CONTEÚDOS
• PARTE IV : CALDEIRAS
• PARTE VI : DESTILAÇÃO
PARTE I
INTRODUÇÃO
CONCEITOS GERAIS
PARTE I - INTRODUÇÃO
_ Biotecnologia (fermentação) e
Separação de Fluidos :
Realizada por :
- Centrifugação
- Filtração
- Destilação
- Absorção – soluções líquido-gás
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• Conversão de Unidades
1 ft =12 in
1 in =2,54 cm
1 m =3,28 ft
1 m =100 cm = 1.000 mm
1 milha =1,61 km
1 milha =5.280 ft
1 km =1.000 m
1 ft3 = 28,32 L
1 ft3 = 7,481 gal
1 gal = 3,785 L
1 bbl = 42 gal
1 m3 = 35,31 ft3
1 bbl = 0,159 1 m3
1 kg = 2,2 lb
1 lb = 454 g
1 kg = 1.000 g
1 t = 1.000 kg
1 HP = 1,014 CV
1 HP = 42,44 BTU/min
1KW = 1,341 HP
1 HP = 550 ft.lbf/s
1KW = 1 KJ/s
1 KWh = 3.600 J
1KW = 1.248 KVA
Igual
Massa que entra → PROCESSO → Massa que sai
Igual
Energia que entra → PROCESSO → Energia que sai
PARTE II
• NOÇÕES DE HIDROSTÁTICA
Hidrostática é o ramo da Física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em
repouso. Este nome faz referência ao primeiro fluido estudado, a água, é por isso que, por
razões históricas, mantém-se esse nome. Fluido é uma substância que pode escoar
facilmente, não tem forma própria e tem a capacidade de mudar de forma ao ser submetido
à ação e pequenas forças. Lembrando que a palavra fluido pode designar tanto líquidos
como gases.
. ELEMENTOS DE HIDROSTÁTICA
Importante
# Pressão
Pressão é uma grandeza física obtida pelo quociente entre a intensidade da força (F)
e a área (S) em que a força se distribui.
No caso mais simples a força (F) é perpendicular à superfície (S) e a equação fica
simplificada :
. Teorema de Stevin
. Princípio de Pascal
Prensa hidráulica :
Empuxo é uma força vertical, orientada de baixo para cima, cuja intensidade é igual
ao peso do volume de fluido deslocado por um corpo total ou parcialmente imerso.
. Na Esfera A : E = P
A esfera A está em repouso, flutuando na superfície do líquido. Isto acontece quando a
densidade do corpo é menor que a densidade absoluta do líquido e, neste caso, o empuxo
recebido pelo corpo é igual ao seu peso.
. Na Esfera B : E = P
A esfera B está em repouso e totalmente imersa no líquido. Isto acontece quando a
densidade do corpo é igual à densidade absoluta do líquido e, neste caso, o empuxo
recebido pelo corpo é igual ao seu peso.
Na Esfera : E + N = P
A esfera C está em repouso, apoiada pelo fundo do recipiente. Isto acontece quando a
densidade do corpo é maior que a densidade absoluta do líquido e, neste caso, o empuxo é
menor que o peso do corpo.
. Peso aparente
É a diferença entre o peso do corpo e o empuxo que ele sofreria quando imerso no fluido.
Como podemos observar na figura acima, o recipiente está cheio com apenas um líquido em
equilíbrio, portanto podemos concluir que:
1- A superfície que estiver sem líquido, será horizontal e irá atingir a mesma altura de h.
2-Quando os pontos do líquido estiverem na mesma altura z, a pressão do mesmo será
igual.
Portanto:
Com isso pode-se concluir que esses fatos são denominados princípio dos vasos
comunicantes.
Um outro exemplo, porém agora com dois líquidos homogêneos, representados por A e B e
que não podem se misturar ( imiscíveis ) :
Portanto:
Com isso pode- se concluir que as duas alturas líquidas da figura acima, que são
medidas partindo de uma superfície de separação, são inversamente proporcionais ás
próprias densidades.
• NOÇÕES DE HIDRODINÂMICA
. ELEMENTOS DE HIDRODINÃMICA
# Viscosidade
É a propriedade dos fluidos que está associada à maior ou menor resistência que
eles oferecem ao seu próprio escoamento.
Esta resistência se explica pelo atrito interno que ocorre entre as moléculas que
compõe o fluido, movimentando-se umas contras as outras, e por atrito dessas moléculas
com as paredes do recipiente que as contém.
Os fluidos com alta viscosidade como o melado ou mel, fluem mais lentamente que
aqueles com baixa viscosidade como a água. Todos os fluidos, líquidos e gases, têm certo
grau de viscosidade. Alguns materiais, como o piche, que parecem sólidos, são na realidade
altamente viscosos e fluem muito lentamente. O grau de viscosidade é importante em muitas
aplicações. Por exemplo, a viscosidade do óleo do motor determina o quanto ele pode
efetivamente lubrificar as partes de um motor de automóvel.
← τ F1 → escoamento →
F
τ : força ou tensão de cisalhamento ; τ=
A
F dV F dV
α => =κ .
A dx A dx
Ou
. TIPOS DE VISCOSIDADE
Viscosidade Dinâmica (κ )
Já os fluidos que não obedecem a Lei de Newton para a Viscosidade, são chamados de
“FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS” . São fluidos que apresentam viscosidade variável.
Viscosidade Cinemática ( η )
η=
• Unidades de Viscosidade
Viscosidade Dinâmica
A unidade no Sistema CGS de unidades para a viscosidade dinâmica é o poise (p), cujo
nome homenageia a Jean Louis Marie Poiseuille. Sói ser mais usado o seu submúltiplo: o
centipoise (cp). O centipoise é mais usado devido a que a água tem uma viscosidade de
1,0020 cp a 20 °C
1 poise = 100 centipoise = 1 g/(cm·s) = 0,1 Pa·s.
1 centipoise = 1 mPa·s.
Viscosidade cinemática
Ar (0oC) 0,000171
Ar (20oC) 0,000181
o
Ar (100 C) 0,000218
o
Água (100 C) 0,000132
o
CO2 (15 C) 0,000145
. Imagens de Viscosímetros
Inicialmente, vamos considerar apenas o que é chamado fluido ideal, isto é, um fluido
incompressível e que não tem força interna de atrito ou viscosidade. A hipótese de
incompressibilidade é válida com boa aproximaçãoquando se trata de líquidos; porém, para
os gases, só é válida quando o escoamento é tal que as diferenças de pressão não são
muito grandes.
