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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DO CANIÇO

Ano Lectivo de 2007/2008

NOME COMPLETO:__________________________________________________

Nº_____ Ano/Turma:_____ Data: ___/___/______

CLASSIFICAÇÃO EM PERCENTAGEM: _____% (_____________________ por cento)

ASSINATURA DO PROFESSOR: _________________________________________

Ficha de Avaliação

de Língua Portuguesa

9º Ano

Duração da Prova: 90 minutos


Grupo I

Lê com atenção o excerto da obra Os Lusíadas e tenta responder de forma clara e


completa às questões que te são colocadas.

Texto A

33

Sustentava contra ele Vénus bela,


Afeiçoada à gente Lusitana,
Por quantas qualidades via nela
Da antiga, tão amada sua, Romana;
Nos fortes corações, na grande estrela,
Que mostraram na terra Tingitana,
E na língua, na qual, quando imagina, Vocabulário:
Com pouca corrupção crê que é a Latina. terra Tingitana: Norte de África;

34 Parcas: deusas que destinam o bem e o


mal para cada homem;
Estas causas moviam Citereia,
E mais, porque das Parcas claro entende belígera: guerreira;
Que há-de ser celebrada a clara Deia,
Austro: vento do Sul; Bóreas: vento do
Onde a gente belígera se estende.
Norte e Nordeste.
Assi que, um, pela infâmia que arreceia,
E o outro, polas honras que pretende,
Debatem, e na perfia permanecem;
A qualquer seus amigos favorecem.

35

Qual Austro fero ou Bóreas, na espessura,


De silvestre arvoredo abastecida,
Rompendo os ramos vão da mata escura,
Com ímpito e braveza desmedida;
Brama toda a montanha, o som murmura,
Rompem-se as folhas, ferve a serra erguida:
Tal andava o tumulto, levantado
Entre os Deuses, no Olimpo consagrado.

Luís de Camões, Os Lusíadas

1. “Sustentava contra ele Vénus bela” (est.33)


Este verso pressupõe que duas posições se encontram em litígio.

1.1. Identifica o referente do pronome “ele”.

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1.2. Que posições se confrontam? Sobre quê?

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2. Vénus apresenta, nesta estância, a sua argumentação a favor dos portugueses.

2.1. Quais são as razões que a levam a querer ajudar os portugueses?

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2.2. Identifica na estância 34 o verso que resume essas razões.

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3. A estância 34 apresenta o verdadeiro interesse de cada uma das partes.

3.1. Esclarece o sentido da afirmação.

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4. A estância 35 apresenta uma comparação verdadeiramente esclarecedora da


confusão que se estabeleceu no Olimpo.

4.1.Identifica os termos dessa comparação.

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4.2. Indica outro recurso expressivo aí presente.


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5. Localiza o excerto na estrutura interna da obra, indica o plano em que se insere e


o nome do seu episódio.

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Texto B

6. Lê, agora, com atenção, o poema de Fernando Pessoa, retirado da sua obra
Mensagem:

Ascensão de Vasco da Gama


Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra
Suspendem de repente o ódio da sua guerra
E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus
Surge um silêncio, e vai, da névoa ondeando os véus,
Primeiro um movimento e depois um assombro.
Ladeiam-no, ao durar, os medos, ombro a ombro,
E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões.

Em baixo, onde a terra é, o pastor gela, e a flauta


Cai-lhe, e em êxtase vê, à luz de mil trovões,
O céu abrir o abismo à alma do Argonauta.

6.1. Relaciona os versos “Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra/ Suspendem


de repente o ódio da sua guerra/ E pasmam.” com as estrofes do texto A.

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6.2. O sujeito poético faz alusão a dois espaços diferentes em cada uma das estrofes.

6.2.1. Identifica-os.

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6.2.2. Indica a reacção da personagem que se encontra no segundo espaço. Explica o


motivo.

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Texto C

“É o consílio dos Deuses no Olimpo um modo de interligar os deuses com a


viagem. Será no Olimpo que se decidirá “sobre as cousas futuras do Oriente” e foi
este consílio convocado por Júpiter - pai dos Deuses.

A disposição hierárquica que é feita nesta reunião apresenta-se de maneira a que


os considerados deuses menores (deuses dos “sete céus”) exponham também as suas
opiniões sobre o seguimento ou não da armada portuguesa em direcção ao Oriente.”

7. Assinala com V (verdadeiro) e F (falso) as afirmações, de acordo com o estudo


efectuado. Corrige as afirmações falsas.

Júpiter reconhece o valor do povo português, considerando-o tão forte como os


Romanos, Gregos e Assírios.

Ficou decidido que os portugueses iriam encontrar um porto seguro na costa asiática
e aí reabasteceriam a sua frota.

Vénus apoiava os portugueses, uma vez que estes lhe faziam lembrar a sua querida
gente lusitana.

Baco opõe-se ao empreendimento dos portugueses.

Marte apoiou a deusa Vénus, porque temia a sua fúria e vingança.

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Grupo II

Responde aos itens que se seguem sobre o funcionamento da língua, de acordo com
asorientações que te são dadas.

1. Identifica as palavras de origem onomatopeica presentes na estância 3.


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2. Luso foi o filho ou companheiro de Baco.


Tendo em conta este nome, forma uma família de palavras.
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3. Atenta na forma “Assi” (est.34, v.5).


