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TOMOGRAFIA DE PESCOÇO

INTRODUÇÃO
• O exame de pescoço por TC é realizado com o paciente
decúbito dorsal, com a cabeça voltada para gantry,
imagens axiais contínuas com espessura de corte de 5mm
e 5mm de espaçamento a partir da borda superior da
órbita até o ápice pulmonar.
• Deve-se ter cuidado para evitar degradação da imagem
por amalgama dentário, uma solução comum é adquirir
imagens desde a bordo superior da órbita até o palato
duro utilizando uma angulação o pórtico paralela à base
do crânio central.
• O realce por contraste intravenoso é essencial para
exames dos tecidos moles do pescoço. A fim de facilitar
tanto a caracterização tecidual das massas quanto a
separação entre massas do pescoço e estruturas
vasculares normais.
CONTRASTE
• TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO HELICOIDAL:
• ADMINISTRAÇÃO EM BOLUS:
• 120ml CONTRASTE NÃO IONICO;
• ACESSO VENOSO COM GELCO DE 18 À 20;
• 2ml/kg ATÉ 120ml
• AQUISIÇÃO SUPRA ÓRBITO MEATAL ATÉ APSE PULMONAR;
• ESPESSURA 3mm POR 3mm DE INCREMENTO;
• AQUISIÇÃO VOLUMÉTRICA
• DELEAY DE 30 seg APÓS O INÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO DE
CONTRASTE IV;
• VISUALIZAÇÃO DAS PARTES MOLES:
• WW 200 Á 250 WL 36 Á 45, FILTRO PARTES MOLES
CONTRASTE
• TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO:
• Jejum de 6 horas;
• Geral:
• 2ml/kg até 120ml;
• Fazer aquisição de 3mm de espessura com 3mm de incremento.
• Pescoço Supra-Hióide:
• 2ml/kg até 120ml; sugestão 80ml em bolus (bomba);
• Pescoço Infra-Hióide:
• 2ml/Kg até 120ml; sugestão 80ml em bolus (bomba);
• VISUALIZAÇÃO DE PARTES MOLES:
• WW 200 A 250
• WL 36 A 45.
• Reconstrução MPR obrigatório em coronal e sagital em cima da lesão.
SCAULT / TOPOGRAMA
PESCOÇO

