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10/09/2013

CONHECIMENTOS TÉCNICOS II

Reynaldo J. Santos
prof.reynaldosantos@gmail.com
CIÊNCIAS AERONÁUTICAS (21)8786--7058
(21)8786
Reynaldo J. Santos

OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar aos alunos condições de aprofundarem


conhecimentos teóricos sobre aeronaves e sistemas
que a integram.

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ROTEIRO

PARTE I
• Aeronaves
• Estruturas
• Controles de voo
• Trem de pouso
• Unidade de potência – Motor a pistão
• Sistemas (Aeronave CLASSE)
• Unidade de potência – Motor a reação
• Sistemas (Aeronave TIPO)
• Piloto automático
• Hélices
• Instrumentos de bordo

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ROTEIRO

PARTE II
• Modelos de helicópteros em operação
• Emprego operacional dos helicópteros
• Componente estrutural dos helicópteros
modernos
• Controles de voo: soluções dos fabricantes
• O grupo moto-propulsor de helicópteros
movidos por motores a reação
• A modernização dos instrumentos e painéis
• Manutenção de aeronaves – Visão geral

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ROTEIRO

PARTE I
• Aeronaves
• Estruturas
• Controles de voo
• Trem de pouso
• Unidade de potência
• Sistemas
• Piloto automático
• Hélices
• Instrumentos de bordo

Reynaldo J. Santos

AERONAVE

CONCEITUAÇÃO
Aeronave é todo aparelho capaz de se sustentar e
navegar no ar.

CLASSIFICAÇÃO
As aeronaves classificam-se em Aeróstatos e
Aeródinos.

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AERONAVE

AERÓSTATOS
São aeronaves baseadas no Princípio de Arquimedes
e vulgarmente conhecidos como ―veículos mais leves
que o ar‖.
Princípio de Arquimedes – Todo corpo mergulhado num fluído recebe
um empuxo para cima igual ao peso do fluído deslocado.

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AERONAVE

AERÓDINOS
São aeronaves baseadas na Lei da Ação e Reação
(3ª. Lei de Newton)
Lei da Ação e Reação – A toda ação corresponde uma reação de
igual intensidade, em sentido contrário.

ASA FIXA 8
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AERONAVE

AERÓDINOS
São aeronaves baseadas na Lei da Ação e Reação
(3ª. Lei de Newton)
Lei da Ação e Reação – A toda ação corresponde uma reação de
igual intensidade, em sentido contrário.

ASA ROTATIVA 9
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AERONAVE

Aeronaves - Classificação Geral


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AERONAVE

• Aviões / Autogiros / Helicópteros:


 Terrestres – operam em pistas
 Hidroaviões – operam na água com flutuadores
ou casco
 Anfíbios – operaram em terra ou na água, pois
possuem flutuadores/casco e trem de pouso
• Planadores:
A energia para o voo é obtida a partir das massas
de ar

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AERONAVE

COMPONENTES
• Estrutura
• Grupo Moto-propulsor
• Sistemas

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AERONAVE

ASA FIXA

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AERONAVE

ASAS FUSELAGEM

MOTOR
HÉLICE

EMPENAGEM

TREM DE POUSO

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AERONAVE
ASA PARTES PRINCIPAIS
FIXA

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AERONAVE

ASA ROTATIVA
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AERONAVE

• Grupo moto propulsor


Fornecem a tração necessária ao voo
Quanto ao nº. de motores: Mono ou Multi
Tipos mais usados:
• Motor a pistão (convencional)
• Motor a reação

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AERONAVE

• Sistemas
sistema de combustível
sistema hidráulico
sistema de pneumático
sistema elétrico
sistema de controle de voo
sistema de piloto automático
sistema integrado de avionics
sistema de pressurização
sistema de ar condicionado
sistema de proteção contra chuva e gelo
sistema de proteção contra fogo
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ROTEIRO

PARTE I
• Aeronaves
• Estruturas
• Controles de voo
• Trem de pouso
• Unidade de potência
• Sistemas
• Piloto automático
• Hélices
• Instrumentos de bordo

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ESTRUTURA

• Partes principais
• Esforços estruturais
• Materiais
• Asas
• Fuselagem
• Empenagem
• Superfícies de comando
• Flaps e Slats
• Spoilers
• Componentes secundários

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ESTRUTURA

• Partes principais:
 asas
 fuselagem
 empenagem
 superfícies de controle

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ESTRUTURA

• Esforços estruturais:
 tração
 compressão
 flexão
 cisalhamento
 torção

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ESTRUTURA

Esforços
estruturais:

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ESTRUTURA

• Materiais (leves e resistentes):


 Aço e aço inoxidável
 Alumínio e ligas de alumínio
Titânio
Grafite
Epóxi
Fibra de vidro
Plásticos reforçados com fibra de vidro
 Kvelar (fibra sintética de aramida – 7 vezes +
resistente que o aço)
 Fibra de carbono

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ESTRUTURA

• Asas:
 produzir sustentação
número de asas: monoplano, biplano, triplano
localização: baixa, média, alta, parassol
 fixação: cantiléver, semi-cantiléver
 forma e tipos: reta, trapezoidal, elítica, flecha,
enflechamento negativo, delta, geometria
variável
 metálica: nervura, longarina, reforçadores
 winglet

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ESTRUTURA

• Asas:
Nomenclatura da asa:
• 1. Extradorso, dorso, cambra superior: Parte
Superior da asa
• 2. intradorso, ventre ou cambra inferior: Parte inferior
da asa
• 3. Bordo de ataque: Extremidade dianteira da asa
• 4. Bordo de fuga: Extremidade traseira da asa
• 5. Raiz: Parte da asa ligada a fuselagem do avião
• 6. Ponta da asa: Ponta da asa

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ESTRUTURA

• Asas:
Componentes estruturais da asa:
• 1.Nervuras: Dão formato aerodinâmico da asa/
Transmitem os esforços do revestimento para a
longarina
• 2. Longarinas: Principal elemento estrutural da asa
• 3. Revestimento: Plástico, madeira ou chapas
metálicas / Suporta as pressões aerodinâmicas
• 4. Tirantes: Cabos de aço esticados em diagonal /
Suportam esforços da tração / Aeronaves de
pequeno porte / Demais aeronaves - reforçadores

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ESTRUTURA

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ESTRUTURA

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ESTRUTURA

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ESTRUTURA

1 - Asa trapezoidal
2 - Asa enflechada
3 - Asa com enflechamento negativo
4 - Asa em delta
5 - Asa com geometria variável
6 - Asa oblíqua

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ESTRUTURA

• Fuselagem:
Definição:
• onde estão fixadas as asas e empenagem
• aloja os tripulantes, passageiros e carga
• contém os sistemas da aeronave e algumas
vezes o trem de pouso e o(s) motor(es)
 quanto à estrutura podem ser tubular,
monocoque e semi-monocoque (mais utilizada)
 revestimento final externo: pode ser de alumínio,
de magnésio, plástico moldado ou fibra de vidro.
Se for de tela, o revestimento é pintado com dope
para endurecer e impermeabilizar.

