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Por que razão D.

procedeu de modo tão drástico ,ao ter começado por rejeitar todas as
crenças que acumulou desde infância.???

Descartes justifica o uso da dúvida utilizando vários argumentos como os preconceitos que
possuímos, os sentidos que nos enganam, entre outros. Pondo, então, em dúvida todos os
conhecimentos adquiridos até ao momento. Apesar disto , as verdades evidentes como as
verdades matemáticas , mesmo estando impostas pela 1 regra do método, pois são claras e
distintas. Descartes torna a dúvida hiperbólica , pois exagera ,ao por a hipótese da existência
de um génio maligno ou Deus enganador , que tinha o poder de manipular até essas verdades
evidentes ,ou seja, faz nos acreditar que até mesmo as ideias claras e evidentes podem ser
falsas. Sendo necessário , portanto , a descoberta de uma verdade indubitável , que resista a
esta dúvida metódica e à hipótese do génio maligno.

2 pergunta

Um argumento cético que pode justificar essas tais suposições , a que Descartes se refere de
“extravagantes “, é o argumento da regressão infinita , que consiste no facto de as nossas
crenças se justificarem com bases noutras crenças , o que faz com caímos numa cadeia de
justificações o que nos leva a ou voltarmos a um ponto anterior da cadeia ,ou a regredirmos
infinitamente , ou então a pararmos arbitrariamente numa crença injustiçada , logo as nossas
crenças não estão justificadas. Por isso é preciso uma verdade primeira , que é exatamente o
que Descartes descobre.

3 pergunta

O Cogito é importante no fundacionalismo cartesiano , pois Descartes ao duvidar de tudo o


que conhecíamos até agora , chega a conclusão que ao duvidar está intuitivamente a pensar, e
quando pensa não é nada ,assim ele pensa ,logo existe ( Cogito ,ergo sum ) , esta certeza
resiste ao génio maligno e à dúvida , ou seja, é indubitável, o que a torna a primeira verdade
autoevidente é o alicerce do conhecimento ,isto é, uma verdade fundacional, porque é através
desta que se fundamenta outras verdades posteriores. Resumindo é um objeto de intuição
existencial e não de dedução , é o tal ponto de partida para construir o sistema de
conhecimentos . Para além disso o sujeito é uma realidade pensante pois toma consciência da
sua existência, tem uma natureza que consiste em pensar .

4 pergunta

Descartes não tentou demonstrar a existência de Deus a partir da experiência como os outros
filósofos , pois ele é racionalista. Isto é, chega aos seus argumentos ao pensar racionalmente
em vez de empiricamente , o que explica a rejeição da hipótese do conhecimento através da
experiência, pois duvida dos sentidos e dos sábios que se enganaram nas suas demonstrações
também. Faz isto , porque defende que se enganam uma vez podem enganar muitas mais
vezes ,mesmo que tenha sido numa circunstância diferente . Logo esse conhecimento que
provém da experiência não é válido.

5 pergunta

Sim, segundo Descartes podemos saber que muitas das nossas crenças empíricas são
verdadeiras , quando ele diz “Quando se me deparam coisas que noto distintamente de onde
provêm ,onde se dão e quando chegam até mim ,e conecto a sua perceção ,sem nenhuma
interrupção , (…)Também não devo duvidar , de modo nenhum ,da sua verdade se , depois de
ter apelado para todos os sentidos , memória e entendimento para os examinar (…). Assim ao
afastar o génio maligno , conseguimos voltar a ter a crença nas verdades evidentes , pois ao
Deus existir e sabemos que este não é maligno , sabemos logo que este nunca nos enganaria
sobres essas verdades e perceções tão claras e distintas , que temos com os nossos sentidos e
preconceitos . Com isto temos outra vez a escolha ou hipótese de que muitas das nossas
crenças empíricas são reais ou melhor verdadeiras.

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