204 ~
saber, eu gritei enquanto eu segurava na parede, meus cotovelos
endurecendo com cada impulso. Brody me fodeu como ele nunca me
fodeu antes, selvagem e implacável, batendo em mim, preenchendo não
só o meu núcleo, mas também meus ouvidos com o som de suas bolas
batendo minha bunda, e sua respiração pesada.
— Goze, Vik. Goze até mim; molhe todo o meu pau com o seu
gozo.
~ 205 ~
— Eu não vou? — questionei enquanto caminhávamos em direção
ao banheiro.
— Não, você não vai. Esse sorriso em seu rosto é o mais bonito
que eu já vi. Eu tenho coisas para mantê-la aqui.
— Você disse que Val não vai trabalhar por causa do funeral. Eu
vou levar você de volta para Val no início da manhã.
— Por que você não o demitiu? Travis? Eu sei que você o odeia.
Brody assentiu.
— Sim, baby?
~ 206 ~
Me salvou? Por que as pessoas continuam dizendo isso?
— E se... — eu comecei.
~ 207 ~
CAPÍTULO DEZENOVE
Presente
Acordei com o som do alarme de Brody, sentindo ansiosa e
nervosa sobre o funeral, mas também descansei pela primeira vez em
muito tempo. — Que horas são? — perguntei, sonolenta.
— Você tem um gosto tão bom pra caralho, — ele gemeu entre
insultos, empurrando minhas pernas mais afastadas, torturando meus
lábios já inchados e coxas.
~ 208 ~
circulou meu clitóris, me trazendo de volta. Minhas pernas
involuntariamente fecharam quando meu interior apertou com uma
posse doloroso.
~ 209 ~
— Vik, — disse ele, sua voz suave e terna, — Hoje no funeral, eu
gostaria de poder estar com você, segurando a sua mão, apoiando você.
Nós dois sabíamos que não era possível. — Brody, você não deve...
— Não tem nada a ver com a obrigação. Eu quero estar lá. — seu
olhar brilhava. — E eu vou.
******
~ 210 ~
Eu não estou cheirando a sexo. Eu tomei banho!
~ 211 ~
Bem, merda. Eu deveria ter ligado para ela.
Apertei o botão de ligar e olhei para o relógio. Não era nem 5h30,
mas ela era uma médica. Eles não precisavam dormir. Não é?
— Merda, Val. Eu? Estou bem. Você está bem? Eu desliguei meu
telefone ontem à noite. Eu só liguei agora porque ouvi a sua mensagem.
Val continuou, — Ele foi persistente. Ele não era desagradável. Ele
disse que precisava falar com você. Eu disse a ele que você estava
dormindo.
~ 212 ~
— Ele continuou se referindo a você como Senhora. Harrington,
não Vik, Vikki, ou Victoria.
— Sim. Convidei Travis. Não parecia legal dizer: ‗ei, obrigada por
me salvar daquele homem assustador. Agora vá embora‘.
— Vá em frente, — eu incentivei.
— Mas eu não acho que ele achava que isso fosse uma coisa
nova. Eu só não disse de uma forma ou de outra.
Olhei para meu entorno. — Val, eu acho que vou precisar de algo
para me ajudar a dormir uma vez que hoje terminar. Estou chegando
em seu apartamento. Está tudo bem se eu deixar o seu carro na rua?
~ 213 ~
Quando eu estacionei, vi Travis fazer o mesmo. — Não, eu estou
bem. Travis está aqui.
— Você sabe, o seu marido só esteve morto por alguns dias. Você
pode, pelo menos, considerar levar uma muda de roupa, se você for se
prostituir, especialmente se você pretende continuar a fazer isso nas
favelas.
~ 214 ~
Antes que eu pudesse terminar a minha pergunta, Travis parou o
SUV, desabotoou o cinto de segurança e se lançou em direção a
mim. Mais rápido do que eu poderia me afastar, ele alcançou o cinto de
segurança, o puxou sobre o meu corpo e travou no lugar. Balançando a
cabeça, ele se inclinou para trás, colocou o seu e pôs o SUV de volta na
rua. Em voz baixa, ele murmurou, — Eu preciso de um maldito
aumento para esta merda. — levantando a voz, ele se virou para
mim. — Segurança. Esse é meu trabalho. Você acha que você poderia
me ajudar um pouco?
— Toda vez?
— Sim.
~ 215 ~
Eu respirei fundo, pensando nisso. — Por quê? — eu perguntei
com curiosidade genuína.
— Chantagem?
~ 216 ~
arremessou para frente só para ser puxado para trás pela contenção do
cinto de segurança.
— Sr. Harrington cuidou de tudo. Ele fez negócios para que você
pudesse permanecer segura, desde que ele-
— Me compartilhou? — interrompi.
~ 217 ~
Travis assentiu. — Isso foi parte disso. Há mais, mas é muita
coisa para engolir de uma vez. — sua sobrancelha se contraiu, e seus
lábios serpentearam em um sorriso. — Mas você pode provavelmente
lidar com isso.
Seus olhos escuros mais uma vez focaram na estrada, quando ele
confirmou: — Sim, Sra. Harrington, eu vou saber se você está mentindo
para mim.
— Não.
~ 218 ~
CAPÍTULO VINTE
Presente
O FUNERAL PASSOU em um borrão. Embora eu parecesse à
viúva de luto, na verdade eu estava ouvindo, dissecando e inalando
todos ao meu redor. Enquanto eu examinava a grande multidão que
sobrecarregava a igreja, eu me perguntava se as pessoas que Travis
conhecia, as que ele acreditava estarem me ameaçando, estavam entre
os aflitos. Eram amigos de Stewart? Eles poderiam estar vestindo uma
máscara de compaixão, quando na realidade eles tinham outros planos?
Planos que envolviam uma extensão no meu inferno pessoal?
~ 219 ~
eram mais potentes o suficiente para o tratamento terapêutico. Claro,
meu uso não era terapêutico. Tudo o que eu podia esperar era que a
cadeira ainda fosse radioativa. Talvez se alguém gastasse tempo
suficiente lá, eles também iriam sofrer o destino de Stewart.
~ 220 ~
abóbadas feita de mármore grosso especialmente para as
urnas. Quando o meu olhar encontrou o de Travis, eu assenti. Em vez
de falar na minha mente, eu sussurrei perto da orelha dela, com
cuidado para evitar a multidão de ouvintes que se misturavam nas
proximidades. — Eu acredito que há outro carro para você. Permita que
Travis te ajude a encontrá-lo.
~ 221 ~
O imaginei como eu o tinha visto centenas de vezes ao longo dos
últimos nove anos. O imaginei sentado naquela cadeira: sua expressão
presunçosa de prazer e controle quando ele finalmente me permita
remover a venda e fones de ouvido. Desde o início, eu sabia que quando
ele me dizia para tirá-los, meu foco era suposto estar sobre ele.
~ 222 ~
grandes espalmaram cada seio. — Me deixe fazer você se sentir
melhor. Deite-se na cama. Eu vou fazer você se sentir melhor.
~ 223 ~
Se ele conhecia a porra dos meus pensamentos.
Revigorante? Doía demais. Foi por isso que o meu rímel estava
manchado. Eu conseguia parar as lágrimas de humilhação - eu aprendi a
fazer isso. No entanto, às vezes parar as lágrimas de dor física não era
possível.
