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formas e estilos
Autora
Katia Renner
Sumário
Fazendo gênero.....................................................04
Formas musicais. .......................................................05
Curiosidades.........................................................34
Instrumentos desconhecidos.................................36
Referências...........................................................39
Fazendo
gênero
Uma das maneiras de conhecermos os objetos é por sua forma. Observe que dentro de uma mesma
categoria, como árvores, flores ou frutas, há muita variedade de elementos. Diferentes combinações
enriquecem e especificam uma espécie.
Assim também podemos pensar na música quando o compositor tem diante de
si muitos timbres, sons instrumentais e vocais. Uma composição reúne um con-
junto de elementos sonoros, tornando-se única, mesmo que faça parte de uma
categoria estrutural maior. Cada categoria agrupa obras musicais que com-
partilham elementos semelhantes, sendo assim organizadas por gêneros.
Alguns desses gêneros são definidos por região geográfica, como a músi-
ca brasileira, indiana ou argentina. Outra maneira de agrupar as compo-
sições é considerar a ordem cronológica dos períodos da história ocidental,
como renascença, barroco, clássico etc. Ou então os modos de composi-
ção, como concerto, ópera, sinfonia etc. Outras categorias referem-se aos
estilos, como rock, pop-rock, rap, reggae, jazz, valsa, samba, tango, música
eletrônica, new age etc. Algumas peças musicais não se encaixam em nenhu-
ma divisão, caracterizando-se por conterem elementos diversos, criando a sua
própria distinção.
Observando e ouvindo todo esse incrível e surpreendente universo sonoro, podemos considerar
que as divisões – sejam elas por gêneros, estilos e formas musicais – são categorizações para organizar
4 Cultura Musical
a imensa produção musical do ser humano em todas as épocas e lugares. Os
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criatividade, inovando e contribuindo para a evolução da arte musical.
Vamos conhecer (ou recordar) algumas maneiras de os compositores darem
forma à sua matéria-prima: o som.
Inicialmente, faremos uma breve análise de algumas formas musicais
da música ocidental.
Formas musicais
Forma musical é a maneira de os compositores arranjarem e ordenarem suas ideias
musicais, resultando na elaboração, modelagem e estrutura da composição. A obra
musical não nasce no vazio, pois cada uma tem o seu projeto, o seu fundamento sonoro
e um sistema de construção.
É importante conhecer a estrutura de uma obra musical para descobrir suas raízes
e as intenções do músico ao desenvolver suas ideias. São diversas as possibilidades de
tornar uma criação interessante, curiosa, bela, arrojada ou inovadora. Devemos lembrar
que o processo de compor envolve o descobrimento de novas combinações sonoras que
se mesclam com ritmos e harmonias na tentativa de superar o que já se conhece. Além dos
elementos da estrutura musical, como a melodia, o ritmo e a harmonia, é necessário pensar
em como dar expressão aos ideais musicais. Não basta ter lindas melodias, ritmos interessantes e
harmonias corretas: é decisivo que haja uma consistência de toda a obra, uma reunião orgânica e equilibrada
das partes isoladas, determinada pela forma.
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Repetição e contraste
Repetição e contraste são os elementos básicos usados para dar forma à composição.
A repetição de ideias é necessária para encadear a música, para dar unidade à com-
posição.
Os contrastes resultam da combinação de sons ou da oposição de diferentes pa-
drões sonoros. São infinitas as possibilidades de o compositor contrastar um momento
musical com outro.
te.
omple
6 Cultura Musical
tock C
Coms
As obras que
possuem valor
artístico [...] são
consideradas imortais
pois são ouvidas há
muitos séculos.
Alguns exemplos de contraste
OO Andamento: lento/rápido.
OO Dinâmica: forte/fraco.
OO Caráter: alegre/triste; ligeiro/solene.
OO Harmonia: consonante/dissonante.
OO Timbre: agudos e brilhantes em oposição a sóbrios e
OO Silêncio: em oposição ao som.
profundos.
