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SUMARIO
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
1. A MANUTENÇÃO .................................................................................................................................................. 6
1.1. Introdução .......................................................................................................................................... 6
1.2. Um Breve Histórico / 1.3. Conceito e Objetivos ............................................................................... 7
1.4. Serviços de Rotina e Serviços Periódicos ............................................................................................ 8
ALINHAMENTO DE MÁQUINAS
4. ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS ...................................................................................................... 39
4.1. Introdução / 4.2. Tipos de Desalinhamentos ................................................................................. 39
LUBRIFICAÇÃO
8. LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL ............................................................................................................................... 57
8.1. Métodos de Aplicação dos Óleos Lubrificantes / 8.2. Métodos de Lubrificação Por Gravidade ... 57
8.3. Métodos de Lubrificação Por Capilaridade / 8.4. Métodos de Lubrificação Por Salpico ............... 58
8.5. Métodos de Lubrificação por Imersão / 8.6. Métodos de Lubrificação Por Sistema Forçado ....... 59
8.7. Métodos de Lubrificação a Graxa ..................................................................................................... 60
10.5. Torneira / 10.6. Equipamento de Retirada de Óleo / 10.7. Equip. Para Retirada de Graxa ...... 65
10.8. Enchedores de Pistola de Graxa / 10.9. Pistolas Portáteis Para Graxa ........................................ 65
10.10. Carrinhos de Lubrificação / 10.11. Lubrificantes de Fusos Têxteis / 10.12. Comboio de Lubrif. 66
13. TÉCNICAS DE MONITORAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ATRAVÉS DA ANÁLIZE DOS LUBRIFICANTES ........... 81
13.1. Conceito / 13.2. O Monitoramento das Partículas de Desgaste Baseia-se em Três Fatos ........... 81
13.3. Técnica de Detecção e Identificação de Partículas Através da Especificação da Espectrometria
de Absorção Atômica ............................................................................................................................... 82
13.4. A Técnica de Identificação de Partículas Através da Ferrografia .................................................... 83
MANUTENÇAO INDUSTRIAL
1. A MANUTENÇAO
1.1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, com a intensa concorrência, os prazos de entrega dos produtos
passaram a ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu a motivação para se
prevenir contra as falhas de máquinas e equipamentos.
Em suma, nos últimos vinte anos é que tem havido preocupação de técnicos e
empresários para o desenvolvimento de técnicas específicas para melhorar o complexo
sistema homem / Máquina /Serviço.
A manutenção ideal de uma máquina é a que permite alta disponibilidade para uma
produção durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo adequado.
Os serviços periódicos de manutenção podem ser feitos durante paradas longas das
máquinas por motivos de quebra de peças (o que deve ser evitado) ou outras falhas, ou
durante o planejamento de novo serviço ou, ainda, no horário de mudança de turnos.
2. TIPOS DE MANUTENÇAO
2.1. NA PRÁTICA
2.3. CONCEITOS
É a diminuição sensível dos estoques. Isso se consegue com a organização dos prazos
para reposição de peças.
Assim, ajustam-se os investimentos para o setor. Se uma peça de um conjunto que
constitui um mecanismo estiver executando seu trabalho de forma irregular, ela estabelecerá,
fatalmente, uma sobrecarga nas demais peças que estão interagindo com ela.
Como consequência sobrecarga provocará a diminuição da vida útil das demais peças
do conjunto.
O problema só poderá ser resolvido com a troca da peça problemática, com
antecedência, para preservar as demais peças.
Em qualquer sistema industrial, a improvisação é um dos focos de prejuízo. É verdade
que quando se improvisa pode-se evitar a paralisação da produção, mas perde-se em
eficiência.
A improvisação pode e deve ser evitada por meio de métodos preventivos
estabelecidos pelos técnicos de manutenção preventiva. A aplicação de métodos preventivos
assegura um trabalho uniforme e seguro.
Com o tempo, muitas industriais foram se conscientizando de que uma máquina que
funcionava ininterruptamente até quebrar acarretava vários problemas que poderiam ser
evitados com uma simples paradas preventivas para lubrificação, troca de peças gastas e ajustes.
Com o auxílio dos relatórios escritos sobre os trabalhos realizados, são eliminados os
problemas ou inconveniências das quebras inesperadas.
Com isto evita- se a difícil tarefa de trocas rápidas de máquinas e improvisações que
causam o desespero do pessoal da manutenção corretiva.
A manutenção preventiva é um método aprovado e adotado atualmente em todos os
setores industriais, pois abrange desde uma simples revisão com paradas que não obedecem
nenhuma rotina até a utilização de sistemas de alto índice técnico.
A manutenção preventiva abrange uns cronogramas nos quais são traçados planos e
revisões periódicas completas para todos os tipos de materiais utilizados nas oficinas. Ela
inclui, também, levantamentos que visam facilitar sua própria introdução em futuras
ampliações do corpo da fábrica.
Por outro lado, a capacidade e o espírito de cooperação dos técnicos são fatores
importantes para a manutenção preventiva.
A manutenção preventiva deve, também, ser sistematizada para que o fluxo dos
trabalhos se processe de modo correto e rápido. Sob esse aspecto, é necessário estabelecer
qual dever· ser o sistema de informações empregado e os procedimentos adotados.
O desenvolvimento de um sistema de informações deve apresentar definições claras e
objetivas e conter a delegação das responsabilidades de todos os elementos participantes. O
fluxo das informações deverá fluir rapidamente entre todos os envolvidos na manutenção
preventiva.
A manutenção preventiva exige, também, um plano para sua própria melhoria. Isto é
conseguido por meio do planejamento, execução e verificação dos trabalhos que são
indicadores para se buscar a melhoria dos métodos de manutenção, das técnicas de
manutenção e da elevação dos níveis de controle.
Esta é a dinâmica de uma instalação industrial.
2.4. OBJETIVOS
a) REDUÇÃO DE CUSTOS:
Em sua grande maioria, as empresas buscam reduzir os custos incidentes nos produtos
que fabricam.