O caminho percorrido por um elemento de um fluido em movimento é chamado linha
de escoamento.Em geral, a velocidade do elemento varia em módulo e direção, ao longo de
sua linha de escoamento. Se cada elemento que passa por um ponto tiver a mesma linha de
escoamento dos precedentes, o escoamento é denominado estável ou estacionário.
Linha de corrente é definida como uma curva tangente, em qualquer ponto, que está
na direção do vetor velocidade do fluido naquele ponto. No fluxo estacionário, as linhas de
corrente coincidem com as de escoamento.
. Tipos de Escoamento
# Vazão
Vazão é a quantidade em volume de fluido que atravessa uma dada seção do escoamento
por unidade de tempo.
Nota: A determinação da vazão pode ser direta ou indireta; considera-se forma direta
sempre que para a sua determinação recorremos a equação 3.1 e forma indireta quando
recorremos a algum aparelho, como por exemplo Venturi, onde:
Vazão em massa é a quantidade em massa do fluido que atravessa uma dada seção do
escoamento por unidade de tempo.
Vazão em peso é a quantidade de peso do fluido que atravessa uma dada seção do
escoamento por unidade de tempo.
. Relação entre Vazão em Peso (QG), Vazão em Massa (Qm) e Vazão em Volume (Q)
Para obtenção desta relação, evocamos os conceitos de peso específico (γ = G/V) e massa
específica (ρ = m/v), através dos mesmos, obtemos a relação deseja.
. Unidades de QG, Qm e Q
Para que possamos evocar as suas principais unidades, introduzimos inicialmente as suas
equações dimensionais.
. Cálculos da vazão
São ainda muito usadas as unidades litro por segundo e metro cúbico por hora (m3/h).
Se tivermos num condutor um fluido em escoamento uniforme, isto é, o fluido escoando com
velocidade constante, a vazão poderá ser calculada multiplicando-se a velocidade (v) do
fluido, em dada seção do condutor, pela área (A) da seção considerada, ou seja:
Q = A .v
V = A .v.t
V
Como Q = , tem-se : Q = A . v
t
. Exemplos práticos
. Resolução :
V = 60 cm3/s A = 20 cm2
Q = A.v
Q = 20 x 60
Q = 1.200 cm3/s
Suponha que, no exemplo, o reservatório tenha 1.200.000 cm3 de capacidade. Qual o tempo
necessário para enchê-lo?
. Resolução :
Esta relação mostra que onde a área da secção do condutor for maior, a velocidade de
scoamento da massa fluida é menor e vice-versa.
. Exemplos práticos
. Resolução :
O problema fornece vazão do líquido no interior do duto em sua parte mais larga.
Sabe-se que:
Q1 = Q2
Q1 = A2 v2
Logo, v2 = Q1/A2
Deve-se estar atentos para as unidades.
Trabalhemos no sistema CGS.
Q1 = 90 l/ min = 90 dm3/60s = 90.000 cm3/60s
Q1 = 1.500 cm3/s v2 = Q1/A2
V2 = 1.500/100
V2 = 15 cm/s
v1 = 5 ,0 cm/s v2 = ?
40x5 200
=> v2 = => v2 = = 1,3 cm / s
150 150
Número de Reynolds ( NR )
Quando a velocidade de um fluido que escoa em um tubo excede certo valor crítico, o
regime de escoamento passa de lamelar para turbulento, exceto em uma camada
extremamente fina junto à parede do tubo, chamada camada limite, onde o escoamento
permanece laminar.
Além da camada limite, onde o escoamento é turbulento, o movimento do fluido é altamente
irregular, caracterizado por vórtices locais e um grande aumento na resistência ao
escoamento.
O regime de escoamento, se lamelar ou turbulento, é determinado pela seguinte quantidade
adimensional, chamada Número de Reynolds :
NR = r D v / κ
Esta velocidade média é definida como a velocidade uniforme em toda a seção reta do tubo
que produz a mesma vazão.
Com a Lei de Stokes viu-se que a força resistiva sobre uma esfera que se move em um
fluido viscoso com uma velocidade não muito grande é proporcional ao módulo desta
velocidade.
Por outro lado, a força resistiva sobre qualquer objeto sólido que se move em um fluido
viscoso com velocidades maiores é aproximadamente proporcional ao módulo da velocidade
ao quadrado.
Reynolds, estudando a causa destas duas diferentes leis de atrito nos fluidos, descobriu que
a mudança da lei de primeira potência para a de segunda potência não era gradual, mas
sim, brusca, e ocorria, para qualquer fluido dado e qualquer aparato de medida, sempre na
mesma velocidade crítica.
Reynolds mostrou experimentalmente que esta mudança acontecia simultaneamente com a
mudança no regime do escoamento do fluido no aparato de medida, de laminar para
turbulento.
O experimento consistia em introduzir um fio de líquido colorido no centro de um tubo
através do qual o mesmo líquido, sem corante, escoava com uma velocidade controlada.
# Perda de Carga
. Conceito
Em resumo :
A Perda de Carga pode ser definida como sendo a perda de energia que o fluido sofre
durante o escoamento em uma tubulação. É o atrito entre o fluido (no nosso caso a água) e
a tubulação, quando o fluido está em movimento.
É a resistência ao escoamento devido ao atrito entre o fluido e a tubulação, mas que pode
ser maior ou menor devido a outros fatores tais como o tipo de fluido (viscosidade do fluido),
ao tipo de material do tubo (um tubo com paredes rugosas causa maior turbulência), o
diâmetro do tubo e a quantidade de conexões, registros, etc existentes no trecho analisado.
III. Velocidade ( v )
Quanto maior a velocidade do fluido, maior a perda de carga.
a. Rugosidade
Prof. Ms. Vonivaldo Gonçalves Leão 35
A rugosidade depende do material do tubo. Existem tabelas onde encontramos esses
valores em função da natureza do material do tubo.
b. Tempo de uso
O tempo de uso, ou seja, a idade do tubo também é uma variável a ser considerada, devido
principalmente ao tipo de material que for utilizado (ferro fundido, aço galvanizado, aço
soldado com revestimento, etc.). O envelhecimento de um tubo provoca incrustações ou
corrosões que poderão alterar desde o fator de rugosidade ou até o diâmetro interno do
tubo.
c. Viscosidade do fluido
Esse método consiste em aplicar uma fórmula empírica criada para água em uma tubulação
feita com determinado material. Dentre as várias fórmulas criadas com esse método, muitas
vezes se adota a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao (FWH), pois é a que melhor se adapta a
muitos projetos, como os para tubulações em PVC de até 100 mm de diâmetro.
I. Normais
O método que será utilizado para calcular as perdas de carga localizadas é o método dos
comprimentos equivalentes ou virtuais. Em uma tabela já existem todas as conexões e
válvulas nos mais diversos diâmetros e a comparação com a perda de carga normal em uma
tubulação de mesmos diâmetros.