Iremos perceber,
pelos timbres dos
instrumentos, os
Georges Bizet
momentos alegres e
(1838-1875)
também aqueles mais
Abertura da Ópera Carmen nostálgicos e
Faixa 26 (CD 2) até trágicos.
8 Cultura Musical
A seguir, ouviremos a abertura da ópera O Barbeiro de Se-
vilha, de Rossini. Conta-se que Rossini compôs em menos de
15 dias essa peça, que foi apresentada pela primeira vez em 20
de Fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em Roma, onde o
compositor dirigia a orquestra. Observe o estilo de esplendor e
o fantástico final, concluído com um crescendo que faz maciça
utilização dos metais.
Gioacchino Antonio Rossini nasceu em Pesaro, norte da
Itália, em 1792. Compondo tragédias e comédias com fluência
e talento, revelava-se melhor no lado humorístico da vida. Um
dos seus biógrafos fala da “grande gargalhada que Rossini trou-
xe à música”. Ele fez uma carreira de muito sucesso na Itália
e depois em Paris. Apesar de ter sido vaiado na estréia de O
Barbeiro de Sevilha, essa ópera se transformou em um grande
triunfo e continua sendo até hoje. Gioacchino Rossini
(1792-1868)
Abertura:
Concerto para solista O Barbeiro de Sevilha
Faixa 27 (CD 2)
O termo concerto deriva do verbo latino concertare, que sig-
nifica “rivalizar” e também “conversar”. Como forma musical, o
concerto é uma composição instrumental em que há um diálogo,
mesmo de oposição, entre um ou vários instrumentos e o conjunto
da orquestra. Na forma clássica, iniciada com Wolfgang Amadeus
Mozart, o concerto divide-se em três andamentos: um primeiro
andamento rápido (allegro); um segundo andamento lento (an- [...] O concerto
dante ou adágio) e um terceiro andamento rápido (allegro). Apro-
é uma composição
ximadamente de 1770 a 1785, o concerto se impôs, quase que
instrumental em que
há um diálogo,
só por intermédio do violino, que foi o instrumento solista mais
utilizado. Mas nessa época já haviam sido usados outros instru-
mesmo de oposição,
entre um ou vários
mentos solistas para dialogar com a orquestra, como o violoncelo,
instrumentos e o conjunto
o trompete, a flauta, o fagote, o trompete, a trompa, o oboé.
da orquestra.
Gêneros, formas e estilos musicais 9
Mozart explora muito os recursos dramáticos do piano e
seus concertos para esse instrumento são considerados por
muitos como modelos perfeitos. Seus concertos para violino e
orquestra e os concertos para instrumentos de sopro (de difícil
Wolfgang Amadeus Mozart
domínio técnico) são obras destacadas.
(1756-1791)
Concerto para Clarinete e
Orquestra em Lá Maior, K. 622,
Segundo Movimento: Adágio
Faixa 28 (CD 2) Como nenhum outro na sua época, Mozart vale-se dos re-
cursos tímbricos do clarinete. Nesse movimento (adágio) do
seu Concerto para Clarinete e Orquestra há uma grande ampli-
dão melódica, com melancolia e serenidade. Essa obra foi uma
encomenda do seu amigo e clarinetista Anton Stadler, sendo
composta em 1791. É um de seus últimos trabalhos – Mozart
morreu logo após.
Com Ludwig van Beethoven, o gênero concerto chegou ao
seu apogeu, especialmente no Concerto para Piano em mi be-
mol maior, op. 73, Imperador, de 1811.
Ludwig van Beethoven
(1770-1827)
Concerto para Piano n. 5,
O Imperador, op. 73,
Primeiro Movimento: Allegro
Domínio público.
Faixa 29 (CD 2)
Mozart.
10 Cultura Musical
O concerto Imperador
A tonalidade em mi bemol maior é muito uti-
lizada por Beethoven quando quer exprimir a ideia
de grandeza ou sugerir a ideia de poder. O concer-
to Imperador foi composto quando a Áustria e a
França estavam em guerra e Viena havia sido ata-
cada e bombardeada pelos exércitos de Napoleão.
