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1. “Não adianta crer que podemos educar os nossos filhos como quisermos. Há costumes aos
quais somos obrigados a nos conformar; se os transgredirmos demais, eles acabam se vingando
nos nossos filhos [...]. Pouco importa se foram criados com ideias arcaicas ou avançadas demais;
tanto em um caso como no outro, eles não terão condições de viver uma vida normal. Portanto,
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional em qualquer época, existe um tipo regulador de
educação do qual não podemos nos distanciar sem nos chocarmos com vigorosas resistências que
escondem dissidências frustradas”.6 Considerando o pensamento de Durkheim sobre a educação,
marque a afirmação correta:
a) Os pais têm autonomia para educar seus filhos de acordo com suas concepções individuais,
independente dos costumes da sociedade em que vivem.
b) Os filhos que são criados com costumes diferentes da sociedade em que vivem, não entram em
conflito com os demais indivíduos dessa sociedade.
c) Cada sociedade tem um sistema de educação que se impõe aos indivíduos com uma força
geralmente irresistível.
d) Os costumes e valores são construídos individualmente em cada família e refletem nossas
necessidades pessoais.
e) As gerações anteriores pouco contribuíram para elaborar o conjunto de normas e valores das
sociedades, não exercendo nenhuma influência.
2. Para Durkheim é a educação responsável por transmitir o legado cultural construído ao longo
dos séculos e inserir as novas gerações no bojo da vida coletiva. Sobre a educação, de acordo
com o pensamento de Émile Durkheim, marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) Educar uma criança é prepará-la para participar de uma ou várias comunidades.
( ) A educação é um processo individual, independente da sociedade.
( ) Cada sociedade tem métodos de educação que correspondem às suas necessidades.
( ) A educação consiste em habituar os indivíduos a uma disciplina.
“Os fatos sociais são coisas.” Com essa afirmação, Durkheim apresenta em seu livro As
regras do método sociológico um de seus mais conhecidos conceitos. Mas a que “coisas” esse
conceito se refere? A qualquer “coisa”, própria da sociedade a que pertence um indivíduo, capaz
de exercer algum tipo de coerção sobre ele. Isso significa que o fato social é independente e
exterior ao indivíduo, e é capaz de condicionar ou mesmo determinar suas ações. São fatos
sociais, por exemplo, as regras jurídicas e morais de uma sociedade, seus dogmas religiosos, seu
sistema financeiro e até mesmo seus costumes – ou seja, um conjunto de coisas aplicáveis a toda
a sociedade, independentemente das vontades e ações de cada um. Na medida em que os fatos
sociais moldam o comportamento de cada indivíduo com base em um modelo geral, a coerção
que eles exercem garante, segundo Durkheim, o funcionamento do todo social. Os fatos sociais
podem, assim, ser definidos por três princípios básicos:
O conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma
sociedade forma um sistema determinado que tem sua vida própria; poderemos chamá-lo: a
consciência coletiva ou comum. Sem dúvida, ela não tem por substrato um órgão único; é, por definição,
difusa em toda extensão da sociedade; mas não deixa de ter caracteres específicos que fazem dela uma
realidade distinta. Com efeito, é independente das condições particulares em que os indivíduos estão
colocados; eles passam, ela permanece. É a mesma no norte e no sul, nas grandes e pequenas cidades,
nas diferentes profissões. Da mesma forma, não muda a cada geração, mas, ao contrário, liga umas às
outras as gerações sucessivas. Portanto, é completamente diversa das consciências particulares, se bem
que se realize somente entre indivíduos. Ela é o tipo psíquico da sociedade, tipo que tem suas
propriedades, suas condições de existência, seu modo de desenvolvimento, tudo como os tipos
individuais, embora de uma outra maneira.
(In: https://farofafilosofica.com/2018/08/21/a-consciencia-coletiva-texto-de-emile-durkheim/)
Leitura Dirigida
Max Weber, ao analisar o modo como os indivíduos agem e levando em conta a maneira
como eles orientam suas ações, agrupou as ações individuais em quatro grandes tipos, a saber:
ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a valores e ação racional com relação a
fins.
