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Vamos supor que o pesquisador tem bons motivos para crer que as
distribuições populacionais da vitamina A armazenada no fígado de ratos com
dietas normal e deficiente em vitamina E são normais.
σ 12 σ 22 σ2 σ2 2 × (600)
2
σ x1 − x2 = + = + = = 268,2 ui.
n1 n2 n1 n2 10
H1: µ1 ≠ µ 2 ⇒ µ1 − µ 2 ≠ 0.
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Para um nível de significância de α = 0,05, temos que P < α e deve-se rejeitar
a hipótese nula. O pesquisador conclui então que, com um nível de
significância de 0,05 existe uma diferença entre as quantidades de vitamina A
armazenadas no fígado de ratos alimentados com dieta normal e deficiente em
vitamina E.
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Neste caso, sabemos que há duas possibilidades: σ 12 = σ 22 e σ 12 ≠ σ 22 . Já vimos,
nas aulas sobre distribuições amostrais, como tratar os dois casos. Aqui,
vamos considerar apenas o caso em que σ 12 = σ 22 .
⇒ σ = 584 ui .
584 2 584 2
σ x1 − x2 = + = 261 ui.
10 10
H1: µ1 ≠ µ 2 ⇒ µ1 − µ 2 ≠ 0.
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805 − 0
t= = 3,1.
261
Para um teste bilateral, o valor P será então: P < 2x0,005 = 0,001 ⇒ P < α =
0,05. Portanto, deve-se rejeitar a hipótese nula: há evidência suficiente para
rejeitar a afirmação de que o valor médio de vitamina A armazenada em ratos
com dieta deficiente em vitamina E é igual ao valor médio de vitamina A
armazenada em ratos com dieta normal.
Para um teste unilateral, P < 0,005 < α. Logo, também rejeita-se a hipótese
nula.
Dados emparelhados
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Em tais casos, em que as amostras não são independentes, costuma-se chamá-
las de amostras emparelhadas . Um exemplo disso ocorre quando se compara
uma amostra de pesos de pessoas antes de se submeterem a uma dada dieta
com a amostra de pesos das mesmas pessoas após se submeterem à dieta.
Neste caso, o que se faz é comparar a diferença entre os pesos de uma mesma
pessoa antes e depois da dieta.
Desta forma, o pesquisador vai trabalhar com 10 pares de ratos nas mesmas
condições iniciais. A partir daí, as condições passam a ser diferentes. Um rato
de cada par é escolhido para ser alimentado com a dieta normal e o outro rato
é alimentado com a dieta deficiente em vitamina E. Após um certo tempo, o
pesquisador mede as quantidades de vitamina A armazenadas nos fígados dos
10 pares de ratos.
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Par x1 (ui) x2 (ui) x (ui) x2
(dieta normal) (dieta deficiente) (diferença: x1 – x2 )
1 3950 2650 1300 1690000
2 3800 3350 450 202500
3 3450 2450 1000 1000000
4 3400 2650 750 562500
5 3700 2650 1050 1102500
6 3900 3150 750 562500
7 3800 2900 900 810000
8 3050 1700 1350 1822500
9 2700 1700 1000 1000000
10 2000 2500 − 500 250000
Soma 8050 9002500
Note que a tabela acima diz respeito a 20 ratos, só que eles estão
emparelhados em 10 pares. Um rato de cada par foi alimentado com a dieta
normal e o outro foi alimentado com a dieta deficiente. A variável de interesse
agora não é a diferença entre as médias das amostras de ratos alimentados com
cada tipo de dieta ( x1 − x2 ), como nos casos anteriores. A variável de interesse
para o caso dos dados emparelhados é a diferença entre os valores de vitamina
A armazenados para cada par de ratos (x).
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O valor médio e o desvio padrão dessas 10 diferenças são:
x=
8050
= 805 ui; s 2
=
∑x 2
− x 2 10
= 280250 ⇒ s = 529 ui.
10 9
H1: µ x ≠ 0.
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Para gl = n – 1 = 10 – 1 = 9, todos os valores da tabela para a distribuição t de
Student são menores do que 4,8. Logo:
Exemplos
Amostra n x s
1 10 4,5 2,5
2 9 2,5 2,0
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Neste caso, como a pergunta do epidemiologista é se a vacina 1 é mais eficaz
do que a vacina 2 (se a resposta média dos indivíduos vacinados com a vacina
1, µ1, é maior do que a resposta média dos indivíduos vacinados com a vacina
2, µ2), a hipótese nula e a hipótese alternativa devem ser:
H0: µ1 − µ 2 ≤ 0;
H1: µ1 − µ 2 > 0.
Estimando σ2:
σ 2
=
(n1 − 1)s12 + (n2 − 1)s 22
=
9 × 6,25 + 8 × 4
= 5,2 ⇒
n1 + n2 − 2 17
⇒ σ = 5,2 = 2,3.
O valor t para este caso é:
t=
(x1 − x2 ) − (µ1 − µ2 ) = (4,5 − 2,5) − 0 = 2,0
= −1,9.
σ2 σ2 5,2 3,2
+
1,05
+
n1 n2 10 9
10
Logo, 0,025 < P < 0,05. Como P < α, o epidemiologista deve rejeitar a
hipótese nula e concluir que as evidências experimentais favorecem a hipótese
de que a vacina 1 é mais eficaz do que a vacina 2.
2. Um personal trainer garante que uma pessoa que faça ginástica sob a sua
supervisão por um mês perderá peso sem necessitar fazer qualquer tipo de
dieta especial. Para testar a afirmação do personal trainer, seleciona-se uma
amostra de 7 pessoas e toma-se os seus pesos antes do início do programa de
ginásticas. As 7 pessoas são então submetidas ao treinamento oferecido pelo
personal trainer durante 1 mês, com a recomendação de não alterar seus
hábitos alimentares nem seu modo de vida. Após o mês de treinamento, os
pesos das 7 pessoas são novamente medidos, resultando na tabela abaixo.
Indivíduo 1 2 3 4 5 6 7
Peso antes 94 81 65 70 83 72 69
(kg)
Peso depois 93,5 80 65 70 80 74 65
(kg)
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H0: µ x ≥ 0;
H1: µ x < 0.
O valor de t é então:
0,9 − 0
t= = 1,2.
0,75
P > 0,10.
Como o valor P para este caso é maior do que α, não se pode rejeitar a
hipótese nula. Ou seja, as evidências não apóiam fortemente a afirmação do
personal trainer de que as pessoas perdem peso após se submeter ao seu
programa de exercícios por um mês.
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