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Outubro/2018
Não notei ela antes... mas agora eu noto.
Os fios brilhantes dourados em seus sedosos cabelos castanhos.
As pequenas rugas entre suas sobrancelhas quando ela franze a testa.
Sua paixão pela limpeza.
Quando me concentro nela, não consigo tirar meus olhos da minha mais nova
obsessão. Nunca.
Preciso saber tudo sobre ela.
Seu passado. Seu presente.
O jeito que ela toma seu café.
Exatamente como ela cheira depois de um borrifo de perfume no período da manhã.
Violet é minha.
Ela só não sabe ainda.
AVISO
24 de fevereiro de 1990
Olhos no alvo.
Sempre.
Eu não tenho que olhar minhas costas porque Bull faz isso.
Sempre.
Atirador e observador.
Uma brisa fresca passa por trás do meu pescoço. Suor está
escorrendo pela minha têmpora, mas não me atrevo a me mover.
Em vez disso, estou calculando o vento não apenas aqui da minha
posição no topo de um prédio abandonado, mas também onde meu
alvo está. O vento faz o cabelo preto de uma adolescente sentada
em uma das cadeiras escorregar de seu hijab1 e soprar ao vento.
Ela não é qualquer garota — ela é a filha de dezesseis anos do
Príncipe Herdeiro. Apesar de Hakim ser uma bichinha que se
esconde atrás de seus seguranças, seus olhos nunca deixam a
filha do Príncipe Herdeiro. Adara. Bonita, jovem, vulnerável.
Hakim claramente se importa com ela, e isso está dizendo algo
sobre o bastardo egoísta.
Foco.
Meu alvo.
Meu objetivo.
Meus olhos estão em Hakim, meu alvo, mas quando ele olha
para Adara, minha frequência cardíaca acelera quando ela sorri
para ele. Seu sorriso é tímido, mas largo. Para ele. Um sorriso que
uma mulher só dá ao amante dela. Dezesseis e cinquenta e sete.
Essa conta é uma merda.
Click.
Ajuste.
Minha mira mudou-se ligeiramente para acomodar meu
alvo. Um alvo que é claro. Fácil.
Foco.
“Desista, cab—”
Não respire.
Tiro.
“Hawk!”
Eu saio do meu deslumbramento e levanto meu corpo
rígido da minha posição.
Porra.
Granada.
A explosão é ensurdecedora.
A dor é excruciante.
Presente
Violet.
“Ah, sim, Sr. Truman,” Clint diz com uma risada. “Esta é a
assistente do proprietário, Letty.”
Violet.
“Sr. Collins,” ele diz com uma risada. “Você não tem
de se preocupar com nada.”
Eu começo a falar quando ele gira em sua cadeira,
pressionando o telefone em sua orelha. Sr. Maxwell exala poder e
força. Os sólidos músculos em seus ombros e bíceps esticam o
tecido do terno até o limite. Ele é quente como o inferno —
mandíbula esculpida, cicatriz na sobrancelha, olhos azuis, cabelos
“acabei de foder” e barba malfeita. Seus lábios cheios continuam
se movendo enquanto fala — lábios com os quais fantasiei muitas
vezes. Um ar de arrogância o rodeia. E, meu Deus, ele cheira bem.
Ele continua conversando com quem, acabei de perceber, é o Sr.
Collins, e não eu. Eu tropeço de volta, horrorizada. Pensei que ele
estava falando comigo.
Eu já tive o suficiente.
Eu fiz isso.
Eu.
Foda-se as bolas.
Foda-se todos.
“Solte-me,” suspiro.
Chefe.
“Eu não acredito que ele cedeu. Qual terá sido o fator
decisivo?” Bull pergunta do outro lado da mesa. Meu melhor
amigo de trinta e dois anos, senta-se com seus sapatos apoiados
na borda da mesa de mogno maciço, um olhar suspeito no rosto.
Por um momento, meu foco é atraído para o lado de seu sapato.
Um arranhão descolore o couro, e me pergunto como ele
conseguiu. Não estava lá esta manhã.
Ele está tenso pra caralho, então sei que não estou fora da
linha aqui.
Tapa.
“Eu me demito.”
Clique.
Ajustar.
Foco.
Seus olhos e os meus estão trancados novamente. Ela está
furiosa e eu estou... curioso. Quero saber como seu cabelo cheira.
Quero saber como sua voz soa quando eu tiro prazer dela. Quero
saber como a curva do seu traseiro fica com meu pau pressionado
contra ela.
Letty?
Violet?
Um sorriso.
“Não.”
“Não faça isso. Deixe ela ir. Essa mulher está aqui há
seis anos trabalhando sua bunda para você, e só agora você
está percebendo que ela está aqui. Mas é o seu pau que finalmente
a viu. Chame Elisha. Ela vai cuidar desse seu pequeno pau
intrometido e você pode voltar a se concentrar na merda que
importa. Como o negócio Collins.” Ele tira os óculos e esfrega o seu
rosto como se toda esta tarde estivesse desgastando ele.
Ele estreita o seu olhar para mim, mas não diz uma palavra
em argumento enquanto desliza seus óculos e se levanta. “Quer
tomar uma cerveja mais tarde?”
Estou sozinho.
Eu vou descobrir.
