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Discente em Estética e Cosmetologia Faculdade São Lourenço – UNISEPE – São Lourenço/MG –
email: elianedesouzanogueira@outlook.com
RESUMO
A palavra alopecia significa diminuição dos pelos ou cabelo. Esse termo é usado para queda dos pelos
sendo ela de forma acentuada ou pequena. A alopecia androgenética (AAG) é uma perda progressiva
dos cabelos, sendo a forma mais comum de perda de cabelos. A alopecia areata (AA) é uma doença que
afeta os folículos pilosos e as unhas de causa desconhecida, porém há estudos que a definem como
doença autoimune.
O microagulhamento é realizado com um rolo que possui agulhas de aço inoxidável alinhados em sua
volta para provocar uma indução percutânea de colágeno, além disso também contribui para a formação
de novos capilares sanguíneos.
Na terapia capilar, o laser de baixa intensidade emite um feixe de luz capaz de atingir o bulbo capilar
estimulando o crescimento dos cabelos.
Fatores de crescimento também conhecido por citocinas, atuam como mensageiros químicos na
comunicação entre as células.
ABSTRACT
No matter the time, culture and religion, all people overestimate their hair.
The word alopecia means thinning hair or hair. This term is used for falling of the hairs being it of
accented or small form. Androgenetic alopecia (AGA) is a progressive loss of hair, being the most
common form of hair loss. Alopecia areata (AA) is a disease that affects hair follicles and nails of
unknown cause, but there are studies that define it as an autoimmune disease.
The microneedle is performed with a roller that has stainless steel needles aligned around it to cause a
percutaneous induction of collagen, in addition also contributes to the formation of new blood
capillaries.
In capillary therapy, the low-power laser emits a beam of light capable of reaching the hair bulb
stimulating hair growth.
Growth factors also known as cytokines act as chemical messengers in the communication between
cells.
INTRODUÇÃO
Não importa a época, cultura e religião, todos os povos supervalorizam os cabelos. Ele é um importante
adorno para o ser humano, pois transmite a personalidade de cada um.
O couro cabeludo pode ser afetado por disfunções genéticas, hormonais, emocionais e entre outros,
causando a queda do cabelo. Essa perda afeta grandemente o emocional tanto de homens como de
mulheres, geralmente o impacto é maior nas mulheres.
Existem vários tipos de alopecia, as mais comuns são: Alopecia Androgenética e Alopecia Areata
(BORGES,2016).
O folículo piloso é uma estrutura anatômica que juntamente com a glândula sebácea e com o músculo
eretor forma a unidade pilossebácea.
O folículo piloso é formado por regiões diversas. Na parte inferior do folículo se localiza o bulbo
(contém as papilas, células que fazem o crescimento do cabelo) e o duto, que se divide em istmo (parte
que vai do músculo eretor do pelo até a abertura da glândula sebácea) e infundíbulo (da abertura da
glândula sebácea até a epiderme). A haste capilar é a parte que se encontra fora do couro cabeludo
(BORGES, 2016). (Figura 1)
Há em torno de 100 mil a 150 mil fios de cabelo no couro cabeludo e eles crescem, num adulto,
aproximadamente 10 mm por mês. É considerado normal a queda de 60 a 100 fios por dia (BORGES,
2016).
A proteína mais abundante no cabelo é a queratina, e em relação a sua estrutura se divide em três
camadas: medula, córtex e cutícula. A medula é a camada mais interna, ao seu redor se localiza o córtex.
No córtex que se dá a cor e elasticidade dos fios, é formado por queratina. A parte mais externa são as
cutículas, formada por células uma sobre a outra dando aspecto de escamas (SILVIA, PATRICIO,2012).
O crescimento dos fios obedece um ciclo que alternam em crescimento e repouso. Esse ciclo capilar se
divide em três fases distintas: anágena, catágena e telógena.