Fiz o que ele disse. Seu sabor único, salgado me ajudou a esquecer
do sabor de seu amigo especial. Eu odiava isso, mas eu queria mais -
~ 224 ~
mais para tirar o amigo. Stewart tinha feito isso comigo, me fez dessa
maneira. Eu o odiava, mas de alguma forma precisava dele.
— Tão boa pra caralho, — ele entrava e saía; seu cheiro familiar
afrouxou meus músculos e involuntariamente fez o meu corpo
reagir. Querendo isso, eu chupava mais duro.
— Baby, não tão gananciosa. Você não quer me fazer gozar na sua
boca ainda. Eu quero a sua buceta mais uma vez.
— Vik?
Não, eu não me sinto mal que Stewart estava morto ou que ele
sofreu. Eu não dou a mínima para o que Travis disse. Stewart merecia
cada minuto de dor e agonia. Quando a maldita porta fechasse no
jazigo, eu secretamente iria me alegrar. E se havia pessoas que
pensavam que poderiam me levar de volta nessa posição, bem, eles não
conhecem a verdadeira Victoria Harrington.
— Vik? Olá?
~ 225 ~
Olhei para minha irmã e suspirei. — Val, eu estou bem,
realmente.
— Você não está bem. Você está alterada. Estou voltando para
casa com você. Eu não tenho de estar de volta ao hospital até amanhã à
noite. Vou ficar. Eu também estou receitando Ambien, do tipo que não
só ajuda a adormecer, mas ficar dormindo.
~ 226 ~
alegria. Eu queria estar próxima ao jazigo e ver tudo terminar de uma
vez por todas.
Eu tinha feito isso. A prova tinha ido embora e isso era Stewart.
~ 227 ~
Travis começou a falar, mas ela continuou apressadamente: —
Seu pai - seu pai biológico - estava no funeral. Eu o vi.
~ 228 ~
CAPÍTULO VINTE E UM
Presente
SOZINHA COM TRAVIS, no interior fresco da limusine, ele falou:
— Eu suponho que pegar sua bunda antes de atingir o chão é uma
exceção aceitável da sua ordem de antes? — seus olhos escuros
brilhavam enquanto ele observava cada movimento meu.
Não pude conter minha risada. — Por que, Travis, eu acredito que
é a melhor coisa que você já me disse. Quem diria que sob esse exterior
idiota você tinha uma personalidade?
~ 229 ~
falar comigo em particular. Peça a Val para ir com os meninos. — eu
alisei o meu vestido novo, apesar de não precisar. Eu olhei de volta para
seus escuros olhos questionadores. — Diga para os motoristas irem
diretamente para a casa de minha mãe. Eu não quero que ela ou os
meninos voltem para o apartamento comigo. Depois que eles a deixarem
lá, Val pode voltar comigo. Ela disse algo sobre passar a noite. — eu
suspirei. — Honestamente, eu acho que eu poderia querer a medicação,
ela prometeu.
~ 230 ~
— De nada, Vikki, — Marcus ofereceu quando ele se aproximou e
estendeu a mão para me oferecer um abraço. — Espero que se sinta
melhor.
Ele deu de ombros. — Ela quer que todos pensem que ela é a
única pagando por tudo, mas eu não sou tão jovem e estúpido como eu
costumava ser.
~ 231 ~
Ela olhou para baixo. — Melhor do que isso? — sua voz soava
estranhamente fraca.
— Sim, melhor do que isso. Não tente jogar comigo. Eu não estou
no clima. Você acabou de soltar uma maldita bomba em mim no funeral
do meu marido. Vamos te levar para casa. Comece a falar.
~ 232 ~
Stewart não se oferecido para casar com você, as coisas teriam sido
muito piores.
Ela olhou para mim, seus olhos cinzentos nublados com um véu
de confusão. — Não, Victoria. Não Johnathon. Carlisle.
Que porra é essa? Carlisle? Quem diabos era Carlisle? Meus olhos
se arregalaram em choque. Será que suas malditas bombas nunca
param? Eu fiquei sem palavras.
~ 233 ~
casamos escondidos. Sua família era diferente. Ele não queria evitá-
los. Ele queria provar que ele poderia ser parte da família, do negócio e
seguir o seu coração.
Será que ela quer que eu sinta pena dela, porra? — Você está me
dizendo que esse homem, Carlisle, que eu nunca ouvi falar antes estava
no funeral do meu marido?
~ 234 ~
descartáveis. Ele ainda era jovem. Se ele nos abandonasse, ele iria ter a
chance de cumprir o seu destino.
Eu balancei a cabeça.
Ela olhou para baixo. — Valerie não sabe. Ela acha que você é
filha de Johnathon.
~ 235 ~
Porque isso é o que tinha sido dito.
— Havia mais sobre seu pai, mas com você e eu fora do caminho,
ele se casou com outra mulher, uma mulher que a família gostou. Tudo
isso era muito para eu segurar, — Marilyn prosseguiu. — Eu não
aguenta mais. Como você sabe, Randall me salvou. Você sabe que nós
nos conhecemos em terapia de grupo. Meu vício era o álcool e o dele era
jogo. Eu nunca bebi de novo, mas Randall continuou a lutar contra
seus demônios; no entanto, até mesmo aqueles que não eram o que
você achava.
~ 236 ~
viveu, o lugar de Carlisle no seio da família não era seguro. Em seus
negócios, a confiança é essencial. Se fosse determinado que ele tinha
mentido sobre a identidade de seu primogênito, isso poderia ser a
primeira sequência de coisas a desvendar, mais do que eles queriam
revelar.
Ela assentiu com a cabeça. — Eu sei que eu nunca fui uma boa
mãe, mas eu não podia fazer isso. Eu não podia permitir que eles te
levassem. Quando eu era muito jovem, eu vi o que aconteceu com as
mulheres, as mulheres que não faziam parte da família. Se eles
tivessem você, filha de Carlisle, eles poderiam provar que a família dele
mentiu sobre você e eles poderiam te usar. — seus olhos se encheram
de lágrimas. — Eu não quero nem pensar no que poderiam ter feito com
você.
~ 237 ~
única pessoa que sabia quem poderia ter o tipo de dinheiro que
precisávamos para te salvar dessas pessoas.
Ela olhou para a rua. Ignorando o meu apelo para o silêncio, ela
falou rápido. — Quando seu marido pagou a dívida de Randall, a
organização ficou chateada. Eles pensaram que tinham um plano
perfeito e Stewart frustrou isso. Randall disse que havia alguns rumores
de descontentamento, mas, depois que você estava casada por um ano
ou assim, as coisas pareceram se acalmar. Durante tudo isso, eu fiz o
meu melhor para me distanciar de você. Eu esperava que eles ainda
acreditassem que você era verdadeiramente uma Conway.
Marilyn olhou para baixo. — Eu não culpo você por dizer não. Eu
culpei uma vez, mas agora eu não. Eu não tenho certeza quanto tempo
teria sido antes que eles viessem de volta para mais. — ela olhou para
baixo. — Randall não era um homem mau. Ele não era.
~ 238 ~
não existo. Eu tinha morrido. Minha mente girava. — Então você está
me dizendo que meu pai, Carlisle, não Johnathon Conway, estava no
funeral do meu marido e ele é parte de alguma família do crime? Isso
soa como um filme de TV, não a vida real.
