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EFEITOS DE FALHA
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1. O que é o FMEA............................................................................................... 1
1.2. Qual o objetivo da FMEA .................................................................................. 2
1.3. Tipos de FMEA ..................................................................................................... 3
1.4. FMEA de Processo (PFMEA) .............................................................................. 4
1.4.1. Fluxograma - FMEA de Processo ............................................................... 5
2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA FMEA ........................................................... 6
2.1. Seleção da equipe ............................................................................................ 6
2.1.1. Responsabilidade da Gerência ................................................................ 7
2.1.2. Responsabilidade da Supervisão.............................................................. 7
2.1.3. Responsabilidade do Coordenador da FMEA ....................................... 7
2.2. Definição dos padrões ...................................................................................... 8
2.3. O que é um Sistema? ........................................................................................ 9
2.3.1. Os limites físicos............................................................................................. 9
2.3.2. Os limites operacionais ............................................................................. 11
2.4. O que é uma função no sistema? ................................................................ 12
3. DINÂMICA DE FALHAS ..................................................................................... 13
3.1. O que é Falha? ................................................................................................. 13
3.3. Curva PF ............................................................................................................. 17
3.4. Falhas Potenciais x Falhas Funcionais ........................................................... 18
3.5. O que é Modo de Falha ................................................................................. 19
3.6. O que é Efeito de Falha? ................................................................................ 22
4. NÚMERO DE PRIORIDADE E RISCO (RPN) ........................................................ 23
4.1. Como Quantificar a Severidade da Falha .................................................. 24
4.2. Como Quantificar a Ocorrência da Falha? ............................................... 25
4.3. Como Quantificar a Detecção da Falha?.................................................. 26
4.4. Exemplo - Formulário para Elaboração da FMEA ...................................... 28
4.5. Etapas para Elaboração da FMEA ............................................................... 29
4.6. Ações Preventivas/Preditivas de Acordo com o RPN ............................... 31
1. INTRODUÇÃO
A sigla FMEA (FAILURE MODES AND EFECTS ANALYSIS) é uma técnica que
visa conhecer e antecipar a causa e o efeito de cada modo de falha de um sistema ou
produto. É muito utilizada por áreas como Projeto de Produto e Engenharias de
Manufatura e muito aplicada no segmento automotivo.
Segundo a norma IMCA M 166, o FMEA é uma ferramenta reconhecida como
uma função essencial no esboço do produto desde o conceito até a desenvolvimento
de todo tipo de equipamento possível. É comumente definido como “Um processo
sistemático para identificar possíveis falhas de projeto e processo antes deles ocorrem,
com a intenção de eliminá-los ou minimizar o risco associado eles". Os procedimentos
de FMEA baseiam-se em padrões de engenharia de confiabilidade indústria, militar e
comercial.
Ainda segundo a norma, o FMEA é um método qualitativo de análise de
confiabilidade que envolve o estudo dos modos de falhas que podem existir para cada
item, e a determinação dos efeitos de cada modo de falha sobre os outros itens e sobre
a função específica do conjunto.
A Military Standard (MIL-STD 1629A) (1980), identifica como sendo um
procedimento pelo qual cada modo de falha potencial em um sistema é analisado para
determinar os resultados ou efeitos no sistema e para classificar cada modo de falha
potencial de acordo com a sua severidade.
A FMEA tornou-se o procedimento padrão em várias indústrias para definir e
documentar todos os modos de falhas potenciais em um sistema, um estudo do FMEA
envolve a identificação sistemática dos seguintes aspectos, para cada função de um
determinado setor.
A FMEA pode ser usada também como ferramenta de interação para identificar
a importância das características do produto e do processo e suas funções e os efeitos
da falha. Em resumo a FMEA é uma técnica que procura listar todas as possíveis falhas
(de produto ou do Processo) e suas causas para que sejam analisadas e tomadas as
ações preventivas necessárias.