A fase anágena é a qual se dá o crescimento do fio pela sua grande atividade mitótica. A duração dessa
fase varia entre dois a cinco anos. A fase catágena é a interrupção do crescimento onde a matriz se
separa da papila dérmica, dura cerca de três semanas. A fase telógena é a de repouso e de eliminação do
cabelo, pode durar de dois a quatro meses (BORGES, 2016).
2 ALOPECIA
A palavra alopecia significa diminuição dos pelos ou cabelo. Esse termo é usado para queda dos pelos
sendo ela de forma acentuada ou pequena. A alopecia pode ser classificada de acordo com a sua causa e
agressão aos folículos pilosos, em cicatricial e não cicatricial (BORGES, 2016).
A alopecia cicatricial é aquela em que há lesão no folículo, sendo substituído por tecido cicatricial e
fibrose. Entre as causas estão queimaduras, doenças como líquen plano e entre outros. Já a alopecia não
cicatricial não atinge a estrutura do folículo piloso, sua causa que faz uma interrupção no crescimento
dos fios gerando a queda. O folículo poderá iniciar um novo ciclo capilar. Entre as causas da alopecia
não cicatricial estão, contato com agentes tóxicos, problemas nutricionais, metabólicos e congênitos. As
alopecias não cicatriciais mais frequentes são a Androgenética, a areata e o eflúvio telógeno (ROCA,
2016).
A alopecia androgenética (AAG) é uma perda progressiva dos cabelos, sendo a forma mais comum de
perda de cabelos. Atinge indivíduos predispostos geneticamente, causando uma involução dos folículos
pilosos, os cabelos ficam mais curtos, finos e caem. Ela recebe esse nome pelos hormônios andrógenos,
como a testosterona estarem ligados a essa patologia em homens, já nas mulheres não é certa essa causa
(CAVALCANTI, 2015).
Nos folículos pilosos que têm influência genética, a testosterona é metabolizada pela enzima 5 alfa-
redutase transformando – a em di-hidrotestosterona (DHT), que faz com que os pelos terminais se
tornem pelos velus, caracterizando o processo de miniaturização (BORGES, 2016).
A alopecia androgenética nos homens podem ser classificadas de acordo com os estágios da tabela de
Norwood-Hamilton (figura 2) e nas mulheres de acordo com a classificação de Ludwing (figura 3)
(BORGES, 2016).
Para as pessoas que buscam tratamento ou maneiras de disfarçar a calvície, atualmente há vários
recursos como fármacos, transplantes, fototerapia, microagulhamento e terapias adjuvantes. Os fármacos
mais utilizados são o Minoxidil, que possui efeitos de vasodilatação e finasterida, um inibidor da 5 alfa
redutase (COSTA, 2016; SHAPIRO, 2015).
A alopecia areata (AA) é uma doença que afeta os folículos pilosos e as unhas de causa desconhecida,
porém há estudos que a definem como doença autoimune por meio de linfócitos CD8 e CD4 e influência
genética. Esses linfócitos podem interromper a síntese capilar, alterando o ciclo de crescimento e/ou
induzir sua morte através da apoptose. (CAVALCANTI, 2015; RIVITTI, 2005; SHAPIRO, 2015).
Geralmente ocorre de forma abrupta e é caracterizada por placas lisas e ovaladas no couro cabeludo
(BORGES,2016).
Não há tratamentos específicos para alopecia areata, mas há alternativas como corticosteroides tópicos e
intralesionais, Minoxidil, imunoterapia tópica e fototerapia (SHAPIRO, 2015).
3 TRATAMENTOS PROPOSTOS
3.1 Microagulhamento
O microagulhamento é realizado com um rolo de polietileno que possui agulhas de aço inoxidável e
estéreis alinhados em sua volta, variando o comprimento das agulhas em torno de 0,25mm a 2,5mm. A
força deve ser controlada para não provocar uma lesão em lugares indesejados O uso do aparelho é
recomendado que seja feito posicionando – o entre o polegar e o indicador, sendo que a força vai ser
monitorada pelo o polegar. É recomendável que as passadas do aparelho sejam feitas em vai e vem, de
10 a 15 vezes, fazendo quatro cruzamentos em uma mesma área. A escolha do comprimento da agulha
vai depender do objetivo a ser alcançado e da pele a ser tratada (LIMA; LIMA E TAKANO, 2013).