A manutenção preventiva pode colaborar atuando nas peças sobressalentes, paradas
de emergência etc., aplicando o mínimo necessário, ou seja, sobressalente X compra direta;
horas ociosas X horas planejadas; material novo X material recuperado.
b) QUALIDADE DO PRODUTO:
A concorrência no mercado nem sempre ganha com o menor custo. Muitas vezes ela
ganha com um produto de melhor qualidade.
c) AUMENTO DE PRODUÇÃO:
O aumento de produção de uma empresa se resume em atender à demanda crescente
do mercado. É preciso manter a fidelidade dos clientes já cadastrados e conquistar outros,
mantendo os prazos de entrega dos produtos em dia.
A manutenção preventiva colabora para o alcance dessa meta atuando no binômio
produção atrasada X produção em dia.
2.5. DESENVOLVIMENTO
Consideremos uma indústria ainda sem nenhuma manutenção preventiva, onde não
haja controle de custos e nem registros ou dados históricos dos equipamentos.
Se essa indústria desejar adotar a manutenção preventiva, deverá percorrer as
seguintes fases iniciais de desenvolvimento:
a) Decidir qual o tipo de equipamento que deverá marcar a instalação da manutenção
preventiva com base no “feeling” da supervisão de manutenção e de operação.
b) Efetuar o levantamento e posterior cadastramento de todos os equipamentos que
serão escolhidos para iniciar a instalação da manutenção preventiva (plano piloto).
c) Redigir o histórico dos equipamentos, relacionando os custos de manutenção (mão
de obra, materiais e, se possível, lucro cessante nas emergências), tempo de parada para os
diversos tipos de manutenção, tempo de disponibilidade dos equipamentos para produzirem,
causas das falhas etc.
d) Elaborar os manuais de procedimentos para manutenção preventiva, indicando as
frequências de inspeção com máquinas operando, com máquinas paradas e as intervenções.
e) Enumerar recursos humanos e materiais que serão necessários à instalação da
manutenção preventiva.
f) Apresentar o plano para aprovação da gerencia e da diretoria.
g) Treinar e preparar a equipe de manutenção.
a) FERRAMENTAL E PESSOAL:
Se uma empresa contar com um modelo organizacional último, com material
sobressalente adequado e racionalizado, com bons recursos humanos, com bom ferramental
e instrumental e não tiver quem saiba manuseá-los, essa empresa estará perdendo tempo no
mercado.
A escolha do ferramental e instrumental é importante, porém, mais importante é o
treinamento da equipe que irá utilizá-los.
b) CONTROLE DA MANUTENÇÃO:
Em manutenção preventiva é preciso manter o controle de todas as máquinas com o
auxílio de fichas individuais.
É por meio das fichas individuais que se faz o registro da inspeção mecânica da
máquina e, com base nessas informações, a programação de sua manutenção.
Quanto à forma de operação do controle, há quatro sistemas:
a) Manual, c) Automatizado e por
b) Semi-automatizado, d) Microcomputador.
A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informações necessárias para
serem feitas as requisições de serviço, incluindo as rotinas de inspeção e execução. O
principal relatório emitido pelo computador deve conter, no mínimo:
Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles estão direcionados a uma
finalidade maior e importante: redução de custos de manutenção e aumento da
produtividade.
2.15. DIAGNÓSTICO
Graficamente temos:
Rolamentos deteriorados;
Engrenagens defeituosas;
Acoplamentos desalinhados;
Rotores desbalanceados;
Vínculos desajustados;
Eixos deformados;
Lubrificação deficiente;
Folga excessiva em buchas;
Falta de rigidez;
Problemas aerodinâmicos;
Problemas hidráulicos;
Cavitação.
Assim como no estudo das vibrações, a análise dos óleos é muito importante na
manutenção preditiva. É a análise que vai dizer se o óleo de uma máquina ou equipamento
precisa ou não ser substituído e quando isso deverá ser feito.
A análise das superfícies das peças, sujeitas aos desgastes provocados pelo atrito,
também é importante para se controlar o grau de deteriorização das máquinas e
equipamentos.
A análise superficial abrange, além do simples exame visual com ou sem lupa.
Existem várias técnicas analíticas, tais como:
Endoscopia; Estroboscopia;
Holografia; Molde e impressão.
2.23. TEROTECNOLOGIA
É uma técnica de manutenção, na qual se aplica uma assistência técnica de uma ação
imediata aos equipamentos e instrumentos da produção industrial que apresentarem falhas
ou ocasionem paradas de produção.
Nas industrias e comum observar equipes de manutenção aceitarem serviços que são
obras e montagens para execução, e nunca se cumprem os prazos fixados, por motivo de que
em determinadas ocasiones terão que se escolher quais serão atendidas, as emergências ou
se continuam executando e montando o que já estava programado.
Nas indústrias as ocorrências de emergência são inevitáveis, por esta razão, sempre
haverá a necessidade de se ter e manter de forma fixa uma equipe para poder atender estes
acontecimentos.
Nas empresas que não podem ter ocorrências de emergência, as vezes elas acontecem
e os resultados geralmente são catastróficos. Exemplo: As empresas aéreas.
Nas empresas onde é usual a convivência com emergências, que podem ter possíveis
desastres, deve existir sempre uma equipe que seja especializada neste tipo de manutenção,
cuja função será eliminar ou minimizar estas emergências.
3. CONTROLE DE QUALIDADE
As três primeiras perguntas ( Como? O quê? Em quanto tempo? ) são essenciais para o
planejamento e as três últimas, imprescindíveis para a programação.
O plano de execução deve ser controlado para se obter informações que orientem a
tomada de decisões quanto a equipamentos e equipes de manutenção.
O controle é feito por meio de coleta e tabulação de dados, seguidos de interpretação.
É desta forma que são estabelecidos os padrões ou normas de trabalho.
O maior risco que a manutenção pode sofrer, especialmente nas grandes empresas, é
o da perda do seu principal objetivo, por causa, principalmente, da falta de organização e de
uma administração excessivamente burocratizada.
A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi introduzida no
Japão em 1950.
Até então, a indústria japonesa trabalhava apenas com o conceito de manutenção
corretiva, após a falha da máquina ou equipamento. Isso representava um custo e um
obstáculo para a melhoria da qualidade.
A primeira indústria japonesa a aplicar e obter os efeitos do conceito de manutenção
preventiva, também chamada de PM (Preventive Maintenance) foi a Toa Nenryo Kogyo, em 1951.
São dessa época as primeiras discussões a respeito da importância da
manutenibilidade e suas consequências para o trabalho de manutenção.