A FMEA uma técnica que, segundo a norma IMCA M 166 tem por objetivo
algumas características essenciais:
Esta ferramenta pode ser usada tanto em processos industriais ou não. Por
exemplo, a FMEA pode muito bem ser utilizada numa análise de risco em processos
administrativos ou avaliações de sistemas de segurança.
Entretanto, a necessidade da prevenção de falhas (problemas) antes de se atingir
a fase operacional, ou seja, ainda na fase de desenvolvimento do produto, tornou-se
imprescindível.
Como citado acima, a FMEA é uma técnica, isto é, uma metodologia de análise
sistemática criada para orientar e evidenciar em fase preventiva as falhas em potencial
do produto, para que suas respectivas causas sejam analisadas e tomadas as ações
preventivas necessárias para evitar a ocorrência dessas falhas.
● Seleção da equipe;
● Definição dos padrões;
● Definição dos procedimentos de relatório;
● Definição os limites do sistema a ser analisado;
● Organização das informações do escopo do sistema.
A seguir, será exemplificado cada passo destes requisitos para que a FMEA
elaborada seja feita da forma mais consistente possível.
● Implementar agenda;
● Combinar reuniões com os integrantes;
● Coordenar as reuniões;
● Avaliar as necessidades de participação das outras áreas;
● Elaborar e emitir relatórios dos trabalhos;
● Apresentações e divulgações que forem solicitados ao grupo;
● Fazer o follow-up das ações corretivas propostas;
● Identificar e providenciar o necessário aos elementos do grupo que precisam de
treinamento.
● Limites físicos;
● Limites operacionais.
Este procedimento pode e deve ser aplicado para os sistemas físicos descritos
abaixo, levando em consideração que todos os tipos abaixo citados não são somente
aplicáveis a eles, mas em qualquer processo que envolvam situações correlatas aos
exemplos citados.
Para uma correta resolução das funções, preencha com o nome e número do
item a ser analisado. Use a nomenclatura incluindo o nível de processo como está
indicado no desenho de engenharia ou a configuração elaborada pelo grupo.
Cite, tão concisamente quanto possível, a função do item para cumprir o objetivo
de seu processo. Inclua informação considerando o ambiente no qual o sistema opera
(ex.: defina as amplitudes de temperatura, pressão, unidade). Se o item tem mais de
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uma função com diferentes modos de falha potenciais, liste todas funções
separadamente.
3. DINÂMICA DE FALHAS
As falhas funcionais são classificadas por três categorias, de acordo com sua
visibilidade:
Antes de mais nada, devemos classificar essas características dentro das 3 fases
da curva da banheira:
Com base nesse entendimento das falhas e sua relação com a curva da
banheira, podemos dizer que os modos de falha de máquinas e equipamentos podem
exibir certos padrões diferentes. E identificar esses padrões é muito importante para
determinar as estratégias de manutenção apropriadas.
Em 1978, F. Stanley Nowlan e Howard F. Heap provaram através de modelos
probabilísticos que existem seis padrões de falha. Esses padrões podem ser plotados
graficamente como curvas e cada padrão tem uma proporção frente ao total de falhas
que podem acometer ativos físicos.
Portanto, realizar atividades de manutenção com base no gatilho do tempo (que
ainda é prática comum entre muitas empresas) terá pouco ou nenhum impacto. Na
verdade, Nowlan e Heap descobriram que intervir nas máquinas que não apresentavam
deterioração relacionada à idade pode induzir defeitos no sistema, causando falhas
funcionais prematuras que, de outra forma, poderiam não ter ocorrido. Abaixo segue a
descrição de cada uma das curvas relatadas no estudo a seguir:
As falhas com padrão A-B-C (11%) se caracterizam por falhas relacionadas com
a idade da máquina ou equipamento. Já as falhas com padrão D-E-F (89%) estão
relacionadas como aleatórias, casuais. Os equipamentos industriais não foram
construídos para durar para sempre, mas podem durar muito mais do que se imagina.