A ação tradicional tem por base um costume arraigado, a tradição familiar ou um hábito.
É um tipo de ação que se adota quase automaticamente, reagindo a estímulos habituais.
Expressões como “Eu sempre fiz assim” ou “Lá em casa sempre se faz deste jeito” exemplificam
tais ações. A ação afetiva tem por fundamento os sentimentos de qualquer ordem. O sentido
da ação está nela mesma. Age afetivamente quem satisfaz suas necessidades, seus desejos, sejam
eles de alegria, de gozo, de vingança, não importam. O que importa é dar vazão às paixões
momentâneas. Age assim aquele indivíduo que diz: “Tudo pelo prazer” ou “O principal é viver o
momento”.
A ação racional com relação a valores fundamenta-se em convicções, tais
como o dever, a dignidade, a beleza, a sabedoria, a piedade ou a transcendência de uma causa,
qualquer que seja seu gênero, sem levar em conta as consequências previsíveis. O indivíduo age
baseado naquelas convicções e crê que tem certo “mandado” para fazer aquilo. Se as
consequências forem boas ou ruins, prejudiciais ou não, isso não importa, pois ele age de acordo
com aquilo em que acredita. Age dessa forma o indivíduo que diz: “Eu acredito que a minha
missão aqui na Terra é fazer isso” ou “O fundamental é que nossa causa seja vitoriosa”.
Leitura Dirigida
Para o alemão Karl Marx (1818-1883), os indivíduos devem ser analisados de acordo
com o contexto de suas condições e situações sociais, já que produzem sua existência em grupo.
O homem primitivo, segundo ele, diferenciava-se dos outros animais não apenas pelas
características biológicas, mas também por aquilo que realizava no espaço e na época em que
vivia. Caçando, defendendo-se e criando instrumentos, os indivíduos construíram sua história e
sua existência no grupo social.
Ainda segundo Marx, a ideia de indivíduo isolado só apareceu efetivamente na sociedade
de livre concorrência, ou seja, no momento em que as condições históricas criaram os princípios
da sociedade capitalista. Tomemos um exemplo simples dessa sociedade. Quando um operário é
Karl Marx
aceito numa empresa, assina um contrato do qual consta que deve trabalhar tantas horas por dia e
por semana e que tem determinados deveres e direitos, além de um salário mensal.
Nesse exemplo, existem dois indivíduos se relacionando: o
operário, que vende sua força de trabalho, e o empresário, que compra
essa força de trabalho. Aparentemente se trata de um contrato de compra
e venda entre iguais. Mas só aparentemente, pois o “vendedor” não
escolhe onde nem como vai trabalhar.
As condições já estão impostas pelo empresário e pelo meio
social. Essa relação entre os dois, no entanto, não é apenas entre
indivíduos, mas também entre classes sociais: a operária e a burguesa.
Eles só se relacionam, nesse caso, por causa do trabalho: o empresário
precisa da força de trabalho do operário e este precisa do salário. As
condições que permitem esse relacionamento são definidas pela luta que
se estabelece entre as classes, com a intervenção do Estado, por meio
das leis, dos tribunais ou da polícia.
Essa luta vem se desenvolvendo há mais de duzentos anos em
muitos países e nas mais diversas situações, pois empresários e
trabalhadores têm interesses opostos. O Estado aparece aí para tentar reduzir o conflito, criando
leis que, segundo Marx, normalmente são a favor dos capitalistas. O foco da teoria de Marx está,
assim, nas classes sociais, embora a questão do indivíduo também esteja presente. Isso fica claro
quando Marx afirma que os seres humanos constroem sua história, mas não da maneira que
querem,
(Texto extraído: TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010)
Leitura Dirigida
(Texto extraído: TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010)
Leitura Dirigida
BOMENY, H et all. Tempos modernos, tempos de sociologia: ensino médio: volume único. 2. ed. — São
Paulo: Editora do Brasil, 2013