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NT 18 2012 Iluminação de Emergência
NT 18 2012 Iluminação de Emergência
18/2012
ILUMINAÇÃO
NORMA TÉCNICA DE EMERGÊNCIA
N°. 18/2012 – ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA – CBMGO – GOIÂNIA/GO
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências
4 Definições
5 Tipos de sistemas
6 Funções
7 Considerações gerais
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NORMA TÉCNICA N°. 18/2012 – ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA – CBMGO – GOIÂNIA/GO
1 OBJETIVO
Esta Norma Técnica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (NTCBMGO) fixa as
características mínimas exigíveis para as funções a que se destina o sistema de iluminação de
emergência a ser instalado em edificações ou em áreas de risco.
2 APLICAÇÃO
2.1 Esta NTCBMGO se aplica às edificações e áreas de risco em que o sistema de iluminação de
emergência é exigido.
2.2 Adotam-se as atualizações mais recentes da NBR 10898 e da IT no. 18 do CBPMESP, naquilo
que não contrariar o disposto nesta regulamentação.
3 REFERÊNCIAS
4 DEFINIÇÕES
4.3 Estado de funcionamento do sistema: estado no qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m),
efetivamente, os dispositivos da iluminação de emergência.
4.4 Estado de vigília do sistema: estado em que a fonte de energia alternativa está pronta para
entrar em funcionamento na falta ou na falha da rede elétrica da concessionária.
4.5 Fonte de energia alternativa: dispositivo destinado a fornecer energia elétrica ao(s) ponto(s)
de luz de emergência na falta ou falha de alimentação na rede elétrica da concessionária.
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4.9 Iluminação não permanente: aquela onde, nas instalações de iluminação de emergência, as
lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas pela rede elétrica da concessionária e,
só em caso de falta da fonte normal, é alimentada automaticamente pela fonte de alimentação de
energia alternativa.
4.12 Sistema de iluminação de emergência: é composto por lâmpadas ligadas a baterias que são
automaticamente acionadas, sem que necessitem ser manuseadas quando há falta energia elétrica. A
principal função do sistema é garantir a saída segura de todas as pessoas de um determinado local,
em caso de emergência, ainda que esteja divido em duas categorias: Iluminação de aclaramento
(ambiente) e Iluminação de balizamento (sinalização).
4.13 Tempo de comutação: intervalo de tempo entre a interrupção da alimentação da rede elétrica
da concessionária e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação de emergência.
5 TIPOS DE SISTEMAS
5.1 Para o efeito de aplicação desta Norma são aceitos os seguintes tipos de sistemas, respeitadas as
categorias de exigências, citadas no item 5.2:
5.1.1 lanternas portáteis, alimentadas por pilhas ou por baterias, desde que garantida a autonomia
mínima para sua utilização.
5.1.2 Conjunto de blocos autônomos (instalação fixa) desde que cada bloco possua bateria(s)
selada(s), isenta(s) de manutenção por pelo menos dois anos, em condições normais de
temperatura e esteja devidamente certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia – Inmetro, mediante comprovação documental.
5.1.3 Centralizado com baterias desde que possua vida útil de, no mínimo, quatro anos e
devidamente comprovado pelo fabricante.
5.1.4 Sistema centralizado com grupo motogerador (GMG) desde que garantido o acesso
controlado e desobstruído ao mesmo, a partir da área externa da edificação. No caso de
grupo motogerador instalado em local confinado, para o seu perfeito funcionamento, deve
ser garantido que a tomada de ar seja realizada sem o risco de se captar a fumaça oriunda de
um incêndio instalando-o em compartimento resistente ao fogo por 2 h e com acesso
protegido por Porta Corta-Fogo P-90.
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5.2.1 Tipo A - O sistema de iluminação de emergência deve ser alimentado por uma fonte central
(baterias de acumuladores ou grupo motogerador). Não serão aceitos blocos autônomos para
esta categoria. As edificações com área construída superior a 1500 m2 ou com altura
superior a 30 metros devem adotar este sistema de iluminação de emergência.
5.2.2 Tipo B - A iluminação de emergência deve ser alimentada por uma fonte central (baterias de
acumuladores ou grupo motogerado) ou por blocos autônomos do tipo permanente. Todas
as edificações com área construída inferior ou igual a 1500 m2 ou altura inferior ou igual
a 30 metros, podem optar por este sistema.
5.2.3 Tipo C - A iluminação de emergência deve ser alimentada por uma fonte central (baterias de
acumuladores ou grupo motogerado) ou por blocos autônomos do tipo permanente ou não
permanente. As edificações com área construída inferior ou igual a 1500 m2 ou altura
inferior ou igual a 30 metros, podem optar por este sistema.