Em 1960, ocorre o reconhecimento da importância da manutenibilidade e da
confiabilidade como sendo pontos-chave para a melhoria da eficiência das empresas.
Surgiu, assim, a manutenção preventiva, ou seja, o enfoque da manutenção passou a
ser o de confiança no setor produtivo quanto à qualidade do serviço de manutenção realizado.
Na busca de maior eficiência da manutenção produtiva, por meio de um sistema
compreensivo, baseado no respeito individual e na total participação dos empregados, surgiu
a TPM em 1970, no Japão.
Nessa época era comum:
Avanço na automação industrial;
Busca em termos da melhoria da qualidade;
Aumento da concorrência empresarial;
Emprego do sistema “just-in-time”;
Maior consciência de preservação ambiental e conservação de energia;
ESQUEMATICAMENTE:
As falhas não são visíveis por estarem em local de difícil acesso ou encobertas por
detritos e sujeiras.
Efeitos da TPM na melhoria dos recursos humanos. Na forma como é proposta, a TPM
oferece plenas condições para o desenvolvimento das pessoas que atuam em empresas
preocupadas com manutenção.
A participação de todos os envolvidos com manutenção resulta nos seguintes
benefícios:
Realização (autoconfiança).
Aumento da atenção no trabalho.
Aumento da satisfação pelo trabalho em si (enriquecimento de cargo).
Melhoria do espírito de equipe.
É indispensável e deve ser constante. Por outro lado, é necessário manter a produção,
conforme o cronograma estabelecido. Esses dois aspectos levantam a questão de como
conciliar o tempo com a paradas das máquinas para manutenção sem comprometer a produção.
Construir PERT-CPM;
Construir diagrama de barras (Gantt), indicando as equipes de trabalho;
Emitir as ordens de serviço, a lista de materiais, a relação de serviços por grupo e
outros documentos que variam conforme a empresa.
Para resolver as questões que o diagrama de Gantt não consegue solucionar, foram
criados os métodos PERT - CPM.
Exemplo:
É uma flecha tracejada usada como artifício para identificar a dependência entre
operações.
É também chamada de operação imaginária e não requer tempo.
Observe a figura seguinte:
Assim, as atividades W, Y, K e Z são operações físicas como tornear, montar, testar etc.
Cada uma dessas operações requer um tempo de execução, enquanto a atividade
fantasma é um ajuste do cronograma, isto é, depende apenas da programação correta.
3.19. NÓ OU EVENTO
São círculos desenhados no início e no final de cada flecha. Têm o objetivo de facilitar
a visualização e os círculos de tempo.
Devem ser numerados e sua numeração é aleatória.
Exemplo:
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele é um
instante, isto é, um limite entre o início de uma atividade e o final de outra.
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista das atividades, os tempos e a
sequência lógica.
Em seguida, vai - se posicionando as flechas e os nós obedecendo a sequência lógica e
as relações de dependência.
Abaixo de cada flecha, coloca-se o tempo da operação e acima, a identificação da
operação.
É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cujo somatório dos tempos
condiciona a duração do trabalho. Por meio do caminho crítico obtém-se a duração total do
trabalho e a folga das tarefas que n„o controlam o término do trabalho.
Há, pois, um caminho com duração superior aos demais, que condiciona a duração do
projeto.
É este o caminho critico. A importância de se identificar o caminho crítico fundamenta-
se nos seguintes parâmetros:
Frequentemente, o caminho crítico é tão maior que os demais que basta acelerá-lo
para acelerar todo o trabalho.
Nas paradas para reformas parciais ou totais, após o balanceamento dos recursos
físicos e humanos com programação de trabalho em horários noturnos e em fins de semana,
pode ocorrer ainda a carência de mão de obra.
Neste caso, a solução é a contratação de serviços externos ou a ampliação do quadro
de pessoal.
Essas decisões só podem ser tomadas após a análise e comprovação prática das
carências.
ALINHAMENTO DE MAQUINAS
4. ALINHAMENTO DE
MAQUINAS ROTATIVAS
4.1. INTRODUÇÃO
5. METODOS DE ALINHAMENTO
5.3. ALINHAMENTO
A realização de um bom alinhamento não depende, tão somente, de quem o faz, por
isso, devemos observar, antes da execução do serviço, os itens abaixo:
Nivelamento - esse processo é de grande importância, considerando que todas as
dificuldades que possamos ter na realização do alinhamento final, terão origem na não
observação desse detalhe. Por isso, devemos deixar os dois equipamentos o mais
plano possível.
Instale o relógio comparador, como mostra a figura 11, certificando-se de que a sua
base esteja firme. Pressione a agulha do relógio no acoplamento e gire o “Dial”, até zerá-lo.
Em seguida, gire ambos os acoplamentos, simultaneamente, e faça as leituras nos
pontos 0°, 90°m 180° e 270° e registre todas as medidas levantadas na figura 12.
As medidas lidas (final) devem ser divididas por dois (2) determinando, assim, a
espessura dos calços a serem colocados ou retirados no plano vertical ou deslocamento
horizontal.
Retire todos os calços do motor elétrico sobre a base e faça uma limpeza. No caso de
base nova, remova a tinta de proteção.
Posicione o motor, colocando-o mais próximo possível da folga axial desejada entre os
cubos (consultar tabela para tipo de acoplamento). Procure fixar os parafusos da base
do motor com o mesmo torque, colocando a base do relógio em um ponto fixo e o
sensor na parte superior do pé do motor (o mais próximo possível do parafuso de
fixação) para verificar se há algum apoio falso. Caso haja, deverá ser corrigido,
colocando-se calços na medida indicada pelo relógio.
Instalar e posicionar relógios para leituras de desalinhamento radial e angular.
Observação: A base do relógio ou dispositivo deve estar fixada no eixo do condutor
(motor) de referência, a 180º um do outro, o que facilitará o acompanhamento da leitura.
Trave os cubos para que girem simultaneamente.
Dê uma ou mais voltas completas no acoplamento, até que sejam definidas as
diferenças encontradas.
Corrija, primeiro, a diferença angular vertical, colocando calços onde for necessário.
Use a fórmula .
Paralelo a isso corrija, também, o radial vertical, através dos calços.
Mostraremos agora como interpretar as leituras obtidas. Toda vez que a haste do
relógio for pressionada, o relógio indicará leituras positivas, e quando a mesma for
distendida, indicará leituras negativas.