2 Sobrevivente
ordenadamente. Suas planilhas de meus clientes estão todas de
uma maneira que eu aprovo. Ela tem muitas notas detalhadas de
reuniões. Registros meticulosos de chamadas feitas para mim e
visitantes que vieram me ver. Eu também vejo onde ela executa os
dados sobre as propriedades. Verificando preços de venda e
valores. Executa análises de comparação. Os trabalhos. Além de
levar meu café e atender minhas ligações, não tenho certeza do
que ela faz para a minha empresa. Aparentemente, porém, ela faz
um monte para sua própria informação. Nenhum dos dados que
recolhe vai a qualquer lugar exceto suas planilhas.
Isso é bom porque quero ser mais do que amigo. Eu vou ser
mais do que amigo dela.
Resolvida.
Ao contrário dele.
Espero que ele tenha percebido que idiota ele foi por não
notar quão trabalhadora eu era.
Sean sorri e acena para uma garçonete. Uma vez que ela
leva o seu pedido, ele dirige seus olhos verdes de volta para os
meus. “Você é apenas um número lá, Letty. Na Slante, você é uma
pessoa. Todo mundo na minha empresa é reconhecido por seu
trabalho duro. Sei que você vai se encaixar bem.”
Eu fui cuidadosa.
Além disso, se fosse Vaughn, ele não iria simplesmente
sentar e assistir-me tomar uma cerveja com outro homem. Ele
teria vindo aqui com armas literalmente em chamas e me abordado
bem na frente de todos.
“Hey,” Sean diz com uma risada rouca, seu joelho escovando
contra o meu debaixo da mesa. “Eu acho que perdi você aqui.”
Têm sido anos desde que saí com amigos e fiz algo tão
simples como brincar por aí. O olhar de Sean escurece e ele não
responde. Ele suga as suas duas doses antes de bate-las de volta
na mesa. “Você é problema,” diz ele, com a voz rouca.
Vaughn me arruinou.
A culpa me infecta.
“Letty...”
“Táxi,” diz ele com voz rouca e pula para fora da mesa.
“Deus... você não tem ideia do quão difícil será colocá-la no carro
e vê-la indo embora com este furioso problema.” Ele aponta para
seu pau através de seu jeans, e uma risadinha me escapa. Isso faz
com que ele ria também. “Pode rir, anjo. Vamos antes que nós
sejamos expulsos daqui.”
Violento.
“Sou sua,” digo a ele com um sorriso. Meu corpo inteiro está
vibrando com energia. Eu quero ele, como sempre. Mesmo quando
ele me faz odiá-lo. Eu sempre o quero.
Nem sempre.
“Letty.”
Eu gozo.
Endereço.
Idade.
Experiência.
Vaughn.
Adara.
Te amo, Letty.
Eu e Mamãe '04
Mais tarde.
Mas assim que cedi aos meus desejos, eles foram ceifados
como uma única vela em uma sala sem janelas. Sean me colocou
no táxi e depois...
Respire, Violet.
Silêncio.
Nada.
Vaughn.
Toda vez.
Vaughn.
Desconhecido: Encontre-me para o café da manhã. O
hotel na esquina da 7th com a Madison tem uma brilhante
seleção de muffins.
Muffins?
Eu: Quem é?
Exceto ontem.
E agora ele está, o quê? Curioso. Alguém pode até dizer que
ele se sente mal. Faz-me querer esfregar isso na cara dele. Fazê-lo
entender que não sou algo que pode ser olhada por cima ou
esquecida. Eu sou alguém. Alguém especial e bonita e que vale a
pena conhecer.
Não.
Eu não posso deixar isso para lá.
Ela empurra a cabeça para olhar para mim. “Por que você
pergunta isso?” Então, seu olhar nervoso examina através do
restaurante. Como se ela estivesse procurando a própria pessoa
da qual ela está se escondendo. Eu noto porque é da minha
natureza perceber essas coisas. Isso e porque agora eu noto tudo
sobre ela.
Se ela soubesse.
Ela olha para mim. “Não é da sua conta. Obrigada pelo café,
mas eu preciso ir.”
3 Perseguidor
de seu dinheiro suado a cada duas semanas. Eu sei que pelo
menos algumas centenas vão para o apartamento sujo que ela
aluga. O resto.... eu preciso descobrir. Meus olhos estreitam
enquanto ela se levanta e puxa o casaco da cadeira. Eu sei onde
ela está indo. Para a feira perto do escritório. Como um relógio.
Seus recibos mostram uma compra de lá todos os sábados.
“Sr. Max —”
“Gray.”
Mas Violet?
Eu arrasto meu olhar do livro que estou lendo para olhar para
ela. “Estou lendo. Vá embora.”
“Quem é Bull?”
“Jeff.”
“Eu não deixo ir,” diz ele finalmente. Ele se afasta e pega a
pasta de mim. Estou congelada no lugar, assumindo que ele está
prestes a recolher meu corpo derretido e me levar para o meu
quarto onde vai passar horas me devorando. Fico decepcionada
quando ele se levanta e limpa a garganta. Meus olhos derivam para
a grande ereção em suas calças.
“Oh.”
“Tchau, Violet.”
Capítulo 8
“Gray!”
“Gwen.”
Eu tremo só de pensar.
Absolutamente nojento.
“Eu falo sério,” digo mesmo depois de uma porta bater atrás
dela.
E ainda…
Uma vez que fecho a porta do carro, não solto sua mão até
chegar à porta. Não estou prestes a anunciar o meu interesse em
Violet na frente de Gwen. Nem mesmo perto disso hoje à noite. Eu
bato na porta e logo Sadie responde.
Violet sorri educadamente para ela, mas posso dizer que ela
se sente desconfortável. “Acredito que eu te vi uma vez ou duas.”
Sadie responde por mim. “Tia Gwen está lá fora com o papai.