5.2.4 Tipo D - A iluminação de emergência pode ser constituída por lanternas portáteis,
alimentadas por pilhas ou por baterias. Só é permitido seu uso em dificações térreas com
área construída menor ou igual a 750 m2 e, se e somente se, o ambiente tiver
população/lotação inferior ou igual a 200 (duzentas) pessoas.
6 FUNÇÕES
6.1.1 Permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas impedidas de
locomover-se;
6.1.2 Manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de estranhos nas áreas de
segurança pelo pessoal da intervenção;
6.1.4 Sinalizar, para a aviação comercial, o topo de edificações com número de pavimentos
igual ou superior a cinco;
6.1.5 Possuir intensidade da iluminação suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das
pessoas, levando em conta a possível penetração de fumaça nas áreas. Em casos especiais, a
iluminação de emergência deve garantir, sem interrupção, os serviços de primeiros-socorros,
de controle aéreo, marítimo, ferroviário e outros serviços essenciais instalados.
6.1.6 Possuir garantia de que, em caso de falta de energia da concessionária ou abertura da chave
geral, os pontos de luz do sistema sejam ativados.
6.2 Luminárias
As luminárias para a iluminação de emergência, além de satisfazer esta Norma e outras normas
pertinentes, devem ainda obedecer aos seguintes requisitos:
6.2.1 Resistência ao calor: os aparelhos devem ser construídos de forma que, no ensaio de
temperatura a 70°C, a luminária funcione, no mínimo, por 1 hora.
6.2.2 Ausência de ofuscamento: os pontos de luz não devem ser resplandecentes, seja
diretamente ou por iluminação refletida. Quando o ponto de luz for ofuscante, deve ser
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utilizado um anteparo translúcido de forma a evitar o ofuscamento nas pessoas durante seu
deslocamento.
6.2.3 Fixação na parede, no piso ou no teto: deve ser rígida, de forma a impedir queda acidental,
remoção sem auxílio de ferramenta e que não possa ser facilmente avariada ou posta fora de
serviço. Deve-se prever em áreas com material inflamável que a luminária suporte um jato
de água sem desprendimento parcial ou total do ponto de fixação. Observação: em grandes
ambientes como auditórios, salas de espetáculos, estádios, galpões de fábrica, etc., os pontos
poderão ser instalados no piso, indicando as rotas de saída.
6.2.4 Distância máxima entre os pontos de iluminação: não deve ultrapassar 15 metros e, entre
o ponto de iluminação e a parede, 7,5 metros. Outro distanciamento entre pontos pode ser
adotado, desde que atenda aos parâmetros das Normas citadas nas referências.
6.3.1 Em caso de falta de energia por incêndio e no uso de grupo motogerador automático com
circuitos especiais para iluminação de emergência, todas as áreas protegidas para
escoamento, livres de materiais combustíveis e separadas por porta corta-fogo, podem
manter a alimentação em 220 Volts. Deve ser observado que essas áreas não podem ser
penetradas por vapores do combate para evitar condensação e, consequentemente, curto-
circuito entre os dois pólos da fiação.
6.3.2 Deve ser observado que qualquer passagem dos cabos por áreas de risco proíbe o uso de
tensão 220 Volts da rede normal ou do gerador.
6.3.4 A isolação dos condutores e suas derivações devem ser do tipo não propagante de chama. A
isolação dos fios deve suportar temperaturas de no mínimo 70°C para áreas sem material
inflamável. Para áreas com material combustível: igual ou maior que 100°C.
6.3.5 No caso de os eletrodutos externos passarem por áreas de risco, estes devem ser, além de
metálicos, isolados contra calor, exceção feita aos blocos autônomos.
6.3.6 Para grupo motogerador com fonte de energia para luz de emergência, o painel de controle
dos geradores deve estar próximo ao acesso, para garantir comunicação entre o operador e
as pessoas de intervenção, tomando em conta o nível de ruído esperado nesta área.
6.4 Autonomia
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6.4.1 Os blocos autônomos de iluminação deverão ter uma autonomia mínima de 1 hora com
uma perda máxima aceitável de 10% de sua luminosidade inicial.
6.5.2 A fixação dos pontos de luz e da sinalização deve ser rígida, de forma a impedir queda
acidental, remoção desautorizada e que não possa ser facilmente avariada ou colocada fora
de serviço.
6.5.3 Quando forem usados projetores ou faróis deve-se direcionar o feixe luminoso do aparelho
de forma a não causar ofuscamento devido à alta concentração de luminosidade em uma
área muito reduzida.
6.5.4 Não são permitidos remendos de fios dentro de tubulações. Também não é permitida a
interligação de dois ou vários fios sem terminais apropriados para os diâmetros e as
correntes dos fios utilizados.