Lâminas pterigóides
Músculo
Ramo mandibular masséter

Músculo pterigóide lateral


PESCOÇO

Tuba de Eustáquio
Torus tubarius

Fosseta de Rosenmüler
PESCOÇO

Palato mole

Glândula parótida Espaço para-faríngeo


(lobo profundo)
PESCOÇO

Musculatura Mandíbula
da língua

Glândula parótida

Veia facial
retro-mandibular
PESCOÇO

Musculatura
da língua
Septo medial
Palato mole da língua

Tonsila palatina
PESCOÇO

Glândula submandibular
Osso hióide

Músculo
esternocleidomastoideo
PESCOÇO

Artéria carótida
interna Veia jugular externa

Artéria carótida
externa

Veia jugular interna


PESCOÇO

Seio Laringe
piriforme
Artéria carótida
comum
PESCOÇO

Cartilagem tireóide
Veia jugular anterior

Cartilagem aritenóide
PESCOÇO

Traquéia

Veia jugular interna Tireóide

Artéria carótida comum


LINFONODOS CERVICAIS
• Os vasos linfáticos cervicais são condutos de importância
crítica que drenam a pele e as superfícies mucosas da
cabeça e do pescoço. Quase 40% de todos os linfonodos
do corpo estão localizados acima da clavículas; somente a
órbita e músculos cervicais não têm conexões linfáticas
diretas. Em condições de saúde, os vasos linfáticos
mantêm o equilíbrio entre o líquido intravascular e
extravascular. Na doença, os vasos linfáticos são uma via
para a disseminação de inflamações e neoplasias.
• Toda a drenagem linfática cervical passa por pelo menos
um linfonodo a caminho do sistema venoso.
• São reconhecidos 10 grupos principais de linfonodos
cervicais. Esses grupos são designados pelas estruturas
próximas aos linfonodos.
LINFONODOS CERVICAIS
• Os linfonodos formam um anel sentinela em torno da base do
crânio, que é drenado por quatro cadeias. Conceitualmente, esse
arranjo se assemelha a um banquinho apoiado em quatro pernas.
• A superfície do banco é formada pelos seis primeiros grupos
(occipital, mastóide, parotídeo, submandibular, facial e
submentoniano), que superficiais e facilmente palpáveis.
• Os linfonodos sublinguais(grupo7), que são profundos ao assoalho
da boca; e os linfonodos retrofaríngeos profundos(grupo8). As
cadeias cervicais pareadas anterior(grupo9) e lateral(grupo10) de
linfonodos drenam o anel sentinela e formam as pernas do banco.
Desses grupos, as cadeias submentoniana, submandibular,
retrofaríngea e cervical lateral desempenham papéis
particularmente importante na disseminação de doenças da
cabeça e pescoço.
LINFONODOS CERVICAIS
Cenceitualização esquemática dos
linfonodos
cervicais, o anel externo forma a
superfície do banco e represente as
cadeias sentinelas na base do crânio,
incluindo os grupos de linfonodos
occipitais, mastóides, parotídeo,
submandibulares, faciais,
submentoniano, e sublinguais, a
estrutura branca interna em forma de
C representa os linfonodos
retrofaríngeo profundos, que se
estende até o osso hióide, todos esses
grupos drenam para as cadeias
paralelas anteriores e laterais,
mostradas como as pernas do banco.
LINFODOS LÍNGUAIS VISTA LATERAL
PATOLOGIA LINFÁTICA
• A detecção de uma linfadenopatia em pacientes com tumores de
cabeça e pescoço é criticamente importante, por que a presença de
metástase linfonodais se associa a uma redução de 50% na sobre
vida em 5 anos. Mais de 15% dos pacientes clinicamente no N0
podem ter metástase histológicas no exame patológicos. A imagem é
indispensável na avaliação da linfadenopatia cervical. Entre 20 à 30%
mais metástase são notadas na aquisição de imagens do que são
originalmente detectadas pela palpação.
• Em 5% dos pacientes com pescoço clinicamente N0, a TC vai
reclassificar o estágio como N1. Além disso, a disseminação
extracapsular, a invasão da carótida e linfonodos aglomerados podem
não ser totalmente evidenciado no exame manual.
• A avaliação clínica do grupo de linfonodos retrofaríngeos é
particularmente difícil. O papel do radiologista é reconhecer a
linfadenopatia cervical e os achados associados, como o
envolvimento extracapsular, prever as cadeias de linfonodos em risco
dado o local tumoral no paciente que apresente inicialmente uma
linfadenopatia clinicamente isolada e um tumor primário oculto.
PATOLOGIA LÍNFÁTICA
• Os critérios de aquisição de imagens para a linfadenopatia
se baseiam no tamanho dos linfonodos, na