3.1. Indica o vocábulo do português actual que lhe corresponde.
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3.2. Refere o fenómeno fonético que ocorreu.


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4. Observa os seguintes excertos:

a) “Nos fortes corações, na grande estrela, / Que mostraram na terra Tangitana,”


b) “E na Língua, na qual, quando imagina, com pouca corrupção crê que é a
Latina.”

4.1. Identifica a classe e a subclasse dos vocábulos destacados a negrito.


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4.2. Classifica as orações sublinhadas.


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4.3. Reescreve a frase b) utilizando uma locução conjuncional equivalente.
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5. Observa a locução verbal sublinhada neste verso:

“Rompendo os ramos vão da mata escura,” (est.35, v.3)


5.1. Identifica o tipo de conjugação aqui presente.
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5.2. Qual é o verbo principal e em que forma se encontra?


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5.3. Qual é o verbo auxiliar e em que tempo está conjugado?


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5.4. Indica o valor que este tipo de conjugação apresenta neste verso.
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6. “Estas causas moviam Citereia”.

6.1. Faz a análise sintáctica do verso.

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6.2. Assinala com um X a subclasse do verbo:

Copulativo; Transitivo directo;

Transitivo indirecto; Transitivo directo e indirecto.

6.3. Altera esta frase para a voz passiva.

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6.4. Substitui a palavra sublinhada por um pronome.

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Grupo III

Recorda aquilo que aprendeste sobre Os Lusíadas.

1. Cada uma das seguintes imagens ilustra um dos momentos de Os Lusíadas que
estudaste anteriormente. Identifica cada momento.

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2. Insere cada um desses momentos na estrutura interna da obra.
3. Completa as seguintes frases sobre aspectos relacionados com a estrutura interna
de Os Lusíadas, assinalando a opção correcta.
 Na Proposição, o poeta…
Pede inspiração a entidades divinas.
Anuncia o seu propósito.
Narra a história que decidiu contar.
 A Proposição…
Não era uma parte integrante das epopeias clássicas.
Era a única parte integrante das epopeias clássicas.
Era uma das partes integrantes das epopeias clássicas.
 Na Invocação geral, o poeta…
Pede inspiração às Tágides.
Conta o episódio da Tempestade.
Dedica o poema ao Rei de Portugal.
 Na Dedicatória, o poeta dedica o poema a…
D. Manuel.
D. Sebastião.
D. João I.
 A Dedicatória…
É uma parte obrigatória de qualquer epopeia.
Não faz parte da estrutura interna de Os Lusíadas.
É uma parte opcional, que Camões decidiu incluir no seu poema.
 Na Narração, o poeta conta…
Apenas a história da Viagem da descoberta do caminho marítimo para a
Índia, protagonizada por Vasco da Gama.
A história da Viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia,
protagonizada por Vasco da Gama, a actuação dos deuses do Olimpo
relativamente a tal viagem, bem como vários episódios da História de
Portugal, protagonizados por diversos heróis nacionais.
Histórias de deuses da Antiguidade Clássica, que são o tema central do
poema.
 Os diferentes planos a considerar em Os Lusíadas são…
Quatro: o plano da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia
(plano narrativo principal); o plano dos deuses (plano narrativo paralelo); o
plano da História de Portugal (plano narrativo encaixado); o plano das
intervenções do poeta.
Dois:o plano da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia
(plano narrativo principal); o plano dos deuses (plano narrativo paralelo).
Três: o plano da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia
(plano narrativo principal); o plano dos deuses (plano narrativo paralelo); o
plano das intervenções do poeta.
 Falamos em plano paralelo e em plano encaixado, porque…
Vasco da Gama conta várias histórias de deuses, à medida que a viagem
prossegue, e o poeta acrescenta episódios da História de Portugal a essas
histórias.
O poeta narra a actuação dos deuses do Olimpo em paralelo com o plano da
Viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia e coloca, por
exemplo, Vasco da Gama a contar ao Rei de Melinde, em dada altura dessa
viagem, episódios da História de Portugal, os quais surgem, portanto,
encaixados no plano principal.
Os deuses do Olimpo contam também, e em paralelo, a Viagem da descoberta
do caminho marítimo para a Índia, assim como encaixam nessa sua narrativa
os vários episódios da História de Portugal.
 A expressão “in medias res”, aplicável a Os Lusíadas, significa que…
A narração da Viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia
inicia-se no começo da acção, isto é, com a partida das naus na praia de
Belém.
A narração da Viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia
inicia-se quando a acção já vai a meio, isto é, no momento do encontro com o
Gigante Adamastor, que corresponde à dobragem do cabo da Boa Esperança.
A narração da Viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia
inicia-se quando a acção já vai a meio, isto é, quando a armada de Vasco da
Gama já navega o Oceano Índico, na zona do Canal de Moçambique.
 Os episódios do Gigante Adamastor e da Tempestade situam-se…
Respectivamente, antes e depois do início da narração, inserindo-se o
primeiro na narrativa de Vasco da Gama ao Rei de Melinde.
Depois do início da narração.
Respectivamente, antes e depois do início da narração, inserindo-se o segundo
na narrativa de Vasco da Gama ao Rei de Melinde.
4. Resolve as seguintes palavras cruzadas sobre aspectos da estrutura externa de Os
Lusíadas.

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