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Sensibilidade – é a percepção das alterações do ambiente

A natureza da sensibilidade e o tipo de reação gerada variam de acordo com a


destinação final dos impulsos nervosos que carregam a informação sensitiva para o SNC.

Cada tipo diferente de sensibilidade é uma modalidade sensitiva; em geral, um determinado neurônio
sensitivo age em apenas uma modalidade.

Modalidade sensitiva – é cada tipo diferente de sensação; é dividida em dois tipos:


e
Os órgãos dos sentidos possuem receptores especiais que nos permitem cheirar,
saborear, ver, ouvir e manter o equilíbrio.
A visão, o ato de ver, é extremamente importante para a sobrevivência humana.

mais de metade dos uma grande parte do córtex


receptores sensitivos no corpo cerebral é dedicada ao
humano estão localizados nos processamento da informação
olhos visual

Olhos (bulbo) e estruturas oculares acessórias

Os olhos são responsáveis pela detecção da luz visível


 cobrem os olhos durante o sono Permite maior mobilidade à
pálpebra superior.
 protegem os olhos da luz excessiva e de objetos estranhos
 espalham as secreções lubrificantes pelos bulbos dos olhos
superficial

EPIDERME

DERME

TELA SUBCUTÂNEA

FIBRAS DO MÚSCULO
ORBICULAR DO OLHO

Prega espessa de tecido


TARSO conjuntivo que dá forma e
sustentação às pálpebras

Localizadas em cada tarso, é uma


GLÂNDULAS TARSAIS fileira de glândulas sebáceas que
profunda

secretam um líquido que ajuda a


manter as pálpebras aderidas uma à
outra
TÚNICA CONJUNTIVA

A túnica conjuntiva da pálpebra reveste a face interna


das pálpebras e a túnica conjuntiva do bulbo passa das
pálpebras para a superfície do bulbo do olho, onde ela
cobre a esclera (parte branca).
 espaço entre as pálpebras superior e inferior
 expõe o bulbo do olho
 possui dois ângulos
- -
mais estreita e próxima ao mais larga e mais
osso temporal próxima ao osso nasal

 Localizado na comissura medial


 É uma pequena elevação avermelhada que contém
glândulas sebáceas (oleosas) e sudoríferas (suor)
 espalham as secreções lubrificantes pelos bulbos dos olhos
 Cílios – se projetam a partir da margem de cada pálpebra
 Sobrancelhas - que atravessam transversamente e em
formato de arco a parte superior das pálpebras

ajudam a proteger o bulbo do olho de


objetos estranhos, da transpiração e da
incidência direta dos raios solares

 Cílios – possuem glândulas sebáceas na base dos folículos


pilosos – G. Ciliares Sebáceas -> liberam líquido lubrificante
para os folículos
– infecção bacteriana das glândulas ciliares, causa
inchaço doloroso e purulento
 grupo de estruturas que produzem e drenam o líquido lacrimal ou as lágrimas em um processo chamado de
lacrimação.
tamanho e formato
aproximados de uma
amêndoa (cada)

duas aberturas
pequenas

pontos lacrimais

líquido lacrimal é
drenado por 6 a 12
dúctulos excretores
removem as lágrimas
para a superfície da
conjuntiva da
pálpebra superior
Quando choramos muito também
temos coriza nasal. Por quê?
 Glândulas lacrimais => inervadas por fibras parassimpáticas dos nervos faciais (VII) e
produz o líquido lacrimal.

solução aquosa protege, limpa,


contendo sais, um lubrifica e umedece o
pouco de muco e a bulbo do olho
lisozima, uma enzima (piscamento das
bactericida pálpebras) Produção pode aumentar pelo
protetora contato com substância irritante
(proteção)
 Cada glândula produz cerca de 1 mℓ de líquido lacrimal por dia.
 Em resfriados há a obstrução dos ductos lacrimonasais, bloqueando a drenagem das lágrimas e produzindo
olhos lacrimejantes.
 Olhos – encontram-se em depressões ósseas → órbitas → protegem, estabilizam e ancoram os olhos aos músculos
 Músculos extrínsecos do olho → estendem-se das órbitas até a esclera ocular

Seis músculos extrínsecos do bulbo do olho movem cada olho:


deslocamento horizontal para fora
deslocamento horizontal para a linha
mediana do corpo
deslocamento para cima
deslocamento para baixo
rotação para fora e para baixo
rotação para fora e para cima

Esses músculos são capazes de mover os olhos


em quase todas as direções.
 O bulbo do olho adulto mede
cerca de 2,5 cm de diâmetro.