Analisando as leituras encontradas no esquema abaixo, para corrigir o
desalinhamento, deveremos proceder da seguinte forma:
Como na posição 180° a leitura deu negativa, indicando que o acoplamento está
“aberto” embaixo e o motor está mais baixo, como mostra o paralelo vertical, é conveniente
levantar a dianteira em 4,58mm.
Paralelo vertical = 0
Como a leitura deu negativo, a haste foi distendida, portanto o motor está abaixo.
Devemos levantá-lo por igual em 1,5mm.
Paralelo horizontal:
Como a medida maior foi positiva e está em 90º, isto indica que a haste foi
pressionada nesta posição. Devemos então deslocar o motor em 0,7mm para 90°.
5.12. NOTAS
1 - REDUTORES
O mesmo procedimento deverá ser empregado para alinhamento de redutores,
conforme descrição anterior, exceto os três primeiros tópicos do item 7.
6. ANALISE DE VIBRAÇOES
Para que o movimento oscilatório do ponto P se constitua numa vibração, ele deverá
percorrer a trajetória 2 D , denominada trajetória completa ou ciclo, conhecida pelo nome de
período de oscilação.
Com base no detalhe da ilustração, podemos definir um deslocamento do ponto P no
espaço.
Esse deslocamento pode ser medido pelo grau de distanciamento do ponto P em
relação à sua posição de repouso sobre o eixo x.
O deslocamento do ponto P implica a existência de uma velocidade que poderá ser
variável. Se a velocidade for variável, existirá uma certa aceleração no movimento.
6.2. DESLOCAMENTO
O ponto P alcançará seu valor máximo D, de um e do outro lado do eixo x. Esse valor
máximo de deslocamento é chamado de amplitude de deslocamento, sendo medida em
micrometro (mm). Atenção: 1 mm = 0,001 mm = 10-3 mm
Por outro lado, o ponto P realiza uma trajetória completa em um ciclo, denominado
período de movimento, porém não é usual se falar em período e sim em frequência de
vibração.
6.3. FREQUÊNCIA
6.4. VELOCIDADE
6.5. ACELERAÇÃO
Como a velocidade do ponto P varia no decorrer do tempo, fica definida uma certa
aceleração para ele.
A variação máxima da velocidade é alcançada pelo ponto P em um dos pontos
extremos de sua trajetória, isto é, ao chegar à sua elongação máxima D.
Nessas posições extremas, a velocidade n,o somente muda de valor absoluto, como
também de sentido, já que neste ponto ocorre inversão do movimento. A aceleração do
ponto P será nula sobre o eixo x, pois sobre ele o ponto P estará com uma velocidade máxima.
Resumindo, o movimento vibratório fica definido pelas seguintes grandezas:
Deslocamento, velocidade, aceleração, amplitude e frequência.
Por meio da medição e análise das vibrações existentes numa máquina em operação, é
possível poder detectar com antecipação a presença de falhas que podem comprometer a
continuidade do serviço, ou mesmo colocar em risco sua integridade física ou a segurança do
pessoal da área.
Com a aplicação do sistema de análise de vibrações é possível detectar e poder
acompanhar o desenvolvimento de falhas nos componentes das máquinas.
Por exemplo, pela análise de vibrações constatam-se as seguintes falhas:
Rolamentos deteriorados;
Engrenagens defeituosas;
Acoplamentos desalinhados;
Rotores desbalanceados;
Vínculos desajustados;
Eixos deformados;
Lubrificação deficiente;
Folgas excessivas em buchas;
Falta de rigidez;
Problemas aerodinâmicos ou hidráulicos;
Cavitação;
Desbalanceamento de rotores de motores elétricos.
Desse modo, em um
espectro todos os componentes
de um nível vibratório são
representados sob a forma de
picos que nos permitem seguir,
individualmente, a variação da
amplitude de cada vibração e
discriminar, sem mascaramentos,
os defeitos em desenvolvimento
nos componentes das máquinas.
A figura ao lado mostra um
gráfico real de uma análise
espectral. Esse gráfico foi gerado
por um analisador de vibrações
completo.
VIBRAÇÃO DE MÁQUINAS VIZINHAS: O solo, bem como o seu apoio de alvenaria que
fixa a máquina, pode transmitir vibração de uma máquina para outra.
VIBRAÇÕES DE ORIGEM ELÉTRICA : As vibrações das partes metálicas do estator e do
rotor, sob uma excitação do campo eletromagnético, produzem picos com frequências
iguais às daquele rotor.
O aumento dos picos pode ser um indício de degradação do motor; por exemplo,
diferenças no campo magnético do indutor devido ao número desigual de espiras no
enrolamento do motor.
VIBRAÇÃO
CAUSA OBSERVAÇÕES
FREQUENCIA DIREÇÃO
Turbilão De 0,42 a 0,48X FR Unicamente sobre mancais lisos
Radial
de óleo (FR = Frequência de rotação) hidrodinâmicos com grande velocidade.
Desbalancea- Intensidade proporcional à velocidade de
1 x FR Radial Radial
mento rotação.
Defeito de
1, 2, 3, 4 x FR Radial -----------------
Lixação
Vibração axial em geral mais importante,
Defeito de Axial e
2 x FR se o defeito de alinhamento contém um
alinhamento Radial
desvio angular.
Excitação Axial e Desaparece ao se interromper a energia
1, 2, 3, 4 x 60Hz
Elétrica Radial elétrica.
Velocidade
Frequência crítica do Aparece em regime transitório e
crítica de Radial
motor desaparece em seguida.
rotação
Correia em mau
1, 2, 3, 4 x FR Radial -----------------
estado
Engrenagens Frequência de Axial e Banda lateral em torno da frequência de
defeituosas engrenamento = F Radial engrenamento.
(F = nº de dentes x FR árvore)
Bandas laterais em torno da frequência
Pinhão Axial e
F + FR pinhão de engrenamento devido às “falsas
“falsa volta” Radial
voltas”
Excitação Frequência de Axial e
-----------------
hidrodinâmica passagem das pás Radial
Deterioração do Axial e Ondas de choque causadas por
Altas frequências
rolamento Radial escamações.