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ESTRUTURA

Tipos de Fuselagem

1 - para voo subsônico


2 - para voo supersônico
3 - para voo subsônico e grande capacidade de carga
4 - para voo supersônico e alta capacidade de manobra
5 - Hidroavião
6 - para voo hiperpersônico.

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ESTRUTURA

• Empenagem:
 Definição:
• superfícies destinadas a estabilizar a aeronave
constituída pela parte terminal da fuselagem e pelos
estabilizadores vertical e horizontal
superfície horizontal:
• a função primária da superfície horizontal da cauda é
prover a estabilidade longitudinal e o profundor atua como
forma de se garantir o controle longitudinal e a trimagem
da aeronave
superfície vertical:
• Já a superfície vertical possui a finalidade de garantir
a estabilidade direcional sendo que o leme de
direção atua com a finalidade de prover o controle
direcional da aeronave

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ESTRUTURA

Exemplos de empenagens

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ESTRUTURA

• Superfícies de comando:
Definição:
• partes móveis das asas e da empenagem
• geralmente localizadas nos bordos de fuga e
fixadas por dobradiças
• têm como função controlar o voo
Superfícies primárias: aileron, profundor e leme
direcional
Superfícies secundárias: compensadores do
aileron, do profundor e do leme direcional

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ESTRUTURA

Superfícies primárias

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ESTRUTURA

Superfícies secundárias
Compensador do Compensador
leme direcional do profundor

Compensador
do aileron

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ESTRUTURA

Superfícies secundárias

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ESTRUTURA

• Flaps e Slats:
ambos são dispositivos hipersustentadores
aumento de sustentação nas asas
usados nas decolagens e nos pousos
voos a baixas velocidades

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ESTRUTURA

Flaps

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ESTRUTURA

Slats

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ESTRUTURA

• Spoilers:
freios aerodinâmicos
impedir que a velocidade do avião aumente
excessivamente
usados nas descidas e nos pousos
usados como auxiliares dos ailerons

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ESTRUTURA

Spoilers

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ESTRUTURA

• Componentes secundários:
carenagens
portas e janelas de inspeção
tampas (acessos para manutenção)
suportes e apoio para os pés
naceles
flutuadores
tanques de ponta de asa

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ROTEIRO

PARTE I
• Aeronaves
• Estruturas
• Controles de voo
• Trem de pouso
• Unidade de potência
• Sistemas
• Piloto automático
• Hélices
• Instrumentos de bordo

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CONTROLES DE VOO

• Conceito:
• Mecanismo que movimenta as superfícies de controle do
avião
• Acionados pelo piloto através do manche ou volante
(comandos de voo)
Através da superfícies de comando primária a
aeronave realiza movimento em torno de três eixos
• Eixo longitudinal: da ponta da cauda à ponta do nariz
• Eixo lateral ou transversal: de uma ponta a outra
ponta da asa
• Eixo vertical: cruza o avião de cima para baixo no
mesmo ponto onde os eixos longitudinal e lateral se
cruzam

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CONTROLES DE VOO

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CONTROLES DE VOO

• Arfagem ou Tangagem
Movimento em torno
do eixo transversal ou
lateral
Superfície de
comando: Profundor
Movimento para
cima: Cabrar
Movimento para
baixo: Picar

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Reynaldo J. Santos

CONTROLES DE VOO

• Rolagem, Rolamento,
Bancagem ou Inclinação
Lateral
 Movimento em torno
do eixo longitudinal
Superfície de
comando: Aileron
Movimento para a
esquerda ou para a
direita

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CONTROLES DE VOO

• Guinada
 Movimento em torno
do eixo vertical
Superfície de
comando: Leme de
direção
Movimento para a
esquerda ou para a
direita

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CONTROLES DE VOO

• Verificações e ajustes a serem feitos pelos mecânicos (aviões


leves)
 Alinhamento dos comandos:
• Manche e pedais nas posições neutras
• Superfícies de comando também nas posições neutras
Ajuste de batentes:
• Para limitar o movimento das superfícies de comando
(evitar comandos exagerados)
Ajuste da tensão dos cabos (de acordo com as especificações
do fabricante):
• Cabos frouxos podem reduzir ou mesmo anular a ação dos
comandos
• Cabos muito esticados podem tornar os comandos duros e
provocar desgastes nos componentes
Balanceamento das superfícies:
• Algumas são balanceadas para compensar o efeito da
massa (ex. após pintura)

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CONTROLES DE VOO

• Efeitos dos controles de voo no desempenho da


aeronave
 Uma aeronave em voo está sob a ação de quatro
forças:
• Gravidade ou peso, que puxa a aeronave para
baixo
• Sustentação, força que empurra a aeronave para
cima
• Empuxo, força que move a aeronave para frente
• Arrasto, a força que exerce a ação de um freio

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CONTROLES DE VOO

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TREM DE POUSO

• Conceituação:
 É o conjunto de partes destinadas a apoiar o aeronave
no solo, e ainda:
amortecer os impactos do pouso
frear a aeronave
controlar a direção da aeronave nas manobras de solo
• Quanto a superfície para pouso:
Hidroplano ou Hidroavião
Flutuadores/ Pousos e decolagens em superfícies
líquidas
Litoplanos
Decolam e aterrissam em superfícies sólidas
Anfíbios: Trem de pouso estendido – pousos em terra
e Trem de pouso recolhido – pouso em água
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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

• Quanto à distância de pouso e decolagem:


 VTOL (Vertical Take-off and landing)
 STOL (Short take-offand landing)
 CTOL (Conventional Take-off and landing)

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TREM DE POUSO

• Quanto à sua mobilidade:


 FIXO
 RETRÁTIL
ESCAMOTEÁVEL

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

• O trem pode ser recolhido, dependendo do tipo de


aeronave, através de mecanismo operado ou pelo
sistema hidráulico, ou elétrico, ou pneumático e alguns
na condição de emergência em manual.
• O acionamento é comandado por uma alavanca.
• O sistema possui luzes indicadoras de posição, uma
para cada perna

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TREM DE POUSO

• Quanto à disposição das rodas, pode ser:


 CONVENCIONAL ou
 TRICICLO

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TREM DE POUSO

• Amortecedores:
 Hidráulicos
 a haste desliza no interior do cilindro contendo
fluído hidráulico que faz o amortecimento do impacto e
a mola externa suporta o peso da aeronave.
 Hidropneumáticos (óleo-pneumático)
 a mola externa é substituída pelo gás ou ar
comprimido dentro de um cilindro para suportar o
peso da aeronave.
 o amortecimento é feito através do fluído

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

• Componentes:
 Pneus
 Roda e
 Freios
 tem a finalidade de
permitir a rolagem no solo
 através do sistema de
freios, auxiliar na redução
da velocidade de deslocamento
até a parada total da aeronave.