7 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Quanto à evacuação de público, a iluminação de emergência deve atender aos objetivos descritos a
seguir:
7.1 É obrigatória em todos os locais que proporcionam uma circulação vertical de saídas para o
exterior da edificação (rotas de saída) e nas edificações especificadas no item 5.2 desta Norma
Técnica.
7.2 Deve garantir um nível mínimo de iluminamento de ambiente, no piso, de 5 lux em locais com
desnível (escadas ou passagens com obstáculos) e de 3 lux em locais planos (corredores, halls e
locais de refúgio).
7.3 Deve permitir o reconhecimento de obstáculos que possam dificultar a circulação, tais como
grades, saídas e mudanças de direção. O reconhecimento de obstáculos deve ser obtido por
aclaramento do ambiente ou por sinalização luminosa.
7.4 Não podem deixar sombras nos degraus das escadas ou obstáculos.
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7.5 A cada dois anos de funcionamento do sistema de iluminação de emergência alimentado por
bloco autônomo, em edificações com área construída inferior ou igual a 1500 m2 ou altura inferior
ou igual a 30 metros, o vistoriador do Corpo de Bombeiros deverá exigir a apresentação de laudo
técnico, devidamente registrado no conselho profissional do autor do laudo, que especifique, dentre
outras peculiaridades, as condições de funcionalidade do referido sistema, incluindo fotos, medições
e breve relato sobre o diagnóstico das manutenções realizadas.
7.6 A cada quatro anos de funcionamento do sistema de iluminação de emergência alimentado por
uma fonte central (baterias de acumuladores ou grupo motogerador), o vistoriador do Corpo de
Bombeiros deverá exigir a apresentação de laudo técnico, devidamente registrado no conselho
profissional do autor do laudo, que especifique, dentre outras peculiaridades, as condições de
funcionalidade do referido sistema, incluindo fotos, medições e breve relato sobre o diagnóstico das
manutenções realizadas.
7.7 Deve ser garantido um tempo máximo de interrupção de 12 s para comutação entre fontes
alternativas.
7.8 A iluminação de sinalização deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas,
escadas, etc. e não deve ser obstruída por anteparos ou arranjos decorativos. Em qualquer caso,
mesmo havendo obstáculos, curva ou escada, os pontos de iluminação de sinalização devem ser
dispostos de forma que, na direção de saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte,
a uma distância máxima de 15 m.
7.9 A distância máxima entre dois pontos de iluminação de ambiente deve ser equivalente a quatro
vezes a altura da instalação destes em relação ao nível do piso e limitada a 15 metros.
7.10 Nas áreas onde exista a possibilidade de penetração/geração de fumaça podem ser instalados
dois sistemas superpostos, um para o caso da falta de energia da rede elétrica da concessionária e
outro para o caso de incêndio. Os pontos de iluminação de emergência para o caso de incêndio
devem ser instalados abaixo da posição superior da saída/exaustão da fumaça.
7.11 Em áreas onde exista controle de fumaça, a altura da instalação das luminárias é livre,
respeitadas as exigências mínimas de intensidade e nível de iluminamento.
7.12 Todos os eletrodutos e cabos que atravessam áreas protegidas, ou passam por separações de
áreas compartimentadas, devem ter selos internos e externos (entre a tubulação e a alvenaria), à
prova de passagem de gases e de fumaça. Os selos devem ser de materiais adequados para tal fim e
colocados de maneira que suportem a ação do calor do fogo, no mesmo tempo previsto para a
parede onde estão colocados.
7.13 Os dispositivos de proteção elétrica do(s) circuito(s) de iluminação de emergência devem ser
identificados e, quando necessário, devem ser separados fisicamente dos outros componentes do
sistema (baterias).
7.15 O sistema deve prever a perda de funcionamento de uma ou mais luminárias de emergência,
por interrupção do fio, por problemas mecânicos ou curto-circuito, pela ação do calor, sem, no
entanto perder o funcionamento de todas as lâmpadas de um circuito troncal ou colapso total do
sistema.
iluminação restante não pode ser menor que a intensidade da iluminação garantida por esta Norma.
7.17 O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), por intermédio de seus
vistoriadores, poderá exigir o contrato de manutenção do sistema de iluminação de emergência, em
substituição à apresentação de laudos técnicos do referido sistema (cf. itens 7.5 e 7.6), desde que tal
contrato tenha prazo de validade superior ao prazo do CERCON que a edificação, por ventura,
venha a fazer jus, e não tenha havido nenhuma falha nos testes realizados por ocasião da inspeção
do CBMGO. A existência do contrato deve ser consignada no conselho profissional inerente.
7.19 O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, na inspeção, poderá exigir que os
equipamentos e componentes utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam certificados.
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