 De sua área superficial total,


apenas o sexto anterior encontra-
se exposto; o restante está coberto
e protegido pela órbita, onde ele
se encaixa.

 Anatomicamente, a parede do
bulbo do olho consiste em três
camadas:
(1) túnica fibrosa
(2) túnica vascular
(3) retina (túnica interna)
 é a camada superficial do
bulbo do olho e consiste na
e na
 é um revestimento transparente que
cobre a íris colorida
 Curvatura → ajuda a focar a luz na
retina

 Sua face externa é formada por epitélio


pavimentoso estratificado não
queratinizado.
 O revestimento médio da córnea é formado CURIOSIDADE!
por fibras colágenas e fibroblastos e sua face Uma vez que a parte central da córnea recebe
oxigênio do ar atmosférico, as lentes de contato que
interna é um epitélio pavimentoso simples. são utilizadas por períodos longos devem ser
permeáveis para que o oxigênio passe através delas.
 cobre todo o bulbo do olho, exceto a córnea
 dá formato ao bulbo do olho, confere rigidez, protege suas
partes internas e age como um local de fixação para os
músculos extrínsecos do bulbo do olho

 Na junção entre a esclera e a córnea encontra-se uma


abertura conhecida como seio venoso da esclera (ou canal
de Schlemm), que drena o humor aquoso.

 camada de tecido conjuntivo denso, composto principalmente


por fibras colágenas e fibroblastos
 ou úvea
 é a camada média do bulbo do olho
 composta por três partes: a corioide, o corpo ciliar e
a íris
CORIOIDE
 reveste a maior parte da face interna da
esclera
 parte posterior da túnica vascular, altamente
vascularizada
vasos sanguíneos fornecem
nutrientes para a face
posterior da retina

 contém melanócitos → produzem o pigmento


melanina →coloração marrom-escura

absorve os raios solares dispersos, evitando a reflexão


e a dispersão de luz dentro do bulbo do olho

Como resultado, a imagem que chega à retina pela


córnea e pela lente permanece nítida e clara.
CORPO CILIAR

 Na parte anterior da túnica vascular, a


corioide se torna o corpo ciliar
 se estende desde a , a
margem anterior denteada da retina, até
um ponto imediatamente posterior à
junção da esclera com a córnea
 Contém melanócitos → produzem
melanina → coloração marrom-escura

CORPO CILIAR

Músculos ciliares Processos ciliares


CORPO CILIAR Processos ciliares

 protrusões ou pregas na face interna do


corpo ciliar
 contêm capilares sanguíneos que secretam o
humor aquoso

 Estendendo-se a partir dos


processos ciliares encontram-se as
, ou ligamentos suspensores,
que se ligam à lente
São fibrilas finas e ocas que lembram
fibras do tecido conjuntivo elástico.
CORPO CILIAR Músculos ciliares

 banda circular de músculo liso

 a contração ou o relaxamento do músculo


ciliar modifica a tensão das
, alterando o formato
da lente e adaptando-a para a visão de
perto ou de longe.
ÍRIS
 É a parte colorida do bulbo do olho
 tem forma de rosca achatada
 está suspensa entre a córnea e a lente
e se liga em sua margem externa aos

 formada por melanócitos e por fibras


musculares lisas circulares e radiais

 Melanócitos → PRODUZEM

A quantidade determina a cor do olho:


• Alta – olhos marrons e pretos
• Moderada – verde
• Baixa - azul
ÍRIS
 Regula a quantidade de luz que entra
pela → abertura central