Por exemplo: A perda de carga existente em um registro de gaveta aberto de 20 mm
equivale a perda de carga existente em um tubo de PVC de 20 mm (mesmo diâmetro) com
0,20 m de comprimento:
onde:
V = velocidade do fluido na seção considerada.
g = aceleração gravitacional
z = altura na direção da gravidade desde uma cota de referência.
P = pressão ao longo da linha de corrente.
ρ = densidade do fluido.
Viscosidade (atrito interno) = 0 , ou seja, se considera que a linha de corrente sobre a qual
Caudal constante
Fluxo incompressível, onde ρ é constante.
Resolução:
A pressão absoluta é a soma dessa pressão com a pressão atmosférica (101325 Pascals).
2 ) Qual a vazão de água (em litros por segundo) circulando através de um tubo de 32 mm
de diâmetro, considerando a velocidade da água como sendo 4 m/s? Lembre-se que 1 m3 =
1000 litros
Resolução :
Solução: Vazão = V . A
Logo: V = Vazão / A
Resolução:
Utilizando a equação de Bernoulli simplificada e considerando z1 = 2 m e g = 9,81 m/s2,
podemos calcular a velocidade da água pela equação a seguir:
Resolução:
Com o número de Reynolds e o Diagrama de Moody, obtemos para o tubo liso que o fator
de atrito f = 0,02.
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
PARTE III
BOMBAS HIDRÁULICAS
1. MÁQUINAS
Entre os diversos tipos de máquinas, as máquinas fluidas são aquelas que promovem um
intercâm-
bio entre a energia do fluido e a energia mecânica.
Dessa forma, por exemplo, as bombas hidráulicas são máquinas motrizes que sugam ou
empurram um fluido, obrigando-o a água a subir. Há muitos tipos de bombas.
2. BOMBAS HIDRÁULICAS
Uma bomba hidráulica é um dispositivo que adiciona energia aos líquidos, tomando
energia mecânica de um eixo, de uma haste ou de um outro fluido: ar comprimido e vapor
são os mais usuais. As formas de transmissão de energia podem ser: aumento de pressão,
aumento de velocidade ou aumento de elevação – ou qualquer combinação destas formas
de energia. Como consequência, facilita-se o movimento do líquido. É geralmente aceito que
o líquido possa ser uma mistura de líquidos e sólidos, nas quais a fase líquida prepondera.
Outras máquinas destinadas a adicionar energia aos fluidos na forma de vapor e gases só
são chamadas de bombas apenas eventualmente. Como exemplos, há a bomba de vácuo,
destinada a esgotar ar e gases, e a bomba manual de ar, destinada a encher pneumáticos,
bolas de futebol, brinquedos e botes infláveis, etc. As máquinas que se destinam a
manusear ar, gases ou vapores são normalmente chamadas pelos técnicos de ventiladores
ou ventoinhas, sopradores ou compressores.
• CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS BOMBAS
. Resumindo :
Bombas Hidráulicas são máquinas motrizes que recebem energia potencial de um motor ou
de uma turbina, e transforma parte desse energia em potência :
As bombas cedem estas duas formas de energia ao fluido bombeado, para fazê-lo recircular
ou transportá-lo de um ponto a outro.
. Bombas de Pistão
Funcionam através da ação de umm pistão sob uma porção de fluido presa em uma câmara.
Quando o pistão se move, o fluido é impulsiondado para fora. Desse modo, a energia do
pistão é transferida para o fluido.
. Bombas de Diafragma
BOMBAS CENTRÍFUGAS
Bombas Centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a
força centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça
estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante.
Portanto, funcionam através do movimento rotativo de engrenagens ( lóbulos, plahetas ou
fusos ) , que retém o fluido no espaço formado entre a carcaça e as engrenagens.
. Descrição
A carcaça pode ser do tipo voluta ou do tipo difusor. A de voluta é a mais comum podendo
ser simples ou dupla (Figura abaixo). Como as áreas na voluta não são simetricamente
distribuídas em torno do rotor, ocorre uma distribuição desigual de pressões ao longo da
mesma. Isto dá origem a uma reação perpendicular ao eixo que pode ser insignificante
quando a bomba trabalhar no ponto de melhor rendimento, mas que se acentua a medida
que a máquina sofra redução de vazões, baixando seu rendimento. Como conseqüência
deste fenômeno temos para pequenas vazões, eixos de maior diâmetro no rotor. Outra
providência para minimizar este empuxo radial é a construção de bombas com voluta dupla,
que consiste em se colocar uma divisória dentro da própria voluta, dividindo-a em dois
condutos a partir do início da segunda metade desta, ou seja, a 180o do início da "voluta
externa", de modo a tentar equilibrar estas reações duas a duas, ou minimizar seus efeitos.
Para vazões médias e grandes alguns fabricantes optam por bombas de entrada bilateral
para equilíbrio do empuxo axial e dupla voluta para minimizar o desequilíbrio do empuxo
radial. A carcaça tipo difusor não apresenta força radial, mas seu emprego é limitado a
bombas verticais tipo turbina, bombas submersas ou horizontais de múltiplos estágios e
axiais de grandes vazões. A carcaça tipo difusor limita o corte do rotor de modo que sua
faixa operacional com bom rendimento, torna-se reduzida.
Rotor: órgão móvel que fornece energia ao fluido. É responsável pela formação de uma
depressão
no seu centro para aspirar o fluido e de uma sobrepressão na periferia para recalcá-lo.
Difusor: canal de seção crescente que recebe o fluido vindo do rotor e o encaminha à
tubulação de
recalque. Possui seção crescente no sentido do escoamento com a finalidade de
transformar a energia cinética em energia de pressão ; são aletas estacionárias que
oferecem ao fluido um canal de área crescente desde o rotor até a carcaça.
Voluta : o rotor descarrega fluido num canal de área de seção reta contínua e crescente.
Aumentando a área, a velocidade diminui, reduzindo assim a formação de turbilhões.
em caracol ( difusor )
a) Bombas radiais ou centrífugas: o fluido entra no rotor na direção axial e sai na direção
radial. Caracterizam-se pelo recalque de pequenas vazões em grandes alturas. A força
predominante é a centrífuga. Pelo fato das bombas centrífugas serem as mais utilizadas,
será abordado, neste material, todo o seu princípio de funcionamento e critérios de seleção.
b) Bombas de dupla sucção: a entrada do líquido se faz por duas bocas de sucção,
paralelamente ao eixo de rotação. Esta configuração equivale a dois rotores simples
montados em paralelo. O rotor de dupla sucção apresenta a vantagem de proporcionar o
equilíbrio dos empuxos axiais, o que acarreta uma melhoria no rendimento da bomba,
eliminando a necessidade de rolamento de grandes dimensões para suporte axial sobre o
eixo.
b) Bombas de múltiplo estágio: a bomba possui dois ou mais rotores dentro da carcaça. É o
resultado da associação de rotores em série dentro da carcaça.