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TREM DE POUSO

• Pneus
 com câmara
fica dentro do pneu e serve para conter o ar de
inflagem
 a pressão do ar é suportada pelo pneu e não pela
câmara
 sem câmara
são vedados para evitar a fuga do ar
 de alta pressão
para pistas pavimentadas ou duras
 de baixa pressão
para pistas macias como grama e terra solta

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TREM DE POUSO

sem câmara

com câmara

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TREM DE POUSO

• Rodas
 Flanges independentes
 Meias-rodas
 Cubo e flange

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TREM DE POUSO

• Freios
 acionamento
 rodas do trem principal
 freagem
 manobras (freagem diferencial)

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TREM DE POUSO

• Freios
 tipos: freio a tambor e freio a disco

 freio a tambor – um tambor que gira juntamente com a


roda. Ao aplicar o freio duas sapatas ou lonas atritam-se
contra o lado interno do tambor, provocando a freagem
da roda.
 freio a disco – um disco que gira juntamente com a
roda. Quando o freio é aplicado, o fluído hidráulico faz
com que as pastilhas, em ambos os lados do disco,
façam pressão sobre este, freando a roda.

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TREM DE POUSO

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Reynaldo J. Santos

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TREM DE POUSO

freio a tambor

freio a disco

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Reynaldo J. Santos

TREM DE POUSO

• Freios
 Sistemas de acionamento dos freios
 hidráulico– os freios apresentados anteriormente são
exemplos deste sistema (tambor e disco),
 pneumático– utiliza ar comprimido no lugar de fluído
hidráulico,
mecânico – aciona os freios mecanicamente através de
hastes, cabos, alavancas, polias, etc.

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TREM DE POUSO

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Reynaldo J. Santos

TREM DE POUSO

• Freios
 Freios de estacionamento

 o piloto aplica os freios pelos pedais e os mantem


aplicados através de um comando manual (uma alavanca)

 o piloto aplica os freios manualmente através de freios


geralmente mecânicos (similares aos dos automóveis).
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TREM DE POUSO

• Freios

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Reynaldo J. Santos

TREM DE POUSO

• Freios
 Sistema de freagem de emergência

Sistema duplicado – formado por dois sistemas normais


que funcionam em conjunto, mas independentemente, de
modo que a falha deum não afete o funcionamento do
outro.
 Sistema de emergência independente – é um sistema
separado do sistema principal, que entra em ação
somente quando aquele falhar. Às vezes serve como freio
de estacionamento.

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TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

• Freios
 Sistema anti-derrapante

a condição de máxima freagem ocorre quando os pneus


estão prestes a derrapar, por exemplo, durante o pouso
em pista molhada ou contaminada.
 o sistema libera os freios quando a roda está prestes a
parar, e os aplica novamente logo que a rotação se
reinicia. É uma ação rápida e repetida.
o Sistema atua tanto na aplicação manual (com os pés)
como em automático.

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TREM DE POUSO

• Freio automático

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TREM DE POUSO

• Freios

 Controle direcional no solo


 é realizado com o auxílio do movimento do trem do
nariz, ou bequilha,
 pode ser controlado pelo comando dos pedais, pelo
comando manual (steering/volante) e ainda com a
utilização da aplicação de freios alternados e da potência
dos motores.

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TREM DE POUSO

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Reynaldo J. Santos

TREM DE POUSO

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TREM DE POUSO

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ROTEIRO

PARTE I
• Aeronaves
• Estruturas
• Controles de voo
• Trem de pouso
• Unidade de potência
• Sistemas
• Piloto automático
• Hélices
• Instrumentos de bordo

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores / Generalidades
 Conceituação: as máquinas que produzem energia
mecânica a partir de outros tipos de energia.

O motor a jato transforma a


energia calorífica do
combustível em energia
O motor elétrico transforma mecânica (movimento do
energia elétrica em mecânica avião)

O motor deste avião transforma a


energia calorífica do combustível
em energia mecânica (movimento
da hélice)
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Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores térmicos
 Características
 todos os motores que transformam energia calorífica
em energia mecânica
 Classificação:
a. Motores de combustão externa
o combustível é queimado fora do motor
pode aceitar qualquer tipo de combustível
pesado
b. Motores de combustão interna
o combustível é queimado no interior do motor
pode desenvolver elevada potência
leve

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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

 Quanto ao sistema de propulsão


 Classificação:
a. Aviões a hélice
A hélice produz a tração, não o motor
Baseada na lei da Ação e Reação impulsionando
grandes massas de ar a velocidades relativamente
pequenas
Podem ser de dois tipos: a pistão e turboélice
b. Aviões a reação
Impulsionam o ar diretamente
Impulsionando massas relativamente pequenas de
ar a grandes velocidades
Principais tipos: turbojato e turbofan

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores a hélice
 Motor a pistão
 similar aos dos automóveis
construído com materiais mais leves, de confiabilidade,
com exigências das autoridades de aviação
eficiente a baixas velocidade e baixas altitudes
baixo custo (utilizado para aeronaves pequenas)
 Motor turboélice
 é um motor turbojato modificado onde quase toda a
energia do jato é disponibilizada para girar uma turbina
que aciona a hélice através de uma caixa de engrenagens
de redução
Ideal para velocidades intermediárias (entre pistão e o
turbofan)
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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores a reação
 Motor turbojato
 o ar admitido é impulsionado num fluxo de alta
velocidade,utilizando energia expansiva dos gases
aquecidos pela combustão
 Antieconômico e inficiente a baixas altitude e baixas
velocidades
Apropriado para aviões supersônicos
 Motor turbofan
Constituído por um turbojato acrescido de um ventilador
(fan)
Ideal para velocidades intermediárias (pitão/turbofan)

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Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Características
 Qualidades do motor aeronáutico:
segurança de funcionamento (cuidadosa manutenção
e operação adequada)
facilidade de manutenção:
•Inspeções periódicas motores devem ser inspecio-
nados em determinados intervalos (25, 50 horas de voo)
•Revisão geral: após determinado número de horas de
voo (durabilidade) o motor sofre revisão geral
(totalmente desmontado) para verificação e/ou
substituição de peças.
durabilidade (tempo entre revisões gerais – TBO –
Time Between Overhauls) determinados pelo fabricante
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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Características
 Qualidades do motor aeronáutico:
eficiência térmica:Relação entre potência mecânica
produzida e potência térmica liberada pelo combustível

Motores aeronáuticos - 25% a 30% de eficiência


térmica (pouco)
Motores elétricos – 90% de eficiência térmica
M
T

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Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Características
 Qualidades do motor aeronáutico:
leveza (relação massa X potência)
M
L=
P
Excesso de potência na decolagem:
• deve manter por curto espaço de tempo (cerca de 1
min) uma potência superior à do projeto, para ser usada
na decolagem.
compacidade: preferencialmente os motores
aeronáuticos devem apresentar pequena área frontal.