7. SENSORES OU CAPTADORES
7.1. SENSORES
SENSORES ELETRODINÂMICOS
Sensor Eletrodinâmico
SENSORES PIEZOELÈTRICOS
SENSORES INDUTIVOS
7.2. REGISTRADORES
7.3. ANALISADORES
LUBRIFICAÇAO
8. LUBRIFICAÇAO INDUSTRIAL
9. PRECAUÇOES NA APLICAÇAO
DE LUBRIFICANTES
b) Nos dispositivos Semiautomáticos, tais como copo conta-gotas, copo com agulha ou
torcida etc., os níveis devem ser verificados periodicamente.
c) Com os Lubrificadores do tipo perda total de óleo, os níveis devem ser estabelecidos
de forma cuidadosa.
Por ocasião do enchimento, certificar-se de que o mecanismo funciona corretamente,
a agulha está livre ou a torcida está em boas condições para conduzir o óleo aos
pontos de aplicação.
d) Nos casos de lubrificação por Estopa, esta deverá estar corretamente embebida e
ter contato completo com o munhão a lubrificar.
f) Quando houver Anel lubrificador, deve-se estar certo de que ele gira com velocidade
normal e conduz bem o óleo do banho.
g) Lubrificadores mecânicos devem ter seu mecanismo bem ajustado, a fim de medir a
quantidade correta do óleo. Os visores devem estar limpos, sem a presença de água
ou impurezas. O óleo deve ser adicionado com a necessária frequência.
10.1. TALHA
10.2. EMPILHADEIRA
10.3. TANQUE
10.4. MISTURADOR
10.5. TORNEIRA
10.10. CARRINHOS DE
LUBRIFICAÇÃO
10.11. LUBRIFICANTES DE
FUSOS TÊXTEIS
11.1. ADITIVOS
11.2. O RECEBIMENTO
Nunca se deve derrubar os tambores sobre pilhas de pneus velhos ou outros meios
que provoquem impacto na embalagem, pois isto poderá danificá - la, rompendo suas
costuras, produzindo vazamentos e permitindo eventual contaminação futura.
Caso o sistema de armazenagem adotado seja o uso de “pallets” a mercadoria deverá
ser “paletizada”, conforme normas existentes, no ato de seu recebimento.
Ao se receber os produtos deve-se fazer uma separação destes conforme sua
utilização, encaminhando - os para seus respectivos lugares no almoxarifado. Isto evitará que
se misturem tipos de lubrificantes diferentes e, portanto, o risco do uso indevido dos
mesmos.
Para a movimentação dos tambores é comum fazê-los rolar pelo chão. Isto, para
distâncias curtas é aceitável, porém o uso de equipamentos adequados, tais como carrinhos
de mão ou empilhadeiras, aumentam a segurança tanto para o operário quanto para a
estrutura da embalagem. Uma observação importante se faz quanto ao manuseio de
tambores deitados.
Nunca uma única pessoa deve levantá-los, pois o peso de um tambor (+ ou - 200 kg)
pode causar graves problemas físicos.
12. ESTOCAGEM
IMPORTANCIA DE UM BOM ARMAZENAMENTO
Para uma estocagem racional e de fácil manipulação, o uso de “pallets” é o ideal, pois
além de se prestar ao empilhamento de tambores, também se presta ao armazenamento de
baldes e de caixas com latas de lubrificantes. Entretanto, para que este sistema funcione,
deve-se seguir certas normas quanto ao modo de paletizar e armazenar:
a) Utilizar “pallets” padronizados
b) Observar as capacidades máximas permissíveis constantes da Tabela nº 01 e o
modo de superposição das camadas, a fim de maior estabilidade à pilha.
c) Utilizar uma empilhadeira adequada em capacidade de carga ao tipo de serviço.
d) Dimensionar e sinalizar o local de armazenagem de forma a permitir a paletização
do número de embalagens desejada e as manobras necessárias com a empilhadeira.
e) Nivelar e aplainar o piso do local de armazenagem.
Bujões
Acúmulo de
protegidos
água sobre
da água
o bujão
Calços de madeira
A presença de impurezas no lubrificante, tais como poeira, areia, fiapos etc., poderá
causar danos às máquinas e equipamentos. Além da deterioração do lubrificante, poderá
ocorrer obstrução da tubulação do sistema de lubrificação grimpamento de válvulas de
sistemas hidráulicos e desgaste excessivo devido à presença de materiais abrasivos.
A mistura acidental de um lubrificante com outro tipo diferente pode vir a causar
sérios inconvenientes. Se, por exemplo, um óleo de alta viscosidade for contaminado com um
de baixa viscosidade, a película lubrificante formada pelo produto contaminado será mais fina
que a original e, consequentemente, haverá maior desgaste. Os óleos para sistemas de
circulação, como os óleos hidráulicos e de turbinas, se misturados com óleos solúveis, óleos
para motores ou óleos para cilindros, além da possibilidade de reação dos aditivos, perderiam
suas características de separação de água, ocasionando sérios problemas para os
equipamentos.
Portanto, é da maior importância que se mantenha as marcas e identificações originais
das embalagens dos lubrificantes conservadas e desobstruídas de sujeiras e de qualquer outra
coisa que possa esconder ou dificultar a leitura das mesmas.
Um engano desta natureza pode trazer consequências imprevisíveis.
A maioria dos aditivos dos óleos e graxas lubrificantes podem decompor-se quando
submetidos a armazenagem muito longa. Isto ocorre quando os estoques novos são
armazenados de uma maneira a impedir a movimentação do estoque antigo. Portanto, deve-
se efetuar um cronograma de circulação dos produtos em estoque, certificando-se de que
não ficarão estocados por muito tempo. Os produtos devem sempre ser utilizados conforme
os primeiros que chegaram.
Por isso, deve-se localizar a sala de lubrificação o mais próximo possível das áreas a
serem servidas. Dependendo do tamanho da indústria ou do tipo de máquinas a serem
lubrificadas, torna-se necessário instalar armários ou pequenas salas de lubrificação perto das
máquinas que necessitam dos mesmos.
Além dos equipamentos normais, o serviço de lubrificação requer outros materiais que
devem existir na sala de lubrificação, tais como panos e trapos limpos (nunca se deve usar
estopa ou panos que soltem fiapos), pinos graxeiros, vidros e copos de conta-gotas,
recipientes limpos para coleta de amostras de óleo, ferramentas adequadas, etc.