Ela cobriu a minha mão e falou suave e rápido. — Bom. Você não
entende o que você está enfrentando. Querida, há mais. Eu sei que você
me odeia, mas há muito mais. Eu não estou negando que eu
injustamente culpei você por coisas que realmente estavam fora de seu
controle. No entanto, eu também fiz o que eu fiz para te
proteger. Manter a distancia de mim era para seu próprio bem. Você
supostamente não deveria ter nascido.
~ 239 ~
— Vik? — sua voz transbordava de amor e apoio. — Você está
bem? Você está pálida. O que mamãe disse?
De todas as coisas que Marilyn disse, o que veio à tona foi que meu
pai não era o mesmo de Val. Eu tinha acabado de perder minha
irmã? Ela não era realmente minha irmã como eu sempre pensei. Nós
éramos meio-irmãs. Meus ombros estremeceram.
— Vai dar tudo certo, — Val acalmou. — Você vai ficar bem. Eu
sei que é difícil. Talvez você deva pensar no aconselhamento. Você é
muito jovem para ser uma viúva. Você não tem que fazer isso sozinha.
— sua mão correu círculos sobre minhas costas, enquanto ela
continuava: — Eu vou adiar a minha viagem à Uganda. Eu não vou te
deixar.
Minha cabeça se mexeu para trás e para frente. — Não, Val, não.
— eu falei entre soluços. — Eu não quero que você faça isso. — quando
seus olhos cinzentos preocupados encontraram os meus, eu perguntei,
— Você pode me dar um pouco de medicamento? Quero dormir. Eu não
quero mais pensar.
~ 240 ~
CAPÍTULO VINTE E DOIS
Presente
AS NOTAS DE Fatal Lullaby a Dança da Morte. Tentei abrir meus
olhos, mas tudo o que eu via era negro. Meus olhos não estava abertos ou
eu estava com os olhos vendados?
~ 241 ~
continuava a gritar. Devo ter falado, porque, como minhas exigências
ficaram mais altas, uma grande mão desceu e cobriu minha boca. Eu
tentei com todas as minhas forças morder, mas a pessoa moveu a mão
para fora do caminho.
Eu não vou fazer isso! Você está morto! Você não pode me obrigar!
~ 242 ~
restrições e gritei com tudo em mim. Era a minha única esperança, a
minha única chance. — Travis! Travis! Me ajuda!
Val se virou para ele. — Ela está bem. Sinto muito ter
incomodado. Eu acho que ela estava tendo um pesadelo. O único nome
que eu reconheci foi o seu. Ela estava chamando por você.
— Vik, você não está bem, — disse Val. — Você estava no meio de
um pesadelo ou terror noturno. Eu não conseguia te acordar. Você
quase me agrediu. O que diabos você estava sonhando?
Olhei para Travis. Ele ainda não tinha falado. Tentando conseguir
um pequeno pedaço de compostura, eu estava de pé e estendi a mão
para o meu robe. Prendendo-o em torno de mim, eu disse: — Obrigada
~ 243 ~
por ter vindo, Travis. Estou bem. Eu agradeceria se você deixasse o meu
quarto.
— Continuei chamando?
~ 244 ~
Ela sorriu. — Eu sei que tem. Eu não queria te deixar. Você não
teria me deixado. Isso é o que as irmãs fazem.
— Não se preocupe com isso. Deve ter sido o monstro. Você sabe
que algumas pessoas têm problemas com os terrores noturnos depois
de tomar medicamento para dormir. Sinto muito, irmã. Eu estava
tentando ajudar.
— Sim?
— Quem é o amigo-horizontal?
— Mas você chamou por Travis, o cara que você costumava dizer
que dava arrepios? — sua voz ficou mais alta. — Ele é seu amigo-
horizontal?
~ 245 ~
— Não! Deus, não.
— Bom.
— Noite, irmã.
Como eu poderia ter uma vida normal? Apenas basta Brody e eu,
longe de Miami, longe do armazém e das coisas de Stewart? Longe de
Marilyn e Carlisle? Eu nunca me permiti entreter essa ideia, mas agora
sim. Esse poderia ser o meu novo objetivo?
***
~ 246 ~
Meu pesadelo da noite anterior me deu nova determinação. Eu
não ia voltar para o armazém. Não havia nenhuma maneira no inferno
que eu poderia fazer isso. De alguma forma, sabendo que se eu voltasse
seria sem Stewart fez toda a situação parecer de alguma forma mais vil.
~ 247 ~
Me sentei mais alta. — Sim, Travis. Foi um erro da Val incomodá-
lo no meio da noite.
Ele veio para frente e olhou para uma das cadeiras. Eu concordei
e ele se sentou. — Não, ela não estava errada. É o meu trabalho me
certificar de que está tudo bem.
~ 248 ~
O pescoço de Travis se endireitou. — Quem? Quem você viu?
— S-Stewart.
— Aqueles?
— Você cheirou?
~ 249 ~
Travis assentiu. — Ele é um dos amigos que não estão felizes
sobre o fim de suas visitas. Ele está apoiado, ou melhor, efetivamente
fecharam os olhos para algumas das atividades que aconteceram dentro
do submundo de Harrington Spas e Suites. Ele até mesmo quer
expandir o negócio fora dos EUA. Ele acredita que ele tem direito.
— Eu não sei o que o Sr. Craven planeja. Pelo que eu sei dele, eu
também diria que as regras seriam significativamente diferentes sob o
olhar atento dele.
~ 250 ~
— É uma longa história. — ele suspirou. — Uma que começou
quando eu era muito jovem para entender. Vamos apenas dizer que eu
conheci uma mulher, alguém que foi pega em algo semelhante ao que
você passou, mas pior.
~ 251 ~
Ele balançou a cabeça. — Jesus, você é uma porra louca? Ele é
parte da Craven e Knowles. Eles estão tão profundos nesta merda. Seu
sentido do olfato deveria ter dito para ficar longe.
— Não, você está errado. Ele trabalha lá, mas ele não é um
deles. Ele não sabia sobre o contrato, o armazém, ou qualquer coisa até
que eu o pedi para investigar. Tudo o que ele sabe é o que eu disse a
ele.
— Quem é Carlisle?
~ 252 ~
— Wesley é filho dele.
— O filho de Niccolo?
— Não, de Carlisle.
~ 253 ~
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
Presente
— SRA. HARRINGTON, — A VOZ DE Kristina veio pelo alto-falante
do meu telefone. — Sr. Craven está aqui para sua reunião das dez
horas.
Eu fiquei de pé.
~ 254 ~
— Oh, ah é? Você entrou aqui outro dia e esperou que eu
assinasse cegamente documentos sem os ler. — quando os lábios deles
franziram, eu perguntei: — Foi você, não foi?
~ 255 ~
entanto, eu acredito que você está plenamente consciente de que tenho
seguido esse contrato ao pé da letra. Eu cumpri a minha
obrigação. Devido à morte prematura de Stewart, agora sou a única
herdeira de sua propriedade. Me diga, Parker, que incentivo você tem
para me seduzir a assinar seu contrato?
— Sim.
— Não.
~ 256 ~
— Não, eu não estava.
— Mais uma vez eu vou perguntar, Parker, por que eu iria querer
assinar o seu contrato?
— Não aja tão confiante. Você não tem ideia da confusão que
Stewart deixou. A morte dele é o seu pior pesadelo.
— Como?