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Características
 Qualidades do motor aeronáutico:
economia (baixo consumo de combustível)
 Consumo horário: quantidade de combustível
consumido por hora de funcionamento.
Ex.: 60 litros/ hora; 10 US Gal/ hour (navegação)
 Consumo específico: é um parâmetro de comparação
usado para mostrar quão eficientemente um motor está
transformando combustível em trabalho. O emprego
deste parâmetro tem maior aceitação que o rendimento
térmico porque todas as variáveis envolvidas são
medidas em unidade padrão: Tempo, Potência e Peso.
Ex.: 0,3L/HPh (eficiência do motor)
97
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Características
 Qualidades do motor aeronáutico:
Equilíbrio e regularidade do conjugado motor
 equilíbrio: indica que as forças internas do motor
devem se equilibrar, evitando o aparecimento de
vibrações no sentido transversal (para cima e para
baixo, ou para os lados).
 regularidade do conjugado motor: indica a ausência
de vibrações no sentido da rotação, isto é, que o motor
deve girar da forma mais regular e contínua possível.
oNota: ―Conjugado‖é o mesmo que ―momento‖ou
―torque‖

98
Reynaldo J. Santos

49
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Princípio de funcionamento
aproveita a energia da queima do combustível no interior
do cilindro, onde os gases da combustão impulsionam um
pistão.
o movimento do pistão é transformado em movimento de
rotação através de uma biela acoplada a um eixo de
manivelas.
O motor funciona através da sucessão de impulsos sobre
o pistão.

99
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Princípio de funcionamento

100
Reynaldo J. Santos

50
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motor a pistão

101
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Princípio de funcionamento

102
Reynaldo J. Santos

51
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Princípio de funcionamento pistão
Virabrequim ou eixo de manivelas

Biela

103
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos Parte do corpo dos cilindros

 Princípio de funcionamento
Bloco dos cilindros

104
Reynaldo J. Santos

52
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Princípio de funcionamento
Cabeçote e comando de válvulas

105
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Motor a pistão
 Classificação:
a. Quatro tempos
b. Dois tempos

106
Reynaldo J. Santos

53
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motor a pistão
de 4 tempos

1. Admissão
2. Compressão
3. Ignição
4. Escapamento

107
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motor a pistão
de 2 tempos

1. Compressão
e admissão
2. Ignição e
escape

108
Reynaldo J. Santos

54
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motor a pistão de 2 tempos

1. Compressão e admissão
2. Ignição e escape

109
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motor a pistão
 Usado praticamente em todos os aviões de
pequeno porte

110
Reynaldo J. Santos

55
10/09/2013

111
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motor a pistão
 Com turbocharger

112
Reynaldo J. Santos

56
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Conceituação:
 Performance é o desempenho do motor, avaliado
principalmente pela potência que ele desenvolve em
diversas situações
 Torque e potência
 Torque: É a capacidade de uma força produzir rotação
 Potência: É o trabalho que o motor executa por
unidade de tempo
 Cilindrada
 É o volume deslocado pelo pistão durante o seu
curso

113
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Eficiência ou rendimento
 Indica a parcela da energia calorífica do combustível
aproveitada pelo motor para produzir energia mecânica.
Varia de 25 a 30%. A eficiência depende de :
a. Melhor construção do motor
b. Elevada taxa de compressão
Nota: Taxa ou razão de compressão é o quociente entre o
volume do cilindro e o volume da câmara de combustão.
Ex.: Volume do cilindro= 800cm³
Volume da câmara de combustão = 100cm³
Taxa de compressão = 800 = 8 ou 8:1
100
114
Reynaldo J. Santos

57
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Limitações da rotação da hélice
 quando as pontas das pás atingem velocidades próximas
a do som, cai sua eficiência. Para evitar:
a. Motor de baixa rotação e torque elevado (grandes
cilindradas)
b. Motor de alta rotação que acionam as hélices através de
caixas de engrenagens
 Potência teórica
 É a potênica estimada com base em propriedades físicas
e consumo de combustível. Essa potência considera que
toda energia térmica proveniente da combustão é
convertida em energia mecânica.

115
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Potência indicada
 Potencia total desenvolvida nos cilindros devido a
pressão do fluido motor sobre os pistões. Se determina a
partir de um indicador de pressão localizado dentro da
câmara de combustão
 Potência efetiva
 É a potência que o motor fornece no eixo da hélice. Ela é
igual à potência indicada deduzida das perdas por atrito nas
peças internas do motor. É também conhecida como
―potência ao freio‖ porque os dinamômetros (aparelhos que
medem a potência) e molinetes (hélices especiais calibradas)
funcionam como freio que simulam a carga imposta pela
hélice sobre o motor.
116
Reynaldo J. Santos

58
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Potência máxima
 É a potência efetiva máxima que o motor é capaz de
fornecer (usada para emergência)
 Potência nominal
 É a potência efetiva máxima para qual o motor foi
projetado e construído (usado por tempo indeterminado)
 Potência de atrito
 É a potência perdida por atrito nas partes internas do
motor. Varia conforme a rotação e pode ser determinada pelo
dinamômetro.

117
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Potência útil
 Também chamada de potência tratora ou potência de
tração. É a potênciadesenvolvida pelo grupo moto-propulsor
sobre o avião. Nos aviões a hélice, a potência útil é igual à
potência efetiva multiplicada pela eficiência da hélice.

 Abreviaturas inglesas
IHP (Indicate Horse Power)  Potência Indicada
BHP (Brake Horse Power)  Potência Efetiva
FHP (Friction Horse Power)  Potência de Atrito
THP (Thrust Horse Power)  Potência de Útil

118
Reynaldo J. Santos

59
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Performance do motor
 Ordem sequencial de grandeza (decrescente)
 Potência teórica
 Potência indicada
 Potência efetiva
 Potência útil
 Potência de atrito
 Potência necessária
É a potência que o avião necessita para manter o voo
nivelado numa dada velocidade
 Potência disponível
 É a potência útil máxima que o grupo moto-propulsor
pode fornecer ao avião.
119
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Operação do motor

120
Reynaldo J. Santos

60
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Operação do motor
 Mistura ar-combustível
O ar é uma mistura formada por oxigênio, nitrogênio e outros
gases, dos quais somente o oxigênio toma parte na
combustão
O combustível usado nos motores aeronáuticos a pistão é a
gasolina de aviação
De acordo com a proporção de gasolina, a mistura pode ser
rica, pobre ou quimicamente correta