Diga-lhes que tio Hawk está aqui.” Sadie se vira para mim
enquanto pega a bandeja com bifes. “Vou preparar esses. Volto já.
Sirva-se com um pouco de vinho.”
Ela sabe que quase não bebo por motivos de saúde, mas
sempre oferece de qualquer maneira. Eu, entretanto, despejo um
copo para Violet, que está tensa.
Seus olhos castanhos estão frios quando ela olha para mim.
“Que tipo de jogo você está jogando, Gray?”
Ela olha para mim. “Isso é o que você queria. Mas sim. Isso
é tudo o que nós somos.”
Gwen deixa cair sua mão e olha para mim com uma careta.
Seus sentimentos estão feridos e seus olhos azuis brilhantes estão
com lágrimas não derramadas. Antes que eu possa fazer o controle
de danos, Bull vai para o lado de Violet e puxa seu cabelo antes de
se inclinar para sussurrar alto. “Só porque o seu chefe é um idiota
não significa que nós somos. Não escolhemos quem amamos. Não
é verdade, Gwen?” Ele dá-lhe um sorriso bobo antes de olhar para
Violet. “Mas nós não somos como ele.” Ele aponta para mim, e eu
mostro o dedo do meio. “Somos muito legais quando você nos
conhecer.”
Gwen Maxwell.
“Ele não leva mulheres por aí. Nunca. Então você deve ser
especial”, ela me diz e me oferece um pequeno sorriso.
“Ele não é tão ruim” brinca Sadie. “Mesmo que ele seja
um pouco maníaco por limpeza. Eu acho que isso é o que
mais incomoda Gwen.”
Eu fico de boca aperta para ela como se tivesse ficado louca.
Limpeza é o problema de Gwen com seu marido? E sobre o seu
ansioso pau? A maldita coisa estava dura para mim.
Gwen estreita os olhos para mim. “Eu podia jurar que você
veio com Gray. Ele não vai levá-la para casa?”
Com isso, ela faz uma carranca. “Bem, então vou levar você
para casa.”
“Sinto muito que você não está se sentindo bem,” Sadie diz
e dá um tapinha na minha mão. “Por favor, venha de novo.”
“Sobre o que?”
Vaughn?
“Grayson?”
Pisco para ela em confusão. “Não.” Não vai doer dizer a ela.
“Pensei que era o meu ex. Seu nome é Vaughn.”
“Lida?”
“É por isso que você convive com seus...” não posso nem
dizer a palavra.
“Vá com calma aí, assassina, ou vou ter que fazer a limpeza
de vômito. Meu irmão teria um ataque se eu deixasse a namorada
dele com cara de merda.” Ela bufa e rouba o copo de mim. O
quarto gira enquanto eu olho espantada para ela.
“Espera. O que?”
Seus lábios se curvam de um lado e ela me lembra um
homem louco que recentemente decidiu interromper toda a minha
vida. “Grayson é meu irmão mais velho. Eu fui um bebê inesperado
que meus pais tiveram quinze anos mais tarde.”
Irmão.
Irmão.
“Você era t-tão b-bonita e pensei que você fosse sua esposa!”
Quando ela fica na ponta dos pés e espia pelo olho mágico
na porta, ela solta um grunhido. “Oh Deus. Quer falar com ele?”
“Por que você está aqui, Gwen?” Ele rosna do outro lado.
“Eu não sei o que aconteceu”, ele ruge do outro lado. “Em
um minuto tudo está bem e no próximo minha irmãzinha foge com
a minha...” o silêncio cai, e Gwen e eu parecemos estar segurando
a respiração.
Balanço a cabeça para ela. “Eu não sou sua.” Mas o calor se
espalha por todo o meu corpo por essa noção.
“O que aconteceu?”
Gray franze a testa para mim, mas não pressiona ainda mais
a questão. “Você quer que eu fique com você?”
“No mundo real, eles chamam de amizade. Fico feliz que nos
tornamos amigas,” Gwen diz, usando o mesmo sorriso de comedor
de merda que seu irmão usava hoje cedo, quando ele fez uma
declaração de amizade também.
Meus olhos vão para Gray, e ele está sorrindo para mim.
“Nós vamos sair, mas vá para a cama cedo.”
Clique.
Isso me satisfaz, saber que ele vai ler isso e borrar sua
cueca. É tarde, mas, aparentemente, o fodido está acordado
porque ele responde.
Seu tom ferve meu sangue. É como se ele assumisse que ela
fica bêbada o tempo todo. Eu não conheço Violet bem, mas sou
perspicaz o suficiente para perceber que ela não faz isso muitas
vezes. Sua vida é muito ordenada para ficar fora de controle em
uma base frequente.
Uma vez que estou certo de que ele não vai responder mais,
apago todas as mensagens de hoje à noite antes de guardar seu
telefone. Dou uma lavagem rápida às minhas mãos na pia e, em
seguida, volto para ver como ela está. Ela ainda está dormindo
profundamente, mas desta vez nua. Meu pau dói por ela. À luz da
lua, seus seios redondos perfeitos estão em exibição. Eu quero
marcá-la e mancha-la com tudo o que sou. Esse tipo de
pensamento não ajuda o meu pau.
Mas agora…
O pensamento de estar dentro de qualquer mulher que não
seja Violet é repulsivo. Violet é minha e ela continuará sendo. Vou
faze-la minha em todos os sentidos que puder. Não há nenhuma
maneira que serei capaz de dormir em paz com meu pau latejando
tão dolorosamente. Eu desabotoo cuidadosamente o meu cinto e a
calça antes de desliza-los até os meus tornozelos. Com meu pé, eu
os chuto debaixo da cama. Eu tiro o meu suéter e coloco-o junto
com minha calça. Uma vez que estou de pé ao lado dela em nada,
apenas minha cueca e meias, eu me masturbo através da cueca.
