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Cora: Tentando encontrar a estrada para virar, mas meu GPS está
me deixando na mão. Este lugar é um buraco negro.
Cora: Ei
Cora: Eu tenho que ficar aqui um pouco para cuidar das coisas
Cora: Por favor, não me odeie, mas acho que não voltarei mais
para a cidade June: Mais de 2 semanas?
June: Você sabe que não me importo, mas não tenho certeza se
Gardner aceitará isso...
June: ?
Cora: Mantenha segredo por enquanto? Eu quero resolver essa
merda antes de falar com ele June: Certo.
Cora:??
CORA
HAEL
CORA
Eu agarrei minha boceta em uma mão e tentei cobrir meus seios com
o braço oposto, mas eles eram... amplos, e eu sabia que ele viu tudo de
qualquer jeito.
Hael. O vaqueiro. Perfeito.
— Por que diabos você está andando pela minha casa?!?
Ele tropeçou para trás, com os olhos cobertos, e tombou, batendo a
cabeça no chão de madeira.
— Arghhh, minha cabeça!
— Não o que eu perguntei! — Eu gritei.
— Eu não queria... não que eu esteja reclamando... quero dizer... —
Ele olhou para mim do chão.
— Pare! Só pare! — Minhas bochechas queimaram.
— Eu... eu sinto muito! Eu só...!
— FORA!
— Feito. — Ele saltou do chão, nem mesmo olhando furtivamente em
minha direção. Com a mão sobre os olhos, ele tropeçou na poltrona, mas
rapidamente se levantou novamente antes de sair correndo.
Porra!
Eu rapidamente fiz meu caminho para o armário de roupas de banho
e peguei uma toalha, envolvendo-a em volta do meu corpo enquanto
corria para o quarto de hóspedes, batendo a porta atrás de mim.
Afundando na cama, prendi a respiração.
Então, lembrando-me da expressão no rosto daquele pobre coitado,
não pude deixar de soltar uma risada audível. Ele parecia mais
mortificado do que eu.
Bem, essa é uma maneira de quebrar o gelo.
Agora, totalmente vestida, saí de casa para explorar um pouco mais.
Aproximei-me de alguns cavalos pastando do outro lado da cerca. Um
cavalo, em particular, um branco com manchas marrons, aproximou-se.
Eu nunca tinha tocado em um cavalo na minha vida, mas decidi fazer o
que tinha visto nos filmes e estendi a mão para tocar seu nariz. Ele se
aproximou ainda mais.
— Ah, ela gosta de você! — Eu ouvi uma voz feminina dizer. Olhando
para cima, vi uma mulher de aparência sólida na casa dos quarenta ou
cinquenta anos cavalgando um cavalo branco e cinza. Ela balançou a
perna para desmontar quando me alcançou.
— Eu sou Ronnie Afram. Você deve ser Cora.
— Sim. Oi.
— Bem-vinda! Sinto muito pela sua perda. Seu pai era um grande
homem.
Mordendo minha língua, eu simplesmente disse: — Oh, sim, eu
realmente não o conhecia... muito bem. Mas obrigada.
— Você gosta de cavalos? — Ela acenou para aquele que eu estava
acariciando. — Ela parece ter gostado de você. Se você quiser levá-la para
um passeio, você é mais que bem-vinda.
— Na verdade, nunca toquei em um cavalo antes.
— Bem, ela é muito boa para aprender, se você decidir tentar.
— Você... trabalha com os cavalos?
— Sim. — Ela sorriu, empurrando um pouco de seu cabelo castanho e
cinza perdidos para longe do rosto. — Estou aqui seis dias por semana.
Moro apenas alguns ranchos abaixo.
— Hael e Geoff são as outras duas mãos por aqui, — ela continuou. —
Geoff cuida das ovelhas e Hael cuida do gado. Ei, Hael! Venha aqui!
Conheça a nova proprietária!
HAEL
CORA
Paramos em um lugar com uma placa que dizia Dusk Bar na picape
Ford azul de Hael. Depois de quebrar a tensão de antes, acho que o fiz rir
o suficiente para parar de ficar tão envergonhado.
Eu perguntei a ele onde uma garota poderia conseguir uma bebida
nesta cidade, e ele disse que só havia um lugar. Tentei achá-lo em meu
gps, mas, mais uma vez, o serviço de internet era péssimo e não adiantou,
então Hael se ofereceu para me levar até lá.
— Se importa de me acompanhar? Por minha conta? — Eu ofereci.
— Oh, uh... isso seria bom, mas... — Ele parecia dividido. — Tenho
muito trabalho para terminar.
— Como quiser, — eu disse, saindo da caminhonete, um pouco
desapontada por ele ter me recusado.
Abrindo a porta do bar, dei mais uma olhada para trás, para Hael.
Desajeitado, mas sexy como o inferno.
Quando entrei, parei no meio do caminho para a porta, chocada. Eu
não esperava um lugar elegante, mas este lugar estava cheio de cowboys.
Cada um deles, homens!
Todo o bar ficou em silêncio. E todos eles estavam olhando para mim.
Capítulo 3
PAI SABE O MAIS
CORA
Essa vadia da Vicki era louca. Isso eu conseguia ver. Eu tentei deixar o
bar sem ficar físico, mas quando eu saí, ela estava atrás de mim por todo
o caminho.
Agora, no estacionamento, eu estava sujeita a gritaria e saliva dela
enquanto gritava com os homens que tinham saído para tentar fazer com
que ela me deixasse em paz.
— Foda-se, todos vocês! Essa vadia falsa é minha! — ela gritou. Seu
bando de amigas inúteis riu e aplaudiu em encorajamento atrás dela.
— Jesus, Vicki! — Reg, o barman, disse ao sair. — Essa garota é filha
de Greg.
Ela ficou totalmente psicopata neste ponto. — Oh, isso é
simplesmente ótimo! Então você é a cadela arrogante da cidade! Você
pode correr de volta para sua mãe prostituta e dizer a ela que ela pode ir
direto para o inferno!
Foi isso. Minha mãe nunca foi a mulher mais amorosa, mas eu estaria
condenada se deixasse esse caipira de pele de couro falar merda sobre ela.
Eu nunca briguei, mas fiz algumas aulas de autodefesa enquanto
estava na faculdade. Embora eu não tivesse ideia se as amigas dela iriam
deixar essa luta ser justa ou se elas tentariam pular em mim também.
Esta cidade é uma merda.
Vicki parecia que ia atacar a qualquer segundo. Eu dei um passo à
frente, pronto para dar um soco se necessário, quando ouvi o barulho de
cascos de cavalo atrás de mim.
Vicki olhou por cima do meu ombro e seus olhos se estreitaram.
Virei-me para ver Hael cavalgando em seu cavalo preto.
— Ei, Cora, — ele disse. — Deixe essa vadia miserável em paz. Você
não gostaria de pegar pulgas tocando nela.
A multidão que se reunia riu, e Vicki ficou mortificada. Ela voltou
para dentro do bar, seguida por seu grupo de amigas inúteis.
— Tenha um bom dia, Hael, — disse Reg enquanto começava a
desaparecer de volta para dentro do bar. — Oh. por falar nisso, — ele
disse por cima do ombro. — Dodger esteve aqui antes. Não estou
tentando meter meu nariz nos negócios de outra pessoa, mas eu sei que
você já brigou com ele antes por beber durante o horário de trabalho.
— Droga, — Hael disse baixinho. — Obrigado, Reg.
— Como você sabia o que estava acontecendo? — Eu perguntei,
caminhando em direção a Hael no cavalo.
