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Os rins têm como função muito mais que a depuração do sangue (retirar substâncias nocivas
produzidas pelo metabolismo). Faz também a manutenção do pH, controle da PA, controle
hidroeletrolítico, controle de eletrólitos, regulação do equilíbrio ácido-base, síntese de
eritropoietina, produção de vitamina, excreção de substâncias químicas exógenas (fármacos).
A urina é apenas o resultado final dos processos que o rim realiza afim de manter a
homeostasia. Ao colocar uma qtd adicional de água no corpo, será preciso eliminá-la. Assim, os
rins são excretores, reguladores e endócrinos.
Glomérulo renal: Tufo capilar + Cápsula de Bowman. A cápsula é formada pelo folheto parietal
(ter simples pavimentoso) e o visceral (podócitos).
O filtrado é dinâmico, pois ao longo da sua formação vai sendo alterado, durante a passagem
pelos diferentes túbulos por meio dos capilares peritubulares. Os néfrons corticais possuem
alças de Henle curtas e não atingem regiões profundas da medula, possuindo então uma
menor osmolaridade ao seu redor. Os néfrons justamedulares possuem alças de Henle longas
e mergulhadas profundamente na medula, o que faz com que a urina produzida nestes seja
muito mais concentrada (maior reabsorção de água).
**Também é considerado secreção quando o ducto coletor produz e deposita nele mesmo
(H+).
Fração de filtração: apenas 20% (0,2) do sangue que passa pelo glomérulo é filtrado.
Taxa de filtração glomerular: 180L/dia – filtração do plasma 60x por dia! Entretanto, a maior
parte é reabsorvida, pois apenas produzimos 2L de urina por dia. Esta alta taxa de filtração
elimina muitos resíduos e regula o meio interno mais precisamente.
Endotélio dos capilares: muito permeável, tudo passa pelas fenestras exceto células
vermelhas e plaquetas.
Membrana basal: malha acelular – gel de glicoptn e proteoglicanos. Possui carga
negativa, dificultando a passagem de elementos com carga negativa.
Podócitos: restringe a passagem de proteínas de grande peso molecular.
Quanto maior o soluto, mais difícil de ser filtrado. Moléculas com carga negativa também são
filtradas menos facilmente. A albumina, apesar de pequena, não é filtrada devido a sua carga
negativa.
Filtração glomerular = coeficiente de filtração capilar glomerular (Kf) x soma das forças
hidrostáticas e coloidosmóticas da memb glomerular (pressão efetiva de filtração) = 180L/dia
Kf = permeabilidade x área
Para que ocorra reabsorção e secreção, as substâncias têm que passar pelo epitélio tubular e
pelas células endoteliais dos capilares peritubulares.
Para que as células sejam reabsorvidas ou secretadas, precisam passar pelo epitélio do tubo e
pelas células endoteliais dos capilares. Para isso, há a rota transcelular (pela membrana apical
lúmen / membrana basolateral interstício) e a rota paracelular (pelos complexos
juncionais apertados que unem as células epiteliais às vizinhas).
Transporte ativo:
REABSORÇÃO E SECREÇÃO
Túbulos proximais: Reabsorção e secreção intensas. Faz isso por co-transporte (Na-aa, Na-Gli,
Na-HCO3) e contra-transporte (para cada H+ secretado entra um bicarbonato por isso este
pedaço faz o controle do pH). Possui bordo estriado, muitas mitocôndrias e proteínas
transportadoras. Reabsorve 67% do Na+ e da água filtrados, por isso é importante para a
manutenção do volume do LEC. Reabsorve 100% da glicose filtrada.
Alça de Henle:
Ramo delgado: muito permeável à água mas pouco aos solutos. Mas, para que ocorra essa
reabsorção é necessário que o interstício seja concentrado (gradiente cortico-papilar).
Ramo espesso: Praticamente impermeável à água, independentemente do interstício.
Entretanto, há intensa reabsorção de soluto, deixando o interstício mais concentrado.
Mecanismo de transporte de 1Na+, 2 Cl- e 1K+.
Túbulos distais:
Inicial: igual ao ramo espeço de Henle reabsorve muitos íons mas praticamente
impermeável à água e ureia.