Doce Violet ... você nunca terá que se preocupar com homens
como Sean, ou quem quer que mexeu com você no escritório, porque
sempre vou cuidar de você. Eu vou me incorporar tão profundamente
em você que irá morrer se tentar me tirar.
Em breve.
Logo, todas as noites serão como está, e ela vai querer isso
tanto quanto eu.
“Eu preciso ficar com alguém,” ela diz com uma risada e
desliza para sair da cama. Logo, o chuveiro está ligado, e posso
ouvir o zumbindo.
Mas hoje…
Sinto-me diferente.
Não posso me conter, faço uma careta para ele. “Você está
me perseguindo?”
Amigos.
Uma vez que estamos fora na garoa fria, ele abre um guarda-
chuva e segura-o acima de nós. É pequeno, então eu tenho que me
inclinar para o seu lado para não me molhar. Juntos, começamos
a descer a calçada movimentada.
Ele me guia até seu branco Range Rover. “Você mesma. Isso
é tudo que eu quero.” A maneira rouca que ele diz isso me faz
franzir a testa para ele.
“Gray…”
Ele vai para a vaga e puxa sua mão para desligar o carro.
Deixo escapar um longo suspiro que eu estava segurando. Seus
lábios cheios curvam em um sorriso torto quando ele me olha. Meu
corpo inteiro vibra com a eletricidade que parece estar ligada a ele.
“Pronta?”
“Sua bunda parece boa nessa calça, pirralha,” diz ele com
um sorriso.
Ele me olha com uma fome que promete muito mais do que
amizade.
Muito intenso.
“Eu vou com você,” ele rosna por trás de mim enquanto agarra
minha bunda através do meu vestido.
O meu olhar cai para seu peito esculpido que está mal
escondido por trás do tecido branco esticado de sua
camiseta. Eu sei que se esconde atrás da camiseta, sobre o seu
coração, uma tatuagem anatomicamente correta de um coração
preto com meu nome no meio.
Quero dizer, ele tem o meu nome com tinta em cima dele, pelo
amor de Deus.
“Baby,” ele rosna. “Nós não temos o dia todo. Eu tenho merda
de negócios para cuidar mais tarde.”
Sua outra mão puxa minha calcinha pelas coxas. Quando ele
começa a me inclinar para a frente, eu luto contra ele. E se alguém
ouvir e nos chutarem para fora?
Crack!
Novamente.
“Vaughn...”
“Tão bonita,” ele elogia. Ele joga o vestido sujo no chão, e sou
grata que não terei que nunca mais olhar para ele novamente.
Ele solta seu aperto de morte no meu cotovelo para tirar sua
carteira. “Mas você parece francamente fodível quando o veste,
baby,” diz ele com um sorriso largo que uma hora atrás teria me
deixado louca de necessidade. Agora, tudo o que ele faz é me
fazer estremecer.
“Obrigada,” suspiro.
A atendente faz um som de desaprovação, mas não encontro
seu olhar. Eu não posso. Estou envergonhada e constrangida. Se
minha mãe soubesse que ele me tratou desta maneira, ela
provavelmente iria matá-lo.
“Ataque de pânico?”
“Espertalhona” rosno.
Eu posso dizer que ela não quer falar sobre isso porque
começa a balbuciar sobre algumas notícias imobiliárias que leu
esta manhã no jornal. Concentro-me em seu rosto. Uma
tempestade se aloja em seus olhos castanhos, mas ela a mantém
na baía, seu rosto tem uma imagem de calma. Aqueles lábios
suculentos se movem rapidamente conforme ela fala, e eu quero
eles. Sobre todo o meu corpo. Entre meus dentes, especialmente.
“Sinta-se livre para falar,” ela joga de volta para mim com
um sorriso.
Meu pau dói por atenção, mas ela roubou o show. Eu não
posso olhar para longe dela. Ela abre a porta e ri.
Bull: Porra.
Levo meus olhos de volta até ela e meu olhar gruda em suas
coxas cremosas que são visíveis agora que o vestido subiu. Estou
morrendo de vontade de prová-la lá—de prová-la em todos os
lugares.
Bull: Por que você não pode simplesmente sair com ela
como uma pessoa normal? É necessário persegui-la?
Eu sorrio.
Eu: Ela vale a pena ficar fodido.
Porra.
“Porra.”
Capítulo 13
Isto é pior.
“Você pega tudo e joga fora. Assim é como você lida com
isso,” exclamo.
Ele suspira. “Não. Ele provia a casa e sempre fez com que
ela tivesse dinheiro suficiente.” Ele faz uma pausa e seus olhos se
afastam, mas eu não perco o tormento neles. “Ela nunca sai de
casa, no entanto. Eu tomei a obrigação de pagar pelas coisas e
enviar mantimentos para a casa. O meu pai não vai vê-la. Eles
estão casados, mas ele não a viu, provavelmente, em vinte anos.”
E nua.
Puta merda.
Não!
Eu tropeço para trás até que minha bunda bate na parede
com a arma balançando na minha frente. Está escuro, além do
luar derramando pela cortina aberta.
“Sim?”
“V-Vaughn. Tinha que ter s-sido ele. Ouvi ele b-bater à porta
fechando-a quando s-saiu.” Meus dentes começam a bater
conforme outra onda de medo passa por mim.