— Cidade pequena. — Ele sorriu. — Reg me mandou uma mensagem
assim que Vicki chegou aqui. Isso é uma coisa com a qual, estando aqui,
você terá que se acostumar. Todo mundo sabe dos negócios de todo
mundo.
— Então você entrou como um cavaleiro a cavalo. — Ele encolheu os
ombros, suas covinhas apareceram enquanto sorria. Meu Deus, ele era
um homem bonito.
— Então, posso te dar uma carona para casa?
— Nisso?!?
— E mais rápido se você for a cavalo pelas estradas secundárias, —
respondeu ele.
— Eu nunca montei em um maldito cavalo na minha vida! — Eu
admiti.
Ele balançou a perna para se desmontar e veio até mim, a apenas
alguns centímetros do meu corpo.
— Eu prometo não deixar você cair, — ele disse, seus olhos azul bebê
brilhando.
— Ok, — eu disse depois de um momento de hesitação. — Acho que
há uma primeira vez para tudo.
— Tudo bem então. — Ele me guiou. — Este é meu cavalo. Bolt. Ele é
amigável. Aqui, coloque a mão no chifre da sela e coloque o pé esquerdo
no estribo.
Fiz conforme as instruções, sentindo suas mãos se moverem para
minha cintura. Eu podia sentir minhas bochechas corarem enquanto me
xingava internamente.
Controle-se, Cora! Você está agindo como uma maldita virgem na noite
do baile.
— Ok, agora, — Hael continuou, — puxe-se para cima e jogue a perna
direita por cima da sela.
Ele me ajudou a me levantar e, em um movimento, eu estava em cima
do cavalo. Ele então balançou sua perna para se sentar atrás de mim.
Cada centímetro da frente de seu corpo derreteu contra minhas costas.
Um formigamento familiar disparou entre minhas pernas.
— E vamos embora. — Ele fez um barulho de clique com a boca, e o
cavalo cambaleou para a frente.
Imediatamente senti que ia perder o equilíbrio e cair. Hael pareceu
sentir a tensão em meu corpo e colocou uma das mãos na minha cintura,
mantendo as rédeas na outra.
— Firme aí. — Ele riu. — Segure o chifre da sela. Ou segure a crina na
nuca, se isso ajudar.
— Isso não o machuca? — Eu perguntei.
— Nah, cavalos são resistentes. Ele não se importa.
Quando avançamos alguns metros, ele acrescentou: — Você pode
sentir o ritmo dos movimentos do cavalo depois de um tempo. Ajuda
você a se equilibrar se você mover os quadris com os passos dele.
— Ok, — eu disse, tentando ignorar a tensão crescente entre minhas
coxas.
Percorremos algumas trilhas estreitas de terra no caminho de volta ao
rancho. Eu teria notado a paisagem um pouco mais se pudesse tirar
minha mente da sensação da protuberância considerável de Hael contra
minhas costas enquanto cavalgávamos.
Mas eu sabia que era inútil. Um cara assim? Lá fora? Alguém deveria
tê-lo fisgado há muito tempo. Ele tinha que ser compromissado. Sem
dúvida.
Eu realmente preciso transar está na hora.
Ele tentou me dar algumas dicas sobre como cavalgar no caminho,
mas eu apenas ouvi pela metade, contemplando a sensualidade absoluta
desse homem. Suas mãos grandes e calejadas nas rédeas me fizeram
pensar do que mais eles eram capazes.
Eu nunca tinha gostado do tipo — cowboy bonitão. — Eles pareciam
excessivamente machos e burros. Mas com seus braços musculosos de
cada lado meu, seu peito duro contra minhas costas, e aqueles jeans
fodidamente apertados deixando pouco para a imaginação eram o
suficiente para fazer uma garota gozar ali mesmo.
Sim, definitivamente é hora de eu tentar algum tipo de aplicativo de
namoro. Talvez o Swiper... Eles TÊM o Swiper aqui? Quero dizer, se eles nem
tem brunch...
HAEL
HAEL
Foi difícil esconder minha alegria quando Hael me disse que Ellie era
sua irmã e não sua esposa. Por que estava tão feliz, não estava
necessariamente pronta para explorar.
Eu não podia negar que o achava atraente, sexy como o inferno, para
ser completamente honesta.
Mas no curto espaço de tempo que consegui falar com ele, percebi
que ele era mais do que um colírio para os olhos. Ele era um bom
homem. Doce, até.
Eu estava desenvolvendo — uma coisa — para ele? Um maldito
cowboy?
Não tem como funcionar. Eu nem sei se vou ficar aqui.
Ainda assim, não pude deixar de pensar na possibilidade. Enquanto
eu puxava meu jeans elástico sobre minha bunda ampla, minha mente
vagou para a imagem de suas grandes mãos calejadas os tirando de mim.
Ele me perguntou se eu já tinha subido para a varanda.
— A varanda? Eu nem tinha percebido que havia uma, — eu admiti.
— Deve ser a melhor vista das estrelas em toda a cidade. — Ele sorriu.
Então, aqui estava eu, colocando meu jeans e um tênis converse para
acompanhá-lo e apreciar a vista da varanda.
Olhei no espelho, fazendo uma careta para meus olhos ainda
vermelhos e inchados de tanto chorar no início do dia.
Está escuro lá fora. Quem se importa?
E com isso, resolvi abrir mão da maquiagem. Eu não queria deixá-lo
esperando, nem queria dar a impressão de precisar de muitos cuidados.
Quer dizer, eu não era para os padrões da cidade, mas as pessoas aqui
estavam ainda menos focadas em sua aparência.
Saindo do quarto de hóspedes para a sala de estar, sorri ao ver Hael
brincando com os cães. Eu não tinha visto Cain e Dell tão brincalhões
desde que cheguei na noite anterior. Ele olhou para cima quando me viu
com um grande sorriso no rosto.
Essas covinhas me pegam toda vez!
— Mostre o caminho, — eu disse.
Eu o segui escada acima, onde ficavam os outros três quartos. Percebi
que mal havia explorado o segundo andar da casa. Ao lado do quarto
principal ficava a porta que dava para a varanda externa.
— Há uma saída do quarto principal também, — disse Hael. — Ele
envolve todo o lado oeste da casa. — Ele abriu a porta e fez sinal para eu
sair primeiro.
Aproximei-me do corrimão para apreciar a vista enquanto ele se
colocava ao meu lado. Senti os cabelos da minha nuca se arrepiarem.
É a brisa ou o quão perto ele está?
Parados lado a lado, olhamos para as estrelas acima das luzes da
pequena cidade de Flake Wood Falls. Eu não conseguia me lembrar de
alguma vez ter sentido tanta paz na cidade.
— Isso é lindo, — eu respirei.
— Ajudei Greg a construir a varanda alguns verões atrás para que ele
pudesse aproveitar as estrelas, — disse ele, parecendo um pouco triste.
— Você realmente sente falta dele.
— Todos nós sentimos. Ellie era bem próxima dele. Ele era muito
como um segundo pai para ela.
Como um pai... No entanto, ele nunca poderia ser um pai para mim. O
que havia de tão errado comigo?
— Parece que muitas pessoas se importavam com ele, — eu disse
enquanto sufocava a decepção em minha garganta.
— Sim, — disse Hael, — ele era um cara muito bom. Preocupava-se
mais com as outras pessoas do que consigo mesmo. Ele foi praticamente
o herói de toda esta cidade.
Isso é o que Reg disse!
Havia mais neste homem que desprezei durante toda a minha vida?
Eu nunca parei para pensar sobre o que sua vida tinha sido, apenas que
ele nunca fez parte da minha.
Mas o que Reg tinha dito antes no bar sobre Greg estar tão orgulhoso
de mim, mostrando minhas fotos da escola, me deixou confusa pra
caramba.