Beethoven havia dedicado essa obra ao arquiduque
Rodolfo, seu aluno e protetor, que deixou a capital
austríaca com a corte imperial. Sentindo-se deso-
lado, pois havia escrito um “canto de triunfo para
o combate”, o compositor só concluiu o concerto
depois da partida das tropas francesas e da assina-
tura da paz, em 1809.
O Imperador foi apresentado pela primeira vez
Domínio público.
em audição pública em Leipzig, em 28 de novem-
bro de 1811, agradando muito ao público, embora
a crítica tenha considerado sua extensão “um pouco
exagerada”.
Beethoven.
12 Cultura Musical
Domínio público.
Beethoven.
Tchaikovsky.
Avalsa, derivada de
danças camponesas Isto
ck P
hot
alemãs e austríacas, sur-
o.
14 Cultura Musical
Formas dançantes
Comstock Complete.
A polonaise (dança da corte) foi inspiração para compositores
como Telemann e Bach. A mazurca (dança popular), também de
origem polonesa, serviu ao compositor Chopin para as suas ma-
zurcas, dando-lhes colorido especial.
Entretanto, a polca de origem tcheca, manteve apenas sua
condição de música de divertimento.
Principalmente nas Américas, pela grande convergência étnica,
os séculos XIX e XX favoreceram o ressurgimento das formas dan-
çantes, como o ragtime, o fox-trot, o charleston, o boogie-woogie e,
especialmente na América Latina, o tango, o samba etc.
Monumento ao Rei da Valsa Johann Strauss no
Parque Municipal de Viena, na Áustria.
Johann Strauss II
No belo Danúbio Azul é a composição mais famosa de Johann
(1825-1899)
Strauss II (1825-1899). Estreou em 15 de fevereiro de 1867, em
um baile de carnaval, no salão de uma piscina pública. Original- Danúbio Azul
mente, essa obra tem o nome No belo Danúbio Azul, mas no Brasil Faixa 31 (CD 2)
costuma-se chamá-la Danúbio Azul. Na prática, é o hino da Áus-
tria. Seis meses depois de sua estreia, foi apresentada em Paris nas
festividades de Exposição Universal, triunfando.
Essa famosa peça tem o símbolo do gosto pelo luxo e pela
festa. A partir de 1825, esse estilo de música para dançar teve
uma excelente aceitação em Viena e rapidamente se espalhou por
toda a Europa.
Johann Strauss II
Trischt Trascht Polka, op. 214
Faixa 32 (CD 2)
Domínio público.
mais tocada no mundo. Foi encomendada pela dançarina Ida
Rubinstein e estreou na Ópera de Paris em 1928, com grande
sucesso. A obra repete 17 vezes um grande tema único, sem o
desenvolver. O tema é introduzido pela flauta acompanhada
por tambor e pizzicati (cordas beliscadas). A cada repetição
ingressa um novo instrumento, como o clarinete, após o fa-
gote, outro clarinete, o oboé etc. O tambor se mantém em
um ritmo constante. A única dinâmica apresentada é um pro-
gressivo crescendo orquestral. À medida que os instrumentos
vão ingressando, a intensidade sonora aumenta, provocando
um belíssimo carrossel de timbres e no final conclui com um
monumental volume sonoro.
O argumento do Bolero para orquestra (1929): a ação
acontece em uma estalagem espanhola. Uma cigana, em pé
em uma grande mesa, inicia um passo de dança e aos poucos
entusiasma-se pelo ritmo da música. Quatro homens se apro-
Maurice Ravel.
ximam da mesa progressivamente, rodeiam a cigana e também
se deixam contagiar pelo envolvente ritmo da peça. A seguir,
podemos verificar o tema (ideia principal) do Bolero.
Joseph-Maurice Ravel
(1875-1937)
Bolero
Faixa 33 (CD 2)
16 Cultura Musical
Poema sinfônico
Jonathan Hornung.
O poema sinfônico é uma composição para orquestra, deter-
minada por uma ideia ou um motivo extramusical descritivo ou
poético. É a chamada música programática, que busca descrever
com sons um sentimento, uma paisagem, um personagem ou ou-
tros temas. Essa música “conta uma história” ou procura meios
para estimular imagens na mente do ouvinte.