Essa associação permite a elevação do líquido a grandes alturas (> 100 m), sendo o rotor
radial o indicado para esta associação.
b) Bomba de sucção negativa ou afogada: o eixo da bomba situa-se abaixo do nível d’água
do reservatório de sucção .
- São utilizados para fluidos viscosos quaisquer, desde que não contenham sólidos em
suspensão.
A folga entre a carcaça e a ponta da engrenagem ( lóbulos, palhetas ou fusos ) é mínimo,
sendo proibitiva a presença de sólidos em suspensão e utilizando o próprio fluido como
lubrificante.
GAXETAS :
São componentes utilizados para a vedação das bombas centrífugas . São montadas em
torno do eixo da bomba e apertadas por um outro componente chamado “preme-gaxetas”.
Não podem ser totalmente apertadas, devendo permitir um vazamento em média de 40 a 60
gotas por minuto para a lubrificação e refrigeração.
São sistemas de selagem utilizados quando não se pode deixar o fluido bombeado vazar.
Permitem vazamento 100 vezes menores que as gaxetas.
FILTROS DE SUCÇAO
São instalados na sucção das bombas para protegê-las da presença de sólidos estranhos,
que poderiam danificá-las internamente.
Com a continuidade operacional os filtros permanentes tendem a limitar o fluxo para a
bomba, podendo provocar danos mecânicos nas mesmas. Para facilitar a limpeza, a maior
parte dos fabricantes prevê um dreno no ponto mais baixo.
São válvulas que controlam a pressão na tubulação automaticamente pela ação da força de
uma mola. Podem ser para pressões positivas ou para vácuo.
PARTIDA :
. Antes da partida :
. Após a partida :
* Observações :
Se uma bomba operar continuamente com vazões abaixo dos valores mínimos
recomendados, haverá danos mecânicos na bomba produzido pela elevação da
temperarutura até a vaporização do fluido.
ESCORVA :
As bombas centrífugas não são capazes, normalmente, de aspirar o fluido quando esse se
encontra abaixo da sua linha. Nesse caso é necessário encher a bomba manualmente antes
da partida. Esse procedimento chama-se escorva.
Para que a escorva seja realizada é preciso que exista uma válvula de retenção no início da
tubulação.
Se a escorva for aquecida, a bomba não parte.
Gráfico da fervura da água, do etér etílico e do álcool etílico, variando com a pressão
PRESSÃO DE VAPOR é a pressão na qual um líquido ferve. Todo líquido tem a sua
pressão de vapor que varia com a temperatura.
Prof. Ms. Vonivaldo Gonçalves Leão 63
. Conclusões :
* O FENÔMENO DA CAVITAÇÃO
. Descrição do fenômeno
Como qualquer outro líquido, a água também tem a propriedade de vaporizar-se em
determinadas condições de temperatura e pressão. E assim sendo temos, por exemplo,
entra em ebulição sob a pressão atmosférica local a uma determinada temperatura, por
exemplo, a nível do mar (pressão atmosférica normal) a ebulição acontece a 100oC. A
medida que a pressão diminui a temperatura de ebulição também se reduz. Por exemplo,
quanto maior a altitude do local menor será a temperatura de ebulição. Em consequência
desta propriedade pode ocorrer o fenômeno da cavitação nos escoamentos hidráulicos.
Causas da cavitação
- Queda de rendimento
- Marcha irregular
- Vibração provocada pelo desbalanceamento
- Ruído provocado pela implosão das bolhas
São as iniciais do termo em inglês NET POSITIVE SUCTION HEAD, cuja tradução para o
Português, seria o equivalente a “Balanço no Topo da Sucção Positiva” ou “Altura Livre
Positiva de Sucção “.
→ NPSH (Net Positive Sucction Head) : pressão residual com que o fluido chega na
entrada da bomba que vai fazer com que a pressão do fluido no interior da bomba não atinja
a pressão de vapor do fluido.
→ NPSH requerido : pressão requerida pela bomba para que a mesma funcione.
→ NPSH disponível : pressão com que o fluido chega até a entrada da bomba (energia que
o tipo de instalação fornece ao fluido).
. Obs.: para que a bomba funcione sem cavitação é necessário que o NPSH disponível seja
10% maior que o NPSH requerido.
Altura manométrica total é a energia por unidade de peso que o sistema solicita para
transportar o fluido do reservatório de sucção para o reservatório de descarga, com uma
determinada vazão. Essa energia será fornecida por uma bomba, que será o parâmetro
fundamental para o selecionamento da mesma.É importante notar que em um sistema de
bombeamento, a condição requerida é a vazão, enquanto que a altura manométrica total é
uma consequência da instalação.
A função de uma bomba é transferir energia para o fluido, logo sua operação sempre implica
em consumo de energia.
• TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
. Em Série
. Em Paralelo
Bombas em série :
Bombas em paralelo :
Em resumo :
Teoricamente temos que bombas em série somam alturas e bombas em paralelo somam
vazões. Na prática, nos sistemas de recalque, isto dependerá do comportamento da curva
característica da bomba e da curva do encanamento, como estudaremos adiante.
PARTE IV
CALDEIRAS
PARTE IV – CALDEIRAS
1. INTRODUÇÃO
2. CALDEIRAS
2.1. Descrição
As caldeiras ou geradores de vapor, são equipamentos destinados a transformar água em
vapor.
A energia necessária à operação, isto é, o fornecimento de calor sensível à água até
alcançar a temperatura de ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água e mais o
calor de superaquecimento para transformá-la em vapor superaquecido, é dada pela queima
de um combustível.
2.2. Classificação
No primeiro caso, os gases quentes passam por dentro de tubos, ao redor dos quais está a
água a ser aquecida e evaporada. Os tubos são montados à maneira dos feixes de
permutadores de calor, com um ou mais passos dos gases quentes através do mesmo. Na
figura 01, podemos ver em corte uma caldeira deste tipo. As caldeiras flamotubulares são
empregadas apenas para pequenas capacidades e quando se quer apenas vapor saturado
de baixa pressão.
Figura 1. Caldeira flamotubular de traseira molhada, com dois passes, para óleo e gás.
O outro tipo, que é o mais empregado, como o próprio nome indica, tem circulação de água
por dentro dos tubos e os gases quentes envolvendo-os. São usados para instalações de
maior porte e na obtenção de vapor superaquecido.