Como ele poderia alegar estar tão orgulhoso de mim para seus amigos
quando ele nem se importava o suficiente para ligar? Eu estava perdendo
alguma coisa?
Eu queria saber mais, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa,
Hael me perguntou: — Então, Cora, o que você fazia antes de vir aqui?
— Oh, — eu disse, — sou uma escritora.
— Mesmo? Uau!
— Sim, eu tenho uma coluna em uma revista semanal.
Principalmente coisas fofas para preencher as páginas.
Eu me perguntei se deveria ou não dizer a ele exatamente que tipo de
colunista eu era. Ele era um cara de uma cidade pequena, e eu imaginei
que poderia assustá-lo se eu elaborasse.
— E você gosta? — ele perguntou.
— Eu amo! — Eu disse. — Quero dizer, claro, não é exatamente o que
eu pensei que estaria fazendo. Achei que agora seria uma autora
premiada. Mas nossos leitores parecem responder positivamente aos
meus artigos.
— Você vai conseguir continuar escrevendo enquanto estiver aqui? —
Hael perguntou.
— Isso é... mais ou menos o que estou tentando descobrir. Não há
exatamente oportunidades abundantes por aqui para as coisas sobre as
quais escrevo.
— E o que elas são? — Hael perguntou. — Quero dizer, sobre o que
você escreve?
Aqui vamos nós.
— Sexo, — eu disse com um sorriso.
— Com licença? — Seus olhos se arregalaram.
— Sexo. Eu escrevo sobre sexo. E tudo associado a ele. Namoro,
relacionamentos, saúde da mulher, prazer pessoal... Às vezes eu faço
resenhas.
— Qu... que tipo de resenhas?
A expressão em seu rosto não tinha preço, algo entre o desconforto e
a curiosidade inegável.
— Principalmente coisas novas no mercado. Brinquedos e produtos
de lazer para mulheres e casais. Coisas assim.
— Agora isso, eu não estava esperando. — Ele tinha uma leve
coloração vermelha em suas bochechas enquanto ria.
Puta merda, eu o fiz CORAR!
Ele parecia fascinado, então continuei. — A sociedade transforma
todas essas coisas em algo de que as mulheres se envergonham, e o
resultado é um bando de mulheres neste país que nem conhecem seu
próprio corpo, nem sabem como apreciá-lo ou cuidar dele. Então, você
sabe, eu sinto que estou fornecendo uma saída para a auto exploração...
além de um pouco de entretenimento.
— Mas minha base de leitores não está exatamente aqui, — eu disse,
apontando para as luzes cintilantes da pequena cidade adormecida. — E
eu não tenho certeza se serei capaz de trabalhar remotamente para meu
emprego atual, então ficar por um longo tempo... Eu só não sei se isso
está escrito nas estrelas para mim. Sem trocadilhos.
— Você está pensando em ir embora?
E decepção que ouço em sua voz?
— Talvez, — eu disse. — Há muito que preciso descobrir e não quero
desistir da minha carreira para cuidar de um rancho que não conheço.
— Bem, talvez você não precise. Quero dizer, deve haver uma
maneira de você fazer as duas coisas, — ele ofereceu.
— Eu só... não sei se esta vida é para mim. Estou tão fora do meu
conhecimento. Não me sinto capaz de fazer tudo em que Greg era tão
bom. Quer dizer, eu nem sei andar a cavalo.
— Eu vou te ensinar a montar. — Ele sorriu, um pouco
maliciosamente.
Não pude dizer ao certo, mas tive a sensação vertiginosa de que sua
declaração tinha um duplo significado, e visões eróticas de cavalgar um
certo cowboy dançaram em minha mente sem vergonha.
— Você está tentando me convencer a ficar? — Eu perguntei.
— Você pertence a este lugar. Eu consigo ver.
Suas palavras eram reconfortantes, mas ele estava errado. As últimas
48 horas provaram isso. Tudo o que tinha acontecido entre a merda no
bar e com Ellie...
— Hael... — eu comecei, mas antes que eu pudesse terminar, ele me
girou de modo que minhas costas estivessem contra a grade, capturando
meus lábios com os seus.
Eu estava congelada no início, chocada com seu movimento ousado e
repentino, mas quando sua língua passou pelo meu lábio superior, eu
abri minha boca e permiti que ele entrasse.
Eu retribuí o beijo, acariciando suavemente sua língua com a minha
enquanto serpenteava minhas mãos ao redor de seus ombros largos e
musculosos. Suas mãos pousaram no meu queixo e ele se afastou,
deixando nossos narizes se tocando levemente.
— Não vá, Cora, — ele sussurrou. — As coisas estão apenas
começando a ficar boas.
Pressionei meus lábios de volta nos dele e movi minhas mãos até seus
cabelos enquanto nosso beijo se aprofundava. Ele deslizou suas mãos
calejadas pelo meu corpo, agarrando minha bunda e puxando minhas
pernas para envolvê-lo enquanto me empurrava com mais força contra o
parapeito.
Este não foi apenas um beijo qualquer. Acontece que esse era o beijo
mais delicioso que já experimentei em minha vida. Isso me fez sentir
como uma adolescente. Eu senti um frio na barriga... e em outros lugares.
Eu não pude deixar de notar sua masculinidade crescendo através de
nossas roupas enquanto eu ficava cada vez mais molhada. Sentindo as
faíscas entre minhas pernas, ansiava por tirar nossas roupas ali mesmo.
Tudo estava certo, como se as estrelas estivessem se alinhando e nós
dois estivéssemos exatamente onde deveríamos estar.
Esta noite, este homem incrível e sexy... Eu não posso acreditar em como
isso é perfeito.
Eu mexi meus quadris para sentar no topo da grade, quando de
repente -
— Porra! — Eu gritei. Incapaz de me conter, caí sobre o parapeito da
varanda. Minhas pernas se agarraram com força para ficarem enroladas
na cintura de Hael enquanto minha metade superior balançava de cabeça
para baixo sobre a borda.
Filho. De. Uma. Puta.
Capítulo 7
UM DIA DIFÍCIL DE TRABALHO
HAEL
Cora: Sim!
Cora:??
June: Ele pode pedir para você encurtar. Depois desta semana
Cora: Sério!?!
Cora: Merda
June: Ligue para o Gardner antes que ele ligue para você, ok?
HAEL
CORA
Hael saiu furioso para procurar o cara do outro lado do pasto.
— Ele já foi embora! — Ellie gritou, mas estava claro que Hael não
acreditava nela, enquanto ele continuava a pisar fundo para frente.
Ele parecia que estava prestes a matar alguém. Ellie ficou olhando
para mim por um momento antes de finalmente falar.
— Bem, espero que você esteja feliz!
— Ellie, — eu disse, — sinto muito. Sério, eu não sabia H
— Oh, cala essa sua maldita boca! — ela exclamou.
— Você acha que simplesmente pode vir aqui e atrapalhar tudo?
— Olha, eu disse que sentia muito! Eu não estou tentando
atrapalhar...
— Desde que você chegou, as coisas foram de mal a pior! Perdemos
Greg, e agora Hael está assumindo essa carga de trabalho porque você
não sabe fazer nada!
Não se tratava apenas de eu contar tudo sobre o namorado dela. Isso
era sobre a minha total e absoluta falta de habilidade de cuidar das coisas
por aqui.
Lutando contra as lágrimas, não consegui pronunciar uma única
palavra.
Porque ela estava certa.
— Você pode pensar que somos todos caipiras idiotas, e talvez não se
importe menos com a pecuária, mas esta é a nossa vida.