Como forma musical, o poema sinfônico se desenvolveu prin-
cipalmente na segunda metade do século XIX. É uma obra escrita
para a orquestra em um só movimento, mas geralmente é mais
longa e de forma mais livre. Franz Liszt (1811-1886) foi o primei-
ro a compor uma série de poemas sinfônicos que são verdadeiras
pinturas românticas, como se fossem quadros mostrando as paisa-
gens de diversos lugares. Por exemplo, escreveu Hamlet (baseado
na peça de Shakeaspeare) e Orfeu (baseado na lenda grega). Várias
obras, desde o Renascimento, já tinham caráter descritivo, mas
durante o período romântico houve intenção de associar a música
à pintura e à literatura.
Como exemplo, vamos ouvir uma peça do compositor tcheco
Antonín Dvořák, que foi um violista talentoso. Nessa obra, po-
dem-se observar as influências da música folclórica.
Domínio público.
Mussorgsky, e nos traz audácias na orquestração. Sua
intenção foi descrever musicalmente uma assembleia
noturna de feiticeiras, enquadrando em um único
andamento os quatro episódios que a compõem:
reunião das feiticeiras, cortejo do diabo, missa negra
e assembleia noturna das feiticeiras presidida pelo
diabo. Esse ambiente satânico foi alcançado porque
Mussorgsky deu um tratamento diferenciado à or-
questra. Observe os recursos sonoros utilizados, os
quais nos transportam para aquele ambiente.
Modest Mussorgsky
(1881-1938)
Uma Noite no Monte Calvo
Faixa 35 (CD 2)
18 Cultura Musical
Sonata
Sonata é uma peça quase sempre instrumental, geralmente em vários mo-
vimentos, para um solista ou um grupo. A sonata surgiu no século XVI, e seu
nome deriva da palavra sonare ("soar"), em oposição à cantata, do italiano cantare
(“cantar”). Os movimentos da sonata têm a sequência de lento-rápido-lento, po-
dendo haver um quarto movimento. Entre os compositores do século XX, já há
o rompimento com o modelo da sonata tradicional.
19
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Sinfonia
O termo sinfonia significa “reunião de sons”. A maioria das sinfonias apresenta
quatro movimentos, que diferem um do outro pelo andamento e pelo caráter e
20
Movimento
O termo movimento é aplicado a qualquer parte de uma obra
musical suficientemente completa em si mesma para ser encarada
como uma entidade, ensina-nos Sadie (1994).
Na Pastoral instrumentos
são utilizados para efeitos
imitativos, como o
canto dos pássaros.
Gêneros, formas e estilos musicais 21
Gêneros
e estilos
populares
Samba
O samba é uma dança afro-brasileira e uma forma de
música popular. Originalmente, a palavra significava
as danças de roda trazidas de Angola e do Congo
para a América do Sul. No século XIX, o samba so-
freu um processo de urbanização gradual, adquirindo
traços característicos como a marcação binária (dois
tempos) e um ritmo fortemente sincopado (deslo-
camento do acento). O primeiro samba conheci-
do – Pelo Telefone, de Donga (Ernesto dos Santos)
– surgiu no Rio de Janeiro, por volta de 1920.
Outros grandes compositores se seguiram, como
Noel Rosa, Ari Barroso, Lamartine Babo, João
de Barro e Ataulfo Alves.
Há muitas variações do samba, como o sam-
ba de breque, o samba de partido alto, o samba-
canção, o samba-choro e o samba-enredo (utili-
zado nos desfiles das escolas de samba).
oto.
k Ph
22 Cultura Musical
Istoc
O estilo do compositor carioca Jorge Ben Jor, nascido em 1942,
inclui o samba, o rock, o pop, o maracatu, a bossa nova, o rap e
o samba-rock, com letras que incluem humor e sátira. Sua músi-
ca inclui elementos de influência norte-americana como o jazz, o
soul e o funk. Ben Jor utilizou o violão com uma batida rítmica
diferente que ele batizou de sacudin sacuden. Seu suingue também
é resultado de influências africanas que vieram da sua mãe, nascida
na Etiópia.