Sendo este tipo o mais importante, veremos com mais detalhes seus componentes.
2.2.2.1. Componentes
Além de acumular o vapor, o tubulão recebe também a água de alimentação, que vem do
economizador. O espaço acima do nível d’água no tubulão, chama-se espaço de vapor.
Para evitar o arraste de gotículas de líquido junto ao vapor no espaço de vapor existem
chicanas com a finalidade de separar o líquido arrastado.
O vapor saturado separado no tubulão passa a outro conjunto de serpentinas, o
superaquecedor, onde é obtido o seu superaquecimento. As serpentinas do superaquecedor
têm suas extremidades ligadas a dois coletores de vapor. O superaquecedor pode situar-se
na zona de radiação ou convecção, conforme o grau de superaquecimento para o qual as
caldeiras são projetadas.
O pré-aquecedor de ar é utilizado para, aproveitando parte do calor dos gases residuais de
combustão, aquecer o ar de alimentação das chamas.
No economizador, a água de a1imentação passa por uma serpentina ou feixe tubular, a fim
de aproveitar também o calor dos gases residuais da combustão, para depois ir, então, ao
tubulão já pré-aquecido, o que representa uma economia de energia.
As paredes da caldeira são revestidas internamente de tijolos refratários, resistentes a altas
temperaturas, que protegem as partes metálicas estruturais da caldeira contra deterioração
por alta temperatura e produzem homogeneização da temperatura por reflexão do calor das
chamas.
Os maçaricos das caldeiras são semelhantes aos dos fornos.
Os sopradores de fuligem são tubos providos de orifícios, inseridos transversalmente aos
tubos das serpentinas, em diversos locais da caldeira. São ligados, externamente à caldeira,
ao sistema de vapor. Durante a operação da caldeira, há deposição de fuligem nos tubos, o
que dificulta a transferência de calor. De tempos em tempos, então, é injetado vapor através
deste sistema com a finalidade de remover a fuligem. Para melhorar a atuação dos mesmos,
os sopradores geralmente têm movimento de rotação, atuando assim em maior área.
Veremos a seguir três tipos de males que ocorrem em caldeiras, os quais podem ser
agravados pela ocorrência de mais de um, simultaneamente.
2.3.1. Superaquecimento
• funcionamento anormal
• deficiência de montagem
• defeito do queimador.
_ Circulação deficiente de água devido a:
• Obstruções internas;
• Falha de alimentação.
_ Deterioração do refratário
2.3.2. Corrosão
Nas caldeiras de tubos verticais, os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico
fechado nas extremidades por placas, chamadas espelhos. A fornalha interna fica no corpo
cilíndrico logo abaixo do espelho inferior. Os gases de combustão sobem através dos tubos,
aquecendo e vaporizando a água que está em volta deles.
As fornalhas externas são utilizadas principalmente no aproveitamento da queima de
combustíveis de baixo poder calorífico, tais como: serragem, palha, casca de café e de
amendoim e óleo combustível (1A, 2A ... etc.)
Como o próprio nome indica possui vários tubos de fumaça. Podem ser de três tipos:
2.4.9.1. Vantagens
2.4.9.2. Desvantagens
O feixe tubular, ou tubos de fogo, é composto de tubos que são responsáveis pela absorção
do calor contido nos gases de exaustão usados para o aquecimento da água. Ligam o
espelho frontal com o posterior, podendo ser de um, dois ou três passes.
A caixa de fumaça é o local por onde os gases da combustão fazem a reversão do seu
trajeto, passando novamente pelo interior da caldeira (pelos tubos de fogo).
A eficiência de uma caldeira fogotubular não é um cálculo misterioso. esta breve explanação
tem o objetivo de orientar técnicos e engenheiros sobre a eficiência das caldeiras e para os
usuários do programa eficiência steammaster.
e, se para muitos o assunto já é repetitivo, para outros pode ser muito esclarecedor.
persistindo dúvidas entre em contato. eficiência da combustão eficiência de combustão é a
indicação da habilidade do queimador em queimar o combustível.
a quantidade de combustível não queimado e o ar em excesso são usados para definir a
eficiência de combustão de um queimador. a maior parcela das perdas apresentadas por
uma caldeira se dá pelos gases da combustão que são lançados pela chaminé. se um
queimador não consegue obter uma queima limpa com baixo excesso de ar, é então
regulado para trabalhar com excesso de ar, sendo que este excesso de ar só abaixa a
temperatura da chama e reduz a capacidade de geração da caldeira, rebaixando também
drasticamente a eficiência.
É a maior porção das perdas do calor onde muito dinheiro é jogado fora todos os dias. Este
é um bom indicador da eficiência da caldeira. A temperatura na chaminé é a temperatura
dos gases de combustão (seco ou úmido) deixando a caldeira e refletindo diretamente na
energia que não se transferiu do combustível para o vapor ou água quente.
Quanto menor a temperatura na chaminé, maior será a eficiência da caldeira, e hoje
nenhuma caldeira no Brasil consegue temperaturas de chaminé menores que a
Steammaster.
Os dados sobre a eficiência, usados para comparação entre caldeiras devem ser baseados
em dados comprovados de performance, para dar uma comparação precisa do combustível
usado.
Verifique seus custos de manutenção cuidadosamente. A caldeira velha está lhe custando
dinheiro de várias formas, seja por manutenções emergenciais; tempo parado; maior tempo
em manutenção (passado e pendentes); dificuldade em encontrar peças e às vezes caras;
tempo do operador em manter a unidade em linha; além de problemas no vaso, queimador e
refratários. Muitos destes custos podem estar escondidos em seu orçamento de
manutenção geral. Você está pagando o preço por ter desatualizado sua casa de caldeira.
Mas o custo precisa ser investigado e totalizado.
Se sua caldeira antiga utiliza um combustível e você deseja trocar ou precisa avaliar
diferentes combustíveis, reveja os custos de conversão e manutenção, avalie a performance
e vazão realmente garantida, talvez seje a hora certa para se considerar a compra de uma
caldeira nova. Muitas vezes um investimento é feito em uma caldeira velha, onde os custos
associados com a próxima maior exigência de manutenção irá justificar a compra da nova
unidade. O resultado é perder dinheiro na atualização da unidade antiga.
Seu representante Steam Master pode ajudá-lo a checar a eficiência de sua caldeira antiga
com uma simples análise da chaminé. Os dados darão a você uma idéia geral da diferença
entre o custo do combustível da caldeira existente e o de uma nova unidade. Baseado nos
resultados da avaliação da chaminé, uma avaliação mais completa das necessidades de sua
casa de caldeiras seria formada.