— É assim que comemos e pagamos nossas contas, — continuou
Ellie. — Então, enquanto você está aqui brincando de cowgirl e se
divertindo às custas do meu irmão, o resto de nós está preocupado em
sobreviver até o próximo pagamento da hipoteca.
— Faça um favor a todos e apenas volte para a cidade, — ela cuspiu
enquanto pulava na caminhonete azul de Hael e dirigia em direção ao
rancho.
Desanimada, voltei para a casa, a cena que acabei de causar tocando
repetidamente em minha mente.
Eu tinha visto Ellie ficar irritada, mas esta foi a primeira vez que vi
Hael ficar bravo. Mas ele não estava apenas bravo. Ele estava furioso e
parecia que estava pronto para esmurrar aquele cara misterioso.
Esse é o tipo de homem que ele realmente é?
Eu sabia que ele era tão masculino quanto eles eram, mas ele se
comportou como um maldito bu ão.
Ao entrar em casa, senti o cheiro das batatas no forno. Eles estavam
prontos para sair.
Desanimada, coloquei-as em cima de uma boca apagada do fogão ao
lado do frango frito meio cozido. Quando puxei minha mão, meu
antebraço roçou a frigideira quente.
— Porra... CARALHO! — Gritei com ninguém em particular quando
abri a pia e coloquei água fria sobre a queimadura. Nem tinha sido tão
ruim. Eu estava tão frustrada.
Eu não tinha ideia de quando Hael voltaria - se ele voltaria - e sem
saber o que fazer com a comida, eu apenas a deixei lá e vaguei para a sala
de estar.
Meia hora se passou sem nenhuma palavra de Hael.
Será que ele matou o cara?
Ignorando os grunhidos do meu estômago e os pensamentos de Hael
assassinando alguém, eu andei pela casa até chegar a um cômodo nesta
casa de fazenda de três quartos e dois banheiros que eu ainda não tinha
explorado... o quarto principal.
Quarto de Greg.
Abrindo a porta, eu liguei a luz. Olhando para dentro, percebi que
este era o único cômodo em toda a casa que não tinha sido reformado.
Na cama, havia uma colcha gasta pelo tempo com travesseiros que
não combinavam. As cômodas e mesinhas laterais eram velhas e lascadas,
o que parecia ser de segunda mão.
Ao avançar mais, investiguei o conteúdo de uma grande mesa de
mogno e fiquei chocado com o que encontrei.
Foi... tudo.
Qualquer coisa que ele pudesse descobrir sobre mim. Relatórios de
investigadores particulares, minhas escolas, meu trabalho, até mesmo
um relatório sobre meu ex-marido!
E havia fotos. Dezenas delas, algumas fotos do tamanho de uma
carteira escolar, mas principalmente as tiradas à distância. Havia até um
de mim em meu vestido de noiva.
Eu congelei, segurando uma foto minha de formatura do ensino
médio tirada das arquibancadas.
No dia em que eu disse a ele que não queria nada com ele e o mandei
embora.
Pensando bem, lembrei que ele me perguntou se poderia me levar
para um jantar de comemoração.
— Minha mãe já tem uma festa de formatura planejada, — eu disse
asperamente.
Ele então se ofereceu para me levar para tomar café no dia seguinte.
Eu também o rejeitei e informei que tinha me saído bem sem ele nos
últimos dezoito anos. Eu não precisava que ele tentasse — reconectar. —
Não havia — conexão.
— Nunca houve, — Eu disse, — nunca haveria.
Agora, olhando para todas essas fotos do meu eu mais jovem, eu
estava mais confusa do que nunca. O homem era uma contradição
completa!
O que diabos isso significa?
E por que eu me importo?
Ele nunca deu a mínima. Na verdade! Não quando contava! Eu sabia
ele nunca deu a mínima. Minha mãe me disse que ele nunca deu a
mínima.
Sobre ela ou sobre mim. Ele nunca ligou. Ele nunca escreveu. Ele mal
tentou me ver, exceto algumas vezes em que apareceu do nada.
Mas tudo isso...
Sobrecarregada, saí da sala e fechei a porta, fechando todas as minhas
perguntas e raiva junto com minhas fotos de infância.
Eu não iria lidar com essa merda. Não agora. Talvez nem nunca.
Tudo isso, esse dia inteiro, inferno, os últimos três dias foram demais.
As palavras de Ellie ecoaram na minha cabeça.
— Faça um favor a todos e volte para a cidade.
Ela estava certa. Eu precisava sair daqui.
Capítulo 9
MUITOS MOTIVOS PARA IR EMBORA Cora: Ei
Cora: Você vai voltar?
Cora: Hael?
HAEL
HAEL
CORA
HAEL
CORA
Hael: ei você
Cora: Oi
Hael: hein?
HAEL
June: Cora
June: Sério!
June: Você pode ser uma delas se não voltar aqui amanhã!
CORA
Deitei ao lado de Hael, seu braço sob meu pescoço, enquanto ambos
prendemos a respiração. Eu vi a tela do meu telefone se iluminar na
escuridão de seu quarto. Ele estivera no bolso da calça jeans e deve ter
caído quando o tirei.
— O que? — ele perguntou enquanto eu pegava.
— Acho que recebi uma mensagem. Talvez Ellie - oh merda!
— O que? — ele repetiu quando me sentei.
— Oh, merda, merda, merda!
— Bree-elle está bem? — Ele se sentou rapidamente.
— Não é Ellie. É meu editor-chefe. Do trabalho.
Eu me levantei da cama. — Porra!
— O que?
— Porra! Porra!
— O que?!?
— Eu... eu tenho que ir! — Eu disse, finalmente.
— Onde?
— Para trabalhar, — eu disse.
— O que? Quando? — ele perguntou.
— Eu tenho que estar lá amanhã! — Ainda nua, comecei a recolher
minhas roupas do chão.
— O que - você vai agora?!?
— Eu tenho que ir! Posso perder o emprego! — Eu disse, puxando
minha calcinha até meus quadris. — Se eu dirigir a noite toda,
provavelmente consigo chegar a tempo.
— Você está de brincadeira?
— Hael! É o meu TRABALHO!
Ele olhou para mim da cama como se estivesse espantada. — Então...
dane-se!
— O QUE? Essa é minha carreira! Trabalhei muito para chegar onde
estou! Você sabe como é difícil conseguir influência? Como escritor, no
meu campo?!?
Continuei a me vestir. Hael vestiu sua cueca e me seguiu ao redor da
casa, gradualmente se vestindo, enquanto eu freneticamente juntava
minhas coisas.
— Que tal... — Ele parou.
— O que?
— Eu só... eu pensei... eu realmente gostaria que você ficasse.
As palavras de Ellie no início da noite voltaram correndo na minha
cabeça.
— Por favor, decida-se agora e poupe o coração dele de mais dor Ele não
merece isso.
Merda.
— Hael, isso foi... eu gosto de você.
Poesia do caralho, Cora. Dê a si mesma umas boas e lentas palmas!
— Eu também gosto de você! É por isso que gostaria que você ficasse.
Estou... estou pedindo para você ficar.
Eu não podia negar que meu coração disparou com isso.
— Sinto muito, estou sem prática nisso... Não é meio rápido tomar
decisões que alteram minha vida agora?
— Estou apenas seguindo meus sentimentos, — disse ele, — e agora,
eles estão indo em sua direção.
— E se... — Eu não sabia o que dizer sobre isso. Fiquei maravilhada.
Eu nunca tinha experimentado um homem tão honesto, tão ousado com
seus sentimentos como Hael. — E se seus sentimentos estiverem
errados?