“Vaughn é quem?”
Eu tremo só de pensar nele. Meus olhos se fecham, mas
então eu o vejo olhando para mim com ódio em seus olhos, então
rapidamente os abro.
Sua outra mão repousa sobre minha coxa nua e ele faz
círculos com ela sob o robe. Meu corpo inteiro começa a tremer
por um motivo diferente. A adrenalina correndo pelo meu corpo foi
canalizado em outra coisa. Algo quente e faminto.
Sento-me para que possa olhar para ele. Seus olhos azuis
escureceram com desejo. Pergunto-me se os meus espelham o seu
olhar. Ele solta a minha bunda e corajosamente puxa a corda
segurando meu robe fechado. Ele cai aberto e um suspiro de
choque rola pela minha língua.
“Eu vejo você, Violet,” ele murmura contra minha boca, seus
dentes mordiscando meu lábio inferior. “Eu te vejo.”
Não olho em sua direção até que estou a salvo do outro lado
do sofá. Ele ainda está sentado com as pernas poderosas
ligeiramente afastadas e sua ereção muito evidente através do
jeans. Seu cabelo está bagunçado — eu devo ter o agarrado em
algum ponto — e seu peito arfa. A luxúria em seus olhos é
suficiente para quase me fazer rastejar de volta para o seu colo.
“Grayyyy.”
A única razão pela qual saí de lá foi porque não era Vaughn
que esteve em sua casa. Era eu. Eu estava vasculhando um de
seus outros armários quando ouvi sua voz. Ela não despertou
quando entrei em seu apartamento. Ela não acordou enquanto eu
a despi. E ela não acordou quando eu esfreguei sua buceta e me
masturbei. Novamente. Foi como na noite anterior. Até que
não foi.
“Você está levando essa merda longe demais,” diz ele com
um gemido e puxa o nó em sua gravata.
“Eu sei. Eu quero ela. Quero tudo dela. Nós temos uma
conexão. No consciente e subconsciente. Seu corpo responde ao
meu. Nós pertencemos um ao outro,” digo.
Eu rosno. “Daqui.”
Ele aperta a mandíbula e assente. “Eu tenho alguns nomes
bem no topo da minha mente. Vou fazer uma lista começando com
o nosso Vice Presidente, Brent Adams.”
“Mmmm?”
Foco.
Foco.
Trancados.
Ela abre um sorriso que faz meu coração bater forte quase
fora do meu peito. Quando ela se senta e se inclina para trás, deixa
escapar um suspiro de aprovação. “Ok, então talvez você devesse
ter feito, tipo, há seis anos.”
Estreito meus olhos para ela. Sei que ela não toma o café
dessa forma, mas algo me diz que está dizendo algo que se destina
a irritá-lo. E, menino, funciona como um encanto. Ele solta um
bufo irritado e pisoteia se afastando.
“Sua mãe quer que você fique com ela para que ela possa
cuidar de você,” meu pai diz na frente da janela do hospital. Seus
braços estão cruzados sobre o peito e ele se recusa a olhar para
mim.
Eu tremo como se tivesse sido atingido por ele. “Ela nos ama.
A última vez que verifiquei, amar seus filhos e marido não era uma
falha de personalidade. É chamado de 'normal'. Mas o que não é
normal é você ficar na cidade o tempo todo. Gwen não entende.”
“Mas eu não sou. Você não explica nada. Por que você não
volta para casa, para elas?”
Foda-se. Você.
“Gray,” Violet murmura quando entra no meu escritório, me
arrastando da minha memória. “Você mandou flores para mim? E
um Kindle?”
“Não posso fazer sexo com você aqui,” ela pronuncia, sua
voz apenas um sussurro.
Sorrio e me afasto para que possa olhar para ela. Deus, ela
é tão linda. “Estou confiante de que sua calcinha está
encharcada.”
“Você estava tão seguro de si”, ela diz com uma risada. Mas
sua diversão morre quando aperto sua coxa e coloco-a sobre o meu
ombro. “O-O que você está fazendo?”
Ela balança a cabeça. “Isso foi tão ruim. Não deveria ter feito
isso aqui.”
“Faço o que quero por aqui,” digo a ela com uma risada. “Há
muito mais que quero fazer. Você apenas tem que me deixar.”
“Posso ver que alguém está um pouco distraída”, ele diz com
um sorriso do outro lado da mesa.
“Nada.”
“Devemos ir então-”
Sua palma cobre minha mão e ele se inclina para frente, sua
respiração quente na minha orelha. “Eu ainda poderia comer.”
Esta noite.
“Pelo quê?”
Hoje é diferente.
Ele tem sido nada, além bom para mim desde que apresentei
meu aviso sexta-feira. Adorável e atencioso. Um bom amigo. E...
mais. Um sorriso paira sobre meus lábios quando entro na sala de
descanso e puxo uma caneca do armário.
“Estou em apuros?”
“Não vai precisar disso porque você tem a mim.” Seus lábios
se curvam de um lado de uma forma sexy, brincalhona. “Agora
vamos.”
“Não!” Troveja Gray. “Vocês todos vão ouvir muito bem. Jeff
e eu tomamos conhecimento de que muitos de vocês andam
assediando sexualmente nossas funcionárias. Especificamente,
Violet Simmons. E caso vocês não saibam, assédio sexual não será
tolerado na minha empresa.”
“Isto não é negociável. Clint e Mr. Barker vai lidar com isso
a partir daqui. Eu quero vocês fora daqui dentro de uma hora,”
Gray sibila, seu olhar ardente indo de encontro a cada um deles.