Final e t. coletor cortical:
Células principais: fazem reabsorção de Na e secreção de K na membrana
luminal. Na membrana basolateral ocorre a bomba Na/K. É onde agem a
aldosterona e o ADH.
Células intercaladas: fazem reabsorção de K e secreção de H+. (Bomba de H+).
Ductos coletores medulares: Permeabilidade à água controlada pelo ADH (reduz vol de urina).
Permeável a uréia que aumenta a osmolaridade do interstício e ajuda a concentrar a urina.
Também secreta H+, regulando o pH.
Diabéte insípido central: Hipófise fica incapaz de secretar ADH, deixando o TD e ducto
coletor impermeável à água. Grandes volumes de urina diluída são secretados.
Diabete insípido nefrogênico: receptores renais não respondem ao ADH. Mesmo
efeito.
Urina hiperosmótica: precisa de níveis altos de ADH e alta osmolaridade no líquido intersticial
da medula renal para que a água possa passar por osmose, quando o ADH estiver alto.
**Por que o sangue que flui através dos capilares medulares não elimina o gradiente
contracorrente? Os vasos retos são muito permeáveis, assim, conseguem minimizar a remoção
dos solutos do interstício medular, preservando a hiperosmolaridade.
O sódio é o íon mais abundante no LEC, tendo intima relação com a sua osmolaridade. Para
que esta seja controlada, existem dois mecanismos:
2. Mecanismo da sede: todas as áreas do terceiro ventrículo que promovem liberação de ADH
também estimula a sede. A sede aumenta com: aumento da osmolaridade e Angiotensina II,
diminuição de volume sanguíneo e PA e ressecamento da boca.
Apetite pelo sal: Na doença de Addison, há pouca aldosterona, perdendo Na+ em excesso,
diminuindo o LEC e a [Na] aumento do apetite pelo sal. A manutenção do volume do LEC e
a [Na] precisam de equilíbrio entre excreção e ingestão de sódio. Os principais estímulos são
diminuição do volume sanguíneo/PA ou redução do LEC. Baixa PA ou menor volume sanguíneo
podem afetar tanto a sede quanto o apetite pelo sal.
** A entrada de um H+ na célula está associada a saída de um potássio para o sangue. Por isso,
a acidose leva a hipercalemia e a alcalose a hipocalemia.
Manejo renal do K+: 67% absorvido pelo TCP, 20% pelo segmento espesso de Henle. TCD e DC
fazem ajustes dependendo da dieta. Dieta pobre, células intercalares reabsorvem mais. Dieta
rica, células principais secretam mais. **Diurético de alça
É preciso que quase todo o bicarbonato filtrado seja reabsorvido, para que os líquidos
corporais não fiquem extremamente ácidos. A reabsorção de bicarbonato envolve a secreção
de íons H+.
Conservação de bicarbonato: funciona como se ele nem tivesse sido filtrado. O bicarbonato se
liga a um H+ no lúmen, e entra na célula como água e CO2. Na célula, vira bicarbonato e passa
para o interstício. Ocorre a secreção de H+, mas não a excreção, pois este volta a fazer parte
do ciclo. Isso ocorre no TCP e no ramo espesso.
Secreção de H+: Ocorre no TCD ou no DC, sendo que o H+ é secretado pela bomba H+,
diminuindo o pH da urina. A partir do CO2 e água do metabolismo celular, surge um H+, que é
secretado, ligando-se a um tampão não-bicarbonato e um bicarbonato é colocado para o
interstício. Este novo bicarbonato eleva o pH sanguíneo.
Assim, quando há muito H+ no LEC, os rins geram novo bicarbonato. Isso ocorre com a
combinação do H+ com tampões urinários de fosfato e amônia.
acidose respiratória (aumento da PCO2 no LEC) forma mais H+, estimulando sua secreção.
pH baixo no LEC estimula a secreção de H+.
Acidose: deve ter H+ secretado suficiente para reabsorver o bicarbonato e ainda para ligar-se a
tampões, produzindo novos bicarbonatos. Além disso, deve haver maior produção de amônio.
Alcalose: secreção de H+ deve ser menos do que a suficiente para reabsorver todo o
bicarbonato, para que este seja excretado na urina. E nenhum ácido titulavel é formado.