Ele colocou as mãos na minha cintura, seus olhos azul bebe me
atingindo. — Apenas dê uma chance e veja onde isso vai dar, Cora. Isso é
tudo que estou fazendo: confiando.
— Eu... — Eu não tinha ideia do que dizer. Eu tinha sentimentos por
ele. Eu não podia negar, mas isso era loucura. Eu o tinha conhecido alguns
dias antes. — Eu nunca esperei nada de você, — eu finalmente concordei.
Lágrimas encheram meus olhos.
Estúpida.
— Eu não acredito que você não sinta algo aqui também. — As
sobrancelhas de Hael se franziram. — Não é que eu não sinta. — Senti as
lágrimas caindo em cascata pelo meu rosto.
Eu segurei um soluço enquanto me virava e caminhava em direção à
porta da frente. Eu tinha que fazer as malas. Eu tinha que dirigir de volta
para casa...
Casa... Onde fica?
— E quanto ao rancho? — Ele pressionou enquanto me seguia. — A
casa? A terra? A porra do pessoal?!? E a sua promessa de cuidar das coisas
para o seu pai? Você não sente qualquer senso de responsabilidade de
ficar por aqui por nada disso?!?
Deslizando em meus chinelos, joguei minhas mãos para cima. — Eu
não sei! Eu não sei! Eu não pedi por isso! Nada disso! Eu não conhecia
meu pai e ele não me conhecia!
Peguei minha bolsa e as chaves do meu carro e me dirigi para a porta
da frente. Hael me seguiu.
— Cora... — ele começou.
— Eu não posso! Eu não posso, ok? Não posso jogar minha vida
inteira fora para enfrentar toda essa merda aleatória que meu pai morto e
distante decidiu jogar em mim! — Eu sabia que minhas lágrimas estavam
me traindo, mas não havia mais nada que eu pudesse dizer.
— E isto? Nós? Isso tudo foi apenas uma merda aleatória também? —
Ele acenou entre nós dois.
— Não! Isso... Isso significava algo! Significa alguma coisa... eu só...
Eu nem consigo formular as palavras.
O olhar de dor e decepção no rosto de Hael me encheu de culpa. Mas
independentemente do que tivemos antes, ou mesmo nos últimos dias,
eu acabei de conhecê-lo!
— Você só o quê? — Hael perguntou, procurando meus olhos.
— Eu acho que só temos que atribuir isso ao timing errado. Hael,
sinto muito. Eu tenho que ir, — eu disse, deslizando para dentro do meu
carro.
Ele assentiu solenemente e fechou a porta do motorista.
Dirigindo para longe do rancho de Hael, olhei no meu espelho
retrovisor, as lágrimas nublando minha visão. Hael estava ao lado de sua
caminhonete, banhado pelo luar, cabeça baixa, sua figura diminuindo
cada vez mais na minha visão.
Capítulo 13
VELOCIDADE CORTADA
Cora: Estou a caminho!
CORA
HAEL
Depois que Cora foi embora, sentei na varanda sentindo pena de mim
mesmo.
Estúpido.
Eu deveria ter pensado melhor do que achar que ela iria querer algo
sério comigo. Não uma garota como ela. Tão inteligente e tão bonita que
ela poderia ter qualquer cara que ela quisesse.
Comecei a pensar sobre a vida para a qual ela deveria estar voltando.
Nunca passei muito tempo vendo grandes cidades. Ela provavelmente
estava ansiosa para voltar ao ritmo acelerado e bons restaurantes e ir à
ópera, ou o que diabos as pessoas faziam lá.
Em breve, ela esqueceria tudo sobre mim e este lugar. Eu talvez me
transformaria em alguma história que ela contaria às amigas de vez em
quando sobre como ela passou alguns dias se divertindo com um
vaqueiro estúpido.
Abri uma cerveja e me sentei no balanço da varanda, o cachorro ao
meu lado. Se isso não gritava música country, eu não sabia o que era.
Martha olhou para mim, provavelmente sentindo como eu estava para
baixo, e deitou a cabeça no meu joelho.
Pelo menos o trator ainda funciona.
Sorri um pouco com minha própria piada mental enquanto coçava
atrás da orelha de Martha. Cora teria dito algo assim.
Droga. Apenas alguns dias com ela e ela era tudo em que eu conseguia
pensar. Tudo o que podia ver quando fechei os olhos. Eu ainda podia
sentir o jeito que ela cheirava. O gosto dela.
E a maneira como ela dizia as coisas. Tipo — Pau caralhudo. — E —
Arrombado. — E — Abaixe a porra da cadeira!
Eu ri alto com a ideia de seus palavrões. Deus, ela tinha uma boca. E
um corpo. E eu adorava. Eu amava tudo.
Mesmo se eu nunca a visse novamente, ainda teria os últimos dias
para me lembrar dela. A maneira como ela se movia com tanta confiança
e ria quando a maioria das pessoas ficaria envergonhada. A maneira
como ela se derreteu contra mim quando chorou. E a maneira como ela
fez amor comigo.
***
CORA
HAEL
Não consegui dormir a noite toda, mesmo depois de saber que Ellie
estava em casa segura.
Pensamentos de Cora e as luzes traseiras de seu carro se afastando
passaram pela minha cabeça enquanto eu me virava e revirava.
Eu cavalguei Bolt até o rancho logo após o nascer do sol, esperando
que meu trabalho tirasse minha mente de minha própria miséria.
Soltando as galinhas, sorri, lembrando que uma das galinhas havia
tentado dar uma mordida no pé de Cora quando ela calçava sandálias no
galinheiro.
Não pense. Apenas faça seu maldito trabalho.
Fui para o gado e preparei o substituto do leite para os bezerros de
mamadeira. — Eles são tão adoráveis! — Cora disse enquanto alimentava
um.
Se controla, cara.
Mesmo pastoreando o maldito gado, o que Cora nunca tinha feito
comigo, eu não conseguia tirá-la da minha mente.
Eu seguia os movimentos da minha rotina diária, tentando não deixar
que seu sorriso tomasse conta do meu campo de visão, mas não consegui
nem mesmo fazer isso quando trabalhei por quase uma hora
desembaraçando uma novilha estúpida que tinha deixado sua maldita
cabeça presa na cerca na extremidade oeste da propriedade.
Eu tinha acabado de terminar com o gado e fiz meu caminho para o
estábulo para ajudar Ronnie a re-ferrar um dos jovens potros mais
agitados.
Era fim de tarde e meus pensamentos estavam completamente
consumidos até este ponto por Cora. A mulher estava por aqui há apenas
alguns dias, mas de alguma forma, agora o rancho, meu trabalho, tudo
que eu estava fazendo parecia vazio sem ela.
A égua marrom e branca, que Cora aprendera a montar sozinha,
pastava lentamente no alimentador.
— Ei, garota. — Parei e acariciei seu nariz.
Quando olhei para a casa do rancho, visões do nosso primeiro beijo
na varanda correram pela minha mente e, em seguida, da noite em que
ela chorou em meus braços.
Maldição!
Eu não conseguia nem suportar a visão da maldita casa! Eu a tinha
visto em tudo em que pus meus olhos hoje!
Eu estava sendo bombardeado com pensamentos sobre a mulher que
não poderia ter. A mulher que não me queria.
Mas não era pensar nela que doía. Era a ausência dela que fazia eu me
sentir como se tivesse levado um soco no estômago.
Eu sabia que era loucura esperar que ela escolhesse uma vida aqui.
Soltando um suspiro, continuei em direção ao estábulo antes de parar
a poucos passos de distância e pegar meu telefone.
CORA
16h05.