“Mas eu? Não sei, Gray...” paro. “Por que me promover bem
antes de eu sair de qualquer maneira?”
“Algo mais?”
Ele sorri. “Posso ver isso. Posso ver que ela está interessada
em você.”
“Eu lhe disse que faria qualquer coisa por ela,” ressoo. “Até
mesmo matar aquele fodido do Vaughn.”
“Não.”
“Bom para você”, diz ele com uma risada. “Não estrague
tudo. Talvez deixe essa merda de perseguidor agora que ela está
na sua.”
“Hmph.”
“Está pronta?”
Mamãe,
Te amo sempre.
Ela não assinou a carta nem adicionou um endereço de
retorno. O dinheiro que ela envia — a razão que ela vive neste
buraco de merda — faz mais sentido agora. Eu dobro a carta
novamente e coloco no bolso do casaco. Estou fechando a porta do
armário quando seu celular começa a tocar no quarto. Achando
que é Sean, eu corro para lá. O número é desconhecido.
Clique.
“Grayyyy...”
Minha.
Ela solta um gemido. “Deus, por que isso soa tão sexy?”
“É irresponsável.”
Ela é minha.
Minha, porra.
“Não mais.”
“Estive de férias nos últimos seis anos, desde que vivo aqui”,
ela diz com uma risada sem humor.
“Mas eu estava livre de...” Ela para e seu lábio inferior treme.
“Dele.”
“Nunca.”
Um pouco demais.
Violet,
Gray
“Tranque.”
“Contratos?” murmuro.
Violet, foco.
Fico tensa e olho para ele. Seus olhos estão cerrados e suas
narinas dilatadas com fúria. Eu o beijo novamente, na esperança
de acalmá-lo, mas não funciona. Uma onda de tremores de raiva o
atravessa.
4 Lamento da Codorna.
Ele engole. “Quando terminei, voltei para o meu quarto.
Senti-me tão culpado e queria pedir desculpas para o meu
pássaro, mas...”
“Não…”
“Ela não sabia”, ele murmura. “Sempre fazia o que ele lhe
pedia. Não comi a mãe de Wail. Comi Wail.”
Porra.
Ele me puxa para si, e caio com força contra o seu peito. Os
nossos batimentos cardíacos estão trovejando um contra o outro
através de nossos peitos. Seus dedos emaranham no meu cabelo
enquanto sussurra palavras doces na minha orelha, através do
meu cabelo bagunçado.
Você é minha.
Deixe-me mantê-la.
Minha.
Deixe-me te amar.
Para sempre.
Uma escrava.
“Preciso disso.”
Lágrimas escorrem pelo meu rosto e mais uma vez tento fugir
para longe dele. Ele é forte quando pressiona a parte de trás da
minha cabeça contra o colchão com sua mão enorme. Estou me
contorcendo, mas isso não o impede de empurrar sua ereção em
minha buceta seca. Soluço e enfio minhas garras no colchão sujo,
mas sem sucesso. Ele entra em mim brutalmente. Seus grunhidos e
gemidos são como álcool em um corte, ferindo-me de fora para
dentro.
Vaughn o matou.
Sei que isso é verdade com cada parte do meu ser. E sem as
drogas me confundindo, sou capaz de agir. Saio da cama e fico de
pé sobre pernas bambas. Tudo dói, especialmente a minha bunda,
mas consigo puxar meu vestido de volta para baixo para me cobrir.
Sangue vermelho brilhante desce pela minha coxa abaixo do meu
joelho.
Oh Deus.
Isto parece sacudi-la para agir. Com a mão trêmula, ela atinge
o botão de desbloqueio do seu carro. Vou para o banco de trás e me
deparo com uma criança de olhos arregalados em um assento de
carro.
“Estou agora.”
“Baby”, uma voz profunda murmura, arrastando-me do
pesadelo do meu passado. “Sou eu, Gray.”
Como meu cérebro não vai deixar seu rosto sair da sua
presença.
Ela ri. “De alguma forma sinto que há mais, mas vou deixar
passar já que você é tão doce.”
Ela já está saindo. “Não. Consigo lidar com isso. Sua mãe
precisa de você.”
“Gwen?” Eu chamo.
“Que maravilha”, ela diz sorrindo para mim. “Você está tão
bonito. Como seu pai.” Seu sorriso desaparece e seus olhos e
tornam distantes. “Como ele está, afinal?”
Seus olhos azuis piscam com luz. “Ah, como sinto falta dele.
Diga a ele que vou visitá-lo na cidade na próxima semana para
almoçarmos.”
Ela funga. “Ela vai pensar que somos nojentos. Como você
pôde trazê-la aqui?”
“Eu sei.”
“Desde nunca.”
“Acho que gosto de você aqui na minha casa,” digo a ela com
um sorriso. “Minha cama é maior de qualquer forma. Mais espaço
para foder com você.”
“Não.”
Para provar meu ponto, guio meu pau dentro dela. Ela
agarra o baú e solta um gemido necessitado. Enrolo meus
dedos em seu cabelo molhado, puxando sua cabeça para trás,
enquanto penetro com força dentro dela.
“Sim…”
“Sim, mas?”
“Se você ficar grávida, vai ficar tudo bem. Por quê,
Violet?”
Quando ela não responde, alcanço e golpeio a sua mão para
que eu possa massagear o seu clitóris. Ela começa a tremer
descontroladamente da overdose de prazer.
“Venha aqui.”