~ 257 ~
— Quando você se casou com Stewart Harrington, você alegou ser
Victoria Conway, nascida em maio. Se você sabe ou não, a certidão de
nascimento que você trouxe para se casar era falsa. Ela foi alterada,
forjada. Portanto, se essas informações fossem tornadas públicas, você
não poderia comprar nem vender. Seu casamento se tornaria nulo e
sem efeito. A herança do Stewart iria entrar em um inventário. Nesse
meio tempo, eu seria o único, como executor, que estaria no controle de
tudo. Isso inclui as fundações, tais como a Sociedade Harrington.
— Stewart sabia.
— Alguém mais?
~ 258 ~
— Quando você pode me trazer a prova?
Eu não respondi.
Eu fiz.
~ 259 ~
— Sra. Harrington, há um oficial, Shepard, na linha. Ele disse que
era urgente.
Meu Deus. Será que eles descobriram algo sobre a causa da morte
de Stewart?
— Coloque no viva-vos.
~ 260 ~
Cobrindo minha boca, eu engasguei. — Não, oficial, isso não é
possível. Minha mãe é uma alcoólatra em recuperação. Ela não teve
uma gota de álcool em quase 20 anos.
Não era nem mesmo onze da manhã. Isso não estava certo. Por
que Marilyn decidiu ir a uma farra no início da manhã? Ela não faria
isso. Eu sabia.
Idiota!
~ 261 ~
CAPÍTULO
VINTE E QUATRO
Presente
VAL ESTAVA ESPERANDO enquanto eu corria da SUV de Travis
para a sala de emergência. A multidão de pessoas não registraram a
minha entrada. Olhei para o rosto da minha irmã. Ela era médica; ela
deveria ser melhor em esconder sua emoção.
Val colocou os braços em volta de mim. — Não, ela está viva, mas
mal. — ela me levou através das portas, corredores e para um
elevador. Em seguida, nós caminhamos por mais portas e
corredores. Finalmente, chegamos a uma pequena sala privada com
cadeiras, um aquário de peixes, e muitas plantas falsas. — Eles sabem
que estamos aqui. Os enfermeiros vão nos manter atualizados enquanto
ela está em cirurgia.
Val fechou os olhos. — Eu não sei. Quer dizer, ela não voltou a
beber mesmo quando Randall morreu. Por que ela iria beber agora?
~ 262 ~
— Pare com isso. Se Marilyn Sound decidiu pegar uma garrafa de
vodka, ela e só ela é a pessoa responsável: não você. Você não é culpada
por muitas coisas em sua vida. Esta não é um delas. Não pense dessa
forma.
Minha bolsa vibrou. Olhei para o meu telefone. Travis. Seu texto
era simples e direto ao ponto:
~ 263 ~
estivesse tão alto como estava, ela teria tido necessidade de consumir
uma quantidade substancial. Ela estava bebendo antes de ir para a
escola?
— Não.
Nós dois nos viramos ao som da voz de nosso irmão quando ele,
Marcus e Travis entraram na pequena sala. Val e eu corremos em
direção aos meninos, enquanto Travis explicava, — Eu encontrei estes
dois vagando lá embaixo. Eu pensei que eles deviam estar com vocês.
— Obrigado, Travis.
Meu coração se partiu pelo nosso irmão mais novo. Ele havia
perdido o seu pai. Eu não queria que ele perdesse a sua mãe. Mais uma
vez, Val abraçou Lyle quando Marcus estendeu a mão e apertou a
minha.
~ 264 ~
— Eu não posso estar lá, — explicou Val. — Eles não permitem
isso. É muito difícil. Os médicos precisam pensar com a cabeça e não o
coração. — ela olhou nos olhos de Lyle. — Mas não se preocupe. Os
médicos aqui são os melhores. Ela está em boas mãos.
— Não, você não está. Você está com medo e eu não culpo
você. Estas são pessoas perigosas. Mas eu estive pensando sobre
~ 265 ~
isso. Eu acho que há duas coisas diferentes acontecendo. Eu posso
estar errado, mas eu não acho que as pessoas no armazém, os amigos...
Eu não acho que eles se rebaixariam a essas táticas.
— O quê?
~ 266 ~
— Sim, — concordou Travis. — Mas se ele conseguir fazer você
assinar o contrato, ele pode manter as pessoas como Keene feliz e
também convencer Albinis que ele está no controle de suas
decisões. Minha suposição seria a de que a recompensa jamais veria
sua conta bancária. É realmente o melhor cenário para ele. Dessa
forma, se a merda já bater no ventilador, suas mãos estão limpas. Você
é a única com os negócios que precisam ser explicados.
Quem era esse? Meu tio? Aquele que disse à minha mãe fazer um
aborto?
Apoio?
~ 267 ~
— Sra. Harrington, eu gostaria de falar com você, no futuro. Há
coisas... Coisas que eu não tenho certeza que seu marido explicou.
***
~ 268 ~
Nem Travis nem eu discutimos a reunião no corredor até depois
da minha mãe sair da cirurgia e ir para recuperação, e depois em um
quarto. Estava escuro no momento em que finalmente deixamos o
hospital. Uma vez que estávamos na SUV, eu verifiquei minhas
mensagens. Havia várias mensagens de texto de Brody. Eu disse a ele
sobre Marilyn e ele se ofereceu a vir para o hospital. Era mais do que eu
poderia lidar; em vez disso, eu pedi para ele vir para a cobertura quando
eu chegasse em casa.
— Não para Albinis, mas sim para Keene e Craven e quem mais
quiser um pedaço de mim.
— Como assim?
~ 269 ~
— Tenho certeza de que Craven nunca suspeitou que você tem as
bolas para trabalhar diretamente com Niccolo.
Travis deu de ombros. — Isso não faz sentido, a não ser que ele
iria sequestrar você na outra noite. Você se lembra... quando você
estava transando com Phillips ou ele estava transando com você.
— Mantenha o maldito foco. Você acha que foram eles? Se não foi
os Albinis, então quem? Por quê?
~ 270 ~
— E você estaria fazendo um trabalho melhor se falasse em
sentenças completas do caralho. Que tal fazer isso? Se você sabe quem
é, me diga.
— Não. Posso dizer isso com confiança. Ela sabe sobre sua família
e seus negócios, mas ela não está envolvida. Eu suspeito que seja por
isso que ela é tão envolvida com instituições de caridade como a
Sociedade Harrington. É sua maneira de equilibrar o que os outros
fazem. No entanto, seu marido é uma história diferente... — os olhos
escuros de Travis saíram da estrada e olhou em minha direção,
sondando e me incentivando a usar o meu cérebro e ligar os pontos.
~ 271 ~
velho. — ele me deu um olhar de soslaio. — Seu único filho, chamado
Wesley.
— Nós o quê?
— Você gosta?
~ 272 ~
Travis assentiu.
~ 273 ~
CAPÍTULO VINTE E CINCO
Presente
— VOCÊ ESTÀ LOUCA? — perguntou Brody, passando a mão
pelo cabelo loiro e andando pelo escritório de Stewart.
~ 274 ~
barba, eu me permiti um alívio momentâneo e me derreti contra seu
peito. — Você não confia em mim?
Meu peito doía. Brody pensou que ele poderia lidar com o
contrato. Ele não pode sequer lidar com uma pequena parte da
verdade. Eu balancei a cabeça e sentei no sofá.
Com as mãos mais uma vez passando por seu cabelo, Brody
pisou de um lado da sala para o outro. Quando ele estava quase de
volta para as janelas, ele se virou e disse: — Eu quero matá-lo. Apenas
me deixe matá-lo. Porra, eu vou matar todos eles. Você conhece os
outros?