Corri adjetivos no dicionário de sinônimos sexual na minha cabeça,
digitando febrilmente, — Em um movimento suave, ele nos rolou,
posicionando-se em cima de mim, minhas mãos em seus cabelos. Ele olhou
para mim com um sorriso malicioso. 'Como você es reveria isso? '
As palavras estavam caindo em cascata da ponta dos meus dedos, tão
rapidamente que minhas mãos quase não conseguiram acompanhar.
Eu estava na metade da minha contagem de palavras e tinha pouco
menos de uma hora para terminar.
Você consegue.
Hael: ei Cora
16h05.
Tão perto!
Copiei e colei meu texto no drive compartilhado e meu cursor estava
pairando sobre o botão Compartilhar quando a tela do meu telefone se
iluminou.
Eu tenho alguns minutos.
Pegando meu telefone, encarei a tela. Mensagens. De Hael. Respirei
fundo e toquei no ícone de mensagens.
Ao ler suas palavras, um nó se formou na minha garganta e meus
olhos começaram a lacrimejar.
Imagens dos últimos dias passaram pela minha mente como sonhos.
Vendo Hael pela primeira vez na noite em que cheguei ao rancho, suada e
cansada de um longo dia de trabalho.
Assinar a papelada com o advogado de Greg, Sr Winston, e concordar em
ficar por um ano para cuidar das coisas.
O constrangimento de Hael por me encontrar depois que eu saí do
chuveiro e mais usos da palavra — desculpa — do que eu já ouvi em uma
conversa.
O sorriso com covinhas de Hael e sua risada boba, seus olhos brilhantes e
convidativos.
Pegando uma carona de Hael até o Dusk Bar pela primeira vez e
desejando que ele tivesse aceitado a oferta de entrar para tomar uma bebida
comigo.
Ronnie me ensinando sobre a horta e falando alto durante metade do dia.
Meu primeiro beijo com Hael na varanda na noite em que contemplamos
as estrelas sobre a cidade adormecida de Flake Wood Falls.
As fotos e informações sobre mim no quarto do meu pai que aqueceram,
mas confundiram cada pensamento que eu tinha sobre o homem.
Desabando nos braços de Hael enquanto ele me segurava com força e me
deixava chorar feio com todo o meu corpo.
Meu orgulho em minha primeira tentativa de montar um cavalo sozinha
e Hael me dizendo que eu era natural.
Fazendo a maquiagem de Ellie e Hael, o teimoso irmão mais velho, quase
não a deixando sair para seu encontro.
Minha última noite com Hael enquanto ele me deu prazer de uma forma
que ninguém nunca fez.
A maneira como Hael sussurrou meu nome, seu hálito quente no meu
pescoço e a sensação de ser o centro do universo.
A figura desapontada de Hael, ficando menor no meu espelho retrovisor
enquanto eu dirigia para longe de seu rancho. Longe dele.
— Como você escreveria isso?
***
16h59.
Eu não conseguia recuperar o fôlego. Lágrimas caíram pelo meu rosto
e enterrei minha cabeça em minhas mãos.
— Cora? O que está errado? — June deu a volta na minha mesa e
colocou a mão no meu ombro.
— Oh meu Deus! Respire, garota!
Fiz a escolha errada. Isso é tudo que aconteceu.
— Eu acho... — eu solucei. — Eu não sei o que... — Eu não conseguia
parar! — Porra!
PORRA!
Capítulo 15
NUNCA INTERROMPA
CORA
Cora: Quase. Eu ainda tenho muito que fazer com o seu irmão
CORA
Cora: Bem, você deve saber que ele está morto desde que a
pensão acabou
Mãe: legalmente
Ok, então ele a traiu. Isso era definitivamente motivo para pensão
marital, mas por que ela nunca me contou sobre o dinheiro?
Especialmente a pensão alimentícia?
As coisas estavam parecendo muito mais complicadas do que eu
jamais imaginei. Eu não pude deixar de me perguntar se havia mais
alguma coisa que minha mãe estava escondendo.
Havia uma pessoa na cidade que conhecia Greg Austin melhor do que
ninguém. Se eu fosse preencher mais algumas lacunas, sabia onde
precisava ir.
Cheguei ao Dusk Bar pouco antes das cinco. Reg era o melhor amigo
do meu pai, então se alguém pudesse me dar uma ideia do que diabos
estava acontecendo com a história da minha família, talvez fosse ele.
E se não... Foda-se. Eu só beberia.
— Se não é a Senhorita Cora Braelynn mais uma vez, — Reg disse
com um sorriso torto, colocando um guardanapo na minha frente. — O
que posso fazer por você, querida?
— Acredite ou não, o que mais preciso hoje é de algumas
informações, — eu disse, colocando minha bolsa no banquinho ao meu
lado.
— Não sou exatamente o cara mais sábio por aqui. — Ele deu uma
risadinha.
— Estou realmente interessada em aprender mais sobre meu pai, —
eu disse
— Bem, suponho que posso ajudá-la nesse departamento tão bem
quanto qualquer um. Tem certeza que não quer beber? — ele perguntou.
— E por minha conta desta vez.
— Certo. — Eu sorri. — Vodka cranberry?
— Acabou de acabar a vodca, infelizmente.
— Oh, uh rum e coca diet?
— Sem coca desta vez, — ele admitiu.
Essa merda de lugar, eu juro. Eu deveria apenas comprar para eles uma
maldita máquina de venda automática.
— Dane-se, — eu disse, batendo minhas mãos espalmadas na barra.
— É melhor beber como vocês hoje.
— Agora, isso é mais fácil. — Ele foi em frente e pegou seu Tennessee
Whiskey e encheu um copo ligeiramente rachado até o topo.
Eu tinha certeza que não iria beber o negócio direto. Então, eu apenas
tomei pequenos goles.
— Então, o que posso te dizer? — Reg finalmente perguntou.
— Bem, eu ouvi que minha mãe cresceu no condado vizinho, e você
conhece meu pai desde que era criança. Você a conhecia também?
— Sim, senhora. — Ele sorriu.
— Então você sabe como eles se conheceram?
— Se você não sabe, não cabe a mim dizer.
— Por favor, — eu implorei. — Eu preciso saber. Nada até agora está
fazendo sentido, e a única pessoa de quem eu quero respostas está morta.
Com pena de mim, Reg finalmente disse: — Bem, sua mãe era uma
garota bonita naquela época, mas um pouco selvagem, sempre se
metendo em problemas. Greg ficou imediatamente apaixonado, mas na
época, ele estava namorando outra garota... Vicki Chase.
— Não, — eu engasguei, e Reg riu.
— Sim. Acho que ele partiu o coração da velha Vicki. Quando seus
pais começaram a se encontrar, isso se tomou o escândalo da cidade.
— No início, eles ficaram quietos, mas quando ela engravidou, tudo
explodiu. Seu velho vem do dinheiro, e seu pai deu a ele um ultimato -
sua mãe ou a herança dele.
— E ele pegou o dinheiro. — Eu concordei. Tudo fazia sentido.
— Não... ele não pegou, — disse Reg.
Que porra é essa?
— Eles fugiram e se casaram. Pouco antes de você nascer, falamos
com Greg sobre o pai dele estar doente, então ele voltou para casa sem
sua mãe para verificar as coisas.
— Veja, muitas pessoas dependiam do Rancho Cedar para pagar suas
contas naquela época, e se não houvesse nenhum herdeiro para assumir
as coisas, então não haveria trabalho.
— Então, Greg disse a sua mãe que ele precisava ficar depois que seu
pai faleceu, e então, depois que você nasceu, ele iria trazer vocês duas
para viver aqui.