heterogeneidade interna, na presença de aglomerados, na
forma e nos achados associados.
• Os linfonodos nos níveis 1 e 2, geralmente são maiores que
os linfonodos em níveis inferiores. O diâmetro transaxial
mínimo não deve ultrapassar 1,1cm. No caso dos níveis III
á VII, o diâmetro mínimo e máximo não deve ser maior
que 1,0cm. Com base nesses critérios, 80% dos linfonodos
aumentados num paciente em estagiamento de câncer
serão metastáticos e 20% serão hiperplásicos. Condições
inflamatórias também podem fazer os linfonodos
aumentarem de tamanho.
PATOLOGIA LINFÁTICA
• Aproximadamente 5% de todos os pacientes com
carcinoma e 12% dos pacientes com carcinoma de cabeça e
pescoço, têm como única queixa de apresentação de
metástase nodais. Em casos nos quais uma malignidade da
cabeça e do pescoço não é observada pelo
otolaringologista ao exame clínico inicial, o conhecimento
das vias de drenagem nodal, em combinação com a
capacidade da TC de detectar linfonodos patológicos
impalpáveis, permite ao radiologista identificar possíveis
locais de neoplasia, particularmente quando o tumor é de
natureza predominantemente submucosa.
• Baseando-se na localização dos linfonodos aumentados,
deve-se de se suspeitar dos locais primários a seguir:
• Nível I: Cavidade Oral e Glândula Submandibular;
• Nível II: Nasofaringe, Orofaringe, Glândula Parótida, Laringe
Supraglótica;
• Nível III: Orofaringe, Hipofaringe, Laringe Supraglótica;
• Nível IV: Laringe Supraglótica, Hipofaringe, Esôfago,
Tireóide;
• Nível V: Nasofaringe e Orofaringe;
• Nível VI e VII: Tireóide, Laringe e Pulmão.
• A doença nodal bilateral é particularmente comum nos
tumores do palato mole, língua, epiglote e nasofaringe. A
doença nodal isolada na fossa supraclavicular não tende a
ser secundária a uma malignidade do trato aerodigestivo;
locais mais prováveis são pulmão, mama, estômago e
tireóide.
MASSAS CERVICAIS
• Massas nodais isoladas podem imitar uma grande
variedade de lesões no pescoço, incluindo massas
de origem congênita, neuronal e infecciosa. A chave
para limitar o diagnóstico diferencial é a correlação
com a história clínica. Múltiplas massas no pescoço
são mais provavelmente secundária ao aumento
nodal. Embora seja necessário citologia por
aspiração ou biópsia por excisão para confirmar o
diagnóstico de doença nodal, a identificação de
determinados padrões na TC para doenças nodal
facilita a avaliação clínica.
MASSA CERVICAIS
• 1- Grandes linfonodos homogêneos são mais comumente encontrados
no linfoma, sarcóide e monocleose infecciosa. A TC não pode diferenciar
com segurança o linfoma de Hodgkim e não Hodgkim;
• 2- Realce total ou relativamente uniforme de modo aumentado
geralmente é encontrado em processos inflamatórios. As exceções e
esta regra incluem envolvimento nodal pro Sarcoma de Kaposi,
carcinoma de tireóide, ou carcinoma de células renais;
• 3- A calcificação nos linfonodos é incomum. Mais comumente estes
depósitos calcificados são resultantes de doença granulomatosa prévia.
O carcinoma papilar metastático da tireóide é a causa mais comum de
calcificações nodais neoplásicas. Em casos raros nodos metastático ou
linfomatosos podem calcificar após irradiação ou quimioterapia;
• 4- A presença de múltiplos nodos com vários aspectos à TC(homogêneo,
necrótico, realçado e calcificado) é mais compatível com doenças
granulomatosa dos linfonodos cervicais. Em centros, urbanos, a
tuberculose é a causa mais comum. O carcinoma da tireóide também
pode produzir este espectro de aspectos na TC.
PESCOÇO
• Achados importantes:

-linfonodomegalias
júgulo-carotídea
PESCOÇO

• Achados importantes:
-linfonodomegalia no espaço
submandibular direito
PESCOÇO
-linfonodomegalia
na cadeia
• Achados importantes: espinal acessória à
esquerda
PESCOÇO

• Achados importantes: -linfonodomegalia


submentoniana
PESCOÇO

• Achados importantes:

-bócio
multinodular
PESCOÇO
• Achados importantes:
-pequeno cisto nasofaringe
(cisto de Tornwaldt)
PESCOÇO
• Achados importantes: -abscesso retro-faríngeo
TU DE PARÓTIDA
ADENOCARCINOMA PAROITIDEO
ÂNGIO TOMOGRAFIA 3D
ÂNGIO TC 3D VR
ÂNGIO TC MIP

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