ÓLEO: Os tambores de óleo em uso devem ser sempre estocados deitados sobre
estrados adequados, de forma que uma torneira especial instalada no bujão inferior
possibilite uma retirada do liquido lubrificante. Estas torneiras devem ser instaladas
com o tambor em pé.
A movimentação dos lubrificantes da sua embalagem original aos locais onde serão
utilizados, é de grande importância.
O controle das retiradas parciais e os cuidados na manipulação para se evitar
contaminação e confusão entre produtos distintos, devem ser rigorosamente observados. A
identificação do lubrificante dentro do almoxarifado ou da sala de lubrificantes é de
fundamental importância, pois se o nome do produto estiver ilegível pode causar sérios
problemas quando da utilização nos maquinários, devido a uma troca do óleo indicado.
Para se recolher o óleo usado que é retirado das máquinas, deve-se reservar um
recipiente específico, devidamente marcado. Na hora da necessidade, a maioria dos operários
se utiliza de qualquer óleo ou recipiente que esteja à mão. Deve ser proibido o uso de
vasilhames improvisados, tais como latas velhas de tintas, regadores, garrafas, panelas, etc.
Portanto, além do indispensável treinamento e conscientização do pessoal, é
necessário criar-se meios e condições adequadas para se fazer funcionar um sistema de
lubrificação eficiente.
RECEBIMENTO
a) Verificar se o produto que está sendo entregue é o mesmo do pedido e da nota fiscal.
b) Verificar se os lacres do caminhão estão intactos (não violados).
c) Verificar se os freios do auto-tanque estão aplicados e suas rodas calçadas.
d) Abrir a boca de visita (ou de carregamento) e a válvula de segurança da tubulação
de saída.
e) Utilizar uma mangueira de descarga para cada tipo de óleo lubrificante. Nunca usar
as mangueiras de óleos lubrificantes para descarga de outros tipos de produtos e vice-
versa.
f) Colher uma amostra do óleo antes da descarga, em recipiente limpo e transparente.
g) Terminada a descarga, escorrer bem o óleo da mangueira.
h) Quando a mangueira não estiver sendo usada, proteger suas extremidades para
evitar a entrada de sujeira e outros contaminantes.
i) Manter limpa toda a instalação.
j) Manter uma pessoa responsável durante todo o processo de descarga.
ARMAZENAMENTO
a) Os tanques e instalações para armazenagem de óleos lubrificantes devem obedecer
as Normas ABNT e CNP.
b) O tanque pode ser aéreo ou subterrâneo, porém a primeira alternativa é preferível.
c) Para cada tipo de óleo lubrificante deve haver uma linha de serviço.
d) O tanque deve ser drenado regularmente.
e) As linhas e os tanques devem ser identificados conforme cada tipo de produto.
f) Para óleos lubrificantes muito viscosos, é conveniente utilizar aquecimento no
tanque e na linha, devido às variações de temperatura.
Entretanto, sempre haverá uma parte que não poderá ser reaproveitada e que
precisará ser descartada. Através de orientação estipulada pelo CNP - Conselho Nacional do
Petróleo, é obrigado captar-se todas as sobras e embasá-las convenientemente em tanques
ou embalagens limpas, para posterior revenda às empresas especializadas em recuperação e
ré -refinação de óleos lubrificantes, que posteriormente os revenderão para outros fins.
13.1. CONCEITO
Que a interface das peças móveis são continuamente "lavadas" pelo lubrificante e que
as partículas de desgaste são arrastadas por este lubrificante;
Alumínio, cromo, cobre, ferro, manganês, magnésio, sódio, níquel, chumbo, silício,
estanho, zinco, titânio, cálcio, bário e vanádio.
A análise da forma, tamanho e cor das partículas permite determinar as causas tais
como, fadiga sobrecarga, má lubrificação, abrasão e outras.
A identificação da composição química dos elementos que compõe as partículas é
viabilizada pela distribuição das mesmas no Ferrograma (lamina de vidro), pela cor,
aquecimento e ataques químicos.
Raramente é necessário utilizar outros métodos de identificação da composição
química dos elementos.
Com a Ferrografia pode-se efetuar o monitoramento periódico, monitoramento de
start-up, análise de falhas e desenvolvimento de lubrificantes apropriados para condições
específicas.
A Ferrografia Quantitativa é realizada com um instrumento denominado Ferrógrafo de
Leitura Direta.
A Ferrografia Analítica requer um microscópio de pesquisas, um ferrógrafo preparador
de laminas e outros instrumentos auxiliares.
14.1. ATRITO
Esta resistência é medida por uma força denominada força de atrito. Encontramos o
atrito em qualquer tipo de movimento entre sólidos, líquidos ou gases. No caso de
movimento entre sólidos, o atrito pode ser definido como a resistência que se manifesta ao
movimentar-se um corpo sobre outro.
O atrito tem grande influência na vida humana, ora agindo a favor, ora contra. No
primeiro caso, por exemplo, possibilitando o simples caminhar. O segundo preocupa-nos mais
de perto e tudo tem sido feito para minimizar esta força. O menor atrito que existe é dos
gases, vindo a seguir o dos fluidos e, por fim, o dos sólidos. Como o atrito fluido é sempre
menor que o atrito sólido, a lubrificação consiste na interposição de uma substância fluida
entre duas superfícies, evitando, assim, o contato sólido com sólido, e produzindo o atrito
fluido. É de grande importância evitar-se o contato sólido com sólido, pois este provoca o
aquecimento das peças, perda de energia pelo agarramento das peças, ruído e desgaste.
1ª LEI
2ª LEI
14.4. LUBRIFICANTE
Para que o movimento continue, é necessário fazer uma força maior, a fim de romper
estas pequeníssimas soldas (microssoldas).
As principais funções dos lubrificantes, nas suas diversas aplicações, são as seguintes:
a) Controle do atrito transformando o atrito sólido em atrito fluido, evitando assim a
perda de energia.
A falta de lubrificação causa uma série de problemas nas máquinas. Estes problemas
podem ser enumerados, conforme a ocorrência, na seguinte sequência:
a) Aumento do atrito e) Desalinhamento
b) Aumento do desgaste f) Ruídos
c) Aquecimento g) Grimpagem
d) Dilatação das peças h) Ruptura das peças
14.9. RANHURAS
Para permitir a rápida distribuição do óleo lubrificante ao longo do mancal, nele são feitas
as ranhuras. A eficiência da distribuição depende do formato e da localização das ranhuras.
