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Índice
Breve caracterização da sociedade de consumo........................................................................................ 3
Direitos fundamentais dos consumidores................................................................................................... 4
Papel das organizações de defesa dos consumidores...............................................................................5
O aparecimento dos movimentos de defesa dos consumidores...........................................................5
Importância do Marketing e da publicidade nas decisões dos consumidores.........................................6
Consequências ambientais e riscos sociais do consumo..........................................................................7
Orçamento familiar: consumismo e poupança............................................................................................ 8
Crédito ao consumo e endividamento das famílias....................................................................................9
Novas formas e tipos de consumo................................................................................................................. 10
Bibliografia.................................................................................................................................................... 12
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Uma sociedade de consumo é uma sociedade que pratica o consumismo, ou seja, que incentiva a
aquisição contínua de bens e serviços efémeros como forma de sustentar a produção e o
crescimento económico. O consumo exacerbado é algo "comum" na nossa sociedade
contemporânea e está ligado ao capitalismo e à política económica de mercado. Esse
consumismo é estimulado pelos meios atuais de comunicação de massas, e de homogeneização
de cultura, características marcantes da globalização.
Muitas vezes as pessoas consumistas são induzidas a consumir determinado produto sem
necessitar do mesmo apenas pela propaganda ou pela publicidade que há sobre o produto.
Hoje em dia, crianças, adolescentes e adultos são persuadidos a comprar muitas coisas sem
necessidade, por pura vontade de comprar, esquecendo-se de muitas das consequências que
esses atos impulsivos podem acarretar.
Deste modo, é necessário perceber que consumo e consumismo; consumidor e consumista são
conceitos distintos.
• Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a
estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir,
permitindo-lhes escoar a produção.
• A maioria dos produtos e serviços está normalizada, os seus métodos de fabrico baseiam-se na
produção em série e na substituição permanente desses produtos por outros de modelos mais I
avançados de modo a permitir o escoamento permanente dos produtos e serviços.
• Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado,
irresponsável e muitas vezes irracional).
Sociedade de consumo - designa o tipo de sociedade que se caracteriza pelo consumo maciço
de bens e serviços disponíveis, graças à elevada produção dos mesmos.
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Consumidor - é todo aquele que adquire produtos (alimentos, livros, roupas, etc.) ou a quem
sejam prestados serviços (viagens, consultas, etc.). (Instrumento de apoio nº1)
Os consumidores têm:
Tem de haver uma formação permanente, nos livros escolares, na rádio, na TV, no incentivo às
publicações de defesa do consumidor, bem como uma informação completa e transparente sobre
os bens e produtos capaz de possibilitar uma decisão, consciente e responsável.
Aponta para a especial tutela da saúde do consumidor, regulando os alimentos quanto à sua
produção e venda, os fármacos, os cosméticos, obrigando à proibição ou à obrigação de
advertência específica, como se verifica nas bebidas alcoólicas, no tabaco ou até na composição
química, relativamente a corantes e conservantes.
Tem a ver essencialmente com a segurança física, que pode passar pela proibição de certos
produtos e pela obrigatoriedade de certas normas de fabrico: características de segurança, etc.
ex.: imposição de obrigações no fabrico dos carros (cinto de segurança).
No âmbito de uma relação jurídica de consumo, tanto o comprador (consumidor) como o vendedor
estão em pé de igualdade. Nem sempre é exigido legalmente um contrato escrito numa relação de
compra e venda, pois ao comprar umas calças, por exemplo, está a celebrar uma relação
contratual, mas a lei não exige que faça um contrato escrito, no entanto, em muitas situações esse
simples papel pode fazer muita diferença.
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• audição na decisão das questões que interessem aos consumidores. A Constituição integra-as
no vasto leque de organizações sociais da mais variada natureza e feição;
Outro mecanismo de defesa dos consumidores são os provedores ou ouvidores dos clientes ou
dos utentes e no caso da administração pública o provedor de Justiça (art.° 23.º da CRP)
Uma referência ainda para a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), entidade
administrativa dotada de amplos poderes de na fiscalização que desenvolve a sua atuação em
diversas áreas de intervenção, nomeadamente saúde pública e segurança alimentar; propriedade
industrial, práticas comerciais e ambiente e segurança.
O aumento do consumo por parte das populações contribuiu para uma significativa melhoria das
suas condições d vida, mas, simultaneamente, os novos sistemas produtivos e as consequentes
modificações do mercado afastaram os consumidores.
Na maior parte das vezes, o consumidor desconhece a origem, a composição e as muitas funções
dos inúmeros produtos que tem à sua disposição. Os produtos são apresentados por diversas
marcas com diferentes preços e chegam de todas as partes do Mundo, a qualquer lugar, usando
os mais sofisticados e rápidos meios de transporte. Para a venda destes produtos recorre-se a
mensagens comerciais (publicidade) com o objetivo principal de suscitar o interesse do
consumidor e aumentar a procura, influenciando de forma determinante a decisão de compra dos
consumidores. Por vezes, a publicidade pode influenciar de tal modo o consumidor que este pode
até prejudicar a sua saúde para se integrar dentro de determinado modelo (a indústria de bebidas
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alcoólicas e a indústria da moda apelam de tal forma ao consumo que levam o consumidor a
prejudicar a sua vida).
DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - informa e presta apoio jurídico
aos seus associados.
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contra os princípios constitucionais jurídicos fundamentais (não deve lesar a honra e dignidade
humanas, discriminações de raça, religião).
Os direitos dos consumidores tornam-se mais no âmbito dos serviços públicos essenciais (água,
luz, gás, telefone), pois os utentes têm direitos de participação através de organizações
representativas.
Nos nossos dias, a publicidade é um dos fatores que mais influenciam o consumo. Através de
mecanismos de ordem psicológica, a publicidade não só condiciona o consumo das populações,
como cria novas necessidades e leva a novos consumos.
Verifica-se assim que, para além dos fatores de natureza estritamente económica - como
rendimento disponível e o preço dos bens -, vários fatores de natureza cultural, social e
psicológica podem influenciar as decisões dos consumidores. (instrumento de apoio nº4)
Mas, para se produzir mais e com mais lucro, a economia capitalista foi estruturada com base no
lucro que a exploração irracional da Natureza lhe proporciona. A sociedade industrial moderna, ao
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Estes graves problemas só podem ser solucionados com a aplicação de novas formas de
equilíbrio ecológico:
As famílias surgem como um dos principais agentes, visto que essa função - consumir - é inerente
a todos nós.
Hoje em dia, é necessário poupar para poder consumir, uma vez que gastos excessivos podem
trazer alguns problemas financeiros.
Cada indivíduo ou família decide, em cada momento, como dividir o seu rendimento disponível
entre consumo e poupança. Designamos por consumo a despesa em bens e serviços com vista à
satisfação de necessidades e desejos. Podem ser necessidades básicas, como alimentação,
vestuário e habitação; ou desejos associados ao consumo de bens de luxo, como férias num país
exótico. A poupança é a diferença entre o rendimento disponível e a despesa em bens de
consumo, sendo igual à variação da riqueza do indivíduo ou da família. A decisão entre consumo
e poupança é, em última análise, uma decisão entre consumo no presente e consumo no futuro.
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Existem por isso algumas medidas de poupança que devem ser tidas em conta:
• Quando se vai ao supermercado deve levar-se dinheiro certo, assim não há a tentação de trazer
bens desnecessários.
• Não ir para o supermercado com a barriga vazia, pois a tentação de trazer bolachas, chocolates
e outras doçarias é bastante maior.
Antes de recorrer ao crédito uma pessoa, ou família, responsável, deve refletir nos seguintes
aspetos:
Entende-se por endividamento o saldo devedor de um agregado familiar. Pode resultar apenas de
uma divida ou de mais que uma em simultâneo, utilizando-se, neste caso, a expressão
multiendividamento.
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Para além das fortes implicações económicas em termos pessoais e familiares, e dos graves
problemas psicológicos e sociais que lhe estão associados, não nos podemos esquecer dos
efeitos do sobreendividamento sobre o sector da economia.
O aumento do endividamento tem sido constante ao longo dos últimos anos, tendo subido de
106% do rendimento disponível em 2003 para os atuais 138%. O valor da dívida total dos
particulares é já praticamente o mesmo do Produto Interno Bruto de Portugal, quando em 2003
equivalia a 75% da riqueza produzida pelo país.
Uma das causas para estes dados são o espírito consumista que cada vez mais caracteriza a
sociedade portuguesa, falta de hábitos de poupança e o aumento significativo da oferta de crédito
por parte de instituições financeiras.
Hoje em dia existe uma evidência fantástica do consumo e da abundância. O Homem encontra-se
rodeado de objetos consumíveis.
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Embora possamos definir o consumo como o ato de utilizar um bem ou serviço para satisfazer
uma necessidade, verificamos que existem diversos tipos de consumo.
Consumo intermédio: quando o bem é utilizado para produzir outros bens, quer desaparecendo
do ciclo produtivo (energia), quer sendo incorporado noutros bens (matérias--primas).
Consumo individual: quando o uso de um bem ou serviço por uma pessoa exclui o seu uso por
outras pessoas simultaneamente. É o caso da roupa ou dos alimentos.
Consumo coletivo: quando o uso de um bem (ou serviço) por uma pessoa não exclui a sua
utilização por outras. A utilização das estradas, dos serviços de televisão, da polícia ou da justiça
são exemplos de consumos coletivos. O consumo coletivo é proporcionado pelas administrações
públicas e privadas.
Bibliografia
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Ribeiro, Ana Catarina, Lopes, Ana Rita, Cidadania e Mundo Atual, CEF Cursos de Educação e
Formação, Porto Editora,2009
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