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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

AUTORIZAÇÃO: DECRETO Nº92937/86, DOU 18.07.86 – RECONHECIMENTO: PORTARIA Nº909/95, DOU 01.08.95
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO Dr. SALVADOR DA MATTA
IPIAÚ – BAHIA

A NOSSA BÍBLIA É CONFORME AO ORIGINAL?1

INTRODUÇÃO À CRÍTICA TEXTUAL

Jefferson Manoel da Silva2

O autor nos leva a um questionamento sobre a bíblia e o papel da crítica textual neste âmbito.
A circulação dos dizeres “esta bíblia é a versão original”, é inegável que as variantes
existentes podem trazer um elemento ou outro dependendo contexto, mas o autor em primeiro
momento traz uma observação sobre as versões em português, 1Samuel 6,12 – em algumas
versões se confundem no dizer, se foram mortos setenta homens ou 50,000, isto porque os
manuscritos hebraico na tradução/cópia podem ter sofrido erro por parte dos copistas.

O papel da crítica textual é identificar esses supostos erros, observar as etapas de cópias de
um determinado texto. O crítico revisa os erros de transcrição respeitando sempre o copista,
quando se trata de várias versões, o trabalho demanda elementos minuciosos, a tentativa é
aproximar mais ao texto original.

O autor menciona sobre a bíblia hebraica Stuttgartensia, edição crítica dos livros do antigo
testamento, em que 90% do seu texto não apresenta problema, e os outros 10% apresenta
variante, porém é pouco relevante para alteração do sentido do texto. A versão Greek New
Testament, equivalente ao novo testamento, 7% das palavras possui alguma variante, porém
pouco interfere na mensagem do texto. Estes textos escritos baseiam-se no trabalho de
pesquisa dos manuscritos originais, podem encontrar alguma interferência como pedaços dos
manuscritos copiados em jarros, cerâmicas, papiros...

Por fim o autor ressalta a diferença entre o AT e NT, no AT há interferências importantes a


serem observadas como a tese de que os textos aconteceram em tempos próximos ou iguais,
pela semelhança de narrativas sendo relatada em vários livros do AT, já o NT sua facilidade
de reconstituição é maior, pelos artefatos coletados e alinhamento cronológico.

As considerações do autor são de extrema importância para entendermos o trabalho do crítico


textual, para isso ele se baliza de algumas metodologias, a linguística histórica é fundamental
para traçar um padrão dos erros cometidos pelos copistas, visa à constituição linguística de
determinada época. O trabalho do crítico em geral envolve uma pesquisa metodológica
estruturada.

1
Resenha solicita pela Prof. Ms. Adriana dos Reis para o componente Crítica textual.
2
Graduando do 7º semestre do curso de Letras, UNEB Campus XXI – Ipiaú.

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