121
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Operação do motor
 Potência e Eficiência
 A mistura rica faz o motor funcionar com maior potência e menor
eficiência, porque há um excesso de gasolina que não é queimado e
perde-se pelo escapamento. Se a mistura for pobre, a potência será
menor devido à falta de combustível, mas a eficiência será maior,
porque não há desperdício de combustível.
 Fases Operacionais do Motor
• marcha lenta / decolagem / subida / cruzeiro / aceleração / parada
• Fase Operacional de Marcha Lenta - Fase Operacional de Decolagem

122
Reynaldo J. Santos

61
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Operação do motor
 Fases Operacionais do Motor
• Fase Operacional de Subida: o piloto reduz a rotação do motor,
ajustando-a para potência máxima contínua (a potência máxima que o
motor pode suportar sem limite de tempo)

•Fase Operacional de Cruzeiro : potência reduzida e a mistura pobre

123
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

124
Reynaldo J. Santos

62
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de Alimentação
 O sistema de alimentação tem a finalidade de fornecer a mistura ar-
combustível ao motor, na pressão e temperatura adequadas e livre
de impurezas.
 Um sistema de alimentação completo engloba três partes:
 Sistema de Indução - é o conjunto que admite, filtra e aquece ar (se
necessário).
 Sistema de Superalimentação - é o conjunto que aumenta a pressão
do ar admitido. Os aviões mais simples não têm esse sistema.
 Sistema de Formação de Mistura - é o conjunto que mistura
combustível com o ar.

125
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de Indução
O sistema de indução é composto pelas seguintes partes:
. Bocal de admissão
. Filtro de ar
. Aquecedor de ar
. Válvula de ar quente
. Coletor de admissão

126
Reynaldo J. Santos

63
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de Superalimentação
 Motor não Superalimentado: Motor Superalimentado:
perdem potência com a altitude, pode funcionar em altitude
devido à diminuição da quantidade como se estivesse no nível do
de ar mar; porém, acima de uma
determinada altitude crítica, ele
começa também a perder potência

127
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de formação de mistura
 Existem três tipos básicos de sistemas de formação de mistura:
carburação, injeção indireta e injeção direta.
 Um sistema de alimentação completo engloba três partes:
 Carburação - Neste sistema, o ar passa através de um dispositivo
denominado carburador, onde se mistura com a gasolina. Há dois
tipos de carburadores:
Carburador de sucção (ou de pressão diferencial), onde a gasolina
é aspirada pelo fluxo de ar de admissão.
Carburador de injeção, onde a gasolina é injetada sob pressão
dentro do fluxo de ar.

128
Reynaldo J. Santos

64
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de formação de mistura
 Existem três tipos básicos de sistemas de formação de mistura:
carburação, injeção indireta e injeção direta.
 Carburação - Neste sistema, o ar passa através de um dispositivo
denominado carburador, onde se mistura com a gasolina. Há dois
tipos de carburadores:
Carburador de sucção (ou de pressão diferencial), onde a gasolina
é aspirada pelo fluxo de ar de admissão.
Carburador de injeção, onde a gasolina é injetada sob pressão
dentro do fluxo de ar.

129
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

130
Reynaldo J. Santos

65
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

Carburação

131
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de formação de mistura
 Existem três tipos básicos de sistemas de formação de mistura:
carburação, injeção indireta e injeção direta.
 Injeção indireta - Neste sistema, a gasolina é injetada no fluxo de ar
de admissão por uma bomba, antes de chegar aos cilindros. Como não
há um carburador para efetuar a dosagem do combustível e misturá-la
ao ar admitido, a tarefa é dividida entre:
 Unidade Controladora (ou Reguladora) de Combustível, que
efetua a dosagem, e
 Bico Injetor, que pulveriza a gasolina dentro do fluxo de ar
admitido.

132
Reynaldo J. Santos

66
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

Injeção indireta

133
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

Injeção indireta

134
Reynaldo J. Santos

67
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de formação de mistura
 Existem três tipos básicos de sistemas de formação de mistura:
carburação, injeção indireta e injeção direta.
 Injeção Direta — Neste sistema, os cilindros do motor aspiram ar
puro, e o combustível é injetado diretamente dentro dos cilindros.

135
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

136
Reynaldo J. Santos

68
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

Injeção Direta
137
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
 Tem a finalidade de armazenar o combustível e fornecê-lo ao motor
 Os dois sistemas mais utilizados são:
 alimentação por gravidade
 alimentação por pressão

138
Reynaldo J. Santos

69
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
 Alimentação por gravidade - Neste sistema, os tanques estão
localizados em posições elevadas e o combustível escoa por
gravidade até o motor.

 Os tanques têm um furo de ventilação para que o ar possa entrar.

 O piloto pode escolher os tanques a serem usados (superior,


inferior ou ambos), através da válvula de corte e seletora, a qual
serve ainda para cortar o fluxo de combustível ao motor.

139
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

140
Reynaldo J. Santos

70
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

141
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
 Alimentação por pressão - Neste sistema, o combustível é enviado
ao motor através da pressão de uma bomba.
Normalmente são usadas duas bombas:

 Bomba principal, que é acionada pelo motor do avião

Bomba auxiliar, que é acionada por um motor elétrico. Geralmente é


usada durante a partida do motor, decolagem, pouso ou voo em
altitude elevada, conforme recomendado pelo manual do avião.
•Essa bomba é capaz de alimentar o motor quando a bomba principal
falhar.
•Em muitos aviões, está instalada no fundo do tanque de
combustível.

142
Reynaldo J. Santos

71
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

143
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
 Alimentação por pressão - Neste sistema, o combustível é enviado
ao motor através da pressão de uma bomba.
Normalmente são usadas duas bombas:

 Bomba principal, que é acionada pelo motor do avião

Bomba auxiliar, que é acionada por um motor elétrico. Geralmente é


usada durante a partida do motor, decolagem, pouso ou voo em
altitude elevada, conforme recomendado pelo manual do avião.
•Essa bomba é capaz de alimentar o motor quando a bomba principal
falhar.
•Em muitos aviões, está instalada no fundo do tanque de
combustível.

144
Reynaldo J. Santos

72
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível

Indicador de quantidade de
combustível (Liquidômetro) —
Para indicar a quantidade de
combustível nos tanques.
Geralmente é um instrumento
elétrico que recebe o sinal de um
transmissor localizado no tanque.
Em determinados aviões, é
constituído por uma simples bóia
com uma haste de arame visível
externamente, logo à frente do
pára-brisas.

145
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Injetor de partida ("Primer') — É uma pequena bomba manual (ou
elétrica), que serve para injetar um pouco de gasolina no tubo de
admissão, para facili-tar a partida do motor.

146
Reynaldo J. Santos

73
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Válvula de corte e seletora — É uma válvula usada para selecionar o
tanque e/ou cortar o suprimento de combustível.

147
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Filtro— O filtro serve para reter
impurezas sólidas, através de uma
tela fina de metal ou papel filtrante.
Alguns filtros têm o corpo
transparente, permitindo verificar a
presença de impurezas e água.