Este equipamento de microagulhamento faz micro perfurações na pele que atingem a derme para
provocar uma indução percutânea de colágeno. A lesão provocada fará desencadear um processo
inflamatório local, consequentemente a síntese de colágeno e elastina pelo aumento do metabolismo dos
fibroblastos para restituir o tecido lesado. Além disso também contribui para a formação de novos
capilares sanguíneos (COSTA, 2016).
Acredita-se para melhores resultados, o microagulhamento deve ser associado com substâncias antes ou
depois como: Minoxidil 2% ou 5% e fatores de crescimento. Na terapia capilar usa-se agulha de 0,5mm
com aplicação semanal (BORGES, 2016).
A palavra Laser tem como significado “Luz Amplificada por Emissão Estimulada de Radiação (Light
Amplication by Stimulated Emission of Radiation). O Laser de baixa intensidade (LLLT) pode ser
referido como soft laser por não ter efeito ablativo (BORGES, 2016; CATELAN, 2016; SHAPIRO,
2015).
Os aparelhos de LLLT por emitirem menor densidade de energia não é capaz de aquecer tecidos e
emitem radiação com comprimento de onda entre a luz vermelha e infravermelha (600-1000nm)
(SHAPIRO, 2015).
Na terapia capilar, o laser de baixa intensidade emite um feixe de luz capaz de atingir o bulbo capilar
estimulando o crescimento dos cabelos. As mitocôndrias absorvem a energia do laser aumentando a
produção de ATP, e consequentemente o aumento do metabolismo do folículo piloso e ativação de uma
intensa atividade mitótica das células germinativas (BORGES, 2016; SHAPIRO, 2015).
O LLLT também estimula a microcirculação local, causando vasodilatação, que melhora o aporte de
nutrientes, oxigenação dos tecidos, além do efeito anti-inflamatório (AGNE, 2017; BORGES, 2016).
revistaonline@unifia.edu.br Página 626
Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018
A terapia com laser em locais sem folículos pilosos não terá qualquer efeito (BORGES, 2016).
Os efeitos que o laser proporciona vai depender da intensidade e frequência de emissão sobre uma
determinada área. O comprimento de onda usado para alopecia varia de (660 a 670nm) que caracteriza o
laser vermelho, e a fluência de 3J/cm². Em relação a periodicidade, o tratamento pode ser feito de uma a
três vezes por semana (AGNE, 2017; BORGES, 2016).
Fatores de crescimento também conhecido por citocinas, são proteínas sintetizadas naturalmente pelo
corpo humano. Esses compostos atuam como mensageiros químicos na comunicação entre as células,
com capacidade de acelerar a divisão celular, aumentar a síntese de colágeno e elastina e crescimento de
novos vasos sanguíneos (BOMBACINI; BORGES, 2016; PHARMASPECIAL; TORRES).
Quando o corpo está em homeostase, essas citocinas são produzidas de acordo com a necessidade para
garantir o bom funcionamento dos tecidos, porém quando há uma disfunção como alopecia é necessária
uma suplementação (PHARMASPECIAL). A produção de fatores de crescimento é feita a partir de
células de placenta, prepúcio humano, bactérias, plantas e células in vitro (BORGES, 2016).
Fator de crescimento Reverte a atrofia folicular aumentando em poucos dias de uso os 0,5 -1,0% (em associação)
Insulínico (IGF) tamanhos dos folículos (bulbo). Acelera a mitose-crescimento.
3,0% (uso isolado)
Fator de crescimento Ação fortificante no aumento da síntese de proteínas de ancoragem. 0,5 -1,0% (em associação)
fibroblástico básico Atua em sinergia com citocinas de ação angiogênica.
3,0% (uso isolado)
(bFGF)
Fator de crescimento Citocina angiogênica, estimula a formação de um novo plexo 0,5 -1,0% (em associação)
fibroblástico ácido (aFGF) vascular. Diminui a perda de melanina.