Fiquei chocada. Minha mãe disse que ele não me queria. Tudo que eu
pensava que sabia se despedaçou.
— Mas eu acho que as coisas deram errado no relacionamento a
longa distância e sua mãe nunca trouxe você aqui.
Mamãe disse que ele a traiu. Acho que foi isso.
Mas por que ela mentiria sobre como as coisas aconteceram em primeiro
lugar?
— Graças a Deus ele voltou, porém, porque esta cidade teria entrado
em colapso se ele não estivesse aqui.
Eu concordei. — Hael me disse que Greg ajudou muito na última
estiagem.
— Oh, ele fez muito mais do que ajudar! A cidade inteira sofreu
durante aquela grande seca, e isso seria a ruína para muita gente, mas seu
pai não podia ficar sentado. Ele investiu em quase todos, menos em si
mesmo, e até trouxe uma frota de caminhões-pipa para nos ajudar nos
tempos difíceis até o fim da seca. Ele era um cara incrível, — concluiu
Reg.
— Um cara incrível... — Eu murmurei antes de terminar minha
bebida.
***
— Oh, ele fez muito mais do que ajudar! A cidade inteira sofreu
durante aquela grande seca, e isso seria a ruína para muita gente, mas seu
pai não podia ficar sentado. Ele investiu em quase todos, menos em si
mesmo, e até trouxe uma frota de caminhões-pipa para nos ajudar nos
tempos difíceis até o fim da seca. Ele era um cara incrível, — concluiu
Reg.
— Um cara incrível... — Eu murmurei antes de terminar minha
bebida.
***
Hael: ei princesa
Cora: Oooh...
HAEL
CORA
Hael entrou em seu quarto sem dizer uma palavra. Ele estava
chateado.
As expressões de Tobias e Ellie pareciam como se alguém tivesse
acabado de chutar um cachorro. Obviamente, não foi assim que eles
tinham planejado sua noite.
— Bem, isso foi pra merda muito rápido. — Ellie suspirou.
— Ele me odeia, — disse Tobias desanimado.
— Não, — eu disse, — ele só está tendo dificuldade em ver Ellie
crescer. Ela é a única família que ele deixou.
Ouvir isso suavizou a expressão facial de Ellie. — O que vamos fazer?
— ela me perguntou, segurando a mão de Tobias.
— Vou tentar falar com ele, — falei, levantando-me da mesa. — O
jantar estava delicioso, Ellie.
Ela sorriu. — Obrigada.
Quando entrei no quarto de Hael, eu o vi olhando pela janela, para as
estrelas. Eu andei atrás dele e coloquei minha cabeça em seu ombro
enquanto o abraçava por trás. Ele respirou fundo.
— Você pode dizer o que quiser, mas não vou mudar de ideia sobre o
T-bulboso. Ela é minha irmãzinha. Ela é completamente inocente e quer
dormir com ele.
— Ela quer que ele durma. Há uma diferença, — eu disse. — Ela está
esperando até o casamento, Hael. Você mesmo a ouviu, e Tobias
também. Ela pode ser inocente, mas tem uma boa cabeça sobre os
ombros.
— Eu a criei, Cora. Mamãe morreu, papai foi embora e eu tive que
cuidar dela desde que ela tinha dez anos. Eu era apenas uma criança, mas
sempre fiz o que podia.
— E você fez um ótimo trabalho. — Eu beijei sua nuca.
— Ela tem vinte anos, — continuou Hael. — Eu sei que não sou o pai
dela, mas ela é-
— Uma mulher adulta, — eu interrompi.
Ele soltou um longo suspiro. — Uma mulher adulta.
— Hael, você se lembra como era ser um adolescente com tesão? Ellie
tem estado tão protegida que nunca passou por esse estágio de
descobrimento, e isso está acontecendo agora. — Hael gemeu. Eu sabia
que ele não queria ouvir isso, mas era algo que precisava ser dito.
— Ela é uma jovem responsável, — eu o lembrei.
— Mas mesmo se ela dormisse com ele, quero dizer, quem se importa?
É o corpo dela — Mas aquele garoto lá é louco por ela. Você consegue
perceber isso. Ele é respeitoso e doce e não vai pressioná-la a fazer nada
para que ela não esteja pronta.
Hael acenou com a cabeça. Ele parecia estar se conformando.
Ouvimos uma batida leve na porta. — Sim, — disse Hael por cima do
ombro.
Tobias abriu aporta. — Sr. Gunners...
— O que você quer, T-bulboso? — Eu poderia ter matado Hael por
causa do apelido daquele menino.
Saí furtivamente do quarto para dar-lhes um pouco de privacidade,
mas não pude evitar de ficar perto da porta quando ouvi Tobias dizer: —
Sr. Gunners, quando você me chama assim... me faz sentir desrespeitado
e indigno.
Oh, eu gostava tanto desse garoto.
Hael suspirou. — O que é?
— Eu só queria que você soubesse que Ellie tem conversado muito
comigo para me ajudar a entender o quão importante você é para ela e o
quanto você se sacrificou ao longo dos anos. Ela até me contou sobre as
vezes em que você ficava sem comer para que ela tivesse um almoço para
levar para a escola.
Meu coração se apertou. Eu nunca tinha ouvido nada disso.
— Eu sei que você se preocupa com ela e só quer o melhor para ela,
mas... bem, você sabe que Ellie e eu nos conhecemos desde que tínhamos
doze anos, — Tobias continuou. — Ela não quis me dar nenhuma chance
naquela época, mas estou apaixonado por ela desde o primeiro momento
em que a vi.
— Eu só quero o melhor para Ellie, — acrescentou Tobias. — E... eu
queria que você soubesse que, bem, estou me guardando para o
casamento também.
Hael suspirou novamente. — Tudo bem, — foi tudo o que ele disse.
Tobias não se moveu da porta, no entanto.
— Algo mais? — Hael perguntou, sua paciência diminuindo.
— Bem... sim, Sr. Gunners, há outra coisa que preciso lhe dizer.
Querido, aproveite a oportunidade, cale a boca e vá dormir na cama de
Ellie.
— Isso pode esperar até amanhã?
— Na verdade não, senhor. Estou esperando há duas semanas e não
quero mais esconder isso de você.
— Esconder o que de mim?
— Bem, senhor... eu pedi a Ellie em casamento.
E... E ela disse sim.
— Você - ela - o quê?!?
Bem, Tobias, foi bom conhecê-lo.
Capítulo 19
O GUARDIÃO
CORA
HAEL
CORA
Ellie: ?
Ellie: ??
HAEL
CORA
Cora: Desculpe
Ellie: oooooooiii?????
CORA
HAEL
CORA
HAEL
CORA
HAEL
CORA
Cora: Nossa...
Capítulo 26
VIAGEM NA ESTRADA
CORA
Ellie: Tudo???
Cora: Ellie, não leve a sério o que você vê nesses sites. A maior
parte não é real.
Cora: Essas pessoas são pagas para fazer essas coisas. Não é...
típico.
Cora: Ooh! Parece que Black Wood tem uma sex shop!
Ellie: duh!
***
HAEL
HAEL
CORA
Eu não tinha ideia de para onde estava indo. Eu só sabia que tinha
que ir para longe de Hael.
Eu não fiz o pagamento para castrar ele. Sim, eu meio que cheguei
com uma varinha mágica de dinheiro e resolvi seus problemas, mas fiz
isso porque realmente me importava.
Ele merecia começar a viver a vida em vez de pagar pelos erros de
outra pessoa.
Depois de vagar por um tempo sob o sol de verão, eu estava com sede
e fome, então decidi pegar um pouco de junk food e limonada em uma
barraca de queijo coalho.