 Geralmente o filtro encontra-se


na parte mais baixa da fuselagem,
próxima ao motor, e possui uma
pequena válvula para que o piloto
possa retirar um pouco de
combustível e verificar se está
contaminado com
água. [DRENAR ]

148
Reynaldo J. Santos

74
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Prevenção contra água - Durante
o abastecimento, a água pode ser
eliminada por meio de um funil de
camurça, que permite apenas a
passagem da gasolina. Em muitos
aeródromos isso é desnecessário,
pois as bombas já fornecem o
combustível livre de água.
 Durante paradas prolongadas do
avião, é conveniente manter os
tanques completamente cheios,
para diminuir a quantidade de ar em
contato com a gasolina.

149
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Combustíveis- De modo geral, a gasolina é usada nos motores a
pistão, e o querosene nos motores a reação.
Propriedades da Gasolina – As propriedades mais importantes da
gasolina são o poder calorífico, a volatilidade e o poder antidetonante:
Poder calorífico – É a quantidade de calor liberada pela queima de uma
determinada quantidade (1 kg ou 1 libra) de combustível. A gasolina é
um dos combustíveis líquidos de mais alto poder calorífico.
Volatilidade – A gasolina é uma mistura de vários líquidos
combustíveis denominados hidrocarbonetos. Alguns deles têm alta
volatilidade e tornam possível dar partida ao motor em baixas
temperaturas.
Poder antidetonante – É a capacidade da gasolina resistir à detonação

150
Reynaldo J. Santos

75
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Índice de octano (I 0) — É um número atribuído a cada tipo de
gasolina, servindo para indicar o seu poder antidetonante.

Para aumentar o índice de octano, a gasolina recebe um aditivo


chamado chumbo tetraetila (ou tetraetil chumbo). Com isso, obtêm-se
índices octânicos melhores que o do próprio isoctano, ou seja,
superiores a 100.

Efeito da mistura no poder antidetonante — A mistura pobre é menos


antidetonante que a mistura rica. Por isso, o índice de octano é designado através
de um duplo índice; por exemplo, a gasolina 100/130 possui índice de octano igual
a 101 (aproximadamente 100) para mistura pobre, e 131 (aproximadamente 130)
para mistura rica.

151
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de combustível
Classificação da gasolina de aviação — A gasolina de aviação é
classificada em dois tipos, de acordo com a sua octanagem.

152
Reynaldo J. Santos

76
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Princípio da Lubrificação — Duas superfícies metálicas em contato
apresentam atrito, mesmo quando polidas, porque é impossível eliminar
as asperezas microscópicas das mesmas.

Quando utilizamos um óleo lubrificante entre essas superfícies forma-


se uma fina película de óleo que mantém as peças separadas. Isso
elimina o desgaste e o funcionamento torna-se mais fácil porque o
atrito interno do óleo é pequeno.

153
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Funções do Óleo Lubrificante — Além da função normal de
lubrificação das peças móveis, o óleo tem com função secundária
auxiliar o resfriamento do motor. A falta de lubrificação coloca as peças
metálicas móveis em conta-to, provocando desgaste e calor por atrito.
O calor pode queimar o óleo, transformando-o numa borra pegajosa
que acabará impedindo o funciona-mento das peças. As principais
propriedades do óleo lubrificante são:

 Viscosidade
 Ponto de congelamento
Ponto de fulgor

154
Reynaldo J. Santos

77
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Viscosidade — Viscosidade é a resistência que o óleo oferece ao
escoamento.

O frio excessivo aumenta a viscosidade, tornando difícil o movimento


das peças.

 O calor excessivo diminui a viscosidade, tomando o óleo muito


fluido e incapaz de manter a película lubrificante entre as peças. Por
isso a temperatura do óleo deve ser mantida dentro de determinados
limites.

155
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Determinação da Viscosidade — A viscosidade do óleo é determinada
por meio de instrumentos chamados viscosímetros.

Classificação SAE ("Scciety of Automotive Engineers") — É um


método muito utilizado, que classifica os óleos em sete grupos: SAE10,
SAE20, SAE30, SAE40, SAE50, SAE60 e SAE70, na ordem crescente de
viscosidade.

156
Reynaldo J. Santos

78
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Classificação para Aviação — É um método muito utilizado, que
classifica os óleos em sete grupos: SAE10, SAE20, SAE30, SAE40,
SAE50, SAE60 e SAE70, na ordem crescente de viscosidade.

157
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Ponto de Congelamento — É a temperatura em que o óleo deixa de
escoar.
Um bom óleo tem baixo ponto de congelamento, permitindo que o
motor possa partir e funcionar em baixas temperaturas.

Ponto de Fulgor — É a temperatura em que o óleo inflama-se


momentaneamente quando em contato com uma chama.
Um bom óleo tem alto ponto de fulgor, para tornar possível a
lubrificação em temperatura elevada.

Fluidez — Esta propriedade indica a facilidade em fluir.


O óleo lubrificante deve ter elevada fluidez, para circular facilmente
pelo motor.

158
Reynaldo J. Santos

79
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Estabilidade — O óleo deve ser estável, isto é, não deve sofrer
alterações químicas e físicas durante o uso. Na realidade, como as
alterações são inevitáveis, são estabelecidas tolerâncias através de
normas (padrões ASTM, MIL, etc).
Neutralidade — Indica a ausência de acidez no óleo. Os ácidos, se
presentes, atacam quimicamente as peças do motor, causando
corrosão.
Oleosidade — Este termo, traduzido de "oiliness", depende do óleo e
do tipo da superfície a ser lubrificada. Indica a capacidade do óleo
aderir à superfície. É uma propriedade importante, pois um óleo com
boa viscosidade e boa formação de filme lubrificante seria inútil se não
fosse capaz de aderir bem às superfícies das peças.

159
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Estabilidade — O óleo deve ser estável, isto é, não deve sofrer
alterações químicas e físicas durante o uso. Na realidade, como as
alterações são inevitáveis, são estabelecidas tolerâncias através de
normas (padrões ASTM, MIL, etc).
Neutralidade — Indica a ausência de acidez no óleo. Os ácidos, se
presentes, atacam quimicamente as peças do motor, causando
corrosão.
Oleosidade — Este termo, traduzido de "oiliness", depende do óleo e
do tipo da superfície a ser lubrificada. Indica a capacidade do óleo
aderir à superfície. É uma propriedade importante, pois um óleo com
boa viscosidade e boa formação de filme lubrificante seria inútil se não
fosse capaz de aderir bem às superfícies das peças.

160
Reynaldo J. Santos

80
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Aditivos — São substâncias químicas adicionadas ao óleo para
melhorar as suas qualidades. Os principais são:
Anti-oxidantes — melhoram a estabilidade química do óleo, reduzindo
a oxidação, que é a combinação do óleo com o oxigênio do ar,
formando substâncias corrosivas, borras e outras substâncias nocivas.
Detergentes — Servem para dissolver as impurezas que se depositam
nas partes internas do motor.
Anti-espumantes — Servem para evitar a formação de espuma, que
provoca falta de óleo nas peças a serem lubrificadas.
Os aditivos e o próprio óleo perdem suas propriedades com o uso, e
por isso precisam ser trocados periodicamente.
NOTA: Não incluí os óleos para turbinas dos motores a reação.