As letras de suas canções falam de assuntos variados – entre
eles, o futebol e a escola de samba, como vamos ouvir.
Originalmente, a palavra
samba significava as
danças de roda trazidas
de Angola e do Congo para
Jorge Ben Jor. a América do Sul.
Gêneros, formas e estilos musicais 23
Choro
Zequinha de Abreu
Domínio público.
O músico, compositor e ins-
trumentista José Gomes de Abreu,
o Zequinha de Abreu, foi um dos
maiores compositores de choros.
Vamos ouvir Tico-tico no Fubá,
peça apresentada pela primeira vez
em 1917. Ela conquistou grande
popularidade e foi incluída em cin-
co filmes estadunidenses pela divul-
gação e gravação da cantora brasileira
Carmem Miranda.
Zequinha de Abreu.
Zequinha de Abreu
(1880-1935)
Tico-tico no Fubá
Faixa 39 (CD 2)
24 Cultura Musical
Pixinguinha
Pixinguinha.
Pixinguinha
(1897-1973) e
Benedito Lacerda
(1903-1958)
O Gato e o Canário
Faixa 40 (CD 2)
Universo Online.
Divulgação.
Elis Regina.
26 Cultura Musical
Baião
O ritmo nordestino do baião se transformou em um gênero de música popular urbana
a partir de meados da década de 1940, especialmente pelo trabalho de Luiz Gonzaga
e de Humberto Teixeira. Nascido provavelmente dos violeiros da zona rural do Nor-
deste, estruturou-se como música de dança apresentando um ritmo denominado
balanceio. O novo tipo de canção popular brasileira explodiu em 1946, em um
mercado saturado de boleros e sambas-canções, como uma redescoberta da vita-
lidade rítmica.
Luiz Gonzaga
(1912-1989) e
Humberto Teixeira
(1915-1979)
Baião
Faixa 42 (CD 2)
Weber Pádua.
Horizonte e nasceu em 1991. Seus integrantes
são Samuel, Haroldo, Henrique e Lelo.
28
Rap
A palavra rap vem do inglês rhythm and
poetry, “ritmo e poesia”, uma expressão da
cultura hip-hop. Os antecedentes do rap pro-
vêm de diversas formas de música popular,
incluindo a narração de histórias, como o blues
falado e passagens faladas na música gospel. Sua ori-
gem está associada à Jamaica, por volta dos anos
1960, quando um som era colocado nas ruas dos
guetos para animar os bailes que serviam de fun-
do para as pessoas discursarem sobre questões
sociais e políticas.
No início, o rap era um estilo de dança, surgi-
do no final dos anos 1970, entre adolescentes ne-
gros e hispânicos nas regiões próximas a Nova
York. Transformou-se em seguida no núcleo
Isto
ck P
musical de um fenômeno cultural mais amplo,
hot
o hip-hop: roupas, atitude, linguagem, modo de an-
o.
dar. Uma característica marcante no rap é o uso do
sampling, recurso que consiste em combinar trechos
instrumentais ou vocais de outras músicas, além de
outras fontes sonoras, a eles sobrepondo a fala: com
essa reutilização, os rappers fazem suas colagens.
Gabriel, o Pensador
Até Quando?
Faixa 44 (CD 2)
Weber Pádua.
Camila R.
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura.
30 Cultura Musical
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente,
seu filho sem escola, seu velho tá sem dente.
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante,
você tá sem emprego e a sua filha tá gestante.
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo,
você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!
32 Cultura Musical
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro,
na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?
o.
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Sinfonia ovimento: Alle
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(CD 2)
Faixa 45
Curiosidades
34
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Curiosidades
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Instrumentos Desconhecidos
36
Charan
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S.
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A.
S.
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Divulgação.
do alaúde, com aproximadamente 66 centímetros de
comprimento, tradicionalmente feito com a carapaça de
um tatu.
Instrumentos Desconhecidos
37
Referências
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1990.
CATEGORIA: formas musicais. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
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