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J. BREE
Sinopse
Depois de sobreviver a orfanato e a um colégio que cria
membros de gangue e traficantes de drogas, finalmente
encontrei meu caminho para a liberdade: emancipação e
uma bolsa integral na ultra-exclusiva Hannaford Prep.
— Eu sou Wolf.
Capítulo 1
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Que idiota.
Ótimo.
— Movam-se.
— Porra patética.
Eu tenho que fazer uma vida para mim, nós dois não
podemos ser o Jackal.
Ash Beaumont.
Ótimo.
Eu me preparo, assumindo que ela está aqui para mim,
mas ela nem olha para mim. Seus olhos estão colados em
Ash.
Ele volta para a lição de casa, mas se ele acha que ela
vai deixar passar, ele fica muito decepcionado.
— Eu não estava dizendo que você deveria deixar para
lá! Da próxima vez, me ligue. — Ela coloca um cacho preto
perfeito atrás da orelha com dedos longos e finos. Ela me faz
sentir tão desajeitada. Eu paro de olhar para ela
completamente.
Riquinhos de merda.
MINHA PRIMEIRA PISTA de que algo não está certo é o
silêncio que cai ao meu redor enquanto caminho para o meu
quarto.
Deveriam estar.
— Já terminou?
Desmaiando.
Ele ri, e todo o seu rosto se ilumina quando ele olha para
Avery. Eu nunca estive tão ciumenta em toda a minha vida.
Onze.
Eu poderia.
Não, ele não está na grama. Ele é uma cobra que está
enrolada em sua garganta. — Você espera que eu acredite
que se importa com meus sentimentos?
Eu quase desmaio.
Eu o odeio.
Eu também o odeio.
Toda vez que ele me diz o que preciso fazer, abro minha
bolsa e entrego a ele a metade que devia fazer. Na primeira
vez, ele zombou de mim, mas pegou os papéis de qualquer
maneira. Depois de ler meu trabalho, ele ficou incrédulo e
chateado. Depois que eu fiz isso com ele em cinco aulas
diferentes, ele agora está acostumado a ficar para trás,
comendo meu pó acadêmico.
— Quão longe você está, realmente? — Ele está
segurando minha metade da nossa tarefa de Revolução
Francesa. Estou particularmente orgulhosa desta e tentada
a dar a Harley a outra metade. Se eu pensasse que ele
aceitaria, eu daria totalmente, apenas para saber qual a nota
que o professor me daria.
Minha bolsa cai no chão. Olho para trás para ver quem
diabos me bateu e encontro Harlow, a garota que enfrentou
Ash.
Cocaína.
— Lidere o caminho.
Eu o sinto rir enquanto o vento afoga qualquer som. Ele
começa a balbuciar sem parar, mas eu o ignoro.
É nojento.
Eu posso nunca mais beijar um cara de novo, se for
sempre assim.
E agora.
Eu não durmo.
Era uma vez, uma jovem garota que ficou órfã e em uma
casa de grupo. Outro garoto a leva para baixo da asa dele.
Ele a protege e cuida dela por um ano inteiro. Ela está
perdida e com fome, mas pensa que algum dia saberá o que
significa ser feliz.
Ela vence.
Ele não está mais fingindo ser uma pessoa decente. Não
há civilidade falsa. Tudo o que vejo é o mal que vive sob sua
pele. Um eco de Xavier soa em minha mente e faço um
inventário do que foi necessário para desativá-lo. Não
acredito que pensei que ele se parecesse com Ash e Avery. As
diferenças entre os irmãos são tão claras para mim agora que
luto para ver suas semelhanças. Não estou mais cega pela
boa aparência.
Grande erro.
Bom.
Deixe-o assistir.
Ela é a Wolf.
O diretor chegou.
— Coloque-o na linha.
Ele deixou.
O esconderijo dele.
2 Stress pós-traumático
Essa foi uma das muitas razões pelas quais eu fugi de
Mounts Bay e porque nunca amei Matteo do jeito que ele me
amava.
É Harlow Roqueford.
Ela inclina a cabeça para trás e vejo que o nariz dela
ainda está enfaixado, mas os machucados já desapareceram
o suficiente para serem cobertos pela maquiagem. Ela está
gemendo alto, aparentemente indiferente de ser pega, e está
pulando nele com gosto. Estou chocada o suficiente para
congelar por um segundo, boquiaberta ao ver os dois, mas
depois de um batimento cardíaco, recupero meu raciocínio.
Pego meu telefone e tiro uma foto, não para compartilhar,
mas se eu decidir contar para Avery, ela não acreditará em
mim sem provas. Eu faço um pequeno vídeo para uma boa
cena, e então me esgueiro de volta pelo beco e vou para o
carro que está me esperando. Folheio as fotos e sorrio
enquanto tomo meu café e o motorista volta para a escola.
Capítulo 15
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— Joey decidiu que ele vai transar com você. Por isso,
ele começou a aposta em primeiro lugar. Ele gosta de provar
o quão poderoso ele é. Todos os anos, ele escolhe um objetivo
grande e elaborado, e todos nós sentamos e observamos
enquanto ele esmaga, quebra e mutila todos ao seu redor
para alcançá-lo. Este ano é você. — Eu acho que parei de
respirar. Isso deveria ter acabado. Ele não pode estar dizendo
que eu ainda vou ser um alvo para Joey estuprar. — Se você
foder com qualquer outro cara, Joey provavelmente matará
vocês dois.