— Mas Vik... — ele veio até o sofá e se sentou de frente para mim.
— Você não entende? Se você assinar um com Travis, ele tem o mesmo
controle sobre você que Stewart tinha.
— Não, ele não vai. Travis trabalha para mim. Ele não pode me
obrigar a fazer qualquer coisa.
— Por favor, Brody. Está ficando mais tarde a cada minuto. Estou
cansada. Tem sido um longo dia de merda. Eu faria isso eu mesma e
usaria o contrato que Parker escreveu e apenas mudar os nomes, mas
Parker vai ser capaz de dizer se não é exatamente do jeito que precisa
ser. Eu preciso que ele seja perfeito e legal.
— Não?
~ 275 ~
— Vik, você não está me respondendo. Eu não vou fazer isso. Eu
não posso fazer isso - não para você, não depois de tudo que Stewart fez
com você. Você merece o melhor. Do que você tem medo? De quem você
tem medo? Me diga. — ele se levantou novamente e andou. — Eu sou a
porra de um advogado. Se você acredita no maldito Travis, mantenha
ele ao redor. Eu não me importo. O homem é tão grande como a porra
de uma montanha. Ninguém vai chegar perto de você com ele ao seu
lado. Pelo amor de Deus, não vá sozinha para o armazém com Parker.
— ele se virou, incapaz de encontrar algo para expulsar a energia
fluindo através de seu sistema. — Porra, eu juro, se ele colocar outro
maldito dedo sobre você.
~ 276 ~
atrás de mim. Suspirando, eu coloquei minha cabeça contra seu peito e
ouvi suas palavras vibravam através de mim. — Querida, eu te levaria
em qualquer lugar que você quisesse ir. Que tal a nossa própria ilha
tropical?
Eu tinha lido uma história uma vez que o casal partiu para uma
ilha tropical. Foi quente - ambos os jeitos de quente. Eu estava cansada
do calor, no entanto. Depois de viver toda a minha vida no clima quente
da Florida. Eu balancei a cabeça de lado a lado.
— Onde quer que eu te leve, eu quero que seja remota, para que
seja só nós dois.
~ 277 ~
— Sim, baby, neve. Mesmo no verão há neve nos picos das
montanhas. No inverno há tanta neve que não podemos ir a qualquer
lugar. Tudo o que podemos fazer é passar os nossos dias e noites
fazendo amor em frente à lareira, uma grande lareira. No verão, nós
podemos ir até esses picos e esquiar, mas eu gosto de ter você nesse
cobertor.
~ 278 ~
— Ele adora. Ele gosta de ouvi-la gritar. Ele ama ouvir todos os
sons que ela faz.
— Deus, Brody, eu não posso fazer mais do que isso esta noite. E
se continuar assim, vamos.
— Sim.
Eu balancei a cabeça.
— O quê?
~ 279 ~
***
~ 280 ~
ficou imóvel. A cada minuto que passava minha pele ficou mais úmida
do calor crescente. Meu cérebro me disse para abrir a porta e sair, mas
meu corpo estava paralisado. Não foi até que meu telefone tocou que eu
estava ciente da passagem do tempo. Eu olhei para a tela: TRAVIS.
Era muito mais amável do que a sua normal, onde diabos você
está? saudação que eu estava acostumada a receber. — Estou em meu
carro.
— O GPS disse que seu carro está aqui há quase dez minutos. É
depois de uma e meia. Você não quer entrar antes dele chegar?
— Você sabe que a ameaça dele é besteira. Você não sabia sobre
sua data de nascimento. Ele não pode anular seu casamento. Sr.
Harrington fez tudo certo, foi legal.
— Victoria, — eu sussurrei.
— Como?
~ 281 ~
porra. Você esteve observando durante anos e a coisa Sra. Harrington
está me dando nos nervos.
— Todos têm seu próprio código. Foi ideia do Sr. Harrington. Ele
também não queria deixá-la sozinha lá embaixo para abrir a porta.
~ 282 ~
Eu não quero pensar sobre Stewart permanecendo em sua
cadeira para me proteger - eu não podia. — O que você pode ver com
suas câmeras?
~ 283 ~
tijolos. — Vai ser um despertar rude para você, Victoria, perder todo o
dinheiro e todos os bens que meu querido amigo estava tão disposto a
dar a você. — os dedos frios de Parker traçaram um caminho ao longo
do meu colarinho, puxando minha a manga do meu ombro. — Sem
sutiã. — seus olhos se arregalaram. — Essa é uma boa menina. Talvez
que você vai ganhar alguma indulgência durante nossas horas de
educação.
Oh, idiota, eu posso lutar. — Por favor, Parker, me deixe ver o que
você tem. Eu sei o que está em jogo.
~ 284 ~
dizer que ver esse jeito bad-boy está me deixando excitada e quente. —
estendi a mão para meus seios e torcei meus mamilos. — Mas eu acho
que isso é óbvio.
Parker chegou para o meu cabelo, mas antes que ele pudesse me
pegar, eu dei um passo para trás e balancei a cabeça. — Parker, Parker,
me mostre a sua prova e eu sou toda sua. Você não precisa ser duro... a
menos que isso seja o que você gosta.
Ele murmurou algo sob sua respiração sobre cadelas e seus jogos
enquanto ele vasculhava sua pasta. Finalmente, ele tirou uma pasta de
aparência familiar.
~ 285 ~
Mordi o lábio inferior para parar o tremor quando Parker se
aproximou, segurou o meu queixo e puxou os meus olhos para os
dele. — O que você tem a dizer?
~ 286 ~
usados por levantadores de peso, e o longo chicote elegante. Seus olhos
se arregalaram.
— Porra, não - sim. Eu não sabia que ele era um bastardo egoísta.
Eu podia ver o pau fino saliente sob suas calças. — Você quer que
eu te ajude com suas roupas?
~ 287 ~
sabia que era a minha melhor opção. Depois de alguns minutos, eu me
preparei, respirei fundo e fiz o meu caminho de volta para a cama.
~ 288 ~
O chicote desceu novamente. — Você vai fazer o que eu digo na
primeira vez. — outro tapa. — Não me faça repetir, porra. — o chicote
me bateu novamente. — Acene se você entender.
— Sim, por favor, Parker. Por favor, me desculpe ter dito isso.
~ 289 ~
Eu balancei a cabeça. — Claro, eu vou estar lá o mais rápido
possível.
Me virei para o pau fino. — Oh, Parker, me desculpe, mas isso era
o hospital e é a minha mãe. Alguma coisa aconteceu e eles querem
todos nós lá. Eu não posso deixar Val e os meninos fazerem isso
sozinhos.
~ 290 ~
Eu estava farta com este lugar. Deixar queimar ou se
desintegrar. Eu não dava a mínima!
~ 291 ~
CAPÍTULO VINTE E SEIS
Presente
— TRAVIS? — eu falei através do Bluetooth do meu carro.
— Não. Por favor, me diga que ele não tocou a cama com as luvas.
— Eu deveria limpar este lugar, mas agora que Craven está aqui,
eu acho que vou te encontrar no hospital.
~ 292 ~
Eu concordei, — Saia e acenda um fósforo em seu caminho para
fora. Eu estou farta desse inferno.
— Olá, Brody.