A Steammaster disponibiliza a todos um programa de computador desenvolvido por seus
técnicos que pode ser usado por qualquer um sem dificuldade, para uma correta avaliação
de sua casa de caldeiras.
Espessura do casco, peso, necessidades de turndown, necessidades de troca do tipo de
combustível, necessidade de controles de emissões, tudo deve ser avaliado. O resultado
será uma revisão precisa das economias potenciais em combustíveis, manutenção e
eficiência na casa de caldeira, o que poderá significar melhora de custo substancial.
O número de passes da caldeira representa o número de vezes que a combustão dos gases
quentes passam através da caldeira (existem trocadores de calor com 10 passes dos fluidos
ou mais). Uma caldeira com 03 passes fornece 03 oportunidades para os gases quentes
transferirem calor para a água na caldeira. Uma unidade de 04 passes, fornece 04
oportunidades. Além disto, a velocidade dos gases permanece alta e uniforme durante todo
o trajeto pela caldeira.
Os fatos são claros e incontestáveis. A temperatura da chaminé de uma caldeira 04 passes
é mais baixa do que a temperatura da chaminé de uma caldeira similar de 02 ou 03 passes,
operando sob as condições similares. A caldeira 04 passes terá sempre eficiência maior e
custo menor de combustível. Isto não é uma opinião. Isto é física básica sobre a troca de
calor. O projeto da caldeira 04 passes produz incontestavelmente coeficientes de troca de
calor mais altos. Não se engane, tubos aspiralados e outros artifícios podem ajudar em um
teste de eficiência, mas custará a você em
manutenção posteriormente. Na verdade, uma boa caldeira não necessita de manutenção
intensiva nos tubos, se a caldeira foi projetada para trabalhar com a velocidade correta dos
gases. Cada passe da caldeira possui uma área seccional que garante a velocidade correta
do gás e alta taxa de transferência de calor.
Uma caldeira compacta, inclui uma caldeira e um queimador desenvolvidos como uma única
unidade, considerando a geometria da fornalha, a radiação e a transferência de calor por
convecção, e devem ser testados em conjunto exaustivamente.
Somente com estes requisitos podemos assegurar a performance realmente boa.
O queimador comprado de terceiros irá funcionar na caldeira. Mas, terá capacidade,
eficiência,
turndown(Capacidade de modular a chama ajustando a queima do combustível a demanda
do vapor), performance de excesso de ar e de Emissões também?
E, quem lhe dará a certeza da performance depois do start-up inicial?
Haverá um único fabricante responsável pela performance da unidade na primeira
colocação?
Queimadores comprados separadamente podem resultar em um nível de performance
menor, um start-up maior e exigências de manutenção. Isto pode custar seu dinheiro toda
vez que tiver um problema e os técnicos da assistência local não puderem lhe dar o suporte
da fábrica.
Quando se trata em escolher a caldeira, insista numa montagem simples e num projeto de
queimador acessível para uma verdadeira eficiência e economia real.
O projeto do vaso de pressão também tem importância na condução de uma caldeira, uma
circulação da água adequada proporciona maior durabilidade e eficiência a caldeira, um bom
acesso as partes internas tanto do gás quanto da água, pode facilitar as limpezas e
manutenções e inspeções, o projeto e construção do vaso de pressão também e importante
com vista a segurança.
A seleção de uma caldeira com projeto de baixo-custo de manutenção e alta eficiência, pode
realmente retornar através de economias, seu investimento feito na hora da compra .
Quando for avaliar sua caldeira adquirida, peça ao seu vendedor / fabricante para que
através dos cálculos, mostre e prove a eficiência da caldeira. Também verifique o tipo da
caldeira e o queimador que está sendo utilizado.
Você pagará pelo combustível na verdade usado, não o combustível estimado, baseado no
cálculo de eficiência com dados irreais. Uma vez instalada a caldeira, você não pode voltar
atrás e mudar o projeto de eficiência dela.
Tenha certeza que os dados que lhe oferecem serão reais e repetitivos por toda vida do
equipamento. A Steammaster é uma das empresa que garantem a performance superior
com seus projetos, provando com os cálculos de eficiência e as caldeiras em
funcionamento, e podem assim afirmar isto.
PARTE V
TROCADORES DE CALOR
1. INTRODUÇÃO
. TROCA TÉRMICA
São equipamentos estáticos , onde se processa a troca térmica através da interface metálica
de um tubo ou um feixe tubular, acondicionado em um invólucro metálico chamado de casco
.
Diversas estruturas dos seres vivos comportam-se como trocadores de calor. Estas diversas
estruturas desenvolveram-se em forma e características no processo evolutivo com
crescentes eficiências nos processos térmicos que controlam e nas trocas térmicas
adequadas ao meio que promovem.
Humanos
Elefantes
As orelhas dos elefantes africanos são um exemplo de estrutura desenvolvida pelo processo
evolutivo com vistas à refrigeração pela convecção forçada, especialmente quando abanam
as orelhas, da corrente sanguínea, trocando calor com o ar, operando como trocador de
calor líquido-ar em resfriamento do líquido.
Neste tipo , há um fluxo continuo de calor do fluido quente ao fluido frio através de um
parede que os separa. Não há mistura entre eles, pois cada corrente permanece em
passagem distintas, e os principais tipos são os de placas de superfície estendida e os
tubulares. que será objeto de nossos estudos.
Consiste em dois tubos concêntricos, de construção simples onde um fluido escoa pelo tubo
interno e o outro pela parte anular entre tubos em contra fluxo ou contra corrente,geralmente
usado para pequenas capacidades.
. Trocador de serpentina
Este tipo consiste de uma ou mais serpentinas ordenada em uma carcaça,possui alta
eficiência e as expansões térmicas não são problemas ,porém a limpeza é complicada.
. Trocador de placas
Prof. Ms. Vonivaldo Gonçalves Leão 109
Este tipo é normalmente construído com placas planas lisas ou com ondulações.não
suportam grandes pressões nem altas temperaturas comparando aos tubulares.
b) Casco: geralmente é feito de aço carbono, em chapas, que são calandradas e soldadas,
no caso de não haver tubo nas dimensões desejadas.
O permutador já está para receber determinados líquidos nos tubos e no casco. Isto é
escolhido pelo projetista do permutador de calor. Não há regras fixas que estabeleçam qual
o tipo de fluido deve passar pelos tubos.
a) Líquidos sujos, carregando material em suspensão, porque é mais fácil remover a sujeira
dos tubos do que do casco;
b) Líquidos corrosivos, porque é mais fáci1 substituir os tubos furados do que o casco;
c) Líquidos de alta pressão. O casco não é construído para resistir a pressões muito altas.
h) Líquidos que, passando pelo permutador, devem ter baixa queda de pressão.