A pupila parece preta porque, quando através


da lente, vemos o fundo do olho altamente
pigmentado (corioide e retina).
ÍRIS

 Reflexos autônomos regulam o diâmetro da


pupila em resposta aos níveis de luminosidade

Quando uma luz brilhante Na luz fraca, neurônios simpáticos


estimula os olhos, as fibras estimulam as fibras radiais do
parassimpáticas do nervo músculo dilatador da pupila da íris
oculomotor (NC III) estimulam a a se contraírem, promovendo um
contração das fibras circulares do aumento no tamanho da pupila
músculo esfíncter da pupila da íris, (dilatação).
promovendo diminuição no
tamanho da pupila (constrição).
 reveste os três quartos posteriores do
bulbo do olho e é o início da via visual
 é o único local do corpo em que os
vasos sanguíneos podem ser
observados diretamente e avaliados
buscando mudanças patológicas, como
as que ocorrem com hipertensão,
diabetes melito, catarata e com
doenças vasculares relacionadas com o
envelhecimento

espalha a luz por meio de fotorreceptores que


transformam a energia luminosa em impulsos nervosos
O é o local em que
o nervo óptico (II) deixa o
bulbo do olho
 artéria central da retina e a veia
central da retina → acompanham
o nervo óptico

ramos da artéria a veia central da


central da retina retina drena o
se espalham para sangue da retina
nutrir a face através do disco
anterior da retina do nervo óptico
ajuda a focar imagens na retina para facilitar a
formação de uma visão nítida

 Atrás da pupila e da íris, dentro da


cavidade do bulbo do olho, encontra-
se a lente

 Formada por proteínas → cristalinas →


organizadas como camadas de cebola

 Cristalinas → compõem o meio


refrativo da lente

 Região não vascularizada

 mantido em posição pelas fibras


zonulares que o cercam, que, por
sua vez, se ligam aos processos
ciliares
 Divide o olho em duas cavidades:

cavidade do câmara
segmento anterior postrema

 espaço anterior a lente → formada por


duas câmaras:

entre a córnea e à íris posterior à íris e


anterior às fibras
zonulares e à lente
cavidade do
segmento anterior

 Ambas as câmaras da cavidade do


segmento anterior são preenchidas por
HUMOR AQUOSO
um líquido aquoso
transparente que nutre a
lente e a córnea
câmara
postrema

 é maior e se encontra entre a lente e


a retina
 Preenchida por HUMOR VÍTREO
câmara
substância transparente semelhante a uma postrema
geleia que mantém a retina pressionada
contra a corioide, dando à retina uma
superfície nivelada para a recepção de
imagens claras
Interação de moléculas químicas com receptores

receptores localizados nos calículos gustatórios


O paladar ou a gustação é um sentido químico.
podem ser encontrados na língua (maioria), no palato
 cinco gostos primários podem ser distinguidos: mole, na faringe e na epiglote
azedo, doce, amargo, salgado e umami.

 Descrito como “carnoso” ou “saboroso”


 receptores gustatórios estimulados por L-
glutamato e por nucleotídios, presentes
em muitos alimentos

 Todos os outros sabores são combinações dos cinco sabores


primários, além das sensações olfatória e táteis que
acompanham o alimento.

 Os odores dos alimentos podem passar da boca para a


cavidade nasal, onde estimulam os receptores olfatórios.
 calículo gustatório -> é um corpo oval que consiste em três
tipos de células epiteliais: as células de sustentação, as células
receptoras gustatórias e as células basais
 estão localizados em elevações na língua chamadas de
papilas

 Aumentam a área superficial


 Fornecem estrutura rugosa para a face superior da língua
 Existem 4 tipos de papilas, mas somente as fungiformes,
circunvalada e folhada contém calículos gustatórios
(12)
 circulares e muito grandes
 formam uma fileira com formato de V invertido na
parte posterior da língua
 Cada uma armazena cerca de 100 a 300 calículos gustatórios

 são elevações com formato de cogumelo espalhadas ao longo de


toda a superfície da língua
 cada uma contém cerca de cinco calículos gustatórios

 localizadas em fossetas nas margens laterais da língua


 a maior parte de seus calículos gustatórios degenera no início da
infância

 Não possui calículo gustatório


 possui estruturas pontudas com formato de fio → receptores táteis
 Aumentam o atrito entre a língua e o alimento, facilitando o
movimento na cavidade oral
 amargo

 ácido

 ácido

 textura
Há controvérsias quanto ao
mapa da língua.
O olfato ou a olfação é um sentido químico → interação de moléculas com receptores