~ 293 ~
ou dois. — Estou bem. Eu estou no meu caminho para o hospital para
ver a minha mãe. Ei? — eu tive uma ideia. — Você poderia vir para o
hospital. Quero dizer, ela foi acusada de dirigir embriagada. Ela precisa
de um advogado. Venha para representá-la.
— Eu não disse que você ia ganhar, mas talvez você possa ajudá-
la. Brody, eu sei que isso não faz sentido, mas eu não acho que ela fez
isso.
Eu sorri. Ele era tão fácil de manejar. — E quando você vier, você
vai ver que eu estou bem.
***
~ 294 ~
Eu balancei a cabeça, sabendo que pelo olhar no rosto da minha
irmã havia mais.
~ 295 ~
minhas suspeitas; no entanto, com a promessa de Parker sobre os
amigos e o mundo Albini-Durante acontecendo do lado fora de minha
bolha, ter Travis por perto aliviou um pouco a minha ansiedade. Foi só
mais tarde, depois que os meninos tinham ido embora, que meu
telefone tocou.
— Olá?
— Minha senhora, ele disse que é urgente. Ele disse que é sobre a
vontade de seu marido.
— Estou a caminho.
~ 296 ~
Reunindo minhas coisas, Travis e eu começamos a descer o longo
corredor em direção ao elevador. Nós estávamos quase lá quando notei
dois homens ao lado do corredor conversando. Assim que o mais jovem
se virou, eu senti um déjà vu. Ele era alguém que eu conhecia, ou tinha
conhecido. Minha mente procurou, sem sucesso, quando eu tentei
desviar o olhar. Quando ele se virou, nossos olhos se
encontraram. Imediatamente eu sabia que eu estava vendo meu
irmão. Isso fez meu estômago torcer. Eu não vi o homem jovem e bonito
que eu tinha saído. Havia muito mais.
— Sim, ele me pediu para ver você. — Wesley apontou para Travis
e estendeu a mão. Os dois homens silenciosamente se
cumprimentaram, até que Wesley se virou para mim. — Eu posso ver
que você está em boas mãos. Nós não quisemos insinuar o contrário. É
só que, quando meu tio pede, normalmente há uma boa razão.
~ 297 ~
O homem mais alto ao lado de Wesley se virou. Ele era mais velho
e muito parecia muito distinto. Seu cabelo preto fino tinha um toque de
cinza. A semelhança familiar com Niccolo era inegável. Meu batimento
cardíaco acelerou quando eu olhei nos olhos do meu pai pela primeira
vez. Você nunca deveria ter nascido. As palavras da minha mãe tocaram
na minha cabeça. Estendendo a mão, meu pai disse: — Sra. Harrington,
é um prazer.
Meu queixo subiu indignado. Ele sabia. Eu sabia que ele sabia. No
entanto, suas palavras não pareciam como uma ameaça, mais como
uma demonstração de apoio.
~ 298 ~
Antes que eu pudesse responder, Wesley disse: — Victoria, por
favor, perdoe o meu pai. Ele parece pensar que o nome da família está
morto. Eu disse a ele que vinte e oito não é tão velho, mas ele se casou
com minha mãe muito jovem.
~ 299 ~
— Obrigada, Carlisle... Wesley. — eu balancei a cabeça para cada
um deles. — Espero que a chamada não seja necessária.
Idiota! Que diabos era o seu problema? Esse contrato maldito não
era real. Travis não tinha o direito de julgar quem eu via ou não. Eu
poderia estar com quem eu queria. Eu não disse isso de pé no corredor
do hospital, mas eu fiz uma nota mental de mencionar isso uma vez que
estivéssemos no carro. Nesse meio tempo, eu mordi a língua, balancei a
cabeça pela desaprovação evidente em Travis e caminhei em direção a
Brody. Quando me aproximei, eu sorri para seus belos olhos; no
entanto, o mais perto que eu cheguei, mais óbvio era que o meu prazer
ao vê-lo não era correspondido.
~ 300 ~
Eu abri minha mão e li Carlisle Albini em letras luxuosas. Dando
de ombros, eu dobrei o cartão dentro da minha bolsa. — Eu estou no
meu caminho para o seu escritório.
— Parker ligou... bem, Trish ligou. Ela disse que quer me ver. É
urgente.
— Vik, você estava falando com o Albinis. Você nem sabe quem
eles são?
~ 301 ~
— Não vi, — eu menti. — Eu estou supondo que é por isso que ele
quer que eu vá ao seu escritório.
— Eu só sei.
~ 302 ~
Eu sorri. — Eu acho que isso significa que haverá um monte de
coelhos.
~ 303 ~
CAPÍTULO VINTE E SETE
Presente
TRAVIS ME DISSE QUE ele tinha arranjado para o meu carro ser
levado de volta para a cobertura. Eu não me importava. Com tudo o que
havia acontecido, eu teria dificuldade em me concentrar em dirigir. Em
seu SUV, eu me estabeleci contra o banco do passageiro e tentei fazer o
sentido de minha tarde. Eu não poderia processar a totalidade: Parker
no armazém, os Albinis... e, em seguida, Brody. Parker era um idiota -
um pau fino - mas isso não foi uma revelação. Os Albinis - alguns dias
atrás, eu nunca tinha ouvido o nome. Eu nunca tinha ouvido falar de
Carlisle Albini. Agora, nós tínhamos conversado. Embora o meu nível de
conhecimento era apenas ligeiramente elevado, senti uma sensação de
calma surpreendente. Mas Brody não. Ele estava chateado que eu falei
com eles. Por quê?
Você não tem ideia do caralho. — Eu não acho que ele é o único.
~ 304 ~
— Oh, Deus! — meu estômago embrulhou quando náuseas me
golpearam com vingança.
~ 305 ~
a sensação de que, mesmo com o que ele estava me obrigando a fazer,
Stewart estava cuidando de mim. Talvez ele tenha mesmo, mas agora eu
sabia que Travis também. Travis estava sempre lá, mesmo hoje. — Você
sabia que eu não estava pronta. Você fez o que fez: você propositalmente
fez com que eu soubesse que era você. Você disse que assim eu teria
mais tempo. Você também queria que eu soubesse que através de toda
essa merda, eu estava protegida.
~ 306 ~
acrescentou em um sussurro, — Ele precisa ir para casa. Eu tenho
medo que todos nós vamos ficar doentes se ele não fizer.
Seu longo pescoço visível com seu cabelo escuro torcido atrás de
sua cabeça, acenou de lado a lado. — Não, ele disse que não vai sair até
que ele fale com você... — ela olhou para Travis de cima para baixo. —
Sozinha.
Olhei para Travis e voltei para a Trish. — Tudo bem. Sr. Daniels
vai esperar lá fora. Podemos ir para a sala de conferência?
~ 307 ~
Quando me virei, Parker disse: — Eu acredito que eu disse mais
cedo hoje para não me fazer repetir. Sente-se.
~ 308 ~
Eu fiquei de pé. — Você vê, Parker, aí que está o engano onde
você e Stewart estavam equivocados. Carlisle, meu pai, e eu tivemos um
agradável bate-papo nesta tarde no hospital. Aparentemente, você
estava mal informado. Eu não sei o que você ou os Durantes acham que
sabem, mas eu asseguro, Carlisle Albini é um homem honrado. Seu
irmão Niccolo prometeu sua proteção sobre mim e minha
família. Carlisle confirmou isto. Por enquanto, creio que esta discussão
acabou.
— Adeus, querida.