15.1. ÓLEOS
Os óleos aditivados são óleos minerais puros, aos quais foram adicionados substâncias
comumente chamadas de aditivos, com o fim de reforçar ou acrescentar determinadas
propriedades.
Os óleos sintéticos são provenientes da indústria petroquímica. São os melhores
lubrificantes, mas são também os de custo mais elevado.
Os mais empregados são os polímeros, os diésteres etc. Devido ao seu custo, seu uso
limitado aos locais onde os óleos convencionais não podem ser utilizados.
Outros líquidos são às vezes empregados como lubrificantes, dado a impossibilidade
de se utilizarem quaisquer dos tipos mencionados.
15.4. ANÁLISES
15.5. DENSIDADE
A maior parte dos produtos líquidos do petróleo são manipulados e vendidos na base
de volume; porém, em alguns casos, é necessário conhecer o peso do produto.
O petróleo e seus derivados expandem-se quando aquecidos, isto é, o volume
aumenta e o peso não se modifica. Por esta razão, a densidade é medida a uma temperatura
padrão ou, então, convertida para esta temperatura por meio de tabelas.
A densidade é um número que define o peso de um certo volume de uma substância
quando submetida a uma determinada temperatura.
A densidade de uma substância é a relação entre o peso do volume dessa substância
medido a uma determinada temperatura e o peso de igual volume de outra substância
padrão como a (água destilada), medido na mesma temperatura (sistema inglês: 60°F / 60°F)
ou em outra temperatura (sistema métrico: 20°C / 20°C).
15.6. VISCOSIDADE
Várias vezes, vimos lubrificadores, em postos de serviço, prender entre os dedos uma
pequena quantidade de lubrificante e, depois de afastá-los dizer: “Este óleo não tem
viscosidade”. O certo seria dizer que “o óleo perdeu a oleosidade”. A oleosidade é a
propriedade que um lubrificante possui de aderir às superfícies (adesividade) e permanecer
coeso (coesividade).
Como exemplo, citaremos a água, que não possui adesividade nem coesividade.
Colocando uma gota de água sobre uma superfície plana e dando um golpe sobre esta
gota, verificaremos que a mesma se divide em várias pequenas gotas, pois não possui
coesividade.
Verificamos, ainda, que a adesão da água ao dedo e à superfície é praticamente nula.
O mesmo não acontece se, em vez de uma gota de água, for usado o óleo lubrificante.
Viscosidade em cSt = C x t
PRESSÃO: Quanto maior for a carga, maior deverá ser a viscosidade para suportá-la e
evitar o rompimento da película.
FOLGAS: Quanto menores forem as folgas, menor deverá ser a viscosidade para que o
óleo possa penetrar nelas.
ACABAMENTO: Quanto melhor o grau de acabamento das peças, menor poderá ser a
viscosidade.
Podemos, assim, verificar que existem condições inversas, isto é, umas que exigem
uma baixa viscosidade e outras, alta viscosidade, e que podem ocorrer ao mesmo tempo. Isto
torna a determinação da viscosidade um estudo complexo, que deverá ser realizado pelos
projetistas de máquinas e motores.
Este ensaio não tem maior significado para óleos novos, uma vez que seu ponto de
fulgor é bem mais elevado do que as temperaturas de manuseio. No entanto, os óleos para
motor e algumas máquinas industriais necessitam ter um ponto de fulgor elevado, para
evitar-se o risco de incêndio.
No caso de óleos usados, o aumento do ponto de fulgor significa perda das partes
leves por evaporação, enquanto que sua redução indica que houve contaminação por
combustível ou outro produto de menor ponto de fulgor.
O ponto de
fluidez dá uma ideia de
quanto determinado
óleo lubrificante pode
ser resfriado sem perigo
de deixar de fluir. O
ponto de névoa é a
temperatura em que,
resfriando-se um
produto, a cristalização
da parafina dá uma
aparência turva a este
produto. Caso o ponto
de fluidez seja atingido antes que seja notado o ponto de névoa, isto significa que o produto
possui poucos componentes parafínicos. Os produtos naftênicos, em geral, possuem ponto de
fluidez inferior aos parafínicos.
Estes ensaios só tem maior significação para lubrificantes que trabalham em baixas
temperaturas.
A água, quando misturada aos óleos lubrificantes, pode provocar a oxidação do óleo, a
corrosão das partes metálicas, o aumento da viscosidade do óleo, a segregação dos aditivos e
formação de espuma. Quando separada, a água provoca um escoamento irregular do óleo e
falhas na lubrificação. Para determinação do teor de água, fazemos uma destilação parcial do
óleo usado, de modo que somente a água evapore e seja condensada em um recipiente
graduado.
A água pode ser proveniente de má estocagem dos óleos, de vazamento dos sistemas
de refrigeração das máquinas ou da má vedação de máquinas que trabalhem com água.
15.18. DEMULSIBILIDADE
15.20. DILUIÇÃO
Devido à combustão parcial, folgas e vazamentos, os lubrificantes de motor podem ser
contaminados por combustíveis. Esta contaminação reduz a viscosidade do lubrificante
impedindo a formação de uma película adequada e provocando o desgaste. Com o
abaixamento do ponto de fulgor, também devido à contaminação, ficam ampliados os riscos
de incêndio.
No caso da gasolina, podemos fazer uma destilação parcial, isto é, aquecer o óleo
usado a uma temperatura na qual somente a gasolina se evapore, determinando-se assim o
teor da contaminação. No caso do diesel, como não podemos separá-lo do óleo por
destilação, empregamos uma tabela onde, a partir das viscosidades do diesel, do óleo novo e
do óleo usado determinamos o teor da contaminação.
15.21. COR
A cor dos produtos de petróleo varia amplamente. Os teste, em geral, comparam uma
mostra com padrões conhecidos, através de um aparelho chamado colorímetro.
A cor clara de um lubrificante não significa baixa viscosidade, havendo óleos brancos
de alta viscosidade. A cor também não significa qualidade. Até certo ponto, por luz refletida,
os óleos parafínicos tem uma cor verde, enquanto os naftênicos apresentam-se azulados. A
transformação da cor em óleos usados pode significar uma contaminação:
Cor cinza : Chumbo da gasolina
Cor preta : Fuligem
Cor branca ou leitosa : Água
No controle de fabricação de óleos com aditivos metálicos, este teste é usado para
verificação do teor desses aditivos na formulação.