“Quero fazer disto a nossa coisa”, ele diz, quando chega por
detrás de mim para puxar a corda do top do meu biquíni. O
material escorrega nos meus seios. “Isto” — ele assinala o resort e
a praia — “deve ser a nossa coisa.”
Suas palavras.
Suas implicações.
É tudo demais.
“É isso aí, baby”, ele geme contra a minha boca. “Tome este
pau grosso porque ele é seu.”
“Mmmhmmm.”
No entanto…
“Quero que você venha comigo”, ele me diz com uma risada.
“Você é a Vice Presidente, afinal de contas.”
Sua mão para de se mover e estou feliz que não posso ver
sua expressão. “Mas eu pensei…”
Sento-me e puxo o lençol sobre meu peito nu. Ele não levou
isso nada bem. Borboletas levantam voo na minha barriga à
medida que meus nervos ameaçam me consumir. Pego meu celular
da mesa e envio uma mensagem a Sean.
Mas…
Até então, vou ficar quente em seus braços por mais uma
noite.
Seu cheiro.
Seu toque.
Eu sei.
Odeio ter que morder minha língua, mas não posso lhe falar
a verdade. Não posso deixá-la saber que pedi a Jeff para fazer esse
artigo para que Vaughn saia do seu esconderijo. Dusty ainda está
tentando encontrar o filho da puta escorregadio. Usar Violet como
isca parecia ser o caminho mais rápido para fazê-lo sair.
Violet: Eu também.
“Sinto muito.”
“Não sei o que fazer”, ela murmura, com a voz vacilante. “Ele
virá para mim.”
Você é minha.
Minha.
Você me consome.
Você me possui.
Eu te amo.
“Como?”
Beijo o seu nariz. Meu pau que tinha amolecido dentro dela
já está endurecendo novamente. Pergunto-me se ela quer que eu
o tire fora e envolva o meu pau. “O que mais?”
“Quanto espaço?”
Ela é minha.
Um dia vou eliminar seu ex para que possa reuni-la com sua
mãe. Esse é o último presente que eu me comprometo a dar a ela.
Quero que Violet seja feliz. Vou fazê-la feliz.
Tão bonita.
Ela é minha.
E sou dela.
Um suspiro escapa dela e congelo. Não posso deixá-la
acordar comigo gozando sobre ela enquanto dorme. Isso
provavelmente pareceria assustador pra caralho.
Cuidadosamente, deslizo para fora da cama, meu pau pingando ao
longo do caminho e, em seguida, ajoelho-me no chão. Então,
deslizo para debaixo da cama. O tapete sujo arranha minhas
costas e irrita a minha pele cicatrizada. Eu preferia estar na cama
com ela. Mas o amor faz você fazer coisas malucas.
Porra.
Capítulo 21
Estou nua.
Porra.
“V-Vaughn?” Choramingo.
Buzzzzz.
Buzzzzz.
Buzzzzz.
Não.
Não.
Porra nenhuma!
“Eu te odeio.”
“Eu te amo.”
“Eu te amo”, ele me diz uma e outra vez como se fosse uma
oração.
Ele beija minha testa. “Eu sei. Por isso, não pense. Apenas
me deixe cuidar de você, como sempre cuidarei.”
Gwen: Claro.
“Gwen. Ela quer que você tome café da manhã com ela.”
Procuro o seu olhar. Depois de tudo o que passou na noite
passada, sinto que ela está frágil. Preciso deixá-la novamente sob
controle se ela começar a quebrar novamente.
Vergonha enche meu peito, e aceno. “Eu sei. Faria isso mil
vezes, no entanto. Acho que não entende o nível da minha
necessidade de você.”
“Não vou te machucar como ele fez,” prometo. “Você tem que
perceber isso.”
Ela sorri. “Eu sei disso. Mas...” o sorriso dela cai novamente.
“O que acontece quando a intensidade desaparecer? Depois de seis
meses? Depois de seis anos na estrada? O que acontecerá então,
Gray?”
“O que você quer fazer? Sei que não é hipotecas.” Olho para
ela questionando com uma sobrancelha levantada.
Ela diz com uma pequena risada. “Na verdade, vou fazer
isso. Adoro as coisas que faço na Maxwell. Especialmente agora
que o meu trabalho não gira em torno de fazer café. Adoro analisar
todos os aspectos das propriedades e negócios que você deseja
adquirir. É como um quebra-cabeça que tenho que juntar para
ter certeza que é um bom ajuste para a empresa.”
Olho para ela. “Você é quase tão boa quanto eu nisso,”
brinco. “O que você gosta de fazer por diversão? Sabe... quando
não estou me encaixando em cada segundo de sua vida?”
Eu: Desembucha.
Foco.
Ajusto.
Esperando que ela veja o meu texto antes que seja tarde
demais, disparo uma mensagem.
Eu: Seja corajosa por mim. Estou indo buscar sua vida
de volta, mas preciso que você seja corajosa. Eu te amo.
Temos um plano.
Foco.
Capítulo 23
Seja corajosa?
Ela balança a cabeça. “Você acha que papai iria voltar para
casa, então?” Seus olhos suavizam e ela me encara com um olhar
tão inocente que faz meu coração doer. Tudo o que posso pensar é
na forma como ele forçou Grey a comer o seu animal de estimação.
A raiva incha dentro de mim, mas não a deixo perceber.
Aparentemente, ela era muito jovem para saber quão idiota seu pai
foi com seu irmão.
Ela começa a balbuciar sobre uma das pinturas que ela está
trabalhando. Eu aceno e me envolvo, mas meu olhar continua indo
para fora da janela.