~ 309 ~
que pode ser perigoso. — inclinei a cabeça para o lado e examinei seu
patético corpo, tremendo. — Oh, isso foi apenas uma curiosidade
aleatória eu queria compartilhar. Infelizmente, eu acho que pode ser
tarde demais para você.
~ 310 ~
CAPÍTULO VINTE E OITO
Presente
EU ACORDEI NA MANHÃ seguinte com o toque do meu
celular. MAURA CRAVEN piscou na tela.
— Victoria, eu sinto muito ligar tão cedo, mas você precisa ir para
o Memorial Hospital rápido.
— Sim, — eu admiti.
~ 311 ~
Fechei os olhos. — Obrigada, Maura. Eu estarei aí assim que eu
puder.
— O outro?
Travis olhou para mim, seu olhar estreito. — Estou feliz que os
médicos vão olhar você. Tem certeza que você está se sentindo bem?
~ 312 ~
— Oh, Sr. Daniels, essa linha que você colocou, porque é
excepcionalmente intrigante?
~ 313 ~
Talvez fosse pelo seu tamanho ou o seu tom, independentemente
do motivo, depois de um breve olhar de Travis para mim, e volta para
Travis, a enfermeira suspirou e relutantemente levou nós dois por
algumas portas e por um longo corredor. Depois de algumas voltas e
mais algumas portas, chegamos a uma porta com uma imagem bonita
de três círculos incompletos e um sinal de alerta para não entrar sem
equipamento de segurança adequado.
Eu balancei a cabeça.
— Não, felizmente para ela foi só eu que teve uma breve reunião
com Parker ontem à tarde. Ela não estava presente.
~ 314 ~
Inclinei a cabeça para o lado. — Eu diria que um homem de sua
importância tem um monte de reuniões sem a sua esposa, ou até
mesmo, talvez, sem o conhecimento dela.
— E eu sou-
~ 315 ~
— Não, — uma mulher que eu não conhecia, disse. — Isso é
bobagem. Estamos todos bem. Quando podemos ir?
— O que você quer dizer que ele estava com ele? — perguntei.
***
~ 316 ~
— Eu sou sua amiga. — a palavra prendeu na minha garganta.
— Sim. — ela pegou meu braço. — Não é ruim. É bom. Ela está
acordada e conversando. Ela ainda falou com a polícia. Ela se lembra de
tudo. Sua história é bastante rebuscada, mas eles estão ouvindo ela.
~ 317 ~
Balançando a cabeça, ela desviou o olhar.
Ela olhou para baixo, onde minha mão cobria a dela. Virando a
palma dela para cima, ela entrelaçou os dedos com os meus. — Eu
pensei que ele iria te rejeitar ou que a família dele iria te machucar. Eu
perdi tanto tempo. Eu sinto muito. Eu sei que você me odeia e você
deve.
O queixo dela caiu para o peito. — Ele disse que ele não tinha
ideia. Ele nem sequer assumiu que eu tinha mentido sobre você até o
funeral de Stewart. Eu pensei que ele estava lá por causa de você. — ela
balançou a cabeça quando seu olhar encontrou o meu. — Não era. Foi
uma coincidência. Ele estava lá por causa de Stewart, mas então ele me
viu com você. Você parece tanto com ele que ele soube.
~ 318 ~
Eu me virei, olhando ao redor seu quarto de hospital. O sol ainda
brilhava do lado de fora da janela. Quando eu fiz a varredura do espaço
pequeno, eu notei um paletó dobrado sobre a cadeira em um canto. Era
cinza e eu o reconheci imediatamente.
— Victoria?
~ 319 ~
Ela sabe sobre nossos pais? Ela sabia que eles eram diferentes? —
Você sente muito sobre o quê?
~ 320 ~
arfava pelo sentimento de perda. Eu deveria ter me sentido desse jeito
pelo meu marido, mas eu não tinha.
Não! De jeito nenhum! Não podia ser! Não podia ser ele.
Meu corpo tremia quando pulei para os meus pés e corri para
minha porta. — Travis! Travis! — eu gritei enquanto eu corria pelas
escadas para o nível principal. — Travis! — minhas pernas mal
seguravam meu peso enquanto meus olhos transbordavam de
lágrimas. As gotas salgadas fluíam livremente pelo meu rosto. — Porra,
Travis, onde diabos você está?
~ 321 ~
— Nããão! — eu não poderia - não queria - processar; meus
joelhos cederam.
***
— O que aconteceu?
~ 322 ~
Ele não me soltou; em vez disso, Travis se aproximou, seu hálito
quente contornando meu rosto. — Ele mentiu para você. Eu nunca
menti para você.
Eu sabia que o que ele estava dizendo era verdade. Eu não queria
acreditar, mas, no fundo, eu sabia disso. Meu corpo estremeceu com a
verdade que estava na ponta da minha língua. Com Travis ainda
segurando meus ombros, eu sussurrei: — Ele era o Peppermint Man.
— Sim.
Travis assentiu.
~ 323 ~
lá. Eu vou ser capaz de dizer se alguém usou o código. Se ele fez... se ele
foi para o armazém, talvez ele encontrou as luvas e merda.
— Você disse que eu não posso confiar em idiotas, eles vão fazer
ou dizer qualquer coisa. Você é um idiota. Posso confiar em você?
Ele se inclinou mais perto. — Oh. — seu tom de voz caiu uma
oitava. — Eu não estava mentindo. Eu não sou bom e eu quero te foder.
Oh merda!
~ 324 ~
CAPÍTULO VINTE E NOVE
Presente
— MAS VOCÊ NÃO ESTÁ autorizado a me tocar, — eu
sussurrei. — Nunca, — eu acrescentei, sem reconhecer a minha própria
voz.
Eu balancei a cabeça.
~ 325 ~
— Você cheira a liberdade, como a luz do sol e o maldito vento na
praia.
— Isto?
— Sua liberdade. Eu sei tudo. Sei as coisas que você pensou que
tinha mantido escondido de Phillips. Esta é a liberdade. Quando alguém
sabe de tudo e quer você por ser você, pela sua fodida força, pelo jeito
que você enfrentou Albini, pela maneira como você ferrou Craven, por
tudo que você é e apesar de tudo o que você passou. Eu quero provar a
liberdade, beber de seus lábios sexy como o inferno, de seus peitos
perfeitamente redondos e sua buceta fodidamente convidativa.
~ 326 ~
mais perto, seu peito maciço quebrando meus seios de repente
sensíveis. Lentamente minhas mãos se moveram para seus ombros,
tocando o que eu nunca tinha imaginado sentir. Ele era tão grande,
muito maior do que qualquer um que eu já conheci: alto, musculoso e
forte. Meu corpo se ofuscava de baixo dele. A cada segundo que
passava, eu ansiava por tocar a pele abaixo de sua camisa.
— Travis?
— Sim?
— Sim.
Seu tom era de veludo. — Oh, você sempre foi gostosa, mas isso é
diferente. Essa é você, tudo você. — ele brincou com o decote da minha
blusa. — Eu quero ver mais, mais de você. Você vai me deixar ver
mais? Só eu, ninguém mais?
~ 327 ~
— Eu provei esses lábios deliciosos. Agora eu quero provar seus
seios perfeitos.
~ 328 ~
— Você está tão molhada, tão pronta. — seus dedos mergulhavam
dentro e fora. Ele levantou meus quadris, criando um ritmo que fez meu
corpo tremer. — Oh merda! — a minha montanha estava bem ali,
literalmente e figurativamente. Eu nunca tinha percebido que Travis era
a minha montanha, a mais alta.
