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45 O IPVA não incide, portanto, sobre veículos que se deslocam por água como
46iates, barcos e navios – nem pelo ar – como aviões e helicópteros. Ele onera as
47pessoas físicas e jurídicas, que, após arcar com a alta carga de tributos existente no
48preço desses bens consumíveis e fungíveis, ainda permanecem com o encargo de
49pagar um tributo por serem proprietários de um veículo, que exige gastos outros
50com a aquisição de combustíveis e peças de reposição, igualmente tributados.
63 Conforme o tema proposto, aduz o artigo 24, § 3º, 146, I e III e 155, III, da
64Constituição federal, onde há a possibilidade de o contribuinte recolher o Imposto
65sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em favor do estado onde
66o veículo encontra-se registrado e licenciado, e não do estado em que o contribuinte
67mantém sede ou domicílio tributário.
100 O voto do Ministro Alexandre de Moraes, que diverge do relator, frisa que o
101imposto é para remunerar a localidade onde o veículo circula, em razão da maior
102exigência de gastos em vias públicas, desta forma, é plenamente correto a visão do
103Alexandre de Moraes, pois metade do valor arrecadado fica com o município, então
104nada mais justo que cobrar o tributo no Estado onde o veículo circula.
105 O ministro observou também que se trata de um caso típico de “guerra fiscal”,
106em que o Estado que pretendem ampliar a arrecadação reduzem o IPVA, desta
107maneira, com falsas alegações o contribuinte alega ser domiciliado num
108determinado Estado quando, na verdade, reside em outro.
109 Portanto, trata-se de um caso típico de guerra fiscal, que refere-se à disputa
110entre os territórios de diferentes países ou entre unidades federativas e municipais
111pela atração de investimentos e empresas. O imposto deve ser cobrado no Estado
112em que o veículo circula, o contribuinte alega, com falsas declarações, que é
113domiciliado em um estado, quando na realidade reside em outro, se tratando de
114fraude.
115 Este tema passar por uma espécie de “guerra fiscal”, que para ampliar a
116arrecadação do IPVA, reduzem suas alíquotas para “atrair” mais contribuintes que
117se dispõem a registrar e licenciar o veículo no local onde a tributação é mais atrativa
118ou baixa. Assim, com falsas declarações de endereço e com a intenção de recolher
119um imposto menor, o contribuinte alega ser domiciliado num determinado Estado
120quando, na verdade, reside em outro.
121 No STF, ela pretendia a reforma de acórdão do TJMG que havia reconhecido
122a legitimidade do Estado de Minas Gerais para a cobrança do imposto. Para a Lei
123Estadual 14.937/2003, do Estado de Minas Gerais, a cobrança do IPVA independe
124do local de registro, desde que o proprietário seja domiciliado no Estado. O recurso
125da empresa mineira foi desprovido. Por 6 a 5, o Plenário do STF considerou que
126essa lei mineira está de acordo com a estrutura legislativa do IPVA e com o Código
127de Trânsito Brasileiro.
134 Para Moraes, o CTB não permite o registro de veículos fora do domicílio do
135proprietário. Desta maneira, o STF decidiu que o IPVA deve ser recolhido no
136domicilio do proprietário do veículo, onde o bem deve ser registrado e licenciado.