161
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Sistemas de Lubrificação — Existem três sistemas de lubrificação:
 Lubrificação por salpique
 Lubrificação por pressão
Lubrificação mista

162
Reynaldo J. Santos

81
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Lubrificação por Salpique — Neste sistema de lubrificação, o óleo é
espalhado dentro do motor pelo movimento das peças.

Lubrificação por Pressão - Neste sistema, o lubrificante é


impulsionado sob pressão para as diversas partes do motor, através de
uma bomba de óleo.

Lubrificação mista - Este é o sistema empregado na prática, e consiste


em lubrificar algumas partes por salpique (cilindros, pinos de pistões,
etc) e outras por pressão (eixo de manivelas, eixo de comando de
válvulas, etc).

163
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Componentes do Sistema de Lubrificação - Os principais
componentes são:
o reservatório (tanque de óleo),
radiador,
bombas,
filtros,
decantador e
válvulas de diferentes tipos.

164
Reynaldo J. Santos

82
10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Reservatório — Em muitos motores, o próprio cárter serve corno
reservatório. São os motores de "cárter molhado". Existem, por outro
lado, os motores de "cárter seco", onde existe um reservatório à parte.
Radiador de Óleo — Quando a temperatura do óleo sobe acima de um
determinado limite, abre-se um termostato (válvula que funciona com o
calor), fazendo o óleo passar por um radiador. O radiador recebe o
vento da hélice. O óleo entra no radiador com baixa viscosidade e alta
temperatura e, ao sair, estará mais frio e mais viscoso.

165
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Bomba de Óleo - As bombas de óleo
usadas no sistema de lubrificação são
geralmente do tipo de engrenagens.
Os tipos principais são:

Bomba de Pressão ou (de Recalque)


retira o óleo do reservatório e o envia
sob pressão para o motor

Bomba de Recuperação (ou de


Re-tomo) - retira o óleo que circulou
no motor e leva-o para o reservatório.

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Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Filtro - Serve para reter as impurezas do óleo, através de uma fina
tela metálica, discos ranhurados ou papelão especial corrugado.
O filtro deve ser periodicamente limpo ou substituído antes que o seu
elemento filtrante fique obstruído.
O tipo de filtro mais utilizado nos aviões leves é o descartável, de formato
semelhante ao dos automóveis.
O mecânico deve examinar os elementos filtrantes quando desmontar os
filtros (no caso dos descartáveis, pode-se cortar e remover o elemento
filtrante), a fim de verificar se existem partículas metálicas retidas, indicando
um desgaste anormal ou iminente falha de algum componente do motor.

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Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação

Decantador – Em alguns
aviões, o óleo que circulou pelo
motor escoa por gravidade até
um pequeno tanque chamado
decantador ou colhedor. A seguir,
o óleo passa por um filtro e uma
bomba o envia ao reservatório.
Em muitos aviões não existe
decantador, pois o próprio
reservatório desempenha sua
função.

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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Válvulas — No sistema de
lubrificação existem muitos tipos de
válvulas que controlam o fluxo do
óleo. Os mais importantes são:
a) Válvula reguladora de pressão é
colocada na linha para evitar que a
pressão do óleo ultrapasse um
determinado valor.

b) Válvula unidirecional - esta


válvula dá livre passagem ao óleo
num sentido e impede o fluxo no
sentido contrário.

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Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Válvula de contorno ou "by-pass" - é uma válvula que se abre acima
de uma determinada pressão, com a finalidade de oferecer um
caminho alternativo para o óleo. É muito usada nos filtros de óleo, a
fim de permitir o fluxo do lubrificante quando o filtro ficar obstruído (é
melhor permitir que o motor funcione com óleo não filtrado do que
sem nenhum óleo).

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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação

Instrumentos do sistema
de lubrificação - Servem
para verificar o bom
funcionamento do sistema
de lubrificação e detetar
anormalidades.
Os principais
instrumentos são:
o manômetro de óleo e
o termômetro de óleo.

171
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação
Manômetro de óleo — Este é o primeiro instrumento a ser observado
durante a partida do motor. Em funcionamento normal, o ponteiro
deverá estar dentro de uma faixa verde pintada no mostrador.
 Na partida com o motor frio, porém, a pressão
deverá ultrapassar esse limite porque o óleo
está muito mais viscoso do que na temperatura
normal de funcionamento. Se isso não acontecer
dentro de 30 segundos de funcionamento (ou 60
segundos em tempo muito frio), deve-se parar
imediatamente o motor, pois isso indica uma
possível falha no sistema de lubrificação.
À medida que o motor se aquecer, o ponteiro
deverá descer para dentro da faixa verde.

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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de lubrificação

Termômetro do óleo — O aquecimento gradual ao óleo pode ser


observado no termômetro de óleo.
O piloto só deve acelerar o motor para decolar se o termômetro
estiver indicando um valor mínimo recomendado pelo fabricante do
motor.

173
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de resfriamento

Necessidade do resfriamento — A eficiência do motor térmico é tanto


maior quanto maior a temperatura da combustão
O calor produzido aquece os cilindros do motor
O calor excessivo pode prejudicar o funcionamento e causar danos
ao motor
 Porém a temperatura não deve descer abaixo de um determinado
valor mínimo, pois o vapor de gasolina poderá voltar ao estado líquido,
empobrecendo a mistura e causando a PARADA DO MOTOR

ATENÇÃO em descidas prolongadas com motor lento, em dias muito


frios.

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Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de resfriamento

Existem dois sistemas de resfriamento do motor:

resfriamento a líquido (ou arrefecimento indireto), e

resfriamento a ar (ou arrefecimento direto).

NOTA: Em ambos os casos, o óleo lubrificante ajuda a resfriar o motor,


transferindo calor ao ar através do radiador de óleo

175
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de resfriamento

Resfriamento a líquido
• os cilindros são resfriados por um líquido, que pode ser água ou
etileno-glicol.
•Apesar de mais caro e absorver menos calor que a água, tem a
vantagem de não ferver ou congelar facilmente e seu volume diminui
quando congela, não danificando portanto as tubulações e outras
partes do sistema
•O resfriamento a líquido proporciona melhor transferência de calor e
melhor controle e estabilização da temperatura

NOTA: Pouco utilizado devido ao custo

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Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de resfriamento
Resfriamento a ar
• É o sistema mais utilizado
• É mais simples, leve e barato
• Desvantagens:
maior dificuldade de controle de temperatura, e
tendência ao superaquecimento.