Meu Deus!
~ 329 ~
Antes que eu pudesse articular palavras, ele estava em cima de
mim, espalhando as minhas pernas e persuadindo minha entrada com
seu pau. Um gemido saiu dos meus lábios enquanto ele brincava com
meu clitóris e moveu apenas a cabeça de seu enorme pau dentro de
mim. — Por favor... — eu implorei novamente.
— Eu mudei de ideia.
~ 330 ~
— Ah. Porra, — ele passou a mão pelo meu lado, encontrando
minha mão, e nossos dedos se entrelaçaram. Trazendo-os aos lábios, ele
banhou cada dedo com beijos. — Estou feliz por ter a sua permissão,
porque depois disso, eu não acho que eu poderia parar.
~ 331 ~
CAPÍTULO TRINTA
Oito meses depois
DE VEZ EM QUANDO, quando chegava em minha caixa de joias,
meus dedos escovavam o guardanapo de papel antigo que ainda cercava
os pequenos frascos. Eu sabia que não havia nenhuma razão para
mantê-los; a maior parte do Cytoxan tinha ido embora. No entanto, os
frascos bem embrulhados que eu tinha pego a partir da Harrington
Clinic Distribution Center uma vida atrás permaneceu. Travis e eu
sabíamos que eles estavam lá e nós sabíamos que não havia nenhuma
ameaça imediata ou razão para mantê-los. No entanto, por alguma
razão, eles permaneceram.
~ 332 ~
acentuava seu peito e braços, bem como a forma como ela dobrava em
suas habituais calças escuras. Por apenas um segundo eu pensei sobre
o que estava sob essas calças, o que estava dentro de mim apenas esta
manhã. No momento em que meus olhos se mudaram para os dele, seu
sorriso torto me disse que eu tinha sido pega. — Sra. Daniels, posso te
ajudar?
Estendi a mão para segurar sua cintura e olhei para seus olhos
escuros. — Eu acho que você fez hoje de manhã, duas vezes pelo que
me lembro.
Nós dois nos viramos quando Lisa entrou. — Sr. e Sra. Daniels,
Kristina disse que estavam procurando por mim?
~ 333 ~
Seu sorriso suprimido fez seus olhos azuis brilharem. — Você
sabe, eu faço isso porque eu sei que te deixa louco.
— Sim. Isso me irrita pra caralho. Meu maldito nome é Travis. Foi
por quinze anos, e não subitamente muda só porque eu estou foden-
Lisa se virou para mim. — Sim, senhora, seu marido pode ser
uma verdadeira dor...
— Obrigada, Lisa.
Depois que ela saiu da sala, Travis inclinou para trás e disse: —
Oh, eu esqueci. Hoje é o almoço mensal do clube das viúvas.
~ 334 ~
Eu assenti. — Não, é que eu estou apenas contente por não
saber. E Sheila está melhorando. Eu acho que ela passou pelo momento
mais difícil. Quero dizer, o suicídio é uma pílula difícil para uma esposa
engolir.
— Você me falou sobre isso. Eu sei que você vai ficar feliz em não
ter a Dra. Conway viajando tanto para o exterior.
Eu ri.
~ 335 ~
— Eu gosto disso de chamá-la de Doutora. — ele se levantou. —
Eu vim aqui para que você saiba que eu vou viajar. Eu tenho algumas
reuniões com alguns investidores. Prometi a Carlisle e Niccolo que nós
continuaríamos a trabalhar juntos, mas estou trabalhando para fazer
mais algumas conexões para eles. — ele se inclinou e me beijou. —
Conexões legítimas. Eles têm mais um monte de merda legais
acontecendo do que eu jamais pensei. A merda de prostituição era
principalmente o negócio dos Durantes.
Como eu tenho certeza que você está ciente, desde que você e o Sr.
Daniels escolheram não ter um acordo pré-nupcial, a divisão de bens não
é mais significativo.
~ 336 ~
Atenciosamente,
Então eu pensei sobre Val: seu cabelo castanho claro e meu longo
cabelo escuro. Agora que eu sabia a verdade, eu sabia que meu cabelo e
tom de pele vieram do lado da família do meu pai. Nós parecíamos
diferentes porque tínhamos pais diferentes. O sobrenome de Travis era
Daniels e de Stewart era Harrington.
A única coisa que Travis me contou sobre sua mãe era que ela era
a mulher com um filho de doze anos de idade: aquele que foi sugado
para o inferno dos Durantes e aquele a quem Travis se sentia bem em
ajudar a expor suas negociações. A única outra coisa que eu sabia
sobre ela era que ela estava morta. Eu estava confiante de que Stewart
não compartilhava a mesma mãe. Ele foi criado em luxo, com ambos os
pais.
~ 337 ~
Travis tinha me dito que ele não era honrado, mas ele também
disse que sempre tinha sido sincero comigo. Perguntei se eu poderia
acreditar nele e ele me disse que ele não sabia. O que diabos isso
significa? Se seu pai era o mesmo que o do Stewart, eu poderia ser nada
mais do que uma maneira para ele ter dinheiro e o poder de
Stewart? Foi isso o que ele tinha planejado o tempo todo?
~ 338 ~
EPÍLOGO
Futuro
COM AS COSTAS CONTRA A parede de azulejo e o spray quente
agredindo nossa pele, eu olhava por trás dos meus cílios molhados
enquanto Travis ensaboava o seu peito. Quando sua mão grande
coberta de sabão desceu, a espuma fez uma trilha até o cabelo escuro
que levava ao seu pau deslumbrante e inchado e eu não conseguia
pensar em nada além de tê-lo dentro de mim. Quando nossos olhos se
encontraram, eu vi o familiar olhar escuro se estreitando, o que fez meu
interior aperta.
~ 339 ~
Eu já estava molhada de nossa rodada anterior e chupar a minha
buceta me tinha deixado pronta. Segurando a parede eu abri minhas
pernas e levantei a minha bunda. Em um impulso duro, ele me encheu,
esticando meu núcleo. — Oh merda, isso é tão bom! — eu gemi quando
os meus dedos tentavam desesperadamente agarrar-se à superfície
lisa. Mais e mais ele me batia, mais e mais até que tudo o que eu
poderia fazer era chamar seu nome, — Travis, oh meu Deus!
— Ainda não, querida. — mais uma vez, ele chegou entre nós e
brincou com meu clitóris, seus quadris se movendo com os meus. Nossa
pele molhada bateu uma com a outra e nossa respiração ficou mais
dura.
Ele mostrou seu sorriso torto. — Você fez, querida, você fez.
~ 340 ~
Beijando seu rosto, olhei de volta em direção ao ralo. Não
admirava que a água não estivesse descendo: não podia, não quando
estava obstruído com todo esse cabelo.
FIM
~ 341 ~
Caros leitores,
Obrigada por ler Insidious. Espero que tenham gostado deste
thriller independente e que se lembre das voltas e reviravoltas quando
sua cabeça bater no travesseiro esta noite. Se você fizer isso, terei
realizado o meu objetivo. Embora tenhamos visto o último de Victoria,
Travis e todos os personagens incríveis em Insidious, há mais histórias
para contar e novos personagens para atender em romances futuros em
Tales From the Dark Side.
Atenciosamente,
Aleatha.
~ 342 ~