I) Entre os líquidos de propriedades semelhantes, deve passar pelos tubos aquele de maior
pressão, maior temperatura e o mais corrosivo.
5. INSTRUMENTAÇÕES DE CONTROLE
- Recomendações Gerais
. Condições de Segurança
A temperatura e a pressão limites, nas quais devem trabalhar os tubos e o casco, estão
especificadas na chapinha do fabricante presa ao permutador. Elas não devem ser
ultrapassadas. Assim, nos resfriadores, a temperatura de saída não deve exceder de um
certo valor (70°C) para evitar deposição de sais.
. Aquecimento e Resfriamento
. Partida
Entra primeiro o fluido mais frio. Se o fluido mais frio está ligeiramente quente, então deixa-
se o mesmo entrar lentamente. Quanto mais quente o fluido, mais lenta deve ser a sua
passagem pelo permutador de calor.
. Parada
. Suprimento de água
. Condensado
7. OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO
- Intervenções básicas
. Perda de Eficiência
- Há vários métodos de limpeza por vapor, limpeza mecânica e por inversão de fluxo.
. Limpeza a vapor
Por este processo o permutador de calor não precisa ser desmontado passa-se vapor pelo
casco e pelos tubos, entrando por um respiradouro e carregando a sujeira, por um dreno.
Esse método é eficiente para remover camadas de graxa ou depósitos agregados
frouxamente nos tubos ou no casco do permutador de calor.
. Limpeza Mecânica
- Camadas de graxa, lama e sedimentos frouxos podem ser removidos dos tubos por meio
de arames, escovas ou jatos de água.
De acordo com a prática de operação deve-se fazer a inversão de fluxo por algum tempo,
provocando assim a retirada das sujeiras acumuladas. Normalmente, esta inversão só
ocorre em trocadores com água salgada.
. Limpeza Química
. Vazamentos
Depois que um permutador de calor entra em serviço o feixe de tubos pode apresentar
vazamentos. Isto é constatado pela mistura do fluido que passa nos tubos com o fluido
correndo no casco. Os vazamentos geralmente ocorrem num dos seguintes lugares :
8. TROCADORES
. Fluxo Paralelo
PARTE VI
DESTILAÇÃO
PARTE VI – DESTILAÇÃO
1. Introdução
2. Conceitos Fundamentais
. Volatilidade
Ao colocar em recipiente sob vácuo, determinada quantidade de uma mistura líquida, por
exemplo, uma mistura de hidrocarbonetos, mantendo-se constante a temperatura deste
recipiente, o líquido tenderá a vaporizar-se até que alcance a pressão de equilíbrio entre a
fase vapor e a fase líquida, isto é, as moléculas da fase líquida passarão para a fase vapor,
aumentando a pressão do recipiente até que se tenha o equilíbrio entre as fases líquido e
vapor. O ponto de equilíbrio é atingido quando o número de moléculas que abandona o
líquido para a fase vapor é exatamente igual ao número de moléculas que abandona o
vapor para a fase líquida. Tem-se, aí, o equilíbrio termodinâmico entre as fases líquido –
vapor.
5. Destilação Fracionada
A mistura a ser destilada é introduzida num ponto médio da coluna, ponto F, denominado
ponto de alimentação. No seu interior, a mistura irá descer até atingir a base da coluna onde
encontrará aquecimento do refervedor.
O refervedor, um trocador de calor aquecido por vapor d'água ou outra fonte térmica
qualquer, aquecerá a mistura até atingir sua temperatura de ebulição. Neste ponto, a mistura
emitirá vapores que irão circular em sentido ascendente na coluna, em contracorrente com a
mistura da alimentação da coluna. Os vapores ascendentes atingirão o topo da coluna e irão
A volatilidade relativa do produto a ser destilado permite a separação dos componentes mais
voláteis, e o contato íntimo entre as fases líquida e vapor ao longo da coluna promove a
perfeita separação dos componentes desejados.
Para melhorar a separação das frações desejadas, utiliza-se o retorno de parte do destilado,
D, na forma de refluxo, Lo, que enriquece o produto de topo da coluna, D, com produtos
mais voláteis, melhorando a pureza do destilado D .
Como pode ser observado, neste processo não existem reações químicas, somente troca
térmica, devido ao refervedor de fundo e ao condensador de topo, e também troca de massa
entre o vapor ascendente e o líquido descendente no interior da coluna de destilação.
- Refervedor
Os vapores formados na base da coluna circularão de forma ascendente. Parte destes serão
condensados ao longo do percurso na torre, retornando na forma líquida, permitindo, desta
forma, um contato íntimo entre o vapor ascendente e o líquido descendente ao longo da
torre. Dependendo do tipo de interno da coluna, o contato entre a fase líquida e vapor
poderá atingir níveis que melhorarão as condições da separação desejada.
Na coluna de destilação, os componentes mais pesados da mistura condensam e retornam
à base da coluna, de onde são retirados como líquido residual, W. Os componentes mais
leves atingem o topo da coluna e são retirados como produto destilado, D, após passarem
pelo condensador.
- Condensador
Tem como finalidade proceder à condensação dos vapores leves que atingem o topo da
coluna. Após a condensação, tem-se o produto destilado desejado, D, com a composição
especificada.
São as mais usuais e também podem ser denominadas de “bandejas”. Colunas deste tipo
adotam pratos ou bandejas superpostas e que variam em número e detalhes conforme a
mistura que se pretende destilar. Os pratos são constituídos por borbulhadores, tubos de
ascensão e de retorno, conforme apresentado na figura a seguir.
Neste tipo de coluna, os pratos com borbulhadores são substituídos por pratos dotados de
perfurações, cujo diâmetro varia entre 0,8 e 3 mm. O funcionamento é idêntico às colunas
que utilizam pratos com borbulhadores.
Geralmente, neste tipo de coluna, não existe o tubo de retorno e os pratos ocupam toda a
seção da coluna, porém existem projetos em que as colunas com pratos perfurados são
dotadas tubo de retorno.
Neste tipo de coluna, os pratos ou bandejas são substituídos por corpos sólidos com
formatos definidos. Estes corpos, denominados recheios, podem ser anéis do tipo Rachig,
Pall, Lessing ou ainda selas do tipo Berl, Intalox e outros. Alguns destes recheios podem ser
observados na figura seguinte.
Como visto anteriormente, em uma coluna de destilação, o vapor da mistura que sai de um
prato atravessa o líquido do prato superior, deixando seus componentes menos voláteis.