177
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de resfriamento
Resfriamento a ar
Os cilindros e suas cabeças possuem alhetas de resfriamento
Podem ser usados ainda os defletores e flapes de arrefecimento

178
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

os defletores formam uma caixa de ar acima dos


UNIDADE
cilindros, DE POTÊNCIA
onde a pressão foi aumentada devido
ao impacto do ar que entra na carenagem
 Sistema de resfriamento

Essa pressão faz com que o ar desça


verticalmente atravessando as
alhetas dos cilindros
179
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema de resfriamento
Controle de temperatura

Para reduzir a temperatura, o piloto pode lançar mão dos seguintes


recursos:
Abrir flapes de arrefecimento aumentar o fluxo do ar de
arrefecimento
Reduzir potência diminuir o calor produzido nos cilindros
Aumentar a velocidade aumentar o fluxo de ar sobre o motor
Não aumentar a potência iniciar uma descida ou deixar de subir
Usar mistura rica excesso de combustível resfriará o motor,
apesar de aumentar o consumo

180
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Generalidades
• Utilizada para:
ignição e partida dos motores
acionamento de acessórios: bombas elétricas, trem de pouso, etc
Iluminação
Rádio - comunicação e navegação

181
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Baterias
• fornece energia para a partida do motor e alimenta os dispositivos
elétricos do avião em caso de emergência, como na parada do motor ou
falha do gerador
• tipos de bateria usadas em aviões são:

 bateria ácida (de chumbo)

 bateria alcalina (de níquel cádmio)

182
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Bateria de chumbo
• É semelhante à dos automóveis
• Os materiais químicos que armazenam
eletricidade são óxidos de chumbo
aplicados sobre placas (grades) de chumbo
que funcionam mergulhadas numa solução
de ácido sulfúrico
• Por isso são também denominadas baterias chumbo - ácidas
• Na bateria de chumbo, cada elemento fornece uma tensão de 2 volts
• Os tipos mais comuns são os de 12 elementos (24 V) e de 6 elementos
(12 V).

183
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Bateria alcalina
• usam como solução um álcali no lugar do
ácido
• o álcali mais usado é o hidróxido de
potássio
• os materiais químicos são sais de níquel
para as placas positivas e sais de cádmio
para as placas negativas
• recebem o nome de baterias de níquel-cádmio
•cada elemento fornece uma tensão de 1,2 volts, e por isso o número de
elementos necessários para perfazer uma dada tensão é maior que nas
baterias de chumbo.

184
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Dínamo
• É um gerador que fornece corrente contínua
• É a principal fonte de energia elétrica do avião
e carrega a bateria
• A figura mostra um dínamo elementar
• o comutador retifica a corrente alternada
produzida no induzido, transformando-a em
corrente contínua
• as ondulações da corrente diminuem
consideravelmente, tornando a corrente
praticamente contínua
• As bobinas desse induzido são enroladas num
núcleo de ferro cilíndrico, porque o ferro oferece
melhor passagem ao campo magnético que o ar.
185
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

186
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

187
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Diodo
• É um dispositivo que permite a passagem da corrente num só
sentido
• Uma de suas funções é a retificação da corrente alternada
• Um alternador (que é construído para fornecer corrente
alternada) pode fornecer corrente contínua, substituindo o
dínamo.

188
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Regulador de voltagem e de intensidade
• A tensão fornecida pelo dínamo varia de acordo com a rotação do
motor e a carga solicitada pelo sistema elétrico do avião
• O regulador de voltagem (ou de tensão) deve manter a voltagem
constante

189
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Disjuntor de corrente reversa
• É um disjuntor que impede a corrente da bateria de fluir em
direção ao gerador
• Se houver uma falha no gerador, este deixará de fornecer
corrente de carga à bateria
• A bateria começará a enviar corrente
ao gerador em pane podendo queimá-
lo ou esgotar sua carga
• Isso é evitado através do relé ou
disjuntor de corrente reversa (RCCB
— "Reverse Current Circuit Breaker")
que desconecta o gerador do sistema
elétrico do avião.
190
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Inversor
• É um dispositivo que transforma corrente contínua em
corrente alternada
Inversor rotativo: É constituído por um motor de corrente
contínua acoplado a um alternador, que fornece a corrente
alternada
Inversor estático: A corrente contínua é transformada em
corrente alternada por meios eletrônicos. Não há peças móveis.

191
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
"Starter"
• É o motor de partida, acionado pela bateria do avião ou uma
bateria externa ligada ao avião através de uma tomada na
fuselagem
• Funciona como o motor de partida dos automóveis, através da
chave de ignição
• Alguns aviões de treinamento não possuem motor de partida.
Nesse caso, uma pessoa treinada dará a partida manualmente
através da hélice

192
Reynaldo J. Santos

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starter

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Reynaldo J. Santos

194
Reynaldo J. Santos

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Atuador
• O atuador também pode ser elétrico, bastando substituir o
cilindro hidráulico por um motor elétrico e um mecanismo de
redução
• Pode ser usado para acionar flapes, recolher o trem de pouso,
etc.

195
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Servo
• O servo ou servomecanismo é um atuador aperfeiçoado
• Capaz de parar em qualquer posição
• Obedecendo a sinais elétricos enviados por um computador
ou outro dispositivo de controle
•Ele recebe o sinal e provoca o
deslocamento, retornando ao
computador um outro sinal
indicando o deslocamento efetuado
até receber uma ordem de parada.
• São muito usados no piloto
automático

196
Reynaldo J. Santos

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10/09/2013

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Dispositivos de proteção
• Fusíveis: são dispositivos feitos com um fio que
se funde a baixa temperatura, interrompendo a
corrente quando esta ultrapassa um determinado
valor
• Disjuntor: a interrupção é
feita através de um eletroímã
(disjuntor magnético) ou um
dispositivo sensível ao calor
(disjuntor térmico), e permite
a religação
• CB ―Circuit Breaker‖

197
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

AA FITA PENDURADA É PARA AVISAR AOS PILOTOS


198
Reynaldo J. Santos QUE AQUELE SISTEMA ESTÁ EM MANUTENÇÃO

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PAINEL DE DISJUNTORES ABERTO


PARA MANUTENÇÃO
(AS TIRAS PRETAS SÃO PARA
APOIO E LIBERADAS PARA A
ABERTURA 199
TOTAL)
Reynaldo J. Santos

UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico
Dispositivos de proteção
• Fusíveis: são dispositivos feitos com um fio que
se funde a baixa temperatura, interrompendo a
corrente quando esta ultrapassa um determinado
valor
• Disjuntor: a interrupção é
feita através de um eletroímã
(disjuntor magnético) ou um
dispositivo sensível ao calor
(disjuntor térmico), e permite
a religação
• CB ―Circuit Breaker‖

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UNIDADE DE POTÊNCIA

• Motores aéreos
 Sistema elétrico

http://media.avit.und.edu/c172sElectrical/index.html

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