 O homem consegue reconhecer cerca de 10 mil odores diferentes


 Para isso apresenta entre 10 e 100 milhões de receptores →

 Presente na parte superior da


cavidade nasal
 Área de 5 cm2
 composto por três tipos de células:
os , as
e as
 São neurônios bipolares
 Possuem cílios olfatórios em suas membranas plasmáticas
 Detectam substâncias odoríferas

 fornecem sustentação física, nutrição e isolamento elétrico


para os receptores olfatórios
 ajudam a destoxificar substâncias químicas que entram em
contato com o epitélio olfatório

 são células-tronco localizadas entre as bases das células


de sustentação
 sofrem divisão celular continuamente para produzirem novos
receptores olfatórios (substituição em 1 mês)
 Presente no tecido conjuntivo que sustenta o epitélio olfatório
 Produzem muco → umedece a superfície → dissolve odoríferos
 Detectam substâncias odoríferas
A audição é a capacidade de perceber os sons.
Órgão auditivo → orelhas

 Orelha → dividida em 3 regiões:

 a orelha externa, que coleta as ondas


sonoras e as direciona para dentro;

 a orelha média, que conduz as vibrações


sonoras para a janela do vestíbulo (oval),

 a orelha interna, que armazena os


receptores para a audição e para o equilíbrio
 formada pela orelha (pavilhão auricular), pelo meato acústico externo e pela membrana timpânica

 Aba de cartilagem
elástica recoberta por
pele, ligada à cabeça
por ligamentos e
músculos
Lóbulo => parte inferior
Hélice => margem superior

 Tubo curvado com 2,5 cm de


comprimento
 Em contato com a membrana
timpânica.

 Ou tímpano
 Divisão fina e semitransparente
entre o meato acústico externo e
a orelha média
 Pode conter pelos em sua
abertura externa
 Contém glândulas sudoríferas →
glândulas ceruminosas →
produzem cera ou cerume

 Pelos + Cera = proteção → evita


a entrada de poeira e objetos
estranhos na orelha
 Pequena cavidade, cheia de ar e revestida por epitélio
 Separada da orelha externa pela membrana timpânica e da orelha interna por duas aberturas
(janelas)
Ossículos da audição =>
3 menores ossos do corpo,
conectados por
articulações sinoviais

Estribo
Martelo
Bigorna
 ‘cabo’ do martelo ligado à face
interna do tímpano
 ‘cabeça’ do martelo articulada ao
corpo da bigorna

 Osso do meio
 Articulado à cabeça do estribo

 ‘base’ encaixada na janela do


vestíbulo (oval)
 Tuba auditiva → abertura presente na parede anterior da orelha média

 contém osso e cartilagem elástica


 conecta a orelha média com a
parte nasal da faringe ou
nasofaringe (porção superior da
garganta).
 normalmente encontra-se
fechada em sua
extremidade medial (faríngea)
 durante a deglutição e ao
bocejar, ela se abre, permitindo
que o ar entre ou saia da orelha
média até que a pressão nela
seja igual à pressão atmosférica
 Também chamada de labirinto

Labirinto ósseo externo


Labirinto membranáceo interno

 Formado por uma série de cavidades


divididas em três áreas:
, e
 Revestido de periósteo
 Contém perilinfa (líquido semelhante ao
cerebroespinal)

 Série de sacos e tubos epiteliais dentro do


labirinto ósseo
 abriga os receptores para a audição e o
equilíbrio
 Contém endolinfa
 Parte central do labirinto ósseo
 Labirinto membranáceo formado
por dois sacos -> e
→ conectados por um pequeno
ducto
ósseos →
projetam-se superior e
posteriormente → nomeados
conforme a sua posição: anterior,
posterior e lateral
→ alargamento redondo
na extremidade do canal
semicircular → conectam o
utrículo ao vestíbulo
 Localizada anteriormente ao
vestíbulo
 Canal espiral ósseo → quase três
voltas ao redor do modíolo (núcleo
ósseo central)
 Dividida em três canais:
, e
 Dividida em três canais: , e

continuação do labirinto canal acima do ducto coclear, que


membranáceo em direção à termina na janela do vestíbulo
cóclea; preenchido por endolinfa (oval); preenchida por perilinfa

canal
abaixo do ducto coclear, que
termina na janela da cóclea
(redonda); preenchida por
perilinfa
possui
células especializadas que
são os receptores da
audição.

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