Apenas 11% das falhas dos equipamentos estão ligados ao envelhecimento, ou seja,
se houver uma boa estratégia de manutenção, 89% dos equipamentos podem ser
mantidos disponíveis e confiáveis por elevados períodos de tempo.
3.3. Curva PF
Uma das principais funções da Curva PF é projetar qual o intervalo entre Falha
Potencial e Funcional. Uma vez que sabemos o intervalo PF, é possível trabalharmos
para identificar a falha potencial e eliminar a hipótese de falha funcional. Segue abaixo
o exemplo da Curva PF de uma bomba centrífuga:
estabelece que a falha potencial tenha ocorrido. No item a seguir, segue alguns
exemplos de Falhas Potenciais em uma Bomba Centrífuga:
● Erros de projeto;
● Erros de fabricação;
● Erros de instalação e comissionamento;
● Erros de operação e manutenção.
● Porosidade
● Sujo
● Trincas
● Danificado
● Deformação
● Quebrado
● Travado
● Solda defeituosa
● Danos de transporte
● Folga
Além dos recursos dos modos de falha, a FMEA embasa a escolha das ações
preventivas e corretivas nos efeitos prejudiciais resultantes, e dos impactos sobre a
instalação, usuários e meio ambiente. Analisar os efeitos de falhas compreende em
examinar como os modos de falha se estendem e atuam nos objetivos do sistema em
análise, e na aplicação da instalação.
De acordo com a norma IEC 60300, efeito de falha é a consequência de um modo
de falha na operação, função ou status do item. Em suma, é o que acontece quando um
modo de falha se apresenta. Este conceito evidencia a aplicação do estudo dos efeitos
das falhas, que é buscar os impactos dos modos de falha nas funções do sistema e na
instalação.
Repare que o efeito examinado terá que levar em crédito o que haveria se
nenhum trabalho específico de manutenção fosse efetuado para preceder, prevenir ou
identificar a falha. Antes, no entanto, será necessário distinguir os significados de
sintomas e efeitos de falha.
1. Uma falha pode ocorrer frequentemente, mas ter pequeno impacto e ser
facilmente detectável, sendo assim considerado de baixo risco (baixo RPN).
2. Consequentemente, uma falha que tenha baixíssima probabilidade de
ocorrência, pode ser extremamente grave, merecendo grande atenção e sendo
considerado de alto risco (maior RPN) .
● Risco Baixo;
● Risco Médio;
● Risco Alto.
Campo 1
Campo 2
● Nome do equipamento;
● Código interno do equipamento;
● Número de série.
Campo 3
Campo 4
Descrição do menor item de falha (peça) para o qual está sendo identificado
o problema.
Campo 5
Campo 6
Campo 7
Campo 8
Campo 9
Campo 10
Campo 11
Campo 12
Não é possível a redução deste índice. Altivamente das ações tomadas, a gravidade
permanecerá mesma. Alguns autores defendem a redução da gravidade através de
revisão do projeto ou processo.
● Análise RAM;
● Árvore de Falhas (FTA);
● Diagrama de Blocos de Confiabilidade.
● Em média, uma indústria química de grande porte pode ter um prejuízo médio
de R$100 mil/por hora, devido ao lucro cessante causado por quebra de
equipamentos;
● Nas refinarias de petróleo, as perdas de produção representam cerca de
R$12 milhões por ano para cada 1% de indisponibilidade;
● Nas refinarias de petróleo, a equipe de manutenção representa cerca de 30%
da mão de obra total;
● Os custos com manutenção representam a maior parte dos custos
operacionais, após os custos com energia elétrica e matéria prima;
● Todos os anos, mais de US $ 300 bilhões são gastos em manutenção e
operação de usinas nos EUA, e estima-se que cerca de 80% destes gastos
são destinados para manutenções corretivas emergenciais.
5.2.1. Simbologia
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FMEA - Failure Modes and Effects Analysis, 4th Edition - AIAG Automotive Industry
Action Group, 2008.
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