Para óleos desconhecidos, este teste é uma indicação do nível de detergência. Porém,
algumas combinações de óleos básicos com o aditivo são mais efetivas que outras. Além
disto, existem certos tipos de aditivos detergentes que não deixam cinza alguma. A
quantidade de cinzas poderá também ser proveniente de outros aditivos não detergentes.
O único meio de se medir, efetivamente, a detergência é uma prova em motor. Com
óleos usados em motores diesel, o aumento das cinzas poderá ser causado por contaminação,
por poeira ou partículas do desgaste do motor, enquanto que seu abaixamento poderá
significar o consumo dos aditivos, operação falha ou defeito mecânico.
Em motores a gasolina, a contaminação com chumbo tetraetila da gasolina provoca o
aumento de cinzas.
Este ensaio é usado para combustíveis, solventes, óleos e graxas lubrificantes. Consiste
em deixar-se, por determinado tempo, uma lâmina de cobre imersa no produto aquecido. De
acordo com a descoloração da lâmina, por comparação com um tabela, determinamos o grau
de corrosão. Os óleos minerais puros e aditivos, em geral, não são corrosivos. No entanto, existem
aditivos de enxofre e cloro ativos, usados, por exemplo, em óleos de corte, que são nocivos aos
metais não ferrosos. A presença de aditivos de enxofre ou cloro em um óleo não significa que este
óleo seja corrosivo, pois isto se dá, somente, quando estes elementos são ativos.
Consistência de uma
graxa é a resistência que esta
opõe à deformação sob a
aplicação de uma força. A
consistência é a característica
mais importante para as
graxas, assim como a
viscosidade o é para os óleos.
Num aparelho chamado
penetrômetro, coloca-se a
graxa em um cilindro. Um
pequeno cone, ligado a uma
haste, é preso a um suporte com escala graduada, e sua ponta é encostada na superfície da
graxa. Soltando-se, o cone penetra na graxa e a escala do suporte indica quantos mm/10
penetrou. Como a consistência varia com a temperatura, este ensaio é sempre realizado a 25°C.
16.1. CONCEITO
16.2. DETERGENTE-DISPERSANTE
necessitam ser drenados, para não ocorrer a formação de depósitos. As maiores partículas
encontradas em suspensão no óleo mediram 1,5 micra, enquanto que a menor folga é de 2
micra. As partículas são então incapazes de obstruir as folgas ou de promover o desgaste
abrasivo.
16.3. ANTIOXIDANTE
Partículas metálicas
Hidrocarbonetos oxidados
4) Nos pontos de temperatura elevada (cabeça dos pistões, anéis de pistão, válvula
etc...), os compostos ácidos decompõem-se, formando vernizes e lacas.
16.4. ANTICORROSIVO
16.5. ANTIFERRUGEM
16.6. ANTIESPUMANTE
Quando a pressão exercida sobre a película de óleo excede certos limites, e quando
esta pressão elevada é agravada por uma ação de deslizamento excessiva, a película de óleo
se rompe, havendo um contato metal com metal. Se o lubrificante possuir aditivo de extrema
pressão, havendo o rompimento da película, este aditivo reage com as superfícies metálicas,
formando uma película lubrificante que reduzirá o desgaste.
Quase todos os aditivos de extrema pressão são compostos químicos que contêm
enxofre, fósforo, cloro e chumbo.
16.8. ANTIDESGASTE
Aplicações: Motores de combustão interna, sistemas hidráulicos etc.
Finalidades - Estes aditivos são semelhantes aos de extrema pressão, mas têm ação
mais branda. Seus principais elementos são o zinco e o fósforo.
17.1. GENERALIDADES
As desvantagens são:
Os óleos dissipam melhor o calor do que as graxas.
Os óleos lubrificam melhor em altas velocidades.
Os óleos resistem melhor à oxidação.
17.2. FABRICAÇÃO
Existem dois processos para a fabricação das graxas: formar o sabão em presença do
óleo ou dissolver o sabão já formado no óleo.
A fabricação é feita em tachos, providos de um misturador de pás e envoltos por um
camisa de vapor para aquecer o produto. Quando o sabão é formado em presença do óleo, o
tacho é munido de um autoclave, para a necessária saponificação. Acabada a fabricação, a
graxa, ainda quente e fluida, passa por filtros de malhas finíssimas, sendo então envasilhada.
A filtragem evita que partículas de sabão não dissolvidas permaneçam na graxa e o
envasilhamento imediato impede que as graxas sejam contaminadas por impurezas.
17.3. CLASSIFICAÇÃO
Além dos sabões metálicos mencionados, podemos ter graxas de alumínio, de bário
etc., que são, porém, menos empregadas.
Existem graxas em que o espessante é a argila. Estas graxas são insolúveis na água e
resistem a temperaturas elevadíssimas. Embora sejam multifuncionais, seu elevado custo faz
com que suas aplicações sejam restritas aos locais onde as graxas comuns não resistem às
temperaturas elevadas (acima de 200°C).
As graxas betuminosas também podem ser classificadas como óleos. São formadas à
base de asfalto. Possuem uma grande aderência, e suas maiores aplicações são os cabos de
aço, as engrenagens abertas e as correntes. Não devem ser usadas em mancais de
rolamentos. Alguns mancais planos que possuem grande folga, ou suportam grandes cargas,
podem, às vezes, utilizá-las.
17.7. BOMBEABILIDADE
17.8. ADITIVOS
Como nos óleos lubrificantes, as características das graxas podem ser melhoradas com
o uso de aditivos. Entre os mais usados, temos:
Finalidades - Como nos óleos, quando a pressão excede o limite de suporte da película
de graxa, torna-se necessário o acréscimo destes aditivos. Usualmente, os aditivos
empregados para este fim são à base de chumbo. Os lubrificantes sólidos, como molibdênio, a
grafite e o óxido de zinco também são empregados para suportarem cargas, mas, em geral,
estes lubrificantes não são adequados para mancais de rolamentos.
17.10. ADESIVIDADE
17.11. ANTIOXIDANTES