Sentando-me às mesas de piquenique comunais, observei como todos
pareciam estar felizes com fazendo suas próprias coisas.
Na cidade, todo mundo andava com olhares sombrios e irritados em
seus rostos.
Aqui, todos sorriam, e a atmosfera era contagiante, então você não
podia deixar de sorrir também.
Ellie: onde diabos você está?
Ellie: ???
Ellie: vou dizer a ele que você vai mandar uma mensagem quando
estiver pronta Cora: obrigada
Hael: Ei
HAEL
CORA
Nas primeiras duas semanas em que voltei para casa, Hael ficou ao
meu lado, cuidando de mim até eu recuperar minha força física.
Eu disse a ele que estava tudo bem se ele quisesse cuidar das coisas no
rancho, mas ele disse que um monte de gente da cidade se ofereceu para
vir e segurar as pontas até que eu me sentisse melhor.
As dezenas de buquês de flores do hospital começaram a murchar em
nosso quarto.
Eles eram de pessoas diferentes que conhecíamos em Flake Wood
Falls, que tinham ouvido falar sobre o que Dodger tinha feito e, portanto,
o que tinha acontecido comigo.
Eu sabia que não deveria sentir vergonha de as pessoas saberem, mas
eu sentia.
Da noite para o dia, a minha percepção na cidade passou da filha de
Greg Austin para a mulher que foi agredida.
Eu sabia que as pessoas só queriam me dizer que se importavam,
mas... era difícil aguentar.
À noite, Hael preparava um banho para mim e sempre desviava o
olhar quando eu entrava. Ele era gentil, respeitoso e atencioso em tudo
isso.
Ele me abraçou e me confortou durante os pesadelos e nenhuma vez
me fez sentir pressionada por nossa falta de intimidade física.
Quando julho chegou, fiz Hael voltar ao trabalho, insistindo que era
melhor começar a tentar viver normalmente de novo.
Eu estava melhorando, pelo menos fisicamente, e estava pronto para
tentar voltar à rotina também.
Eu coloquei meu site em espera.
Não havia como descarregar essa bagagem, o que eu precisava fazer
antes de poder escrever confortavelmente sobre qualquer uma das coisas
que havia escrito antes.
Em vez disso, me ocupei com o jardim e segui a rotina da
normalidade na esperança de que, com a ajuda da terapia e o apoio da
minha nova família que eu escolhi, eu finalmente começaria a me sentir
normal novamente.
Mas ia dar trabalho pra caralho.
***
HAEL
CORA
HAEL
— Você percebeu como as coisas foram difíceis para nós depois que
você foi embora?!? — Ellie falou para nosso pai há muito perdido.
Estávamos sentados em volta da mesa da cozinha de nossa casa de
fazenda com Cora e Tobias.
— Houveram alguns anos em que Hael passou o dia todo trabalhando
com o gado e a noite toda estocando prateleiras em Green Fork só para
eu ter o material escolar! — Bree-elle continuou. — Perdi minha infância
porque precisava trabalhar em casa!
Tobias esfregou as costas de Ellie enquanto ela estava sentada,
fervendo de raiva.
— Você está certa, — disse ele, sentando-se solenemente. — Eu não
tenho ideia do que vocês dois passaram, tudo porque eu errei.
Soltei um suspiro profundo e Cora segurou minha mão entre as dela.
— Eu não tenho nenhuma desculpa para o meu comportamento... —
Ele alterou o olhar entre nós dois com olhos tristes. — O câncer da sua
mãe foi tão agressivo... Tão rápido. Em um minuto, eu tinha o amor da
minha vida em meus braços e, no seguinte, ela se foi. Eu estava
quebrado... Não sei o quanto você se lembra, mas comecei a beber cada
vez mais...
— Oh, eu me lembro, — eu interrompi.
— Estou sóbrio agora, — continuou ele. — Já faz mais de três anos.
Naquela época, porém... comecei a tomar tudo que podia para anestesiar
a dor. Reg me encontrou com tranquilizantes para cavalos um dia. Não
queria que vocês me vissem, então ele me jogou em sua caminhonete e
me levou para uma clínica de reabilitação a oito horas de distância.
— Eu estive entrando e saindo de clínicas de reabilitação por anos
antes de finalmente ficar limpo. Eu não conseguia suportar a ideia de
vocês, crianças, perdendo tudo por causa dos meus erros, então transferi
tudo para o nome de Hael. Eu sinto muito. Mais do que sinto. Eu não fui
o pai que vocês mereciam.
— Eu entendo se vocês, crianças, nunca mais quiserem me ver
novamente. Eu entendo se Bree-elle não me quiser no casamento dela.
Mas eu sou grato por vocês me deixarem vir aqui e vê-los mais uma vez.
Estou tão orgulhoso... Além de orgulhoso de vocês dois. A maneira como
vocês cuidaram um do outro. As pessoas que se tomaram.
Eu vi uma lágrima deslizar pelo rosto de Cora. Ela não se intrometeu,
mas eu sabia exatamente o que ela estava pensando.
Esta era uma oportunidade de perdão, o tipo de oportunidade que
você tem uma vez na vida. O tipo de oportunidade que ela gostaria de ter
com seu próprio pai.
Todos esses anos querendo repreender esse homem..., mas o que isso
faria? O que isso resolveria?
Fiz contato visual com Bree-elle do outro lado da mesa e pude ver nos
olhos dela também. Nós dois sentamos lá. minha irmãzinha e eu...
finalmente prontos para baixar a guarda.
CORA
HAEL
CORA
Enquanto Hael agarrava minha nuca com uma mão, ele agarrou
minha bunda com a outra, metendo forte dentro de mim.
Eu arranquei seu temo azul marinho, seguido por sua gravata e
camisa social. Nós continuamos, eu gritando alto de prazer, ele gemendo
e grunhindo.
— Oh Deus, baby! — Eu soltei. Mas ele diminuiu a velocidade.
Eu protestei no início, mas ele se moveu para uma posição sentada
em outro barril para me permitir mais controle sobre ele.
Eu agarrei seu cabelo e o beijei apaixonadamente, deslizando seu
comprimento profundamente dentro de mim enquanto eu movia meus
quadris e corria minha língua ao longo de sua clavícula.
Minha bunda bateu contra suas coxas enquanto eu sentava com mais
força em seu colo.
Eu acelerei o ritmo enquanto ele segurava firmemente na minha
cintura, chegando cada vez mais perto... bem na beirada... até que,
finalmente, fui recebida por uma liberação doce.
— MmmmmMmmmm! — Meus gritos abafados escaparam na curva
de seu pescoço enquanto eu navegava as ondas do meu orgasmo.
Seu pico veio segundos depois do meu. — Oooooh, Deus... Cora, —
ele disse baixo em meu ouvido enquanto ele metia para cima
rapidamente, se esvaziando dentro de mim.
Eu caí em cima dele, nós dois ofegantes.
— Eu te amo, — disse ele, tentando recuperar o fôlego.
— Eu também te amo, baby.
Nós tínhamos finalmente ultrapassado este obstáculo que estava nos
corroendo por meses, e uma única lágrima escapou dos meus olhos
quando eu o trouxe para perto de mim.
Fazer amor esta noite marcou o reconhecimento de que eu estava
pronta para finalmente seguir em frente e sorri de alívio com essa
sensação de liberdade.
— Devemos voltar lá fora para ver a noiva e o noivo partirem? — Hael
perguntou depois que recuperamos o fôlego.
— Em um minuto. Vamos apenas ficar aqui mais um pouco, — eu
disse enquanto acariciava seu pescoço.
Eu poderia ficar em seus braços a noite toda.
HAEL
CORA