O calor liberado pela condensação destes componentes vaporiza, então, os compostos mais
voláteis do líquido contido no prato superior. Existe, portanto, uma troca de calor e massa ao
longo das bandejas da torre e nota-se que, à medida que se sobe na coluna, os vapores
tornam-se mais voláteis (mais leves) e, à medida que se desce na coluna, os líquidos
tornam-se menos voláteis (mais pesados).
Seção de esgotamento
Neste processo, o balanço material deverá ser realizado nas várias seções da coluna,
conforme figura a seguir:
Em que:
V = vazão mássica do vapor de topo
D = vazão mássica do produto de topo
L = vazão mássica do refluxo externo
F = vazão mássica da carga
W = vazão mássica do produto de fundo
Vm = vazão mássica de vapor na seção
de absorção
Vn = vazão mássica de vapor na seção
de esgotamento
Lm = vazão mássica de líquido na seção
de absorção (refluxo interno)
Prof. Ms. Vonivaldo Gonçalves Leão 132
Ln = vazão mássica de líquido na seção
de esgotamento (refluxo interno)
QC = calor retirado pelo condensador
QR = calor introduzido pelo refervedor
qF = calor contido na carga
qD = calor contido no produto de topo
qW = calor contido no produto de fundo
Na envoltória I : F = D + W
Na envoltória II : Vm = Lm + D
Na envoltória III : Ln = Vn + W
Na envoltória IV : V = L + D
9. Balanço Térmico
F . qF + Qr = D . qD + W . qW + QC (1)
Como é possível observar na expressão (1), o calor retirado do condensador, QC, depende
do calor introduzido no sistema pelo refervedor, Qr, uma vez que os demais termos da
expressão são fixados por projeto.
Sabe-se que, qL = qD e V = L + D, portanto a equação (2) pode ser reescrita como uma
nova expressão:
(L + D) . qV = L . qL + D . qL + QC ®
(L + D) . qV = (L + D) . qL + QC
(L + D) . qV – (L + D) . qL = QC ®
(L + D) . (qV – qL) = QC
(L + D) = QC / (qV – qL)
(qV – qL) = Calor de condensação do vapor de topo da coluna de destilação.
A figura a seguir será utilizada para que possam ser feitas as observações necessárias
sobre a influência das principais variáveis que ocorrem neste tipo de processo.
Razão de Refluxo
Nas torres de destilação fracionada existem dois tipos de refluxo, externo e o interno, que
geram, desta forma, as razões de refluxo externa e interna. A razão de refluxo interna
Re = ( L/D)
Na seção de absorção:
(Ri)abs = ( Lm / Vm )
Na seção de esgotamento:
(Ri)esg = ( Vn / Ln )
Existe uma relação entre o número de pratos ou bandejas de uma coluna de destilação e a
razão de refluxo interna ou externa deste equipamento.
Quanto menor for o número de pratos ou bandejas de uma coluna, pior será seu
fracionamento.
Podem ser construídas torres com grande número de pratos para operarem com pequena
razão de refluxo interna, assim como torres com pequeno número de pratos e razões de
refluxo interno elevadas, para uma carga com as mesmas características.
Tendo em vista a relação anteriormente descrita, a condição de refluxo ou razão de refluxo
mínimo corresponderá a uma coluna com um número infinito de pratos para que seja
atingido o fracionamento desejado, assim como a condição de refluxo ou razão de refluxo
total corresponderá a uma coluna com um número mínimo de pratos para que o
fracionamento desejado seja atingido. Nenhuma destas condições é satisfatória, uma vez
que uma torre com número de pratos infinito é um projeto totalmente inviável
economicamente, bem como a construção de uma coluna que não produza, pois para o
refluxo total não se tem retirada de produtos, como pode ser verificado pelo cálculo abaixo.
Vm = Lm + D
Lm = Vm – D
(Lm / Vm) = 1 ® Lm = Vm, ou seja, a quantidade de líquido que desce na seção de absorção
é igual à quantidade de vapor que sobe nesta seção, não havendo, portanto, produção.
(Vn / Ln) = 1 ® Vn = Ln, isto é, a quantidade de vapor que sobe na seção de esgotamento é
igual à quantidade de líquido que por ela desce e não há produção.
Quando a coluna é operada, portanto, em refluxo total, o fracionamento é praticamente
perfeito, porém o gasto com energia é muito elevado e não há produção na coluna, o que
torna o processo economicamente inviável.
A relação entre o número de pratos ou estágios e a razão de refluxo pode ser observada no
gráfico a seguir:
Como cada carga a ser processada pode exibir uma característica, pois as proporções entre
os componentes a serem separados podem ser diferentes, haverá, então, uma razão de
refluxo para cada carga a ser processada. A diferença de volatilidade entre os componentes
da carga, de uma torre de destilação fracionada, exerce grande influência sobre as variáveis
citadas. Como exemplo, pode-se citar a comparação entre a separação de uma mistura
contendo 50% de etano e 50% de eteno de
outra contendo 50% de hexano e 50% de eteno.
No primeiro caso, a separação entre o etano e o eteno requer tanto uma quantidade de
refluxo,
bem como uma quantidade de estágios (pratos) na coluna muito maiores do que na da
separação da mistura entre o hexano e o eteno, pois estes dois últimos compostos possuem
grande diferença de volatilidade.
Problema de arraste
O arraste é o transporte, efetuado pelo vapor, de gotículas de líquido do prato inferior para
os pratos superiores. A quantidade de líquido arrastado depende da velocidade do vapor ao
longo da torre. No arraste, o líquido do prato inferior contamina o líquido do prato superior
com compostos pesados (menos voláteis), piorando o fracionamento ao longo da coluna. O
arraste pode ser provocado pelo aumento da vazão volumétrica do vapor, que, por sua vez,
pode ser decorrente da redução da pressão em alguma região da coluna.
As torres de destilação a vácuo são construídas com um diâmetro muito maior do que as
torres de destilação atmosféricas, pois como suas pressões são muito baixas, provocam
vazões volumétricas muito elevadas.
Problema de Pulsação
Este fenômeno ocorre quando a vazão de vapor, que ascende de um prato inferior para um
superior da coluna, não tem pressão suficiente para vencer continuamente a perda de carga
apresentada pela bandeja em questão. O vapor, então, cessa temporariamente sua
passagem por esta bandeja e, quando sua pressão volta a ser restabelecida, vence a perda
de carga no prato de forma brusca. Assim diminui a pressão do vapor quase que
instantaneamente e cessa a passagem do vapor pelo prato até que seja novamente
restabelecida sua pressão.
Esta situação permanece até que seja normalizada a condição de pressão ao longo da
coluna.
Problema de inundação
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fev/2011