3,0% (uso isolado)
Fator de crescimento Citocina angiogênica de ação vasodilatadora simultânea. Reverte a 0,5 -1,0% (em associação)
Vascular (VEGF) atrofia folicular induzida pela DHT.
3,0% (uso isolado)
Peptídeo de cobre (Cooper Forte ação anti 5 alfa redutase. Reverte atrofia folicular induzida 0,5 -1,0% (em associação)
Peptídeo) pela DHT. Fortificante.
3,0% (uso isolado)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão de literatura. A busca de informações foi realizada por meio do Google
Acadêmico, Periódicos CAPES e livros relacionados ao assunto. O idioma selecionado foi o Português
com as palavras chaves: “Alopecia, Microagulhamento, Laser de baixa intensidade, Fatores de
crescimento, Tratamento capilar”.
A janela de tempo adotada foi de 2008 a 2018, apresentam caráter descritivo e narrativo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Acredita-se que o microagulhamento sozinho não vai ser satisfatório para reverter a alopecia por isso é
recomendado associar com substâncias, que vão penetrar mais facilmente pelos microcanais que o
microagulhamento faz. As substâncias próprias para isso, fatores de crescimento apresentados na tabela
1, podem ser aplicadas antes ou depois do microagulhamento (BORGES, 2016).
O laser de baixa intensidade tem ação biostimulante no folículo capilar, induzindo a atividade mitótica
das células, aumentando a microcirculação local e a densidade capilar (COSTA, 2016), também
promove o crescimento de novos fios, aumenta a permanência dos fios no folículo, reduzindo a queda
(CATELAN,2016). É sugerido a associação com loções tópicas para um efeito de reversão da atrofia
folicular (AUDI, 2017).
Os fatores de crescimento possuem ação reguladoras dentro das células, alguns são mais específicos
como, IGF, bFGF, aFGF, VEGF, Cooper Peptídeo, que no tratamento capilar estimulam o crescimento
capilar, ação anti 5 alfa redutase, reverte a atrofia folicular. São bem utilizados na estética por terem a
capacidade de serem associados com vários tratamentos como pós-laserterapia, microagulhamento
(BORGES, 2016; PHARMASPECIAL).
Associar umas dessas técnicas com os fatores de crescimento é possível amenizar a queda capilar
(AUDI, 2017).
CONCLUSÃO
Dentre as disfunções estéticas, a alopecia é uma das que mais atingem a auto estima das pessoas, por
isso cada vez mais procura-se tratamentos alternativos para amenizá-la.
Vale ressaltar que não é um estudo conclusivo, pois são necessárias outras pesquisas para elaborar
protocolos e implementar parâmetros.
REFERÊNCIAS
10. LINS, R. D. et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo de reparo.
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http://www.scielo.br/pdf/abd/v85n6/v85n6a11.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2018.
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Itajaí, Balneário Camboriu, 2008. Disponível em: <
http://siaibib01.univali.br/pdf/Carlos%20Manoel%20Pereira%20e%20Hamilton%20Az
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Acesso em: 24 mai. de 2018.
13. RIVITTI, E. A. Alopecia areata: revisão e atualização. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio
de Janeiro, v. 80, n.1, p. 619-624, 2005.
14. SHAPIRO, J.; THIERS, B. H.. Clínica dermatológica - distúrbios capilares: Conceitos atuais
em Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento. 1 ed. [S.L.]: Di Livros, 2015. 253 p.
15. SILVA, E.A.; PATRICIO, M. E.; PAULA, V. B.; Terapia capilar para o tratamento de
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http://siaibib01.univali.br/pdf/Elaine%20da%20Silva,%20Maiane%20Patricio.pdf>. Acesso em:
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16. TORRES, C. A.; MALTA D. C.; A EFICÁCIA DO MICROAGULHAMENTO
ASSOCIADO AO FATOR DE CRESCIMENTO PARA CRESCIMENTO DE PELOS NA
FACE MASCULINA. UTP – Tuiuti. Curitiba PR. 1-11p.