Seja corajosa.
Tudo o que Gray faz e diz tem uma razão. Tudo que ele
faz gira em torno de mim.
Gwen continua a divagar. Meus olhos continuam vagando
pela rua quando aterram em algo que faz o meu sangue gelar. Do
outro lado da rua, um homem inclina-se contra um veículo
elegante. Ele está usando um boné de beisebol e sua cabeça está
abaixada, escondendo seu rosto, mas algo em sua postura é
familiar. Seu corpo está maior e mais musculoso, como se ele
passou seis anos treinando.
Seu nariz franze com confusão. “Por quê? O que está errado?
Está branca como um fantasma.”
O silêncio é ensurdecedor.
Estou com muito medo de olhar para ele ou falar com ele.
Quando finalmente dou uma olhada, ele está segurando o volante
com tanta força que os nós dos dedos estão brancos. Sua
mandíbula está tensa e os grossos músculos do pescoço estão
tremendo.
Isso é ruim.
O meu celular vibra contra o meu peito, e rezo para ele não
ouça. É claro que minhas preces caem em ouvidos surdos, porque
ele definitivamente ouve. Com um empurrão áspero, ele agarra a
minha blusa e puxa até que os botões saltam. Em seguida, ele pega
o meu celular do sutiã. Não fico nada surpresa quando ele o atira
para fora da janela.
“Sua mãe diz oi”, ele me diz com uma risada dura quando
puxa a frente do meu sutiã para baixo. Seus dedos mergulham
sob o tecido onde ele aperta meu mamilo.
Tento girar o corpo para longe dele, mas ele torce seu pulso
e meu sutiã aperta em torno de mim, fazendo com que as minhas
costelas gritem de dor. Quando penso que não posso aguentar
muito mais, o fecho nas costas se parte e me liberta.
Deixo cair meus olhos para todos os chupões com que Gray
me marcou. A memória quente me atravessa fazendo meus
mamilos endurecerem em resposta. Depois de todo o inferno que
passamos na noite passada, ainda terminamos fodendo.
Sua mão voa através do carro tão rápido, que nem sequer
vejo ela chegando. Nódulos duros batem na minha bochecha,
fazendo milhões de estrelas explodirem na minha frente. Minha
cabeça pende para o lado enquanto luto para ficar consciente após
o golpe na face.
Quando ele tira a camisa, fecho os olhos para não ver o meu
nome tatuado em seu peito. Não quero ver nenhuma parte dele.
Meus pensamentos derivam para Gray. Fiquei tão magoada ao
encontrá-lo debaixo da minha cama. Tudo o que tínhamos criado
juntos em tão pouco tempo parecia uma fraude. Eu tinha toda a
intenção de empurrá-lo para fora da minha vida para sempre.
Olhando para trás, fui muito dura com ele. Gray é nada
como Vaughn. Louco, sim. Esmagador, definitivamente.
Obcecado, pode apostar.
Mas mau?
Nunca.
Isso é bom.
“Lá está ela”, ele ronrona. “Tão bonita. Você é minha agora,
querida.”
Não pare.
Confusão me inunda.
Eu gozei.
“Oh.”
Seja corajosa.
Capítulo 24
Olhos no alvo.
Sempre.
Não tenho que cuidar das minhas costas porque Bull está
lá.
Sempre.
Atirador e observador.
Clique.
Faço um ajuste para a torre de vento.
Ajuste.
Foco.
Alvo eliminado.
Capítulo 25
Ele está com uma raiva descontrolada que uma vez teria me
assustado, mas não tenho mais medo. Gray me pediu para ser
corajosa. Gray sabia que isto iria acontecer.
“A resposta era sempre não”, silvo para ele. “Você nunca foi
autorizado a tirar nada de mim. E agora você vai pagar.”
Outro estalo.
“E-Ele disse que iria matá-la. P-Por i-isso fui embora todos
esses anos a- atrás,” gaguejo através das minhas lágrimas.
“Shh, querida. Shh. Você está aqui agora. Isso é tudo o que
importa”, ela murmura.
Gray.
Começo a rir tão alto que tenho que cobrir minha boca para
que ninguém ouça. Minha mãe veio para ficar com Gray e eu em
sua casa. Gwen tem sido tão boa para nós duas. Senti tanta falta
de Mamãe e poder vê-la todos os dias tem sido a cereja no topo do
bolo.
Ele me ama.
E eu o amo também.
Seis meses depois…
“Você acha que ele vai perceber?” Ela questiona uma vez que
o quadro está pendurado.
“Bull não pode pintar uma merda”, ele fala. Nosso filho rola
na minha barriga. “Ops, acho que acordei o homenzinho.”
“O que? Você cortou o cabelo? Gray brinca com ela. Sei que
ele viu a pintura na parede, mas gosta de provoca-la.
Não é até que ele goza com um gemido alto e cai ao meu lado
que meu olhar cai sobre o baú do outro lado da sala. A minha
pergunta é sempre a mesma. Sua resposta é sempre a mesma.
“O que há no baú?”
Sei que isso incomoda Violet, mas ela não o entende. Sou o
único que entende o que se passa na mente dele. E já é hora de
ajudá-lo a ter controle sobre isso.
“Talvez, às vezes.”
“Esse é ele.”
Somos especiais.
“Eu nunca vou dizer a uma alma”, ele promete, com o olhar
sério. Ele sabe como é importante manter este segredo de sua avó,
tia Gwen, e sua mãe. “Mas, pai?”
“Sim, amigo?”