Tornou-se tão comum usar a palavra ‘matar’ de maneira
irreverente. Eles matariam por aqueles sapatos, eles
matariam você se você contar, eles adorariam nada mais do
que matar aquela pessoa. Ash não está dizendo a palavra
matar assim. Ele está dizendo isso como se ele visse o irmão
sufocar a vida de outro ser humano. Dou-lhe um breve aceno
de cabeça. Não é como se eu tivesse planos para namorar
neste lugar. Eu sempre planejei esperar até a faculdade para
perder minha cereja, então, que diferença faria se Joey
tivesse uma palavra a dizer sobre isso também?
Eu prefiro morrer.
— Sim.
Hã. Ele era órfão como eu. Então, por que ele me trata
tão mal? E por que Avery o protege tão ferozmente?
— Avery.
Bastardo do caralho.
— Sério? É tudo o que você tem? — Digo com uma
confiança que não estou sentindo e levanto minha bandeja.
Saio do corredor ao som de seu riso estridente.
Mas eu estou.
É incrível.
— Não acredito que perdi sua voz até agora este ano!
Seu leque rivaliza com o de Morrison. Ele ouviu você cantar?
Oh Deus. Não há como eu querer que ele me ouça.
Eu quebro o silêncio.
Ele está envolvido no que quer que ela tenha feito e está
dividido. Ele provavelmente se convenceu a ajudar porque eu
era uma fã perseguidora aos olhos deles, e então eu tinha
conseguido essa nota mais alta.
— FORA.
Pelo olhar em seu rosto, eu acho que ele não queria isso.
— Queime, então.
Ele quer me foder. Ele fez um jogo com isso. Não tenho
intenção de foder nenhum cara aqui, e quando expressei isso
a ele, ele tentou me estuprar. Ele não teve sucesso e não aceita
a palavra não com gentileza.
Spencer Hillsong.
— Quem fez isso com você? — Sua voz é tão suave que
eu sei que Avery não o ouviu. Se ele tem medo de atrair a
atenção dela ou pensa que a resposta é ela, eu não posso
nem começar a adivinhar.
Ele está olhando para mim como ele olha para Avery,
como se eu fosse algo precioso, e minha mente se esforça
para descobrir o porquê. Eu olho para ele e tento encontrar
minha voz.
Harley não olha para mim enquanto diz isso. Eles devem
ser os caras que me seguraram enquanto Spencer caía sobre
mim. O ritmo que ele estabeleceu é brutal para minhas
costelas, e estou ofegando muito para acompanhar suas
pernas ridiculamente longas. As pernas esculpidas de um
nadador. Droga, pare de pensar nas pernas dele!
Eu entro em pânico.
— Você disse que estava nua. São cinco horas, você não
acabou de tomar banho e está vestindo as roupas de outra
pessoa. Quem você deixou vencer a aposta? — Ele está quase
sibilando para mim. Olho para mim mesma, suspiro e depois
esfrego o rosto.
Não há sussurros.
Ou simples.
Balanço a cabeça.
— Não.
Um aluno morto.
Capítulo 24
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Joey o estrangulou.
Um aviso.
Olho para Joey uma última vez antes de sair. Ele parou
de se debater, mas está sibilando para Harley. Ele não está
olhando para seu rosto, os olhos estão baixos, no pescoço...
O colar.
Harley.
Puta.
Merda.
Porra.
— Diarmuid vai aparecer e vê-lo e depois deixar o
arquivo. Isso funciona para você, Starbright? — Ouço tecido
rasgando, grunhidos de dor e a respiração difícil de Matteo.
Espero em Deus que ele esteja apenas esculpindo o cara e
não... fazendo algo pior. Eu não quero pensar sobre isso.
Sim.
Respire fundo.
Porra.
O bastardo.
Diarmuid fica sério e olha para mim. — Meu pai virá por
vocês dois. Ele o matará apenas por estar em pé aqui e ter
estado nessa conversa.
4 DOA significa dead on arrival, ou seja, ela estava morta quando chegou ao hospital.
estrangulamento, outra chamada para o serviço de proteção
à criança, mas, novamente, sem acompanhamento.
Sem camisa.
— Não.
Ash ainda não fez sua jogada, mas sei que terá que ser
hoje ou amanhã. Amanhã haverá uma assembleia de
encerramento de cada ano letivo para dar os habituais
prêmios e louvores, os pais são convidados, por isso tenho
certeza de que vou ficar cara a cara com o Sr. Joseph Senior
e ter que enfrentar sua ira. Eu acho que vai acontecer nesse
momento. Ash contará ao pai logo antes dos prêmios, e eu
serei arrastada para fora do prédio e jogada fora do recinto
da escola. Serei forçada a voltar para casa em Mounts Bay e
voltar ao Jackal.
A rainha e a pobre.
Porra.
Eu não sei.
É de Ash.
Não tenho ideia do que ele está falando. Ele está certo,
está fora das minhas habilidades, e eu não fiz isso. Eu olho
para ele, e devo parecer a densa Mounty que todos pensam
que sou antes de me atingir.
Avery.
— Foda-se, Beaumont.
— O quê?
— Amigas, então.
Burro do caralho.
Ela ri, e parece o riso que ela sempre usou comigo; cruel
e sem humor. — Lips consertou e não quis nada em troca,
então não se preocupe.
— Floss.
— Não se atreva.
O olhar que ele apontou para mim era tão escuro que
um arrepio percorreu minha espinha.